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CURSO DE MEDICINA Trabalho de Conclusão de Curso Resumos Turma 4ª A – 2009.2 / 2010.1 COORDENADORA DO CURSO: Profª. Marta Silva Menezes SALVADOR

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CURSO DE MEDICINA

Trabalho de Conclusão de Curso Resumos

Turma 4ª A – 2009.2 / 2010.1

COORDENADORA DO CURSO: Profª. Marta Silva Menezes

SALVADOR

TÍTULO: Avaliação da qualidade de vida de pacientes com doença arterial coronariana

submetidos ao tratamento conservador e ao tratamento invasivo.

ALUNO(A): Anderson Fernando M. Bortoncello

ORIENTADOR(A): Heloína Nunes de Oliveira

CO-ORIENTADOR:

RESUMO Introdução: Estudos realizados com pacientes portadores de doença arterial coronariana (DAC) não demonstraram diferença nas taxas de sobrevivência entre os pacientes que se submeteram a cirurgia de revascularização do miocárdio ou intervenção coronária percutânea (ICP). Estas duas técnicas compõem o tratamento invasivo. Também não foi encontrada diferença nas taxas de mortalidade em determinados grupos de pacientes submetidos ao tratamento conservador ou ICP. Diante disso, outros parâmetros precisam ser usados para auxiliar a tomada da medida terapêutica mais adequada para cada paciente. Atualmente, a qualidade de vida tem se tornado um instrumento capaz de auxiliar o manejo clínico do paciente. Objetivo: Comparar o impacto do tratamento conservador e do tratamento invasivo na qualidade de vida de pacientes com DAC. Métodos: Foi realizada uma revisão não sistemática da literatura nos bancos de dados MEDLINE, LILACS e Scielo. Foram incluídos estudos realizados no período de 1999 a 2009, envolvendo pacientes com DAC submetidos ao tratamento conservador ou invasivo. A qualidade de vida foi acessada aos seis e/ou doze meses, através dos questionários short form 36 (SF-36) e seattle angina questionnaire (SAQ). Resultados e discussão: Foram selecionados 16 artigos, que evidenciaram melhora da qualidade de vida de pacientes submetidos ao tratamento conservador e ao tratamento invasivo. Os domínios contemplados por essas mudanças variaram a depender do estudo. Os pacientes submetidos ao tratamento invasivo apresentaram melhora da qualidade de vida superior aos submetidos ao tratamento conservador. Dentre as duas técnicas invasivas, a cirurgia de revascularização do miocárdio se mostrou mais eficaz que a ICP em melhorar a qualidade de vida. A melhora da qualidade de vida foi atribuída, principalmente, ao alívio dos sintomas anginosos, e foi superior no tratamento invasivo, justamente pela sua maior eficácia em melhorar a angina. Foi demonstrado também, que a melhora da angina exerce influência na melhora de diversos outros domínios, além dos diretamente relacionados a ela.

TÍTULO: Re-avaliação do ensino da Ética Médica e Bioética nas escolas médicas do Brasil.

ALUNO(A): Ângela do Nascimento Araújo

ORIENTADOR(A): Nedy Maria Branco Cerqueira Neves

CO-ORIENTADOR:

RESUMO Objetivo: Avaliar o ensino da Ética Médica e Bioética nas Escolas Médicas (EM) do Brasil, através das ementas destas disciplinas. Métodos: Estudo documental e descritivo, incluindo as EM existentes em 2010. Foram realizadas duas diferentes tentativas de contato, por correio eletrônico e telefone, para a obtenção dos dados. Resultados: De um total de 181 EM, foram obtidas as ementas de 73 (40,3%), sendo 46 destas (63,0%) públicas. Trinta e uma EM (42,5%) possuíam disciplinas autônomas relacionadas ao ensino da Ética Médica e Bioética. A carga horária variou de 30 a 180 horas, com mediana de 60,0 horas, e predomínio nos dois primeiros anos do curso (43,8%). O termo Bioética estava presente na designação das disciplinas de 42 EM (57,5%). Entre as EM que ofereciam disciplinas integradas, 53,3% estavam vinculadas à Medicina Legal. O tema mais citado foi Ética em pesquisa (74,4%) e apenas uma ementa (2,3%) citava corporativismo e Ética com o cadáver. Conclusões: O atual cenário da inserção da Ética Médica e Bioética nas EM mostra que, nos últimos anos, houve progresso significativo, evidenciado pelo fato destas incluírem linhas temáticas diversificadas e ocuparem um espaço cada vez mais independente nos currículos. Entretanto, ainda não é o suficiente. Palavras-chave: Ética médica; Bioética, Educação médica.

TÍTULO: Prevalência de sintomas sugestivos de distúrbios funcionais gastrointestinais em

estudantes de medicina.

ALUNO(A): Ana Carolina Viana Mattos

ORIENTADOR(A): Luiz Alberto Cravo P. de Queiroz

CO-ORIENTADOR:

RESUMO As doenças gastrointestinais funcionais apresentam uma prevalência relevante na população mundial e são responsáveis pela maior parte das queixas em consultórios de gastroenterologia. Sua etiologia ainda não é bem conhecida, mas sabe-se que seu surgimento é bastante influenciado por fatores psicológicos. O estudante de medicina se enquadra numa população que apresenta características muito peculiares quando se trata de saúde mental e dessa forma podem apresentar uma maior vulnerabilidade ao desenvolvimento dessas doenças funcionais. Através da aplicação de um questionário desenvolvido para pesquisa de sintomas gastrointestinais sugestivos de doença funcional gastrointestinal, 140 estudantes do primeiro ao quarto ano do curso de medicina foram entrevistados, num estudo descritivo de corte transversal. Os resultados mostraram que 51,4% dos estudantes apresentaram pelo menos um dos sintomas interrogados pela pesquisa e que 44,3% relataram influência destes sintomas na sua qualidade de vida. O curso médico parece estar associado, dessa forma, ao aparecimento e/ou manutenção de tais sintomas, devido ao importante grau de estresse enfrentado pelos alunos no decorrer da graduação, acarretando assim desequilíbrios na sua saúde física e mental.

TÍTULO: O papel da IL-17 na defesa contra agentes infecciosos.

ALUNO(A): Amalia Spector Ribeiro

ORIENTADOR(A): Edgar Marcelino de Carvalho

CO-ORIENTADOR:

RESUMO Introdução: A interleucina 17 é um membro da recém-descoberta família Th17. Esta citocina vem sendo extensamente associada a doenças auto-imunes e inflamatórias crônicas, porém trabalhos recentes demonstram uma ação protetora desta citocina na defesa contra agentes infecciosos. Materiais e métodos: Foi realizada uma revisão de literatura na base de dados do Pubmed, onde foram incluídos os trabalhos que versavam sobre o papel protetor da IL-17 nas infecções. Desenvolvimento: Observou-se um papel protetor direto e indireto da IL-17 na defesa contra diversos agentes infecciosos, incluindo Klebisiella pneumoniae, Streptococcus pneumoniae, Mycoplasma pnemoniae, Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa, Mycobacterium tuberculosis, Listeria monocytogenes, Salmonella entérica serovar enteritidis, Chlamydia muridarum, Bordetella pertussis, Salmonela thyphimurium, Baccilus subtilis, Candida albicans, Pneumoystis carinii, Aspergillus fumigatus, Histoplasma capsulatum, Toxoplasma gondii, Leishmania donovani, além do papel protetor desta citocina na sepse. A ação desta citocina é baseada na produção de citocinas e quimiocinas tais como G-SCF, SCF, MIP-1α, MIP-1β, MIP-2, CXCL1, CXCL2 CXCL5, IL-6 e TNF e no recrutamento de neutrófilos para o sítio da infecção. Discussão: Diante dos trabalhos analisados, pôde-se concluir que a IL-17 apresenta um papel protetor contra determinados agentes infecciosos. Em modelos humanos, o papel protetor da IL-17 foi demonstrado de maneira indireta. Palavras-chaves: IL-17; infection; bacterial infection; fungal infection; mycobacterial; Intracellular pathogen; protozoan infection; Klebisiella; Escherichia coli ; Candida albicans; Aspergillus fumigatus; Sepsis; Pseudomonas; Chlamydia; Leishmania; toxoplasma gondii.

TÍTULO: Análise Comparativa de Pacientes de Planos de Saúde Público e Privado em

Hemodiálise.

ALUNO(A): Ana Flávia Perpétuo de Souza

ORIENTADOR(A): José Andrade Moura Júnior

CO-ORIENTADOR:

RESUMO Introdução: A Doença Renal Crônica atinge milhões de pessoas no Brasil e no mundo. Do total de unidades de diálise existentes no Brasil, 87,2% tem o SUS como fonte pagadora. A saúde pública do país apresenta inúmeras deficiências, acumuladas ao longo da história. Estas precárias condições de assistência à saúde levam as classes mais abastadas a utilizar serviços de saúde privado. Tais divergências resultam em grupos de pacientes com características peculiares, a depender do tipo de serviço de saúde utilizado, importantes para a adequação do atendimento. Objetivo: Comparar o perfil sociodemográfico e clínico dos pacientes em hemodiálise em serviços de planos de saúde público (SUS) e privado, verificando as disparidades e semelhanças entre estes dois grupos, no estado da Bahia. Pacientes e Métodos: A amostra foi constituída por dois grupos, 135 pacientes no grupo SUS e 67 pacientes no grupo CONVÊNIO, ambos em programa de hemodiálise em dois centros de diálise de Feira de Santana. As informações necessárias foram obtidas a partir de banco de dados. Resultados: Os grupos mostraram-se homogêneos quanto ao gênero, com predominância do sexo masculino. O número de pacientes idosos foi superior no grupo CONVÊNIO, com 43,3% deste grupo nesta faixa etária( p = 0,000). Quanto a escolaridade, os grupos foram heterogêneos, com 0% do grupo SUS apresentando Ensino Superior. 80,8% dos pacientes do grupo SUS não apresentaram DM, enquanto que 59,7% do grupo CONVÊNIO apresentou tal comorbidade (p = 0,000). A média do kt/v nos dois grupos foi 1,42 ± 0,48, sendo superior no grupo CONVÊNIO (p = 0,013). O ganho de peso interdialítico médio foi de 2,69kg ± 1,05, sendo maior no grupo SUS (p = 0,000). 97% do grupo CONVÊNIO não realizou diálise emergencial, enquanto que 40,8% do grupo SUS fizeram uma ou mais diálises de emergência. A média de hemoglobina foi de 1,72 ±1,78, sendo homogênea nos dois grupos (p = 0,277 ) . Conclusões: 1. A prevalência de pacientes jovens no grupo SUS foi superior ao do grupo CONVÊNIO. 2. Nenhum paciente do grupo SUS apresentou Ensino Superior Completo. 3. O percentual de pacientes diabéticos foi superior no grupo CONVÊNIO. 4. O índice kt/v, foi superior nos pacientes do grupo CONVÊNIO. 5. O número de diálises de emergência e internamentos foi superior entre os pacientes do grupo SUS. 6. O ganho de peso interdialítico foi superior nos pacientes do grupo SUS. Palavras-chaves: 1. SUS; 2. Reforma Sanitária; 3.Planos de Saúde Privados; 4. Hemodiálise; 5. Perfil Sociodemografico; 6. Qualidade de Vida

TÍTULO: Aplicabilidade dos critérios do Ministério da Saúde para diagnóstico clínico e

classificação de Dengue em crianças no Hospital Couto Maia.

ALUNO(A): Anna Paula de Almeida Maiato

ORIENTADOR(A): Ceuci de Lima Xavier Nunes

CO-ORIENTADOR:

RESUMO Introdução: O Dengue tem manifestado surtos epidêmicos relevantes, de modo que acomete cada vez mais crianças. Nesses períodos, não apenas o número de casos aumenta muito, mas também a quantidade de casos graves - febre hemorrágica do Dengue (FHD) e síndrome do choque tóxico do Dengue (SCD) - e óbitos. Curiosamente, a população pediátrica, de certa forma não tão acometida no Brasil, mostrou-se vulnerável à epidemia de 2009, com importante aumento no número de casos graves e 46% dos óbitos por Dengue, na Bahia. Com amplo espectro de manifestações clínicas e curso imprevisível, especialmente na criança, o Dengue é um desafio para profissionais de saúde tanto no que concerne ao seu diagnóstico, quanto na sua classificação, de modo que se utiliza os critérios do Ministério da Saúde para investigação diagnóstica, acompanhamento e manejo clínico desses pacientes. Existem poucos trabalhos brasileiros sobre Dengue em crianças. Objetivo: Avaliar a aplicabilidade dos critérios do Ministério da Saúde para diagnóstico clínico de Dengue em crianças. Como objetivo secundário, espera-se definir o perfil de acometimento da doença em pediatria na Bahia. Casuística, materiais e métodos: Trata-se de um estudo descritivo retrospectivo, no qual foram avaliados os prontuários dos pacientes de 0 a 12 anos, internados com diagnóstico de Dengue, no período de janeiro a maio de 2009, no Hospital Couto Maia (HCM), referência em doenças infectocontagiosas e parasitárias do Estado. Foram analisadas as variáveis demográficas, clínicas e laboratoriais dos pacientes, a realização de exames de imagem, confirmação laboratorial através do isolamento viral e/ou da sorologia IgM MAC-ELISA. Dos 133 prontuários analisados, 11foram excluídos em decorrência de uma segunda infecção associada ao quadro, totalizando 122 prontuários. Resultados: Dos 122 pacientes, 66 (54,1%) eram do sexo feminino, 61 (50%) eram procedentes de Salvador e os demais, de outros municípios da Bahia. A média de idade foi 93,8 meses. Febre, dor abdominal, vômitos e cefaléia foram as manifestações clínicas mais freqüentes. 4 pacientes evoluíram com complicação durante o internamento. A média dos valores de hematócrito foi 37,9%, a mediana referente à plaquetometria foi 30.000 plaquetas/mm3, a albumina sérica foi dosada em 82 pacientes, estando abaixo dos limites da normalidade em 94% dos casos. O diagnóstico final foi Dengue clássico em 44, (36,1%) pacientes e FHD em 78 (63,9%). Discussão e Conclusão: A dosagem de hematócrito pode permanecer em níveis compatíveis com a normalidade mesmo num paciente com FHD , as plaquetas podem atingir níveis abaixo de 30.000/mm3 sem repercussão hemodinâmica, e os parâmetros dor abdominal intensa e contínua e vômitos persistentes tornam-se subjetivos e, portanto, não padronizados Os critérios do MS não são funcionais para a prática clínica frente a um caso de Dengue. É necessário mais pesquisa sobre Dengue em crianças, a fim de caracterizar melhor o acometimento dessa população. Palavras-chaves: Dengue grave, crianças, febre hemorrágica do Dengue.

TÍTULO: A importância dos aspectos clínicos no diagnóstico precoce do retinoblastoma.

ALUNO(A): Alex de Oliveira Dias

ORIENTADOR(A): Dra. Livia Maria N. Moitinho

CO-ORIENTADOR:

RESUMO Introdução: O retinoblastoma é o tumor intra-ocular maligno primário mais comum da infância, ocorrendo em aproximadamente 1:20000 nascidos vivos. Se origina de células imaturas destinadas a se tornarem fotorreceptores da retina, sendo assim, raramente esse tumor é visto após os 4 anos de idade, pois essas células desaparecem nos primeiros anos de vida. O gene predisponente é o RB1. O retinoblastoma pode ser hereditário ou não-hereditário. Cerca de 90% dos pacientes sobrevivem ao tumor. Os sinais e sintomas dependem do seu tamanho e localização, sendo o mais comum a leucocoria. Outra manifestação bastante prevalente é o estrabismo. A classificação de Reese-Ellsworth é a mais utilizada internacionalmente para estadiar tumores intra-oculares. A melhor forma de se avaliar leucocoria e detectar retinoblastoma é através da oftalmoscopia indireta com dilatação pupilar. Alguns dos principais diagnósticos diferenciais são: persistência do vítreo primário hiperplásico, Doença de Coats, retinopatia da prematuridade, toxocaríase e uveíte intermediária. Além de uma adequada análise semiológica, incluindo exame oftalmoscópico, a utilização de métodos de imagem torna-se imperativa para a realização de um diagnóstico preciso. O tratamento do retinoblastoma é relacionado ao tamanho do tumor, à localização e os achados associados. Objetivo: Determinar quais aspectos clínicos estão presentes no retinoblastoma. Materiais e Métodos: Foi realizada uma revisão bibliográfica não sistemática na literatura, através de pesquisa no banco de dados MEDLINE, Scielo, LILACS e capítulos de livros. Além disso, foi feito busca de artigos restritos por intermédio da biblioteca da Fundação Oswaldo Cruz da Bahia (FioCruz). Foram utilizadas as seguintes palavra-chave: (retinoblastoma) OR (Aspects clinical retinoblastoma) OR (diagnosis retinoblastoma). Os artigos selecionados deveriam estar escritos em português, inglês e espanhol. Foram selecionados artigos publicados dos últimos 15 anos. Resultados: A leucocoria foi o principal sinal encontrado em pacientes com retinoblastoma em todos os artigos desta revisão de literatura. Este sinal, muitas das vezes visto por familiares, é notado em decorrência do aumento do diâmetro pupilar, principalmente à noite ou durante uma fotografia. O segundo sinal mais prevalente descrito na literatuta é o estrabismo, correspondendo a 20% de todos os pacientes com retinoblastoma, e está sempre relacionado com o envolvimento da mácula. Cerca de 66% dos pacientes possuem retinoblastoma unilateral. O diagnóstico do retinoblastoma, em média, é feito aos 24 meses, sendo os pacientes com apresentação bilateral diagnosticados mais precocemente. Conclusão: O principal aspecto clínico é a leucocoria, presente em aproximadamente 70% dos pacientes, seguido pelo estrabismo (20%). Os demais sinais e sintomas são diminuição da acuidade visual, proptose, uveíte, celulite orbitária e olho vermelho. Palavras-chaves: aspects clinical retinoblastoma; diagnosis retinoblastoma; retinoblastoma.

TÍTULO: Conceitos atuais sobre a anatomia do ligamento cruzado anterior e sua

importância na definição de um padrão para o tratamento cirúrgico.

ALUNO(A): Alisson Carneiro S. de Almeida

ORIENTADOR(A): Robson Rocha

CO-ORIENTADOR:

RESUMO Introdução: O ligamento cruzado anterior (LCA) é o principal estabilizador anterior do joelho. As lesões do LCA são freqüentes principalmente em pessoas jovens e dentro da área de esportes, mas pode ocorrer em toda faixa etária e de maneira casual. Para um resultado cirúrgico satisfatório após a reconstrução do ligamento cruzado anterior, é necessário um conhecimento básico da anatomia deste ligamento. O LCA é uma faixa de tecido conectivo denso que liga o fêmur a tíbia. A origem femoral do LCA ocorre na porção medial do côndilo femoral lateral inserindo-se diretamente e obliquamente na fossa ântero-lateral da espinha tibial anterior. Inúmeros pesquisadores estudaram a anatomia do LCA e relataram uma formação deste ligamento em banda única, dupla banda ou tripla banda, demonstrando que não há um consenso quanto a sua anatomia. O tratamento cirúrgico das lesões do LCA passou por diferentes fases ao longo da história da cirurgia do joelho. Estudos biomecânicos recentes demonstraram benefícios, em curto prazo, como uma maior estabilidade ântero-posterior e rotacional do joelho com as reconstruções em dupla-banda em comparação com banda única. Objetivo: O objetivo deste trabalho é revisar estudos anatômicos do LCA para definir parâmetros para um padrão de tratamento cirúrgico. Materiais e Métodos: Foi realizada uma revisão bibliográfica não sistemática na literatura, através de pesquisa no banco de dados MEDLINE, LILACS e capítulos de livros. Foram utilizadas as seguintes palavras-chave: (Anatomy Anterior Cruciate Ligament) OR (Biomechanics Anterior Cruciate Ligament) OR (Reconstruction Anterior Cruciate Ligament). Resultados: Em relação aos artigos encontrados sobre a anatomia do LCA, houve uma predominância de estudos, cerca de 62,5%, que descreveram uma conformação anatômica dupla banda para o LCA; 25% tripla banda e 12,5% para uma formação única do LCA sem subdivisão anatômica. De acordo com as investigações biomecânicas, os trabalhos encontrados demonstraram que os feixes AM e PL não são isométricos ao longo dos movimentos de flexão e extensão. Para avaliar a biomecânica dos feixes foi necessário um aparato tecnológico que captasse a força in situ, força de resistência, que era aplicada ao LCA, feixe AM e feixe PL em momentos distintos. Conclusão: Não há um consenso anatômico sobre a existência de dois feixes ou três feixes distintos ou sobre a existência de um único ligamento. Do ponto de vista da biomecânica, a reconstrução do ligamento reproduzindo apenas um destes segmentos cria uma força de resistência mais efetiva na extensão ou na flexão, deixando a articulação mais fragilizada durante o movimento. Palavras-chaves: Anatomia; Biomecânica; Reconstrução; Ligamento cruzado anterior.

TÍTULO: Descrição dos casos de angioedema hereditario atendidos em um serviço de

referencia para imunodeficiências em Salvador.

ALUNO(A): Andreza Gonzaga Bartilotti

ORIENTADOR(A): Maria Ilma Araújo

CO-ORIENTADOR:

RESUMO INTRODUÇÃO: O angioedema hereditário (AH) é uma imunodeficiência primária decorrente da deficiência parcial do inibidor de C1-esterase (C1-INH). JUSTIFICATIVA: O AH é uma doença rara, pouco conhecida e que afeta diretamente a qualidade de vida dos portadores. OBJETIVOS: Descrever as manifestações clínicas, gravidade, frequência e duração das crises, bem como o tratamento de pacientes com diagnóstico de AH atendidos em um Serviço de referência para imunodeficiências primárias em Salvador; avaliar a frequência do AH dentre os pacientes com imunodeficiências primárias atendidos no referido Serviço; avaliar a possível correlação entre as concentrações do C1-INH com a gravidade do AH. MÉTODOS: Estudo de série de casos realizado de março a dezembro de 2009, baseado na revisão de prontuários de 13 pacientes acompanhados em um ambulatório referência em imunodeficiências primárias de Salvador. RESULTADOS: O AH foi a doença mais prevalente no ambulatório. Foi mais frequente no sexo feminino (9F:4M); média de idade = 27,8 anos (mediana 26); média de idade ao primeiro sintoma = 8,1 anos (mediana 7); média de idade ao diagnóstico = 22,2 anos (mediana 20); média de atraso do diagnóstico = 14,2 anos (mediana 12). As manifestações clínicas mais encontradas foram edema subcutâneo/submucoso e manifestações abdominais; os principais fatores desencadeantes foram trauma e estresse; a maioria apresentou duas a cinco crises ao mês e duração da crise de três a cinco dias; a profilaxia predominante foi com danazol; a medicação para episódios agudos mais usada foi o plasma fresco. Não houve correlação entre as concentrações do C1-INH e a gravidade, frequência e duração das crises. CONCLUSÃO: Nossos dados foram semelhantes aos descritos na literatura e reforçaram o fato de esta ser uma doença subdiagnosticada. Palavras-chave: Imunodeficiências primárias. Angioedema hereditário. Inibidor de C1-esterase. C1-INH.

TÍTULO: Alterações angiográficas coronarianas em pacientes portadores de DAC: Uma

comparação entre homens e mulheres.

ALUNO(A): Ananda Cantolino de Oliveira

ORIENTADOR(A): Marta Menezes

CO-ORIENTADOR:

RESUMO Introdução: É sabido que a incidência de doenças cardiovasculares vem aumentando nos últimos anos em todo o mundo, representando uma grande causa de morbidade e mortalidade entre ambos os sexos. Estudos com cineangiocoronariografia na fase aguda do IAM mostram uma menor intensidade de aterosclerose coronária obstrutiva em mulheres, seja na presença de IAM ou de angina instável. Esses achados reforçam a hipótese de que o desenvolvimento do IAM pode seguir caminhos patogenéticos diferentes entre homens e mulheres. É de suma importância conhecer mais detalhes da doença coronariana nas mulheres e nos homens, assim como caracterizar melhor os fatores estruturais presentes nas cineangiocoronariografias desses pacientes, com o objetivo de nortear medidas de saúde pública que dêem melhor suporte de tratamento para a população com DAC. Objetivo: Descrever alterações angiográficas coronarianas em pacientes portadores de doença arterial coronariana, admitidos em Serviço de Referência em Cardiologia, comparando homens e mulheres. Pacientes e Métodos: É um estudo descritivo de corte transversal, retrospectivo. Foram analisadas as cineangiocoronariografias de 95 pacientes admitidos no Hospital Ana Neri com diagnóstico de doença arterial coronariana entre janeiro de 2009 a junho de 2009. O trabalho foi aprovado pelo CEP. Através da tabela com o nome e registro dos pacientes, foram selecionadas as angiografias no setor de hemodinâmica do Hospital Ana Neri e gravadas, individualmente, em mídia eletrônica. Os exames gravados foram distribuídos, aleatoriamente, e analisados por médicos hemodinamicistas cegos em relação ao caso clínico do paciente. Para a análise dos resultados foi utilizado o programa SPSS. Resultados: Dos 95 pacientes 40 eram mulheres e 55 homens. A média de idade foi de 57,69 (±13,13) e 60,07 (±11,4), respectivamente. A apresentação da DAC mais prevalente foi de IAM com supra de ST, tanto na população geral 55 (57,9%), como nos dois gêneros (mulher 20 – 52,63% e homem 35 -64,81%). A porcentagem de fatores de risco entre o gênero feminino e o gênero masculino foi: DM 25 (62,5%) vs. 15 (27,27%), HAS 32 (80%) vs. 31 (56,3%), história familiar de DAC precoce 24 (60%) vs. 25 (45,45%), dislipidemia 24 (60%) vs. 15 (27,27%), tabagismo 7 (17,5%) vs. 14 (25,45%), obesidade 21 (52,5%) vs. 26 (47,27%) , respectivamente. A gravidade da angiografia foi equivalente entre os sexos, onde a média do número de artérias comprometidas no grupo feminino foi de 2,8 e no masculino foi de 2,89. Apenas 3 (7,5%) mulheres não tiveram artérias comprometidas, já no grupo dos homens 6 (10.9%) pacientes não tiveram artérias comprometidas, por outro lado, apenas 12 (30%) mulheres tiveram comprometimento em 4 ou mais arterias, enquanto que 20 (36,4%) homens tiveram 4 ou mais artérias comprometidas. Conclusão: Apesar de uma maior prevalência de pacientes do sexo masculino e da idade média do sexo feminino ser menor, não foram encontradas diferenças angiográficas estatisticamente significantes entre homens e mulheres na amostra estudada, o que pode ser decorrente de uma maior prevalência de fatores de risco no sexo feminino. Palavras-chave: Cineangiocoronariografia. Doença arterial coronariana. Infarto agudo do miocárdio. Mulheres. Homens. Fatores de risco.

