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1 Acadêmica do Curso de Graduação em Engenharia Civil da Universidade Paranaense (UNIPAR), Campus
Toledo. E-mail: [email protected] 2
Professor Titular do Curso de Graduação em Engenharia Civil da Universidade Paranaense (UNIPAR),
Campus Toledo. E-mail: [email protected]
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GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL
UNIVERSIDADE PARANAENSE, CAMPUS DE TOLEDO/PR
TRABALHO FINAL DE CURSO - TFC
INFLUÊNCIA DA ADIÇÃO DE BORRACHA TRITURADA DE PNEUS
INSERVÍVEIS EM SUBSTITUIÇÃO PARCIAL À AREIA NA FABRICAÇÃO DE
PISOS INTERTRAVADOS
Vanessa Joner1
Victor Antonio Cancian 2
RESUMO
O descarte inadequado de pneus inservíveis acarreta uma série de problemas sanitários e
ambientais. A partir disso, o presente trabalho teve como finalidade desenvolver um tema de
fundamental importância: o reaproveitamento de resíduos e a influência da adição de
borracha, oriunda de pneus inservíveis, na produção de peças de concreto para pavimentação.
Para tanto, foram realizadas pesquisas bibliográficas, consultas em normas e visita técnica a
uma empresa especializada, onde foram confeccionados 60 corpos de provas, 20 para cada
tipo de traço, chamados T0% (traço de referência utilizado pela empresa), T5% e T10%, estes
com substituição parcial do volume do agregado miúdo (areia), por borracha triturada
conforme a proporção, que foram ensaiados à compressão axial aos 14 e 28 dias,
comparando-os ao concreto convencional. Após a coleta dos dados, foram submetidos à
análise estatística pelo critério de Chauvenet. Os resultados apontaram que as peças
produzidas com a substituição parcial da areia pela borracha, assim como o traço de
referência, não atingiram o mínimo exigido pela NBR 9781 (ABNT, 2013), impossibilitando
a comercialização dos mesmos.
Palavras-chave: Resíduos de pneus. Pavimentos intertravados. Material alternativo.
THE INFLUENCE OF UNSERVICEABLE TIRE RUBBER COMPOSITES AS A
PARTIAL SAND REPLACEMENT ON THE MANUFACTURING OF
INTERLOCKED FLOORING
ABSTRACT
The inadequate disposal of unserviceable tires entails a series of environmental and sanitary
problems. Thereafter, this paper aimed to develop a theme of fundamental relevance: the
reuse of waste and the influence of rubber addition derived from unserviceable tires on the
production of concrete pieces for paving. Therefore, were made bibliographical research,
regulation consulting and a technical visit to a specialized company where were confectioned
60 specimen, 20 for each kind of trace called T0% (the reference trace used by the company),
T5% and T10%, those with a partial replacement of the bulk of fine aggregate (sand), for tire
rubber according to the proportion, that were tested to axial compression at days 14 and 28,
comparing them to conventional concrete. After the data collection, they were submitted to
statistical analysis through the Chauvenet criteria. The results pointed that the piece made
with the partial substitution of sand to rubber, just as the reference trace, didn’t achieve the
minimum requirements of NBR 9781 (ABNT, 2013), making it impossible to be
commercialized.
Keywords: Waste tire. Interlocked paving. Alternative material
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1 INTRODUÇÃO
Concomitantemente à revolução no setor dos transportes, a utilização dos pneus de
borracha trouxe consigo graves problemas sanitários e ambientais, pois quando se tornam
inservíveis, os pneus são descartados em locais inadequados, ocasionando grandes transtornos
para a saúde e para a qualidade de vida da sociedade.
Esse descarte inadequado de pneus traz consigo graves consequências, tais como: o
assoreamento dos rios e lagos, o aumento do risco de incêndio, a ocupação de grandes espaços
em aterros, como mostra a Figura 1, e a proliferação de insetos que podem, inclusive,
transmitir doenças graves (RAMOS, 2005).
