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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 Produção Didático-Pedagógica Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7 Cadernos PDE VOLUME I I

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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE

2009

Produção Didático-Pedagógica

Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE

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CADERNO PEDAGÓGICO Curitiba 2010

Secretaria do Estado de Educação-

SEED

Superintendência da Educação

Diretoria de Políticas e Programas Educacionais

Programa de Desenvolvimento

Educacional – PDE

Universidade Tecnológica Federal

do Paraná

2

Dados de Identificação

Professora PDE: Rosângela Calomeno Junzkowski

Área PDE: Ciências Físicas e Biológicas

NRE: Área Metropolitana Sul

Professor Orientador da IES: Carlos Eduardo Fortes Gonzalez

Escola de Implementação: Colégio Estadual ―Alvino Schelbauer‖

Público objetivo de intervenção: alunos da 6ª série do Ensino Fundamental

Público Alvo: Alunos de 6ª série (9º ano) do ensino fundamental

Autora: Rosângela Calomeno Junzkowski

Editora: Secretaria de Estado de Educação - SEED

3

"Nunca o homem inventará nada mais simples nem mais belo do que uma manifestação da natureza. Dada a causa, a natureza produz o efeito no modo mais breve em que pode ser produzido. "

Leonardo da Vinci

4

Rosângela Calomeno Junzkowski

As imagens como instrumentação pedagógica no ensino

de ciências

Produções Didático-Pedagógicas que compõem o Caderno Pedagógico apresentado ao Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, sob orientação do Professor Carlos Eduardo Fortes Gonzalez da Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR.

CURITIBA

2010

5

SUMÁRIO

1 APRESENTAÇÃO......................................................................................6

2 INTRODUÇÃO......................................................................................... 7

3 PROBLEMATIZAÇÃO............................................................................. 10

4 UNIDADE 1 - A DIVERSIDADE DE INSETOS E SUA IMPORTÂNCIA PARA O MEIO AMBIENTE ......................................................................... 11

4.1 INTRODUÇÃO ...................................................................................... 11

4.2 OBJETIVO GERAL .............................................................................. 13

4.3 OBJETIVO ESPECÍFICO .................................................................... 13

4.4 ATIVIDADES ........................................................................................ 13

4.4.1 ATIVIDADE 1 - Ecossistemas e os insetos ...................................... 13

4.4.2 ATIVIDADE 2 – A importância dos insetos na cadeia alimentar ........ 14

Tabela 1 - Ecossistema aquático: .............................................................. 16

Tabela 2 - Ecossistema terrestre: .............................................................. 17

4.4.3 ATIVIDADE 3 - Observação de fotos: Insetos ................................ 18

4.4.4 ATIVIDADE 4 – DVD - Vida de Inseto ........................................... 23

4.4.5 ATIVIDADE 5 – Insetos predadores .................................................. 24

4.4.6 ATIVIDADE 6 – Insetos – Charges ................................................... 26

4.4.7 ATIVIDADE 7 – Metamorfose ........................................................... 27

5 UNIDADE 2 – ADAPTAÇÃO ANIMAL ..................................................... 28

5.1 INTRODUÇÃO ..................................................................................... 28

5.2 OBJETIVO GERAL .............................................................................. 29

5.3 OBJETIVO ESPECÍFICO .................................................................... 29

5.4 ATIVIDADES ........................................................................................ 29

5.4.1 ATIVIDADE 1 – Evolução e Adaptação ............................................. 29

5.4.2 Atividade 2 – Mimetismo e Camuflagem .......................................... 31

5.4.3 ATIVIDADE 3 – Classificando os animais ......................................... 35

6 UNIDADE 3 – PRESERVANDO O AMBIENTE ONDE VIVEMOS ......... 36

6.1 INTRODUÇÃO ..................................................................................... 36

6.2 ATIVIDADES ........................................................................................ 37

6.2.1 ATIVIDADE 1 – Destino do Lixo ........................................................ 37

6.2.2 ATIVIDADE 2 – Charges – A resposta da natureza ao descaso do homem ....................................................................................................... 41

REFERÊNCIAS ......................................................................................... 42

6

1 APRESENTAÇÃO

Neste caderno pedagógico apresenta-se algumas atividades

diferenciadas através da utilização de imagens como recurso didático. Ele é

composto de três unidades e atividades elaboradas como sugestões, para

trabalhar em sala de aula, com alunos da 6ª série (7º ano) do ensino fundamental.

Na primeira unidade constam 7 atividades sobre A diversidade de insetos e sua

importância para o meio ambiente. A segunda unidade constam 3 atividades

sobre Adaptação Animal e na terceira unidade constam 2 atividades com o tema

Conservando o ambiente onde vivemos. Os temas sugeridos neste material

didático, são referentes aos conteúdos constantes no planejamento da série em

questão. As imagens são apresentadas como ponto de partida, para análise dos

alunos. Cada aluno irá compreendê-las de acordo com as suas experiências ou

conhecimento prévio sobre o assunto. Para após questionamentos, comentários,

e fundamentação teórica serão construídos os conceitos referentes ao assunto

abordado, bem como textos complementares.

7

2 INTRODUÇÃO

Diversos estudos exploram o papel das imagens no ensino-

aprendizagem de Ciências e mostram que, além da importância como recursos

para a visualização, contribuindo para a inteligibilidade de diversos textos

científicos, as imagens também desempenham papel fundamental na constituição

das idéias científicas e na sua conceitualização.

