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Arapongas 2019 DANIEL KEYTI WATANABE DOS SANTOS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS E SUA IMPORTÂNCIA

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Page 1: DANIEL KEYTI WATANABE DOS SANTOS

Arapongas 2019

DANIEL KEYTI WATANABE DOS SANTOS

DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS E SUA IMPORTÂNCIA

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Arapongas 2019

DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS E SUA IMPORTÂNCIA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Unopar – Universidade Norte do Paraná, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Ciências Contábeis.

Orientador: Vilma Rezende

DANIEL KEYTI WATANABE DOS SANTOS

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DANIEL KEYTI WATANABE DOS SANTOS

DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS E SUA IMPORTÂNCIA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Unopar – Universidade Norte do Paraná, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Ciências Contábeis.

BANCA EXAMINADORA

Profº. Mestre Alex Faverzani

Profº. Especialista Márcio Coelho Moreira

Profª Especialista Laís de Oliveira

Arapongas, 09 de dezembro de 2019.

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Dedico este trabalho a todos os

professores me acompanharam em todos

esses anos de estudo.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a todos os professores e profissionais que contribuíram para o meu

desenvolvimento e aprendizagem que me trouxe até este momento.

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SANTOS, Daniel Keyti Watanabe dos. Demonstrações Contábeis e sua Importância. 2019. 27. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências Contábeis) – UNOPAR – Universidade Norte do Paraná, Arapongas, 2019.

RESUMO

O presente trabalho, trata-se de uma análise bibliográfica que tem por objetivo realizar uma pesquisa metodológica para identificar e apresentar a importância que as demonstrações contábeis têm para a contabilidade e para as organizações. Apresentando também o histórico e a evolução que a contabilidade teve desde o seu surgimento, onde a contabilidade é uma importante área e dentro de uma organização, pois consegue guiar a empresa para a obtenção de suas metas. Será possível identificar como ocorre e para que serve as demonstrações contábeis, além de apresentar sua importância para a contabilidade e para a organização, pois através das demonstrações contábeis é possível identificar e apresentar aos gestores a situação da empresa, através de relatórios financeiros, relatórios de mercadorias, estoques e demais fluxos, possibilitando que a empresa consiga identificar sua liquidez ajudando a criar suas metas e estipular formas de como atingi-las, fazendo com que a empresa consiga atingir seus objetivos.

Palavras-chave: Demonstrações Contábeis; Contabilidade; História da

Contabilidade.

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SANTOS, Daniel Keyti Watanabe dos. Financial Statements and their importance. 2019. 27. Course Conclusion Paper (Graduation in Accouting) – UNOPAR – Northern University of Paraná, Arapongas, 2019.

ABSTRACT

This paper is a bibliographical analysis that aims to conduct a methodological research to identify and present the importance that financial statements have for accounting and for organizations. Also presenting the history and evolution that accounting has had since its inception, where accounting is an important area and within an organization, because it can guide the company to achieve its goals. It will be possible to identify how the financial statements occur and what their purpose is, as well as presenting their importance for the accounting and the organization, because through the financial statements it is possible to identify and present to the managers the situation of the company, through financial reports, reports of commodities, stocks and other flows, enabling the company to identify its liquidity by helping to create its goals and stipulating ways of achieving them, enabling the company to achieve its objectives.

Key-words: Accounting statements; Accounting; Accounting History.

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AC Antes de Cristo

CFC Conselho Federal de Contabilidade

CRC Conselho Regional de Contabilidade

DRE Demonstração do Resultado do Exercício

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 13

2. HISTÓRICO DA CONTABILIDADE .................................................................. 14

3. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS .................................................................... 17

3.1 BALANÇO PATRIMONIAL .................................................................................18

3.2 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (DRE) .........................19

3.3 DEMONSTRAÇÃO DE LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS .................19

4. IMPORTÂNCIA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ................................. 21

4.1 ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL ..............................................................21

4.2 ÍNDICES DE LIQUIDEZ .....................................................................................22

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 25

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 26

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1. INTRODUÇÃO

As demonstrações contábeis, são importantes ferramentas que a contabilidade

utiliza para analisar as entradas e saídas de transações financeiras, de mercadorias,

estoques e demais fluxos. As mesmas devem ser feitas pelo profissional de

contabilidade, que apresenta essas transações em formulários e fichas devidamente

preenchidas garantindo a veracidade do que foi apresentada. As demonstrações

contábeis, são documentos que possuem extrema importância para qualquer

organização, pois através dela é possível apresentar como está a liquidez, seu

patrimônio ativo, passivo entre outras informações.

