cvc complicações

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Complicações Motivo Intervenção do Enfermeiro Torácicas: - Pneumotórax - Hemotórax - Hidrotórax - Enfisema subcutâneo Resulta da punção acidental da pleura com consequente entrada de ar, sangue ou líquidos infundidos, respectivamente, para a pleura. O enfisema subcutâneo resulta da infiltração de ar nos tecidos adjacentes à inserção do CVC, também resultante de um pneumotórax. Vigiar sinais de dificuldade respiratória, dor torácica, cianose e alterações na simetria torácica, referindo a sua presença ao médico. Monitorização de saturação periférica de oxigénio. Arteriais: - Laceração arterial - Fístula artério- venosa - Hematoma subcutâneo Resultam de perfuração de artéria próxima da veia puncionada e adquire especial importância em doentes trombocitopénicos. Monitorização da frequência cardíaca e tensão arterial; Vigiar alterações no local da punção como hemorragia, hematoma ou equimose. Venosas: - Laceração venosa - Hematoma subcutâneo - Trombose venosa - Embolia gasosa A laceração e o hematoma subcutâneo resultam da perfuração da veia adquirindo especial importância em doentes trombocitopénicos. A trombose venosa é devida a deposição de fibrina ou erosão da parede da veia (frequente na veia femural e rara na veia subclávia). A embolia gasosa resulta da entrada de ar no CVC. As mesmas descritas nas complicações Torácicas e Arteriais. Cardíacas: - Arritmias - Perfuração cardíaca Resultam da introdução profunda do mandril e/ou do CVC na aurícula direita sendo a arritmia observável durante o procedimento, em doentes monitorizados. Monitorização da frequência cardíaca e vigilância de alterações do traçado electrocardiográfico referindo-as ao médico caso estejam presentes. Neurológicas: - Traumatismo do plexo braquial O traumatismo do plexo braquial pode resultar de lesão aquando da punção da veia subclávia. Vigiar alterações de compromisso neurológico como parestesias, referindo-as ao médico. Linfáticas Resultam de laceração do canal torácico e ducto linfático direito. Mecânicas: - Migração do catéter - Angulação do catéter - Compressão do catéter A migração e a angulação podem resultar da entrada em tecidos adjacentes ou na entrada de outros vasos (na punção da veia subclávia o CVC pode entrar nas veias jugulares). A compressão do catéter resulta quando este “encosta” na parede da veia sendo também chamado de funcionamento posicional. (Este fenómeno pode observar- se imediatamente após a introdução aquando da verificação de refluxo e influxo do Soro preparado, Vigiar a presença de cefaleias, edema ou alterações no estado de consciência (na punção da veia subclávia podem ser sinais de migração para a veia jugular com consequente infusão de líquidos em contra-corrente) e referir ao médico. No caso de compressão do CVC pedir ao doente para mudar de posicionamento ou efectuar manobras como respirar fundo; tossir ou levantar o braço. Deve referir-se ao médico o

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Page 1: CVC complicações

Complicações Motivo Intervenção do Enfermeiro

Torácicas:- Pneumotórax- Hemotórax- Hidrotórax- Enfisema subcutâneo

Resulta da punção acidental da pleura com consequente entrada de ar, sangue ou líquidos infundidos, respectivamente, para a pleura. O enfisema subcutâneo resulta da infiltração de ar nos tecidos adjacentes à inserção do CVC, também resultante de um pneumotórax.

Vigiar sinais de dificuldade respiratória, dor torácica, cianose e alterações na simetria torácica, referindo a sua presença ao médico.Monitorização de saturação periférica de oxigénio.

Arteriais:- Laceração arterial- Fístula artério-venosa- Hematoma subcutâneo

Resultam de perfuração de artéria próxima da veia puncionada e adquire especial importância em doentes trombocitopénicos.

Monitorização da frequência cardíaca e tensão arterial;Vigiar alterações no local da punção como hemorragia, hematoma ou equimose.

