da escola pÚblica paranaense 2007 - … · comentário: com uma linguagem “gostosa” nahas...

13
O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE Produção Didático-Pedagógica 2007 Versão Online ISBN 978-85-8015-038-4 Cadernos PDE VOLUME II

Upload: phungminh

Post on 14-Dec-2018

214 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2007 - … · Comentário: Com uma linguagem “gostosa” Nahas (2001) aborda vários aspectos relacionados a um padrão de vida livre do sedentarismo

O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE

Produção Didático-Pedagógica 2007

Versão Online ISBN 978-85-8015-038-4Cadernos PDE

VOLU

ME I

I

Page 2: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2007 - … · Comentário: Com uma linguagem “gostosa” Nahas (2001) aborda vários aspectos relacionados a um padrão de vida livre do sedentarismo

Professora PDE: Leunice RammeProfessora orientadora e co-autora: Lirane Elize FerretoDisciplina: CiênciasIES: UNIOESTE/ Cascavel.

ROTEIRO DE ATIVIDADES - (OAC)

1. Relato

Para que servem os alimentos que ingerimos? Podemos comer de tudo?

A alimentação faz parte de nosso cotidiano desde nossos antepassados mais longínquos, pois é através dela que o homem obtém a energia necessária para suas atividades cotidianas, mantendo um bom estado de saúde. No início da história do homem, este buscava alimentos disponíveis na natureza, sendo assim sua alimentação baseada em frutas coletadas na mata e em carne conseguida através da prática da caça.

Com a evolução da espécie o homem passou a cultivar seus alimentos e utilizar os produtos cultivados em diferentes preparos alimentícios, diversificando cada vez mais sua alimentação. Com o uso de temperos os preparos passaram a agradar mais o paladar fazendo com que aumentasse a quantidade de alimentos consumidos.

Atualmente se faz necessário a aquisição de hábitos alimentares saudáveis pelas crianças e adolescentes para garantir um crescimento e desenvolvimento adequados, pois o brasileiro está cada vez mais próximo do estilo ocidental, como padrão de dieta, consumindo alimentos ricos em gordura e açúcares, aumentando o consumo calórico e contribuindo para o desenvolvimento da obesidade e, consequentemente, de doenças cardiovasculares, como a hipertensão e o diabetes,

O desenvolvimento da obesidade está diretamente relacioanado ao balanço energético, no qual se relaciona as calorias consumidas com o gasto calórico, sendo os nutrientes presentes nos alimentos o fator principal que determina o que podemos e quanto podemos comer, dependendo das atividades que praticamos.

A prevenção e o controle da obesidade também fazem parte das Diretrizes da Política Nacional de Alimentação e Nutrição (2003), bem como a promoção de práticas alimentares e estilos de vida saudáveis. Nesta perspectiva, o papel pedagógico dos professores do Ensino Fundamental e Médio, no qual estão os educandos na faixa etária em que os hábitos alimentares sofrem grandes influências externas, é informar e orientar os alunos quanto a função dos alimentos para a formação do organismo, visando sempre a promoção da saúde, O bom funcionamento do sistema digestório, integrado aos demais sistemas, depende da quantidade e da qualidade dos alimentos ingeridos, que visam a formação e manutenção do organismo.

Devido ao crescente número de crianças e adolescentes brasileiros com distúrbios alimentares, o tema requer uma atenção especial através de pesquisas, debates e análises, servindo de informação e orientação a todos que necessitam ou se interessam pelo assunto.

Bibliografia

BRASIL, Ministério da Saúde. Política nacional de Alimentação e Nutrição. Disponível em http://www.planalto.gov.br/consea/static/documentos/Outros/PNAN.pdf. Acesso em 20/abr/2009.

Page 3: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2007 - … · Comentário: Com uma linguagem “gostosa” Nahas (2001) aborda vários aspectos relacionados a um padrão de vida livre do sedentarismo

GARCIA, G. C. B; GAMBARDELLA, A. M. D e FRUTUOSO, M. F. P..; Estado nutricional e consumo alimentar. Rev. Nutr., Campinas, 16(1):41-50, jan./mar., 2003.

LIBERAL, E. F. Construindo escolas promotoras de saúde. São Paulo: Ed. Atheneu, 2003.

MEZOMO, I. F. de B. O Serviço da Nutrição. São Paulo: FASC/CEDAS, 1989.

NAHAS, M. V., Atividade Física, Saúde e Qualidade de Vida: conceitos e sugestões para um estilo de vida ativo. Londrina:Midiograf, 2001.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Ciências. Curitiba: Superintendência da Educação, 2008.

