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Instituto Politécnico de Viana do Castelo Escola Superior Agrária Relatório de Concretização do Processo de Bolonha Curso de Mestrado em Gestão Ambiental e Ordenamento do Território Ponte de Lima, 2012

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Instituto Politécnico de Viana do Castelo

Escola Superior Agrária

Relatório de Concretização do Processo de Bolonha

Curso de Mestrado em Gestão Ambiental e

Ordenamento do Território

Ponte de Lima, 2012

Índice

1. Introdução .......................................................................................................... 1

2. Ciclo de estudos .................................................................................................. 1

2.1 Caracterização do ciclo de estudos ............................................................................ 1

2.2 Estrutura curricular .................................................................................................... 7

3. Organização interna e mecanismos da qualidade ........................................... 13

3.1 Estrutura organizacional responsável pelo ciclo de estudo ..................................... 13

3.2 Participação de docentes e estudantes nos processos de tomada de decisão ....... 16

3.3 Estruturas e mecanismos de garantia da qualidade para o ciclo de estudos .......... 16

3.4 Recolha de informação, acompanhamento e avaliação periódica do CE ................ 17

3.5 Avaliação do desempenho dos docentes e medidas para a sua atualização ........... 18

3.6 Utilização dos resultados das avaliações do ciclo de estudos .................................. 19

3.7. Outras vias de avaliação/acreditação ...................................................................... 19

4. Recursos materiais ............................................................................................ 19

5. Parcerias ........................................................................................................... 21

5.1 Parcerias internacionais e nacionais no ciclo de estudos ........................................ 21

5.2 Promoção da cooperação interinstitucional ............................................................ 22

5.3 Relacionamento do ciclo de estudos com as entidades externas ............................ 23

6. Pessoal docente e não docente ........................................................................ 25

6.1 Pessoal docente ........................................................................................................ 25

6.2 Pessoal não docente de apoio ao ciclo de estudos .................................................. 26

7. Estudantes ........................................................................................................ 27

7.1 Caracterização dos estudantes ................................................................................. 27

7.2 Ambiente de ensino/aprendizagem ......................................................................... 30

8. Processos (Formação) ....................................................................................... 34

8.1 Objetivos de aprendizagem ...................................................................................... 34

8.2 Carga média de trabalho necessária aos estudantes e sistema de avaliação .......... 38

8.3 Integração dos estudantes na investigação científica .............................................. 40

8.4 Periodicidade da revisão curricular .......................................................................... 45

9. Resultados académicos .................................................................................... 45

9.1 Sucesso escolar ......................................................................................................... 45

9.2 Empregabilidade e medidas de estímulo à inserção na vida ativa .......................... 47

9.3 Internacionalização ................................................................................................... 52

10. Análise SWOT do ciclo de estudos ................................................................. 53

10.1 Missão e objetivos .................................................................................................. 53

10.2 Organização interna e mecanismos de garantia da qualidade .............................. 54

10.3 Recursos materiais e parcerias ............................................................................... 55

10.4 Pessoal docente e não docente .............................................................................. 56

10.5 Estudantes .............................................................................................................. 57

10.6 Processos ................................................................................................................ 58

10.7 Resultados académicos .......................................................................................... 59

11. Proposta de ações de melhoria ...................................................................... 60

11.1 Missão e objetivos .................................................................................................. 60

11.2 Organização interna e mecanismos de garantia da qualidade .............................. 60

11.3 Recursos materiais e parcerias ............................................................................... 61

11.4 Pessoal docente e não docente .............................................................................. 61

11.5 Estudantes .............................................................................................................. 61

11.6 Processos ................................................................................................................ 62

11.7 Resultados académicos .......................................................................................... 62

1

1. Introdução

A Escola Superior Agrária (ESA) é uma das Unidades Orgânicas integrantes do Instituto

Politécnico de Viana do Castelo (IPVC). Foi criada em 1985 através do Decreto do Governo n.º

46/85 de 22 de Novembro.

Aliada a uma forte carga histórica, transportada pela importância cultural e

arquitetónica das suas instalações, excelentemente recuperadas pelo Arquiteto Fernando

Távora, a ESA apresenta uma qualificada e dinâmica equipa de docentes com uma grande

diversidade de competências e meios laboratoriais e informáticos que permitem desenvolver

projetos de ensino, I&D e apoio à comunidade.

A ESA-IPVC é um centro de formação humana, cultural, científica e técnica de nível

superior, ao qual cabe ministrar a preparação para o exercício de atividades profissionais

altamente qualificadas e promover o desenvolvimento da região em que se insere, sendo suas

atribuições:

a) a realização de cursos conducentes à obtenção, nos termos da lei, do grau de

licenciatura e de mestrado;

b) a realização de cursos de especialização tecnológica (CETs) e outros cursos de pequena

duração, creditáveis com certificados ou diplomas adequados;

c) a organização ou cooperação em atividades de extensão educativa, cultural e técnica;

d) a realização de trabalhos de investigação aplicada e de desenvolvimento experimental;

e) a organização ou cooperação na organização de cursos de formação profissional

relacionados com os seus domínios de atividade, não diretamente enquadrados no

sistema escolar;

f) o estabelecimento de acordos, convénios e protocolos de cooperação com organismos

públicos ou privados, nacionais, estrangeiros ou internacionais, nos termos dos

estatutos do IPVC.

Localizada no concelho de Ponte de Lima, é a única Escola Superior Agrária inserida no

subsistema de ensino superior politécnico da Região Agrária de Entre Douro e Minho.

2. Ciclo de estudos

2.1 Caracterização do ciclo de estudos

2.1.1 Designação do Ciclo de Estudos:

Mestrado em Gestão Ambiental e Ordenamento do Território.

2

2.1.2 Publicação do plano de Estudos em DR (indicar o despacho/portaria de

publicação):

Despacho de 22-05-2009 do Ministro da Educação, Ciência e Ensino Superior.

2.1.3 Área científica predominante do ciclo de estudos:

Ciências ambientais.

2.1.4 Classificação da área principal do ciclo de estudos de acordo com a Portaria nº

256/2005 de 16 de Março:

850 - Proteção do ambiente.

2.1.5 Classificação da área secundária (se aplicável) do ciclo de estudos de acordo com

a Portaria nº 256/2005 de 16 de Março:

2.1.6 Número de créditos ECTS necessário à obtenção do grau:

Cento e vinte.

2.1.7 Duração do ciclo de estudos (art.º 3 DL-74/2006):

Dois anos.

2.1.8 Número de vagas aprovado no último ano letivo:

Vinte e cinco.

2.1.9 Condições de acesso e ingresso:

Referentes no Artigo 17.o do Decreto-Lei n.º 74/2006 de 24 de Março.

2.1.10 Regime de funcionamento:

Período letivo à 6ª feira (8 h) e sábado (7 h).

2.1.11 Docente Responsável pela Coordenação do Ciclo de Estudos:

Luis Miguel Cortês Mesquita de Brito

3

2.1.12 Objetivos definidos para o ciclo de estudos:

O objetivo principal do mestrado em Gestão Ambiental e Ordenamento do Território é

capacitar técnicos com domínios de natureza técnico-científica, ao nível do segundo ciclo de

estudos do ensino superior, para a promoção, a gestão e a avaliação da sustentabilidade dos

sistemas ambientais e dos sistemas territoriais.

No curso de mestrado em Gestão Ambiental e Ordenamento do Território aprendem-

se os conceitos e os princípios das ciências do ambiente, aplicados na análise dos sistemas

ambientais, na gestão de recursos naturais, nas políticas de desenvolvimento e de gestão

ambiental e no desenvolvimento regional. A caracterização e as técnicas de modelação

ambiental, baseiam-se no domínio das ciências e tecnologias da informação geográfica,

aplicados ao planeamento espacial e ambiental a diversas escalas, e nos diversos instrumentos

de gestão territorial e de proteção e conservação da natureza, do uso do solo, da urbanização,

das infraestruturas socioeducativas, de redes e estruturas ecológicas, mas também de gestão

integrada de recursos (em particular dos recursos hídricos, do solo, genéticos e energéticos).

Com o programa e as atividades previstas, pretendeu-se que os estudantes

adquirissem uma base de conhecimentos científicos e experiências técnicas que permitam

compreender a distribuição e a evolução dos sistemas sociais e ecológicos, na implementação

de sistemas de gestão ambiental e de projetos de ordenamento do território a diferentes

escalas hierárquicas de organização espacial. Assim, o objetivo geral do mestrado em Gestão

Ambiental e Ordenamento do Território enquadra e define os objetivos específicos seguintes:

a) caracterizar os componentes ambientais e avaliar os sistemas ambientais, como base

para a condução e apresentação de estudos de diagnóstico ambiental, e de produção e

análise do estado do ambiente a nível global, comunitário e nacional;

b) identificar a geodiversidade e a biodiversidade, e avaliar a sua importância; estudar e

aplicar modelos e instrumentos de planeamento, à gestão dos recursos naturais, assim

como aos espaços com carácter de proteção ambiental nas bases técnico-científicas da

ecologia e biologia da conservação, com o desenvolvimento de competências para

equilibrar a exploração e a conservação dos recursos;

c) no âmbito dos recursos naturais, detalhar a compreensão do funcionamento e da

interferência humana nos ciclos naturais, hidrológicos, dos nutrientes, entre outros,

com o desenvolvimento das técnicas de planeamento e gestão da quantidade e

qualidade dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos e da ciclagem de

nutrientes, a diversas escalas de estudo e intervenção;

d) preparar para a gestão de resíduos e efluentes, incluindo o desenvolvimento de

estratégias da sua gestão integrada, considerando a identificação das suas fontes, a

4

sua caracterização, a identificação e a implementação de medidas que visem a sua

minimização, tratamento e valorização na perspetiva da Prevenção e Controlo

Integrado de Poluição;

e) compreender a natureza evolutiva dos modelos de desenvolvimento, dos

instrumentos que integram os princípios e as práticas para que, num quadro regulador

e contexto ambiental de complexidade crescente, permitam a definição, a condução e

a avaliação de processos de planeamento e ordenamento do território com a

salvaguarda da natureza e funcionamento das políticas públicas e os objetivos, por

vezes divergentes, entre atores da sociedade para os espaços urbanos, rurais e peri-

urbanos;

f) estudar, desenvolver e experimentar tecnologias e metodologias de representação

geográfica digital do território, aplicar as técnicas de análise espacial e de edição da

informação geográfica para gerar um conjunto de produtos e serviços organizados em

rede que sustentem ações de governança, de participação e responsabilização social

em simultâneo a uma promoção do desenvolvimento económico sustentável;

g) conceptualizar, implementar e validar processos de modelação da constituição e do

funcionamento dos sistemas ambientais, como base para a reunião de informação e

de quadros de compreensão que fundamentem os processos de decisão e ação no

território;

h) analisar o enquadramento socioeconómico, político e legal da implementação e

certificação de sistemas de gestão ambiental, mediante a condução de processos de

auditoria e sensibilização ambiental, a par das necessárias intervenções ao nível da

gestão de resíduos e efluentes;

i) experimentar e apresentar metodologias de investigação nas ciências do ambiente,

em particular, no delineamento, condução, análise estatística, apresentação dos

resultados, edição e comunicação científica, desenvolvimento dos trabalhos e redação

da dissertação ou do relatório de estágio ou projeto de mestrado, mas também na

definição de mecanismos de inovação, de projetos de empreendedorismo empresarial

e de transferência de tecnologia.

2.1.13 Coerência dos objetivos definidos com a missão e estratégia da instituição

O IPVC é uma instituição pública de ensino superior (ES) que produz, difunde e

transfere conhecimento e cultura, promove a formação integral dos cidadãos e a

aprendizagem ao longo da vida, numa atitude de permanente inovação, qualidade e espírito

5

empreendedor, centrado no desenvolvimento regional, do país e na internacionalização, em

convergência com o espaço europeu do ES.

Valoriza e promove a liberdade, a responsabilidade e a cidadania, o espírito crítico e de

pertença, a solidariedade, a inclusão, a cooperação e a multiculturalidade. Identifica, em cada

momento, as partes interessadas – agentes científicos, culturais, sociais e económicos, da

região, do país ou estrangeiros – e com elas promove as parcerias consideradas necessárias

para uma ação eficaz e de sucesso. A criação de sinergias pela ação concertada das

comunidades interna (alunos, funcionários e professores) e externa, em particular, autarquias,

serviços e empresas, constituirão a atitude-marca da instituição.

Dispõe de um modelo organizacional convergente para um projeto único e plural,

servido por um sistema de direção estratégica ágil, capaz de distribuir eficientemente os

recursos e orientado para os seus objetivos estratégicos. Dispõe, ainda, de serviços

organizados que servem, transversalmente, toda a instituição.

Dispõe de uma oferta formativa diversificada, transversal às suas Escolas e que

assegura a formação integral das pessoas, fomentadora do sucesso, da autoaprendizagem e da

capacidade de empreender. Usa métodos e processos de ensino/aprendizagem inovadores,

atrativos, suportados em novas tecnologias e um ambiente académico estimulante.

Desenvolve os seus processos formativos com grande proximidade ao tecido social e

económico visando a aproximação dos estudantes ao seu papel social futuro e à realidade do

mundo empresarial e do trabalho.

Os objetivos do curso enquadram-se na missão do Instituto Politécnico de Viana do

Castelo, considerando que esta é uma instituição de ensino superior de direito público, ao

serviço da sociedade, e uma comunidade de estudantes e profissionais qualificados e

participativos, que tem como missão o desenvolvimento harmonioso da pessoa humana, a

criação e a gestão do conhecimento e da cultura, da investigação, da ciência, da tecnologia e

da arte. Os objetivos do curso ajustam-se à missão do IPVC na medida em que esta instituição

pretende formar cidadãos livres, criativos, críticos e solidários, com elevados níveis de

competência, motivados e preparados para construírem a sua realização pessoal e profissional

de modo ético e empreendedor. O IPVC valoriza a atividade do seu pessoal docente,

investigador e não docente, estimula a formação intelectual e profissional dos seus estudantes

e diplomados bem como a sua mobilidade, tanto a nível nacional como internacional,

designadamente no espaço europeu de ensino superior e na comunidade de países de língua

portuguesa.

O IPVC pretende, ainda, ser uma instituição reconhecida como parceiro fundamental

para os agentes sociais, económicos e culturais, participando, designadamente, em atividades

6

de investigação e desenvolvimento, difusão e transferência do conhecimento e cultura, assim

como de valorização económica do conhecimento científico e neste sentido os objetivos de

curso enquadram-se claramente na missão do IPVC.

Os objetivos do curso enquadram-se, também, nas atribuições do IPVC porque se trata

da realização de um ciclo de estudos visando a atribuição de grau académico, que contribui

para a criação do ambiente educativo e de desenvolvimento humano adequado à missão do

IPVC, com realização de investigação e o apoio e participação em instituições científicas e de

transferência e valorização do conhecimento científico e tecnológico. Este curso, através da

dissertação/projeto/estágio, permite a atualização de conhecimentos, a colaboração na

prestação de serviços à comunidade e de apoio ao desenvolvimento da região e do país, numa

perspetiva de valorização recíproca e de cooperação e intercâmbio cultural, científico e técnico

com instituições congéneres, nacionais e estrangeiras. Este curso permite aos estudantes a

cooperação internacional através do Programa Erasmus, a produção e difusão do

conhecimento e da cultura, e o apoio ao associativismo estudantil. Proporciona, ainda,

condições de estudo adequadas aos trabalhadores estudantes.

Os objetivos do curso surgem, também, no âmbito dos objetivos da ESA para a área

das ciências do ambiente e do ordenamento do território. Objetivos estes que têm vindo a ser

cumpridos através da realização de cursos conducentes à obtenção do grau de licenciatura em

Engenharia do Ambiente e, anteriormente, em Engenharia do Ambiente e dos Recursos Rurais.

Os vários cursos de pós-graduação e de formação avançada realizados na área das ciências do

ambiente e do ordenamento do território e o desenvolvimento dos diversos projetos de I&DT

da ESA, contribuem, também, para fundamentar e enquadrar os objetivos do curso MGAOT na

missão e objetivos da ESA-IPVC.

2.1.14 Meios de divulgação dos objetivos aos docentes e aos estudantes envolvidos no ciclo de estudos:

A apresentação do Ciclo de Estudos, seus objetivos, duração, perfil e saídas

profissionais, assim como plano curricular e condições de acesso estão explicitamente

descritos no portal do IPVC (www.ipvc.pt), na ligação associada ao mesmo. No início de cada

ano letivo são dinamizadas reuniões com os docentes e estudantes envolvidos no ciclo de

estudos para a divulgação dos objetivos gerais e funcionamento. Na primeira aula de cada UC

é efetuada a apresentação dos objetivos específicos dessa UC, programa e metodologias de

avaliação. Esta informação também é disponibilizada através da plataforma de e-learning do

IPVC (http://elearning.ipvc.pt).

7

Os objetivos do curso foram discutidos entre os docentes do grupo de trabalho que

apresentou a proposta de criação do curso e, posteriormente, alargou-se a discussão a todos

os docentes, designadamente em reuniões do conselho científico da ESA.

A divulgação do curso aos estudantes realizou-se através do contacto direto entre

docentes e alunos a terminar as licenciaturas na ESA, mensagens eletrónicas aos antigos

alunos da ESA e para outras escolas e entidades. Divulgação por painéis e por folhetos de

divulgação em curso.

Os cursos foram divulgados em outros estabelecimentos de ensino superior, em

eventos técnicos, na comunicação social particularmente nos distritos de Viana do Castelo e

Braga, em redes sociais, e através das Jornadas em Gestão Ambiental e Ordenamento do

Território, organizadas com o objetivo fundamental de divulgar este curso.

A divulgação detalhada do curso na página da Internet da ESA e as ligações à mesma

através da sua colocação em mensagens e informações em outras páginas de outras

entidades, permitiu aos interessados conhecer atempadamente à informação sobre:

enquadramento; objetivos e competências; comissão de curso; funcionamento; condições de

acesso e destinatários; saídas profissionais; plano de estudos plano de estágio; corpo docente;

regulamento; propinas; candidaturas; seriação.

