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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
2009
Produção Didático-Pedagógica
Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE
VOLU
ME I
I
Secretaria de Estado da Educação – SEEDSuperintendência da Educação - SUED
Diretoria de Políticas e Programas Educacionais – DPPEPrograma de Desenvolvimento Educacional – PDE
UTILIZANDO A EXPERIMENTAÇÃO NO ENSINO DE QUÍMICA PROPONDO O USO DE DIFERENTES ESPÉCIES QUÍMICAS.
ILDA DE FRANCESCHI FELLIPETTO
Pranchita - Pr2010
Secretaria de Estado da Educação – SEEDSuperintendência da Educação – SUED
Diretoria de Políticas e Programas Educacionais – DPPEPrograma de Desenvolvimento Educacional – PDE
ILDA DE FRANCESCHI FELLIPETTO
UTILIZANDO A EXPERIMENTAÇÃO NO ENSINO DE QUÍMICA PROPONDO O USO DE DIFERENTES ESPÉCIES QUÍMICAS.
Produção Unidade Didática apresentada à
Secretaria de Estado da Educação – SEED,
Departamento de Políticas e Programas
Educacionais, para cumprir as exigências do
Programa de Desenvolvimento Educacional -
PDE, segundo período do Plano Integrado
de Formação Continuada, sob a orientação
do professor - Prof. Dr. Cleber Antonio
Lindino.
Pranchita - Pr2010
2
EPÍGRAFE
Ninguém educa ninguém, como tampouco ninguém se educa a si mesmo: os
homens se educa em comunhão, mediados pelo mundo.
Paulo Freire
I
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DEDICATÓRIA
Dedico esta pesquisa ao meu esposo Elvio Bernardo Fellipetto e a nossa
filha Alexsandra Fellipetto pelo incentivo e paciência que tiveram durante a
minha ausência nesta caminhada.
Obrigada pelo carinho e força que obtive para a conquista deste título
que ora almejei junto a UNIOESTE em parceria com a SEED – Secretaria de
Estado de Educação do Paraná.
II
4
AGRADECIMENTOS
Agradeço especialmente o meu Orientador Professor Doutor Cleber
Antonio Lindino que soube com paciência, sabedoria e muito otimismo
conduzir-me á realização deste projeto.
Agradeço a Diandra Barili , Cristiana Iachinski e o Diego Cristian Lopes
pela paciência e ajuda dada nas horas da minha saída que muito bem
conduziram os trabalhos no Centro de Educação Profissional Fellipetto.
A equipe do PDE da SEED pelo brilhante trabalho e desempenho das
atividades desenvolvidas no decorrer do curso.
Ao Núcleo Regional de Educação pela acolhida e informação prestadas
com dedicação e paciência nas horas que precisei.
III
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SUMÁRIO
EPÍGRAFE............................................................................................................IDEDICATÓRIA....................................................................................................IIAGRADECIMENTO............................................................................................III
1 - Apresentação .............................................................................................06
2- Dados de Identificação..................................................................................08
3 – Objetivo Geral..............................................................................................09
4 – Objetivos específicos...................................................................................09
2 – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA:
2.1 – Educação Ambiental: Um pouco de história.............................................10
2.2 – A trajetória da Educação Ambiental no Brasil...........................................13
2.3 – A Importância do Meio Ambiente..............................................................14
2.4 – Princípios Básicos da Educação Ambiental..............................................15
2.5 – Conhecimento de Química.......................................................................16
2.6 – A Poluição das Águas...............................................................................18
2.7 – Refletindo as Práticas no Cotidiano Escolar.............................................19
2.8 – A Importância da Utilização dos Produtos Químicos................................20
2.9 – Perigo Quanto ao uso e Aplicações dos Ácidos.......................................22
2.10 – Perigo das Substancias alcalinas..........................................................23
2.11 – Principais características dos óxidos.....................................................23
2.12 – Encaminhamentos Metodológicos..........................................................25
2.13 – Considerações Finais.............................................................................34
2.13 – Referencias Bibliográficas......................................................................35
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LISTA DE FIGURAS.
Figura 01 - Conhecendo o uso da capela no laboratório como material
de segurança.
Figura 02 – Identificação de substâncias ácidas e básicas.
Figura 03 – Testando condutividade elétrica da matéria com substâncias
do cotidiano.
Figura 04 – Realização de experimentos, utilizando materiais
volumétricos.
Figura 05 - Trabalhando diluições com materiais volumétricos.
Figura 06 – Identificar e caracterizar os diferentes elementos químicos a
partir de material do cotidiano.
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UTILIZANDO A EXPERIMENTAÇÃO NO ENSINO DE QUÍMICA
PROPONDO O USO DE DIFERENTES ESPÉCIES QUÍMICAS.
1- APRESENTAÇÃO
A Produção Didática PDE 2009. “Utilizando a Experimentação no Ensino
de Química, propondo o uso de Diferentes Espécies Químicas”. Surgiu de
várias discussões com os professores de Química nos diferentes encontros de
estudo e observações realizadas nos educandos quanto o aprendizado da
disciplina de Química.
De acordo com Lakatos ( 2000) o conhecimento científico é construído
através de programas de pesquisa formados por duas partes: o núcleo firme,
constituído por princípios, teóricos fundamentais que, por consenso provisório
da comunidade científica, não se modificam e pelo “cinturão protetor” de idéias
auxiliares que tem como função colaborar e ou impedir a reputação das idéias
do núcleo firme. Depende-se daí, que, na dinâmica do desenvolvimento
científico, consensuar os significados do núcleo firme de um programa de
pesquisa científica sendo esta condição para a sua existência e
aprimoramento.
Para que percebamos e descobrimos o gosto pela química indico
experimentos que você mesmo pode realizar, utilizando substâncias do
cotidiano e aparelhagem simples. Sabemos que a sociedade atual exige uma
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posição cada vez mais crítica quanto á utilização de conhecimentos científicos
e tecnológicos e de seus efeitos no ser humano e no meio ambiente.
Para isso, você encontrará nestes experimentos conteúdos que
desenvolverão melhor o Ensino de química.
O interesse da Produção Didática neste projeto no 4º ano do Curso de
Formação de Docentes é de embasar a teoria com a prática, garantindo a
apropriação do conhecimento, bem como o científico utilizando os recursos
existentes na escola, como laboratório de Química, informática entre outros.
