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DADOS NUMÉRICOS

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DADOS NUMÉRICOS

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Bento Gonçalves – Natalidade 1992 a 2014 SMS – Serviço de Vigilância Epidemiológica

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BENTO GONÇALVES

RELATÓRIO

EPIDEMIOLÓGICO

NATALIDADE

SISTEMA DE INFORMAÇÕES SOBRE NASCIMENTOS - SINASC

11ª REVISÃO

1992 a 2014 Rio Grande do Sul Bento Gonçalves

Secretaria Municipal da Saúde Serviço de Vigilância Epidemiológica

DADOS NUMÉRICOS

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ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

BENTO GONÇALVES

Secretaria Municipal de Saúde

Serviço de Vigilância Epidemiológica

Colaboradores José Antônio Rodrigues da Rosa (coordenador e organizador)

Letícia Biasus Fabiane Giacomello

Márcia Dal Pizzol Jakeline Galski Rosiak

Junho de 2015

Rua Goiânia, nº 590, Bairro Botafogo, CEP 95700-000

e-mail: [email protected]

Os dados desta publicação são de domínio público e podem ser utilizados, desde que citadas as fontes.

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SISTEMA DE INFORMAÇÕES SOBRE NASCIMENTOS - SINASC O Sistema de Informações sobre Nascimentos (SINASC) foi implantado no Brasil em 1992. Ele consiste num conjunto de ações executadas pelos níveis municipal, estadual e federal que visam garantir que todas as instâncias envolvidas cumpram suas obrigações técnicas e legais no processo de declaração do nascimento. Essa cadeia de ações inicia-se, antes mesmo, da ocorrência do nascimento através da impressão dos formulários de declaração de nascido vivo (DN) e da sua distribuição para os serviços e profissionais que têm a responsabilidade de declarar um nascimento. A declaração de nascido vivo (DN) compõe-se de um formulário de três vias (branca, rosa e amarela) no qual são registradas as informações relativas ao nascimento: nome da mãe, endereço de residência da mãe e de ocorrência do nascimento, data de nascimento do recém-nascido, peso e idade gestacional ao nascer, Apgar, entre outros dados. Após corretamente preenchidas pelo profissional que declarou o nascimento, a via amarela é fornecida para a mãe do recém-nascido, a fim de que seja feito o registro no Cartório de Registro Civil de Pessoas Naturais (RCPN). A via rosa permanece arquivada junto ao prontuário hospitalar da mãe. A via branca da DN é entregue à Secretaria Municipal de Saúde (SMS) pelo hospital ou serviço onde ocorreu o nascimento. Em Bento Gonçalves, o Serviço de Vigilância Epidemiológica da SMS, desde o ano 2000, é o responsável por garantir o correto funcionamento do SINASC, de tal forma que cada nascimento ocorrido no município cumpra as exigências do sistema e seja devidamente informado para a SMS. A Vigilância Epidemiológica vem utilizando os dados do SINASC para caracterizar as principais questões relativas à natalidade em nosso município. O presente relatório procura descrever o perfil da natalidade de Bento Gonçalves, apresentando séries históricas das principais características, entre os anos de 1992 a 2014. Ele representa a 11ª Revisão atualizada dos dados sobre os nascidos vivos. De modo geral, os dados informados neste relatório, em particular, os anteriores a 1999, têm como fonte o Ministério da Saúde (In: datasus.gov.br), a Secretaria Estadual da Saúde do RS (Núcleo de Informações em Saúde), a 5ª Coordenadoria Regional de Saúde (Caxias do Sul) e o próprio Serviço de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde de Bento Gonçalves. Até a presente data, o site do Datasus (http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php) disponibilizou os dados do SINASC referentes ao período de 1994 a 2013. No website da Prefeitura de Bento Gonçalves (http://www.bentogoncalves.rs.gov.br), é possível acessar e baixar outros relatórios na página da Vigilância Epidemiológica (link Saúde em Bento), como mostra a figura abaixo.

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Bento Gonçalves – Natalidade 1992 a 2014 SMS – Serviço de Vigilância Epidemiológica

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NATALIDADE EM BENTO GONÇALVES Neste relatório, o Serviço de Vigilância Epidemiológica (SVE) da Secretaria Municipal da Saúde de Bento Gonçalves apresenta os dados numéricos do Sistema de Informações sobre Nascimentos (SINASC) referentes ao período de 1992 a 2014. Estes dados são relativos aos nascimentos vivos residentes no município. Para o ano de 2014, os dados são parciais e serão atualizados após a consolidação do SINASC realizada pela Secretaria Estadual da Saúde. Regularmente, a equipe da Vigilância Epidemiológica revisa as bases de dados e aprimora as informações dos seus relatórios, a fim de qualificar a análise da situação da natalidade no município. Importante ressaltar que em 1999 e, novamente, em junho de 2010, os formulários das Declarações de Nascido Vivo (DNs) sofreram alterações. Por essa razão, existem diferenças na apresentação das séries históricas do período de 1992 a 1998 em relação ao período de 1999 a 2010 e 2011 a 2014. A apresentação dos dados está didaticamente dividida nos seguintes blocos: - Bloco I: Recém-Nascido - Bloco II: Gestação e Parto - Bloco III: Mãe - Bloco IV: Coeficientes com Base no SINASC - Bloco V: Malformações Congênitas - Bloco VI: Mapas e Tabelas: Bairro/Local de Residência da Mãe - Bloco VII: Gráficos 1. Número de Nascidos Vivos por Ano 2. Nascidos Vivos por Faixa Etária Materna 3. Nascidos Vivos por Duração da Gestação 4. Nascidos Vivos por Tipo de Parto 5. Nascidos Vivos por Peso ao Nascer 6. Nascidos Vivos e Malformação Congênita ao Nascer Esta divisão foi baseada no relatório de Estatísticas de Nascimento (SINASC) do Núcleo de Informações em Saúde da Secretaria Estadual da Saúde do Rio Grande do Sul.

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BLOCO I – RECÉM-NASCIDO: 1992 a 1999 Tabela 1. 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 Local de Ocorrência Hospital 1.275 1.320 1.335 1.052 1.368 1.426 1.353 1.456 Outro Estabelecim. de Saúde 0 0 0 0 0 0 0 0 Domicílio 4 5 0 0 1 2 5 1 Outro 0 0 4 0 2 1 0 0 Ignorado 0 0 0 0 1 0 1 0 Sexo Masculino - - 642 489 695 722 679 743 Feminino - - 696 562 677 707 679 714 Ignorado - - 1 1 0 0 1 0 Peso ao Nascer Média de Pesos (gramas) 3.273 3.311 3.301 3.273 3.274 3.240 3.242 3.231 Desvio Padrão - - 550,5 550,0 590,0 567,7 526,0 565,7 Peso Mínimo - - 550 510 450 610 720 385 Peso Máximo - - 5.010 5.200 5.600 5.035 5.070 5.000 <500 gramas - - 0 0 1 0 0 2 500 a 999 gramas - - 7 2 3 7 2 5 1000 a 1499 gramas - - 4 6 13 13 6 11 1500 a 1999 gramas - - 18 14 18 21 15 22 2000 a 2499 gramas - - 61 48 60 74 68 76 2500 a 2999 gramas - - 211 190 258 294 296 302 3000 a 3499 gramas - - 617 475 596 613 570 602 3500 a 3999 gramas - - 317 243 306 314 312 333 4000 a 4499 gramas - - 88 65 93 86 77 83 4500 e + gramas - - 16 9 21 7 9 18 Ignorado - - 0 0 3 0 4 3 Muito Baixo Peso (<1.500 g) e Convênio

SUS - - - - - - - - Não SUS - - - - - - - - Ignorado - - - - - - - - Baixo Peso (<2.500 g) e Convênio

SUS - - - - - - - - Não SUS - - - - - - - - Ignorado - - - - - - - - Apgar no 5º minuto 0 a 2 - - 5 3 3 5 1 1 3 a 5 14 6 16 12 3 3 6 a 7 - - 46 34 41 35 28 40 8 a 10 - - 1.271 1.008 1.304 1.373 1.317 1.406 Ignorado - - 3 1 8 4 10 7 Anomalia Congênita (Malformações)

Sim 4 5 8 8 1 4 7 13 Não 1.275 1.320 1.331 1.044 1.371 1.425 1.352 1.444 Ignorado 0 0 0 0 0 0 0 0 Total de Nascidos Vivos 1.279 1.325 1.339 1.052 1.372 1.429 1.359 1.457

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Bento Gonçalves – Natalidade 1992 a 2014 SMS – Serviço de Vigilância Epidemiológica

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BLOCO I – RECÉM-NASCIDO: 2000 a 2009 Tabela 1. (continuação) 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009Local de Ocorrência Hospital 1.288 1.237 1.183 1.230 1.215 1.203 1.162 1.124 1.138 1.249Outro Estabelecim. de Saúde 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 Domicílio 2 4 0 0 2 0 1 0 1 0 Outro 1 0 0 1 0 1 2 0 1 0 Ignorado 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Sexo Masculino 651 644 635 596 624 632 579 596 578 650 Feminino 640 597 548 636 593 572 586 528 562 599 Ignorado 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Peso ao Nascer Média de Pesos (gramas) 3.225 3.219 3.200 3.150 3.142 3.142 3.123 3.064 3.105 3.097Desvio Padrão 555,3 547,8 551,4 550,4 589,6 567,1 575,3 595,1 579,3 559,0Peso Mínimo 600 100 320 380 421 425 380 505 435 565 Peso Máximo 5.000 5.130 6.075 4.785 5.570 4.760 5.500 5.050 4.800 4.715<500 gramas 0 1 1 1 2 1 1 0 5 0 500 a 999 gramas 4 4 5 5 7 9 9 8 7 6 1000 a 1499 gramas 9 6 5 14 11 14 9 14 6 13 1500 a 1999 gramas 18 20 22 23 27 19 21 32 23 28 2000 a 2499 gramas 75 63 64 74 82 77 93 93 87 106 2500 a 2999 gramas 283 273 264 293 288 268 272 312 303 311 3000 a 3499 gramas 502 503 509 512 503 518 502 417 450 511 3500 a 3999 gramas 317 293 249 260 239 246 205 209 210 232

4000 a 4499 gramas 71 72 52 48 50 45 44 34 42 37

4500 e + gramas 12 6 12 2 8 7 9 5 7 5

Ignorado 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Muito Baixo Peso (<1.500 g) e Convênio

SUS - - 8 12 14 13 13 13 4 13 Não SUS - - 3 8 5 11 6 9 14 6 Ignorado - - 0 0 1 0 0 0 0 0 Baixo Peso (<2.500 g) e Convênio

SUS - - 71 65 79 64 79 79 51 83 Não SUS - - 25 50 49 56 54 68 77 70 Ignorado - - 1 2 1 0 0 0 0 0 Apgar no 5º minuto 0 a 2 0 3 4 2 1 2 5 3 5 2 3 a 5 5 7 6 2 4 5 3 5 4 3 6 a 7 22 23 25 26 29 19 27 12 7 21 8 a 10 1.261 1.202 1.146 1.201 1.181 1.177 1.130 1.104 1.123 1.223Ignorado 3 6 2 1 2 1 0 0 1 0 Anomalia Congênita (Malformações)

Sim 7 9 11 8 11 14 14 13 11 15 Não 1.284 1.232 1.172 1.224 1.206 1.190 1.151 1.111 1.129 1.234Ignorado 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Total de Nascidos Vivos 1.291 1.241 1.183 1.232 1.217 1.204 1.165 1.124 1.140 1.249

