curso de normas abnt

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NORMAS ABNT PRIMEIRO MODULO Este curso se propõe a dar noções básicas sobre o desenvolvimento de documentos acadêmicos, incluindo os conteúdos e formas de tais documentos. Este curso foi elaborado pelo Prof. Estevão Keglevich. Caso possuir sugestões ou informações complementares, contate-nos. ÍNDICE ASPECTOS PRINCIPAIS.................................................... .................... 2 TIPOS DE DOCUMENTOS ACADÊMICOS .......................................... 2 CARACTERÍSTICAS DE TESE E DISSERTAÇÃO .............................. 5 ESTRUTURA DOS DOCUMENTOS ACADÊMICOS ........................... 6 1

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Uma apostila completa de como usar as normas.

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Page 1: Curso de Normas Abnt

NORMAS ABNT

PRIMEIRO MODULO

Este curso se propõe a dar noções básicas sobre o desenvolvimento de documentos

acadêmicos, incluindo os conteúdos e formas de tais documentos. Este curso foi

elaborado pelo Prof. Estevão Keglevich. Caso possuir sugestões ou informações

complementares, contate-nos.

ÍNDICE

ASPECTOS PRINCIPAIS........................................................................ 2

TIPOS DE DOCUMENTOS ACADÊMICOS .......................................... 2

CARACTERÍSTICAS DE TESE E DISSERTAÇÃO .............................. 5

ESTRUTURA DOS DOCUMENTOS ACADÊMICOS ........................... 6

ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS ............................................................. 6

ELEMENTOS TEXTUAIS ..................................................................... 12

ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS ............................................................ 15

RECOMENDAÇÕES GERAIS ............................................................ 18

ESTUDO DIRIGIDO.............................................................................. 34

ASPECTOS PRINCIPAIS

Nos cursos de graduação e pós-graduação, os acadêmicos produzem vários

tipos de trabalhos, porém, poucos conhecem as maneiras corretas de redigi-los e

estruturá-los. Raramente são despertados para a importância de estudar esse

assunto. Os documentos acadêmicos procuram atender a objetivos diferentes e a

níveis de comunicação variados, mas, de maneira genérica, visam a difundir os

1

Page 2: Curso de Normas Abnt

avanços científicos. Desta forma, possuem algumas características de normatização

peculiares a cada tipo de documento e outras, comuns a todos eles.

O presente curso pretende explorar as características dos principais

documentos acadêmicos. A ênfase será dada em termos das formas e dos

conteúdos que assumem, tratando-se das peculiaridades, apenas naquilo que for

mais relevante.

TIPOS DE DOCUMENTOS ACADÊMICOS

Documentos:

Artigo Científico

Texto com autoria declarada que representa e discute idéias, métodos,

técnicas, processos e resultados nas diversas áreas do conhecimento, destinado à

divulgação, através de periódicos, sejam eles impressos, na internet ou publicações

em eventos. Podem ser escritos por um ou mais autores, resultantes de

experimentos científicos ou relato de caso. Devem ser submetidos a periódicos com

normas específicas de publicação, ser elucidativos e claros.

Artigos de Revisão

São elaborados a partir de uma pesquisa bibliográfica sobre um assunto

específico , geralmente direcionado a um periódico específico, pode ser elaborado

por um ou mais autores. A revisão bibliográfica deve ser feita em revistas ou

periódicos científicos, não é aconselhável utilizar material de jornais ou revistas não

relacionadas ao assunto, prima-se por utilizar materiais de fonte segura. A partir da

coletânea utilizada para a revisão do assunto é necessário elaborar no final do

artigo o tópico considerações finais, onde os autores podem efetuar uma análise dos

diversos autores pesquisados.

Relato de caso

São divulgadas a caracterização e a descrição, incluindo anamnese e os

procedimentos adotados, de um caso ou de um acontecimento, de relevância

2

Page 3: Curso de Normas Abnt

cientifica, que já tenha sido descrito ou não na literatura, é obrigatório os tópicos

discussão e conclusão.

Notas científicas

São pequenos artigos, elaborados com até cinco paginas, onde resultados

parciais de uma pesquisa são apresentados.

Crítica

Documento no qual é apreciado o mérito de uma obra literária, artística,

científica etc. A crítica pode se apresentar de forma favorável ou contestadora.

Dissertação

Documento que representa o resultado de um trabalho experimental ou

exposição de um estudo científico recapitulativo, de tema único e bem delimitado em

sua extensão, com o objetivo de reunir, analisar e interpretar informações. Deve

evidenciar o conhecimento da literatura existente sobre o assunto e a capacidade de

sistematização do candidato. É feito sob a orientação de um pesquisador, visando à

obtenção do título de Mestre.

Ensaio

Documento relatando estudo sobre determinado assunto, porém menos

aprofundado e/ou menor que um tratado formal e acabado, expondo idéias e

opiniões sem base em pesquisa empírica.

É um texto literário breve, expõe idéias, críticas e reflexões éticas ou

filosóficas sobre um tema. É um documento menos formal, flexível , pode ser a

defesa de um ponto de vista pessoal e subjetivo sobre algum assunto, não é exigido

a prova empírica ou cientifica de que a opinião dada está correta. Não é utilizado em

pesquisa cientifica.

Livros e Folhetos

3

Page 4: Curso de Normas Abnt

Livros e folhetos são publicações avulsas, formadas por um conjunto

sequenciado de folhas impressas e revestidas por capas. O Folheto distingue-se do

livro pelo número de páginas, deve ter, no mínimo 5 e, no máximo, 48 páginas.

Monografia

É um documento que descreve um estudo minucioso sobre tema

relativamente restrito. Freqüentemente solicitado como "trabalho de formatura" ou

"trabalho de conclusão" em cursos de graduação ou de pós-graduação "latu-senso".

São caracterizados por abordarem um único tema, com graus diversos de

profundidade, especificidade ou extensão.

A monografia é o documento apresentado para a obtenção de grau

acadêmico ou em cursos de especialização (latu-senso). É Também chamado de

TCC (Trabalho de conclusão de curso) no caso de conclusão de graduação.

Paper ou Painel

Pequeno artigo científico, texto elaborado sobre determinado tema ou

resultados de um projeto de pesquisa para comunicações em congressos e reuniões

científicas, sujeitos à sua aceitação por julgamento (refere-se).

Projeto de Pesquisa

Documento que descreve os planos, fases e procedimentos de um processo

de investigação científica a ser realizado. O projeto de pesquisa é realizado de forma

objetiva, resume com detalhes os caminhos que o pesquisador irá trilhar durante o

mestrado ou doutorado. É a descrição de todo o processo metodológico que irá

nortear a pesquisa cientifica, o tema escolhido deverá estar embasado

bibliograficamente.

O projeto de pesquisa é um documento formal e deve ser elaborado

obedecendo as regras estipuladas pela ABNT.

Publicações Periódicas

Publicações periódicas são editadas em intervalos prefixados, por tempo

indeterminado, com a colaboração de diversos autores, sob a responsabilidade de

4

Page 5: Curso de Normas Abnt

um editor e/ou comissão editorial. Inclui assuntos diversos, segundo um plano

definido.

Relatório técnico- científico

Documento que relata formalmente os resultados ou progressos obtidos em

investigação de pesquisa e desenvolvimento, ou que descreve a situação de uma

questão técnica ou científica.

Resenha

É uma comunicação de pequeno porte relatando o resultado da avaliação

sobre uma nova publicação (livro ou revista).

Sinopse

Apresentação concisa de um artigo, obra ou documento.

Tese

Documento que representa o resultado de um trabalho experimental ou

teórico de tema específico e bem delimitado. Deve ser elaborado com base em

investigação original, constituindo-se em real contribuição para a especialidade em

questão. Visa à obtenção do título de Doutor (sob orientação de um pesquisador) ou

de Livre-Docente.

Trabalho didático

Pequenos textos exigidos nos cursos de graduação, sobre estudos realizados

pelos alunos, com o objetivo de induzir e fixar o aprendizado.

5

Page 6: Curso de Normas Abnt

CARACTERÍSTICAS DE TESE E DISSERTAÇÃO

Há alguma confusão na diferenciação de dois tipos de trabalhos científicos

importantes: tese e dissertação. A diferença entre tese e dissertação refere-se ao

grau de profundidade e originalidade exigido. Segundo o Parecer 977/65 do

Conselho Federal de Educação (CFE), "a dissertação deverá evidenciar

conhecimento da literatura existente e a capacidade de investigação do candidato,

podendo ser baseada em trabalho experimental, projeto especial ou contribuição

técnica" e, segundo o parecer 77/69 do CFE, "A tese de doutorado deverá ser

elaborada com base em investigação original devendo representar trabalho de real

contribuição para o tema escolhido. O preparo de uma dissertação dá-se para a

obtenção do grau de ‘Mestre’, enquanto a elaboração de uma tese constitui

exigência para a obtenção do grau de ‘Doutor’."

ESTRUTURA DOS DOCUMENTOS ACADÊMICOS

Os documentos acadêmicos podem ser estruturados, seqüencialmente, em

três grupos de elementos: elementos pré-textuais, texto e elementos pós-textuais

ELEMENTOS PRÉ- TEXTUAIS

Capa:

Os elementos desta folha devem ser centralizados e em caixa alta, com

exceção do local. A capa deve conter:

- Nome da instituição, se for o caso, sendo que, no caso de instituição de ensino,

incluir a Universidade, Faculdade e Departamento.

- Título do trabalho.

- Nome completo do autor;

- Se houver subtítulos, utilizar tipo menor de impressão.

6

Page 7: Curso de Normas Abnt

- Nome da cidade.

- Ano do trabalho, logo abaixo.

Observação importante: O nome do autor e do seu orientador e co-orientador (se

houverem), devem ser digitados a partir do centro da página.

7

Page 8: Curso de Normas Abnt

EXEMPLO DE CAPA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁSESCOLA DE VETERINÁRIA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA ANIMAL

ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DA INFECÇÃO POR LEPTOSPIRA SPP. EM

FELINOS DOMÉSTICOS (FELIS CATUS) APARENTEMENTE SADIOS DA

REGIÃO METROPOLITANA DE GOIÂNIA , GOIÁS

Fulano de tal da silva

Orientador: Profª Drª ....

GOIANIA

2009

8

Page 9: Curso de Normas Abnt

Segunda capa ou contra-capa (facultativo):

Coloca-se o nome do reitor da Universidade, do diretor e do chefe de

departamento da Faculdade onde o trabalho será defendido.

Folha de rosto:

Contém os elementos essenciais à identificação da obra.

- Nome do autor, em caixa-alta, centralizado.

- Título do trabalho, seguido dos demais subtítulos, se houver, centralizados.

- Nota explicativa, a 3 cm do título/subtítulo, a 9 cm da borda lateral esquerda.

Refere-se à natureza do trabalho, a seu objetivo acadêmico e aos respectivos dados

de orientação.

- Nome da cidade.

- Ano do trabalho, logo abaixo.

9

Page 10: Curso de Normas Abnt

EXEMPLO DE FOLHA DE ROSTO

FULANO DE TAL

ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DA INFECÇÃO POR LEPTOSPIRA SPP. EM

FELINOS DOMÉSTICOS (FELIS CATUS) APARENTEMENTE SADIOS DA

REGIÃO METROPOLITANA DE GOIÂNIA, GOIÁS

Dissertação apresentada como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em Ciência Animal junto ao Programa de Pós Graduação em Ciência animal da Escola de Veterinária da Universidade Federal de Goiás

Área de concentração:

Sanidade Animal

Orientador:

Profª Drª Comitê de Orientação:

Profª Drª

Profª Drª

GOIÂNIA

2009

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Page 11: Curso de Normas Abnt

Dedicatória (facultativa)

É a folha onde o autor poderá fazer dedicatórias do seu trabalho a pessoas

queridas. A apresentação é livre.