As imagens sem dúvida podem constituir bons recursos para

facilitar a aprendizagem dos conhecimentos, mas deve ser

compreendida a relação entre o texto escrito e as figuras, as

quais também têm por vezes um caráter científico. Nesse

sentido, deve-se cuidar para não supervalorizar a ilustração

em detrimento das funções dos textos escritos na

aprendizagem. (SILVA, H. C., 2006)

O uso de imagens no ensino de Ciências é absolutamente rotineiro.

Pesquisas têm mostrado que a leitura de imagens precisa ser ensinada, pois elas

não são transparentes. Como qualquer outro recurso, o professor tem um papel,

intencional ou não, direto ou indireto, no modo como as imagens funcionam em

sala de aula. Além desses pressupostos, considerou-se que a leitura de imagens

depende de condições sócio-historicamente construídas.

Um dos desafios atuais para melhoria do ensino é o desenvolvimento

de recursos didáticos que sejam capazes de, por um lado, despertar o interesse

dos alunos para a aprendizagem, e, por outro lado, fornecer ao professor

ferramentas que possibilitem melhorar o processo de ensino-aprendizagem.

Não é de hoje que pode ser percebido o quanto as transformações

tecnológicas têm modificado o dia-a-dia das pessoas já que, seja em tarefas

simples ou sofisticadas ou até mesmo nas rotinas mais comuns, a presença da

evolução tecnológica é cada vez mais nítida.

A escola ainda é um dos poucos espaços em que sua dimensão é

8

praticamente a mesma de séculos atrás: um professor na frente de dezenas de

alunos, alinhadamente sentados e ouvindo os conteúdos a serem trabalhados.

Pode-se perceber que a escola vem buscando uma modernização e atualização

de suas metodologias de ensino, mas isto não implica em dizer que a figura do

professor será transformada em algo obsoleto. Na realidade, a busca é pela

inovação, pela inclusão de aparos tecnológicos que possam auxiliar o professor

no seu trabalho de ensinar, tornando o processo de aprendizagem por parte do

aluno algo mais perto de sua realidade e consequentemente mais agradável.

O conteúdo de ciências exige do educador o uso constante de imagens

que facilitam o entendimento de conceitos, estruturas e processos. Nessa

perspectiva de utilizar recursos complementares às aulas tradicionais de ciências

propõe-se o uso de filmes comerciais, desenhos que sejam corretamente

utilizados, apresentações de powerpoint, ilustrações de livros, jornais, revistas e

cartazes, que buscam aproximar a sala de aula da vida real. Trata-se de recursos

atrativos, agradável e que se bem empregado, poderá resultar em bons

resultados quanto à aprendizagem. O aluno tem maior participação, passa a ter

um novo olhar a respeito dos recursos e ferramentas que dispõe no seu dia-a-dia.

Elementos que são aparentemente banais e sem propósito podem passar a ser

vistos de forma crítica. No caso específico dos filmes há a possibilidade de

relação direta com a leitura; porém, dependendo do recorte feito, pode-se aliar

ainda a quaisquer outras disciplinas. Às vezes, possibilitam um trabalho

interdisciplinar, focalizando temas que podem englobar os vários campos de

saber da sociedade. O fato de a imagem ser muito mais rapidamente percebida e

recebida permite que o processo de assimilação por parte do receptor possa ser

também mais rápido. Hoje, vive-se numa sociedade imagética, em que a base

das informações é por meio visual, e deve-se, portanto aproveitar o que há de

melhor nesse meio.

Tomazello et.al. (2006), afirma que as imagens têm um enorme

potencial para transmitir determinados conceitos e relações, muitas vezes de

forma mais eficaz que a linguagem verbal. Segundo Gouvêa e Martins (2001), na

Educação em Ciências, a leitura da imagem contribui não só para a visualização

de alguns conceitos, mas também para a compreensão de uma variedade de

textos que estão relacionados ao discurso científico. Essas autoras enfatizam que

9

a utilização de imagens nos processos de ensino estimula a concentração dos

alunos em relação ao conteúdo estudado, aumenta a receptividade deles,

favorece o desenvolvimento pedagógico e incita o raciocínio, já que são mais

facilmente lembradas do que a linguagem escrita e oral sendo, portanto,

facilitadoras do processo de aprendizagem.

Em quase todas as áreas ou disciplinas científicas, surgem novos e

cada vez mais numerosos instrumentos científicos, responsáveis por uma

produção crescente de imagens científicas: fotografias, filmes, diagramas,

gráficos, que aparecem a todo o momento nas telas dos computadores, ou da

televisão e na tela branca de uma sala de conferências, assim como no quadro

negro de uma sala de aula. (BRISSOT, 1990-Image, CNRS).

As imagens são importantes recursos para a comunicação de ideias

científicas. Além da indiscutível importância como recursos de visualização,

contribuindo para a inteligibilidade de diversos textos científicos, as imagens

também desempenham um papel fundamental na constituição das ideias e sua

conceituação.

Tais práticas dizem respeito, basicamente, ao encantamento com as

―novas tecnologias‖, ao excesso do acúmulo de informações, a uma cultura da

imagem, à velocidade das comunicações, às novas percepções de tempo, à

miscigenação de linguagens nas diferentes máquinas de produção de imagens

entre outras.

A linguagem científica, os seus conceitos e processos, não são os do

cotidiano ou do senso comum; por isso a dificuldade de adesão e de

compreensão da linguagem científica. A utilização da imagem pode garantir mais

eficácia, tornando-a mais acessível aos alunos.