Figura 1: Descarte de pneus a céu aberto
Fonte: Ramos (2005)
Considerando a resolução nº. 258, de 26 de agosto de 1999, do Conselho Nacional do
Meio Ambiente – CONAMA (BRASIL, 1999), o Ministro de Estado do Meio Ambiente
dispõe sobre a obrigatoriedade que as empresas fabricantes e as importadoras de pneumáticos
têm em coletar e dar destinação final, ambientalmente adequada, aos pneus inservíveis
existentes no território nacional. Esse fato é de fundamental importância, pois obriga muitas
empresas a buscarem a logística reversa no que diz respeito às atividades de reciclagem e
reaproveitamento de seus produtos.
Segundo Rodrigues e Santos (2013), devido às características inerentes à borracha,
como a leveza, elasticidade, absorção de energia, propriedades térmicas e propriedades
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acústicas, os agregados reciclados de borracha de pneu são muito promissores na indústria da
construção civil. Em relação a isso, Turatsinze e Garros (2008) concluíram que o concreto
produzido com borracha reciclada otimiza algumas propriedades, incluindo um melhor
isolamento térmico e acústico, baixa densidade e uma maior durabilidade do concreto.
Com isso, é possível inferir que todo pneu, em algum momento, se transformará em
um resíduo potencialmente danoso à saúde e ao meio ambiente, sendo que a reciclagem desse
material seria a solução mais indicada. No entanto, a reutilização depende de conhecimentos
profundos dos aspectos ecológicos e técnicos relacionados ao meio ambiente e ao
desempenho do pneu como um material de construção. Para amenizar esse impacto na
natureza, uma solução encontrada é a adição de borracha triturada à mistura na produção de
pisos intertravados de concreto, conhecidos comercialmente como pavers. Assim, esse
trabalho teve como objetivo avaliar a viabilidade técnica da adição de borracha triturada
oriunda de pneus inservíveis na confecção de peças de concreto, para pavimentação de pisos
intertravados.
É necessário salientar que para fazer a adição de borracha aos pisos intertravados de
concreto, é fundamental obter a quantidade que possa desenvolver os melhores resultados. De
acordo com Albuquerque (2009), o teor ideal de borracha é aproximadamente 6%, já a
máxima incorporação de borracha ao concreto está em torno de 10% em relação à massa da
areia, podendo utilizar-se de grânulos finos e grânulos em fibras para a mistura.
Diante dessas constatações, o estudo proposto analisou a substituição parcial do
agregado natural (areia) pela adição de borracha triturada, proveniente de pneus inservíveis na
composição do concreto do referido tipo de piso. Para tanto, foram realizados corpos de
provas com substituição parcial nas proporções de 5% e 10%, posteriormente submetidos aos
ensaios de resistência à compressão simples, comparando-os à peça sem a utilização de
borracha moída.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A sociedade está constantemente em busca de uma melhor qualidade de vida. Com
esse propósito, acaba explorando de forma descontrolada os recursos naturais, uma vez que
essa ação está diretamente ligada ao desenvolvimento econômico global, servindo de
combustível para sustentar esse crescimento.
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Desse modo, conforme Fiksel, McDaniel e Mandenhall (2011), é crescente a
preocupação de algumas indústrias, organismos governamentais e setor privado, com relação
à sustentabilidade. Sabe-se que os recursos naturais são finitos e, por isso, deve-se aproveitá-
los ao máximo, preservando e reutilizando da melhor maneira possível. De acordo com Lopes
e Peres (2011), é preciso equilibrar a relação entre a utilização dos recursos naturais e o
desenvolvimento econômico para que as próximas gerações não paguem, até mesmo com a
vida, pelos erros decorrentes do mau uso de tais recursos.
Devido à grande demanda da pavimentação, novas tecnologias estão sendo
empregadas para facilitar a execução e reduzir os impactos ambientais. Um exemplo disso são
as pesquisas que estão sendo desenvolvidas sobre a incorporação de materiais reciclados nos
pavimentos, com o objetivo de substituir e diminuir a quantidade de matéria-prima utilizada.
Em destaque, está a adição do pó de borracha oriundo de pneus inservíveis, a qual é vista
como uma opção sustentável que reduz a disposição em aterros, enquanto também diminui a
quantidade de novos agregados extraídos da natureza, apresentando-se assim uma estratégia
eficaz (BENSON, 1995, apud KAMIMURA, 2002).