Este trabalho possui importância, pois apresentou como a contabilidade surgiu

e como ocorreu sua formação nos últimos anos, apresentando também como os

relatórios da demonstração contábil são influentes e necessários para as

organizações que desejam e buscam o crescimento perante o mercado. Pois com as

demonstrações contábeis é possível identificar fatores que podem ser melhorados

para que a empresa se mantenha no mercado.

Sendo as demonstrações contábeis uma importante ferramenta para a

contabilidade e para as organizações, foi necessário compreender como ela trabalha

e como a sua falta pode ser prejudicial as organizações e também como o profissional

de contabilidade trabalha atuando nessa área da contabilidade, nesse contexto o que

são demonstrações contábeis e qual a sua importância?

Para conseguir explicar tal questionamento, foi necessário realizar uma

pesquisa metodológica identificando e apresentando as demonstrações contábeis e a

sua importância, através da identificação e evolução do conceito de contabilidade,

apresentar também como trabalha a análise das demonstrações contábeis e analisar

a importância que a ela tem para o profissional de contabilidade que deseja trabalhar

com essa área.

Para conseguir explicar como trabalha a demonstrações contábeis foi

desenvolvido uma pesquisa através de revisões literárias, de textos extraídos de

livros, artigos e materiais que abordam o assunto, utilizando autores renomados sobre

o assunto, garantindo a veracidade dos fatos apresentados. Os materiais que serão

utilizados partirão dos anos 80 até os dias atuais, para que dessa forma, seja possível

compreender melhor o assunto estudado.

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2. HISTÓRICO DA CONTABILIDADE

A ciência contábil, assim como outras áreas de conhecimento profissional, não

possui uma data certa para o seu surgimento, porém acredita-se que ela tenha surgido

com os primórdios da civilização.

Segundo Crepaldi (2004, p. 16) a contabilidade é uma das ciências mais

antigas que se conhece, e segundo os historiadores, Aristóteles, há mais de 2000 mil

anos, já refletia acerca de uma ciência que controla a riqueza”.

Existem diversos registros de que as civilizações antigas já possuíam esboço

de técnicas contábeis. É possível considerar que esse esboço se travava de técnicas

de controle de suas operações.

Porém segundo Ribeiro Filho, Lopes e Pederneiras (2009, p. 22), “já existiam

registros históricos de fundamentos contábeis há cerca de 4.000 a.C., verificados na

história da antiga Sumaria, da Mesopotâmia e do antigo Reino Egípcio, como controle

de bens, verificados nos objetos encontrados de escavações realizadas nas regiões

do Oriente.

Silva e Martins (2011, p.19) dizem também que “os iniciadores da História da

Contabilidade foram os povos mais antigos, como os hindus, os chineses, os egípcios,

os fenícios, os israelitas, os persas, os caldeus, os assírios, os gregos e romanos.”

Os autores pensam dessa forma, pois essas civilizações já utilizavam nessa

época diversos símbolos para registrar suas posses, porém até o surgimento dos

algarismos arábicos, não foi possível a contabilidade ser vista com certa qualidade.

A ideia de somar e subtrair, nasceu das necessidades do homem em ter que

lidar com o dia a dia, e as coisas que eram necessários para sua sobrevivência, seja

ela feita em grupo ou a sós. Como também veio da necessidade de preservar e

guardar seus bens de consumo para o futuro, visando a trocas de mercadorias, tanto

diretamente como indiretamente, foi nesse momento em que se viu surgindo a ideia

de matemático-econômico-contábil de se adquirir ou trocar mercadorias de sobras, de

uso e de consumo. (SILVA, MARTINS, 2011)

A história da evolução da contabilidade é estudada por diversos pensadores e

escritores, que buscam compreender como essa ciência, surgiu e evoluiu para o que

é conhecido hoje. Sá (1999) definiu e dividiu a estrutura da evolução contábil em 7

partes, sendo eles, Empírica, Intuitivo Primitivo, Racional Mnemônico, Logico

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Racional, Pré-científico, Científico e Filosófico Normativo. Que rementem a diversas

épocas da evolução humana também.

