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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 Produção Didático-Pedagógica Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7 Cadernos PDE VOLUME I I

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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE

2009

Produção Didático-Pedagógica

Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE

VOLU

ME I

I

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE 2009 PROJETO DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA NA ESCOLA

O uso do software Geogebra no estudo de funções

Projeto elaborado pelo professor Wilson Antonio

Constantino, da disciplina de Matemática, do

Município de União da Vitória, Núcleo de União da

Vitória, como parte integrante do Programa de

Desenvolvimento Educacional PDE, sob a orientação

do professor Sebastião Romero Franco –

UNICENTRO- Irati.

UNIÃO DA VITÓRIA-PR

2010

2

Sumário:

APRESENTAÇÃO .............................................................................................................................. 3 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 4 OBJETIVOS ........................................................................................................................................ 7

Objetivo Geral.................................................................................................................................. 7 Objetivos específicos. ...................................................................................................................... 7

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ....................................................................................................... 8 ESTRATÉGIAS DE AÇÃO................................................................................................................11 ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS ................................................................................ 12

Atividade 1: Ambientação no software Geogebra ......................................................................... 12 Atividade 2: Funções de primeiro grau. ......................................................................................... 14

Atividade 3: Funções de primeiro grau. ......................................................................................... 15 Atividade 4: Funções de 2o grau .................................................................................................. 17 Atividade 5: Teorema de Pitágoras ................................................................................................ 19

Atividade 6: Cálculo de Áreas em Figuras Geométricas ............................................................... 20 Atividade 7: Estudo de uma Parábola ............................................................................................ 21

CRONOGRAMA............................................................................................................................... 23 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................................................. 24 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................................... 25

3

APRESENTAÇÃO

Este material didático consiste na introdução ao estudo de funções no

ensino médio utilizando computadores e um software de geometria e álgebra como

auxiliares para o estudo de funções do primeiro e do segundo grau. Os educandos

também terão a oportunidade de aprimorar seus conhecimentos com o uso dos

computadores em pesquisas na internet sobre materiais auxiliares e assuntos tratados no

decorrer das atividades desenvolvidas em grupos ou individualmente. Segundo Borba

(2005, p. 06)

A visualização de uma imagem sobre a outra, tendo ainda como possibilidade a utilização de outros elementos como tabelas, pode

proporcionar uma experiência inovadora, gerando um “melt” de mídias utilizadas simultaneamente, para que o aluno possa visualizar de maneiras diferentes, mas ao mesmo tempo, mescladas,

determinando uma nova maneira de utilização das mídias na Educação.

Este material deve também despertar no educando um novo olhar para os

computadores e outras tecnologias, que não servem apenas para entretenimento, mas

também tem papel importante para o crescimento intelectual modificando e ampliando o

interesse em pesquisa, leitura, validação da informação, trabalho em grupo e a divulgação

dos resultados.

A infra-estrutura para o desenvolvimento deste projeto está instalada em

todas as escolas do estado do Paraná e consiste na uti lização dos computadores do

laboratório de informática nas escolas conectados à internet.

Este trabalho deve também auxi liar professores, pois teve a colaboração de

cursistas do GTR com opiniões e ideias sobre o trabalho a ser desenvolvido em sala de

aula. Este material é um produto do estudo do professor PDE para implementação do seu

projeto, que foi pensado para resolver uma situação de sala de aula em que alunos

demonstram dificuldade na interpretação de textos matemáticos e na resolução de

problemas que envolvam estes temas.

Este trabalho instiga criar uma dinâmica de trabalho diferente para o estudo

de funções lineares, afins e quadráticas, além da construção de gráficos de funções e

representação dos resultados, tudo isso, utilizando os benefícios do computador. O

material também pode ser utilizado como meio para desenvolver e ampliar o uso de

mídias na educação, pois inclui além do estudo de funções e gráficos, vídeo e áudio

disponibilizados em sites da internet.