Agradecimentos (facultativa)

Encabeçada pela palavra AGRADECIMENTOS, centralizada no papel,

incluem-se agradecimentos à assistência relevante na realização e preparação do

trabalho.

Epígrafe (facultativo)

Inscrição ou frase que serve de tema à abertura de uma obra ou a cada

capítulo. Pode ser uma frase criada pelo próprio autor ou frases de outras pessoas,

geralmente conhecidas.

Prefácio ou apresentação (facultativo)

Normalmente elaborado por outra pessoa que não o autor, visando a dar um

esclarecimento, uma justificativa e/ou apresentação do autor e da obra.

Sumário:

Enumeração das principais divisões, capítulos, seções, subseções e outras

partes de um documento, na mesma ordem e na mesma forma gráfica em que

aparecem no documento, com o respectivo número de página onde aparecem ou se

iniciam.

O Sumário não pode ser confundido com índice, listas ou resumo. Inclui,

apenas, as partes da publicação que se lhe sucedem (resumo, texto, anexos,

referências bibliográficas, índice). E é identificado pela palavra SUMÁRIO, escrita

em letras maiúsculas, centrada, e a esta segue, exatamente com a mesma grafia, a

indicação de numeração de seções primárias (capítulos), secundárias etc., e as

páginas onde se localizam no corpo do trabalho.

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Page 12: Curso de Normas Abnt

Lista de ilustrações:

Reúne ilustrações existentes no texto, na ordem em que aparecem, com

indicação da página. É recomendado que seja, feitas listas separadas para cada tipo

particular de ilustração (quadros, tabelas, figuras etc.), sendo sua inclusão

recomendável, no caso de haver mais de cinco elementos a serem relacionados.

Lista de símbolos, abreviaturas e convenções:

Reúne símbolos e convenções utilizadas no decorrer do texto, com as

respectivas significações, sendo sua inclusão recomendável, no caso de haver mais

de cinco elementos a serem relacionados.

Resumo (abstract):

É a apresentação consistente e seletiva de um texto. Deve ressaltar, de forma

clara e sintética, a natureza do trabalho, seus resultados e conclusões mais

importantes. Deve concluir-se num texto redigido de forma cursiva, concisa e

objetiva, respeitando a estrutura do original e reproduzindo, apenas, suas

informações mais significativas.

O Resumo deve fornecer estas informações por ser normalmente o primeiro

item lido por quem se interessa pelo assunto abordado no documento. Alguns sites

da internet publicam apenas o resumo (abstract), deixando o restante do documento

off-line ou restrito.

Não deve ser uma simples enumeração de tópicos, sendo que a 1ª frase deve

ser significativa e explicar o tema principal do trabalho, procurando evitar o uso de

parágrafos, frases negativas, símbolos, tabelas, quadros, figuras e ilustrações, assim

como de fórmulas e equações.

Recomenda-se que os resumos tenham um limite máximo de 500 palavras,

no caso de teses e dissertações, de 250 palavras, no caso de monografias e artigos,

e de 100 palavras, no caso de notas e comunicações breves.

Além do resumo, coloca-se uma Segunda folha com a sua versão em inglês,

ou seja, um abstract, para facilitar sua divulgação no exterior. Respectivamente,

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Page 13: Curso de Normas Abnt

para cada caso, a palavra resumo ou abstract deve encabeçar o texto, em caixa alta,

centralizada no papel e o texto impresso em espaço simples.

ELEMENTOS TEXTUAIS

O texto constitui o núcleo do trabalho, é composto de cinco partes: introdução,

revisão da literatura (ou estado da arte), metodologia, desenvolvimento, resultados e

conclusão.

As partes de um texto, apesar de possuírem características próprias e

finalidades específicas, estão intimamente relacionadas, como partes de uma

estrutura lógica e harmônica.

Introdução:

Resume brevemente os objetivos do trabalho e as razões de sua elaboração,

bem como as relações com outros trabalhos existentes, não devendo repetir ou

parafrasear o resumo nem antecipar as conclusões e recomendações contidas ou

decorrentes do estudo. Apesar de figurar no início do trabalho, é a última parte a ser

redigida em definitivo, visto constituir uma síntese de caráter didático das idéias e da

matéria tratada.

A introdução deve situar o leitor no contexto do tema pesquisado, colocando-o

a par dos antecedentes, tendências, pontos críticos, preocupações, justificativas e

razões do trabalho, para, em seguida, colocar as questões de pesquisa ou

perguntas a serem respondidas, assim como as possíveis contribuições esperadas

do estudo e suas implicações.

Revisão da literatura (ou Estado da arte):

Visa a reunir, analisar e discutir as informações publicadas sobre o tema até o

momento de elaboração do trabalho, a fim de fundamentar teoricamente o objeto de

investigação com bases sólidas, e não arbitrariamente. É o "pano de fundo" do

problema de pesquisa. Compreende uma minuciosa busca na literatura,

selecionando-se e sintetizando-se idéias, estudos e pesquisas que se relacionem

com problema investigado, objetivando melhor compreensão das inúmeras facetas

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Page 14: Curso de Normas Abnt

deste, devendo-se destacar as citações literais de trabalhos científicos (vide item

específico neste artigo).

As idéias contidas nos estudos devem ser inter-relacionadas e confrontadas,

principalmente se forem contraditórias.

A organização da revisão deve ser feita de forma lógica em função das

variáveis ou dois pontos mais relevantes do problema investigado, sem se procurar

forçar a uma organização cronológica.

Metodologia:

Nesta parte, deve-se declarar o objetivo do estudo e sua relação com o

referencial teórico, as questões e hipóteses do estudo e a descrição e justificativa

da(s) metodologia(s) utilizada(s) e, se for o caso, a população, o objeto de estudo, a

amostra, o processo de amostragem, a forma e estratégia de coleta de dados e

informações, as técnicas estatísticas empregadas nas análises, no caso de

abordagem quantitativa, assim como as atividades realizadas antes, durante e após

a coleta de dados e o referencial teórico, no caso de abordagem qualitativa;

entretanto, minúcias de provas matemáticas ou procedimentos experimentais, se

necessários, devem constituir material anexo.

Desenvolvimento:

Normalmente é a parte mais importante e mais extensa do texto. A estrutura

desta parte, em função da diversidade de natureza dos estudos, deve basear-se no

bom senso do autor e/ou de seu orientador, devendo-se dividi-la em tantas seções e

subseções quantas forem necessárias para o detalhamento do estudo realizado.

Deve seguir uma seqüência lógica e ser apresentada de forma a facilitar o

acompanhamento e o entendimento do leitor.

Resultados:

Destina-se a ressaltar as evidências que esclareçam cada questão levantada

através de análises quantitativas e qualitativas das informações e dados obtidos,

sempre relacionando esses resultados com os objetivos, questões e hipóteses e

pesquisa e dando-lhes significado frente ao referencial teórico. Compreende também

este item uma discussão dos resultados frente aos objetivos propostos no estudo.

14

Page 15: Curso de Normas Abnt

Conclusão:

Procura evidenciar com clareza e objetividade as deduções tiradas dos

resultados da pesquisa ou levantadas ao longo da discussão do assunto, devendo

dar um fechamento ao trabalho, reafirmando de maneira sintética a idéia principal e

os pormenores mais importantes, respondendo ao problema inicial e aos objetivos

do estudo, apresentados, via de regra, na introdução, face às contribuições

proporcionadas pela pesquisa.

Não deve abordar detalhes operacionais dos conceitos utilizados, nem

extrapolar os resultados do estudo para além do que a metodologia e abrangência

utilizadas o permitir, ressalvando sempre as limitações do estudo, recomendando

práticas para sua implementação e sugerindo outras pesquisas adicionais e

complementares.

A conclusão deve ser objetiva podendo iniciar os parágrafos das seguintes

formas: detectou-se que... , observou-se que...., Não foi possível afirmar que..., as

amostras resultaram em...., o percentual encontrado foi... etc.

ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS

Os elementos pós-textuais possuem forma própria de apresentação e

destinam-se a complementar ou esclarecer o texto, no seu todo ou em parte, sem

contudo integrar o mesmo.

Anexos e/ou apêndices:

Anexos e apêndices são partes extensivas ao texto, destacados deste para

evitar descontinuidade na seqüência lógica das seções ou capítulos, com a

finalidade de complementar a argumentação principal, documentar, esclarecer,

provar ou confirmar idéias expressas no texto, relevantes ou necessárias à maior

compreensão do mesmo.

O anexo é um documento, que pode ou não ser do autor do estudo, que serve

de fundamentação, comprovação ou ilustração do estudo ou de suas partes. O

apêndice é um documento autônomo do próprio autor que visa a complementar a

15

Page 16: Curso de Normas Abnt

argumentação principal do estudo. É comum não serem feitas distinções entre

anexos e apêndices, sendo considerados indistintamente como anexos.

Podem ser incluídos como anexos: ilustrações, gráficos, fotografias,

questionários, descrições, modelos de formulários e impressos, leis, decretos etc.,

devendo ser identificados através de letras maiúsculas consecutivas e seus

respectivos títulos.

EXEMPLO:

Anexo A – questionário

Anexo B – Plano amostral

Referências Bibliográficas:

As referências bibliográficas compreendem um conjunto de elementos que

permitem a identificação, no todo ou em parte, de documentos impressos ou

registrados em diversos tipos de materiais. Podem estar localizados: em notas de

rodapé, notas de fim de texto e em lista bibliográfica sintética ou analítica. Adiante,

neste artigo, as referências bibliográficas serão abordadas de forma mais específica.

EXEMPLO:

PANEGALLI, J.C.; “Facilitando o processo de planejamento e gestão nas organizações”; Revista Contemporânea de Contabilidade; Ano 1; v.1; n.2; p. 11-40, Jul./dez. 2004.

Estrutura de publicações científicas:

A numeração em coluna, após cada elemento, corresponde à sugestão para a

sua ordem no documento.

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Page 17: Curso de Normas Abnt

Elementos

Dissertação e teses

Livros e folhetos

Relatórios técnico-científicos

Artigos Científicos

Elementos pré-textuais

- Sobrecapa

- Capa

- Lombada

- Orelhas

- Falsa folha de rosto

- Errata

- Folha de rosto

- Dedicatória

- Agradecimentos

- Epígrafe

- Apresentação e/ou prefácio

- Sumário

- Lista de ilustrações (tabelas, figuras e quadros)

- Listas de símbolos, abreviaturas e convenções

- Resumo e/ou abstract

Elementos textuais

- Introdução

- Revisão de literatura

- Metodologia

- Desenvolvimento

- Resultados

- Discussão dos resultados

- Conclusão

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Page 18: Curso de Normas Abnt

Elementos pós-textuais

- Anexos e/ou Apêndices

- Glossário

- Bibliografia e/ou Referências bibliográficas

- Índice

- Ficha de identificação

RECOMENDAÇÕES GERAIS

As recomendações a seguir são aplicáveis a todos os documentos

acadêmicos, de uma forma geral, mas será dada especial atenção aos componentes

de teses, dissertações e artigos científicos.

