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DA EXECUÇÃO TRABALHISTA LEANDRO ANTUNES

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DA EXECUÇÃO TRABALHISTALEANDRO ANTUNES

TÍTULOS EXECUTIVOS

• Art. 876 - As decisões passadas em julgado ou das quais não tenhahavido recurso com efeito suspensivo; os acordos, quando nãocumpridos; os termos de ajuste de conduta firmados perante oMinistério Público do Trabalho e os termos de conciliação firmadosperante as Comissões de Conciliação Prévia serão executada pelaforma estabelecida neste Capítulo.

• Parágrafo único. Serão executadas ex-officio as contribuições sociais devidas em decorrência de decisão proferida pelos Juízes e Tribunais do Trabalho, resultantes de condenação ou homologação de acordo, inclusivesobre os salários pagos durante o período contratual reconhecido.

COMPETÊNCIA

• Art. 877 - É competente para a execução das decisões o Juiz ouPresidente do Tribunal que tiver conciliado ou julgadooriginariamente o dissídio.

• Art. 877-A - É competente para a execução de título executivoextrajudicial o juiz que teria competência para o processo deconhecimento relativo à matéria.

LEGITIMIDADE

• Art. 878 - A execução poderá ser promovida por qualquerinteressado, ou ex officio pelo próprio Juiz ou Presidente ou Tribunalcompetente, nos termos do artigo anterior.

• Parágrafo único - Quando se tratar de decisão dos TribunaisRegionais, a execução poderá ser promovida pela Procuradoria daJustiça do Trabalho.

•LIQUIDAÇÃO NO PROCESSO DO TRABALHO

• Art. 879 - Sendo ilíquida a sentença exeqüenda, ordenar-se-á,previamente, a sua liquidação, que poderá ser feita por cálculo, porarbitramento ou por artigos.

• § 1º - Na liquidação, não se poderá modificar, ou inovar, a sentençaliquidanda nem discutir matéria pertinente à causa principal.

• § 1o-A. A liquidação abrangerá, também, o cálculo das contribuiçõesprevidenciárias devidas.

• § 1o-B. As partes deverão ser previamente intimadas para aapresentação do cálculo de liquidação, inclusive da contribuiçãoprevidenciária incidente.

• § 2º - Elaborada a conta e tornada líquida, o Juiz poderá abrir àspartes prazo sucessivo de 10 (dez) dias para impugnaçãofundamentada com a indicação dos itens e valores objeto dadiscordância, sob pena de preclusão.

• § 3o Elaborada a conta pela parte ou pelos

• órgãos auxiliares da Justiça do Trabalho, o juiz procederá à intimaçãoda União para

• manifestação, no prazo de 10 (dez) dias, sob

• pena de preclusão.

• § 4o A atualização do crédito devido à Previdência Social observará os critérios estabelecidos na legislação previdenciária.

• § 5o O Ministro de Estado da Fazenda poderá, mediante ato fundamentado, dispensar a manifestação da União quando o valor total das verbas que integram o salário-de-contribuição, na forma do art. 28da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, ocasionar perda de escala decorrente da atuação do órgão jurídico.

• § 6o Tratando-se de cálculos de liquidação complexos, o juiz poderánomear perito para a elaboração e fixará, depois da conclusão dotrabalho, o valor dos respectivos honorários com observância, entreoutros, dos critérios de razoabilidade e proporcionalidade.

ESPÉCIES DE LIQUIDAÇÃO

ARTIGOS;

ARBITRAMENTO;

CÁLCULOS.

DA NOTIFICAÇÃO DO EXECUTADO

• Art. 880. Requerida a execução, o juiz ou

• presidente do tribunal mandará expedir

• mandado de citação do executado, a fim de que

• cumpra a decisão ou o acordo no prazo, pelo

• modo e sob as cominaçõesestabelecidas ou, quando se tratar de pagamento em dinheiro, inclusive de contribuições sociais devidas à União, para que o faça em 48 (quarenta e oito) horas ou garanta a execução, sob pena de

• penhora.

• § 1º - O mandado de citação deverá conter a decisão exeqüenda ou otermo de acordo não cumprido.

• § 2º - A citação será feita pelos oficiais de diligência.

• § 3º - Se o executado, procurado por 2 (duas) vezes no espaço de48 (quarenta e oito) horas, não for encontrado, far-se-á citação poredital, publicado no jornal oficial ou, na falta deste, afixado na sededa Junta ou Juízo, durante 5 (cinco) dias.

