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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 Produção Didático-Pedagógica Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7 Cadernos PDE VOLUME I I

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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE

2009

Produção Didático-Pedagógica

Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE

VOLU

ME I

I

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GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL

Implementação do Projeto de Intervenção Pedagógica na Escola

IARA PENNA

HOMEM INTEGRAL, A LEITURA INTERAGINDO NO SER

Unidade didática apresentado como requisito

junto ao Programa de Desenvolvimento

Educacional - PDE da Secretaria Estadual de

Educação – SEED em parceria com a Faculdade

de Filosofia,Ciências e Letras de Paranaguá –

FAFIPAR.

Orientadora: Profª Mestra Jacqueline C.S.Vignoli

CURITIBA

2010

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1

SUMARIO

1. APRESENTAÇÃO .................................................................................................. 2

2. FUNDAMENTAÇÃO ............................................................................................... 3

3. BASE TEÓRICA DE UMA PROPOSTA PRÁTICA PARA SER IMPLANTADA NA

ESCOLA ..................................................................................................................... 4

3.1 CONCEPÇÕES DE LINGUAGEM .................................................................... 4

4. LEITURA / LINGUAGEM ........................................................................................ 6

5. INTRODUÇÃO AS ATIVIDADES ........................................................................... 7

5.1 GÊNEROS TEXTUAIS ...................................................................................... 9

5.2 MAPA CONCEITUAL ...................................................................................... 10

6. LEITURA COMPARTILHADA .............................................................................. 18

7. SINOPSES ............................................................................................................ 19

8. PRODUÇÃO FINAL .............................................................................................. 22

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 23

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1. APRESENTAÇÃO

Esta unidade didática foi elaborada como parte das atividades

desenvolvidas no Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) ligado à

Secretaria de Estado de Educação do Paraná, no ano de 2009. Unidade esta

referindo-se ao Projeto de Intervenção Pedagógica, Homem Integral, a Leitura

Interagindo no Ser. Neste primeiro momento visa contribuir com algumas atividades

para os alunos praticarem leituras diversas, produção de textos, interpretação,

organização em seus estudos e mobilização nos assuntos que permeiam a vida de

todos. Este Programa deverá ser implantado na escola Estadual Dr.Xavier da Silva

na modalidade de ensino EJA (Educação de Jovens e Adultos); duas vezes na

semana em duas aulas de cinqüenta minutos cada de agosto de 2010 a novembro

de 2010. Trata-se de um material que apresenta um dos quatro eixos temáticos

sugeridos no Projeto. Nesta unidade, Violência é o tema sempre incentivando os

diversos gêneros, o hipertexto onde agrega-se outros conjuntos de informação na

forma de blocos de textos,palavras,imagens,sons remetendo a textos também no

formato digital.As linguagens são diferentes mas os gêneros no entanto

permanecem na mesma temática,neste caso:Violência.

Busca-se dessa forma estabelecer pontes com a realidade do seu

cotidiano e a escola. O propósito dessa unidade didática é de ajudar a aplainar os

caminhos ajudando o aluno a interagir com o texto e a realidade no qual está

inserido.

A instrumentalização técnica só tem sentido à medida que serve de

suporte para o desenvolvimento da autonomia do aluno

A autora

"É melhor tentar e falhar, que preocupar-se a

ver a passar. Eu prefiro na chuva caminhar, que dias tristes

em casa esconder. Prefiro ser feliz, embora louco, que na

conformidade viver"

(Martim Luther Kim)

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2. FUNDAMENTAÇÃO

O aprofundamento teórico é respaldado pela legislação vigente, de acordo

com as Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa para o Ensino Fundamental II e

Ensino Médio da EJA (Educação de Jovens e Adultos) bem como em pesquisas

realizadas por especialistas da área de Língua Portuguesa, Sociologia, Filosofia,

Psicologia e Psicopedagogia contextualizados à Educação. A Língua como interação

em sua dimensão linguístico-discursiva sendo importante criar oportunidades para o

aluno refletir,construir na leitura e na escrita de diferentes textos percebendo como a

Língua funciona.Na prática de análise linguística o aluno deve perceber o texto como

resultado de opções temáticas e estruturais feita pelo autor tendo em vista seu

interlocutor.O texto não mais usado para se ensinar a nomenclatura gramatical e a

sua construção passa a ser o objeto do ensino.A intenção é que o aluno passe a

entender o que é um bom texto,como é organizado refletindo e analisando a

adequação do discurso,o contexto da produção e os efeitos provocados pelos

efeitos lingüísticos usados. Segundo Bakthin: " Quanto mais variado for o contato do

aluno com diferentes gêneros discursivos (orais e escritos), mais fácil assimilar as

regularidades que determinam o uso da língua em diferentes esferas sociais."