A utilização da imagem animada tem como instrumentação de

pesquisa, a tradição e a solidez de mais de um século de experiências

acumuladas, em áreas em que esteja implícito e explícito o movimento, quer se

trate de comportamentos, de transformação da matéria ou de qualquer mudança

no tempo e no espaço.

As imagens poderão assim constituir banco de dados para os meios no

ensino.

10

3 PROBLEMATIZAÇÃO

Em função da grande quantidade de imagens disponíveis nas mídias,

faz-se necessário selecionar qualitativamente e quantitativamente materiais

didáticos ilustrativos para as aulas de Ciências do Ensino Fundamental, visando

tornar o ensino e aprendizagem de Ciências significativo para os educandos.

Nesse sentido, duas perguntas são pertinentes:

A leitura de imagens como estratégia de ação no ensino de ciências,

pode levar a construção do conhecimento?

As imagens podem sensibilizar os alunos para a conservação da

biodiversidade?

11

4 UNIDADE 1 - A DIVERSIDADE DE INSETOS E SUA IMPORTÂNCIA PARA

O MEIO AMBIENTE

4.1 INTRODUÇÃO

Entomologia

Entomologia - é a ciência que estuda os insetos sob todos os seus

aspectos e relações com o homem, as plantas e os animais. A entomologia é

proveniente da união de dois radicais gregos entomon = inseto e logos =

estudo e vem sendo empregada desde Aristóteles.

Os insetos formam a maior classe existente do Reino Animal, são mais

de 800 mil espécies de insetos conhecidos e catalogados, espalhados por todo o

planeta terra, desde os trópicos até os hemisférios polares, adaptando-se as mais

diversas formas de vida conforme sua espécie, sendo que cada uma delas exerce

uma função no meio ambiente onde está inserida. (BICO DO CORVO, 2010)

A palavra ―insetos‖ é derivada do latim é pode ser traduzida como

segmentado, animale insectum – animal segmentado. Assim, no seu nome está

explicita umas das principais características dos insetos, seu corpo segmentado,

ou seja, o corpo dos insetos são compostos diferentes partes articuladas entre si,

como anéis, e mesmo que apresentem uma grande diversidade de tamanhos e no

seu aspecto geral, são formados de cabeça, tórax e abdômen, 3 pares de patas e

de mandíbulas e 1 par de antenas, porém não são todos os que possuem asas.

(BICO DO CORVO, 2010)

Os insetos têm grande papel ecológico no ambiente terrestre. Eles são

agentes polinizadores de mais da metade das plantas que florescem; portanto são

muito importantes para a polinização e, em consequência, para a reprodução

dessas plantas. ( NOVO PASSAPORTE PARA CIÊNICAS, 2009, p.161)

Através da polinização eles tornam possível a reprodução de diversas

plantas agrícolas, como frutas, verduras, algodão e outras. Eles também

produzem mel, seda, e outros produtos de valor comercial, servem de alimento

12

para pássaros, peixes e outros animais de interesse. Têm sido utilizados na

medicina e em pesquisas científicas, algumas vezes como modelos biológicos.

(INSECTA - UFV, 2010)

A variedade de insetos é muito grande, tanto em relação à forma

quanto aos hábitos de vida. Os besouros, por exemplo, possuem um

exoesqueleto muito rígido e muitos se alimentam de restos de matéria orgânica,

enquanto as borboletas possuem um exoesqueleto mais fino e se alimentam

principalmente de sucos vegetais. Há insetos parasitas, predadores, herbívoros,

carnívoros, aqueles que se alimentam de resíduos orgânicos; como hábitos

diurnos e noturnos; encontrados em ambientes secos e quentes, como nos

desertos, ou dentro da água de lagos e rios.

Alguns insetos podem ser extremamente maléficos, como as pragas

agriculturais ou de produtos estocados, além de alguns transmitirem uma série de

doenças sérias para a saúde humana ou para animais de uso humano.

Há espécies que vivem nos desertos, em lugares extremamente

quentes, outros são encontrados em montanhas muito altas, em lugares frios.

Existem diversas teorias que tentam explicar tamanha diversidade e

abundância. Uma possível explicação refere-se à sua capacidade reprodutiva. A

maioria dos insetos produz uma grande quantidade de filhotes, e alguns chegam

a produzir várias gerações por ano. Isso permite uma adaptação mais rápida com

relação alterações do ambiente e às catástrofes, e também ao uso de inseticidas.

Um outro fator de relevância é o seu tamanho reduzido. Há várias

vantagens em ter tamanho pequeno:

Os indivíduos requerem menos energia e tempo para completar seu ciclo

de vida;

Os insetos podem esconder-se de predadores facilmente em microhabitats;

Por causa também dos microhabitats eles podem ocupar um número maior

de habitats, comparado com animais de grande porte;

Sistema muscular eficiente;

Utilizam radiação solar pra se aquecer;

Utilizam ajuda do vento para se movimentar, o que permite um

deslocamento a grandes distâncias;

13

Os insetos possuem o sistema sensorial e neuromotor mais organizado

que outros invertebrados, olhos desenvolvidos, asas (o que permite um maior

deslocamento, etc.) e seis patas que geralmente têm morfologia distinta em

adaptação ao tipo de habitat que o indivíduo ocupa.

Outro fator importante é o fato de que eles realizam metamorfose, o

que implica em mínima competição intra-específica, vez que jovens e adultos não

compartilham mesma alimentação, de aumentar as chances de sobrevivência a

problemas ambientais. (INSECTA - UFV, 2010)

4.2 OBJETIVO GERAL

Compreender a função dos insetos para o meio ambiente pela sua

diversidade.