Corroborando com essa ideia, Yunping Xi et al (2004), explicam que a reciclagem de
resíduos sólidos na forma de agregados para concreto, como partículas de borracha
proveniente de pneus, por exemplo, é uma solução para a disposição descontrolada desse
passivo ambiental. O concreto modificado com borracha é um material que possui
características únicas com potencial para uso em variadas aplicações.
2.1 PAVIMENTAÇÃO INTERTRAVADA
Segundo Bernucci et al (2010), pavimento é uma estrutura de várias camadas com
espessura finita, construída sobre a superfície final de terraplanagem, destinada a resistir aos
esforços do tráfego e do clima, proporcionando conforto, economia e segurança aos seus
usuários. Já o sistema de pavimento pode ser definido como um conjunto de componentes que
interagem mutuamente. Os componentes desse sistema (revestimento, base, sub-base e
subleito) são submetidos a fatores externos como tráfego, às operações de manutenção e às
condições ambientais (DNIT, 2011).
Os pavimentos intertravados são originários dos pavimentos revestidos com pedras
executados na Mesopotâmia, evoluindo primeiro para o uso de pedras talhadas, resultando em
pavimentos conhecidos como paralelepípedos. As dificuldades da produção artesanal dessas
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pedras e a falta de conforto de rolamento impulsionaram o desenvolvimento das peças de
concreto pré-fabricadas (ABCP, 2010).
As primeiras peças pré-moldadas de concreto, de acordo com Godinho (2009), foram
fabricadas no final do século XIX e algumas patentes foram registradas antes da Primeira
Guerra Mundial. Com o fim da Segunda Guerra Mundial, os blocos intertravados tiveram um
avanço na Holanda e na Alemanha, pois foi um período de reconstrução urbana pós-guerra.
Inicialmente, as peças de concreto eram semelhantes aos tijolos, sua única vantagem era o
custo reduzido e a homogeneidade dimensional. Com o passar dos anos, por volta de 1950, as
peças foram sendo aprimoradas, surgindo outros modelos e formatos.
Atualmente, como é apresentado por Fernandes (2008), devido a sua versatilidade e
facilidade de aplicação, os blocos para pavimentação de pisos intertravados de concreto,
conhecidos comercialmente como pavers, são muito utilizados na construção de pavimentos
urbanos. Ademais, existem inúmeros blocos pré-fabricados de concreto no mundo. Além das
tradicionais peças utilizadas apenas como calçamento, existem os pisos ecológicos e os pisos
com finalidades específicas, como permeáveis, segregados de tráfego, orientação para
deficientes visuais, etc. (FERNANDES, 2008). A partir disso, Hallack (2001) discute que o
intertravamento é a capacidade que os blocos para pavimentação de pisos adquirem para
resistir aos movimentos de deslocamento individual, seja ele vertical ou horizontal, de
rotação. A seguir, na Figura 2, temos alguns modelos:
Figura 2 - Modelos de pavers de concreto para pavimentação intertravada.
Fonte: Fernandes (2008)
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De acordo com a NBR 9781 (ABNT, 2013), as peças de concreto podem ser
produzidas em diversos formatos, apresentando vários tipos, como mostra a Figura 3:
Tipo I: peças de concreto com formato próximo ao retangular, com relações
comprimento/largura igual a dois, que se arranjam entre si nos quatro lados e podem
ser assentadas em fileiras ou espinha de peixe.
Tipo II: peças de concreto com formato único, diferente dos retangulares que só
podem ser assentadas em fileiras.
Tipo III peças de concreto com formatos geométricos característicos, como
trapézios, hexágonos, triedros, etc., com peso superior a 4 kg.
Tipo IV conjunto de peças de concreto de diferentes tamanhos, ou uma única peça
com juntas falsas, que podem ser utilizadas com um ou mais padrões de
assentamento (ABNT, 2013, p. 4).
