curva do esquecimento - aprenda como ter uma memória poderosa!

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Curva do Esquecimento Descubra Como Manter Em Sua Memória Tudo O Que Você Estudar E Evite Os Efeitos Do “Natural” Esquecimento Acesse o artigo original em:

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Curva do

Esquecimento

Descubra Como Manter Em Sua Memória

Tudo O Que Você Estudar E Evite Os

Efeitos Do “Natural” Esquecimento

Acesse o artigo original em:

A curva do esquecimento está atuando enquanto você lê este texto.

Significa que algo absolutamente normal está ocorrendo com você neste exato momento: você está esquecendo algum conteúdo já estudado, não importa se o estudo foi realizado há algumas horas, ontem ou há algumas semanas.

O mesmo efeito também está ocorrendo comigo e com qualquer outra pessoa.

Devemos ter em mente que tanto em seu cérebro como no de qualquer outro ser humano está ocorrendo um fenômeno conhecido como ‘esquecimento’.

Não estamos nos referindo a nenhum problema de saúde ou algo do tipo, mas sim ao normal esquecimento decorrente da não fixação de uma informação em sua memória de longo prazo.

À medida em que avançamos no estudo e na aprendizagem de qualquer conteúdo, e não importa o método de estudo utilizado, estamos adquirindo novas informações e, de forma simultânea, estamos sofrendo os efeitos do ‘esquecimento’.

Por mais que muitas pessoas desejassem ter uma memória ‘perfeita’, que retivesse toda e qualquer informação adquirida, isso acabaria por gerar uma overdose de informação tão forte que resultaria impossível viver psicologicamente de forma equilibrada.

Assim, o ‘esquecimento’ é um processo normal e até desejável do cérebro.

Trata-se de uma ‘realidade’ biológica e que ocorre sempre, queira você ou não.

Eu entendo... Mas... Eu preciso aprender muitos conteúdos e também preciso recordar o máximo possível para ter sucesso em meus estudos e em minha profissão. O que eu poderia fazer para contornar esse processo natural de ‘esquecimento’?

É exatamente sobre isso que falaremos neste texto.

Confira abaixo algumas das informações que você aprenderá após terminar a leitura:

A origem e o significado da curva do esquecimento;

Os efeitos do tempo sobre a sua memória;

Como você pode ‘frear’ o esquecimento;

O que são e como fazer as revisões espaçadas no tempo;

A diferença entre 'estudar' e 'revisar';

Como você pode criar um cronograma inteligente de revisões espaçadas;

O que fazer para não ficar sobrecarregado com revisões intermináveis;

E muito mais!

A origem, o significado e o gráfico

representativo da curva do esquecimento

A ideia da curva do esquecimento teve origem nos estudos realizados pelo psicólogo alemão Hermann Ebbinghaus, no final do século XIX.

Ebbinghaus é considerado uma das primeiras pessoas a estudar empiricamente a memória humana.

A metodologia utilizada por ele consistia em memorizar listas de palavras (sílabas) sem nenhum sentido, geralmente constituídas por duas consoantes separadas por uma vogal - exemplos: ret, roh, kuf, ciq, paf, wux etc.

É fácil perceber que memorizar esse tipo de informação sem nenhum sentido é muito mais complexo do que memorizar um conteúdo que pode ser associado a inúmeros outros conhecimentos prévios que você já possui – ao final do artigo voltaremos a este ponto.

Após vários testes, Ebbinghaus chegou aos resultados que originaram o conceito de curva do esquecimento.

E no que consiste essa “curva do

esquecimento”?

Gráfico representativo da curva do esquecimento (linha vermelha)

A curva do esquecimento consiste na representação gráfica da relação que existe entre a retenção das informações adquiridas e o tempo em que elas permanecem retidas em nossa memória.

Analisa-se o tempo de retenção das informações em sua memória.

Ou seja, se você estudou o assunto ‘X’ hoje, por quanto tempo ele permanecerá em sua memória? A partir de que momento você começará a esquecer o conteúdo estudado?

