curso de tecnologia da borracha
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CURSO DE TECNOLOGIA DA BORRACHA
Professor: Valdemir José Garbim.
MÓDULO 1 - ASSUNTOSParte “A”• Definição Genérica da borracha• Como entende-se este material• Constituição Estrutural Básica• Nomenclatura da Combinação
Estrutural• Monômero/Homopolímero• Dipolímero/Terpolímero• Principais ligações estruturais• Compostos• Estados Estruturais
(Inicial/Final)• Critério de Escolha do Polímero• Especificações
Complementares• Algumas Características
Normalizadas.
Parte “B”• Artefato Técnico de Borracha
• Informações sobre o Artefato Técnico.
• Desenvolvimento do Artefato
• Classificação Funcional dos Ingredientes de Composição
• Máquinas para Processamento de Mistura.
• Gráficos de Controle de Processamento.
• Máquinas para Conformação do Artefato
• Características Técnicas dos Artefatos em diversos Elastômeros.
O que é a Borracha?
• Nos estudos da ciência dos materiais podemos classificar as borrachas (elastômeros) como materiais com características “visco-elásticas” que tem um comportamento intermediário entre os sólidos rígidos e os fluídos líquidos.
• As borrachas oferecem propriedades mecânicas, químicas e térmicas muito interessantes à engenharia, quando se deseja unir duas partes, estando uma fixa e outra com movimento em algum grau de liberdade.
Como entende-se este material
• A borracha é um material muito simples de se entender – Só existem dois tipos de borracha:
As borrachas naturalAs borrachas sintéticas
– Só se apresentam em um de dois estados:Como Borracha cruaComo Borracha Vulcanizada
– Sob duas características estruturais típicas:Cadeias insaturadas
Cadeias saturadas
Como entende-se este material
• Basicamente são 3 os principais agentes que provocam a mudança de estado das borrachas !
• O enxofre• Os peróxidos • (* Resinas em casos especiais)
• Os óxidos Metálicos
• Condição típica para mudança de Estado !
Temperatura/ Pressão / Tempo
Constituição Estrutural Básica• Basicamente a constituição estrutural de uma
molécula da borracha é formada principalmente de combinações regulares de átomos de hidrogênio ligados por forças intermoleculares a átomos de carbono, assim, são chamadas de Estruturas Hidrocarbônicas.
H H H H H H
C C C C C C
H H H H H H
Nomenclatura da Constituição Estrutural
• Homopolímero; Dipolímero; Terpolímero• As combinações regulares e repetitivas de Estrutura
Hidrocarbônicas, dão origem a gigantescas cadeias moleculares que são chamadas de polímeros (no caso da borracha – polímeros elastoméricos devido às características elásticas).
POLI = MUITAS
MERO = PARTES
Polímeros = Muitas partes iguais e repetitivas de combinações hidrocarbônicas
Monômero / Homopolímero
• Chamamos de “Monômero” a formação completa de uma molécula elementar que após ligada a outras repetidas vezes, constituirão o Polímero.
Monômero / Homopolímero• Se esta repetição de “n” vezes, for do mesmo
monômero, dá-se o nome de “Homopolímero” (Ex: abaixo butadieno – polibutadieno)
H H H H H H H H
- C = C - C = C - - C - C = C - C - H H H H
grupo vinil (monômero) n
Moléculas de Butadieno Polibutadieno
(gás) (homopolímero)
insa
tura
ção
Dipolímero / Terpolímero
• Dipolímero é a formação estrutural única de um polímero (elastômero), constituída de ligações intermoleculares de dois tipos de monômeros diferentes, divididas em espaços regulares e repetitivos.
• Terpolímero, a formação é análoga ao dipolímero, porém são três tipos de monômeros diferentes ligados entre si (exemplo a seguir; etileno etileno + propileno = EPM etileno + propileno + dieno = EPDM)
CH3 CH3
n CH2 = CH2 + n CH = CH2 -- CH2 – CH2 – CH – CH2 --
etileno propileno EPM n
CH3
-- CH2 – CH2 – CH – CH2 – (Dieno) 0,2 --
EPDM n
Dipolímero / TerpolímeroGrupo Metil
Principais Ligações Estruturais
A ligação entre os elementos estruturais de um polímero elastomérico vulcanizado basicamente está formada por três principais energias ou forças de união, que são:
• Forças (Energia) de ligação intermolecular:– Ligação entre os elementos constituintes (Ex.: C – H)
• Forças (energia) de ligação intramolecular:– Ligação entre dois ou mais grupos moleculares
vizinhos por atração (diminuem e até se anulam por ação de temperatura, é reversível)
Principais Ligações Estruturais
• Força (energia) de Ligação de Encadeamento:
– Ligações ou amarrações entre dois ou mais grupos moleculares por vulcanização ou cura (encadeamento irreversível).
Compostos
• Os artefatos de borracha, na realidade são compostos de diversos ingredientes, que após devidamente misturados, em máquinas específicas conforme figuras 1 a 8 e submetidos a determinadas condições de conformação (máquinas conforme figuras 9 a 20) são lhes fornecidas as formas geométricas e propriedades finais de utilização.
Fig. 1
Fig. 2
Fig. 3
Fig. 4
Fig. 5
Fig. 6
Fig. 7
Fig. 8
Fig. 9
Fig. 10
Fig. 11
Fig. 12
Fig. 13
Fig. 14
Fig. 15
Fig. 16
Fig. 17
Fig. 18
Fig. 19
Fig. 20
Fig. 21
Basicamente os ingredientes de composição são:
• Polímero (Elastômero) principal• Ativadores• Antidegradantes• Cargas• Plastificantes• Agentes de Cura• Aceleradores
Compostos
Estados Estruturais (Inicial/Final)
• Designa-se, estado Estrutural “Inicial” do composto elastomérico, quando todos os ingredientes de composição estão devidamente misturados e perfeitamente homogêneos, seja; adequadamente disperso no composto popularmente chamado de Composto no Estado Crú ou Verde.
Estados Estruturais (Inicial/Final)
• Designa-se, estado estrutural “Final”, quando tal composto já sofreu a reação “Físico-Química” de Vulcanização (Cura), apresentando daí, a forma geométrica e todas as propriedades mecânicas, térmicas e químicas que a engenharia determinou que fosse atendida por tal artefato técnico (elemento de máquina).
Critério de Escolha do Polímero
• O primeiro passo para escolha da borracha a ser usada em determinado artefato é saber com máxima precisão as condições de aplicação e trabalho de tal artefato.
• Em seguida, tomando como parâmetro a “Resistência Química e Térmica” que o material deverá oferecer, consulta-se o gráfico figura 2 (a seguir), fundamentado pelas normas ASTM D-2000; SAE J – 200 e ABNT – EB – 362, que mostra as famílias elastoméricas mais adequadas para cada aplicação. (A Tabela 1 também auxilia).
• Definido o polímero (Elastômero), dá-se seqüência ao projeto da formulação.
GRÁFICO ASTM – D 2000 (TIPO / CLASSE)
(O gráfico mostra os parâmetros limites para indicação de famílias de elastômeros considerando ensaios com 70 horas de exposição às Temperaturas “TIPO” e
Inchamento “CLASSE” por imersão em Óleo padrão ASTM n º 3)
Especificações Complementares
• Além de orientar sobre a escolha do Elastômero mais indicado, para cada caso, as normas já citadas também norteiam sobre algumas propriedades específicas que o composto do artefato deve atender.
Algumas Características Normalizadas
• Ensaios específicos
– Dureza
– Tensão de Ruptura
– Alongamento à Ruptura
– Envelhecimento Térmico
– Resist. ao Ozônio/Intempéries
– Reist. a Liquidos Orgânicos
– Resistência ao Rasgamento
– Resistência á Abrasão
– Resistência à Água
– Deform. Permanente à compressão– Deflexão por compressão– Resistência a baixas temperaturas– Resistência à flexão dinâmica– Força de adesão a substratos– Restrição ao manejamento– Resiliência (memória elástica)
Ainda, todos estes ensaios admitem diversas variações nos métodos de seus desenvolvimentos abrangendo uma ampla gama de exigências de
aplicações dos artefatos.
Artefato Técnico de Borracha
• O que são Artefatos Técnicos de Borracha ?
– São peças ou elementos de máquinas que atendem especificações normalizadas.
– Devem trabalhar em suas funções desempenhando e suportando com segurança todas as condições de aplicação de seu projeto por longa vida útil.
Informações Sobre o Artefato Técnico
• Coleta de Dados:– Cercar-se de máximas informações sobre o Artefato.
• Condições de Trabalho• Produtos químicos em contrato• Ação de Temperatura• Intemperismo• Solicitações estáticas ou dinâmicas• Histórico de peças iguais anteriores• Amostras / desenhos• etc.
– É de boa prática elaborar um questionário técnico para auxílio na coleta de informações (Modelo a seguir).
Desenvolvimento do Artefato• Conhecendo-se, então as informações de emprego
do artefato, o tecnologista já poderá partir com o desenvolvimento do projeto de formulações e compostos para produzir o dito artefato, como segue:
– Escolha do elastômero (já visto anteriormente)
– Escolha dos demais ingredientes de composição
– Definição de processos e métodos de fabricação
– Máquinas e equipamentos de mistura
– Métodos e processos de conformação
– Métodos e processos de vulcanização e acabamento
– Testes e Ensaios
– Outros
Classificação Funcional dos Ingredientes de Composição
• Elastômero
Elemento principal do composto já visto anteriormente forma de escolha.
• Agentes de Proteção
Ação Funcional como protetor de ataque dos
agentes atmosféricos (ozônio, oxigênio, etc.)• Cargas
Reforçantes: Melhoram as propriedades mecânicas do composto.
Inertes: reduz o custo e melhora processabilidade
Classificação Funcional dos Ingredientes de Composição
• Plastificantes
Peptizantes: Auxiliam a plastificação do polímero no início da mastigação.
Óleos: Melhora processabilidade e ajustam algumas propriedades do artefato final.
Auxiliares de processo: Melhora processabilidade, fluidez, incorporação de cargas e aspecto final do artefato.
Classificação Funcional dos Ingredientes de Composição
• Ativadores
Promove a ativação dos agentes de vulcanização no elastômero.
• Agentes de Vulcanização
Promove a mudança de estado de composto crú para vulcanizado.
• Aceleradores
Reduz o tempo da reação de vulcanização.• Outros
Corantes, Esponjantes, Antichama, Odorantes, etc.
CARACTERÍSTICAS TÉC. DOS ARTEFATOS EM DIVERSOS ELASTÔMEROS
PROPRIEDADES Nome Químico BOR.NATURAL BOR. NITRÍLICA POLICLOROPRENO
HYPALON FLUOR ELASTÔMERO
Designação do Material(classificação ASTM D-2000, SAE J200, ABNT EB 362)
AA BF,BG, BK, CH BC, BE CE HK
Carga de Ruptura (kg/cm2) Goma Pura Mais de 210 Menos de 70 Mais de 210 Mais de 105 85
Carga de Ruptura (kg/cm2) Com Negro de Fumo Mais de 210 Mais de 140 Mais de 210 Mais de 175 105 260
Gama de Dureza (Durôm. A) 30-90 40-95 40-95 40-95 50-90
Peso Específico (Material de Base) 0,93 1,00 1,23 1,12 1,8
Adesão aos metais Excelente Excelente Excelente Excelente Raz. a Boa
Adesão aos tecidos Excelente Boa Excelente Boa Boa
Resistência ao Rasgamento Muito Boa Razoável Boa Razoável Raz. a Boa
Resistência à Abrasão Excelente Boa Excelente Excelente Boa
Deformação à Compressão Boa Boa Raz. a Boa Razoável Excelente
Recuperação A frio Excelente Boa Boa Razoável Razoável
Recuperação A quente Excelente Boa Muito Boa Boa Boa
Rigidez Dietétrica Excelente Fraca Muito Boa Muito Boa Muito Boa
Isolamento Elétrico Boa a Exc. Fraca Raz. a Boa Boa Boa
Permeabilidade aos Gases Raz. Baixa Baixa Baixa Baixa a Muito Baixa
Muito baixa
Resistência aos Ácidos Diluídos Raz. a Boa Boa Excelente Excelente Boa e Excel..