TÍTULO: Leishmaniose disseminada: manifestações clínicas e tratamento.

ALUNO(A): Bárbara Maria Nunes Rodrigues da Silva

ORIENTADOR(A): Paulo Machado

CO-ORIENTADOR:

RESUMO A Leishmaniose Disseminada (LD), uma das formas de apresentação clínica da Leishmaniose Tegumentar Americana, é caracterizada por inúmeras lesões cutâneas pleomórficas, geralmente ulceradas, disseminadas por todas as partes do corpo. Descrita anteriormente como uma forma rara de apresentação e, geralmente, associada à imunodepressão, a LD surge como doença emergente em regiões endêmicas de LTA. Seu caráter sistêmico agressivo e resistente ao tratamento convencional implica em conseqüências físicas e psicológicas graves. A necessidade de reconhecimento precoce das manifestações clínicas, políticas de saúde adequadas para o combate ao vetor da doença e novos investimentos na busca de medicamentos mais efetivos e menos tóxicos consistem em fatores fundamentais para o combate dessa forma grave de LTA. Palavras-chaves: Leishmaniose Tegumentar Americana; Leishmaniose Disseminada; manifestações clínicas; tratamento.

TÍTULO: Impacto do uso combinado de corticosteróide e beta-agonista de ação prolongada

inalatórios na função pulmonar de pacientes com DPOC.

ALUNO(A): Bernardo Fonseca Mendoza

ORIENTADOR(A): Margarida Neves

CO-ORIENTADOR:

RESUMO (Enviou a monografia na mídia de DVD-R, a máquina não lê o cd.)

TÍTULO: Revisão Sistemática a respeito do valor prognóstico do leucograma da admissão

em pacientes com síndromes coronarianas agudas.

ALUNO(A): Clarissa Fernandes Tavora Bayde

ORIENTADOR(A): Luís Cláudio Correia Lemos

CO-ORIENTADOR:

RESUMO (CD não lê na máquina, nem mesmo arquivo em PDF. Acredito que ela não completou a gravação do cd.)

TÍTULO: Avaliação do leucograma de pacientes com tétano.

ALUNO(A): Claudia Magnavita Oliveira Tôrres

ORIENTADOR(A): Edílson Sacramento

CO-ORIENTADOR:

RESUMO Introdução: O tétano é uma das doenças infecciosas de mais alta letalidade e sua incidência está associada às condições socioeconômicas e à cobertura vacinal da população, configurando um grave problema de saúde pública para muitos países. No Brasil, apesar de ter sofrido um grande declínio nos últimos anos, a incidência e principalmente a letalidade da doença continuam altos. Diante disso, faz-se necessário o conhecimento de indicadores prognósticos e de fatores preditivos de morte da doença, afim de se instituir um tratamento precoce e eficaz. Este estudo tenta estabelecer uma relação entre as alterações no leucograma de pacientes com tétano e a mortalidade da doença. Objetivo: Estudar o leucograma em pacientes com tétano, visando estimar os tipos de alterações no leucograma nas primeiras 24 horas da admissão hospitalar e fazer uma associação entre o achado no leucograma e o óbito durante o internamento. Metodologia: Foram utilizados dados de 555 pacientes com diagnóstico de tétano do tipo não-neonatal, colhidos quando da admissão destes em um hospital especializado em doenças infecciosas e parasitárias em Salvador, Bahia. Os dados foram coletados durante o período de 1986 a 1997, e entre as variáveis analisadas estavavam idade, sexo, procedência, etnia, leucograma, e morte. Foram utilizados o qui-quadrado ou o teste exato de Fisher e o teste T como medidas de associação entre as diferentes variáveis independentes (achados no leucograma) e a ocorrência de óbito. Resultados: Na amostra estudada observou-se um predomínio de pacientes com idades abaixo de 20 anos, representando 37,70% do total, com diminuição do número de casos com o aumento das faixas etárias. Em relação ao sexo, verificou-se a ocorrência de 75,50% em pacientes do sexo masculino. Em relação à procedência, foi observada uma maior porcentagem de pacientes provenientes de cidades do interior do estado (57,50%), em oposição àqueles procedentes da cidade de Salvador (25,20%). O estudo étnico dos pacientes demonstrou preponderância do grupo de mulatos (55,30%) contra 22,20% de negros e 8,10% de brancos. A avaliação do leucograma revelou que a maioria dos casos apresentavam-se com valores inferiores a 10.000 leucócitos/mm3 (45,80%). A mortalidade geral foi de 27,90%. No grupo com leucograma com menos de 10.000 leucócitos/mm3 a mortalidade foi de 25,80%, enquanto que os grupos que tiveram leucograma com valores de leucócitos/mm3 entre 10.000 e 20.000 e acima de 20.000 leucócitos/mm3 apresentaram taxas de 38,70% e 35,50% respectivamente. Conclusão:. Apesar de serem menos frequentes, os casos que apresentavam leucograma com valores superiores a 10.000 leucócitos/mm3 demonstraram associação entre a leucocitose e óbito, sendo este evento mais comum entre pacientes que apresentavam leucograma com valores de leucócitos superiores a 10.000 leucócitos/mm3 e demonstrando que alerações leucocitárias em pacientes com tétano podem ser utilizadas como fator preditivo de morte na doença. Palavras-chave: Tétano, Prognóstico, Leucograma, Óbito, Letalidade

TÍTULO: Estudo da prevalência de transtornos mentais comuns entre os estudantes de uma

escola de medicina.

ALUNO(A): Cíntia Régia Frota Albuquerque

ORIENTADOR(A): Alcina Andrade

CO-ORIENTADOR:

RESUMO Introdução: A saúde mental é indispensável ao bem-estar geral dos indivíduos, das sociedades e dos países. Os estudantes universitários da área de saúde, principalmente os de Medicina têm sido alvo de vários estudos na área de saúde mental, devido a exposição desse grupo a situações de tensão, desde o processo de admissão à pós-graduação.Há vários estudos indicando que os acadêmicos de medicina estão mais propensos a desenvolverem Transtornos Mentais Comuns. O rastreamento dos TMC é relevante, pois indica que há algum sofrimento psíquico. Objetivo: Estimar a prevalência de transtornos mentais comuns entre estudantes de Medicina da EBMSP em dois momentos do curso. Metodologia: Foi realizado um estudo transversal com 165 estudantes de Medicina do 1° e 11° semestre. A identificação dos possíveis casos de TMC foram feitas pelo Self Report Questionnaire (SRQ-20). Também foram adicionadas variáveis ao questionário e descritas através do calculo de proporções por categoria das variáveis. Resultados: Dos 165 estudantes entrevistados, 53,3% eram do sexo feminino, sendo a idade mais freqüente de 24 anos, correspondendo a 14,5% dos entrevistados. A prevalência de TMC foi de 23,6%. Na análise univariada, a razão de prevalência (RP) associando semestre com TMC foi de 0,72, ( IC 95% de 0,41-1,26). Em relação ao sexo,a RP foi de 0,76( IC 95% de 0,43-1,37. Foi observado que 64,8% dos alunos afirmaram que se sentiam tenso (a)s, nervoso (a)s ou preocupado (a)s. Discussão: A prevalência de TMC encontrada neste estudo pode ser considerada esperada quando comparada a ouros estudos. Observamos que neste estudo houve limitações na atribuição de causalidade para as associações encontradas, já que os estudos transversais não possibilitam analisar ao mesmo tempo resultados e o tempo de exposição.Entretanto, os mesmos contribuem para o planejamento de medidas preventivas, sendo, portanto a principal utilidade deste estudo sinalizar para a instituição onde a pesquisa foi realizada, como estão os estudantes de medicina nestes dois momentos do curso. Conclui-se que através de um estudo longitudinal seria possível realizar o acompanhamento e avaliação dos efeitos do processo ensino-aprendizagem sobre a saúde dos estudantes durante o curso, contribuindo assim para identificação de fatores de risco para o desenvolvimento de transtornos mentais nessa população. Palavras-chaves: Estudantes de medicina, saúde mental, SRQ-20, transtornos mentais.

TÍTULO: Estigma na Depressão: Um Sintoma Social.

ALUNO(A): Celso Mendes Veneza Junior

ORIENTADOR(A): Manuela Garcia Lima

CO-ORIENTADOR:

RESUMO A depressão é um transtorno de humor que vem se tornando cada vez mais prevalente. No entanto, os conceitos difundidos sobre essa doença nem sempre são expostos ou entendidos de forma correta, dando margem ao surgimento de estereótipos e estigmas. O presente estudo objetivou avaliar o grau de auto-estigma e estigma percebido a partir da ótica do paciente, bem como descrever características sociodemográficas da população estudada. Para realização do estudo foi utilizado um questionário sociodemográfico e um outro de avaliação de estigma. Por meio de demanda espontânea, foram conseguidos 15 participantes. A partir das respostas foi possível concluir que a depressão é mais prevalente no sexo feminino e em pessoas de baixo grau de instrução. Alguns pacientes depressivos têm internalizado conceitos errôneos sobre sua doença, e uma grande parte deles percebem o preconceito social que sofrem devido a sua condição de doente mental. Em meio a esse preconceito, a busca pelo tratamento é prejudicada, visto que o paciente tem receio de se expor. Dessa forma, além de todo o desconforto causado pela doença, a sociedade não faz um papel acolhedor, muito pelo contrário, afasta o doente da cura. Palavras Chave: Depressão; auto-estigma; estigma percebido

TÍTULO: Imunopatogênese da Leishmaniose Disseminada.

ALUNO(A): Carolina Machado Ribeiro

ORIENTADOR(A): Paulo Machado

CO-ORIENTADOR:

RESUMO Introdução: As Leishmanioses são antropozoonoses causadas pelo protozoário do gênero Leishmania spp. São um complexo de doenças, negligenciada segundo a OMS, com manifestações clínicas diversas. O Brasil é um dos dez países que concentram 90% dos casos de Leishmaniose tegumentar no mundo. A Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) é uma doença grave e freqüente no Brasil, com maior concentração nas regiões Norte e Nordeste. Suas principais manifestações são: leishmaniose cutânea localizada, disseminada, difusa e mucosa. A imunidade mediada por células do hospedeiro é a responsável pelo controle da infecção, mais especificamente a resposta de células Th1, com produção de IL-12, IFN-γ e TNF-α, segundo estudos em modelo animal. Enquanto que a susceptibilidade à infecção está relacionada à resposta Th2. As diversas manifestações clínicas da LTA dependem da cepa da Leishmania e dos diferentes níveis de resposta imune específica. A Leishmaniose disseminada (LD) é uma forma rara e grave de LTA que se caracteriza pela presença de múltiplas lesões, acometendo pelo menos duas partes do corpo não contínuas, podendo envolver a mucosa. Em Corte de Pedra, região endêmica de LTA, tem se documentado um aumento importante do número de casos de LD, caracterizando-a como doença emergente. A produção periférica de IFN-γ e TNF-α na LD é menor do que a encontrada na forma cutânea localizada, porém pouco se conhece sobre a resposta imune in situ. Objetivo: Descrever a resposta imunológica de pacientes com LD e os possíveis mecanismos imunopatogênicos. Métodos: Foi realizada uma revisão de literatura através do Pubmed e Lilacs. Os artigos incluídos foram aqueles que desenvolveram sobre os aspectos clínicos e imunológicos da Leishmaniose Disseminada. Para reconhecimento da área endêmica, foram feitas visitas ao Posto de Saúde de Corte de Pedra, BA. Resultados: Poucos estudos foram encontrados sobre a resposta imune em pacientes com LD. Em contraste com a LCL, a LD tem uma fraca produção periférica de citocinas Th1 (IFN-γ e TNF-α), com altos níveis de IL-10. Possui também pequena concentração de receptores IL-2, sugerindo uma deficiência na resposta imune mediada por células. Porém, a LD mostrou maior produção de células CD8+ nas lesões cutâneas em comparação com a LCL e LM, indicando proteção contra a Leishmania. Conclusão: A LD apresenta características em nível de produção periférica que sugerem uma imunidade celular deficiente, porém a baixa quantidade de Leishmania nas lesões e produção local de citocinas Th1 indicam capacidade de uma resposta imune celular. Portanto, a imunopatogênese da LD ainda precisa novos estudos sobre a resposta imune periférica e in situ para ser melhor entendida. 4 Palavras-chave: Leishmaniose; Leishmaniose Tegumentar Americana; Leishmaniose disseminada; Imunopatogênese; Citocinas.

TÍTULO: Incidência de eventos tromboembólicos durante a gestação e o pós-parto: uma

revisão de literatura.

ALUNO(A): Coralia Gabrielle Vieira Silveira

ORIENTADOR(A): Marcelo Gomes Silva

CO-ORIENTADOR:

RESUMO O Tromboembolismo Pulmonar e a Trombose Venosa Profunda são dois componentes de uma única patologia chamada Tromboembolismo Venoso. Durante a gestação existe um risco de 4 a 5 vezes maior de ocorrência de Tromboembolismo Venoso. Enquanto a principal causa de morte materna nos países em desenvolvimento é hemorragia; nos Estados Unidos, onde esse problema não é mais relevante, a principal causa de óbito são os eventos tromboembólicos. Sua incidência é maior no terceiro trimestre de gestação e no pós-parto. Como fatores de risco associados à incidência de eventos tromboembólicos podem ser citados: idade maior que 35 anos, raça negra e parto cesárea. Esse estudo realiza uma revisão não-sistemática da literatura sobre a incidência de eventos tromboembólicos durante a gestação e o pós-parto. De uma forma geral, os trabalhos analisados trazem resultados que indicam uma baixa incidência de eventos tromboembólicos e que o evento mais comum, durante a gestação, é a Trombose Venosa Profunda. Tendo em vista que a morbidade maternofetal associada ao Tromboembolismo Venoso é alta, é necessária a pesquisa clínica voltada para a identificação desta patologia durante o período pré-natal.

Palavras-chave: Trombose Venosa Profunda. Tromboembolismo Pulmonar. Gestação.

TÍTULO: Atividade sexual na gestação e contágio por sífilis: Avaliando o papel do parceiro.

ALUNO(A): Douglas Santos Teixeira

ORIENTADOR(A): Bruno Gil de Carvalho Lima

CO-ORIENTADOR:

RESUMO A sífilis é uma doença infecto-contagiosa causada pelo Treponema pallidum e sua transmissão é predominantemente sexual. O T. pallidum tem a capacidade de atravessar a barreira placentária, caso esteja presente na corrente sanguínea da gestante. Isso pode ocorrer em qualquer fase da gestação. No entanto, se a infecção materna for recente, a gravidade das conseqüências da infecção no feto torna-se maior. Logo, o presente estudo tem por objetivo descrever aspectos da prática sexual e histórico de doenças sexualmente transmissíveis, com ênfase na sífilis, em parceiros de gestantes acompanhadas em assistência pré-natal, na cidade de Salvador-BA. Foi feito um estudo descritivo de morbidade enfocando o comportamento sexual com ênfase na gestação. As informações analisadas estão contidas num banco de dados já formado, proveniente de um trabalho realizado em Salvador-BA, que se caracterizou por ser de corte transversal e teve como espaço amostral uma população constituída por 1226 gestantes, que tiveram seu parto realizado entre outubro de 2005 e setembro de 2006, em todos os hospitais e maternidades do SUS no município. No período de estudo, não foram registrados casos de sífilis ou sífilis congênita. No entanto, apesar da inexistência de infecção por sífilis nessa população, notam-se características de risco de grande importância, não só para transmissão dessa doença, como para as DST em geral. Logo, conclui-se com este trabalho que os parceiros das gestantes que fizeram parte do estudo, principalmente aqueles cujos hábitos de vida favorecem a transmissão de infecções, dentre as quais as DST, atuam como grandes vetores dessas doenças, embora não tenham sido registrados casos de sífilis congênita ou sífilis na população de puérperas estudada.

TÍTULO: Impressão diagnóstica intraoperatória da lesão pré-maligna de pregas vocais em

pacientes submetidos à microcirurgia de laringe.

ALUNO(A): Daniel Vasconcelos D’Avila

ORIENTADOR(A): Jeferson Sampaio D´Avila

CO-ORIENTADOR:

RESUMO Introdução: o carcinoma espinocelular (CEC) de laringe e hipofaringe tem como seus principais fatores etiológicos o tabagismo e o etilismo. Muitos autores sugerem uma ação co-carcinogênica da inflamação crônica na mucosa escamosa do epitélio laringo-faríngeo devido ao refluxo do conteúdo gástrico em pacientes portadores de doença do refluxo gastroesofágico (DRGE). Objetivo: avaliar a presença de refluxo laringo-faríngeo em pacientes portadores de CEC de laringe e hipofaringe, as características do tumor, tratamento realizado, sintomas de DRGE e evolução clínica dos doentes. Pacientes e Método: análise retrospectiva, entre 1998 e 2005, de 21 pacientes tratados cirurgicamente de CEC de laringe e hipofaringe no serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço da UNICAMP. Resultados: vinte pacientes (95%) eram do gênero masculino. Dezessete tumores (81%) acometiam a laringe; dos quatro tumores (19%) que acometiam a hipofaringe, todos eram de recesso piriforme. Entre os portadores de CEC laríngeo, 10 (58,8%) apresentavam sintomas clínicos pré-operatórios típicos de DRGE; entre os portadores de CEC de hipofaringe apenas um (25%) apresentava sintomas. Conclusão: a DRGE e o refluxo laringo-faríngeo estão presentes em número significativo de pacientes portadores de CEC de laringe e hipofaringe. Palavras-chaves: Refluxo gastroesofágico. Laringe. Faringe. Neoplasias de cabeça e pescoço. I (O arquivo veio em formato DOCX, favor confirmar se este é o resumo correto.)

TÍTULO: Prevalência de ansiedade e depressão nos pacientes com câncer colorretal.

ALUNO(A): Diego Teixeira Pessoa Ramos

ORIENTADOR(A): Robson Freitas de Moura

CO-ORIENTADOR:

RESUMO O carcinoma hepatocelular (CHC) é o sexto tipo mais comum e o terceiro mais letal dos cânceres. Possui várias causas etiológicas e é de péssimo prognóstico quando irressecável. No Brasil esse câncer não é comum, mas o potencial em desenvolver a doença é alto. Por isso, esse estudo visa avaliar a eficácia das novas técnicas de tratamento para carcinoma hepatocelular irressecável desenvolvidas ou em desenvolvimento nesses últimos dez anos. Nesse sentido foi realizada uma revisão bibliográfica com dez artigos que tratavam do tema. Nessa análise, encontramos várias drogas e associações terapêuticas. Os quimioterápicos utilizados foram o cetuximab, gemcitabina, erlotinib, sorafenib, talidomida e irinotecano, além das combinações gemcitabina, oxaliplatina e cetuximab; 5-fluoruracil (5-FU) e cisplatina em altas doses por via intra-hepática; 5-FU, mitoxantrona e cisplatina por via sistêmica e combinação de ressecção cirúrgica não curativa com doxorrubicina intra-hepática. Essas terapias agiam principalmente na inibição da angiogênese e da proliferação de células tumorais, assim como aumentavam a apoptose e suprimiam a atividade do fator de necrose tumoral α. Apesar desse amplo arsenal terapêutico percebemos que as terapias desenvolvidas nos últimos 10 anos não apresentaram resultados satisfatórios, permanecendo o CHC um tumor de prognóstico reservado. Por isso, a melhor forma de combatê-lo é através da prevenção. Palavras-chaves: carcinoma hepatocelular, irressecável, avançado, tratamento.

TÍTULO: Conhecimento e opinião dos estudantes da área de saúde sobre doação e

transplante de órgãos.

ALUNO(A): Daniela Meneses de Almeida Rios

ORIENTADOR(A): Nedy Neves

CO-ORIENTADOR:

RESUMO Objetivo: Avaliar e comparar o conhecimento e opinião dos estudantes da área de saúde sobre doação e transplante de órgãos, além de constatar o nível do conhecimento transmitido pelas escolas médicas acerca deste assunto. Métodos: Estudo descritivo comparativo analisou cento e setenta e um graduandos dos cursos de medicina, enfermagem e psicologia que responderam, voluntariamente, a um questionário auto-aplicável com 17 perguntas sobre opinião e conhecimento sobre transplante e doação de órgãos. Para o estudo do banco de dados e análises necessárias, foi utilizado o programa Statistical Packcage for Social Science (SPSS). A pesquisa foi realizada na Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP), localizada na cidade de Salvador. Resultados: Mais de 60% dos estudantes de medicina e enfermagem referiram já ter assistido a aulas ou cursos sobre transplante. No curso de psicologia esse índice cai para 23,1%. A qualidade das aulas foi avaliada como boa ou ótima por todos os cursos. Quando questionados sobre a avaliação de seu conhecimento sobre o assunto, os estudantes de medicina e psicologia referiram, em sua maioria, o aprendizado como regular. Já o curso de enfermagem avaliou este conhecimento como bom. Mais de 84% dos graduandos se declararam doadores post-mortem e o restante alegou a falta de informação, o medo e a falta de confiança no sistema de doação os motivos para a negativa. Sobre o diagnóstico de morte encefálica, apesar de mais de 84% dos alunos referirem conhecer o conceito, pouco mais de 60% sentem-se confortáveis em esclarecer dúvidas sobre o assunto. Sobre a manutenção do potencial doador, apenas 55% de todos os graduandos afirmaram saber o que deve ser feito pela equipe de saúde. A maioria dos estudantes (mais de 61%) acertou qual o critério adotado no Brasil para autorização da doação de órgãos, e 78,4% dos entrevistados se submeteriam a um transplante intervivos, ainda que apenas 48% refiram conhecer os riscos envolvidos no processo. Quando questionados se sabiam como funciona a Lista Única de Transplantes, apenas 20,8% dos estudantes de medicina e 23,1% dos estudantes de psicologia responderam positivamente. No curso de enfermagem este número foi muito superior, correspondendo a 64,9% dos entrevistados. Por fim, 98,8% dos graduandos relataram o desejo de obter mais informações sobre doação e transplante de órgãos. Conclusão: Os estudantes demonstraram um conhecimento limitado sobre doação e transplante de órgãos, além de revelarem grande insegurança na abordagem do tema. Comparativamente, os dados evidenciaram a disparidade do conhecimento existente entre os cursos de saúde, o que denota a necessidade de estender este conhecimento, além de torná-lo mais uniforme.

TÍTULO: Distribuição de óbitos de causa mal definida nas capitais brasileiras. ALUNO(A): Danilo Ladeia Muiños de Andrade

ORIENTADOR(A): Bruno Gil de Carvalho Lima

CO-ORIENTADOR:

RESUMO Introdução: A proporção de óbitos de causa mal definida (POCMD) é um fator de interferência nas estatísticas de mortalidade e a clareza desses dados é se suma importância para o mapeamento epidemiológico de uma região. Conhecer o perfil epidemiológico consiste em poder planejar ações em saúde pública. No mundo, se vê uma preocupação em reduzir a POCMD. No Brasil, os dados sobre mortalidade são disponibilizados pelo Sistema de Informação de Mortalidade (SIM), que tem como documento padrão a declaração de óbito. Métodos: Foi feito um estudo descritivo de mortalidade. Os dados foram obtidos na edição de 2008 dos Indicadores e Dados Básicos do Brasil (IDB), disponibilizados pelo Ministério da Saúde. A base territorial escolhida foi a Capital e o conteúdo relativo ao período de 1990 e 2006. O coeficiente de correlação de Spearman foi utilizado para testar a hipótese de relação entre óbitos de causa mal definida e óbitos sem assistência médica. Resultados: A proporção de óbitos por causa mal definida (POCMD) no Brasil não se modificou muito ao longo do período estudado. Algumas capitais como Palmas, João Pessoa e Manaus tiveram um acréscimo significativo em seus valores. Outras como Macapá, Fortaleza e Maceió demonstraram uma redução considerável na suas proporções. Os valores de Salvador oscilaram em números baixos nos anos estudados. Discussão: Apesar do Brasil está reduzindo suas médias nos últimos anos, o total das capitais brasileira variou em menos de 1%. Palmas e João Pessoa foram as capitais que mais reduziram seus valores no período estudado e Macapá, Fortaleza e Maceió com maiores acréscimos. Algumas capitais brasileiras mostraram níveis compatíveis com países desenvolvidos formando um contraste com outras capitais de valores elevados. Salvador mostrou valores relativamente baixos, entretanto a Bahia possui alta proporção de óbitos por causa mal definida, mostrando, possivelmente, que o motivo para essa proporção da Bahia não está na sua capital. O coeficiente de correlação de Spearman não alcançou significância estatística. Conclusão: A redução da proporção de óbitos de causa mal definida é de suma importância para as estatísticas de mortalidade. Apesar do Brasil e algumas capitais estarem diminuindo seus valores, este movimento não é total uma vez que algumas capitais brasileiras estão aumentando suas proporções. Assim, a vigilância sobre esses dados deve ser constante e medidas para melhoria de sua qualidade devem ser tomadas. Palavras-chaves: Morte por causa mal definida, óbitos sem assistência médica, Sistema de Informação de Mortalidade, capitais brasileiras.

TÍTULO: Avaliação da administração de 600mg/dia de pregabalina no tratamento da

neuropatia diabética sensório-motora: uma metanálise.