Os três primeiros períodos, Empírico, Intuitivo Primitivo e Racional Mnemônico

partem desde 20.000 a.C até o começo da idade média, quando surge então o terceiro

período. Nestes dois primeiros, utiliza-se a identificação de forma rudimentar dos

elementos patrimoniais, através de desenhos e formas esculpidas. (SILVA, MARTINS,

2011)

No terceiro período, o da era Lógico Racional, o conhecimento contábil,

preocupou-se com a evidência de causa e efeito dos fenômenos organizados em

sistemas primários, que deu assim origem à partida dobrada. (SÁ, 1999)

Sá (1999), diz que na era da contabilidade pré-científica “nessa fase, ocorre a

formação das primeiras teorias empíricas, abrindo caminho para a lógica do

conhecimento contábil que transcendeu a simples informação”.

Na era da contabilidade cientifica, aparecem as primeiras obras fundamentadas

cientificamente e estabelecem as bases das escolas do pensamento contábil, é a

época em que se passou a estudar a essência, os significados e os fatos informados

e relativos ao patrimônio. (SÁ, 1999)

A era da contabilidade filosófica normativa, segundo Sá (1999, p. 17) foi “o

período que ocorreu a preocupação com a normatização das informações e com a

interpretação conceptual, definindo bem as áreas das informações e com a

interpretação conceptual dos fenômenos patrimoniais”.

Nessas setes eras apresentadas tentam demonstrar as evoluções que a ciência

contábil teve desde os primórdios de seu surgimento. Ajudando a compreender como

ela trabalha, e como sua evolução foi importante na época, e como ainda é importante

atualmente.

Já no Brasil, a contabilidade acredita-se que tenha vindo junto com o seu

descobrimento, a partir do momento em que a família real portuguesa de mudou para

cá. Pois havia a necessidade de controlar e analisar produtos que daqui eram

retirados.

Há relatos de que a contabilidade no Brasil surge dividida em 2 períodos, antes

de 1900 e pós 1900, como relatado no Código Brasileiro de 1850, foi umas das

primeiras legislações na área contábil:

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A partir dele tornou-se obrigatório a escrituração contábil e a elaboração anual da demonstração do balanço geral. Em 1890, a Escola Politécnica do Rio de Janeiro passou a oferecer as disciplinas de Direito Administrativo e Contabilidade, seguindo a tendência inicial de colocar a Contabilidade como uma disciplina intimamente ligada ao direito. Em 20 de abril de 1902, urge a Escola Pratica de Comércio Alvares Penteado que teve, em 09 de janeiro de 1905, o conhecimento oficial do curso de guarda de livros e de perito contador. Em 1946, foi criada a faculdade de Ciências Contábeis da USP e é também desse ano a criação do Conselho Federal de Contabilidade (CFC). (IUDÍCIBUS, 1997, P.36 37)

Assim podemos entender que a contabilidade no Brasil começou desde cedo,

e teve uma breve evolução, sofrendo claro com os períodos históricos em que ela foi

se encontrando, como no período colonial e no período do Brasil república.

No próximo capítulo, será possível compreender e estudar sobre como funciona

as demonstrações contábeis que são importantes ferramentas de trabalho para todo

o profissional de contabilidade.

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3. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

As demonstrações contábeis consistem em um conjunto de relatórios, previstos

em lei ou consagrados pela prática, normalmente elaborados ao final do exercício

social, com objetivo de apresentar os resultados de determinada organização. Com

isso a Lei nº 6.404/76 definiu a maioria dos demonstrativos utilizados pelos contadores

para a análises, alguns dos demonstrativos são obrigatórios em qualquer

circunstância, já alguns outros são facultativos e outros ainda, são obrigatórios em

circunstancias especiais.

Segundo Reis (2006, p. 41) “os demonstrativos obrigatórios por todos, são

balanço patrimonial, demonstração do resultado do exercício e a demonstração dos

lucros e prejuízos acumulados”. Esses demonstrativos buscam apresentar a situação

em que a empresa se encontra, qual é o patrimônio que ela tem, e também apresentar

se está tendo lucro ou prejuízo no decorrer do ano.