Resistência aos Ácidos Concentrados Raz. a Bboa Boa Boa Boa Excelente
Resistência aos Hidrocarb. Alifáticos Fraca Excelente Raz. a Boa Raz. a Boa Excelente
Solventes Hidrocarb. Aromáticos Fraca Boa Razoável Razoável Excelente
Solventes Oxigenados (cetonas, etc.) Boa Fraca Fraca a Raz. Fraca a Raz. Fraca
Solventes Solventes de esmalte Fraca Razoável Fraca Fraca Fraca a Raz.
Resistência a: Inchamento em Lubrif. Fraca Muito Boa Boa Boa Excelente
Resistência a: Petróleo e gasolina Fraca Excelente Boa Boa Excelente
Resistência a: Óleos animais e vegetais Fraca a Boa Muito Boa Boa Boa Excelente
Resistência à Absorção de água Muito Boa Boa Boa Boa Muito Boa
Resistência à: Oxidação Boa Boa Muito boa Excelente Excepcional
Resistência à: Ozônio Fraca Razoável Muito boa Excepcional Excepcional
Resistência à: Envelhecim. Por luz solar Fraca Fraca Muito boa Excepcional Excepcional
Resistência à : Envelhecimento térmico Razoável Boa Boa Muito Boa Excepcional
Resistência à: Temperaturas baixas Muito boa Raz. a boa Boa Boa Raz. a Boa
Resistência à: Chamas Fraca Fraca Boa Boa Excelente
CARACTERÍSTICAS TÉC. DOS ARTEFATOS EM DIVERSOS ELASTÔMEROS
PROPRIEDADES Nome Químico BOR. SILICONE BOR. DE EPDM BOR. DE SBR BOR. BUTILICA FLUOR SILICONE
Designação do Material(classificação ASTM D-2000, SAE J200, ABNT EB 362)
GE CA AA AA FK
Carga de Ruptura (kg/cm2) Goma Pura Menos de 105 Menos de 70 Menos de 70 Mais de 105 Menos de 105
Carga de Ruptura (kg/cm2) Com Negro de Fumo Mais de 105 Mais de 140 Mais de 140 Mais de 140 Mais de 105
Gama de Dureza (Durôm. A) 40-85 30-90 40-90 40-75 58 a 68
Peso Específico (Material de Base) 1,14-2,05 0,86 0,94 0,92 1,45
Adesão aos metais Excelente Razoável Excelente Boa Boa
Adesão aos tecidos Excelente Boa Boa Boa Excelente
Resistência ao Rasgamento Fraca Razoável Razoável Boa Razoável
Resistência à Abrasão Fraca Boa a Excel. Boa a Excel. Boa Razoável
Deformação à Compressão Razoável Boa Boa Razoável Boa
Recuperação A frio Excelente Excelente Boa Fraca Boa
Recuperação A quente Excelente Excelente Boa Muito Boa Excelente
Rigidez Dietétrica Boa Excepcional Excelente Excelente Muito Boa
Isolamento Elétrico Excelente Excepcional Boa a Excelente Boa a Excelente Excelente
Permeabilidade aos Gases Raz. Baixa Raz. Baixa Raz. Baixa Muito Baixa Razoável
Resistência aos Ácidos Diluídos Excelente Excelente Raz. a Boa Excelente Excelente
Resistência aos Ácidos Concentrados Razoável Boa Raz. a Boa Boa Boa
Resistência aos Hidrocarb. Alifáticos Fraca Fraca Fraca Fraca Boa
Solventes Hidrocarb. Aromáticos Fraca Fraca Fraca Fraca Boa
Solventes Oxigenados (cetonas, etc.) Razoável Excelente Boa Boa Razoável
Solventes Solventes de esmalte Fraca Raz. a Boa Fraca Raz. a Boa Fraca
Resistência a: Inchamento em Lubrif. Razoável Fraca Fraca Fraca Excelente
Resistência a: Petróleo e gasolina Razoável Fraca Fraca Fraca boa
Resistência a: Óleos animais e vegetais Boa a Excel. Boa a Excel. Fraca a Boa Muito Boa Excelente
Resistência à Absorção de água Excelente Excelente Boa a Muito Boa Muito Boa Excelente
Resistência à: Oxidação Excelente Excelente Razoável Excelente Excepcional
Resistência à: Ozônio Excelente Excepcional Fraca Excelente Excepcional
Resistência à: Envelhecim. Por luz solar Excelente Excepcional Fraca Muito Boa Excepcional
Resistência à : Envelhecimento térmico Excepcional Excelente Raz. a Boa Muito Boa Excepcional
Resistência à: Temperaturas baixas Excepcional Excelente Muito Boa Boa Excelente
Resistência à: Chamas Raz. a Boa Fraca e Boa Fraca Fraca Excelente
Módulo 2
C A R G A S
INGREDIENTES DE REFORÇO
E DE ENCHIMENTO
DEFINIÇÃO
O QUE SÃO CARGAS?
- Ingredientes que são adicionados ao composto de borracha com as seguintes finalidades principais:
Melhorar propriedades mecânicas finais;
Reduzir custo do composto,
Facilitar processamento.
CLASSIFICAÇÃO DAS CARGAS
· Cargas são classificadas em dois grupos:
Cargas Reforçantes - Negro de Fumo - Dióxido de Silício (sílicas)
Cargas Inertes ou de Enchimento
- Caulins (silicato de Alumínio)
- Talco (Silicato de Magnésio)
CLASSIFICAÇÃO DAS CARGAS
- Carbonato de Cálcio
- Diatomita (Terras diatomacea)
- Dolomita
- Sulfato de Bário
- Sulfato de Cálcio
- Quartzo
- Outros
NEGRO DE FUMO
• Carga reforçante mais largamente usada (artefatos pretos)
– Melhora as propriedades mecânicas de elastômeros que já as apresentam boas, no estado goma pura; (Borracha Natural, Butílica e Cloropreme).
– Proporciona elevadas propriedades mecânicas em elastômeros que as apresentam pobres no estado goma pura; (SBRs, Nitrílicas, EPDM, Outras)
NEGRO DE FUMO
• O que são os Negros de Fumo?
• São basicamente materiais
carbonáceos finamente divididos.
• São obtidos através da Pirólise de
Hidrocarbonetos (normalmente
Petroquímicos), gasosos ou líquidos .
NEGRO DE FUMO
• Qual a constituição elementar dos Negros de Fumo?
– Basicamente compõem-se de:
Carbono Elementar ...........90 a 99% Hidrogênio ......................0,05 a 0,6% Oxigênio ............................. 0 a 3,5% Enxofre ................................0 a 1,0% Cinzas .................................0 a 1,0%
NEGRO DE FUMO
• Como são produzidos os Negros de Fumo?
– São mais conhecidos “5” processos de produção:
Lampblack Termal (Termal Black) Canal (Channel Black) Fornalha a Gás Fornalha a Óleo (Fornace Black)
* Processo mais moderno e econômico, atualmente usado.
Figura 1, apresenta esquema deste processo de produção.
CARGAS REFORÇANTES E INERTES
NEGRO DE FUMO• Classificação dos Negros de Fumo:
- Pode ser segundo as propriedades oferecidas ao composto de Borracha.
Classificação dos Negros de Fumo:- Pode ser segundo as propriedades oferecidas ao composto de BorrachaEx: SAF Super Abrasão Fornalha
ISAF Intermediário Super Abrasão Fornalha-Pode ser segundo a processabilidade oferecida ao composto de borrachaEx: FEF Fácil (rápida) Extrusão Fornalha SPF Super Processamento Fornalha
NEGROS DE FUMO
– Ou ainda pela utilização do artefato de Borracha.
Ex. GPF Geral Utilização Fornalha (General Porpouse)
SRF Semi Reforçante Fornalha
NEGROS DE FUMO
• Classificação dos Negros de Fumo (cont.)
Nota: Em 1966 um comitê (D-24) da ASTM aprovou o sistema de Classificação
ASTM-D- 1765/67 para os Negros de Fumo usados em Borracha, como segue.
NEGROS DE FUMO
Exemplo:
N – 3 3 0
EXPLICAÇÃO
Série N Velocidade de cura normal, Negro de Fumo de fornalha.
Série S velocidade de cura mais lenta, Negro de Fumo de canal, ou oxidados/tratados (ácidos).
Primeiro N º Indica o tamanho da partícula em nanômetro (= 10 –9 metro), medido com microscópio eletrônico.
Ùltimo N º Algarismos arbitrários de controle (nenhum significado para o composto de borracha).
Arbitrário
Tamanho daPartícula
N ou S
Tabela 01
PROPRIEDADES FUNDAMENTAIS DOSNEGROS DE FUMO
• As principais propriedades dos Negros de Fumo a serem consideradas em um composto de borracha são:
• Tamanho de partícula / Área Superficial• Estrutura (Agregados)• Atividade Superficial Específica• Porosidade• Condutividade Elétrica
O Valor da absorção de DBP determina o tamanho da estrutura.
PROPRIEDADES FUNDAMENTAIS DOSNEGROS DE FUMO
• Tamanho da Partícula: (Ver figura 02)
– Esta é obtida através de medição em microscópio eletrônico, variando de 11 a 500 nanômetros• Partícula menor mais reforçante.
• Área superficial da partícula:
– Esta é obtida pela medição da absorção de certa quantidade – (mg) de IODO por “g” de Negro de Fumo (isto é chamado de n º de iodo; varia de 7 a 270 mg/g.
– É esta área superficial que terá contato (molhabilidade) direto de interface com o Elastômero.
FIGURA 2
PROPRIEDADES FUNDAMENTAIS DOSNEGROS DE FUMO
• Estrutura
– Durante a produção dos Negros de Fumo, as partículas podem fundir-se umas com as outras formando agregados fibrosos (cachos) tridimensionais: a estes chamamos de ESTRUTURA.
– A medição dos espaços vazios entre as partículas que formam os agregados é feita por meio da absorção de “DBP” (cm3 de DBP por 100 g de Negro de Fumo). Quanto maior o n º de DBP, maior será a ESTRUTURA.
São estes espaços vazios que serão preenchidos pelo Elastômero.
PROPRIEDADES FUNDAMENTAIS DOSNEGROS DE FUMO
• Atividades Superficial Específica:
– Esta, está relacionada com a quantidade de grupos, contendo oxigênio existente na superfície das partículas de Negro de Fumo.
– Alta atividades superficial significa forte interação entre o Negro de Fumo e o Elastômero, assim, melhores propriedades mecânicas do artefato final.
– Negros de Fumo produzidos pelas novas tecnologias, apresentam superior atividade superficial específica.
PROPRIEDADES FUNDAMENTAIS DOSNEGROS DE FUMO
• Porosidade da partícula:
– Partículas de Negro de Fumo podem conter poros ou crateras superficiais, cujas moléculas do elastômero penetram, se ancoram e ajudam no reforço.
– Também, podem ter micro-poros que são inferiores ao tamanho das menores moléculas do Elastômero, não participando da interação Elastômero/Carga, não interferindo no reforçamento.
PROPRIEDADES FUNDAMENTAIS DOSNEGROS DE FUMO
• Condutividade Elétrica:
– Negros de Fumo, por serem basicamente carbono, são condutivos à eletricidade.
– Podem ser usados em compostos para artefatos antiestáticos.