2.2 Estrutura curricular

2.2.1 Ramos, opções, perfis, maior/menor ou outras formas de organização de percursos alternativos em que o ciclo de estudos se estrutura (se aplicável):

O ciclo de estudos do mestrado em Gestão Ambiental e Ordenamento do Território

apresenta a duração de dois anos, totalizando 120 créditos no Sistema Europeu de

Transferência de Créditos (ECTS), e integra um curso de especialização constituído por um

conjunto organizado de 11 unidades curriculares, que perfazem 66 ECTS, e uma dissertação de

natureza científica ou um trabalho de projeto, originais e especialmente realizados para este

fim, ou um estágio de natureza profissional objeto de relatório final, consoante os objetivos

específicos visados, nos termos fixados pelas respetivas normas regulamentares, a que

corresponde 54 ECTS.

De acordo com o preconizado para o ciclo de estudos de mestrado no ensino

politécnico, este curso foi organizado para assegurar, predominantemente, a aquisição pelo

estudante de uma especialização de natureza profissional na área da Gestão Ambiental e

Ordenamento do Território. Nesse sentido, este curso encontra-se organizado de forma a

8

qualificar os estudantes graduados com conhecimentos interdisciplinares nas áreas da

qualidade e gestão ambiental e do ordenamento do território e a facultar o desenvolvimento

de competências para trabalhar com modelos e instrumentos de planeamento, gestão e

avaliação, em projetos e processos incidentes sobre espaços físicos e socioeconómicos

sujeitos, simultaneamente, a dinâmicas de pressão, de exploração e de conservação.

A estrutura organizativa do curso visa desenvolver nos estudantes competências

técnico-científicas que conduzam à sua qualificação para descobrir e conduzir processos que

melhorem o estado do ambiente e que limitem os riscos e os impactes ambientais, e capacitá-

los para desenvolver e implementar estratégias/soluções sustentáveis de desenvolvimento

económico dos territórios.

O curso de Mestrado encontra-se organizado para iniciar, aprofundar e consolidar

conhecimentos na área da Gestão Ambiental e do Ordenamento do Território qualificando

técnicos e decisores com funções de planeamento, administração e avaliação em acordo com

as suas responsabilidades sociais. Neste sentido, este mestrado encontra-se organizado para

ser frequentado por licenciados com uma grande diversidade de formações de base, incluindo

Ciências Naturais, Ciências Sociais, Engenharia e mesmo Humanidades. Este Mestrado poderá

permitir a especialização profissional de técnicos graduados com licenciaturas em Engenharia

do Ambiente, mas também, com outras graduações, designadamente, em Ciências e

Engenharias da Terra (Biologia); Ciências Agrárias (Agronomia e Zootecnia); Geografia;

Planeamento; Engenharia Civil; Arquitetura; Arquitetura Paisagista, Engenharia Geográfica e

mesmo com outros cursos das áreas das Humanidades (Antropologia, História e Direito). A

relação dos objetivos e da organização do ciclo de estudos, com as competências expectáveis

de licenciados em qualquer uma das áreas anteriormente referidas coadunam-se, ainda, com a

formação e troca de experiências no interior de equipas multidisciplinares próprias da atuação

em gestão ambiental.

No primeiro semestre do curso incluem-se unidades curriculares abrangentes que

enquadram as temáticas de caracterização, planeamento e gestão ambiental, de forma

integrada. Estas unidades curriculares:

a) descrevem e interpretam as componentes ambientais, enquadram as técnicas de

diagnóstico ambiental e analisam o estado do ambiente e os problemas ambientais à

escala mundial, comunitária, nacional e regional (Análise de Sistemas Ambientais);

b) incorporam as ciências, os instrumentos (tecnologias) e as metodologias expeditas de

caracterização/representação geográfica digital dos recursos e do território

(Cartografia Digital e Deteção Remota);

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c) apresentam e analisam os modelos, as práticas e as condicionantes do

desenvolvimento relacionadas com os princípios e os mecanismos do Ordenamento do

Território e do Desenvolvimento Sustentável (Desenvolvimento e Ordenamento do

Território);

d) apresentam a diversidade e a importância dos recursos naturais relativamente aos

modelos e instrumentos de planeamento de recursos, e aos espaços naturais com

carácter de proteção ambiental, na lógica da ecologia/biologia da conservação e dos

interesses do cidadão (Gestão de Recursos Naturais);

e) analisam e avaliam o impacte ambiental dos resíduos sólidos e dos efluentes líquidos e

gasosos e procuram soluções ambientais para a sua gestão de uma forma sustentável

que incluam a reciclagem e a reutilização (Gestão de Resíduos e Efluentes);

No segundo semestre incluem-se unidades curriculares que integram conceitos para a

formação de competências de natureza técnico-científica aplicáveis no desenvolvimento de

projetos, acompanhamento de processos e exploração de modelos de apoio ao planeamento

(estratégico) e à gestão (operacional) a diferentes escalas hierárquicas do território (global,

nacional e local) e nos processos ecológicos e biológicos, incidentes preferencialmente sobre

as causas (planeamento e gestão) sem descurar o controlo/mitigação das consequências

(poluição). Estas unidades curriculares:

a) desenvolvem as técnicas de análise espacial relativamente à formação e ao uso das

diversas componentes dos sistemas de informação geográfica, com destaque para a

gestão do território e para as ações de decisão públicas e privadas, suportadas pela

constituição e manutenção de infraestruturas de dados espaciais (Sistemas e

Infraestruturas de Informação Geográfica);

b) conceptualizam e aplicam técnicas de planeamento sectorial (atividades humanas) e

integrado (o humano e o meio físico) dos espaços rurais; desenvolvem práticas de

planeamento (urbanização) e de gestão (infraestruturas) do espaço urbano, em

particular, de gestão das características e dinâmicas do espaço periurbano

(Planeamento Rural e Urbano);

c) analisam a componente natural e a interferência antrópica nos ciclos hidrológicos,

com o desenvolvimento das técnicas de planeamento e gestão dos recursos hídricos

superficiais e subterrâneos referentes à quantidade e à qualidade da água, i) à escala

da bacia, da parcela, e da planta; e ii) do abastecimento de água para consumo

humano (Planeamento e Gestão de Recursos Hídricos);

10

d) analisam as bases, as necessidades, princípios e sistemas de gestão ambiental

relativamente aos modelos e métodos de auditoria ambiental (Gestão e Auditoria

Ambiental);

e) desenvolvem objetivos, tipologia e metodologias de desenvolvimento de modelos

ambientais (escalas espacial e temporal, conceptual e aplicada) e avaliam diferentes

modelos ambientais desenvolvidos académicos e cientistas (Modelação Ambiental).

No âmbito da unidade curricular de Gestão e Auditoria Ambiental, a decorrer no

segundo semestre, conferem-se ao aluno competências para a realização de auditorias, cuja

aquisição é testada mediante a realização de uma prova de avaliação escrita elaborada pela

APCER, com os requisitos exigidos para obtenção do certificado de “Auditor Interno de

Ambiente” pela mesma entidade. A atribuição do referido certificado ficará condicionada à

avaliação da experiência profissional do candidato (que deverá possuir, pelo menos, um ano

de experiência, nos últimos seis anos, em funções na área do Ambiente que,

independentemente da sua natureza, estejam enquadrados no âmbito de um SGA) e

experiência em auditorias (os requerentes devem ter participado, nos últimos dois anos, como

auditor do Ambiente efetivo em pelo menos 3 auditorias, integrais ou parciais, realizadas no

âmbito das normas da série ISO 14000). Neste mesmo sentido, o desenvolvimento curricular e

pedagógico do curso de Mestrado, atendeu a orientações e perfis definidos para um conjunto

de organizações profissionais para facilitar o enquadramento dos futuros Mestres, como sejam

a Ordem dos Engenheiros (OE) e a Associação Portuguesa de Planeadores do Território

(APPLA).

No terceiro semestre, inicia-se a dissertação/projeto/estágio de mestrado (54 ECTS),

com a duração de um ano, juntamente com uma unidade curricular de Investigação e Inovação

(6 ECTS) que atribuirá competências específicas para a investigação, inovação e

empreendedorismo, que se entende ser de grande relevância para o sucesso da realização da

dissertação/projeto/estágio que conduz à obtenção do grau de Mestre. Sendo esta a única

unidade curricular em funcionamento no 3º semestre, a totalidade das aulas teórico-práticas e

práticas, das visitas de estudo e dos seminários previstos, decorrem nas primeiras cinco

semanas do ano letivo. Entende-se que, com este modo de funcionamento, podem ser

atribuídas as competências de apoio à realização da dissertação/projeto/estágio pretendidas,

ainda numa fase inicial do seu delineamento, não se prejudicando nem a sua concretização

nem a possibilidade de mobilidade para a sua realização num local externo à ESA-IPVC ou no

estrangeiro. As aulas de orientação tutória decorrem ao longo de todo o ano para dar resposta

às necessidades individuais de cada estudante.

11

A obtenção do grau de mestre, de acordo com a alínea b) do ponto 1 do Artigo 20.º do

Decreto-lei nº 74/2006, resulta da aprovação às onze unidades curriculares já referidas, e da

realização de uma dissertação de natureza científica, desenvolvimento de um projeto original

ou estágio de natureza profissional, em ambiente empresarial, associações de

desenvolvimento regional e local, ou outras instituições nacionais e estrangeiras.

A elaboração da dissertação ou do trabalho de projeto e a realização do estágio são

orientadas por um doutor ou por um especialista de mérito reconhecido como tal pelo

conselho técnico-científico do IPVC. A orientação pode ser assegurada em regime de

coorientação, quer por orientadores nacionais, quer por nacionais e estrangeiros. O estudante

terá que elaborar a dissertação/projeto/relatório de estágio e apresentar publicamente a

mesma, perante um júri a constituir para o efeito, cumprindo o disposto no Artigo 22º do

Decreto-lei nº 74/2006.

2.2.2 Áreas Científicas e Créditos que devem ser reunidos para a obtenção do grau

As áreas científicas e ECTS do Plano de Estudos do curso de Mestrado em Gestão

Ambiental e Ordenamento do Território são apresentadas no Quadro 1.

QUADRO 1 - Áreas científicas e créditos que devem ser reunidos para a obtenção do grau

ÁREA CIENTÍFICA SIGLA CRÉDITOS

OBRIGATÓRIOS OPTATIVOS

Ciências Ambientais AMB 27

Ciências de Engenharia ENG 21

Ciências Sociais SOC 6

Ciências Económicas ECN 8

Ciências da Comunicação COM 2

Estatística EST 2

Dissertação/projeto/estágio 54

TOTAL 120

2.2.3 Plano de Estudos

As unidades curriculares e os respetivos ECTS do plano de estudos do curso de

Mestrado em Gestão Ambiental e Ordenamento do Território são apresentados no Quadro 2.

12

QUADRO 2 – Plano de estudos

1º Ano, 1º semestre

UNIDADES CURRICULARES ÁREA

CIENTÍFICA

TEMPO DE TRABALHO (HORAS) ECTS

TOTAL CONTACTO

Análise de Sistemas Ambientais AMB 162 T=15; PL=30;

OT=15 6

Cartografia Digital e Deteção Remota ENG 135 T=10; PL=30; TC =5; OT=15

5

Desenvolvimento e Ordenamento do Território

SOC, ENG 189 T=10; PL=30; S=10; OT=15

7

Gestão de Recursos Naturais AMB, ECN 189 TP=15; PL=15; S=15; OT=15;

O=5 7

Gestão de Resíduos e Efluentes AMB 135 T=10; PL=30;

OT=15 5

1º Ano, 2º semestre

UNIDADES CURRICULARES ÁREA

CIENTÍFICA

TEMPO DE TRABALHO (HORAS) ECTS

TOTAL CONTACTO

Sistemas e Infra-estruturas de Informação Geográfica

AMB, ENG 162 T=15; PL=30; O=5; OT=15

6

Planeamento Rural e Urbano SOC, ECN,

ENG 162

T=10; PL=20; O=15; OT=15

6

Planeamento e Gestão de Recursos Hídricos

AMB, ENG 162 TP=10; PL=30;

S=5; OT=15 6

Gestão e Auditoria Ambiental AMB 189 TP=20; PL=30;

OT=15; 7

Modelação Ambiental ENG 135 TP=10; PL=30;

OT=15; 5

2º Ano

UNIDADES CURRICULARES ÁREA

CIENTÍFICA

TEMPO DE TRABALHO (HORAS) ECTS

TOTAL CONTACTO

Investigação e Inovação EST, ECN,

COM 162

TP=15; PL=15; S=10; OT=15;

O=10 6

Dissertação/projeto/estágio 1500 OT- 250 54 Legenda: AMB – Ciências Ambientais; ENG – Ciências de Engenharia; ECN – Ciências Económicas; SOC – Ciências Sociais; COM – Ciências da Comunicação; EST – Estatística. T – Aula teórica; TC – Trabalho de campo; TP – Aula teórico-prática; PL – Aula prática e laboratorial; S – Seminário; O – Outro; OT – Aula de orientação tutória

O primeiro ano do curso de mestrado organiza-se em dois semestres, correspondendo

cada um a 30 ECTS. No primeiro semestre incluem-se unidades curriculares abrangentes que

enquadram, de forma integrada, as temáticas de caracterização, planeamento e gestão

13

ambiental. No segundo semestre incluem-se unidades curriculares que integram conceitos

para a formação de competências de natureza técnico-científica aplicáveis no

desenvolvimento de projetos, acompanhamento de processos e exploração de modelos de

apoio ao planeamento (estratégico) e à gestão (operacional) a diferentes escalas hierárquicas

do território (global, nacional e local).

No segundo ano do Curso de Mestrado desenvolvem-se os trabalhos para a

dissertação/projeto/estágio (54 ECTS) sendo, nas primeiras cinco semanas, também lecionada

a unidade curricular de Investigação e Inovação (6 ECTS), constituída por aulas teórico-práticas

e práticas, visitas de estudo e seminários. Os trabalhos para a dissertação/projeto/estágio

realizam-se em instituições de ensino superior, unidades de investigação, instituições públicas

ou privadas de desenvolvimento tecnológico, empresas públicas ou privadas, nacionais ou

estrangeiras.

3. Organização interna e mecanismos da qualidade

3.1 Estrutura organizacional responsável pelo ciclo de estudo

A aprovação da criação dos Ciclos de Estudo (CE) é da competência do Presidente, com

parecer da Direção da UO, Conselho Pedagógico (CP), do Conselho Académico e do Conselho

Técnico-Científico (CTC).O Coordenador de Curso (CC),em colaboração com a Comissão de

Curso, elabora o relatório anual do CE, que é apreciado pela Direção e pelo CP da Escola. Este

relatório pode conter propostas de alteração ou ações de melhoria do CE, sujeitas a aprovação

pelos órgãos competentes. As propostas de revisão ao plano de estudos são apresentadas pelo

CC e submetidas ao CTC, com parecer da Direção e do CP e validação final do Presidente do

IPVC. O CC articula com os responsáveis das UCs a atualização dos programas, que são

aprovados pelo CTC, e garante o seu bom funcionamento. Anualmente, os coordenadores de

curso identificam as necessidades de serviço docente do curso. Com base nessa informação, as

áreas científicas, através dos seus grupos disciplinares, propõem contratação, renovação de

contratos e distribuição de serviço docente aos diretores das UO’s que enviam à respetiva

comissão técnico-científica para aprovação em CTC e homologação pela Presidência.

O curso de mestrado de Gestão Ambiental e Ordenamento do Território (MGAOT) foi

criado pelo despacho de 22-05-2009 do Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, nos

termos do n.º 1 do artigo 73.º do Decreto-Lei n.º 74/2006, de 24 de Março, alterado pelo

Decreto-Lei 107/2008, de 25 de Junho. Baseia-se num projeto da ESA, em colaboração com

outras Instituições públicas e privadas, e aposta num ensino de excelência, acompanhando

14

sempre a evolução científica, pedagógica e das novas tecnologias, as necessidades dos alunos

e orientado para a sociedade a que serve. O contacto com universidades nacionais e

estrangeiras, em especial a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, a Universidade do

Minho, a Universidade do Porto, a Universidade Técnica de Lisboa, a Universidade de Santiago

de Compostela, através de projetos de I&D e protocolos de colaboração, permite a

contribuição de docentes convidados dessas instituições em seminários realizados no âmbito

do mestrado.

Na ESA-IPVC encontra-se em funcionamento um Centro de Informação Geográfica e de

Análise de Sistemas Ambientais que possui uma equipa multidisciplinar de investigadores e

especialistas, das áreas de agronomia, ambiente, geografia, arquitetura paisagista, informática

e engenharia de sistemas, apoiada, quando necessário, por outros especialistas, internos e

externos ao IPVC, de acordo com a natureza e o envolvimento dos diversos projetos que

realiza. Esta equipa concebe, executa e avalia, projetos que integram conhecimentos e

aplicações nas áreas de fotogrametria, deteção remota; GPS; sistemas de informação

geográfica; organização e gestão de bases de dados; programação; geoestatística e edição de

informação geográfica. A missão deste Centro, ao serviço do MGAOT, inclui a divulgação e a

aplicação da informação geográfica na caracterização e na gestão de projetos, atividades e

territórios, e a colaboração em projetos de I&D e de apoio à comunidade nas áreas das

ciências e tecnologias de informação geográfica.

A comissão de curso foi constituída pelos professores: Luís Miguel Cortez Mesquita de

Brito (coordenador), Ana Cristina Pontes de Barros Rodrigues, Ana Isabel Oliveira Faria Ferraz,

Joaquim Mamede Alonso e Maria Isabel Valin Sanjiao, sendo Joaquim Mamede Alonso o

professor representante do Conselho Pedagógico. A comissão de curso incluiu, também, dois

estudantes: Nuno Eduardo da Silva Pousada como representante do Conselho Pedagógico e

Adriana Cristina da Costa Garelha como delegada do curso.

A distribuição do serviço docente no ano letivo de 2010/2011 encontra-se

representada no Quadro 3. A ESA-IPVC disponibiliza para este curso, portanto, recursos físicos

e humanos, para além de um corpo docente próprio qualificado e adequado em número,

constituído por titulares do grau de doutor ou especialistas de reconhecida experiência e

competência profissional que desenvolvem atividade reconhecida de formação e investigação

e de desenvolvimento de natureza profissional de alto nível. No âmbito do curso utilizam-se os

procedimentos previstos nos processos Criação e Reestruturação de Cursos, Académicos e

Formação do SGGQ do IPVC, nomeadamente CRC-01; ACA-02; FOR-01; FOR-02; FOR-06.