ALUNO(A): Déa Nívea Pereira Alves

ORIENTADOR(A): Sérgio Cruz

CO-ORIENTADOR:

RESUMO Antecedentes: De cada quatro pacientes diabéticos, um é afetado pela polineuropatia simétrica distal, um processo patológico insidioso e progressivo, que representa um importante problema de saúde. Pacientes acometidos podem apresentar dor neuropática, responsável por significativa morbidade, aumento da mortalidade, redução significante da qualidade de vida por incapacitação e diminuição de sobrevida. Medicamentos de diversas classes diferentes são usados para tratar as parestesias e dores da neuropatia periférica diabética sensório-motora com graus variados de eficácia, segurança e tolerabilidade. Existem muitas similaridades entre os fenômenos fisiopatológicos observados em alguns modelos de epilepsia e os modelos de dor neuropática, o que justifica o uso de drogas anticonvulsivantes para o tratamento. Anticonvulsivantes como gabapentina e pregabalina alcançaram ampla utilização. O intervalo posológico eficaz para o tratamento de síndromes de dor neuropática com pregabalina é de 150 a 600 mg/dia, administrados duas ou três vezes ao dia. Objetivo: avaliar a eficácia, através da melhora significativa da dor, a segurança, através dos efeitos adversos manifestados, e a tolerabilidade, através do abandono frente aos efeitos adversos, no uso da pregabalina a 600 mg/dia em pacientes com neuropatia diabética sensório-motora. Secundariamente, verificar diferenças na eficácia frente ao esquema posológico de três vezes ao dia (TID) versus duas vezes ao dia (BID). Métodos: Para realizarmos esse trabalho, utilizamos os dados obtidos a partir de ensaios clínicos randomizados controlados por placebo em neuropatia diabética sensório-motora para avaliar a eficácia, segurança e tolerabilidade da pregabalina na dose eficaz de 600 mg/dia. Esses dados foram usados para determinar também a eficácia nas diferentes administrações. A metanálise foi realizada de acordo com as orientações QUORUM (qualidade de relatórios de metanálises) e as recomendações da Cochrane Collaboration, quando apropriado. A relevância clínica dos ensaios randomizados controlados que foram analisados foi verificada usando o Review Manager, de acordo com as recomendações da Cochrane Collaboration. Conclusão: A dose de 600 mg/dia de pregabalina reduziu efetivamente a dor neuropática diabética e foi bem tolerada. Os resultados do regime posológico da droga de 3 vezes ao dia não diferem dos de 2 vezes ao dia. Palavras-chave: Pregabalina. Tratamento. Dor. Neuropatia diabética.

TÍTULO: Obesidade como fator de risco para o câncer de mama: uma revisão da literartura.

ALUNO(A): Dayse Caroline Rocha de Magalhães

ORIENTADOR(A): Robson Moura

CO-ORIENTADOR:

RESUMO Nos últimos anos, a incidência da obesidade vem aumentando e é possível observar sua relação com doenças crônicas como o câncer, dentre eles o câncer de mama. Essa relação é vista, principalmente, em mulheres obesas pós-menopausadas, porém estudos já mostram que a obesidade na pré-menopausa também eleva o risco de neoplasia mamária. Esse trabalho teve como objetivo avaliar a obesidade como fator de risco para o câncer de mama. Para isso foi realizada uma revisão da literatura com nove artigos originais publicados nos últimos 10 anos. Os artigos foram selecionados a partir das palavras-chave obesity (obesidade) AND (e) Breast cancer (câncer de mama). Variáveis como o IMC nas diversas fases da vida, o maior IMC atingido, medidas de circunferências corpóreas e ganho de peso durante toda a vida adulta foram analisadas pelos estudos revisados nesse trabalho. Os resultados encontrados mostraram uma associação positiva da obesidade na pós-menopausa, aos 12 anos de idade e durante a vida adulta, do ganho de peso e de algumas circunferências do corpo com o aumento do risco de desenvolvimento da neoplasia mamária. É possível, então, se pensar em medidas de prevenção da obesidade desde a adolescência, visando à redução dos índices de câncer de mama para as próximas gerações.

TÍTULO: Perfil do paciente e causas da doença renal crônica em uma clínica de diálise da

Bahia.

ALUNO(A): Daniel Sampaio Muniz Ferreira

ORIENTADOR(A): Elise Schaer

CO-ORIENTADOR:

RESUMO OBJETIVOS: Caracterizar os pacientes em programa hemodialítico; verificar a prevalência e incidência das causas de doença renal crônica terminal (DRCt), indicar a prevalência da hepatite B (VHB) e C (VHC) e do vírus da imunodeficiência humana (HIV). MÉTODOS: Trata-se de um estudo descritivo epidemiológico, realizado em uma Unidade de Nefrologia em Feira de Santana – BA foram inclusos no trabalaho 345 pacientes em tratamento hemodialítico no mês de abril de 2010. RESULTADOS: 56% da amostra foi composta pelo sexo masculino, 69% teve idade entre 20 e 59 anos, 29% eram idosos. Em relação à prevalência da doença de base, calculada em toda a amostra, as Glomerulonefrites (GN’s), Diabetes Mellitus (DM) e Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) foram as principais causas, com 24,6%, 18,84% e 15,36% da amostra, respectivamente. Dos pacientes que iniciaram tratamento nos últimos 12 meses (n=95) as principais causas da DRCt foram as mesmas com diferentes percentuais DM (27%), HAS (15%), GN’s (13%). A prevalência da Hepatite C foi de 7,5%, Hepatite B 0,9% e HIV 0,3% CONCLUSÃO: As principais etiologias da DRCt em nosso meio foram as glomerulonefrites, a diabetes e a hipertensão arterial sistêmica. O estudo também demonstrou um grande número de etiologias desconhecidas, o que endossa a necessidade de estratégias que visem o acompanhamento do paciente antes do desenvolvimento das complicações terminais da doença renal. Quanto ao perfil da população, chama atenção a maior prevalência de adultos (20 -59). A hepatite C mostrou prevalência 5 vezes maior entre hemodialisados quando comparado a população brasileira. Palavras-chaves: Insuficiência renal crônica, etiologia, hemodiálise, perfil dos pacientes, diabetes, hipertensão, Glomerulonefrites.

TÍTULO: Fibrilação atrial com duração menor que 48 horas: Presença de tombos nos átrios

e ariculetas: Revisão de Literatura.

ALUNO(A): Fernanda Matos da Silva

ORIENTADOR(A): Flávio Galvão

CO-ORIENTADOR:

RESUMO Introdução: a fibrilação atrial é a taquiarritmia mais frequente na clínica, estando associado a alta prevalência de eventos tromboembólicos. Atualmente, o postulado de que a fibrilação atrial deve persistir por mais de 48 horas para haver formação de trombos nos átrios e auriculetas tornou-se amplamente aceito, entretanto não há dados clínicos que suportem essa conduta de forma clara e definitiva. Objetivo: revisar a literatura na busca de trabalhos científicos que analisem a presença de trombos em pacientes com fibrilação atrial de duração igual ou inferior a 48 horas. Materiais e métodos: Foram pesquisados no PUBMED/SCIELLO/COCHRANE estudos que abordassem a formação de trombos em pacientes com fibrilação atrial com duração menor ou igual a 48 horas. Resultados: A partir dos critérios de inclusão e de exclusão foram selecionados 6 artigos. Os resultados analisados mostraram-se divergentes. A formação de trombos segundo alguns autores chega a 14% em pacientes com FA ≤ 48 horas, já outros autores referem que a taxa de trombos em FA ≤48 horas é insignificante. Isto pode ser explicado pela heterogeneidade das populações em cada estudo, pela frequência diferente de comorbidades associadas e pelo uso mais prolongado de anticoagulantes em alguns estudos. Outra questão a ser abordada é a pequena quantidade de artigos encontrados que tinham como objetivo estudar a formação de trombos em fibrilação atrial com duração menor ou igual que 48 horas. Conclusão: A formação de trombos está associada não só ao tempo de fibrilação atrial, mas está também relacionada a questões individuais, como doenças de base e uso de anticoagulantes. Porém fica a informação de que existe possibilidade de formação de trombos nos átrios e auriculetas de pacientes com fibrilação de duração menor ou igual a 48 horas. O pequeno número de trabalhos encontrados em relação a esse tema tão polêmico mostra a necessidade de realização de outros estudos para melhor compreensão do assunto. Palavras-chaves: “atrial fibrillation”, “less than 48”, “acute atrial fibrillation”, “thrombus”.

TÍTULO: Perfil do consumo de álcool entre adolescentes escolares na cidade de Salvador-

Bahia.

ALUNO(A): Fábio Almeida Maciel Sobrinho

ORIENTADOR(A): Adelmo de Souza Machado Neto

CO-ORIENTADOR:

RESUMO Introdução: Atualmente, a utilização inadequada de substâncias psicoativas (SPA) tem deixado a sociedade em estado de alerta, sobretudo o uso e abuso do álcool por jovens, que é considerado um grave problema de saúde pública. A Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta o álcool como a SPA mais consumida no mundo e também como a droga de escolha entre adolescentes e crianças. Na adolescência ocorrem as mudanças emocionais, biológicas e sociais; e diversos fatores estão relacionados a experimentação e consumo de álcool. A utilização de bebidas alcoólicas entre os adolescentes está associada a diversos riscos e danos. Diante das relevantes questões relacionadas ao uso dessa substância, é importante obter maiores conhecimentos sobre a freqüência e os padrões consumo nesse grupo específico, para que se possa conhecer melhor essa população. Objetivo: Estudar o perfil do consumo de álcool entre os adolescentes escolares do município de Salvador, Bahia, Brasil. Métodos: Foi realizado um estudo descritivo de dados secundários relativos obtidos na realização de um levantamento com 6.500 adolescentes de SSA (BA). Foram analisados dados relativos ao consumo de álcool, dados sócio-demográficos, a exposição ao consumo das substâncias do estudo por terceiros, aspectos educacionais e a mídia. Resultados: A prevalência de uso de álcool na vida foi de 61,6%. A média de idade da experimentação foi de 13,50 anos (± 1, 732). O consumo atual do álcool (últimos 30 dias) foi observado em 31,1 % dos entrevistados que utilizaram bebidas alcoólicas pelo menos uma vez na vida. O tipo de bebida alcoólica mais freqüente entre os escolares foi a cerveja (80,8%). Conclusão: O presente estudo possibilitou a identificação da alta prevalência da experimentação e de consumo pesado de álcool entre escolares. O jovem precisa ser acompanhado pela família e pelas autoridades competentes, visto que esse comportamento de risco traz inúmeros prejuízos pessoais e para o coletivo. Palavras-chaves: Adolescentes, Escolares, Consumo de álcool, Experimentação de álcool, Salvador.

TÍTULO: Avaliação de lombalgia em estudantes de medicina.

ALUNO(A): Filipe Pedral Sampaio de Souza Dantas

ORIENTADOR(A): Maria Lucia Ribeiro Rocha

CO-ORIENTADOR:

RESUMO Introdução: A lombalgia, de grande incidência na população mundial, causa prejuízos tanto por perda de produtividade quanto por gastos com assistência à saúde. De etiologia multifatorial, seu diagnóstico é clínico e basicamente caracterizado por dor, incapacidade de trabalhar e de movimentação. Formada por uma tríade articular composta pelo disco intervertebral, juntura sinovial e corpo vertebral esta é a base anatômico-funcional da coluna lombar. O foco da lombalgia se encontra no disco, que sofre modificações no decorrer da idade, do metabolismo anaeróbio e do estresse mecânico na vida do indivíduo. Objetivos: Calcular a prevalência de lombalgia em estudantes de medicina, do 1º ao 5º ano, da EBMSP. Metodologia: Um estudo transversal, através da internet, via e-mail, foi a base para aplicação dos questionários e interação com os estudantes de medicina da EBMSP abrangendo do 1º ao 9º semestres. Um questionário pré-teste foi aplicado, previamente ao envio dos convites via e-mail, o que tornou possível adaptá-lo e organizá-lo de forma satisfatória no questionário definitivo. Em paralelo ao recebimento dos questionários eletrônicos, questionários impressos também foram aplicados e somados aos recebidos via e-mail, totalizando o recebimento de 188 válidos. Resultados: Foi evidenciada uma relação inversamente proporcional de dor lombar e atividade física ao fazer uma análise comparativa e exclusiva de 4 semestres (2º, 7º, 8º e 9º), sugerindo que indivíduos sedentários tendem a ter mais lombalgia que indivíduos ativos. Ao analisar os indivíduos com dor já estabelecida relacionando a prática ou não de atividade física os achados mostraram-se controversos. Além disso, observou-se que o grupo feminino teve mais lombalgia que o masculino. Discussão: O curso de medicina interfere na diminuição da prática de atividade física, e esta, por sua vez, se associa a um aumento na prevalência de lombalgia. Esses dados mostraram-se fidedignos à literatura, entretanto, também foram encontrados achados dissonantes, mostrando que a maioria dos indivíduos com dor na coluna praticava atividade física, algumas hipóteses foram aventadas entre elas a possível inadequação da postura no dia-a-dia e durante os exercícios e/ou falta de orientação profissional. Conclusão: Neste trabalho observou-se um aumento da prevalência de lombalgia associada a diminuição da prática de atividade física em estudantes de medicina ao longo dos semestres. Verificou-se ainda que dentre os alunos que referiam lombalgia, a maioria praticava exercício físico. Palavras-chaves: Lombalgia, atividade física, sedentarismo.

TÍTULO: Infusão de IBP contínua versus intermitente na úlcera péptica hemorrágica após

tratamento endoscópico.

ALUNO(A): Fernanda Batista Gonçalves

ORIENTADOR(A): Daniela Rosa Magalhães Gotardo

CO-ORIENTADOR:

RESUMO Introdução: A hemorragia digestiva alta é a complicação mais freqüente da úlcera péptica hemorrágica e clinicamente se manifesta por hematêmese, melena ou hematoquezia. Atualmente, o tratamento preconizado é o controle endoscópico do sangramento, seguido pelo tratamento farmacológico com inibidores da bomba de prótons (IBP). Objetivo: Comparar a utilização de IBP contínua e intermitente no tratamento da úlcera péptica hemorrágica. Materiais e métodos: Foram pesquisados no PUBMED/MEDLINE ensaios clínicos ou estudos randomizados e controlados que comparavam as formas de infusão contínua e intermitente dos IBPs. Resultados: Foram encontrados 381 trabalhos, destes cinco foram selecionados por se enquadrarem nos critérios de inclusão e por estarem diretamente relacionados ao tema. Foram selecionados mais três artigos a partir das referências bibliográficas, resultando em 8 estudos analisados. Todos os estudos evidenciaram o benefício do uso de IBP em relação ao placebo, segundo os parâmetros analisados. Também não houve diferença significativa entre a infusão contínua e intermitente na taxa de ressangramento, duração do tempo de internação, necessidade de endoscopia de resgate e cirurgia de urgência, necessidade de transfusão sanguínea e mortalidade; entretanto, a infusão intermitente tem como vantagens o custo e a plicação. Conclusão: O uso de IBP contínuo ou intermitente mostrou-se benéfico em pacientes com hemorragia digestiva alta secundária à úlcera péptica hemorrágica. Palavras-chaves: “úlcera péptica hemorrágica”, “inibidores da bomba de prótons”.

TÍTULO: Emprego de uma nova metodologia na educação nutricional em um colégio da

rede estadual de ensino.

ALUNO(A): Felipe Evangelista Simões

ORIENTADOR(A): Marcos André Vannier dos Santos

CO-ORIENTADOR:

RESUMO Objetivos: comparar o conhecimento de alunos de um colégio da rede estadual de ensino, localizado em Salvador (BA), acerca da alimentação adequada para subgrupos populacionais específicos, antes e depois do emprego de uma nova metodologia na educação nutricional; conscientizar os participantes do estudo sobre a importância de uma alimentação adequada; e levantar dados relacionados ao acesso à informações relacionadas à uma alimentação saudável e à preferências relacionadas à métodos educacionais. Métodos: ensaio clínico controlado, sem randomização e mascaramento, com aplicação de questionários nos participantes antes e depois de uma atividade teórica e uma pratica, que permitiu uma análise estatística descritiva, através da comparação do desempenho dos participantes antes e depois da intervenção. Ambos questionários são de autopreenchimento, padronizados, desenvolvidos pelo próprio autor do estudo. Foram 65 alunos, regularmente matriculados no 6o ano (antiga 5ª série) do Ensino Fundamental, no de 2010, independente da idade e sexo. Resultados: houve um aumento de 5% na percentagem de respostas corretas e redução de 5% na percentagem de respostas erradas após a realização das atividades. A maioria dos participantes (mais de 90%) acha importante receber informações relacionadas à alimentação, pois assim podem se alimentar melhor. Mais de 50% dos participantes acha que aprendem melhor os assuntos com o professor falando. Após a intervenção, houve uma queda significativa (-30%) na percentagem de participantes que achavam que as atividades práticas desenvolvidas em sua escola eram boas. 93% dos participantes gostaram da atividade, 55% a classificaram como ótima, 84% gostariam que atividades lúdicas fossem mais comuns na escola e 52% nunca teve aulas ou esteve em alguma palestra sobre o assunto. Conclusões: diante dos bons resultados obtidos com as atividades; da importância que o tema tem para esta população; da forma didaticamente favorável que o conhecimento é transmitido; da baixa qualidade (e da carência) das atividades práticas realizadas nesta escola; da falta de acesso à informações relacionadas à uma alimentação saudável; da satisfação dos alunos em terem participado das atividades; do caráter preventivo da mesma (do ponto de vista de saúde pública); e do seu baixo custo, é salutar que atividades lúdicas estejam mais presentes nas escolas, como uma ferramenta eficaz do professor na educação nutricional. Palavras-chaves: educação nutricional; atividade lúdica; alimentação saudável; subgrupos populacionais.

TÍTULO: Câncer de mama estadiamento IV e tratamento cirúrgico.

ALUNO(A): Fernanda Alves Guimarães

ORIENTADOR(A): Clarissa Mathias

CO-ORIENTADOR:

RESUMO Introdução: O câncer de mama estadiamento IV ou metastático é considerado uma doença incurável e a sobrevida em 5 anos é estimada em 20%, com duração média de 18-24 meses. O tratamento é, tradicionalmente, paliativo, com terapia sistêmica (quimioterapia, tratamento hormonal e terapia biológica). Tratamento cirúrgico potencialmente curativo do tumor primário de mama não é considerado, já que se acredita que não aumenta a sobrevida, pelo fato de metástase representar doença não mais curável, sendo indicado somente como tratamento paliativo se o tumor é sintomático, com complicações locais como sangramento, infecção, ulceração e dor. No entanto, recentes estudos contestaram esta abordagem clássica,indicando que a cirurgia pode melhorar significativamente a sobrevida de pacientes com estadiamento IV. O objetivo principal deste trabalho é analisar o tratamento cirúrgico em mulheres com câncer de mama estadiamento IV, observando o impacto na sobrevida. Materiais e Métodos: Foi realizada uma revisão bibliográfica não-sistemática, sendo pesquisados artigos relevantes e específicos em relação ao tema, publicados no período de 2006 a 2009, em inglês, espanhol e português. A identificação dos artigos foi feita em novembro de 2009, através de busca nas bases de dados PUBMED e SCIELO. Resultados: Após exclusão de artigos que não preencheram os critérios de inclusão, foram selecionados 10 estudos para a revisão. Quatro destes utilizaram registros de dados populacionais, e os demais foram baseados em registros hospitalares. Em todos eles, uma parte das pacientes foi tratada com cirurgia do tumor primário de mama. A análise bruta, sem ajuste para variáveis, mostrou que a cirurgia foi associada a uma melhora estatisticamente significante da sobrevida globalem seis dos dez estudos utilizados, a uma melhora estatisticamente significante da sobrevida livre de doença e tendência a aumento da sobrevida global em um estudo e a uma tendência para melhor sobrevida global nos três estudos restantes. Em 7 estudos, as pacientes submetidas à cirurgia tinham menos sítios metastáticos e/ou menos metástases viscerais, sendo estes fatores prognósticos associados à sobrevida, e em 5 destes, pacientes com um sítio metastático apresentaram melhor sobrevida em comparação com aqueles com os múltiplos focos. Metástases viscerais foram atribuídas a um pior prognóstico em comparação com metástases ósseas, em 5 trabalhos. A maioria dos estudos foi ajustada para idade, tamanho dotumor, status de receptores hormonais, número e local de doença metastática. Alguns deles também foram ajustados para o uso da quimioterapia, hormonioterapia, radioterapia e margens cirúrgicas. As seguintes variáveis, com impacto na sobrevida, foram identificadas em diversos estudos: idade, RE e RP, número e locais de metástases, uso de terapia sistêmica e margens cirúrgicas. Conclusão: A revisão de literatura sugere que a cirurgia do tumor primário em pacientes diagnosticadas com câncer de mama estadiamento IV tem um impactopositivo na sobrevida. Definir se há aumento significativo da sobrevida após cirurgia e quais subgrupos se beneficiariam são questões importantes a serem esclarecidas, pela possibilidade de definirem tratamento para uma doença tradicionalmente intratável, sendo necessários ensaios clínicos prospectivos randomizados para validar esta mudança de paradigma. Palavras-chaves: Cirurgia, Câncer de Mama, Estadiamento IV, Metastático, Sobrevida.

TÍTULO: Consumo de cafeína e sonolência diurna entre estudantes de medicina de uma

escola privada.

ALUNO(A): Fabiana Oliveira da Silva

ORIENTADOR(A): Ieda Maria Barbosa Aleluia

CO-ORIENTADOR:

RESUMO (Enviou a monografia na mídia de DVD-R, a máquina não lê o cd.)

TÍTULO: Uso de beta-bloqueadores na parada cardiorrespiratória por fibrilação

ventricular/taquicardia ventricular sem pulso (FV/TVSP).

ALUNO(A): Felipe Carvalho de Oliveira

ORIENTADOR(A): Gilson Feitosa-Filho

CO-ORIENTADOR:

RESUMO Introdução: As diretrizes do ACLS (Advanced Cardiac Life Support) recomendam o uso da epinefrina durante a Reanimação Cardiopulmonar (RCP) para aumentar a pressão de perfusão e o fluxo sanguíneo coronarianos, através da vasoconstricção periférica alfa-adrenérgica, e assim sejam obtidos os valores mínimos de pressão de perfusão coronariana, necessários para tornar a desfibrilação possível. Entretanto, a estimulação beta-adrenérgica desencadeada pela epinefrina pode ser deletéria, através do aumento no consumo miocárdico de oxigênio e redução da perfusão subendocárdica, levando a uma depressão na função miocárdica pós-RCP. Objetivo: O presente trabalho consiste numa revisão sistemática da literatura existente sobre o uso do bloqueio beta-adrenérgico na PCR secundária à Fibrilação Ventricular e Taquicardia Ventricular Sem Pulso (FV/TVSP). Métodos: As publicações foram identificadas através de pesquisa no banco de dados eletrônico da MEDLINE; foram incluídos aqueles que tratavam do uso de bloqueio beta-adrenérgico na RCP. Resultados: O uso de bloqueio beta-adrenérgico tem sido extensivamente estudado em modelos animais de PCR, que sugerem ser ele capaz não só de reduzir a demanda miocárdica de oxigênio, o número de choques necessários para desfibrilação e a recorrência de arritmias, mas também melhorar a função miocárdica pós-RCP e aumentar a sobrevida. Alguns poucos relatos de caso fazem referência ao uso de beta-bloqueadores em pacientes humanos e, juntamente com o único estudo comparativo e prospectivo sobre o tema, sugerem que o bloqueio beta-adrenérgico poderia ser usado de forma eficiente e segura na PCR em humanos. Conclusão: Embora a literatura existente aponte para um efeito benéfico do bloqueio beta-adrenérgico em pacientes apresentando-se em PCR por FV/TVSP, ensaios clínicos de qualidade ainda são desejáveis para tentar responder definitivamente essa questão. Palavras-chaves: Reanimação Cardiopulmonar. Fibrilação Ventricular. Beta-bloqueador. Bloqueio beta-adrenérgico. Suporte Avançado de Vida Cardíaco.

TÍTULO: O uso do Imatinib no tratamento de tumores estromais gastrointestinais: Revisão

de literatura sob tratamento de GIST irressecáveis , metástaticos e prevenção de recidivas.

ALUNO(A): Glauber Cesar M. Barbosa

ORIENTADOR(A): Daniela Gotardo

CO-ORIENTADOR:

RESUMO O mesilato de imatinibe foi uma medicação que revolucionou o tratamento para tumores estromais gastrointestinais (GIST) avançados e/ou metastáticos, além de ser importante fator no impedimento das recidivas após a ressecção cirúrgica do tumor. Essa revisão de literatura tem o objetivo de avaliar o uso deste medicamento nestas situações pertinentes. A partir dos resultados dos vários estudos consultados para esta revisão, conclui-se que a utilização da droga no tratamento de GIST é satisfatória, promovendo aumentos da progressão livre de doença e da sobrevivência. Além disso, a droga mostrou como importante redutor do tamanho tumoral e torna o tumor menos friável, facilitando a ressecção. Ainda pode ajudar reduzindo a morbimortalidade da ressecção cirúrgica, tornando possível que seja feito um procedimento cirúrgico mais conservador ao invés de ser feito uma cirurgia radical. Não existe um protocolo padrão para o uso da droga, porém já existem vários guidelines por todo o globo que se baseiam nos resultados de estudos feitos com o imatinibe, mesmo não havendo estudos expressivos a longo prazo para avaliação da droga, apesar de os resultados preliminares desses estudos já se mostrarem animadores. Palavras-chaves: GISTI. Tratamento de GIST. Imatinibe. Tumores submucosos de GIST. Leiomioma. Leiomiossarcoma de GIST.

TÍTULO: Prevalência de sintomas neurológicos em pacientes infectados pelo HTLV-1 no

ambulatório multidisciplimar da Universidade Federal da Bahia.