– A condutividade elétrica do composto será maior, se usado Negro de Fumo de pequenas partículas e alta Estrutura.
ESCOLHA DO NEGRO DE FUMO, SEGUNDO AS PROPRIEDADES DO
COMPOSTO VULCANIZADO
– TABELA N º 02
– TABELA N º 03
TABELA 02
PROPRIEDADES DESEJADAS
TAMANHO DA PARTÍCULA
ESTRUTURA NEGROS DE FUMO
RECOMENDADOS
ALTA TENSÃO DE RUPTURA
PEQUENA ----- SAF; ISAF
ALTA RESISTÊNCIA AO RASGAMENTO
PEQUENA BAIXA HAF
ALTO ALONGAMENTO MÉDIA BAIXA SRF; GPF
ALTO MÓDULO PEQUENA ALTA HAF; SPF
ALTA RESILIÊNCIA MÉDIA BAIXA GPF; SRF
BAIXO DESENVOLVIMENTO DE CALOR
MÉDIA BAIXA GPF; SRF
RESISTÊNCIA A FADIGA DINÂMICA
PEQUENA BAIXA HAF; GPF; APF
RESISTÊNCIA DINÂMICA A RACHADURAS
PEQUENA A MÉDIA ALTA FEF; APF
RESISTÊNCIA A ABRASÃO PEQUENA ALTA SAF; ISAF; HAF
MELHOR EXTRUDABILIDADE
MÉDIA ALTA FEF; APF; GPF
TABELA 03
GUIA PRÁTICO PARA ESCOLHA DO NEGRO DE FUMO
CARGAS REFORÇANTES BRANCAS SÍLICAS
• O que são as Sílicas ?
– São tipos de cargas brancas base mineral natural, processadas e tratadas por meios químicos e/ou térmicos, que dão origem a determinadas partículas e agregados de partículas que, quando adicionadas a compostos de borracha, oferecem poder reforçamento.
TIPOS DE SÍLICAS
• Sílica Pirogênica
• Sílica Preciptada
SÍLICA PIROGÊNICA
• Obtenção:
– Basicamente pela hidrólise do tetracloreto de silício em chama de gás oxídrico.
– Temperatura deste processamento aprox. 1400 º C.
– Obtém-se Sílica Anidra com pureza 99% de SiO2, tamanho de partícula de 5 a 15 nanômetro
SÍLICA PIROGÊNICA
• Aplicações:
– Borracha de Silicone (basicamente consideradas como únicas que oferece reforço).
– Tintas, Vernizes, Alguns Adesivos, etc...– Usada como Aditivo Fosqueante (Fosco)– Agente Tixotrópico.
* Tipo mais comum no Brasil “Carbosil” fornecido pela CABOT.
SÍLICA PRECIPITADA
• Obtenção:
– Parte-se da areia de estrutura cristalina.
– Esta é submetida a uma reação química com hidróxido de sódio, ou ainda, através de fusão alcalina com carbono de sódio, dando origem ao Silicato de Sódio, suspenso em água.
– Após, passa por um processo de precipitação, lavagem e filtragem, seguindo para secagem e embalagem.
SÍLICA PRECIPITADA
• Principais características como Carga Reforçante
– Partícula Granulometria– Estrutura Agregados Aglomerados– Área Superficial– Microporosidade– Porosidade– Atividade Superficial– Umidade Oclusa
SÍLICA PRECIPITADA
• Partícula Granulometria
– O tamanho de partícula da sílica pode ser medida por meio de microscópio eletrônico.
– Tamanho da partícula pode variar de 5 a 25 nm (manômetro).
SÍLICA PRECIPITADA
• Estrutura Agregados Aglomerados
– Durante o processo de fabricação das sílicas, as partículas podem fundir-se entre si, formando pequenos agregados de tamanho entre 50 a 200 nm. Estes agregados são formas estruturais que não são destrutíveis por ação mecânica na incorporação ao composto de borracha, assim, oferecendo reforçamento.
– Por tratamento secundário, pode-se juntar certas quantidades de agregados formando os aglomerados de tamanho entre 1 a 50 m (micrômetro). Estes aglomerados são dispersáveis por altas taxas de cisalhamento no composto de borracha.
SÍLICA PRECIPITADA
• Área Superficial
– Esta é a superfície total, cuja borracha fará contato direto (molhabilidade) com a sílica.
– Medição é feita pela absorção de CTAB (Brometo de Cetil Tetra Amônia), ou pela absorção de nitrogênio (BET).
– O método CTAB mede a área superficial, excluídas as porosidades das partículas
– O método BET mede a área superficial, incluindo as porosidades.
* A diferença dos valores BET - CTAB, indica a quantidade de porosidade existente.
SÍLICA PRECIPITADA• Microporosidade - Porosidade
– Microporosidade são microfuros infinitamente pequenos, contidos na superfície das partículas. Estes são inferiores ao menor tamanho de molécula do Elastômero, porém, roubam aceleradores.
– As microporosidades deverão ser preenchidas por DEG, PEG ou TEA. (Emprego aprox. 5% sobre a quantidade de cargas.
– As porosidades são furos maiores na superfície das partículas. As moléculas elastoméricas penetram na porosidade, o que ajuda o efeito de reforçamento .
NOTA: DEG = Dietilenoglicol; PEG = Polietilenoglicol TEA = Trietanolamina
* A diferença dos valores BET - CTAB, indica a quantidade de porosidade existente.
SÍLICA PRECIPITADA
• Atividade Superficial
– Basicamente a atividade superficial das partículas de sílica é baixa.
– O emprego de Silanos específicos ativam os grupos silanois existentes na sílica, intensificando a atividade superficial e interação com os elastômeros, resultando em melhor reforçamento.
* Compostos vulcanizados por enxofre, usar Organo Silanos Compostos vulcanizados por peróxidos, usar Vinil Silanos
SÍLICA PRECIPITADA
• Umidade:
– Sílica Precipitada, normalmente contém quantidade de aprox. 7% de umidade, devido ao processamento de produção.
– Grande porte desta umidade, é melhor que seja retirada nos processamentos de mistura com o elastômero (processar em temperaturas 110 a 120º C, quando possível).
– Adicionar dessecantes no composto (óxido de cálcio.
– Sílicas Precipitadas são Higroscópicas, mantém embalagens hermeticamente fechadas.
SÍLICA PRECIPITADA
• Sinônimos: - Sílica Precipitada Amorfa - Dióxido de Silicio - Sílica Precipitada - Sílica Amorfa - Sílica Hidratada
• Características do Tipo mais Comum usado em Borracha:
• Diâmetro de Partícula....................................... de 5 a 25 nm• Área Superficial..................................................de 155 a 195 m2/g• PH (5g/100 ml H20)..............................................de 6,0 a 7,2• Densidade Aparente...........................................0,22 g/cm3
• Densidade Real................................................... 2,0 g/cm3
• Teor de Umidade a 105 º C................................ 6 a 7 %• Perda no Fogo a 900 º C.................................... ~11%
• Finalidade de Uso:
– Reduzir custo do composto– Facilitar processamento; Mistura; Extrusão; Calandragem,
etc.– Melhora estabilidade dimensional, principalmente perfis
extrusados.– Reduz contração em artefatos de alta dureza.– Melhora isolamento elétrico.
• Tipos mais Comuns:- Caulin - Mica Moída - Calcita
- Talco Industrial - Alumina Hidrada - Diatomita - Carbonato Cálcio - Amianto em Pó - Outras - Carbonato Magnésio - Dióxido Titânio - Carbonato de Bário - Sulfato Bário - Óxido de Cálcio
- Sulfato Cálcio
CARGAS INERTES
MECANISMO DE REFORÇAMENTO
• Como acontece o efeito de reforçamento?
– Durante a mistura e incorporação Elastômero/Carga, as macromoléculas elastoméricas envolvem as partículas/estruturas das cargas, penetrando nas macroporosidades e nos espaços interpartículas, ligando umas às outras, e, pela atração da atividade superficial, ocorre forte aderência.
– Assim, dividindo os eforços, solicitantes externos emtensões reativas internas, distribuídas entre as moléculas elastoméricas e a carga. Ver figuras 3, 4, 5 e 6.
FIGURA 3
FIGURA 4
FIGURA 5
FIGURA 6
MÓDULO 3
PARA COSTOS DE PLASTIFICANTES
PARA COMPOSTOS DE BORRACHA
ASSUNTOS• O que são Plastificantes;• Para que os usamos em compostos de Borracha;• Como Auxiliar de Processamento:• Como Extendedores;• Propriedades no Composto Cru e Vulcanizado;• Escolha do Plastificante;• Classificação dos Plastificantes;• Peptizantes, Como Funcionam;• Qual efeito Peptizante;• Peptizantes Base Química e Nomes Comerciais;• Peptizantes de Ação Física;• Famílias de Plastificantes;• De Origem Vegetal;• Do Carvão ou Piche;
ASSUNTOS
• Derivados de Petróleo;• Característica Químicas Básicas;• Estrutura Molecular dos Óleos;• Plastificantes Parafínicos;• Plastificantes Naftênicos;• Plastificantes Aromáticos;• Plastificantes de Petróleo;• Classificação;• Formações Hidrocarbônicas Secundárias;• Propriedades Físicas de Controle;• Tabelas 01, 02, 03 e 04;• Plastificantes Sintéticos;• Emprego;
ASSUNTOS
• Necessidade de Uso;• Algumas Famílias de Plastificantes Sintéticos;• Influência da Viscosidade do Plastificante;• Tabelas 05 e 06;• Outros Tipos de Plastificantes;• Conclusão.
PLASTIFICANTES
• Como Auxiliar de Processamento:
- Diminui a viscosidade do composto;
- Melhora a dispersão e incorporação
das cargas;
- Melhora extrusão, injeção, moldagem
e calandragem;
- Alguns tipos, intensificam o Tack.
PLASTIFICANTES
• O que são os Plastificantes para
Borracha?
- Basicamente são Óleos de diversas naturezas.
• Para que os usamos em compostos
de Borracha?
- Como auxiliar de processamento;
- Como extendedores (reduzir custo);
- Oferecem algumas propriedades es-
peciais no composto cru ou após vul-
canizado.
PLASTIFICANTES
• Como Extendedores: - Alguns compostos são usados em
altas quantidades em combinação com
altos teores de carga para redução de
custo.
PLASTIFICANTES
• Propriedades especiais no composto
cru / vulcanizado:
- Cru, ajusta viscosidade, aumenta a fuidez, melhora o Tack;
PLASTIFICANTES
- Vulcanizado; baixa dureza; melhora resis-
tência à flexão; diminui a D.P.C.; melho- ra resistência ao frio; melhora
resiliência; aumenta o alongamento; reduz flama- bilidade; reduz módulos e tensão de ruptura, etc.
ESCOLHA DO PLASTIFICANTE
• Critérios para escolha do plastifican- cante: - Compatibilidade entre o polímero e o plastificante; - Volatilidade durante o processamento do composto; - Não interferir no sistema de cura do composto;
- Resistência à extração por óleos, graxas e solventes (vulcanizados); - Baixa volatilidade em altas temperatu- ras (vulcanizados); - Resistência a descoloração e tendência ao manchamento; - Não degradar as propriedades físico-quí- micas do artigo vulcanizado; - Segurança de manuseio e toxidade do artefato final.
ESCOLHA DO PLASTIFICANTE
CLASSIFICAÇÃO DOS PLASTIFICANTES
• Plastificantes de ação química (Peptizantes) .
• Plastificantes de ação física.
PEPTIZANTES
• Como funcionam: - Atuam no início da mastigação;
- Promovem a formação de radicais livres, fixam oxigênio nas
pontas das moléculas elastoméricas;
- Reduz o peso molecular médio das
cadeias elastoméricas;
- Impedem o reagrupamento das cadeias;
- A ação peptizante é interrompida por in gredientes sulfurosos;
- Usa-se normalmente em NR, IR, SBR e CR.
