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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 Produção Didático-Pedagógica Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7 Cadernos PDE VOLUME I I

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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE

2009

Produção Didático-Pedagógica

Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE

VOLU

ME I

I

Secretaria de Estado da Educação Superintendência da Educação

Departamento de Políticas e Programas Educacionais Coordenação Estadual do PDE

Universidade Estadual de Maringá

MARIA DE LOURDES ALMEIDA

UNIDADE DIDÁTICA

ÁREAS DE FIGURAS GEOMÉTRICAS PLANAS

Produção Didático Pedagógica -

Unidade Didática - apresentada

ao Programa de Desenvolvimento

Educacional - PDE/2009, sob a

orientação do prof. Ms. Rafael

Mestrinheire Hungaro

CIANORTE-PR.

2010

2

SUMÁRIO

TEMA DE ESTUDO ......................................................................................... 3

TÍTULO ............................................................................................................. 3

JUSTIFICATIVA ............................................................................................... 4

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ⁄ REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ......................... 6

GEOPLANO – CONSTRUÇÃO E APLICAÇÕES ............................................ 9

ATIVIDADES COM O GEOPLANO ................................................................. 10

MALHA QUADRICULADA - MODELOS E APLICAÇÕES .............................. 13

ATIVIDADES COM MALHA QUADRICULADA .............................................. 15

SOFTWERE GEOGEBRA – CONSTRUÇÕES E APLICAÇÕES .................... 35

RECONHECENDO O PROGRAMA GEOGEBRA ........................................... 36

ATIVIDADES COM O SOFTWARE GEOGEBRA ............................................. 47

REFERÊNCIAS ................................................................................................ 55

3

TEMA DE ESTUDO

Geometria - cálculo das áreas das figuras geométricas planas: quadrado, retângulo,

paralelogramo, triângulo, trapézio e losango.

TÍTULO Áreas de figuras geométricas planas

4

JUSTIFICATIVA

A proposta das Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná (DCEs) para a

Educação Matemática explicita que, para a formação de um estudante crítico, capaz

de agir com autonomia nas suas relações sociais, é preciso que ele se aproprie de

conhecimentos matemáticos, entre outros, por entender que a Matemática é uma

das mais importantes ferramentas da sociedade moderna. Ainda, segundo as DCEs,

apropriar-se dos conceitos e procedimentos matemáticos básicos, contribui para a

formação do futuro cidadão que se engajará no mundo do trabalho, das relações

sociais, culturais e políticas.

Para exercer plenamente a cidadania é preciso saber contar, comparar,

medir, calcular, resolver problemas, argumentar logicamente, conhecer formas

geométricas, organizar, analisar e interpretar criticamente as informações.

Dentre os ramos da Matemática, destacamos a Geometria por estar presente

em nossa vida por toda parte, com maior ou menor complexidade. Perceber isso é

compreender o mundo à sua volta e poder atuar nele. O conhecimento de Geometria

contribui para o desenvolvimento cognitivo do indivíduo, tornando-o mais

organizado, com coordenação motora e coordenação visual mais desenvolvida, o

que possibilita a compreensão de gráficos, tabelas, mapas e de outras informações

visuais.

A Geometria é considerada como uma ferramenta para descrever e interagir

com o espaço no qual vivemos. Através da investigação, ela caminha em direção ao

pensamento, vai do que pode ser percebido para o que pode ser conhecido. É um

tópico natural para encorajar a resolução de problemas e tem muitas aplicações que

aparecem no mundo real, como por exemplo: nos projetos de edifícios, pontes,

estradas, carros e aviões, na navegação aérea e marítima, na balística, no cálculo

do volume de areia, cimento e água, nos moldes de costura, entre outros. Abrem

também a possibilidade de criar imagens ilusórias e de imaginar mundos abstratos,

frutos da fantástica capacidade de criação do cérebro humano, além de ser

componente importante no desenvolvimento da Aritmética e da Álgebra. Portanto,

deve ser ensinada.

5

Se analisarmos a história, encontraremos relatos que explicam como

as terras que margeavam os rios (Rio Nilo no Egito Antigo) eram divididas para

serem cultivadas, desenvolvendo dessa forma a agricultura nessa área. Havia

também a necessidade de demarcação dos lados de terrenos, a idéia da área para

que houvesse o pagamento de tributos ao faraó e para divisão entre herdeiros.

Esses são exemplos de aplicações da geometria para resolver problemas do

cotidiano dos egípcios. Dessa forma, a geometria, nessa época, era tida como

necessidade, aplicada aos problemas diários dessas pessoas. O conhecimento

matemático surgiu a partir da obrigação de resolver problemas.

Segundo Boyer, no Papiro de Ahmes existem problemas que utilizam o

cálculo da medida de área, com o uso de composição e decomposição de figuras.

Euclides, geômetra grego, traz em sua obra “Os Elementos” à idéia que se

duas figuras planas se coincidem por superposição, essas serão iguais

(equivalentes). Foram os gregos que transformaram a geometria empírica dos

egípcios e babilônicos na geometria demonstrativa.

Muitos livros didáticos do ensino fundamental ainda trazem um número

reduzido de atividades relacionadas ao estudo do conceito de área de figuras

geométricas planas, somente introduzindo fórmulas para o cálculo de área, não

favorecendo a apropriação dos conceitos e das habilidades geométricas para o

aprendizado.

Portanto, faz-se necessário resgatar o ensino de Geometria de maneira

atrativa, rompendo com o processo educacional, pautado na transmissão e na

reprodução do conhecimento. Para isso, podemos utilizar várias tendências e

metodologias, aproveitando o interesse dos educandos em realizar atividades

práticas e a utilizar os recursos tecnológicos.

Este projeto pretende valorizar o ensino de Geometria com atividades

práticas, utilizando materiais manipuláveis e recursos tecnológicos, que podem fazer

com que o aluno focalize com atenção e concentração o conteúdo, visto que o

mesmo deve ser abordado de diferentes formas visando facilitar o aprendizado.

