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1º Edição - Janeiro / 2020 Apostila Preparatório para Membro de Comissão de Licitação 1 COORDENAÇÃO CENTRAL DE LICITAÇÃO - CCL COORDENAÇÃO DE ATUALIZAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO EM LICITAÇÃO - CAAL - CAPACITAÇÃO - CURSO PREPARATÓRIO PARA MEMBRO DE COMISSÃO DE LICITAÇÃO 1. LEGISLAÇÃO APLICÁVEL Lei Federal nº 8.666/93 – Licitações e Contratos; Lei Estadual nº 9.433/2005 – Licitações, Contratos e Convênios; Lei Complementar nº 123/2006 – Preferência a ME e EPP; Lei Estadual nº 11.619/09 - Regulamenta preferência a ME e EPP; Decreto nº 12.678/11 – Dispõe sobre tratamento diferenciado a ME e EPP. 2. LEGISLAÇÃO CORRELATA Decreto Estadual nº 15.839-2015 – Valor Referencial; Decreto Estadual nº 15.924/15 – Execução orçamentária; Instruções Normativas SAEB e Portarias – Serviços Terceirizados; Portaria nº 063/2016 - PGE Nova Tabela de Valores limites das licitações (disponível comprasnet.ba.gov.br). 3. POR QUE LICITAR A obrigatoriedade de licitar encontra-se expressa no inciso XXI do Art. 37 de Constituição Federal de 1988: “[...] XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações. [...]” 4. CONCEITO DE LICITAÇÃO Licitação – Procedimento administrativo composto de atos sequenciais, ordenados e interdependentes , mediante os quais a Administração Pública seleciona a proposta mais vantajosa para o contrato de seu interesse, devendo ser conduzida em estrita conformidade com os princípios constitucionais e aqueles que lhes são correlatos. [1]Atos sequenciais [2]Ordenados [3]Interdependentes [4]Selecionar proposta mais vantajosa [5]Princípios Constitucionais 4.1 ATOS SEQUENCIAIS Ato – decisão ou determinação do poder público Sequenciais – um após o outro (reação em cadeia) 4.2 ORDENADOS Posto em ordem / cada um no seu lugar

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COORDENAÇÃO CENTRAL DE LICITAÇÃO - CCL COORDENAÇÃO DE ATUALIZAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO EM LICITAÇÃO - CAAL

- CAPACITAÇÃO -

CURSO PREPARATÓRIO PARA MEMBRO DE COMISSÃO DE LICITAÇÃO

1. LEGISLAÇÃO APLICÁVEL

� Lei Federal nº 8.666/93 – Licitações e Contratos;

� Lei Estadual nº 9.433/2005 – Licitações, Contratos e Convênios;

� Lei Complementar nº 123/2006 – Preferência a ME e EPP;

� Lei Estadual nº 11.619/09 - Regulamenta preferência a ME e EPP;

� Decreto nº 12.678/11 – Dispõe sobre tratamento diferenciado a ME e EPP.

2. LEGISLAÇÃO CORRELATA

� Decreto Estadual nº 15.839-2015 – Valor Referencial;

� Decreto Estadual nº 15.924/15 – Execução orçamentária;

� Instruções Normativas SAEB e Portarias – Serviços Terceirizados;

� Portaria nº 063/2016 - PGE

� Nova Tabela de Valores limites das licitações (disponível comprasnet.ba.gov.br).

3. POR QUE LICITAR

A obrigatoriedade de licitar encontra-se expressa no inciso XXI do Art. 37 de Constituição Federal de 1988:

“[...] XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações. [...]”

4. CONCEITO DE LICITAÇÃO

Licitação – Procedimento administrativo composto de atos sequenciais, ordenados e interdependentes, mediante os quais a

Administração Pública seleciona a proposta mais vantajosa para o contrato de seu interesse, devendo ser conduzida em estrita

conformidade com os princípios constitucionais e aqueles que lhes são correlatos.

[1] Atos sequenciais

[2] Ordenados

[3] Interdependentes

[4] Selecionar proposta mais vantajosa

[5] Princípios Constitucionais

4.1 ATOS SEQUENCIAIS

Ato – decisão ou determinação do poder público Sequenciais – um após o outro (reação em cadeia)

4.2 ORDENADOS

Posto em ordem / cada um no seu lugar

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4.3 INTERDEPENDENTES

Que depende um do outro

4.4 SELECIONAR PROPOSTA MAIS VANTAJOSA

Geralmente aquela que atende aos requisitos de especificação e custo determinados pelo edital.

5. PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS

A Constituição Federal, no art. 37, caput, trata dos princípios inerentes à Administração Pública:

"Art. 37 - Administração Pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência”.

5.1 Legalidade - o princípio da legalidade vem definido no inciso II do art. 5.º da Constituição Federal quando nele se faz declarar que: "ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei". O administrador, em cumprimento ao princípio da legalidade, só pode atuar nos termos estabelecidos pela lei.

5.2 Impessoalidade - os atos realizados pela Administração Pública, ou por ela delegados ao administrador, devem ser sempre imputados ao ente ou órgão em nome do qual se realiza, e ainda destinados genericamente à coletividade.

5.3 Moralidade - Ao administrador público não basta cumprir os termos da lei. Seus atos têm que estar adequados à moralidade administrativa, ou seja, a padrões éticos de conduta que orientem e balizem sua realização. Já diziam os romanos "nem tudo que é legal é honesto".

5.4 Publicidade - O Poder Público deve agir com a maior transparência possível a fim de que os administrados (população) tenham conhecimento do que os administradores estão fazendo. Também a publicidade é requisito de eficácia do Ato Administrativo (todas as decisões tomadas pela administração).

5.5 Eficiência – No geral, eficiência significa agir com racionalidade, orientando a atividade administrativa no sentido de conseguir os melhores resultados com os meios escassos de que se dispõe com o menor custo.

Além destes, os seguintes princípios básicos que norteiam os procedimentos licitatórios devem ser observados:

5.6 Princípio da Isonomia - Significa dar tratamento igual a todos os interessados. É condição essencial para garantir competição em todos os procedimentos licitatórios.

5.7 Princípio da Vinculação ao Instrumento Convocatório - Obriga a Administração e o licitante a observarem as normas e condições estabelecidas no ato convocatório. Nada poderá ser criado ou feito sem que haja previsão no ato convocatório.

5.8 Princípio do Julgamento Objetivo - Esse princípio significa que o administrador deve observar critérios objetivos definidos no ato convocatório para o julgamento das propostas. Afasta a possibilidade de o julgador utilizar-se de fatores subjetivos ou de critérios não previstos no ato convocatório, mesmo que em benefício da própria Administração.

5.9 Princípio da Celeridade - O princípio da celeridade, consagrado pela Lei nº 10.520, de 2002, como um dos norteadores de licitações na modalidade pregão, busca simplificar procedimentos, de rigorismos excessivos e de formalidades desnecessárias. As decisões, sempre que possível, devem ser tomadas no momento da sessão.

5.10 Sigilo na Apresentação das Propostas – Mesmo sem mencionar expressamente este princípio, a Lei nº 9.433/05 o acata ao estabelecer no art. 78, o momento próprio para a abertura dos envelopes de propostas de preço e de documentação. Fica vetado à Administração, receber propostas de preço e documentação por qualquer meio que deixe à descoberta o conteúdo dos mesmos antes do momento marcado para isto.

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6. MODALIDADES DE LICITAÇÃO E SEUS CONCEITOS

A Lei nº 9.433/05 define no seu Art. 50 quais as modalidades de licitação: Art. 50 - São modalidades da licitação, unicamente, as seguintes, vedada a combinação entre si:

I - concorrência; II - tomada de preços;

III - convite; IV - pregão; V - concurso;

VI - leilão.

Veremos agora o conceito de cada uma das modalidades. Tais conceitos se encontram descritos do §1º ao §6º do art. 50 da Lei nº 9.433/05:

§ 1º - Concorrência é a modalidade de licitação que se faz pelo chamamento universal de quaisquer interessados que comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital para execução do seu objeto.

§ 2º - Tomada de Preços é a modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados ou que provem perante a comissão, na data da abertura da licitação, que atendem a todas as condições exigidas no edital para habilitação, observada a necessária qualificação e permitida a exigência de documentação comprobatória da capacidade técnica e operacional específica do licitante.

§ 3º - Convite é a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de 03 (três) pela unidade administrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia do instrumento convocatório e o estenderá aos demais cadastrados na correspondente especialidade.