.SALAY, E. (org). Composição de alimentos: uma abordagem multidisciplinar. Campinas, S.P.: Núcleo de Estudos e Pesquisas em Alimentos, 2005.

VITALLE, M.S.de S. Alimentação do Adolescente. In: LOPEZ, F. A. e BRASIL, A. L. D. Nutrição e Dietética em Clínica Pediátrica. São Paulo: Ed. Atheneu, 2003.

2. Paraná

COMUNIDADE SAUDÁVELUma cidade saudável, na definição da OMS, "... é aquela que coloca em prática de modo contínuo a melhoria de seu meio ambiente físico e social utilizando todos os recursos de sua comunidade". Portanto considera-se uma cidade ou município saudável aquela em que os seus dirigentes municipais enfatizam a saúde de seus cidadãos dento de uma ótica ampliada de qualidade de vida (OPAS – Organização Pan Americana de Saúde, 2007). Exemplo disso é a cidade de Chopinzinho, no Paraná, que participa de uma proposta de Comunidade Saudável. Assim, o Estado do Paraná incentiva diversos projetos que tenham como objetivo colaborar para atingir este objetivo, oferecendo a sua população uma melhoria em sua qualidade de vida (OPAS, 2007).Em nível universitário, há uma expansão dos cursos de nutrição e economia doméstica, que abrem espaço para novas pesquisas que contribuem com informações e orientações, além de acompanhamento em projetos relacionados a alimentação das pessoas. Na área agrícola há um crescente desenvolvimento da cultura orgânica, a qual oferece a população produtos isentos de agrotóxicos, dando ao consumidor a oportunidade de optar por um alimento mais natural, sendo que tais produtos estão, já em algumas comunidades como no município de Palmeira, sendo utilizados na preparação da merenda escolar (DAROLT, 2007).O Estado do Paraná através da Lei Nº 14855, de 19/10/2005, em seu art. 1º estabelece que as lanchonetes e cantinas que funcionam em estabelecimentos de ensino devem seguir padrões de qualidade nutricional na comercialização de seus produtos, assegurando a saúde dos consumidores. Para tanto, no art. 2º, veda a comercialização de alimentos e bebidas com alto teor de gorduras e açúcares, ou com substâncias químicas que possam ser inconvenientes a promoção da saúde. No parágrafo único do mesmo artigo sugere alimentos que são liberados a comercialização.

Page 4: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2007 - … · Comentário: Com uma linguagem “gostosa” Nahas (2001) aborda vários aspectos relacionados a um padrão de vida livre do sedentarismo

Também se encontra em expansão o projeto educacional “Escola do campo”. Projeto que capacita os jovens filhos de agricultores a qualificar seus produtos melhorando a renda familiar e a qualidade de vida no campo. Leva informações úteis ao seu cotidiano, como por exemplo: como cultivar e preparar alimentos saudáveis. Em 2003 já havia 38 unidades escolares desta modalidade de ensino no Paraná, abrangendo 59 municípios. A implantação de uma Escola no Campo depende do interesse da comunidade e é prioridade em localidades onde a agricultura apresenta baixa rentabilidade, fazendo com que o jovem não tenha perspectivas para continuar no campo. O Conteúdo Programático desta modalidade de ensino é de acordo com a realidade da região. Teoria na escola e prática nas propriedades é a meta principal da escola.(PASSADOR, 2007: SEAB,2007).

Bibliografia

Organização Pan Americana de Saúde Cidade Saudável.. Disponível em www.opas.org.br . Acesso em 25 de set 2007.

PASSADOR, C. S. Programa gestão Pública e Cidadania: Projeto Escola no campo. Disponível em http://inovando.fgvsp.br/conteúdo/documentos. Acesso em 27 set 2007.

Organização Pan Americana de Saúde. Municípios e Comunidades Saudáveis. Disponível em www.opas.org.br/sistema/arquivos/Mun_SAUD.Acesso em 22 out 2007.

SEAB. Escola do Campo. Atualizada em 2000. Disponível em www.pr.gov.br/ escola do campo . Acesso em 27 set 2007.

DAROLT, M. R. Merenda Escolar orgânica. Disponível em www.planetaorganico.com.br/DaroltMerenda.htm Acesso em 22 out 2007.

CASA CIVIL, Governo Do Paraná. Disponível em http://celepar7ctb.pr.gov.br/SEEG/súmulas. Acesso em 06/06/2007.