4.3 OBJETIVO ESPECÍFICO

Conhecer as relações entre os insetos e as plantas, bem como a

importância dessa relação para o equilíbrio ecológico;

Conteúdos: Insetos, controle biológico, predatismo, mimetismo.

4.4 ATIVIDADES

4.4.1 ATIVIDADE 1 - Ecossistemas e os insetos

Solicitar aos alunos que formem duplas para a realização de um

desenho. num pequeno cartaz;

Pedir para que desenhem um ecossistema com várias plantas e flores;

Nesse ecossistema, solicitar aos alunos que desenhem alguns insetos.

Expor os cartazes na sala de aula para que os demais alunos observem

14

os desenhos;

Para cada dupla fazer alguns questionamentos sobre o que

reproduziram em seus desenhos.

Perguntas :

1. Quais insetos aparecem no desenho?

2. Do que eles se alimentam?

3. Quais os seus principais habitats?

4. Quais você considera importante ao ser humano? Justifique.

5. Quais você considera prejudicial ao ser humano? Justifique.

6. Alguns são coloridos? Quais?

7. Qual a finalidade das cores nos insetos?

8. O desenho está tecnicamente correto? (não estamos falando de

aspecto artístico).

4.4.2 ATIVIDADE 2 – A importância dos insetos na cadeia alimentar

Entregar para cada aluno algumas figuras de animais e plantas, e

propôr a construção de uma cadeia alimentar.

Ex.

Fonte: <http://rpofrosamaria.blogspot.com>

15

A cadeia alimentar ou trófica é uma sequência de seres

vivos/populações que se alimentam uns dos outros.

A posição que cada um ocupa na cadeia alimentar é um nível

hierárquico que os classifica entre produtores (como as plantas), consumidores

(como os animais) e decompositores (fungos e bactérias).

Exemplo:

Ciclo Terrestre:

folha de uma planta→ gafanhoto→ ave→ jaguatirica→ decompositores→ insetos

alados→ cobra→ aves→ capim→ coelho→ raposa→ onça→ decompositores

Ciclo em Suspensão:

árvore→ folhas→ lagarta→ mariposa→ sapo→ cobra→ coruja→

decompositores→ mosca → mosquito→ louva-deus

→ rã→ cobra→ coruja→ decompositores.

Ciclo Aquático:

algas→ caramujos, insetos alados→ larvas, peixes→ mamíferos, aves

aquáticas→ decompositores, Insetos alados→ larvas

(WIKIPÉIA, 2009).

Obs.: Destacar os insetos como consumidores primários de algumas

cadeia alimentares.

16

Componentes de uma Cadeia Alimentar – REDE ALIMENTAR:

Tabela 1 - Ecossistema aquático:

FLORA PRODUTORES

Composto pelas plantas

da margem e do fundo da lagoa e

por algas microscópicas, as quais

são as maiores responsáveis pela

oxigenação do ambiente aquático e

terrestre; à esta categoria formada

pelas algas microscópicas

chamamos fitoplâncton.

FAUNA CONSUMIDORES

PRIMÁRIOS

Composto por pequenos

animais flutuantes (chamados

Zooplâncton), caramujos e peixes

herbívoros, todos se alimentado

diretamente dos vegetais.

CONSUMIDORES

SECUNDÁRIOS

São aqueles que

alimentam-se do nível anterior, ou

seja, peixes carnívoros, insetos,

cágados, etc.,

CONSUMIDORES

TERCIÁRIOS

As aves aquáticas são o

principal componente desta

categoria, alimentando-se dos

consumidores secundários.

DECOMPOSITORES

Esta categoria não

pertence nem a fauna e nem a flora,

alimentando-se no entanto dos

restos destes, e sendo composta por

fungos e bactérias.

17

Tabela 2 - Ecossistema terrestre:

FLORA PRODUTORES

Formado por todos os

componentes fotossintetizantes, os

quais produzem seu próprio

alimento (autótrofos) tais como

gramíneas, ervas rasteiras, liquens,

arbustos, trepadeiras e árvores;

CONSUMIDORES

PRIMÁRIOS

São todos os herbívoros,

que no caso dos ecossistemas

terrestres tratam-se de insetos,

roedores, aves e ruminantes;

CONSUMIDORES

SECUNDÁRIOS

Alimentam-se diretamente

dos consumidores primários

(herbívoros). São formados

principalmente por carnívoros de

pequeno porte;

CONSUMIDORES

TERCIÁRIOS

Tratam-se de

consumidores de porte maior que

alimentam-se dos consumidores

secundários;

DECOMPOSITORES

Aqui também como no

caso dos ecossistemas aquáticos,

esta categoria não pertence nem a

fauna e nem a flora e sendo

composta por fungos e bactérias.

FONTE: <www.portalsaofrancisco.com.br>

18

4.4.3 ATIVIDADE 3 - Observação de fotos: Insetos

• Solicitar aos alunos que observem atentamente as imagens

apresentadas, e a cada foto relatem o que estão vendo.

Foto 1 – Vespa/flor branca Foto de Alberi Lorenço, 2009

Foto 2 – Vespa/ Moscas Foto de Alberi Lorenço, 2009

19

Foto 3 - Vespa/flor amarela

Foto de Alberi Lorenço, 2009

As vespas são extremamente importantes no controle biológico uma

vez que quase todos os insetos considerados como praga têm uma vespa como

predador natural. As casas são semelhantes às das abelhas. Elas são divididas

em favos, que servem como depósito de uma substância feita a partir de larvas de

pequenos insetos. Esse mel meio escuro que é produzido para consumo interno

dos marimbondos, não é utilizado para consumo humano pois é muito forte e

amargo. A rainha do grupo vive no centro da construção. (WIKIPÉDIA, VESPAS,

2010).