Serão trabalhadas a decomposição e composição de figuras geométricas planas,

utilizando o geoplano e malha quadriculada como recursos para possibilitar o cálculo

da medida de área e, para reconhecê-la como grandeza autônoma, permeando o

6

processo de construção do conhecimento, a fim de que “as fórmulas” sejam

trabalhadas de maneira significativa para o aluno e não meramente repetidas.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA/REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

A importância da Educação Matemática na formação do cidadão vem sendo

reconhecida e, em particular, a Educação Geométrica tem sido apontada como

possibilitadora do desenvolvimento de habilidades e competências essenciais a essa

formação.

Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs/Matemática deve-se

proporcionar aos estudantes atividades na exploração do espaço físico em que

estão inseridos, possibilitando a representação, interpretação e descrição desse

espaço. A Geometria é um campo fértil para se trabalhar situações-problema que se

referem às formas, aos desenhos e às figuras que desempenham importante papel

na aprendizagem.

A importância do ensino da Geometria é destacada por Lorenzato:

“Na verdade, para justificar a necessidade de se ter a Geometria na escola,

bastaria o argumento de que sem estudar Geometria as pessoas não

desenvolvem o pensar Geométrico ou o raciocínio visual e, sem essa

habilidade, elas dificilmente conseguirão resolver as situações da vida que

forem geometrizadas, também não poderão se utilizar da Geometria como

fator altamente facilitador para a compreensão e resolução de questões de

outras áreas do conhecimento humano”. (LORENZATO, 1995).

A Geometria está presente em nosso cotidiano nas formas das construções,

dos objetos, nas inúmeras imagens com as quais nos deparamos diariamente.

Conhecer Geometria permite que se elaborem modelos da realidade e que se

resolvam diversos problemas práticos, como por exemplo, nas áreas de Arquitetura,

Engenharia, Geografia, Artes Plásticas, planejamento urbano e regional, design de

superfície, decoração, entre outras, ou seja, mesmo sem querer, deparamo-nos com

conceitos geométricos.

7

Conforme as Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná, a Educação

Matemática deve formar estudantes críticos, capazes de agir com autonomia na

suas relações sociais e, para isso, é preciso que eles se apropriem de

conhecimentos matemáticos.

“O ensino da matemática trata a construção do conhecimento matemático

sob uma visão histórica, de modo que os conceitos devem ser

apresentados, discutidos e reconstruídos e também influenciam na

formação do pensamento humano e na produção de conhecimentos por

meio das idéias e das tecnologias”. (Diretrizes Curriculares do Estado do

Paraná, p.24).

Segundo Altoé (2005), na sociedade contemporânea há a exigência do uso

de equipamentos que incorporem os avanços tecnológicos. Nesse contexto, a

educação precisa passar por mudanças de paradigma, pois mudança na sociedade

implica, também, mudança na educação.

O construcionismo proposto por Seymour Papert (baseado na teoria

construtivista de Piaget) é uma teoria educacional que sugere uma forma de

aprendizagem, baseada na interação aluno com o computador. Nessa interação o

individuo deve assumir o comando de sua aprendizagem. Além disso, “essa teoria

propõe que à medida que o aprendiz interage com o computador ele é instigado a

investigar, pesquisar e refletir sobre o objeto da sua investigação ou criação”

(RICHIT E MALTEMPI, 2005.p.56). Papert (1994, p. 14) acrescenta que “o

computador contribui para tornar a descoberta mais provável e também torná-la

mais rica”, deixando claro que a interação aluno-computador favorece a iniciativa

pessoal.

A Geometria Dinâmica é ativa, exploratória e busca dar consistência a

conceitos matemáticos através da “deformação” de objetos geométricos. O software

GeoGebra é classificado com software de Matemática Dinâmica, por mostrar tanto a

representação geométrica quanto a representação algébrica. Contribui de forma

significativa no estudo da Geometria, pois apresenta ferramentas dinâmicas para as

construções planas e compreensão de conceitos e propriedades geométricas. Suas

ferramentas permitem a construção de figuras geométricas das mais simples às

mais complexas. Esse software é composto por interface bem apresentável e

8

didática. Além das vantagens relacionadas ao conteúdo, incentiva a criatividade e a

descoberta de novas formas de construções geométricas e ainda oferece recursos

para o estudo de conteúdos matemáticos, relacionados à álgebra e ao cálculo.

Lorenzato (2006) destaca que com o auxílio do material didático é possível

conseguir uma aprendizagem com compreensão. Acrescenta ainda que é preciso

realizar uma escolha responsável e criteriosa do material, planejar com

antecedência as atividades, conhecendo bem os recursos antes de serem utilizados,

dar tempo para que o aluno se familiarize com a atividade, incentivar a comunicação

e troca de idéias, realizar perguntas e intervenções visando à autonomia do aluno,

discutir os diferentes processos, resultados e estratégias envolvidos, solicitar o

registro individual ou coletivo das ações realizadas, dúvidas e conclusões.

Para Chiummo:

“Se os conceitos de área e de perímetro forem bem explorados a partir de

situações envolvendo o quadriculado a composição e decomposição e

finalmente a dedução das fórmulas, os alunos conseguirão passar com

muita facilidade do quadro geométrico, para o quadro numérico, sabendo

também, dessa forma, utilizar a ferramenta adequada para atingir o objetivo

da aprendizagem e justificar as fórmulas utilizadas”. (CHIUMMO, 1998,

p.38).

Atividades práticas com materiais manipuláveis podem fazer com que o aluno

focalize com atenção e concentração o conteúdo a ser aprendido. Esse conteúdo

precisa ser abordado de diferentes formas. Os recursos didáticos devem estimular o

uso do maior número possível de órgãos dos sentidos. O aluno consegue aprender

apenas 10% do que lê 20% do que escuta 30% do que vê, 70% do que discute e

mais de 90% do que associa, interagindo com os conhecimentos, seja na relação

com colegas, professores, ou objetos de aprendizagem. A função dos recursos

didáticos é a de permitir que o aluno, através de manipulações, construa o

conhecimento e não dispense a necessidade da passagem para o abstrato. Seu uso

contribui para que os alunos compreendam a proposta da atividade, o seu

desenvolvimento e seu resultado, pois, ao manipular materiais, realizam um trabalho

de organização ou de reorganização mental, de forma que se apropriam do

conteúdo e ampliam sua concepção sobre o que é como é e para que aprender

Matemática.