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BLOCO I – RECÉM-NASCIDO: 2010 a 2014 Tabela 1. (continuação) 2010 2011 2012 2013 2014 Local de Ocorrência Hospital 1.253 1.270 1.407 1.472 1.552 Outro Estabelecim. de Saúde 0 0 3 3 3 Domicílio 3 2 1 0 3 Outro 0 2 0 0 0 Ignorado 0 0 0 0 0 Sexo Masculino 634 662 724 734 798 Feminino 622 612 687 741 760 Ignorado 0 0 0 0 0 Peso ao Nascer Média de Pesos (gramas) 3.125 3.130 3.160 3.119 3.132 Desvio Padrão 568,6 606,7 550,8 546,8 586,8 Peso Mínimo 315 440 495 360 375 Peso Máximo 4.915 5.170 5.035 5.220 4.805 <500 gramas 2 3 1 1 4 500 a 999 gramas 10 9 5 8 10 1000 a 1499 gramas 9 24 13 13 17 1500 a 1999 gramas 21 25 18 21 30 2000 a 2499 gramas 93 70 90 102 105 2500 a 2999 gramas 317 297 366 380 355 3000 a 3499 gramas 508 525 555 637 665 3500 a 3999 gramas 245 269 284 260 301 4000 a 4499 gramas 47 47 67 46 61

4500 e + gramas 4 5 12 7 10

Ignorado 0 0 0 0 0 Muito Baixo Peso (<1.500 g) e Convênio

SUS 16 23 13 11 21 Não SUS 5 13 6 11 10 Ignorado 0 0 0 0 0 Baixo Peso (<2.500 g) e Convênio

SUS 86 62 70 69 84 Não SUS 49 69 57 76 82 Ignorado 0 0 0 0 0 Apgar no 5º minuto 0 a 2 4 2 0 3 3 3 a 5 2 2 3 3 4 6 a 7 26 24 23 20 27 8 a 10 1.222 1.244 1.384 1.449 1.522 Ignorado 2 2 1 0 2 Anomalia Congênita (Malformações)

Sim 10 12 9 18 18 Não 1.246 1.262 1.402 1.457 1.540 Ignorado 0 0 0 0 0 Total de Nascidos Vivos 1.256 1.274 1.411 1.475 1.558

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Bento Gonçalves – Natalidade 1992 a 2014 SMS – Serviço de Vigilância Epidemiológica

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BLOCO II – GESTAÇÃO E PARTO: 1992 a 1999 Tabela 2. (continuação) 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 Duração da Gestação <22 semanas - - 0 1 2 1 0 2 22 a 27 semanas - - 8 3 4 5 4 4 28 a 36 semanas 64 62 72 68 76 99 83 166 37 a 41 semanas - - 1.254 980 1.283 1.323 1.265 1.280 42 e + semanas - - 4 0 3 1 2 3 Ignorado - - 1 0 4 0 5 2 Tipo de Gravidez Única - - 1.310 1.030 1.338 1.399 1.335 1.418 Dupla - - 29 22 32 27 22 33 Tripla ou + - - 0 0 0 3 0 6 Ignorado - - 0 0 2 0 2 0 Tipo de Parto Vaginal 785 824 772 582 723 731 704 740 Cesariano 494 501 567 470 648 698 653 717 Ignorado 0 0 0 0 1 0 2 0 Parto Vaginal e Convênio

SUS - - - - - - - - Não SUS - - - - - - - - Ignorado - - - - - - - - Parto Cesariano e Convênio

SUS - - - - - - - - Não SUS - - - - - - - - Ignorado - - - - - - - - Nº de Consultas Pré-Natal

Nenhuma - - - 21 27 22 21 22 De 1 a 3 - - - - - - - 153 De 4 a 6 - - - - - - - 515 7 ou mais - - - 670 812 736 713 759 Ignorado - - - 7 4 1 6 8 Nº de Nascimentos e Convênio

SUS - - - - - - - - Não SUS - - - - - - - - Ignorado - - - - - - - - Total de Nascidos Vivos 1.279 1.325 1.339 1.052 1.372 1.429 1.359 1.457

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BLOCO II – GESTAÇÃO E PARTO: 2000 a 2009 Tabela 2. (continuação) 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Duração da Gestação <22 semanas 0 2 2 1 2 0 0 1 2 0 22 a 27 semanas 3 3 1 3 5 9 7 5 10 5 28 a 36 semanas 78 84 94 117 134 120 127 163 134 153 37 a 41 semanas 1.207 1.152 1.084 1.107 1.066 1.052 1.006 938 982 1.08642 e + semanas 2 0 2 4 10 23 25 17 12 5 Ignorado 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Tipo de Gravidez Única 1.265 1.217 1.167 1.200 1.192 1.177 1.137 1.098 1.109 1.213Dupla 26 24 16 32 22 27 28 23 28 36 Tripla ou + 0 0 0 0 3 0 0 3 3 0 Ignorado 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Tipo de Parto Vaginal 612 565 504 511 460 479 446 407 497 511 Cesariano 679 676 679 721 757 725 719 717 643 738 Ignorado 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Parto Vaginal e Convênio

SUS - - 442 448 418 443 414 362 391 420 Não SUS - - 57 60 37 36 32 45 106 91 Ignorado - - 5 3 5 0 0 0 0 0 Parto Cesariano e Convênio

SUS - - 333 283 358 308 326 293 218 281 Não SUS - - 332 420 381 417 393 424 425 457 Ignorado - - 14 18 18 0 0 0 0 0 Nº de Consultas Pré-Natal

Nenhuma 25 17 15 10 22 15 9 6 9 12 De 1 a 3 143 119 105 71 65 68 43 49 28 23 De 4 a 6 380 353 318 276 246 208 166 152 135 132 7 ou mais 739 752 745 874 884 913 946 917 967 1.081Ignorado 4 0 0 1 0 0 1 0 1 1 Nº de Nascimentos e Convênio

SUS - - 775 731 776 751 740 655 609 701 Não SUS - - 389 480 418 453 425 469 531 548 Ignorado - - 19 21 23 0 0 0 0 0 Total de Nascidos Vivos 1.291 1.241 1.183 1.232 1.217 1.204 1.165 1.124 1.140 1.249

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Bento Gonçalves – Natalidade 1992 a 2014 SMS – Serviço de Vigilância Epidemiológica

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BLOCO II – GESTAÇÃO E PARTO: 2010 a 2014 Tabela 2. (continuação) 2010 2011 2012 2013 2014Duração da Gestação <22 semanas 0 1 0 1 1 22 a 27 semanas 9 14 4 7 12 28 a 36 semanas 121 158 167 151 178 37 a 41 semanas 1.126 1.080 1.235 1.313 1.36242 e + semanas 0 21 5 3 5 Ignorado 0 0 0 0 0 Tipo de Gravidez Única 1.237 1.241 1.385 1.417 1.520Dupla 19 30 26 55 35 Tripla ou + 0 3 0 3 3 Ignorado 0 0 0 0 0 Tipo de Parto Vaginal 467 451 474 442 478 Cesariano 789 823 757 1.033 1.080Ignorado 0 0 0 0 0 Parto Vaginal e Convênio

SUS 412 376 407 370 413 Não SUS 55 75 67 72 65 Ignorado 0 0 0 0 0 Parto Cesariano e Convênio

SUS 341 330 334 396 454 Não SUS 448 493 603 637 626 Ignorado 0 0 0 0 0 Nº de Consultas Pré-Natal

Nenhuma 15 12 6 16 13 De 1 a 3 37 51 44 44 43 De 4 a 6 146 181 173 199 216 7 ou mais 1.056 1.028 1.187 1.215 1.286Ignorado 2 2 1 1 0 Nº de Nascimentos e Convênio

SUS 753 706 741 766 867 Não SUS 503 568 670 709 691 Ignorado 0 0 0 0 0 Total de Nascidos Vivos 1.256 1.274 1.411 1.475 1.558

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BLOCO III – MÃE: 1992 a 1999 Tabela 3. (continuação) 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 Idade da Mãe 10 a 14 anos 7 8 10 6 6 10 15 13 15 a 19 anos 172 164 181 142 205 230 220 240 20 a 24 anos 316 328 321 291 319 322 339 343 25 a 29 anos 311 338 404 261 380 344 321 362 30 a 34 anos 267 276 256 235 292 329 276 301 35 a 39 anos 164 167 133 100 136 148 152 159 40 a 44 anos 41 42 31 17 30 38 35 37 45 a 49 anos 1 2 3 0 3 2 1 2 Ignorado 0 0 0 0 1 6 0 0 Instrução da Mãe (Escolaridade)

Nenhuma 10 7 8 7 11 5 8 9 1º Grau Incompleto - - 871 689 881 919 820 - 1º Grau Completo - - 225 138 209 196 224 - 2º Grau - - 163 155 176 210 214 - 1 a 3 anos - - - - - - - 62 4 a 7 anos - - - - - - - 533 8 a 11 anos - - - - - - - 625 12 anos e + (superior) - - 72 58 91 99 88 226 Ignorado - - 0 5 4 0 5 2 Nº de Filhos Vivos Nenhum - - - - 652 693 654 646 1 a 3 - - - - 660 664 642 739 4 e mais - - - - 60 71 58 72 Total de Nascidos Vivos 1.279 1.325 1.339 1.052 1.372 1.429 1.359 1.457

BLOCO III – MÃE: 2000 a 2009 Tabela 3. (continuação) 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009Idade da Mãe 10 a 14 anos 8 5 4 9 7 10 6 4 5 5 15 a 19 anos 210 206 194 189 173 169 162 155 140 162 20 a 24 anos 310 276 280 306 308 280 292 236 267 290 25 a 29 anos 298 320 281 285 263 311 291 294 288 295 30 a 34 anos 250 256 234 274 252 241 229 233 246 291 35 a 39 anos 170 146 152 133 163 151 144 161 152 163 40 a 44 anos 43 30 36 34 47 42 40 38 41 42 45 a 49 anos 2 2 2 2 4 0 1 3 1 1 Ignorado 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Instrução da Mãe (Escolaridade)

Nenhuma 9 6 5 3 7 4 3 1 0 0 1º Grau Incompleto - - - - - - - - - - 1º Grau Completo - - - - - - - - - - 2º Grau - - - - - - - - - - 1 a 3 anos 81 80 72 52 43 35 32 17 22 20 4 a 7 anos 615 518 498 448 380 347 308 282 245 263 8 a 11 anos 427 473 476 564 580 567 571 599 602 685 12 anos e + (superior) 153 162 132 165 206 250 251 225 271 281 Ignorado 6 2 0 0 1 1 0 0 0 0 Nº de Filhos Vivos Nenhum 618 555 526 628 615 633 622 616 640 701 1 a 3 615 634 599 565 555 535 507 469 475 520 4 e mais 58 52 58 39 47 36 36 39 25 28 Total de Nascidos Vivos 1.291 1.241 1.183 1.232 1.217 1.204 1.165 1.124 1.140 1.249

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Bento Gonçalves – Natalidade 1992 a 2014 SMS – Serviço de Vigilância Epidemiológica