Venosas:- Laceração venosa- Hematoma subcutâneo- Trombose venosa- Embolia gasosa

A laceração e o hematoma subcutâneo resultam da perfuração da veia adquirindo especial importância em doentes trombocitopénicos. A trombose venosa é devida a deposição de fibrina ou erosão da parede da veia (frequente na veia femural e rara na veia subclávia). A embolia gasosa resulta da entrada de ar no CVC.

As mesmas descritas nas complicações Torácicas e Arteriais.

Cardíacas:- Arritmias- Perfuração cardíaca

Resultam da introdução profunda do mandril e/ou do CVC na aurícula direita sendo a arritmia observável durante o procedimento, em doentes monitorizados.

Monitorização da frequência cardíaca e vigilância de alterações do traçado electrocardiográfico referindo-as ao médico caso estejam presentes.

Neurológicas:- Traumatismo do plexo braquial

O traumatismo do plexo braquial pode resultar de lesão aquando da punção da veia subclávia.

Vigiar alterações de compromisso neurológico como parestesias, referindo-as ao médico.

Linfáticas Resultam de laceração do canal torácico e ducto linfático direito.

 

Mecânicas:- Migração do catéter- Angulação do catéter- Compressão do catéter

A migração e a angulação podem resultar da entrada em tecidos adjacentes ou na entrada de outros vasos (na punção da veia subclávia o CVC pode entrar nas veias jugulares). A compressão do catéter resulta quando este “encosta” na parede da veia sendo também chamado de funcionamento posicional. (Este fenómeno pode observar-se imediatamente após a introdução aquando da verificação de refluxo e influxo do Soro preparado, procedendo-se à ligeira mobilização do CVC para o exterior).

Vigiar a presença de cefaleias, edema ou alterações no estado de consciência (na punção da veia subclávia podem ser sinais de migração para a veia jugular com consequente infusão de líquidos em contra-corrente) e referir ao médico.No caso de compressão do CVC pedir ao doente para mudar de posicionamento ou efectuar manobras como respirar fundo; tossir ou levantar o braço. Deve referir-se ao médico o funcionamento posicional.

Infecção Constituindo o CVC uma porta de entrada no organismo a infecção bacteriana pode proliferar em volta do CVC ou entrar por ele (através de má assépsia na preparação de terapêuticas e/ou manipulação do CVC) e provocar uma septicémia

Observar normas de assépsia no sentido de diminuir o risco de infecção aquando da manipulação do CVC.Monitorizar temperatura, frequência cardíaca e tensão arterial.Vigiar presença de sinais inflamatórios e exsudados na inserção do CVC.

Obstrução Resulta quando não se consegue aspirar conteúdo algum de um ou

Verificar se se trata de funcionamento posicional ou se há

Page 2: CVC complicações

mais lúmens do CVC excluído fenómeno de compressão do catéter.

mesmo obstrução. No caso de obstrução, tentar efectuar a desobstrução com heparina. Se a desobstrução é ineficaz, deve-se clampar e proteger o lúmen, alertando o médico.

Exteriorização Pode resultar de má fixação e/ou de tracção no CVC, que em casos extremos pode levar à sua remoção acidental.

Aplicar tiras adesíveis para fixar o CVC, (caso se detecte má fixação do CVC). Fixar linhas infusoras e colocar prolongadores para permitir a mobilização, sem tracção do CVC.

Remoção Acidental Pode resultar de má fixação ou, de tracção no CVC.

 

omplicações Motivo Intervenção do Enfermeiro

Torácicas:- Pneumotórax- Hemotórax- Hidrotórax- Enfisema subcutâneo

Resulta da punção acidental da pleura com consequente entrada de ar, sangue ou líquidos infundidos, respectivamente, para a pleura. O enfisema subcutâneo resulta da infiltração de ar nos tecidos adjacentes à inserção do CVC, também resultante de um pneumotórax.