9

GEOPLANO – CONSTRUÇÃO E APLICAÇÕES

A geometria é um conteúdo matemático que pode ser bem explorado para a

resolução de problemas e tem muitas aplicações que aparecem no mundo real.

O geoplano é um dos recursos que pode auxiliar o trabalho desta área da

matemática, desenvolvendo atividades com figuras e formas geométricas,

principalmente planas, características e propriedades delas, ampliação e redução de

figuras, perímetro e área. É um modelo matemático que permite traduzir ou sugerir

idéias matemáticas, constituindo-se em um suporte concreto para a representação

mental, um recurso que leva à realidade idéias abstratas.

Os geoplanos são materiais didáticos manipuláveis que permitem aplicações

matemáticas, envolvendo diversos conteúdos. Constitui-se de um quadrado de

madeira lixada ou Eucatex, de dimensões em torno de 20 cm de lado, com pinos de

madeira, prego ou rebite, distribuídos sobre o mesmo, formando circunferências ou

quadriculados inscritos, dependendo do tipo do geoplano. Nesse, utilizam-se

borrachas ou atilhos do tipo de amarrar dinheiro, esticados entre pregos, para

realizar as atividades, sendo de cores variadas, tornando o material mais alegre e

divertido, além de possibilitar melhor visualização. Os pregos sugerem pontos, os

elásticos esticados, as semi-retas e o quadrado de madeira o plano.

A denominação dada ao Geoplano está diretamente ligada à aprensentação

da malha. Por exemplo, se a malha for formada por quadrados, o geoplano é dito

quadricular; formado por triâgulos equiláteros, temos o geoplano isométrico; se a

malha for circunferências concêntricas, será circular.

De acordo com Leivas (2008), a palavra geoplano vem do inglês “geoboards”

ou do francês “geoplans”, na qual “geo” vem de geometria e plano de tábua ou

tabuleiro ou superfície plana, constituindo assim a palavra. “[...] é um modelo

matemático que permite traduzir ou sugerir idéias matemáticas, constituindo-se em

um suporte concreto para a representação mental, um recurso que leva à realidade

idéias abstratas” (p.01). O autor ressalta que o geoplano pode ser utilizado pelo

professor, em lugar do quadro, frente aos estudantes ou individualmente pelos

mesmos. O trabalho individual permite que os estudantes elaborem as idéias

segundo o seu próprio ritmo. O papel do professor deve ser de condutor, orientando

10

o trabalho para que os alunos encontrem todas as possibilidades de soluções das

atividades propostas. Enfatiza ainda que o diálogo com os alunos deva ser ágil, sem

impedir que cada um elabore os seus argumentos, dando “[...] tempo para que o

estudante observe, pense e expresse seu pensamento” (p. 02). E conforme o aluno

encontre as relações esperadas, deve registrá-las para sistematizar o conhecimento

construído.

ATIVIDADES COM O GEOPLANO

Atividade 01

Construindo o geoplano quadrado

Objetivo:

Construir o geoplano medindo, calculando, definindo, identificando,

reconhecendo conceitos e realizando procedimentos matemáticos.

Recursos:

Caderno e lápis

Pedaço de madeira de 20 cm por 20 cm

Pregos 8 x 8 com cabeça.

Martelo

Elásticos de cores diferentes da cor da madeira

Régua

Procedimentos:

a) Recortar na madeira um quadrado de 20 cm x 20 cm.

b) Preparar a madeira, usando uma lixa fina.

c) Quadricular a madeira recortada com subdivisões de 1 cm de lado.

d) Cravar 1/3 do prego em cada vértice dos quadrados.

11

Atividade 02

Trabalhando com figuras geométricas planas

Objetivo:

Desenvolver a percepção visual de formas geométricas planas; comparar,

ampliar e reduzir formas e figuras; diferenciar perímetro de área.

Recursos:

Geoplano

Elásticos

Material para registro escrito

Procedimentos:

Esta atividade pode ser realizada em grupo, em duplas, ou individualmente.

12

a) Mostrar uma forma já conhecida e, solicitando aos alunos, que a reproduzam no

geoplano, utilizando elásticos coloridos e verificando a quantidade de pregos que

deve ser contornado pelo elástico. (Pode ser uma figura recortada em malha

quadriculada)

b) Com a figura montada, questionar a quantidade de lados que ela tem, o nome da

figura e quantos pregos ela está tocando. (noção de perímetro).

c) Perguntar o que é preciso fazer para que essa figura fique maior.

d) Orientar os alunos para que mantenham o mesmo formato, apenas ampliando a

figura.

e) Questionar sobre quantos pregos foram usados na figura maior e na menor.

f) Fazer os desenhos no caderno, podendo utilizar malha quadriculada e recortes.

Atividade 03

Explorando as figuras geométricas planas

Objetivo:

Identificar figuras geométricas planas.

Recursos:

Geoplano quadrado.

Elásticos coloridos.

Procedimento:

a) Iniciar a atividade discutindo com os alunos sobre a idéia intuitiva de perímetro e

área.

b) Solicitar que construam com o elástico uma figura qualquer no geoplano e assim

comparar a área dessa figura com unidades como cm2.

c) Conversar sobre as unidades de medidas mais utilizadas: os múltiplos e os

submúltiplos do m2.

d) Solicitar aos alunos que construam no geoplano:

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1) Os quadriláteros quadrado, retângulo, trapézio, paralelogramo, losango.

2) Os triângulos classificados de acordo com a media dos lados em:

eqüilátero, isósceles e escaleno.

3) Os triângulos classificados de acordo com a medida dos ângulos em:

retângulo, acutângulo e obtusângulo.