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BLOCO III – MÃE: 2010 a 2014 Tabela 3. (continuação) 2010 2011 2012 2013 2014Idade da Mãe 10 a 14 anos 4 12 8 7 10 15 a 19 anos 136 140 152 194 176 20 a 24 anos 310 288 292 284 310 25 a 29 anos 342 321 373 334 391 30 a 34 anos 285 306 345 386 411 35 a 39 anos 134 170 198 213 210 40 a 44 anos 40 35 42 53 46 45 a 49 anos 5 2 1 4 4 Ignorado 0 0 0 0 0 Instrução da Mãe (Escolaridade)

Nenhuma 0 0 1 1 1 1º Grau Incompleto - - - - - 1º Grau Completo - - - - - 2º Grau - - - - - 1 a 3 anos 18 28 9 14 11 4 a 7 anos 227 234 237 224 262 8 a 11 anos 691 694 750 790 820 12 anos e + (superior) 320 318 412 445 464 Ignorado 0 0 2 1 0 Nº de Filhos Vivos Nenhum 700 700 814 872 876 1 a 3 528 548 572 579 661 4 e mais 28 26 25 24 21 Total de Nascidos Vivos 1.256 1.274 1.411 1.475 1.558

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BLOCO IV – COEFICIENTES COM BASE NO SINASC: 1992 a 1999 Tabela 4. 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999

Partos de NV+Abortos

<19 anos (%) - - - 15,8 20,1 21,3 23,2 21,1

Coeficientes Gerais

Natalidade 16,9 17,1 17,1 13,3 16,5 16,7 15,6 16,3

Fertilidade 58,1 60,3 60,2 46,8 56,7 57,6 53,6 56,2

Coeficientes de Mortalidade Infantil

CM Neonatal Precoce (<7 dias) 7,8 2,3 6,0 8,6 8,0 9,8 3,7 9,6

CM Neonatal Tardio (7 a 27 dias) 6,3 6,0 3,0 3,8 4,4 0,7 2,9 2,1

CM Pós-Neonatal (28 dias a 1 ano) 6,3 6,0 2,2 3,8 3,6 3,5 3,7 3,4

CM Infantil (<1 ano) 20,3 14,3 11,2 16,2 16,0 14,0 10,3 15,1

CM <5 anos 22,7 18,1 12,7 27,6 18,2 16,1 11,8 18,5

Nº Óbitos <1 ano 26 19 15 17 22 20 14 22

Nº Óbitos de 1 a 4 anos 3 5 2 12 3 3 2 5

Total de Nascidos Vivos 1.279 1.325 1.339 1.052 1.372 1.429 1.359 1.457

BLOCO IV – COEFICIENTES COM BASE NO SINASC: 2000 a 2009 Tabela 4. (continuação) 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Partos de NV+Abortos

<19 anos (%) 22,0 23,6 21,0 - - - - - - -

Coeficientes Gerais

Natalidade 14,1 13,6 12,8 12,7 12,3 11,8 11,2 11,2 10,8 11,7

Fertilidade 48,2 46,4 43,5 43,4 42,1 40,1 38,1 38,2 37,7 40,9

Coeficientes de Mortalidade Infantil

CM Neonatal Precoce (<7 dias) 2,3 4,8 5,1 2,4 4,9 6,6 5,2 8,9 8,8 7,2

CM Neonatal Tardio (7 a 27 dias) 3,1 2,4 0,0 3,2 3,3 2,5 4,3 1,8 2,6 0,8

CM Pós-Neonatal (28 dias a 1 ano) 2,3 0,8 3,4 2,4 3,3 2,5 2,6 1,8 0,9 1,6

CM Infantil (<1 ano) 7,7 8,1 8,5 8,1 11,5 11,6 12,0 12,5 12,3 9,6

CM <5 anos 7,7 10,5 11,0 8,9 12,3 12,4 15,5 15,1 13,2 10,4

Nº Óbitos <1 ano 10 10 10 10 14 14 14 14 14 12

Nº Óbitos de 1 a 4 anos 0 3 3 1 1 1 4 3 1 1

Total de Nascidos Vivos 1.291 1.241 1.183 1.232 1.217 1.204 1.165 1.124 1.140 1.256

BLOCO IV – COEFICIENTES COM BASE NO SINASC: 2010 a 2014 Tabela 4. (continuação) 2010 2011 2012 2013 2014

Partos de NV+Abortos

<19 anos (%) - - - - -

Coeficientes Gerais

Natalidade 11,7 11,7 12,9 13,2 13,9

Fertilidade 40,7 40,9 44,8 46,1 48,4

Coeficientes de Mortalidade Infantil

CM Neonatal Precoce (<7 dias) 4,8 7,8 3,5 4,1 5,8 CM Neonatal Tardio (7 a 27 dias) 1,6 4,7 0,7 2,0 1,9 CM Pós-Neonatal (28 dias a 1 ano) 3,2 1,6 1,4 2,0 1,9 CM Infantil (<1 ano) 9,6 14,1 5,7 8,2 9,6

CM <5 anos 11,1 17,3 7,1 9,5 10,3

Nº Óbitos <1 ano 12 18 8 12 15

Nº Óbitos de 1 a 4 anos 2 4 2 2 1

Total de Nascidos Vivos 1.256 1.274 1.411 1.469 1.558

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Bento Gonçalves – Natalidade 1992 a 2014 SMS – Serviço de Vigilância Epidemiológica

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BLOCO V – MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS: 1992 a 1999 Tabela 5. 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 Anomalias Congênitas Por Aparelho/Sistema

Sistema Nervoso 1 0 2 1 0 1 2 0 Olho, Ouvido, Face e Pescoço 0 0 0 0 0 0 0 1 Aparelho Circulatório 2 4 3 6 1 1 2 4 Aparelho Respiratório 0 1 0 0 0 1 1 0 Fenda Labial e Fenda Palatina 0 0 0 0 0 0 0 1 Aparelho Digestivo 0 0 1 0 0 0 1 0 Aparelho Geniturinário 0 0 0 0 0 0 0 0 Aparelho Osteomuscular 0 0 1 0 0 1 0 4 Outras malformações cong. e as NE* 0 0 0 1 0 0 0 0 Anomalias Cromossômicas 0 0 0 0 0 0 0 1 Síndrome de Down 1 0 1 0 0 0 1 2 Total de Malformações 4 5 8 8 1 4 7 13

*Não Especificadas

BLOCO V – MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS: 2000 a 2009 Tabela 5. (continuação) 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Anomalias Congênitas Por Aparelho/Sistema

Sistema Nervoso 1 1 2 0 3 0 5 1 1 1 Olho, Ouvido, Face e Pescoço 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 Aparelho Circulatório 0 1 1 0 3 2 1 3 3 4 Aparelho Respiratório 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 Fenda Labial e Fenda Palatina 1 0 1 2 1 1 0 1 0 1 Aparelho Digestivo 0 0 0 1 1 1 1 0 2 0 Aparelho Geniturinário 1 2 4 0 0 0 0 3 1 0 Aparelho Osteomuscular 4 5 2 4 3 4 5 3 3 6 Outras malformações cong. e as NE* 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 Anomalias Cromossômicas 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 Síndrome de Down 0 0 1 1 0 3 2 2 1 0 Total de Malformações 7 9 11 8 11 14 14 13 11 15

*Não Especificadas BLOCO V – MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS: 2010 a 2014 Tabela 5. (continuação) 2010 2011 2012 2013 2014 Total (%) Anomalias Congênitas Por Aparelho/Sistema

Sistema Nervoso 0 4 1 0 1 28 12,2 Olho, Ouvido, Face e Pescoço 0 0 0 1 1 5 2,2 Aparelho Circulatório 1 0 1 4 4 51 22,2 Aparelho Respiratório 0 0 0 0 0 4 1,7 Fenda Labial e Fenda Palatina 2 1 2 1 1 16 7,0 Aparelho Digestivo 0 1 0 2 2 13 5,7 Aparelho Geniturinário 1 1 3 1 3 20 8,7 Aparelho Osteomuscular 4 5 2 6 4 66 28,7 Outras malformações cong. e as NE* 1 0 0 1 0 4 1,7 Anomalias Cromossômicas 0 0 0 0 1 4 1,7 Síndrome de Down 1 0 0 2 1 19 8,3 Total de Malformações 10 12 9 18 18 230 100,0

*Não Especificadas

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BLOCO VI – MAPAS E TABELAS: BAIRRO/LOCAL DE RESIDÊNCIA DA MÃE Tabela 6A. Número Total e Proporção de Nascidos Vivos por Bairro de Residência da Mãe, Bento Gonçalves, 1998 a 2014.

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Bento Gonçalves – Natalidade 1992 a 2014 SMS – Serviço de Vigilância Epidemiológica

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BLOCO VI – MAPAS E TABELAS: BAIRRO/LOCAL DE RESIDÊNCIA DA MÃE Tabela 6B. Número Total e Taxa de Nascidos Vivos de Mães Adolescentes (<20 Anos) por Bairro de Residência da Mãe, Bento Gonçalves, 1998 a 2014.

Observação: o total não soma 100%

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20

BLOCO VI – MAPAS E TABELAS: BAIRRO/LOCAL DE RESIDÊNCIA DA MÃE Tabela 6C. Número Total e Taxa de Nascidos Vivos Prematuros (<37 Semanas) por Bairro de Residência da Mãe, Bento Gonçalves, 1998 a 2014.

Observação: o total não soma 100%

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Bento Gonçalves – Natalidade 1992 a 2014 SMS – Serviço de Vigilância Epidemiológica

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BLOCO VI – MAPAS E TABELAS: BAIRRO/LOCAL DE RESIDÊNCIA DA MÃE Tabela 6D. Número Total e Taxa de Nascidos Vivos por Nenhuma Consulta de Pré-Natal por Bairro de Residência da Mãe, Bento Gonçalves, 1998 a 2014.

Observação: o total não soma 100%

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22

BLOCO VI – MAPAS E TABELAS: BAIRRO/LOCAL DE RESIDÊNCIA DA MÃE Tabela 6E. Número Total e Taxa de Nascidos Vivos de Baixo Peso ao Nascer (<2.500 Gramas) por Bairro de Residência da Mãe, Bento Gonçalves, 1998 a 2014.

Observação: o total não soma 100%

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Bento Gonçalves – Natalidade 1992 a 2014 SMS – Serviço de Vigilância Epidemiológica

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BLOCO VI – MAPAS E TABELAS: BAIRRO/LOCAL DE RESIDÊNCIA DA MÃE Mapa 1.

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24

BLOCO VI – MAPAS E TABELAS: BAIRRO/LOCAL DE RESIDÊNCIA DA MÃE Mapa 2.

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Bento Gonçalves – Natalidade 1992 a 2014 SMS – Serviço de Vigilância Epidemiológica

25

BLOCO VI – MAPAS E TABELAS: BAIRRO/LOCAL DE RESIDÊNCIA DA MÃE Mapa 3.

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BLOCO VI – MAPAS E TABELAS: BAIRRO/LOCAL DE RESIDÊNCIA DA MÃE Mapa 4.

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Bento Gonçalves – Natalidade 1992 a 2014 SMS – Serviço de Vigilância Epidemiológica

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BLOCO VI – MAPAS E TABELAS: BAIRRO/LOCAL DE RESIDÊNCIA DA MÃE Mapa 5.

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BLOCO VII – GRÁFICOS 1. NÚMERO DE NASCIDOS VIVOS POR ANO Gráfico 1. Número de Nascidos Vivos e Taxa de Natalidade Anuais e Decenais, Bento Gonçalves, 1990 a 2014.