MULTA DO ARTIGO 475-J, DO CPC E SUA APLICABILIDADE NO PROCESSO DO TRABALHO

• Art. 475-J. Caso o devedor, condenado ao pagamento de quantiacerta ou já fixada em liquidação, não o efetue no prazo de quinzedias, o montante da condenação será acrescido de multa nopercentual de dez por cento e, a requerimento do credor eobservado o disposto no art. 614, inciso II, desta Lei, expedir-se-ámandado de penhora e avaliação.

• (...)

• APLICADA OU NÃO?

• O QUE APLICAR PARA EFEITO DE PROVA?

ENUNCIADO N.º 71 – 1ª JORNADA DE DIREITO MATERIAL E PROCESSUAL DO TRABALHO

• 71. ARTIGO 475-J DO CPC. APLICAÇÃO NO PROCESSO DO TRABALHO.A aplicação subsidiária do artigo 475-J do CPC atende às garantiasconstitucionais da razoável duração do processo, efetividade eceleridade, tendo, portanto, pleno cabimento na execuçãotrabalhista.

ENTENDIMENTO DA SDI-1

• MULTA DO ART. 475-J DO CPC. INCOMPATIBILIDADE COM OPROCESSO DO TRABALHO. REGRA PRÓPRIA COM PRAZO REDUZIDO.MEDIDA COERCITIVA NO PROCESSO TRABALHO DIFERENCIADA DOPROCESSO CIVIL. O art. 475-J do CPC determina que o devedor que,no prazo de quinze dias, não tiver efetuado o pagamento da dívida,tenha acrescido multa de 10% sobre o valor da execução e, arequerimento do credor, mandado de penhora e avaliação. Aaplicação de norma processual extravagante, no processo dotrabalho, está subordinada a omissão no texto da Consolidação. Nosincidentes da execução o art. 889 da CLT remete à Lei dos ExecutivosFiscais, com fonte subsidiária.

DOS EMBARGOS À EXECUÇÃO

• Art. 884 - Garantida a execução ou penhorados os bens, terá oexecutado 5 (cinco) dias para apresentar embargos, cabendo igualprazo ao exeqüente para impugnação.

MATÉRIA DOS EMBARGOS

• § 1º - A matéria de defesa será restrita às alegações de cumprimentoda decisão ou do acordo, quitação ou prescrição da divida.

DILAÇÃO PROBATÓRIA

• § 2º - Se na defesa tiverem sido arroladas testemunhas, poderá o Juizou o Presidente do Tribunal, caso julgue necessários seusdepoimentos, marcar audiência para a produção das provas, a qualdeverá realizar-se dentro de 5 (cinco) dias.

• § 3º - Somente nos embargos à penhora poderá o executadoimpugnar a sentença de liquidação, cabendo ao exeqüente igualdireito e no mesmo prazo.

• § 4o Julgar-se-ão na mesma sentença os embargos e as impugnaçõesà liquidação apresentadas pelos credores trabalhista eprevidenciário.

EXECUÇÃO CONTRA GRUPO ECONÔMICO

• Súmula nº 205 do TST

• GRUPO ECONÔMICO. EXECUÇÃO. SOLIDARIEDADE (cancelada) -Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003

• O responsável solidário, integrante do grupo econômico, que nãoparticipou da relação processual como reclamado e que, portanto,não consta no título executivo judicial como devedor, não pode sersujeito passivo na execução.

PENHORA ON LINE

• CONVÊNIO BACEN JUD ENTRE O TST E O BANCO CENTRAL

• APLICABILIDADE NO PROCESSO DO TRABALHO

CPC

• Art. 655-A. Para possibilitar a penhora de dinheiro em depósito ouaplicação financeira, o juiz, a requerimento do exeqüente, requisitaráà autoridade supervisora do sistema bancário, preferencialmente pormeio eletrônico, informações sobre a existência de ativos em nomedo executado, podendo no mesmo ato determinar suaindisponibilidade, até o valor indicado na execução.

EMBARGOS DE TERCEIRO

• OMISSÃO NA CLT

• APLICAÇÃO SUBSIDIÁRIA DAS REGRAS DO CPC

• ARTIGO 1046 DO CPC E SEGUINTES

• NOVO CPC: ARTIGO 674 E SEGUINTES.

PRAZO PARA APRESENTAÇÃO

Art. 1.048. Os embargos podem ser opostos a qualquer tempo no processo deconhecimento enquanto não transitada em julgado a sentença, e, no processode execução, até 5 (cinco) dias depois da arrematação, adjudicação ouremição, mas sempre antes da assinatura da respectiva carta.

NOVO CPC: Art. 675. Os embargos podem ser opostos a qualquer tempo no processo de conhecimento enquanto não transitada em julgado a sentença e, no cumprimento de sentença ou no processo de execução, até 5 (cinco) dias depois da adjudicação, da alienação por iniciativa particular ou da arrematação, mas sempre antes da assinatura da respectiva carta.

