curso de práticas de auditoria interna_ecpbg_2013-2014_métodos e técnicas_02 (rev. abr-2015)

Slide 1Métodos e Técnicas de Auditoria
2015
Curso de Auditoria Governamental
Conceitos;
Técnicas e Testes de Auditoria;
Programa de Auditoria.
Métodos e Técnicas de Auditoria
Os métodos são os processos racionais e orientados de acordo com normas específicas que hão de conduzir o auditor na direção do resultado desejado.
Práticas de Auditoria Interna - Profª. Msc. Roseane Milanez
As técnicas são meios ou instrumentos que o auditor utiliza na realização do seu trabalho e que possibilitam formar uma opinião.
Os métodos e as técnicas de auditoria constituem os chamados procedimentos de auditoria, sendo o método o caminho a seguir e as técnicas os meios utilizados ao longo desse caminho tendo em vista o alcance de um resultado final, isto é, um objetivo, em regra, previamente definido.
Procedimentos de Auditoria
Os procedimentos consistem, portanto, na aplicação pelos auditores de métodos e técnicas que dependem do seu julgamento e da qualidade e âmbito do controle interno implantado na organização a auditar, com vistas a definir o modo como o auditor deve orientar o seu trabalho a fim de atingir de forma sistemática o objetivo da auditoria.
Claro está que o auditor ao longo da sua missão socorre-se de um vasto conjunto de procedimentos que o auxiliam na formação de uma opinião e que variam consoante o tipo de trabalho a realizar, podendo classificar-se em gerais e específicos.
Os procedimentos gerais são os que têm aplicação em várias fases da execução do exame.
Os procedimentos específicos são os que têm apenas aplicação em certas áreas e tipos de auditoria.
Técnicas de Verificação Visual;
Técnica de Verificação Verbal;
Técnicas de Verificação Escrita;
Técnicas de Verificação Documental;
Técnica de Verificação Física;
Técnicas de Verificação Visual
Observação: consiste no exame visual realizado pelo auditor, objetivando coletar e analisar informações no desempenho de suas tarefas.
Comparação: objetiva estabelecer o confronto entre dois ou mais dados, a fim de determinar as semelhanças, diferenças ou relações existentes.
Técnicas de Verificação Visual
Revisão Seletiva: compreende uma leitura sobre dados fornecidos com a finalidade de selecionar os assuntos relevantes.
Rastreamento: consiste em acompanhar uma operação em todo o seu desenvolvimento, dentro da cadeia de processamento ou do ciclo de transações.
Técnicas de Verificação Verbal
Entrevista é a procura de informação ou de esclarecimentos pontuais com pessoas conhecedoras de situações de interesse para o auditor.
Técnicas de Verificação Verbal
o auditor deve se identificar adequadamente ao entrevistado, explicar o propósito de sua entrevista, de modo a esclarecer eventuais dúvidas;
a sua postura deve ser a de buscar informações, não estimulando o debate e as contra-argumentações, a fim de que o entrevistado coopere com o trabalho.
Técnicas de Verificação Escrita
Análise: a revisão dos registros contábeis e saldos das contas com o fim de se verificar a credibilidade que merece a informação constante das demonstrações financeiras.
Conciliação: objetiva estabelecer a concordância de dois conjuntos de dados separados e independentes para verificar a exatidão do exame realizado.
Técnicas de Verificação Escrita
Confirmação: procedimento que consiste na obtenção de provas que se podem apurar na entidade que se está a auditar (faturas, guias, extratos bancários, etc.) ou fora dela por meio de certidões ou de circularizações destinadas à confirmação de saldos de contas e outras informações.
Revisão Analítica: contempla a análise de informações contábeis e financeiras, inclusive de índices de balanço.
Técnicas de Verificação Documental
Comprovação: compreende o exame de documentos com a finalidade de verificar a evidência que apóia uma transação ou operação, de forma a assegurar-se da sua veracidade, atentando para a autenticidade, normalidade, aprovação e registro dos documentos.
Técnicas de Verificação Documental
Conferência de Cálculo: é a verificação da exatidão aritmética dos valores apresentados nos documentos e registros contábeis correspondentes, bem como a verificação de cálculos autônomos.
Técnicas de Verificação Física
Inspeção é a verificação física de determinados bens do ativo e dos documentos de suporte de diversas operações (vendas, compras, recebimentos, pagamentos, etc.), com a finalidade de demonstrar a sua existência e autenticidade. Tal procedimento deve ser aplicado de forma cuidadosa pelo auditor que deve estar atento aos detalhes.
Testes de Verificação
De um modo geral, podemos dizer que em auditoria se realizam quatro grandes tipos de testes:
de procedimento,
de conformidade,
substantivos e
Testes de Procedimento
Consistem em selecionar uma operação de cada tipo e acompanhar o seu percurso ao longo de todo o sistema de processamento e controle. O seu objetivo é assegurar e confirmar que o entendimento do auditor sobre o sistema, formado pelas notas descritivas ou dos fluxogramas, está correto.
Testes de Conformidade
São aqueles que se destinam a confirmar se os procedimentos e as medidas de controle interno são adequadas e se funcionam normalmente ao longo do exercício.
Testes Substantivos
São aqueles voltados para a obtenção de evidências quanto à suficiência, exatidão e validade dos dados produzidos, ou seja, dos registros contábeis, suporte documental dos saldos e das diversas operações realizadas.
Testes Analíticos
Consistem na análise e ponderação de dados e informações variadas, de natureza ou incidência econômico-financeira, incluindo, tendências e variações em relação ao(s) ano(s) anterior(s) e ao(s) orçamento(s), com vista a identificar assuntos ou saldos anormais que requeiram especial atenção ou investigação, comparativamente com os saldos e variações que se apresentem razoáveis ou justificáveis.
Tipos de Testes – Normas do CFC
Segundo as normas do CFC, os procedimentos de auditoria abrangem dois tipos de testes principais:
Substantivos;
Tipos de Testes – Normas do CFC
Testes de Observância: considerando o teor da Resolução CFC no 1.329/2011, que alterou a sigla e a numeração da norma NBCT-12 (Resolução CFC no 986/03) para NBC TI 01 (Da Auditoria Interna), visam à obtenção de razoável segurança de que os controles internos estabelecidos pela administração estão em efetivo funcionamento.