Pretendo disseminar o saber dos entendimentos químicos através da prática.
Propiciar aos educandos o uso desse conhecimento em seu dia-a-dia.
Partindo destas práticas pode-se articular outras sendo passíveis
de novas metodologias que podem ser implementadas para o desenvolvimento
do conhecimento científico.
Acredito que desta forma passo a contribuir na formação do educando
oportunizando outras produções para a humanidade permitindo a atuação da
plena cidadania.
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2 – DADOS DE IDENTIFICAÇÃO:
1.1 – Colégio Estadual Júlio Giongo - Ensino Fundamental , Médio e Normal.
1.2 – Professora: Ilda de Franceschi Fellipetto.
1.3 – Área do conhecimento: Química.
1.4 – Público-alvo: Alunos voluntários do Ensino Médio.
1.5 – Período: 1º semestre de 2.010
1.6 – Carga horária: 32 horas/aula.
2 – Tema: Química X Experimentação
3 – Conteúdos
3.1 – Conteúdo Estruturante
Matéria e sua Natureza
Funções Químicas
Funções Inorgânicas
3.2 – Conteúdo Específico
- Normas de Segurança para laboratório
- Substâncias ácidas, básicas e óxidos, experimentos e pesquisas nas
diferentes funções, caracterização de elementos químicos (meio ambiente).
Analisar os fatores que causam os problemas ambientais do Rio Pranchita.
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3- OBJETIVO GERAL:
Contextualizar o ensino de Química na última etapa da Educação Básica,
despertando nos estudantes a consciência crítica e incentivando-os para que
desenvolvam sua responsabilidade ambiental, utilizando-se para isso de
atividades experimentais relevantes.
4- OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
1º - Identificar substâncias alcalinas por meio de experimentos e pesquisas
bibliográficas sobre seu uso maléfico ao meio-ambiente.
2º - Por meio de práticas e uso de indicadores naturais e sintéticos identificar
substâncias ácidas e obter informações sobre os benefícios e males que
podem causar ao meio ambiente.
3º - Identificar substâncias que apresentam características de óxidos e sua
relevância ao meio ambiente.
4º - Efetivar uma atividade que possa desenvolver uma percepção integrada
dos principais fatores que causam problemas ambientais como a erosão,
lixiviação e poluição.
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2 - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 - Educação Ambiental: Um pouco de historia.
O homem vive da natureza, quer dizer:a natureza é seu corpo, com o qual tem que manter-se em permanente intercambio para não morrer*.
Karl Marx
O impacto da ação humana sobre o meio ambiente varia historicamente
a partir do modo de produção, a estrutura de classes o aparato tecnológico, o
crescimento demográfico e o universo cultural de cada sociedade.
Ao longo dos tempos, notam-se diferentes formas de atuar das
populações humanas. Áreas do continente sul-americano, que hoje
constituem o Brasil, foram ocupadas por grupos primitivos onde predominava
a caça e a pesca. Basicamente, os recursos para sobrevivência eram
abundantes, mas dispersos no meio ambiente, o que gerou migrações das
populações.
Durante a Idade Media, a ruralização da economia e o aumento das
cidades provocaram o aparecimento de problemas ambientais na Europa.
Ocorreram os desmatamentos, a poluição do ar, em função das queimadas, e
a poluição da água.
No século XX, a economia industrializada, centrada no espaço urbano e
baseada numa tecnologia sedenta de energias e matérias primas, exerceu
um impacto violentamente destrutivo sobre o meio ambiente.
Neste inicio do século XXI, observamos os efeitos da ação humana, que
provocam impactos danosos sobre a natureza, destruindo o equilíbrio
ecológico e ameaçando a própria continuidade dos sistemas naturais.
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A solução dos problemas ambientais tem sido considerada cada vez mais urgentes para garantir o futuro da humanidade e depende da relação que se estabelece entre sociedade/natureza, tanto na dimensão coletiva quanto na individual. (PCN’s,1998p.169)
O ser humano, então obrigado pelas circunstancias , criou uma série de
leis visando defender e preservar o meio ambiente, de modo que as futuras
gerações pudessem ter uma vida sadia. Surgiram então, diversas
organizações, cujo objetivo principal é de denunciar os efeitos prejudiciais
das alterações ambientais.
Importantes eventos mundiais marcaram a trajetória da Educação
Ambiental nas últimas década. O primeiro deles foi a Conferência da
Organização das Nações Unidas sobre o Ambiente Humano, a Conferência
de Estocolmo, realizada em 1972, que aconteceu ao mesmo tempo em que o
Clube de Roma, formado por vários países rico, publicava um importante
documento, um relatório sobre o crescimento demográfico e a exploração dos
recursos naturais, fazendo previsões desagradáveis sobre o futuro da
humanidade. A importância deste documento denominado “Limite de
Crescimento” deve-se ao fato de ter denunciado limites da exploração do
nosso planeta e a sua fragilidade.
A Conferencia de Estocolmo marcou, no nível internacional, a
necessidade de políticas ambientais, reconhecendo a Educação Ambiental
como uma necessidade para a solução dos problemas ambientais. Nesse
encontro também foram propostas orientações para a capacitação de
professores e o desenvolvimento de novos métodos e recursos instrucionais
para a implementação da Educação Ambiental nos diversos países.
Ao longo das décadas de 70 e 80, a UNESCO promoveu três conferencias
internacionais para atender ás recomendações feitas no Encontro de
Estocolmo e que resultam em três importantes declarações sobre o tema
Educação Ambiental. Em 1975, a Conferência de Belgrado produzir a Carta
de Belgrado e um Programa Internacional de Educação Ambiental (PIEA).
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Este programa mantém uma base de dados com informações sobre
instituições e projetos envolvidos com a Educação Ambiental, além de
promover eventos e publicações específicas sobre este tema.
O segundo encontro promovido pela UNESCO, a Conferência de
Tbilisi, realizada em 1977 na cidade de Tblisi, na Geórgia , constituiu-se na
primeira Conferência Intergovernamental.