3. Sugestões de Leitura (3 sugestões)Revista Científica:LIMA, Joseni França Oliveira. Rápida e perigosa. Revista Vida e Saúde, São Paulo: ano66 nº 11, p. 30 a 33. Casa Publicadora brasileira, 2004.Comentário: Este artigo apresenta o tema dos riscos de uma alimentação fundamentada no estilo fast food para o organismo, com orientações pertinentes sobre uma alimentação saudável.

Livros:NAHAS, M. V., Atividade Física, Saúde e Qualidade de Vida: conceitos e sugestões para um estilo de vida ativo. Londrina:Midiograf, 2001.

Comentário: Com uma linguagem “gostosa” Nahas (2001) aborda vários aspectos relacionados a um padrão de vida livre do sedentarismo e dos males causados pelos distúrbios alimentares. Apresentando dados e características significativos da alimentação adequada, ressaltando a importância da atividade física para uma vida saudável.

Page 5: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2007 - … · Comentário: Com uma linguagem “gostosa” Nahas (2001) aborda vários aspectos relacionados a um padrão de vida livre do sedentarismo

LIBERAL, E. F., Construindo escolas promotoras de Saúde. São Paulo: Editora Atheneu, 2003.Comentário: Neste livro encontramos o tema da alimentação adequada aos nossos jovens e adolescentes, salientando as recomendações de cada tipo de nutriente e o papel da escola na promoção da saúde preventiva, através de hábitos saudáveis.

4. Imagens

Imagem adaptada de LIBERAL, 2003.

A pirâmide alimentar adotada pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em 1992 (TABAI, 2006) e adaptada por diversos países, como o Brasil, é utilizada

Usar moderadamente

Usar 2 a 3 porções diárias

Usar 3 a 5 porções diárias

Usar de 6 a 11 porções diárias

Page 6: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2007 - … · Comentário: Com uma linguagem “gostosa” Nahas (2001) aborda vários aspectos relacionados a um padrão de vida livre do sedentarismo

para servir como guia para o consumo de uma dieta mais saudável, ou seja, para que os indivíduos possam fazer escolhas alimentares que ofereçam maiores benefícios ao seu organismo.A base da pirâmide apresenta alimentos do grupo dos carboidratos, sendo que logo acima temos o grupo dos minerais, vitaminas e fibras, representadas pelas frutas, verduras e legumes; seguidos, no terceiro nível, pelo grupo das proteínas e sais minerais, ao qual pertence o leite e seus derivados, as carnes e os feijões; e no topo da pirâmide temos o grupo dos lipídios, cujo consumo deve ser moderado e requer uma atenção especial, por fornecer grande quantidade de gorduras e poucos nutrientes (HOMECAREPLUS, 2007). Os alimentos que contém grande percentual de energia, fundamentais na fase da adolescência são os carboidratos, sendo que quanto mais complexos forem melhor será a liberação da energia dos alimentos. Essa necessidade da energia liberada pelos carboidratos se faz devido ao gasto energético muito acentuado nesta fase da vida.

Como o aumento da estatura é intenso na adolescência, a necessidade de proteínas é muito grande, por ser ela responsável pela formação e crescimento de novos tecidos (LIBERAL, 2003).

Quanto ao cálcio, sua importância está na contribuição para a formação esquelética no organismo, sendo que sua ingestão adequada neste período pode prevenir futuros problemas ósseos (VITALLE, 2003).

O ferro é outro nutriente importante na adolescência, participando no aumento da massa muscular (maior nos meninos) e do volume sanguíneo. Para as meninas é fundamental a ingestão de ferro a partir da puberdade, pois parte deste nutriente se perde durante o período menstrual (VITALLE, 2003) .

A necessidade de vitaminas, dos mais variados tipos, também é primordial por fazerem parte de diversos processos, próprios deste período, como é o caso da maturação sexual, liberação de energia, equilíbrio metabólico, entre outros (VITALLE, 2003).

As fibras, embora não sejam consideradas nutrientes por ser a parte não digerível dos carboidratos, desempenham um papel importante no organismo, por auxiliar o bom funcionamento dos intestinos, prevenindo o câncer e outras doenças. São encontradas em frutas cítricas com bagaço, maçã, legumes, grãos, vegetais folhosos e produtos integrais. (NAHAS,2001

Bibliografia

HOMECAREPLUS. Dicas para ter uma boa alimentação. Disponível em http://www.homecareplus.com.br/nutrição.htm acesso em 13 ago. 2007.