Técnicas de Amostragem
As auditorias, em geral, não são integrais, pelo que as análises a efetuar utilizam formas aproximativas que sejam representativas do universo total, observando-se determinadas operações e transações, com base numa parte daquele universo, parte esta que constitui o que se designa de amostra.
Procura-se inferir os resultados da população total, examinando-se apenas uma parte (amostra).
Técnicas de Amostragem
População - a totalidade dos dados da qual o auditor deseja tirar a amostra para chegar a uma conclusão.
Amostra - qualquer parte de uma população.
Amostragem - processo de colher amostras de uma população.
Tipos de Amostragem
Amostragem não estatística: também chamada de apreciação ou amostragem por julgamento, é aquela em que o auditor, apoiado num critério subjetivo, determina o tamanho da amostra, a seleção dos elementos que a integram e a avaliação dos resultados. Esse critério se baseia, portanto, apenas na apreciação e julgamento pessoal do auditor, assim como na sua capacidade e experiência profissional.
Programa de Auditoria
O que é:
Documentação que informa, orienta e disciplina o trabalho a ser executado pela equipe de auditoria. É o plano de ação do Auditor.
Por que é utilizado:
Torna o trabalho racional, dirigido as aspectos mais importantes, definidos previamente.
Quem utiliza:
Os Auditores que atuam na supervisão e execução dos trabalhos, nas fases de preparação e aplicação.
Racionaliza a execução:
Dirige o auditor aos aspectos mais importantes com economia de tempo.
Facilita a revisão:
Permite que o revisor dos trabalhos reconheça a extensão dos exames e a sua complexidade.
Organiza a execução:
Programa detalhado:
I - Objetivo
Programa de Auditoria
Comentários Referência
I - Objetivos
Verificar se as despesas realizadas com combustível observaram a legislação vigente (Lei Federal no 4.320/64, Lei Federal no 8.666/93, Decisões do TCE-PE), bem como avaliar o sistema de controle interno referente a tais despesas.
II - Procedimentos de Auditoria
1. De posse da documentação selecionada no item II-3.1 do Programa de Legalidade/Finalidade Pública/Contabilidade das Despesas, solicite oficialmente a relação de veículos da Entidade, especificando fabricante, modelo, tipo, ano de fabricação, placa, combustível, elabore um papel de trabalho relacionando tais despesas, de forma a evidenciar os testes a seguir:
Verifique se houve despesas com combustível, sem a instauração do devido certame licitatório (artigo 2o da Lei Federal 8.666/93, Decisões T. C. nos 1048/93, 1161/93 e 036/96).
Bibliografia
ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria – Um Curso Moderno e Completo. São Paulo: Atlas, 2010.
ARAÚJO, Inaldo da Paixão Santos. Introdução à Auditoria: breves apontamentos de aula - aplicáveis à área governamental e aos programas de concursos públicos. Salvador: EGBA, 1998.
ATTIE, William. Auditoria: conceitos e aplicações. 3a ed. São Paulo: Atlas, 1998.
FARIAS, Roseane Milanez de. Contabilidade Pública. Apostila do Curso Preparatório para Concursos. Recife-PE, 2001.

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