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INTRODUÇÃO

O estudo de funções indica certa relação entre duas variáveis, com algumas

condições pré-estabelecidas, sua ideia foi introduzida inicialmente por Leibniz em 1694,

para relacionar quantidades representadas em uma curva. Usualmente sua representação

gráfica é feita no sistema cartesiano de coordenadas.

As funções representam relações entre conjuntos numéricos, podemos

associá-los a diagramas e relacionar seus elementos em tabelas ou com formulas e leis

de formação. O objetivo destas representações é quantificar valores e fazer estimativas,

facilitando a interpretação de problemas e exercícios matemáticos.

A representação gráfica de uma reta ou curva está presente em vários

ramos de conhecimentos, como no estudo do movimento, no crescimento de uma colônia

de bactérias, nas reações químicas, entre outras.

O trabalho de representar graficamente uma função, geralmente pede

valores de cálculos mais exatos de preferência inteiros que facilitem o trabalho manual de

medir, indicar os pontos nos eixos coordenados e depois ligar os pontos com semi-retas

ou curvas para obtermos sua representação gráfica. Quando comparamos situações ou

resultados temos um trabalho mais elevado nas representações gráficas. Em geral, pouco

produtivo devido a demora na confecção dos gráficos, e isso propicia a perda de foco dos

educandos nos desenvolvimentos dos exercícios.

Uma solução para este problema seria o uso de uma ferramenta que

agilizasse o estudo, auxiliando os educandos nas etapas mais demoradas, que são

responsáveis por dispersar a atenção, mas sem diminuir a profundidade e significância do

trabalho, melhorando o conceito e o desenvolvimento das atividades promovidas.

O uso do computador, muito incentivado por seu valor social e empregado

com finalidade didática de investigar e pesquisar funções matemáticas com apoio do

software de geometria geogebra, que trabalha de forma clara e objetiva os conte údos de

geometria e álgebra, pode melhorar alguns aspectos no desenvolvimento das atividades

escolares. O uso deste software apresenta pontos positivos como:

Facilidade para desenvolver atividades como o estudo das funções e

pesquisas na internet.

Valores e situações mais próximos da realidade, pois os educandos nem

sempre tem nos exercícios propostos pelos professores valores reais do

seu cotidiano, pois estes seriam difíceis de representar manualmente em

gráfico cartesiano.

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A possibilidade de comparações entre várias funções na mesma tela

A possibilidade de alterar valores e ter instantaneamente na tela do

computador redefinidos os pontos ou curvas facilitando o estudo.

É claro que o aluno deve desenvolver a habilidade de construir manualmente

seu gráfico cartesiano distribuindo os seus valores nos eixos coordenados. Porém este

não deve ser o foco principal dos exercícios, ou parecer o objetivo do assunto, que são os

conteúdos e propriedades das funções.

As mudanças radicais que o modelo escolar atual vem sofrendo por meio da

introdução cada vez maior de conteúdos e mídias eletrônicas das mais diversas, tem cada

vez mais participação no planejamento da aula, e o professor deve participar ativamente

desta transformação, pois segundo BORBA (2007, p.17)

“O acesso à Informática deve ser visto como um direito e, portanto, nas escolas

públicas e particulares o estudante deve poder usufruir de uma educação que no momento atual inclua, no mínimo, uma „alfabetização tecnológica‟. Tal alfabetização deve ser vista não como um curso de Informática, mas, sim, como um aprender a

ler essa nova mídia. Assim, o computador deve estar inserido em atividades essenciais, tais como aprender a ler, escrever, compreender textos, entender gráficos (...)”

As facilidades que hoje estão presentes no dia a dia dos jovens e à

velocidade com que se obtém ou se produz algumas informações, podem trazer

dificuldades que rompem padrões estabelecidos, ou seja, o professor deve levar em

consideração que os alunos tem outras fontes de conhecimentos, por isso o professor

deve estar preparado para sanar vários tipos de dúvidas de seus alunos, além de

estimula-los a sempre buscar novos conhecimentos e ferramentas que auxiliem na

construção de conhecimentos.

