curso de pÓs-graduaÇÃo lato sensu em direito...
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Disciplina: Temas Especiais I
Tema da Aula: Ações de Família e Interdição
Profª Fernanda Tartuce
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM DIREITO PROCESSUAL CIVIL
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AÇÕES DE FAMILIAE INTERDIÇÃO
Professora Fernanda Tartuce
www.fernandatartuce.com.br Fernanda Tartuce II (Facebook)
@fernandatartuce (Twitter)[email protected]
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I - CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
1. Ação de alimentos. 2. Ação de interdição. 3. Ações relacionadas ao casamento e à união estável. 4. Ação de reconhecimento de paternidade.
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Premissa fundamental
“O processo deve dar, quando for possívelpraticamente, a quem tenha um direito, tudoaquilo e exatamente aquilo
que ele tenha direito de conseguir”(Giuseppe Chiovenda).
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Caráter transubstancial do processo
Vocação para atender grande gama desituações controvertidas com diferentes perfisindependentemente dos conteúdossubstanciais por ele veiculados, tendendo,portanto, à generalidade.
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Questão
É possível sustentar um modo único deinterpretação das regras processuais, sejaqual for o conflito subjacente?
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Instrumentalidade metodológica –
Carlos Alberto de Salles
É preciso dirigir-se ao próprio direitomaterial, às situações controvertidas, aindaque potencialmente consideradas, uma áreaespecífica.
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É essencial apreender as características,premissas e problemas que são próprios a essaárea, com o objetivo de construir uma respostaprocessual adequada às questões a elapeculiares.
(Carlos Alberto de Salles)
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Instrumentalidade metodológica
Contrapartidas da adoção desse modelo:
-maior liberdade ao intérprete na aplicação danorma ao caso concreto e, por via deconsequência,
-abertura de maiores possibilidades decontradições entre decisões (Salles)
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Variedade reconhecida
A partir de
características,
condicionantes e
peculiaridades de uma área
é que se avaliará e constituirá a respostaprocessual (Salles)
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Conflitos familiares – peculiaridades
Por haver relação continuada, chance dedesgaste é maior;
Há controvérsias coexistenciais queenvolvem ampla gama de relações e situações
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Conflitos familiares envolvem fatoresdelicados como
o afeto e
a proteção.
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Pautas importantes:
Comunicação entre os sujeitos;
Explanação sobre as necessidades e possibilidades -tentativa de negociação direta.
Se inviável, possível atuação de um terceiro imparcialpara facilitar a comunicação (mediador ou conciliador)
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Vantagens dos meios consensuais:
-Maior controle;
-Possível continuidade nas relações humanas;
-Aprimoramento na comunicação;
-Resultado com maior satisfação;
-Maior voluntariedade no cumprimento.
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Foco na solução consensual
NCPC, Art. 694. Nas ações de família, todos
os esforços serão empreendidos para a solução
consensual da controvérsia, devendo o juiz dispor
do auxílio de profissionais de outras áreas de
conhecimento para a mediação e conciliação.
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Mediação ou conciliação?
Característica relevante a ser considerada:
Continuidade do vínculo / do contato.
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Novo CPC, Art. 165. § 3º.
O mediador, que atuará preferencialmente
nos casos em que houver vínculo anteriorentre as partes, auxiliará aos interessados acompreender as questões e os interesses emconflito, de modo que eles possam, pelorestabelecimento da comunicação, identificar, porsi próprios, soluções consensuais que gerembenefícios mútuos.
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Novo CPC, Art. 695. Recebida a petição inicial,
e tomadas as providências referentes à tutela
provisória,
se for o caso,
o juiz ordenará a citação do réu para comparecer
à audiência de mediação e conciliação,
observado o disposto no art. 694.
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Art. 695. § 1º. O mandado de citação conterá
apenas os dados necessários à audiência
e deve estar
desacompanhado de cópia da petição inicial,
assegurado ao réu o direito de examinar
seu conteúdo a qualquer tempo.
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Previsão polêmica
A previsão resguarda as questões litigiosas
nas ações de família?
Preserva as partes do acirramento de ânimos?
Como aliar isso ao princípio da decisão informada, que deve reger os meios consensuais?
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r.
Princípio da decisão informada
Dever de manter o jurisdicionado plenamente ciente quanto aos seus direitos e ao contexto
fático no qual está inserido
(Resol. 125/2010 do CNJ,
anexo III, art. 1º, II).
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r.
Novo CPC, art. 699.
Quando o processo envolver discussão sobre
fato relacionado a abuso ou
a alienação parental,
o juiz,
ao tomar o depoimento do incapaz,
deverá estar acompanhado por especialista.
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Novo CPC: CAP. X - DAS AÇÕES DE FAMÍLIA
Art. 693. As normas deste Capítulo aplicam-se aos
processos contenciosos de divórcio, separação,
reconhecimento e extinção de união estável, guarda,
visitação e filiação.
Parágrafo único. A ação de alimentos e a que
versar sobre interesse de criança ou de adolescente
observarão o procedimento previsto em legislação
específica, aplicando-se, no que couber, as
disposições deste Capítulo.