Foto 4 – Borboleta/pólen Foto de Alberi Lorenço, 2008

20

Foto 5 – Borboleta/flor amarela Foto de Alberi Lorenço, 2008

Foto 6 - Mariposa Foto de Alberi Lorenço, 2009

Importância ecológica das borboletas

A borboleta é um importante agente polinizador. Se extintas, haveria

prejuízos para a flora (prejuízos iniciais) e fauna (prejuízos consequentes). E por

ter apenas a reprodução sexuada possui a variabilidade genética do animal..

Curiosidades sobre as borboletas

A borboleta é um animal pequeno e delicado, elas podem ter o peso

mínimo de 0,3 gramas e as mais pesadas podem chegar a pesar 3 gramas,

alguns tipos de borboletas podem chegar a medir até 32 centímetros de asa.

(WIKIPÉDIA, BORBOLETAS, 2010).

21

Foto 7 – Gafanhoto verde/flor 1 Foto de Alberi Lorenço, 2009

Foto 8 Gafanhoto verde 2 Foto de Alberi Lorenço, 2008

Os gafanhotos e grilos são caracterizados por terem o fêmur das

pernas posteriores muito grandes e fortes, o que lhes permite deslocarem-se aos

saltos. Algumas espécies formam enormes enxames que podem devastar

grandes plantações; no entanto, essas pragas são utilizadas por alguns povos

como fonte de proteína.

Os gafanhotos são onívoros1, se alimentam de folhas de vários tipos de

plantas tais como: citros, arroz, soja, pastagens, alfafa, eucalipto e outras.

(WIKIPÉDIA, GAFANHOTOS, 2010).

1 Onívoros: que se alimentam de produtos tanto de origem animal como vegetal.

22

Foto 9 – Besouro amarelo/flor amarela Foto de Alberi Lorenço, 2008

Foto 10 – Besouro/flor rosa Foto de Alberi Lorenço, 2008

Os besouros, também chamados de escaravelhos. Estes animais são

caracterizados principalmente pelo par de asas anteriores endurecido, conhecidas

como élitros2. A ordem é a que tem maior número de espécies dentre todos os

seres vivos — cerca de 350 mil — sendo portanto o grupo animal mais diverso

2 Os élitros (do grego élytron - estojo, envoltório) são as asas anteriores, modificadas por

endurecimento, de certas ordens de insectos (Coleoptera).

23

que existe. Dentre os seus representantes mais conhecidos estão as joaninhas,

os rola-bosta, os gorgulhos 3 , os besouros serra-pau e os vaga-lumes. São

importantes pragas de culturas, como é o caso do bicudo do algodoeiro, e as

pragas de grãos. (WIKIPÉDIA, BESOUROS, 2010).

"Entomologia Econômica":

Que envolve insetos de importância na agricultura, na indústria de

defensivos agrícolas, entretanto, devido ao mal uso e de sérios danos ambientais

e na saúde por causa da toxidade e cumulatividade na cadeia alimentar, muitas

pesquisas têm direcionado para o controle biológico de insetos, o uso de certos

fungos, vírus, bactérias e até insetos carnívoros no combate de pragas na

agricultura, e para a importância nos estoques de alimentos, onde alguns insetos

podem comprometer uma safra de grãos inteira. (MESQUITA, 2005)

Considerações Importantes:

Após cada foto apresentada os alunos farão seus comentários. Em

seguida, o professor aborda cada imagem com uma síntese da espécie

apresentada.

4.4.4 ATIVIDADE 4 – DVD - Vida de Inseto

Assistir o desenho animado Vida de Inseto e retomar alguns conceitos através de

algumas perguntas:

Perguntas para discussão:

a) Quais insetos aparecem no desenho animado?

b) Como vivem as formigas?

3 Caruncho, gorgulho, ou carcoma é a designação comum aos insetos que perfuram sobretudo

madeira, cereais e feijão armazenado, reduzindo-os a pó.

24

c) Qual era o acordo entre os gafanhotos e as formigas?

d) Qual inseto apresenta a condição de defesa chamada mimetismo?

e) Qual é o inseto mais temido pelas formigas? Por quê?

f) Que animais fazem parte do desenho q que não são insetos?

g) Qual animal é o predador do gafanhoto?

Sugestão de desenhos animados:

Formiguinhaz

Bee Movie

Lucas no Formigueiro

4.4.5 ATIVIDADE 5 – Insetos predadores

Foto 1 – Mosca no galho Foto de Alberi Lorenço, 2008

25

Foto 2 – Vespa/larva Foto de Alberi Lorenço, 2009

Foto 3 – Inseto pé de figo Foto de Alberi Lorenço, 2009

Os insetos são de extrema importância para à manutenção do equilíbrio

dos ecossistemas terrestres, sem os quais à reciclagem e toda a cadeia alimentar

entraria em colapso, já que são a base alimentar de muitos outros animais.

(MESQUITA, 2005)

Insetos benéficos são aqueles que de alguma forma são úteis ao

homem.

Incluem-se neste grupo os insetos que polinizam as flores como

abelhas e borboletas e os insetos que são inimigos naturais de insetos pragas.

O uso proposital de um inseto para inibir a população de um outro, é

26

um tipo de controle biológico e data, pelo menos, do século 4 D.C. quando

formigas eram manipuladas para controlar pragas dos citros na China.