ALUNO(A): Gil Vicente Brandão M. Porto

ORIENTADOR(A): Edgar Marcelino de Carvalho

CO-ORIENTADOR:

RESUMO Introdução: O vírus linfotrópico humano de células T do tipo 1 (HTLV-1) causa a mielopatia associada ao HTLV-1/ paraparesia espástica tropical (HAM/TSP) e a leucemia/ linfoma de células T do adulto (LLTA). Atualmente, sabe-se que o HTLV-1 também pode estar relacionado a outras doenças e manifestações ligadas ao sistema nervoso. Polineuropatia, déficit cognitivo, disautonomias, manifestações cerebelares e esclerose lateral amiotrófica estão entre as doenças neurológicas associadas ao vírus. Objetivo: determinar a frequência de sintomas neurológicos em pacientes acompanhados no Serviço de Imunologia do Ambulatório Multidisciplinar de HTLV-1 no Hospital Universitário Professor Edgard Santos (HUPES). Metodologia: Foi conduzido um estudo descritivo transversal com 409 pacientes do banco de dados do Ambulatório Multidisciplinar de HTLV-1 do HUPES em Salvador - Bahia. Dentre os pacientes, 319 são portadores do HTLV-1 (grupo controle) e 90 apresentam diagnóstico de HAM/TSP. Os dados são referentes a anamnese e exame físico completo dos pacientes. Resultados: Quando comparado com o grupo controle, os pacientes com HAM/TSP têm mais parestesias nas mãos (38,4%; 52,2%) e nos pés (29,2%; 72,2%), déficit cognitivo (77,2%; 86,6%), urgência urinária (62,2%; 15%), noctúria (59,9%; 84,4%), disfunção erétil grave (9,2%; 56,7%) e hiporreflexia de MMSS (0,3%; 2,4%). Nos reflexos patelar (7,1%; 4,7%) e aquileu (8,4%; 8,2%) o número de hiporreflexia foi superior nos pacientes do grupo controle. Apenas um paciente com HAM/TSP apresentou sinais de envolvimento cerebelar e nenhum paciente teve diagnóstico de esclerose lateral amiotrófica. Conclusão: A prevalência de sintomas e doenças neurológicas é maior em pacientes portadores de HTLV-1 que desenvolveram a HAM/TSP. Porém em pacientes que não desenvolveram a mielopatia também existe uma parcela significativa de alterações neurológicas. Palavras-chave: vírus linfotrópico humano de células T do tipo 1 (HTLV-1); paraparesia espástica tropical (HAM/TSP); doenças neurológicas; sintomas neurológicos; oligossintomáticos.

TÍTULO: Avaliação Morfofuncional Ecocardiográfica de Idosos comparada aos não Idosos.

ALUNO(A): Kyra Nhayanna C. Machado

ORIENTADOR(A): Lucíola Crisóstomo

CO-ORIENTADOR:

RESUMO Introdução: É crescente a preocupação com o envelhecimento, sendo esse processo associado a significativas alterações cardiovasculares o que contribui para que a maior porcentagem de mortes por causa cardiovascular acometa os idosos. O ecodopplercardiograma (ED) é um exame complementar usado em cardiologia, um método não invasivo, disponível, de relativo baixo custo, e que permite avaliar a anatomia e função do coração. Não estão claramente demonstrados os diâmetros das câmaras cardíacas, a função sistólica e padrões de função diastólica em idosos, de diferentes populações, considerando que estes aspectos, podem variar com relação à estatura e peso, assim como com a prevalência de doenças. Objetivos: Identificar o perfil ecodopplercardiográfico de indivíduos idosos comparados aos não idosos na rotina ambulatorial e em relação ao sexo e estratos etários.Métodos: Estudo Transversal.População constituída por pacientes que compareceram a uma instituição privada em Salvador-BA, para realização de ED no período de março de 2009 a março de 2010, sendo formada por 273 indivíduos idosos (> 65 anos) e 273 indivíduos não idosos (20 – 40 anos) no mesmo período, pareados por sexo. Utilizada base de dados eletrônica da instituição. Para as análises utilizaram-se estatística descritiva, testes paramétricos e não paramétricos, e valores de p<0,05 foram considerados estatisticamente significantes. O projeto de pesquisa foi aprovado pelo comitê de ética e pesquisa em seres humanos. Resultados: Foram avaliados 546 ecodopplercardiogramas. A idade média dos idosos foi de 77,5±6,3 anos (65 – 102) e nos não idosos 34,5±3,7 anos (25 – 40), e nos dois grupos houve maior proporção de mulheres (66%). Diâmetros cardíacos nos idosos e não idosos: VD= 17,5±2,8mm (10,0–32,0) vs. 17,5±2,9mm (10,0 - 37,0) (p=0,834); VEdiast.=51,3±6,2mm (37,0–76,0) vs. 48,2±4,3mm (37,0 – 63,0); VEsist.= 31,7±6,6mm (18,0–62,0) vs. 28,5±3,8mm (19,0–51,0); AE=39,4±6,4mm(27,0–66,0)vs.35,2±4,5mm(25,0–63,0) ; aorta=32,8±4,7mm(20,0–60,0)vs.29,8±3,5mm(22,0–40,0)(p<0,0001); massa do VE=223,9±77,6g(101,0–593,0)vs.167,7±49,8g(89,0–367,0); FE do VE idosos e não idosos:63,0±8,7%(30,0–88,0)vs.65,8±5,5% (35,0–81,0),p<0,0001. Alteração de relaxamento em 201 ED(73,6%)em idosos e 6(2,2%)nos não idosos.(p< 0,0001).Valva mitral alterada em 48,9%(134)dos idosos e Valva aórtica alterada em 191 idosos(69,7%) (p<0,0001). Ecodopplercardiograma alterado em 100% dos idosos acima de 80 anos (65 – 79 anos=92%; ≥ 80anos=100%, p<0,0001). Conclusão: O Ecodopplercardiograma dos idosos apresentou diferenças significativas em relação aos não idosos quanto aos diâmetros, espessura, função cardíaca e acometimento valvar. A função diastólica do ventrículo esquerdo foi pior nos idosos que nos não idosos, e a alteração do tipo I (alteração do relaxamento) foi o padrão mais frequentemente encontrado; Alterações das valvas aórtica e mitral foram as mais frequentes; Os Achados sugerem possível associação entre a idade nos idosos e entre os sexos nos não idosos. Palavras-chaves: idosos, ecodopplercardiograma, morfofuncional e rotina ambulatorial.

TÍTULO: Efetividade da Terapia com Laser Endovenoso comparada à Safenectomia no

Tratamento de Varizes Primárias.

ALUNO(A): Klenio Menezes Machado

ORIENTADOR(A): Marcelo Gomes

CO-ORIENTADOR:

RESUMO (Enviou a monografia na mídia de DVD-R, a máquina não lê o cd.)

TÍTULO: Estudo Longitudinal de Função Cardíaca do Modelo Experimental da Distrofia

Muscular de Duchenne.

ALUNO(A): Isabela Teixeira Rosado

ORIENTADOR(A): Simone Garcia Macambira

CO-ORIENTADOR:

RESUMO A distrofia muscular de Duchenne (DMD) é a distrofia muscular mais comum e letal do mundo, acometendo um indivíduo em cada 3500 nascimentos vivos. É uma doença congênita, recessiva, ligada ao X, que acomete apenas meninos, e caracteriza-se pela ausência ou formação inadequada da distrofina, proteína que causa ruptura do sarcolema de músculos esqueléticos e cardíacos, levando a fraqueza muscular progressiva. A doença tem um padrão progressivo de desenvolvimento e encurta consideravelmente a sobrevida dos acometidos, sendo a cardiomiopatia dilatada o principal fator limitante no tratamento destes pacientes. O modelo experimental mais utilizado na DMD é o camundongo mdx, murino portador de uma mutação genética que leva a uma redução na expressão da distrofina. O principal objetivo deste estudo é caracterizar a função cardíaca do modelo experimental de DMD para investigar o desenvolvimento da cardiomiopatia associada a esta síndrome através de um estudo longitudinal. Vinte e oito camundongos machos mdx e 10 camundongos machos da linhagem C57Bl/10 (grupo controle), todos com 8 semanas, foram submetidos a avaliações funcionais, bioquímicas e morfométricas para a realização deste estudo. A análise das funções cardíaca e do músculo esquelético foi realizada em cada camundongo aos 3 meses de idade, e repetido aos 17 meses de idade através do estudo de traçados eletrocardiográficos e teste ergométrico. Exames ecocardiográficos também foram realizados, porém apenas nos animais velhos. Em seguida, os animais foram sacrificados e realizou-se o estudo post mortem do coração e músculo gastrocnêmio, que foram cortados e pesados separadamente. Nestes tecidos, bem como no soro dos animais, também foi feita a dosagem de IL-6. À eletrocardiografia, os camundongos controles apresentaram um aumento no tempo de condução elétrica átrio-ventricular compatível com o processo fisiológico de envelhecimento. A comparação entre os mdx jovens e velhos apresentou alterações em quase todos os índices analisados, o que comprova a hipótese de que a doença progride com a idade. Comparados aos controles jovens, os mdx jovens apresentaram um menor tempo de ativação ventricular, redução da duração de QRS e repolarização ventricular mais precoce, sugerindo uma tendência ao desenvolvimento de taquicardia ventricular. Já os achados do estudo comparativo entre os mdx e controles velhos, sugerem comprometimento da propagação do impulso cardíaco nos mdx. A análise ecocardiográfica entre os camundongos controles e mdx velhos revelou uma diminuição significativa na fração de encurtamento do coração do mdx, sugerindo comprometimento da função sistólica. A massa cardíaca dos camundongos mdx apresentou-se maior do que a dos controles no estudo post morten. Em relação ao músculo gastrocnêmio, houve redução da massa nos mdx. O aumento dos níveis de IL-6 observados no soro, coração e músculo gastrocnêmio dos camundongos mdx é compatível com um quadro de processo inflamatório e regeneração muscular. O camundongo mdx figura-se, portanto, como um modelo experimental adequado para o estudo fisiopatológico da DMD e para a busca de novas terapias. Palavras-chaves: Distrofia Muscular de Duchenne, mdx, cardiomiopatia.

TÍTULO: Técnicas cirúrgicas de suspensão em supercílio.

ALUNO(A): Ilan Cardoso da Silva

ORIENTADOR(A): Vinício Moitinho do Carmo

CO-ORIENTADOR:

RESUMO Introdução: A suspensão de supercílio ou browlifting tem sido uma grande aliada no rejuvenescimento do terço superior da face. O envelhecimento do supercílio tem como principal conseqüência a sua queda, que pode gerar dermatocalase palpebral e restringir o campo visual. Desde a criação das primeiras técnicas no início do século passado, com excisão direta de tecido imediatamente acima do supercílio, novos procedimentos foram criados e aprimorados. Após a criação das técnicas indiretas bicoronal e tricofítica e as endoscópicas, as formas de fixação do supercílio e a liberação muscular passaram a ser importantes variáveis de estudo. Objetivos: Avaliar as técnicas de suspensão de supercílio, comparando, através de uma revisão não sistemática da literatura, as técnicas com os melhores resultados e os menores índices de complicações. Métodos: Revisão não-sistemática da literatura. Foi realizada uma busca nas bases de dados PUBMED-MEDLINE no mês de janeiro por meio das seguintes palavras-chaves: eyebrow lift (eyebrow suspension OR brow lifting) e suas correspondentes nas línguas espanhola e portuguesa para o indexador LILACS. Foram encontrados 265 artigos, selecionados 9 pelos critérios de inclusão e exclusão e mais 2 artigos foram escolhidos a partir das referências bibliográficas de artigos previamente identificados. Resultados e Discussão: Os artigos foram divididos em 3 grupos. Para o grupo A foram considerados 7 artigos que avaliaram técnicas de excisão direta de tecido, excisão indireta (bicoronal e tricofítica), transblefaroplastia ou via endoscópica. O Grupo B, 5 artigos que faziam considerações quanto ao plano subgaleal ou subperiosteal foram selecionados. O grupo C, o método de fixação foi a variável de estudo, totalizando outros 7 artigos. Palavras-chaves: Técnicas. Suspensão. Sobrancelha.

TÍTULO: Comparação entre a prostatectomia radical laparoscópica Tradicional e a

Prostatectomia laparoscópica com auxílio do robô no tratamento do câncer de próstata

localizado.

ALUNO(A): Igor Araújo da Silva

ORIENTADOR(A): Luiz Eduardo Café

CO-ORIENTADOR:

RESUMO Introdução: O câncer de próstata é o câncer mais diagnosticado no mundo ocidental, fazendo-se necessários estudos que abordem o melhor tratamento para esta neoplasia. A prostatectomia radical é o tratamento de escolha para o câncer localizado e as formas de abordagem cirúrgica evoluíram, sendo que atualmente a prostatectomia radical pode ser realizada por técnica minimamente invasiva. É de suma importância saber qual a melhor técnica operatória, tanto para os pacientes, quanto para os médicos. Objetivo: Comparar a prostatectomia radical laparoscópica (PRL) com a prostatectomia radical auxiliada pelo robô(RARP), evidenciando as principais vantagens e desvantagens para médicos e pacientes, as principais complicações, a eficácia oncológica e o custo de cada procedimento. Método: Foi realizada uma revisão de literatura não-sistemática, tendo como referência a base de dados doMedline, acessado através do Pubmed. Foram pesquisados estudos que comparavam a PRL e a RARP. Resultados: Foram encontrados 74 artigos, destes foram selecionados 6 artigos por estarem diretamente relacionado ao tema proposto por esse trabalho. Discussão: Todos os trabalhos analisados mostraram que não existe diferença estatisticamente significante entre as técnicas quando se compara os resultados funcionais (continência urinária e função erétil) e a eficácia oncológica. Todos os trabalhos também evidenciaram um custo muito maior da RARP em comparação com a PRL. Conclusão: Não existe diferença estatisticamente significante entre a PRL e a RARP no que diz respeito à eficácia oncológica e aos resultados funcionais (função erétil e continência urinária). Porém há uma grande diferença quando se compara o custo do procedimento, sendo a RARP muito mais custosa. Portanto não foram encontradas evidências que justifiquem o uso disseminado e corriqueiro da RARP. Palavras-chaves: “comparação prostatectomia laparoscópica robótica câncer localizado”, “prostatectomia robótica câncer localizado”, “prostatectomia laparoscópica câncer localizado” .

TÍTULO: Conhecimento das Puérperas Usuárias do SUS do Município de Salvador sobre

Transmissão Vertical e Profilaxia do HIV.

ALUNO(A): Igor Carvalho de Souza

ORIENTADOR(A): Bruno Gil de Carvalho Lima

CO-ORIENTADOR:

RESUMO RESUMO: As mulheres hoje, principalmente em idade fértil, têm sido alvo da contaminação pelo vírus HIV o que tem contribuído de forma assustadora para o crescimento do número de casos em recém-nascidos. A AIDS,uma vez identificada e tratada precocemente, diminui o risco de transmissão perinatal. Sendo as mulheres portadoras de um aparelho mais suscetível às doenças sexualmente transmissíveis, a incidência do risco de transmissão vírus HIV é preocupante e requer atenção especial, principalmente na gestante, pois está em risco também o bem estar do feto e de outros filhos, se houver.Este estudo objetivou avaliar o nível de conhecimento das puérperas usuárias do SUS do município de Salvador sobre a transmissão vertical e métodos de profilaxia do HIV,apresenta uma metodologia descritiva de morbidade(prevalência) , foi realizado com base em oito perguntas formuladas a puérperas participantes da pesquisa nomeada: “Avaliação da qualidade do rastreamento de HIV/AIDS e Sífilis na Assistência Pré-Natal” (Lima, 2005). A população de estudo foi constituída pelas gestantes assistidas por serviços de pré-natal do SUS em Salvador em 2004 e 2005, que tiveram seu parto realizado em hospitais credenciados à rede SUS no município em 2005 tendo sido entrevistadas um total de 1226 puérperas.A partir da análise dos resultados do trabalho constatou-se que 81,2% das gestantes sabiam que o vírus da AIDS é transmitido para o bebê durante a gravidez, 57,6% sabiam que durante o trabalho de parto/parto pode ocorrer a transmissão, 65,5% sabiam que o vírus pode ser transmitido pelo leite materno,71,9% sabiam que pode-se evitar a transmissão,56,4% rlataram saber que a transmissão poder ser evitada com uso de remédios, 22,9% sabiam que uma cesárea poderia evitar a transmissão do HIV, 50,5% sabiam que suspendendo o aleitamento a transmissão poderia ser evitada.Concluiu-se que de uma forma geral o nível de conhecimento das puérperas é regular existindo uma assimetria na relação gestante – serviço de saúde. Palavras-chaves: gestantes, transmissão vertical, HIV, AIDS, pré-natal.

TÍTULO: Meningite pneumocócica: aspectos clínicos, epidemiológicos e fatores

prognósticos.

ALUNO(A): Ianez Freitas e Carvalho

ORIENTADOR(A): Ana Verônica Mascarenhas

CO-ORIENTADOR:

RESUMO Introdução: A meningite pneumocócica é uma doença endêmica em nosso meio e está associada a altas taxas de mortalidade e letalidade, mesmo diante de terapia adequada. O conhecimento dos fatores (inerentes à própria patologia, extra-hospitalares e/ou intra-hospitalares) que influenciam estes índices é fundamental para a busca de melhorias, particularmente, na qualidade da assistência. Objetivos: Analisar os aspectos clínicos, epidemiológicos e fatores prognósticos associados à meningite pneumocócica em pacientes adultos, no Hospital Couto Maia (HCM). Material e Método: Trata-se de um estudo de coorte retrospectivo que consiste numa revisão de prontuários de pacientes admitidos no HCM entre janeiro de 2005 e dezembro de 2009, com idade igual ou superior a 15 anos. Os dados obtidos através de prontuários foram armazenados e analisados no programa estatístico SPSS 15.0 para Windows®. Resultados: Dos 80 casos estudados, a média de idade foi de 39,51, 60 (75%) pacientes eram do sexo masculino e 40 (50%) eram procedentes de Salvador. A maioria das amostras liquóricas apresentou elevados níveis de citologia (≥ 1000células/mm³), proteinorraquia elevada (≥ 300mg%) e hipoglicorraquia acentuada (≤ 20mg%). A letalidade foi de 29%. A frequência de óbito foi maior entre os pacientes que apresentaram paresia de membros. Presença de coma na admissão, tempo de doença entre 3 e 6 dias e presença de comorbidades que afetam a defesa orgânica foram preditores independentes de letalidade. A taxa de resistência à penicilina foi alto (27,5%). Conclusão: Presença de coma na admissão, tempo de doença entre 3 e 6 dias e presença de comorbidade que afeta a defesa orgânica do hospedeiro mostraram-se como fatores preditores independentes de letalidade. O fato de essas patologias terem interferido na letalidade ratifica a importância da vacinação anti-pneumocócica nesse grupo. A elevada taxa de resistência à penicilina justifica o uso de ceftriaxone como primeira opção no tratamento empírico de meningites bacterianas. Palavras-chaves: Meningite. Streptococcus pneumoniae. Prognóstico. Letalidade.

TÍTULO: Iniciação sexual precoce e suas relações com a baixa autoestima: Um revisão

bibliográfica.

ALUNO(A): Juliana Bahia Mazzafera

ORIENTADOR(A): Mônica Ramos Daltro

CO-ORIENTADOR:

RESUMO (CD não leu na máquina.)

TÍTULO: Ansiedade e Depressão em Pacientes com Doença Inflamatória Intestinal.

ALUNO(A): Jackeline Carneiro da Silva

ORIENTADOR(A): Daniela Gotardo

CO-ORIENTADOR:

RESUMO Introdução: As doenças crônicas causam grande impacto na qualidade de vida, além de alterar as funções psicológicas dos indivíduos acometidos por estas patologias. A ansiedade e depressão estão fortemente relacionadas às Doenças Inflamatórias Intestinais (DII). O objetivo deste trabalho é comparar a freqüência de sintomas ansiosos e depressivos entre pacientes com diagnóstico de Retocolite Ulcerativa (RU) e de Doença de Crohn (DC). Além de analisar a relação da atividade da doença com a ansiedade e depressão. Materiais e métodos: Trata-se de um estudo retrospectivo que avaliou 78 pacientes, através da coleta de dados contidos em prontuários. Para a análise de sintomas ansiosos e depressivos foi utilizada a escala Hospital Anxiety and Depression (HAD). Na avaliação da atividade da DC foi utilizado o Crohn’s Disease Activity Index (CDAI) e o Harvey-Bradshaw. Para a avaliação da atividade da RU foi utilizado Índice de Lichtiger. Resultados: Dos 78 pacientes estudados, 50% apresentavam sintomas ansiosos e/ou depressivos. Do total, 47,4% apresentavam ansiedade e 20,5% tinham sintomas depressivos. Dos pacientes com RU que participaram deste estudo, 49% apresentavam sintomas ansiosos. Dos pacientes em atividade da RU, 28,57% apresentaram sintomas ansiosos e a mesma prevalência foi encontrada para sintomas depressivos. Dos pacientes com diagnóstico de DC, 44,4% apresentavam sintomas ansiosos e 29,6% apresentavam sintomas depressivos. Dos pacientes que apresentavam doença ativa, 60% apresentaram sintomas ansiosos e 30% apresentaram sintomas depressivos. Conclusão: Este estudo mostra que sintomas ansiosos e depressivos são mais prevalentes em pacientes com DII do que na população geral. A relação da atividade da doença com uma maior prevalência de depressão foi mais evidente na DC do que na RU. Estes achados mostram a importância de uma avaliação de rotina de desordens psiquiátricas, principalmente ansiedade e depressão em pacientes com DII. Palavras-chaves: Doença Inflamatória Intestinal, Ansiedade e Depressão.

TÍTULO: Prevalência e fatores de risco relacionados à calcificação vascular em pacientes

em diálise peritoneal.

ALUNO(A): João Carlos de Menezes Lima

ORIENTADOR(A): Carolina Lara Neves

CO-ORIENTADOR:

RESUMO Introdução: A doença renal crônica (DRC) consiste na lesão renal de forma lenta, progressiva e irreversível com conseqüente perda funcional. As doenças cardiovasculares (DCV) constituem a principal causa de mortalidade nos pacientes com DRC. Entre as complicações cardiovasculares da DRC, a calcificação vascular (CV) tem recebido grande destaque na literatura médica, por estar associado ao aumento da mortalidade. A CV pode seravaliada através da radiografia simples de mão, pelve, membros inferiores, abdômen ou tomografia computadorizada cardíaca multislice com quantificação do score de cálcio. Nos pacientes em diálise peritoneal (DP), há escassez de dados na literatura que estabeleçam uma relação mais evidente da calcificação vascular com os distúrbios do metabolismo mineral e ósseo, bem como, com outros fatores. Objetivos: Avaliar a prevalência de CV nos pacientes em DP, determinar fatores de risco associados e comparar dois métodos radiológicos de avaliação. Material e Método: Trata-se de um estudo de corte transversal onde selecionamos pacientes em diálise peritoneal ambulatorial contínua (CAPD) e diálise peritoneal automatizada (DPA), maiores de 18 anos, de ambos os sexos e que estavam no mínimo há 3 meses inserido no programa de diálise peritoneal. Determinamos parâmetros clínicos (sexo, idade, causa da DRC, comorbidades cardio-vasculares, tempo em diálise, presença de diurese residual) e laboratoriais (glicemia, Ca, P, CaxP, proteínas totais e albumina, PTH e FA). A CV foi avaliada através da realização do RX simples de bacia e membros inferiores e da determinação do score de calcificação vascular através da tomografia computadorizada multislice. Resultados: 20 pacientes preencheram os critérios de inclusão no estudo, 60% do sexo masculino. A principal causa de DRC foi DM e GNC. O tempo médio em DP foi 20+13 meses, com predomínio de DPAC (90%). 50% dos pacientes apresentavam antecedente de doença cardio-vascular. 30% estavam em uso de calcitriol e 35% usavam banho de cálcio 2,5mEq/L. Apenas 10% cursaram com hipercalcemia ou hiperfosfatemia. A maioria deles (55%) apresenta PTH < 150pg/mL. 55% apresentaram algum grau de calcificação vascular pela aferição do score de cálcio coronariano através da TC multislice. A idade e os níveis glicêmicos se correlacionaram diretamente com o score de cálcio. O Rx simples não mostrou boa sensibilidade e especificidade para o diagnóstico de CV. Conclusão: Avaliamos pacientes estáveis em diálise peritoneal, recebendo adequada dose de diálise e apresentando elevada prevalência de calcificação vascular. O Rx simples não se mostrou um exame sensível para o diagnóstico de CV quando comparado a TC multislice. O aumento da prevalência de pacientes com faixas etárias elevadas, associado a presença do DM, ao uso de banho com concentração elevada de cálcio e aos distúrbios nutricionais/inflamatórios pode estar contribuindo para a elevada prevalência de calcificação vascular nos pacientes em diálise peritoneal. Palavras-chaves: Doença renal crônica; Calcificação vascular; Tomografia cardíaca com score de cálcio; Diálise peritoneal; Doença cardiovascular.

TÍTULO: Redes oficiais e oficinas terapêuticas: Um outro olhar no cuidado em saúde mental.