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Ferramentas parafacilitação da atuação em juízo
• Competência diferenciada;
• Concessão de medida liminar e elementos de estímulo ao cumprimento;
• Procedimento especial.
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r. Alimentos gravídicos
A Lei 11.804/2008 disciplina o
direito de alimentos da mulher
gestante e a forma como será
exercido.
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r. Lei 11.804/2008
Art. 6º Convencido da existência de indícios
da paternidade, o juiz fixará alimentos
gravídicos que perdurarão até o nascimento
da criança, sopesando as necessidades da
parte autora e as possibilidades da parte ré.
Parágrafo único. Após o nascimento com vida,
os alimentos gravídicos ficam convertidos em
pensão alimentícia em favor do menor até que
uma das partes solicite a sua revisão.
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nti
men
tod
oP
rofe
sso
r. Caso
Valdenice afirma ter tido um breve
relacionamento com Mamédico e se diz
grávida dele. Como, porém, ele se recusa a
colaborar na gestação, pretende pedir
alimentos gravídicos.
O que é suficiente para configurar indícios da
paternidade e viabilizar a fixação de tal
pensão?
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men
tod
oP
rofe
sso
r.
Indício – prova indireta
Sem definição no processo civil;
no Código de Processo Penal, consta no art.
239 que “considera-se indício a circunstância
conhecida e provada, que, tendo relação com o
fato, autorize, por indução, concluir-se a existência
de outra ou outras circunstâncias”
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oP
rofe
sso
r.
TJRS
O deferimento de alimentos gravídicos à gestante pressupõe a demonstração de fundados indícios da paternidade atribuída ao demandado, não bastando a mera imputação da paternidade. Exegese do art. 6º da Lei nº 11.848/08. Ônus da mulher diante da impossibilidade de se exigir prova negativa por parte do indigitado pai.
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rofe
sso
r.
Ausente comprovação mínima das alegações
iniciais, resta inviabilizada, na fase, a
concessão dos alimentos reclamados, sem
prejuízo de decisão em contrário diante de
provas nos autos...
(AI 70028646594; Caxias do Sul; Sétima
Câmara Cível; Rel. Des. André Luiz Planella
Villarinho; Julg. 15/04/2009; DOERS
24/04/2009; Pág. 62)
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oP
rofe
sso
r.
(...) Não é necessária a certeza da paternidade, mas indícios de quem seja o genitor, e no presente caso, há elementos nos autos, conforme diálogo travado entre as partes, que indicam a paternidade do agravado, sendo deste, até que prove o contrário, a obrigação de garantir, conjuntamente com a mãe, o direito à vida e a saúde ao nascituro, por meio das despesas adicionais que possui a genitora. (TJMT; AI 83785/2015; Sinop; Relª Desª Serly Marcondes Alves; Julg. 09/09/2015; DJMT 17/09/2015; Pág. 67)
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oP
rofe
sso
r. TJRS
2. No caso, as declarações, as mensagens eletrônicas e as fotografias, dando conta do relacionamento amoroso das partes, juntadas ao instrumento, conferem verossimilhança à indicação da insurgente acerca do suposto pai, o que autoriza, em sede liminar, o deferimento dos alimentos gravídicos postulados, no valor de 30% do salário mínimo, quantia significativamente módica, sem prejuízo de que, sobrevindo novos elementos de convicção aos autos, seja revista na origem essa situação... (AI 130546-22.2012.8.21.7000; Santa Vitória do Palmar; 8ª Câmara Cível; Rel. Des. Ricardo Moreira Lins Pastl; Julg. 24/05/2012; DJERS 30/05/2012)
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oP
rofe
sso
r. TJRS – fotos?... para a fixação de alimentos gravídicos, basta a
existência de fortes indícios de paternidadepara embasar o convencimento do juiz, masisso não restou evidenciado pela juntada dasfotografias fls. 61, que revelam apenas quehouve um relacionamento, mas não evidenciasequer intimidade relação sexual entre eles,nem ficou demonstrado que o relacionamentoera sério e exclusivo entre as partes, nemmesmo se sabe se havia alguma coincidênciaentre a data das fotos e a data da concepção
(AI 307194-17.2013.8.21.7000; Cachoeira do Sul;7ª Câmara Cível; Rel. Des. Sérgio Fernando deVasconcellos Chaves; Julg. 18/09/2013; DJERS24/09/2013)
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oP
rofe
sso
r. TJDF – rol?... consta da inicial apenas e tão somente a
alegação de que houve relacionamento entre as
partes do qual teria resultado a gravidez da autora,
sem sequer a indicação de prova testemunhal
para demonstrar minimamente o vínculo afetivo....
O deferimento dos alimentos gravídicos, ... em
sede de antecipação de tutela, depende da
existência de indícios mínimos da paternidade
afirmada na inicial, o que não restou configurado
na hipótese... (Rec 2011.00.2.025175-7; Ac.