LIBERAL, E. F. Construindo escolas promotoras de saúde. São Paulo: Ed. Atheneu, 2003.

NAHAS, M. V., Atividade Física, Saúde e Qualidade de Vida: conceitos e sugestões para um estilo de vida ativo. Londrina:Midiograf, 2001.

TABAI, K. C. Educação Alimentar e Nutricional: Manejo dos Guias Alimentares. In FERRETO, L. E. (org.) Abordagens, Práticas e Reflexões em Saúde Coletiva. Francisco Beltrão:Unioeste Francisco Beltrão, 2006.

VITALLE, M.S.de S. Alimentação do Adolescente. In: LOPEZ, F. A. e BRASIL, A. L. D. Nutrição e Dietética em Clínica Pediátrica. São Paulo: Ed. Atheneu, 2003.

Page 7: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2007 - … · Comentário: Com uma linguagem “gostosa” Nahas (2001) aborda vários aspectos relacionados a um padrão de vida livre do sedentarismo

5. Sítios (3 sítios)

HOMECAREPLUS. Comer demais vicia obesos Disponível em http://www.homecareplus.com.br/nutrição.htm acesso em 13 ago. 2007.

Comentário: Pesquisas realizadas comprovam que pessoas obesas tem na alimentação um vício tão incontrolável como qualquer outra droga para um viciado, atingindo as mesmas regiões cerebrais.

HOMECAREPLUS. Manter um peso saudável ajuda na longevidade. Disponível em http://www.homecareplus.com.br/nutrição.htm acesso em 13 ago. 2007.

Comentário: De acordo com estudos realizados, manter um peso e estilo de vida saudável ajuda a aumentar os anos de vida, limitando a exposição do cérebro a insulina, o que favorece a longevidade.

Disponível em www.canalkids.com.br/alimentacao/index.htm, acesso em 13 ago 2007.Comentário: Neste sítio interativo o aluno encontra diversas informações sobre alimentos, grupos de alimentos, dietas e cardápios alimentares, tabelas energéticas, bem como informações variadas sobre diversos tipos de alimentos.

6. Sons e vídeos

Filme: Super Size Me. Direção de Morgan Spurlock. Produção de Morgan Spurlock, duração de 1h:38 min, lançamento nos EUA em 2004.Comentário: Neste documentário o próprio diretor e produtor é cobaia para uma experiência que envolve o tema da alimentação. Durante um mês o protagonista se alimenta com três refeições diárias feitas todas em restaurantes do tipo fast food e durante o decorrer deste período ele vai apresentando os riscos de um tipo de alimentação como esta. Ao final do filme Spurlock está com 11 Kg e ao fazer exames médicos observou seu fígado com excesso de gordura, além de ter aumentado o índice de colesterol, entre outros fatores prejudiciais advindos do tipo de alimentação.

Documentário: Alimentos. Globo Repórter que foi ao ar pela Rede Globo de Televisão em 10 agosto de 2007.Comentário: A reportagem apresentou uma pesquisa com diversos nutricionistas ligados as principais Universidades da área de nutrição do país, que apresentaram uma relação dos principais alimentos recomendados ao povo brasileiro. Além disso, cada um destes alimentos foi avaliado e apresentado sua importância para o organismo. Também foram apresentadas orientações importantes para uma alimentação saudável, bem como desenvolvimento da nova tabela de composição química de alimentos desenvolvidas por

Page 8: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2007 - … · Comentário: Com uma linguagem “gostosa” Nahas (2001) aborda vários aspectos relacionados a um padrão de vida livre do sedentarismo

um grupo de pesquisadores da Universidade Paulista – USP.

7. NotíciasRevista de Circulação:PEREIRA, Regina Célia. Corte calorias e viva mais. Revista Saúde. São Paulo, agosto de 2006, pág. 22 a 27.

Comentário: A redução de calorias diárias no prato faz com que se prolongue a vida, devido a ação de diversas substâncias, entre elas o hormônio tireoidiano T3, que se produzido em excesso acelera a oxidação das células e, em conseqüência, provoca seu envelhecimento. O artigo dá dicas de como reduzir a ingestão calórica sem cometer exageros que trariam outros prejuízos ao organismo.

Revista on-line:RICOMINI, K. Droga anti-obesidade, frisson no mundo inteiro, pode causar suicídio. Criaturagg, disponível em http:/www.criaturagg.com.br/2005.htm, aceso em 22 ago 2007.