15

QUADRO 3 – Distribuição do serviço docente no ano letivo de 2011/2012

Legenda: T – Aula teórica; TP – Aula teórico-prática; TC – Trabalho de campo; PL – Aula prática e laboratorial; S – Seminário; O – Outro. Nota: O tempo de trabalho com contato foi constituído pelo tempo letivo que consta neste quadro mais as aulas de orientação tutória que constam no quadro 2.

1º Ano, 1º Semestre

Isabel Mourão 31 5 9 14

Raul Rodrigues 16 2 5 7

João Honrado 13 2 4 6

Jorge Agostinho 20 3 6 9

Cristina Rodrigues 20 3 6 9

Total ASA 100 15 30 45

Total CDDR 100 10 35 45Joaquim Alonso 64 7 25 32

Fernando Nunes 12 1 5 6

Joana Nogueira 12 1 5 6António Cardoso 12 1 5 6

Total DOT 100 10 40 50Miguel Brito 28 7 7 14

Isabel Valin 12 2 4 6

J. Pedro Araújo 16 2 6 8

Marinho Cardoso 12 2 4 6

Joaquim Alonso 32 2 14 16

Total GRN 100 15 35 50Ana Ferráz 60 6 18 24

Cristina Rodrigues 20 2 6 8

Miguel Brito 20 2 6 8

Total GRE 100 10 30 401º Ano, 2º Semestre

Cláudio Paredes 34 7 10 17

Total SIIG 100 15 35 50

Filipa Corais / Gabriela Dias 56 5 20 25

José Carlos M. Santos 44 5 15 20

Total PRU 100 10 35 45

Jorge Agostinho 29 3 10 13

Isabel Valin 29 3 10 13

Cristina Rodrigues 13 2 4 6

Rui Cortes 11 5 5

Riu Marçal 18 2 6 8

Total PGRH 100 10 35 45Cristina Rodrigues 64 8 24 32

APCER / Dora Gonçalves 36 12 6 18

Total GAA 100 20 30 50

Cristina Rodrigues 60 6 18 24Mário Tomé 20 2 6 8Isabel Valin 20 2 6 8

Total MA 100 10 30 402º Ano

Miguel Brito 60 9 21 30

Joaquim Alonso 40 6 14 20

Total INOV 100 15 35 50

Dissertação/P/E 54

Nº Horas

Unidade curricular (UC) ECTS

(120)

Docente

Resp.

Docentes UC (%) T, TP TC, PL,

S, O

Total

letivo

Análise de Sistemas

Ambientais6

Isabel

Mourão

Cartografia Digital e

Detecção Remota5

Cláudio

Paredes

Investigação e Inovação 6 Miguel Brito

Desenvolvimento e

Ordenamento do

Território

7Joaquim

Alonso

6Gabriela

Dias

Gestão de Resíduos e

Efluentes5 Ana Ferráz

Modelação Ambiental 5Cristina

Rodrigues

Gestão de Recursos

Naturais7 Miguel Brito

Gestão e Auditoria

Ambiental 7

Cristina

Rodrigues

Sistemas e Infra-

estruturas de

Informação Geográfica

6Joaquim

Alonso

Planeamento Rural e

Urbano

Jorge

Agostinho6

Planeamento e Gestão

de Recursos Hídricos

66 8 25 33

Claudio Paredes 100 10 35 45

Joaquim Alonso

16

3.2 Participação de docentes e estudantes nos processos de tomada de

decisão

A participação dos docentes é assegurada pela sua intervenção no Conselho Geral,

Conselho Técnico-Científico, Conselho Académico, Conselho Pedagógico, Coordenações de

Curso, Áreas Científicas e Grupos Disciplinares. Além disso, essa participação é ainda

promovida em reuniões periódicas de docentes, participação em inquéritos de avaliação do

funcionamento do IPVC, intervenção em processos pedagógicos e académicos chave como a

preparação de materiais pedagógicos, análise de pedidos de creditação de competências, júris

de provas, etc.

A participação dos estudantes é assegurada através da sua representação no Conselho

Geral, Conselho Académico, Conselho Pedagógico, intervenção das Associações e Federação

de Estudantes, Inquéritos de avaliação da Qualidade de Ensino, das Bibliotecas e dos Serviços

de Acão Social.

Para além da participação formal, os estudantes e docentes mantêm uma colaboração

contínua na tomada de decisão sobre os aspetos que se relacionam com a participação nas

aulas e com o trabalho individual e coletivo que é realizado nos dias em que não decorrem as

aulas, bem como, com os horários e prazos de avaliação.

3.3 Estruturas e mecanismos de garantia da qualidade para o ciclo de estudos

O IPVC tem implementado um Sistema de Gestão e de Garantia da Qualidade (SGGQ),

certificado desde 2008, organizado em processos e orientado para a melhoria da qualidade do

ensino e demais atividades de gestão e de suporte. O SGGQ, coordenado pelo Gabinete de

Avaliação e Qualidade (GAQ), gera informação para definir medidas de melhoria contínua dos

ciclos de estudos e procura o comprometimento de todos os atores neste processo. O GAQ

apoia as Coordenações de Curso nos mecanismos de Garantia da Qualidade, em cooperação

com órgãos e serviços que intervém nas atividades administrativas, científicas e pedagógicas.

Anualmente, é implementado um Programa de Auditorias, permitindo definir causas de

ocorrências e ações corretivas. São elaborados Relatórios Anuais das UC’s e de Curso que

permitem, juntamente com os Relatórios das auditorias, Relatórios de auscultação às partes

interessadas e com os resultados dos indicadores de desempenho dos processos relacionados

com o ensino e aprendizagem, efetuar uma análise do grau de cumprimento dos objetivos e

definir ações de melhoria para o ciclo de estudo.

17

O SGGQ-IPVC procura garantir a abrangência e eficácia dos procedimentos e estruturas

de garantia da qualidade relacionadas com cada uma das vertentes nucleares da sua missão

como Instituição de Ensino Superior Publico:

- o ensino e aprendizagem, através do processos: ACADÉMICOS (ACA), Criação e

Restruturação de Cursos (CRC) FORMAÇÃO (FOR), Cooperação Internacional (CIN) e

Observatório (OBS);

- a investigação e desenvolvimento, através do processo Gestão e Projetos (GPR), com

apoio da Oficina de Transferência de Tecnologia e do Conhecimento (OTIC) e unidades de

Investigação;

- a colaboração interinstitucional e com a comunidade, através do processos:

Cooperação Internacional (CIN), Planeamento e Gestão Estratégica (PGE), Promoção e Imagem

(PMI);

- as políticas de gestão do pessoal, através do processo Recursos Humanos (RHU);

- os serviços de apoio, através do processos: Gestão de Espaços Educativos (GEE),

Gestão Económico-Financeira (GEF), Gestão de Sistemas de Informação (GSI), Expediente e

Arquivo (EAR), Gestão Documental (GDO), Ambiente Higiene e Segurança (AHS), Gestão de

Empreitas e de Infra-estruturas (GEI), Biblioteca (BIB), Serviços de Ação Social (SAS);

- a internacionalização, através dos Processos: Cooperação Internacional (CIN),

Planeamento e Gestão Estratégica (PGE), Promoção e Imagem (PMI).

No sentido de contribuir para a qualidade do curso destacam-se ainda as reuniões

periódicas da comissão de curso e desta com os todos os alunos, para avaliar o funcionamento

do curso e assegurar a melhoria contínua da sua qualidade.

3.4 Recolha de informação, acompanhamento e avaliação periódica do CE

O GAQ tem implementado procedimentos de auscultação para avaliar o grau de

satisfação das partes interessadas incluindo a realização de inquéritos e monitorização de

sugestões e reclamações e estudos de follow-up, feitos a antigos estudantes, parceiros e

instituições empregadoras. Destaca-se o inquérito de avaliação da satisfação da qualidade de

Ensino elaborado semestralmente aos estudantes, que inclui uma componente de avaliação da

escola, dos docente e das UC’s e do ciclo de estudos no seu todo. É continuamente

monitorizada informação relativa a candidaturas e colocações, caracterização dos estudantes,

sucesso, abandono e empregabilidade para o ciclo de estudos, que juntamente com os

relatórios resultantes das auditorias internas e dos processos de auscultação e avaliação da

18

satisfação, são usados para a avaliação periódica do ciclo de estudos e reportados no Relatório

Anual de Curso. Com base nos resultados, são definidas ações de melhoria.

3.5 Avaliação do desempenho dos docentes e medidas para a sua atualização

O IPVC considera que o potencial das pessoas pode ser melhor usado através da

partilha de valores e de uma cultura de confiança e de responsabilização, que encoraje o

envolvimento de todos. Baseado numa gestão e partilha de conhecimentos, dentro de uma

cultura de aprendizagem contínua, inovação e melhoria, procura-se: transmitir a importância

da contribuição de cada um; identificar fatores que constituem obstáculo ao trabalho;

aceitação das responsabilidades; avaliar o seu desempenho, em função de objetivos e metas;

estimular o reforço das suas competências, conhecimentos e experiência e sua partilha; a

discussão aberta de problemas e questões relevantes.

O Regulamento do Sistema de Avaliação do Desempenho do Pessoal Docente do IPVC,

define os mecanismos para a identificação dos objetivos do desempenho docente para cada

período de avaliação, explicitando a visão da instituição, nos seus diversos níveis, ao mesmo

tempo que traça um quadro de referência claro para a valorização das atividades dos docentes

e estabelece, ainda, as regras para alteração do posicionamento remuneratório de acordo com

os artigos 35º-A e 35º-C do Estatuto da Carreira do Pessoal Docente do Ensino Superior

Politécnico (ECPDESP).

As medidas para a atualização do corpo docente não poderão ser vistas, no momento

atual, afastadas da obrigação legal das instituições de ensino superior criarem condições aos

seus docentes para fazerem ou concluírem a sua formação avançada, como condição básica da

sustentabilidade do próprio subsistema, da própria instituição e do acesso à carreira por parte

dos docentes. Até ao final de 2011, o programa PROTEC, organizado pela ADISPOR, permitiu

um impulso na formação avançada dos docentes do ensino superior politécnico,

contratualizando essa formação com universidades europeias. Além da formação avançada o

IPVC têm mantido uma atitude de incentivo e ajuda à atualização permanente do corpo

docente, quer através de formação organizada internamente, quer por apoio à participação

em formação externa quer, ainda, pela concessão do estatuto de bolseiro. A própria existência

do Sistema de Gestão e de Garantia da Qualidade, em que, no âmbito do Processo de gestão

dos Recursos Humanos, se diagnosticam as necessidades formativas e se elaboram Planos

anuais de Formação, apoia a política de formação da instituição.

A instituição assume que a qualidade do ensino & aprendizagem, de investigação e de

prestação de serviços se baseia nas qualificações e competências dos seus docentes e

19

funcionários. De referir ainda, nesta política de Melhoria da Qualidade, a realização periódica

dos inquéritos de satisfação dos colaboradores do IPVC. Através do RJIES e dos Estatutos,

todas estas informações são debatidas a nível das direções das UO’s, das áreas científicas, do

Conselho de Gestão alargado, dos Conselhos Técnico-Científico, Académico e Pedagógico e das

Comissões de Curso.

3.6 Utilização dos resultados das avaliações do ciclo de estudos

Os relatórios de Curso são analisados em Conselho Pedagógico e são divulgados à

comunidade através do portal do IPVC. Poderão também ser analisados em reuniões de

docentes e de estudantes do curso. As ações de melhoria propostas são submetidas à Direção

da Escola e no caso de envolverem modificações ao plano de estudos, também ao CTC. As

ações são planeadas entre a Coordenação de Curso e a Direção, definidos responsáveis e

prazos de implementação. O acompanhamento e a análise da eficácia das ações

implementadas para a melhoria do CE é da responsabilidade do CC que reporta à Direção e

regista no relatório de Curso seguinte. O seguimento das ocorrências detetadas em auditorias,

acompanhamento de sugestões e reclamações e avaliação da eficácia das ações corretivas é da

responsabilidade do GAQ, que também monitoriza os indicadores desempenho dos processos

e dos objetivos gerais da Qualidade do SGGQ, definidos anualmente, e reporta nos Balanços da

Qualidade para Revisão do Sistema.

3.7. Outras vias de avaliação/acreditação

O SGGQ do IPVC está certificado pela Norma Internacional ISO 9001, desde Janeiro de

2009, tendo sido sujeito a uma auditoria pela A3ES em Maio de 2012.

4. Recursos materiais

A Escola Superior Agrária de Ponte de Lima localiza-se no edifício restaurado do

Mosteiro de Refóios, com cerca de 7 000 m2 de área coberta, onde se instalaram os

laboratórios de ensino e de investigação, salas de aulas teóricas e práticas, biblioteca,

estruturas de apoio audiovisuais e de informática, gabinetes, serviços administrativos e

académicos e refeitório. Como edifícios anexos possui um auditório equipado com meios

audiovisuais e de tradução simultânea, uma residência de estudantes e espaços desportivos.

Como estrutura de apoio técnico e pedagógico, a ESA-IPVC possui uma exploração

agrícola que inclui a designada Quinta do Mosteiro, com uma área aproximada de 17 hectares

e uma área florestal de igual dimensão. Nos terrenos da quinta existem um complexo

20

pedagógico com uma sala de aulas teóricas e um laboratório, estufas, um pavilhão para

animais e um hangar de máquinas. A ESA-IPVC possui ainda veículos de transporte para

estudantes que servem de suporte às visitas de estudo.

Os equipamentos laboratoriais existentes na ESA-IPVC incluem valências nas áreas da

microscopia, histologia, biologia molecular, espectrofotometria, colorimetria, fotometria,

potenciometria, equipamento de digestão e de destilação, sequenciador automático de DNA,

analisador de carbono, equipamento de meteorologia e de leitura de radiação, incubadoras e

outros equipamentos de base. A ESA-IPVC dispõe laboratórios, nas áreas de física e

meteorologia, química, biologia e microbiologia, e laboratórios de investigação específicos nas

áreas da agronomia, ambiente e alimentação. Na ESA-IPVC incluem-se ainda, com importância

para este Mestrado, dois laboratórios nas áreas das TIG, um de Cartografia Digital e Deteção

Remota e outro de Sistemas de Informação Geográfica com um conjunto de 22 Workstations

de elevada capacidade de processamento, rede e servidor cartográfico, assim como uma

listagem extensa de software licenciado e de bases de dados geográficas de referência e

temáticos referentes ao meio natural e humano, reunidos num Sistema de Informação

Territorial.

Ao nível do material informático e de multimédia, realizou-se ao longo dos últimos

anos um significativo esforço no sentido de equipar a Escola com equipamentos atualizados e

eficientes. Neste período reforçou-se ainda a rede informática do IPVC, através da instalação

de fibra ótica entre um conjunto de instituições do Alto Minho, nomeadamente no IPVC e

entre as suas diversas unidades orgânicas. Internamente na ESA-IPVC verificou-se um reforço

da rede informática e de comunicação, com o aumento dos recursos e serviços prestados aos

alunos. Neste grupo podemos referir o acréscimo do número de equipamentos e pontos de

acesso em espaços comuns de trabalho, equipamento de salas de informática, aumento da

capacidade e funcionalidade do servidor e instalação de uma rede de Wireless certificada e

todos os utilizadores da comunidade académica. Esta mobilidade aplica-se ainda ao contexto

nacional, disponibilizando o acesso a todas as redes e-U.

No que se refere aos recursos materiais, a ESA-IPVC, embora com recursos financeiros

limitados, tem-se mantido a preocupação com a melhoria das obras disponíveis na biblioteca e

com os equipamentos e meios audiovisuais. As salas de aula e áreas laboratoriais apresentam

pontos de acesso à rede e espaços de projeção. Ao mesmo tempo adquiriram-se

equipamentos audiovisuais e melhorou-se a funcionalidade de consulta e requisição das obras,

dos serviços, no geral, da biblioteca. Em paralelo possibilita-se a pesquisa bibliográfica através

da página web da Escola, na biblioteca do conhecimento on-line, que reúne as principais

editoras de revistas científicas internacionais de modo a oferecer um conjunto vasto de artigos

21

científicos disponíveis. Este serviço pode ser acedido por qualquer membro da comunidade

académica de qualquer lugar fora da escola, com recurso ao VPN, sendo fundamental para

este curso de mestrado, tal como o Moodle e outras facilidades de comunicação e informação.

5. Parcerias

5.1 Parcerias internacionais e nacionais no ciclo de estudos

Os projetos atualmente em desenvolvimento na ESA-IPVC, com uma forte componente

de gestão ambiental, desenvolvimento, planeamento e ordenamento do território, e as

relações institucionais que sustentam com outras entidades, incluindo do tecido institucional e

empresarial da região, conferem uma base alargada de cooperação que permite, não só uma

complementaridade importante na formação dos estudantes, mas é também um fator de

empregabilidade relevante. Esta colaboração alarga-se, ainda, a Instituições de Ensino Superior

com as quais os docentes deste curso mantêm relações estreitas, sustentadas na sua formação

pós-graduada. Entre estas entidades destacam-se o Departamento de Ambiente e

Departamento de Química Ambiental do Instituto Superior de Agronomia, Departamento de

Engenharia Biológica da Universidade do Minho, a Faculdade de Ciências da Universidade do

Porto, a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, a Universidade de Santiago de

Compostela, a Universidade de Vigo, a Universidade de Léon e a Universidade de Reading o

Reino Unido, e outras entidades como a Comunidade Intermunicipal do Vale do Lima, Direcção

Regional de Agricultura do Norte, Direcção Regional do Ambiente e Ordenamento do Território

Norte, Centro de Valorização de Resíduos, Associações Regionais de Desenvolvimento, Águas

do Noroeste, Lipor, Resulima, Valorminho, Gintegral SA, ESRI Portugal, INFOPORTUGAL,

BLOOM. BRISA entre outras. Refira-se que esta colaboração tem saído reforçada, também, por

uma experiência bem-sucedida de intercâmbio de alunos ao abrigo do programa Erasmus, pela

frequência de cursos de pós-graduação de jovens licenciados desta Escola e pela parceria em

projetos no domínio das ciências ambientais.