Os insetos predadores, alguns na fase imatura e/ou na fase adulta,

alimentam-se diretamente de sua presa, matando-a imediatamente. Algumas

espécies de vespas e joaninhas são exemplos de insetos predadores.

Outros insetos parasitam seus hospedeiros depositando sobre ou

dentro dele, seus ovos. As larvas do parasitoide desenvolvem-se dentro do

hospedeiro.

Os insetos que são parasitados geralmente continuam a se alimentar

por um tempo antes de morrerem. Algumas espécies de vespas e moscas são

exemplo de parasitoides.

Os inimigos naturais são componentes muito importantes nos

programas de manejo de pragas. Por exemplo, em jardins domésticos e

pequenas hortas, joaninhas podem rapidamente reduzir a população de pulgões

evitando o uso de produtos químicos.

O controle de pragas utilizando-se somente inimigos naturais pode ser

variável. Quando as populações das pragas estão grandes e existe comida

suficiente e habitat apropriado para suportar o crescimento e a reprodução dos

inimigos naturais, o seu impacto sobre as pragas é grande. Quando a população

de pragas é baixa, os insetos benéficos deverão procurar alimento em outros

locais.

Uma característica interessante dos insetos benéficos é que suas

populações tendem a não se recuperar tão rapidamente após uma aplicação de

produto químico.

Um número bastante razoável de insetos benéficos pode viver em seu

jardim, desta forma, aprenda quem eles são. Nesta semana mostraremos os

insetos predadores e parasitoides. Na próxima semana falaremos sobre os

insetos polinizadores. (PRAGAS, 2010).

4.4.6 ATIVIDADE 6 – Insetos – Charges

Fazer uma análise crítica sobre a charge encontrada no site seguinte:

27

RISCANDO 7:

<http://riscando7.blogspot.com/2009_09_01_archive.html>

Responder:

O que está charge está representando na sua opinião?

Crie uma charge ou desenho que apresentem insetos benéficos ao ser

humano.

4.4.7 ATIVIDADE 7 – Metamorfose

Vídeo: TV Multimídia – TV Pendrive

• As transformações das Borboletas – Encontrado no Portal Dia-a-Dia

Educação, Ciências, TV multimídia.

Fonte:

<http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/debaser/singlefile.php?id=8429>

• Elaborar um desenho com as fases da metamorfose completa das

borboletas ou mariposas.

Considerações Importantes sobre a unidade 1:

Todas as produções realizada pelos alunos serão reunidas e

organizadas para a montagem de um portfólio.

28

5 UNIDADE 2 – ADAPTAÇÃO ANIMAL

5.1 INTRODUÇÃO

As adaptações dos seres vivos não ocorrem por acaso e muito menos

ocorreram de uma hora para outra. Ao longo do processo evolutivo, alguns

organismos sofreram transformações que lhes possibilitaram maiores chances de

sobrevivência no meio ambiente, ajustando-se morfologicamente e

fisiologicamente ao ecossistema em que vivem.

A essas transformações, selecionadas pelo meio e ocasionadas por

mutações, denominamos adaptação, relacionadas ao mecanismo de defesa,

reprodução, locomoção, alimentação e condições climatológicas desfavoráveis.

CARACTERÍSTICAS:

Defesa:

Camuflagem ou mimetismo (répteis);

Produção de veneno (serpentes, aracnídeos).

Alimentação:

Formato do bico (arara, beija-flor, colhereiro);

Formato e disposição dos dentes (herbívoros / girafa, carnívoros / leão);

Formato da língua (tamanduá).

Reprodução:

Desenvolvimento incompleto com estágio larval (anfíbios / girino)

Desenvolvimento exclusivamente dentro de ovo (ovíparos / aves);

Desenvolvimento parcialmente dentro de ovo e no interior do organismo materno

(ovovivíparos / peixes);

Desenvolvimento exclusivamente no interior do organismo materno (mamíferos

placentários / homem);

29

Ambiente:

Terrestre e arbóreo (aparelho locomotor quadrúpede e bípede, a cauda dos

primatas);

Aquático (nadadeira de cauda das lontras);

Aéreo (asas do morcego) (BRASIL ESCOLA)

5.2 OBJETIVO GERAL

Conhecer as adaptações de alguns animais como parte do processo

evolutivo.

5.3 OBJETIVO ESPECÍFICO

Relacionar as adaptações dos animais como meio de sobrevivência no

ambiente em que vivem.

5.4 ATIVIDADES

5.4.1 ATIVIDADE 1 – Evolução e Adaptação

Procedimento:

• Dividir a turma em equipes de 4 alunos;

• Para cada equipe entregar figuras de animais pertencentes a um

determinado filo, sendo que cada equipe receberá filos diferentes;

• O alunos terão um tempo para fazer uma análise das espécies

apresentadas;

• Em seguida, os alunos deverão responder as perguntas referentes

aos animais do filo.

30

Perguntas:

a) Quais as adaptações que os animais de cada grupo possuem

possibilitando sua defesa no ambiente em que vivem?

b) Quais as adaptações que possibilitam a estes animais alimentar-se

no ambiente em que vivem?

c) Para garantirem a reprodução e perpetuação da espécie os seres

vivos apresentam algumas adaptações. Portanto, onde ocorre o desenvolvimento

embrionário destes animais?

( ) Dentro do ovo e fora do corpo ( ovíparo)

( ) Dentro do corpo ( vivíparo)

d) O animais apresentam adaptações para se locomover nos mais

diversos ambientes. Onde vivem esses animais?