ALUNO(A): Julyana Maria Lopes Quintino

ORIENTADOR(A): Eduardo Mota

CO-ORIENTADOR:

RESUMO INTRODUÇÃO: No século XIX a loucura era considerada uma vontade perturbadora, paixão pervertida que deveria encontrar uma vontade reta e paixões ortodoxas. O tratamento tinha como uma de suas bases o isolamento do indivíduo do convívio social para que se fosse feita a descoberta da verdade sobre sua doença mental. No final da década de 50, pós segunda guerra mundial, iniciam-se os questionamentos sobre os direitos humanos dos loucos, questionando principalmente a privação ao convívio social a que estes eram submetidos. A partir das idéias de Basaglia, médico psiquiatra italiano, que inicia também um movimento na Itália, surge no Brasil o Movimento da Reforma Psiquiátrica que tem como norte a transformação das relações que a sociedade, os sujeitos e as instituições estabeleceram com a loucura, no sentido da superação do estigma e da produção de uma relação de coexistência. A vivência na rede de saúde mental a que é proporcionada ao estudante de medicina da EBMSP, trouxe questionamentos a respeito de tratamentos integrais e holísticos ao portador de transtornos mentais, entendendo que este é um problema de saúde de grande incidência em nossa população. Assim, o objetivo deste estudo é entender a saúde mental a partir do trabalho com o conceito de redes sociais, partindo do pressuposto que este é um dos conceitos que trabalha de forma mais transversal o cuidado em saúde mental. METODOLOGIA: Este estudo é um trabalho de revisão bibliográfica a partir de palavras chave tendo como foco a busca por trabalhos que versem sob a ótica antimanicomial da saúde mental. O trabalho foi organizado em três capítulos buscando uma lógica explicativa para melhor entender o tema: O primeiro capítulo, “Andando com a loucura: do enclausuramento a reabilitação psicossocial”, o segundo capítulo, “Reabilitar: o papel das redes sociais enquanto determinante para reconstrução da autonomia”, e o terceiro, “Oficinas Terapêuticas: a Intersecção da clínica com a dimensão político social”. DISCUSSÃO: No capítulo 1, realizou- se uma pesquisa sobre a história da loucura e das formas que a sociedade lidou e ainda lida com ela. No capítulo 2, analisa-se a forma de cuidado em saúde que pode ser desenvolvida a partir deste conceito. Por fim, o capítulo 3, faz uma análise das oficinas terapêuticas enquanto importante dispositivo de cuidado que auxilia no aumento da contratualidade dos sujeitos e enquanto uma das principais estratégias utilizadas pelos CAPS. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O estudo permite analisar que o cuidado em saúde centrado na união dos âmbitos clínicos e político-sociais destes indivíduos tem potencial de novamente dar sentido a vida dessas pessoas a partir do esforço de criação delas mesmas. Entende-se ainda que esta forma cuidado tenha como questão central o pertencimento social do indivíduo, que é justificada por dois eixos principais: a dificuldade da própria loucura em relacionar-se e a dificuldade da sociedade em reconhecer o diferente como parte dela. Palavras-chaves: redes sociais, oficinas terapêuticas, loucura, alteridade, reforma psiquiátrica, autonomia, poder contratual, saúde mental.

TÍTULO: Porquê investir em atenção básica: a realidade de Salvador e um estudo de quatro

cidades brasileiras.

ALUNO(A): Juliana Almeida Silva

ORIENTADOR(A): Liliana Santos

CO-ORIENTADOR:

RESUMO (No CD de monografia da aluna não consta o resumo.)

TÍTULO: Relação entre Índices Hematimétricos e Retinopatia Falciforme em Pacientes com

Hemoglobinopatias SC ou SS de um Serviço Especializado em Salvador.

ALUNO(A): Jamile Silva Brito

ORIENTADOR(A): Dayse Cury de A. Oliveira

CO-ORIENTADOR:

RESUMO Introdução: A doença falciforme (DF) é a doença hematológica hereditária mais comum no mundo. Pertence ao grupo das hemoglobinopatias estruturais e caracteriza-se pela presença preponderante de hemoglobina falciforme (HbS). Esta possui a propriedade de se polimerizar quando desoxigenada, gerando uma série de distúrbios eritrocitários como vasoclusão, aumento da densidade da hemácia e redução de sua elasticidade e deformabilidade etc. O gene da HbS pode combinar-se com outras anormalidades hereditárias das hemoglobinas, o enfoque deste estudo, no entanto, é somente nas doenças falciformes do tipo SS (anemia falciforme) e SC (hemoglobinopatia SC), que são os genótipos mais prevalentes. Tanto hemoglobinopatia SS quanto a SC provocam manifestações clínicas em sua maioria decorrentes de fenômenos vasoclusivos que culminarão em disfunções isquêmicas em diversos órgãos, inclusive os olhos. As alterações retinianas são as mais importantes para a morbidade ocular nas doenças falciformes. A retinopatia falcêmica pode ser não proliferativa ou proliferativa, podendo a segunda ser evolução da primeira. Alterações retinianas são vistas mais comumente com a doença HbSC. Objetivo: O objetivo deste estudo é avaliar a associação entre as alterações hematológicas e retinianas em pacientes falcêmicos, SS e SC, atendidos no Instituto Brasileiro de Oftalmologia e Prevenção da Cegueira (IBOPC) em Salvador-Bahia, durante o período de agosto de 2009 a abril de 2010. Materiais e métodos: Foi realizado um estudo descritivo correlacional com 27 pacientes diagnosticados com retinopatia falciforme que frequentaram o IBOPC durante o período de agosto de 2009 a abril de 2010. Os dados foram obtidos mediante a revisão dos prontuários destes pacientes. Os dados hematológicos foram coletados na Hemoba (Fundação de Hematologia e Hemoterapia da Bahia). Resultados: Da amostra total, 70,4% eram portadores de hemoglobinopatia SS e 29,6% de hemoglobinopatia SC. Dos pacientes falcêmicos do tipo SS, aproximadamente 21% possuem algum grau de retinopatia, já entre os pacientes do tipo SC, este percentual sobe para 37,5%. Os pacientes com hemoglobinopatia SS são mais anêmicos que os falcêmicos SC, apresentando índices significativamente menores de hemoglobina (8,41±1,47) e de hematócrito (25,85±4,45), além de menores números de hemácias (2,91±0,60). Conclusão: Esse estudo mostra que alterações dos índices hematimétricos podem influenciar a evolução da retinopatia falciforme. Foi evidenciado que pacientes de genótipo HbSC possuem uma frequência relativa maior de manifestarem a RF e são, comparativamente aos falcêmicos de genótipo HbSS, menos anêmicos. Assim, conclui-se que indivíduos, portadores de doença falciforme, com índices hematimétricos mais favoráveis, tendem a apresentar uma pior evolução da retinopatia. Palavras-chaves: Retinopatia falciforme, doença falciforme, hemoglobinopatias.

TÍTULO: Ressonância Magnética no Diagnóstico de Miocardite Viral: Uma revisão literária.

ALUNO(A): Jarbas Guimarães Farias Gomes

ORIENTADOR(A): Dione Tonheiro Palmeira Machado

CO-ORIENTADOR:

RESUMO Introdução: A miocardite é uma doença inflamatória do músculo cardíaco, sendo uma importante causa de cardiomiopatia dilatada em todo o mundo. Em uma visão tradicional, o padrão-ouro para diagnóstico continua sendo a biópsia do miocárdio. No entanto, essa técnica é muito invasiva e pouco sensível, principalmente, por causa da natureza focal da doença. Assim, abordagens não invasivas para a detecção de miocardite são necessárias. A ressonância magnética emergiu como instrumento de imagem mais importante no processo diagnóstico da miocardite, sendo, atualmente, o foco dos comentários sobre este campo. Objetivo: Revisar a literatura acerca da aplicabilidade da ressonância magnética como exame diagnóstico da Miocardite Viral. Materiais e métodos: Foi realizada uma revisão não-sistemática da literatura, na qual foram utilizadas as bases de dados Pubmed e Scielo. Foram utilizados apenas artigos originais, que incluíam casos controles comparando presença de miocardite e pessoas sadias; artigos no idioma inglês e artigos publicados, entre 1998 e 2009. Resultados: A busca resultou na seleção de 10 artigos, sendo que esses se divergiram quanto à metodologia aplicada, aos desenhos de estudo, tamanhos da amostra e país onde desenvolveu a pesquisa. Destes, seis artigos apresentam desenho de estudo de coorte e quatro artigos de corte transversal. Conclusão: Vários estudos encontrados na literatura conclui que os meios de aquisição de imagem pela ressonância magnética, principalmente, a imagem contrastada, visualizam a localização, a atividade e extensão da inflamação e já vem servindo como uma poderosa ferramenta de diagnóstico não inavasiva na detecção da miocardite. A biópsia endomiocárdica continua sendo o padrão ouro no diagnóstico da miocardite, porém a ressonância magnética vem elevando, significativamente, os níveis de sensibilidade e acurácia diagnóstica, pelo uso das áreas de realce como direcionador da biópsia para inflamação no miocárdio. Assim a ressonância magnética pode ser importante não só para o diagnóstico da miocardite, mas também para a compreensão dos seus diferentes cursos fisiopatológicos e também da sua possível transição para o quadro clínico de cardiomiopatia dilatada.

Palavras-Chave: Miocardite viral; diagnóstico; ressonância magnética cardiovascular.

TÍTULO: Doença de Crohn e hepatite B e C: Uma revisão literária.

ALUNO(A): João Luiz Moreira Santos Silva

ORIENTADOR(A): Maria Conceição Galvão

CO-ORIENTADOR:

RESUMO Os pacientes com doença de Crohn estão mais exposto a infecção pelos vírus das hepatite B (HBV) e C (HCV) por características intrínsecas da doença que geram maiores necessidades de procedimentos cirúrgicos/endoscópicos e de hemotransfusão. Logo, estes pacientes constituiriam uma população de risco para HBV e HCV. Entretanto, existe uma escassez de informações a respeito da prevalência destas hepatites virais nesta população de pacientes. Esta revisão não sistemática se propõe a analisar os dados da literatura a respeito da prevalência das hepatites B e C nos pacientes com doença de Crohn. Apesar dos artigos mais antigos indicarem que os pacientes com doença de Crohn são um grupo de risco para as hepatites vírus B e C, estudos mais recentes com números expressivos de pacientes demonstraram que estes pacientes apresentam prevalência similares de HBV e HCV ao da população em geral. Portanto, os dados apresentados apontam que medidas de prevenção satisfatória foram implementadas ao longo dos anos nos centros estudados. Palavras-Chaves: Doença de Crohn, Hepatite B, Hepatite C.

TÍTULO: Iniciação sexual precoce e suas relações com a baixa autoestima: Um revisão

bibliográfica.

ALUNO(A): Juliana Bahia Mazzafera

ORIENTADOR(A): Mônica Ramos Daltro

RESUMO Introdução: A atual presença de adolescentes, cada vez mais jovens, envolvidos com comportamento sexual de risco, evidencia a necessidade de encontrar os motivos deste panorama. Pode-se identificar a presença de alguns fatores psicológicos como baixa autoestima, depressão, stress e ansiedade, agregado ao comportamento sexual de risco. Este trabalho realiza uma revisão de literatura, focalizando nas variáveis que interferem na iniciação precoce da vida sexual e discute sua relação com a autoestima, com vista a ampliar a reflexão sobre o tema. Metodologia: Revisão sistemática da literatura. Para tanto, foi realizada uma pesquisa da literatura disponível em três bibliotecas eletrônicas (Science Direct, Pubmed/MEDLINE, Scielo), publicadas no período de Jan/2006 a Maio/2010. Resultados: Os 10 artigos usados nessa revisão foram publicados em 4 diferentes jornais. Por se tratar de uma variável qualitativa, e faltarem dados na literatura que estabeleça um padrão para caracterização, os artigos diferem nos critérios que usam para avaliar a autoestima dos jovens. Discussão: Adolescentes que adiam a relação até um contexto do momento ideal, mostram padrões de racionalidade nas decisões. Achados revelam a existência de um padrão de comportamento sexual masculino e feminino pré-estabelecidos e que, adolescentes que possuem menos informações são mais suscetíveis a iniciação sexual precoce e ao comportamento de risco. Menor influência dos amigos e melhor senso de controle pessoal são fatores protetores para iniciação sexual precoce. Conclusão: Baixos níveis de autoestima relacionam-se com precocidade da iniciação sexual e, com a não aderência de comportamentos sexuais protetores; favorecendo ao surgimento de DSTs e gravidez precoce. Palavras-chaves: iniciação sexual precoce, autoestima, riscos, adolescentes.

TÍTULO: Revisão sobre gastrectomia versus subtotal no câncer gástrico 2/3 distais do

estômago. ALUNO(A): Luiza de Lima Tavares

ORIENTADOR(A): Paulo Amaral

RESUMO

Objetivo: Avaliar o impacto da gastrectomia subtotal e total, em pacientes com adenocarcinoma distal do estômago, utilizando como critérios de análise a morbi-mortalidade pós-cirúrgica, a necessidade de transfusão sanguínea e a sobrevida de cinco anos. Materiais e Métodos: Revisão de artigos com pesquisa nos bancos de dados: PubMed/Medline, Lilacs e Scielo. Todas as buscas se basearam nas palavras chave gastrectomy AND total AND subtotal ou gastrectomia AND total AND subtotal. Os critérios de exclusão foram artigos publicados em língua que não fossem inglês, português ou espanhol, não prospectivos, que não abordassem adenorcarcinomas distais, que não utilizassem laparotomia como método cirúrgico, que possuíssem amostra restrita a apenas um estádio do carcinoma gástrico, que realizassem cirurgias paliativas e os que não abordavam diretamente o assunto a ser revisado. Resultados: A maioria dos artigos não apresentou diferenças significativas entre o subgrupo submetido à gastrectomia subtotal e o submetido à total, em relação à morbidade e mortalidade pós-cirúrgicas. A diferença na sobrevida de cinco anos foi importante em dois trabalhos e desprezível em outros dois. Um artigo mostrou uma necessidade significativamente maior da realização de transfusão sanguínea no subgrupo que realizou gastrectomia total. Conclusão: Os resultados encontrados nas taxas de morbidade, mortalidade e sobrevida de cinco anos indicam a possibilidade de realização da gastrectomia subtotal como melhor procedimento porém o número reduzido de trabalhos de boa qualidade sobre o tema não permite que esse resultado seja aplicado na prática. É necessária a realização de novos estudos prospectivos randomizados, que utilizem os métodos cirúrgicos atuais e submetam os valores obtidos à análise estatística multivariada. Palavras-chave: Gastrectomia total. Gastrectomia subtotal. Adenocarcinoma gástrico.

TÍTULO: Uso de cilostazol em intervenções coronárias percutâneas.

ALUNO(A): Larissa Karine Leite Silva

ORIENTADOR(A): Gilson Soares Feitosa Filho

CO-ORIENTADOR: Dr. Luiz Eduardo Fonteles Ritt

RESUMO INTRODUÇÃO: A trombose de stent coronariano resulta em obstrução súbita com levado risco de infarto do miocárdio e morte. A terapia antiplaquetária reduz o risco de trombose pós-Intervenção Coronariana Percutânea. O cilostazol bloqueia a fosfodiesterase, prevenindo a quebra do AMP cíclico e, consequentemente, inibe a agregação plaquetária. Neste cenário, o cilostazol poderia ser uma alternativa interessante, tanto adicionado à terapia com aspirina e clopidogrel como em substituição a um deles na existência de alergia e/ou comprovada resistência. OBJETIVO: Avaliar o papel do cilostazol em adição ou substituição a aspirina e/ou clopidogrel após intervenção coronária percutânea. MATERIAIS E MÉTODOS: Através da busca na base de dados do MEDLINE foram identificados 19 ensaios clínicos randomizados pós-angioplastia com uso de stent que comparavam cilostazol, em esquema de terapia antiplaquetária dupla ou tripla, com placebo ou outro antiplaquetário. RESULTADOS: Os artigos foram divididos em três grupos: Cilostazol na terapia dupla antiplaquetária, na terapia tripla e na resistência aos antiagregantes plaquetários. Analisou-se os desfechos clínicos, risco de trombose e reestenose de stents, agregação plaquetária e resistência aos agentes. O uso do cilostazol na terapia dupla com a aspirina e na terapia tripla com aspirina e clopidogrel ou ticlopidina, tem se mostrado seguro e eficaz quanto à redução eventos trombóticos e reestenose, sem aumento de risco de sangramento e outros efeitos adversos, na imensa maioria dos estudos envolvendo esta droga. Adicionalmente, o cilostazol parece atenuar a resistência ao clopidogrel. CONCLUSÃO: Em pacientes submetidos à ICP com stent, o uso do cilostazol parece ter uma importante possibilidade de emprego, sugerindo provável nova indicação para o uso do mesmo. Palavras-chaves: Cilostazol, intervenção coronariana percutânea, stent, antiagregantes plaquetários.

TÍTULO: Avaliação Morfofuncional Ecocardiográfica da Valva Aórtica de Idosos e não

Idosos.

ALUNO(A): Larissa Andrade da Costa

ORIENTADOR(A): Lucíola Crisóstomo

RESUMO

Introdução: O envelhecimento populacional é uma tendência mundial. O envelhecimento do sistema cardiovascular implica em modificações estruturais e funcionais, com as mais variadas formas de repercussão clínica. A estenose aórtica é a valvopatia mais frequente no senil e sua prevalência aumenta com a idade. Tal valvopatia possui etiologia congênita e adquirida, esta última envolve causas reumáticas e degenerativas. No idoso, a estenose degenerativa com fibrose e calcificação da valva aórtica merece maior destaque. A ecocardiografia com Doopler representa um método complementar não invasivo de relevante contribuição para a avaliação inicial e de seguimento dos pacientes com valvopatia aórtica. Sua utilidade ultrapassa o estabelecimento do diagnóstico de estenose aórtica e abrange a avaliação detalhada da patologia, sua gravidade, as repercursões hemodinâmicas ao coração do idoso e oferece importantes contribuições para o manejo a ser direcionado em cada paciente. Objetivos: Determinar o perfil morfofuncional da valva aórtica detectados ao ecodopplercardiograma (ED) de idosos e não idosos; descrever a frequência de alterações morfofuncionais da valva aórtica detectadas ao ED em idosos comparado a não idosos; descrever a ocorrência de espessamentos, calcificações, limitações de mobilidade, em relação ao diagnóstico ecocardiográfico de esclerose e estenose valvar aórtica, nos idosos estudados; avaliar a associação entre o diagnóstico de estenose aórtica com sexo e estratos etários nos idosos estudados; e descrever a frequência de outras alterações cardíacas nos idosos com e sem alterações da valva aórtica. Métodos: Estudo transversal. A população em estudo foi constituída por pacientes que compareceram a uma instituição privada em Salvador-BA, para realização de ED no período de março de 2009 a março de 2010, sendo formada por 273 indivíduos idosos (> 65 anos) e 273 indivíduos não idosos (20 – 40 anos) no mesmo período, pareados por sexo. Resultados: A idade média dos idosos foi de 77,5±6,26 (65 – 102) anos e nos não idosos 34,5±3,72 (25 – 40)anos, e nos dois grupos houve maior proporção de mulheres (66%). A valva aórtica esteve alterada em 76 idosos (28%) e em 6 não idosos (2%), p < 0,0001. A frequência de esclerose da valva aórtica entre os idosos foi de 173 (63%) e nos não idosos foi de 6 (1,5%). Dentre os idosos, 159 (58%) apresentaram calcificação da valva aórtica, enquanto que nenhum caso foi observado nos não idosos. O refluxo aórtico foi mais comum entre os idosos (36%), em comparação com os não idosos (2%). A prevalência de estenose aórtica entre os idosos estudados foi de 4%; apenas 1 caso de estenose foi relatado entre os não idosos. Outras alterações cardíacas, como aumento do átrio esquerdo, dos diâmetros diastólico e sistólico do ventrículo esquerdo (VE), da massa do VE e diâmetro da aorta foram mais prevalentes entre os indivíduos com alteração da valva aórtica do que os que exibiam a valva normal. Conclusão: O perfil da valva aórtica dos idosos foi diferente da valva aórtica dos não idosos; os idosos apresentaram elevada proporção de alterações da valva aórtica em relação aos não idosos; os mais idosos apresentaram maior proporção de estenose aórtica em relação aos menos idosos; e os achados sugerem provável associação entre a idade e a presença de lesão aórtica nos idosos estudados.

TÍTULO: Prevalência da Dismenorréia na Adolescência em Ambulatório Especializado.

ALUNO(A): Lívia Landim Ribeiro

ORIENTADOR(A): Márcia Cunha

RESUMO Introdução: A dismenorréia é definida como dor pélvica menstrual que acomete com muita freqüência mulheres jovens, chegando a prevalências de 50 a 90%. Constitui-se em uma das queixas mais comuns em consultórios ginecológicos, sendo responsável, muitas vezes, pela redução da qualidade de vida das mulheres, trazendo também repercussões físicas, psicológicas e sociais. Pode vir associada a sintomas como: cefaléia, náuseas, vômitos, dores em membros inferiores, diarréia e até desmaios. É classificada quanto a sua etiologia em dismenorréia primária ou secundária e quanto a sua intensidade em leve, moderada e grave. Apesar de acometer exaustivamente pacientes adolescentes, poucos trabalhos até então abordaram suas características nesta faixa etária. Objetivos: Calcular a prevalência da dismenorréia entre as pacientes adolescentes atendidas em ambulatório especializado, bem como estabelecer as relações existentes com o tempo de menarca, com as histórias sexual e obstétrica e com os hábitos de vida. Método: Estudo transversal. Foram analisados, retrospectivamente, 520 prontuários de pacientes entre 12 e 19 anos atendidas em ambulatório especializado em Salvador-BA, no período de fevereiro de 2007 a abril de 2010. Os dados foram colhidos dos prontuários, anotados em ficha protocolo e analisados descritivamente pela pesquisadora. Resultados: Foram excluídos 214 prontuários porque não se adequavam aos critérios de inclusão. Nos 306 prontuários restantes, a prevalência da dismenorréia foi de 56,53%, sendo que, das pacientes com dismenorréia, 59,53% tinham acima de 2 anos de menarca. Sintomas associados foram evidenciados em 35 prontuários, sendo que cefaléia foi citada em 77,14% desses prontuários, vômitos em 14,28%, mastalgia e dor em membros inferiores em 8,57%, náuseas em 5,71% e diarréia, desmaios e tremores em 2,85%. A coitarca foi referida em 31,79% das pacientes com dismenorréia, o consumo de álcool foi encontrado em 16,18%, o de tabaco em 1,73% e a obesidade em 1,73% das 173 pacientes com dismenorréia. Em 3 prontuários havia relatos de gestações, sendo que em 2 delas houve aborto e em 1 houve parto. Conclusão: A dismenorréia é uma síndrome álgica extremamente prevalente entre as adolescentes. Muitas vezes acompanhada de sintomas incapacitantes, é responsável pela redução da qualidade de vida das jovens, bem como do seu rendimento em diversas atividades. São necessárias cada vez mais políticas de saúde pública para que a dismenorréia deixe de ser vista como inerente às adolescentes e passe a ser tratada de forma que não prejudique mais a qualidade de vida das pacientes acometidas. Palavras-chaves: dismenorréia, adolescentes, prevalência.

TÍTULO: Comparação entre resultados de escore de Gleason na biópsia com agulha e na

prostatectomia radical.

ALUNO(A): Luciana de Carvalho Azevedo

ORIENTADOR(A): Erico Strapasson

RESUMO Objetivo: Comparar os resultados de escore de Gleason, na biópsia com agulha (Bx) e na prostatectomia radical (PR) em pacientes diagnosticados com adenocarcinoma de próstata. Materiais e Métodos: Foi realizado um estudo retrospectivo, descritivo de revisão do prontuário médico dos pacientes registrados no Núcleo de Oncologia da Bahia (NOB), no período de 01 de janeiro de 2005 a 31 de Dezembro de 2009. As informações coletadas foram registradas em fichas clínicas confidenciais contendo dados referentes ao perfil antropométrico, a história familiar de câncer de próstata, os dados relacionados à biópsia, à prostatectomia radical e à classificação de risco, totalizando 82 pacientes. Os dados foram armazenados e analisados em banco de dados criado no programa SPSS, versão 15.0, com auxílio de estatístico. Resultados: Houve concordância no escore de Gleason da biópsia e do exame anátomo-patológico da prostatectomia radical em 52% dos pacientes. Observou-se subgraduação da biópsia em 39% dos pacientes e sobregraduação em 9%. A realização do estudo da biópsia e da peça da prostatectomia radical em um mesmo laboratório resultou em maior concordância de escore de Gleason. As variáveis: PSA pré-operatório, número de fragmentos biopsiados e o intervalo de tempo entre os procedimentos não tiveram significância estatística. Conclusão: Os índices de concordância do escore de Gleason encontrados entre biópsia e prostatectomia foram semelhantes aos da literatura. A concordância foi maior quando as avaliações da biópsia e prostatectomia foram realizadas em um mesmo laboratório. Algumas variáveis foram discordantes com a literatura, possivelmente pelo número da amostra.

TÍTULO: Uso de da pregabalina no tratamento de fibromialgia: metanálise de estudos

controlados e randomizados

ALUNO(A): Lorena Pedrosa de Araújo

ORIENTADOR(A): Sergio Lacerda B. da Cruz

RESUMO O objetivo deste estudo foi avaliar a eficácia, segurança e tolerância do uso da pregabalina (PGB) no tratamento da síndrome de fibromialgia (FMS). A partir de uma revisão sistemática da literatura nas bases de dados eletrônicos PubMed, MEDLINE e SCOPUS, foram selecionados e analisados estudos originais, ensaios clínicos controlados e randomizados (RCTs), duplo-cego da PGB em FMS. 2 dos 97 artigos identificados na busca eletrônica, estudando 322 pacientes em uso de 450mg de PGB e 315 recebendo placebo numa média de tratamento de 11 semanas, foram incluídos na metanálise. Calculou-se a OR no modelo de ponto fixo para análise dos dados extraídos dos estudos. Foi encontrada forte evidência para a redução de 50% da dor na escala VAS (OR 2,26, 95% IC 1,55-3,30; p<0,0001) apresentando um NNT de 7,3. Os efeitos adversos mais comuns (prevalência ≥ 10% em ambos estudos) foram tontura (OR 5,77, 95% IC 4,04-8,24; p<0,00001), sonolência (OR 4,97, 95% IC 3,16-7,81; p<0,00001) e cefaléia (OR 0,90, 95% IC 0,57-1,42; p=0,65), este último, no entanto, sem significância estatística. Entretanto, em cada um dos estudos, outros efeitos adversos também foram referidos em alta prevalência (≥ 10%): aumento de peso, boca seca e edema periorbitário. A droga apresentou boa tolerabilidade, com poucos abandonos por efeitos adversos (OR 0,77, 95% IC 0,50-1,17; p=0,22), perfazendo um NNH de -7,50. O índice alcançado corrobora com a literatura, a qual aponta a PGB como uma droga eficaz, segura e bem tolerada.