PEPTIZANTES
PEPTIZANTES
• Qual o Efeito Peptizante:
- Reduz o esforço mecânico do misturador; - Reduz o tempo de Plastificação (Mastigação); - Reduz o consumo de energia na mistu ra; - Reduz a geração de calor durante a mistura;
- Aumenta a segurança à pré-vulcanização;
- Alguns tipos, melhoram o Tack.
• Usa-se 0,1 a 0,5 phr, dependendo do Elastômero.
PEPTIZANTES
PEPTIZANTES
• Base química dos Peptizantes:
- Derivados Sulfonados;
- Sais de Pontaclorotiofenol;
- Mercaptans Aromáticas;
- Hidazinas Aromáticas;
- Derivados de Imidazol.
• Alguns Nomes Comerciais:
- Renacit 7 (Bayer)
- Renacit 11 / WE (Bayer)
- Pepplas 222 (Parabor)
- Struktol A-86 (Parabor)
- Seriac A-46 (Seriac)
- Vanax 552 (Vanderbilt), uso em CR
PEPTIZANTES
PLASTIFICANTES AÇÃO FÍSICA
- Plastificante de ação lubrificante (I; Pg.3)
- Plastificante de ação diluente (II; Pg. 4)
- Plastificante de ação encapsulante (Ho-
mogeneizante). (III; Pg. 4)
- Plastificante de ação solvente (IV; Pg. 4)
- Plastificantes promotores de Tack (V;
Pg. 4)
- Plastificantes específicos (VI; Pg. 5)
PLASTIFICANTES AÇÃO FÍSICA
FAMÍLIAS DE PLASTIFICANTES
• Estes basicamente se dividem em
quatro famílias distintas:
- Plastificantes de origem vegetal
- Plastificantes de carvão ou piche
- Plastificantes derivados de petróleo
- Plastificantes sintéticos
PLASTIFICANTES DE ORIGEM VEGETAL
- Pouco usado atualmente
- Uso como promotor de Tack
- Basicamente usado o BREU e o
Alcatrão de Pinho
PLASTIFICANTES DECARVÃO OU PICHE
- Pouco usado na atualidade
- Basicamente a Cumarona Indeno
- Uso para melhorar a resistência à tração
- Reduz o crescimento de trincas em tra-
balho dinâmico
- Não indicado para artigos claros
- Não indicado para artigos submetidos a
baixas temperaturas
PLASTIFICANTES DERIVADOS
DE PETRÓLEO
- Estes são os mais usados em compostos de borracha.
• São separados por suas aplicações
como:
- Óleos Extensores quando usado na
produção do Elastômero (SBR; BR; IR;
EPDM)
- Plastificante usado no composto (consi- derado na formulação)
PLASTIFICANTES DERIVADOS DE PETRÓLEO
PLASTIFICANTES DERIVADOS DE PETRÓLEO
• Características Químicas Básicas:
- São Hidrocarbonetos
- Contém entre 25 e 35 átomos de car-
bono na molécula
- Conforme a disposição destes carbonos
na estrutura dos óleos, pode-se obter:
- Óleos Parafínicos (Fig. 1)
- Óleos Naftênicos (Fig. 2)
- Óleos Aromáticos (Fig. 3)
PLASTIFICANTES DERIVADOS DE PETRÓLEO
FIGURAS 01, 02 e 03
H H H H H H H H H
| | | | | | | | | - - - C - C - C - C - - - ou - - - C - C - C - C - C - - - H H H H H H H
H - C - H H - C - H
H H
FIGURA 1 - Estrutura Molecular do Óleo Parafínico
FIGURA 2 FIGURA 3 Estrutura molecular Estrutura molecular do óleo naftênico do óleo aromático
| |H
HH HH
H
H
H
H H H
H
H
H
H H
|- - - C | H
H H
| | C C --- | | H H
H H
H
|H
|
PLASTIFICANTES PARAFÍNICOS
- São combinações lineares ou ramifica-
das de ligações simples entre carbono e
hidrogênio;
- Apresentam-se como um fluído quase
transparente;
- Considerados não manchantes;
- São de baixa polaridade;
- São menos voláteis (mais estáveis e altas
temperaturas);
- São muito compatíveis com Borrachas
Butílicas e EPDM;
- Apresentam maior dificuldade de incor-
poração em outros tipos de Elastômeros.
PLASTIFICANTES PARAFÍNICOS
PLASTIFICANTES NAFTÊNICOS
- São combinações hidrocarbônicas com tendência à formação de anéis cíclicos;
- Apresentam melhor compatibilidade com Elastômeros de média a alta polari- dade;
- Tem viscosidade mais elevada que os óleos parafínicos;
- Mostram-se com coloração mais opaca
(translúcida)
- Também podem ser considerados como
não manchantes.
PLASTIFICANTES NAFTÊNICOS
PLASTIFICANTES AROMÁTICOS
- São óleos com estrutura hidrocarbônica
primária, contendo 6 átomos de carbo-
no em forma de anel, unidos por liga-
ções simples e duplas, alternadas;
- São óleos de coloração bastante escura;
- São considerados como manchante;
- São óleos mais pesados e de viscosida-
de elevada;
- As duplas ligações em sua estrutura o tor-
na muito compatível com os Elastômeros
de cadeias insaturadas;
- São os óleos mais usados como extenso-
res na produção de Elastômero;
PLASTIFICANTES AROMÁTICOS
- São pouco estáveis a altas temperatu-
ras (são mais voláteis);
- São mais facilmente extraídos em testes
de imersão em solventes;
PLASTIFICANTES AROMÁTICOS
PLASTIFICANTES DERIVADOS DE PETRÓLEO
• Classificação:
- Óleos Parafínicos: os que tem mais de
55% de hidrocarbonetos parafínicos
na sua estrutura molecular;
- Óleos Naftênicos: os que tem mais de
35% de hidrocarbonetos naftênicos na
sua estrutura molecular;
- Óleos Aromáticos: os que tem mais de
35% de hidrocarbonetos aromáticos na
sua estrutura molecular;
- Outras formações de hidrocarbônicas
secundárias:
- Compostos Polares; Asfaltenos e Ole-
nos e Olefínicos;
PLASTIFICANTES DERIVADOS DE PETRÓLEO
PLASTIFICANTES DERIVADOS DE PETRÓLEO
• Formações Hidrocarbônicas Secun-
dárias:
- Compostos Polares: - o excesso destes,
no plastificante podem alterar o sistema
de cura da borracha e intensificar o
efeito manchante;
- Asfaltenos: - interfere na dispersão das
cargas, enrigece o composto, diminui
o Tack, provoca bolhas e outros defeitos
nos artefatos;
- Olefínicos: - apresentam duplas ligações
entre átomos de carbono, tornando
instável o composto;
PLASTIFICANTES DERIVADOS DE PETRÓLEO
- Parâmetros de escolha ideal dos plasti-
ficantes, referentes a limites de hidrocar-
bonetos secundários e fixado pela Nor-
ma ASTM –D-2226.
PLASTIFICANTES DERIVADOS DE PETRÓLEO
PLASTIFICANTES DERIVADOS DE PETRÓLEO
• Propriedades Físicas de Controle: - Cor: conforme Norma ASTM-D-1500; - Densidade: conforme Norma ASTM-D- 1298; - Viscosidade: conforme Norma ASTM-D- 287; - Constante Viscosidade-Gravidade “VCG”: conforme Norma ASTM-D-2501;
- Ponto de Fulgor: conforme Norma ASTM-
D-92;
- Ponto de Fluidez: conforme Norma ASTM-
D-97;
- Ponto de Anilina: conforme Norma ASTM
D-622;
- Índice de Refração: conforme Norma
ASTM-D-1218;
PLASTIFICANTES DERIVADOS DE PETRÓLEO
• Ver TABELAS N°s. 01, 02, 03 e 04.
PLASTIFICANTES DERIVADOS DE PETRÓLEO
Propriedades Parafinico Relativamente Naftênico Relativamente Aromático Altamente
Naftênico Aromático Aromático
Densidade Kg/dm3 0,816 a 0,840 0,840 a 0,890 0,840 a 0,900 0,900 a 1,015 0,950 a 1,025 0,950 a 1,025
Viscosidade SSU (98,9 oC) 29 a 31 32 a 66 36 a 41 70 a 136 70 a 140 70 a 150
VGC 0,791 a 0,820 0,821 a 0,850 0,851 a 0,900 0,901 a 0,950 0,951 a 1,000 > 1,001
Ponto de Fulgor oC 112 a 260 112 a 260 140 a 190 160 a 260 160 a 260 160 a 260
Ponto de Fluidez oC até -15 até -9 até - 27 até - 20 até 6 até 10
Ponto de anilina oC 75 a 107 75 a 107 60 a 70 35 a 45 ------------------ ------------------
Indice de Refração 2O ºC. 1,449 a 1,488 1,449 a 1,496 1,482 a 1,502 1,482 a 1,502 1,584 a 1,606 1,584 a 1,606
Hidroc. Aromáticos Ca% < 10 < 15 0 a 30 25 a 40 35 a 50 > 50
Hidroc. Naftênicos Cn% 25 a 35 25 a 40 30 a 45 20 a 45 25 a 40 < 40
Hidroc. Parafínicos Cp% 60 a 75 55 a 65 35 a 55 25 a 45 20 a 35 < 25
Saturados % > 65 > 65 35 a 65 20 a 35 < 20 < 20
Cor Transparente Translucido Translucido turvo Translucido Escuro Muito escuro
Nota : É conveniente sempre solicitar o certif icado de análise das propriedades dos Óleos Plastif icantes ao fornecedor, em cada remessa adquirida.
TABELA 01
Óleos Plastificantes Derivados de Petróleo
Características
A viscosidade Mooney do composto é muito afetada com a adição de óleos plastif icantes, quanto maior o teor de plastif icante
Viscosidade (dentro dos limites) maior também será o decréscimo da viscosidade do composto. Óleos com viscosidade "SSU" mais elevadas
Mooney como por exemplo os aromáticos, produz menor redução da viscosidade mooney do composto, enquanto os óleos de viscosidade
SSU reduzida como os parafínicos, proporcionam maior redução na viscosidade Mooney do composto.
A adição de óleos plastif icantes ( dentro dos teores limites ) nos compostos de borracha auxilia muito a incorporação de cargas e
Processamento demais ingredientes, proporciona menor geraçao de calor na mistura em processamento e menor consumo de energia. Os óleos
de Mistura plastif icantes aromáticos e naftenicos incorporam-se mais rapidamente que os óleos parafinicos, também, a escolha de óleos de
menor viscosidade SSU permite mais rapidez de incorporação nos compostos de borracha.
O efeito lubrif icante oferecido pelos óleos plastif icantes derivados de petróleo, auxilia moderadamente nos processos de confor-
Processamento mação, como; extrusão, calandragem, injeção, moldagem por compressão e transferência, facilitando a f luidez do composto,
de Conformação reduzindo rebarbas e melhorando a desmoldagem. Alguns plastif icantes ainda melhora o tack dos compostos proporcionando melhor
uniformidade na união entre camadas de borracha.
A velocidade de vulcanização não sofre inf luência signif icativa pelos plastif icantes, pode-se dizer que sistemas de vulcanização
Vulcanização por enxofre somente são afetados negativamente quando o teor de compostos polares nos plastif icantes são superiores a 10%.
Quando o sistema de cura do composto é por peróxidos é aconselhável evitar o emprego de plastif icantes aromáticos, é prefe-
rivel usar óleos parafínicos.