A declaração produzida nesta reunião contém objetivos, estratégias,
características, princípios e recomendações para a Educação ambiental que
foram aperfeiçoados em publicações posteriores da UNESCO em 1985,
1986, 1988 e 1989. Nesse documento encontram - se, por exemplo,
recomendações para que a Educação Ambiental aconteça tanto ao nível da
educação formal quanto da informal, envolvendo pessoas de todas as idades.
A ONU promoveu ainda outra importante reunião, realizada em 1992,
no Rio de Janeiro, a Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente
e Desenvolvimento, também conhecida como Conferência de Cúpula da
Terra ou Rio 92. Esse encontro envolveu muita polêmica durante a sua
realização e aprovou cinco acordos oficiais internacionais sobre temas como
Meio Ambiente e Desenvolvimento, Florestas, Mudanças Climáticas ,
Diversidade Biológica, além da famosa Agenda 21 que contém pressupostos
para a implementação da Educação Ambiental, visando a sobrevivência dos
povos para o século XXI. Neste documento foram apresentados
compromissos e interações para uma melhoria da qualidade de vida e da
sustentabilidade. Em paralelo e esse evento, o Ministério da Educação e
Desportos (MEC) organizou um Encontro onde foi aprovado o documento
“Carta Brasileira Para a Educação Ambiental” que enfoca o papel do estado
em relação á Educação Ambiental e sua Implementação em todos os níveis
de ensino.
Embora o conteúdo das várias declarações produzidas nos encontros
anteriores citados tenha recebido muitas criticas, devem ser reconhecidos os
avanços introduzidos e que estão contidos nos pressupostos pedagógicos
que nortearam estas declarações.
No ano de 2002 aconteceu outro importante evento, a “Rio + 10”, na
África do sul, na cidade de Joanesburgo, onde foi feito um balanço das
ações sócio - ambientais realizadas na última década, após a Rio-92. Mais
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uma vez constatou - se a necessidade de todas as nações se engajarem na
tarefa de preservação do nosso planeta, assumindo as responsabilidades que
cabem a cada uma delas, visando o cumprimento efetivo de compromissos já
assumidos. Percebe-se, também, a dificuldade de fazer com que certos
países desenvolvidos reconheçam a grande responsabilidade que lhes cabe
na implementação de medidas de proteção do ambiente e da vida , em
especial, quando as medidas a serem adotados levam a uma diminuição da
produção industrial e do consumo.
2.2- A Trajetória da Educação Ambiental no Brasil.
No Brasil, a Educação Ambiental começa a ser tratada, mais
diretamente, nos meados dos meados dos anos oitenta, com alguns cursos
de especialização, eventos (seminários, fóruns e encontros) e a 1ª
Conferência Nacional de EA, em Brasília (1997), preparatória para
Tessalônica. Medidas oficiais mais recentes são: a publicação dos
Parâmetros Curriculares Nacionais PCNs (1997,1998), englobando a
dimensão ambiental como um dos temas transversais nos programas
curriculares do ensino fundamental, e a Lei 9.795/99, instituindo a política
nacional de EA, vinculando - a á Ética aos trabalho e ás práticas sociais em
articulação com as questões ambientais locais, regionais, nacionais e globais.
Quanto ao Paraná, assim como em outros estados, a EA também
emerge em meados da década de 1980, devendo-se lembrar que, já em
setembro de 1978, acontecia em Curitiba o 1°Simpósio Nacional de Ecologia,
do qual resultou a Carta de Curitiba – denunciado a “ideologia
desenvolvimentista”: O consumismo como progresso e suas conseqüências
na degradação sócio-ambiental, pelos efeitos da “grande monocultura” e da
“megatecnologia concentrada” e com a alienação das populações
relativamente ás tomadas de decisão” que afetam seu próprio destino”
(DIAS,1993,p.336-338).
Em (1984).,a EA na rede escolar pública paranaense foi iniciada por
meio de atividades promovidas pela Secretaria do Estadual de Ensino e
Desenvolvimento do Paraná (SEED-PR), mediante o repasse de textos e
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informações, a cargo das Inspetorias Estaduais de Ensino e dos Núcleos de
Educação, para as escolas de maior porte nos níveis fundamental e médio.
2.3- A IMPORTÂNCIA DO MEIO AMBIENTE:
O meio ambiente oferece aos seres vivos as condições essências para
a sua sobrevivência e evolução na sociedade humana sendo que a mesma
não se sustenta sem água potável, ar puro, solo fértil e sem um clima
ameno.
Muitas pessoas, no entanto, ainda não compreenderam isso. Ao
desenvolver suas atividades socioeconômicos que destroem de forma
irracional as bases da sua própria sustentação. Não percebem que
dependem de uma boa ecologia para sua vida e a de seus descendentes.
Vivem como se fossem a última geração sobre a Terra.
Muitos avanços na área ambiental ocorreram nos últimos anos, como o
desenvolvimento de processos de gestão ambiental; educação ambiental;
licenciamento ambiental; legislação ambiental; zoneamento ambiental;
criação de unidades de conservação (parque nacionais ) engenharia
ambiental ;eco eficiência, tecnologias limpas; manejo de bacias hidrográficas;
reciclagem.
Entretanto, apesar de inegáveis avanços, o meio ambiente ainda carece
de muitos cuidados. Ainda poluímos o que respiramos, degradamos o solo
que nos alimenta e contaminamos a água que bebemos.
Por que agredimos o meio ambiente?
Porque ao longo dos anos acreditamos em conceitos errados. Hoje
sabemos que:
Nós seres humanos, não somos os donos da Terra. Fazemos parte dela.
Não temos de dominar a natureza. Precisamos aprender a viver em
harmonia com ela.
Dependemos da Terra. A Terra não depende de nós .
A exploração dos recursos naturais não pode continuar a crescer. Tais
recursos são finitos.
A raiz dos problemas: o modelo de “desenvolvimento”.
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O atual modelo de “desenvolvimento” produz exclusão social e miséria
por um lado, e consumismo, e desperdício, por outro. Baseia-se no aumento
crescente, do consumo.
Ao se aumentar o consumo, aumenta-se a pressão sobre os recursos
naturais, ou seja, necessita-se mais água mais matérias-primas, mais
eletricidade, mais combustível, mais solos férteis. Com isso, cresce a
degradação ambiental em todas as suas formas. Perde-se então a qualidade
de vida.