§ 4º - Pregão é a modalidade de licitação destinada à aquisição de bens e serviços comuns, qualquer que seja o valor estimado da contratação, em que a disputa é feita por meio de propostas escritas e lances verbais, em uma única sessão pública, ou por meio da utilização de recursos de tecnologia da informação.

§ 5º - Concurso é a modalidade de licitação que se faz pela convocação de quaisquer interessados, para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores, conforme critérios constantes de regulamento próprio.

§ 6º - Leilão é a modalidade de licitação utilizada para a venda de bens móveis ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou para a alienação de bens imóveis, nos termos desta Lei, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação, efetuado em sessão presencial ou eletrônica.

Normalmente, a Comissão Permanente de Licitação só trabalha com as modalidades previstas até o 3º.

7. VALORES LIMITES POR MODALIDADE DE LICITAÇÃO

O valor estimado para contratação é o principal fator para escolha da modalidade de licitação, exceto quando se trata de pregão, que

não está limitado a valores.

No Estado da Bahia, através do Decreto nº 18.489/2018, foram estipulados os valores limites por modalidade de licitação considerando

o disposto no art. 55 da Lei no 9.433, de 01 de março de 2005, conforme quadro abaixo:

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OBJETO

LIMITE

MODALIDADE

LEI 9.433/05

Compras e serviços

Até 176.000,00 CONVITE

Até 1.430.000,00 TOMADA DE PREÇOS

Acima de 1.430.000,00 CONCORRÊNCIA

Obras e serviços de engenharia

Até 330.000,00 CONVITE

Até 3.300.000,00 TOMADA DE PREÇOS

Acima de 3.300.000,00 CONCORRÊNCIA

8. TIPOS DE LICITAÇÃO

O tipo de licitação não deve ser confundido com modalidade de licitação. Tipo é o critério de julgamento utilizado pela Administração

para seleção da proposta mais vantajosa. Modalidade é procedimento.

Os tipos de licitação utilizados para o julgamento das propostas são aqueles previstos no Art. 57 da Lei nº 9.433/05:

8.1 Menor Preço - Critério de seleção em que a proposta mais vantajosa para a Administração – aquela que atende a todas as

especificações do edital - é a de menor preço.

8.2 Melhor Técnica - Critério de seleção em que a proposta mais vantajosa para a Administração é escolhida com base na

maior valoração da proposta técnica - fatores de ordem técnica – É usado exclusivamente para serviços de natureza

predominantemente intelectual, em especial na elaboração de projetos, cálculos, fiscalização, supervisão e gerenciamento e

de engenharia consultiva em geral, e em particular, para elaboração de estudos técnicos preliminares e projetos básicos e

executivos.

8.3 Técnica e Preço - Critério de seleção em que a proposta mais vantajosa para a Administração é escolhida com base na

maior média ponderada, considerando-se as notas obtidas nas propostas de preço e de técnica.

8.4 Maior lance ou oferta - Critério de seleção em que a proposta mais vantajosa para a Administração é escolhida com base

no maior lance ou oferta. É utilizada na alienação de bens ou concessão de direito real de uso.

9. FRACIONAMENTO DE LICITAÇÃO

O fracionamento de licitação se caracteriza quando se divide a despesa para utilizar modalidade de licitação inferior à recomendada

pela legislação para o total da despesa, ou para efetuar contratação direta.

Por exemplo, a lei impede a utilização da modalidade convite para parcelas de uma mesma obra ou serviço, ou ainda para obras e

serviços de idêntica natureza e no mesmo local que possam ser realizadas conjunta e concomitantemente, sempre que o somatório de

seus valores caracterizarem o caso de tomada de preços. Da mesma forma, a utilização de várias tomadas de preços em detrimento a

realização de concorrência.

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Também são vedadas as dispensas sucessivas de licitação com base nos incisos I – obras e serviços de engenharia - e II – outros serviços

e compras - do art. 59 da Lei nº 9.433/05. Tal impedimento encontra-se previsto no art. 66 da Lei nº 9.433/05, abaixo transcrito:

“Art. 66 - São vedadas as dispensas sucessivas de licitação, com base nos incisos I e II do art. 59 desta Lei, assim entendidas aquelas com objeto contratual idêntico ou similar realizadas em prazo inferior a 60 (sessenta) dias, bem como, as licitações simultâneas ou sucessivas que ensejem a mudança da modalidade licitatória pertinente.”