TABELA 02
Influência dos Plastificantes nos Compostos Cru
Influência
Propriedades
Dureza A dureza do artefato vulcanizado tende a reduzir com o aumento do teor de óleo plastif icante no composto. Plastif icantes de
viscosidade SSU mais elevada proporciona um efeito ligeiramente maior, na redução da dureza no artefato f inal.
Com o acréscimo do teor de óleos plastif icantes no composto, a tensão de ruptura bem como os módulos tendem a diminuir,
Tensão de ruptura porém, o alongamento a ruptura aumenta.
Alongamento à ruptura O emprego de plastif icantes aromáticos de viscosidade SSU maior, proporciona um pequeno aumento na tensão de ruptura,
e módulos com diminuição no alongamento a ruptura e módulos.
Os plastif icantes naftênicos e parafinicos apresentam propriedades semelhantes.
A adição de plastif icantes nos compostos de borracha provocam redução na resistência ao rasgamento dos artefatos vulcani-
Resistência zados, se esta for uma propriedade importante do artefato, recomenda-se reduzir a quantidade de plastif icante no composto
ao rasgamento e escolher tipos de cargas reforçantes mais indicadas para tal propriedade.
O emprego de óleo plastif icante em si nos compostos, não altera a resistência a abrasão do produto vulcanizado, o que se enten-
Resistência de é que com a adição de óleo plastif icante na composição torna-se possível aumentar os teores de cargas como negro de fumo
a abrasão e sílicas que proporcionam grande incremento na resistência a abrasão dos artefatos vulcanizados.
A deformação permanente a compressão tambem não sofre signif icativa influência dos óleos plastif icantes. Como regra prática
Deform. Permanente é aconselhável usar pequenas quantidades de óleo, e preferencialmente indicar os parafínicos ou naftênicos de mais alta visco-
a Compressão "DPC" sidade, principalmente devido a melhor resistência a altas temperaturas que o teste de DPC exige.
É comprovado que os plastif icantes interferem signif icativamente nas propriedades dinâmicas dos artefatos vulcanizados. Os
Propriedades plastif icantes parafínicos de baixa viscosidade melhoram a resiliência, enquanto os plastif icantes aromáticos melhoram a resis-
dinâmicas tência a propagação de trincas em testes de flexão, porém a histerese é maior.
Em se tratando de óleos plastif icantes derivados de petróleo, os mais indicados para artefatos vulcanizados submetidos a baixas
Flexão temperaturas são os parafínicos ou naftênicos de baixa viscosidade e baixo ponto de fluidez, porém, a escolha do polímero é
a baixas temperaturas muito importante e se a condição de baixa temperatura for um requisito extremamente signif icativo, aconselha-se utilizar plastif i-
cantes sintéticos.
Os plastif icantes com maior quantidade de hidrocarbonetos aromáticos são considerados como manchantes. Os plastif icantes
Descoloração naftênicos podem provocar pequeno manchamento e os parafínicos podem ser considerados como não manchantes, porém se
e manchamento submetidos a algumas condições de calor e luz, poderão provocar descoloração do artefato.
TABELA 03
Influência dos Plastificantes nos Compostos Vulcanizados
Influência
Tipos de óleosPlastificantes NR SBR BR NBR CR CSM EPDM IIR
Parafínico A A A I I I A A
Relativamente Naftênico A A A I I I A A
Naftênico A A A L L L A L
Relativamente Aromático A A A L A A L I
Aromático A A A L A A L* I
Altamente Aromático A A A L A A L* I
A = Boa compatibilidadeL = Compatibilidade limitadaI = IncompatívelL* = Compatibilidade muito limitada
Famílias de elastômeros
Compatibilidade dos Óleos Plastificantes com os Elastômeros
TABELA 04
PLASTIFICANTES SINTÉTICOS
• Emprego:
- Plastificantes Sintéticos são normal-
mente usados em Elastômeros de média a alta performance técnica, como:
Borrachas Nitrílicas, Policloroprenos
. Polietileno Clorosulfonados “Hypalon”,
. Polietileno Clorado,
. Borrachas Poliacrílicas,
. E diversos Termoplásticos.
PLASTIFICANTES SINTÉTICOS
PLASTIFICANTES SINTÉTICOS
• Necessidade do Uso: - Estes são normalmente indicados quan-
do o artefato final exija:
. Baixíssima extração por solventes,
. Superior resistência a baixas ou altas
temperaturas,
. Melhor estabilidade de extração por
produtos químicos,
. Artefatos claros e coloridos,
. Artigos para contato com alimentos ou
médico farmacêuticos.
NOTA: - Normalmente os plastificantes sin-
téticos são mais polares.
PLASTIFICANTES SINTÉTICOS
PLASTIFICANTES SINTÉTICOS
• Algumas Famílias de Plastificantes Sintéticos: - Monoesteres: - Butil-oleato (Base; ácidos monobásicos com ál- cool); - Diesteres: - DI-2–Etilexil-Adipato (Base; ácidos dibásicos com ál- cool); - Glicois: - Trietileno Glicol (Base, ácidos monobásicos com glicol);
- Triesteres: - TRI-2-Etilexil-Trimelitato (base;
ácidos tribásicos com álcool
ou ácidos monobásicos com
glicerol);
- Poliesteres: - Plastificantes poliméricos
(base; ácidos dibásicos com
glicois)
PLASTIFICANTES SINTÉTICOS
- Fosfatos: - Isodecil Difenil Fosfato; Trialil
Fosfato.
* Plastificantes Monoesteres, Diesteres, Tries-
teres e Eposidados; são de menor viscosi-
dade,
* Plastificantes Poliesteres são de mais alta
viscosidade.
PLASTIFICANTES SINTÉTICOS
PLASTIFICANTES SINTÉTICOS
• Influência da Viscosidade do Plastifi-cante Sintético nos compostos e ar-tefatos de Borracha
- Resistência à Extração; melhor os de alta viscosidade; - Resistência à Baixas Temperaturas; me- lhor os de baixa viscosidade;
- Poder Extensor; melhor os de alta viscosi-
dade;
- Poder Lubrificante; melhor os de baixa
viscosidade;
- Manuseio; melhor os de baixa viscosida-
de.
* Observar o tipo mais indicado para cada
família de Elastômeros.
PLASTIFICANTES SINTÉTICOS
PLASTIFICANTES SINTÉTICOS
• Nomes técnicos e família química de
alguns plastificantes sintéticos —
TABELA 5.
• Orientação para escolha de plastifi-
cante sintético, segundo o Elastôme-
ro usado — TABELA 6.
Familia AbreviaturasOrigem Técnicas
DBEA Dibutoxietil AdipatoAdipatos DBEEA Dibutoxietoxietil Adipato
DOA Dioctil AdipatoDIDA Diisodecil AdipatoDINA Diisononil Adipato
ESO Óleo de soja epoxidadoEpoxis G60 Óleo de soja epoxidado
G62 Óleo de soja epoxidadoIOES Isooctil Epoxi Estearato
Fosfatos IDdPF Isodecil Difenil FosfatoTrAF Trialil Fosfato
BBP Butilbenzil FtalatoDBP Dibutil Ftalato
Ftalatos DIDP Diisodecil FtalatoDOP Dioctil FtalatoDUP Diundercil FtalatoDTDP Ditridecil Ftalato
25P Polimérico Sebaçato Viscos. 200.000 CPS300P Polimérico Viscosidade 3.300 CPS
Poliméricos 330P Polimérico Viscosidade 5.800 CPS7046P Polimérico Gluterato Viscos. 12.000 CPS7092P Polimérico Gluterato Viscos. 24.000 CPS
TIDTM Triisodecil TrimelitatoTrimelitatos TOTM Trioctil Trimelitato
TIOTM Triisooctil Trimelitato
Sebaçatos DOS Dioctil Sebaçato
Glutaratos DBEEG Dibutoxietoxietil GluteratoDBEG Dibutoxietil Gluterato
Nota : Os fabricantes de Plastificantes sintéticos normalmente identificam seus produtos comnomes comerciais próprios, portanto no caso de dúvidas na indicação, aconselhamos informarao fornecedor (Fabricante do Plastificante) o nome técnico do produto.
Nome Técnico
Nome Técnico de alguns plastificantes sintéticos
TABELA 05
BORRACHA ALTA POLISSULFETOS POLIACRÍLICAS NITRÍLICAS POLICLOROPRENOS NATURAL EPDM BAIXA
POLARIDADE I I I I I I I I I I POLARIDADE
POLIURETANOS EPICLORIDRINAS POLIETILENO ESTIRENO POLISOPRENO BUTÍLICAS
CLOROSSULFONADO BUTADIENO
------------
DUP
DOS
168 horas a 150 oC 70 horas a 100 oC. 70 horas a 100 oC. --------
------------
DOP
G - 60
-20 oC
-30 oC
7 DIAS A 121 C ---------- ---------- 7 DIAS A 70 oC -20 oC
DOP
DOS ------------
DOP
DBEA
DOA
-35 oC
70 horas a 100 oC. 70 horas a 100 oC. 70 horas a 100 oC.
DOAIDdPF
BBP DUP
-25 oC70 horas a 125 oC.70 horas a 125 oC.
TrAF DBEA ; TrAF DBEA ; TrAF
IDdPF
BBP
IDdPF
70 horas a 100 oC.
DOA ; DOP DOP ; DOA
DBEA
DOP
70 horas a 100 oC. 70 horas a 100 oC.
TOTM ; DBEA
BBP ; DUP
IDdPF BBP
DOS
DOP
TOTM ; G-62
(MÉDIO TEOR DE
ACRILONITRILA)
NBR
CR
70 horas a 125 oC.
70 horas a 100 oC.
CSM
CPE
TOTM
(BAIXO TEOR DE
ACRILONITRILA) 70 horas a 100 oC.
BBP ; DOP
DOA
DOA ; BBP
DOP ; DUP
70 horas a 100 oC.
IMERSÃO EM
ÁGUA
P R O P R I E D A D E S D E S E J A D A S
NBR DOABBP ; DUP
DE
ELASTÔMEROS
RESISTÊNCIA A
BAIXAS TEMP.
IMERSÃO EM
ÓLEO ASTM 3
REFERÊNCIA PARA ESCOLHA DE PLASTIFICANTES SINTÉTICOS
TABELA 06
Situação de polaridade de alguns elastômeros
FAMILIA
ENVELHECIMENTO
EM AR QUENTE
IMERSÃO EM
ÓLEO ASTM 1
TOTM
TEOTM
DOP
TOTM
PLASTIFICANTES
• Outros tipos:
- Polímeros de muito baixo peso molecular, como: NBR (Hycar 1312; Nipol 1312 LV) CR (Neoprene FB)
Polisulfetos (Thiocol LP)
FPM (Viton A-100)
Factices Factis Branco
Factis Amarelo
Factis Marrom
PLASTIFICANTES
PLASTIFICANTES
• Conclusão:
- O principal objetivo aqui buscado é a
tentativa de orientação do tecnologis-
ta na escolha mais acertada, deste ti-
po de ingrediente de formulação, em
função das propriedades de processa-
mento e do artefato final,em Borracha.