Não tendo progresso, nem emprego, nem ambiente saudável.
Dentre os inúmeros problemas ambientais gerados por essa forma de
viver, destacam-se: Alterações Climáticas, Alterações da Superfície,
Assoreamento dos rios e lagos, Aumento da temperatura da terra,
Desfloramento / Queimadas, Destruição de habitat, Efeito estufa, Erosão da
diversidade cultural, erosão ética, Erosão do solo / desertificação, Exclusão
social, Perda da biodiversidade, Poluição do ar, água, solo, sonora, visual,
eletromagnética e outras.
A crise ambiental global é, de fato, a expressão de uma confusão
interior. A busca mesquinha de interesses egoísta causou os problemas
globais que ameaçam a todos.“Se não podemos modificar o nosso comportamento,
como esperar que os outros o façam? ”(Dalai Lama)
2.4- PRINCÍPIOS BÁSICOS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Considerar o meio ambiente em sua totalidade, ou seja, e m seus
aspectos naturais e criados pelo homem, tecnológicos, sócias, econômicos,
políticos, técnicos, histórico-cultural, moral e estético:
Construir um processo contínuo e permanente, começando pelo pré-
escolar, e continuando através de todas as fases do ensino formal e não-
formal.
Aplicar um enfoque interdisciplinar, aproveitando o conteúdo especifico
de cada disciplina, de modo que se adquira uma perspectiva global e
equilibrada.
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Examinar as principais questões ambientais, do ponto de vista do local,
regional, nacional e internacional, de modo que os educados se identifiquem
com as condições ambientais de outras regiões geográficas.
Concentrar-se nas situações ambientais atuais, tendo em conta também
a perspectiva histórica.
Insistir no valor e na necessidade da cooperação local, nacional e
internacional para prevenir e resolver problemas ambientais.
Considerar de maneira explicita, os aspectos ambientais nos planos de
desenvolvimento e de crescimento.
Ajudar a descobrir os sintomas e as causas reais dos problemas
ambientais.
Destacar a complexidade dos problemas ambientais (sócio ambientais)
e, em conseqüência, a necessidade de desenvolver o senso critico e as
habilidades necessárias para resolver problemas.
Utilizar diversos ambientais educativos e uma ampla gama de métodos
para comunicar e adquirir conhecimentos sobre o meio ambiente, acentuando
devidamente as atividades praticas e as experiências pessoas.
2.5- CONHECIMENTO DE QUÍMICA
A Química participa do desenvolvimento cientifico - tecnológico com
importantes contribuições especificas, cujas decorrências têm alcance
econômico, social e político. A sociedade e seus cidadãos interagem com o
conhecimento químico por diferentes meios. A tradição cultural difunde
saberes, fundamentados em um ponto de vista químico, cientifico, ou
baseados em crenças populares. Por vezes, podemos encontrar pontos de
contato entre esses dois tipos de saberes, como, por exemplo, no caso de
certas plantas cujas ações terapêuticas popularmente difundidas são
justificadas por fundamentos químicos Daí investirem-se recursos na
pesquisa dos seus princípios e das suas aplicações. Mas as crenças
populares nem sempre correspondem a propriedades verificáveis e podem
reforçar uma visão distorcida do cientista e da atividade científica e exemplo
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do alquimista, que foi visto como feiticeiro, mágico e não como pensador,
partícipe da visão de mundo de sua época. Além disso, freqüentemente, as
informações veiculadas pelos meios de comunicação são superficiais,
errôneas ou exageradas técnicas. Dessa forma, as informações recebidas
podem levar a uma compreensão unilateral da realidade e do papel do
conhecimento químico no mundo contemporâneo. Transforma-se a
Química na grave vilã do final do século, ao se enfatizar os efeitos
poluentes que certas substancias causam no ar,na água e no solo.
Entretanto, desconsidera-se o seu papel no controle das fontes poluidoras,
através da melhoria dos processos industriais, tornando mais eficaz o
tratamento de efluentes.
Na escola, de modo geral, o individuo interage com um conhecimento
essencialmente acadêmico. Principalmente através da transmissão de
informações, supondo que o estudante, memorizando-as passivamente,
adquira o conhecimento acumulado.
A promoção do conhecimento químico em escala mundial, nestes
últimos quarentas anos , incorporou novas abordagens , objetivando a
formação de futuros cientistas, de cidadãos mais conscientes e também o
desenvolvimento de conhecimentos aplicáveis ao sistema produtivo,
industrial e agrícola. Apesar disso, no Brasil,a abordagem da Química
escolar continua praticamente a mesma. Embora ás vezes maquiada com
uma aparência de modernidade, a essência permanece a mesma,
priorizando-se as informações desligadas da realidade vivida pelos alunos e
pelos professores.
Enfatiza-se por demais propriedades periódicas, tais como eletro
negatividade, raio atômico, potencial de ionização, em detrimento de
conteúdos mais significativos sobre os próprios elementos químicos, como
a ocorrência , métodos de preparação , propriedades, aplicações e as
correlações entre esses assuntos. Estas correlações podem ser
exemplificadas no caso do enxofre elementar: sua distribuição no globo
terrestre uma linha que está determinada pelas regiões vulcânicas; sua
obtenção se baseia no seu relativamente baixo ponto de fusão e suas
propriedades químicas o tornam material imprescindível para a indústria
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química. Mesmo tão relevantes, essas propriedades são pouco lembradas
no contexto do aprendizado escolar.
O aprendizado de Química pelos alunos de Ensino Médio implica que
eles compreendam as transformações químicas que ocorrem no mundo
físico Os conhecimentos difundidos no ensino da química permitem a
construção de uma visão de mundo mais articulada e menos fragmentada ,
contribuindo para que o individuo se veja como participante de um mundo
em constante transformação. Para isso, esses conhecimentos devem
traduzir-se em competências e habilidades cognitivas e afetivas. Cognitivas
e afetivas, sim, para poderem ser consideradas competências em sua
plenitude.
Entretanto, um entendimento amplo da transformação químicas envolve
também a busca de explicações para os fatos estudados, recorrendo-se a
interpretação conforme modelos explicativos microscópicos.