Algumas das outras demonstrações se tornam obrigatórias dependendo da

situação, como a demonstração das mutações do patrimônio líquido, porem se ela é

apresentada, torna-se desnecessário a apresentação da demonstração dos lucros ou

prejuízos acumulados, uma vez que nesta primeira já consta informações da última.

As demonstrações contábeis, tem com objetivo de modo geral, fornecer

informações para as corretas gestões dos negócios e avaliação dos resultados

operacionais, ainda fornecer elementos que possibilitam aos empresários e

administradores o planejamento e o controle do patrimônio da empresa e das

atividades sociais.

Segundo IBRACON (NPC 27),

As demonstrações contábeis são uma representação estruturada da posição patrimonial e financeira em determinada data e das transações realizadas por uma entidade no período findo nessa data. O objetivo das demonstrações contábeis do uso geral é fornecer informações sobre a posição patrimonial e financeira, o resultado e o fluxo financeiro de uma entidade, que são úteis para uma ampla variedade de usuários na tomada de decisões. As demonstrações contábeis também mostram os resultados do gerenciamento, pela administração dos recursos que lhe são confiados.

As informações apresentadas dos demonstrativos contábeis interessam não só

aos gestores, mas também, as pessoas que por qualquer motivo, mantenham

relações com a empresa, como credores, investidores em potencial e o fisco. Através

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dos demonstrativos eles conseguem estar analisando a capacidade que a empresa,

a fim de dizer se ela pode ser considerada uma empresa solida ou não. (REIS, 2006)

Existem oito tipos de demonstrativos contábeis que são balanço patrimonial,

demonstração do resultado do exercício, demonstração de lucros os prejuízos

acumulados, demonstração das mutações do patrimônio líquido, demonstração das

origens e aplicações de recursos, demonstração de fluxo de caixa e por último a

demonstração do valor adicionado, porém será apresentado os três principais, que

são balanço patrimonial, demonstração do resultado do exercício e demonstração de

lucro ou prejuízo acumulado.

3.1 BALANÇO PATRIMONIAL

O balanço patrimonial, como o próprio nome dá a entender se trata de um

relatório que apresenta o patrimônio que a empresa possui, ou seja, os bens que a

empresa tem, sendo que eles podem ser divididos e caracterizados em dois principais

grupos, o patrimônio ativo e o passivo.

Diniz (2015), diz que “o balanço patrimonial representa todos os bens, direitos

e obrigações que uma empresa possui. Os bens e direitos ficam do lado esquerdo do

balanço, chamado de ativo e no lado direito ficam as obrigações e o patrimônio líquido

chamado de passivo.

O balanço patrimonial é a relação de seus bens ativos e passivos mais o

patrimônio líquido apresentado em uma determinada data. Apresenta-se nessa

demonstração a posição patrimonial e financeira da empresa. Felicitando assim o

entendimento da capacidade financeira da empresa, e identificando também quais os

bens que ela possui. (CRC PR, 2011)

O balanço patrimonial além de apresentar os bens, direitos e obrigações é

também utilizado para a análise financeira, onde Padoveze (2004, p. 35) diz que:

Dentro dessa visão, o Ativo representa todas as aplicações de recursos de

dentro da empresa. Enquanto o passivo representa todas as origens (fontes) de

recursos que entraram na empresa. As origens de recursos evidenciadas no passivo

são de dois tipos: próprios e recursos de terceiros.

Nesse sentido, o balanço patrimonial também pode ser descrito, como a

demonstração financeira que apresenta de forma resumida a situação patrimonial da

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empresa tanto de forma qualitativa quanto quantitativa. Compreendendo os bens,

direitos e obrigações. Para sua elaboração, é necessário ter em mãos outro

demonstrativo contábil, o DRE (demonstração do resultado do exercício. (RIBEIRO,

1999)

3.2 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (DRE)

A demonstração do resultado do exercício, vem por sua vez, apresentar o

resultado do período, sendo lucro ou prejuízo, e quais os seus fatores determinantes,

esse demonstrativo, apresenta também em sequência lógica e ordenada todos os

fatores que influenciam para mais ou para menos o resultado do período.

A demonstração do resultado do exercício (DRE) foi instituída no artigo 187 da

Lei nº 6404, de 15 de dezembro de 1976 e tem como objetivo principal apresentar

resumidamente, de forma vertical, as operações realizadas num determinado período,

geralmente de doze meses, e o resultado pode ser lucro ou prejuízo.