MÓDULO 4
162
VULCANIZAÇÃO
TEORIA E
MÉTODOS
163
ASSUNTO
- Histórico;- Descoberta da Vulcanização;- Aprimoramentos;- Constituição Estrutural;- Figura 1 , Borracha Crua;- Vulcanização;- Figura 2, 3 Bor. Vulcanizada;- Aceleradores de Vulcanização;- Primeiras Formulações de Borracha;- Vulcanização; Mudança de Estado;- Tempo e Velocidade de Vulcanização
164
ASSUNTO
- Temperatura de Vulcanização;- Espessura da parede do artefato;- Ingredientes de Vulcanização;- Ativadores de Vulcanização;- Agentes de Vulcanização;- Quantidade de Enxofre;- Doadores de Enxofre- Tabela 01- Agentes de Cura não Sulforosos- Peróxidos- Figura 04
165
ASSUNTO- Tabelas 02 e 02-A- Cura por Resinas;- Aceleradores de Vulcanização- Escolha dos aceleradores- Quantidade indicada;- Reação de Vulcanização- Figuras 05, 05, 07, 08- Características da Reometria- Classificação dos aceleradores- Tabela 03- Velocidade dos aceleradores- Figura 09
166
ASSUNTO
- Combinação de Aceleradores- Família dos aceleradores – ação- Tabela 04- Família dos aceleradores – ação- Tabela 05- Família de aceleradores – ação- Tabela 06- Família de Aceleradores – ação- Tabela 07- Família de aceleradores – ação - Tabela 08- Família de aceleradores – ação - Tabela 09- Outros Aceleradores- Conclusão
167
HISTÓRICO• Primeiras notícias da descoberta da borracha natural: - Na época da descoberta das Américas por Cristóvão
Colombo
• Interesse pelo material: - Marinheiros de Colombo observaram nativos da América Central, confec- cionaram bolas e outros artigos com a seiva de “CAUCHUC”
168
HISTÓRICO
• Uso de “CAUCHUC”pela civilização:
- Espalmação sobre tecidos de algodão
para melhor resistência a água e ao in-
temperismo;
• Inconveniente:
- Em épocas frias o tecido espalmado se
tornava rígido e, no calor ficava pega-
joso.
169
DESCOBERTA DA VULCANIZAÇÃO
• Por Charles Goodyear, em 1839
- Observou que adicionando enxofre ao
látex natural e, submetendo a eleva-
das temperaturas, o material mudava
suas características, tornando-se elásti-
co, estável nas mudanças climáticas e
não mais era pegajoso.
170
APRIMORAMENTOS
• A borracha usada por Goodyear mais tarde,recebe o nome de “Bor- racha Natural”
• A experiência de Goodyear continha:
- 100 partes de borracha natural - 8 partes de enxofre Tempo de vulcanização 5 horas à 150°C
171
APRIMORAMENTOS
• Comportamento térmico da borracha:
- Má condutora de calor;
- Adição de óxidos metálicos reduz tempo de vulcanização em ~ 50%.
172
CONSTITUIÇÃO ESTRUTURAL
• Estruturação Molecular:
- Borrachas são gigantescas cadeias mo-
leculares chamadas Polímeros (poli =
muitas; metros = partes), iguais e repeti-
tivas, entrelaçadas entre si. (Figura 1).
173
CONSTITUIÇÃO ESTRUTURAL
• Constituição
- Basicamente formada de hidrocarbo-
netos-naturais (C – H).
• Como se apresentam:
- Em fase intermediária entre os sólidos
rígidos e os líquidos fluídos (viscoelásti-
cos).
174
FIGURA 1
175
VULCANIZAÇÃO
• Mudança de Estado: - Reação de vulcanização provoca mu- dança de estado; de plástico para elás- tico.
• Como ocorre: - Através da reação química entre um agente de cura (Ex.: Enxofre) e pontos específicos (insaturações) nas cadeias
poliméricas.
176
VULCANIZAÇÃO
• Qual o Resultado:
- Ligação entre duas ou mais cadeias da
massa polimérica (Figuras 2 e 3).
177
FIGURA 2
178
FIGURA 3
179
ACELERADORES DE VULCANIZAÇÃO
• Condução Térmica:
- Embora os Óxidos Metálicos diminuis-
sem o tempo de vulcanização, ainda,
para a produção industrial a vulcaniza-
ção era muito demorada.
180
ACELERADORES DE VULCANIZAÇÃO
• Aceleradores, Descoberta:
- O enslanger descobre em 1906 que a
anilina + Óxido de Zinco e Enxofre, re-
duz significativamente o tempo de vul-
canização.
• Derivados de Anilina:
- Devido a toxidade, a anilina foi logo
substituída por seus derivados.
181
PRIMEIRAS FORMULAÇÕES DE BORRACHA
• Interesses Industriais:
- Dominando a vulcanização por enxo-
fre, e o tempo de cura sob controle,
a borracha despertava interesse de uso
em pneumáticos automotivos e bici-
cleta.
182
PRIMEIRAS FORMULAÇÕES DE BORRACHA
• Primeiras Formulações:
- Borracha Natural 100 partes + Óxido de
Zinco 5 partes + Ácido Esteárico 2 partes
+ Carbanilina.
- Em 1921, com a descoberta do MBTS e
do MBT a Carbanilina foi substituída, na
formulação.
183
PRIMEIRAS FORMULAÇÕES DE BORRACHA
• Resultados Técnicos do Composto
- Maior resistência ao envelhecimento;
- Melhores propriedades físicas;
- Maior facilidade de processamento;
- Maior estabilidade ao intemperismo;
- Maior resistência à luz;
- Armazenamento por longo tempo.
184
VULCANIZAÇÃO MUDANÇA DE ESTADO
• Condições para Vulcanização:
- Compostos de Borracha quando sub-
metidos a elevadas temperaturas sob
pressão e por certo período de tempo,
passa do estado plástico para o esta-
do elástico.
185
VULCANIZAÇÃO MUDANÇA DE ESTADO
• Estado Plástico; Borracha Crua
altamente deformável, após retirada a
carga externa, não volta a condição
inicial;
• Estado Elástico; Borracha Vulcanizada
Deforma elasticamente; após retirada
a carga solicitante, volta a condição
inicial.
186
TEMPO E VELOCIDADE DE VULCANIZAÇÃO
Aumentando o tempo de vulcaniza-
ção:
- Dureza
- Tensão de Ruptura
- Módulos
- D P C
- Alongamento à ruptura
Tendem a aumentar
187
TEMPO E VELOCIDADE DE VULCANIZAÇÃO
- Em alguns tipos de borracha, largos
tempos de vulcanização poderá
provocar reversão.
188
TEMPERATURA DE VULCANIZAÇÃO
• Elevadas Temperaturas de Vulcani- zação: - Reduzem o tempo de vulcanização, - São usadas para vulcanização de ar- tefatos de finas espessuras, - Podem queimar a superfície dos arte- fatos, - Podem danificar o artefato, na linha de fechamento do molde.
189
TEMPERATURA DE VULCANIZAÇÃO
• Baixas Temperaturas de Vulcanização:
- Aumentam demasiadamente o tempo
de vulcanização,
- Poderá produzir artefatos semi-vulcanizados
com propriedades mecânicas inadequadas.
190
TEMPERATURA DE VULCANIZAÇÃO
• Faixa ótima de Temperatura de Vulcanização:
- Entre 135°C a 200°C;
- Observar escolha correta dos agentes
de cura.
191
ESPESSURA DA PAREDE DO ARTEFATO
• Tempo de Vulcanização em função da
da parede do artefato
- A equação abaixo é originada de arti-
fício empírico, porém, oferece resulta-
dos com boa margem de precisão:
192
ESPESSURA DA PAREDE DO ARTEFATO
Ttv = (e – 6).5 + To
6
Ttv = Tempo total de vulcanização e minutos;
e = Maior espessura de parede do artefato em milímetros.
To = Tempo ótimo de vulcanização do corpo de prova ou
Tempo de Reômetro em minutos.
193
ESPESSURA DA PAREDE DO ARTEFATO
NOTA: Para dedução da equação
acima, usou-se temperatura de
150°C como referência.
194
INGREDIENTES DE VULCANIZAÇÃO
• Praticamente, os sistemas de vulca-
nização de compostos de borra-
chas convencionais estão constituí-
dos pelos seguintes ingredientes:
- Atividades de Vulcanização;
- Agentes de Vulcanização;
- Aceleradores de Vulcanização.
195
ATIVADORES DE VULCANIZAÇÃO
• Estes ingredientes atuam da seguin- te forma: - Normalmente combina-se, um óxido metálico com um ácido graxo.
- Esta combinação ativa a decompo-
sição do enxofre “S8” em seus elementares.
196
ATIVADORES DE VULCANIZAÇÃO
- Estes elementares atuam sobre os pontos
de insaturação das cadeias poliméricas,
formando ligação entre elas (pontes de
enxofre).
- Ainda, o óxido metálico, proporciona
maior propagação de calor na massa
polimérica aquecendo-a rapidamente.
197
ATIVADORES DE VULCANIZAÇÃO
- Também, os ativadores atuam em com-
binação com os aceleradores e o agen-
te de cura, formando sais complexos
que respondem por menor tempo de
vulcanização, do composto.
198
AGENTES DE VULCANIZAÇÃO
• Estes são os responsáveis pela reti-
culação (vulcanização) dos com-
postos de borracha.
• Podem ser classificados em duas
categorias básicas, que são:
199
AGENTES DE VULCANIZAÇÃO
Enxofre
- Agentes Sulfurosos
Doadores de
Enxofre
Óxidos metálicos
- Não Sulfurosos Peróxidos
Resinas Específicas
200
AGENTES DE VULCANIZAÇAO• Enxofre:
- O primeiro e, ainda hoje, o mais larga- mente usado, agente de vulcanização para borracha de cadeias insaturadas.
- Este ingrediente, adicionado ao com- composto, em temperaturas elevadas, reage com as ligações olefínicas das cadeias moleculares da borracha, for- mando as ligações cruzadas.
201
AGENTES DE VULCANIZAÇAO
- Seja, os átomos de enxofre combinam-
se com as duplas ligações olefínicas de
carbono, amarrando duas ou mais ca-
deias moleculares, formando as pontes
de enxofre.
202
QUANTIDADE DE ENXOFRE
• Enxofre
- Normalmente emprega-se entre 0,5 a 3,5 phr (para Ebonite > 25 phr).
203
QUANTIDADE DE ENXOFRE
• O aumento do teor de Enxofre resulta em: -Tempo ótimo de vulcanização .............. Não altera
- Tendência à pré-vulcanização ............. Aumenta
- Tensão de ruptura ................................... Aumenta
- Dureza ...................................................... Aumenta
- Módulos ................................................... Aumenta
- Alongamento à ruptura ......................... Diminui
- Resistência ao rasgo .............................. Diminui
- Resiliência ................................................ Aumenta
- DPC ..................................................... Aumenta
- Gonação de calor interno..................... Aumenta
204
DOADORES DE ENXOFRE
• São ingredientes, interessantes para alguns compostos que, sob determinadas temperaturas, se de-
compõem liberando átomos de En- xofre, para promover a vulcanização
(TABELA 1).
205
DOADORES DE ENXOFRE
• Podem ser usados sozinhos ou em
combinação com Enxofre Elementar.
• Sistemas de cura com doares de
Enxofre + Enxofre Elementar, são
chamados de Sistemas Semi-Eficien-
te.
206
DOADORES DE ENXOFRE
• Sistemas de cura usando somente
doares, são chamados Sistema Efi-
ciente;
• Compostos com sistemas de cura
eficiente ou Semi-Eficiente, ofere-
cem melhor resistência ao envelhe-
cimento térmico, porém, menores
propriedades mecânicas dinâmicas.
207
TABELA 01
DOADORES DE ENXOFRE
NOME COMERCIAL NOME TÉCNICO
TEOR DE ENXOFRE %
SULFAZAN R DISSULFETO-DE-DIMORFOLINILA
31
TETRONE A
HEXASSULFETO-DE-DIPENTAMETILTIURÃ
35
TMTD
DISSULFETO-DE-TETRAMETILTIURÃ
13
CPB ( UNIROYAL)
DISSULFETO-DE-DIBUTILXANTATO
21
-
DISSULFETO-DE-ALQUIFENOL
23
208
AGENTES DE CURA NÃO SULFOROSOS
• Óxidos Metálicos (Óx.Zinco; Óx.Mag-
nésio; Óx.Chumbo; Sais de Chumbo)
- Estes funcionam como Agentes de Cu-
ra e Borracha que possuem átomos
ativos periféricos em suas estruturas
moleculares.