( ) terrestre/arbóreo

( ) terrestres

( ) aquático

( ) terrestre/arbóreo/aéreo

( ) terrestre/aquático

31

5.4.2 Atividade 2 – Mimetismo e Camuflagem

Foto 1 - Camuflagem 1

Foto de Alberi Lorenço

Foto 2 - Camuflagem 2

Foto de Alberi Lorenço

Foto 3 – Camuflagem 3

Foto de Alberi Lorenço

32

Foto 4 – Mimetismo 1

Foto de Alberi Lorenço

Foto 5 – Mimetismo 2

Foto de Alberi Lorenço

Foto 6 – Mimetismo 3

Foto de Alberi Lorenço

33

Foto 7 – Mimetismo 4

Foto de Alberi Lorenço

Procedimento:

• Observar várias imagens e fazer as comparações entre camuflagem

e mimetismo, destacando que ambas são adaptações fundamentais de

sobrevivência. Tanto para a presa como para o predador.

• Outras fotos podem ser exploradas para exemplificar essas

adaptações.

Camuflagem

Alguns animais podem ter a capacidade de se camuflarem com o meio

em que vivem para tirar alguma vantagem. A camuflagem pode ser útil tanto ao

predador, quando deseja atacar uma presa sem que esta o veja, ou para a presa,

que pode se esconder mais facilmente de seu predador.

Existem dois tipos de camuflagem, a Homocromia, onde o animal tem a

cor é a mesma do meio onde vive, e a Homotipia, onde o animal tem a forma de

objetos que compõe o meio.

34

-Homocromia

Como exemplo, podemos citar os ursos polares, que têm o pêlo branco que

confunde-se com a neve.

-Homotipia

O bicho-pau, que tem forma de graveto e fica em árvores que têm galhos

semelhantes à forma de seu corpo. (INFOESCOLA, 2007)

Mimetismo

Semelhante à camuflagem, só que ao invés de se parecerem com o

meio, os animais que praticam o mimetismo tentam se parecer com outros

animais, com intuito de parecer quem não é.

– Mimetismo de Defesa

– Batesiano: os animais tentam se parecer com outros de espécies

diferentes que têm gosto ruim ou são venenosos. Como exemplo, algumas

abelhas têm desenhos parecidos com corujas em suas asas. A cobra falsa-coral

não possui veneno (na verdade, possui, mas raramente consegue utilizá-lo em

razão da pequena abertura de sua boca), por isso tenta parecer-se com a coral

verdadeira.

– Mulleriano: Os animais se assemelham a outros animais que têm

gosto ruim, e por isso seus predadores não os atacam.

– Mimetismo de Ataque

– Peckhaminano: os animais se misturam a outros parecidos, para se

aproximar da presa. Exemplo: bútio, se aproxima do bando de outras aves para

se aproximar da presa. (INFOESCOLA, 2007)

35

5.4.3 ATIVIDADE 3 – Classificando os animais

Materiais:

• vários figuras de animais vertebrados

• cartolina

• cola

• tesoura

• caderno

• lápis e borracha

• lápis de cor ou canetinha

Procedimento:

• O trabalho será realizados em duplas;

• Fazer algumas perguntas, para induzir os alunos a observar as

características desses animais e portanto comparar destacando assim suas

diferenças. Ex: Quais as diferenças entre uma galinha e um cachorro? O que eles

tem em comum? Como uma galinha e um cachorro podem ser diferenciados de

uma tartaruga?

• Para cada dupla será entregue cartões com alguns animais

especificamente, os vertebrados;

• Propôr para os alunos que estabeleçam critérios de classificação

para formar conjuntos com esses animais. Assim, poderão classificar os animais

conforme o ambiente onde vivem, o que comem, se são domésticos ou

selvagens,...(considerar importante todas as classificações produzidas pelos

alunos e valorizar o raciocínio a elaboração dessa atividade);

• Solicitar aos alunos que apresentem à turma seus trabalhos, e que

critérios estabeleceram para formar os conjuntos de animais;

Obs. Apresentar a classificação usada em todo o mundo nas Ciências

Naturais, onde os critérios são mais específicos.

36

6 UNIDADE 3 – PRESERVANDO O AMBIENTE ONDE VIVEMOS

6.1 INTRODUÇÃO

CONSCIÊNCIA ECOLÓGICA

Uma sociedade consciente e bem educada não gera lixo e sim

materiais para reciclar. Selecionando o lixo, você vai ajudar a diminuir a poluição

do ar, solo e água, bem como vai reduzir a necessidade de novas áreas para

aterros sanitários. Tal atitude, também vai ajudar a diminuir a proliferação de

insetos e roedores, responsáveis pela transmissão de várias doenças. Os

recursos naturais vão ser poupados, pois o lixo separado vai ser reciclado e

transformado pelas indústrias em matéria-prima novamente, baixando assim os

custos do produto final por nós consumido.

O lixo gerado por nós é apenas uma pequena parte da "montanha"

gerada todos os dias, composta também por resíduos industriais, de construção

civil, de mineração, de agricultura e outros. De todo lugar sai lixo. O que não

podemos ignorar é que o lixo precisa ser devidamente separado e coletado,

reaproveitado ou reciclado antes de ser descartado.