Numeração progressiva das seções de um documento:

A numeração progressiva das seções de um documento tem por objetivo

proporcionar o desenvolvimento claro e coerente de um texto e facilitar a localização

de cada uma de suas partes.

Estrutura:

A primeira divisão de um texto resulta em seções primárias que recebem o

nome de capítulos. Cada capítulo pode ser dividido em seções secundárias, estas

em terceiras, estas por seções quaternárias e quinarias. Não se recomenda

subdivisão excessiva de um texto, ou seja, que ultrapasse a subdivisão quinaria.

Numeração:

Esta sugestão de numeração é indicada, principalmente, para teses e

dissertações. Cada divisão recebe um grupo numérico chamado indicativo de seção

que facilita a sua localização no texto. Para a numeração dos capítulos são

utilizados algarismos arábicos. O indicativo da seção secundária será formado pelo

número do capítulo, mais o número de cada parte (ambos separados por um ponto),

18

Page 19: Curso de Normas Abnt

de acordo com a subdivisão proposta, aplica-se o mesmo procedimento às seções

terciárias, quaternárias e quinarias.

EXEMPLO:

1 SEÇÃO PRIMÁRIA

1.1 Seções secundárias

1.1.1 Seções terciárias

1.1.1.1 Seções quaternárias

1.1.1.1.1 Seções quinarias

Títulos:

Os títulos das diferentes seções devem ser destacados graficamente,

utilizando-se, em geral, letras maiúsculas (caixa –alta) para as seções primárias e

letras minúsculas (exceto a inicial) para as demais seções.

Abreviatura e siglas:

As formas abreviadas de nomes (abreviaturas e siglas) são usadas para

evitar a repetição de palavras e expressões freqüentemente utilizadas no texto.

Quando uma sigla ou abreviatura for apresentada pela primeira vez no texto, deve

ser precedida do nome por extenso.

EXEMPLO:

O Ministério de Educação e Cultura (MEC) tem adotado medidas que ...

Não se empregam abreviaturas nos títulos e resumos dos trabalhos para se

evitar problemas na tradução ou versão dos mesmos. E quando utilizar abreviaturas

19

Page 20: Curso de Normas Abnt

lembrar de colocar o nome completo quando for citado pela primeira vez no texto, a

partir da segunda citação poderá colocar a abreviatura porque o leitor já saberá de

que se trata.

Segundo convenção já consagrada, unidades de peso e medida são

abreviadas quando por extenso: grama, mililitro, porcentagem. Não se usa ponto nas

abreviaturas de unidades de medida e nas siglas. Não se usa plural para as formas

abreviadas de palavras. Exemplo: editores: ed.; organizadores: org.

Não se abreviam nomes geográficos, a não ser quando se tratar de

abreviaturas universalmente aceitas como: EUA ou USA. Portanto, escreve-se

sempre por extenso: São Paulo e não S.P.

Os meses do ano são abreviados pelas três primeiras letras, com exceção de

maio que não se abrevia. Usam-se as iniciais minúsculas para meses em língua

portuguesa e maiúsculas quando em língua inglesa e alemã.

As abreviaturas específicas do trabalho e siglas desconhecidas devem

constar de lista prévia, ordenadas alfabeticamente pelas siglas, seguidas dos nomes

por extenso. Quando em pequeno número, podem ser registradas no próprio texto,

separadas por um hífen, de forma por extenso.

Ilustrações:

As ilustrações são componentes destacados graficamente em um texto, que

têm por objetivo apresentar informação condensada que permita pronta

inteligibilidade ao leitor. Servem para elucidar, explicar e simplificar o entendimento

de um texto. As ilustrações compreendem: quadros, tabelas, figuras e outros.

Quadros:

Compreendem ilustrações com informações qualitativas (normalmente

textuais), dispostas em linhas e/ou colunas que se caracterizam graficamente por

terem os quatro lados fechados.

20

Page 21: Curso de Normas Abnt

EXEMPLO :

QUADRO 1 Antígenos empregados na técnica de Soroaglutinação Microscópica (SAM),

segundo código, sorogrupo e sorovar, mantidos pelo Laboratório de

Diagnóstico de Leptospirose da Escola de Veterinária 2008

Cód. Sorogrupo Sorovar Cód. Sorogrupo Sorovar

1-A Australis Australis 10-B Icterohaemorrhagiae Icterohaemorrhagiae

1-B Australis Bratislava 11 Javanica Javanica

2-B Autumnalis Butembo 12 Panamá Panamá

3 Ballum Castellonis 13 Pomona Pomona

4-A Bataviae Bataviae 14 Pyrogenes Pyrogenes

Tabelas:

Compreendem ilustrações com dados estatísticos e que se caracterizam

graficamente por serem ser fechadas nos lados direito e esquerdo e fechadas nos

lados superior e inferior, não se colocando traços horizontais e verticais separando

os dados numéricos.

EXEMPLO:

TABELA 1 – Incidência de anticorpos anti-Leptospira spp.,

por sorovar, no total de 217 amostras

provenientes de diversos bairros de Aparecida

de Goiânia, Goiás. 2008

Amostras Positivas %Co-aglutinação 3 8,33

Australis 2 5,56Icterohaemorrhagiae 3 8,33

Pomona 2 5,56Pyrogenes 1 2,77

Hardjo 1 2,77Patoc 3 8,33Total 36 100%

Apresentação :

Numeram-se as ilustrações (uma numeração para cada tipo) no decorrer do

texto com algarismos arábicos, em uma seqüência própria, independente da

numeração progressiva ou das páginas da publicação. Como opção, em trabalhos

21

Page 22: Curso de Normas Abnt

muito extensos, com muitos capítulos, as ilustrações podem ser numeradas com

dois dígitos separados por um ponto, sendo o primeiro dígito correspondente ao

capítulo e o segundo ao número daquela ilustração no capítulo. Por exemplo:

Quadro 6.7 significa que o quadro é o de número 7 do capítulo 6.

O título da ilustração deve ser breve, porém explicativo. É escrito em letras

minúsculas, exceto a inicial da frase e dos nomes próprios, após a palavra Figura

(ou Quadro etc.), e dela separado por hífen. Em quadros e tabelas, o título é

colocado na parte superior em figuras, na parte inferior.

Localização:

As ilustrações devem ser centradas na página e impressas em local tão

próximo quanto possível do trecho do texto onde são mencionadas. Quando em

grande número ou em tamanho maior, podem ser agrupadas no final do trabalho.

Devem ser enquadradas nas mesmas margens adotadas para o texto.

Corpo da tabela:

A disposição dos dados numa tabela deve permitir a comparação e ressaltar

as relações existentes, destacando-se o que se pretende demonstrar. Não se deve

deixar "casa" vazia no corpo da tabela ou Quadro, usando-se símbolos, conforme

convenção internacional.

Quando as ilustrações citadas estiverem em anexo(s), acrescentar essa

informação após o seu número.

Abreviaturas e símbolos:

Deve-se evitá-los nas tabelas. Quando indispensáveis deve-se adotar apenas

aqueles que sejam padronizados. Os símbolos que, por alguma razão, não puderem

ser impressos, devem ser escritos à mão, usando-se tinta indelével.

Notas de rodapé de tabelas: As tabelas podem conter notas de rodapé, assim

detalhadas:

a. nota de fonte: para citar a fonte de onde foi coletada.

22

Page 23: Curso de Normas Abnt

b. nota geral: para o registro de observações ou comentários para conceituar ou

esclarecer o conteúdo da tabela, indicar o critério adotado no levantamento dos

dados ou o método de análise estatística utilizado.

c. notas referentes a uma específica da tabela: símbolos, fórmulas e outros.

Sempre que possível, a tabela deve conter a data em que os dados foram coletados.

Disposição das tabelas no texto:

Tabelas pequenas devem ser centralizadas na página. Quando longas e

estreitas, com poucas colunas e muitas linhas, aconselha-se dividir a coluna em

partes iguais, de forma a tornar a tabela mais curta e larga. As partes serão

impressas lado a lado, em posição vertical e separadas por um traço vertical.

Quando a tabela for mais larga do que a página, poderá ser impressa no sentido

vertical, incluindo número e título acima da tabela. Pode também ser dividida ou

desmembrada.

Numerais:

Nos trabalhos científicos, aconselha-se escrever por extenso os números de

uma só palavra (um, dezesseis, cem) e usar algarismos para os números de mais

de uma palavra. No entanto, por se tratar apenas de convenção, pode-se adotar

uma outra alternativa: escrever os números de zero a nove por extenso e, a partir de

10 usar os algarismos. Nos números seguidos de unidades padronizadas, é

obrigatório o uso de algarismo.

EXEMPLOS: 8m, 10cm, 5mL.

Aconselha-se evitar o uso de números no início de frases. Quando se deseja

expressar porcentagem, é preferível adotar o símbolo próprio: %. Só se usa o

símbolo precedido de um número.

Nas referências ao primeiro dia do mês, usa-se o número ordinal, enquanto

que, com relação aos outros dias, usa-se o cardinal.

EXEMPLO: Primeiro de maio: No dia 30 de julho.

23

Page 24: Curso de Normas Abnt

Para designar horas do dia, usa-se sempre numeral cardinal. Exemplo: 10:30

h; 18h30 minutos.

Citações:

A citação é uma menção, no texto, de uma informação colhida em outra fonte.

São introduzidas no texto com o propósito de esclarecer, complementar ou

fundamentar as idéias do autor. A citação pode ocorrer em forma de transcrição ou

de paráfrase e de forma direta ou indireta.

A transcrição (ou citação textual) ocorre quando são reproduzidas as próprias

palavras do texto citado. A paráfrase (ou citação livre) ocorre quando se reproduzem

idéias e informações do documento, sem, entretanto, reproduzir as próprias palavras

do texto citado. As citações diretas são reproduzidas a partir do texto original;

quando reproduzidas de fonte não-original, são denominadas de indiretas ou de

citação de citação.

Citação textual:

É reproduzida entre aspas ou destacada tipograficamente com, por exemplo,

letra em itálico, e deve corresponder exatamente ao original e acompanhada de

informações sobre a fonte (em respeito a Lei 5.988 de 14/12/73 que regulamenta os

direitos autorais). Uma transcrição dentro de outra é indicada por aspas simples.

Deve-se observar que:

- As citações curtas são inseridas no texto e devem necessariamente estar contidas

entre aspas.

EXEMPLO:

Segmentação pode ser definida como "... grupamentos específicos de mercado que

respondem de maneira semelhante a estímulos mercadológicos." (SANTINI,

1980:204).

24

Page 25: Curso de Normas Abnt

- As citações longas (mais de três linhas) devem constituir um parágrafo

independente, recuado e com espaço menor (espaço 1) ou em itálico, podendo ou

não estarem contidas entre aspas.

EXEMPLO:

"Quando falamos de segmentação, estamos nos referindo a grupamentos específicos de mercado que respondem de maneira semelhante a estímulos mercadológicos." (REZENDE, 1980:204).

É obrigatório e indispensável mencionar os dados necessários à identificação

da fonte de onde a citação foi extraída, respeitando-se, desta forma, os direitos

autorais. Exige-se rigor máximo na aplicação dessas normas, quando se tratar de

publicação técnico-científica.

Sistemas de chamadas de citações:

As citações podem ser indicadas no texto através de duas opções de sistema:

numérico ou autor-data. A princípio, deve-se adotar o método recomendado pela

publicação onde se pretende ter o trabalho publicado. Uma vez adotado um dos

métodos, deve-se segui-lo de forma consistente, ao longo de todo o trabalho.