209
AGENTES DE CURA NÃO SULFOROSOS
- Os Óxidos Metálicos reagem com os
átomos ativos, formando ligações iôni-
cas extremamente fortes, unindo as
cadeias pelas, semelhantes à
vulcanização,também chamado de
cristalização entre cadeias.
- Vulcanizam-se por este sistema as bor-
rachas:
210
AGENTES DE CURA NÃO SULFOROSOS
- Policloropreno
- Polietileno Clorosulfonao Hypalon(R)
- Nitrílicas Carboxiladas
- Epicloridrinas
- Poliacrílicas
211
PERÓXIDOS
• São empregados como agentes de cura para borrachas com cadeias insaturadas ou saturadas
212
PERÓXIDOS
• Como funcionam:
- Sob a ação de temperatura, os peró-
róxidos se decompõem, formando radi-
cais livres, estes subtraem dois tomos
de hidrogênio criando ligações carbo-
no -carbono entre as cadeias poliméri-
cas, desencadeando a reação de vul-
canização ou cura (FIGURA 04).
213
PERÓXIDOS
• TABELA 02 e 02-A, apresentam informações adicionais sobre alguns peróxidos usados em borracha.
214
FIGURA 04
215
PERÓXIDOS
• Vantagem: - Ligações mais estáveis;
- Maior resistência ao calor;
- Melhor resistência ao envelhecimen-
mento;
- Composto suporta maior tempo de
estoque.
216
PERÓXIDOS
• Desvantagens:
- Custo mais elevado;
- Problemas de cura na presença de oxi-
gênio;
- Plastificantes Aromáticos e Antioxidan-
tes comprometem a cura;
- Ingredientes ácidos inibem a reação
de cura;
217
PERÓXIDOS
- Ingredientes alcalinos ativam a reação
de cura .
• Alguns compostos curados por peró-
xidos, exigem a adição de coagentes
como: TAC; TAIC; TRIM; HVA-2.
218
TABELA 02
Nome Comercial
Nome QuímicoSubstância
Ativa %Temperatura de
Cura º CQuantidade de uso PHR
Características Gerais
Trigonox 101 – 50 DVanox DBPH – 50Luperox 101 XL
2,5 BIS ( Tert-Butylperoxy) –
2,5 Dimethylhexane
50
175/185
5 a 10
Para uso geral, artigos prensados extrusados calandrados, etc.
vulcanizadas em temperaturas elevadas.
Perkadox 14-40-BVulcup 40 KE
BIS (Tert –Butylperoxy
isopropyl) Benzene
40
175/180
3 a 7
Para uso em artigos prensados extrusados, calandrados, etc.
curados em temperatura elevadas
Perkadox – BC-40-KDicup 40RVarox DCP-R
Dicumyl – Peroxide
40
170/175
4 a 10
Para artefatos gerais prensados, extrusados calandrados, etc. bastante compatível com negro de fumo, custo
apreciável. Trigonox – 17-40BVarox 230 XL
Butyl 4,4-BIS (Tert-Butyl
Peroxy) Valerate
40
160/165
4 – 12
Para artigos prensados, extrusados, calandrados etc., vulcanizados em
temperaturas mais reduzidas.
Trigonox –29-40BVarox 231 XL
1,1-BIS (Tert-Butyl Peroxy) – 3,3,5 – Trimethylcyclohexane
40
145/150
4 a 10
Para artefatos de espessura mais grossa com cura em velocidades lenta a média.
Lucidol S – 50SCadox – BCP/BSLuperco AST
Dibenzoyl Peroxide
50
105/110
5 a 10
Cura em baixa temperatura.
Perkadox PD-50SCadoxTS-50Luperco CST
BIS (2,4 – Dichloro Benzoil)
Peroxide
50
90/100
5 a 10
Cura em baixa temperatura
COAGENTE PARA PERÓXIDOS: TAC = Triallyl Cyanurate
TAIC = Triallyl Isocyanurate TRIM = Trimethylol Propane Trimethacrylate HVA-2 = M-Phenylene Dimaleimide
EDMA = Ethylene Glycol Dimethacrylate
Adicionar de 1 a 3 PHR em conjunto com Peróxido p/ composto de EPM, EPDM ou CPE
219
TABELA 02-A
Adicionar de 1 a 3 PHR em conjunto com Peróxido p/ composto de EPM, EPDM ou CPE
COAGENTE PARA PERÓXIDOS: TAC = Triallyl Cyanurate
TAIC = Triallyl Isocyanurate TRIM = Trimethylol Propane Trimethacrylate HVA-2 = M-Phenylene Dimaleimide
EDMA = Ethylene Glycol Dimethacrylate
220
CURA POR RESINAS
• Certos tipos de resinas bi-funcionais
promovem pontes de ligação entre duas moléculas elastoméricas reti- culando-as.
- Resinas Epoxi podem ser usadas em borrachas nitrílicas.
221
CURA POR RESINAS
- Resinas Quinona-Dioxima e Resinas Fenó-
licas são usadas em borrachas butílicas
- Resinas Trietileno-Tetramina, cura elastô-
meros poliacrílicos;
- Resinas Hexametileno-Diamina, cura
elastômeros fluorados e butílicos;
- Resinas Fenol-Formaldeido, cura elas-
tômeros de EPDM, polisobutileno, poliso-
preno, etc.
222
ACELERADORES DE VULCANIZAÇÃO • O que são: - São aditivos de formulação que promovem
redução do tempo de vulcanização;
- Mantém, e, em alguns casos, melhoram propriedades mecânicas dos artefatos finais;
223
ACELERADORES DE VULCANIZAÇÃO
- A eficácia da ação dos aceleradores
são facilmente verificadas em reômetro;
- Podem ser usados um único tipo ou
combinações de aceleradores.
224
ESCOLHA DOS ACELERADORES
• Considerações para escolha:
- Relação entre acelerador e agente
de cura (enxofre);
- Tipo químico de acelerador;
- Velocidade de cura desejada;
- Segurança à pré-vulcanização;
- Compatibilidade destes entre si e com
a borracha;
225
ESCOLHA DOS ACELERADORES
- Possibilidade de migração ;
- Toxidade;
- Nitrosaminas;
- Custo;
- Quantidade a ser indicada.
226
QUANTIDADE INDICADA
• Influência do aumento de acelera- dor no composto e artefato final.
- Tendência à Pré-vulcanização ................ Aumenta
- Tempo de vulcanização .......................... Diminui
- Dureza e Módulos.................................... Aumenta - Tensão de Ruptura ................................... Aumenta
- Alongamento à Ruptura ......................... Diminui
- DPC ........................................................... Diminui
- Calor em trabalho dinâmico ............ Diminui
227
REAÇÃO DE VULCANIZAÇÃO
• Para compreensão da ação dos aceleradores e dos agentes de
cura, num composto, melhor antes
entender a reologia que ocorre du-
rante a reação de vulcanização.
228
REAÇÃO DE VULCANIZAÇÃO
- Aparelho Reômetro FIGURA 05;
- Esquema Interno do Reômetro
FIGURA 06; - Curva Reométrica de Referência FIGURA 07;
- Gráfico Curva Reométrica Típica
FIGURA 08.
229
FIGURA 05
230
FIGURA 06
231
FIGURA 07
232
FIGURA 8
CURVA REOMÉTRICA TÍPICA
233
CARACTERÍSTICAS DA REOMETRIA
• Scorch: - Aquecimento, Plastificação, Fluidez, Segurança de Pré-Vul- canização;
• Cura: - Intervalo de tempo que o composto passa de características
plásticas para elásticas “Vulcanização”.
234
CARACTERÍSTICAS DA REOMETRIA
• Platô: - Estágio que o composto está
vulcanizado e apresentando a performance
técnica desejada.
Reversão: - Alguns tipos de borracha , se o
tempo ou temperatura de vulcanização,
Ultrapassarem certos limites, suas propriedades
poderão ser sacrificadas por reversão.
235
CLASSIFICAÇÃO DOS ACELERADORES
• Os aceleradores são classificados
da seguinte forma:
- Aldeido Aminas
- Guanidinas
- Pela sua família - Tiazóis
- Sulfenamidas
- Tiurams
- Ditiocabamatos
236
CLASSIFICAÇÃO DOS ACELERADORES
- Pela sua disposição - Primário
funcional - Secundário
237
CLASSIFICAÇÃO DOS ACELERADORES
- Partida rápida se-
quência lenta
- Lenta a média
- Pela sua velocidade - Semi-rápido
de cura - Rápido com parti-
da retardada
- Muito-rápida
- Ultra-rápida
• Ver TABELA 03
238
TABELA 03
ACELERADORES ORGÂNICOS
GRUPO QUÍMICO
ALGUMAS MARCAS
COMERCIAIS
CLASSIFICAÇÃO
FUNCIONAL
VELOCIDADE DE
CURA
ALDEIDO AMINAS
HMT
VULKACIT H
SECUNDÁRIO
INÍCIO RÁPIDO COM SEQÜÊNCIA LENTA
GUANIDINAS
T.P.G.D.P.G.
D.O.T.G.
SECUNDÁRIO
LENTA A MÉDIA
TIAZOIS
MBT
MBTSZMBT
PRIMÁRIO
SEMI-RÁPIDA
SAULFENAMIDAS
VULKACIT AZ
TBBSVULKACIT CZ
PRIMÁRIO
RÁPIDO DE INÍCIO
RETARDADO
TIURÃNS
TMTMTMTDTETD
SECUNDÁRIO
MUITO-RÁPIDA
DITIOCARBAMATOS
ZDC
ZBDCZEDC
SECUNDÁRIO
ULTRA-RÁPIDO
239
VELOCIDADE DOS ACELERADORES
• Para melhor entendimento da velo-
cidade de cura dos aceleradores, o
gráfico “FIGURA 09” mostra curvas
comparativas.
240
VELOCIDADE DOS ACELERADORES
• A estrutura da formulação é a mes-
ma com NR, 50 PHr Negro Fumo
N-330, enxofre a ativadores normais,
somente mudando o tipo de acele-
rador.
241
FIGURA 09
GRAFICO COMPARATIVO DA AÇÃO ENERGÉTIDA DOS ACELERADORES
242
COMBINAÇÃO DE ACELERADORES
• Alguns aceleradores são lentos, mas com bom platô, chamados de
Aceleradores Primários, outros oferecem cura rápida – os secundários.
243
COMBINAÇÃO DE ACELERADORES
• Normalmente, combinam-se dois ou
mais aceleradores, onde os secun-
dários catalizam a ação dos primários, resultando em sinergia, obtendo-se soma de qualidade e performance dos diversos aceleradores.
244
COMBINAÇÃO DE ACELERADORES
• Proporção Empírica: - para cada 1 PHR
(Primário), combina-se 0,1 a 0,25 PHR
(do Secundário).
245
FAMÍLIA DE ACELERADORES AÇÃO
• Aminas e Aldeido Aminas - Vulcanização; partida rápida, sequência lenta; - Oferece artefatos com baixa resistência ao
envelhecimento; - Caracterizam-se como secundários; - Não recomendados para conjunto borracha/metal;
246
FAMÍLIA DE ACELERADORES AÇÃO
- Não recomendado para artefatos colo-
ridos;
- Pode ser recomendado em compostos
altamente carregados;
- O carbamato de hexametileno diami-
na (DIAK 1) ou (DIAK 3) são emprega-
dos para fluorelastômeros.
247
FAMÍLIA DE ACELERADORES AÇÃO
- TABELA 04, oferece maiores informações
desta família de aceleradores.