Destaca-se a elaboração de protocolos específicos de apoio a este curso da ESA com a

LIPOR - “Serviço Intermunicipalizado de Gestão de Resíduos do Grande Porto”, com “Águas do

Noroeste” e com a Gintegral “Gestão Ambiental S. A.” O relacionamento do ciclo de estudos

com o tecido empresarial e o sector público, e com outras entidades decorre também da

realização de visitas de estudo e do relacionamento dos docentes que participam no curso

com entidades externas.

22

A dissertação/projeto/estágio é outra forma de promoção da cooperação

interinstitucional em que colaboram, simultaneamente, alunos, orientadores e entidades

externas em diversos projetos, necessidades e oportunidades concretas que implicam a

mobilização e interatividade entre empresários, docentes, investigadores e alunos. Ao longo

do funcionamento do curso nestes últimos anos verifica-se um reforço considerável das

instituições com que o IPVC apresenta protocolos de colaboração e partilha de recursos e

desafios em diversas fases do curso.

Como evidências das parcerias internacionais no âmbito de projetos, são de destacar as

seguintes:

- TECNOMED: redes e ações de novas tecnologias na floresta mediterrânica; SUDOE Interrreg

III-B; SO2/4.1/E23

- FIRESMART: Forest and land management options to prevent forest fires; FP7 –

ENVIRONMENT IDE Galiza/Norte de Portugal-SI@GNII e SIGNI; INTERREG III [2006-2007];

ID SIGN II/SP1.E197/03 e SIGN/SP1.E55

- BIO_SOS: Biodiversity Multiresource Monitoring System: from Space to species: FP7-SPA-

2010-1-263435

- EcoSensing (Indicators, methods, and protocols for reporting and monitoring the condition of

biodiversity and ecosystems in changing rural landscapes):PTDC/AGR-AAM/104819/2008

- BIOEMPRENDE: Des. Transfronterizo de Empresas Biotecnológicas, Galicia-Portugal

POCTEP [2008-2011]

- BIODIV_GNP (Biodiversidad vegetal amenazada Galicia-Norte de Portugal: conocer,

gestionar e implicar): POCTEP nº 0479_BIODIV_GNP_1_E

- EBONE (European Biodiversity Observation Network): ENV-CT-2008-212322

5.2 Promoção da cooperação interinstitucional

O IPVC tem definido os procedimentos, para a cooperação em projetos I&D, com apoio

da OTIC, cooperação em mobilidade, com coordenação pelo GMCI e para cooperação em

projetos de ensino, coordenado pelas direções da Escola e Presidência. A identificação de

oportunidades para estabelecimento de parcerias para Mobilidade, I&D e Cooperação pode

ser desencadeado pelos órgãos dirigentes do IPVC e das Escolas, por Coordenadores de Curso,

Áreas Científicas, Docentes, Investigadores ou por qualquer colaborador do IPVC. Os contactos

iniciais poderão ser realizados pelos preponentes ou pelo GMCI, que dará conhecimento desta

intenção à Presidência do IPVC. O estabelecimento de parcerias para mobilidade poderá ser

com base em acordos bilaterais entre instituições europeias detentoras da Carta Universitária

Erasmus ou através de acordos com Consórcios de Países Terceiros e/ou do Espaço Europeu.

No âmbito do programa Erasmus o IPVC tem protocolos com as seguintes instituições:

23

CHA Dronten University of Applied Sciences; Has Den Bosh University of Applied

Sciences; Kassel University; Katholieke Hogeschool Zuid-West Vlaanderen; Slovak Agricultural

University in Nitra; Szent István University; Universidad Politécnica de Valencia – ETSIA;

Universidad Politécnica de Valencia – ETSMRE; Universidad Santiago de Compostela;

Universidade de Vigo; Universidade Politécnica de Cartagena; Università Degli Studi Della

Tuscia; Università Degli Studi di Napoli Federico II; Università Degli Studi Di Teramo; Wroclaw

University of Environmental and Life Sciences.

5.3 Relacionamento do ciclo de estudos com as entidades externas

No âmbito das atividades extracurriculares previstas, a Comissão de Curso do MGAOT,

com o envolvimento dos alunos de mestrado, promoveu as 2as Jornadas em Gestão Ambiental

e Ordenamento do Território com vista a:

i. apresentar e discutir temas atuais sobre processos centrais e transversais à

natureza e aos objetivos do Curso de Mestrado por individualidades de reconhecido mérito

académico e profissional;

ii. divulgar publicamente os objetivos, o desenvolvimento e o funcionamento das

atividades promovidas ao longo do MGAOT;

iii. discutir e avaliar a necessidade de competências e as perspetivas de saídas

profissionais nas áreas de gestão ambiental e sustentabilidade territorial.

Realizou-se uma auditoria interna, com a duração de 1 dia, à Venafil – Cleaning and

Gardens, SA, como auditores em treino, no âmbito da UC de Gestão e Auditoria Ambiental,

para cumprimento de requisitos para Certificação como auditor Interno de ambiente pela

APCER.

24

No âmbito da mobilidade é de referir que no ano letivo de 2011/2012 uma aluna do 2º

ano do curso de Mestrado em Gestão Ambiental e Ordenamento do Território estagiou por 4

meses na Universidade de Santiago de Compostela, no Laboratorio do Territorio – Laborate, no

âmbito do Programa de Mobilidade Erasmus, desenvolvendo trabalho com vista à modelação

dos processos de abandono rural e respetivos impactes sobre o meio socio-ecológico no Norte

de Portugal.

Os alunos do mestrado relacionam-se com o tecido empresarial, o setor público e

outras entidades no âmbito das suas atividades também através de visitas de estudo e

trabalhos de que são exemplo: Visita de estudo e seminário na LIPOR; Visita de estudo à

Europac Kraft Viana; Venafil – Cleaning and Gardens, SA; Visita ao Monte de S. Ovídio; Projeto

para Terras de Geraz do Lima; visita à GaiaUrb e PortoVivo; visita de estudo à Serra de Miranda

e Centro de Incubadoras de Empresa INCUBO.

O relacionamento com as entidades externas é ainda evidenciado pelas parcerias que

envolvem docentes da ESA-IPVC em projetos de I&DT com outras instituições nacionais, dos

quais se podem destacar:

- Sistema de Informação e Apoio à Decisão (SI.ADD) da ARH do Norte, do processo de

desenvolvimento e implementação do SIAD da ARH do Norte e apoio na componente

cartográfica dos PGRH. ARH do Norte I.P., IPVC, ESRI, SIG2000, LNEC, CHIMP. [2009-2010]

- LANDCHANGE - Modelação e Previsão da Dinâmica de Sistemas Ecológicos Adaptativos

Complexos em Múltiplas Escalas. FCT; ICETA-Porto – UP; IPBragança; IPVC; UA; UTAD;

CIBIO/ICETA-Porto/UP. Projecto de Investigação Científica e Desenvolvimento Tecnológico,

2010. Referência do projecto: PTDC/AAC-AMB/120452/2010

- PROTEC | GEORISK (Protecção Civil e Gestão de Riscos no Alto Minho): ON2 Operação 01-

03-01-37

- O Património Natural e Cultural como Factor de Desenvolvimento e Competitividade do

Território no Baixo Tâmega) financiado pela Associação de Municípios do Baixo Tâmega

- Projecto “A agro-ecologia e a conservação da biodiversidade em paisagens rurais de elevado

valor natural no concelho de Melgaço”. IPVC e CIBIO. Medida: Gestão Activa de Espaços

Protegidos e Classificados do PO-NOR

- SIMBionN – Sistema de Informação e Monitorização de Biodiversidade do Norte de Portugal,

O 3-2-14-1-1192 [2009-2010]

- Projecto CEI_13584: Compostagem de espécies infestantes, no âmbito do Sistema de

Incentivos à I&DT, integrado no Programa Operacional Temático Fatores de Competitividade

do QREN, 2007-2013, promovido pela Leal & Soares SA com a co-promoção do IPVC e da

Universidade de Coimbra, 2010-2012.

25

6. Pessoal docente e não docente

6.1 Pessoal docente

6.1.1 Distribuição de Serviço Docente

A distribuição de serviço docente encontra-se no quadro 3 e no quadro 4 apresenta-se

o grau académico, categoria, área científica e regime de tempo dos docentes.

QUADRO 4 – Pessoal docente no ano letivo de 2011/2012 Docente Grau

Académico Categoria Área

científica Regime de tempo (%)

UC (*) Lecionadas

Horas letivas

Miguel Brito Doutor Prof. Coord. CVT Integral GRN 14

GRE 8 I&I 30 Cristina Rodrigues Doutor Prof. Adj. CVT Integral ASA 9 PGRH 6 GRE 8 GAA 32 MA 24 Ana Ferráz Doutor Prof. Adj. CVT Integral GRE 24 Isabel Valin Doutor Prof. Adj. CVT Integral PGRH 13 MA 8 GRN 6 Joaquim Alonso Mestre Prof. Adj. CVT Integral DOT 32 GRN 16 SIIG 33 I&I 20 Cláudio Paredes Mestre Assistente CVT Integral CDDR 45 SIIG 17 Jorge Agostinho Doutor Prof. Adj. CVT Integral ASA 9 PGRH 13 Isabel Mourão Doutor Prof. Coord. CVT Integral ASA 14 Raul Rodrigues Doutor Prof. Adj. CVT Integral ASA 7 Fenando Nunes Doutor Prof. Adj. CEE Integral DOT 6 Joana Nogueira Mestre Assistente ECS Integral DOT 6 António Cardoso Doutor Prof. Adj. ECS Integral DOT 6 J. Pedro Araújo Doutor Prof. Adj. CVT Integral GRN 8 Marinho Cardoso Doutor Prof. Adj. CVT Integral GRN 6 José Carlos Santos Doutor Prof. Adj. CEE Integral PRU 20 Mário Tomé (ESTG-IPVC) Doutor Prof. Adj. CET Integral MA 8 João Honrado (FC-UP) Doutor Prof. Auxiliar (**) Integral ASA 6 Rui Marçal (ISA-UTL) Doutor Prof. Assoc. (**) Integral PGRH 8 Rui Cortes (UTAD) Doutor Prof. Catedr. (**) Integral PGRH 5 Filipa Corais (CM Braga) Licenc. (Arquiteta) (**) PRU 25 Auditores (APCER) Licenc. (Auditores) (**) GAA 18

Legenda: CVT – Ciências da Vida e da Terra; CEE – Ciências Económicas e Empresariais; ESC – Educação e Ciências Sociais; CET – Ciências da Engenharia e Tecnologias; (*) As siglas das UCs correspondem às utilizadas no quadro 3; (**) Docentes convidados

6.1.2 Número de docentes do CE a tempo integral: 19

26

6.1.3 % de docentes do CE a tempo integral: 90%

6.1.4 Número de docentes do CE a tempo integral, com ligação a instituição há mais de 3 anos: 16

6.1.5 Percentagem dos docentes em tempo integral com uma ligação à instituição por um período superior a três anos: 100%

6.1.6 Número de docentes em tempo integral com grau de doutor: 16

6.1.7 Percentagem de docentes em tempo integral com grau de doutor: 84%

6.1.8 Número de docentes em tempo integral com o título de especialista

Um docente considerado especialista em Sistemas de Informação Geográfica, nos termos do

Artigo 22.º do Decreto-Lei n.º 74/2006 de 24 de Março.

6.1.9 Percentagem de docentes em tempo integral com o título de especialista

6.1.10 Número (ETI) de docentes do ciclo de estudos inscritos em programas de doutoramento há mais de um ano: 3

6.1.11 Percentagem dos docentes do ciclo de estudos inscritos em programas de doutoramento há mais de um ano: 16%

6.1.12 Número (ETI) de docentes do ciclo de estudos não doutorados com grau de mestre (pré-Bolonha): 3

6.1.13 Percentagem dos docentes do ciclo de estudos não doutorados com grau de mestre (pré-Bolonha): 16%

6.2 Pessoal não docente de apoio ao ciclo de estudos

6.2.1 Número e regime de dedicação do pessoal não docente afeto à lecionação do ciclo de estudos.

A implementação dos novos Estatutos do IPVC conduziu a uma reestruturação

transversal, com a centralização nos Serviços Centrais dos seguintes serviços: Direção de

Serviços Administrativos e Financeiros, Direção de Serviços informáticos, Divisão de Serviços

Técnicos, Divisão de Serviços Académicos, Divisão de Recursos Humanos, Gabinete de

27

Comunicação e Imagem, Gabinete de Mobilidade e Cooperação Internacional, Gabinete de

Avaliação e Qualidade e a OTIC.

A Escola inclui vários serviços para apoio das suas atividades de ensino, com pessoal

não docente devidamente qualificado, nomeadamente: laboratórios, serviços de informática e

de informação geográfica, serviços agrários, serviços de documentação e serviços académicos.

Não existe qualquer funcionário não docente dedicado exclusivamente a este curso contudo

recorre-se sempre que necessário aos serviços da Escola para apoio das suas atividades de

ensino.

6.2.2 Qualificação do pessoal não docente de apoio à lecionação do ciclo de estudos

Apesar do pessoal não docente ser afeto ao conjunto dos cursos e não a cada curso,

existem funcionários qualificados nos serviços de documentação, serviços analíticos e serviços

informáticos que satisfazem a necessidade do curso.

6.2.3 Avaliação do desempenho

A Avaliação do Pessoal Não Docente é feita através do SIADAP. O SIADAP é o modelo

de avaliação global que permite implementar uma cultura de gestão pública, baseada na

responsabilização dos trabalhadores relativamente à prossecução dos objetivos fixados para o

avaliado, por UO e Serviço. Posteriormente, a harmonização das propostas de avaliação é

efetuada através da reunião do Conselho Coordenador de Avaliação. A avaliação decorre

através de preenchimento de ficha de autoavaliação e posterior ficha de avaliação preenchida

em reunião entre o avaliador e o avaliado. Esta avaliação é objeto de parecer por parte da

Comissão Paritária para a Avaliação. As avaliações são homologadas pelo Presidente do IPVC,

com o conhecimento do Avaliado.

7. Estudantes

7.1 Caracterização dos estudantes

7.1.1 Caracterização genérica dos estudantes

Os estudantes incluem uma maior percentagem do género feminino do que do género

(Quadro 5). Mais de dois terços dos estudantes possuem uma idade superior a 28 anos e

apenas 14% têm menos de 23 anos (Quadro 6). Todos os estudantes residem nos distritos da

região Norte (Quadro 7), sendo dois alunos de origem e residência permanente Brasileira.

28

QUADRO 5 - Distribuição dos estudantes por género

Género %

Masculino 40

Feminino 60

QUADRO 6 - Distribuição dos estudantes por idade

Idade %

Até 20 anos

20-23 anos 14

24-27 anos 17

28 e mais anos 69

QUADRO 7 - Residência dos estudantes Região %

Norte 100

Centro

Lisboa

Alentejo

Algarve

Ilhas

QUADRO 8 - Escolaridade dos Pais Escolaridade dos Pais %

Superior

Secundário

Básico 3

Básico 2

Básico 1

QUADRO 9 - Situação Profissional dos Pais

Situação Profissional dos Pais %

Empregados

Desempregados

Reformados

Outros

QUADRO 10 - Número de estudantes por ano curricular

Ano Curricular N.º Alunos

29

7.1.2 Procura do ciclo de estudos

Caracterização da procura do ciclo de estudos por parte dos potenciais estudantes nos últimos

3 anos.

Na primeira edição do curso de mestrado (iniciada no ano letivo de 2009/2010)

inscreveram-se 25 alunos no primeiro ano do curso mais 6 alunos que transitaram para o

segundo ano por estarem habilitados com a pós-graduação em Gestão Ambiental e

Ordenamento do Território (Quadro 11) e que terminaram no ano de 2009, com sucesso, a

unidade curricular de Investigação e Inovação, tendo iniciado, entretanto, as suas

dissertações/projetos de Mestrado.

Na segunda edição do mestrado (iniciada no ano letivo de 2010/2011) Inscreveram-se

21 alunos no primeiro ano do curso mais 1 aluno que transitou para o segundo ano por estar

habilitado com a Pós-Graduação em Gestão Ambiental e Ordenamento do Território e que

terminou no ano de 2010, com sucesso, a unidade curricular de Investigação e Inovação tendo

iniciado, entretanto, a sua dissertação/projeto de Mestrado.

No ano letivo de 2010/2011 encontravam-se 21 alunos inscritos no 2º ano dos quais 20

alunos apresentaram planos de dissertação/projeto e 21 alunos inscritos no 1º ano.

Na terceira edição do mestrado (iniciada no ano letivo de 2011/2012 ) inscreveram-se

15 alunos no 1º ano do curso e 14 alunos do 2º ano do curso entregaram as suas

dissertações/projetos.

QUADRO 11 - Procura do ciclo de estudos por parte dos estudantes nos últimos 2 anos

Curso 2009/10 2010/11 2011/12

N.º de Vagas 25 25 25

N.º de Candidatos 38 22 24

N.º de Candidatos 1.ªOpção 38 22 24

N.º de Colocados 25+6* 21+1* 15

N.º de Colocados 1.ª opção 25+6* 21+1* 15

Nota Mínima de entrada Nota média de Entrada *Alunos habilitados com o curso de pós-graduação em GAOT.

Os estudantes das primeiras duas edições deste mestrado frequentaram cursos do

primeiro ciclo em diferentes estabelecimentos de ensino superior, designadamente, Instituto

Superior de Engenharia do Porto, Academia Militar, Universidade de Aveiro, Universidade

Católica do Porto, Universidade de Coimbra, Universidade de Évora, Universidade do Minho,

30

Universidade do Porto, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Escola Superior Agrária

de Ponte de Lima, Escola Superior Agrária de Santarém, Escola Superior Agrária de Viseu e

Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viana do Castelo.