(Bakthin,1992). No Contexto das Diretrizes Curriculares o entendimento de que o

discurso pode ser visto como "um diferente modo de conceber e estudar a língua,

uma vez que ela é vista como um acontecimento social, envolvida por valores

ideológicos ao contrário de uma concepção de linguagem que centraliza o ensino na

gramática tradicional". (Rodrigues, 2005). A leitura de diferentes gêneros deve

sempre estar presente na vida de todos principalmente do aluno onde se visa à

transformação das relações de desigualdades sociais. "Estratégia permanente de

sustentação da aprendizagem formal e política do aluno, com base em diagnósticos

constantes e capacidade de intervir de maneira educativa". (Demo,1998)

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3. BASE TEÓRICA DE UMA PROPOSTA PRÁTICA PARA SER IMPLANTADA NA

ESCOLA

3.1 CONCEPÇÕES DE LINGUAGEM

As práticas pedagógicas de todo e qualquer professor derivam-se de suas

concepções teóricas e de sua forma de entender o objeto a ser ensinado. Nas aulas

de Língua Portuguesa, entender o que é linguagem torna-se fundamental para que o

professor consciente possa planejar suas aulas.

João Wanderley Geraldi (2000) identifica historicamente três concepções

de linguagem:

● Como expressão de pensamento, destacada nos estudos tradicionais.

● Como instrumento de comunicação.

● Como forma de interação Humana.

A linguagem como interação propõe estudar as relações que se

constituem entre os sujeitos no momento em que falam, e não simplesmente

estabelecer classificações e dominar os tipos de sentenças.

A rapidez das mudanças ocorridas no meio social e as inúmeras relações

presentes nas teias discursivas, que atravessam o campo social, requerem do

professor uma percepção crítica cujo horizonte é a mudança de posicionamento em

sua ação pedagógica. Na linguagem, o homem se reconhece humano, interage e

troca experiências, compreende a realidade em que está inserido e percebe seu

papel como participante.

A definição de linguagem como interação parte dos teóricos do círculo de

Bakhtin, cujos conceitos de dialogismo e gêneros discursivos suscitaram novos

caminhos para o trabalho pedagógico com a linguagem verbal, demandando uma

nova abordagem para o ensino da língua. A teoria Pós-critíca de Bakhtin tenta

viabilizar uma filosofia marxista da linguagem, alerta para o caráter sociológico,

colocando a enunciação como realidade de linguagem e como estrutura

socioideológica. Essa corrente de caráter sócio-histórica concebe a linguagem como

uma construção social, resultado da interação humana que se atualiza na

enunciação dialógica concreta e única, (Interação na Sala de Aula,Ed.Martins

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Fontes, S.P., 2001-Nelita Bortolotto).

As conseqüências para o ensino da adoção de uma prática de linguagem

centrada na interação são inúmeras a começar da adoção de dois eixos norteadores

para o ensino da Língua Portuguesa (textos orais e escritos, vistos em sua produção

e análise lingüística). Essa prática pressupõe a análise de diferentes linguagens e

alarga o conceito de material apropriado, uma vez que todos os textos que circulam

socialmente tornam-se aptos para o ensino, seja na forma verbal ou não-verbal,

iconográfica (imagens, desenhos, filmes, charges, outdoors, entre outros, cinética

(sonora, olfativa, tátil, visual e gustativa) e alfabética nos diferentes níveis.

Pensar no ensino de leitura significa pensar numa realidade que permeia

todos os atos do cotidiano: a realidade da linguagem. É através dela que nos

constituímos enquanto sujeitos do mundo. A leitura fornece aos alunos práticas

sócio-verbais indispensáveis à vida cidadã que transcendem a das vivências

cotidianas informais em situações formais, procurando desenvolver uma

compreensão da linguagem nas suas dimensões sociais e históricas. Segundo

Harold Bloom, professor das universidades de Yale e de New York e o mais

polêmico dos críticos literários, diz porque ainda se deve ler num mundo dominado

pelas imagens.

“A sabedoria que é o tipo mais precioso de

conhecimento essa só pode ser encontrada nos grandes

autores. Esse é o primeiro motivo por que devemos ler. O

segundo motivo é - que todo bom pensamento, com já

diziam os filósofos e os psicólogos , depende da memória.

Não é possível pensar sem lembrar-se - e são os livros que

ainda preservam a maior parte da nossa herança cultural.

Terceiro motivo, uma democracia depende de pessoas

capazes de pensar por si própria. E ninguém faz isso sem

ler." (PATTO, 1990, p.18).

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4. LEITURA / LINGUAGEM

A leitura como essencial para o exercício da cidadania. e pensamento e

linguagem.