Figura 3- Tipos de blocos intertravados
Fonte: NBR 9781 (ABNT, 2013)
A utilização de pavimentos com blocos pré-moldados de concreto vem crescendo em
todo o mundo. No Brasil, existem diversos materiais alternativos que podem ser incorporados
na confecção desses blocos, uma vez que a principal preocupação é o equilíbrio ambiental,
tecnológico e econômico. Nessa pesquisa, foram confeccionadas peças de concreto tipo I,
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utilizando o traço que a empresa trabalha como parâmetro, e outros traços em que parte da
areia foi substituída por 5 e 10 por cento de borracha triturada.
2.1.1 Estrutura do pavimento intertravado
Segundo a NBR 9781 (ABNT, 2013), pavimento intertravado é definido como um
pavimento flexível cuja estrutura é composta por uma camada de base (ou base e sub-base),
seguida por uma camada de revestimento constituída por peças de concreto justapostas em
uma camada de assentamento, na qual as juntas entre as peças são preenchidas por material de
rejuntamento (conforme Figura 4).
Figura 4- Estrutura do pavimento com blocos intertravados de concreto
Fonte: Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP, 2010)
Conforme a ABCP (2010), a construção da camada de revestimento é bem simples. As
peças de concreto são firmadas sobre uma camada de assentamento composta por areia média
ou grossa, em seguida, espalha-se areia fina para o preenchimento das juntas, como podemos
visualizar na Figura 5.
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Figura 5 – Etapas da pavimentação
Fonte: ABCP (2010)
Pinto e Preussler (2002) salientam que o pavimento flexível é o pavimento em que
todas as camadas sofrem deformação elástica sob o carregamento aplicado e, portanto, a carga
se distribui em parcelas aproximadamente equivalentes entre as camadas, como é ilustrado na
Figura 6.
Figura 6 - Distribuição de carga
Fonte: ABCP (2010)
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As peças para piso intertravado são normatizadas pela NBR 9781 (ABNT, 2013), que
limita seu comprimento, largura e altura, tendo em vista que a qualidade e as dimensões das
peças são uniformes e sua produção obedece a rigorosos controles de qualidade.
Destarte, como disposto na NBR 9781 (ABNT, 2013), as dimensões e a tolerância das
peças de concreto devem atender aos seguintes requisitos: medida nominal do comprimento
de no máximo 250 mm; medidas de largura de no mínimo 97 mm na área da peça destinada à
aplicação de carga no ensaio de resistência à compressão; a medida nominal da espessura de
no mínimo 60 mm, especificada em múltiplos de 20 mm. Indiferente da aplicação, as
dimensões devem respeitar a tolerância de 3 mm.
3 COMPOSIÇÃO
3.1 CONCRETO
O concreto utilizado nas peças, segundo a NBR 9781 (ABNT, 2013), deve ser
constituído de cimento Portland de qualquer tipo de classe, agregados e água, sendo permitido
o uso de aditivos e pigmentos. Como explica Petrucci (1998), concreto convencional é um
material constituído por um aglomerante (geralmente o cimento Portland), agregado miúdo,
agregado graúdo e água que, ao serem misturados, devem oferecer condições de plasticidade,
porém, há outros aditivos que, quando adicionados a ele, melhoram as propriedades especiais
do conjunto.
Turatsinze, Bonnet e Granju (2004) reiteram que o uso de resíduo de pneus na
produção de materiais à base de cimento Portland é uma grande oportunidade de contribuir
para a preservação do meio ambiente. Há várias pesquisas desenvolvidas através de ensaios
das propriedades mecânicas de concreto, argamassas e pastas que demonstram a viabilidade
do uso de resíduos de pneus em matérias constituídas por cimento Portland.
3.2 AGREGADOS
Os agregados podem ser naturais, industriais ou reciclados. A NBR 7211 (ABNT,
2009) fixa as características exigíveis na recepção e produção de agregados, miúdos e
graúdos, de origem natural, encontrados fragmentados ou resultantes da britagem de rochas.
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Woods (1960, apud Bernucci et al, 2010), define agregado como sendo uma mistura
de pedregulho, areia, pedra britada, escória ou outros materiais minerais usados em
combinação com um ligante para formar um concreto, uma argamassa, etc.