Vigiar sinais de dificuldade respiratória, dor torácica, cianose e alterações na simetria torácica, referindo a sua presença ao médico.Monitorização de saturação periférica de oxigénio.

Arteriais:- Laceração arterial- Fístula artério-venosa- Hematoma subcutâneo

Resultam de perfuração de artéria próxima da veia puncionada e adquire especial importância em doentes trombocitopénicos.

Monitorização da frequência cardíaca e tensão arterial;Vigiar alterações no local da punção como hemorragia, hematoma ou equimose.

Venosas:- Laceração venosa- Hematoma subcutâneo- Trombose venosa- Embolia gasosa

A laceração e o hematoma subcutâneo resultam da perfuração da veia adquirindo especial importância em doentes trombocitopénicos. A trombose venosa é devida a deposição de fibrina ou erosão da parede da veia (frequente na veia femural e rara na veia subclávia). A embolia gasosa resulta da entrada de ar no CVC.

As mesmas descritas nas complicações Torácicas e Arteriais.

Cardíacas:- Arritmias- Perfuração cardíaca

Resultam da introdução profunda do mandril e/ou do CVC na aurícula direita sendo a arritmia observável durante o procedimento, em doentes monitorizados.

Monitorização da frequência cardíaca e vigilância de alterações do traçado electrocardiográfico referindo-as ao médico caso estejam presentes.

Neurológicas:- Traumatismo do plexo braquial

O traumatismo do plexo braquial pode resultar de lesão aquando da punção da veia subclávia.

Vigiar alterações de compromisso neurológico como parestesias, referindo-as ao médico.

Linfáticas Resultam de laceração do canal torácico e ducto linfático direito.

 

Mecânicas:- Migração do catéter- Angulação do catéter- Compressão do catéter

A migração e a angulação podem resultar da entrada em tecidos adjacentes ou na entrada de outros vasos (na punção da veia subclávia o CVC pode entrar nas veias jugulares). A compressão do catéter resulta quando este “encosta” na parede da veia sendo também chamado de funcionamento posicional. (Este fenómeno pode observar-se imediatamente após a introdução

Vigiar a presença de cefaleias, edema ou alterações no estado de consciência (na punção da veia subclávia podem ser sinais de migração para a veia jugular com consequente infusão de líquidos em contra-corrente) e referir ao médico.No caso de compressão do CVC pedir ao doente para mudar de posicionamento ou efectuar manobras como respirar fundo;

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aquando da verificação de refluxo e influxo do Soro preparado, procedendo-se à ligeira mobilização do CVC para o exterior).

tossir ou levantar o braço. Deve referir-se ao médico o funcionamento posicional.

Infecção Constituindo o CVC uma porta de entrada no organismo a infecção bacteriana pode proliferar em volta do CVC ou entrar por ele (através de má assépsia na preparação de terapêuticas e/ou manipulação do CVC) e provocar uma septicémia

Observar normas de assépsia no sentido de diminuir o risco de infecção aquando da manipulação do CVC.Monitorizar temperatura, frequência cardíaca e tensão arterial.Vigiar presença de sinais inflamatórios e exsudados na inserção do CVC.

Obstrução Resulta quando não se consegue aspirar conteúdo algum de um ou mais lúmens do CVC excluído fenómeno de compressão do catéter.

Verificar se se trata de funcionamento posicional ou se há mesmo obstrução. No caso de obstrução, tentar efectuar a desobstrução com heparina. Se a desobstrução é ineficaz, deve-se clampar e proteger o lúmen, alertando o médico.

Exteriorização Pode resultar de má fixação e/ou de tracção no CVC, que em casos extremos pode levar à sua remoção acidental.

Aplicar tiras adesíveis para fixar o CVC, (caso se detecte má fixação do CVC). Fixar linhas infusoras e colocar prolongadores para permitir a mobilização, sem tracção do CVC.

Remoção Acidental Pode resultar de má fixação ou, de tracção no CVC.