2. NASCIDOS VIVOS POR FAIXA ETÁRIA MATERNA Gráfico 2.

Nascidos Vivos por Faixa Etária Materna Proporcional (%),Bento Gonçalves, 1992 a 2014 (N= 29.632)

0,6

13,9

23,325,0

21,8

12,2

3,0

0,20,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

10 a 14 15 a 19 20 a 24 25 a 29 30 a 34 35 a 39 40 a 44 45 a 49

Fonte: SMS - Vigil. Epidemiológica

(%)

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Bento Gonçalves – Natalidade 1992 a 2014 SMS – Serviço de Vigilância Epidemiológica

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Gráfico 3.

Nascidos Vivos e Idade Materna <20 Anos Por Ano Proporcional,Bento Gonçalves, 1992 a 2014

13,6

11,911,3

11,9

14,0

13,0

14,314,1

15,4

16,817,3 17,4

16,9 17,016,7

16,1

14,814,914,414,1

12,713,4

11,1

10,0

11,0

12,0

13,0

14,0

15,0

16,0

17,0

18,0

19,01

99

2

19

93

19

94

19

95

19

96

19

97

19

98

19

99

20

00

20

01

20

02

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

Fonte: SMS - Vigil. Epidemiológica

(%)

<20 anos

Linear (<20 anos)

Gráfico 4.

Nascidos Vivos por Idade Materna <20 anos e Convênio de Saúde da Mãe Proporcional, Bento Gonçalves, 2002 a 2014

94,192,090,692,190,087,886,991,894,6

86,691,789,990,9

5,98,09,47,910,09,1 10,1 6,7

11,25,4 7,5 11,7 11,0

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

100,0

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Fonte: SMS - Vigil. Epidemiológica

Pro

po

rcio

nal SUS

Não SUS

Gráfico 5.

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30

3. NASCIDOS VIVOS POR DURAÇÃO DA GESTAÇÃO Gráfico 6.

Nascidos Vivos e Duração da Gestação Proporcional (%),Bento Gonçalves, 1994 a 2014 (N= 27.028)

0,59,4

0,5

89,5

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

100,0

<28 semanas 28 a 36 semanas 37 a 41 semanas 42 semanas emais

Fonte: SMS - Vigil. Epidemiológica

(%)

Gráfico 7.

Nascidos Vivos e Duração da Gestação <37 Semanas Por Ano Proporcional, Bento Gonçalves, 1994 a 2014

10,8

12,312,1

13,6

6,0

6,8

6,0

7,3

6,4

11,8

6,37,2

8,2

9,8

11,610,7

11,5

15,0

12,812,7

10,4

4,0

6,0

8,0

10,0

12,0

14,0

16,0

18,0

19

94

19

95

19

96

19

97

19

98

19

99

20

00

20

01

20

02

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

Fonte: SMS - Vigil. Epidemiológica

(%)

<37 semanas

Linear (<37 semanas)

Gráfico 8.

Nascidos Vivos e Duração da Gestação <28 Semanas Por Ano Proporcional, Bento Gonçalves, 1994 a 2014

0,5

0,8

0,3

1,2

0,6

0,40,4 0,40,3

0,4

0,2

0,4

0,30,3

0,6

0,7

0,60,5

1,1

0,4

0,7

0,0

0,4

0,8

1,2

1,6

19

94

19

95

19

96

19

97

19

98

19

99

20

00

20

01

20

02

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

Fonte: SMS - Vigil. Epidemiológica

(%)

<28 semanas

Linear (<28 semanas)

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Bento Gonçalves – Natalidade 1992 a 2014 SMS – Serviço de Vigilância Epidemiológica

31

Gráfico 9.

4. NASCIDOS VIVOS POR TIPO DE PARTO Gráfico 10.

Nascidos Vivos e Tipo de Parto Proporcional por Ano, Bento Gonçalves, 1992 a 2014

30,0

35,0

40,0

45,0

50,0

55,0

60,0

65,0

70,0

75,0

80,0

Fonte: SMS Vigilância Epidemiológica

(%)

Vaginal

Cesariano

Vaginal 61,4 62,2 57,7 55,3 52,7 51,2 51,8 50,8 47,4 45,6 42,6 41,5 37,8 39,8 38,3 36,2 43,6 40,9 37,2 35,4 33,6 30,0 30,7

Cesariano 38,6 37,8 42,3 44,7 47,2 48,8 48,1 49,2 52,6 54,4 57,4 58,5 62,2 60,2 61,7 63,8 56,4 59,1 62,8 64,6 66,4 70,0 69,3

1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Gráfico 11.

Nascimentos Por Tipo de Parto e Convênio de Saúde da MãeProporcional (%), Bento Gonçalves, 2002 a 2014 (n= 16.488)

55,5

11,6

44,5

88,4

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

100,0

SUS Não SUS

Fonte: SMS - Vigil. Epidemiológica

(%)

Vaginal (n= 6.127)

Cesariano (n= 10.361)

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32

Gráfico 12. Parto Cesariana por Idade Materna Proporcional (%),

Bento Gonçalves, 1999, 2005, 2010 e 2014

59,1

48,7

42,0 44

,6

64,6

72,4

86,7

40,0 42

,6

61,3

72,4

78,1

77,1

90,0

23,1

35,8

43,7

51,4

59,5

30,0

64,6

78,4

70,9

69,0

25,0

34,6

58,7

70,9

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

100,0

<15 15-19 20-24 25-29 30-34 35-39 40 e +

Fonte: SMS - Vigil. Epidemiológica

1999 2005

2010 2014

5. NASCIDOS VIVOS POR NÚMEROS DE CONSULTAS DE PRÉ-NATAL DA MÃE Gráfico 13.

Gráfico 14.

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Bento Gonçalves – Natalidade 1992 a 2014 SMS – Serviço de Vigilância Epidemiológica

33

6. NASCIDOS VIVOS POR PESO AO NASCER Gráfico 15.

Gráfico 16.

Nascidos Vivos e Baixo Peso (<2500g) Por Ano Proporcional,Bento Gonçalves, 1994 a 2014

9,8

10,7

9,0

6,7 6,7 6,9

8,0

6,7

8,08,2

7,68,2

9,5

10,610,0

11,4

13,1

11,2

12,2

10,710,3

6,0

8,0

10,0

12,0

14,0

19

94

19

95

19

96

19

97

19

98

19

99

20

00

20

01

20

02

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

Fonte: SMS - Vigil. Epidemiológica

(%)

<2500

Linear (<2500)

Gráfico 17.

Nascidos Vivos e Muito Baixo Peso (<1500g) Por Ano Proporcional, Bento Gonçalves, 1994 a 2014

1,5

2,0

1,3

0,8 0,8

1,21,4

0,6

1,2

1,00,9 0,9

1,6 1,6

2,0

1,6

2,0

1,61,5

1,7

2,8

0,4

0,6

0,8

1,0

1,2

1,4

1,6

1,8

2,0

2,2

2,4

2,6

2,8

3,0

19

94

19

95

19

96

19

97

19

98

19

99

20

00

20

01

20

02

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

Fonte: SMS - Vigil. Epidemiológica

(%)

<1500

Linear (<1500)

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34

Gráfico 18.

Gráfico 19.

Gráfico 20.

Risco de Morte no Primeiro Ano de Vida e Peso ao Nascer (%)Bento Gonçalves, 1999 a 2014

100,0

64,0

16,0

4,61,4 0,5 0,2 0,2

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

100,0

0 a 499 500 a 999 1000 a 1499 1500 a 1999 2000 a 2499 2500 a 2999 3000 a 3499 3500 e +Peso em gramas

Ris

co

de

Mo

rre

r %

Fonte: SMS – Vigilância Epidemiológica

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Bento Gonçalves – Natalidade 1992 a 2014 SMS – Serviço de Vigilância Epidemiológica

35

7. NASCIDOS VIVOS E MALFORMAÇÃO CONGÊNITA AO NASCER Gráfico 21.

Nascidos Vivos com Malformação Congênita Proporcional,Bento Gonçalves, 1992 a 2014

0,1

0,7

0,9

0,90,90,9

0,8

0,6

0,40,3

0,3

0,5 0,5

0,6

0,8

0,6

1,21,21,2

1,0

1,21,2

1,2

0,0

0,2

0,4

0,6

0,8

1,0

1,2

1,4

19

92

19

93

19

94

19

95

19

96

19

97

19

98

19

99

20

00

20

01

20

02

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

Fonte: SMS - Vigilância Epidemiológica

Pro

po

rcio

na

l

Malformação Congênita

Linear (Malformação Congênita)

Gráfico 22.

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36

8. PRINCIPAIS RESULTADOS 1 - Número de Nascidos Vivos Residentes Considerando o intervalo de 25 anos decorridos entre 1990 e 2014, o número de nascimentos vivos residentes em Bento Gonçalves e registrados pelo Sistema sobre Nascimentos Vivos (SINASC) apresentou dois momentos distintos: uma tendência contínua de queda que durou 19 anos, e uma retomada progressiva no aumento de nascimentos que iniciou no ano de 2008, e que tem se mantido até 2014 (ver Bloco I – Tabela I e Gráfico 1). Entre as décadas de 1990-1999 e de 2000-2009, o número médio anual de nascimentos vivos residentes sofreu uma queda de 11,87%, passando de 1.367, para 1.205 nascimentos anuais, respectivamente. Somente nos primeiros cinco anos de 2010-2014, o número médio de nascimentos chegou a 1.395 ao ano, sendo maior do que o das duas décadas anteriores, e representando um aumento de 15,79% em relação a toda a década de 2000-2009. A expectativa para 2015, levando-se em conta o primeiro semestre do ano, é que o total de nascimentos fique entre 1.650 a 1.700, mantendo a tendência de aumento. 1.1 - Número de Nascidos Vivos por Bairro/Localidade de Residência da Mãe A Tabela 6A e o Mapa 1 mostram a distribuição dos nascimentos de acordo com o bairro ou a localidade de residência da mãe em Bento Gonçalves, para o período de 1998 a 2014. Para essa análise, foram consideradas as informações de endereço de residência registradas nos formulários das Declarações de Nascido Vivo (DNs). A equipe da Vigilância Epidemiológica (VE) tem como rotina revisar os dados de endereço de todas as DNs, a fim de avaliar inconsistências e corrigir erros de registros de ruas, bairros e municípios. Se por ocasião do registro do nascimento no Cartório de Registro de Pessoas Naturais (RCPN) de Bento Gonçalves, os pais informarem um endereço de residência diferente da DN, o Cartório elabora e envia, mensalmente, para a VE uma lista com as mudanças de endereço da mãe. Este novo endereço informado no Cartório, é, então, alterado na DN e digitado no SINASC. O mapa utilizado neste relatório foi construído pela Vigilância Epidemiológica com base no mapa urbano oficial de Bento Gonçalves de 2012, publicado pelo Instituto de Planejamento Urbano (IPURB). Foram acrescentados loteamentos que não constam no mapa urbano oficial, de modo a mostrar os nascimentos ocorridos nestes locais. Pinto Bandeira que, até 2012, era um distrito de Bento Gonçalves, emancipou-se e virou município em 2013. Desde 1998, entre os 69 bairros, loteamentos ou localidades do município, os que têm apresentado o maior número de nascimentos têm sido: Municipal (n= 1.129), Santa Helena, Zatt, Progresso e São Roque. 2 - Taxas de Natalidade Baseadas no SINASC As taxas de natalidade apresentadas neste relatório foram calculadas com base no número de nascidos vivos registrados no SINASC, exceto para os anos de 1990 e 1991, para os quais se utilizou os dados do IBGE para a população menor de 1 ano de idade. Em Bento Gonçalves, as taxas de natalidade variaram de 21,2/1.000 nascidos vivos em 1990, para 13,9/1.000 nascidos vivos em 2014 (ver Bloco IV - Tabela 4 e Gráfico 1). Na década de 1990-1999, a taxa média de natalidade do município foi de 16,9/1.000 nascidos vivos, passando para 12,2/1.000 na década de 2000-2009, o que representou uma diminuição de 27,9%. Nos primeiros cinco anos da década de 2010, o aumento dos nascimentos vivos fez a taxa média de natalidade passar para 12,7/1.000, representando um aumento de 4,40% em relação à década anterior. Infelizmente, não é possível calcular a taxa de natalidade para cada um dos bairros. Isso, porque não há informações disponíveis sobre o número de habitantes residentes em cada um deles. O IBGE realiza levantamentos populacionais por regiões censitárias que não correspondem, necessariamente, às áreas geográficas de cada bairro. Fundamentação As taxas de natalidade sofrem a influência de diversos fatores, como, por exemplo: número de mulheres em idade fértil na população; acesso, oferta e uso de métodos contraceptivos por homens e mulheres; políticas