Comentário: O medicamento Acomplia ou Zimulti, utilizado em tratamentos anti-obesidade provoca efeitos colaterais graves, levando a depressão e favorecendo a ocorrência de suicídios. Este alerta é de fundamental importância para quem busca alternativas mais radicais para o emagrecimento, demonstrando ainda mais a importância da mudança de hábitos diários que evitam levar a esta situação em que somente um tratamento com o uso de medicamentos possa surtir efeito.

Jornal on-lineFELIX, Lola. Estilo de Vida de obeso pode influenciar familiares e amigos. Yahoo notícias, disponível em http://br:notícias.yahoo.com/s/15082007, acesso em 15 ago 2007.Comentário: O artigo aborda a temática da influência dos amigos e da família no desenvolvimento da obesidade devido ao estilo de vida do grupo, de acordo com estudos realizados. Bastante polêmico, o texto traz entrevistas com pessoas que comprovam tal influência e outras que não concordam com os resultados do estudo, como também apresenta a defesa de alguns citando que a divulgação de tal estudo pode ser considerada discriminatória para pessoas obesas que podem ser gordas por distúrbios hormonais ou outros fatores que fogem ao seu controle.

8. CuriosidadesCampeão da vitamina CDisponível em www.canalkids.com.br/alimentacao/index.htm, acesso em 13 ago 2007A laranja e nem a acerola são mais as campeãs da vitamina C. Estudos realizados verificaram que uma pequena fruta vermelha, do tamanho de uma jabuticaba, de nome camu-camu, originária da Amazônia, possui 1,5 vezes mais vitamina C que a acerola e 72 vezes a mais que a laranja.

AçúcarDisponível em www.canalkids.com.br/alimentacao/index.htm, acesso em 13 ago 2007

Page 9: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2007 - … · Comentário: Com uma linguagem “gostosa” Nahas (2001) aborda vários aspectos relacionados a um padrão de vida livre do sedentarismo

O açúcar mascavo, diferente dos outros tipos de açúcar, é rico em cálcio e ferro, sendo por isso usado em muitos produtos naturais.

FerroKRAUSE, M. V., MAHAN, L. K., tradução de ALMEIDA, A. R. et al. Alimentos, Nutrição e Dietoterapia: um livro texto do cuidado nutricional. 2ª edição, São Paulo: Roca, 1991. Na adolescência é fundamental a ingestão de ferro: nos meninos devido a necessidade para o aumento da massa muscular e nas meninas porque ocorre a perda de ferro durante o ciclo menstrual, tendo a necessidade de ser reposto.

9. Investigando

Alimentação e estéticaA alimentação das pessoas passou por diversas transformações com o passar dos tempos, assim como também o desenvolvimento de suas atividades diárias. Com a evolução tecnológica o homem modificou seu estilo de vida substituindo atividades físicas ativas ao ar livre por outras mais passivas, tornando-o sedentário. Ao mesmo tempo em que diminuiu o esforço físico em suas atividades, o homem passou a consumir alimentos altamente calóricos, o que fez com que aumentasse o peso corpóreo, fugindo dos padrões estéticos considerados adequados, ou ainda mais, padrões saudáveis. Parece até que, atualmente, se esqueceu da real função dos alimentos em nosso organismo.Partindo desta reflexão propõe-se uma investigação científica pautada nos seguintes tópicos:

A qualidade ou a quantidade dos alimentos é o fator determinante para o ganho de peso corporal? Como o sedentarismo contribui para o aumento dos casos de obesidade? Quais os métodos utilizados pela medicina para a redução do peso corporal?

10. Propondo atividades

Atividade 1: Pirâmide de alimentosEm grupos, de 3 ou 4 alunos, construir uma maquete de pirâmide de alimentos, utilizando massa de modelar, miniaturas de alimentos ou material sucata para identificar os alimentos que pertencem para cada grupo alimentar. Na maquete identificar a freqüência de consumo de alimentos de cada grupo alimentar, com o objetivo de perceber a quantidade de alimentos de cada grupo, que devem ser ingeridos para a manutenção de um organismo saudável.Após a construção da maquete, através desta atividade proporcionar um debate com a apresentação dos grupos, onde, para a avaliação será considerada a criatividade e a adequação aos padrões de uma dieta saudável, bem como a participação no debate. Atividade 2: CardápioFazendo uso de pesquisas em livros, internet, revistas ou entrevista com nutricionista, elaborar um cardápio semanal, para adolescentes, levando em consideração as necessidades nutricionais nesta fase da vida. A atividade pode ser realizada em duplas, com o objetivo de verificar se a alimentação de nossos adolescentes é saudável. Após a