R. Escarpit (Escola de Bordéus) identifica seus estudos à sociologia da

literatura. As políticas de popularização do livro e da leitura, a interferência do

mercado identifica os diferentes circuitos percorridos pelo texto e examina porque a

cultura se biparte em erudita e de massa. Em outras publicações, discute tópicos

relacionados a criação artística e a duração do prestígio de um autor. (Estética da

Recepção e História da Literatura – Regina Zilbermann). As teorias de recepção

acordaram para a importância do leitor no processo de atribuição de sentido à obra,

que introduz o leitor na tarefa de completar esse sentido. Na esteira das revisões

conceituais que atravessam essa época, Foucault e Barthes relativizam a função do

autor na obra, que passou a se vista como uma entre tantas funções do sujeito.O

leitor deixa de ser o sujeito físico que tenta perceber a intenção para se constituir

como entidade lingüística e sujeito de enunciação, o "eu" literário emancipou-se do

"eu" empírico do escritor. Há diferentes posturas teóricas a respeito do ato de ler,

inclusive a referendada pelo PCN (Parâmetros Curriculares Nacionais) é uma

variante interacionista e fundamentos ancorados na psicologia cognitiva, na

psicolingüística e na sociolingüística. “A leitura é o processo no qual o leitor realiza

um trabalho ativo de compreensão e interpretação do texto. [...] Trata-se de uma

atividade que implica estratégias de seleção, antecipação, inferência e

verificação,sem as quais não é possível proficiência."[...] (PCN de Língua

Portuguesa 5ª a 8ª séries-fundamentais, p.69,1998).

A concepção sócio-interacionista preconizada pelas DCE (Diretrizes

Curriculares Escolares da Rede Pública do Estado do Paraná): "Leitura como

processo de produção de sentido que se dá a partir de interações sociais e relações

dialógicas que acontecem entre o texto e o leitor.”

O representante da escola sócio-interacionista Vygotsky nos relata que

esse tipo de educação leva em conta como os alunos chegam as respostas. O

conhecimento do processo que o aluno realiza mentalmente é fundamental. O papel

do professor muda em relação a sua atuação na escola tradicional. Ele não está

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mais no centro do processo que ensina para que os alunos aprendam passivamente

e tampouco organizador de propostas de aprendizagem que os alunos desenvolvem

sem intervir. Ele é o agente mediador desse processo propondo desafios aos seus

alunos.

"Concepção do significado da palavra como

uma unidade tanto do pensamento generalizante quanto ao

intercâmbio social e de valor inestimável para o estudo do

pensamento e da linguagem,pois permite uma verdadeira

análise genético-causal,o estudo sistemático das relações

entre o desenvolvimento da capacidade de pensar do

indivíduo e seu desenvolvimento social."

(Vygotsky,1987:p.6.)

Outra experiência em sala de aula que se entrelaça com a proposta desse

capítulo é a teoria piagetiana. Piaget foi responsável pelo elo entre filosofia e a

biologia, donde nasceu a psicologia do desenvolvimento. Entre outras pesquisas ele

estudou a relação entre o pensamento e a linguagem e define o conhecimento como

a capacidade de organizar, explicar a realidade a partir das vivências com os

objetivos do conhecimento.

Após as considerações teóricas e para a prática tornar-se possível e

acreditar na extrema importância do assunto no contexto da Língua Portuguesa

como conhecimento, desafio e acesso do aluno a leitura prazerosa que a proposta

de intervenção pedagógica terá o professor não mais como o centro do processo de

ensino como nos diz Vygotsky e sim como o agente mediador.

5. INTRODUÇÃO AS ATIVIDADES

As atividades propostas nesta unidade didática fazem parte do projeto

HOMEM INTEGRAL, A LEITURA INTERAGINDO NO SER. Para maior clareza

desse projeto e dessa unidade algumas explicações se fazem necessárias: O

projeto se desenvolve com a intenção de formação de leitores e sua interação com

os diversos gêneros textuais. São quatro (4) os principais eixos temáticos: Violência,

Meio-Ambiente, Família e Cidadania. Cada unidade tem seu eixo próprio no qual

todos os textos obedecem o mesmo tema não importando o gênero escolhido pelo

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aluno. Vale lembrar que atualmente a internet com a imagem ajuda a tornar mais

dinâmico essa interação.