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Bento Gonçalves – Natalidade 1992 a 2014 SMS – Serviço de Vigilância Epidemiológica

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públicas de Planejamento Familiar; nível de educação da população; questões culturais relativas à sexualidade e à maternidade/paternidade; questões econômicas; raça das mulheres migrações; ocupação dos espaços urbanos (loteamentos, invasões, construção de condomínios), entre outras[2, 5, 15, 16]. As mulheres brancas e aquelas com maior nível de instrução, por exemplo, são as que mais utilizam métodos contraceptivos no Brasil[16]. Em relação à questão econômica, é notório o fato de que são as regiões mais pobres que, geralmente, concentram as maiores taxas de natalidade. No mundo, as taxas de natalidade variam de 6,72 (Mônaco) a 46,12 por 1.000 nascidos vivos (Níger). Entre os 42 países com taxas superiores a 30,0 por 1.000, 37 são Africanos. Opostamente, entre os 32 países com taxas menores a 10,0 por 1.000, a maioria está no continente Europeu[2]. No Brasil, as taxas de natalidade variam de 11,60 por 1.000 no Rio Grande do Sul a 28,78 em Roraima (IBGE, 2009). As Regiões Norte (20,01 por 1.000) e Nordeste (18,91) apresentaram as maiores taxas de natalidade, enquanto a Região Sul (12,34) apresentou a menor[15]. No RS, os dados do SINASC da SES demonstram uma queda progressiva das taxas médias da natalidade gaúcha: de 19,4/1.000, na década de 1990, para 13,9/1.000, na década de 2000, e 12,7/1.000 nos quatro primeiros anos da década de 2010-2013[14, 21]. Em Bento Gonçalves, embora não seja possível calcular as taxas de natalidade por bairro, vale dizer que dois dos bairros com o maior número de nascimentos (Municipal e Zatt) caracterizam-se por serem locais de baixas condições socioeconômicas. O conhecimento das tendências das taxas de natalidade é de fundamental importância para o planejamento das ações e investimentos governamentais, como, por exemplo: para estimar a necessidade do número de vagas e de profissionais que atuam em escolas de educação infantil e de ensino fundamental; o número e a distribuição geográfica dos profissionais e serviços de saúde que prestam assistência ao público infantil (puericultura, vacinas) e às gestantes (pré e pós-natal, parto); planejamento familiar; projeção de expansão, melhorias e adequações na infraestrutura sanitária e de apoio (esgoto, água, eletricidade, telefonia, pavimentação de ruas) nas comunidades em crescimento populacional; agravamento de problemas sociais e de segurança pública, etc.[5, 15]. 3 - Faixa Etária Materna Em Bento Gonçalves, a faixa etária materna com a maior proporção de nascimentos vivos foi a de 20 a 34 anos, com 70,2% do total de nascimentos ocorridos entre 1992 a 2014 (variação: 66,5% em 2000 e 74,8% em 1995) (ver Gráfico 2). Entre as mulheres <20 anos, a taxa média de nascimentos tem sido de 14,5%. Na década de 1992-1999, a proporção de maternidade na adolescência era de 15,4%, caindo para 15,1% na década de 2000-2009 e para 12,0% nos cinco primeiros anos da década de 2010-2014. Em 2014, 11,9% das mulheres que se tornaram mães eram adolescentes (ver Gráfico 3). Em todos os anos da série histórica de 2002 a 2014, verificou-se que a maternidade na adolescência predominou entre as adolescentes que tiveram parto pelo SUS (ver Gráfico 4). Do total de partos entre adolescentes, 87,8% eram gestantes do SUS. Os bairros/localidades do município que vêm apresentando o maior número de gestantes adolescentes têm sido: Municipal (334 nascimentos), Zatt, Eucaliptos e Tancredo Neves (ver Tabela 6B e Mapa 2). Em Bento Gonçalves, vem se observando um aumento de nascimentos entre as mulheres na faixa etária de 35 anos e mais e de 40 anos e mais (ver Gráfico 5). Nos anos 90, 10,9% dos nascimentos ocorriam entre gestantes de 35 anos e mais, passando para 13,3% nos primeiros cinco anos da década de 2010. De modo semelhante, os partos entre as mulheres de 40 anos e mais que representavam 2,7% do total de nascimentos vivos na década de 90, passaram a representar 3,3% no primeiro qüinqüênio dos anos 2010. Fundamentação No RS, os dados do SINASC da SES também demonstram uma maior prevalência de nascimentos na faixa etária de 20 a 34 anos (69,3%, em média)[21]. As taxas de maternidade entre as adolescentes gaúchas, à exemplo do que ocorre no município, também têm reduzido em todo o estado, caindo de 19,2% em 1996, para 16,2% em 2013[14, 21]. Entre as mulheres com 35 anos e mais, a proporção de nascidos vivos passou de 12,2% nos anos 90 para 14,4% no primeiro quadriênio da década de 2010[14]. No Brasil, as maiores taxas de maternidade na adolescência encontram-se nas regiões Norte (26,5%) e Nordeste (22,1%), havendo uma queda das taxas nacionais, de 22,2% na década de 90 para 19,3% no ano de 2013[14].

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Dado o seu impacto sobre a vida das mulheres, a maternidade na adolescência é um assunto de grande importância em Saúde Pública. A adolescência corresponde a um período do desenvolvimento humano marcado por intensas mudanças físicas, psicológicas e emocionais[18]. A maternidade precoce aumenta os riscos para as mães e seus recém-nascidos (ver os tópicos sobre Prematuridade, Peso ao Nascer e Malformações Congênitas deste relatório). As adolescentes grávidas são mais propensas a ter abortos inseguros do que gestantes adultas, contribuindo, substancialmente, para a ocorrência de problemas de fertilidade e de mortes maternas[24]. Ela aumenta a exposição a infecções sexualmente transmissíveis, interrompe o processo educacional, dificulta a inserção das adolescentes no mercado de trabalho, cria ou exacerba conflitos familiares, impõe mudanças no desenvolvimento psíquico das jovens, aumenta a possibilidade de discriminação e exclusão social pelos seus pares e complica a formação dos vínculos afetivos com o seu bebê[15, 18]. Ações de prevenção à gravidez na adolescência podem significar a redução desses problemas. As ações de apoio e assistência trazem resultados benéficos para as adolescentes e seus filhos. A oferta de suporte psicológico às jovens e às suas famílias pode minimizar problemas de relacionamento, evitando a desintegração social e familiar[18]. As gestações tardias, isto é, acima dos 35 anos, também devem receber atenção especial, uma vez que estão sujeitas a uma maior freqüência de intercorrências obstétricas (trabalho de parto prematuro, hemorragia anteparto, trabalho de parto prolongado, apresentação anômala, distocias, pós-datismo, oligo e polidrâmnio, ruptura prematura de membranas) que afetam o desenvolvimento fetal[3, 10, 24]. Gestantes com 35 anos e mais também apresentam risco aumentado para complicações maternas (obesidade, diabetes mellitus, hipertensão arterial crônica, pré-eclampsia), fetais e do recém-nascido (anormalidades cromossômicas e abortamento, sofrimento fetal, baixo peso ao nascer, restrição do crescimento fetal e óbito neonatal)[3, 10] (ver os tópicos sobre Prematuridade, Peso ao Nascer e Malformações Congênitas deste relatório). Por essas razões, é fundamental que a assistência pré-natal destas mulheres leve em consideração as suas condições de vida e saúde. 4 - Prematuridade Em Bento Gonçalves, a grande maioria dos bebês tem nascido com idade gestacional de 37 a 41 semanas (89,5%). Em 9,9% dos partos de nativivos, os bebês são prematuros (<37 semanas) (ver Bloco II – Tabela 2 e Gráfico 6). As taxas de prematuridade vêm crescendo no município desde os anos 90, passando de 6,0% para 12,3% em 2014 (ver Bloco II – Tabela 2 e Gráfico 7). Do mesmo modo, os nascimentos de bebês muito prematuros (<28 semanas) também vêm demonstrando tendência de aumento (ver Bloco II – Tabela 2 e Gráfico 8). Dos anos 90 até o primeiro qüinqüênio da década de 2010, o número médio de nascimentos prematuros no município aumentou 83,11%. Neste mesmo período, o número médio de nascimentos muito prematuros (<28 semanas) aumentou 72,94%. As taxas de prematuridade (<37 semanas) aumentam com o avançar da idade materna, sendo mais elevadas entre as gestantes com 35 anos e mais (12,61%) (ver Gráfico 9). As taxas de prematuridade extrema (<28 semanas) são maiores entre as gestantes com menos de 20 anos de idade (0,73%) e naquelas com 35 anos e mais (0,63%). Entretanto, nas adolescentes com menos de 15 anos, a taxa de prematuridade extrema é de 2,3%, ou, 4,8 vezes maior do que a verificada entre as gestantes de 20 a 34 anos. Considerando o bairro/localidade de residência das mães, em dois bairros de Bento Gonçalves as taxas de prematuridade são superiores a 15%: Botega e Medianeira. Entretanto, estes dois bairros têm apenas 11 e 5 nascimentos registrados até 2014, respectivamente. Na grande maioria dos bairros, as taxas de prematuridade resultaram entre 10 e 14,9%, com destaque para os bairros Humaitá, São João e Fenavinho (ver Tabela 6C e Mapa 3). Fundamentação No RS, segundo os dados do SINASC, as taxas de prematuridade têm aumentado expressivamente desde os anos 90, passando de 5,4% em 1994 para 11,6% em 2013[14, 21]. No país, a tendência também é de aumento, variando de 5,0% em 1994, para 11,5% em 2013[14]. Em seu relatório “Born too soon: the global action report on preterm birth - 2012”, a OMS avaliou as taxas de prematuridade em 65 países. Os dados mostraram que as taxas não aumentaram em apenas 3 países[23]. A OMS também agrupou os países de acordo com as suas taxas de prematuridade, calculadas para 2010.