Page 10: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2007 - … · Comentário: Com uma linguagem “gostosa” Nahas (2001) aborda vários aspectos relacionados a um padrão de vida livre do sedentarismo

elaboração do cardápio, relacionar o mesmo com a alimentação diária do aluno. A avaliação consta da apresentação escrita do cardápio e dos comentários com a alimentação diária do aluno. .Atividade 3; Grupos alimentaresConstruir uma tabela na qual serão relacionados os nutrientes presentes nos alimentos, sua função no organismo, as doenças ocasionadas por sua falta e os tipos de alimentos que pertencem a cada grupo. Esta atividade deve ser individual, constando de pesquisa bibliográfica, cujo objetivo é perceber que uma alimentação inadequada pode levar ao desenvolvimento de distúrbios alimentares graves para nossa saúde. A avaliação será em forma de análise dos resultados obtidos na pesquisa, em forma de mesa redonda.

Atividade 4: Índice de Massa Corporal – IMC Realizar as medidas de altura e massa corporal para posterior cálculo do índice de Massa Corporal (IMC) dos alunos, com o objetivo de verificar a situação nutricional dos alunos, possibilitando reflexões sobre procedimentos que possam ser tomados em situações de baixo peso, sobrepeso ou obesidade, caso uma destas situações seja confirmada pelos cálculos obtidos. A avaliação será a participação ativa no desenvolvimento da atividade.

11. Contextualizando• Tema: Saúde

Vive-se em um período de consumismo, no qual o uso exagerado de bens e serviços sofre influências de fatores externos, como, por exemplo, a mídia. Cuja explosão significa uma verdadeira globalização (CARLSSON e FEILITZEN, 2002). Algumas propagandas veiculadas pelos meios de comunicação em massa, principalmente a televisão, visa atrair a atenção para produtos que satisfaçam necessidades ou proporcionem somente prazer, alívio, melhor auto estima, atingindo principalmente os adolescentes, por estarem vivendo um período de auto-afirmação (SALAY, 2005; REES, 1991) .

As propagandas de alimentos veiculadas na televisão, muitas vezes, apresentam o primeiro contato dos adolescentes com certos tipos de produtos alimentícios e estes acabam elegendo no grupo determinadas marcas, estilos, sabores de alimentos que nem sempre contribuem para sua saúde, pois, muitas vezes, estes alimentos são industrializados e possuem alta concentração de sal e gordura (SALAY, 2005, VITOLO, 2003).

Além disso, o tempo de permanência dos adolescentes em frente aos aparelhos de televisão, computador ou jogos de vídeo game, faz com que ele substitua atividades físicas de lazer ao ar livre, de diversos níveis, por uma atividade totalmente sedentária, que somente lhe exige ser passivo frente ao meio. A atividade física está relacionada com o equilíbrio entre a energia consumida e a energia gasta, sendo que a diminuição dos exercícios, sem a diminuição no consumo calórico pode apresentar um balanço energético positivo, aumentando a quantidade de gordura no organismo e favorecendo o aparecimento do sobrepeso e/ou obesidade (VITOLO, 2003).

Como se não bastasse a diminuição das atividades recreativas que requerem um pequeno esforço físico, o período passado em frente à televisão parece servir também para ingerir grande quantidade de alimentos, sem avaliar o consumo calórico destes, fazendo com que haja um excesso de energia relacionado ao gasto calórico, que é mínimo nestas situações (VITOLO, 2003).

Diante da alimentação industrializada o adolescente geralmente, sem perceber,

Page 11: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2007 - … · Comentário: Com uma linguagem “gostosa” Nahas (2001) aborda vários aspectos relacionados a um padrão de vida livre do sedentarismo

acumula quantidades exageradas de energia em forma de gorduras, o que poderá contribuir para que se torne um futuro obeso e consequentemente desenvolver os males associados a este distúrbio alimentar, como a hipertensão, o diabete mellitus, colesterol e outros, que aumentam cada vez mais as estatísticas de morbidade dos adolescentes e contribuem para o aumento dos gastos com a saúde (MANCINI, 2003; OLIVEIRA e VEIGA, 2004).

A influência da mídia na aquisição e consumo de produtos alimentícios cresce paralelamente ao acesso aos meios de comunicação em massa pelos adolescentes, sendo que determinados produtos e marcas parecem ganhar credibilidade e melhor aceitação baseados nas propagandas, direcionadas a população adolescente. A chamada modernidade vem, dessa forma, acompanhada pelas mudanças sociais e suas características como o estilo de vida das pessoas, com práticas sedentárias e nutrição excessiva para tais práticas (MALHEIROS e JÚNIOR, 2003).

