da Íntima relação entre alimentação e saúde

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DA ÍNTIMA RELAÇÃO ENTRE ALIMENTAÇÃO E SAÚDE Seja através das pesquisas científicas dos últimos 35 anos - divulgadas exaustivamente através da mídia - ou através do senso-comum, é de conhecimento geral a íntima dependência da Saúde em relação à alimentação. Ainda que não seja, a alimentação , o único fator de promoção da Saúde ( porque há que se levar em conta, com a mesma importância , a enorme influência dos fatores emocionais sobre a saúde humana ), o objetivo deste texto é fornecer informações úteis para um sistema de alimentação - que chamaremos de Alimentação do Século XXI - que possa, ao mesmo tempo, atender aos requisitos da Nutrição e os da Medicina Preventiva - protegendo o organismo das doenças crônicas da sociedade pós-industrial, tais como: Obesidade, Diabetes, Cardiopatias, Cânceres e tantas outras enfermidades que, não só impedem que se desfrute de uma vida com qualidade como, em seu ponto extremo, levam à morte. OS FUNDAMENTOS DA ALIMENTAÇÃO DO SÉCULO XXI A Alimentação do Século XXI , é um sistema no qual foram contempladas as necessidades vitais do ser humano ( no que tange à alimentação ) e seu modus-vivendi nos dias de hoje. É uma orientação segura que reuniu : as necessidades nutricionais, o sabor, o visual e o aspecto Funcional dos alimentos. Na realidade é a Medicina Nutricional. Cabe ressaltar que a denominação de Alimentos Funcionais se refere à uma ação, promotora da saúde, que determinado elemento exerce no organismo ( não necessariamente um nutriente, mas que é parte integrante de um alimento) - por exemplo, a ação benéfica, na flora intestinal, das bactérias contidas no yogurte. Sob esta novo prisma, passamos a ver os alimentos sob a óptica de Hipócrates ( Pai da Medicina ) : Seja o teu alimento, o teu medicamento e o teu medicamento, o teu alimento”. Assim sendo, vamos encarar nossa alimentação como se fosse uma obra de construção de um edifício - é necessário um engenheiro que faça a planta da obra; bons pedreiros para executarem o plano

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Da Íntima Relação Entre Alimentação e Saúde

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Page 1: Da Íntima Relação Entre Alimentação e Saúde

DA ÍNTIMA RELAÇÃO ENTRE ALIMENTAÇÃO E SAÚDE

Seja através das pesquisas científicas dos últimos 35 anos - divulgadas exaustivamente através da mídia - ou através do senso-comum, é de conhecimento geral a íntima dependência da Saúde em relação à alimentação. Ainda que não seja, a alimentação , o único fator de promoção da Saúde ( porque há que se levar em conta, com a mesma importância , a enorme influência dos fatores emocionais sobre a saúde humana ), o objetivo deste texto é fornecer informações úteis para um sistema de alimentação - que chamaremos de Alimentação do Século XXI - que possa, ao mesmo tempo, atender aos requisitos da Nutrição e os da Medicina Preventiva - protegendo o organismo das doenças crônicas da sociedade pós-industrial, tais como: Obesidade, Diabetes, Cardiopatias, Cânceres e tantas outras enfermidades que, não só impedem que se desfrute de uma vida com qualidade como, em seu ponto extremo, levam à morte.

OS FUNDAMENTOS DA ALIMENTAÇÃO DO SÉCULO XXI

A Alimentação do Século XXI , é um sistema no qual foram contempladas as necessidades vitais do ser humano ( no que tange à alimentação ) e seu modus-vivendi nos dias de hoje. É uma orientação segura que reuniu : as necessidades nutricionais, o sabor, o visual e o aspecto Funcional dos alimentos. Na realidade é a Medicina Nutricional. Cabe ressaltar que a denominação de Alimentos Funcionais se refere à uma ação, promotora da saúde, que determinado elemento exerce no organismo ( não necessariamente um nutriente, mas que é parte integrante de um alimento) - por exemplo, a ação benéfica, na flora intestinal, das bactérias contidas no yogurte.