4) Conforme se constrói questionar as propriedades e definições de cada

figura, observando as semelhanças e diferenças.

5) Fazer medições para confirmar as medidas dos lados.

6) Registrar no caderno as conclusões obtidas.

MALHA QUADRICULADA – MODELOS E APLICAÇÕES

A geometria se constitui em uma das diversas manifestações do

conhecimento humano desde a infância, principalmente, se considerarmos as

situações exploratórias e investigativas nas quais as atividades geométricas estão

apoiadas desde essa fase.

A exploração do pensamento geométrico, através de experiência prática,

contribui para a compreensão de fatos e relações que nos levam a questionar como

os objetos estão organizados no mundo. É a partir dessa compreensão que

concretizamos a realidade observada ou imaginada por nós. Algumas práticas

deixam evidentes as características geométricas, como é o caso da exploração e

organização das formas geométricas planas.

Estudos sobre a aprendizagem de conceitos geométricos recomendam

envolver os alunos em ações de natureza cognitiva, para o desenvolvimento sólido

do pensamento geométrico, e isso passa pela exploração, visualização,

manipulação, construção, representação, classificação e análise de formas.

Pesquisas realizadas por Ochi (1997) revelam que muitas crianças têm

dificuldades para entender que figuras diferentes podem ter a mesma área. Essa

idéia e a idéia de conservação de área podem ser exploradas e melhor

compreendidas com o auxilio de desenhos feitos em malhas. Essas questões, a

14

serem exploradas a partir de figuras representadas em malhas, ajudam a

comparação entre figuras, quanto à grandeza área, a partir da contagem de

quadradinhos, ou pela composição e recomposição (corte e colagem ou corte e

justaposição) das figuras.

Para Chiummo:

Se o conceito de área e de perímetro forem bem explorado a partir de

situações envolvendo, o quadriculado, a composição e decomposição e

finalmente a dedução das fórmulas, os alunos conseguirão passar com

muita facilidade do quadro geométrico para o quadro numérico, sabendo

também, dessa forma, utilizar a ferramenta adequada para atingir o objetivo

da aprendizagem e justificar as fórmulas utilizadas. (CHIUMMO, 1998,

p.38).

Nesse sentido, acreditamos que o recurso didático malha quadriculada pode

trazer uma importante contribuição no estudo da área das figuras geométricas

planas, facilitando a articulação entre o quadro geométrico e o quadro grandezas.

Com esse recurso, o professor pode propor atividades a fim de que o aluno escolha

seu próprio caminho na construção do conhecimento. Nesse contexto, as malhas

quadriculadas vêm contribuir para a representação de figuras geométricas planas,

sendo utilizadas com a finalidade de proporcionar aos alunos a oportunidade de

observar elementos em seus desenhos, que contribuem para a construção de

conceitos matemáticos, como a sua estrutura lógica oferece elementos para a

construção do conceito de medida e iniciar a noção das grandezas área e perímetro.

As malhas são representadas por um tipo de papel que permite desenvolver

várias atividades, podendo ser pontilhado, triangular, quadrangular ou qualquer outra

composição de polígonos.

No dicionário de matemática de Imenes e Lelis (2002), malha significa divisão

de papel por meio de linhas, exemplificada pela malha de quadrado e malha de

triângulo. Segundo Aurélio (1995), a palavra quadriculada tem o seguinte sinônimo:

dividido em quadrículas; pequena quadra; pequeno quadrado ou retângulo. Nos

Houaiss (2001) esse significado é ampliado para: repartidos de forma a lembrar

quadrados; quadrilátero.

Nesse projeto, optamos pela malha quadriculada, ou seja, papel preenchido

por quadriláteros, para que o desenvolvimento da noção de área e a obtenção da

15

fórmula algébrica de área de algumas figuras geométricas planas possam ser

facilitados mediante a utilização desse tipo de recurso, como, por exemplo, na figura

do retângulo, representada em malha quadriculada, a contagem das unidades,

organizadas em linhas e em colunas, pode vir a colaborar com a observação de que

a área pode ser calculada pelo produto das medidas dos lados.

As malhas podem aparecer articulando-se com conceito de área na

exploração como unidades não padronizadas, possibilitando a composição de

figuras com lados podendo coincidir, ou não, com as linhas dos seus contornos, que

não coincidem com as linhas dessas malhas, permitindo realizar a compensação

das unidades que cabem na figura.

ATIVIDADES COM MALHA QUADRICULADA

Atividade 01

Identificando o quadrado e calculando sua área.

Objetivos:

Reconhecer quadrados.

Escrever a expressão algébrica que representa a área do quadrado.

Calcular a área do quadrado.

Recursos:

Malha quadriculada

Tesoura

Cola

Caderno

Procedimentos:

a) Construir e recortar, na malha quadriculada, os quadrados solicitados.

16

b) Colar no caderno ou em material próprio para registros.

c) Calcular a área de cada quadrado reconhecendo que cada mede 1

cm de lado.

d) Fazer o registro dos resultados.

e) Discutir com os colegas os resultados obtidos.

f) Responder:

1) Os números obtidos são quadrados perfeitos? Justifique.

2) Qual a expressão algébrica que representa a área do quadrado de lado l?

Figuras:

1.

2.

3.

4.

17

5.

6.

7.

Atividade 02

Explorando a potenciação e a radiciação

18

Objetivos:

Identificar a radiciação como operação inversa da potenciação.

Reconhecer números quadrados perfeito.

Recursos:

Malha quadriculada

Tesoura

Cola

Caderno

Procedimentos:

a) Construir e recortar, na malha quadriculada, os quadrados solicitados.

b) Colar no caderno ou em material próprio para registros.

c) Calcular a medida do lado de cada um dos quadrados, sendo dada sua área.

d) Discutir com os colegas os resultados obtidos.

e) Fazer registros em material apropriado.

f) Responder as questões:

1) Os números obtidos são quadrados perfeitos? Justifique.

2) Quando podemos considerar um número quadrado perfeito?