A influência dos pais, professores e amigos, é grande, sendo que a falta de orientação por parte dos mesmos sobre o consumo inadequado de determinados alimentos é fator fundamental para agravar esta situação. O exemplo e influência dos familiares com seus costumes e tradições e dos amigos com dietas tidas como “modernas” no consumo alimentar é outro fator a ser considerado (VITOLO, 2003; VITALLE, 2003).

O papel da escola é fundamental, pois neste local os adolescentes passam boa parte do seu dia e onde podem ter acesso a informações e orientações quanto aos hábitos alimentares adequadas para a promoção da saúde e quanto às interferências das propagandas, já que a explosão da mídia comercial parece resultar em idéias de que a identidade pessoal se relaciona a um estilo de vida consumista (CARLSSON e FEILITZEN, 2002). A educação para uma vida saudável baseada em hábitos alimentares adequados e em prática de atividades físicas requer uma atenção especial pelos profissionais que trabalham com estes adolescentes ( SALAY, 2005; LIBERAL, 2003). È na escola onde o adolescente desenvolverá seu senso de criticidade quanto aos produtos oferecidos pelas propagandas da mídia, dando-lhes condições de uma escolha consciente no consumo nutricional dos alimentos utilizados em suas refeições diárias. Este trabalho com os adolescentes é fundamental, pois é neste período da vida que adquirem a maior parte dos hábitos que carregam em sua vida adulta, segundo Vitalle (2003, p. 73) que afirma que a adolescência “é um período em que o indivíduo ganha 25% da altura e 50% do peso final.

Bibliografia

CARLSSON, U.; FEILITZEN, C. V. (orgs) A criança e a mídia: imagem, educação, participação. São Paulo: Cortez; Brasília, DF: UNESCO, 2002.

LIBERAL, E. F. Construindo escolas promotoras de saúde. São Paulo: Ed. Atheneu, 2003.

MALHEIROS, C. A. e JÚNIOR, W. R. de F. Obesidade no Brasil e no Mundo; In JÚNIOR, A. B. G. (editor). Cirurgia da Obesidade. São Paulo: Editora Atheneu, 2003.

MANCINI, M. C. Noções fundamentais- Diagnóstico e Classificação da Obesidade. In JÚNIOR, A. B. G. (editor) Cirurgia da Obesidade. São Paulo: Editora Atheneu, 2003.

NAHAS, M. V. Atividade Física, saúde e qualidade de vida: conceitos e sugestões para

Page 12: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2007 - … · Comentário: Com uma linguagem “gostosa” Nahas (2001) aborda vários aspectos relacionados a um padrão de vida livre do sedentarismo

um estilo de vida ativo. Londrina: Midiograf, 2001.

OLIVEIRA, C. L. e VEIGA, G. V> da. Obesidade na Infância e Adolescência e sua Associação com Fatores de Risco para Doenças cardiovasculares; In: FISBERG, M. atualização em obesidade na infância e adolescência. São Paulo: Ed. Atheneu,2004.

REES, J. M. Nutrição na adolescência, In KRAUSE, M. V. e MAHAN, L. K. Alimentação, Nutrição e Dietoterapia: um livro texto do cuidado nutricional. [Tradução: Alicia Regina de Almeida, et al], 2ª ed. São Paulo: Roca, 1991.

.SALAY, E. (org). Composição de alimentos: uma abordagem multidisciplinar. Campinas, S.P.: Núcleo de Estudos e Pesquisas em Alimentos, 2005.

VITALLE, M.S.de S. Alimentação do Adolescente. In: LOPEZ, F. A. e BRASIL, A. L. D. Nutrição e Dietética em Clínica Pediátrica. São Paulo: Ed. Atheneu, 2003.

VITOLO, M. R. Nutrição: da gestação à adolescência. Rio de Janeiro: Reichmenn & Affonso Editores,2003.