Sob esta novo prisma, passamos a ver os alimentos sob a óptica de Hipócrates ( Pai da Medicina ) : “ Seja o teu alimento, o teu medicamento e o teu medicamento, o teu alimento”. Assim sendo, vamos encarar nossa alimentação como se fosse uma obra de construção de um edifício - é necessário um engenheiro que faça a planta da obra; bons pedreiros para executarem o plano e os materiais (que devem ser da melhor qualidade) e a correta combinação destes materiais entre si - tudo isso para que “a casa não caia” ...

Então, aplicando a comparação acima ao nosso tema, teremos a seguinte visão :

O engenheiro - é o orientador intelectual da obra, aquele que nos nutre com seus conhecimentos e elabora uma planta ( um plano alimentar ) para construirmos um edifício sólido e bonito (nosso corpo) e no qual tenhamos prazer e alegria em habitar;

O pedreiro : é a pessoa que prepara os alimentos de acordo com o plano do engenheiro; o modo de preparar os alimentos deve - sempre - buscar manter, o máximo possível, seus nutrientes, suas propriedades medicinais e a vitalidade dos mesmos, além de lhes acrescentar um delicioso sabor e um belo visual;

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Os materiais : são os alimentos que vamos utilizar em nossa construção - devem ser utilizados somente os alimentos originais, completos e, de preferência , produzidos através de cultivo orgânico - e não os de “segunda-mão” (industrializados, refinados, quimicamente processados, etc..)

A correta combinação: é fundamental conhecermos a correta combinação dos alimentos entre si, respeitando-se as diferenças da composição química de cada alimento em relação à digestão dos mesmos, com o objetivo principal de se evitar a fermentação - que, pode destruir até 80 % dos nutrientes da refeição, além de provocar azia, acidez e a flatulência ( gases no estomago e intestinos ); outra causa da fermentação, além da combinação incorreta dos alimentos, é a mastigação insuficiente dos mesmos pois, sabendo que o estomago não é um “triturador”, para uma boa digestão é necessário reduzir os alimentos às menores porções possíveis e permitir que fiquem na boca tempo suficiente afim de serem “embebidos” na saliva ( uma vez que vários alimentos têm seu processo digestivo iniciado na boca, pelas enzimas contidas na saliva) e, se forem engolidos “inteiros” e sem haver passado pela primeira etapa da digestão, na boca, muito provavelmente a fermentação também ocorrerá .

O quadro abaixo nos fornece as indicações das combinações ideais entre os alimentos, visando : a melhor assimilação dos nutrientes e das propriedades promotoras da Saúde contidas nos mesmos, além de evitar a fermentação e seus nefastos efeitos.

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Alimentos da Coluna A que combinam com alimentos da coluna B

Coluna A Coluna B

Cereais ( 1 ) e derivados elaborados com a farinha dos mesmos - massas ( 2 )

Verduras ( 6 ), Raízes ( 7 ), Frutos oleaginosos ( 10 ), Tofu ( 11 ), Queijos ( 14 )

Pães e biscoitos elaborados com farinha de cereais ( 3 )

Verduras ( 6 ), Raízes ( 7 ), Frutos oleaginosos ( 10 ), Tofu ( 11 ), Queijos ( 14 )

Frutas ácidas ( 4 ) ----------Frutas doces ( frescas e secas ) ( 5 ) Yogurte ou coalhada ( 13 )Verduras ( 6 ) Cereais ( 1 ) e derivados elaborados

com a farinha dos mesmos ( 2 ),Raízes ( 7 ), Tubérculos ( 8 ), Frutos oleaginosos ( 10 ) , Tofu ( 11 ), Carnes ( 15 ) , Ovos ( 16 ) ,

Raízes ( 7 ) Cereais ( 1 ) e derivados elaborados com a farinha dos mesmos ( 2 ), Pães e biscoitos ( 3 ) Verduras ( 6 ), Tubérculos ( 8 ), Frutos oleaginosos ( 10 ), Tofu ( 11 ),Queijos (14 )Carnes ( 15 ) e Ovos ( 16 )

Tubérculos ( 8 ) Verduras ( 6 ), Raízes ( 7 ), Frutos oleaginosos ( 10 ), Tofu ( 11 )