Por sua vez, La Serna e Rezende (2007), abordam que os agregados são materiais
granulares, sem forma e volume definidos, com propriedades e dimensões especificadas
como: a pedra britada, argilas, areias naturais, o cascalho, produtos industriais, dentre outros.
Os autores ainda classificam os agregados em duas classes: os naturais, que são encontrados
na natureza (cascalho, areia) e os industriais, que são produzidos por algum processo
industrial (pedras britadas, argilas expandidas, escórias de alto-forno e areias artificiais).
Há ainda, a divisão dos agregados de acordo com a NBR 7211 (ABNT, 2009), os
quais podem ser divididos em: agregado miúdo, que são aqueles cujos grãos passam pela
peneira com abertura de malha de 4,75 mm; e o agregado graúdo, no qual os grãos passam por
uma peneira com abertura de malha 75 mm, ficando retidos na peneira de 4,75 mm.
3.3 ÁGUA
A água de amassamento deve atender à NBR 15900-1 (ABNT, 2009), sendo
fundamental na preparação do concreto. A dosagem correta interfere diretamente nas reações
químicas da mistura, e, consequentemente, nas características técnicas de resistência e
durabilidade das estruturas.
A relação água/cimento utilizada na produção do concreto é fundamental para
determinar a sua resistência final. Duff Abrams foi quem desenvolveu, na primeira metade do
século XX, um gráfico relacionando (de forma inversa, seguindo uma tenência parabólica) a
resistência mecânica com a relação água/cimento. Essa curva permite indicar como o aumento
do fator a/c tem como consequência natural a diminuição da resistência da estrutura,
conforme Gráfico 1. (NEVILLE, 2016).
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Gráfico 1: Relação água/cimento x resistência à compressão
Fonte: Curva de Abrams (Neville, 2016)
3.4 ADITIVO
Para Freitas et al (2007), aditivos são produtos empregados na produção de concretos e
argamassas de cimento para modificar certas propriedades do material fresco ou endurecido.
De acordo com Andolfato (2002), os aditivos são materiais adicionados na mistura do
concreto com a função de alcançar propriedades necessárias, como: controle da pega,
aumento da plasticidade, redução do calor de hidratação e aumento da resistência.
Petrucci (1998) define aditivo como as substâncias adicionadas ao concreto, com o
objetivo de reforçar ou melhorar algumas características, facilitando seu preparo e utilização,
além do mais, é importante destacar ainda que os aditivos devem atender à NBR 11768.
(ABNT, 2011).
3.4 PIGMENTOS
Blocos de alvenaria e piso intertravados podem ser coloridos. Em algumas fábricas, os
pigmentos granulados são dosados e conduzidos ao misturador por meio de tubulação
pressurizada (T & A, 2004). O mercado oferece pigmentos em pó, líquidos e em pasta e é
necessário que seu uso respeite as instruções indicadas pelo fabricante, pois porcentagens
elevadas, acima da especificada, podem reduzir a resistência do concreto sem que haja ganho
de cor (ABCP, 2010).
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3.5 RESÍDUO DE PNEU
O resíduo que foi utilizado na presente pesquisa é proveniente da recauchutagem de
pneus de caminhão. O granulado chamado PG1, como é mostrado na Figura 7, foi adquirido
na empresa Pietta granulados, localizada na cidade de Cascavel, Paraná. O resíduo possui
granulometria de 1,5 mm a 2 mm, grãos redondos e é utilizado para manutenção em gramados
sintéticos e paisagismo.
Figura 7 - Granulado de borracha (PG1)
Fonte: Os autores (2018)
4 RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO
A NBR 9781 (ABNT, 2013), estabelece uma exigência mínima de resistência à
compressão das amostras dependendo o tipo de tráfego, conforme é possível visualizar no
Quadro 1.
Quadro 1 - Resistência característica à compressão
Fonte: NBR 9781 (ABNT, 2013).
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A norma determina que os lotes de peças de concreto entregues ao cliente, com idade
inferior a 28 dias, devem apresentar no mínimo 80% da resistência característica à
compressão) especificada no quadro, no momento da sua instalação, sendo que aos 28 dias ou
mais de idade de cura, o deve ser igual ou superior ao especificado.