2.6- A POLUIÇÃO DAS ÁGUAS
O índice de poluição nas águas dos córregos, ribeirões e rios do Brasil
tem aumentado assustadoramente nos últimos anos, comprometendo o
fornecimento de água potável em muitas cidades brasileiras e fazendo
desaparecer para sempre um número muito grande de espécie tanto de
animais como vegetais. O problema é mais grave nas regiões de maior
desenvolvimento, onde ocorre grande concentração de indústrias e a
quantidade de esgoto domiciliares é também muito grande.
Os esgotos urbanos contém essencialmente carboidratos, gorduras, material
protéico, fosfatos e bactérias . Entre elas, encontram-se bactérias
Patogênicas para o homem e outras que são produtoras de substâncias
tóxicas.
Entre as bactérias patogênicas, destacam-se as coliformes de origem
fecal, principalmente a Escherichia Coli. A quantidade de bactérias
coliformes em relação a um determinado volume de água é conhecida
como índice de coliformes. Este índice é o critério mais utilizado para a
avaliação da qualidade da água. Considera-se água de boa qualidade
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aquela onde se tem, em média, menos de 1 bactéria coliforme por 100 ml
de água. Vários constituintes dos esgotos urbanos substâncias orgânicas,
certos detergentes e produtos de limpeza, servem como substrato para a
multiplicação De muitos microrganismos. A decomposição do material
poluente tem como conseqüência um aumento do consumo de oxigênio,
que tende a se esgotar devido as rápido crescimento desses
microrganismo decompositores. A ausência de oxigênio na água provoca a
morte de todos os demais seres vivos aeróbicos.
Os restos desses organismos mortos fornecem mais alimentos para
organismos decompositores. Nesta condições, bactérias anaeróbicas
começam a se reproduzir intensamente, produzindo gases de putrefação
altamente tóxica, como metano (CH4), gás sulfídrico (H2S), dissulfeto de
carbono (CS2) e outros. A contribuição das indústrias não menos
significativas do que a dos esgotos domiciliares. Eles contribuem
principalmente com compostos orgânicos como petróleo e derivados,
detergentes,fenóis, derivados halogenados do naftaleno e do difenilo e
compostos inorgânicos de mercúrio, cádmio, chumbo, zinco e outros
metais pesados. Estes possuem caráter acumulativo, isto é, ficam retirados
no organismo dos animais, inclusive do homem, causando lesões graves a
curto, médio ou longo prazo, dependendo da dose ingerida. Resta ainda
lembrar o papel da agropecuária que, através dos fertilizantes e
praguicidas, contribui intensamente em certas regiões. Para a poluição das
águas as técnicas convencionais de tratamento dos efluentes industriais e
dos esgotos das cidades são muito caras, pois dependem de tecnologia
avançada, o que torna difícil e lenta a sua implantação.
2.7 - REFLETINDO AS PRÁTICAS NO COTIDIANO ESCOLAR
O estudante poderá, a partir do conhecimento das interações
moleculares, entender o significado do reconhecimento moleculares,
entender o significado do reconhecimento molecular. Estudando os
diferentes tipos de espécies inorgânicas este terá contato com os aspectos
tridimensionais da Química, percebendo a Existência de elementos da
molécula e composição dos materiais. Terá assim, uma visão estética com
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relação ao mundo em que vive. Deve-se também destacar a importância
das atividades experimentais para aquisição e domínio dos conceitos
químicos, com o objetivo de preparar o estudante para formar idéias e
conceitos, tornando-os capaz de contribuir para as transformações do
mundo. Uma atividade experimental que não se reduz apenas a observação
e experimentação, mas que surge hipótese e cria, a partir de indícios,
generalizações.
Entendendo o método experimental utilizado, o aluno entenderá, como
uma idéia geral de elementos químicos e substâncias químicas, como suas
propriedades e reatividades sendo obtidas mediante uma contínua análise
dos resultados de novas experiências. Entenderá também, como uma idéia
atual gera uma nova experiência conduzindo a um progresso maior
2.8 - A IMPORTÂNCIA DA UTILIZAÇÃO DOS PRODUTOS QUÍMICOS.
O Que Fazer me Caso de Acidentes – Primeiros Socorros
1.Qualquer acidente, por menor que seja, deve ser comunicado ao
professor.
2. Se as vestes de um colega pegarem fogo, abafar o fogo com pano
grande ou peças de seu vestuário (camisetas, agasalhos, tolhas, etc).
3. Em caso de cortes, lavar com água, colocar compressa impregnada
de álcool, desinfetar e cobrir. Havendo corte de artérias, conter a hemorragia.
4. Se os olhos forem atingidos por qualquer substâncias irritante, devem
ser lavados com bastante água. Depois, procurar um médico.
5. Se uma substância inflamável derramar sobre a mesa e pegar fogo,
usar o extintor de incêndio ou pegar uma das caixas de areia que devem
existir no laboratório e jogar areia sobre o fogo. As caixas com areia que
existem em todos os prédios públicos não devem ser usadas como lixeiras. È
um material para prevenção de incêndio.
6.Queimaduras provocadas por:
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a) Calor: lavar com solução diluída de carbonato de sódio e aplicar
pomada á base de picrato ou mesmo vaselina.
b) Ácidos: devem ser lavadas com bastante água e neutralizadas com
solução de bicarbonato de sódio.
c) Bases: devem ser lavradas com bastante água e neutralizadas com
solução de ácido bórico.
d) Bromo: Lavar com benzeno.Colocar compressas.
7.Intoxicações causadas por:
a) Amônia: beber ácido acético a 1%.
b) Àcido clorídrico, sulfúrico, nítrico, acético : Ingerir leite de óxido de
magnésio (leite de magnésia ). O MgO é matéria prima utilizada para
preparar leite de magnésia que, em contato com água, transforma-se em
Mg(OH)2.
c) Vapores de ácido clorídrico, bromo, cloro: Cheirar amônia diluída,
álcool ou éter. Inalação de água e, se possível, inspirar solução diluída de
bicarbonato de sódio pulverizaste.
d) Àcido cianídrico, cianeto de potássio, óxido de carbono, gás sulfídrico: ingerir 50 ml de água contento 0,5 g de nitrito de sódio e 2 g de
tios sulfato de sódio. Respiração artificial, se possível, com oxigênio.
e) Gases nitrosos: Inalação de vapor de água .se possível, inspirar
solução diluída de bicarbonato de sódio pulverizado.
f) Mercúrio: Provocar vômito quimicamente, 5-10 ml de sulfato de cobre
II diluído ou mecanicamente.
g) Acetona,acetato: Lavagem gástrica com suspensão de carvão
ativado e purgante salino (Na2 SO4) e internar o intoxicado.
h) Anilinas: Lavagem gástrica abundante com suspensão de carvão
ativado e purgante salino (Na2 SO4) imediato.
f) Fenolftaleína: (caramelos purgativos e outros laxantes) carvão
ativado a 20%.
j)Fósforo vermelho: (Fósforo de segurança)purgante de MgSO4.