587.544; Quarta Turma Cível; Rel. Des. Cruz
Macedo; DJDFTE 25/05/2012; Pág. 129)
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rofe
sso
r. TJSP... a autora alega que conheceu o requerido em
meados de dezembro de 2.009, quando
trabalhavam no mesmo estabelecimento comercial
e, em razão do relacionamento sexual mantido até
fevereiro de 2.010, ocorreu a concepção.
Entretanto, dos documentos que instruem este
recurso, não se extraem indícios da paternidade,
notadamente em face do brevíssimo tempo do
relacionamento (AI 0440913-13.2010.8.26.0000;
Ac. 4870229; São Paulo; Décima Câmara de Direito
Privado; Rel. Des. Testa Marchi; Julg. 23/11/2010;
DJESP 09/02/2011)
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oP
rofe
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r.
TJSC
O arbitramento
de alimentos gravídicos exige indícios mínimos da
alegada paternidade. Existentes fundadas dúvidas
acerca da paternidade, visto que a união estável
mantida pelas partes perdurou por apenas quatro
meses, bem como a genitora mantinha anterior
relação afetiva com terceiro, mostra-se incabível a
fixação, in limine, dos alimentos gravídicos. (AI
2013.061484-7; Tubarão; 2ª Câmara de Direito
Civil; Rel. Des. João Batista Góes Ulysséa; Julg.
16/04/2014; DJSC 24/04/2014; Pág. 245)
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oP
rofe
sso
r.
Trecho do voto
... não foram juntados ao processo
quaisquer outros elementos de prova –
fotos, declarações de terceiros,
correspondências eletrônicas etc. – que
pudessem corroborar a tese sustentada
por C. A., e, consequentemente,
demonstrar indícios de que o
relacionamento entre os litigantes já
existia no período provável da
gravidez....
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rofe
sso
r. TJSP
... São fortes os indícios da paternidade.
O recorrente não nega ter mantido relações
sexuais com a autora da ação, com que foi
casado, admitindo que os ex-cônjuges, mesmo
separados, mantinham encontros sexuais com
regularidade
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oP
rofe
sso
r.
O recorrente coloca dúvida sobre a
paternidade alegando que colheu indícios
de relacionamento com outro em site de
internet (orkut), sem, contudo, produzir
prova alguma dessa situação exposta (AI
994.09.290371-9; Ac. 4294022; Jundiaí;
Quarta Câmara de Direito Privado; Rel. Des.
Ênio Santarelli Zuliani; Julg. 13/01/2010;
DJESP 16/03/2010)
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oP
rofe
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r.
Trecho do voto
"É preferível correr o risco de
responsabilizar o sujeito que prova, no futuro, não
ser o pai (ainda que com sacrifício de valores diante
da irrepetibilidade), a manter o nascituro
desprotegido por falhas probatórias verificadas na
instrução do pedido".
(Ênio Zulliani)
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r.
Obrigação avoenga
CC, Art. 1698: Se o parente que deve alimentos em
primeiro lugar não estiver em condições de suportar
totalmente o encargo, serão chamados a concorrer
os de grau imediato; sendo várias as pessoas
obrigadas a prestar alimentos, todos devem
concorrer na proporção de seus recursos, e,
intentada a ação contra uma delas, poderão as
demais ser chamadas a integrar a lide.
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rofe
sso
r.
Há solidariedade entre os devedores? Ou
subsidiariedade?
Intentada ação contra o pai, não tendo este
condições de arcar com o montante integral, é
possível valer-se de algum modo de
intervenção para que avós sejam chamados a
colaborar com alimentos para os netos? Cabe
a) denunciação da lide?
b) litisconsórcio sui generis?
c) chamamento ao processo?
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sso
r.
Denunciação da lide
... porque a prestação de alimentos não seria nem
divisível nem solidária, mas sujeita a uma
ordem sucessiva de legitimidade.
Mas há vínculo de garantia? Há direito de
regresso?
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r.
Litisconsórcio facultativo ulterior sui generis?
Humberto T. Jr: não, porque as medidas
processuais de intervenção de terceiros são
típicas...
Fredie Didier , Yussef Sahid Cahali:
litisconsórcio superveniente, cuja formação
decorre não da conduta do réu, mas do autor.
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r.
Chamamento ao processo
Humberto T. Jr: mesmo não sendo obrigação
solidária, justifica-se como chamamento ao
processo, porque a razão de ser da
submissão dos devedores solidários a tal
intervenção (dívida comum) está presente no
concurso de vários responsáveis pela
satisfação do débito alimentar.
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r. STJ
2. Segundo a jurisprudência do STJ, "odemandado (...) terá direito de chamarao processo os co-responsáveis da obrigaçãoalimentar, caso não consiga suportar sozinho oencargo, para que se defina quanto caberá acada um contribuir de acordo com as suaspossibilidades financeiras" (RESP n.658.139/RS, 4ª Turma, rel. Ministro FernandoGonçalves, DJ de 13/3/2006.)..(REsp 964.866; Proc. 2007/0148321-5; SP; 4ª Turma; Rel. Min. João Otávio de Noronha; Julg. 01/03/2011; DJE 11/03/2011).