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Neste ano, onze países apresentavam taxas de prematuridade maiores ou iguais a 15%; destes, 9 são Africanos. A maioria dos países Europeus e Americanos (exceto os EUA, Uruguai, Belize, Honduras, Costa Rica, Guiana e Haiti) tinha taxas inferiores a 10%[23]. Nos países de baixa renda, em média, 12% dos bebês nascem prematuramente, em comparação com 9% de prematuridade nos países de renda mais alta[23]. A análise das taxas de prematuridade tem grande importância para a avaliação da qualidade da assistência pré-natal, especialmente, para o desenvolvimento de ações de prevenção e controle dos problemas maternos que aumentam o risco de partos pré-termo, bem como, para o planejamento dos programas de atendimento e acompanhamento dos bebês prematuros[3]. É necessário lembrar que os bebês prematuros estão em risco significativamente maior para desenvolver diferentes tipos de problemas: infecções bacterianas; deficiências respiratórias resultantes da imaturidade pulmonar (doença da membrana hialina, displasia pulmonar); dificuldades alimentares e nutricionais decorrentes da incapacidade de absorção de nutrientes, de não conseguirem sugar adequadamente, e, por conseguinte, de não serem amamentados no seio materno; subdesenvolvimento infantil devido às deficiências nutricionais; maior necessidade de internação hospitalar e dificuldades de interar e formar vínculos entre a criança e os pais[3, 19, 23]. Bebês muito prematuros também têm maiores chances de morrer, pois, quanto menor a idade gestacional dos bebês, menor a chance deles sobreviverem, mesmo nas melhores UTIs[19]. E, muitos dos bebês sobreviventes acabam tendo que enfrentar uma vida inteira de deficiências, incluindo dificuldades de aprendizagem e problemas visuais e auditivos[19]. O parto pré-termo pode ser fruto de diversas situações que complicam a gestação e o desenvolvimento fetal, como, por exemplo: gemelaridade, ruptura prematura de membranas, incompetência da cérvice uterina, malformação fetal, doenças maternas (infecções, diabete, hipertensão, obesidade, hipotireoidismo, doenças autoimunes, doenças psiquiátricas), traumas maternos por acidentes ou violências, tentativas frustradas de abortamento, idade materna avançada, comportamentos de risco da gestante (tabagismo, alcoolismo, drogadição), problemas placentários e do cordão umbilical ou utilização de tratamentos para a infertilidade (levando a maiores taxas de gestações múltiplas)[3]. As iatrogenias também podem determinar a interrupção prematura da gestação, particularmente devido a erros de avaliação da idade gestacional e da vitalidade fetal, bem como, do diagnóstico e indução equivocados do trabalho de parto, subdiagnóstico de doenças maternas agravado por tratamento inadequado ou iniciado inoportunamente[3, 23]. Entretanto, apesar dessas causas, nem sempre é possível determinar, com clareza, os reais motivos do parto pré-termo[3]. O nascimento de um bebê prematuro tem um elevado custo social e econômico, além de expor as crianças a diversos problemas de desenvolvimento. A prematuridade continua sendo um importante fator da mortalidade infantil[3, 23]. 5 - Tipo de Parto Em Bento Gonçalves, a taxa de partos cesarianos tem se elevado progressivamente, passando de 38,6% em 1992, para 69,3% em 2014, representando um aumento de 57,10% nas cesarianas desde os anos 90 até hoje. De forma inversa, os partos vaginais que, em 1992, representavam 61,4% do total de nascimentos vivos, passaram a representar 30,7% em 2014 (ver Bloco II – Tabela 2 e Gráfico 10). Entre 2002 a 2014, do total de partos realizados por convênios de saúde Não-SUS, 88,4% foram cesarianos. No SUS, a taxa de cesarianas têm sido de 44,5% (ver Gráfico 11). As cesarianas têm aumentado em todas as faixas etárias maternas. Em 1999, por exemplo, do total de partos registrados entre mulheres menores de 15 anos, 23,1% foram cesarianas. Essa taxa aumentou para 40,0%, em 2014. Entre as mulheres com 40 anos e mais, a taxa de cesarianas passou de 48,7% em 1999, para 90,0% em 2014 (ver Gráfico 12). Fundamentação Os dados do SINASC também têm mostrado um crescimento contínuo das taxas de cesariana, tanto no RS, como em todo o Brasil. No estado, as cesarianas passaram de 35,9% no início dos anos 90, para 62,6% em 2013. Neste ano, todos os municípios gaúchos ultrapassaram a taxa de cesarianas recomendada pelo Ministério. Na grande maioria (76,0%), as taxas foram superiores a 60,0%[14, 21]. Em 1994, as taxas de cesariana no país eram de 32,0%, passando para 56,6% em 2013. Neste ano, todos os estados tiveram taxas maiores a 30%, e em 10 (36%) estados as taxas foram superiores a 60%. Os

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estados com as taxas mais elevadas foram o Espírito Santo (66,79%) e o Mato Grosso (66,76%). A menor taxa ficou com o Amapá (33,9%)[14]. Segundo a Organização Mundial de Saúde, não existem evidências que justifiquem, em qualquer população, taxas de cesariana superiores a 15%[4]. A despeito desta recomendação, o aumento das taxas de cesariana tem sido identificado em vários países, mais notadamente, em relação às cesáreas eletivas. Este fenômeno tem sido descrito por alguns pesquisadores, como uma “pandemia de cesarianas desnecessárias”, ou como “cultura da cesárea”, não estando relacionado a mudanças no risco obstétrico, e, sim, a fatores socioeconômicos e culturais[4]. Prova disso, é que 53,5% das mulheres que fizeram parto cesáreo agendaram o procedimento com antecedência, ainda no período pré-natal[16]. Existem diferentes razões que contribuem para a alta prevalência de cesarianas desnecessárias, destacando-se: (1) o uso de cardiotocografia para a monitorização da hipóxia fetal cuja baixa capacidade de diagnosticar os fetos em sofrimento verdadeiro elevou a escolha da cesariana desnecessária, sem trazer qualquer benefício para a redução da morbimortalidade neonatal; (2) o pouco treinamento dos obstetras na condução de partos pélvicos que generalizou a escolha da cesariana como melhor método de parto nesta situação; (3) crença equivocada de que as cesarianas reduzem a mortalidade perinatal; (4) realização de esterilização tubária concomitante como a cesariana, prática considerada inadequada devido a maior taxa de falhas no procedimento; (5) medo de processos judiciais contra os médicos por problemas que “poderiam” ocorrer, por “não” fazerem a cesariana desnecessária, e não por problemas que ocorreriam por “fazerem” cesarianas desnecessárias; (6) superdiagnóstico do sofrimento fetal, nem sempre com a especificação clara dos critérios clínicos, como indicação de cesariana; (7) agendamento prévio de partos operatórios sem indicação ou justificativa clínicas, por comodidade dos médicos ou das pacientes; (8) aumento de cesarianas em gestantes nulíparas jovens, o que eleva a chance de repetir partos operatórios nas próximas gestações[3, 4]. O uso da cesariana, além do limite dos seus benefícios, incrementa a morbidade e os custos, transformando a solução em problema. As cesarianas primárias têm sido associadas a um risco 4 vezes maior de morte materna do que o parto vaginal, enquanto nas cesarianas secundárias estes riscos são 10 vezes maiores. A infecção puerperal ocorre 5 a 10 vezes mais na cesariana do que no parto vaginal não complicado[3]. A criança nascida por cesariana pode apresentar retardo da reabsorção do fluido pulmonar e demonstrar dificuldades respiratórias[19]. Dado a associação de cesarianas desnecessárias com a morbimortalidade materna, fetal e neonatal, à banalização do procedimento no país, bem como, seu uso como indicador de avaliação do modelo de atenção ao parto, o Ministério da Saúde tem determinado o monitoramento das taxas de cesariana pelos gestores municipais e estaduais, com o objetivo de reduzi-las em todos os estados[4, 6, 7, 9]. Em 2000, por exemplo, o Ministério da Saúde propôs um pacto para reduzir as taxas de partos cesáreos para 25%, até 2007[4, 6, 7]. Os limites estabelecidos pelo Ministério da Saúde para partos cesáreos eram de 40% para as unidades hospitalares de alto risco e de até 25% para as unidades de risco habitual[6, 7, 9]. No entanto, esta recomendação teve impacto apenas em alguns serviços públicos do país, e não afetou os serviços privados, onde as taxas são próximas a 90%[4]. Ainda na esperança de reduzir as taxas de cesariana e aumentar a proporção de partos normais, o Ministério da Saúde, em 2015, passou a orientar estratégias voltadas para: organização, acesso, acolhimento e resolutividade da Rede de Atenção a Saúde Materna e Infantil; avaliação do acesso e da qualidade da assistência pré-natal e do parto; análise geográfica e temporal dos partos normais, identificando as situações de desigualdade (taxas baixas de cesárea também podem refletir dificuldades de acesso aos serviços, não significando, necessariamente, boa qualidade); apoio técnico e financeiro aos estados e municípios na formação dos profissionais para boas práticas; e realização de campanhas de sensibilização e elaboração de atos normativos[9, 12]. Além disso, a Agência Nacional de Saúde Suplementar, buscando incentivar o parto normal, publicou uma norma (nº 368/15) que obriga os médicos a instruir e orientar as gestantes sobre qual é o procedimento (tipo de parto) mais adequado para o seu estado clínico permitindo às gestantes fazer a melhor opção de parto para si mesmas. A norma também condicionou o pagamento do parto para os obstetras ao preenchimento do partograma ou de um relatório médico detalhado do parto, com as justificativas da cesariana[13]. Além das ações governamentais, é fundamental que as equipes dos hospitais-maternidade adotem medidas para reduzir seus índices de cesarianas, como, por exemplo, revisões periódicas dos números de cesarianas, supervisão nas condutas médicas sobre a indicação das cesarianas; revisão dos conceitos sobre sofrimento fetal; e incentivos internos para a realização do parto vaginal[3].