O software Geogebra, criado e desenvolvido por Marcos Hohenwarter e

objeto de sua tese de doutorado, na Universidade de Salzburgo, Áustria, conta com

recursos de desenho, ferramentas, funções algébricas e gráficas. Assim seu foco é a

geometria plana e a álgebra, mas, pode representar qualquer tipo de função graficamente

indicando variáveis livres e dependentes. Sendo bastante intuitivo seus recursos incluem

personalização de cores dos objetos, espessuras, escalas de eixos, figuras de fundo,

exportação das figuras para outros documentos, além de outras ferramentas.

Assim, a uti lização deste software capacitará os educandos a melhorar o

apelo visual dos objetos construídos, criando gráficos de funções rapidamente e de forma

simples. E com o recurso de „visualização dos passos de construção‟, pode-se elaborar

um importante diagnósticos das ações e procedimentos realizados.

A ferramenta oferecida pelo programa para se verificar o desenvolvimento

das atividades passo a passo é de grande ajuda, pois, simplifica a avaliação deixando

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claro quais etapas do trabalho deverão ser refeitas.

Segundo BORBA (2005, p. 06), Para o professor, o desenvolvimento de ferramentas que o auxiliassem em uma avaliação formativa do aluno, considerando diversas mídias como textos, sons e imagens, seriam muito

proveitosas. A ideia é evitar a sobrecarga de informações ao docente, através de mecanismos automáticos que filtrem o essencial do irrelevante, utilizando para isso, agentes inteligentes, por exemplo.

Dessa forma, o professor teria mais condições de dar um feedback adequado e pertinente ao aluno, favorecendo a construção de conhecimentos por este.

Desta maneira, através do uso do geogebra, por exemplo, é possível realizar

uma avaliação mais produtiva, reconhecendo exatamente onde o processo de ensino e

aprendizagem apresentam falhas, guiando os passos para uma revisão dos conceitos não

aprendidos.

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OBJETIVOS

Objetivo Geral

Trabalhar funções de 1º e 2º grau, através de métodos analíticos e

gráficos, com o auxílio do Software Geogebra

Objetivos específicos.

Usar o Software Geogebra para auxiliar na resolução e entendimento de

problemas matemáticos, que envolvam funções de 1º e 2º grau

Conhecer diferentes métodos de resolução de funções de 1º e 2º grau e

seus significados;

Ampliar a linguagem algébrica formal dos educandos para melhorar a

interpretação dos problemas matemáticos.

Adquirir mais clareza nas argumentações e validação de seus resultados.

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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Segundo D‟ Ambrosio (1987, p.87), desde a época de Platão, a matemática

é desenvolvida de duas formas distintas, que é a matemática erudita, onde só os mais

favorecidos tinham acesso e a matemática prática, elaborada apenas para auxiliar nas

técnicas que os trabalhadores usariam.

A matemática é a ciência que ajuda revelar os caminhos necessários para as

decisões importantes na vida dos alunos. O estudo de funções aprimora o

desenvolvimento lógico para que estes possam interpretar e compreender quais os

caminhos que devem seguir. Desta forma, os alunos devem estar conscientes que isto é

importante para avaliar suas decisões e fazer com que escolham sempre as melhores

alternativas.

Há um sentimento de que existe uma matemática para a prática, mais

rudimentar e outra mais acadêmica para a escola. Isso faz com que os alunos não a usem

fora de sala de aula. Mesmo hoje, com o avanço tecnológico nos perguntamos sobre

como usá-la de maneira contextualizada.

Segundo Ausubel (1963) apud Lima e Brito (2003, p.107)

“a aprendizagem refere-se à organização do material a ser aprendido

na estrutura cognitiva, que é um conjunto de fatos, conceitos e

generalizações que o individuo já aprendeu. A aprendizagem

significativa processa-se quando os novos materiais, ideias e

informações que apresentam uma estrutura lógica, ligam -se a

conceitos relevantes, inclusivos e claros, já disponíveis na estrutura

cognitiva, sendo, portando por ela assimilados. Quando o aprendiz

tenta reter uma informação nova, relacionando-a ao que já foi

aprendido, ocorre aprendizagem significativa.”