Parágrafo único. Caso identifique a existência de terceiro titular de interesse em embargar o ato, o juiz mandará intimá-lo pessoalmente.

PRAZO DE RESPOSTA

Art. 1.053. Os embargos poderão ser contestados no prazo de 10 (dez)dias, findo o qual proceder-se-á de acordo com o disposto no art. 803.

Art. 679. Os embargos poderão ser contestados no prazo de 15 (quinze) dias, findo o qual se seguirá o procedimento comum.

COMPETÊNCIA – EXECUÇÃO POR CARTA PRECATÓRIA

• Súmula nº 419 do TST

• COMPETÊNCIA. EXECUÇÃO POR CARTA. EMBARGOS DE TERCEIRO.JUÍZO DEPRECANTE (conversão da Orientação Jurisprudencial nº114 da SBDI-2) - Res. 137/2005, DJ 22, 23 e 24.08.2005

• Na execução por carta precatória, os embargos de terceiro serãooferecidos no juízo deprecante ou no juízo deprecado, mas acompetência para julgá-los é do juízo deprecante, salvo se versarem,unicamente, sobre vícios ou irregularidades da penhora, avaliação oualienação dos bens, praticados pelo juízo deprecado, em que acompetência será deste último. (ex-OJ nº 114 da SBDI-2 - DJ11.08.2003)

• QUAL SERIA O RECURSO CABÍVEL DA DECISÃO QUE JULGA OS EMBARGOS DE TERCEIRO?

• RESPOSTA – ART. 897, “A”, DA CLT.

PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE

• Súmula nº 114 do TST

• PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20e 21.11.2003

• É inaplicável na Justiça do Trabalho a prescrição intercorrente.

• SÚMULA Nº 327 DO STF

• O DIREITO TRABALHISTA ADMITE A PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE.

EXECUÇÃO CONTRA A FAZENDA PÚBLICA

• PRINCÍPIOS NORTEADORES:

• 1 – IMPENHORABILIDADE E INALIABILIDADE DOS BENS PÚBLICOS

• 2 – UNIVERSALIDADE ORÇAMENTÁRIA

• CITAÇÃO NA FORMA ARTIGO 730, DO CPC:

• Art. 730. Na execução por quantia certa contra a Fazenda Pública,citar-se-á a devedora para opor embargos em 10 (dez) dias; se estanão os opuser, no prazo legal, observar-se-ão as seguintes regras:

• I - o juiz requisitará o pagamento por intermédio do presidente dotribunal competente;

• II - far-se-á o pagamento na ordem de apresentação do precatório e àconta do respectivo crédito.

• Art. 731. Se o credor for preterido no seu direito de preferência, opresidente do tribunal, que expediu a ordem, poderá, depois deouvido o chefe do Ministério Público, ordenar o seqüestro da quantianecessária para satisfazer o débito.

• DOS EMBARGOS À EXECUÇÃO CONTRA A FAZENDA PÚBLICA

• Art. 741. Na execução contra a Fazenda Pública, os embargos só poderão versar sobre:

• I – falta ou nulidade da citação, se o processo correu à revelia;

• II - inexigibilidade do título;

• III - ilegitimidade das partes;

• IV - cumulação indevida de execuções;

• V – excesso de execução;

• VI – qualquer causa impeditiva, modificativa ou extintiva da obrigação, como pagamento, novação, compensação, transação ou prescrição, desde que superveniente à sentença;

• Vll - incompetência do juízo da execução, bem como suspeição ou impedimento do juiz.

• Parágrafo único. Para efeito do disposto no inciso II do caput desteartigo, considera-se também inexigível o título judicial fundado em leiou ato normativo declarados inconstitucionais pelo Supremo TribunalFederal, ou fundado em aplicação ou interpretação da lei ou atonormativo tidas pelo Supremo Tribunal Federal como incompatíveiscom a Constituição Federal.

• PRECATÓRIO:

• Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal,Estaduais, Distrital e Municipais, em virtude de sentença judiciária,far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dosprecatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designaçãode casos ou de pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditosadicionais abertos para este fim.

• (...)

• REQUISIÇÃO DE PEQUENO VALOR

• Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal,Estaduais, Distrital e Municipais, em virtude de sentença judiciária,far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dosprecatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designaçãode casos ou de pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditosadicionais abertos para este fim.

• § 3º O disposto no caput deste artigo relativamente à expedição deprecatórios não se aplica aos pagamentos de obrigações definidas emleis como de pequeno valor que as Fazendas referidas devam fazerem virtude de sentença judicial transitada em julgado.