A curva do esquecimento, de acordo com os estudos de Ebbinghaus, pode fornecer a resposta.

Continue lendo para você entender como interpretar corretamente o gráfico acima e descubra o que fazer para conseguir diminuir drasticamente o esquecimento dos conteúdos estudados.

Os efeitos do tempo sobre a sua memória

Não seria ideal se você pudesse estudar um conteúdo uma única vez e não precisasse fazer nenhuma revisão para manter as informações em sua memória?

É claro que sim!

Mas, infelizmente, isso não ocorre. :(

Assim, é preciso ter uma estimativa do tempo que uma informação recém-adquirida permanece em sua memória, ‘à sua disposição’, para que você possa fazer revisões estratégicas e, com isso, fixar e manter o aprendizado em sua memória de longo prazo.

É importante que você entenda que os efeitos do esquecimento agem a todo momento.

Mesmo durante o período em que você está concentrado nos estudos, algo está sendo ‘esquecido’ e descartado pelo seu cérebro.

Ou seja, o esquecimento não começa somente quando você termina o seu período de estudo.

É muito fácil perceber que os efeitos da curva do esquecimento terão influência direta em seu rendimento em qualquer tipo de teste ou prova (vestibular, faculdade, OAB, concursos públicos etc.).

Basta imaginar o desastre que será se você tiver analisado um determinado conteúdo e não tiver feito nada para tentar reverter o processo natural de esquecimento.

Como 'frear' o esquecimento - a simples solução

O nosso cérebro está constantemente gravando informações de maneira temporária, sejam informações relacionadas ao seu estudo ou não.

Para o seu cérebro não importa o contexto em que as informações estejam sendo gravadas – seja uma conversa com um amigo que você não via há tempos ou o estudo focado em algum tema do edital do seu concurso público –, se você não utilizar alguma estratégia para fixar o conteúdo que considera importante, toda a informação será descartada de forma muito rápida.

E qual é a melhor forma de ‘frear’ os efeitos do esquecimento?

A resposta é simples:

Fazendo revisões espaçadas no tempo.

Revisões são uma das formas utilizadas na fase de manutenção do conteúdo estudado, como explicamos no artigo sobre o Ciclo Mínimo do Aprendizado Real e Efetivo (clique aqui).

Você precisa ter um planejamento mínimo de estudo para que, ao chegar no momento das revisões, não precise reler tudo o que já foi estudado, ou, pior ainda, não tenha que ‘aprender’ tudo desde o início novamente.

As fases de um estudo esquematizado são diversas: em um momento você precisa captar o conteúdo e processá-lo em seu cérebro, e em um momento diverso você precisa utilizar alguma estratégia para manter tal conteúdo em sua memória.

Somente assim você poderá fazer revisões que não consumam tempo excessivo e não atrasem o seu cronograma de estudo.

Revisar é sempre necessário pois o ‘esquecimento’ é implacável e não deixa de ocorrer só porque você quer.

A cada revisão você cria novas ‘rotas’ em sua memória, fixando o conteúdo de forma cada vez mais duradoura.

O que você acha que consumiria mais tempo: revisar um conteúdo que você já estudou, aprendeu e assimilou, ou ter que estudar novamente todo o conteúdo porque você simplesmente não se lembra de quase nada?

Ou você revisa o que já aprendeu para não esquecer ou você terá que ‘aprender’ tudo novamente.

Com as revisões você mantém o aprendizado em sua memória ao informar ao seu cérebro que as informações são importantes.

Entendi... e consigo enxergar a necessidade das revisões, mas quando devo revisar?

A curva do esquecimento e a necessidade das

revisões espaçadas

Gráfico representativo dos momentos recomendados para as revisões

Vamos analisar o gráfico acima para que você entenda

quais são os melhores momentos para realizar as revisões

espaçadas.

CURVA DO ESQUECIMENTO

Como você já sabe, a linha vermelha no gráfico acima representa a curva do esquecimento.