23
2.9- PERIGO QUANTO AO USO E APLICAÇÕES DOS ÁCIDOS.
Tomar cuidado ao lidar com estes produtos, pois podem destruir os
tecidos por ação direta, provocando irritação e corrosões. Causam
intoxicação aguda, com seguintes características:
A) Por ingestão: causam intensa dor e queimação na boca, faringe,
abdome, edema da glote, febre, rigidez abdominal com ou sem perfuração.
B) Por inalação: tosse, sufocação, edema pulmonar e cianose.
C) Por contato com a pele dor acentuada e coloração marrom
avermelhada.
D) Por contato com olhos : edema da conjuntiva e destruição da córnea.
A intensidade da destruição e dose letal dependem do ácido.
Àcido nítrico: é um reagente químico importante, utilizado em reações
para obtenção de nitrato de sódio, nitrato de amônio, nitrato de potássio,
nitrato de bário e outros. Pode causar destruição completa da pele ou
mucosas, dose letal por ingestão é cerca de 1 g.
Àcido acético glacial: na forma diluída, está presente no vinagre. Pode
causar destruição superficial da pele e mucosas; dermatite e úlceras, dose
letal por ingestão é cerca de 20 g.
Àcido clorídrico: pode ser encontrado nas residências na forma de ácido
muriático (ácido clorídrico comercial), utilizando em limpezas. Pode causar
irritação na garganta, pele e mucosas, dose letal 15.000 ppm por inalação.
Àcido sulfúrico: na forma diluída é encontrada na bateria de carro. È um
forte desidratante, podendo causar destruição completa da pele ou mucosas;
tosse e irritação das partes do sistema respiratório, irritação das membranas
dos olhos; erosão dos dentes (na industria), e a dose letal por inalação é
cerca de 1 g.
24
2.10- PERIGO DAS SUBSTÂNCIAS ALCALINAS.
Os álcalis ou bases têm efeito corrosivo. Em contato com os tecidos
produzem áreas moles e necróticas. Uma ação intensa pode causar inibição
cardíaca. Cerca de 25% dos indivíduos que ingerem álcalis fortes têm morte
imediata.
Exemplos:
a) NH4OH: causa irritação extremamente dolorosa e queimação,
dose letal calculada =30 ml de solução 25%.
b) Ba(OH)2: tremores e convulsões, morte por insuficiência
cardíaca e respiratória; dose letal calculada = 1g.
c) KOH: destruição completa da pele ou mucosas; dose letal
calculada = 5g.
d) NaOH: destruição completa da pele e /ou mucosas; dose letal
calculada = 5g.
OBS: Após os primeiros socorros, não se deve deixar de procurar
um médico.
2.11- PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOS, ÓXIDOS:
Óxidos são substâncias que possuem oxigênios ligado a outro elemento
químico, eles são compostos binários, isto é são substâncias formadas pela
combinação de dois elementos. Um desses elementos é sempre e oxigênio
(O).
Classificação dos Óxidos:Os óxidos podem ser classificados em três diferentes grupos : ácidos,básicos
ou peróxidos.
Óxidos ácidos: também chamados de anidridos, eles se formam
a partir da reação com água originando ácidos. Exemplo: o ácido sulfúrico
(H2SO4) se forma a partir do tri óxido de enxofre (SO3) em presença de água
(H2O).
25
Óxidos básicos: nesse caso a reação é com bases levando á
formação de sal e água. Exemplo: o hidróxido de cálcio (Ca(OH)2) provém da
reação do óxido de cálcio (CaO) com a água.
Peróxidos: esses óxidos possuem dois oxigênio ligados entre si.
Exemplo: (0-0)2-.
Principais Óxidos e suas utilizações:Peróxidos: na indústria são usados como clarificadores
(alvejantes) de tecidos, poupa de celulose, etc. Para essas utilizações sua
concentração é superior a 30% de peróxido de hidrogênio. A solução aquosa
com concentração de 3%de período de hidrogênio, popularmente conhecida
como água oxigenada, é usada como anti-séptico e algumas pessoas a
utilizam para a descoloração de pêlos e cabelos.
Dióxido de silício: é o óxido mais abundante da crosta terrestre
ele é um dos componentes dos cristais, das rochas e da areia.
Óxidos de Cálcio (CaO): Obtidos a partir da decomposição do
calcário, é usado na agricultura para diminuir a acidez do solo e também na
preparação de argamassa na construção civil.
Òxido Nitroso (N2O): Conhecido como gás hilariante, esse óxido
inalado em pequena quantidade provoca euforia, mas pode causar sérios
problemas de saúde, é utilizando como anestético.
Dióxido de Enxofre (SO2): È usado para a obtenção de ácido
sulfúrico e no branqueamento de óleos alimentícios, entre outras aplicações.
È um dos principais poluentes atmosféricos, em dias úmidos, combina-se
com o vapor de água da atmosfera e origina a chamada chuva ácida
Monóxido de Carbono (CO): Usados para obter certos produtos
químicos e na metalurgia do aço. È normalmente o principal poluente de
atmosfera das zonas urbanas, inalado combina com a hemoglobina das
hemácias do sangue, neutralizando-as para o transporte de gás oxigênio no
organismo.
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3 – Encaminhamentos Metodológicos
1° Os educandos serão orientados de como proceder as praticas no
laboratório, conforme atividade nº 1.
2º Os educandos serão organizados em grupos de no máximo 6 alunos para
realização da pratica nº 2 e igual para outras praticas propostas.
3º Análise dos resultados e das atividades propostas.