Leguminosas ( 9 ) Verduras ( 6 ), Raízes ( 7 )Frutos oleaginosos ( 10 ) Cereais ( 1 ) e derivados elaborados

com a farinha dos mesmos ( 2 ), Pães e biscoitos ( 3 ), Verduras ( 6 ), Raízes ( 7 )

Tofu ( 11 ) Cereais ( 1 ) e derivados elaborados com a farinha dos mesmos ( 2 ), Pães e biscoitos ( 3 ), Verduras ( 6 ), Raízes ( 7 ), Tubérculos ( 8 )

Leite ( 12 ) -----------Yogurte ou Coalhada ( 13 ) Frutas doces ( frescas e secas ) ( 5 )Queijos ( 14 ) Cereais ( 1 ) e derivados elaborados

com a farinha dos mesmos ( 2 ), Pães e biscoitos ( 3 ), Verduras ( 6 ), Raízes ( 7 ), Tubérculos ( 8 )

Carnes ( 15 ) Verduras ( 6 ) e Raízes ( 7 )Ovos ( 1 6 ) Verduras ( 6 ) e Raízes ( 7 )

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Combinação dos Alimentos por Fátima Pinsard

Saber alimentar-se é condição indispensável para conservar e também para recuperar a saúde.

O valor nutritivo de um alimento não está na sua composição química, mas no seu grau de digestibilidade. Mesmo com alimentos naturais, boa mastigação e lenta deglutição, não está completamente assegurado o êxito do processo digestivo, pois há alimentos que misturados com outros produzem má combinação, dando lugar a subprodutos tóxicos.

Para evitar os inconvenientes das más combinações, a melhor regra será simplificar as refeições e usar sua intuição.

Além disso, esteja atento à versatilidade dos alimentos e às leis da fisiologia da digestão.

1. Evite líquidos durante as refeições, principalmente os que contém açúcares, pois estes auxiliam o processo de fermentação. Os líquidos apressam a deglutição antes de completar a mastigação e a ensalivação dos alimentos impedindo também a ação do suco gástrico até que sejam absorvidos. As bebidas geladas ou muito quentes reduzem a temperatura do conteúdo do estômago, cuja digestão não se pode operar até que seja atingida novamente a temperatura normal.

2. Evite ingerir mais de dois alimentos amiláceos na mesma refeição. A ingestão destes termina na elaboração de um só que o corpo seleciona; o outro ficará muito mais tempo para ser digerido. Isto provoca gases, arrotos, fermenta e acidifica o estômago. Ex: macarrão, batata, pão.

3. Evite ingerir alimentos ácidos e amidos na mesma refeição. A digestão dos amidos começa na boca pela ação da Pitalina, que os transforma em maltose (tipo de açúcar). A Pitalina só atua em meio alcalino. A presença de ácidos danificam esta enzima favorecendo sua fermentação. A associação ácido-amido é muito rara na natureza. Ex: macarrão com molho de tomate.

4. Evite ingerir amidos e açúcares na mesma refeição. A digestão dos amidos começa na boca e prossegue, em condições apropriadas, no estômago. Os açúcares não são digeridos nem na boca nem no estômago, a sua digestão se dá no intestino delgado. Quando consumimos isoladamente, passam rapidamente do estômago ao intestino. Quando consumidos em mistura com amiláceos, ficam retidos no estômago aguardando a digestão destes. Como os açúcares tem a tendência à fementação rápida, nas condições de calor e umidade existentes no estômago, a combinação amido e açúcares produz fermentação ácida (ácido acético, álcool, gás carbônico, água). Além disso, o açúcar faz segregar muita saliva sem pitalina, o qual, no entanto, é necessária à elaboração dos corpos amiláceos. Ex: arroz, purê de batata e doce de abóbora com côco.

5. Ingerir somente uma proteína concentrada na mesma refeição. Para uma digestão eficiente, duas proteínas exigem sucos gástricos de composições diferentes e tempo necessário à sua digestão, que é diferente para cada espécie de proteína. Ex: enquanto o suco gástrico necessário à digestão da carne tem seu PH máximo no início da digestão, o leite um PH máximo do suco gástrico no final. Evite misturar carne com leite, carne e ovos, leite e nozes, etc, na mesma refeição !