• PENHORA - SUCESSÃO

• OJ 343 SDI1 TST

• PENHORA. SUCESSÃO. ART. 100 DA CF/1988. EXECUÇÃO. DJ 22.06.04É válida a penhora em bens de pessoa jurídica de direito privado,realizada anteriormente à sucessão pela União ou por Estado-membro, não podendo a execução prosseguir mediante precatório. Adecisão que a mantém não viola o art. 100 da CF/1988.

AVALIAÇÃO

• Art. 886 - Se tiverem sido arroladas testemunhas, finda a suainquirição em audiência, o escrivão ou secretário fará, dentro de 48(quarenta e oito) horas, conclusos os autos ao juiz ou presidente, queproferirá sua decisão, na forma prevista no artigo anterior.

• (...)

• § 2º - Julgada subsistente a penhora, o juiz, ou presidente, mandaráproceder logo à avaliação dos bens penhorados.

ARTIGO 888, DA CLT

• Art. 888 - Concluída a avaliação, dentro de dez dias, contados dadata da nomeação do avaliador, seguir-se-á a arrematação, que seráanunciada por edital afixado na sede do juízo ou tribunal e publicadono jornal local, se houver, com a antecedência de vinte (20) dias.

• § 1º A arrematação far-se-á em dia, hora e lugar anunciados e osbens serão vendidos pelo maior lance, tendo o exeqüentepreferência para a adjudicação.

• § 2º O arrematante deverá garantir o lance com o sinalcorrespondente a 20% (vinte por cento) do seu valor.

• § 3º Não havendo licitante, e não requerendo o exeqüente aadjudicação dos bens penhorados, poderão os mesmos ser vendidospor leiloeiro nomeado pelo Juiz ou Presidente.

• § 4º Se o arrematante, ou seu fiador, não pagar dentro de 24 (vinte equatro) horas o preço da arrematação, perderá, em benefício daexecução, o sinal de que trata o § 2º deste artigo, voltando à praça osbens executados.

i. ARREMATAÇÃO;

ii. ADJUDICAÇÃO;

iii. REMIÇÃO.

DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA

• APLICÁVEL NA JUSTIÇA DO TRABALHO?

• COMO SE DÁ A APLICAÇÃO?

• BASE LEGAL

TEORIA MAIOR - CC

• Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizadopelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juizdecidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quandolhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas edeterminadas relações de obrigações sejam estendidos aos bensparticulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica.

TEORIA MENOR - CDC

• Art. 28. O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica dasociedade quando, em detrimento do consumidor, houver abuso dedireito, excesso de poder, infração da lei, fato ou ato ilícito ouviolação dos estatutos ou contrato social. A desconsideração tambémserá efetivada quando houver falência, estado de insolvência,encerramento ou inatividade da pessoa jurídica provocados por máadministração.

(...)

• § 5° Também poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempreque sua personalidade for, de alguma forma, obstáculo aoressarcimento de prejuízos causados aos consumidores.

• TST - AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA AIRR1406402020055020027 140640-20.2005.5.02.0027 (TST)

• Data de publicação: 06/09/2013

• Ementa: EXECUÇÃO. TEORIA DA DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADEJURÍDICA DO EMPREGADOR. RESPONSABILIDADE DE EX-SÓCIO.1. Justifica-se a incidênciada teoria da desconsideração da personalidade jurídica do devedorquando caracterizado o descumprimento das obrigações decorrentesdo contrato de emprego e a falta de bens suficientes da empresaexecutada para satisfação das obrigações trabalhistas. Correta aconstrição dos bens do recorrente, tendo em vista sua condição deex-sócio do executado durante a relação de emprego do autor, bemcomo a inexistência de patrimônio da empresa executada capaz degarantir a execução. 2. Agravo de instrumento não provido .

• TST - AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA AIRR420400419895120008 42040-04.1989.5.12.0008 (TST)

• Data de publicação: 09/12/2011

• Ementa: EXECUÇÃO. TEORIA DA DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADEJURÍDICA DO EMPREGADOR. A aplicaçãoda teoria da desconsideração dapersonalidade jurídica do empregador advém do descumprimento das obrigações decorrentes docontrato de trabalho e da falta de bens suficientes da empresaexecutada para satisfação das obrigações trabalhistas. Correta aconstrição dos bens do ora agravante, considerando sua condição desócio da executada, bem como a inexistência de patrimônio daempresa capaz de garantir a execução, conforme salientado nadecisão proferida pelo Tribunal Regional. Agravo de instrumento nãoprovido .

DISSÍDIO COLETIVO

• O QUE É?

• COMO SURGE?

• O DISSÍDIO COLETIVO PODE SER:

• DE NATUREZA ECONÔMINA;

• DE NATUREZA JURÍDICA.

NATUREZA ECONÔMICA

• Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:

• (...)