Inicialmente o aluno lerá artigos, obras, revistas; sugiro a leitura

compartilhada quando uma obra pode ser lida em grupos na sala de aula onde cada

um lerá uma parte e o outro deverá continuar após ler contar o que leu assim todos

ficarão na expectativa da continuação do assunto. A isto chamo de mobilização é o

primeiro passo para se tornar um leitor de fato, pois a curiosidade sempre é

instigante.Após diversos exercícios, debates e apresentações de livre escolha o

aluno produzirá um texto sobre o tema respaldado com todas as informações

obtidas nesta trajetória. O aluno guardará seus textos produzidos e atividades

efetuadas em uma pasta conhecida como portfólio dessa forma a avaliação do

professor se dará de forma contínua sem o desgaste que o aluno sofre quando há

avaliação simplesmente em um único momento sem um contexto adequado para

tanto. Esta primeira unidade nos dá uma breve idéia do pretendido que é a

valorização da leitura sempre reflexiva.

Agora, vamos deixar o aluno com sua unidade!

"O céu tem estrelas porque alguém

precisa do brilho delas".

(Autor Desconhecido)

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5.1 GÊNEROS TEXTUAIS

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5.2 MAPA CONCEITUAL

VIOLÊNCIA: É uma ação que simplesmente não considera a outra pessoa, ou

melhor, a considera como uma coisa, numa relação em que o outro não fala e

se torna um objeto. Ela não precisa ser necessariamente de ordem física,

também se manifesta em seu aspecto psicológico ou simbólico, em suas

formas imperceptíveis. (Souza, 2007, p. 47).

a) Procure no dicionário ou internet outros conceitos de Violência e

transcreva o significado no seu caderno. Agora faça o mesmo com os outros

conceitos de violência cultural, política, verbal psicológica e física.

b) Buscar alguns conceitos de violência na Filosofia, Sociologia e na

Antropologia, assim você ampliará seus conhecimentos de forma mais abrangente

sobre o assunto.

c) Reúna-se com os colegas e tragam para a próxima aula com a

orientação do seu professor alguns títulos de filmes que tenham como temática a

violência. Sugestão: Cidade de Deus, Tropa de Elite, Vestido de Noiva, Dom

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Casmurro.

d) Escolham um filme para assistir e após discutam qual tipo de violência

ou quais tipos de violência foram presenciados.

Leia o fragmento do texto a seguir: UMA ARMA (Luiz Antonio Assis

Brasil)

Fonte: Zero Hora - 25/09/05

De uma arma pode-se esperar apenas morte, destruição, pânico e terror.

Uma arma remete-nos à brutalidade dos séculos em que habitávamos as grutas.

Uma arma é a bestialidade em forma metálica e reluzente. Uma arma ensina os

jovens a não acreditar na força do bem, da persuasão e do exemplo. Uma arma é a

máscara trágica de todos nós. Uma arma é a falência da civilização que levamos

milênios para construir.

Uma arma não é garantia de segurança: quantos milhares já morreram

com suas armas na mão? Uma arma não significa nem força, nem ousadia, nem

tenacidade, nem retidão, nem honradez, nem heroísmo. Uma arma não conduz a

nada, nem constrói nada, nem nos assegura um lugar entre os incólumes.

Quem leva uma arma, seja qual for, está pronto a ferir e a matar. Quem

leva uma arma envergonha-se de olhar para uma criança. Quem leva uma arma

descrê que o ser humano possa ser integrado à vida útil e proveitosa. Quem leva

uma arma não dorme à noite, compartindo com os grilos e os cães vadios suas

noites mal assombradas. Quem leva uma arma, seja quem for, vive em estado de

triste e perene desventura. [...] A lógica fala por si, é tão clara como um dia solar:

quanto mais armas, maior violência. Por mais que repassemos todas as culturas do

mundo desde que elas existem, nunca se ouviu dizer que mais armas resultassem

em maior paz, concórdia e felicidade entre os homens. E para a felicidade, a

concórdia e a paz é que somos feitos.

ATIVIDADES DE TEXTO:

a) Compare títulos de textos de diferentes jornais na secção policial sobre

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a mesma notícia, observando o enfoque dado ao assunto.

b) Você fará uma lista com os títulos encontrados da atividade nº1, de

modo a torná-la significativa e adequada a uma determinada situação de

comunicação.

Exemplo:

UMA ARMA DESTRUIÇÃO

a)

b)

c)

c) Em algumas linhas explique a posição do autor do texto acima em

relação às armas.

Trecho da Entrevista de DANIEL MACK: a respeito do desarmamento

a) Desarmamento: O Brasil dá um passo para trás - Entrevista com *

Daniel Mack - Entrevista concedida por telefone à ** IHU - On-line.

IHU On-Line: Por que motivo, em sua opinião, o Brasil não esteve

presente em Dublin quando foi feito um tratado considerado o mais importante

em relação ao desarmamento, se desde 2003 o governo federal vem fazendo

campanhas para que a população não ande armada?