De acordo com as conclusões de Ebbinghaus, a curva do esquecimento possui duas etapas principais: (1) inicial, onde o esquecimento é muito acentuado e que ocorre durante as primeiras horas após o estudo, e (2) etapa gradual, onde o esquecimento continua a ocorrer por um período de aproximadamente 30 dias após o estudo.

Ela inicia na faixa entre 80% a 85% de retenção do conteúdo e segue caindo com o passar do tempo.

Por que o início da curva do esquecimento não começa em 100% de retenção?

Como já foi mencionado anteriormente, o esquecimento age mesmo durante o período em que você está estudando com foco e concentração. É por isso que ao final de um bloco de tempo de estudo a sua retenção chega até 80% a 85%.

Esses valores caem consideravelmente nos casos de aulas expositivas em que o aluno apenas ‘assiste passivamente’, sem ter se preparado anteriormente e sem procurar fazer anotações inteligentes durante o tempo da aula – nestes casos a retenção final não chega nem a 15%.

Confira a seguir quais são os momentos mais recomendados para você fazer as revisões espaçadas:

IMEDIATAMENTE APÓS TERMINAR UM BLOCO DE

TEMPO DE ESTUDO

Observe a linha verde no gráfico acima.

Como você já sabe que a curva de esquecimento age mesmo durante o tempo em que você está estudando, nada mais coerente do que revisar o conteúdo assim que você terminar um bloco de tempo de estudo.

Exemplo: se você estuda em blocos de tempo de 50 minutos, utilize os últimos 5 a 10 minutos para revisar o conteúdo que você estava estudando neste período. Em seguida, faça uma pausa (utilizando os ensinamentos da Técnica Pomodoro) e somente depois retome os estudos com outro bloco de tempo de estudo. Repita o procedimento nos blocos de tempo seguintes.

Essa revisão imediata, que evita o primeiro declínio da curva do esquecimento, pode ser considerada uma revisão de fixação do conteúdo.

Se em 20 minutos após você finalizar o bloco de estudo nada for feito, você poderá esquecer mais de 40% (em média) do conteúdo estudado.

Considerando que a retenção inicial já não chega aos 100%, é possível afirmar que você poderá esquecer em média 50% do conteúdo que você acabou de estudar.

Com essa revisão imediata você pode aumentar a porcentagem de retenção do conteúdo para 90% a 95%.

Outro efeito imediato dessa primeira revisão é que o conteúdo ficará mais tempo em sua memória antes de começar a ser esquecido, ou seja, a curva do esquecimento não será tão incisiva já de início.

Como sugerimos acima, utilize os últimos 5 a 10 minutos do seu bloco de estudo para realizar essa revisão de fixação - releia suas anotações, ou os

termos grifados, ou as palavras-chave, ou o mapa mental ou as fichas de estudo que você criou.

24 HORAS APÓS O ESTUDO

Observe a linha roxa no gráfico acima.

O esquecimento é constante e não para.

Dessa forma, mesmo após a primeira revisão, será necessário continuar revisando o conteúdo para que ele seja fixado e, ao final, mantido em sua memória de longo prazo.

O momento recomendado para essa 2ª revisão é no dia seguinte ao dia de estudo, antes de você estudar o conteúdo previsto para o respectivo dia.

Como você já realizou a revisão de fixação (revisão imediata), o conteúdo estudado não se perdeu de forma tão rápida, mas ainda assim você pode ter esquecido algo – daí a necessidade dessa 2ª revisão.

Você pode fazer a revisão do conteúdo estudado no dia anterior em menos de 10 minutos.

As duas primeiras revisões (imediata e após 24 horas) são cruciais para você não esquecer grande parte do conteúdo, já que a curva do esquecimento atua de forma bastante acentuada nesse período.

Inicie o dia de estudo com as revisões programadas e somente depois estude o conteúdo selecionado para o mesmo dia – mais abaixo você verá como criar facilmente uma agenda inteligente de revisões espaçadas.