Lixo é basicamente todo e qualquer resíduo sólido proveniente das

atividades humanas ou gerado pela natureza em aglomerações urbanas. No

entanto, o conceito mais atual é o de que lixo é aquilo que ninguém quer ou que

não tem valor comercial. Neste caso, pouca coisa jogada fora pode ser chamada

de lixo. (CAROLINE DUTRA, 2002)

Consciência Ecológica = Qualidade de Vida

Não é a toa que a natureza tem mostrado sua fúria em episódios cada

vez mais trágicos. A revolta da natureza é uma consequência do descaso dos

seres humanos com as riquezas naturais. Ao invés de preservar, o homem mata,

37

desmata. Falta educação ambiental. Criar uma consciência ecológica significa

entender o quanto somos dependentes da natureza e o quanto ela é sábia e

essencial para vivermos com qualidade.

A contribuição do homem para a degradação do meio ambiente tem

sido um agravante. Por exemplo, as tempestades que vem castigando o Brasil

estão cada vez mais fortes e intensas, e já podem ser uma pequena amostra do

que as mudanças climáticas causarão ao planeta.

Além disso, a falta de planejamento das cidades e seu crescimento

desordenado vêm causando grandes enchentes. Moradias em áreas de risco, lixo

descartado em córregos, rios e represas dificultam o escoamento do fluxo das

águas, trazem doenças e causam perdas de toda ordem. Tudo consequência da

falta de educação ambiental e consciência ecológica da população (TATIANA

RENNA)

6.2 ATIVIDADES

6.2.1 ATIVIDADE 1 – Destino do Lixo

A proposta nesta atividade é apresentar uma cena com muitas

irregularidades em relação ao destino do lixo e ao desperdício em uma

comunidade.

Fonte: Coleção Empresa & Família Qualidade de Vida, A incrível

história do mundo que ia morrer, Coordenação Editorial SESI – Departamento

Regional do Distrito Federal, editora Verano.

Procedimento:

• Os alunos farão uma análise da cena e anotar tudo que observarem

e considerarem atitudes incorretas dos moradores;

• Instigar uma discussão sobre as consequências dessas atitudes;

• Propor aos alunos a reformulação desta cena. Fazendo um novo

desenho modificando as ações erradas destacadas pelos alunos por ações

ecologicamente corretas;

38

• Abordar os conteúdos a seguir:

Consumo e Destino do lixo

Saúde e Meio Ambiente

Desperdício

Embasamento Teórico:

Lixo Doméstico

O Brasil produz, atualmente, cerca de 228,4 mil toneladas de lixo por

dia, segundo a última pesquisa de saneamento básico consolidada pelo IBGE, em

2000. O chamado lixo domiciliar equivale a pouco mais da metade desse volume,

ou 125 mil toneladas diárias.

Do total de resíduos descartados em residências e indústrias, apenas

4.300 toneladas, ou aproximadamente 2% do total, são destinadas à coleta

seletiva. Quase 50 mil toneladas de resíduos são despejados todos os dias em

lixões a céu aberto, o que representa um risco à saúde e ao ambiente.

Mudar esse cenário envolve a redução de padrões sociais de

consumo, a reutilização dos materiais e a reciclagem, conforme a "Regra dos Três

Erres" preconizada pelos ambientalistas.

A ideia é diminuir o volume de lixo de difícil decomposição, como vidro

e plástico, evitar a poluição do ar e da água, otimizar recursos e aumentar a vida

útil dos aterros. (CIÊNCIA E SAÚDE, UOL)

40

Figura 2: O Lixo traz doenças

Fonte: <http://www.ccs.saude.gov.br>

41

6.2.2 ATIVIDADE 2 – Charges – A resposta da natureza ao descaso do homem

Fazer uma análise crítica de algumas charges.

• (MARYJODEA09, junho 12, 2009) Vamos salvar o planeta!!!

<http://maryjodea09.wordpress.com>

• (VENÂNCIO ARIES, 2010) Ninguém faz nada!

<httpCharges://ocaosemvenancioaires.blogspot.com>

• (CHARGES CLÓVIS DE LIMA)

<http://aguadonadavida.blogspot.com/2009/06/charge-clovis-lima.html>

• (LIXO, UNIVERSO HUMOR.)

<http://www.universodohumor.com.br/chargeslixo.html>

Após observar e comentar a ideia criativa de alguns chargistas, pedir

aos alunos que em um papel cartão criem um charge sobre o tema em estudo.

42

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WIKIPÉDIA, VESPAS, 2010. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Vespa>

Acesso em: 25/05/2010.

LORENÇO, Alberi. Cedente das fotos, na qualidade de titular dos diretios autorais.

Unidade 1: A diversidade dos insetos e sua importância para o meio ambiente

Atividade 3: Observando fotos – Insetos. Foto 1 – Vespa/flor branca, Foto 2 –

Vespa/ Moscas, Foto 3 - Vespa/flor amarela, Foto 4 – Borboleta/pólen, Foto 5 –

47

Borboleta/flor amarela, Foto 6 – Mariposa, Foto 7 – Gafanhoto verde/flor 1, Foto 8

Gafanhoto verde 2, Foto 9 – Besouro amarelo/flor amarela, Foto 10 – Besouro/flor

rosa,

Atividade 5: Insetos Predadores. Foto 1 – Mosca no galho, Foto 2 – Vespa/larva,

Foto 3 – Inseto no pé de figo.

Unidade 2: Adaptação Animal

Atividade 2: Foto 1 - Camuflagem 1, Foto 2 - Camuflagem 2, Foto 3 –

Camuflagem 3, Foto 4 – Mimetismo 1, Foto 5 – Mimetismo 2, Foto 6 – Mimetismo

3, Foto 7 – Mimetismo 4.