Em geral, quando argumentamos um resultado, devemos apoiar-se a uma

fundamentação ou base lógica apropriada. Esta fundamentação forma uma estrutura

organizada logicamente com os significados do que estamos repassando, e isso faz com

que os alunos adquiram mais confiança em suas conclusões e possam conecta-las a

conteúdos já estudados e também ao seu cotidiano.

Os conhecimentos necessários para a resolução de problemas devem exigir

conceitos básicos anteriormente aprendidos, fazendo referencia a eles, e criando novas

bases para conceitos matemáticos mais apurados, melhorando assim a lógica

matemática.

Segundo Piaget (1976) apud Guimarães e Brenelli (2005, p.202), “a

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construção do conhecimento se dá por meio de uma relação dialética entre sujeito e

objeto, caracterizando uma interdependência em que a ação ou interação co nstituem a

matéria-prima.” Desta forma, o professor deve ser um mediador de conhecimentos,

fazendo com que o aluno possa buscar com novas alternativas de interação para

melhorar e aprofundar os conceitos matemáticos e com isso possa solucionar os

problemas propostos.

Segundo Gagné (1969), apud Niskier (1986, p.237, 238) aprendizagem é

uma modificação na disposição ou na capacidade do homem resolver situações

problemas e que não pode ser retirada ou simplesmente atribuída ao processo de

crescimento e sim deve ser construído de maneira sistemática e constante. O autor

separa aprendizagem de conceitos e aprendizagem de princípios, hierarquicamente,

como a capacidade de identificar toda uma classe de objetos e situações problemas e os

princípios ele separa como cadeias de conceitos e todas as relações possíveis entre elas

para solucionar tais situações problemas.

As estruturas do conhecimento matemático são reforçadas por ações que

incluem assimilação, reflexão e ação sobre o objeto. O trabalho desenvolvido em sa la de

aula com software pode ajudar na transferência dos conhecimentos e conteúdos

escolares para atividades diferentes fora da escola.

Com o uso do computador e softwares, pode-se melhorar a interpretação

das funções matemáticas. Esta característica deve ser explorada como um diferencial

positivo a favor da máquina, que é mais adaptável a situações mais reais, simulando

características de fora da sala de aula, que não exigem resultados exatos para uma

possível solução ou representação gráfica.

Para Borba e Penteado (2007, p. 15), “Muitos advogam o uso do

computador, devido à motivação que ele traria a sala de aula. Devido às cores, ao

dinamismo e a importância social dada aos computadores”

Ter acesso ou não à informação pode se constituir em elemento de

discriminação na nova sociedade que se organiza o que já se pode

constatar, atualmente, é o distanciamento entre os que conhecem e

os que desconhecem o funcionamento dos computadores. Esse

problema pode ser superado através de mudanças nos currículos

escolares, que devem desenvolver competências de obtenção e

utilização de informações por meio do computador. ( PCNs 1999

p.185-186)

Hoje, o conhecimento em informática pode ser um fator decisivo quanto a

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0

posição de empregabilidade do aluno e futuro profissional. Esta posição deve ser vista na

escola como imprescindível, pois todos têm direito ao conhecimento, e o acesso a estas

novas mídias é um direito do cidadão. Ainda, a escola não pode servir apenas como

preparação ao emprego, mas desenvolver o cidadão em todas as suas capacidades.

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ESTRATÉGIAS DE AÇÃO

O ensino de funções deve ser algo estimulante para os alunos de forma a

desenvolver suas capacidades de abstração, formulação de hipóteses e conceitos.