7 DIAS APÓS O ESTUDO

Observe a linha laranja no gráfico acima.

Aqui você poderá notar com clareza a necessidade das revisões.

De acordo com a curva do esquecimento de Ebbinghaus, se você não fizer nenhuma revisão do conteúdo estudado em até uma semana, você se recordará apenas de pouco mais do que 10% a 20% do conteúdo estudado.

Geralmente é aí que surgem as frustrações e o desespero dos estudantes que não dão a devida atenção às revisões – eles acreditam que possuem uma memória péssima e que não adianta estudar porque sempre acabam esquecendo o que estudaram.

Todos nós sempre esquecemos – ‘lembre-se’ disso. :)

É o que você faz a respeito desse esquecimento que afetará a memorização do conteúdo estudado.

Daí a afirmação de que não existe memória ruim, mas sim memória destreinada.

Essa revisão realizada 7 dias após o estudo poderá ser feita de forma bem mais rápida do que as revisões anteriores – você precisará de pouco mais do que 5 minutos para ‘reativar’ o mesmo conteúdo, mantendo a curva sempre próxima dos 90% a 95% de retenção.

30 DIAS APÓS O ESTUDO

Observe a linha azul no gráfico acima.

Se você tiver realizado as revisões anteriores, o conteúdo já estará de certa forma bem fixado em sua memória, e essa revisão servirá mais como forma de manutenção do conteúdo.

Recomenda-se que, mesmo após a revisão dos 30 dias após o estudo, você continue revisando o mesmo conteúdo de 30 em 30 dias.

O motivo? Simplesmente porque o esquecimento não para!

O papel da 4ª revisão (e das futuras revisões) será apenas ‘manter’ o conteúdo já fixado.

Neste ponto você pode observar como a aprendizagem é um processo: primeiro você aprendeu, depois fixou e agora está realizando a manutenção do conteúdo em sua memória.

Há quem recomende que a 4ª revisão seja realizada 15 dias após o estudo e que, após ela, as futuras revisões devam ser feitas de 30 em 30 dias.

Como o conhecimento já estará bem solidificado em sua memória, você não precisará de muito tempo para realizar essas revisões.

As pessoas que escrevem sobre a curva do esquecimento geralmente param por aqui, na revisão dos 30 dias após o estudo.

Como já frisamos algumas vezes, o esquecimento não para, e cabe a você decidir quando revisar os conteúdos, alterando os prazos acima de acordo com a sua necessidade.

A recomendação mínima é essa abaixo:

Revisão imediata (realizada nos últimos 5 a 10 minutos do bloco de estudo de 50 minutos)

Revisão 24 horas após o estudo (duração: 10 minutos, em média)

Revisão 7 dias após o estudo (duração: 10 minutos, no máximo)

Revisão 30 dias após o estudo (duração: 5 minutos, em média)

Revisões seguintes, de 30 em 30 dias (duração: 5 minutos, no máximo)

Quando mencionamos os termos "revisão espaçada" queremos deixar claro que a ideia de estudar algo hoje e ficar repetindo como um papagaio durante o dia inteiro será muito menos eficaz do que se você revisar nos momentos mencionados acima, espaçados no tempo.

Uma observação importante sobre como fazer as revisões

O tempo das revisões variará conforme o método de estudo que você utiliza e também de acordo com o tempo e a quantidade de material estudado.

Uma pessoa que estuda seguindo o Método Estudo Esquematizado, que respeita a ordem lógica e sequencial de como aprendemos, poderá fazer as revisões de forma muito rápida, pois ela terá criado alguma forma de resumo personalizado do conteúdo que seja de rápida revisão – fichas, mapas mentais, fluxogramas etc.

Pessoas que preferem grifar o material de estudo ou que fazem resumos escritos precisarão de um tempo maior para poder revisar. No primeiro caso, será necessário reler todo o conteúdo só para entender o contexto das informações grifadas no material. No segundo caso, a leitura de um resumo escrito também demandará um tempo maior.