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6 - Consultas de Pré-Natal Em Bento Gonçalves, a proporção de gestantes com 7 ou mais consultas pré-natais tem aumentado progressivamente, desde 1997, passando de 51,5% do total de nascidos vivos, para 82,5% em 2014 (ver Bloco II – Tabela 2 e Gráfico 13). Com a modificação dos formulários de Declaração de Nascidos Vivos, que passou a incluir um campo sobre o número de consultas de pré-natal, e outro sobre o mês de início das consultas, foi possível estimar o número médio de consultas realizadas pelas gestantes e o mês de início das consultas, desde 2011. Assim, as gestantes residentes têm feito uma média de 9 consultas pré-natais (variação 1 a 32 consultas). Essa média é ligeiramente maior entre as mulheres cujo parto ocorreu após a 37ª semana de gestação (9,2 consultas), caindo para 7,2 consultas entre aquelas cujo parto foi prematuro (<37 semanas de gestação) e para 4,6 consultas entre as mulheres cujo parto ocorreu antes da 28ª semana de gestação. As gestantes cujo parto foi realizado através do Sistema Único de Saúde (SUS) fizeram 8,8 consultas pré-natais. Na comparação, as mulheres cujo parto foi realizado através de outros convênios de saúde realizaram 9,2 consultas pré-natais durante a gestação. A proporção de gestantes que informaram não ter feito nenhuma consulta de pré-natal durante a gravidez vem mostrando tendência de queda, desde 1995. Neste ano, 2,0% das gestantes residentes não havia recebido assistência médica antes do parto. Esta taxa reduziu-se para 0,8% em 2014 (ver Gráfico 14). A grande maioria das mulheres sem consultas de pré-natal (93,6%) realizou parto pelo SUS. Do total de gestantes que realizaram, ao menos, uma consulta de pré-natal, 87,3% informou ter iniciado as consultas no primeiro trimestre de gravidez. Entre as mulheres que fizeram o parto pelo SUS, 79,9% informou ter iniciado o pré-natal no 3º trimestre, enquanto que nas mulheres cujo parto foi realizado por outros convênios, essa proporção foi de 95,5%. A Tabela 6D e o Mapa 4 mostram a distribuição dos nascimentos vivos cujas mães não realizaram nenhuma consulta pré-natal, entre 1998 a 2014, de acordo com o bairro/localidade de residência da mãe em Bento Gonçalves. Em 7 bairros, as taxas de nenhuma consulta pré-natal excederam 2,0%: Pomarosa (4,0%), Tuiuti, Medianeira, Tancredo Neves, São Vendelino, Municipal e Aparecida. Na grande maioria dos bairros, as taxas de nenhuma consulta pré-natal foram inferiores a 1%. Fundamentação A proporção de mulheres que realizam 7 ou mais consultas pré-natais durante a gravidez vem aumentando no RS e em todo o país, ao longo dos últimos. Nos anos 90, em média, 52,6% das gestantes do RS chegavam ao parto com 7 consultas ou mais. Desde 2007, essa proporção tem ultrapassado 70%, atingindo 72,0% em 2013[21]. Em 2012, a Secretaria Estadual da Saúde havia proposto que a meta de gestantes com 7 consultas ou mais para o estado deveria ser maior a 78%. Em 2013, pouco mais da metade dos municípios gaúchos (53,8%) havia atingido esta meta[14]. No Brasil, a proporção de gestantes com 7 ou mais consultas pré-natais quase dobrou desde os anos 90, chegando a 62,4% do total de nascimentos vivos em 2013. Neste ano, as regiões Norte e Nordeste apresentaram os piores resultados do país (41,6% e 50,6%, respectivamente)[14]. O Ministério da Saúde estabelece que sejam realizadas, no mínimo, seis consultas de pré-natal: uma no primeiro trimestre de gravidez, duas no segundo e três no terceiro. De acordo com o IBGE, das mulheres que realizaram o pré-natal, 83,7% o iniciaram com menos de 13 semanas de gestação[16]. Considerando a diversidade dos municípios do país e as diferenças de estágios de implantação das ações de atenção ao pré-natal, não tem sido possível para o Ministério da Saúde estabelecer um parâmetro nacional para esse indicador[8]. O levantamento das consultas realizadas pelas gestantes durante a gravidez permite analisar a cobertura dos serviços de pré-natal, as condições de acesso da assistência, as variações geográficas e temporais, bem como, as situações de desigualdades[8, 9, 12]. Ele também ajuda a subsidiar o planejamento de políticas de saúde voltadas para a atenção integral à saúde da mulher onde está incluído o atendimento pré-natal, puerperal e de planejamento familiar[6, 7, 8]. Como este indicador é calculado a partir do número de nascimentos vivos, ele exclui as consultas realizadas por mulheres cujos partos resultaram em aborto ou em mortes fetais[8, 9]. É importante observar que, embora desejável, uma maior quantidade de consultas pré-natais não implica, necessariamente, uma melhor qualidade da assistência às gestantes durante a gravidez e o parto. A qualidade do atendimento pré-natal deveria ser avaliada analisando indicadores, como: a cobertura de testagens para o HIV e a sífilis em gestantes, o número de bebês infectados pelo HIV ou pelo T. pallidum no nascimento, o acesso e a realização de ecografias obstétricas, o acesso a exames e medicamentos essenciais à gravidez, a adesão dos médicos às boas práticas de assistência pré-natal, o acesso a serviços de referência de alto risco, o diagnóstico correto e oportuno de problemas maternos, a resolutividade dos

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serviços no tratamento dos problemas gestacionais, a qualidade dos registros nos prontuários e na carteira da gestante, a morbimortalidade materna, as taxas de internação de recém-nascidos, as taxas de mortalidade infantil e fetal, entre outros[6, 7, 12]. Embora as situações descritas acima não sejam passíveis de análise através do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos, este sistema pode contribuir para avaliar outras questões que também estão relacionadas à qualidade do pré-natal. Em nosso meio, por exemplo, é senso comum que, quando bem realizada, a assistência pré-natal contribuiria para dirimir várias das condições médicas que interferem sobre a gestação e sobre o desenvolvimento fetal e que, freqüentemente, resultam em partos de bebês prematuros e de baixo peso[11]. Neste aspecto, os dados do SINASC têm demonstrado que, embora esteja ocorrendo um importante aumento das taxas de gestantes com 7 consultas mais, paralelamente, também têm aumentado as taxas de prematuridade, de baixo peso e de cesarianas, em todo o país. Acreditando que a maioria das cesarianas esteja sendo realizada apenas nas situações que oferecem risco de complicações materno-infantis, é lícito presumir que o aumento expressivo das taxas de cesariana seria resultante do aumento destes problemas médicos. Isso levaria à dedução de que se, de fato, há um aumento das situações de risco obstétrico que obrigam a realização de partos cirúrgicos, elas não estariam sendo adequada e oportunamente diagnosticadas e tratadas no pré-natal. Em outras palavras, o aumento das taxas de cesariana poderia estar sinalizando problemas na qualidade da assistência pré-natal e do parto. Se, por outro lado, o aumento das taxas de cesariana for decorrente de razões não-médicas, ou seja, sem a real existência de riscos obstétricos ou fetais, isso, também, sinalizaria problemas relativos à orientação e preparação das gestantes para o parto natural. A organização da Rede de Atenção à Saúde Materna e Infantil para garantir o acesso, a cobertura, o acolhimento e a resolutividade dos problemas, bem como, o apoio técnico e financeiro aos serviços são estratégias fundamentais para o sucesso da assistência pré-natal e infantil[12]. 7 - Peso ao Nascer Em Bento Gonçalves, do total de bebês nascidos vivos entre 1994 a 2014, 90,7% tiveram um peso maior ou igual a 2.500 gramas (ver Gráfico 15). O peso médio dos bebês tem sido de 3.177 gramas (DP: 569,4). Os bebês com o menor e maior peso registrado até hoje nasceram com 100 e 6.075 gramas, respectivamente (ver Bloco 1 – Tabela 1). O baixo peso ao nascer (<2.500 gramas) tem afetado 9,3% do total de nascidos vivos neste período. No município, o baixo peso ao nascer vem crescendo gradualmente desde a década de 90, até os primeiros anos da década de 2010, variando de 6,7% para 10,7%, respectivamente (ver Gráfico 16). O mesmo comportamento tem sido observado em relação aos bebês de muito baixo peso (<1.500 gramas), cujas taxas passaram de 0,8% em 1994, para 2,0% em 2014 (ver Gráfico 17). Em relação aos bebês macrossômicos (isto é, peso maior a 4.000 gramas), a tendência tem sido de queda, variando de 7,8% em 1994 para 4,6% para 2014 (ver Gráfico 18). Considerando a faixa etária materna, os dados têm mostrado que os bebês das gestantes com idade inferior a 15 anos têm as maiores taxas de baixo peso (11,59%) e de muito baixo peso (3,05%) ao nascer (ver Gráfico 19). Nas gestantes menores de 15 anos, a chance de ocorrer um nascimento de muito baixo peso é duas vezes maior do que nas gestantes de 20 a 34 anos de idade. Em Bento Gonçalves, o risco de um bebê morrer antes de completar 1 ano de idade diminui na medida em que o seu peso ao nascer aumenta. Entre 1999 a 2014, do total de bebês que nasceram com menos de 500 gramas, a taxa de mortalidade foi de 100%. Dos bebês que nasceram com peso de 500 a 999 gramas, o risco de morrer caiu para 64,0%; esse risco foi de 16,0% para os que nasceram com peso entre 1.000 a 1.499 gramas e de menos de 5% para os bebês que nasceram com peso maior ou igual a 1.500 gramas (ver Gráfico 20). A Tabela 6E e o Mapa 5 mostram a distribuição dos nascimentos vivos de baixo peso ocorridos entre 1998 a 2014, de acordo com o bairro/localidade de residência da mãe em Bento Gonçalves. Um total de 23 bairros (38,9%) teve taxas de baixo peso acima de 10%, com destaque para Cidade Alta (15,1%), Botega, Piemonte, Aparecida e Pomarosa. Entre os bairros com cobertura da Estratégia da Saúde da Família sobressaíram-se: Aparecida, Licorsul, Progresso, Juventude-Conceição, Ouro Verde e Municipal, todos com taxas maiores ou iguais a 10%. Fundamentação No RS, o baixo peso ao nascer representava 8,5% do total de nascimentos nos anos 90, aumentando para 9,4% no primeiro quadriênio da década de 2010[14, 21]. Neste mesmo período, os nascimentos de muito baixo também aumentaram, passando de 1,1% para 1,4%. Em 2013, 37,3% dos municípios gaúchos

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apresentaram taxas de baixo peso acima de 10%, e em 36,3% deles as taxas de muito baixo peso foram superiores às alcançadas pelo RS (>1,42%)[14, 21]. Entre 1994 (6,0%) e 2013 (4,9%) observa-se uma redução progressiva nos nascimentos de bebês com 4.000 gramas ou mais, no estado[14, 21]. As taxas de baixo peso e de muito baixo peso ao nascer também vem crescendo em todo o país. Nos anos 90, 7,7%, dos nascimentos tinham peso inferior a 2.500 gramas; nos quatro primeiros anos de 2010, essa proporção foi de 8,5%. Neste período, as taxas nacionais de nascimentos de muito baixo peso passaram de 0,9% para 1,3%[14]. O peso ao nascer é um importante indicador da saúde infantil, sendo utilizado como parâmetro para avaliar as vulnerabilidades a que os recém-nascidos estarão expostos ao longo das suas vidas[17, 22]. O baixo peso ao nascer está associado a maior mortalidade e morbidade neonatal e infantil, sendo considerado o fator isolado mais influente na sobrevivência nos primeiros anos de vida[22]. Crianças com baixo peso ao nascer têm 20 vezes mais risco de morrer, estando mais suscetíveis ao impacto das condições ambientais e sociais. Quando também são prematuras, têm uma possibilidade ainda maior de apresentarem problemas de desenvolvimento cognitivo[6, 7, 17]. O peso inadequado ao nascer aumenta os riscos de desnutrição no primeiro ano de vida em até 29 vezes, aumenta a susceptibilidade dos bebês à infecções, ao desconforto respiratório e a traumas durante o parto, assim como, é fator de risco para doenças crônicas não transmissíveis, a longo prazo[22]. O baixo peso é um ótimo indicador para avaliar a qualidade da assistência pré-natal e transparto. Isso, porque ele está correlacionado a diversos fatores que complicam a gestação e o parto, muitos dos quais, controláveis ou preveníveis, quando adequadamente diagnosticados e tratados[17, 22]. Peso materno pré-gestacional inferior a 50 kg, desnutrição materna, idade materna inferior a 20 anos, gravidez múltipla, multiparidade, hipertensão arterial, comportamentos de risco na gravidez (tabagismo, alcoolismo, drogas) são problemas que, freqüentemente, interferem no desenvolvimento adequado do feto levando a nascimentos prematuros e de baixo peso[17]. Estes problemas são agravados por outras condições, como, baixa escolaridade materna, violência, péssimas condições de vida e baixa renda da família e pela dificuldade de acesso e baixa qualidade da assistência materno-infantil[6, 7, 17, 22]. Alguns estudos ainda têm apontado que locais com altas taxas de cesarianas induzidas apresentam maiores freqüências de prematuridade e de baixo peso ao nascer[17]. A fim de minimizar os problemas decorrentes do baixo peso, a Assembléia Geral das Nações Unidas, em 2002, projetou uma meta de redução da incidência de baixo peso para, no mínimo, um terço, entre 2000 e 2010, o que contribuiria para atingir a meta de redução da mortalidade infantil do milênio[17]. Convenções internacionais estabelecem que a proporção de baixo peso ao nascer não deveria ultrapassar 10%. Esta taxa é de cerca de 5 a 6% nos países desenvolvidos e de 17% nos países em desenvolvimento[6,