248
TABELA 04ALGUNS ACELERADORES AMÍNICOS
NOME QUÍMICO
PESO
ESPEC. kg/dm3
COR
NOME COMERCIAL/FORNEC.
CARACTERÍSTICAS/APLICAÇÕES
HEXAMETILENO-TETRAMINA
1,2
PÓ-BRANCO
VULKACIT H ------------ BAYERCOHEDUR H-30 ---------- BAYERHEXAMET. TETRAM. - -R.T.VanderbiltACETO HMT
ACELERADOR USADO EM COMBINAÇÃO COM TIAZOIS PARA CURA A ALTAS TEMPERATURAS, PRODUZ EFEITO RETARDADO. PODE SER USADO COMO ATIVADOR EM COMPOSTOS CONTENDO SÍLICAS.
POLIETILENO POLIAMINA
0,99
LÍQUIDO MARROM
VULKACIT TR ---------- BAYER
USADO SOZINHO OU EM COMBINAÇÃO COM D.ºT.G. EM COMPOSTOS COM INGREDIENTES ÁCIDOS COMO FACTIS CURTIÇAS, ETC.
BUTIRALDEIDO ANILINA
0,99
PÓ-BRANCO
VULKACIT 576 --------- BAYERACELERATOR 808 ----- R.T.VanderbiltBEUTENE ---------------- UNIROYALA-32 ----------------------- MONSANTO
USADO EM PEÇAS TÉCNICAS DE ALTA PERFORMANCE EM TRABALHOS DINÂMICOS. TAMBÉM EMPREGADO PARA CURA DE EBONITES, EPDM E BORRACHAS BUTÍLICAS. OFERECE ARTEFATOS DE ALTA-RESILIÊNCIA.
BUTIRALDEIDO BUTILAMINA
0,86
LÍQUIDO AMBAR-VERMELHO
ACELERATOR 833 ----- R.T.Vanderbilt
USADO SOZINHO OU EM COMBINAÇÃO COM ACELERADORES ÁCIDOS. PRODUZ ALTA EFICIÊNCIA EM COLA-CIMENTO DE POLICLOROPRENO AUTO-VULCANIZANTE. ACELERADOR MANCHANTE.
249
TABELA 04 (cont.)
NOME QUÍMICO
PESO ESPEC.
kg/dm3
COR
NOME COMERCIAL/FORNEC.
CARACTERÍSTICAS/APLICAÇÕES
FORMALDEIDO-CLORETO DE ETILA-
AMONIA
1,10
LÍQUIDO MARROM
TRIMENE BASE -------- UNIROYAL
OFERECE ÓTIMAS TAXAS DE CURA QUANDO COMBINADO COM TIAZOIS, GUANIDINAS E TIURÃNS, NÃO USAR ESTEARINA NA COMPOSIÇÃO. ACELERADOR LEVEMENTE MANCHANTE.
N-N-DICINAMILIDENO1,6-HEXANODIAMINA
1,09
PÓ-CASTANHO
DIAK N° 3 ----------------DUPONT DOW
ACELERADOR USADO EM BORRACHAS FLUORADAS, OFERECE MELHOR SEGURANÇA DE PROCESSAMENTO, MELHOR QUE O DIAK N°1.
CARBAMATO DE HEXAMETILENO
DIAMINA
1,15
PÓ-BRANCO
DIAK N° 1 ----------------DUPONT DOW
AGENTE DE VULCANIZAÇÃO PARA BORRACHAS FLUORADAS, OFERECE MELHOR SEGURANÇA DE PROCESSAMENTO QUE O HMT.
CARBAMATO DE ETILENO DIAMINA
1,37
PÓ-BRANCO
DIAK N° 2 ----------------DUPONT DOW
AGENTE DE VULCANIZAÇÃO PARA BORRACHAS FLUORADAS, OFERECE MELHOR SEGURANÇA DE PROCESSAMENTO QUE O DIAK N° 1.
250
FAMILIA DE ACELERADORES AÇÃO
• Guanidinas:
- Velocidade de vulcanização: lenta a
média;
- Boa segurança de pré-vulcanização;
- Oferecem artefatos com baixa re-
sistência ao envelhecimento;
251
FAMILIA DE ACELERADORES AÇÃO
- Apresenta curvas reométricas com pequeno platô;
- Acelerador secundário combinado com Tiazois;
- Teor de enxofre deverá ser maior, no composto;
- São manchantes;
252
FAMILIA DE ACELERADORES AÇÃO
- Não devem ser usados em artigos em
contato com produtos alimentícios;
- TABELA 05, oferece maiores informa-
ções.
253
TABELA 05ALGUNS ACELERADORES DO GRUPO GUANDINAS
254
TABELA 05 (cont.)
255
FAMÍLIA DE ACELERADORES AÇÃO
• Tiazois: - Média velocidade de vulcanização; - Artefatos com ótima resistência ao envelhecimento; - Curva reométrica com grande platô; - É um acelerador primário;
- Combinado com este, como acele-
rador secundário, podem ser adicio-
nados Tiurams, Sulfeniamidas e Ditio-
carbamatos;
256
FAMÍLIA DE ACELERADORES AÇÃO
- Oferece aos artefatos apreciáveis pro-
priedades mecânicas;
- Artefatos claros poderão sofrer desco-
loração;
- Teores inferiores a 0,6 PHR podem ser
usados em artefatos que terão contato
com produtos alimentícios;
- TABELA 06 oferece maiores informações.
257
TABELA 06ALGUNS ACELERADORES DO GRUPO DOS TIAZOIS
258
FAMILIA DE ACELERADORES AÇÃO
• Sulfenamidas
- Acelerador rápido de partida retar- dada; - Oferecem largo Scorch e segurança de processamento; - Inicia sua ação somente quando to- da massa de borracha atingir a tem-
peratura de vulcanização;
259
FAMILIA DE ACELERADORES AÇÃO
- Indicadas para artefatos de injeção ou
transferência;
- Oferecem altos módulos e resistência
ao envelhecimento;
- Curvas reométricas com platôs apreciá-
apreciáveis;
260
FAMILIA DE ACELERADORES AÇÃO
- Acelerador primário usa tiurams ou ditiocarbanatos como aceleradores
- Empregado com baixos teores de enxofre produzem ótimas propriedades de D.P.C. e fadiga dinâmica;
- Artigos coloridos tendem a descolorir,
não usar em artefatos que terão contato
com produtos alimentícios;
261
FAMILIA DE ACELERADORES AÇÃO
- TABELA 07 oferece maiores informações
262
TABELA 07ALGUNS ACELERADORES DO GRUPO DAS SULFENAMIDAS
263
FAMILIA DE ACELERADORES AÇÃO
• Tiurams - Acelerador de ação muito rápida; - São aceleradores secundários combinados com Tiazois ou Sulfenamidas; - Sua combinação com ditiocarbanatos ou aminas torna-o mais energético; - Podem ser usados em artefatos para contato com alimentos;
264
FAMILIA DE ACELERADORES AÇÃO
- Não são manchantes nem tendem a
descoloração;
- Tendem a produzir leve odor característico ao artefato;
- Também funcionam como doador de enxofre;
- Sistemas de cura Semi E.V. ou EV, usar
Tiurams+Tiureia (acelerador secundário);
265
FAMILIA DE ACELERADORES AÇÃO
- Teores acima do recomendado, tende
ao afloramento;
- TABELA 08, oferece maiores informa-
ções.
266
TABELA 08ALGUNS ACELERADORES DO GRUPO DOS
TIURÃNS
NOME QUÍMICO
PESOESPECÍFIC
Okg/dm3
COR
NOME COMERCIAL/FORNEC.
CARACTERÍSTICAS/APLICAÇÕES
MONOSSULFETO DE TETRAMETILTIURÃM
1,40
PÓ-AMERELADO
TMTM-500 --------------------- RHODIAVULKACIT THIURAMMS --- BAYERMONEX -------------------- UNIROYALMONEX NAUGETS ------ UNIROYALMONO-THIURAD ------ MONSANTOTHIONEX ----------------- R.T.VanderbiltUNADS ------------------- R.T.Vanderbilt
ESTE ACELERADOR, NORMALMENTE SECUNDÁRIO NECESSITA DA PRESENÇA DE ENXOFRE NO COMPOSTO PARA BOA TAXA DE CURA, É UM ACELERADOR DE AÇÃO MUITO RÁPIDA, NÃO MANCHANTE É USADO COM TIAZOIS, SULFENAMIDAS, DITIOCARBAMATOS, AMINAS, ALDEIDO AMINAS, GUANIDINAS. OFERECE AOS ARTEFATOS BOA RESISTÊNCIA À PRÉ-CURA, ENVELHECIMENTO E BAIXA D.P.C.. O TMTM AINDA PODE SER USADO COMO RETARDADOR DE CURA DE COMPOSTOS DE POLICLOROPRENO CARREGADOS COM NEGRO DE FUMO.
DISSULFETO DE TETRAMETILTIURÃM
1,40
PÓ-BRANCO
TMTD -------------------- BANN QUIM.TUEX ----------------------- UNIROYALVULKACIT-THIURÃM C ---- BAYERTMTD-501 --------------------- RHODIAMETHYL TUADS ----- VANDERBILTTHIURAD ---------------- MONSANTO
ACELERADOR SECUNDÁRIO NÃO MANCHANTE, DE USO GERAL, TAMBÉM USADO COMO DOADOR DE ENXOFRE PARA COMPOSIÇÕES EFICIENTES OU SEMI-EFICIENTES OFERECENDO MAIOR RESISTÊNCIA AO ENVELHECIMENTO E BAIXA D.P.C.. TAMBÉM TEM A TENDÊNCIA AO AFLORAMENTO. SE USADO COMO ÚNICO ACELERADOR, OFERECE VULCANIZAÇÕES MUITO RÁPIDAS DIMINUINDO A SEGURANÇA DE PRÉ-CURA. USADO COMO ACELERADOR SECUNDÁRIO PARA TIAZOIS. DITIOCARBAMATOS, SULFENAMIDAS E GUANIDINAS.
267
TABELA 08 (Cont.)
268
FAMILIA DE ACELERADORES AÇÃO
• Ditiocarbanatos: - São considerados aceleradores de vulcanização
ultra-rápida;
- Oferecem baixa segurança de processamento;
- Processamento de mistura e conformação em baixas temperaturas;
269
FAMILIA DE ACELERADORES AÇÃO
- Podem atuar como primários ou se-
cundários, em combinação com sulfe-
namidas ou Tiazois;
- Teores elevados provocam reversão e,
tendem ao afloramento;
- Podem ser usados em artefatos para
contato com alimentos (os Ditiocarba-
bamatos de Zinco);
270
FAMILIA DE ACELERADORES AÇÃO
- Não São manchantes nem descolorem;
- A combinação de Ditiocarbanatos
(primários) e Tiurams (secundário), pro-
duz ótimas propriedades dos artefatos;
- TABELA 09, oferece maiores informa-
ções.
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TABELA 09ALGUNS ACELERADORES DO GRUPO DOS DITIOCARBONATOS
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OUTROS ACELERADORES
• Tiureas normalmente usadas em policloropreno.
• Xantatos normalmente usados em cola cemento ou
látex
273
OUTROS ACELERADORES
• Retardadores tendem a retardar o
início da vulcanização,
oferecendo maior segu-
rança de processo.
- Ácido Benzóico;
- Ácido Salicílico;
- Anidrido fitálico;
- Cicloexiltioftalimida (PVI);
- Difenilnitrosamina (Vulkaleni A).
274
CONCLUSÃO
As informações estudadas neste Módulo, apresentam as bases fundamentais dos sistemas e ingredientes para vul- canização.
Aos interessados, consistamos profundarem
na busca de informações e,
principalmente, praticarem o desen-
volvimento em pesquisas e testes nos
Laboratórios.