De qualquer forma, o ideal é que as revisões não se tornem uma releitura de todo o conteúdo.

Revisar é diferente de estudar – estão em momentos distintos do processo de aprendizagem (por isso a recomendação de utilizar o Método Estudo Esquematizado).

Ao fazer as revisões eu não estarei perdendo muito

tempo?

Conforme você já observou acima, ao dedicar tempo para as revisões você ganhará tempo, não o contrário.

Se você não se dedicar a revisar os conteúdos, após 30 dias você precisará 'estudar' tudo novamente, pois restarão em sua memória menos de 10% do conteúdo estudado.

Você pode escolher o que preferir:

(A) Estudar uma vez, aprender e revisar para manter o aprendizado em sua memória.

OU

(B) Estudar uma vez, aprender, não fazer nenhuma revisão e precisar de muito mais tempo para 'estudar' tudo novamente (é claro que o seu 2º estudo

será mais rápido do que o anterior, mas ainda assim será muito mais demorado do que o simples ato de revisar).

Seja para o estudo na faculdade, para a prova da OAB ou de algum concurso público, você terá várias matérias para estudar.

Você acredita realmente que vale a pena deixar as revisões de lado e depois 'estudar' tudo novamente?

Você não acha que todas as matérias se acumularão se você agir dessa forma?

Revise o conteúdo para fixá-lo e mantê-lo em sua memória e você não precisará 'aprender' tudo novamente.

Lembre-se sempre que a fase da aquisição de conteúdo é diversa das fases de fixação e de manutenção do conteúdo em sua memória - ao ignorar esta distinção, você está jogando o seu tempo pela janela...

Devo sempre seguir as revisões de acordo com a Curva do

Esquecimento?

Como sempre defendemos aqui no Estudo Esquematizado, você deve aplicar as estratégias que funcionem de acordo com a sua situação individual.

Em relação à necessidade das revisões, sim, você sempre deve aplicar algum sistema eficiente de revisão, caso contrário gastará muito tempo tendo que estudar o mesmo conteúdo novamente.

Conteúdos não revisados periodicamente acabam sendo esquecidos quase por completo após um período superior a 30 dias.

Quem aprende e revisa ganha tempo.

Quem aprende e não revisa, além de esquecer, perderá muito tempo tendo que ‘aprender’ novamente.

Conclusão importante:

A aprendizagem é um ‘processo’, não um evento único e imediato.

Toda aprendizagem se realiza com uma sequência de atos que podem ser assim resumidos:

Captação da informação através dos nossos sentidos (em especial a visão e a audição);

Fixação do conteúdo adquirido na fase anterior (fase onde se deve fazer o uso dos chamados ‘indutores’, que farão com que o cérebro entenda que as informações recém-adquiridas são importantes e não devem ser descartadas);

Manutenção das informações adquiridas nas fases anteriores (o esquecimento é constante, por isso a necessidade de fixar bem e fazer a manutenção do que foi aprendido);

Recuperação das informações (realizada utilizando estratégias simples e poderosas para resgatar as informações que foram aprendidas nas fases anteriores);

Transmissão das informações (momento de exteriorização do conteúdo que foi aprendido).

Se você estuda e não respeita as fases acima, principalmente as fases de fixação e manutenção das informações, muito provavelmente você está perdendo um tempo precioso tendo que refazer o estudo de temas que poderiam apenas ser revisados de forma inteligente, fazendo o seu rendimento e a sua produtividade serem muito maiores.

Tratamos sobre o assunto das fases mínimas necessárias de um estudo realmente eficaz no artigo sobre o 'CAFIMARETRA' (que é o acrônimo formado pelas iniciais de cada uma das fases do estudo esquematizado que defendemos aqui no site).

Leia o artigo mencionado para ter uma ideia de como você deve direcionar o seu estudo, pois você ganhará muito tempo em sua preparação, seja para as provas da escola, do vestibular, da faculdade, da OAB, de concursos públicos etc.