6. Ingerir proteínas e ácidos na mesma refeição – evitar. O início da digestão das proteínas se dá no estômago em presença da enzima pepsina que atua em meio ácido (ácido clorídrico do suco gástrico). A ingestão de ácidos em excesso inibe a ação desta enzima. A paralização da digestão das proteínas, leva-as a putrefazerem-se, o que ocasiona a intoxicação do organismo.

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· Exceção: constituem exceção as combinações das nozes, queijo ou abacate, com as frutas ácidas. As nozes, queijos e abacates possuem grande quantidade de gordura ou óleo; sabemos que as gorduras inibem a secreção gástrica por um tempo maior que os ácidos. Além disso, essas proteínas não se decompõem com a mesma facilidade que outras espécies.

7. Evite proteínas com gorduras: a presença das gorduras nos alimentos, diminui a atividade glandular da secreção gástrica, baixa a quantidade de ácido clorídrico e da pepsina no suco gástrico, atrasando a digestão por tempo considerável. OBS: abundância de vegetais verdes, especialmente crus, contrapõem-se ao efeito inibitivo das gorduras.

8. Melões: a melancia e os melões, quando ingeridos isoladamente, permanecem alguns minutos no estômago, porém quando ingeridos com outro alimento, ficam retidos no estômago como os açúcares, produzindo gases e fermentações. Comer melancia e melão isoladamente !

9. Leite: devido a proteína e gordura que o leite contém, combina sofrivelmente com frutas ácidas. Quando o leite entra no estômago, ele coalha, envolvendo as partículas dos outros alimentos, isolando-os do suco gástrico.

10. Sobremesas (doces e sorvetes): a sobremesa já constitui um excesso sobre a alimentação, sobrecarregando a capacidade digestiva. Além disso, é geralmente açucarada, o que acarreta os transtornos anteriormente mencionados.

11. Frutas oleaginosas e frutas doces: na mesma refeição não se digerem bem, porque as gorduras ao misturarem-se com os açúcares, produzem fermentação alcoólica, sobrecarregando o sangue.

12. Frutas ácidas com amido: neste caso os ácidos, impedindo o desdobramento normal dos amidos em maltose e glicose, originam fermentação ácida, que favorece a acidificação do sangue.

13. A quantidade é outro fator que intervém na digestão. Comer sem fome ou em excesso são fatores desequilibrantes na digestão, pois o corpo não assimila o que introduzimos em excesso.

“Combinar os alimentos e introduzí-los de forma consciente, dá condição de se comer de tudo e manter uma boa saúde”.

www.rmiusa.org/mistura_viva/artigos/combinacao_alimentos.htm

Este mesmo site tem outros artigos ( como o abaixo ) e também receitas.

Alimentos Crus

Tenho 85 anos. Exerço a medicina há 20 anos em Arosa, Suíça. Meu pai era médico rural e conheci os limites da medicina convencional convivendo com doenças crônicas já na minha juventude. De constituição bastante frágil, procrava ampliar as possibilidades da medicina convencional com métodos alternativos. Hoje, considero alimentação e jejum os mais importantes.

O famoso médico suíço, Dr. Max Bircher-Benner (1867-1993), ouviu falar dos incríveis efeitos da alimentação crua. Experimentou e ficou perplexo com o resultado. Naquela época, todas as crianças com

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doença abdominal morriam. A clínica pediátrica do Hospital Universitário de Zurique encaminhou quatro crianças ao Dr. Bircher-Benner. Retornaram curadas. Sua alimentação consistia, principalmente, de bananas frescas, depois substituídas por maçãs frescas, com o mesmo resultado. Também as crianças diabéticas foram beneficiadas com uma dieta exclusiva de frutas frescas.

O Dr. Bircher-Benner apresentou ao Dr.Joseph Evers, na Alemanha, três pacientes que ficaram livres de esclerose múltipla, uma doença considerada incurável. O Dr. Evers começou, então, a tratar pacientes portadores de esclerose múltipla e outras doenças consideradas incuráveis, com resultados surpreendentes. Em reunião da Associação Alemã de Neurologia, o Dr. Evers apresentou suas radiografias e a estatística, mostrando que — ao iniciar a alimentação com frutas e verduras frescas dentro do período de um ano após o aparecimento dos sintomas — 94% dos portadores de esclerose múltipla ficavam curados. O Dr. Evers, falecido em 1975, não utilizava medicamentos, somente alimentação. Em seu livro " Warum Evers-Diät?" (Porque a dieta Evers?), ele afirma: "O sucesso é a melhor prova de que uma teoria está correta."