Sistema numérico:

As indicações das fontes de citações são efetuadas por numeração única e

consecutiva para todo o documento ou para cada capítulo. Não se deve recomeçar a

numeração a cada página. A numeração no texto deve ser feita, preferencialmente,

com os números situados ligeiramente acima da linha do texto, em tipo menor do

que o utilizado no texto e ao final da citação (os modernos sistemas de edição de

textos já dispõem dessa forma). As outras opções compreendem colocar o número

entre parênteses ou entre colchetes.

EXEMPLO:

Conforme disse GATES (1999): "Nosso objetivo não era fazer dinheiro com as

vendas da IBM, e sim licenciar o uso do MS-DOS a outros fabricantes de

computadores..." ou (27) ou [27].

25

Page 26: Curso de Normas Abnt

A descrição completa referenciada dos dados da fonte deverá estar situada

ou na mesma página, em forma de notas de rodapé ou ao final de cada capítulo ou,

ainda, ao final do texto. São preferidas na própria página pela facilidade que trazem

ao leitor.

Esse sistema pressupõe que a listagem de citações já possua numeração

definitiva, uma vez que inserções posteriores exigem mudanças em toda a

numeração. Esse problema não existe quando se utiliza um sistema moderno de

edição de texto, onde a numeração muda automaticamente à medida que citações

forem incluídas, excluídas ou mudadas de local.

Sistema autor-data:

A indicação da fonte citada é feita pelo sobrenome do autor ou nome da

instituição responsável ou, ainda, pelo título de entrada, seguido do ano de

publicação do documento e da página. As opções possíveis para a utilização do

sistema autor-data compreendem:

1. quando o nome do autor faz parte integrante do texto, menciona-se, entre

parênteses, a ano da publicação citada, seguida de dois pontos e a(s) página(s)

onde está localizado o texto na obra, logo após o nome do autor.

EXEMPLO:

1. Como aponta MATTAR (1994: 45), a pesquisa exploratória...

2. a indicação da fonte entre parênteses pode suceder à citação, para evitar

interrupção na seqüência do texto, e compreende: nome do autor, vírgula, ano da

publicação da obra, dois pontos e página(s) onde está localizada a informação

citada.

EXEMPLO:

26

Page 27: Curso de Normas Abnt

Vários trabalhos têm apoiado as constatações empíricas descritas

(CAMPONAR, 1990: 43 a 49; GRISI, 1991: 75; JONES, 1994: 227 e 228). Observe

que os autores são citados em ordem crescente de ano: 1990, 1991, 1994.

3. Em se tratando de entidades coletivas conhecidas por sigla, deve-se citar o

nome por extenso, acompanhado da sigla na primeira citação e, a partir daí, usar

apenas a sigla.

EXEMPLO:

A Tabela 2 confirma os dados apresentados anteriormente (Fundação Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística – FIBGE, 1975: 95 a 101). Em citações

subsequentes da mesma fonte, deve-se usar apenas a sigla: FIBGE (1995: 312 ou

(FIBGE, 1996: 47)

4. Quando se tratar de documento de autoria de órgão de administração direta do

governo, cuja referência bibliográfica se inicia pelo nome geográfico do país, estado

ou município, deve-se citar o nome geográfico seguido da data do documento.

As seguintes recomendações aplicam-se tanto às transcrições (citações

textuais) quanto às paráfrases (citações livres):

1. A primeira citação de uma obra deve ter sua referência bibliográfica completa

(vide neste texto o item referências bibliográficas).

2. As subsequentes citações da mesma obra podem ser referenciadas (tanto

para notas de rodapé quanto de final de texto) de forma abreviada, desde que não

haja referências intercaladas de outras obras do mesmo autor e quando fizerem

referência às notas de uma mesma página ou em páginas confrontantes. É muito

comum nas notas de rodapé o uso de termos, expressões e abreviaturas latinas,

embora devam ser evitadas, uma vez que dificultam a leitura. Em alguns casos, é

preferível repetir tantas vezes quantas forem necessárias as indicações

bibliográficas. As expressões latinas utilizadas e se significado são as seguintes:

27

Page 28: Curso de Normas Abnt

· apud – citado por, conforme, segundo;

· ibidem ou ibid. – na mesma obra;

· idem ou id. – igual à anterior;

· opus citatum ou op. cit. – obra citada;

· passim – aqui e ali;

· sequentia ou et seq. – seguinte ou que se segue;

· loc. cit. – no lugar citado;

· C.f. – confira.

1. Quando houver coincidência de sobrenomes de autores, acrescentar as iniciais

de seus pré-nomes.

EXEMPLO:

AZEVEDO, C. (1999: 45) e AZEVEDO, M. (2002: 105);

2. Quando se tratar de vários trabalhos de um mesmo autor, escritos em anos

diferentes, cita-se o sobrenome de autor, seguido do ano entre parênteses; para

citação de vários trabalhos de um mesmo autor escritos no mesmo ano, usam-se

letras minúsculas acompanhando a data para diferenciar as obras.

EXEMPLOS:

MATTAR (1991: 45; 1994a: 123; 1996: 26) encontrou uma forte correlação entre

ocupação e renda...

MATTAR (1994b: 14) faz referências a novas abordagens sobre estratos sociais;...

28

Page 29: Curso de Normas Abnt

3. Quando se tratar de documentos sem data, citar a expressão s.d., entre

parênteses.

EXEMPLO:

NANDES (s.d.);

4. Quando houver necessidade de suprimir parte de uma citação, no início ou

no final do trecho, usam-se reticências nesses locais; quando se suprimirem

partes intermediárias, usam-se reticências entre colchetes.

EXEMPLOS:

"...o objetivo da ciência não é somente aumentar o conhecimento, mas o de

aumentar as nossas possibilidades de continuar aumentando o conhecimento..."

(ACKOFF, 1971: 27);

"Recomenda-se expor os resultados das observações e experiências no passado

[...] para as generalidades ou para as referências a condições estáveis."(Rey, 1972:

37);

5. Quando se tratar de citação de textos em língua estrangeira, duas opções se

apresentam: transcrever a citação na língua original, traduzindo-a em nota de

rodapé ou traduzir diretamente no texto e indicar, em nota de rodapé, a língua do

documento original;

6. Quando o texto original foi traduzido pelo autor ou quando alterações foram

introduzidas no texto original (como grifar palavras para destacar alguma

passagem), a alteração do original deve ser indicada entre parênteses por uma das

expressões: tradução do autor, grifo nosso;

7. A citação de dados obtidos por informação oral (palestras, debates,

comunicações, aulas, seminários etc.) é indicada pela expressão "informação verbal"

entre parênteses e, em nota de rodapé, fornecer os dados disponíveis da fonte;

29

Page 30: Curso de Normas Abnt

8. Os dados obtidos de trabalhos ainda não publicados ou em fase de pré-

publicação são citados seguidos das informações bibliográficas disponíveis (autor,

título, nome da instituição, data). Outra opção seria citar a fonte em nota de rodapé,

conforme já descrito anteriormente;

9. Erros gráficos ou de outra natureza, constantes do texto original, devem ser

reproduzidos e deverão ser indicados pela expressão latina (sic) que significa que

assim estava no original.

EXEMPLO: "...foi-lhes informado que o pagamento poderia se dar insuavis (sic)...";

Notas de rodapé:

As notas de rodapé podem ser bibliográficas ou explicativas e têm por

finalidade:

a. Indicar a fonte de onde foi tirada uma citação, permitindo a comprovação ou

ampliação do conhecimento pelo leitor, incluindo comunicação pessoal, trabalhos

não-publicados e originais não-consultados, mas citados em outras fontes;

b. Inserir no trabalho considerações complementares que onerariam,

desnecessariamente, o desenvolvimento do texto, mas úteis ao seu

aprofundamento;

c. Apresentar a versão original ou a tradução de alguma citação, quando se fizer

necessária a comparação de textos;

d. Definir conceitos e termos utilizados; e

e. Apresentar passagens completas de onde se tirou a citação.

Para chamar as notas de rodapé usa-se a mesma sistemática apresentada

para as citações, ou seja, a numeração no texto deve ser feita, preferencialmente,

com os números situados ligeiramente acima da linha do texto, em tipo menor do

30

Page 31: Curso de Normas Abnt

que o utilizado no texto, e no ponto do texto onde se deseja incluir a nota de rodapé

(os modernos sistemas de edição de textos já dispõem dessa forma). As outras

opções compreendem colocar o número entre parênteses ou entre colchetes. Usam-

se algarismos arábicos, na entrelinha superior sem parênteses, com numeração

consecutiva para cada capítulo ou parte. Quando as notas de rodapé forem poucas

(até três por página) e não se referirem a indicação de fontes de citações, poderão

ser utilizados asteriscos para chamada.

As notas de rodapé devem ser localizadas na margem inferior da mesma

página onde ocorre a chamada numérica recebida no texto. São separadas do texto

por um traço contínuo e impressas com caracteres menores do que o usado no

texto.

As notas de indicação bibliográfica devem seguir a mesma orientação das

normas utilizadas para referências bibliográficas.

Referências bibliográficas:

Segundo a Norma ABNT: 6023: agosto/2002 – O termo que determina “O

conjunto padronizado de elementos descritos retirados de um documento, que

permite sua identificação individual”. É apenas o termo “Referência”. Abolindo

o termo “Referências bibliográficas”, para Monografias, Dissertações e Teses.

No entanto, a Instituição pode ou não adotar esses termos para trabalhos

acadêmicos.

Conceito: Referência bibliográfica é um conjunto de elementos que permite a

identificação, no todo ou em parte, de documentos impressos ou registrados em

diversos tipos de materiais.

Localização: As referências bibliográficas podem estar localizadas em: notas de

rodapé, notas de fim de texto e em lista bibliográfica, no fim do texto. Quando em

notas de rodapé ou notas de fim de texto, as referências bibliográficas seguem as

mesmas normas já apresentadas no item "notas de rodapé", deste texto. Nesses

dois casos, a numeração deverá ser iniciada e concluída a cada capítulo, seguindo a

numeração a ordem em que a referência aparece no texto, e deverá ser constada a

página de onde foi colhida. Quando em lista bibliográfica no final do texto, a relação

31

Page 32: Curso de Normas Abnt

das obras deverá ser apresentada em ordem alfabética pelo último sobrenome; não

haverá necessidade de constar a página, já que conta no texto.

EXEMPLOS:

ALEXANDRE, F., DIOGO, J.; Didáctica da Geografia - Contributos para uma

educação no ambiente, Colecção “Educação Hoje”, Texto Editora, Lisboa –

Portugal, 1990.

GRYNSZPAN, D.; Educação em saúde e educação ambiental: uma experiência

integradora. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v.15, p.133-138, 1999.

ODUM, E. P.; Ecology: a bridge between science and society. Sunderland,

Massachusetts: Sinauer Associates, Inc., 1997.

SILVA, M.O.C.; ANGELA, H.L.; TOZZETTI, D.S.; SEGURA, R.; Posse responsável de cães e gatos no município de Garça/SP. Revista Científica eletrônica de Medicina Veterinária, Rio de Janeiro, ano III, n.06, jan.2006.

TIEZZI, E.; Tempos históricos, tempos biológicos - a Terra ou a morte: os

problemas de uma nova ecologia. São Paulo: Livraria Nobel S.A., 1988.