4º Realizar relatório, observando os seguintes critérios: observação,
identificação e resultados das diferentes funções estudadas.
5º Visita ao Rio Pranchita:
Os educandos receberão as orientações para o deslocamento do Colégio até a
chegada do rio para realização e observação da distância de 1 km do percurso
do Rio Pranchita, tendo como local de início a proximidade de uma serraria e o
final, o sistema de tratamento de esgoto do Município onde os mesmos
realizarão observações para posterior discussão em sala de aula e construção
de relatório do observado e propondo melhorias para o mesmo. Os itens a
serem observados são os seguintes:
a) Principais poluentes ( sólidos e líquidos);
b) Efeitos causados pela lixiviação e erosão provocadas pelas chuvas e pela
água do rio;
c) Presença de seres vivos na água;
d) Verificação das margens do rio quanto a presença da mata ciliar.
27
Aula Prática 01
1.Assunto
Normas de utilização e Segurança no Laboratório de Química
2. Objetivos
Nesta aula o aluno deverá conhecer os perigos e cuidados existentes no
laboratório de Química, bem como a postura que devem ser adotadas de forma
a garantir o máximo de aproveitamento com o máximo de segurança possível.
Os pontos importantes a serem assimilados pelos alunos são:
Normas gerais para aulas práticas de Química orgânica;
Normas de utilização de equipamentos de proteção individual e conduta no
laboratório de Química;
Reconhecimento dos riscos e segurança no laboratório.
3. Introdução
3.1 Normas gerais para aulas práticas de Química Orgânica
1. O prazo de tolerância para o atraso nas aulas é de 10 minutos , após esse
prazo o aluno não poderá assistir à aula prática. No início de cada aula prática
o professor fará uma explanação teórica sobre o assunto e discutirá os pontos
relevantes, inclusive em relação à segurança dos experimentos.
IMPORTANTE: um aluno que não tenha assistido a pelo menos uma parte
dessa discussão irá atrasar seus colegas e poderá até mesmo colocá-los em
risco;
2. É proibido o uso de “short”, “saia” e/ou “mini-saia”, “chinelos” ou “sandálias”,
“lentes de contato” e “bonés” ou “chapéus” de qualquer espécie;
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3. Não serão toleradas brincadeiras durante as aulas, o grupo deve se
concentrar na realização das atividades propostas, pois o tempo é curto e a
experimentação exige máxima atenção.
IMPORTANTE: Acidentes em laboratório de ensino advêm da falta de atenção
por parte do aluno experimentador;
4. Cada grupo será responsável pelo material utilizado durante a aula prática,
ao final do experimento o material deverá se lavado, enxaguado com água
destilada e ordenado em bancada, exatamente como foi inicialmente
encontrado;
5. Para poder participar da aula prática o aluno deverá portar o jaleco (guarda
pó),, o caderno de laboratório (onde fará todas as anotações sobre o
experimento) e o roteiro de prática;
6. O caderno de laboratório deve conter todo o registro das atividades
realizadas no laboratório, numa linguagem direta e resumida, mas de forma
COMPLETA;
7. Após data preestabelecida pelo professor o grupo deverá apresentar um
relatório sobre a aula pratica que realizou;
8. A nota do aluno se dará pela presença e participação (tanto na aula teórica
quanto na prática), na apresentação do caderno de laboratório contendo todas
as informações anotadas sobre a prática, bem como o relatório dos
experimentos.
3.2 Normas de utilização de equipamentos de proteção
individual (EPI) e conduta em laboratório de Química
1. Usar sempre bata (jaleco, guarda pó), calça comprida, sapato fechado (ou
tênis), óculos e máscaras (quando necessário);
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2. Só entre no laboratório após estar usando os EPIs necessários ao
experimento e sempre acompanhado de outra pessoa. Nunca trabalhe sozinho;
3. Não fume, não coma, não beba e não durma dentro do laboratório;
4. Durante a aula, ouça com muita atenção as instruções do professor
responsável;
5. Peça sempre autorização ao professor ou responsável quando quiser
modificar o procedimento previsto para execução de qualquer experimento;
6. Não toque em dispositivos e/ou reagentes sem prévia consulta ao professor
ao responsável;
7. Ao ligar qualquer equipamento verifique com antecedência se a voltagem da
rede corresponde a indicada no equipamento;
8. Não desligue qualquer interruptor elétrico sem antes verificar quais as
instalações que se relacionam, direta ou indiretamente com ele;
9. Observe continuamente qualquer aparelhagem em funcionamento;
10. Não prove nenhum reagente;
11. Não inale gases ou vapores sem antes ter certeza de que não são tóxicos,
mesmo assim tenha cuidado de trazer pequenas porções do ar em volta do
frasco, com as mãos até o nariz;
12. Reações com liberação de gases devem ser realizadas na câmara de
exaustão (capela);
13. Evite o contato de qualquer substância com a pele. Evite também usar
materiais com defeito, principalmente vidrarias;
14. Materiais molhados com reagentes, especialmente as pipetas, não devem
ser agitados (sacudidos) fora da pia;
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15. Ao aquecer substâncias ou soluções em tubos de ensaio, não direcione a
boca do tubo em sua direção ou de outra pessoa. Não aqueça bruscamente
nenhum sólido ou líquido, jamais aqueça sistemas completamente fechados;
16. Não jogue detritos na pia ou ralos. Utilize para isso lixeiras existentes no
laboratório;
17. Não jogue restos de reagentes ou soluções na pia sem antes consultar o
professor ou responsável;
18. Lave a pia com água em abundancia, depois de descartar sobras de
reagentes;
19. Antes de deixar o laboratório, verifique se todos os aparelhos foram
desligados e se não há torneiras abertas (água ou gás);
20. Mantenha sempre a calma, principalmente em caso de acidentes;
21. Se ocorrer algum acidente ou situação que não saiba exatamente como
proceder, chame imediatamente o professor ou responsável.
3.3 Reconhecimento dos riscos e segurança no laboratório
3.3.1 Indicações sobre riscos especiais (frases R)
SIGNIFICADO DOS CÓDIGOS DAS FRASES DE RICO:
R 1 Explosivo no estado seco.
R 2 Perigo de explosão quando submetido a choque, fricção, fogo ou
outras fontes de ignição.