Diniz (2015, p.52) define demonstração do resultado do exercício como:

Uma demonstração contábil que nos possibilita observar os aumentos e as reduções causadas no patrimônio líquido pelas operações executadas por determinada organização. Normalmente, as receitas representam aumento no Ativo, e aumentando o Ativo, aumenta o Patrimônio Líquido. As despesas representam redução do Patrimônio líquido, por meio de um entre dois caminhos possíveis: redução do Ativo ou aumento do Passível Exigível. De forma simplificada, podemos dizer que a DRE é o resumo do movimento de certas entradas e saídas no Balanço Patrimonial, entre duas datas.

Ou seja, a DRE pode ser definida, como um relatório que apresenta as idas e

vindas de uma organização, pois ela faz a comparação entre duas datas identificando

o que cresceu e o que diminuiu nesse período, para que dessa forma os dados

apresentados sejam utilizados no balanço patrimonial da empresa.

3.3 DEMONSTRAÇÃO DE LUCROS OU PREJUIZOS ACUMULADOS

A demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados, busca mostrar e

apresentar a variação ocorrida na conta de Lucros ou Prejuízos acumulados da

empresa de um período a outro, evidencia também a destinação dada ao resultado

do período e aos períodos anteriores.

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Diniz (2015, p.55) define a demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados,

como “um relatório contábil que tem por finalidade evidenciar a destinação do lucro

líquido apurado no final de cada exercício social”. Ou seja, busca identificar se a

empresa está tendo lucro ou prejuízo, analisando o saldo inicial e o saldo final do

período analisado.

A demonstração dos lucros ou prejuízo acumulados apresenta o resultado da

entidade e as alterações nos lucros ou prejuízos acumulados para o período de

divulgação. De acordo com o CRC PR (2011, p.38) a demonstração de lucros ou

prejuízos deve apresentar os seguintes itens:

Lucros ou prejuízos acumulados no início do período contábil; dividendos ou outras formas de lucros declarados e pagos ou a pagar durante o período; ajustes nos lucros ou prejuízos acumulados em razão de correção de erros de períodos anteriores; lucro ou prejuízo apurado no período; ajuste nos lucros ou prejuízos acumulados em razão de mudança de práticas contábeis; e por fim lucros ou prejuízos acumulados no fim do período contábil.

A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados evidencia o lucro apurado

no exercício de sua destinação, bem como os eventos que modificam o salto da conta

de lucros ou prejuízos acumulados. Ela deve apresentar indicar o montante do

dividendo por ação do capital social.

Dessa forma com a apresentação das principais demonstrações contábeis foi

possível identificar como elas trabalham e de uma forma resumida, entender o papel

que cada uma têm para a apresentação dos resultados para o gestor sobre a empresa,

no próximo capítulo será apresentado a importância que as demonstrações tem.

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4. IMPORTÂNCIA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

As demonstrações contábeis possuem grande importância, pois apresentam a

saúde da empresa, como ela está tanto financeiramente, como economicamente, pois

ajuda analisa e compreende os ativos e passivos da empresa. Mas para entender

melhor a verdadeira importância das demonstrações contábeis, é preciso

compreender a sua análise tanto vertical quanto horizontal e seus índices financeiros

e econômicos.

A análise das demonstrações contábeis, é amplamente aceita tanto no meio

empresarial, quanto no meio acadêmico, ela é dividida em duas categorias distintas a

financeira e econômica, Oliveira, et al (2010, p.3) as define como:

Análise financeira, que possibilita a interpretação da saúde financeira da empresa, seu grau de liquidez e capacidade de solvência; analise econômica, que possibilita a interpretação das variações do patrimônio e da riqueza gerada por sua motivação.

Dessa forma, pode-se dizer que tanto a análise financeira quanto a econômica

são elaboradas e avaliadas sob vários pontos de vista diferentes, atendendo a

necessidade de cada usuário, por isso ela se torna tão importante para a organização,

pois ela se ajusta as reais necessidades da organização.