DANIEL MACK: Essa é uma boa pergunta, no sentido que há uma

discrepância entre a política pública brasileira, que tem o intuito de fortalecer o

desarmamento, e essa posição internacional em relação as bombas clister (1). O

Brasil não participou de Dublin por uma série de fatores. Um fator, não há dúvida

é o fato de Itamaraty não considerar o processo de Oslo ideal para se discutir

esse tipo de tratado. Acredita, no caso, que o tema precisa ser discutido dentro

da ONU. Acontece que o processo de Oslo e esses das bombas clister são

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paralelos ao que aconteceu com o processo referente às minas terrestres,

acontecimento que dentro da ONU ficou empacado. Como sabemos na ONU é

preciso consenso para se conseguir alguma coisa. Assim que os processos

foram tirados dela, tanto os das minas terrestres quanto os das bombas clister,

mais de cem países votaram a favor dele. Então, nós consideramos que essa

explicação do Itamaraty não é mais válida, porque quando você tem mais de cem

países assinando um tratado é difícil falar que não se trata de um fórum universal

e democrático.[...]

IHU On-Line: Quais são os efeitos destas campanhas que o governo

federal tem feito a favor do desarmamento da população?

DANIEL MACK: Em relação às armas leves em âmbito doméstico,

essas campanhas de desarmamento têm sido muito importantes porque colocam

o Brasil na vanguarda não apenas na América Latina, mas do mundo inteiro em

relação ao maior controle das armas em circulação. Existem estimativas de que

existem hoje 17 milhões de armas em circulação no país e só 10% estão nas

mãos dos estados, ou seja, das Forças Armadas e das policias estaduais. Isso

quer dizer que nós temos mais de 15 milhões de armas nas mãos de civis em

circulação. Essas campanhas e o próprio estatuto do desarmamento de 2003,

que foi a legislação que possibilitou todo esse conjunto de políticas públicas

adotadas pelo governo federal em relação ao controle das armas, têm vindo no

sentido de diminuir as armas em circulação ou,ao menos controlar melhor no

sentido de saber onde elas estão localizadas e saber que as pessoas que têm a

posse delas são bem preparadas para tanto.[...]

Nota: Daniel Marck é coordenador de Políticas da área de Controle de Armas do

Instituto Sou da Paz. Em 7/07/08 - Brasil.

IHU - Unisinos - Adital Noticías da América Latina e Caribe.

DEBATE:

Debata com os colegas se as armas devem continuar proibidas ou devem

ser liberadas devido a crescente violência no Brasil e como ficam os cidadãos?

Pesquise o plebiscito realizado no Brasil e cite algumas considerações a

favor ou contra o desarmamento.

Faça uma entrevista com diversas pessoas para saber qual a posição

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delas: a favor ou contra o uso de armas pelos cidadãos brasileiros, após transcreva

em linguagem formal essas entrevistas.

Com o resultado da pesquisa elabore um gráfico de quantos brasileiros

foram a favor do desarmamento e quantos foram contra esse desarmamento.

(Procure seu professor e veja a possibilidade de fazerem esse gráfico na sala de

computadores da sua escola).

Fragmento: O VENENO DA VIDA REAL - (Paulo Sant'ana)

Fonte: Zero Hora - 28/09/05

Entrei num táxi anteontem e o taxista me lançou um patético apelo: "Faça

alguma coisa, seu Sant'ana, querem desarmar o povo".

"Calma, meu amigo, respondi", o povo vai ficar desarmado, mas todas as

pessoas que inspiraram, estão executando e fiscalizarão o Estatuto do

Desarmamento reservaram inteligentemente para si o direito de andarem armadas.

Elas serão o bastante para proteger o povo dos assaltantes e dos bandidos.

Acho que o taxista não entendeu nada do que eu disse.

Dia seguinte, ontem, embarquei em outro táxi, e o taxista, de plano, me

relatou a sua aflição:" Querem desarmar o povo, seu Sant'ana, o senhor viu que,

madrugada de domingo, uma patrulha da BM desconfiou de um táxi em que

estavam três homens,revistou o táxi e encontrou escondido pelos assaltantes no

porta-malas o taxista.Interessante, seu Sant'ana, que isto aconteceu na madrugada

de domingo, na Avenida A.J. Renner. Quase na mesma hora, outros três assaltantes

foram presos por uma guarnição da BM, depois de terem assaltado outro taxista na

Vila Santa Cecília.Está demasiado o risco que nós, taxistas, corremos aqui nas

ruas."E querem desarmar o povo, seu Sant'ana."