32

Page 33: Curso de Normas Abnt

NORMAS ABNT

SEGUNDO MODULO

ÍNDICE

ELEMENTOS PARA ELABORAÇÃO DA MONOGRAFIA............................. 36

FORMAS DE APRESENTAÇÃO.................................................................... 49

TEXTO............................................................................................................. 52

CITAÇÕES E REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................... 58

PÓS-TEXTO................................................................................................... 61

REGRAS PARA ELABORAÇÃO DE TABELAS E FIGURAS........................ 68

33

Page 34: Curso de Normas Abnt

Neste módulo, você vai aprender, com detalhes, como desenvolver monografias.

1. ELEMENTOS PARA ELABORAÇÃO DA MONOGRAFIA

Capa

Folha de rosto

Dedicatória (opcional)

Agradecimentos (opcional)

Epígrafe (opcional)

Lista de figuras

Lista de tabelas

Resumo em português

Resumo em inglês (Abstract)

Sumário

Introdução

Revisão da literatura

Material e Métodos (somente em trabalhos experimentais)

Resultados (somente em trabalhos experimentais)

Discussão (somente em trabalhos experimentais)

Conclusões

Bibliografia (para monografias)

Referências Bibliográficas (para trabalhos experimentais)

Anexos

1.1.Capa

Elemento obrigatório que deve conter:

Nome do aluno ou alunos (fonte 14, caixa alta)

Título (fonte 14, caixa alta)

Subtítulo (se houver) (fonte 12, caixa alta)

Local de publicação (fonte 12, caixa alta)

Data de publicação (fonte 12, caixa alta)

Nome do aluno

Título

34

Page 35: Curso de Normas Abnt

Subtítulo

Nome da cidade

(ano)

como numerar um documento científico?

Conforme a NBR14724/2002 todas as folhas do trabalho, a partir da folha de

rosto, devem ser contadas seqüencialmente, mas não numeradas. A numeração é

colocada a partir da primeira folha da parte textual, em algarismos arábicos, no

canto superior direito da folha, a 2 cm da borda superior, ficando o último algarismo

a 2 cm da borda direita da folha . No caso de o trabalho ser constituído de mais de

um volume, deve ser mantida uma única seqüência de numeração das folhas, do

primeiro ao último volume. Havendo apêndice e anexo, as suas folhas devem ser

numeradas de maneira continua e sua paginação deve dar seguimento à do texto

principal.

35

Page 36: Curso de Normas Abnt

EXEMPLO DE CAPA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁSESCOLA DE VETERINÁRIA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA ANIMAL

DISSERTAÇÃO DE MESTRADO

PREVALÊNCIA DE ANTICORPOS ANTI-Leptospira spp. E ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DA INFECÇÃO EM BOVINOS DO ESTADO DE GOIÁS

Fulano de talOrientadora: Prof. Dr...

GOIÂNIA2008

36

Page 37: Curso de Normas Abnt

1.2. Folha de rosto

- nome do aluno (fonte 14, caixa alta)

- título do relatório (fonte 14, caixa alta)

- subtítulo (se houver) (fonte 12 , caixa alta)

- nome da Instituição e área (s) de concentração do estágio (fonte 12)

- orientador da monografia (fonte 14 , caixa alta)

- supervisor de estágio supervisionado (fonte 14 , caixa alta)

- local de publicação (fonte 12, caixa alta)

- data de publicação (fonte 12, caixa alta)

EXEMPLO:

Trabalho apresentado à Coordenação de Pós Graduação, curso de Medicina

Veterinária – Universidade Federal de Goiás – UFG, para obtenção do título em

Especialização latu sensu em Educação Ambiental.

37

Page 38: Curso de Normas Abnt

EXEMPLO DE FOLHA DE ROSTO

FULANO DE TAL

PREVALÊNCIA DE ANTICORPOS ANTI-Leptospira spp. E ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DA INFECÇÃO EM BOVINOS DO ESTADO DE GOIÁS

Dissertação apresentada como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em Ciência Animal junto ao Programa de Pós Graduação em Ciência animal da Escola de Veterinária da Universidade Federal de Goiás

Área de concentração:Sanidade Animal

Linha de Pesquisa:Enfermidades de importância em saúde pública

Orientadora:Prof. Dr.

Comitê de Orientação:Prof. Dr. Prof. Dr.

GOIÂNIA2008

38

Page 39: Curso de Normas Abnt

1.3. Verso da folha de rosto

No verso da folha de rosto deve constar a Ficha Catalográfica, como segue

abaixo:

Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP)

(GPT/BC/UFG)

Tal, fulano de.M357p Prevalência de anticorpos anti-Leptospira spp. e aspectos

epidemiológicos da infecção em bovinos do estado de Goiás[manuscrito]

/ Fulano de tal – 2008. xiii, 72f. : il. ; figs., tabs.

Orientador: Prof. Dr. Fulano de tal .

Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Goiás, Escola de Veterinária, 2008.

Bibliografia: f.63-72. Inclui listas de figuras, quadros e de tabelas. Anexos.

1. Lepitospirose em bovinos – Goiás [Estado] 2. Leptospira

spp 3. Bovino – Doenças - Goiás [Estado] 3. Soroepidemiologia

5. Soroaglutinação microscópica – Técnica I. Silva, Márcia de

Sasntana II. Universidade Federal de Goiás, Escola de Veterinária.

III. Título.

CDU : 636.2:616.986.7(817.3)

1.4 Dedicatória

Elemento opcional, onde o aluno presta homenagem às pessoas que

contribuíram para elaboração do trabalho. É colocado logo após a folha de

aprovação.

39

Page 40: Curso de Normas Abnt

1.5. Agradecimento(s)

Elemento opcional, onde o aluno agradece às pessoas que contribuíram para

elaboração do trabalho. É colocado logo após a dedicatória.

1.6 Epígrafe (pensamento)

Elemento opcional onde o aluno, apresenta uma citação, seguida da

indicação do autor. É colocado após os agradecimentos.

1.7 Resumo

Elemento obrigatório, constituído de um relato do assunto (definição,

sintomas, diagnóstico, tratamento, prevenção) escrito em parágrafo único, sem

citação de autores, não ultrapassando 250 palavras, seguido no final da folha das

palavras-chave (no mínimo 4 palavras, fonte 12). Deve conter, após 03 espaços de

1,5 cm /parágrafo as Palavras – chaves, 03 a 06 palavras, ex.:

RESUMO

EXEMPLO:

A Paralisia Periódica Hipercalêmica é uma doença muito discutida em cavalos

Quarto de Milha. Desde as primeiras descrições da doença, o assunto tornou-se

obrigatório, uma vez que afeta a linhagem de um dos maiores garanhões de todos

os tempos dentro da raça quarto de milha (QM), com ramificações também nas

raças Appaloosa e Paint Horse . Publicações recentes falam em uma incidência de

cerca de 0,4% sobre todos os QM do mundo, sendo que, só no Brasil calcula-se que

80% dos animais de conformação tenham no seu pedigree sangue da linhagem

afetada. Por volta de 1985, já surgiam relatos de uma doença distinta das demais

até então conhecidas e que provocava franqueza muscular e tremores em

determinados animais, porém desconhecendo-se exatamente qual a causa do

problema.

Palavras-chaves: Paralisia, hipercalemia, eqüinos.

40

Page 41: Curso de Normas Abnt

1.8. Abstract

Devem ser listadas as divisões, subdivisões dos capítulos, partes ou seções ,

seguidas das numerações das páginas correspondentes, na ordem que as mesmas

se sucedem no decorrer do trabalho (fonte 12). Quanto as palavras-chaves deve ser

colocado – Key words – nas mesmas condições acima.

1.9 Lista de Figuras, lista de tabelas, lista de abreviaturas e siglas, lista de

símbolos.

lista de ilustrações (desenho, esquemas, fluxogramas, fotografias, gráficos,

mapas) com número e título da ilustração, seguida da página. A lista de tabelas deve

ser feita constando o número e nome da tabela, seguida da página. A lista de

abreviaturas, deve ser colocada em ordem alfabética , seguida do significado da

sigla. A lista de símbolos deve ser elaborada de acordo com a ordem que aparece

no texto, com o devido significado (fonte 12). Os elementos devem ter suas

designações citadas em MAIÚSCULAS – FIGURA 1; TABELA 10.

Lista de Figuras

EXEMPLO

Figura 1 Mapa do estado de Goiás dividido em três regiões segundo a atividade principal de exploração do rebanho bovino para o estudo de prevalência de anticorpos anti-Leptospira spp.............................. 21

Figura 2 Prevalência de resultados positivos no teste de SAM por amostras, propriedade e município nos três estratos amostrais, Estado de Goiás................................................................................................. 32

Lista de Tabelas

EXEMPLO

Tabela 1 Prevalência de anticorpos anti-Leptospira spp. no teste de SAM em 4571 amostras de soro bovino de 715 proriedades e 213 municípios, por sorovar, Estado de Goiás..................................................................................................

30

Tabela 2 Prevalência de anticorpos anti-Leptospira spp., por sorovar, no estrato amostral um, de produção predominantemente de corte, Estado de Goiás............................................................................ 33

41

Page 42: Curso de Normas Abnt

1.10 Sumário

Observar a formatação para margens superiores e inferiores e

direita/esquerda para colocação do tópico – SUMÁRIO em maiúsculas, centralizado

e com caixa alta – 14. Após, 3 espaços com entrelinhas 1,5 para inicio da colocação

dos itens e componentes do trabalho e paginação.

Exemplo de sumário

SUMÁRIO

RESUMO............................................................................................................. xiiABSTRACT......................................................................................................... xiii1 INTRODUÇÃO................................................................................................ 12 REVISÃO DE LITERATURA........................................................................... 32.1 Leptospirose bovina: a enfermidade e seus impactos........................... 32.2 Leptospirose bovina no Brasil.................................................................. 152.3 Leptospirose bovina em Goiás................................................................. 173 OBJETIVOS......................................................................................................... 193.1 Objetivo geral................................................................................................... 193.2 Objetivos específicos...................................................................................... 194 MATERIAIS E MÉTODOS................................................................................... 204.1 Região estudada.............................................................................................. 204.2 Coleta, remessa e armazenamento de amostras.........................................

21

4.3 Processamento laboratorial........................................................................... 224.4 Questionário..................................................................................................... 24

4.5 Variáveis explicadas........................................................................................ 25

4.6 Variáveis explicativas................................................................................. 25

4.7 Análise estatística...................................................................................... 285 RESULTADOS E DISCUSSÃO...................................................................... 306 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................ 587 CONCLUSÕES............................................................................................... 62REFERÊNCIAS................................................................................................... 63ANEXOS.............................................................................................................. 71

1.11. Tema

O tema da monografia deve ser curto, porém objetivo, conciso e esclarecedor,

evitar títulos como: Cinomose, Cinomose Canina, Urolitíase, Andrologia Bovina,

APPCC e outros similares, preferir: Influência da cinomose canina no

desenvolvimento dentário em filhotes caninos; A cinomose em espécies não

canídeas; Relação da urolitíase em felinos e a dieta; entre outros.

42

Page 43: Curso de Normas Abnt

1.12. Introdução

Nesse item deve ser abordada a importância do seu trabalho. Deve ser

apresentada uma visão geral do assunto abordado na monografia. Todos os pontos

fortes relacionados ao seu assunto devem ser relacionados, citados de modo a

convencer o leitor da importância do mesmo. Os dados são obrigatoriamente

oriundos de literatura e obrigatoriamente os autores citados no texto.