Os estudantes das primeiras duas edições deste mestrado incluíram profissionais de

engenharia agronómica, engenharia do ambiente, engenharia florestal, engenharia civil,

arquitetura, geografia, geografia e planeamento, sistemas de informação geográfica, biologia,

design de ambientes, design paisagista, e desenvolvimento rural.

Na terceira edição do mestrado (iniciada em 2011/2012) frequentaram cursos do

primeiro ciclo em diferentes estabelecimentos de ensino superior, designadamente, ESA-IPVC,

UTAD, IP Portalegre, Universidade de Lisboa, Universidade do Porto, Centro Universitário

Metodista Bennett, ESG-Escola Superiror Gallaecia, Universidade Estácio de Sá e Universidade

do Minho, e incluíram profissionais de Biotecnologia, Engenharia Zootécnica, Engenharia do

Ambiente, Engenharia do Ambiente, Engenharia Industrial e da Qualidade, Engenharia

Florestal, Engenharia Agronómica, Ecologia e Paisagismo, Direito e Biologia Aplicada.

7.2 Ambiente de ensino/aprendizagem

7.2.1. Estruturas e medidas de apoio pedagógico e de aconselhamento sobre o

percurso académico dos estudantes

Os estudantes encontram apoio pedagógico junto da Coordenação de Curso e dos

docentes, estando definido um horário de atendimento para o efeito. O Conselho Pedagógico

da Escola e o Conselho Académico do IPVC, são estruturas onde os estudantes estão

representados e que permitem discutir a orientação pedagógica, apreciar queixas relativas a

falhas pedagógicas e propor providências necessárias. O IPVC possui um Gabinete de

Mobilidade e Cooperação Internacional que presta apoio e aconselhamento aos estudantes ao

nível da mobilidade internacional.

A principal estrutura de apoio aos estudantes é a Comissão de Curso que acompanha o

percurso de cada estudante e presta apoio em todas as questões de caracter coletivo ou

individual que permitam ao estudante ter sucesso no seu percurso académico.

7.2.2 Medidas para promover a integração dos estudantes na comunidade académica

O IPVC produz um Guia de Acolhimento ao estudante, possui uma Oficina Cultural, um

Gabinete de Saúde e um Centro Desportivo que existem para o fomento da cultura, desporto e

saúde e para a integração dos seus estudantes no ambiente académico. Anualmente, são

31

ainda promovidas atividades extracurriculares que estimulam a participação na comunidade

académica. As Associações e a Federação Académica, em articulação com o Provedor do

Estudante, têm como função a defesa dos interesses dos estudantes e a sugestão de ações de

melhoria das condições de ensino e de estímulo da participação na comunidade. O Dia do

IPVC, Dia da Escola, Semana de Receção ao Caloiro, Semana Académica e Semanas Culturais

são eventos, também, promovidos com essa finalidade. Estas medidas são monitorizadas

através dos inquéritos de satisfação da qualidade de ensino, sendo os resultados considerados

para avaliação das medidas implementadas e para a definição de ações de melhoria.

7.2.3 Estruturas e medidas de aconselhamento sobre as possibilidades de

financiamento e emprego

A UNIVA – Unidade de Inserção na Vida Ativa do IPVC, em articulação com a OTIC,

presta aconselhamento ao nível do financiamento a projetos de investimento e à criação do

autoemprego durante e após a conclusão da formação. O empreendedorismo é efetivamente

uma das capacitações que se pretende incutir aos estudantes, nomeadamente através de

concursos de ideias (Poliempreende e Star Up Program). O IPVC possui ainda uma bolsa de

emprego online onde são publicitadas ofertas de emprego ao público em geral e aos

estudantes do IPVC em particular. Através dos Serviços de Ação Social os alunos candidatam-

se a bolsas de estudo que são concedidas com base nas regras definidas pela tutela para o

efeito. Paralelamente, o IPVC criou a Bolsa de Colaboradores Bolseiros, iniciativa que visa

reforçar as condições para o desenvolvimento da oferta de atividades profissionais em tempo

parcial pela instituição aos estudantes, em condições apropriadas ao desenvolvimento

simultâneo da sua atividade académica.

Na UC de Investigação e Inovação são desenvolvida as temáticas relacionadas com a

inovação, a gestão do conhecido, o registo e gestão das diversas formas da propriedade

intelectual como base para os processos/projetos de empreendedorismo. Em simultâneo

exploram-se estudos de caso e promove-se o desenvolvimento de propostas de iniciativas

empreendedoras e da respetiva análise da viabilidade/sustentabilidade.

7.2.4 Utilização dos resultados de inquéritos de satisfação dos estudantes na melhoria

do processo ensino/aprendizagem

Semestralmente é promovido o Inquérito de Avaliação da Satisfação da Qualidade de

Ensino (IASQE). Neste instrumento de auscultação, os estudantes são convidados a se

pronunciar sobre questões relacionadas com o curso, funcionamento das UC’s e desempenho

32

dos docentes. Deste processo resulta um relatório que é comunicado às Escolas, Áreas

Científicas, Docentes e Estudantes, analisado ainda no Conselho Pedagógico e onde se podem

aferir os resultados com base nos quais são definidas medidas de melhoria do processo de

ensino/aprendizagem. São ainda consideradas as reclamações e sugestões apresentadas pelos

Estudantes no âmbito do ciclo de estudo. Complementarmente, é realizado um inquérito anual

aos utilizadores das bibliotecas. A informação resultante do processo de auscultação dos

estudantes é analisada no âmbito do Relatório Anual de Curso. Estes resultados são

considerados para o processo de avaliação do desempenho docente. É elaborado ainda um

inquérito aos estudantes ERASMUS que é analisado pelos cursos em que há mobilidade.

7.2.5 Estruturas e medidas para promover a mobilidade, incluindo o reconhecimento

mútuo de créditos

O Gabinete de Mobilidade e Cooperação Internacional e o Gabinete de Estudos e

Educação para o Desenvolvimento do IPVC funcionam atualmente com diversos programas

(ERASMUS Mobilidade, ERASMUS Mundus, Leonardo da Vinci, Comenius, EILC e projetos de

cooperação com os PALOP), a vários níveis e em vários âmbitos, promovendo a dimensão

internacional nos estudos e o fomento da mobilidade dos estudantes, docentes e não

docentes no ensino superior. Este serviço é transversal a toda a instituição e serve todos os

ciclos de estudo. Como instrumento para a equivalência de créditos é celebrado um plano de

equivalência (learning agreement) que define o plano de estudos a frequentar em mobilidade

para o aluno, nacional ou estrangeiro. Outras competências obtidas pelo estudante em

mobilidade, para além do plano de estudos definido, são objeto de reconhecimento de

créditos através do Suplemento ao Diploma.

7.2.6 Ambiente de aprendizagem

Na sociedade da aprendizagem e do conhecimento, as metodologias de ensino e o

aluno devem privilegiar a definição de competências numa matriz de mudanças constantes ao

nível tecnológico, metodológico e de gestão organizacional. Os temas e os métodos

pretendem que os alunos dominem conceitos e aspetos teóricos, para desenvolver

capacitações em aplicações práticas, conceber projetos, produtos e serviços, conduzir

processos, definir sistemas de gestão e organização em paralelo, ao desenvolvimento de

capacidades de comunicação e atitudes de investigação e inovação.

A adoção de um novo modelo de ensino-aprendizagem em que o aluno passa a ter um

papel nuclear, traduziu-se em mudanças expressivas nos métodos pedagógicos e na

33

organização das aulas. A componente letiva de cariz teórico diminuiu, adotando-se com maior

expressão o formato teórico-prático e prático e promovendo-se um maior trabalho do aluno

fora do ambiente de aula.

Pretendeu-se uma abordagem em que se valorizou a interação docente/discente e o

trabalho centrado no aluno. A missão dos docentes passou assim por ensinar a pensar, a fazer,

e a saber fazer, para além de fomentar a transferência de conhecimento, tendo como principal

objetivo uma aprendizagem centrada no aluno, baseada no trabalho em equipa, no

desenvolvimento da iniciativa e da criatividade, no aumento das capacidades de comunicação,

do trabalho de grupo, da partilha de tarefas, da gestão de conflitos e da comunicação

individual e em grupo.

A evolução dos métodos e ferramentas de ensino conduziu ao aparecimento de novos

meios de comunicação entre o professor e o aluno. Neste contexto, a internet e os recursos

informáticos ocupam uma posição cimeira. O meio de comunicação com maior procura é a

plataforma de ensino à distância e-learning (Moodle), sendo utilizada em todas as unidades

curriculares. No Moodle encontra-se um espaço reservado a cada unidade curricular onde o

docente pode, entre outras funções, disponibilizar informação (diapositivos das aulas,

exercícios propostos e resolvidos, referências bibliográficas, links, entre outros) importante

como suporte ao estudo do aluno. A utilização de software como complemento de cálculo, de

motores de pesquisa e de bases de dados online passou a ser uma prática corrente num vasto

leque de unidades curriculares, bem como a exposição de fundamentos teóricos com recurso a

diapositivos e vídeos. Com este conjunto de ferramentas e metodologias pretendeu-se cativar

a atenção do aluno, motivá-lo ao estudo, à apreensão de conceitos e competências e torná-lo

mais pragmático.

Associado a estas novas metodologias de ensino/aprendizagem encontra-se o tipo de

avaliação, que deixou de se basear num único momento de avaliação, usualmente no final do

semestre e em período de exames (avaliação final). A avaliação das unidades curriculares do

curso passou, no geral, a decorrer ao longo do semestre, no período letivo (avaliação contínua)

e/ou a ter também um momento de avaliação fora do período de aulas (avaliação final).

O plano curricular encontra-se centrado na aprendizagem e no espírito crítico do

aluno, valorizando a inovação, a investigação, o espírito de equipa e o empreendedorismo;

estimulando a curiosidade, a capacidade de análise e de síntese, as perspetivas

interdisciplinares, a independência de julgamento, os valores éticos e sociais muito mais do

que a mera aquisição de informação e fornecimento de factos.

As metodologias de estudo são adequadas em função das especificidades de cada

unidade curricular sendo fortemente suportadas em estudos de casos discutidos de forma

34

participativa entre os estudantes. Em acréscimo, ao longo do curso de Mestrado estimula-se o

trabalho de pesquisa, leitura, análise e síntese por parte do estudante, conferindo-lhe

competências que lhe permitam uma aprendizagem ao longo da vida, com elevado grau de

autonomia. Inclui-se, ainda, a realização de visitas de estudo que servem de ponte entre os

conteúdos programáticos e a realidade empresarial, institucional e territorial, enquanto a

organização de seminários/palestras com investigadores ou especialistas convidados, tem o

objetivo de dinamizar o intercâmbio de conhecimentos técnico-científicos.

Assim, entende-se que a organização do ciclo de estudos e as metodologias de ensino

adotadas contribuem para a formação de um Mestre em Gestão Ambiental e Ordenamento do

Território que possui conhecimentos e capacidade de compreensão que lhe permitam por um

lado desenvolver e aprofundar os conhecimentos obtidos ao nível do 1º ciclo, e por outro

permitem e constituem a base de desenvolvimentos e/ou aplicações originais, em muitos

casos em contexto de investigação. Paralelamente tem a capacidade para i) aplicar

conhecimentos e resolver problemas em situações novas, em contextos alargados e

multidisciplinares; ii) integrar conhecimentos, lidar com questões complexas, desenvolver e

avaliar soluções nas suas várias dimensões; iii) comunicar eficazmente as conclusões,

conhecimentos e raciocínios a elas subjacentes; e iv) aprender por si próprio reconhecendo a

importância da formação ao longo da vida.

O desenvolvimento curricular foi sistematicamente avaliado através de provas escritas

e apresentações orais, trabalhos práticos e projetos, individuais e de grupo, culminando na

apreciação e discussão pública da dissertação, do trabalho de projeto individual, ou do

relatório de estágio, por um júri nomeado para o efeito. A orientação tutória foi adotada em

todas as unidades curriculares para permitir um apoio individualizado ao estudante.

8. Processos (Formação)

8.1 Objetivos de aprendizagem

O objetivo principal do mestrado em Gestão Ambiental e Ordenamento do Território,

como já referido, é capacitar técnicos com domínios de natureza técnico-científica, ao nível do

segundo ciclo de estudos do ensino superior, para a promoção, a gestão e a avaliação da

sustentabilidade dos sistemas ambientais e dos sistemas territoriais. Os objetivos específicos

de aprendizagem em cada unidade curricular são os seguintes.

A unidade curricular de Análise de Sistemas Ambientais tem por objetivo contribuir

para o processo de decisão sobre os diversos sistemas ambientais, a partir da identificação e

caracterização das suas componentes naturais: ar, solo, água e biodiversidade e da avaliação

35

das interações destas componentes, incluindo a intervenção do homem. As competências

adquiridas permitirão aos alunos identificar e selecionar indicadores ambientais relevantes

para medir ou estimar o estado de desenvolvimento do ambiente, bem como avaliar o estado

do ambiente a nível global e local.

A unidade curricular de Cartografia Digital e Deteção Remota tem como objetivos

capturar informação cartográfica, estruturar e organizar um projeto de Sistemas de

Informação Geográfica; realizar processamentos prévios à informação proveniente de imagens

aérea e/ou espaciais; realizar correções de ordem radiométrica e geométrica nas imagens;

extrair dados através de processamento e classificação automática de imagem, seja por

métodos rígidos ou métodos orientados a objetos; aplicar métodos de avaliação e gestão da

qualidade dos dados espaciais; elaborar saídas gráficas através de ferramentas disponíveis nos

softwares a utilizar.

A unidade curricular de Desenvolvimento e Ordenamento do Território visa

compreender e integrar diferentes conhecimentos e experiências interdisciplinares assim

como, conceitos e teorias de Desenvolvimento e do Ordenamento do Território; estudar,

debater e avaliar de forma critica os modelos, os instrumentos e as práticas do

desenvolvimento desde a escala global, à escala nacional, regional e local; identificar,

caracterizar e interagir com os atores e as políticas de desenvolvimento regional no quadro da

definição e avaliação de modelos de governança, coesão, promoção e competitividade

territorial; determinar e avaliar os fatores de desenvolvimento, de vulnerabilidade e riscos

sociais, económicas e ambientais e das regiões e dos locais no quadro do desenvolvimento

estratégico, da definição e avaliação de modelos de governança territorial; estudar e analisar o

percurso, a diversidade e as opções nacionais e regionais no quadro do Programa Nacional da

Política de Ordenamento do Território (PNPOT); desenvolver capacidade de análise contextual,

construir ou utilizar modelos conceptuais, políticos e instrumentais de suporte a planos e

projetos com base no domínio das dimensões, componentes e fases do processo de

planeamento; organizar modelos e implementar sistemas de informação que permitam

conhecer e monitorizar a complexidade da realidade os sistemas territoriais assim como,

desenvolver instrumentos de promoção territorial.

A unidade curricular de Gestão de Recursos Naturais tem como objetivos identificar a

diversidade dos recursos naturais existentes, avaliar a sua importância ambiental e económica,

estudar e aplicar modelos e instrumentos de planeamento e de gestão integrada destes

recursos; gerir de forma equilibrada os recursos naturais de acordo com as necessidades

humanas, promovendo a exploração sustentável destes recursos, integrando os elementos e

36

os parâmetros de qualidade do ambiente, os recursos genéticos, a vida selvagem, a qualidade

da paisagem e os bens culturais.

A unidade curricular de Gestão de Resíduos e Efluentes tem por objetivos classificar e

caracterizar resíduos, efluentes líquidos e gasosos de acordo com as suas fontes,

características químicas, físicas e biológicas. Elaborar e implementar planos de gestão de

resíduos e efluentes de acordo com os diplomas legais aplicáveis. Compreender e implementar

as principais tecnologias de tratamento e valorização de resíduos e efluentes. Avaliar e aplicar

os princípios da prevenção e controlo integrado da poluição.

A unidade curricular de Sistemas e Infraestruturas de Informação Geográfica visa

estudar as componentes e o enquadramento conceptual dos SIG no quadro prospetivo de

evolução previsível das Ciências e Tecnologias da Informação Geográfica (C&TIG) assim como,

os modelos alternativos de representação espacial, de estruturas e modelos de gestão de

bases de dados espaciais; compreender a dimensão temporal dos dados espaciais e a respetiva

exploração na perspetiva da investigação-ação ou na geração aplicações multimédia e

realidade virtual; desenvolver conhecimentos sobre as técnicas e os métodos e técnicas de

análise espacial em particular na definição das relações dos elementos naturais e humanos no

espaço e tempo; desenvolver modelos e experimentar modelos de análise espacial no quadro

da modelação de sistemas socio-ecológicos ou da implementação de sistemas de suporte à

decisão; conceber, implementar e acompanhar projetos de desenvolvimento de SIG temáticos,

institucionais ou territoriais; analisar as componentes técnicas e humanas que contribuem

para a disponibilidade, a acessibilidade e a mobilidade dos dados espaciais, através das

tecnologias e das normas associados aos dados e processos; estudar as IDE a partir da natureza

e das relações das diversas componentes mas também, da exploração de produtos e serviços

associados à decisão e informação técnico-política em ações de exploração das diversas

componentes que enfatizam a gestão territorial.

A unidade curricular de Planeamento Rural e Urbano visa compreender a dinâmica dos

processos de urbanização em Portugal; interpretar a sustentabilidade como conceito e como

meta para o futuro do sistema urbano; compreender o processo de planeamento territorial

incluindo as suas dimensões estratégica e física; conhecer o sistema de planeamento em

Portugal, instrumentos (com destaque para o nível local), as suas componentes e restrições e

ainda diferentes políticas territoriais; aprender métodos de planeamento de território, no

domínio da elaboração, implementação e avaliação de Planos, através de trabalhos práticos.

A unidade curricular de e Gestão de Recursos Hídricos tem por objetivos a avaliação

quantitativa e qualitativa das disponibilidades, usos e necessidades de água, para planeamento

e gestão dos recursos hídricos: no âmbito da elaboração e revisão dos planos de bacia

37

hidrográfica, planos diretores municipais, planos de ordenamento de albufeiras e outros; o

planeamento e gestão de aproveitamentos hidroagrícolas: execução de planos de exploração

dos aproveitamentos, incluindo aquíferos, albufeiras e rede de distribuição; a gestão do

domínio hídrico: determinação de áreas inundáveis, regularização das linhas de água e,

tratamento de margens; monitorização e tratamento de informação hidrometeorológica e da

qualidade dos recursos hídricos; avaliação e gestão de situações hidrológicas extremas: secas,

cheias e sobre-exploração de aquíferos; avaliação de impactes ambientais decorrentes da

intervenção no meio hídrico; e o estudo de redes de abastecimento municipal.