R 3 Alto risco de explosão por choque, fricção, fogo ou outras fontes de
ignição.
R 4 Forma compostos metálicos explosivos muito sensíveis.
R 5 Perigo de explosão em caso de aquecimento.
R 6 Perigo de explosão quer na presença, quer na ausência de ar.
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R 7 Pode provocar incêndios.
R 8 Perigo de incêndio por contato com matérias combustíveis.
R 9 Perigo de explosão quando se mistura com matérias combustíveis.
R 10 Inflamável.
R 11 Facilmente inflamável.
R 12 Extremamente inflamável.
R 13 Gás liquefeito extremamente inflamável.
R 14 Reage violentamente com água.
Atividade Prática nº2
1. Identificar substancias ácidas e básicas.
Material: 8 tubos de ensaio, suporte, vinagre, suco de limão, ácido clorídrico,
ácido lático (iogurte), leite de magnésio, soda, detergente.
Procedimento:
- Etiquete os tubos de ensaio de I a VIII com o nome da substancia;
- Adicione água em todos os tubos;
- Goteje em cada tubo de ensaio 3 gotas do liquido do repolho roxo;
- Repita o procedimento acima e goteje 3 gotas de fenolftaleína após responda
as atividades:
Atividades:
a) Observe se a coloração de todos os tubos foi igual, caso não seja separe os
tubos por cores.
b) Classifique quais substancias são ácidas e quais são básicas.
Ácidas:....................................................................................
Básicas:..................................................................................
c) Escreva a fórmula química e a nomenclatura das substancias analisadas:
32
a) e)
b) f)
c) g)
d) h)
d) Formule reação entre ácidos e bases citados na experiência e identifique as
funções formadas:
e) Complete as reações:
a) NaOH + H2 O = _______________________________
b) Ca(OH)2 + H2O = _______________________________
c) HCl + H2O = _______________________________
f) Pesquise sobre a importância do uso dos ácidos e bases acima.
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PRÁTICA N° 03
Testando condutividade Elétrica da Matéria .
Para realizar está atividade utilizou-se um sistema elétrico produzido
pela professora Ilda de Franceschi Fellipetto onde utilizei o seguinte material:
1 lâmpada 25 watts.
1 tomada.
1 fio duplo.
2 terminais de fio grosso de cobre.
1 soquete de madeira.
Substâncias realizadas no teste:
a) Água de torneira.
b) Água demonizada.
c) Açúcar sólido.
d) Água e açúcar.
e) Hidróxido de sódio solido.
f) Hidróxido de sódio e água.
g) Grafite.
h) Água e detergente.
i) Água e sabão.
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ATIVIDADES
1) Quais as substâncias que conduzem corrente elétrica sem
necessitar estar em solução aquosa?
2) Quais substâncias, testadas, conduzem íons em solução
aquosa?
3) Quais substâncias, testadas, não produzem íons em solução
aquosa?
4) Discuta os resultados com colegas e identifique quais os
elementos utilizados nas substâncias citadas acima.
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Figura 01: Conhecendo o uso da capela no laboratório como material de
segurança.
O laboratório possui além da capela outros materiais de segurança
como; extintores, luvas, canalização de gás para uso de aquecimento nas
realizações de experiências e saída de emergência.
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Figura 02: Identificação de substâncias ácidas e básicas.
Esta atividade proporcionou conhecimento em relação a identificação de
substâncias ácidas e básicas por meio do experimento. Conseguiram observar, realizar
as atividades com facilidade e os mesmos comentaram que nunca haviam realizado
qualquer experimento.
Identificaram os diferentes tipos de indicadores entre eles: fenolftaleína , metil
Orange, azul de metileno e repolho roxo, indicador natural.
37
Figura 03: Testando condutividade elétrica da matéria.
Esta atividade proporcionou a identificar substâncias eletrólicas e não eletrólicas
e os estudantes perceberam que os metais são excelentes condutores de eletricidade e
identificaram compostos iônicos como água e sal e compostos moleculares como água e
açúcar.
38
Figura 04; Realização de experimento, utilizando materiais
volumétricos.
Este experimento teve a finalidade de desenvolver nos educandos habilidades no
manuseio de materiais volumétricos.
39
Figura 05; Trabalhando diluições com materiais volumétricos.
Diluir indica a quantidade relativa de substâncias de maior concentração para
menor concentração.
Segundo relato dos estudantes é que perceberam o entendimento do uso dos
materiais volumétricos bem como o entendimento de soluto e solvente.
40
Figura 06; Identificar e caracterizar os diferentes elementos químicos a partir
de material do cotidiano, utilizando a tabela periódica como ferramenta para
caracterizar os elementos químicos e suas propriedades.
41
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esta Produção didática tem por objetivo de apresentar propostas para a
sala de aula permitindo que sejam seguidos vários caminhos durante o seu
desenvolvimento, como a pesquisa , experimentos, apresentação do trabalho,
uso de experimento resolução de exercícios , diálogo e trabalho em equipe.
Estas atividades levam ao questionamento , á procura por informação e ao
respeito com todos. Atitudes que começam a formar futuros cidadões.
Através de experimento, os alunos e o professor se envolvem, todos
participam de um grupo que estão construindo novos conhecimentos,
relacionando – os com os que já foram adquiridos e levando –os para o
cotidiano . A química deixou de ser algo que não está presente no nosso dia –
a dia, os depoimentos dos alunos mostraram que quando se utiliza um tema
que desencadeia o interesse doa mesmos, a aula é assistida com maior
assiduidade e com colaboração da maioria.
Estes fatos promoveram a afinidade entre alunos e a professora .
Estes são os resultados encontrados pela análise das categorias e que
permitem concluir que, quando o professor muda sua prática pedagógica, todos
saem beneficiados . Assim , começa –se com a construção de uma sociedade
na qual o individuo conhece seus direitos e procura criar soluções que
favoreçam a comunidade em que vive.
42
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Irradiantes S.A..,1970,1
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curriculares nacionais: geografia. Brasília : MEC/SEF, 1998. Parâmetros
curriculares nacionais: história. Brasília: MEC/SEF, 1998
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Curriculares Nacionais :ensino médio/Ministério da Educação ,Secretária
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43
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44