Ainda, segundo a norma, para a realização do ensaio, as peças devem estar
devidamente capeadas e saturadas, sendo o ensaio feito em prensa, com a ajuda de placas
auxiliares com diâmetro de 85 mm (com tolerância de 0,5 mm), e espessura mínima de 20
mm.
A resistência à compressão, como padroniza a NBR 9781 (ABNT, 2013), é expressa
em Megapascal (MPa) e é obtida dividindo-se a carga de ruptura, expressa em Newtons (N),
pela área de carregamento, expressa em milímetros quadrados (mm²), multiplicando-se o
resultado pelo fator p, função da altura da peça, como está demonstrado no Quadro 2:
Quadro 2 - Fator multiplicativo (p) conforme a altura da peça
Fonte: NBR 9781 (ABNT, 2013)
Feito isso, por meio da equação abaixo, é possível obter a resistência característica à
compressão estimada do lote.
Sendo, √ ( )
em que:
é a resistência média das peças, expressa em Megapascal (MPa);
é a resistência individual das peças, expressa em Megapascal;
é o número de peças da amostra;
é o desvio-padrão da amostra, expresso em Megapascal;
é o coeficiente de Student, fornecido no Quadro 3, em função do tamanho da
amostra.
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Quadro 3 - Coeficiente de Student
Fonte: NBR 9781 (ABNT, 2013)
5 METODOLOGIA
O trabalho foi embasado em pesquisas bibliográficas e experimentais. Freitas et al
(2007) discute que a pesquisa experimental é muito utilizada nas ciências tecnológicas, devido
à manipulação direta das variáveis relacionados com o objeto de estudo. Bignozzi e
Sandrolini (2004), em seu estudo, apresentam que os estudos da utilização de resíduos de
pneus em concreto de cimento Portland existem há mais de uma década.
Como o trabalho buscou realizar uma análise comparativa da resistência à compressão
simples do elemento com uso do concreto convencional, à do concreto com adição de
borracha, adotou-se como critério de análise, um traço de referência utilizado pela empresa de
blocos localizada em Marechal Cândido Rondon, Paraná, que comercializa peças de concreto
há mais de 10 anos. O traço proporcional em massa, ficou expresso da seguinte forma
(1:3:3:0,65) de cimento, areia, brita e relação água/cimento, respectivamente.
Para os concretos com adição de borracha, a porcentagem estabelecida foi de 5% e
10% da massa total de areia, que, como conclui Albuquerque (2009) o teor ideal de borracha
está em cerca de 6%, e que a máxima incorporação de borracha ao concreto está em torno de
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10% em relação ao peso da areia, podendo utilizar-se de grânulos finos e grânulos em fibras
para a mistura. Realizou-se do traço de referência a substituição parcial do agregado miúdo
conforme proporções demonstradas na Tabela 1.
Tabela 1- Traços utilizados no estudo
Traço Quantidade de corpos de prova Dosagem
T0 20 Padrão - traço de referência
T5 20 Traço com 5% de borracha
T10 20 Traço com 10% de borracha
Fonte: Os autores (2018)
Estabelecido o traço de referência e determinadas as porcentagens de adição, a
pesquisa experimental se desenvolveu na fábrica de pisos intertravados e o teste de
compressão no laboratório de Estruturas da Universidade Paranaense na cidade de Toledo,
Paraná. Os materiais utilizados, expostos no Quadro 3 e na Figura 5, foram fornecidos pela
empresa, exceto a borracha que foi adquirida em uma empresa de granulados.