10. PRAZOS DE PUBLICIDADE

Conforme já visto anteriormente, a publicidade é um dos Princípios constitucionais inerentes aos atos da Administração Pública, sendo

ele, um requisito de eficácia do Ato Administrativo.

Diante disso, o art. 54 da Lei nº 9.433/05 tratou de disciplinar a forma e os prazos de publicidade do resumo dos avisos de licitação:

Art. 54 - Os avisos contendo os resumos dos editais de licitação deverão ser publicados, no mínimo, por 01 (uma) vez no Diário Oficial do Estado e uma ou mais vezes em jornal diário de grande circulação no Estado e, sempre que possível, disponibilizados nos meios eletrônicos de comunicação, com os seguintes prazos mínimos de antecedência, até o recebimento das propostas ou realização do evento:

I - 45 (quarenta e cinco) dias para:

a) concurso;

b) concorrência, quando a licitação for do tipo melhor técnica ou técnica e preço, ou ainda quando o contrato a ser celebrado adotar o regime de empreitada integral.

II - 30 (trinta) dias para:

a) concorrência, nos casos não especificados na alínea “b” do inciso anterior;

b) tomada de preços, quando a licitação for do tipo melhor técnica ou técnica e preço.

III - 15 (quinze) dias para tomada de preços, nos casos não especificados na alínea “b” do inciso anterior, ou para leilão;

IV - 10 (dez) dia úteis para convite, quando a licitação for do tipo melhor técnica ou técnica e preço;

V - 08 (oito) dias úteis para o pregão;

VI - 05 (cinco) dias úteis para convite, quando a licitação for do tipo menor preço.

§ 1º - Se necessário para o interesse público, poderá a Administração utilizar-se de outros meios de divulgação, para ampliar a área de competição.

§ 2º - Quando se tratar de obras, compras e serviços financiados, parcial ou totalmente, com recursos federais ou garantidos por instituições federais, o aviso deverá também ser publicado no Diário Oficial da União.

11. CONTAGEM DOS PRAZOS

Os prazos são contados consecutivamente, quando não estiver determinado no ato convocatório que será em dias úteis. Considera-se

dia útil para efeito de licitação, aquele em que há expediente no órgão ou entidade licitadora.

Só se iniciam e vencem prazos em dia de expediente no órgão ou entidade promotora da licitação. Na contagem dos prazos, exclui-se o

primeiro dia do ato ou de sua divulgação e inclui-se o último como dia de vencimento.

Nenhum prazo se inicia ou transcorre sem que os documentos da licitação estejam disponíveis aos interessados para vista, solicitação

de cópia, anotações ou obtenção de informações.

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12. COMISSÃO DE LICITAÇÃO E SUAS ATRIBUIÇÕES

A comissão de licitação é criada pela Administração com a função de receber, examinar e julgar todos os documentos e procedimentos

relativos ao cadastramento de licitantes e, às licitações nas modalidades concorrência, tomada de preços e convite.

É constituída por, no mínimo, três membros, sendo pelo menos dois deles servidores qualificados pertencentes aos quadros

permanentes dos órgãos da Administração responsáveis pela licitação - §3º do art. 72 da Lei n° 9.433/05.

A investidura dos membros das comissões permanentes não pode exceder a um ano, caso exerça funções relativas à Lei nº 8.666/93 -

§4º art. 51 - e dois anos caso exerça funções relativas à Lei nº 9.433/05 - §5º art. 72.

Quando da renovação da comissão para o período subsequente, é possível a recondução parcial desses membros. A lei não admite

apenas a recondução da totalidade.

Os membros das comissões poderão ser dispensados do encargo a qualquer tempo, havendo conveniência administrativa para a

substituição dos mesmos. O presidente será substituído em suas faltas e impedimentos legais por um dos membros titulares da

Comissão, previamente designado pela autoridade competente. Nas faltas e impedimentos legais de qualquer um dos membros da

Comissão, estes, serão substituídos automaticamente por um dos suplentes, observando a composição mínima de 03 (três) membros.

Excepcionalmente na modalidade convite nas pequenas unidades administrativas, e em face da exiguidade de pessoal disponível, a

Comissão poderá ser substituída por servidor formalmente designado pela autoridade competente, conforme estabelecido no §1º do

art. 72 da Lei nº 9.433/05.