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rofe
sso
r. TJRS
1. A obrigação de prover o sustento do filho gerado é, primordialmente, de ambos os genitores, isto é, do pai e da mãe, e do pai ou da mãe, devendo cada qual concorrer na medida da própria disponibilidade.
2. O chamamento dos avós é excepcional e somente se justifica quando nenhum dos genitores possui condições de atender o sustento da prole e os avós possuem condições de prestar o auxílio sem afetar o próprio sustento.
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3. Ausente prova da incapacidade dosgenitores de prover o sustento do filho,descabe fixação de alimentos, devendo orecorrente buscar em ação própria aexecução dos alimentos eventualmentenão pagos pelo genitor. Recursodesprovido.
(TJRS; AC 277181-35.2013.8.21.7000; PortoAlegre; Sétima Câmara Cível; Rel. Des.Sérgio Fernando de Vasconcellos Chaves;Julg. 12/08/2013; DJERS 16/08/2013)
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r.
Demandados os avós paternos,
eles podem chamar ao processo os avós maternos?
Ou devem faze-lo, sendo caso de litisconsórcio necessário?
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r. TJRS
AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃODE ALIMENTOS AJUIZADA CONTRA O PAI EO AVÔ PATERNO. PEDIDO DO PAI PARACHAMAMENTO DOS AVÓS MATERNOS AOPROCESSO. IMPOSSIBILIDADE. A obrigaçãodos avós é subsidiária e complementar e, assimsendo, o demandado responsável pelaobrigação principal não pode pleitearo chamamento dos obrigados subsidiários aoprocesso...(AI 128506-67.2012.8.21.7000; Estrela; Oitava Câmara Cível; Rel. Des. Alzir Felippe Schmitz; Julg. 31/05/2012; DJERS 06/06/2012)
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r.
Faculdade - TJDF
1. O art. 1.698 do Código Civil, aoregulamentar a responsabilidade complementardos parentes quanto à obrigação de prestaralimentos, trouxe ao pretendente a faculdadede incluir ou não todos os responsáveis no pólopassivo da demanda, não se cogitando desolidariedade entre eles, tampoucolitisconsórcio passivo obrigatório. .. (Rec2012.00.2.003991-2; Ac. 697.385; QuartaTurma Cível; Rel. Des. Antoninho Lopes;DJDFTE 06/08/2013; Pág. 125)
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r.
Faculdade - TJMG
É facultado ao credor litigar contra um ou contratodos os devedores comuns dos alimentos, deuma só vez, não havendo se falar emobrigatoriedade de formaçãode litisconsórcio passivo necessário entre avósmaternos e paternos. ...(APCV 1.0024.09.758897-4/002; Rel. Des.Alberto Vilas Boas; Julg. 03/06/2014; DJEMG11/06/2014)
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r.
TJSP
ALIMENTOS. AÇÃO AJUIZADA CONTRAO AVÔ PATERNO. DECISÃO QUE MANTÉMPROVISÓRIOS EINDEFERE CHAMAMENTO AO PROCESSODOS AVÓS MATERNOS. INCONFORMISMO.ACOLHIMENTO EM PARTE.Pedido que se sustenta na inadimplência do paie não na insuficiência dos alimentos por eleprestados. Indicativos de que a obrigação não écumprida a contento pelo genitor.
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r.
Menor portadora de necessidades especiais.Lacuna que deve ser suprida pelo avô paterno..... Incabível o chamamento ao processo dosavós maternos, que já fornecem moradia àmenor...
(TJSP, AI 615.760.4/1; Ac. 3575952; São Paulo;Nona Câmara de Direito Privado; Rel. Des.Grava Brasil; Julg. 24/03/2009; DJESP02/06/2009)
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r. STJ
... à luz do novo Código Civil, frustrada aobrigação alimentar principal, deresponsabilidade dos pais, a obrigaçãosubsidiária deve ser diluída entre os avóspaternos e maternos na medida de seusrecursos, diante de sua divisibilidade epossibilidade de fracionamento. A necessidadealimentar não deve ser pautada por quem paga,mas sim por quem recebe, representando parao alimentado maior provisionamento tantosquantos coobrigados houver no pólo passivoda demanda (...) (REsp 658.139/RS, Rei.Ministro Fernando Gonçalves, 4ª Turma, j.11/10/2005, DJ 13/03/2006 p. 326).
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r. STJ
3. Não obstante se possa inferir do texto do art.1.698 do CC - norma de natureza especial - queo credor de alimentos detém a faculdade deajuizar ação apenas contra um doscoobrigados, não há óbice legal a que odemandado exponha, circunstanciadamente, aarguição de não ser o único devedor e, porconseguinte, adote a iniciativade chamamento de outro potencial devedorpara integrar a lide. ..(REsp 964.866; Proc. 2007/0148321-5; SP; 4ªTurma; Rel. Min. João Otávio de Noronha; Julg.01/03/2011; DJE 11/03/2011).