Para o estudo de funções do 2º grau no ensino médio, há requisitos básicos

que devem ser atendidos. Iniciando por uma abordagem histórica do conceito de função

para ressaltar a importância para o avanço da matemática. Também se faz necessário

pelo uso de uma ferramenta computacional a ambientação do aluno no software e

ferramentas de busca para pesquisa na internet

É preciso determinar o grau de interesse dos alunos pelo assunto assim

determinando uma estratégia de ação que pode ser a resolução de problemas pelos quais

os alunos no inicio dos trabalhos tenham mais afinidade e interesse.

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ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS

Atividade 1: Ambientação no software Geogebra

O trabalho com o software para o estudo de funções pode estar centrado na

resolução de problemas.

A visão sobre esta metodologia matemática que aparece nas diretrizes é

desenvolver atividades de interpretação e resolução de problemas sugeridos pelo

professor. Para isso os alunos podem elaborar estratégias, analises do problema proposto

e sugestões de hipóteses registrando as soluções encontradas individualmente ou em

grupos.

Isto favorece um trabalho dinâmico com resultados mais previsíveis do que

uma investigação em matemática.

Esta implementação pode ser feita com exercícios ou problemas propostos.

A abordagem com os alunos pode ser feita oralmente em sala de aula. Depois da

abordagem inicial os alunos podem trabalhar em grupos no laboratório de informática,

num primeiro momento para explorar o software.

Não podemos esquecer que os alunos ao usarem o Geogebra no laboratório

vão primeiramente passar por uma ambientação no software. Estas atividades serão

desenvolvidas antes do início da implantação das atividades do projeto de modo a dar

condições básicas aos alunos para o uso das ferramentas computacionais.

Com uma primeira etapa de ambientação vamos interpretar com o software

algumas questões como:

O que é um ponto, como se localiza esta função na barra de ferramentas.

O que é uma reta, uma semi reta.

Como definir um polígono

Como definir uma circunferência

Como medir um ângulo

Como medir uma distância entre objetos

Atividade livre no Geogebra.

Iniciando com a interface do geogebra, conforme mostrado na figura 1,

notamos a parte superior com os menus e logo abaixo uma linha com os botões de

ferramentas e duas áreas separadas, a janela de álgebra e a ja nela de geometria. A

janela de álgebra deve estar habilitada em todos os casos para que o aluno esteja atento

ao ponto e sua posição, equações e demais informações sobre outros objetos

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construídos. Na janela de geometria encontram-se os eixos coordenados e as figuras

geométricas.

O próximo item seria a janela de entradas onde podemos escrever as

funções e os itens de comandos.

figura 1

Outros pontos de dúvida podem surgir durante o trabalho, mas uma

ambientação responsável é fundamental.

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Atividade 2: Funções de primeiro grau.

Um bom trabalho com a resolução de problemas pode ser desenvolvido com

o auxilio de dados do IBGE sobre a cidade ou o estado.

Note que no problema inicial não há necessidade do uso do geogebra, mas

podemos estabelecer os pontos, ligá-los com semi-retas e obter um gráfico. Ainda, na

figura 2, na janela de Álgebra, à esquerda pode-se observar objetos (variáveis)

dependentes e livres (independentes).

Esta atividade consiste em determinar qual será o número de habitantes na

sua cidade, ou estado em 2014, 2020?

Para isso, organize uma tabela com a população da sua cidade em 5

décadas ou censos realizados. Represente graficamente e responda questões sobre qual

seria a população em 2014, 2020, que tipo de curva o gráfico representa e como são

feitas estas estimativas.

Um exercício como este deve propor ainda outras questões que são

respondidas com o auxílio de matemática e estatística, o aluno deve apropriar-se de

conhecimentos para descrever e interpretar informações que também são usadas em

outras áreas de conhecimento. Os alunos também devem fazer um reconhecimento

histórico de onde vivem, quais suas expectativas, as possibilidades de crescimento, os

problemas locais, seus desafios e soluções. Deve perceber que o uso de cálculos e

ferramentas matemáticas e de extrema importância por aparecem no seu cotidiano.

É imprescindível para o professor fazer uma pesquisa anterior dos dados da

tabela e dos dados do IBGE para conduzir de modo satisfatório o desenvolvimento da

atividade.