12.1 TIPOS DE COMISSÃO

Conforme o Inciso XVIII do art. 8º, e o art. 72 da Lei n° 9.433/05, a Comissão de Licitação poderá ser Permanente ou Especial, podendo

ser criadas por Lei ou outro ato administrativo.

Comissão Permanente é a que se destina a julgar as licitações que versem sobre objetos não especializados, ou que se insiram na

atividade normal e usual do órgão licitante. Caracteriza-se pelo prazo de investidura – um ou dois anos – não se desfazendo com o

término de certa licitação.

A Comissão Especial de Licitação tem caráter temporário, extinguindo-se automaticamente com a conclusão dos trabalhos licitatórios.

Deve haver a motivação para que a mesma seja constituída – licitações do Tipo Técnica e Preço.

12.2 ATRIBUIÇÕES DA COMISSÃO

São variadas as atribuições da Comissão de Licitação, embora restritas à finalidade determinante de sua constituição. Cabe-lhe,

portanto, dirigir e julgar as licitações que buscam escolher a proposta mais vantajosa para a Administração Pública e praticar os atos

necessários para posterior contratação.

12.2.1 De modo geral, podemos definir como competências exclusivas da Comissão de Licitação:

I. Programar as licitações em articulação com as unidades administrativas do órgão ou entidade;

II. Avaliar a composição da fase interna da licitação;

III. Elaborar os editais em conformidade com o solicitado pela unidade interessada;

IV. Proceder à divulgação de licitações;

V. Deliberar sobre possíveis impugnações ao edital;

VI. Realizar a sessão pública de recebimento de envelopes contendo as propostas comerciais e documentos de

habilitação;

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VII. Solicitar às áreas competentes pareceres, documentos e papéis visando a obtenção de elementos necessários ao

julgamento dos processos licitatórios;

VIII. Julgar as propostas de preço;

IX. Classificar ou desclassificar as propostas de preço;

X. Proceder ao exame formal dos documentos de habilitação dos concorrentes classificados nos três primeiros lugares;

XI. Deliberar sobre a habilitação dos três primeiros classificados;

XII. Lavrar Atas de todas as fases do processo licitatório;

XIII. Revisar os seus atos - espontaneamente ou por “provocação”;

XIV. Receber e informar recursos;

XV. Promover diligências, quando necessário;

XVI. Submeter os processos licitatórios, após regular instrução, ao titular do órgão ou entidade para fins de

homologação, ou, conforme o caso, anulação ou revogação;

XVII. Sugerir à autoridade competente aplicação de sanções aos proponentes infratores.

12.2.2 São procedimentos ilegais e não compatíveis com os integrantes da Comissão de Licitação:

I. Estabelecer preferências ou discriminar qualquer licitante por motivo estranho aos objetivos da licitação;

II. Aplicar a lei de forma diferenciada aos licitantes que se encontrem na mesma situação;

III. Agir em desconformidade com a legislação vigente ou sem amparo legal;

IV. Posicionar-se com parcialidade priorizando a vontade pessoal em detrimento da finalidade pública da atividade que

exerce;

V. Conduzir-se fora dos ditames da ética e da moral administrativa, ainda que, visando uma finalidade lícita;

VI. Promover qualquer ato que impossibilite ou restrinja a ampla publicidade dos atos do procedimento licitatório;

VII. Auferir qualquer vantagem ou realizar qualquer ato estranho à finalidade do procedimento licitatório;

VIII. Agir em descompasso com as regras do ato convocatório, desrespeitando as normas estabelecidas para o

procedimento licitatório;

IX. Julgar as propostas de forma subjetiva abandonando os parâmetros objetivos impostos pelo Edital;

X. Participar, direta ou indiretamente, de licitações sob qualquer forma de vínculo com qualquer licitante.

12.3 A RESPONSABILIZAÇÃO DAS COMISSÕES DE LICITAÇÃO

A depender do ato praticado a responsabilidade atribuída aos membros das comissões de licitação pode ser administrativa, civil e

penal. A responsabilidade administrativa é a cobrada do servidor da Administração Pública pelo descumprimento de norma

administrativa. Cabe ao representante da Administração no procedimento licitatório, isto é, ao agente público que compõe a Comissão

de Licitação, a responsabilidade pelo fiel cumprimento da legislação referente à licitação.