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TJMT
1. Mais acertado o entendimento de que aobrigação subsidiária, nos casos em que oobrigado principal não possui condições desuportar totalmente o encargo, deve ser divididaentre os avós paternos e maternos na medidade seus recursos, diante da divisibilidade epossibilidade de fracionamento da obrigação
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r.
...3. À luz da jurisprudência já consolidada do
STJ, inegável o direito do agravado de
chamar ao processo a avó materna para
integrar, juntamente com os demais, o polo
passivo da ação de alimentos. (TJMT; AI
48000/2013; Capital; 2ª Câmara Cível; Relª
Desª Clarice Claudino da Silva; Julg.
31/07/2013; DJMT 08/08/2013; Pág. 14)
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r. TJSE
“... com o advento do novo Código Civil, e diante do
que estabelece a redação do art. 1.698 do referido
diploma, há litisconsórcio necessário entre os avós
paternos e maternos na ação de alimentos
complementares; III. O litisconsórcio necessário é
regido por norma de ordem pública, cabendo ao
juiz determinar, de ofício ou a requerimento de
qualquer das partes, a integração à lide do
litisconsorte passivo...”(AC 2013203899; Ac.
6748/2013; 2ª Câmara Cível; Relª Desª Iolanda
Santos Guimarães; Julg. 14/05/2013; DJSE
21/05/2013; Pág. 25)
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r.
STJ
I. Nos termos da mais recente jurisprudência do
STJ, à luz do Novo Código Civil,
há litisconsórcio necessário entre os avós paternos
e maternos na ação de alimentos complementares.
Precedentes...
(REsp 958.513; Proc. 2007/0129470-0; SP; Quarta
Turma; Rel. Min. Aldir Guimarães Passarinho
Junior; Julg. 22/02/2011; DJE 01/03/2011)
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r.
Em demanda de alimentos ajuizada pelo neto, afigura-
se inexigível a obrigatoriedade da formação
de litisconsórcio passivo necessário entre avós
maternos e paternos, em razão da natureza divisível
da obrigação alimentar e da possibilidade de se
individualizar o quantum a ser suportado por cada um
dos eventuais credores, cabendo ao devedor incluir no
processo os co-devedores (chamamento ao processo)
e não ao credor incluir todos a título
delitisconsórcio necessário. (TJTO, AI 0007973-
91.2014.827.0000; Palmas; Segunda Câmara Cível;
Rel. Des. Marco Anthony Steveson Villas Boas; Julg.
04/02/2015; DJTO 25/02/2015)
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INTERDIÇÃO
PARA REFLETIR...
A única diferença entre a loucura
e a saúde mental
é que a primeira é muito mais comum
(Millôr Fernandes)
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A incapacidade civil,
enquanto restrição legal ao exercício dosatos da vida civil,
é regrada pelo Código Civil e passará acontar com o regramento da Lei nº 13.146, de6 de julho de 2015.
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A Lei nº 13.146/2015 entrará em vigor apósdecorridos 180 dias de sua publicação oficial (art.127).
A Lei 13.105/2015 revogará os arts. 1.768 a 1.773do Código Civil (art. 1.072, II).
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Caso
Há alguns anos, a Sra. Almerinda vemapresentando sinais de que sua saúde mentalnão está bem: esquece fatos recentes, temdificuldade de manusear objetos e apresentaelaboração confusa de ideias em algunsmomentos.
Tais manifestações levaram a sua filhaNeide a buscar diagnóstico e tratamentomédico.
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Almerinda foi, então, diagnosticada comAlzheimer.
Dois pontos preocupam Neide:
- Almerinda ainda recebe ligações delocatários de duas pequenas casinhas quealuga no bairro;
- Almerinda dispõe de uma aposentadoriaem seu nome, que saca mensalmente nobanco.
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INTERDIÇÃO(“CURATELA DE INTERDITOS”)
Meio processual pelo qual se atribui a alguém o encargo de curador
da pessoa e/ou de seus bens.
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Legitimidade ativa
Art. 1.177 do CPC/73
A interdição pode ser promovida:
I - pelo pai, mãe ou tutor;
II - pelo cônjuge ou algum parente próximo;
III - pelo órgão do Ministério Público.
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Art. 747 do CPC/2015. A interdição pode ser promovida:
I – pelo cônjuge ou companheiro;
II – pelos parentes ou tutores;
III – pelo representante da entidade em que se encontra abrigado o interditando;
IV – pelo Ministério Público.
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Art. 1.768 do Código Civil
A interdição deve ser promovida:
I - pelos pais ou tutores;
II - pelo cônjuge, ou por qualquer parente;
III - pelo Ministério Público;
IV – pela própria pessoa (acrescido pela Lei
13.146/2015).
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Fredie Didier
A melhor solução é considerar que a revogação promovida pelo CPC levou em consideração a redação da época, em que não aparecia a possibilidade de autointerdição. A Lei n. 13.146/2015 claramente quis instituir essa nova hipótese de legitimação, até então não prevista no ordenamento – e, por isso, não pode ser considerada como “revogada” pelo CPC.