• § 2º Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou àarbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizardissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça doTrabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legaisde proteção ao trabalho, bem como as convencionadasanteriormente.

• TRATA-SE DE AÇÃO CONSTITUTIVA;

• TEM POR OBJETIVO BUSCAR NOVAS NORMAS OU CONDIÇÕES DE TRABALHO;

• A SENTENÇA NORMATIVA AQUI É PROFERIDA

NATUREZA JURÍDICA

• TRATA-SE DE UMA AÇÃO DECLARATÓRIA

• TEM COMO UM DOS MAIORES EXEMPLOS O CASO DA GREVEQUANDO, SEU OBJETO FOR DIRECIONADO À DECLARAÇÃO OU NÃODE ABUSIVIDADE DA GREVE

OJ’S RELACIONADAS AO ASSUNTO

• 10. GREVE ABUSIVA NÃO GERA EFEITOS. (inserida em 27.03.1998)É incompatível com a declaração de abusividade de movimentogrevista o estabelecimento de quaisquer vantagens ou garantias aseus partícipes, que assumiram os riscos inerentes à utilização doinstrumento de pressão máximo.

• 11. GREVE. IMPRESCINDIBILIDADE DE TENTATIVA DIRETA E PACÍFICADA SOLUÇÃO DO CONFLITO. ETAPA NEGOCIAL PRÉVIA. (inserida em

27.03.1998)É abusiva a greve levada a efeito sem que as partes hajam tentado,direta e pacificamente, solucionar o conflito que lhe constitui oobjeto.

• 38. GREVE. SERVIÇOS ESSENCIAIS. GARANTIA DAS NECESSIDADESINADIÁVEIS DA POPULAÇÃO USUÁRIA. FATOR DETERMINANTE DAQUALIFICAÇÃO JURÍDICA DO MOVIMENTO. (inserida em

07.12.1998)É abusiva a greve que se realiza em setores que a lei define comosendo essenciais à comunidade, se não é assegurado o atendimentobásico das necessidades inadiáveis dos usuários do serviço, na formaprevista na Lei nº 7.783/89.

COMPETÊNCIA PARA JULGAMENTO

• Art. 856 - A instância será instaurada mediante representação escritaao Presidente do Tribunal. Poderá ser também instaurada poriniciativa do presidente, ou, ainda, a requerimento da Procuradoriada Justiça do Trabalho, sempre que ocorrer suspensão do trabalho.

• Art. 860 - Recebida e protocolada a representação, e estando nadevida forma, o Presidente do Tribunal designará a audiência deconciliação, dentro do prazo de 10 (dez) dias, determinando anotificação dos dissidentes, com observância do disposto no art. 841.

• Parágrafo único - Quando a instância for instaurada ex officio, aaudiência deverá ser realizada dentro do prazo mais breve possível,após o reconhecimento do dissídio.

TRT

• Art. 678 - Aos Tribunais Regionais, quando divididos em Turmas,compete:

• I - ao Tribunal Pleno, especialmente:

• a) processar, conciliar e julgar originàriamente os dissídios coletivos;

TST

• Art. 702 - Ao Tribunal Pleno compete:

• I - em única instância:

• b) conciliar e julgar os dissídios coletivos que excedam a jurisdiçãodos Tribunais Regionais do Trabalho, bem como estender ou reversuas próprias decisões normativas, nos casos previstos em lei;

SENTENÇA NORMATIVA – PRAZO DE VIGÊNCIA

• Art. 868 - Em caso de dissídio coletivo que tenha por motivo novascondições de trabalho e no qual figure como parte apenas umafração de empregados de uma empresa, poderá o Tribunalcompetente, na própria decisão, estender tais condições de trabalho,se julgar justo e conveniente, aos demais empregados da empresaque forem da mesma profissão dos dissidentes.

• Parágrafo único - O Tribunal fixará a data em que a decisão deveentrar em execução, bem como o prazo de sua vigência, o qual nãopoderá ser superior a 4 (quatro) anos.

RECURSOS CABÍVEIS

• EMBARGOS

• RECURSO ORDINÁRIO

AÇÃO DE REVISÃO

• Art. 873 - Decorrido mais de 1 (um) ano de sua vigência, caberárevisão das decisões que fixarem condições de trabalho, quando setiverem modificado as circunstâncias que as ditaram, de modo quetais condições se hajam tornado injustas ou inaplicáveis.

• Art. 874 - A revisão poderá ser promovida por iniciativa do Tribunalprolator, da Procuradoria da Justiça do Trabalho, das associaçõessindicais ou de empregador ou empregadores interessados nocumprimento da decisão.