O Dr. Honekamp, diretor clínico de uma clínica psiquiátrica alemã, documentou, em seu livro sobre a cura de doenças mentais com produtos naturais, como conseguiu curar pela alimentação crua, com poucas exceções, os pacientes internados em sua clínica. Entretanto, ele mostrou que a esquizofrenia crônica só pôde ser curada após quatro anos.

Tudo foi esquecido até recentemente, quando o físico Fritz Popp descobriu que os nutrientes vivos irradiam fótons. Essas pequenas partículas de luz aparentemente protegem o sistema imunológico e destroem células cancerígenas. Quando aquecemos os alimentos vivos, a irradiação se torna muito forte e depois cessa — os alimentos estão mortos. No livro " Biologie des Lichts" (Biologia da luz), publicado em 1984, ele descreve os princípios da irradiação extremamente fraca das células.

Uma enfermeira do hospital da Universidade de Zurique estava morrendo. Anos antes, haviam-lhe retirado um tumor maligno da mama. Mais tarde, apareceram metástases no fígado. Quando o tumor reapareceu por uma terceira vez, após duas quimioterapias, acreditavam que nada mais poderia ser feito. Era Natal e seus amigos vieram despedir-se dela. Uma amiga lhe falou da alimentação crua e logo trouxe frutas e hortaliças frescas. No dia seguinte, a enfermeira já pôde deixar a alta dose de morfina que estava tomando contra as dores e levantar. A cada dia, ficava de pé durante mais tempo.

Como podemos explicar este efeito imediato sobre tumores malignos? A pesquisadora em oncologia, Virginia Livingston, de San Diego, EUA, descreve em seu livro "The Conquest of Cancer" (A conquista do câncer) que os alimentos vivos, as frutas e as hortaliças contêm um ácido, um sub-produto da vitamina A, que também é produzido no fígado. Essa substância freia o câncer, mas é sensível ao calor. Cenouras cozidas no vapor só contém 1% a 2% da quantidade do ácido que as cenouras cruas contêm.

Recomendo aos pacientes em minha clínica — e eu mesmo me alimento desta forma:

Comer apenas o que nasce na natureza.

Disso, só comer aquilo que temos vontade, apenas na quantidade que o corpo pede e quando sentimos fome.

Consumir os alimentos assim como a natureza nos oferece, sem misturar, sem temperos, sem aquecer.

Sempre que possível, comer os alimentos isentos de agrotóxicos e adubos químicos.

Como podemos saber se uma fruta é saudável ou prejudicial? Só nosso instinto pode nos dizer isso. Cada ser vivo tem sua voz interior, inclusive as bactérias e os vírus. O ser humano é o único ser vivo que não segue sua voz interior, nós nos achamos superiores. Porém, se não seguimos esta voz, surge o efeito contrário, o

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vício. O adulto é viciado no fumo, em alimentos desnaturados, cozidos etc. Após um jejum, estes vícios desaparecem. O instinto, a voz interior, está de volta, como em um recém-nascido.

Se comemos alimentos cozidos, há um aumento dos glóbulos brancos após a refeição — como se tivéssemos ingerido veneno. Nosso sistema imunológico, neste caso, está ocupado de manhã até a noite enfrentando os tóxicos que introduzimos com a alimentação aquecida, em vez de se defender contra germes e destruir células cancerígenas.

Ao dar alimentação cozida para animais selvagens, saudáveis — como fizeram Mac Carrison na Inglaterra e o Prof. Kollath na Alemanha — estes adoecem com nossas doenças da civilização e morrem. Se acrescentamos vitaminas da farmácia, morrem alguns dias mais tarde. Entretanto, se os colocamos em liberdade para que voltem a se nutrir com alimentos vivos, seguindo o seu instinto, eles se recuperam. O mais interessante: animais, antes dóceis tornam-se agressivos com nossa alimentação desnaturada e se agridem.

Fonte: Palestra apresentada durante o Congresso Vegetariano em Widnau, Suíça, 1999 -

http://www.taps.org.br/alim11.htm