4.1 ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL

A análise horizontal tem por objetivo apontar a variação de itens das

demonstrações contábeis através dos períodos, a fim de caracterizar tendência. Trata-

se de identificar o ritmo de crescimento dos vários itens apresentados. A análise

horizontal pode ser apresentada também como análise de tendência ou analise de

evolução. (OLIVEIRA, ET AL (2010)

Camelo, Et al (2007, p. 178) diz que:

A análise horizontal consiste na comparação entre os valores de uma mesma conta ou grupo de contas, em diferentes períodos. É essencialmente um método de análise temporal. A análise horizontal pode ser feita de acordo com o cálculo das variações em relação à um ano base, desta forma é chamada de análise horizontal encadeada, e sendo em relação ao ano anterior, será denominada análise horizontal anual.

Dessa forma pode-se entender que a análise horizontal trata da avaliação e

análise das demonstrações pelo tempo, estipulando e apresentando o que ocorreu de

Page 19: DANIEL KEYTI WATANABE DOS SANTOS

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um ano para o outro, eu de outros períodos de tempo, conseguindo entender e explicar

se a empresa apresento crescimento ou prejuízo de um determinado período para

outro.

A análise vertical, também conhecida como análise de estrutura, sua técnica

consiste em dividir todos os elementos do ativo pelo valor total desse mesmo ativo e

todos os valores do passivo pelo total desse passivo. Dessa forma obtendo o

percentual que cada elemento representa do todo. (OLIVEIRA, ET AL 2010)

Matarazzo (2007, p. 249) define por sua vez que:

A análise vertical mostra a importância de cada conta em relação à demonstração financeira a que pertence, e através da comparação com padrões do ramo ou com percentuais da própria empresa em anos anteriores, permitir inferir se há itens fora das proporções normais.

A análise vertical ajuda a compreender melhor a estrutura do ativo e do passivo

da empresa, pois interage com cada item da demonstração de resultado do lucro ou

prejuízo, apresenta também qual a porcentagem que item tem nessa análise, e

consegue identificar qual item pode ser melhorado a fim desse conseguir uma

porcentagem menor, no caso de custos.

É importante que as análises verticais e horizontais sejam usadas de formas

combinadas. Não se deve tirar decisões e respostas apenas de uma análise, pois esse

índice pode variar muito, e dessa forma acabar tomando uma decisão de forma errada,

por isso deve-se trabalhar com as duas juntas, a fim de prevenir erros e obter um

resultado melhor. (MATARAZZO, 2007)

4.2 ÍNDICES DE LIQUIDEZ

Os índices são usados para medir as condições de pagamento que a empresa

tem, ou seja, se a empresa apresenta um quadro favorável ou não para saldar e quitar

duas dívidas, de forma imediata, no curto ou longo prazo. Silva (1999, p. 266) diz que

os índices de liquidez,

Visam fornecer um indicador de capacidade da empresa de pagar suas dívidas, a partir da comparação entre os direitos realizáveis e as exigibilidades. No geral, a liquidez decorre da capacidade de a empresa ser lucrativa, da administração de seu ciclo financeiro e das suas decisões estratégicas de investimento e financiamento.

Os índices são utilizados para avaliar a capacidade que a empresa tem de

pagar suas dívidas, ou seja, constitui uma apreciação sobre se a empresa tem

Page 20: DANIEL KEYTI WATANABE DOS SANTOS

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capacidade para saldar seus compromissos, essa capacidade de pagamento pode

ser avaliada considerando o longo prazo, curto prazo, ou prazo imediato.

(MATARAZZO, 2002).

A liquidez imediata, é aquela no momento, curto prazo, também conhecido

como liquidez absoluta ou instantânea, é o valor que a empresa dispõe para pagar

suas dívidas de curto prazo. Assaf Neto (2007, p. 190) afirma que a liquidez imediata:

Revela a porcentagem das dívidas a curto prazo (circulante) em condições se se serem liquidadas imediatamente. Esse quociente é normalmente baixo pelo pouco interesse das empresas em manter recursos monetários em caixa, ativo operacionalmente de reduzida rentabilidade.

Dessa forma, pode-se concluir que a liquidez imediata, conforme apresentado

pelos autores, é aquela que determina o saldo, caixa que a empresa possui para quitar

ou saldar suas dívidas no curto prazo, esse índice pode determinar a um fornecedor

se a empresa é confiável ou não para estar vendendo.