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Fredie Didier
O CPC não poderia revogar o que não estava previsto. Assim, será preciso considerar que há um novo inciso ao rol do art. 747 do CPC, que permite a promoção da interdição pela “própria pessoa”.
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Exame ou interrogatório
CPC/73, Art. 1.181 - O interditando será citadopara, em dia designado, comparecer perante o juiz,que o examinará, interrogando-o minuciosamenteacerca de sua vida, negócios, bens e do mais que Iheparecer necessário para ajuizar do seu estado mental,reduzidas a auto as perguntas e respostas.
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CPC/2015, Art. 751. O interditando será citadopara, em dia designado, comparecer perante o juiz,que o entrevistará minuciosamente acerca de suavida, negócios, bens, vontades, preferências e laçosfamiliares e afetivos e sobre o que mais lhe parecernecessário para convencimento quanto à suacapacidade para praticar atos da vida civil, devendoser reduzidas a termo as perguntas e respostas.
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§ 1o Não podendo o interditando deslocar-se,
o juiz o ouvirá no local onde estiver.
§ 2o A entrevista poderá ser
acompanhada por especialista.
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Código Civil. Art. 1.771. Antes de pronunciar-se acerca da interdição, o juiz, assistido porespecialistas, examinará pessoalmente o argüidode incapacidade.
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Após a Lei 13.146/2015
Código Civil, Art. 1.771. Antes de sepronunciar acerca dos termos da curatela, o juiz,que deverá ser assistido por equipe multidisciplinar,entrevistará pessoalmente o interditando.
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Fredie Didier
A “imposição” do acompanhamento por especialista voltou pela Lei n. 13.146/2015, que revogou tacitamente a revogação do CPC-2015.
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Fredie Didier
Quanto ao acompanhamento ser porequipe multidisciplinar, isso, obviamente, só pode ser exigido se for o caso; além de encarecer demais o processo, o caso pode dispensar o conhecimento de vários ramos do conhecimento. O CPC-2015 já havia previsto a possibilidade de equipe multidisciplinar na perícia da interdição (art. 753, §1º, CPC), regra que obviamente se estendia ao momento da entrevista.
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Questão
Apenas com base na entrevista com ointerditando pode o juiz julgar o feito ou deveprosseguir a instrução, determinando a realizaçãode perícia?
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Resposta
O Código não prevê julgamento antecipado dalide, por sentença de improcedência anterior ànomeação de perito, medida que Mendonça LImaentende admissível, "em casos extremos, isentos dequalquer dúvida“.
TJRS: admitiu tal ocorrência, ante a convicçãodo juiz sobre a capacidade da idosa interditanda.
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CPC/73, Art. 1.183 - Decorrido o prazo a que serefere o artigo antecedente [5 dias paraimpugnar o pedido], o juiz nomeará perito paraproceder ao exame do interditando. Apresentado olaudo, o juiz designará audiência de instrução ejulgamento.
Parágrafo único - Decretando a interdição, o juiznomeará curador ao interdito.
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CPC/2015. Art. 753. Decorrido o prazo previsto noart. 752 [15 dias para impugnar o pedido] , ojuiz determinará a produção de prova pericial paraavaliação da capacidade do interditando parapraticar atos da vida civil.
§ 1o A perícia pode ser realizada por equipe compostapor expertos com formação multidisciplinar.
§ 2o O laudo pericial indicará especificadamente, sefor o caso, os atos para os quais haverá necessidadede curatela.
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Pode o juiz dispensar o interrogatório
e permitir a realização direta da
perícia?
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Em atenção às peculiaridades do caso, em que atestadomédico e diligência realizada por oficial de justiça assinalamque o interrogatório não seria possível materializar-se, dadasas condições do interditando, justificada está a sua dispensa,devendo a incapacidade alegada e sua real extensão seremapuradas por perícia médica a ser realizada na origem (art.1.183 do CPC e art. 1.771 do CC). Agravo de instrumentodesprovido. (AI 0083658-87.2015.8.21.7000; FredericoWestphalen; 8ª Câmara Cível; Rel. Des. Ricardo Moreira LinsPastl; Julg. 07/05/2015; DJERS 15/05/2015)
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INTERDIÇÃO. INTERROGATÓRIO DO INTERDITANDO.ATO DE EXTREMA IMPORTÂNCIA E PRÓPRIO DOMAGISTRADO. Dispensa possível apenas em situaçõesextremas e no interesse do interditando, quandoevidente a inexistência de qualquer possibilidade defraude. Determinação para a imediata designação dedata para a realização do interrogatório... (AI2037686-07.2014.8.26.0000; Ac. 8167495; Tatuí;Décima Câmara de Direito Privado; Rel. Des. AraldoTelles; Julg. 03/02/2015; DJESP 27/02/2015)
TJSP - não
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Interdição Interrogatório Dispensa Admissibilidade
Situação excepcional Interditando nonagenário portador degrave doença degenerativa do sistema nervoso centralIncapacidade total demonstrada por perícia judicialconclusiva Inexistência de indícios reveladores de fraude oude insinceridade do pedido, menos ainda de prejuízo aoincapaz Precedentes. Sentença correta Apelaçãodesprovida. (TJSP, APL 0000472-39.2010.8.26.0070; Ac.6570742; Batatais; 2ª Câmara de Direito Privado; Rel. Des.Guilherme Santini Teodoro; DJESP 17/04/2013)
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Ações relacionadas ao casamento e à união estável.