Tal responsabilização está prevista no art. 205 da Lei Estadual de Licitações e estendem-se os membros da Comissão, ou seja, todos

respondem solidariamente pelos atos praticados pela comissão, salvo se, a posição individual manifestamente divergente, registrada

em Ata, conforme estabelecido no § 6º do art.72.

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A responsabilidade civil é a que obriga o agente público – aquele que age em nome da Administração Pública - a reparar o dano

causado a alguém. A responsabilidade penal é a que submete o agente a uma sanção criminal.

13. FASES DA LICITAÇÃO

Os atos de licitação devem desenvolver-se em sequência lógica a partir da existência de determinada necessidade pública a ser

atendida. O procedimento tem início com o planejamento e prossegue até a assinatura do respectivo contrato ou a emissão de

documento correspondente. Este procedimento é dividido em duas fases distintas:

a) Fase Interna - Delimita e determina as condições do ato convocatório - edital - antes de trazê-las ao conhecimento público.

b) Fase externa - Inicia-se com a publicação do edital e termina com a contratação do fornecimento do bem, da execução da

obra ou da prestação do serviço.

a) A Fase Interna

Durante a fase interna da licitação, a Administração terá a oportunidade de corrigir falhas porventura verificadas no procedimento,

sem precisar anular atos praticados. Exemplos: inobservância de dispositivos legais, estabelecimento de condições restritivas, ausência

de informações necessárias, entre outras faltas.

Como vimos, uma das atribuições da Comissão de Licitação é a de verificar se a fase interna do processo licitatório está corretamente

formulada. Isso pode ser feito através do roteiro abaixo:

I. Solicitação da unidade interessada com a justificativa para a contratação, e a indicação do objeto a ser licitado com suas

especificações claras e indicativo de quantidade;

II. Requisição de Material – RM ou Requisição de Serviços – RS;

III. Estimativa de custos – mínimo de três orçamentos ou preço médio das últimas compras – Preços Registrados pela SAEB;

IV. Planilha de composição do preço médio – caso seja utilizado três orçamentos;

V. Estimativa do impacto orçamentário;

VI. Declaração da existência de recursos emitida pelo ordenador de despesa;

VII. Indicação do recurso orçamentário para a despesa;

VIII. Autorização da autoridade superior para a realização da licitação;

IX. Portaria de designação da Comissão de Licitação;

X. Edital e seus anexos com minuta do contrato;

XI. Exame e aprovação prévia do Edital e da minuta do contrato pela Assessoria Jurídica do órgão ou entidade.

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FLUXOGRAMA – FASE INTERNA

Solicitação da unidade: justificativa, indicação do objeto (especificações), indicação das

quantidades (RM ou RS).

Estimativa de custos: três orçamentos ou preço médio compondo-se a planilha de preço

médio.

Declaração do ordenador da despesa com indicação dos recursos e impacto

orçamentário e financeiro: Autoridade competente.

Designação da Comissão de Licitação e autorização da licitação: Autoridade superior

Elaboração do edital e obtenção do parecer jurídico.

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b) A Fase Externa

Para a instrução processual da fase externa, que se inicia com a publicação do aviso de licitação, devem ser juntados aos autos os

seguintes documentos:

Comprovante da publicidade legal – Diário Oficial do Estado (e da União para recursos oriundos de Convênios), jornal local – art. 54 da

Lei nº 9.433/05;

I. Julgamento de eventuais impugnações ao edital;

II. Original das propostas e demais documentos que a compõem;

III. Original dos documentos de habilitação – art. 98 da Lei nº 9.433/05;

IV. Atas, relatórios, atos e deliberações da Comissão de Licitação;

V. Pareceres jurídicos e, conforme o caso, outros pareceres técnicos emitidos sobre a licitação (principalmente em caso de haver

recurso);

VI. Ato de homologação e adjudicação do processo licitatório.

b.1 Procedimentos para a Fase Externa

Os procedimentos se encontram no art. 78 da Lei nº 9.433/05, abaixo transcritos:

Art. 78 - A licitação será processada e julgada com observância dos seguintes procedimentos:

I - abertura dos envelopes contendo as propostas de preço;