7, 17]. Os países da Ásia e da África têm apresentado as maiores taxas de crianças de baixo peso ao nascer. Na América do Sul, a Organização Pan-Americana de Saúde tem estimado uma taxa de baixo peso ao nascer em torno de 8,3%. Estes valores têm demonstrado que proporções elevadas de nascidos vivos de baixo peso costumam estar associadas a baixos níveis de desenvolvimento socioeconômico[6, 7, 17]. É importante estabelecer o perfil do peso ao nascer em cada região. Ele permite às equipes de assistência identificar grupos de risco, definir estratégias de intervenção e prevenção de desfechos desfavoráveis entre bebês com peso inadequado ao nascimento, reduzir os riscos para o binômio mãe-filho e os custos para a saúde pública[6, 7, 22]. Ele também ajuda os gestores a conhecer os riscos à saúde neonatal, e lhes dá subsídios para planejar e dimensionar os recursos necessários ao atendimento adequado das crianças de baixo e muito baixo peso ao nascer, tanto a nível hospitalar (número de leitos em UTI neonatal, por exemplo), como na rede básica de saúde (visitas domiciliares, incentivo aos cuidados de puericultura, aleitamento materno, controle do desenvolvimento infantil, etc.)[6, 7, 22]. 8 - Malformação Congênita ao Nascer Em Bento Gonçalves, a proporção de nascidos vivos com algum tipo de malformação congênita diagnosticada ao nascimento vem crescendo ao longo dos anos (ver Bloco V- Tabela5 e Gráfico 21). Na década de 90, em média, 0,47% do total de bebês nascia malformado. No primeiro qüinqüênio de 2010, a proporção de bebês com malformação passou para 0,96%, resultando em um aumento de cerca de 114,4% nos nascimentos com malformação congênita. Este aumento, em parte, deve-se ao melhor diagnóstico de alguns tipos de malformação congênita, ao maior registro das DNs, ao fato de que um número cada vez maior de mulheres têm engravidado com mais de 35 anos (faixa etária em que aumenta o risco de bebês malformados), e a busca ativa de casos feita pela equipe da Vigilância Epidemiológica junto aos serviços de referência que atendem bebês de risco. A Tabela 5 mostra que entre os 230 bebês malformados, nascidos entre 1992 e 2014, as malformações congênitas que mais predominaram foram as do aparelho osteomuscular (28,7%) (por exemplo, pés tortos,

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dedos extranumerários, redução ou ausência de membros) seguidas pelas malformações do aparelho circulatório (22,2%) (cardiopatias, alterações morfológicas de vasos sanguíneos, etc.). Em relação à idade das mães, as malformações congênitas (todos os tipos) têm prevalecido entre aqueles bebês cuja idade da mãe é inferior a 15 anos (2,27%) e entre aqueles com mães de 40 anos ou mais (1,53%) (ver Gráfico 22). A possibilidade de um bebê nascer com a Síndrome de Down aumenta expressivamente entre as mulheres com 40 anos de idade ou mais (0,42%). O risco de uma gestante nesta faixa etária ter um bebê Down é cerca de 11 vezes maior do que entre as gestantes de 20 a 34 anos. A freqüência da Síndrome de Down no município vem ocorrendo na ordem de 0,64 casos a cada 1.000 nascimentos vivos. Fundamentação No RS, a proporção de bebês malformados tem variado de 0,67% em 2000 a 0,98% em 2013[14, 21]. A maior taxa ocorreu em 2012, quando 1,02% dos bebês nasceu com algum tipo de malformação congênita[14]. A Síndrome de Down tem afetado 0,31 bebês a cada 1.000 nascidos vivos, no RS[14]. Os dados sobre malformação congênita extraídos do SINASC devem ser avaliados com cautela, devido a possibilidade de sub-registros nos formulários das DNs. A subnotificação das malformações nas DNs ocorre porque alguns tipos de malformação, como as de órgãos internos e algumas anomalias cromossômicas, podem ser difíceis de diagnosticar no nascimento, razão pela qual, nem sempre são registradas oportunamente nas DNs. Também existem situações em que o pediatra não tem a segurança necessária para determinar o diagnóstico, ou o tipo da malformação; ou seu diagnóstico depende de exames confirmatórios, o que impossibilita o seu registro adequado na DN. A qualidade dos registros sobre malformação no SINASC pode ser melhorada através de mecanismos de busca ativa e notificação junto aos serviços de referência que atendem bebês de risco, ou, no caso destas crianças morrerem, através investigação obrigatória dos óbitos. Sempre que a investigação do óbito infantil encontrar indícios de malformação não informada na DN, deve-se resgatar a DN original e registrar a informação. As malformações são causadas por defeitos no processo de desenvolvimento das estruturas celulares e que podem ocorrer desde o início da fase embriogênica, até o momento da concepção[20]. Mesmo sabendo que dois terços dos defeitos de desenvolvimento não possuem uma causa claramente identificável, uma assistência pré-natal de qualidade sempre deveria ter em mente a possibilidade do feto ser acometido por uma malformação[3, 19, 20]. Por essa razão, todos os profissionais que fazem assistência reprodutiva e pré-natal deveriam incorporar a história familiar dos pais na sua anamnese, a fim de buscar evidências que sugiram risco de gerarem bebês malformados. Para os casais em risco, deveriam ser apresentadas alternativas, como parte de um aconselhamento genético, que os ajude a decidir entre o desejo de assumir o risco, limitar o tamanho da família, fazer uma inseminação artificial ou adotar uma criança[19]. A anamnese familiar deveria incluir a história sobre abortamentos prévios ou natimortos, uma vez que um histórico com mais de dois abortamentos aumenta a probabilidade de encontrar alterações cromossômicas parentais que podem ser repassadas hereditariamente para os filhos (um quarto dos natimortos exibe malformações únicas ou múltiplas)[19]. Neste sentido, é importante verificar, também, se existem laços de consangüinidade entre os pais (ancestrais comuns), bem como, se qualquer um dos familiares do casal tem anormalidades conhecidas, uma vez que cerca de 20 a 25% das malformações estão associadas a anomalias cromossômicas herdadas dos pais[19, 20]. O obstetra e o clínico geral deveriam estar sempre atentos aos fatores de risco comumente associados a gênese das malformações fetais: mães com mais de 35 anos e os pais mais velhos têm um risco aumentado para gerarem filhos com anormalidades cromossômicas (como as trissomias, por exemplo); gestações múltiplas têm duas vezes mais chance de malformação do que as gestações únicas; infecções maternas (citomegalovírus, vírus do herpes, vírus da rubéola, vírus da varicela, vírus Epstein-Barr, toxoplasmose (T. gondii) e sífilis (T. pallidum)) podem ser a causa de 7 a 10% das malformações[3, 19, 20]. A exposição a substâncias químicas também pode determinar malformações. O problema é que existem milhares de produtos e fórmulas químicas comercializadas em todo o mundo. Para a grande maioria, não existem estudos de toxicidade sobre o desenvolvimento fetal em animais, o que gera muitas dúvidas sobre os possíveis efeitos de exposição ambiental, uso ou administração em seres humanos[20]. Apesar disso, alguns medicamentos (talidomida, lítio, warfarina, fenitoína, metrotrexato, ácido valpróico, retinóides, dissulfiram), assim como, algumas substâncias químicas (metilmercúrio, cloropreno, metilparation, tolueno, xileno, álcool, outros pesticidas) e exposição a determinados fatores ambientais também têm potencial sabidamente teratogênico, estando associados a 2% das malformações congênitas[3,

19, 20].

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Finalmente, a anamnese gestacional deveria incluir a revisão da anatomia fetal através de ultrassonografia realizada entre a 18ª e a 23ª semanas de gestação, em busca de evidências que indiquem alterações nas estruturas do Sistema Nervoso Central (anencefalia, hidrocefalia, microcefalia, espinha bífida), dos órgãos do tórax (hérnia diafragmática, anomalias cardíacas e pulmonares), do sistema digestivo (atresias, dilatações, cistos, perfurações, calcificações), do sistema geniturinário (agenesia dos rins, uterocele, ascite urinária, cisto ovariano, genitália ambígua) e do sistema esquelético (ausência ou alteração de membros). Os defeitos cardíacos congênitos, por exemplo, estão entre as malformações mais freqüentemente encontradas, ocorrendo entre 8 a 9% dos nascimentos e sendo responsáveis por mais de 20% das mortes perinatais[3, 19]. Uma ultrassonografia realizada em um equipamento com boa acuidade diagnóstica, por um operador experiente permite diagnosticar cerca de 70 a 80% das malformações do concepto[3]. A detecção de imagens que sugiram malformações fetais pode indicar a necessidade da realização de estudo cariotípico, de ecocardiografia fetal, de testes sorológicos maternos, de amniocentese e de testes bioquímicos e moleculares[3, 19]. Os casos mais complexos deveriam, preferencialmente, ser acompanhados em um centro especializado em medicina fetal[3]. Quando um bebê apresenta anomalias externas óbvias, é necessário investigar se existem outras anomalias inaparentes, freqüentemente internas[19]. O obstetra e o pediatra podem ter muita dificuldade em determinar com precisão o diagnóstico e a etiologia de uma malformação. Ambos devem estar cientes que tanto a ausência de um diagnóstico definitivo, como um diagnóstico precipitado, podem gerar muita angústia nos pais e na família[19]. O fato, é que uma hipótese diagnóstica de malformação não pode ser adiada indefinidamente, a ponto de que aspectos essenciais do aconselhamento e do tratamento sejam negligenciados ou postergados[19]. Ao informar os pais, há sempre que se enfatizar o impacto que um diagnóstico de malformação tem sobre o psiquismo materno, bem como, o abalo que ele pode representar no âmbito familiar[3]. A família deve receber todo o apoio possível para compreender o que aconteceu e o que acontecerá com a criança malformada[19]. De acordo com o tipo de malformação encontrada, a terapêutica fetal poderá ser realizada de forma clínica ou cirúrgica (intra ou extrauterina)[3]. A terapêutica intrauterina da malformação fetal deve levar em consideração o risco-benefício, pois, para algumas doenças, o manejo é de alto risco, tanto para a mãe como para o feto. A anencefalia é invariavelmente fatal, com taxa de sobrevivência em 7 anos de apenas 40%. Esta anomalia causa significativas incapacidades vegetativas[3, 20].

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9. RESUMO DOS INDICADORES Indicadores do SINASC de Bento Gonçalves com Tendência de Aumento

Indicadores do SINASC de Bento Gonçalves com Tendência de Redução

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