É na introdução que o autor informa ao leitor a importância de seu trabalho. É

aconselhável que o autor procure realizar esta parte com bastante atenção, a banca

examinadora (defesa) irá se interessar pelo trabalho nesta leitura inicial. Uma

introdução mal elaborada compromete a leitura do restante do trabalho.

Demonstrar com argumentos a necessidade de seu trabalho, assim como os

objetivos a serem alcançados, deste modo o último parágrafo deverá concentrar um

resumo dos argumentos de sua introdução para formarem a JUSTIFICATIVA de

seu trabalho e na seqüência colocar o OBJETIVO do trabalho, este, sendo de

autoria do aluno ou do grupo, não necessita de citações bibliográficas, MAS

SEMPRE ESCREVER, REDIGIR NO IMPESSOAL, O TRABALHO TODO, COM

TEXTO E LINGUAGEM TÉCNICA, NÃO EMPREGAR AS PRIMEIRAS PESSOAS –

eu, meu, nós, nosso e outros.

1.13 Revisão da Literatura

A revisão da literatura compreende consulta a livros, revistas científicas

(periódicos), artigos de internet (desde que referenciados com autoria). É uma

pesquisa onde o aluno deverá descrever sobre o assunto abordado na monografia,

de acordo com relatos de diferentes autores da literatura. Para citação dos autores

no texto, consultar os exemplos ao final deste, as normas de citação bibliográficas,

de acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT, 1989).

1.14 Material e Métodos (incluir SOMENTE em caso de trabalho de pesquisa

científica)

43

Page 44: Curso de Normas Abnt

Nesse item devem ser relatados o material tais como equipamentos

utilizados, incluindo quantidade, características, entre outros.

O planejamento experimental que foi utilizado, o local da realização do

ensaio, bem como os dados da empresa (região, porte, número de funcionários,

serviços prestados).

Os métodos utilizados para análises devem ser descritos detalhadamente,

para que um leitor possa repetir o seu trabalho (inclusive com referência bibliográfica

dos métodos).

1.15 Resultados

Deve apresentar de forma clara e concisa os resultados encontrados no

trabalho, sem considerar qualquer aspecto ou justificar o que seja, apenas devem

ser expressados e apresentados.

1.16 Discussão (incluir SOMENTE em caso de trabalho de pesquisa científica)

Deverá ser feita uma discussão sobre o assunto abordado em relação à

literatura consultada, não cabe nesse item a opinião do aluno.

1.17. Conclusões

Nesse item o aluno deve expor as conclusões sobre o tema abordado, pode

ser uma conclusão em parágrafos, não deve ser extensa.

EXEMPLO :

CONCLUSÕES

Diante dos resultados obtidos nas condições do presente estudo, pode-se

concluir que:

foi constatada elevada prevalência de anticorpos anti-Leptospira spp,;

foram detectadas respostas sorológicas mais prevalentes para determinados

sorovares, indicativos de sua maior importância na infecção dos rebanhos

amostrados;

44

Page 45: Curso de Normas Abnt

a observação de taxas expressivas de infecção pelo sorovar Hardjo, cuja

principal forma de transmissão é de bovino para bovino, aponta para perdas

econômicas relacionadas a abortos, natimortalidade e mastites, quadro

presente em rebanhos do Estado;

a detecção de prevalência considerável de anticorpos contra os sorovares

Grippotyphosa e Shermani indica que os rebanhos bovinos estão sendo

expostos ao agente pelo contato com animais silvestres, além de roedores,

reservatórios destes sorovares;

1.18 Referências:

É necessário observar que a norma ABNT Nº 6023 de agosto/2002,

determina o termo “Referência” e abolindo o termo “Referências

bibliográficas”, para Monografias, Dissertações e Teses.

Apesar disso, muitas instituições de ensino superior ainda determinam:

Bibliografia para monografias e Referências Bibliográficas para

trabalhos experimentais.

Este elemento consiste em uma relação em ordem alfabética dos autores

consultados .Para citação das obras consultadas, o aluno deverá consultar normas

ao final deste documento, normas de citação bibliográficas, de acordo com a

Associação Brasileira de Normas Técnicas.

1.19 Anexos

Os anexos são opcionais, compreendem notas, ilustrações, gráficos, fotos,

quando deslocados do texto e agrupados em item especial do trabalho, devem ser

descritos com a palavra ANEXO seguida de letras ou números na sequência em

que aparecem no texto.

Prefira a inserção de figuras, tabelas e outros ao longo do texto, sempre

“chamando” a figura, a tabela, o gráfico no texto, em parágrafo que o descreva ou o

mencione para somente depois colocar a figura, tabela ou gráfico. Exemplo:

EXEMPLO:

A sorologia pareada para parvovirose nos grupos de animais testados mostrou uma

variação de índices significativa, de acordo com a TABELA 1.

45

Page 46: Curso de Normas Abnt

TABELA 1. XXXXXXXXXXXXXXX

Inserir tabela

Fonte

Ainda:

A sorologia pareada para parvovirose nos grupos de animais testados mostrou uma

variação de índices significativa (TABELA 1).

TABELA 1. XXXXXXXXXXXXXXX

Inserir tabela

Fonte

O mesmo para figuras e outros elementos.

2. FORMAS DE APRESENTAÇÃO

A apresentação dos trabalhos deve seguir as normas da ABNT aqui

propostas. Não serão admitidas outras formas de apresentação e/ou normas de

outras Instituições de Ensino Superior e/ou Departamentos.

2.1.Formato

O texto deve ser digitado em papel branco A4 (21 cm x 29,7 cm), com tinta

preta. Recomenda-se a utilização de fonte Arial, tamanho 12 para texto e 14 para

títulos e subtítulos, sendo títulos e subtítulos mantidos junto `a margem esquerda e

em negrito, e tamanho menor (10) para citações, notas de rodapé, paginação e

legendas das ilustrações e tabelas.

46

Page 47: Curso de Normas Abnt

Os títulos deverão sempre estar em caixa alta – maiúsculas

EXEMPLO:

1. INTRODUÇÃO

2. REVISÃO DE LITERATURA

Os subtítulos devem iniciar em maiúsculas e serem continuados em caixa baixa –

minúsculas,

EXEMPLO:

2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1. Anatomia e Fisiologia do Trato Genito-Urinário de Felinos

2.1.1. Características da Uretra na Fêmea Felina

2.2.Margem

As folhas devem apresentar margem esquerda e superior de 3 cm, direita e

inferior de 2 cm.

2.3. Espaçamento

Todo o texto deve ser digitado com espaço 1,5 de entrelinhas. As citações,

notas, legendas das ilustrações e tabelas, ficha catalográfica, natureza do trabalho,

objetivo, nome da Instituição e área de concentração devem ser digitados em

espaço simples. Os títulos das subseções devem ser separados do texto que os

precede ou que os sucede por espaço duplo.

2.4 Paginação

Todas as folhas do trabalho a partir da folha de rosto devem ser contadas

seqüencialmente, mas numeradas em romanos minúsculos (i, ii, iii, iv etc). A

numeração é colocada, a partir da primeira folha da parte textual (introdução), em

47

Page 48: Curso de Normas Abnt

algarismos arábicos, no canto superior direito da folha, a 2 cm da borda superior

direita da folha.

2.5. Siglas

Quando aparecem pela primeira vez no texto devem ser escritas por extenso,

seguida da abreviatura entre parênteses.

EXEMPLO:

Instituto de Geografia e Estatística (IBGE), quando for falar novamente basta

colocar IBGE, o leitor já saberá a que se refere.

2.6. Ilustrações (fotos, desenhos, fluxogramas, mapas, gráficos, plantas)

As ilustrações devem ser designadas de figuras, com numeração seqüencial,

com legenda na parte inferior da ilustração. Os títulos de tabelas ou quadros devem

ser descritos na parte superior,precedidos da palavra tabela ou quadro com

numeração seqüencial, em algarismos arábicos. A autoria das ilustrações deve ser

indicada na parte inferior com a palavra FONTE: seguida do sobrenome do autor,

nome de entidade, ano e página. As ilustrações bem como suas legendas devem

figurar CENTRALIZADAS na folha em que estão inseridas. De acordo com o

demonstrado em ANEXOS, as ilustrações e tabelas devem ser “chamadas” no

texto, deste modo prefere-se a colocação destes elementos no texto, podendo

também serem colocados todos os elementos na forma de ANEXOS.

Figura 1. Reciclagem de papel. FONTE: SILVA, 2002

TABELA 1. NMP/ml de coliformes fecais isolados de amostras de leite in natura

Amostra Coliformes Fecais NMP*/mL

1 240 x105

2 < 300

3 110x 10 5

FONTE: SILVA, 2002

48

Page 49: Curso de Normas Abnt

*NMP- Número Mais Provável

3. TEXTO

3.1. Normas para redação do texto

3.1.1. Aspectos gerais

Um dos aspectos mais importantes a serem considerados é a clareza e

objetividade do texto. Assim, não se deve tentar mostrar erudição ao redigir textos

com a ordem das frases invertidas, ou com o excessivo emprego de termos arcaicos

e pedantes. A leitura do texto deve fluir agradavelmente, sem ser enfadonho ao

leitor. O autor deve ser claro, direto, conciso e objetivo. É óbvio que essa

simplicidade não deve comprometer a qualidade do texto, nem tampouco justifica o

emprego de termos chulos, coloquiais ou mesmo gramaticalmente pobres.

Deve ser evitada a excessiva fragmentação do texto em parágrafos. Deve-se

ter em mente que um parágrafo nunca deve conter apenas uma frase. As frases, por

sua vez, não devem ser muito longas, sendo recomendável que ocupem não mais

do que cinco linhas.

Cabe ao leitor a decisão sobre o impacto dos resultados do trabalho redigido.

Deve-se evitar o uso de termos muito enfáticos, como "sensacional" ou

"espetacular", ou superlativos, como "preciosíssimo" ou "importantíssimo". Da

mesma forma, o uso de letras maiúsculas deve se restringir a nomes próprios. Não

se deve empregar maiúsculas com a finalidade de se destacar determinadas

palavras. Se os resultados do trabalho não forem realmente bons, não será uma

redação tendenciosa que os tornará mais valiosos.

O texto deve sempre ser escrito na terceira pessoa do singular. Por mais

pessoais que tenham sido os resultados obtidos, não devem ser empregadas

construções como "procuramos demonstrar que..." ou "meus resultados anteriores

sugerem que...".

3.1.2. Modismos

49

Page 50: Curso de Normas Abnt

Devem ser evitados os modismos, que são expressões inexistentes no

português, ou mesmo existentes, mas usadas em sentido diferente ao original.

São exemplos dos modismos: abrir as comportas, administrar a vantagem, a

nível de, chocante, conquistar o espaço, correr atrás do prejuízo, deitar e rolar, em

grande estilo, em termos de, em última análise, entrar em rota de colisão, extrapolar,

imperdível, junto a, pano de fundo, praticar preços ou juros, receber sinal verde,

sentir firmeza e trocar farpas.

3.1.3. Neologismos

Deve-se ter cautela com os neologismos, sobretudo quando já existe uma

palavra em português para a expressar um termo de outro idioma, por exemplo,

deve-se evitar o texto foi deletado quando é possível escrever o texto foi apagado.

Quando houver a necessidade de empregar termos em línguas estrangeiras, eles

devem ser escritos em itálico. Por exemplo, "os indivíduos foram submetidos a

stress intenso...", "os animais receberam água ad libitum... ", "ele foi considerado

persona non grata... ", etc.