A unidade curricular de Gestão e Auditoria Ambiental tem como objetivos dotar os

estudantes de conhecimentos sobre os documentos legais, nacionais e europeus, mais

relevantes, em matéria de Ambiente, nos vários domínios da Gestão Ambiental; proporcionar

os conhecimentos necessários para a implementação e certificação de Sistemas de Gestão

Ambiental e para a realização de auditorias ao SGA; e contribuir para a qualificação dos

estudantes como Auditor Interno de Ambiente, pela APCER – Associação Portuguesa para a

Certificação.

A unidade curricular de Modelação Ambiental visa compreender os princípios básicos

da modelação de processos ambientais, assim como os principais fatores e limitações

inerentes ao desenvolvimento de modelos; conhecer os princípios básicos de recolha e análise

de dados para calibração e validação de modelos; adquirir os conhecimentos teóricos e

práticos necessários para a utilização de modelos como ferramenta de apoio à decisão em

gestão ambiental, dando particular ênfase ao ordenamento do território.

A unidade curricular de Investigação e Inovação tem por objetivo introduzir as teorias

de decisão estatística na análise e interpretação de resultados; apresentar as regras

elementares de delineamento experimental para a condução de ensaios; e utilizar pacotes

estatísticos para tratamento e análise estatística dos dados. No que respeita à inovação tem

como objetivo avaliar e desenvolver modelos de formação e difusão do conhecimento,

projetos de inovação tecnológica e de formação de estruturas de negócio, produtos e serviços

no quadro da sociedade e da economia do conhecimento. Outro objetivo desta unidade

curricular é fornecer ao estudante conhecimentos que o auxiliem a elaborar uma dissertação

de natureza científica, um trabalho de projeto ou um relatório de estágio de natureza

profissional, consoante os objetivos específicos visados.

38

8.2 Carga média de trabalho necessária aos estudantes e sistema de avaliação

O Mestrado em Gestão Ambiental e Ordenamento do Território estrutura-se em

quatro semestres, perfazendo um total de 120 ECTS. O cálculo e atribuição de ECTS às várias

unidades curriculares, integrantes de determinada área científica, assentaram nos princípios

gerais definidos no Decreto-Lei nº 42/2005, de 22 de Fevereiro. Neste cálculo considerou-se

ainda o peso da matéria disciplinar de cada unidade curricular, avaliada em função das

competências a adquirir ao longo da sua frequência, e também a forma como é assegurada a

aprendizagem por parte do aluno de acordo com os princípios preconizados pelo Processo de

Bolonha.

O cálculo de ECTS das novas unidades curriculares baseou-se nas seguintes

considerações:

1. O tempo de trabalho anual dos alunos (1620 horas) realiza-se em 40 semanas:

a) Cada semestre (30 ECTS) corresponde portanto a 810 horas de trabalho, distribuído

por 20 semanas.

b) Um ECTS corresponde a 810/30 = 27 h de trabalho do estudante.

2. Adota-se um calendário escolar semestral, com 20 semanas/semestre, sendo 15

semanas letivas e 5 semanas para a preparação de avaliações, completar trabalhos e

relatórios, preparação de apresentações orais, seminários, etc.

3. As Horas de Contacto (HC) subdividem-se em ensino Teórico (T); Teórico-Prático

(TP); Seminário (S); Prático e laboratorial (PL); Trabalho de Campo (TC); Orientação Tutorial

(OT).

4. Estimativa de workload do estudante foi feita com base na experiência dos docentes

responsáveis pelas unidades curriculares. Considera-se, neste ponto, um aumento do número

de horas de trabalho individual por hora de contacto relativamente à licenciatura, justificado

pela maior profundidade e especificidade com que os conteúdos programáticos serão

abordados e no maior detalhe exigido nos trabalhos. Daí que nesta proposta o número de

horas de contacto é inferior ao número de horas de trabalho individual do estudante. O

número créditos de cada unidade curricular encontra-se no quadro 2 deste relatório e

fundamenta-se de acordo com as necessidades das unidades curriculares.

A visão e a orientação estratégica deste ciclo de estudos regem a organização, o

funcionamento e as metodologias de ensino e de aprendizagem, incluindo a avaliação. Os

objetivos e as capacitações implícitas a este curso de mestrado implicam uma forte

coordenação entre alguns temas e exercícios de carácter horizontal ou vertical entre as

diversas unidades curriculares, na perspetiva do aprofundamento ou integração do

39

conhecimento, respetivamente. O curso de Mestrado segue os princípios orientadores de

Bolonha, designadamente no que respeita à cooperação e responsabilização docente/discente

e à formação ao longo da vida.

A avaliação de conhecimentos e competências é efetuada de acordo com o sistema de

avaliação que consta em cada unidade curricular (UC), apresentada aos alunos no início das

mesmas, respeitando os aspetos que se seguem:

a) Todos os elementos de avaliação previstos e os respetivos contributos para a

classificação final são mencionados e discutidos no início de cada unidade curricular;

b) Os elementos de avaliação incluem provas escritas e/ou orais, trabalhos individuais ou

de grupo, que podem ser escritos, orais ou experimentais, trabalhos de campo ou

laboratoriais com relatório, projetos ou seminários, e a apresentação de comunicações

orais na sala de aula;

c) O acesso à avaliação final pode ser condicionado pela aprovação a um ou mais

elementos de avaliação a realizar ao longo do período letivo, que incida sobre matérias

consideradas fundamentais para a aquisição de competências, e que não possam ser

devidamente obtidas mediante avaliação final;

d) A avaliação será sempre individual, mesmo quando entre os elementos a apreciar

existirem trabalhos de grupo;

e) A aprovação a uma unidade curricular implica a obtenção de uma classificação mínima

de 10 valores a todos os elementos de avaliação previstos.

Para todas as unidades curriculares há uma época de avaliação final, que se segue ao

período letivo do módulo em que se insere a UC, e uma época especial de finalistas, para

obtenção de aprovação ou melhoria de classificação, a decorrer em Setembro.

A classificação da avaliação, a publicação da classificação, a melhoria da classificação e

a revisão de provas é efetuada de acordo com o Artigo 14º, o Artigo 15º, os pontos 1 ao 4 do

Artigo 16º, e o Artigo 17º do Regulamento de Avaliação de Conhecimentos e Transição de Ano

dos Cursos de Licenciatura. Aos alunos que completam os 60 ECTS do 1º ano do plano de

estudos apresentado no Quadro 2, pode ser emitido um Certificado de Pós-graduação em

Gestão Ambiental e Ordenamento do Território. A classificação final corresponde à média das

classificações obtidas nas unidades curriculares do ciclo de estudos, ponderada pelo de

créditos ECTS de cada unidade curricular, de acordo com a seguinte equação:

60_

ii

GAOTPG

ECTSUC

C

40

em que : CPG_GAOT é a classificação final da Pós-graduação em Gestão Ambiental e

Ordenamento do Território; UCi é a classificação de cada unidade curricular i; e ECTSi é o

número de créditos ECTS de cada unidade curricular i.

Aos alunos que completam, para além dos 60 ECTS do 1º ano do curso, os 60 ECTS,

referentes ao 2º ano do curso, que inclui a realização da Dissertação/Projeto/Estágio (Quadro

1) é emitido o diploma do grau de Mestre em Gestão Ambiental e Ordenamento do Território.

A classificação final do curso de mestrado é calculada pela média ponderada com base nos

ECTS, arredondada às unidades, das classificações obtidas nas unidades curriculares que

integram o respetivo plano de estudos e na dissertação/projeto/estágio.

8.3 Integração dos estudantes na investigação científica

Os estudantes são integrados na investigação científica desde o início do curso através

dos temas que abordam com os docentes nas diferentes unidades curriculares e do incentivo

dado à pesquisa bibliográfica, à análise de resultados e ao planeamento de atividades. No

início do 2º ano, o curso atribui competências específicas para a investigação através da

unidade curricular de Investigação e Inovação. Nesta unidade curricular os estudantes devem:

i) compreender a importância e os processos da investigação, e as formas da comunicação

científica; ii) introduzir as teorias de decisão estatística na análise e interpretação de

resultados; iii) apresentar as regras elementares de delineamento experimental e condução de

ensaios; iv) entender as relações entre a investigação, a inovação e geração de novas

economias. No final desta unidade curricular os alunos devem ficar competentes para: i) o uso

de pacotes informáticos de tratamento e análise estatística de dados; ii) elaborar uma

dissertação de natureza científica, trabalho de projeto ou relatório de estágio de natureza

profissional; iii) conceber, desenvolver e avaliar modelos de criação e difusão do

conhecimento; iv) desenvolver projetos de inovação tecnológica, de novas entidades, de

produtos e serviços, no âmbito da sociedade e da economia do conhecimento.

Os estudantes integram-se com maior robustez na investigação científica através dos

trabalhos que desenvolvem durante a dissertação/projeto/estágio que realizam no 2º ano do

curso, recorrendo aos sistemas informáticos e de pesquisa bibliográfica, aos sistemas de

informação geográfica, e aos laboratórios da ESA, mas também, com o apoio de investigadores

e recursos de outras entidades onde trabalham ou estagiam.

Os temas tratados (e os locais de trabalho) na Dissertação/Projeto/Estágio dos alunos

inserem-se nos objetivos do curso e incluem entre os alunos que se inscreveram para este

efeito no ano de 2010 e no ano de 2011, os seguintes:

41

Inscritos em 2010

Impacte da exploração de pedreiras na qualidade da água do Ribeiro de Manco, por

análise da comunidade de macroinvertebrados bentónicos (Aquamuseu do Rio Minho – VN

Cerveira);

Definição de metodologias para a elaboração de cartografia de Habitats com imagens

de satélite. Contributo para o projeto BIOSOS / Biodiversity-Multi-source Monitoring System

(Faculdade de Ciências da Universidade do Porto);

As bases de dados e os modelos espaciais na gestão dos recursos genéticos: proposta

de modelos de distribuição espacial de espécies raras e domésticas (Banco Nacional de

Gemoplasma-INRB, Braga);

A avaliação das dinâmicas do uso do solo no planeamento de redes ecológicas

(LABORATE da Universidade de Santiago de Compostela, Espanha);

A interoperabilidade de dados geográficos em SIG para o planeamento e gestão de

recursos hídricos (Administração de Região Hidrográfica do Norte-ARH Norte);

Compostagem de espécies invasoras de Acacia longifolia e Acacia melanoxylon (ESA-

IPVC).

Proteção de Áreas Naturais e Desenvolvimento local: A articulação entre políticas

públicas de gestão e participação social - o caso da Veiga de S. Simão, Viana do Castelo (ESA-

IPVC);

Sistemas e modelos de apoio à decisão espacial para estimativas de custos e instrução

de expropriações (Estradas de Portugal, E.P.);

SIG para o planeamento do Sistema de Gestão de Resíduos Urbanos não valorizáveis

no concelho de Barcelos (Câmara Municipal de Barcelos);

Avaliação dos serviços ambientais associados aos espaços florestais (Associação

Florestal do Lima);

Identificação de estratégias para gestão integrada de aspetos ambientais em obras de

construção civil (ESA-IPVC);

Contributos para o desenvolvimento de Sistemas de Gestão de Riscos de âmbito

territorial segundo o referencial ISO 31000: aplicação à região do Alto Minho (ESA-IPVC);

Estudo da evolução do ecossistema aquático na Área Protegida das Lagoas de

Bertiandos e São Pedro de Arcos (ESA-IPVC e APLBSPA);

Sistema de informação geográfica para a gestão integrada dos campos de golfe (ESA-

IPVC e AGPL);

42

Avaliação potencial de utilização de águas residuais tratadas à escala regional:

Contributos para a implementação de estratégias de reutilização de águas residuais urbanas

tratadas no ciclo urbano da água (ESA-IPVC);

Modelação do uso do solo: Desenvolvimento de técnicas em SIG para a região Norte

de Portugal (ESA-IPVC);

Modelos de desenvolvimento e avaliação de sistemas de informação geográficos

municipais (ESA-IPVC);

Avaliação potencial de valorização de ecossistemas fluviais - Aplicação ao caso de

estudo do rio Ave (SIMBIENTE e Comunidade Intermunicipal do Vale do Ave);

Agricultura Urbana: contributo para o desenvolvimento sustentável do Município do

Seixal (CM Seixal);

Proposta de um Parque Linear para a Ribeira de Fornelos em Viana do Castelo (CM

Viana Castelo).

Inscritos em 2011

Tratamento, processamento e classificação de imagens LiDAR na estimativa de

quantidades de biomassa em ecossistemas florestais (LABORATE da Universidade de Santiago

de Compostela, Espanha);

Definição de procedimentos para a quantificação de áreas de Acacia dealbata com

base em imagem de satélite e processos orientados a objectos (LABORATE da Universidade de

Santiago de Compostela (Espanha);

Estratégias de rega em espaços verdes públicos, através de sistemas de telegestão de

água (ESA-IPVC);

Contributos para a melhoria contínua da gestão de resíduos sólidos urbanos no

concelho de Esposende (Esposende Ambiente);

A problemática dos resíduos de construção e demolição em Portugal (ESA-IPVC);

Os SIG na gestão de riscos tecnológicos e atividades humanas: Sistema de Gestão da

Sinistralidade Rodoviária para o Concelho de Valença (CM Valença);

Modelação espacio - temporal da linha de costa do litoral Norte (universidade do

Minho);

Modelação do risco e dinâmica do fogo no apoio ao planeamento e gestão do espaço

florestal (ESA-IPVC);

Contributos para a aplicação industrial de um Sistema de Gestão de Riscos segundo o

referencial ISO 31000 (ESA-IPVC);

Os Baldios: que (modelos de) gestão (ESA-IPVC);

43

Proposta de um plano de desenvolvimento estratégico para as aldeias de Lordelo e

Gração de Arcos de Valdevez (Associação Regional de Desenvolvimento do Alto Lima);

Rede de redes para a Biodiversidade na Região Norte - Sua análise e modelação

espacial (Associação Florestal N e CCDR-N)

Relações entre o Índice de área foliar de povoamentos de pinheiro-bravo, determinado

por ceptómetro e fotografia hemisférica, e informação espectral extraída em imagens Landsat

(ESA-IPVC);

Definição de métodos e processos de segmentação de imagens de satélite para a

produção de cartografia da invasora lenhosa - Hakea sericea (ESA-IPVC);

Inscritos em 2012

Compostagem de lamas de ETAR com material estruturante na Empresa GINTEGRAL;

Avaliação do efeito da variabilidade dos caudais diários na qualidade da água do rio

Cávado;

O uso da água nos espaços verdes urbanos para diferentes cenários de procura

climática. Caso de estudo Viana do Castelo;

Os desafios da implementação e manutenção de Sistemas de Certificação Florestal à

escala regional;

A gestão da água em espaços verdes urbanos, na perspetiva da sustentabilidade. Caso

de estudo a cidade de Guimarães;

Avaliação das estratégias de erradicação das plantas invasoras do Parque Natural do

Litoral Norte;

Políticas de gestão ambiental e ordenamento do território;

Modelo SIG para otimizar a localização e composição de Consórcios Intermunicipais de

Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos no Estado de Pernambuco (Brasil);

Pesqueiras do Rio Minho: Valorização do património cultural e gestão de recursos

naturais;

Sistematização de base de dados espaciais e modelo SIG para localização do Aterro;

Sanitário e criação de consórcio intermunicipal na Região Metropolitana de Recife - PE (Brasil);

Evolução recente da ocupação do solo e da ocorrência de habitats naturais no Parque

Nacional da Peneda-Gerês;

Projeto do Pólo do Ecomuseu de Barroso em Fafião;

O Ordenamento do Território e a Estrutura Ecológica Municipal de Vila Nova de Famalicão.

44

Os alunos do Mestrado envolvem-se no desenvolvimento de trabalhos de diversos

projetos em curso na ESA-IPVC com vantagens e experiências em termos de competências em

diversos temas e gestão de projetos de I&D.

EcoSensing (Indicators, methods, and protocols for reporting and monitoring the

condition of biodiversity and ecosystems in changing rural landscapes): PTDC/AGR-

AAM/104819/2008;

BIOSOS (BIOdiversity multi-SOurce monitoring System: from space to habitat): FP7-

SPA-2010-1-263435;

EBONE (European Biodiversity Observation Network): ENV-CT-2008-212322

PROTEC | GEORISK (Proteção Civil e Gestão de Riscos no Alto Minho): ON2 Operação

01-03-01-37;

O Património Natural e Cultural como Factor de Desenvolvimento e Competitividade

do Território no Baixo Tâmega) financiado pela Associação de Municípios do Baixo

Tâmega;

Projeto “A agro-ecologia e a conservação da biodiversidade em paisagens rurais de

elevado valor natural no concelho de Melgaço”. IPVC e CIBIO. Medida: Gestão Ativa de

Espaços Protegidos e Classificados do PO-NOR;

Sistema de Informação e Apoio à Decisão (SI.ADD) da ARH do Norte, do processo de

desenvolvimento e implementação do SIAD da ARH do Norte e apoio na componente

cartográfica dos PGRH. ARH do Norte I.P., IPVC, ESRI, SIG2000, LNEC, CHIMP. [2009-

2010];

LANDCHANGE - Modelação e Previsão da Dinâmica de Sistemas Ecológicos Adaptativos

Complexos em Múltiplas Escalas. FCT; ICETA-Porto – UP; IPBragança; IPVC; UA; UTAD;

CIBIO/ICETA-Porto/UP. Projeto de Investigação Científica e Desenvolvimento

Tecnológico, 2010. Referência do projeto: PTDC/AAC-AMB/120452/2010;

BIODIV_GNP (Biodiversidad vegetal amenazada Galicia-Norte de Portugal: conocer,

gestionar e implicar): POCTEP nº 0479_BIODIV_GNP_1_E ;

Parecer Secretaria da Administração Interna - Gestão integrada de riscos e

implementação de sistemas de informação no território nacional;

Projeto I&DT Empresas em Co-Promoção “Compostagem de espécies invasoras”. POT

Factores de Competitividade. QREN/ COMPETE/ CEI_13584/ 2010-2013).