II - verificação da conformidade e compatibilidade de cada proposta com os requisitos e especificações do edital ou convite e, conforme o caso, com os preços correntes no mercado ou fixados pela Administração ou por órgão oficial competente ou, ainda, com os constantes do sistema de registro de preços, quando houver, promovendo-se a desclassificação das propostas desconformes ou incompatíveis;

III - julgamento e classificação das propostas, de acordo com os critérios de avaliação constantes do ato convocatório;

IV - devolução dos envelopes fechados aos concorrentes desclassificados, contendo a respectiva documentação de habilitação, desde que não tenha havido recurso ou após a sua denegação;

V - abertura dos envelopes e apreciação da documentação relativa à habilitação dos concorrentes classificados nos três primeiros lugares;

VI - deliberação da comissão licitante sobre a habilitação dos três primeiros classificados;

VII - convocação, se for o caso, de tantos licitantes classificados quantos forem os inabilitados no julgamento previsto no inciso anterior;

VIII - deliberação final da autoridade competente quanto à homologação do procedimento licitatório e adjudicação do objeto da licitação ao licitante vencedor, no prazo de até 10 (dez) dias após o julgamento.

§ 1º - As licitações do tipo melhor técnica e técnica e preço terão início com a abertura das propostas técnicas, as quais serão analisadas e julgadas pela Comissão.

§ 2º - Do julgamento previsto no parágrafo anterior caberá recurso.

§ 3º - A abertura dos envelopes relativos aos documentos das propostas e de habilitação será realizada sempre em ato público, previamente designado, do qual se lavrará ata circunstanciada assinada pelos licitantes e pela comissão ou servidor responsável.

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- CAPACITAÇÃO -

§ 4º - Todos os documentos contidos nos envelopes serão rubricados pelos licitantes presentes e pela comissão ou servidor designado.

§ 5º - É facultado à comissão ou autoridade superior, em qualquer fase da licitação, promover diligência destinada a esclarecer ou complementar a instrução do processo.

§ 6º - A comissão poderá conceder aos licitantes o prazo de 03 (três) dias úteis para a juntada posterior de documentos cujo conteúdo retrate situação fática ou jurídica já existente na data da apresentação da proposta.

§ 7º - Os erros materiais irrelevantes serão objeto de saneamento, mediante ato motivado da comissão de licitação.

§ 8º - É vedada a participação de uma única pessoa como representante de mais de um licitante.

§ 9º - O disposto neste artigo aplica-se à concorrência e à tomada de preços e, no que couber, ao convite.

§ 10 - Iniciada a sessão de abertura das propostas, não mais cabe a desistência do licitante, salvo por motivo justo, decorrente de fato superveniente e aceito pela comissão.

§ 11 - Poderá a autoridade competente, até a assinatura do contrato, excluir licitante, em despacho motivado, se tiver ciência de fato ou circunstância, anterior ou posterior ao julgamento da licitação, que revele inidoneidade ou falta de capacidade técnica ou financeira.

FLUXOGRAMA – FASE EXTERNA

Convocação = Publicidade (art. 54)

Dúvidas ou impugnações (ar. 201)

Sessão pública para recebimento dos envelopes.

Abertura e avaliação proposta preço.

Proposta fora de conformidade = desclassificada

Proposta boa = classificada

Classificação das propostas, manifestação recursal e devolução dos

envelopes de habilitação das desclassificadas, caso não haja recurso.

Abertura dos envelopes de habilitação das três primeiras

classificadas.

Documentação fora de conformidade com o edital

= inabilitada

Documentação em conformidade com o edital

= habilitada

Arrumação do processo para o devido encaminhamento dos autos à autoridade superior para homologação e adjudicação.

Convocação de outra empresa para formar o número mínimo de três,

avaliando-se sua habilitação.

Declaração do vencedor indicando os três primeiros classificados.

Todos os atos lavrados em ata.

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14. IMPUGNAÇÃO AO EDITAL

É a reclamação administrativa onde qualquer cidadão ou licitante pode apontar vícios existentes no edital. Tal instrumento é tratado

no art. 201 da Lei nº 9.433/05.

Os prazos referentes à impugnação são:

• Cidadão – até 05 (cinco) dias úteis antes da data de abertura dos envelopes;

• Licitante – até 02 (dois) dias úteis antes da data de abertura dos envelopes;

• Administração – tem até três dias úteis para julgar a impugnação.