3.1.4. Nomes comerciais

Nomes comerciais ou marcas não devem ser mencionadas no texto. Nele

deve ser citado apenas o nome técnico correspondente e a marca comercial deve

ser citada em chamada de rodapé. Por exemplo, não mencione "Fanta Uva", use "

refrigerante a base de uva"; use "dipirona" no lugar de "Novalgina", etc.

3.2. Dicas de português

Acerca de. O mesmo que sobre, a respeito de (Poucos trabalhos foram

encontrados acerca deste assunto...). Note que se escreve junto. Quando escrito

separadamente (a cerca de), equivale a aproximadamente (As máquinas foram

posicionadas a cerca de 50 cm da parede...).

50

Page 51: Curso de Normas Abnt

Anexado, anexo. Use anexado para expressar ação: Os resultados foram anexados

para melhor compreensão.... Use anexo como adjetivo: Os resultados anexos

mostram que....

A nível de. Modismo gramaticalmente incorreto. Nunca o use. Prefira em âmbito de

ou no plano de. O ideal, porém, é simplesmente suprimir e preferir, por exemplo, a

pesquisa foi feita no campo... ao invés de a pesquisa foi feita a nível de campo... ou

a abordagem foi experimental... ao invés de a abordagem foi a nível de

experimento....

Anti. Só é seguido de hífen se a palavra seguinte começar por h, r ou s (anti-

higiênico) ou for um nome próprio (anti-Collor). Nos demais casos, sem hífen

(anticorpo, antiofídico, etc.). A palavra que segue deve ser preferencialmente um

adjetivo (antibrucélico e não antibrucela).

Desvio padrão. O plural é desvios padrão.

Em termos de. Modismo gramaticalmente incorreto. Não use.

Este, esse, aquele ou isto, isso, aquilo. Usa-se este ou isto para designar pessoa ou

coisa próxima a quem fala: Esta casa é minha. / Isto me pertence. Usa-se esse ou

isso para designar pessoa ou coisa afastada de quem fala e próxima a um

interlocutor: Entregue-me essa arma. / Esse ano foi muito bom. Usa-se aquele ou

aquilo para designar pessoa ou coisa afastada de quem fala e de quem ouve: Você

viu aquilo? / Ninguém conhecia aquela técnica.

Etc. De acordo com o Acordo Ortográfico em vigor, apesar da expressão original (et

cetera) conter um "e", etc. deve sempre ser precedido de vírgula: Havia cães, gatos,

vacas, etc.

Expressar, exprimir. São sinônimos: Não tenho palavras para exprimir minha

gratidão. / Não tenho palavras para expressar minha gratidão. Use exprimido com

ter e haver: Os valores tinham exprimido o significado exato. Use expresso com ser

e estar: Os resultados são expressos em gramas. A mesma regra vale para vários

51

Page 52: Curso de Normas Abnt

outros verbos: tinha (havia) prendido, foi (era) preso; tinha (havia) suspendido, foi

(era) suspenso; tinha (havia) pegado, foi (era) pego; etc.

Fazer, haver. No sentido de existir, devem sempre ser no singular: Faz dez anos que

não venho aqui./ Vai fazer seis meses que estamos nesta fase./ Havia cinco animais

naquele grupo experimental.

Há, a. Há exprime passado pode ser substituído por faz: As amostras foram colhidas

há (faz) dois meses. / Há (faz) muitos anos que nenhum autor refere este fato. A

exprime futuro e não pode ser substituído por faz: As amostras serão colhidas daqui

a dois meses. / Estamos a dois anos do fim do experimento.

Haver. Haver no sentido de existir é sempre escrito no singular: Havia (e não

haviam) muitas pessoas naquela área / Não houve (e não houveram) dúvidas após a

palestra.

Logaritmo. Com t mudo e sem acento. O adjetivo correspondente é logarítmico.

Mal, mau. Mal é o oposto de bem e mau é o oposto de bom: Os pacientes sentiram-

se mal (bem) após receberem a medicação. / A técnica utilizada apresentou um mau

(bom) rendimento.

Grama. Palavra masculina, inclusive derivados: um grama, dois miligramas, um

quilograma.

Nenhum, nem um. Nenhum é antônimo de algum: Não havia nenhuma referência

sobre esta técnica (Havia alguma referência...). Nem um deve ser empregado no

sentido de nem um só, nem um único ou nem um sequer: Estava tão cansado que

não quis tomar nem um copo d'água (sequer).

Nobel. Prêmio Nobel, sem acento, mas pronuncia-se Nobél.

Óptico, ótico. Óptico refere-se à visão, ótico refere-se à audição (otite é uma doença

auricular).

52

Page 53: Curso de Normas Abnt

Por que, por quê, porque, porquê. Usa-se por que basicamente nas perguntas: Por

que a máquina não funcionou? Também é usado para expressar motivo ou razão:

Não se sabe por que (motivo) a máquina não funcionou. Usa-se por quê nos

mesmos casos anteriores, mas o termo fica no fim da frase: A máquina não

funcionou e não se sabe por quê. Usa-se porque quando equivale a pois: A máquina

não funcionou porque (pois) não estava bem regulada. Usa-se porquê como

substantivo: Não se sabe o porquê da máquina não ter funcionado.

Ratificar, retificar. Ratificar significa confirmar: Os resultados ratificaram a hipótese

inicial. Retificar significa corrigir: A técnica foi retificada de acordo com os autores

internacionais.

Ritmo. Com t mudo e sem acento. O adjetivo correspondente é rítmico.

Seção, secção, sessão, cessão. Seção significa divisão: Os indivíduos foram

agrupados em duas seções. Secção deve ser empregado no contexto de cortar: A

secção dos membros foi feita com serras elétricas. Sessão refere-se a uma reunião

ou espetáculo: A sessão do Congresso começou tardiamente. Cessão é o ato de

ceder: Houve a cessão de glebas a todos agricultores.

Sendo que. Recurso gramatical pobre e indesejado. Não use.

Tampouco, tão pouco. Use tampouco no lugar de também não: Não foram feitas

perguntas, tampouco (também não) foram tiradas fotografias. Use tão pouco quando

couber plural: Ele tinha tão pouco tempo. / Ele tinha tão poucos amigos.

Ter de, ter que. Dê preferência a ter de, para expressar necessidade: Os dados

tiveram de ser submetidos a dois tratamentos estatísticos.

Trás, traz. Trás tem contexto de posterior: Os líderes ficaram para trás. Traz é flexão

do verbo trazer: A história lhe traz tristes lembranças.

Ver, vir. O verbo ver, no futuro do subjuntivo assume a forma vir: Quando ele vir isso

(e não "ver"). / Se eles virem os resultados (e não "verem"). / Só acreditaremos se

53

Page 54: Curso de Normas Abnt

virmos tudo (e não "vermos"). Idem para os verbos derivados: quando ele previr (e

não "prever"), se nós revirmos (e não "revermos"), exceto para prover: se eu prover,

quando eles proverem.

Zero. Torna invariável a palavra que o segue: A temperatura chegou a zero grau (e

não "zero graus"). O experimento começou à zero hora (e não "zero horas"). No

caso de valor decimal, assume-se o plural: A temperatura chegou a 1,5 graus.

4. CITAÇÕES E REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS, BIBLIOGRAFIA

4.1. De acordo com o número de autores

Segundo BALSLEV (1996) algumas novas espécies têm mostrado características

diversas das anteriormente descritas.

Ex: um autor diretamente expresso na afirmação.

Algumas novas espécies têm mostrado características diversas das anteriormente

descritas (BALSLEV, 1996 ).

Ex: um autor indiretamente expresso na afirmação.

Segundo ALMEIDA & MONTEIRO (1992) algumas novas espécies tem mostrado

características diversas das anteriormente descritas.

Ex.: dois autores diretamente expressos na afirmação.

Algumas novas espécies têm mostrado características diversas das anteriormente

descritas. (ALMEIDA & MONTEIRO, 1992).

Ex: dois autores indiretamente expressos na afirmação.

54

Page 55: Curso de Normas Abnt

De acordo com MOURA et al (1989) algumas novas espécies têm mostrado

características diversas das anteriormente descritas.

Ex: mais de três autores de um mesmo trabalho, citados diretamente na afirmação.

Algumas novas espécies têm mostrado características diversas das anteriormente

descritas. (MOURA et al, 1989).

Ex: mais de três autores de um mesmo trabalho, citados diretamente na afirmação.

MOURA et al (1989) e ALMEIDA & MONTEIRO (1992) descrevem novas espécies

com características muito distintas das anteriormente descritas.

Ex: dois trabalhos com autorias distintas sendo colocadas diretamente na afirmação.

Algumas novas espécies têm mostrados características diversas das anteriormente

descritas. (MOURA et al, 1989; ALMEIDA & MONTEIRO, 1992; FERREIRA, 2001).

Ex: dois trabalhos citados indiretamente na afirmação – respeite a ordem

cronológica e separe-os com “; “ ponto e vírgula)

MOURA et al (1989) citado por ALMEIDA & MONTEIRO (1992) descrevem espécies

com características distintas das anteriormente observadas.

Ex: citação de um autor/afirmação contida em um trabalho principal, muito comum

quando retiramos informação de um trabalho ou livro, de um determinado autor que

cita o primeiro, para poder aproveitar a informação e não atribuir erroneamente,

recomenda-se citar de acordo com o exposto acima.

Mais de uma citação

Os autores, ou conjunto de autores, devem ser mencionados sucessivamente, em

ordem de ano de publicação do assunto.

55

Page 56: Curso de Normas Abnt

EXEMPLOS:

A desnutrição é uma das principais causas de mortalidade infantil (ALVES;

PENHA, 1989; GUIMARÃES, 1990; JONES et al., 1995).

Segundo GUIMARÃES (1990) e JONES et al. (1995), a desnutrição é uma das

principais causas de mortalidade infantil.

A desnutrição é uma das principais causas de mortalidade infantil (GUIMARÃES,

1990; JONES et al., 1995).

Casos especiais

Quando o mesmo autor tem duas citações no mesmo ano deve-se acrescentar uma

letra após o ano.

EXEMPLO:

Segundo GUIMARÃES (1990a, 1990b), a desnutrição é uma das principais

causas de mortalidade infantil.

Quando dois autores têm o mesmo sobrenome e a citação é do mesmo ano deve-se

acrescentar as iniciais do primeiro nome.

EXEMPLO:

Segundo GUIMARÃES, J. (1990) e GUIMARÃES, A. (1990), a desnutrição é uma

das principais causas de mortalidade infantil.

Quando se menciona uma citação de um autor que está contida em apenas uma

determinada página de um livro, isto é, não é o livro como um todo ou um de seus

capítulos, deve-se fazer a menção da página no corpo do texto e não nas

referências.

56

Page 57: Curso de Normas Abnt

EXEMPLO:

Segundo GUIMARÃES (1990, p.546), a desnutrição é uma das principais causas de

mortalidade infantil.

Citado por

O termo citado por é usado para indicar uma referência que não foi lida

diretamente, tendo sido citada por outro autor. Seu uso deve ser feito com

parcimônia, isto é, poucas citações por trabalho e apenas quando o acesso ao

trabalho original for difícil, por exemplo, publicação antiga, periódico raro ou idioma

inacessível. O citado por deve aparecer apenas no corpo do texto, sendo citado nas

referências o trabalho em que ele foi citado.