A corrida era mais longa e eu pude ser mais extenso com o taxista:

"Calma, meu amigo, o senhor está muito estressado com sua profissão.O senhor

não quer fazer um estágio na Academia Rio-Grandense de Letras ou em qualquer

outra entidade que reúna intelectuais? Se o senhor conviver com

escritores,pensadores ou até mesmo jornalistas,se o senhor fizer um estágio numa

redação de jornal ou em qualquer local em que se reúnam pensadores,em 10 dias o

senhor estará pregando a favor do desarmamento.O senhor é contra o

desarmamento porque está muito envenenado pelo cotidiano da sua

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profissão.Desligue-se da vida real, vá freqüentar os círculos literários, conheça por

exemplo o escritor Luiz Antonio Assis Brasil,que no domingo passado assinou um

belo artigo em Zero Hora a favor do desarmamento. Um poema o artigo,ensinando

os leitores que de uma arma pode-se esperar apenas a morte.[...] O mal é que, aí

preso neste volante 16 horas por dia, percorrendo todas as vilas da pobreza e

mediana, tratando com todas as classes sociais, o senhor viu embotado o seu

pensamento e acabou por ser contra o desarmamento.[...]Desligue-se da vida real,

mergulhe na ficção, este é o segredo.

ATIVIDADE:

a) Qual figura de linguagem você pode observar neste texto? Explique.

b) Responda: Texto 1 - Uma Arma

Texto 2 - O Veneno da Vida Real

Texto nº 1

Personagens:

Espaço:

O que aconteceu:

Texto nº 2

Personagens:

Espaço:

O que aconteceu:

c) Produza com o seu grupo uma pequena peça teatral representando este texto de

Paulo Sant'ana - O Veneno da Vida Real. Você poderá gravar um vídeo e apresentar

aos colegas da turma.

Leia um fragmento do texto adaptado de Sigrid I. Becker:

Fonte: Google, acessado em 30.06.2010.

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BULLYING, SEMENTE DE VIOLÊNCIA

O bullying não é um fenômeno novo, mas vem crescendo dia a dia. É tão

antigo quanto a própria escola, porém muitas vezes, ainda é banalizado e que pode

acarretar conseqüências desastrosas para os envolvidos.

É urgente que o bullying seja olhado não mais como um comportamento

comum e inofensivo entre os estudantes, mas como um fenômeno silencioso e

violento que pode deixar marcas irreversíveis no psiquismo de indivíduos ainda

muito jovens. Estudos no mundo todo mostram que, se o bullying não for contido em

indivíduos ainda jovens, pode se instalar como um comportamento aceitável e

utilizado na resolução de conflitos na vida adulta, levando-os a atitudes cada vez

mais violentas. Geralmente, os valores passam a ser ditados pelos programas de

televisão ou jogos de vídeos games. Considerando que muitos jovens se pautam

pela competitividade, no individualismo, na violência, na lei do mais forte e do levar

vantagem em tudo.

É preciso criar uma cultura contra o bullying e não contra os bullies.

Afinal, estes também são, em sua essência, resultado de um contexto de violência

e, portanto vítimas. A educação não é o único caminho para o combate ao bullying,

mas é, sem dúvida, o mais importante, tanto pelo seu papel formador como pelo

poder multiplicador que possui. (...)

EFEITOS PSICOLÓGICOS, SOCIAIS E ACADÊMICOS

As conseqüências para as vítimas são graves e abrangentes,

promovendo no contexto escolar o desinteresse pela escola, déficit de atenção,

queda no rendimento e a evasão escolar. Na saúde física e emocional, verifica-se

pouca resistência imunológica e da auto-estima, o estresse, os sintomas

psicossomáticos, ansiedade, depressão e no limite suicídio. Para os agressores

também verificamos total desajuste social, falta de adaptação escolar, valorização

da violência como forma de obtenção de poder além de projeções de violência na

vida adulta.

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PRETO E BRANCO

Fonte: www.blogdo bauru.com.br/2009/03 preto-e-branco.html

Perdera o emprego, chegara a passar fome, sem que ninguém soubesse:

por constrangimentos, afastara-se da roda da boêmia que antes costumava

freqüentar - escritores, jornalistas, um sambista de cor vinha a ser o seu mais velho

companheiro de noitadas.

De repente, a salvação lhe apareceu na forma de um americano, que lhe

oferecia o emprego em uma agência. Agarrou-se com unhas e dentes à

oportunidade, vale dizer, ao americano, para garantir na sua nova função uma

relativa estabilidade.

E um belo dia vai seguindo com o chefe pela rua México, já distraído de

seus tropeços, tropeçando obstinadamente no inglês com que se entendiam quando

vê do outro lado da rua um preto a agitar a mão para ele. (...)