• Parágrafo único - Quando a revisão for promovida por iniciativa doTribunal prolator ou da Procuradoria, as associações sindicais e oempregador ou empregadores interessados serão ouvidos no prazode 30 (trinta) dias. Quando promovida por uma das partesinteressadas, serão as outras ouvidas também por igual prazo.

• Art. 875 - A revisão será julgada pelo Tribunal que tiver proferido adecisão, depois de ouvida a Procuradoria da Justiça do Trabalho.

AÇÃO DE CUMPRIMENTO

• Art. 872 - Celebrado o acordo, ou transitada em julgado a decisão,seguir-se-á o seu cumprimento, sob as penas estabelecidas nesteTítulo.

• Parágrafo único - Quando os empregadores deixarem de satisfazer opagamento de salários, na conformidade da decisão proferida,poderão os empregados ou seus sindicatos, independentes deoutorga de poderes de seus associados, juntando certidão de taldecisão, apresentar reclamação à Junta ou Juízo competente,observado o processo previsto no Capítulo II deste Título, sendovedado, porém, questionar sobre a matéria de fato e de direito jáapreciada na decisão.

• Súmula nº 286 do TST

• SINDICATO. SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL. CONVENÇÃO E ACORDOCOLETIVOS (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003

• A legitimidade do sindicato para propor ação de cumprimentoestende-se também à observância de acordo ou de convençãocoletivos.

• Súmula nº 246 do TST

• AÇÃO DE CUMPRIMENTO. TRÂNSITO EM JULGADO DA SENTENÇA NORMATIVA (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003

• É dispensável o trânsito em julgado da sentença normativa para a propositura da ação de cumprimento.

PRESCRIÇÃO

• Súmula nº 350 do TST

• PRESCRIÇÃO. TERMO INICIAL. AÇÃO DE CUMPRIMENTO. SENTENÇANORMATIVA (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003

• O prazo de prescrição com relação à ação de cumprimento dedecisão normativa flui apenas da data de seu trânsito em julgado.

AÇÃO RESCISÓRIA

• Art. 836. É vedado aos órgãos da Justiça do Trabalho conhecer dequestões já decididas, excetuados os casos expressamente previstosneste Título e a ação rescisória, que será admitida na forma dodisposto no Capítulo IV do Título IX da Lei no 5.869, de 11 de janeirode 1973 – Código de Processo Civil, sujeita ao depósito prévio de 20%(vinte por cento) do valor da causa, salvo prova de miserabilidadejurídica do autor.

• Parágrafo único. A execução da decisão proferida em ação rescisóriafar-se-á nos próprios autos da ação que lhe deu origem, e seráinstruída com o acórdão da rescisória e a respectiva certidão detrânsito em julgado.

• Art. 485. A sentença de mérito, transitada em julgado, pode serrescindida quando:

• I - se verificar que foi dada por prevaricação, concussão ou corrupçãodo juiz;

• II - proferida por juiz impedido ou absolutamente incompetente;

• III - resultar de dolo da parte vencedora em detrimento da partevencida, ou de colusão entre as partes, a fim de fraudar a lei;

• IV - ofender a coisa julgada;

• V - violar literal disposição de lei;

• Vl - se fundar em prova, cuja falsidade tenha sido apurada emprocesso criminal ou seja provada na própria ação rescisória;

• Vll - depois da sentença, o autor obtiver documento novo, cujaexistência ignorava, ou de que não pôde fazer uso, capaz, por si só,de Ihe assegurar pronunciamento favorável;

• VIII - houver fundamento para invalidar confissão, desistência outransação, em que se baseou a sentença;

• IX - fundada em erro de fato, resultante de atos ou de documentos dacausa;

• § 1o Há erro, quando a sentença admitir um fato inexistente, ouquando considerar inexistente um fato efetivamente ocorrido.

• § 2o É indispensável, num como noutro caso, que não tenha havidocontrovérsia, nem pronunciamento judicial sobre o fato.

• Súmula nº 259 do TST

• TERMO DE CONCILIAÇÃO. AÇÃO RESCISÓRIA (mantida) - Res.121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003

• Só por ação rescisória é impugnável o termo de conciliação previstono parágrafo único do art. 831 da CLT.