O casamento é o fim do romance e o começo da história.
(Oscar Wilde)
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Premissa importante
À luz da EC 66/2010,
prevalece a separação judicial?
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CF, Art. 226 § 6º
Antes da EC 66/2010
O casamento civil podeser dissolvido pelodivórcio, após préviaseparação judicial pormais de um ano noscasos expressos em lei,ou comprovadaseparação de fato pormais de dois anos
• Após a EC 66/2010
O casamento civil pode ser dissolvido pelo
divórcio
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POSIÇÃO PELA PERSISTÊNCIA DA SEPARAÇÃO
A mudança do texto constitucional não elimina os dispositivos do Código Civil sobre a separação judicial.
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POSIÇÃO PELA SUPRESSÃO DA SEPARAÇÃO
A norma constitucional deve ter eficácia plenae imediata; tal interpretação considera aintenção do legislador de facilitar a atuaçãodos interessados ao retirar as exigências atéentão existentes.
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“Embora permaneçam, ainda, no CC, algunsdispositivos que tratam a separação judicial,a partir da EC n. 66/2010, não há mais apossibilidade de se buscar o fim da sociedadeconjugal por meio desse instituto (TJ-SP, 8ªCâmara, Rel. Caetano Lagastra, j.10.11.2010)
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STJ
“...a recente EC n.º 66 de 2010, em boahora, aboliu a figura da separação judicial.”
(REsp n. 912.926/RS, 4ª Turma, Rel. Min.Luiz Felipe Salomão – DJ 07.06.2011)
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r.
DIVÓRCIO DE CASAL COM FILHOS INCAPAZES
Opções de procedimento em juízo:
-Se consensual, procedimento especial (CPC
73, art. 1.121; NCPC, art. 729);
- Se litigioso, procedimento comum (art. 40, §3°,
da Lei 6.515/77).
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Previsão equivalente à do art. 1.120 do CPC/73:
Art. 731. A homologação do divórcio ou da separação consensuais, observados os requisitos legais, poderá ser requerida em petição assinada
por ambos os cônjuges, da qual constarão:
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I – as disposições relativas à descrição e àpartilha dos bens comuns;
II – as disposições relativas à pensãoalimentícia entre os cônjuges;
III – o acordo relativo à guarda dos filhosincapazes e ao regime de visitas;
IV – o valor da contribuição para criar eeducar os filhos.
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Art. 731. Parágrafo único.
Se os cônjuges não acordarem sobre apartilha dos bens, far-se-á esta depois dehomologado o divórcio, na forma estabelecida nosarts. 645 a 656.
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Doutrina: Fernanda Tartuce e Luiz Dellore
O regramento deixa de prever a
audiência de ratificação prevista no art.
1.122 do CPC/1973, retratando concepção
alinhada a entendimentos doutrinários e
jurisprudenciais sobre sua desnecessidade
em respeito à autonomia do casal
(Dica 789).
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r.
Segundo art. 732 do Novo CPC,
é aplicável,
no que couber, o art. 729
ao processo de homologação
da extinção consensual da união estável.
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Artigo 1727 do Código Civil:
É reconhecida como entidade familiar a uniãoestável entre o homem e a mulher, configuradana convivência pública, contínua e duradoura eestabelecida com o objetivo de constituição defamília.
Ponto importante: prova dos caracteres daunião estável...
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Ação de reconhecimento de paternidade.
Afinal, quem é o pai?
Quem registra?
Quem cria?
Quem fornece o material biológico?
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A prova deve poder convencer o juiz sobre qual verdade: biológica ou socioafetiva?
Se uma das partes invoca a parentalidade socioafetiva, ela deve ser passível de prova no
processo?
PROVA NAS AÇÕES SOBRE PARENTALIDADE
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CC, Art. 231. Aquele que se nega asubmeter-se a exame médico necessário nãopoderá aproveitar-se de sua recusa.
CC, Art. 232. A recusa à perícia médicaordenada pelo juiz poderá suprir a prova quese pretendia obter com o exame.
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Súmula nº 301. Em ação investigatória,a recusa do suposto pai a submeter-se aoexame de DNA induz presunção juris tantum depaternidade.
STJ
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Claudinei move ação negatória depatenidade contra seu filho Tarcélio(atualmente com 5 anos de idade). Se agenitora Lenira recusa-se a levar o filho pararealizar o exame de DNA, presume-se que nãoseja o autor da ação o pai biológico? Em outraspalavras, aplica-se também na ação negatóriade paternidade o teor da Súmula 301 do STJ?Por que?