Mas... não chegará um momento em que o volume a ser

revisado será enorme e eu ficarei só por conta das

revisões?

O que você acha que seria pior: o acúmulo de ‘revisões’ ou o acúmulo de ‘conteúdos que precisarão ser estudados desde o início novamente’?

As revisões demandam uma fração do tempo necessário para se estudar o mesmo conteúdo – quem revisa ganha tempo!

Se você estuda utilizando um método que facilite o processo das revisões futuras, será muito rápido para você revisar grandes quantidades de informação.

Como criar um cronograma organizado para as minhas

revisões?

Muitas pessoas reclamam que seria complicado realizar o controle das revisões, que seria muito fácil se perderem com tanto conteúdo a ser estudado e revisado, que não sabem como estruturar os dias para realizar as revisões etc.

Um fato que realmente pode influenciar e até causar um certo tumulto na organização das revisões é o número de matérias que você estuda simultaneamente.

Se você estuda por ciclos, ou seja, várias matérias no mesmo dia, realmente será mais complicado fazer um controle das revisões, ainda que isso seja possível de ser feito.

A forma mais simples de você esquematizar as suas revisões é utilizar uma agenda, seja virtual (Google agenda - você encontra diversos tutoriais no Youtube ensinando como utilizá-la) ou a clássica agenda de papel.

Veja como você pode esquematizar e anotar os dias certos

para as suas revisões espaçadas:

Suponha que o dia de hoje (independente de qual seja o dia do mês) seja o dia 1 dos seus estudos, e você estudou 2 disciplinas - ex: Direito Constitucional e Direito Administrativo.

Ao final do dia 1 de estudo, anote os conteúdos estudados em sua agenda - ex: X, Y e Z.

Agora você precisará anotar quando você revisará tais conteúdos.

Para fazer isso, e seguindo os prazos recomendados acima, você deverá anotar as revisões em sua agenda nos seguintes dias: no dia seguinte (24 horas), 7 dias depois do dia 1, 30 dias depois do dia 1, 60 dias depois do dia 1, 90 dias depois do dia 1 e assim por diante.

Siga os mesmos passos para os dias subsequentes e vá criando o seu calendário de revisões à medida em que for evoluindo nos estudos.

Dessa forma você sempre terá em ordem a sequência que deverá cumprir em cada dia de estudo.

Sua agenda ficaria mais ou menos assim (considerando o exemplo acima):

Exemplo de cronograma de revisões espaçadas

A metodologia a ser seguida é a seguinte: primeiro você revisa o que está programado para o respectivo dia e somente depois você inicia o estudo do conteúdo do dia.

Se, ainda assim, após aprender como criar uma agenda de revisões, você ainda acreditar que está sobrecarregado com tantas revisões, o que podemos recomendar é que você selecione os conteúdos que merecem maior atenção e que devam ser revisados com mais frequência.

Ou seja, com base em sua própria análise, você decidirá quais temas precisam ser incluídos em uma agenda de revisão inteligente.

Para definir quais temas merecem mais atenção em suas revisões, considere o seu rendimento na resolução de

questões sobre o tema.

Quanto mais dificuldade você tiver para resolver determinadas questões (que tratam sobre temas específicos), mais você deverá revisar o conteúdo exigido nas questões.

As demais questões, que você consegue resolver sem muita dificuldade, já serviriam como forma de revisão do conteúdo nelas exigido, pois você sempre estará recuperando informações em seu cérebro para poder respondê-las.

Uma observação final muito importante a respeito da

metodologia utilizada por Ebbinghaus e a influência em

seus estudos:

Entendemos que as conclusões a respeito da curva do esquecimento, nos moldes propostos por Ebbinghaus, servirão apenas como 'base' para fundamentar a necessidade das revisões espaçadas em seus estudos.

Como visto, os experimentos realizados por Ebbinghaus basearam-se na memorização de informações completamente sem sentido - e essa era mesmo a ideia das análises.