45

8.4 Periodicidade da revisão curricular

A revisão curricular tem sido discutida na comissão de curso tendo-se identificado

necessidades de aperfeiçoamentos pontuais. Alguns dos benefícios que poderiam ser

introduzidos por exemplo com um maior número de visitas de estudo e convites a especialistas

externos à escola encontram-se, porém, limitados por restrições orçamentais.

Atualmente está em curso o fim da segunda edição do mestrado com a avaliação das

dissertações/projetos do mestrado, enquanto os alunos da terceira edição estão a iniciar a

dissertação/projeto. Durante o ano letivo de 2012/2013 a comissão de curso irá analisar

detalhadamente os relatórios de atividades e auscultar docentes e discentes do curso para

deliberar sobre a eventual necessidade de uma reestruturação do curso que carecesse de ser

aprovada pelo Conselho Técnico-Científico. No entanto, por informação dos alunos e de

reuniões de curso, aparentemente o curso encontra-se estruturado de forma ainda atual,

tendo-se incorporado ao longo dos anos novos conhecimentos entretanto adquiridos ao nível

das respetivas unidades curriculares.

9. Resultados académicos

9.1 Sucesso escolar

Dos alunos inscritos, e para o conjunto das várias unidades curriculares, em média,

94% foram avaliados e 93% ficaram aprovados (Quadro 12). Dos alunos avaliados às diferentes

unidades curriculares, em média, 99% ficaram aprovados.

Uma análise das estatísticas do desempenho permite constatar que o grau de

aproveitamento dos alunos que se submeteram a avaliação foi de 100% na grande maioria das

unidades curriculares, com exceção de duas delas, cujos aproveitamentos foram de 93%

(Quadro 12). Portanto, pode concluir-se que o grau de aproveitamento foi excelente.

A nota média para o conjunto das várias unidades curriculares foi de 15 valores,

variando entre 12,6 e 17,6 valores (Quadro 12). A nota média mais baixa verificou-se às

unidades curriculares de Gestão de Recursos Naturais e Planeamento Rural e Urbano (10

valores) e a nota média mais elevada verificou-se à unidade curricular de Sistemas e

Infraestruturas de Informação Geográfica (16,7 valores).

Enquanto se verificou um elevado grau de aproveitamento nas unidades curriculares

em geral, o mesmo não se verificou relativamente ao prazo de apresentação da

Dissertação/Projeto/Estágio. De facto, neste terceiro ano de funcionamento do curso, a

unidade curricular de Dissertação/Projeto/Estágio, foi concluída por apenas treze estudantes

da primeira edição do mestrado que já terminaram o curso e foi entregue por catorze alunos

da segunda edição do mestrado que aguardam a respetiva discussão para terminarem o curso.

46

QUADRO 12. Aproveitamento escolar

Sigla Designação da UC Inscritos Avaliados Aprovados Reprovados (1) (2) (3)

ASA Análise de Sistemas Ambientais 16 15 15 CDDR Cartografia Digital e Deteção Remota 16 15 15 DOT Desenvolvimento e Ordenamento do Território 15 14 14 GRN Gestão de Recursos Naturais 15 14 14 GRE Gestão de Resíduos e Efluentes 15 14 14 SIIG Sistemas e Infra-estruturas de Inf. Geográfica 15 14 14 PRU Planeamento Rural e Urbano 15 14 13 1 PGRH Planeamento e Gestão de Recursos Hídricos 15 14 14 GAA Gestão e Auditoria Ambiental 15 14 14 MA Modelação Ambiental 15 14 13 1 II Investigação e Inovação 19 19 19 D/P/E Dissertação/Projeto/Estágio

Sigla [(2)/(1)] (%) [(3)/(1)] (%) [(3)/(2)] (%) Nota Média Nota Máxima Nota Mínima

ASA 0,94 0,94 1,00 13,1 17 11 CDDR 0,94 0,94 1,00 13,7 18 12 DOT 0,93 0,93 1,00 16,1 17 15 GRN 0,93 0,93 1,00 13,6 17 10 GRE 0,93 0,93 1,00 16,0 19 14 SIIG 0,93 0,93 1,00 16,7 18 16 PRU 0,93 0,87 0,93 13,4 16 10 PGRH 0,93 0,93 1,00 15,1 18 11 GAA 0,93 0,93 1,00 16,1 18 14 MA 0,93 0,87 0,93 15,7 19 13 II 1,00 1,00 1,00 16,2 17 13 D/P/E Média 0,94 0,93 0,99 15,1 17,6 12,6

Curso

2010/11 2011/12

N.º diplomados 13

Entre as medidas de apoio à promoção do sucesso escolar destacam-se:

a) Definição clara dos conteúdos e objetivos das unidades curriculares;

b) Entrega do guia de curso, incluindo a respetiva calendarização anual, na sessão de abertura

do curso. Na qual, apresenta-se o próprio curso, esclarece-se os alunos sobre as facilidades

da escola e de acesso à bibliografia internacional on-line, e os alunos do 2º ano expõem aos

alunos do 1º ano os seus planos de dissertação/projeto/estágio;

c) Colocação dos planos de estudo, sumários, informação bibliográfica e outra documentação

na plataforma Moodle;

d) Realização das aulas apenas às sextas-feiras (8 h) e aos sábados (7 h) o que permite

valorizar a assiduidade, para que não haja interrupção na sequência da unidade curricular

47

por parte dos alunos (a participação tem sido muitíssimo elevada, apesar da grande

percentagem de trabalhadores-estudantes);

e) Participação eficaz na sala de aula e colaboração em trabalho de grupo;

f) Valorização do trabalho de grupo nos dias em que não há aulas, que é potenciado pelas

novas tecnologias de comunicação à distância e de participação coletiva por meios virtuais;

g) Participação no curso de docentes, investigadores e técnicos de outras instituições;

h) Apoio tutório, individual ou em grupo, durante a semana, sempre que o aluno o requer, e

entreajuda entre alunos para informar quem porventura não possa estar presente em

alguma aula;

i) Avaliação contínua das unidades curriculares através de trabalho de grupo, trabalho

individual, elaboração de projetos, apresentação de comunicações, para além da avaliação

final através de teste escrito.

j) Participação coletiva em visitas de estudo e na realização de ações extracurriculares,

incluindo as Jornadas de Gestão Ambiental e Ordenamento do Território;

k) Assistência, participação, promoção e/ou organização de vários eventos internos de

natureza técnico-científica com os alunos de licenciatura em Engenharia do Ambiente e

outras atividades extracurriculares,

l) Espírito de equipa promovido pela comissão de curso. É dada grande ênfase ao

acompanhamento dos alunos, nomeadamente para que não faltem com elementos

necessários à avaliação contínua, no sentido de maximizar a taxa de aprovação. Por esta

via, procura-se desenvolver o espírito de equipa, em que o êxito coletivo se sobrepõe

frequentemente ao êxito individual, e em que se desenvolve a ajuda mútua, inclusivamente

para além da sala de aulas. Quando se atingem níveis de incentivo coletivo, é possível que o

grupo prossiga com êxito, evitando as possíveis desistências, em caso de adversidades

pessoais, frequentes quando existem muitos alunos com compromissos profissionais e

familiares.

9.2 Empregabilidade e medidas de estímulo à inserção na vida ativa

O IPVC encontra-se neste momento a promover a auscultação dos seus antigos

estudantes através de um inquérito online. Esta metodologia de auscultação é recente e está

implementada desde Fevereiro de 2012, não tendo sido possível obter um conjunto de

resposta que permita, desde já, a resposta sobre a empregabilidade dos alunos de mestrado.

48

No que respeita à inserção na vida ativa O Mestrado em Gestão Ambiental e

Ordenamento do Território caracteriza-se por um ensino marcadamente aplicado e uma

formação predominantemente profissionalizante, promovendo a continuidade de formação ou

requalificação profissional dos alunos, com competências que lhes permitam atuar ao nível da

gestão integrada do ambiente e, em particular, no ordenamento do território, contribuindo

para a promoção de um desenvolvimento sustentável.

Neste quadro, o Mestre em Gestão Ambiental e Ordenamento do Território apresenta

um perfil marcado de gestor, projetista e executor, em paralelo a uma postura de investigação

e inovação, assim como de coordenação e comunicação contínua entre os elementos

presentes nas ações em que participa.

Os conhecimentos adquiridos nas unidades curriculares de análise de sistemas

ambientais, gestão de recursos naturais e planeamento e gestão de recursos hídricos

proporcionam a este profissional uma melhor compreensão dos diversos sistemas ambientais

e das suas inter-relações, permitindo-lhe desenvolver e aplicar técnicas de diagnóstico

ambiental e de análise do estado do ambiente, bem como de avaliação e mitigação de

impactes ambientais, para além de intervir ao nível da gestão dos recursos naturais numa

perspetiva de proteção integrada do ambiente.

Os conhecimentos sobre desenvolvimento e ordenamento do território e planeamento

rural e urbano tornam o Mestre em Gestão Ambiental e Ordenamento do Território num

profissional com perfil de executor permitindo-lhe compreender a natureza evolutiva dos

modelos de desenvolvimento sustentável e, nesse sentido, contribuir para a definição, a

condução e a avaliação de processos de planeamento e ordenamento do território, assim

como atuar ao nível do desenvolvimento e aplicação de técnicas de planeamento dos espaços

rurais e urbanos, dedicando especial atenção às características e dinâmicas dos espaços

periurbanos. Tais conhecimentos permitem, ainda, a este Mestre, participar como técnico

especialista ou coordenador de projeto em estudos de caracterização e projetos de

intervenção no território, assim como na elaboração e condução de instrumentos de

desenvolvimento, planeamento e ordenamento do território.

Os conhecimentos sobre modelação ambiental e sistemas e infra-estruturas de

informação geográfica, suportados em conhecimentos sobre cartografia digital e deteção

remota, conferem ao mestrando uma especialização na aplicação de metodologias expeditas

de caracterização e representação geográfica digital dos recursos e do território, bem como de

técnicas de análise espacial relativamente à formação e uso das diversas componentes dos

sistemas de informação geográfica, com destaque para a gestão do território e a criação de

instrumentos de apoio à decisão e ações de governança.

49

Um outro aspeto importante desta formação, é a preparação de profissionais capazes

de equacionar e controlar o impacte ambiental das atividades humanas, através da

identificação dos aspetos ambientais suscetíveis de causar impactes ambientais significativos e

da implementação de medidas minimizadoras de impactes negativos e potencializadoras de

impactes positivos. Assim, os conhecimentos sobre gestão ambiental e auditoria conferem ao

pós-graduado a capacidade para conduzir e auditar processos de implementação e certificação

de sistemas de gestão ambiental, numa perspetiva de melhoria contínua dos referidos

sistemas, consubstanciada na realização de auditorias de qualidade e ambiente.

Os conhecimentos sobre gestão de resíduos e efluentes, em particular, permitem

contribuir para o desenvolvimento de novas opções tecnológicas, tendo em vista o controlo

integrado da poluição e a prevenção da degradação da qualidade do ambiente e, portanto, o

desenvolvimento sustentado. Este profissional estará igualmente apto a intervir em processos

de avaliação de custos e benefícios das soluções e dos projetos, assim como na gestão de

conflitos que estes possam suscitar e, também, na condução e coordenação de processos de

participação pública, sensibilização e educação ambiental. Por fim, os conhecimentos sobre

investigação e inovação e a realização da dissertação/projeto/estágio, aliados ao estímulo do

espírito empreendedor e da capacidade para inovar, patente ao longo do plano curricular do

curso, tornarão o Mestre em Gestão Ambiental e Ordenamento do Território apto para

desenvolver projetos de investigação e desenvolvimento em vários domínios científicos, para

além de lhe conferir capacidade, iniciativa e motivação para o desenvolvimento de projetos

empresariais, nomeadamente para a criação de spin-offs académicos.

Em resumo, estes Mestres apresentarão um perfil profissional que lhes permite

implementar procedimentos de análise de sistemas ambientais e territoriais e de investigação

aplicada, em paralelo ao exercício de funções de técnicos especialistas e coordenadores de

projeto, de processos de planeamento, de gestão de recursos e espaços, assim como dominar

técnicas de intervenção e comunicação, como meio fundamental para participação, orientação

de equipas e promoção do desenvolvimento social e territorial.

A organização curricular do curso habilita o Mestre em Gestão Ambiental e

Ordenamento do Território com conhecimentos técnico-científicos especializados, que estão

na base da procura dos empregadores de sectores que urge desenvolver no nosso país. Deste

modo, o Mestre em Gestão Ambiental e Ordenamento do Território poderá aplicar as

competências adquiridas num conjunto alargado de atividades do sector público e sector

privado, associativo e empresarial, nas áreas do planeamento e gestão ambiental, com

especial destaque para o ordenamento do território.

50

Especificamente, o Mestre em Gestão Ambiental e Ordenamento do Território poderá

exercer a sua atividade em:

a) Serviços da Administração Central, Regional e Local com competências no desenvolvimento

e gestão ambiental em particular, autarquias, associações de municípios e empresas

municipais;

b) Associações de desenvolvimento regional, local e outras instituições de carácter associativo

de apoio à gestão ambiental;

c) Serviços estatais ou regionais vocacionados para a conservação da natureza e para a gestão

da Rede Nacional de Espaços Protegidos;

d) Instituições ligadas à proteção civil, gestão de recursos naturais, impactes ambientais em

particular, nos recursos hídricos;

e) Empresas na área da consultoria ou elaboração de projetos de planeamento e de

desenvolvimento;

f) Gabinetes de consultoria, elaboração, acompanhamento e avaliação de projetos e estudos

de auditoria e gestão ambiental, de Urbanismo, de avaliação de políticas e trabalhos de

desenvolvimento regional;

g) Empresas e projetos de desenvolvimento das ciências e tecnologias do ambiente;

h) Empresas de construção civil e obras públicas com responsabilidades de gestão ambiental;

i) Empresas industriais, agro-industriais e de produtos e serviços na área das tecnologias do

ambiente nomeadamente empresas de abastecimento de água e tratamento de águas

residuais, e de gestão de resíduos sólidos;

j) Empresas de prestação de serviços especializados na área de cartografia, organização e

gestão de bases de dados e informação geográfica;

k) Operadores turísticos no espaço rural e de turismo de natureza;

l) Instituições públicas, empresas e associações de recuperação e promoção de património

natural e edificado;

m) Instituições com intervenção na área da educação e da sensibilização ambiental;

n) Associações de defesa do ambiente e outras associações não governamentais (ONG);

o) Instituições e projetos de cooperação internacional;

p) Laboratórios de investigação e serviços analíticos;

q) Entidades promotoras de ensino e de ações e de formação profissional;

r) Instituições e projetos inseridos em centros do sistema científico e tecnológico.

O estabelecimento de protocolos entre a ESA/IPVC e empresas como a LIPOR,

Gintegral Lda., Águas do Minho e Lima e a utilização de casos de estudo nas unidades

curriculares, normalmente relacionados com as atividades de investigação e desenvolvimento

51

que os docentes desenvolvem em parcerias com empresas ou entidades públicas favorecem,

também, a inserção na vida ativa dos estudantes. A realização de visitas técnicas a empresas

com atividade, ou empresas que incorporem operações, no domínio de formação em

Engenharia do Ambiente; a realização de trabalhos de dissertação, estágios e projetos em

parcerias com empresas do sector privado ou instituições do sector público, a realização de

conferências e palestras com especialistas convidados; e a realização de eventos como as

Jornadas de Gestão Ambiental e Ordenamento do Território, revelam-se, também,

fundamentais como medidas de estímulo à inserção dos estudantes na vida ativa.

Outra preocupação deste ciclo de estudo que tem reflexos na inserção na vida ativa

refere-se às ações de apoio ao desenvolvimento de competências extracurriculares. O

enquadramento do ensino no âmbito do processo de Bolonha implicou a transição para uma

nova metodologia de ensino-aprendizagem, agora centrado na avaliação de competências

adquiridas pelo aluno, em detrimento duma perspetiva de ensino baseada apenas na

transmissão de conhecimentos. Ora, este novo enquadramento implica incutir nos alunos uma

nova perspetiva de aprendizagem, e que envolve necessariamente o reforço dum conjunto de

competências extracurriculares, nomeadamente no âmbito de pesquisa de informação,

organização, elaboração e exposição de informação.

Uma das alterações notórias introduzidas com o processo de Bolonha foi o facto de se

ter alargado a um conjunto mais amplo de unidades curriculares a elaboração e exposição oral

de trabalhos como uma parte integrante da unidade curricular e sua avaliação. Esta

abordagem permitiu constatar melhoramentos no desempenho dos alunos a alguns níveis,

nomeadamente:

Pesquisa de bases de dados de informação científica. Este aspeto foi bastante

relevante, por exemplo, na medida em que os alunos começaram a ter um maior contacto com

bases de informação científica; exemplo disso é a utilização de recursos disponibilizados pela

biblioteca virtual do IPVC, como por exemplo, os artigos publicados em revistas científicas

associadas ao B-On, ISI Web of Knowledge, Science Direct, entre outras bases de dados

bibliográficas e de dados relevantes;

Capacidade de selecionar e sintetizar informação relevante. Este aspeto tem sido

conseguido na medida em os trabalhos a realizar têm que seguir uma estrutura predefinida,

muitas vezes na formatação de artigo científico, que implica o desenvolvimento de

capacidades de seleção, organização e síntese de informação. Uma virtude deste tipo de

organização para a elaboração dos trabalhos foi a necessidade de organização, rigor científico

e linguístico da comunicação escrita;

52

Trabalho em equipa. A realização dos trabalhos em grupo, associada à integração

duma componente de avaliação da unidade curricular suportada em trabalhos de grupo,

estimulou os alunos a desenvolverem competências ao nível da responsabilização e

distribuição de tarefas, assim como fomentou a discussão e uma avaliação crítica ao seu

trabalho. A interação durante a realização dos trabalhos implica necessariamente a gestão de

conflitos dentro do grupo através da distribuição de funções. O trabalho de grupo, associado

às diferentes sensibilidades envolvidas permite uma análise multidimensional e

multiperspetiva dos casos de estudo;

Exposição oral. A necessidade de exposição oral dos trabalhos realizados, como parte

integrante da avaliação da unidade curricular desencadeou nos alunos o desenvolvimento do

seu discurso e a capacidade de argumentação oral.