A liquidez corrente por sua vez, analisa a capacidade da empresa em atender

suas obrigações no curto prazo, o que pode parecer igual a liquidez imediata, porém

nesta ela relaciona o valor que a empresa tem em caixa para saldar suas dívidas e

também quanto ela pode converter no momento para liquidar suas contas no curto

prazo.

Este quociente relaciona quantos reais dispomos, imediatamente disponíveis e

conversíveis em curto prazo em dinheiro, com relação às dívidas de curto prazo. É um

índice muito divulgado e frequentemente considerado como o melhor indicador da

situação de liquidez da empresa. É preciso considerar que no numerador estão

incluídos itens tão diversos como: disponibilidade, valores a receber a curto prazo,

estoques e certas despesas pagas antecipadamente. No denominador, estão

incluídas as dívidas e obrigações vencíveis a curto prazo.

Nesse sentido, pode-se dizer que o índice de liquidez corrente relaciona

quantos reais a empresa dispõe imediatamente, e quais são conversíveis em dinheiro

no curto prazo, englobando às dívidas que a empresa também possui no curto prazo.

Outro índice de liquidez que deve ser levado em consideração, é o índice da

liquidez seca, esse índice leva em consideração a capacidade que a empresa tem

para efetuar seus pagamentos mais o seu estoque. Gitman e Madura (2003, p.195)

dizem que “o índice seco é parecido com o índice de liquidez no curto prazo, exceto

por excluir o estoque, em geral é o ativo circulante de menor liquidez”.

Page 21: DANIEL KEYTI WATANABE DOS SANTOS

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Já o índice de liquidez geral, serve para detectar a real saúde financeira da

empresa, no que se refere à liquidez de longo prazo. Ela confronta o total de ativos

circulantes e realizável ao longo prazo com o total dos passivos também circulantes

de longo prazo. Segundo Assaf Neto (2007, p.191) “esse indicador revela que a

liquidez, tanto a curto como a longo prazo. De cada R$ 1,00 que a empresa tem de

dívida, o quanto existe de direitos e haveres no circulante e no realizável a longo

prazo”.

Com a análise desses métodos apresentados até aqui, é possível compreender

que a importância que a análise das demonstrações contábeis está em analisar a

capacidade que a empresa possui, para quitar suas dívidas tanto no curto quanto no

longo prazo, a fim de mostrar e apresentar aos seus credores que a empresa é “solida”

ou seja, que cumpre o que promete. Como também, ela consegue apresentar se a

empresa não está com uma liquidez bacana, e dessa forma apresentar melhorias que

consiga resolver esses problemas da empresa.

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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após estudar sobre a importância das demonstrações contábeis, é possível

concluir que as demonstrações contábeis são uma importante ferramenta para a

contabilidade e também para as organizações como um todo, pois através dela é

possível estar identificando índices de liquidez, controle de estoques, controle do ativo

e passivo da organização, buscando compreender a situação financeira das

empresas.

É possível concluir também, que a contabilidade é uma importante área dentro

da organização, pois é através dela e de seu profissional que as demonstrações

contábeis são realizadas e analisadas, onde após essas analises é apresentada aos

gestores das empresas e das organizações ajudando-os a identificar pontos em que

podem melhorar dentro da empresa, ajudando e contribuindo de para a tomada de

decisões e também para o crescimento da empresa.

Dessa forma, as demonstrações contábeis são de extrema importância para

todas as organizações, não só para criar e atingir seus objetivos, mas também para

apresentar aos possíveis investidores a situação da empresa, através das

demonstrações contábeis é possível estar identificando esses fatores de liquides e

solvência, que podem ser decisivos para que a empresa cresça ou se mantenha

atuando no mercado.

Page 23: DANIEL KEYTI WATANABE DOS SANTOS

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REFERÊNCIAS

ASSAF NETO, Alexandre. Estrutura e análise de balanços. 8ª ed. São Paulo: Atlas,

2007.

CRC-PR. Demonstrações Contábeis, 6 de junho de 2011.

https://www.crcpr.org.br/new/content/download/2011_demonstracoesContabeis.pdf

acesso em 07 de setembro de 2019 ás 14:30.

CREPALDI, Silvio Aparecido. Curso Básico de Contabilidade. Ed. Atas – 4ª Edição,

São Paulo, 2003.

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Rio de Janeiro 2015.

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