Quadro 3 – Materiais utilizados
MATERIAIS CLASSIFICAÇÃO
(a) Aglomerante principal Cimento Portland (CP II-Z-32)
(b) Agregado secundário Borracha
(c) Agregado miúdo Areia
(d) Agregado graúdo Brita 0 (pedrisco)
(e) Líquido de amassamento Água potável
Fonte: Os autores (2018)
Figura 5- Materiais utilizados
(a) (b) (c) (d) (e)
Fonte: Os autores (2018)
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As peças (corpos de prova) utilizadas no estudo seguiram a NBR 9781 (ABNT, 2013),
ou seja, foram confeccionados blocos intertravados de concreto para pavimentação com
dimensões de 20 cm x 10 cm x 6 cm, produzidos utilizando-se betoneira, forma dupla
geminada e mesa vibratória, conforme podemos visualizar na Figura 6. Após 24 horas, as
peças foram desmoldadas e identificadas, permanecendo em local fresco e arejado. De acordo
com a NBR 9781 (ABNT, 2013), as peças representativas do lote submetidas ao ensaio
precisavam estar saturadas em água por no mínimo 24 horas.
Figura 6 - Confecção das peças
Fonte: Os autores (2018)
Para cada um dos traços, foram confeccionados vinte corpos de prova, conforme a
classificação mostrada no Quadro 4. Vanderlei (2004) explica que é ideal que o ensaio de
compressão axial ocorra em 7, 14 e 28 dias de idade. Sendo assim, optou-se por fazer a
análise da resistência de 10 peças de cada traço, aos 14 dias e aos 28 dias, comparando-os
com a exigência da NBR 9781. (ABNT, 2013).
Quadro 4 – Classificação das amostras
DIAS DE CURA T0% T5% T10%
14 10 10 10
28 10 10 10
TOTAL 20 20 20
Fonte: Os autores (2018)
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Obedecendo aos critérios da NBR 5.739 (ABNT, 2007), realizou-se o ensaio de
compressão axial com a utilização da prensa, que exerce uma força vertical sobre o corpo de
prova até seu rompimento. De posse dos dados, foi estabelecido um comparativo entre os três
tipos de traços, avaliando a resistência característica à compressão estimada.
6 RESULTADOS E DISCUSSÕES
As peças de concreto para pavimentação produzidas foram ensaiadas à compressão
simples nas idades de 14 e 28 dias. Os Quadros 5 e 6 apresentam os resultados individuais,
em MPa, a média das 10 peças, o desvio padrão e o valor da resistência característica
estimada das 10 peças.
De posse desses resultados, procedeu-se uma avaliação crítica a partir da análise
estatística para detecção de outliers na amostra pelo critério de Chauvenet, que especifica que
um valor medido pode ser rejeitado se a probabilidade de obter o desvio em relação à média é
menor que 1/2n, não houve rejeição. O Quadro 7, em anexo, lista os valores da razão do
desvio em relação ao desvio padrão para vários valores de n conforme este critério, em que n
é o número de peças.
Quadro 5 – Resistência individual à compressão segundo a NBR 9781
Fonte: Os autores (2018)
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Quadro 6 – Resistência individual à compressão segundo a NBR 9781
Fonte: Os autores (2018)
Analisando os resultados apresentados, nota-se que as peças de concreto produzidas
não atenderam aos requisitos de resistência exigidos pela NBR 9781 (ABNT, 2013), que
determina que os lotes entregues ao cliente com idade inferior a 28 dias apresentem no
mínimo 80% da resistência característica à compressão) especificada para tráfego de
pedestres, veículos leves e veículos comerciais de linhas, ou seja, precisava ser ,
já aos 28 dias
Averiguando as médias de resistência à compressão estimada no Quadro 5, aos 14
dias, e comparando o concreto sem adição com os demais, percebeu-se que com a
concentração de 5% de borracha, houve uma redução de 20,84% de resistência em relação à
amostra de 0%, enquanto que na concentração de 10% houve uma redução de 44,04%. No
Quadro 6, aos 28 dias, percebeu-se uma redução de 17,44% na concentração de 5% em
relação à amostra de 0%, enquanto que na concentração de 10% houve uma redução de
49,41%. A demonstração das médias de resistência estimadas à compressão dos corpos de
prova ensaiados, aos 14 e aos 28 dias, estão expostas no Gráfico 2.
Contudo, ao comparar os resultados de resistência à compressão estimada dos traços
com relação aos dias de ruptura, como pode ser analisado no Gráfico 2, podemos observar um
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aumento de 18,87% no traço de referência (T0%), já no traço com 5% de borracha (T5%), um
aumento de 23,96%, enquanto que a concentração de 10% de borracha (T10%) aumentou
7,46%.