TÍTULO: Associação de Achados Eletrocardiográficos e Ecodopplercardiográfico de Idosos em regime Ambulatorial. ALUNO(A): Lívia Cisneiros Goes ORIENTADOR(A): Lucíola Crisóstomo

RESUMO Introdução: Doenças cardiovasculares são proeminentes na faixa etária idosa, quando as manifestações clínicas são menos características e exames complementares assumem papel fundamental na avaliação clínica deste conjunto em expansão. Alterações do envelhecimento, são traduzidas nos exames subsidiários como Eletrocardiograma (ECG) e Ecodopplercardiograma (ED). A interpretação destes exames e sua relevância nem sempre são tão claras para os pacientes idosos. Objetivos: Determinar a concordância observada entre os achados do ECG e ED em idosos atendidos ambulatorialmente; a freqüência de diagnósticos alterados e normais e as alterações mais frequentes nos ECGs e EDs dos idosos estudados; e determinar a sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo e valor preditivo negativo do ECG, tendo como padrão o ED. Método: Estudo descritivo, constituído por indivíduos idosos (≥65 anos) que realizaram ECG e ED numa instituição privada de Salvador-BA no período de Janeiro de 2008 a Junho de 2009. A amostra foi constituída de 74 registros de ECGs que também tiveram EDs arquivados na base de dados eletrônica da instituição. As variáveis de interesse idade, sexo, índice de massa corporal, frequência cardíaca, ritmo, descrição e conclusão do ECG, diâmetros do coração, massa e índice de massa do ventrículo esquerdo, fração de ejeção, função diastólica, alterações valvares, conclusão. Utilizou-se estatística descritiva, teste do X2 e Fisher, considerando valores de p<0,05 como estatisticamente significantes, e estimativa de sensibilidade, especificidade e valores preditivos. O software SPSS v.15.0 foi utilizado. O projeto foi aprovado por comitê de ética em pesquisa em seres humanos. Resultados: Foram avaliados 74 ECGs e igual número de EDs dos mesmos pacientes idosos,53 (72%) de mulheres e 21 (28%) de homens. A idade média foi de 79,5±6,9 anos e 51,0 % tinham idade > 80 anos. A conclusão diagnóstica foi alterada em 55 (74%) ECGs, normal em 13 (18%); nos EDs, alterada em 71 (96%) e normal em 3 (4%). Dos ECGs, a frequência cardíaca esteve alterada em 24,4%, com bradicardia sinusal em 17 (23%) e taquicardia sinusal em 1 (1,4%). Para ambos, o ED esteve alterado em 100% dos casos, com p de 0,358 e 0,737, respectivamente. Fibrilação atrial apareceu em 1 ECG (1,4%) e teve correspondente ao ED diâmetro de átrio esquerdo alterado (p = 0,268). Bloqueios de ramo apareceram em 24 (32,4%) ECGs, alteração da repolarização ventricular em 17 (23%), extrassístoles supraventriculares em 5 (6,8%), todos esses com correspondente diagnóstico de ED alterado com p mínimo de 0,338. Zona inativa ocorreu em 4 ECGs (5,4%) e não em 65 (88%), ao ED, o diagnóstico de acinesia esteve presente em 8 (10,8%) e ausente em 66 (89%) (p=0,410). Sobrecarga de ventrículo esquerdo (VE) foi vista em 1 (1,4%) ECG e não em 68 (91,9%), ao ED, hipertrofia de VE foi vista em 10 (13,5%) e ausente em 64 (86,5%), p=0,021. Sobrecarga de átrio esquerdo foi vista em um paciente (1,4%) e este também apresentou laudo alterado ao ED. Houve concordância entre os diagnósticos dos ECGs e dos ED em 79% dos idosos; houve discordância em 21%. O ED diagnosticou mais alterações que o ECG em 15% dos idosos, e diagnosticou menos alterações em <2%. Sensibilidade do ECG=96%, especificidade do ECG=67%, valor preditivo positivo do ECG= 98%, valor preditivo negativo do ECG=17%. Conclusão: foi alta a concordância entre os diagnósticos ao ECG e ao ED; diagnóstico alterado foi o mais frequente no ECG e no ED; o ECG deixou de diagnosticar uma proporção maior de alterações comparado ao ED.

TÍTULO: Ruptura esplênica espontânea como complicação de amiloidose AA: relato de caso e revisão da literatura. ALUNO(A): Lelivaldo Antonio de B. Neto ORIENTADOR(A): Paulo Lisboa Bittencourt

RESUMO Objetivo: Descrever caso de ruptura esplênica espontânea associada à amiloidose AA e realizar revisão bibliográfica da literatura correlacionando seus principais aspectos clínicos e epidemiológicos com o conhecimento disponível acerca desta complicação da doença. Métodos: Trata-se de um estudo observacional tipo relato de caso. Foi baseado na revisão de prontuário e das fichas de atendimento ambulatorial e hospitalar, arquivados no Hospital Português da Bahia, de paciente portadora de ruptura esplênica espontânea, atribuída à amiloidose. Os achados foram comparados com aqueles previamente publicados na literatura indexados nas bases Medline e Lilacs. Resultados: Paciente feminina de 64 anos foi admitida na emergência do Hospital Português da Bahia em 6 de janeiro de 2003 com quadro de abdômen agudo e instabilidade hemodinâmica. Apresentava antecedentes de doença pulmonar obstrutiva crônica, hipotireoidismo e osteoartrite há cerca de 15 anos e diagnóstico prévio de amiloidose sistêmica com insuficiência renal por síndrome nefrótica, hepatoesplenomegalia, disautonomia acentuada, além de sinais de envolvimento cardíaco e pulmonar da doença, confirmado por biópsia renal e pulmonar. A paciente foi transferida para Unidade de Gastroenterologia e Hepatologia, sendo diagnosticada ruptura esplênica espontânea e hemoperitôneo por tomografia computadorizada do abdome. Apesar do controle do sangramento com a realização de laparotomia exploradora e esplenectomia, a paciente evoluiu para óbito por bradiarritmia seguida de parada cardiorrespiratória. O exame anátomo-patológico e imunohistoquímico do baço confirmou amiloidose AA. Conclusões: Ruptura esplênica espontânea deve ser considerada no diagnóstico diferencial de abdome agudo em pacientes com amiloidose sistêmica. Devido a sua alta letalidade, abordagem diagnóstica e tratamento apropriado devem ser instituídos o mais precocemente possível.

TÍTULO: Estudo da qualidade de vida associada à asma em indivíduos residentes em uma

área edêmica para esquistossomose e em estudantes universitários.

ALUNO(A): Lauro Matos de Almeida

ORIENTADOR(A): Maria Ilma Araújo

RESUMO Introdução: a asma é causada pela hiperreatividade brônquica a antígenos que são tolerados pela população geral. Sua tríade clínica clássica consiste em tosse seca, dispnéia e sibilância. Trata-se de uma doença bastante prevalente na população geral, com baixa letalidade, mas com grande poder incapacitante, o que afeta sobremaneira a qualidade de vida dos seus portadores. Pacientes e métodos: Para determinar a qualidade de vida associada a asma foram aplicados os questionários de qualidade de vida associada a asma (AQLQ) em duas populações distintas: uma de indivíduos asmáticos estudantes universitários da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP, n=12) e outra de indivíduos asmáticos moradores em duas vilas em zona rural no município de Gandu, Bahia, uma área endêmica para esquistossomose (n=27). Em uma dessas vilas, Água Preta, foi também determinada a prevalência de asma utlizando-se um questionário usado internacionalmente para o diagnóstico populacional de alergia, o ISAAC. Estas duas populações foram analisadas na totalidade e também foram divididas em subgrupos de portadores de asma grave, de asma associada à rinite e indivíduos que fizeram uso de medicação para asma nos últimos 15 dias. Resultados: Concordaram em participar desse estudo 363 dos cerca de 500 moradores da vila de Água Preta. A prevalência de asma nessa população foi 12,4%. Os escores médio de qualidade de vida associada a asma obtidos com o AQLQ não diferiram entre os grupos, sendo para os moradores da área endêmica e os universitários de 187,67±27,13 e 179,75 ±30,44, respectivamente. Quando considerada a variável asma grave, o escore médio foi maior nos indivíduos do município de Gandu (190,56±26,33) quando comparado aos universitários (149,00±32,52; p=0,05). Quando avaliados os dois grupos em relação ao uso de medicamentos nos últimos 15 dias, o escore médio foi de 170,56 ±25,71 para os asmáticos de Gandu e 166,85±33,97 para os universitários, não havendo diferença significativa entre os grupos. Não houve também diferença significativa entre os dois grupos quando considerada a variável asma associada a rinite, sendo o escore médio de 186,53±26,52 para os moradores de Gandu e 179,75±30,45 para os universitários. Conclusão: em geral, as duas populações apresentaram qualidade de vida relacionada a asma semelhante, mesmo sendo de realidades socioeconômicas e culturais distintas. Contudo a asma grave interferiu de maneira mais acentuada na qualidade de vida dos universitários do que no grupo da área rural de Gandu.

TÍTULO: Sintomas depressivos, ansiedade e recuperação cirúrgica – foco em pacientes

oncológicos.

ALUNO(A): Lucas Ribeiro Tenório

ORIENTADOR(A): Álvaro Nonato de Souza

RESUMO Hoje, após os avanços atingidos no campo da terapia oncológica, há a disponibilidade de eficientes e seguros esquemas terapêuticos que vêm proporcionando substancial aumento na sobrevida dos pacientes. O diagnóstico de câncer, contudo, ainda é uma experiência assustadora, e vem sendo associado, a longo do tempo, a elevados índices de estresse emocional e desencadeamento de transtornos depressivos e/ou ansiosos. Acreditando que as afecções da mente podem interferir de maneira negativa na evolução da doença e na resposta ao tratamento, maior atenção tem sido dada a saúde mental do paciente oncológico. Devido à grande demanda de terapia cirúrgica para o tratamento da doença neoplásica maligna, dúvidas a cerca da recuperação deste tipo específico de paciente são arroladas. Um número considerável de estudos sugere que variáveis psicológicas podem interferir de maneira negativa na recuperação cirúrgica de um paciente, prolongando a hospitalização e predispondo o indivíduo a complicações. Por meio de uma revisão não sistemática da literatura, foram descritas possíveis associações entre alterações psicológicas e recuperação cirúrgica, com foco nos doentes oncológicos, devido à alta prevalência de distúrbios psiquiátricos nesta população. Sendo assim, o autor do estudo objetivou salientar a importância do efeito do estado psicológico na recuperação cirúrgica, principalmente nos indivíduos portadores de câncer, sendo este um passo de importante valor para nortear a intervenção psicológica nesta população, a fim de obter melhora na resposta ao tratamento cirúrgico e redução nos índices de morbi-mortalidade.

TÍTULO: Tratamento cirúrgico da Doença de Ménière.

ALUNO(A): Leonardo Cunha Pamponet

ORIENTADOR(A): Nilvano Andrade Alves

RESUMO Introdução: A doença de Ménière é uma doença crônica que afeta um número substancial

de pacientes em todo o mundo todos os anos. Caracteriza-se por episódios intermitentes de

vertigem que duram de minutos a horas, com flutuação sensorial, perda auditiva, zumbidos e

pressão aural. É, atualmente, reconhecida como uma síndrome idiopática de hidropsia

endolinfática, isto é, um aumento da endolinfa com a consequente dilatação do sistema

endolinfático. O problema básico no Ménière reside na má absorção da endolinfa ao nível do

ducto ou saco endolinfático. O tratamento da doença de Ménière é quase todo dirigido para

o controle dos sintomas, uma vez que não existem terapêuticas que objetivem a cura da

doença até o momento. Objetivo: Demonstrar que o tratamento cirúrgico é de grande

eficácia para aqueles pacientes que não são responsivos ao tratamento farmacológico no

controle das crises vertiginosas e na melhora da audição. Metodologia: Este estudo trata de

uma revisão bibliográfica não sistemática realizada com a utilização das bases de dados

Bireme, Scielo, Lilacs, Pubmed como também de livros. Resultados: Após a seleção, foram

analisados cinco artigos. Destes, observou-se que o número médio de episódios de vertigem

foi significantemente reduzido após a descompressão do saco endolinfático como também

houve uma melhora e estabilização da audição. Conclusão: A cirurgia de descompressão do

saco endolinfático é útil para o tratamento da vertigem na doença de Ménière e deve ser

indicada como um dos primeiros procedimentos cirúrgicos, principalmente nos pacientes

com perda leve ou moderada da audição, pelos resultados que costuma alcançar e pelo seu

baixo risco de complicações.

TÍTULO: Prevalência de nefropatia diabética em familiares de pacientes diabéticos sob

diálise.

ALUNO(A): Luis Filipe Miranda Rebelo da Conceição

ORIENTADOR(A): Dra. Margarida Maria Dantas Dutra

RESUMO Introdução: O diabetes mellitus (DM) é a segunda maior causa isolada de doença renal crônica terminal (DRCt) no Brasil e a primeira na Europa e nos Estados Unidos da América. Aproximadamente um quarto a um terço dos pacientes com diabetes desenvolvem manifestações renais. A nefropatia diabética (ND) pode se apresentar de forma incipiente, na qual se encontram níveis baixos, porém anormais, de albuminúria, ≥30 mg/24h, o que corresponde a microalbuminúria, ou franca, na qual se encontram níveis de albuminúria ≥300 mg/24h. Pelo menos 3% dos indivíduos com DM tipo2 recém-diagnosticado já apresentam nefropatia franca, ou seja, albuminúria elevada e persistente o que, certamente, ocorre pela exposição constante a níveis glicêmicos elevados sem o devido diagnóstico e intervenção. Estudos têm mostrado que familiares de pacientes com DRC tendem a apresentar um maior risco de desenvolver insuficiência renal crônica quando comparados a indivíduos sem história familiar. “Screenings” populacionais direcionados para subgrupos de risco para o desenvolvimento de DRC é um método interessante para se detectar precocemente indivíduos com DRC em estágios nos quais intervenções específicas são capazes de diminuir a velocidade de progressão para DRCt e, inevitavelmente, terapia renal substitutiva (TRS). Objetivo: Determinar a presença de ND, avaliando a presença de fatores de risco relacionados em familiares de primeiro grau de pacientes portadores de DM tipo2 e ND. Materiais e métodos: Trata-se de estudo de corte transversal, no qual foram avaliados familiares de primeiro grau (irmãos e filhos) de pacientes portadores de ND em TRS. Foi aplicado um questionário, realizado exame físico e feita coleta de sangue e urina. Os familiares portadores de ND incipiente ou franca, diagnosticada foram comparados com os familiares que apresentaram “clearance” e microalbuminúria normais. Resultados: Nefropatia diabética estava presente em 12% da população estudada. Na análise univariada a idade 63,3 ± 12,49 X 39,5 ± 10,6 anos (p<0,0002), PA média sistólica 139,0 ±13,87 X 125,55 ± 15,26mmHg (p< 0,0149), colesterol total 219,4 ± 39,74 X 173,27 ± 39,91 (p< 0,0055) e LDL 149,22 ± 35,26 x 111,35 ± 35,28 (p< 0,0087) foram os fatores de risco encontrados no grupo com ND. Análise multivariada não identificou nenhum preditor de nefropatia diabética Conclusão: Nosso estudo identificou em familiares de doentes renais crônicos com DM tipo2 uma grande proporção de pacientes com diagnóstico de DM tipo2 e nefropatia diabética. Estes compartilhavam fatores de risco modificáveis bem definidos (hipertensão, dislipidemia, obesidade). Estudos maiores são necessários para ratificar estes dados assim como para propor a importância do diagnóstico e intervenção precoce neste subgrupo de pacientes, já que o controle adequado da glicemia e níveis pressóricos pode retardar ou diminuir a morbimortalidade destes pacientes.

TÍTULO: Febre tifóide: aspectos clínicos, epidemiológios e laboratoriais de pacientes

hospitalizados em hospital em Salvador – Bahia.

ALUNO(A): Luciana Pereira Andrade

ORIENTADOR(A): Edilson Sacramento

RESUMO Objetivo: Fazer uma revisão literária sobre a febre tifóide. Descrever a distribuição percentual dos diversos tipos de achados epidemiológicos, clínicos e laboratoriais e estimar associações entre esses achados. Materiais e Métodos: Foi realizado um estudoretrospectivo, descritivo de revisão do prontuário médico dos pacientes internados no Hospital Couto Maia, Salvador, Bahia, no período de 01 de janeiro de 2001 a 31 de Dezembro de 2009. As informações coletadas foram registradas em fichas clínicas confidenciais contendo dados referentes ao perfil demográfico, clinico e laboratorial, totalizando 32 pacientes. Os dados foram armazenados e analisados em banco de dados criado no programa SPSS, versão 15 para Windows®. Resultados: A média de idade dos pacientes com febre tifóide foi de 20,97 anos, houve predomínio do sexo masculino. Na admissão todos apresentavam febre variando entre 37,7°C e 42,2°C e os sinais e sintomas encontrados foram: cefaléia (68,8%), vômitos (68,8%), dor abdominal (59,4%), diarréia (59,4%), mialgia (43,8%), prostração (43,8%), artralgia (9,4%), roséola tífica (18,8%), esplenomegalia (34,4%), hepatomegalia (50,0%) e Angina de Duguet (12,5%). O teste de Widal revelou 10% de sensibilidade e 69% de especificidade. Conclusão: As características epidemiológicas, clinicas e laboratoriais foram semelhantes às demonstradas na literatura. O teste de Widal teve sensibilidade e especificidade muito baixas. A falta de informações nos prontuários médicos prejudicou a amostra do estudo. Há, ainda, subregistro da doença em nosso meio devido à dificuldade de diagnóstico.

TÍTULO: Apresentação da Hepatite B de acordo coma a atuação de linfócitos e citocinas.

ALUNO(A): Leonardo Santos da Cunha

ORIENTADOR(A): Songeli Menezes Freire

RESUMO Essa monografia tem cunho de revisão não-sistemática preparada com o objetivo de apresentar aspectos dos principais componentes de defesa, os linfócitos e as citocinas na resposta ao vírus da hepatite B (VHB). A infecção pode se apresentar nas formas assintomática, agudas (com diversidade de sinais e sintomas) e crônica, portadora ou ativa(VERONESI, 2006). Cada uma dessas manifestações depende da resposta imune de cada indivíduo. O VHB é um vírus DNA, com tropismo para hepatócitos, porém pode ser encontrado em outras células. A resposta imune eficaz para a depleção viral é a resposta das células T citotóxicas e de suas citocinas, via perfil Th1, com as principais citocinas IL-2, IL-8, FasL, TNF-α e IFN-γ que induzem proteção pelas células TCD8+, macrófagos e células NK. Por outro lado a presença das citocinas IL-10, produzidas pela célula T regulatória CD4+CD25+Foxp3+, diminui a exacerbação da resposta de proteção contra os antígenos, modulando a resposta deletéria, com proteção do órgão-alvo, diminuindo o efeito lesivo da resposta Th1, o que pode estar associada a cronicidade do quadro infeccioso (XU et al., 2006). E a citocina TGF-β com seu potencial modulador por inibir linfócitos T e B e monócitos e fibrogênico por induzir maior produção de colágeno. Está aumentada principalmente nas hepatites crônicas ativas e é importante fator de risco para cirrose e carcinoma hepatocelular. Palavras-chaves: VHB, Hepatite B, Imunopatogênese, Citocinas, CTLs, Resposta imune, Hepatite Aguda, Hepatite Crônica, Hepatite Cronica Ativa, Hepatite Assintomática.

TÍTULO: Infecção do Trato Urinário de repetição associado a restrição na mobilidade no

idoso: Relato de caso.

ALUNO(A): Mariana Cerqueira Costa

ORIENTADOR(A): Manuela Oliveira de Cerqueira Magalhães

RESUMO A população brasileira acima de 60 anos vem aumentando nas últimas décadas e dentro dessa opulação existem aqueles que apresentam declínio significativo especialmente quando ltrapassam a idade de 75 anos. Estes idosos são na maioria mantidos confinados ao leito e dquirem imobilidade, definida como incapacidade de mudar de posição ao leito sem ajuda. A mobilidade pode trazer conseqüências irreversíveis para o idoso, como a Síndrome da mobilização. As causas para imobilidade são diversas, muitas vezes podem estar associadas a iversos fatores, sendo as condições neurológicas e musculoesqueléticas as predominantes. A mobilidade prolongada gera deterioração funcional progressiva em vários sistemas, como nfecção do trato urinário. A imobilidade é um fator de risco importante para infecção do trato rinário, pois reduz esvaziamento vesical, maior formação de cálculos, formação de úlceras e decúbito infectadas, maior prevalência de incontinência urinária e fecal. Foi realizada evisão de literatura através de busca bibliográfica na Base de dados MEDLINE, LILACS, CIELO, utilizando como palavras chaves imobilidade, imobilização, ITU, idoso, restrição, eito e seus correspondentes na língua inglesa. Foram selecionados artigos de 1980 a 2009. oram incluídos artigos de revisão, estudos de coorte, observacionais, caso-controle sido ublicados em português, inglês e espanhol e excluídos artigos publicado em outras línguas. oram consultados livros de Geriatria, selecionando capítulos que tenham o tema abordado este trabalho, imobilidade, Síndrome da Imobilização e ITU. M.A.S, 90 anos, paciente do exo feminino, solteira, admitida no Centro Geriátrico Júlia Magalhães em 06/11/2002, ncaminhada por médico devido a distúrbio de comportamento, para residir na Morada Nossa enhora de Lurdes. Possui amputação do terço inferior do membro inferior direito, steoporose com fratura de fêmur direito e cifoescoliose que contribuíram para restrição de mobilidade apresentada por esta paciente atualmente. Esta paciente apresentou 10 episódios e infecção do trato urinário, de outubro de 2007 a março de 2010, após agravamento da sua mobilidade. Foi pedido USG de abdome, que não mostrou alterações anatômicas ou presença e cálculos. Relatava queixa de disúria e dor abdominal. Eram solicitados sumário de urina e rocultura, que apresentavam alterações como nitrito positivo, piúria maciça e crescimento de actérias como Escherichia coli, Proteus e de fungo (Candida sp). O tratamento instituído era ntibioticoterapia com ciprofloxacina, norfloxacina, ceftriaxona ou fluconazol. A paciente assou a utilizar vitamina C e colpotrofine, para profilaxia da ITU de repetição. Esta paciente apresenta infecção urinária de repetição, secundária ao comprometimento de sua imobilidade, evidenciado no índice de Barthel em 2008, com grau de dependência moderado. As infecções se apresentaram de forma não complicada, expressa por sintomas como disúria e dor abdominal e ausência de sinais e sintomas atípicos. A urocultura não era fundamental para estabelecimento do diagnóstico, instituindo-se a antibioticoterapia de maneira precoce, com finalidade de evitar complicações. O relato de caso desta paciente evidencia a fragilidade que a imobilidade impõe sobre os idosos, e uma vez imposta à imobilidade e a dependência, esse individuo passa a ser portador de diversas patologias, como a infecção do trato urinário, que comprometem seu estado de saúde.

Palavras-chaves: Imobilidade, relato de caso, infecção do trato urinário de repetição, idoso.

TÍTULO: Eventos hemorrágicos após trombólise farmacológica no tratamento do

tromboembolismo pulmonar.

ALUNO(A): Marco Tito Mota Passos

ORIENTADOR(A): Julio Braga

RESUMO Introdução: O TEP é uma desordem cardiovascular e pulmonar com alta incidência e elevada letalidade, sendo dividido em TEP não-maciço, submaciço e maciço. Seu tratamento padrão consiste na administração de heparina seguida de anticoagulação oral. A trombólise tem a capacidade de degradação mais célere do trombo pulmonar, mas está associada a maior incidência de sangramentos muitas vezes graves como a hemorragia intracraniana. Existem mais estudos a respeito de sangramento após trombólise no IAM do que no TEP. Portanto, uma análise da incidência dos eventos hemorrágicos após trombólise no TEP deve ser realizada, tendo grande importância para a prática clínica. Objetivo: Analisar e descrever a incidência dos eventos hemorrágicos após trombólise no tratamento de pacientes com TEP. Métodos: Trata-se de uma revisão não-sistemática de artigos científicos publicados entre 1990 e 2010 que analisaram e descreveram a incidência de sangramento após trombólise farmacológica no tratamento do TEP. Foi realizada uma busca nos seguintes bancos de dados: Pubmed, Bireme e Lilacs. Resultados: Foram encontrados 27 artigos, sendo que 12 foram selecionados segundo critérios de inclusão e exclusão e objetivo do estudo. Três ensaios clínicos randomizados não mostraram maior incidência de sangramento maior na trombólise se comparada à heparinização e dois estudos observacionais que compararam estas duas terapias mostraram maior incidência de sangramento maior na trombólise. Os estudos observacionais tiveram maior campo amostral em comparação com os ensaios clínicos e, por isso, a trombólise está associada a maior incidência de sangramento maior se comparada à heparinização. A trombólise, pois, deve ser utilizada com mais segurança em pacientes com TEP maciça. Todos os estudos que analisaram os sangramentos menores associaram maior incidência destes na trombólise se comparado à heparinização, sobretudo, nos LIC e LPV. Dessa forma, a realização de procedimentos invasivos, como angiografia pulmonar, antes da trombólise é um fator de risco para sangramento, devendo, pois, serem evitados quando possível. A incidência de HIC após trombólise foi baixa na maioria dos artigos, variando de 0% a 7,4%. Os pacientes com HIC tiveram idade igual ou superior a 58 e seqüelas graves e até morte foram as complicações nesta faixa etária. Os artigos que compararam dois trombolíticos e dois regimes diferentes de infusão do mesmo trombolítico não mostraram diferença de sangramento entre os grupos. Dois estudos descritivos mostraram que realização de procedimentos invasivos e INR elevado antes da trombólise também são fatores de risco para sangramento após trombólise no TEP. Conclusão: A trombólise está associada a maior incidência de sangramento maior e sangramento menor, sobretudo, nos LIC e LPV. A HIC é uma complicação incomum, gerando graves seqüelas e até morte principalmente em pacientes com idade avançada. Não houve diferença de incidência de sangramento entre dois tipos de trombolíticos e dois regimes diferentes de infusão do mesmo trombolítico. Idade avançada, realização de procedimentos invasivos e INR elevado antes da trombólise são fatores de risco para sangramento após trombólise no TEP. Contudo, mais estudos devem ser realizados para melhor identificação dos demais fatores de risco. Palavras-chaves: TEP. Trombólise. Sangramento. Eventos hemorrágicos.