Prováveis ferramentas do geogebra que podem ser usadas no primeiro

problema são:

deslocamento de eixos

novo ponto

segmento definido por 2 pontos

inserir texto

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Atividade 3: Funções de primeiro grau.

A próxima atividade deve utilizar o software Geogebra de modo mais efetivo

com uma função do primeiro grau. Para isto, o aluno deve conhecer a forma de entrada

de função do 1º Grau no software como y ax b. Esta entrada deve ser feita no campo

ENTRADAS , como em destaque na parte inferior da figura 1.

Os objetivos desta atividade são:

Reconhecer a equação da reta e seus elementos

Reconhecer objetos livres e dependentes

Personalizar cores, espessura e posição da reta

Exemplo:Um vendedor recebe um salário mínimo mais 12% de comissão

sobre o valor de suas vendas. Pergunta-se qual a função que representa a remuneração

total ganha pelo vendedor e sua representação gráfica.

Figura 2

1

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Para a solução deste problema, pode-se sugerir valores para remuneração

organizando os dados em uma tabela.

Prováveis ferramentas do geogebra que podem ser usadas nesta atividade

são:

O Campo de entradas

Deslocar eixos

As propriedades da figura (clicando com o botão direito do mouse)

Modificando espessura, cor e estilo.

Estabelecer com a turma outras possibilidades para este problema, como a

alteração dos dados para favorecer uma comparação entre as equações das retas,

mostrado na Figura 2.

Como exemplo na figura 2 o ponto C ilustra uma venda de R$ 820,62 (valor

de x) para uma remuneração fixo R$ 550,00 mais comissão de R$ 98,47 um total de R$

648,47 (valor de y)

No gráfico, em qualquer posição da reta a para x > 0 temos

instantaneamente um valor de venda e uma remuneração atribuídas ao par ordenado (x,y)

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Atividade 4: Funções de 2o grau

Funções com expoente 2 são chamadas de segundo grau ou funções

quadráticas, onde dados 3 números reais a, b e c, com 0a . A expressão

2fx ax bxc denota uma função quadrática, esta função tem a forma de uma curva

plana aberta chamada parábola, como na figura 3.

O geogebra pode representar os gráficos de função do 2o grau para

qualquer função como na figura 3, onde podemos comparar as duas funções que

aparecem na janela principal.

Exemplo:

Verifique as diferenças entre as duas funções 2 5 6y x x e

2 5 6y x x

Figura 3

Atividades a serem desenvolvidas:

Usar janela de entrada para escrever a função

Selecionar as propriedades função para mudar a cor e preenchimento dos

gráficos da função.

Alterar a proporção entre os eixos para visualizar toda a curva ou reta.

1

8

Verificar as raízes das funções;

Verificar a concavidade e os vértices, além dos intervalos onde as funções

são crescentes e/ou decrescentes.

Fazer um estudo sobre o sinal das funções;

Depois de realizadas as atividades descritas acima propomos a construção

dos gráficos de função de 2º grau com interseção, conforme as funções 2 4 3y x x e

2 4 3y x x , descritas na Figura 4.

Atividades complementares:

Verificar as raízes das funções;

Encontrar os vértices das parábolas;

O que aconteceria com as raízes se as parábolas tocassem o eixo x em

apenas um ponto;

Construir uma função em que o vértice da parábola encontra o eixo x em

apenas um ponto.

Figura 4

1

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Atividade 5: Teorema de Pitágoras

Uma empresa está instalando antenas para celulares, cada antena tem 30

metros de altura. A estrutura da antena é apoiada por três cabos de aço, distribuídos na

sua base sob forma de uma circunferência a uma distancia de 25 metros do centro da

base da antena. Calcule o comprimento total de cabos e faça um desenho esquemático

da posição dos cabos.