12. Perspectiva interdisciplinar

ALIMENTAÇÃO E ATIVIDADE FÍSICADesde a antiguidade o homem se preocupa com os alimentos que vai ingerir. Nos

tempos primórdios a alimentação era proveniente unicamente da natureza, sendo que a caça e a pesca, assim como a coleta de frutos eram a base da alimentação humana. As frutas principalmente continuam fazendo parte da alimentação das pessoas em seu estado natural, o que não acontece com todos os alimentos ingeridos hoje (FLANDRIM e MONTAMARI, 1998)

Principalmente a partir do século XVIII, com o aumento da população e a industrialização, o padrão alimentar do homem começou a se modificar gradualmente, além do desaparecimento das crises de fome, comuns em períodos anteriores. Com o advento da agricultura passou-se a cultivar e difundir produtos antes desconhecidos e que hoje participam da alimentação da maioria das pessoas, como é o caso dos produtos ricos em fécula, entre outros. Com a evolução do sistema de transportes, principalmente a partir da revolução industrial, houve uma mudança na agricultura que, passou de um aspecto de subsistência para um sistema comercial. O consumo de novos produtos depende muito das tradições alimentares de cada região ou país sendo o desenvolvimento de uma cultura agrícola influenciada por estas tradições (FLANDRIM e MONTAMARI, 1998).

O consumo de açúcar nas refeições foi implantado nos séculos XVII e XVIII apenas pelas elites, ficando para o consumo das camadas populares para os dois séculos seguintes. Já o consumo de gorduras, tanto animal quanto vegetal, teve seu crescimento nos séculos XIX e XX, sendo variado seu consumo nos diferentes países. O aumento destes dois produtos, o açúcar e a gordura, em expansão nos últimos séculos pode ser o fator principal do desenvolvimento do sobrepeso e da obesidade entre a população (FLANDRIM e MONTAMARI, 1998).

Outro fator ligado a alimentação é a mudança dos hábitos relacionados as atividades físicas exercidas pela população, que passou a ter um estilo de vida mais sedentário, gastando menos energia do que a ingerida em forma de alimentos (NAHAS,

Page 13: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2007 - … · Comentário: Com uma linguagem “gostosa” Nahas (2001) aborda vários aspectos relacionados a um padrão de vida livre do sedentarismo

2001).Como se não bastasse a diminuição das atividades recreativas que requerem um

pequeno esforço físico, o período passado em frente à televisão, computador ou vídeo game, parece servir para ingerir grande quantidade de alimentos, sem avaliar o consumo calórico destes, fazendo com que haja um excesso de energia relacionado ao gasto calórico, que é mínimo nestas situações.

A quantidade de energia necessária na puberdade está fortemente relacionada a atividade física, que normalmente é intensa nesta fase, embora essa necessidade energética é aumentada no período do estirão quando a energia é consumida no processo de aumento da estatura (LIBERAL, 200; REES, 1991). Se a quantidade de energia gasta for menor que a consumida começam a se desenvolver os distúrbios alimentares que levam ao sobrepeso e a obesidade.

Segundo Nahas (2001), para saber a necessidade calórica diária a ser ingerida para manter os processos metabólicos vitais, basta multiplicar a massa do corpo (Kg) por 24 (horas do dia), por ser a necessidade em média de 1 Kcal (energia) por quilo de massa corporal, num período de uma hora (NAHAS, 2001). Segundo este autor ao valor da necessidade calórica basal serão acrescentados percentuais relativos ao tipo de atividade física desenvolvida pelo indivíduo, além de um acréscimo de 10% para manter a temperatura do corpo. Para o sedentário o acréscimo é de 25%, para quem desempenha atividade física moderada é de 50%, para o ativo é de 60% e para o muito ativo que desempenha uma atividade física muito intensa o valor varia de 70 a 120%. Por exemplo, para um adolescente de 40 Kg, moderadamente ativo, teremos o seguinte cálculo: 40 Kg X 24= 960 Kcal de energia, mais 96 Kcal (10%) e mais 480 Kcal (50%), totalizando 1536 Kcal de energia que deverão ser ingeridas. Se a quantidade calórica ingerida for maior que este valor haverá uma reserva que irá se acumulando e se for menor terá falta de energia.

Bibliografia

FLANDRIN, J. L. e MONTAMARI M., tradução de MACHADO, L. V. e Teixeira, J.F., História da Alimentação. São Paulo: Editora Liberdade, 1998.

LIBERAL, E. F. Construindo escolas promotoras de saúde. São Paulo: Ed. Atheneu, 2003.

NAHAS, M. V. Atividade Física, saúde e qualidade de vida: conceitos e sugestões para um estilo de vida ativo. Londrina: Midiograf, 2001.

REES, J. M. Nutrição na adolescência, In KRAUSE, M. V. e MAHAN, L. K. Alimentação, Nutrição e Dietoterapia: um livro texto do cuidado nutricional. [Tradução: Alicia Regina de Almeida, et al], 2ª ed. São Paulo: Roca, 1991.