TÍTULO: Asma nos estudantes de medicina: prevalência e cuidados com o tratamento.

ALUNO(A): Marina Lordello Passos

ORIENTADOR(A): Iêda Aleluia

RESUMO Introdução: A asma brônquica é uma doença inflamatória crônica, definida por hiper-responsividade das vias aéreas a variados estímulos, inflamação das vias aéreas e obstrução das vias aéreas que pode ser reversível espontaneamente ou com uso de medicamentos. A prevalência média da asma na população brasileira é de 20%, ocorrem aproximadamente 350.000 internações por asma no Brasil e a asma é a quarta causa de internações pelo SUS. Os estudantes de medicina têm uma carga muito estressante durante o curso da graduação o que contribui negativamente para os cuidados que os mesmos têm com sua saúde, sua vida e seu bem-estar social e psicológico. O grande conhecimento que eles adquirem e a profissionalização médica podem causar muitas vezes descuido com sua saúde e também a automedicação. Objetivos: Avaliar a prevalência da asma brônquica entre os estudantes de medicina do primeiro ao sexto ano da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública(EBMSP), Salvador -BA e também avaliar o cuidado e a qualidade do tratamento que esses estudantes têm com essa doença e com sua saúde. Metodologia: É um estudo de corte transversal com uma amostra de 249 alunos de medicina que cursam do primeiro ao sexto ano da EBMSP no primeiro semestre do ano de 2010. Será feita uma amostragem sistemática aleatória e assim o número total da amostra será distribuído proporcionalmente entre os anos escolares. O trabalho será realizado através da aplicação do questionário escrito módulo asma do International Study os Asthma and Allergies in Childhood (ISAAC) adaptado, incluindo questões relacionadas ao tratamento e cuidados que os estudantes têm com a asma. Foi utilizado um ponto de corte de 5 para diferenciar asmáticos de não asmáticos. Resultados: A prevalência da asma entre os estudantes foi de 6,8% que corresponde a 17 estudantes. Dos participantes, 141 (56,6%) eram do sexo feminino e 108 (43,4%) do sexo masculino e a média de idade foi de 22,04. Entre os estudantes asmáticos, 6 (35,3%) fazem tratamento regular para asma e 8 (47,1%) são acompanhados por médico especialista e 7 (41,1%) já se automedicaram para tratar a asma. Conclusão: A prevalência da asma entre os estudantes de medicina na EBMSP é de 6,8%, valor muito reduzido quando comparado a prevalência média brasileira que é de 20%. Os estudantes de medicina não têm cuidado adequado com a saúde, apenas 35,3% dos estudantes asmáticos fazem tratamento regular para asma, 47,1% fazem acompanhamento com médico especialista e 41,1% já se automedicaram.

Palavras-chaves: Asma, Estudantes de medicina, ISAAC.

TÍTULO: Prevalência do uso de descongestionante nasal tópico por estudantes de medicina.

ALUNO(A): Máspoli Dantas Costa Filho

ORIENTADOR(A): Dr. Otávio Marambaia

RESUMO Introdução: A congestão nasal é um dos sintomas mais incômodos quando se refere ao nariz, pois traz consigo dificuldades para dormir, ansiedade e dificuldade de concentração. É o sintoma mais comum nas afecções do trato respiratório superior como: Infecções, rinites alérgicas de desvio de septo. Os descongestionantes são as medicações que aliviam esse sintoma. Trata-se de simpatomiméticos que agem na mucosa nasal reduzindo a congestão e o edema, mas não tem ação sobre prurido e secreção. Essas drogas são as segundas mais utilizadas na pratica de automedicação e, em geral, é usada de forma indevida. E isso traz sérios problemas aos usuários como rinite medicamentosa, congestão de rebote e dependência. Objetivos: Traçar o perfil epidemiológico dos usuários de descongestionante nasal tópico no curso de graduação em medicina da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP). Metodologia: Trata-se de um estudo de prevalência que será feito através da aplicação de questionário entre os alunos da graduação do 1º ao 6 º, sendo estes selecionados por conveniência, já que não existem estudos que mostrem a prevalência de uso na população geral. Resultados: Dos 100 alunos abordados, 54 eram do sexo feminino e 46 do sexo masculino. 66 alunos que afirmaram já terem feito ou estarem fazendo uso de descongestionante nasal tópico. Os motivos para o uso relatados foram: Congestão Nasal (48 alunos), 35 devido a Rinossinusites, 10 devido ITR superior, 5 devido a Desvio de Septo Nasal e 2 por outros problemas. Cerca de 40 alunos relataram uso por indicação de médico, 4 por indicação de familiares e 24 por conta própria. Discussão: Grande parte dos alunos relatou terem feito uso de descongestionante nasal, mas a maioria teve seu uso indicado por médicos, apesar de um numero significante fazer uso por conta própria. Palavras-chaves: Descongestionante Nasal, Automedicação, Estudantes de Medicina.

TÍTULO: Fatores que diminuem o risco de complicações no cateterismo interminente limpo

em crianças.

ALUNO(A): Marcela Sales Seoane

ORIENTADOR(A): Ubirajara Barroso Jr.

RESUMO

Introdução: A bexiga neurogênica em crianças pode ser o resultado de condições que vão desde defeitos congênitos, como a mielomeningocele, até condições adquiridas, como lesões à medula espinhal. Independente da etiologia, os princípios que norteiam o tratamento são os mesmos: promover a continência urinária e garantir que a bexiga funcione de maneira adequada, promovendo um esvaziamento completo, em pressões relativamente baixas e prevenindo, assim, infecções do trato urinário, refluxo vesico-ureteral e lesões renais. O CIL vem sendo utilizado como tratamento de escolha para estas crianças e suas principais complicações são: ITU, bacteriúria assintomática, uretrite, epidídimo-orquite, prostatite, hemorragia uretral, falso trajeto, estenose do meato uretral, cálculos vesicais, perfuração da bexiga e necrose vesical. Objetivo: Analisar os fatores que diminuem o risco de complicações no CIL em crianças. Materiais e métodos: Revisão de literatura utilizando os artigos mais relevantes já publicados. Conclusão: o CIL apresenta baixas taxas de complicações e é o tratamento mais indicado para crianças com bexiga neurogênica; o cateter hidrofílico é mais fácil de manusear e tem menores taxas de complicações que os cateteres tradicionais, mas permanece incerta a sua eficácia na redução das taxas de bacteriúria assintomática e ITU e seu custo é bastante superior ao do cateter de PVC; o cranberry juice não diminui as taxas de bacteriúria assintomática ou ITU; o uso profilático de antibióticos não traz benefícios no longo prazo, mas pode estar associado à redução de bacteriúria assintomática em pacientes com bexiga neurogênica tratados nos primeiros 90 dias após lesão espinhal aguda; a reutilização do cateter pode ser realizada e é possível que haja um benefício da esterilização com microondas após lavagem com água e sabão e da estocagem em saco plástico. Palavras-chave: clean intermittent catheterization, complications, neurogenic bladder, catheter, antibiotics, cranberry juice.

TÍTULO: Perfil do jovem usuário de Maconha.

ALUNO(A): Mariana Paixão Ribeiro

ORIENTADOR(A): Adelmo Machado

RESUMO INTRODUÇÃO: O objetivo do presente estudo foi identificar o perfil sócio demográfico e de consumo de maconha entre escolares que utilizaram essa droga nos últimos 30 dias. MÉTODOS: Estudo descritivo, com dados secundários obtidos a partir da tese de doutorado do Dr. Adelmo de Souza Machado Neto, realizado com escolares entre 11 e 19 anos. Foram analisadas as variáveis idade, sexo, cor da pele, classe econômica, dependência administrativa que frequenta, idade que experimentou, como conseguiu a droga pela primeira vez ou modo de aquisição, motivo que levou ao experimento, se os pais também fazem o uso da droga, o ocal onde geralmente fuma, frequência de uso e fatores de risco. RESULTADOS: Os principais resultados apontam para uma população com idade média de 16,09 anos, afro descendente, de baixo poder aquisitivo, estudantes de dependência pública. A maioria iniciou o consumo entre 15 e 18 anos (45,9%), 41,1% experimentaram a maconha devido à curiosidade, 48,6% costumam adquirir através de amigos, apenas 9% referiram o uso também pelos pais, o ocal de uso mais frequente foi na rua (46,8%) e a frequência foi de 1 a 5 dias no ultimo mês 48,1%). O fator de risco mais associado ao consumo foi relação sexual durante o efeito da droga. CONCLUSÕES: Os resultados do atual trabalho, não diferenciaram muito dos estudos já existentes na literatura, exceto pela raça e dependência administrativa, pois nesta amostra os escolares referiram ser afrodescendentes e de escolas públicas, respectivamente, alvez devido ao perfil sócio demográfico de Salvador-BA. Mais trabalhos envolvendo escolares devem ser realizados, pois estudos desse tipo permitem ampliar o conhecimento da população de estudantes que são usuários de maconha. Palavras-chave: maconha, jovens e escolares.

TÍTULO: Avaliação da concordância entre os antígenos TcLys e TcF utilizados no teste de

ELISA indireto para o diagnóstico da Doença de Chagas.

ALUNO(A): Monique Lírio Cantharino de Carvalho

ORIENTADOR(A): Dr. Roberto Badaró

RESUMO O diagnóstico da Doença de Chagas (DC) em pacientes cronicamente infectados é geralmente baseado na detecção de anticorpos específicos contra antígenos de Trypanosoma cruzi. A maioria dos testes ELISA utiliza antígenos brutos, obtidos a partir de formas epimastigotas e tripomastigotas de cultura de T. cruzi. Alguns testes utilizam antígenos recombinantes, que são mais específicos. Apesar disso, até o momento nenhum deles apresentam uma sensibilidade tão abrangente quanto os que usam antígeno bruto, sendo aconselhável a utilização de ambos os antígenos na realização do teste de ELISA. Entretanto, são escassos os estudos que avaliam a concordância nestes ensaios com múltiplos antígenos. O objetivo deste estudo foi avaliar a concordância entre os antígenos TcLys e TcF utilizados nos testes de ELISA indireto para o diagnóstico da DC. Realizou-se um estudo de corte transversal retrospectivo através de coleta de dados secundários de 91 indivíduos atendidos entre Jun./06 e Out./08 no Laboratório de Doenças Tropicais e no Ambulatório de Cardiomiopatias, C-HUPES, Salvador-BA. Foram calculadas medidas de tendência central, de dispersão e índice de concordância kappa. A concordância entre os antígenos obteve um índice de kappa igual a 0,69 (concordância substancial) entre todos os indivíduos da amostra, com uma variação de 0 a 0,77 entre os subgrupos. Observou-se concordância substancial tanto em indivíduos sintomáticos (kappa=0,63) quanto naqueles com possível forma indeterminada da DC (kappa=0,72). Chamou atenção uma perda da concordância quando esta foi determinada para indivíduos idosos - idade maior ou igual a 65 anos - cujo índice kappa foi igual a 0,31 (concordância fraca). Obteve-se concordância ruim (kappa= 0) quando estudados indivíduos idosos com possível forma indeterminada. Os antígenos utilizados nos testes sorológicos para diagnóstico da Doença de Chagas apresentam concordâncias variáveis, e além da sensibilidade e especificidade, o subgrupo de indivíduos tem importância fundamental na acurácia do teste. Dessa forma, é mandatório que o diagnóstico sorológico seja realizado por pelo menos dois testes que utilizem técnicas diferentes para detecção do anticorpo. Palavras-chaves: Doença de Chagas, concordância, ELISA, TcLys, TcF.

TÍTULO: Prevalência de Linfonodos Positivos em Pacientes com Câncer de Próstata

submetidos à Prostatectomia Radical.

ALUNO(A): Márcio Andrade Silva Freire

ORIENTADOR(A): Manoel Juncal

RESUMO Objetivos: Avaliar, tendo como base a literatura, a prática da linfadenectomia em pacientes submetidos a tratatamento cirúrgico de prostatovesiculectomia radical. Secundariamente, é investigada também a relevância da linfadenectomia em comparação a outras técnicas de imagem na detecção de linfonodos positivos, a técnica aplicada e o desfecho dos pacientes submetidos ao procedimento. Métodos: Trata-se de uma revisão bibliográfica não sistemática, com artigos selecionados segundo critério de adequação condizente com o tema proposto, após ter sido realizada a leitura do resumo e do corpo do texto disponibilizado em bancos de dados na Internet. A bibliografia está compreendida no período entre 1979 e 2009. Resultados: A utilização de técnicas de imagem na detecção de metástases para linfonodos regionais no Câncer de Próstata (CaP) não tem mostrado eficácia comparada a linfadenectomia. A USG, TC, RMN tem limitação associada a dificuldade de detecção de metástases de pequena dimensão. A PET/TC e a RMN como nanopartículas superparamagnéticas têm se mostrado como métodos promissores, porém sua disponibilidade é limitada e implica num custo elevado. Há evidências de que a linfadenectomia pélvica extendida é a melhor forma de se prever a invasão linfonodal (ILN) regional, incrementando o estadiamento e tratamento do paciente da melhor forma. Estudos associam a essa modalidade uma maior sobrevida livre de CaP nos pacientes em 10 anos que varia de 60,1-82% e de 2,9-58% sem recidiva bioquímica verificada no mesmo período de acompanhamento. Conclusões: A linfadenectomia pélvica é a técnica de melhor acurácia pós-operatória no estadiamento e na sobrevida dos pacientes com ILN regional. A aplicação da sua modalidade extendida é a que apresenta maior capacidade de detecção de ILN e, por isso, deve ser a técnica de escolha quando a intenção é incrementar o prognóstico do paciente. Palavras-chaves: Linfadenectomia, Câncer de Próstata, Prostatectomia radical retropúbica, Metástase Linfática, TC, RMN e USG.

TÍTULO: Valor prognóstico da Troponina na Insuficiência Cardíaca Aguda: Revisão

sistemática.

ALUNO(A): Mayara Maraux Braga

ORIENTADOR(A): Luís Cláudio Correa

RESUMO As hospitalizações por Insuficiência Cardíaca vêm aumentando nas últimas décadas com o envelhecimento da população no Brasil e no mundo. Neste contexto, há a necessidade de marcadores prognósticos capazes de melhorar a estratificação de risco desses pacientes, a fim de aperfeiçoar a distribuição dos recursos de saúde e o planejamento terapêutico para essa doença. Assim, esta revisão sistemática tem o objetivo de avaliar se a troponina, conhecida como marcador de lesão miocádica, pode atualmente ser recomendada como marcador prognóstico em pacientes com Insuficiência Cardíaca Aguda. METODOLOGIA: doze estudos de coorte prospectiva, que avaliavam o valor prognóstico da troponina na descompensação da Insuficiência Cardíaca, foram analisados. Eles datam de 2000 a 2010. A análise incluiu tipo de troponina e ponto de corte utilizado, força de associação prognóstica (“odds ratio”), associação prognóstica independente e valor incremental no modelo preditor clássico. RESULTADOS E DISCUSSÃO: todos os estudos concluíram que as troponinas cardíacas predizem piores desfechos clínicos na Insuficiência Cardíaca Descompensada e apenas um deles não encontrou associação independente de outros fatores na análise multivariada, o que reforça o papel da troponina como marcador prognóstico. Houve grande variação entre os pontos de corte utilizados e nenhum dos estudos avaliou o quanto o incremento das troponinas no modelo preditor clássico pode melhorar a estratificação de risco desses pacientes. CONCLUSÃO: as troponinas cardíacas são fortes preditores de risco em pacientes com Insuficiência Cardíaca Aguda, porém novos estudos são necessários para definição do ponto de corte ideal para esta predição e para concluir se esse biomarcador melhora a estratificação de risco desses pacientes. Só então poderá se concluir se ela deve ser utilizada na prática clínica como marcador prognóstico.

Palavras-chaves: “insuficiência”; “cardíaca”; “descompensada”; “aguda”; “troponina”; “prognóstico”.

TÍTULO: Efeito Biologico da IL-12 recombinante canina in vitro.

ALUNO(A): Marcelo Cunha Melo Paiva Ribeiro

ORIENTADOR(A): Geraldo Gileno de Sá Oliveira

RESUMO As leishmanioses são doenças causadas por protozoários do gênero Leishmania, sendo a leishmaniose visceral (LV), a forma mais grave. Tanto o homem como o cão desenvolvem a doença, existindo evidências de ser o cão o principal reservatório do agente causal. Embora o tratamento farmacológico contra a LV seja, frequentemente, eficaz na doença humana, na doença canina não proporciona os mesmos resultados. Uma alternativa para o controle da LV seria o desenvolvimento de uma vacina ou método imunoterápico contra LV canina. Para que esta seja capaz de induzir resistência contra a infecção por L. chagasi, deve promover uma resposta imune do tipo TH1. Uma vez que a interleucina 12 (IL-12) é um potente imunomodulador, capaz de induzir resposta imune TH1 e expressão de interferon-gama (IFN-γ) em células NK e linfócitos T ativados, esta é uma candidata a componente de formulações vacinais ou métodos imunoterápicos onde resposta imune de tipo TH1 é desejada. Visando a avaliação do potencial da IL-12 recombinante canina (caIL-12) em modular respostas imunes, úteis no desenvolvimento de vacinas ou métodos imunoterápicos para o cão, foi realizado neste estudo um ensaio in vitro para avaliar o efeito biológico dessa citocina, representado pela produção de IFN-γ. A IL-12 canina utilizada neste estudo foi obtida a partir da hemolinfa de larvas de Heliothis virescens infectadas com baculovírus do grupo Autographa californica multicapsid nucleopolyhedrovirus (AcMNPV) contendo inserto que codifica essa citocina. Células mononucleares de cinco cães foram isoladas de sangue periférico e, de cada cão, as células foram cultivadas em cinco grupos de acordo com o estímulo recebido: (i) meio de cultura apenas (RPMI suplementado), (ii) Concanavalina A 10 µg/mL, (iii) hemolinfa proveniente de larvas infectadas com baculovírus sem inserto (Bac Ø) na diluição de 1:105, (iv) hemolinfa proveniente de larvas infectadas com baculovírus que codifica IL-12 canina (Bac scca-IL-12) na diluição de 1:105 ou (v) hemolinfa proveniente de larvas infectadas com Bac scca-IL-12 na diluição de 1:104. A mensuração da concentração de IFN-γ canino presente nos sobrenadantes foi realizada por ELISA de captura. A comparação da produção de IFN-γ promovida por IL-12 canina recombinante foi realizada através de ANOVA com pós-teste de Tukey, enquanto a comparação entre a produção de IFN- γ na presença ou não de Con-A foi utilizado pós-teste de Dunnet. A concentração de IFN-γ foi de 1,321 ± 2,954 pg/mL e 176,7 ± 133,2 pg/mL em sobrenadantes de CMSP cultivadas apenas em meio de cultura e em meio contendo Con-A a 10µg/mL, respectivamente (p>0,05). Apenas as células estimuladas com hemolinfa proveniente de larvas infectadas com Bac scca-IL-12 na diluição de 1:104, apresentaram produção significante de IFN-γ (476,8 ± 283,0 pg/mL, p<0,001) quando comparadas à produção basal ou aos outros estímulos. Palavras-chaves: Leishmaniose Visceral Canina, IL-12, imunomodulação, vacina, citocinas,

Heliothis virescens.

TÍTULO: Características clínicas e laboratoriais de crianças com Hipotireoidismo Congênito

identificados pelo Programa de Triagem Neonatal da Bahia, no período de 2002 a 2009.

ALUNO(A): Nayara Soares de Oliveira Lacerda

ORIENTADOR(A): Tatiana Régia S. Amorim Boa Sorte

RESUMO Introdução: O hipotireoidismo congênito (HC) é um defeito ao nascimento considerado como uma urgência pediátrica, que quando não recebe tratamento oportuno, tem consequências graves como o retardo mental irreversível. O diagnóstico e tratamento precoces do HC são fundamentais, através do rastreamento neonatal - Teste do Pezinho - realizado pelo Programa Nacional de Triagem Neonatal. Objetivos: Identificar os sinais e sintomas prevalentes na primeira consulta, com um endocrinologista dos recém-nascidos com HC; Verificar a possibilidade de correlação entre as dosagens de TSHfiltro com os sinais e sintomas clínicos mais frequentes; Avaliar o desempenho do Programa de Triagem Neonatal na Bahia, através da análise da idade de início de tratamento dos recém nascidos. Metodologia: Estudo de incidência associado a um estudo descritivo (corte transversal). A população estudada é de recém nascidos que realizaram o teste de triagem neonatal no SRTN no período de 2002 a 2008, que tiveram o resultado do teste do pezinho alterado para a pesquisa de Hipotireoidismo Congênito convocados para a primeira consulta. Foram avaliadas as manifestações clínicas na primeira consulta e sua correlação com os valores de TSH filtro assim como, os tempos decorridos entre as etapas da operacionalização do programa de triagem neonatal. Resultados: Foram estudadas 506 crianças, sendo 52% do sexo feminino. Os sinais clínicos mais encontrados foram: hérnia umbilical (51,8%), extremidades frias (35,8%), pele seca áspera (35%). Fontanela posterior aberta, protusão lingual e rouquidão foram os sinais mais relacionados com a gravidade bioquímica. A média da incidência da doença, nos últimos três anos (2006 a 2008), de 1:1.867. A prevalência encontrada foi de 1:28.661. A idade média dos pacientes triados no momento da coleta foi de 20,6 dias de vida; e na primeira consulta foi de 58,5 dias de vida. Discussão: A cobertura do teste do pezinho na Bahia esta próxima a 100% dos recém nascidos. A idade da coleta do teste do pezinho é elevada e o inicio do tratamento é tardia. Existem manifestações precoces que sugerem o diagnóstico de HC. Conclusão: O programa de triagem da Bahia evoluiu ao longo dos anos. No entanto, necessita melhorar as etapas de coleta e a convocação do paciente para o centro. Palavras-chaves: Hipotireoidismo Congênito. Triagem neonatal. Teste do pezinho. Retardo mental.

TÍTULO: Carcinoma ductal infiltrante da mama com metástase para o intestino grosso:

Relato de caso e revisão de literatura.

ALUNO(A): Patrícia Faversani Rodrigues

ORIENTADOR(A): Glícia Abreu

CO-ORIENTADOR:

RESUMO (CD não lê na máquina.)

TÍTULO: O que pensam os estudantes de medicina sobre a medicina e o tornar-se médico.

ALUNO(A): Priscila Fróes Ribeiro

ORIENTADOR(A): Luiz Alberto Queiroz

CO-ORIENTADOR:

RESUMO Introdução: Diante da crise médica (identidade) — suicídio, do uso de drogas e transtornos mentais e consequente necessidade em dar assistência psicológica aos alunos de medicina faz-se necessário novo estudo para agregar conhecimento e encontrar soluções para mudar essa realidade médica. Objetivo: Avaliar as opiniões dos estudantes de medicina com relação a quatro questões: “porque você fez medicina?”, “você já se sentiu traído pela medicina?”, “qual o perfil do médico que você escolheria para cuidar de você?” e “o quanto você está longe deste perfil?” Métodos: Estudo retrospectivo, descritivo com uma abordagem quantitativa a partir da leitura sistemática das fichas de avaliação dos estudantes de medicina do 7º semestre ao fim da disciplina de Psicodinâmica da Clínica Médica da EBMSP. Resultados: Dos 160 questionários avaliados, 28 foram excluídos na primeira questão, por apresentarem fuga ao tema ou estarem manuscritos. Foi citado em 39% dos questionários o “altruísmo como motivação para a escolha profissional, seguido da “influência de terceiros” (28,7%). A maioria das respostas encontradas na segunda questão, se encaixaram no item “impotência”, aparecendo em 39 dos 132 questionários avaliados. Em resposta a terceira questão, o item “competente no conhecimento técnico” foi o mais apontado, aparecendo em 76 dos 112 questionários; e logo em seguida as características “atencioso” e “ser humano” foram citadas em 58 e 54 questionários respectivamente. Na quarta questão foi observado que a maioria dos estudantes, 65%, se sentem distante ou muito distante do perfil de médico idealizado na terceira pergunta.Conclusão: Consolidamos ainda mais a necessidade de oferecer uma assistência psicológica aos alunos de medicina, com a perspectiva de disponibilizar um espaço de discussão e reflexão que incluam a subjetividade. Palavras-chaves: estudantes de medicina – formação médica – escolha profissional.

TÍTULO: Avaliação da Casuística de Esclerose Hepatoportal em um Serviço de Referência

de Histopatologia em Salvador.

ALUNO(A): Rafael Freitas de Andrade Néri

ORIENTADOR(A): Raymundo Paraná

CO-ORIENTADOR:

RESUMO Objetivo: descrever o perfil dos pacientes com Venopatia Portal Obliterativa Intrahepática (VPOI) em um centro de referência em anatomia patológica de Salvador-BA. Métodos: Trata6se de um estudo descritivo retrospectivo de série de casos baseado em revisão de laudos e prontuários, que incluiu todos os indivíduos que receberam o diagnóstico de venopatia portal obliterativa não esquistossomótica por meio de avaliação de biópsia hepática ou por exame do explante hepático (pacientes transplantados) avaliados no Centrode Pesquisa Gonçalo Moniz, Salvador-BA, no período de 2004 a 2009. Foram coletados dados referentes à idade, sexo, presença de hipertensão portal, perfil bioquímico do fígado e histórico para trombofilias. Achados anátomo6patológicos de VPOI como ausência de cirrose, fibrose portal e septal, anomalia da veia porta e seus ramos, obliteração de veias portais de pequeno calibre, espessamento fibroso da íntima e ausência de granulomas foram observados. Resultados: Foram encontrados cinco pacientes com laudo de biópsia sugestivo de VPOI, sendo 3 do sexo masculino (60,0%) e 2 do sexo feminino (40,0%). A idade variou de 30 a 66 anos, sendo a média 51,2 ± 12,4 anos. Todas as lâminas reavaliadas apresentaram fibrose portal e septal. A hiperplasia nodular regenerativa foi encontrada em todos os fígados. A obliteração de veias portais de pequeno calibre foi observada em todas as espécimes avaliadas. O espessamento fibroso da íntima nas veias portais foi visto em 03 (60,0%) pacientes. Nenhum dos pacientes apresentou granulomas. A esteatohepatite foi evidenciada em apenas 01 (20,0%). Não foi encontrada nenhuma evidência histopatológica de cirrose nas lâminas avaliadas. Com relação à hipertensão portal, todos apresentaram este achado. Os níveis de TGO e TGP variaram de forma relevante enquanto que os de bilirrubina total e albumina sérica flutuaram dentro da normalidade. Nenhum paciente apresentou histórico positivo para trombofilias. Conclusão: A VPOI acomete homens e mulheres com a mesma freqüência, se apresentando com maior incidência em adultos a partir da quarta década de vida. Ao exame anatomopatológico, caracteriza6se pela ausência de cirrose, presença de fibrose portal e septal, hiperplasia nodular regenerativa, obliteração das veias portais de pequeno calibre com espessamento fibroso da íntima e espaços6porta bastante heterogêneos. O quadro clínico revela sinais e sintomas secundários a uma pressão no sistema porta elevada. O perfil bioquímico dos pacientes tende a se manter dentro da normalidade. Trata6se de uma doença com etiologia ainda desconhecida fazendo se necessária a realização de novos estudos acerca da mesma. Palavras-chaves: venopatia portal obliterativa; hipertensão Portal; esclerose hepatoportal; hipertensão portal não Cirrótica; fibrose portal.