Figura 5

2

0

Atividade 6: Cálculo de Áreas em Figuras Geométricas

Calcule todas as áreas das figuras geométricas descritas na Figura 6,

considerando que a circunferência possui medida do raio igual a 8 unidades. Compare

as áreas das figuras e calcule a área da seção circular verde.

Figura 6

2

1

Atividade 7: Estudo de uma Parábola

Em uma rampa de skate, desconsiderando a direção do vento e o atrito do

skate com o piso, basicamente duas forças atuam, a gravidade puxando para baixo e a

resistência do ar. Cronometramos os primeiros segundos da trajetória de descida de um

skatista, como descrito na tabela abaixo

Tempo (segundos) Deslocamento (metros)

1 3

2 12

3 27

4 48

5 75

6 108

7 147

8 192

9 243

10 300

Investigue com a ajuda do geogebra se há uma formula (lei de formação)

para estabelecer uma função matemática para esta descida. Pesquise q ue fatores

interferem no movimento e qual seria a trajetória se eles não existissem.

2

2

Figura 7

Estas e outras atividades podem ser adaptadas para várias situações no

estudo de funções e geometria, que envolvem representações gráficas ou geométricas,

como funções exponenciais, logarítmicas e trigonométricas .

2

3

CRONOGRAMA

Para uma introdução dos conteúdos junto aos alunos, desenvolveremos um

material didático que relembre os conteúdos necessários para o aprendizado de funções,

o uso do software geogebra e o uso de funções no geogebra. Este material consiste

basicamente em questões que estimulem a interpretação matemática de situações

problemas que envolvam funções de 1º e 2º graus, o uso do geogebra e situações que

relacionem o aprendizado com a realidade dos alunos.

Procedimento Número de aulas

Apresentação do software 1 aula (laboratório)

Introdução / conceito de função 4 aulas

Tipos de função / resolução de problemas 8 aulas (laboratório)

Avaliação do desenvolvimento 3 aulas (duas aulas no laboratório e uma em

sala)

2

4

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho pretende expor uma metodologia auxiliar para a resolução de

problemas através do uso de um software de matemática, o Geogebra. O uso do

software, como metodologia alternativa, instiga o interesse e o rendimento dos educandos

nas aulas, além de favorecer a pesquisa na internet.

Este modelo de ensino aplicado à matemática, com o uso de ferramentas

computacionais facilita o desenvolvimento dos conteúdos em aula, pois os educandos

podem fazer estimativas e ver os resultados desenvolvidos de forma prática, sem perder o

foco nos objetivos proposto pelo professor.

O esforço pedagógico também fica restrito ao conteúdo e seus

desdobramentos, enquanto que em outras formas de ensino muitas vezes é afetado pela

demoradas nas construções.

Novas perspectivas de podem ser discutidas e experimentadas

imediatamente, o andamento da aula pode favorecer pesquisas relacionadas a outros

enfoques mediados pelo professor. Experimentos feitos pelos alunos trazem seus

interesses para a sala de aula facilitando a interação com a disciplina .

2

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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LIMA, V. S.; BRITO, M. R. F. Mapeamento Cognitivo e a Formação do Conceito de

Frações. In: BRITO, M. R. F. Psicologia da Educação Matemática,(Org). Florianópolis:

Insular, 2005.

GUIMARÃES, K. P.; BRENELLI, R. P. Abstração Reflexiva e Construção da Noção de

Multiplicação. In: BRITO, M. R. F. Psicologia da Educação Matemática,(Org).

Florianópolis: Insular, 2005.

BORBA, M. C.; MALTEMPI, M.V. ; MALHEIROS, A.P.S. Internet Avançada e Educação

Matemática: novos desafios para o ensino aprendizagem online – CINTED- UFRGS -

2005

BORBA, M. C.; PENTEADO M. G. Informática e Educação Matemática. 3a ed. Belo

Horizonte: Autentica, 2007.

PCNs – Parametros Curriculares Nacionais: ensino médio/ Secretaria de Educação Média

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SILVA, V. A . Por Que e Para Que Aprender a Matemática? São Paulo: Cortez, 2009