Gráfico 2- Comparação das resistências características à compressão
Fonte: Os autores (2018)
As peças produzidas com a substituição parcial da areia pela borracha, bem como o
traço de referência, não atingiram o mínimo exigido pela NBR 9781 citada anteriormente.
Esse fenômeno pode ter sido atribuído ao fato de que se formaram alguns vazios nas peças de
piso intertravados, embora não tão grandes, mas em grande quantidade, como pode ser
constatado na Figura 7.
Figura7 - Vazios formados nas peças dos traços T0%, T5% e T10%
T 0%
Fonte: Os autores (2018)
T 0%
T 5%
T 10%
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Como analisam Helene e Terzian (2001), existem alguns fatores que influenciam na
resistência à compressão do concreto, tais como: variabilidade do cimento, dos agregados, da
água, dos aditivos e da proporção relativa desses materiais; qualidade e operação dos
equipamentos de dosagem e mistura; eficiência das operações de ensaio e controle.
A partir do que é apontado por Helene e Terzian (2001), é possível perceber uma
grande perda de resistência, cerca de 49,41% no traço com concentração de 10% de borracha
com relação ao traço de referência aos 28 dias. De acordo com os estudos de Albuquerque et
al (2006), o aumento do teor de borracha, no concreto, resultou em um aumento gradual do
teor de ar incorporado, conforme pôde ser observado na Figura 7, fato que logicamente reduz
a resistência do concreto. Ainda, Santos e Borja (2007), salienta que entre os estudos já
realizados com a adição de borracha a preocupação é com a resistência à compressão, e
observa-se que esse resíduo ao ser incorporado no concreto provoca uma diminuição da
resistência.
7 CONCLUSÃO
A pesquisa experimental e exploratória teve como objetivo analisar a influência da
adição de borracha proveniente de pneus inservíveis na produção de blocos de concreto para
pavimentação, ensaiando sua resistência à compressão e comparando-os ao concreto
convencional.
Dos resultados obtidos durante o desenvolvimento, concluiu-se que os ensaios de
resistência à compressão, nos blocos intertravados com incorporação de resíduo de borracha,
apresentaram valores inferiores em comparação aos blocos intertravados confeccionados com
o traço de referência. Mesmo assim, nenhum dos traços atingiu o valor mínimo de 35 MPa
prescrito na NBR 9781 para solicitações leves aos 28 dias.
Dessa forma, é possível concluir que os blocos intertravados com resíduo de pneus,
obtidos por meio desta pesquisa, poderiam ser assentados em ambientes com cargas
estritamente leves, como a circulação de pessoas e bicicletas, por exemplo, o que é descrito
por Fioriti (2002), porém não normatizado.
Tem-se como indicativo melhorar os resultados, para que os resíduos de borracha
provenientes de pneus inservíveis sejam uma alternativa tecnológica sustentável que contribui
para a diminuição da disposição desse material em aterros e para a preservação de recursos
naturais.
21
Com os resultados obtidos, julga-se necessário a realização de estudos
complementares nessa linha de pesquisa, abrangendo principalmente os seguintes pontos:
1. Produzir peças de pisos intertravados com as mesmas características deste trabalho,
mas em uma máquina de melhor qualidade (vibro prensa) e com melhor controle tecnológico;
2. Avaliar os traços estudados, levando em consideração a relação água/cimento e os
componentes químicos que poderiam ser utilizados em conjunto com a borracha;
3. Estudar novas porcentagens e traços de substituição na produção das peças;
4. Realizar a análise econômica dos traços estudados na produção das peças.
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24
ANEXOS
Quadro 7: Critério de Chauvenet para rejeição de elemento da amostra
Número de leituras (n) Razão entre o desvio máximo
aceitável e o desvio padrão (R)
3 1,38
4 1,54
5 1,65
6 1,73
7 1,80
8 1,85
9 1,91
10 1,96
15 2,13
25 2,33
50 2,57 Fonte: Serrano (2009)