Pensou rapidamente em se esquivar – não dava tempo: o americano

também se detivera, vendo o preto aproximar-se. Era o seu amigo, velho

companheiro, um bom sujeito, dos melhores mesmo que já conhecera – acaso

jamais chegara seque a se lembrar que se tratava de um preto.?Agora, com o gringo

ali a seu lado, todo branco e sardento, é que percebia pela primeira vez: não podia

ser mais preto. Sendo assim, tivesse paciência: mais tarde lhe explicava tudo,

haveria ele de compreender. Passar fome era muito bonito nos romances de Knut

Hamsun, lido depois do jantar, e sem credores à porta. Não teve mais dúvidas: virou

a cara quando o outro se aproximou e fingiu que não o via, que não era com ele.

E não era mesmo com ele. Porque antes de cumprimentá-lo, talvez sem

tê-lo visto, o sambista abriu os braços para acolher o americano – também seu

amigo.

Fernando Sabino

DEBATE

Agora com seus colegas e orientação do seu professor debata essas

questões;

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a) Que situações de bullying percebemos em nossa escola?

b) Como podemos nos comprometer individualmente e coletivamente para

superarmos as situações de bullying que ocorrem em nossa escola?

c) Que ações são capazes de mudar condutas de competição e individualismo para

condutas de cooperação e solidariedade?

d) Quais sintomas físicos e/ou emocionais sofrem as vítimas de bullying?

e) Qual a finalidade do texto?

f) Você já presenciou ou soube de fatos relacionados com esse texto?

g) Assista no www.youtube.com., vídeos sobre o bullying e interaja com os

colegas as impressões que mais marcaram. Vocês podem fazer uma representação

para se colocarem no papel de vítima e depois do agressor.

6. LEITURA COMPARTILHADA

Após várias discussões sobre violência faremos uma leitura

compartilhada de uma obra escolhida por cada grupo (Seu professor determinará

quantos grupos).Neste trabalho os grupos deverão propor a leitura compartilhada

com a turma e,para isso,a criatividade e a originalidade na apresentação serão livres

e também a utilização de recursos de multimídia que poderão ajudá-los. Sugestões

de algumas obras que tratam do tema Violência em suas diferentes vertentes que

extrapolam a simples violência física.

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7. SINOPSES

O ATENEU

Literatura Brasileira.

Escrito apenas em três meses, O Ateneu,de Raul de Pompéia é

considerado o maior romance brasileiro do século XIX, depois das obras realistas de

Machado de Assis.Seu enredo consiste na recordação do período de dois anos em

que o narrador Sérgio,passa num tradicional colégio do Rio de Janeiro; O Ateneu. O

ingresso na escola marca as descobertas amargas que acompanharão o narrador,

daí em diante, os sentimentos de desilusão, opressão e desconfiança, componentes

da profunda solidão humana. Na história de Sérgio e do internato que reflete a

sociedade da época do seu tempo, Raul de Pompéia faz uma crítica profunda ao

autoritarismo. O autor apresenta uma visão diferente da infância e faz ampla

reflexão sobre os homens e a sociedade do Brasil do século XIX.

Raul de Pompéia

FELIZ ANO NOVO

No conto Feliz Ano Novo é véspera da virada do ano na década de 60. As

diferenças sociais e a tensão social se acentuam. Rubens Fonseca relata a violência

de um grupo de marginais que decidem assaltar uma mansão durante a passagem

do ano.

No conto "Zequinha", "Pereba" e um 'eu" narrador são os marginalizados

que vivem em um "cafofo" com fome (de alimentos e sexo) e sem dinheiro e não

querendo comer as oferendas (farofas) para Iemanjá planejam o assalto. O conto

relata a sociedade que vivemos apresentando os desvalidos com todos os tipos de

carências sendo não só vítimas mas também algozes quando agem com extrema

crueldade dando demonstração da revolta com o luxo dos ricos.

Rubens Fonseca

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PASSEIO NOTURNO

Mais uma vez o escritor Rubens Fonseca nos apresenta um conto

retratando a violência agora com outra face; a classe social abastada.Transgressão

de uma vida rotineira e também reflexo do mundo atual cada vez mais violento.O

narrador-personagem relata como alivia o cansaço e o estresse do dia a dia de

forma peculiar saindo todas as noites com seu carro importado escolhendo as vítima

de forma alheatória e matado-as depois volta para casa aliviado após mais um dia. É

o passatempo predileto do executivo que a família ignora totalmente este seu

comportamento.

Rubens Fonseca

ODISSÉIA

Em sua obra Odisséia, o poeta grego Homero conta que em tempos

remotos, houve uma longa guerra entre dois povos: os gregos e os troianos. Entre

os guerreiros gregos destacava-se Odisseu, hoje mais conhecido como Ulisses,que

muito contribuiu para a vitória do seu povo.Com a destruição de Tróia, Ulisses quis

voltar para Ítaca ,uma das ilhas gregas,da qual era rei. Nessa viagem que durou

aproximadamente dez anos encontrou muitas dificuldades, já que Posêidon, deus

dos mares e protetor de Tróia prometera vingar os troianos e impedir a volta de

Ulisses para sua terra. Atena, a deusa da sabedoria protegeu Ulisses em suas

aventuras: encontrou sereias, monstros e semi-deuses.