3) Qual a expressão algébrica que representa o lado do quadrado de área A2?

Figuras:

1.

2.

19

3.

4.

5.

20

6.

7.

Atividade 03

Identificando retângulos e calculando sua área.

Objetivos:

Identificar retângulos.

Obter a expressão algébrica que representa a área do retângulo.

Calcular a área do retângulo.

Recursos:

Malha quadriculada

21

Tesoura

Cola

Caderno

Procedimentos:

a). Construir e recortar, na malha quadriculada, os retângulos solicitados.

b) Colar no caderno ou em material próprio para registros.

c) Identificar a base e a altura.

d) Calcular a área de cada um dos retângulos sabendo que cada mede 1 cm

de lado.

e) Discutir com os colegas os resultados obtidos.

f) Fazer registros em material apropriado.

g) Responder as questões:

1) Os números obtidos são quadrados perfeitos? Justifique.

2) Qual a expressão algébrica que representa a área do retângulo de base b e

altura a?

Figuras:

1.

2.

3.

22

4.

5.

6.

23

7.

Atividade 04 Identificando paralelogramos e calculando sua área.

Objetivos:

Identificar paralelogramos.

Obter a expressão algébrica que represente a área do paralelogramo.

Calcular a área do paralelogramo. Recursos:

Malha quadriculada

Tesoura

Cola

Caderno

Procedimentos:

a) Construa um retângulo com 8 cm de base e 4 cm de altura.

b) Recorte e cole em seu caderno

c) Calcule a área desse retângulo utilizando a expressão obtida na atividade 3.

24

d) Construa outro retângulo com 8 cm de base e 4 cm de altura.

e) Trace uma reta conforme o modelo.

f) Recorte e cole, conforme modelo, em material apropriado.

g) Identifique a figura obtida.

h) Compare com a figura anterior.

i) Indique os lados e a altura.

j) Calcule a área dessa figura.

l) Discutir o resultado obtido com os colegas.

m) Fazer os registros necessários.

n) Construa um retângulo com 6 cm de base e 3 cm de altura, seguindo os

procedimentos anteriores, obtenha um paralelogramo e calcule sua área.

25

o) Realize os mesmos procedimentos com um retângulo de base b e altura a

quaisquer; obtenha a expressão algébrica que representa a área do paralelogramo.

Atividade 05 Identificando triângulos e calculando sua área. Objetivos:

Identificar triângulos.

Obter a expressão algébrica que representa a área do triângulo.

Calcular a área do triângulo. Recursos:

Malha quadriculada

Tesoura

Cola

Caderno Procedimentos:

26

a) Construa, na malha quadriculada, um retângulo com 6 cm de base e 4 cm de

altura.

b) Recorte e cole em material apropriado.

c) Calcule a área desse retângulo utilizando a expressão algébrica obtida na atividade 3.

d) Construa outro retângulo com 6 cm de base e 4 cm de altura e transforme-o em um paralelogramo.

e) Trace uma diagonal conforme o modelo.

f) Recorte e cole, separadamente, as figuras formadas em material apropriado.

g) Identifique as figuras obtidas e compare.

h) Calcule a área de cada uma das figuras formadas.

27

i) Discutir os resultados com os colegas.

j) Fazer os registros necessários.

l) Construa um retângulo com 4 cm de base e 3 cm de altura, seguindo os

procedimentos anteriores, obtenha dois triângulos congruentes; cole as figuras

separadamente e calcule sua área.

m) Realize os mesmos procedimentos com um retângulo de base b e altura a

quaisquer, obtenha a expressão algébrica que representa a área do triângulo.

28

Atividade 06 Identificando trapézios e calculando sua área. Objetivos:

Identificar trapézios.

Obter a expressão algébrica que representa a área do trapézio.

Calcular a área do trapézio. Recursos:

Malha quadriculada

Tesoura

Cola

Caderno

29

Procedimentos:

a) Construa, na malha quadriculada, um retângulo com 8 cm de base e 4 cm de

altura.

b) Recorte e cole em material apropriado.

c) Calcule a área desse retângulo utilizando a expressão algébrica obtida na atividade 3.

d) Construa outro retângulo com 8 cm de base e 4 cm de altura e transforme-o em

um paralelogramo.

e) Trace uma reta inclinada conforme o modelo.

30

f) Recorte e sobreponha às figuras obtidas, comparando-as.

g) Cole as figuras, separadamente, em material apropriado.

h) Identifique as figuras formadas.

i) Calcule a área das figuras.

j) Construa um retângulo com 6 cm de base e 4 cm de altura, seguindo os

procedimentos anteriores , obtenha dois trapézios congruentes e calcule sua área.

31

l) Realize os mesmos procedimentos com um retângulo de base b e altura a

quaisquer; obtenha a expressão algébrica que representa a área do trapézio.

Atividade 07 Identificando o losango e calculando sua área.

32

Objetivos:

Identificar losangos.

Obter a expressão algébrica que representa a área do losango.

Calcular a área do losango. Recursos:

Malha quadriculada

Tesoura

Cola

Caderno

Procedimentos:

a) Construa, em malha quadriculada, um retângulo com 6 cm de base e 4 com de

altura.

b) Recorte e cole em material apropriado.

c) Calcule sua área.

d) Construa outro retângulo com 6 cm de base e 4 cm de altura.

e) Encontre o ponto médio dos lados.

f) Trace um seguimento de reta, unindo os pontos médios, conforme o modelo.

33

g) Recorte e cole a parte maior, com as partes menores forme outra figura igual à

primeira.

h) Nomeie e compare as figuras obtidas.

i) Destaque as diagonais.

j) Calcule a área das figuras obtidas.

l) Construa um retângulo com 10 cm de base e 5 cm de altura, seguindo os

procedimentos anteriores, obtenha dois losangos congruentes e calcule sua área.

34

m) Realize os mesmos procedimentos com um retângulo de base b e altura a

quaisquer; obtenha a expressão algébrica que representa a área do losango.