• Súmula nº 100 do TST

• AÇÃO RESCISÓRIA. DECADÊNCIA (incorporadas as OrientaçõesJurisprudenciais nºs 13, 16, 79, 102, 104, 122 e 145 da SBDI-2) - Res.137/2005, DJ 22, 23 e 24.08.2005

• I - O prazo de decadência, na ação rescisória, conta-se do diaimediatamente subseqüente ao trânsito em julgado da últimadecisão proferida na causa, seja de mérito ou não. (ex-Súmula nº 100- alterada pela Res. 109/2001, DJ 20.04.2001)

• II - Havendo recurso parcial no processo principal, o trânsito emjulgado dá-se em momentos e em tribunais diferentes, contando-se oprazo decadencial para a ação rescisória do trânsito em julgado decada decisão, salvo se o recurso tratar de preliminar ou prejudicialque possa tornar insubsistente a decisão recorrida, hipótese em queflui a decadência a partir do trânsito em julgado da decisão que julgaro recurso parcial. (ex-Súmula nº 100 - alterada pela Res. 109/2001, DJ20.04.2001)

• III - Salvo se houver dúvida razoável, a interposição de recursointempestivo ou a interposição de recurso incabível não protrai otermo inicial do prazo decadencial. (ex-Súmula nº 100 - alterada pelaRes. 109/2001, DJ 20.04.2001)

• IV - O juízo rescindente não está adstrito à certidão de trânsito emjulgado juntada com a ação rescisória, podendo formar sua convicçãoatravés de outros elementos dos autos quanto à antecipação oupostergação do "dies a quo" do prazo decadencial. (ex-OJ nº 102 daSBDI-2 - DJ 29.04.2003)

• V - O acordo homologado judicialmente tem força de decisãoirrecorrível, na forma do art. 831 da CLT. Assim sendo, o termoconciliatório transita em julgado na data da sua homologação judicial.(ex-OJ nº 104 da SBDI-2 - DJ 29.04.2003)

• VI - Na hipótese de colusão das partes, o prazo decadencial da ação rescisória somente começa a fluir para o Ministério Público, que não interveio no processo principal, a partir do momento em que tem ciência da fraude. (ex-OJ nº 122 da SBDI-2 - DJ 11.08.2003)

• VII - Não ofende o princípio do duplo grau de jurisdição a decisão do TST que, após afastar a decadência em sede de recurso ordinário, aprecia desde logo a lide, se a causa versar questão exclusivamente de direito e estiver em condições de imediato julgamento. (ex-OJ nº 79 da SBDI-2 - inserida em 13.03.2002)

• VIII - A exceção de incompetência, ainda que oposta no prazo recursal, sem ter sido aviado o recurso próprio, não tem o condão de afastar a consumação da coisa julgada e, assim, postergar o termo inicial do prazo decadencial para a ação rescisória. (ex-OJ nº 16 da SBDI-2 - inserida em 20.09.2000)

• IX - Prorroga-se até o primeiro dia útil, imediatamente subseqüente, o prazo decadencial para ajuizamento de ação rescisória quando expira em férias forenses, feriados, finais de semana ou em dia em que não houver expediente forense. Aplicação do art. 775 da CLT. (ex-OJ nº 13 da SBDI-2 - inserida em 20.09.2000)

• X - Conta-se o prazo decadencial da ação rescisória, após o decurso do prazo legal previsto para a interposição do recurso extraordinário, apenas quando esgotadas todas as vias recursais ordinárias. (ex-OJ nº 145 da SBDI-2 - DJ 10.11.2004)

CPC - 2015

Art. 966. A decisão de mérito, transitada em julgado, pode ser rescindida quando:

I - se verificar que foi proferida por força de prevaricação, concussão ou corrupção do juiz;

II - for proferida por juiz impedido ou por juízo absolutamente incompetente;

III - resultar de dolo ou coação da parte vencedora em detrimento da parte vencida ou, ainda, de simulação ou colusão entre as partes, a fim de fraudar a lei;

IV - ofender a coisa julgada;

V - violar manifestamente norma jurídica;

VI - for fundada em prova cuja falsidade tenha sido apurada em processo criminal ou venha a ser demonstrada na própria ação rescisória;

VII - obtiver o autor, posteriormente ao trânsito em julgado, prova nova cuja existência ignorava ou de que não pôde fazer uso, capaz, por si só, de lhe assegurar pronunciamento favorável;

VIII - for fundada em erro de fato verificável do exame dos autos.

§ 1o Há erro de fato quando a decisão rescindenda admitir fato inexistente ou quando considerar inexistente fato efetivamente ocorrido, sendo indispensável, em ambos os casos, que o fato não represente ponto controvertido sobre o qual o juiz deveria ter se pronunciado.

§ 2o Nas hipóteses previstas nos incisos do caput, será rescindível a decisão transitada em julgado que, embora não seja de mérito, impeça:

I - nova propositura da demanda; ou

II - admissibilidade do recurso correspondente.

§ 3o A ação rescisória pode ter por objeto apenas 1 (um) capítulo da decisão.

§ 4o Os atos de disposição de direitos, praticados pelas partes ou por outros participantes do processo e homologados pelo juízo, bem como os atos homologatórios praticados no curso da execução, estão sujeitos à anulação, nos termos da lei.