Questão
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TJRS
Em ação negatória de paternidade, a recusa doréu em se submeter a perícia genética, quandoimotivada e reiterada por diversas ocasiões, geracontra ele presunção de queinexiste paternidade biológica. Precedentesjurisprudenciais. (AC 611139-07.2011.8.21.7000;Farroupilha; Oitava Câmara Cível; Rel. Des. RuiPortanova; Julg. 16/02/2012; DJERS 24/02/2012)
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Recusa do apelante em se submeterao exame pericial de DNA estabeleceu a presunção deveracidade da alegação do requerente quanto à questãoda paternidade biológica, já que o exame foi requisitadocom vistas a excluí-la Descabimento da pretensão doapelante em impor ao apelado a produção de provasacessórias consistentes em realização de exames entreseus irmãos, o que implicaria ônus excessivo ...
Sim - TJSP
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Paternidade do apelante em relação aoapelado corretamente afastada pela r. Sentença,impondo-se a procedência do pedido de retificaçãodo registro civil em vista da inexistência de relaçãosócio afetiva entre as partes
(TJSP, APL 0011540-59.2007.8.26.0597; Ac.7147509; Sertãozinho; 2ª Câmara de DireitoPrivado; Rel. Des. José Joaquim dos Santos; Julg.05/11/2013; DJESP 21/01/2014)
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Não – TJMG
As regras dos arts. 231 e 232 do Código Civilde 2002, em causa em que se discute estado defiliação regularmente constituído, não podem servircomo fundamento isolado da procedência dopedido em ação negatória ou de impugnaçãode paternidade. (TJMG; APCV 0565327-38.2005.8.13.0027; Betim; Quarta Câmara Cível;Rel. Des. Almeida Melo; Julg. 16/02/2012; DJEMG27/02/2012)
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Não - STJ
2. Tratando-se especificamente do exame de DNA e apresunção advinda de sua recusa, deve-se examinar aquestão sobre duas vertentes: i) se a negativa é do supostopai ao exame de DNA ou ii) se a recusa partiu do filho.
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Em quaisquer delas, além das nuances decada caso em concreto (dilemas, histórias, provase sua ausência), deverá haver uma ponderaçãodos interesses em disputa, harmonizando-os pormeio da proporcionalidade ou razoabilidade,sempre se dando prevalência para aquele queconferir maior projeção à dignidade humana, hajavista ser "o principal critério substantivo na direçãoda ponderação de interesses constitucionais".
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3. Na hipótese, a recusa da recorrida em sesubmeter ao exame de DNA foi plenamente justificávelpelas circunstâncias constantes dos autos, nãohavendo qualquer presunção negativa diante de seucomportamento. Isto porque, no conflito entre ointeresse patrimonial do recorrente parareconhecimento da verdade biológica e a dignidade darecorrida em preservar sua personalidade - suaintimidade, identidade, seu status jurídico de filha -,bem como em respeito a memória e existência dofalecido pai, deverá se dar primazia aos últimos.
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4. Não se pode olvidar que o STJ sedimentou oentendimento de que "em conformidade com osprincípios do Código Civil de 2002 e da ConstituiçãoFederal de 1988, o êxito em ação negatória depaternidade depende da demonstração, a um sótempo, da inexistência de origem biológica e tambémde que não tenha sido constituído o estado defiliação, fortemente marcado pelas relaçõessocioafetivas e edificado na convivência familiar.
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Vale dizer que a pretensão voltada àimpugnação da paternidade não pode prosperar,quando fundada apenas na origem genética, mas emaberto conflito com a paternidade socioafetiva. (REsp1059214/RS, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, 4ªTURMA, j 16/02/2012, DJe 12/03/2012).
(REsp 1115428/SP, Rel. Ministro LUIS FELIPESALOMÃO, 4ª TURMA, j. 27/08/2013, DJe27/09/2013)
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A interpretação do enunciado sumular acontrario sensu, na hipótese dos autos, afronta oprincípio do melhor interesse do menor e seudireito à identidade e desenvolvimento dapersonalidade.
(REsp 1272691/SP, Rel. Ministra NANCYAndrighi, Terceira Turma, julgado em 05/11/2013,DJe 08/11/2013)
Não - STJ
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r. Para refletir
A família
“é uma entidade histórica, ancestral como a história, interligada com os rumos e desvios da história ela mesma, mutável na exata medida
em que mudam as estruturas e a arquitetura da própria história através dos tempos”
(Giselda Hironaka).
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r. Referências para leitura
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DIAS, Maria Berenice. Curso de Direito das Famílias. SP: RT.
DIDIER JR, Fredie. Estatuto da Pessoa com Deficiência, Código de Processo Civil de 2015 e Código Civil: uma primeira reflexão.Disponível em http://www.frediedidier.com.br/editorial/editorial-187/.
SALLES, Carlos Alberto de . Arbitragem em contratos administrativos. RJ: Forense, 2011.
TARTUCE, Fernanda. Processo civil aplicado ao Direito de Família. SP: Método, 2012.