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SOFTWARE GEOGEBRA – CONSTRUÇÕES E APLICAÇÕES

A Geometria Dinâmica é ativa, exploratória e busca dar consistência a

conceitos matemáticos através da “deformação” de objetos geométricos. O software

GeoGebra é classificado com software de Matemática Dinâmica, por mostrar tanto a

representação geométrica quanto a representação algébrica, contribuindo de forma

significativa no estudo da Geometria, pois apresenta ferramentas dinâmicas para as

construções planas e compreensão de conceitos e propriedades geométricas. Suas

ferramentas permitem a construção de figuras geométricas das mais simples às

mais complexa, é composto por interface bem apresentável e didática. Além das

vantagens relacionadas ao conteúdo, incentiva a criatividade e a descoberta de

novas formas de construções geométricas e, ainda oferece recursos para o estudo

de conteúdos matemáticos relacionados à álgebra e ao cálculo.

O programa foi desenvolvido por Markus Hohenwarter, professor da

Universidade de Salzburg, com o intuito de dinamizar o estudo da Matemática.

Reunindo Geometria, Álgebra e Cálculo, o software permite relações entre suas

respectivas janelas, podendo ser utilizado em diversos níveis de ensino.

O GEOGEBRA possui uma série de ferramentas que tem por finalidade

simplificar seu trabalho durante as realizações de suas tarefas .

Alem disso quando você selecionar uma das ferramentas o próprio GeoGebra

vai ajudá-lo a utilizá-la, dizendo o que fazer.

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RECONHECIMENTO DO PROGRAMA

Ao acessar o programa temos uma janela como a seguinte

Observamos que a janela inicial está dividida em duas: à esquerda, a parte

algébrica, que pode ser fechada se necessário, e, à direita, a parte geométrica.

Para reativar a parte algébrica basta ir ao item exibir do menu e clicar em “janela de

álgebra”. Neste mesmo item, podemos ativar/desativar os eixos, a malha e o

protocolo de construção.

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Na parte inferior de cada botão da barra de ferramentas você vai encontrar

um pequeno triângulo que quando você clicar lhe dará acesso a mais opções de

ferramentas.

O GeoGebra também é equipado com uma Janela de Álgebra que poderá

usar caso conheça as equações do objeto matemático que irá construir.

Observamos que a janela inicial está dividida em duas: à esquerda, a parte

algébrica, que pode ser fechada se necessário; e à direita, a parte geométrica.

Para reativar a parte algébrica basta ir ao item exibir do menu e clicar em “janela de

álgebra”. Neste mesmo item podemos ativar/desativar os eixos, a malha e o

protocolo de construção.

Na tela inicial ainda temos a barra de ferramentas de acesso rápido:

Cada ícone desta barra tem várias opções, relacionadas com as funções

descritas no desenho do ícone. Essas opções são acessadas clicando na seta do

canto inferior direito de cada ícone.

Exploraremos algumas delas na seqüência, para conhecermos seus nomes

e utilidades. A exploração das ferramentas é fundamental para execução dos

exercícios.

Para ativar cada função na parte geométrica é necessário primeiro clicar no

ícone. Depois, na janela geométrica, conforme instruções do menu de conversação

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que está localizado ao lado da barra de ferramentas.

Faremos o detalhamento de alguns dos ícones e apresentaremos na

seqüência todas as opções disponíveis em cada ícone. Durante a realização das

atividades, teremos oportunidade de explorar a maioria das ferramentas

presentes no programa.

Devemos ficar alertas para dois aspectos especiais do programa: o sistema

decimal recebe ponto em vez da vírgula, e a cópia de qualquer figura da tela

(para colar no Paint e Word, por exemplo) deve ser feita selecionando o que

queremos e ir em “arquivo”, “exportar” e “copiar para a área de transferência

(Ctrl+Shift+C)”.

Neste momento iniciaremos a exploração dos ícones da barra de ferramentas

de acesso rápido do GeoGebra:

Mover

Para arrastar e soltar objetos livres com o mouse, seleção de um objeto

dando um duplo clique na opção de Mover.

Eliminar acionando a tecla Del.

Deslocá-lo através das teclas de movimento de cursor.

Para selecionar vários objetos, deve-se manter acionada a tecla Ctrl.

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Deslocar Eixos:

Para arrastar e soltar a área gráfica e deslocar a origem do referencial

também se pode deslocar a área gráfica, acionando a tecla Ctrl e arrastando-a com

o mouse.

Zoom de Aproximação:

Pode dar-se um clique sobre qualquer ponto da zona gráfica para produzir um

"zoom" de Aproximação.

Zoom de Afastamento:

Pode dar-se um clique sobre qualquer ponto da zona gráfica para produzir um

"zoom" de Afastamento.

Elimina objeto:

Basta dar um clique sobre qualquer objeto que se deseja eliminar.

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Ponto

As opções do ícone ponto são as seguintes:

Novo ponto: para criá-lo você precisa clicar primeiro no ícone, e depois na

parte geométrica. O ponto será carregado na tela enquanto o botão do mouse não

for solto. Só depois disso, é que o ponto será criado efetivamente. Durante o

movimento, as coordenadas aparecem na parte algébrica, se ela estiver ativada.

Interseção de dois objetos: pode ser selecionando dois objetos e os

pontos de interseção serão marcados. A outra opção é clicar na interseção dos

objetos, mas neste caso somente este ponto será marcado.

Ponto médio ou centro: para utilizar esta ferramenta, clique em:

- dois pontos para encontrar o ponto médio;

- em um segmento para encontrar seu ponto médio;

- em uma secção cônica para obter seu centro.

Teremos a seguir a apresentação das opções de cada ícone:

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Reta definida por dois pontos: a partir de dois pontos, clica neste botão e

nos pontos dados para construir a reta.

Segmento definido por dois pontos: dois pontos marcados determinam as

extremidades de um segmento, observe que na janela algébrica aparece sua

medida.

Segmento com dado comprimento a partir de um ponto: marca-se a

origem do segmento e digita-se a medida desejada para ele, em uma janela que

se abre automaticamente.