Art. 967. Têm legitimidade para propor a ação rescisória:

I - quem foi parte no processo ou o seu sucessor a título universal ou singular;

II - o terceiro juridicamente interessado;

III - o Ministério Público:

a) se não foi ouvido no processo em que lhe era obrigatória a intervenção;

b) quando a decisão rescindenda é o efeito de simulação ou de colusão das partes, a fim de fraudar a lei;

c) em outros casos em que se imponha sua atuação;

IV - aquele que não foi ouvido no processo em que lhe era obrigatória a intervenção.

Parágrafo único. Nas hipóteses do art. 178, o Ministério Público será intimado para intervir como fiscal da ordem jurídica quando não for parte.

Art. 968. A petição inicial será elaborada com observância dos requisitos essenciais do art. 319, devendo o autor:

I - cumular ao pedido de rescisão, se for o caso, o de novo julgamento do processo;

II - depositar a importância de cinco por cento sobre o valor da causa, que se converterá em multa caso a ação seja, por unanimidade de votos, declarada inadmissível ou improcedente.

§ 1o Não se aplica o disposto no inciso II à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios, às suas respectivas autarquias e fundações de direito público, ao Ministério Público, à Defensoria Pública e aos que tenham obtido o benefício de gratuidade da justiça.

§ 2o O depósito previsto no inciso II do caput deste artigo não será superior a 1.000 (mil) salários-mínimos.

§ 3o Além dos casos previstos no art. 330, a petição inicial será indeferida quando não efetuado o depósito exigido pelo inciso II do caput deste artigo.

§ 4o Aplica-se à ação rescisória o disposto no art. 332.

§ 5o Reconhecida a incompetência do tribunal para julgar a ação rescisória, o autor será intimado para emendar a petição inicial, a fim de adequar o objeto da ação rescisória, quando a decisão apontada como rescindenda:

I - não tiver apreciado o mérito e não se enquadrar na situação prevista no § 2o do art. 966;

II - tiver sido substituída por decisão posterior.

§ 6o Na hipótese do § 5o, após a emenda da petição inicial, será permitido ao réu complementar os fundamentos de defesa, e, em seguida, os autos serão remetidos ao tribunal competente.

Art. 969. A propositura da ação rescisória não impede o cumprimento da decisão rescindenda, ressalvada a concessão de tutela provisória.

Art. 970. O relator ordenará a citação do réu, designando-lhe prazo nunca inferior a 15 (quinze) dias nem superior a 30 (trinta) dias para, querendo, apresentar resposta, ao fim do qual, com ou sem contestação, observar-se-á, no que couber, o procedimento comum.

Art. 971. Na ação rescisória, devolvidos os autos pelo relator, a secretaria do tribunal expedirá cópias do relatório e as distribuirá entre os juízes que compuserem o órgão competente para o julgamento.

Parágrafo único. A escolha de relator recairá, sempre que possível, em juiz que não haja participado do julgamento rescindendo.

Art. 972. Se os fatos alegados pelas partes dependerem de prova, o relator poderá delegar a competência ao órgão que proferiu a decisão rescindenda, fixando prazo de 1 (um) a 3 (três) meses para a devolução dos autos.

Art. 973. Concluída a instrução, será aberta vista ao autor e ao réu para razões finais, sucessivamente, pelo prazo de 10 (dez) dias.

Parágrafo único. Em seguida, os autos serão conclusos ao relator, procedendo-se ao julgamento pelo órgão competente.

Art. 974. Julgando procedente o pedido, o tribunal rescindirá a decisão, proferirá, se for o caso, novo julgamento e determinará a restituição do depósito a que se refere o inciso II do art. 968.

Parágrafo único. Considerando, por unanimidade, inadmissível ou improcedente o pedido, o tribunal determinará a reversão, em favor do réu, da importância do depósito, sem prejuízo do disposto no § 2o do art. 82.

Art. 975. O direito à rescisão se extingue em 2 (dois) anos contados do trânsito em julgado da última decisão proferida no processo.

§ 1o Prorroga-se até o primeiro dia útil imediatamente subsequente o prazo a que se refere o caput, quando expirar durante férias forenses, recesso, feriados ou em dia em que não houver expediente forense.

§ 2o Se fundada a ação no inciso VII do art. 966, o termo inicial do prazo será a data de descoberta da prova nova, observado o prazo máximo de 5 (cinco) anos, contado do trânsito em julgado da última decisão proferida no processo.

§ 3o Nas hipóteses de simulação ou de colusão das partes, o prazo começa a contar, para o terceiro prejudicado e para o Ministério Público, que não interveio no processo, a partir do momento em que têm ciência da simulação ou da colusão.