Homero

Nota: HOMERO é considerado o maior poeta da antiguidade. Viveu por

volta de 850 A.C., na região onde fica a Turquia. Alguns historiadores acreditam que

os poetas chamados homéricos seriam na verdade obra de vários autores e não a

um único poeta. No entanto são atribuídas a ele as obras de Ilíada e Odisséia.

SUGESTÕES DE FILMES: www.diaadiaeducacao.pr.gov.br

GUERRA E VIOLÊNCIA - 1984 - Duração: 2:17

Inspirado na opressão dos regimes totalitários das décadas de 30 e 40, o

filme não se resume apenas em criticar o Stalinismo e o Nazismo mas toda a

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nivelação da sociedade, a redução do individuo em uma peça que deve servir ao

Estado ou ao mercado, por meio do controle total incluindo o pensamento e a

redução do idioma.

BAILE DE MÁSCARAS - 2006 - Duração: 2:30

Na corte de Versalhes um pouco antes da Revolução Francesa, com

rígidas regras de etiqueta, disputas familiares, fofocas, festas. No entanto fora das

paredes do palácio a revolução francesa estava prestes a eclodir. Este vídeo relata a

riqueza de detalhes ressaltando as desigualdades sociais do século XVIII.

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TORTURA – 1984 Duração: 7:07

Este vídeo relata a pressão física e psicológica exercida em cidadãos que

lutam pela liberdade contra a opressão do partido que exerce sobre seus cidadãos.

RELAÇÕES DE PODER, BRASÍLIA, CPI, LEGISLATIVO - DURAÇÃO: 1:16

DVD - Brasília - Columbia Tristar Filmes do Brasil

Este vídeo mostra os desmandos de alguns políticos que usam o poder

dado pelo povo de forma desonesta prejudicando milhares de pessoas sobretudo os

mais pobres que precisam mais do poder público para atender suas necessidades

mais primárias como saneamento básico, saúde, educação.

8. PRODUÇÃO FINAL

Converse com seu professor de História e peça que cite alguns fatos

históricos-políticos violentos como por exemplo, o enforcamento de Tiradentes em

busca da liberdade do Brasil ou fatos mais recentes como o suicídio do então

presidente Getúlio Vargas. Enfim, a história está repleta desses acontecimentos não

só no nosso país, mas também em outros como na Alemanha de Hitler, França com

a Revolução Francesa, o ataque as Torres gêmeas nos Estados Unidos e outros

países. Com todas as informações obtidas agora você possui condições de produzir

um texto tratando desse assunto de maneira mais reflexiva, então: "Mãos à obra."

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REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Geraldo P. Práticas de Leitura para Neoleitores. Ctba: Editora Pró-

Infantil, 2008.

Ler, Escrever e Pensar. Rio de Janeiro: Ed.Walk, 2007.

BAKTHIN, Mikhail. Estética da Criação Verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

VIEIRA, Maria da Graça; FIGUEREDO, Regina. Língua Portuguesa - EJA

Educação de Jovens e Adultos. Editora Ática, 2008.

BRASIL, Secretaria de Educação. Parâmetros curriculares nacionais. Língua

Portuguesa. Brasília, 1998.

PARANÁ, Secretaria de Educação do Estado do. Diretrizes Curriculares de

Língua Portuguesa para os anos finais do Ensino Fundamental e Médio.

Curitiba, 2008.

KLEIMAN, Ângela. Oficina da Leitura. Ed. Campinas: Pontes, 2008.

FONSECA, Rubem. 64 contos de Rubens Fonseca. São Paulo: Companhia das

Letras, 2004.

SABINO, Fernando. Crônicas. Memorial On-Line: Agência de Informação Frei Tito

para a América Latina, 2001-2008.

SOUZA, Valmir de. Violência e Resistência Literatura Brasileira. São Paulo: LCT

Editora, 2007.

OUTRAS FONTES

Revista Eutomia - Ano II - nº1

Sites

Domínio Público.gov.br

Diaadia.pr.gov.br

Wikipédia Português - Enciclopédia Livre

Google Video:www.youtube.com

Google didático

Imagens Google: 1- www.movimento universal.files.wordpress.com

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ANEXOS

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GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL - PDE

TRANSPARÊNCIAS

Homem da Vinci

Mapa Conceitual

Gêneros Textuais

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GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL - PDE

LÍNGUA PORTUGUESA

HOMEM INTEGRAL, A LEITURA INTERAGINDO NO SER

CD