Semi-reta definida por dois pontos: traça-se uma semi-reta a partir do

primeiro ponto dado, passando pelo segundo.

Vetor definido por dois pontos: criam-se dois pontos e traça-se o vetor com

origem no primeiro ponto e ponto final no segundo.

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Vetor a partir de um ponto: construído um vetor, podemos construir um

representante deste a partir de um ponto considerado. Para isso, marca-se um

ponto (que será a origem do outro representante de v). Seleciona-se esta

ferramenta, clica-se sobre o vetor v já construído e, depois, sobre o ponto

considerado.

Reta perpendicular: Constrói-se uma reta e um ponto fora dela,

clica-se na ferramenta e temos uma perpendicular à reta passando por tal ponto.

Isso vale para segmento e semi-reta também.

Reta paralela: Idem à anterior.

Mediatriz: a partir de um segmento, clica-se nele e na ferramenta e ela vai

criar uma perpendicular pelo ponto médio.

Bissetriz: marcando-se três pontos A, B e C, constrói-se a bissetriz do

ângulo ABC. Clicando-se sobre as duas linhas concorrentes, já traçadas, constrói-

se as bissetrizes dos ângulos determinados pelas linhas.

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Tangentes: podemos construí-las selecionando uma cônica c em um ponto A

(todas as tangentes a c por A são traçadas) ou selecionando uma linha e uma

cônica.

Reta polar ou diametral: a reta polar ou diametral a uma cônica pode ser

construída selecionando-se um ponto e uma cônica; ou uma linha ou vetor e uma

cônica.

Lugar geométrico: clica-se em um objeto, como ponto e ativa a ferramenta

então podemos conhecer o lugar geométrico deste objeto.

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Círculo definido pelo centro e um de seus pontos: marcando-se um

ponto A e outro B, marca-se o círculo com centro em A, passando por B.

Circulo dados centro e raio: marca-se o centro A e digita-se a medida

desejada para o raio, em uma janela que aparece automaticamente.

Círculo definido por três pontos: Marcam-se três pontos não colineares,

traça-se o círculo que passa por eles.

Semicírculo dados dois pontos: marcando-se dois pontos A e B, traça-se o

semicírculo de diâmetro AB.

Arco circular dados o centro e dois pontos: marcando-se três pontos A, B

e C, traça-se o arco circular com centro A, começando no ponto B e terminando

no ponto C.

Arco circumcircular dados três pontos: essa ferramenta permite traçar um

arco circular por três pontos não colineares.

Setor circular dados o centro e dois pontos: marcando-se três pontos A, B

e C, traça-se o setor circular com centro A, começando no ponto B e terminando

no ponto C.

Setor circumcircular dados três pontos: marcando-se três pontos não

colineares, traça-se um setor circular por esses pontos.

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Cônica definida por cinco pontos: marcando-se cinco pontos constrói-se a

cônica que passa por eles (a cônica só será definida se Quaisquer quatro dos cinco

pontos não forem colineares).

Ângulo: com tal ferramenta podemos traçar ângulo entre três pontos; entre

dois segmentos; entre duas retas (ou semi-retas); entre dois vetores ou ainda

interiores de um polígono.

Ângulo com amplitude fixa: marcando-se dois pontos e d igitando-se a

medida desejada para o ângulo em uma janela que aparece automaticamente.

Distância: essa ferramenta fornece, na janela algébrica a distância entre

dois pontos, duas linhas ou entre um ponto e uma linha.

As demais ferramentas que não estão relacionadas aqui são de fácil acesso

e ao decorrer da utilização do programa, entende-se rapidamente como manipulá-las.

Portanto, partimos agora para as atividades.

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ÁREA

A cada região poligonal corresponde um único número real positivo que é a

sua área.

Para determinar a área de um polígono, basta clicar no ícone medida na

opção área e posteriormente no polígono.

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ATIVIDADES COM O SOFTWARE GEOGEBRA

Atividade 01

Explorando o software GeoGebra

Desenvolvimento:

1- Clique em exibir e esconda o eixo.

2- Explore o software GeoGebra, abra suas janelas, conheça os botões e

ferramentas. Navegue pelo menu e pelas propriedades. Selecione ferramentas e

clique na tela. Veja o que você conseguiu construir. Construiu alguma figura

geométrica?

3- Abra um arquivo novo, faça nele alguma construção. Em seguida, selecione

arquivo e clique em nova janela. Clique em exibir e feche eixo e janela de álgebra.

Novamente, abra as janelas e faça na tela pontos, segmentos, retas e outras figuras

que desejar construir. Percebeu alguma diferença em relação às primeiras

construções? Quais?

4- Criando pontos: usando a janela de visualização vamos criar pontos de duas

formas diferentes:

a) Ative a ferramenta ponto (2º botão) e clique em dois lugares distintos

da janela de visualização. O GeoGebra criou (e já nomeou) dois pontos: A e

B.

b) Para criar o terceiro ponto, vamos usar o campo de entrada. Suponha que

se queira um ponto cujas coordenadas são (4, 3), no campo de entrada, digite

apenas (4, 3). O GEOGEBRA criará o terceiro ponto e o nomeará com a letra ,

assim teremos agora três pontos na tela.

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5- Criando retas de duas formas:

a) Pelo botão ative a ferramenta reta definida por dois pontos (3º

Botão). Clique sobre o ponto A e depois sobre o ponto B. O programa deve ter

criado uma reta que passa pelos pontos A e B.

b) Usando o campo de entrada escreva reta [A, C]

Observe que todo o objeto que o GeoGebra cria é automaticamente nomeado.

Caso o procedimento anterior tenha sido correto, as retas criadas foram a e b.

6- Alterando a posição dos objetos de duas formas:

a) Com o 1º botão, ative a ferramenta mover e arraste os pontos A, B e

C. Note que, na janela de álgebra, são disponibilizadas informações úteis.

b) Via janela de álgebra. Na janela de álgebra aparecem as coordenadas dos

pontos A, B e C. Dê um duplo clique em uma dessas coordenadas, altere e

veja o que acontece na área gráfica.