O intuito era aferir a capacidade de retenção (tempo de armazenamento / memorização) de informações livres de qualquer atribuição ou significado.

Utilizando palavras completamente sem sentido, o autor do estudo buscava evitar qualquer variável que pudesse interferir nos testes. As palavras, assim, não poderiam influenciar na retenção do conteúdo apresentado (para facilitar ou prejudicar a retenção).

O ponto que queremos destacar é que os conteúdos que você estuda são completamente diferentes de sílabas sem sentido ou informações que não podem ser associadas a outros conhecimentos já existentes em sua memória.

O que isso significa? E qual a importância para a análise da curva do esquecimento?

Gostaríamos de esclarecer que o esquecimento não ocorrerá da mesma forma e na mesma intensidade durante os seus estudos.

Isso é uma excelente notícia, que não exclui, todavia, a necessidade das revisões espaçadas.

Ou seja, se você realizar um estudo de boa qualidade, respeitando todas as etapas mínimas necessárias para que as informações sejam compreendidas (e aprendidas), será difícil que você esqueça o conteúdo da mesma forma como demonstrado na curva do esquecimento.

Uma coisa é tentar decorar / memorizar palavras (sílabas) completamente sem sentido ou sem possibilidade de conexão com uma informação já presente em sua memória – neste caso é bem tranquilo aceitar que a curva do esquecimento atue de forma tão incisiva principalmente nas primeiras 48 horas após a tentativa de memorização do conteúdo.

Outra coisa é você estudar um tema que pode ser associado a inúmeras outras informações e que pode ser compreendido por meio de um estudo eficiente e, ainda assim, você esquecer na mesma proporção mostrada na curva do esquecimento – se este for o seu caso, o que podemos ‘presumir’ é que tem algo de errado em seu método de estudo.

Somente você pode confirmar como está a sua situação atual e se há ou não necessidade de alterar a forma como você estuda.

Por fim, se você quiser conhecer um método completo e esquematizado que leva em consideração todas as fases mínimas necessárias para um aprendizado realmente eficaz e inteligente, nós recomendamos que você conheça o Método Estudo Esquematizado.

Recapitulando as principais ideias apresentadas no

artigo:

Esquecer é um processo natural e até desejável do cérebro.

Cabe a você agir para 'frear' o esquecimento e, com isso, fixar e manter as informações em sua memória de longo prazo.

A ideia sobre a curva do esquecimento surgiu dos estudos de Hermann Ebbinghaus, em 1885.

A curva do esquecimento atua mesmo durante os períodos de estudo com concentração e foco.

A curva do esquecimento atua de forma mais incisiva nas primeiras horas após o estudo.

É mais recomendado que você revise em períodos espaçados do que fazer várias revisões seguidas no mesmo dia do estudo.

Revisar é diferente de estudar.

Quem revisa ganha tempo.

Não existe memória ruim, mas sim memória destreinada.

As revisões demandam uma fração do tempo necessário para estudar o mesmo conteúdo.

A aprendizagem é um ‘processo’, e não um evento único e imediato.

Você precisa ter um método de estudo que facilite o momento de revisar os conteúdos estudados.

Recomenda-se revisar em pelo menos 4 momentos espaçados no tempo: imediatamente após um bloco de estudo, depois de 24 horas, depois de 7 dias e depois de 30 dias.

É possível criar um cronograma inteligente de revisões dos conteúdos estudados.

A curva do esquecimento atua de forma diferente de acordo com o tipo de conteúdo que está sendo estudado.

E então, você conseguiu entender como a curva do esquecimento funciona e a importância das revisões espaçadas no processo de aprendizagem?

Gostaríamos de saber a sua opinião sobre este texto.

Você já realizava revisões espaçadas?

Como você revisa os conteúdos que você estuda?

Você utiliza alguma outra estratégia de revisão em seus estudos?

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Obrigado por dedicar um pouco do seu precioso tempo para ler este texto.

Cuide-se por aí e tenha um ótimo aprendizado... utilizando revisões inteligentes!

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