A impugnação ao edital apresentada tempestivamente – dentro dos prazos legais - não impede o licitante de participar do certame,

nem a Administração de dar prosseguimento aos ritos licitatórios, mas, caso a mesma seja procedente, teremos que ajustar o edital e

reabrir os prazos nos termos do art. 54 da Lei nº 9.433/05.

Cabe aqui registrar que, mesmo decorridos os prazos para a apresentação, caracterizando a preclusão do direito, a impugnação

tardiamente apresentada deve ser analisada pela Administração, e, caso procedente, o edital deverá ser reformulado ou até mesmo

ser declarada a nulidade do certame.

15. RECURSO

Enquanto cabe impugnação contra irregularidades ou ilegalidades contidas no edital, o recurso é cabível em atos praticados no

decorrer do procedimento licitatório, onde se impõe o reexame do ato, primeiro pela autoridade que o praticou – Comissão de

Licitação – que pode reconsiderar sua decisão, em seguida pela autoridade superior que poderá reformá-la.

Nesta linha, o inciso I do art. 202 da Lei nº 9.433 trás os atos praticados cabíveis de recurso hierárquico:

a) julgamento das propostas;

b) habilitação ou inabilitação do licitante (classificação e desclassificação de propostas);

c) anulação ou revogação da licitação;

d) indeferimento do pedido de inscrição em registro cadastral, sua alteração ou cancelamento;

e) rescisão do contrato, a que se refere o inciso I a XV, XX e XXI do art. 67 da Lei nº 9.433/05;

f) aplicação da pena de suspensão temporária;

g) aplicação da pena de multa.

Estabelece ainda o art. 202, inciso II, a representação no prazo de 05 (cinco) dias úteis da intimação da decisão relacionada com o

objeto da licitação ou do Contrato, de que não caiba recurso hierárquico.

Abaixo, listamos os procedimentos a serem seguidos em caso de recurso:

16. SE O RECURSO FOR DAS PROPOSTAS DE PREÇO

I. Receber a petição de recurso e autuar o processo dando-lhe um número;

II. Dar ciência aos interessados da interposição do recurso, através da Imprensa Oficial, para que impugnem o recurso no prazo de

05 dias;

III. Ultrapassados os 05 dias úteis da notificação, a Comissão se pronunciará sobre o recurso. Se houver impugnação ao recurso,

anexará ao mesmo, para que sejam apreciados conjuntamente;

IV. Se a Comissão mantiver a sua decisão, encaminhará o processo a autoridade superior que poderá deliberar acatando a decisão

da Comissão ou mandando ouvir a sua assessoria jurídica;

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- CAPACITAÇÃO -

V. No prazo de 05 dias úteis, a autoridade competente, sob pena de responsabilidade, decidirá sobre os recursos, ouvida a

Procuradoria Geral do Estado ou órgão de assessoria jurídica da unidade;

VI. O resultado do recurso deverá ser publicado resumidamente na Imprensa Oficial, dando ciência a todos os licitantes;

VII. Se o recurso for procedente a Comissão deverá reformar a sua decisão, podendo até sugerir a anulação do procedimento se

constatado ilegalidade, ou a sua revogação caso tenha ocorrido fato superveniente que a justifique;

VIII. Se improcedente, a Comissão dará continuidade ao procedimento licitatório com a abertura dos envelopes de habilitação;

16.1 SE O RECURSO FOR DO JULGAMENTO DA HABILITAÇÃO

A Comissão fará o mesmo procedimento acima, juntando aos documentos que instruírem o recurso as habilitações objeto das

alegações.

16.2 SE O RECURSO FOR DE UM CONVITE

A Comissão procederá da forma acima, apenas reduzindo os prazos previstos nos incisos I e II e no §3º do art. 202, da Lei nº 9.433/05

para 02 (dois) dias úteis conforme previsão do §6º do mesmo artigo.

16.3 EFEITO DO RECURSO

Todo recurso tem efeito suspensivo. Em caso de recebimento de recurso, fica a licitação suspensa até sua decisão.

17. HOMOLOGAÇÃO E ADJUDICAÇÃO

• Homologação: define a legalidade e conveniência da licitação.

• Adjudicação: ato administrativo declaratório que enuncia o vencedor do certame.

Tanto o ato de homologação quanto o de adjudicação são de competência exclusiva da autoridade superior.