7- Apagando objetos de três formas:

a) Ativando a ferramenta mover (1º botão), selecionado o objeto e

pressionando a tecla Del.

b) Na janela de álgebra, clicando com o botão direito do mouse sobre o objeto

selecione a opção apagar.

c) Utilizando o 10º botão, selecione a ferramenta apagar objeto. Quando essa

ferramenta está selecionada, ao clicar sobre qualquer objeto na janela de

visualização ou na janela de álgebra se apagam os objetos e todos os que

dele dependem. Experimente agora usar essa ferramenta e apagar todos os

objetos da janela de visualização.

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Atividade 02

1- Nesta atividade, será utilizada a janela de álgebra, o eixo e a malha. No menu

exibir aparecem essas três funções, sempre que precisar, você poderá ativá-las ou

desativá-las.

2- Para criar um ponto selecione a ferramenta novo ponto , e dê um clique na

área de trabalho. Marque no plano cartesiano cada um dos seguintes pontos: A (2,

1); B (8, 1); C (8, -2) e D (2, -2).

3- Mude a cor dos pontos. Para mudar a cor do ponto, clique sobre ele com o lado

direito do mouse e aparecerá uma janela. Selecione a opção propriedades e em

seguida a opção cor. No lado esquerdo dessa janela aparecem os pontos, clique

neles, um a um, e na cor desejada. Para a operação ser concluída, clique em

fechar.

4- Utilizando a ferramenta polígono , clique sobre os pontos e forme o

polígono ABCD. Lembre-se de fechar o polígono no ponto A.

5- Para mudar a cor do polígono, repita o procedimento utilizado para mudar a

cor dos pontos, clicando dentro do polígono com o lado direito do mouse.

6- Observe a janela de álgebra. Os dados do polígono também mudaram de cor. O

objeto Poly1 traz uma medida referente ao polígono P. A que vocês acham que essa

medida corresponde? A que se referem os objetos a, b, c, d?

7- A intensidade da cor do preenchimento do polígono pode ser alterada. Clique

dentro dele com o lado direito do mouse. A seguir, clique em propriedades escolha

a opção estilo, movimente com o mouse a seta de preenchimento que pode

intensificar ou diminuir sua cor.

8)- Para mover ou arrastar um objeto, selecione a ferramenta mover , clique no

polígono e arraste para o local desejado. Agora clique sobre um dos pontos e mova.

Clique sobre um dos lados e mova. Observe que a figura se altera.

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9- Para salvar a atividade realizada, selecione o menu arquivo clique na opção

gravar.

Atividade 03

1- Abra um arquivo novo, clicando em arquivo, na janela que surge selecione novo.

2- Nesta atividade, não utilizaremos a janela de álgebra, malha e nem o eixo. A

janela de álgebra também pode ser fechada, clicando no x que aparece em seu

canto superior direito.

3- Construa uma reta, utilizando a ferramenta reta definida por dois pontos ,

selecione a ferramenta e depois clique em dois lugares quaisquer no plano.

4- Renomeie os pontos A e B para C e D, para isso, clique sobre o ponto com o lado

direito do mouse, abrirá uma janela, selecione a opção renomear. Digite a letra com

a qual você identificará o ponto e clique em aplicar.

5- Mova a reta. Para isso selecione o botão mover e clique num dos pontos e

arraste.

6- Nomine a reta como r. Se a letra não aparecer, clique com o lado direito do mouse

sobre a reta e selecione exibir rótulo. Caso queira alterar seu nome, escolha a

opção renomear, clicando sobre a letra.

7- Mude a cor da reta. (Use o mesmo procedimento utilizado para mudar a cor dos

pontos e do polígono).

8- Modifique a espessura da reta. Clique sobre ela com o lado direito do mouse,

selecione propriedades e na função estilo podemos aumentar ou diminuir a

espessura da reta, movendo a seta correspondente. Também nesta janela pode-se

mudar o estilo da reta para pontilhado.

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9- Construa um novo ponto fora da reta e represente-o pela letra P.

10- Construa uma reta paralela à reta r passando pelo ponto P. Clique na ferramenta

reta paralela , a seguir clique na reta r e no ponto P (ou vice-versa).

11- Movimente a reta r clicando em um de seus pontos e observe o que acontece

com a reta paralela.

Atividade 04

1- Abra um arquivo novo.

2- Para esta atividade, não utilizaremos a janela de álgebra e o eixo.

3- Selecione a opção segmento definido por dois pontos e construa o

segmento AB.

4- Caso não esteja aparecendo o rótulo do segmento, clique com o lado direito do

mouse sobre ele e selecione a opção exibir rótulo. Você terá então, o segmento a.

5- Marque o ponto médio desse segmento. Selecione a opção ponto médio ou

centro e clique nos pontos A e B.

6- Trace uma reta perpendicular ao segmento AB, passando pelo ponto médio C.

Selecione a ferramenta reta perpendicular ·, clique no segmento e no ponto C.

7-Selecione o botão mover e mova os pontos.

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Atividade 05

Construindo um quadrado.

Desenvolvimento:

Usando a ferramenta polígono na barra de ferramentas e se orientando

pela malha quadriculada, construa um quadrado.

Atividade 06

Construindo um retângulo.

Desenvolvimento:

Usando a ferramenta polígono, na barra de ferramentas e se orientando

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pela malha quadriculada, construa um retângulo no segundo quadrante.

Atividade 07

Construindo o retângulo e calculando sua área.

Desenvolvimento:

Desenhe um retângulo de base igual a 6 e altura igual a 4. Calcule sua área.

Na barra de ferramentas, nas opções relativas a ângulo, observe que existirá

uma opção chamada área. Clique nesta opção em seguida, clique sobre o retângulo,

verifique que aparecerá um número próximo à figura, este número é a área da

figura.

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REFERÊNCIAS

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Brasil. Formação de Professores. EDUEM. EAD número 16. Maringá 2005. Página

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