O mestre em Gestão Ambiental e Ordenamento do Território, para além de dominar as

questões relacionadas com a gestão ambiental e o ordenamento do território deverá, então,

ficar motivado para continuar a aprender ao longo da vida em contextos de mudança

científica, tecnológica e organizacional; ficar apto para organizar, planear e executar tarefas,

em parceria intelectual, integrando equipas de trabalho multidisciplinares; possuir capacidade

de comunicação oral e escrita. Além das competências curriculares de natureza científica, deve

possuir iniciativa e espírito empreendedor, que lhe permitam executar estudos técnicos e

projetos de I&D; demonstrar capacidade de análise e síntese, a par da capacidade de gestão da

informação e do conhecimento. A unidade curricular de Investigação e Inovação assim como a

participação em iniciativas de projetos de empreendedorismo (ex. Poliempreende e

Bioemprende) permitem desenvolver e validar competências em desenvolvimento e gestão da

inovação, gestão da propriedade intelectual assim como a gestão de projetos de natureza

empresarial ou social.

9.3 Internacionalização

No ano letivo de 2011/2012 frequentaram o curso dois alunos de naturalidade Brasileira.

Nível de Internacionalização no Ciclo de Estudos

Percentagem de alunos estrangeiros 15 %

Percentagem de alunos em programas internacionais 0 %

Percentagem de docentes estrangeiros 0 %

Percentagem de docente em programas internacionais 0 %

53

10. Análise SWOT do ciclo de estudos

10.1 Missão e objetivos

Pontos fortes

Aumento na necessidade de profissionais com capacidades ao nível do mestrado da Gestão

Ambiental e Ordenamento do Território.

Importância e necessidade de um curso com este âmbito e objetivos.

Definição clara dos propósitos do curso.

Natureza multidimensional e multidisciplinar do curso.

Forte articulação dos objetivos e funcionamento do curso com o projeto científico, educativo e

cultural do IPVC.

Reforço da qualidade dos recursos humanos e de outros recursos disponíveis para o curso.

Pontos fracos

Natureza inovadora do curso de mestrado, o que por sua vez se traduz na dificuldade de

estabelecer uma abordagem transversal comum;

Dificuldade de integração disciplinar e de estabelecer iniciativas existentes ao longo do curso.

Evolução considerável e intensa dos referenciais científicos de enquadramento ao curso, o que

torna os métodos de ensino exigentes ao nível da produção e atualização de novos conteúdos.

Oportunidades

Reforço das áreas de ensino da ESA-IPVC.

Possibilidade e articulação com projetos e unidades de I&DT existente no IPVC.

Possibilidade de maior colaboração com o tecido institucional regional, nacional e

internacional.

Possibilidade de continuidade dos ciclos de estudo a alunos internos ou alunos/profissionais

formados por outras instituições.

Ampliação e articulação com a oferta formativa regional/nacional/transfronteiriça do ensino

superior ao nível do primeiro e segundo ciclos de estudos.

Promoção da criação de redes de conhecimento, de trabalho e ensino a nível

regional/transfronteiriço potenciando e favorecendo a continuidade de projetos de ensino,

investigação e inovação no IPVC e na região com apoio em projetos com alunos graduados.

Reforço do trabalho colaborativo entre docentes e investigadores do IPVC e destes com

centros de investigação e redes de trabalho nacionais e internacionais.

54

Apoio e contributo para a economia regional e transfronteiriça, e para a promoção da

implementação de sistemas de gestão ambiental.

Constrangimentos

As limitações impostas pela atuais condições e modelos de financiamento do ensino superior.

Articulação com outros projetos de desenvolvimento regional (ex. Plano Estratégico para o

Alto Minho 2014-2020) e programas (inter)nacioanais (Agenda 2020 e Programa Nacional da

Política de Ordenamento do Território - PNPOT) .

Aposta na formação por parte de empresas e apoio aos respetivos colaboradores.

Financiamento para apoios à internacionalização da colaboração dos docentes e dos cursos.

Aumento da oferta formativa aos alunos em áreas curriculares alternativas.

10.2 Organização interna e mecanismos de garantia da qualidade

Pontos fortes

Implementação e articulação colaborativa do sistema de gestão de qualidade (SGQ) do IPVC.

Definição e implementação de processos de gestão.

Realização periódica de auditorias à qualidade.

Desenvolvimento de ações de formação e sensibilização.

Acreditação de processos, profissionais, projeto e instituição.

Clarificação gradual dos direitos e deveres de cada agente na instituição.

Pontos fracos

Carácter inovador dos processos de gestão da qualidade e os consequentes custos de

adaptação.

Falta de experiência pela grande maioria dos agentes envolvidos.

Custo da adaptação e adoção do SGQ.

Dificuldade em aumentar e melhorar as propostas de melhoria continua.

Oportunidades

Valorização crescente dos processos de avaliação e gestão da qualidade.

Imagem positiva dos agentes/instituições acreditadas.

Simplificação de processos.

Potencial dos sistemas de informação nos processos de avaliação e gestão da qualidade.

55

Constrangimentos

A necessidade de tempo e recursos humanos para implementação e maturação dos SGQ,

Adversidade e dificuldade de adoção por alguns agentes.

A necessidade de ajustar processos gerais a situações específicas de cada Unidade Orgânica.

10.3 Recursos materiais e parcerias

Pontos fortes

Desenvolvimento científico, cumprimento dos requisitos legais, aumento das capacidades

técnicas e tecnológicas da ESA-IPVC.

Corpo docente de doutores e especialistas (internos e colaboradores) com qualificação

firmada e crescente nas áreas de intervenção do mestrado, e um forte envolvimento e

articulação com outras instituições de ensino superior e outras parcerias da administração e

do tecido empresarial.

Articulação institucional relevante com o tecido socioeconómico regional reforçado através de

protocolos de parceria.

Instalações/equipamentos adequados às necessidades do curso, reforçados pela criação das

Unidades Laboratoriais nas áreas da Biotecnologia Ambiental, Biodiversidade e Recursos

Genéticos, além do aumento considerável dos recursos afetos ao Centro de Geomática e

Sistemas Ambientais.

Qualidade de funcionamento dos equipamentos e rede informática interna.

Articulação e estabelecimento de protocolos da ESA nesta área com agentes económicos e

sociais.

Pontos fracos

Processo inicial de adaptação a novas metodologias de ensino inovadores (e-learning) que

funcionam numa base de complemento às aulas e ao fornecimento de materiais presenciais.

Dimensão da ESA-IPVC e a dificuldade de gerar economias de escalas em termos da gestão dos

recursos afetos.

Numero limitado de parcerias formalizadas.

Necessidade de reforço da presença do curso em redes temáticas, redes de trabalho e

conhecimento internacionais.

56

Oportunidades

Aumento das possibilidades de financiamento da investigação, inovação e desenvolvimento

tecnológico ao nível do Agenda 2020.

Melhoria das condições e um forte incentivo à investigação, ensino e formação por contrato.

Possibilidade de valorizar os recursos materiais adquiridos ou a adquirir nos projetos

aprovados.

Possibilidade de inserção profissional e de resposta aos países emergentes de África e América

do Sul.

Constrangimentos

Inexistência de um centro de investigação no IPVC que centralize e organize os projetos e

processos de investigação dispersos pela iniciativa de pequenos grupos ou concentrada em

unidades de investigação internos e centros de investigação externos aos quais os docentes

pertencem.

Modelos coerentes de manutenção dos custos de operação dos recursos materiais existentes.

10.4 Pessoal docente e não docente

Pontos fortes

Excelente relação do corpo docente e do corpo não docente com os alunos, e qualidade dos

mecanismos de programação e comunicação entre os envolvidos.

Práticas de ensino-aprendizagem centradas nas necessidades dos alunos, com acesso alargado

destes a meios laboratoriais e acompanhamento tutório ao longo dos trabalhos das UCs, pr

docentes e técnicos não docentes, incluindo nos trabalhos finais de curso.

Ganhos recentes da quantidade e da relevância das atividades de I&D na instituição, em

particular pelo envolvimento dos docentes e dos alunos de segundo ano do mestrado em

projetos e grupos de I&D;

Pontos fracos

Dificuldade em manter trabalhos curriculares e de investigação de laboratório e modelação

ambiental em contínuo por limitações do número de técnicos de laboratório (pessoal não

docente).

A dificuldade de manter/assegurar a multiplicidade de responsabilidades ao nível da docência,

investigação e serviços especializados e cargos de gestão/administrativos.

57

A necessidade de aumentar a quantidade de colaboração de docentes/profissionais de

experiencia relevante.

Oportunidades

Criação de um grupo docente multidisciplinar, agregador para as diversas áreas científicas e de

ensino do IPVC que se relacionam com o curso, assim como interessado na criação de uma

unidade de investigação que integre a área das ciências ambientais e do ordenamento do

território coordenada pelo IPVC.

Possibilidade de fixar docentes e investigadores de qualificação académica e profissional

crescente e continuar linhas de investigação, ensino e formação com um percurso relevante na

ESA-IPVC e de interesse regional e transfronteiriço.

Constrangimentos

Estabilidade do corpo docente e não docente.

Motivação.

Acesso à formação.

Possibilidade de abertura e acesso a fundos de apoio à cooperação internacional

10.5 Estudantes

Pontos fortes

Elevada procura média do curso nos últimos anos letivos.

Forte motivação dos alunos para a participação nas atividades letivas e para a aprendizagem.

Forte domínio, incentivo e participação dos alunos para as novas tecnologias de ensino-

aprendizagem e de comunicação.

Forte capacidade e motivação para a inserção dos alunos em projetos e trabalhos de

investigação.

A continuidade de alguns alunos para cursos de doutoramento quando não estão e exercer a

atividade profissional.

Disponibilidade e vontade dos alunos em promover o autoemprego

Pontos fracos

Financiamento e custos associados à inscrição e frequência de cursos de segundo ciclo.

Os custos e as dificuldades logísticas de transporte para a Escola.

Fraca mobilidade (inter)nacional

58

Dificuldade em articulação a atividade académica com a vida profissional.

Necessidade de lecionar em horários alternativos, com as aulas presenciais concentrados à

sexta e sábado.

Oportunidades

Valorização do conhecimento e da aprendizagem.

Valorização profissional de competências técnicas e profissionalizantes.

Continuação para terceiros ciclos de estudo.

Inserção em projetos de investigação, inovação e empreendedorismo em área de produção ou

prestação de serviços de elevado valor acrescentado.

Aumento da iniciativa empresarial, no planeamento e gestão de recursos hídricos, na

conservação da natureza, no planeamento e ordenamento do território, na avaliação de riscos

ambientais e exploração de serviços de ecossistema, e na implementação de sistemas e

infraestruturas de informação geográfica.

Aumento da procura por alunos graduados de cursos do IPVC ou profissionais no ativo com

interesse nas áreas de gestão ambiental e ordenamento do território.

Constrangimentos

A dificuldade de emprego.

Os custos de educação.

10.6 Processos

Pontos fortes

Abertura e colaboração dos docentes e não docentes para a implementação e melhoria dos

processos de ensino/aprendizagem estudantes

Desenvolvimento de novos processos com fins pedagógicos e administrativos.

Pontos fracos

Reduzida experiencia de colaboração institucional com entidades internacionais e a

necessidade de reforçar a posição do IPVC a este nível aproveitando a experiência individual.

Reduzida utilização dos instrumentos internos ao curso, e em particular a nível institucional, de

monitorização do sucesso do ensino-aprendizagem e das saídas profissionais na sua relação

com a implementação de ações de melhoria.

59

Oportunidades

Desenvolvimento de novos métodos e ferramentas para a modelação de processos/gestão da

qualidade.

Novos referenciais de gestão da qualidade total.

Relação da gestão da qualidade com os sistemas de gestão da qualidade de empresas que

operam na área do ambiente.

Constrangimentos

Dificuldade na comunicação da nova oferta formativa junto dos atuais e potenciais públicos.

Os custos e as dificuldades da normalização de processos.

10.7 Resultados académicos

Pontos fortes

Ótimo aproveitamento escolar médio.

Diversidade de formas e tipos de avaliação centrada na aquisição de diferentes tipos de

competências.

Forte incentivo as competências de natureza tecnológica e profissionalizante.

Aumento considerável de produtos com potencial publicação/divulgação.

Pontos fracos

Dificuldade de articular/agendar as atividades letivas e de avaliação.

Definir de forma adequada o âmbito, os objetivos, a programação e os produtos dos trabalhos

finais como forma de diminuição do período de tempo necessário para cumprir com sucesso a

ultima UC.

Aumentar os elementos de avaliação que considerem as competências pessoais.

Necessidade de estabelecer formas/meios de contacto regular/periódica de forma

individual/coletiva com a entrega de produtos intermédios ao longo do segundo ano do curso

de mestrado com vista a antecipar com a qualidade pretendida as teses, relatórios ou projetos.

Oportunidades

Valorização externa do ótimo aproveitamento escolar enquanto elemento de promoção

profissional dos alunos e sinal da eficiência de encargos com o curso.

60

Constrangimentos

Dificuldade de articular o trabalho individual final no curso de mestrado com as obrigações

profissionais.

A necessidade de valorizar os bons resultados finais com uma maior inserção ou promoção

profissional dos mestres em Gestão Ambiental e Ordenamento do Território.

11. Proposta de ações de melhoria

11.1 Missão e objetivos

Adequar sistematicamente os temas das unidades curriculares às temáticas de gestão

ambiental e ordenamento do território.

Incrementar a quantidade e a intensidades das relações com entidades externas à ESA-IPVC.

Reforçar a partilha de recursos e unidade curriculares com outros cursos de grau similar das

diversas unidades orgânicas do IPVC.

Procurar ainda um maior ajustamento a problemas e potencialidades do quadro regional e

nacional, no âmbito temático do curso de mestrado, sem perder a dimensão universal do

ensino/aprendizagem.

Aumentar o nível de internacionalização seja na participação de docentes e alunos no curso

com o aumento da mobilidade com as instituições protocoladas bem como, aumentar a

diversidade de instituições colaboradoras.

Reforçar a comunicação e partilha de projetos com os PALOP no âmbito de uma maior

colaboração com os países ibero-americanos e africanos.

11.2 Organização interna e mecanismos de garantia da qualidade

Maior partilha de recursos, processos e de trabalhos conjuntos de natureza multidisciplinar

que se realizem entre as diversas UCs.

Maior articulação de iniciativas, em particular ao nível de partilha da integração de conteúdos

e de UC, entre os diversos cursos de mestrado da ESA-IPVC.

Maior eficiência de instrumentos de comunicação entre os alunos, os docentes e entre todos

os agentes envolvidos com uma ampliação dos meios e uma maior exploração dos atuais

mecanismos (E-mail, plataforma Moodle) mas também da programação, gestão e

comunicação de atividades específicas e transversais às diversas unidades curriculares.

61

Reforço da quantidade de produtos pedagógicos e científicos formados no âmbito do curso de

mestrado, em formato digital e validados pela comissão de curso que possam servir de

melhoria interna e divulgação das atividades desenvolvidas (ex. trabalhos, apontamentos,

dissertações de mestrado, relatório de estágio, projetos).

11.3 Recursos materiais e parcerias

Aquisição e operacionalização de equipamentos e modelos em áreas específicas ao nível de

apoio a algumas atividades práticas.

Reforço dos protocolos com instituições parceiras que permitam um aumento da quantidade e

diversidade dos recursos disponíveis para o curso.

Aumento da facilidade para a programação e realização de visitas de estudo e de estágios de

curta duração em locais e instituições externas à ESA-IPVC.

11.4 Pessoal docente e não docente

Continuação da aposta na formação académica dos docentes ao nível do doutoramento e na

acreditação de especialista que transforme, no espaço de dois anos, a totalidade (100%) das

aulas lecionadas por estas duas classes de docentes.

Reforço da colaboração e mobilidade com docentes externos em particular docentes

estrangeiros.

Aumento da afetação e disponibilidade do corpo não docente no apoio às atividades

extracurriculares.

Aumento da formação e acreditação do corpo não docente nas diversas áreas de atuação do

curso de mestrado.

Envolvimento dos bolseiros de projetos mestres ou doutorandos, em processos de

investigação colaborativa com os alunos do presente curso de mestrado.

11.5 Estudantes

Aumentar os alunos estrangeiros do espaço europeu e PALOPS com interesse e capacidade em

participar no MGAOT.

Aumentar o número e o período de mobilidade de alunos do MGAOT em universidades

estrangeiras no âmbito dos acordos ERASMUS ou de qualquer outro enquadramento.

Melhorar o apoio direto e continuo ao aluno ao nível da inserção profissional e em projetos de

empreendedorismo seja no quadro da Comissão de Curso ou por outros órgãos do IPVC.

62

Aumentar a quantidade de recursos de procedimentos que possam ser

estabelecidos/realizados formalmente on-line, nomeadamente as defesas de teses de

mestrado.

11.6 Processos

Implementação contínua e melhoria dos processos previstos no Sistema de Gestão da

Qualidade do IPVC, e desenvolvimento de mecanismos de implementação dos processos de

ações de melhoria.

Estabelecimento formal de alguns procedimentos administrativos e pedagógicos que não

estejam claros atualmente.

11.7 Resultados académicos

As notas finais e o sucesso do curso de mestrado na parte curricular apresentam valores

elevados que importa manter e monitorizar, sendo necessário desenvolver mecanismos de

apoio direto, e de colaboração contínua, com todas as instituições e parceiros com vista a

melhorar o sucesso ao nível do limite do prazo estabelecido para as dissertações, projetos ou

relatórios de estágio, de fim de curso.

É necessário divulgar resultados e trabalhos académicos realizados no âmbito do curso, com

destaque para eventos e publicações de divulgação técnica e científica, com trabalho realizado

no âmbito das dissertações ou projetos dos alunos.