EXEMPLO:

A Teoria Especial da Relatividade foi publicada no início do século (EISTEIN,

1905 citado por BRODY; BRODY, 1999).

5. PÓS-TEXTO

5.1. Regras para elaboração de referências bibliográficas

A NBR 6023 da ABNT (agosto 2002) fixa as regras para elaboração de

referências bibliográficas. São considerados vários tipos de publicações, como

revistas, anais, jornais, leis, etc. Neste texto, entretanto, iremos considerar apenas

as publicações mais usuais no meio acadêmico. Nos casos omissos, recomendamos

consultar diretamente a NBR 6023 da ABNT.

As referências devem ser alinhadas somente à margem esquerda, sem

nenhum recuo a partir da segunda linha, como era feito antigamente.

5.2. Periódicos

Devem conter os seguintes elementos:

57

Page 58: Curso de Normas Abnt

Autor(es), em maiúsculas.

Título do artigo.

Título do periódico, em itálico ou sublinhado ou negrito.

Cidade da editora do periódico.

Volume, precedido por v.

Número, precedido por n.

Páginas, precedidas por p.

Mês da publicação (opcional).

Ano da publicação.

EXEMPLOS: Colocar em negrito o nome do periódico, revista ou jornal.

JÖRGEN, G.H.; BLUNIR, A.A.S.; LOPES, A.V. A New Method for Human Analysis.

Nature, London, v.456, n.8, p.234-238, 1987.

GOMES, A. Modelos matemáticos para cálculos estruturais. Revista Brasileira de

Engenharia Civil, Rio de Janeiro, v.12, p.123-125, set./out., 1999.

HIGGINS, D.A. Markers for T and B lymphocytes and their application to animals.

Veterinary Bulletin, London, v.51, n.12, p.925-963, 1981.

5.3. Livros

Devem conter os seguintes elementos:

Autor(es), em maiúsculas.

Título do livro, em itálico ou sublinhado ou negrito.

Edição do livro

Cidade da editora, seguida de dois pontos (":").

Nome da editora.

Ano da publicação.

Número total de páginas.

5.4. Livro como um todo

58

Page 59: Curso de Normas Abnt

EXEMPLOS: colocar em negrito o título do livro

APPOLINARO, U.J. Procedimentos laboratoriais em patologia experimental. Rio

de Janeiro: Universidade Federal Fluminense, 1945. 125p.

VERO, L.K. Reprodução de eqüinos. 3.ed. São Paulo: Varela, 1987. 2v.

Obs.:

a) Note que a grafia correta é 3.ed. e não 3a. ed.

b) 987p. = 987 páginas no total

c) 2v = obra em dois volumes.

Parte do livro, sem autoria própria

VERO, L.K. Alterações hormonais durante a gestação. In: _______ Reprodução

de eqüinos. 3.ed. São Paulo: Varela, 2v. v.1, p.30-40, 1987.

APPOLINARO, U.J. Indutores de inflamação. In: ________ Procedimentos

laboratoriais em patologia experimental. Rio de Janeiro: Universidade Federal

Fluminense, p. 87-89, 1945.

Parte do livro, com autoria própria

MENDELSON, J.K. Alterações hormonais durante a gestação. In: VERO, L.K.

Reprodução de eqüinos. 3.ed. São Paulo: Varela, 2v. v.1, p.30-40, 1987.

JUNGHER, K.L. Indutores de inflamação. In: APPOLINARO, U.J. Procedimentos

laboratoriais em patologia experimental. Rio de Janeiro: Universidade Federal

Fluminense, p.87-89, 1945.

Eventos

Devem conter os seguintes elementos:

59

Page 60: Curso de Normas Abnt

Autor(es), em maiúsculas.

Título do trabalho.

Nome do evento, em maiúsculas e precedido por "In:".

Número do evento.

Ano do evento.

Cidade em que se realizou o evento.

Referência da publicação, igual às normas para Livros (no caso de anais,

abstracts ou proceedings) ou Periódicos (quando o evento tiver sido publicado em

um periódico).

EXEMPLOS para eventos publicados na forma de anais:

PLINNER, T.R. As leituras diametralmente opostas do pensamento hegeliano.

In: ENCONTRO SULAMERICANO DE FILOSOFIA, 13., 1975, Brasília. Anais...

Brasília: Ass. Bras. Filosof., 1975. 879p. p.125.

GOMES, A.J.; PETER, L.K.P.; SILVANDO, P.A. Avaliação psicomotora em

pacientes com paraplegia motora. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE

FISIOTERAPIA, 15., 1988, Gramado. Anais... Porto Alegre : Soc. Fisiot. Rio Grande

S, 1988. 421p. p.18.

Obs.: As reticências que seguem a palavra "Anais" indicam a supressão de parte do

título, pois seria desnecessário escrever "Anais do XV Congresso Brasileiro

Fisioterapia")

EXEMPLOS para eventos publicados em periódicos:

UNGER, M. Modelos de recuperação econômica na América Latina. In: SIMPÓSIO

BRASILEIRO DE ECONOMIA, 3., 1987, Caxambú. Revista Brasileira de

Economia, Rio de Janeiro, v.34, p.23-33, 1988.

WEIBLAN, W.Q.; RUNBER, I.O.; SMITH, A.P. Níveis séricos de enzimas musculares

em atletas após competições esportivas. In: ENCONTRO NACIONAL DE

60

Page 61: Curso de Normas Abnt

PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA, 1., 1998, Rio de Janeiro. Brazilian

Journal of Sports and Science, São Paulo, v.2, n.3, p.234-239, 1998.

5.5. Teses, dissertações e monografias

Devem conter os seguintes elementos:

Autor, em maiúsculas.

Título do trabalho, em itálico ou sublinhado ou negrito.

Ano que consta na capa.

Número de folhas.

Tipo de trabalho.

Descrição (entre parênteses).

Unidade e Instituição.

Cidade.

Ano da defesa.

EXEMPLOS:

ZAMBEL, C. O uso de métodos contábeis em pequenas empresas. 2002. 145f.

Monografia (Conclusão do curso de graduação em Ciências Contábeis) - Centro de

Ciências Exatas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2002.

TRUNCKMANN, A. Levantamento da abordagem arquitetônica das residências

de alto padrão em Santo André. 1967. 256f. Dissertação (Mestrado em Arquitetura

Urbana) - Instituto de Arquitetura, Universidade Maria Antônia, Santo André, 1967.

APPOLINARO, U.J. Indução de processo inflamatório com carregenina em

hamsters. 1994. 187f. Tese (Doutorado em Patologia Experimental) - Faculdade de

Medicina Veterinária, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 1995.

5.6. Internet e CD-ROM

61

Page 62: Curso de Normas Abnt

O uso da Internet como fonte de material bibliográfico tem crescido a cada

ano. Entretanto, apesar da sua comodidade, este tipo de material deve ser usado

com bastante parcimônia, devido a dois motivos: o primeiro é que se trata de

informação volátil, isto é, pode ser retirada da Internet a qualquer momento. O

segundo motivo é que não se trata de informação arbitrada, isto é, não foi submetida

a um consultor editorial, como ocorre nos periódicos.

A NBR 6023 recomenda que seja explicitado o endereço do site (URL) e a data de

acesso.

EXEMPLOS:

5.6.1. Internet

APPOLINARO, A.L. Casos de tuberculose na Bacia Amazônica. Disponível em

<http://www.saude.gov.br/tb>. Acesso em: 25 jan. 1998.

5.6.2. CD-ROM

GREEN, R.W. Sport and disease. New York: Lippincott-Raven, 1998. 1 CD-ROM.

5.7. Regras para abreviações de títulos de periódicos

A ABNT, através da NBR 6032, define regras para se criar abreviações. Algumas

destas regras são:

Não se abreviam palavras com menos de cinco letras.

Deve-se suprimir artigos e preposições.

Tipo do periódico abrevia-se com uma letra maiúscula (p.ex.: B. boletim, C.

correio, D. diário, F. Folha, G. gazeta, J. jornal, R. revista).

Substantivos abreviam-se com a primeira letra maiúscula e adjetivos em

minúscula, exceto para nomes de entidades (p.ex.: Revista Brasileira de Medicina

Veterinária = R. bras. Med. vet.; Sociedade Brasileira de Medicina Veterinária = Soc.

Bras. Med. Vet.).

62

Page 63: Curso de Normas Abnt

6. REGRAS PARA ELABORAÇÃO DE TABELAS E FIGURAS

6.1. Tabelas

A ABNT define normas para tabelas e figuras através das normas NBR 6029

e NBR 6822. Nestas normas, há uma distinção entre tabelas e quadros. As tabelas

apresentam informações tratadas estatisticamente e os quadros contêm informações

textuais agrupadas em colunas.

As tabelas e os quadros devem ser numerados seqüencialmente com

números arábicos e listadas no pré-texto. O título das tabelas deve ser objetivo. A

inclusão do ano e do local no título da tabela não é obrigatória e só deve ser feita

quando for necessário à compreensão dos dados tabulados. Não devem ser usadas

linhas verticais e as linhas horizontais devem se limitar ao cabeçalho e ao rodapé da

tabela.

EXEMPLO DE TABELA:

TABELA 1 – Prevalência de anticorpos anti-Leptospira spp., por sorovar,

no estrato amostral um, de produção predominantemente

de corte, Estado de Goiás

Estrato 1 positivas %co-aglutinação 421 44,50

Wolffi 143 15,12Hardjo 101 10,68

Grippotyphosa 84 8,88Shermani 57 6,03Pyrogenes 29 3,07Castellonis 28 2,96Australis 14 1,48Pomona 13 1,37

Tarassovi 13 1,37Hebdomadis 12 1,27

Canicola 12 1,27Bratislava 9 0,95

Copenhageni 5 0,53Icterohaemorragiae 4 0,42

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Total 945 100%

EXEMPLO DE QUADRO:

QUADRO 1 - Antígenos empregados na técnica de soroaglutinação microscópica (SAM),

segundo código, sorogrupo e sorovar, mantidos pelo Laboratório de Diagnóstico

de Leptospirose da Escola de Veterinária – UFG

Códi

go

Sorogrupo Sorovar Códi

go

Sorogrupo Sorovar

1-A Australis Australis 10-B Icterohaemorrhagiae Icterohaemorrhagiae

1-B Australis Bratislava 13 Pomona Pomona

2-A Autumnalis Autumnalis 14 Pyrogenes Pyrogenes

3 Ballum Castellonis 15-A Sejroe Hardjo

5 Canicola Canicola 15-B Sejroe Wolffi

8 Grippotyphosa Grippothyphosa 16 Shermani Shermani

7. Figuras

Segundo a ABNT, gráficos, diagramas, desenhos, fotografias, mapas, etc.,

devem ser tratados pela designação FIGURA. As figuras devem ser numeradas

seqüencialmente com números arábicos e listadas no pré-texto. O título da figura

deve ser colocada na sua parte inferior.

Referências

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: referências : elaboração. Rio de Janeiro, ago. 2002.

CHIBENI, S. S.; O texto acadêmico. Disponível em http://www.unicamp.br/~chibeni/texdid/textoacademico.pdf. Acesso em 23/04/2010

RIBEIRO, L.F. Regras básicas para apresentação formal de trabalhos. Sistema de bibliotecas da UEL, Nov./2008.Disponível em: http://www.uel.br/bc/servicos_apostila_normalizacao.pdf. Acesso em 23/04/2010.

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