TÍTULO: Manisfestações desmatológicas inespecíficas no Lúpus Eritematoso Sistêmico.

ALUNO(A): Renata Sampaio Bastos

ORIENTADOR(A): Jussamara Brito

CO-ORIENTADOR:

RESUMO Introdução: O Lúpus Eritematoso Sistêmico é uma doença crônica, auto-imune, que acomete diversos órgão e sistemas. Atinge principalmente mulheres entre os 15-45 anos, mas pode estar presente em qualquer faixa etária. Sua etiopatogenia ainda não estar muito bem esclarecida, mas sabe-se que a ação de alguns antígenos, juntamente com fatores ambientais leva ao seu desenvolvimento. As manifestações cutâneas são uma das mais comuns e mais características do lúpus. Elas estão divididas em específicas e inespecíficas. Objetivos: O objetivo deste trabalho é fazer um estudo das manifestações dermatológicas inespecíficas no Lúpus Eritematoso Sistêmico analisando as suas freqüências. Matérias e métodos: Foi realizada uma revisão não sistemática da literatura através de pesquisa de artigos no PubMed em inglês e português, realizado em humanos e com publicação nos últimos dez anos. Resultados: Foram encontrados 152 artigos, tendo sido excluídos os artigos de revisão e relato de casos, sendo selecionados ao final sete estudos série de casos. Em cada estudo foi analisado o número de pacientes, a freqüência de homens e mulheres, o tempo de doença, idade de início da doença, idade ao diagnóstico, tempo de doença e as manifestações inespecíficas encontradas e suas respectivas freqüências. Conclusão: Esse trabalho confirma que as manifestações cutâneas são muito comuns no Lúpus Eritematoso Sistêmico, podendo em alguns casos, ser a primeira forma como a doença se apresenta. As manifestações inespecíficas, por sua vez, têm grande importância no conhecimento dessa doença e devem ser ainda mais estudadas. Palavras-chaves: Systemic lupus erythematosus, Inespecific, Cutaneous manifestations.

TÍTULO: Estudo das denúncias relacionadas à unidades de terapia intensiva, registradas no

Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia.

ALUNO(A): Rafael Anton Faria

ORIENTADOR(A): Nedy Maria Branco Cerqueira Neves

CO-ORIENTADOR:

RESUMO Introdução: Em qualquer atividade humana há a possibilidade da ocorrência de erros pelas mais diversas causas. Na prática da medicina, essa condição não é exceção. Os erros médicos geralmente ocorrem em virtude de imprudência, negligencia ou imperícia do médico. Nas Unidades de Terapia Intensiva os pacientes encontram-se particularmente vulneráveis aos erros em razão da sua instabilidade e necessidade freqüente de intervenções. Objetivo: Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo, dos inquéritos relacionados à Terapia Intensiva que chegaram ao CREMEB no período de 1990 a 2009. Para atingir a amostra foi realizada uma pesquisa, com o auxilio do Setor de Informática do Conselho, no arquivo de denúncias do CREMEB utilizando como palavra chave, Medicina Intensiva. Para o trabalho foram utilizadas somente expressões relativas ao tema. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo, dos inquéritos relacionados à Terapia Intensiva que chegaram ao CREMEB no período de 1990 a 2009. Para atingir uma amostra foi realizada uma pesquisa no arquivo de denúncias do CREMB utilizando como palavra chave, Medicina Intensiva. Denúncias arquivadas por falta de dados, em andamento ou nas quais o erro médico denunciado não ocorreu em uma UTI, ou aconteceu em uma UTI de fora do estado da Bahia, foram descartadas. Resultados: Segundo dados do CREMEB entre 1990 e 2009 foram protocolados o total de 3.131 denúncias, distribuídas da seguinte forma: 919 no período da 1ª década e 2.212 na segunda. Em relação à Terapia Intensiva, houve registro de apenas 11 inquéritos (0.003%), ao final do processo de seleção. O que já demonstra um número bastante reduzido de ocorrências de erros denunciados em UTIs. Em Salvador a maior queixa foi de Negligência médica, no Interior os pacientes se queixaram mais de Imperícia. Após análise dos inquéritos não foi encontrado evidências de má pratica da medicina. Todas as denúncias foram arquivadas e os médicos inocentados. Discussão: O número reduzido de inquéritos encontrados sugere que as UTIs baianas seguem os protocolos de segurança e com isso evitam erros. Revela também uma grande aprovação por parte de seus clientes. Nas apurações analisadas, como não foram confirmados os erros, pode-se estudar os fatores de estresse no atendimento para os pacientes e seus familiares. Conclusão: É um equivoco pensar que médicos não erram. Há uma grande dificuldade na aceitação do erro médico, o que impede a ação de tomada de consciência em relação ao problema. Muitas vezes pequenas medidas já seriam suficientes para evitar grandes tragédias. Palavras-chaves: Medicina Intensiva, Iatrogenia, Erro Médico, UTI, CREMEB.

TÍTULO: Parâmetros clínicos laboratoriais associado ao estado nutricional de pacientes com

doença falciforme acompanhados no serviço de referência em triagem neonatal da Bahia.

ALUNO(A): Rafael Neiva Lemos

ORIENTADOR(A): Ney Boa Sorte

CO-ORIENTADOR:

RESUMO Introdução: A doença falciforme (DF) é muito prevalente na Bahia. A gravidade clínica e o efeito cumulativo das morbidades associadas a DF resultam em pacientes com desnutrição energético-protéica (DEP). Contudo, ainda são escassas as investigações que relacionam o quadro clínico-laboratorial com a situação nutricional destas crianças. Objetivo: Descrever a incidência e a gravidade da desnutrição nestes pacientes nos primeiros quatro anos de vida e investigar a relação entre morbidades clínico-laboratoriais no primeiro ano e o estado nutricional em pacientes com doença falciforme aos 12 e 24 meses de vida. Metodologia: 347 crianças com idade de 1 a 4 anos portadoras de hemoglobinopatias SS ou SC, triadas e acompanhadas pelo Serviço de Referencia em Triagem Neonatal da Bahia (SRTN), foram avaliadas, utilizando-se de uma coorte ambispectiva, que registra dados das consultas realizadas. As exposições avaliadas foram: idade da primeira consulta; número total de eventos clínicos; ocorrência e número de crises álgicas e de internamentos no 1º ano de vida; padrão e tempo de aleitamento materno; tipo de hemoglobinopatia; níveis médios de hemoglobina (Hb) e de ferritina no início do acompanhamento e no primeiro ano de vida. O desfecho foi avaliado em dois formatos: presença e gravidade da DEP. Os indicadores A/I e P/I foram utilizados para a classificação nutricional, segundo a OMS. Foram definidos quatro pontos de corte para análise dos indicadores antropométricos, aos 12, 24, 36 e 48 meses de vida. As incidências das alterações antropométricas foram calculadas pela proporção entre o número de eventos/população estudada, para cada ano de seguimento. Análises de fatores prognósticos foram realizadas para cada desfecho desde que houvesse um número mínimo de desfechos para permitir o uso de testes de hipóteses. Resultados: Na avaliação dos primeiros doze meses de vida, 0,3% (uma criança) estava desnutrido grave e 1,2% desnutrido (quatro crianças), incidência que aumentou no segundo ano para 2,3% e 0,7%, respectivamente. Os pacientes SS apresentaram quatro vezes mais desnutrição que os SC nos dois momentos estudados. Com um ano, os pacientes com DEP tiveram maior número médio de internamentos (p=0,067), menores níveis médios de hemoglobina na primeira consulta (p=0,04). No segundo momento avaliado (24±3 meses), não foram observados associações significantes entre as variáveis clínicas, laboratoriais e alimentares avaliadas e a presença de DEP. Discussão: A incidência de desnutrição na população estudada foi baixa quando comparada com estudos anteriores realizados na população de crianças sem hemoglobinopatia de 0 a 5 anos na cidade de Salvador. Os melhores parâmetros relacionados com a incidência de DEP parecem ser o tipo de hemoglobinopatia, ocorrência de internamentos e níveis de hemoglobina, que estão relacionados com maior gravidade da doença. Conclusão: O desempenho antropométrico das crianças acompanhadas no SRTN equiparadas com as normais pode ser reflexo de um serviço de boa qualidade. Percebe-se que as características relacionadas com maior gravidade da doença influenciam de forma mais significativa na incidência de DEP. Palavras-chaves: Doença Falciforme; Triagem Neonatal; Classificação Nutricional; Parâmetros Clínicos.

TÍTULO: Análise da Curva de Queda do PSA na Radioterapia para o Tratamento do

Adenocarcinoma de Próstata.

ALUNO(A): Roger Carneiro Dourado

ORIENTADOR(A): Manoel Juncal

CO-ORIENTADOR:

RESUMO (Arquivo de monografia só abre no formato DOCX).

TÍTULO: O manejo da aspirina no perioperatório de cirurgias não cardíacas: O dilema entre

manter ou suspender.

ALUNO(A): Rodrigo Viana Quintas Magarão

ORIENTADOR(A): Gilson Soares Feitosa Filho

CO-ORIENTADOR:

RESUMO Introdução: É crescente o número de pacientes em uso de aspirina que serão submetidos a procedimentos cirúrgicos invasivos. Esta situação clínica contribui para que o dilema entre manter e suspender a aspirina seja cada vez mais debatido por clínicos, cirurgiões e anestesistas. Se por um lado a manutenção durante o perioperatório está associada a um aumento do número de complicações hemorrágicas, por outro a sua interrupção está associada a graves complicações trombóticas. Objetivo: Revisar a literatura quanto aos efeitos da manutenção ou suspensão da aspirina no perioperatório de cirurgias não-cardíacas. Metodologia: Este estudo realizou uma análise de conteúdo das bases de dados bibliográficos enfocando o uso de aspirina no perioperatório de cirurgias não-cardíacas. Para tanto, foi feita uma revisão não-sistemática das principais bases bibliográficas sobre saúde: MEDLINE, COCHRANE, Google Scholar e LILACS. Resultados: Os pacientes em uso de aspirina devem ser avaliados individualmente e a antiga recomendação de suspender a medicação de 7 a 10 dias antes de todo procedimento deve ser abolida em razão dos comprovados efeitos prejudiciais. A aspirina deve ser mantida na maioria das situações, com exceção das cirurgias em cavidades fechadas, da prostatectomia transuretral e da ressecção transuretral de próstata que são as situações onde os riscos de sangramento mostraram-se mais elevados. Os pacientes com stent coronariano também devem manter a aspirina indefinidamente e a realização de procedimentos cirúrgicos eletivos deve ser postergada enquanto o uso concomitante do clopidogrel estiver indicado. Conclusão: A decisão do uso da aspirina no perioperatório deve levar em conta riscos aterotrombóticos e riscos hemorrágicos. As evidências disponíveis geralmente apontam a favor da manutenção da aspirina, embora estudos mais definitivos são necessários. Palavras-chaves: aspirina, antiplaquetário, cirurgia não-cardíaca, perioperatório, descontinuação.

TÍTULO: Avaliação da ação de antioxidantes contra citotoxicidade causada pela

doxorrubicina (Dox).

ALUNO(A): Thiago Amparo Ferreira

ORIENTADOR(A): Lain Carlos Pontes de Carvalho

CO-ORIENTADOR:

RESUMO

A Doxorrubicina (DOX) é uma droga da classe das antraciclinas, amplamente utilizada no tratamento de tumores malignos como linfoma e câncer de mama. Apesar dos seus comprovados efeitos antineoplásicos, a utilização da DOX é limitada pelo desenvolvimento de lesões ao tecido cardíaco. A ação citotóxica da DOX, tanto nas células neoplásicas quanto nas células cardíacas, parece estar relacionada com a produção de radicais livres de oxigênio. Tendo em vista este mecanismo, a utilização de antioxidantes poderia prevenir o dano causado às células cardíacas. Em contrapartida, junto à diminuição da cardiotoxicidade poderia ocorrer também a diminuição do efeito antineoplásico da DOX. Neste estudo foi avaliado, "in vitro", se os antioxidantes: vitamina E; ácido lipóico e butil hidroxitolueno interfeririam na atividade antineoplásica da DOX. Foi observado que até a maior concentração não letal desses antioxidantes não houve interferência na atividade antineoplásica da DOX. Palavras-chaves: Doxorrubicina, cardiotoxicidade, antioxidantes.

TÍTULO: Descrição da eficácia da injeção intra-vitrea de Bevacizumabe no tratamento da

retinopatia diabética proliferativa.

ALUNO(A): Thaís de Santana Machado Martins

ORIENTADOR(A): Lívia Maria Nossa Moitinho

CO-ORIENTADOR:

RESUMO Retinopatia diabética (RD) acomete aproximadamente todos os indivíduos com diabetes mellitus (DM) tipo 1 e mais de 60% dos indivíduos com DM tipo 2 em 20 anos de diabetes. O fator de crescimento do endotélio vascular (FCEV) é um dos mais importantes mediadores químicos da retinopatia diabética, pois tem um importante papel na neovascularizarização – principal componente da forma mais grave de RD – a proliferativa. Desde então, os agentes anti-FCEV têm sido amplamente estudados. O bevacizumabe, um anticorpo monoclonal humanizado direcionado para FCEV, é uma droga que tem seu papel bem estabelecido para o tratamento de câncer colon-retal metastático e recentemente tem sido utilizada pelos oftalmologistas em pacientes com RD proliferativa refratária a outros tratamentos. O presente trabalho descreveu a eficácia da injeção intra-vítrea de bevacizumabe no tratamento da retinopatia diabética proliferativa. Foi realizada uma revisão da literatura através da qual foram encontrados sobre o tema nove séries de caso com amostras que variaram de 3 a 45 olhos; dose de bevacizumabe entre 6.2 µg e 2.5mg e tempo de seguimento de 1 a 40 semanas. Diminuição da neovascularização foi observada em todos os estudos. Em alguns trabalhos, o tratamento com bevacizumabe também se mostrou eficaz em melhorar acuidade visual e hemorragia vítrea. Houve complicações locais como descolamento tracional de retina, hemorragia vítrea e glaucoma de células-fantasma. Nenhuma reação adversa sistêmica foi observada pelos autores. Em muitos estudos a melhora da hemorragia permitiu a realização de vitrectomia via pars plana ou fotocoagulação a laser. A injeção intra-vítrea de bevacizumabe como tratamento da retinopatia diabética proliferativa tem benefício na neovascularização, acuidade visual e hemorragia vítrea. Não foram observados efeitos colaterias sistêmicos, sendo notados efeitos adversos locais. Palavras-chaves: bevacizumabe, retinopatia diabética, terapia anti-angiogênica.

TÍTULO: Qualidade de vida do cuidador familiar do paciente com doença de Alzheimer.

ALUNO(A): Tatiane Martins de Cerqueira e Silva

ORIENTADOR(A): Josecy Maria de Souza Peixoto

CO-ORIENTADOR:

RESUMO A demência é uma síndrome caracterizada particularmente por déficit progressivo e irreversível da memória e de pelo menos mais uma função cognitiva, interferindo, em sua evolução, na capacidade funcional do indivíduo. A Doença de Alzheimer é a causa mais prevalente de demência. O cuidador é a pessoa responsável por atender às necessidades do idoso, suas atividades incluem apoio financeiro, cognitivo-informativo e instrumental. À medida que as habilidades do idoso declinam, o cuidador assume mais responsabilidades, gerando efeitos negativos na sua saúde física e mental. Define-se qualidade de vida como a percepção do indivíduo de sua posição na vida e em seu contexto cultural, levando-se em consideração saúde física, estado psicológico, autonomia, relações sociais, ambiente e aspectos espirituais. Objetivos: avaliar o impacto que a dependência dos pacientes com Doença de Alzheimer causa na qualidade de vida dos cuidadores principais familiares, avaliar o perfil dos cuidadores e as características dos pacientes e dos cuidadores que mais influenciam na qualidade de vida. Metodologia: revisão de literatura não-sistemática, com os descritores caregiver, Alzheimer, quality of life e burden, incluídos artigos que avaliaram apenas cuidadores principais familiares, que avaliaram a qualidade de vida dos cuidadores em seus diferentes aspectos, a influência que as características dos pacientes exercem na qualidade de vida do cuidador e dados demográficos do cuidador. Resultados: encontrados 15 artigos, Os cuidadores, em sua maioria, são do sexo feminino, cônjuges e vivem com o idoso. As variáveis que se relacionaram com a pior qualidade de vida dos cuidadores foram o declínio funcional do paciente, a presença de distúrbios de comportamento e, principalmente, as características do próprio cuidador. Conclusão: a atividade de cuidador de paciente com Doença de Alzheimer provoca alterações na vida do cuidador, sendo influenciadas principalmente pelas características do próprio. A criação de serviços de saúde especializados pode tornar o cuidador mais confiante em sua atividade, trazendo uma melhora na sua qualidade de via. Palavras-chaves: Alzheimer, cuidador, qualidade de vida.

TÍTULO: Síndrome Hepatopulmonar: Uma revisão de literatura.

ALUNO(A): Thaila Guimarães de Oliveira

ORIENTADOR(A): Daniela Gotardo

CO-ORIENTADOR:

RESUMO (Enviou a monografia na mídia de DVD-R, a máquina não lê o cd.)

TÍTULO: Trauma Raquimedular secundário a queda de altura – Abordagem Diagnóstica.

ALUNO(A): Thiago Pereira de Santana

ORIENTADOR(A): André Dantas Zimmermann

CO-ORIENTADOR:

RESUMO Introdução: TRM é uma lesão direta sobre a coluna vertebral acometendo a medula espinal ou seus envoltórios. Os principais autores sobre o tema são claros quanto às causas mais importantes: acidentes automobilísticos e queda de altura nas primeiras colocações. Queda são aqueles acidentes no qual o corpo atinge o solo após um movimento uniformemente acelerado. A classificação das lesões vertebrais pode ser estável/instável ou depender do nível, mecanismo de fratura e morfologia. Lesão cervical tem classificação diferente das tóraco-lombares, estudadas em conjunto, assim como diferem da sacral. A classificação definitiva só pode ser feita após exames de imagem. As lesões diretas na medula espinal podem ser classificadas em completas/incompletas; tetraplegia/paraplegia; ou em diversas síndromes. A ASIA padroniza o atendimento do paciente vítima de TRM e orienta o emergencista quanto à gravidade do caso. Exames de imagem são fundamentais ao médico diante de um paciente com lesão raquimedular. A radiografia simples em três incidências é o primeiro passo no diagnóstico. Todo paciente politraumatizado deve fazer o estudo pelo menos da cervical. Nos casos suspeitos, a Tomografia Computadorizada se fará necessária e também a Ressonância para avaliar partes moles. SCIWORA é um diagnóstico difícil e exige alta suspeição. Justificativa: O trabalho se justifica pela alta prevalência e aumento dos casos de trauma no mundo. Nos Estados Unidos gasta-se 400 bilhões de dólares anualmente. No Brasil o número de internações por motivos externos está aumentando assim como o número de quedas dentre os motivos externos. Além de óbitos, TRM leva a graves sequelas que podem ser minimizadas se feito diagnóstico rápido. Objetivo: Pretende-se analisar qual a freqüência da associação de trauma raquimedular com queda de altura. Metodologia: Revisão bibliográfica não sistemática. A busca foi realizada com a expressão “spinal cord injury AND accidental falls”, os correspondentes em inglês de Trauma Raquimedular e Queda de Altura. Resultados: Foram utilizados catorze artigos publicados a partir do ano de 2001. Cinco deles são nacionais, 4 prospectivos, 1 multicêntrico e os outros retrospectivos por análise de prontuário ou banco de dados. Um tem foco nos gastos com pacientes vítimas de Trauma Raquimedular e 2 no diagnóstico de SCIWORA. Discussão: Podemos perceber com o presente trabalho que queda de altura vem superando acidentes automobilísticos como principal causa de Trauma Raquimedular. Em concordância com a literatura o gênero masculino predominou em todos os artigos assim como a idade jovem. A incidência geral de TRM variou de 13,8 por um milhão de habitantes até 46,2 por milhão de habitantes, sendo superior o acometimento em ordem decrescente da coluna cervical, torácica e lombar. As fraturas cervicais foram mais comuns entre C4-C6, as torácicas entre T11-T12 e as lombares em L1. Rehospitalizações e complicações ocorreram principalmente nos pacientes mais graves elevando os custos do cuidado. Conclusão: Com o presente trabalho percebemos uma tendência do aumento no número de quedas como causa de TRM. Campanhas de prevenção à queda, como as já existem para acidentes automobilísticos, devem ser incrementadas.

TÍTULO: Alterações na função hepática de pacientes pediátricos infectados pelo vírus da

dengue em Salvador.

ALUNO(A): Talita Barreto Macêdo

ORIENTADOR(A): Luciana Rodrigues Silva

CO-ORIENTADOR: Gúbio Soares

RESUMO Introdução: A infecção pelo vírus da Dengue é endêmica em regiões tropicais e subtropicais. Essa possui um amplo espectro de manifestações clínicas: desde sintomas semelhantes aqueles aos do resfriado comum até uma apresentação grave, como a febre hemorrágica da Dengue, que pode evoluir para óbito. Os quadros mais graves caracterizados por febre alta, diátese hemorrágica, podem ou não associar-se à síndrome do choque da Dengue, que frequentemente é fatal em crianças. A infecção pelo vírus da Dengue pode também determinar comprometimento de algumas funções hepáticas com um quadro difuso de hepatite. Apesar da função hepática comumente se restaurar após o término da doença, essas manifestações podem em algumas situações, evoluir com quadros graves e potencialmente fatais, como insuficiência hepática. Metodologia: Foram avaliados informações clínicas e laboratoriais, sobretudo aquelas relacionadas à função hepática, em prontuários de 55 pacientes pediátricos atendidos em um Serviço de Pronto Atendimento em Salvador, que tiveram diagnóstico de Dengue confirmado por quadro clínico e laboratorial (ELISA, imunocromatografia). Trata-se de um estudo descritivo de série de casos. Resultados: A idade destes pacientes variou de 10 meses a 19 anos, 27 (49%) eram do sexo feminino e 28 (51%) do sexo masculino. Foi observado 61,80% (34/55) de alteração na alanina aminotransferase e 50,90% (28/55) na aspartato aminotransferase A variação dos valores de ALT foi de 7-432U/l e de AST foi de 25-537U/l. Náuseas e/ou vômitos foram referidos por 40,0% (22/55) dos pacientes, assim como dor abdominal. Neste estudo, 3(5,4%) pacientes apresentavam hepatomegalia ao exame físico. A alteração de função hepática tem sido descrita, sobretudo na síndrome do choque da Dengue e na febre da Dengue hemorrágica. A elevação de enzimas hepáticas ocorreram em todos os pacientes diagnosticados com síndrome do choque da Dengue, enquanto que a alteração de função hepática foi documentada em 51,0% dos pacientes diagnosticados com Dengue clássica. Conclusões: Estes dados revelam a importância da avaliação hepática sistemática nos pacientes com Dengue clássica e Dengue Hemorrágica, além da necessidade de capacitação dos profissionais de saúde para reconhecimento precoce e instituição de medidas adequadas no tratamento desta doença e de suas complicações. Palavras-chaves: Dengue, crianças, alterações hepáticas.

TÍTULO: Efeito antidepressivo da Lamotrigina em pacientes com epilepsia.

ALUNO(A): Tayrine da Silva Gonçalves

ORIENTADOR(A): Frederico Figueirôa

CO-ORIENTADOR:

RESUMO A epilepsia é a condição neurológica crônica grave mais comum no mundo. De todos os indivíduos que sofrem de tal morbidade, 44% a 71% apresentam algum transtorno psiquiátrico quando, por outro lado, cerca de 22% das pessoas com outras doenças crônicas se encontram na mesma situação. Dos transtornos mentais, a depressão é o mais comum em pacientes com epilepsia. Tal relação remete a aspectos tanto psicossociais, como bioquímicos e genéticos. Em pacientes com epilepsia refratária, a presença do transtorno depressivo é associada a uma má qualidade de vida, sendo mais importante do que outras variáveis, como a freqüência das crises e sua gravidade, na avaliação deste aspecto por tais indivíduos. Apesar disso, a depressão é muitas vezes subdiagnosticada e, conseqüentemente, não recebe o tratamento adequado. Indícios de que a lamotrigina possui um efeito antidepressivo primário deriva de seu uso no tratamento de depressão/transtorno bipolar. Este dado é suplementado por um crescente corpo de evidências de que a lamotrigina causa um impacto positivo em outras condições psiquiátricas, incluindo esquizofrenia o e transtorno de personalidade borderline. O objetivo deste trabalho é avaliar se o uso da lamotrigina provoca algum efeito nos sintomas depressivos de pacientes com epilepsia. Foi realizado um estudo descritivo baseado em uma revisão sistematizada de trabalhos científicos publicados no período de 2000 a 2009. A busca foi realizada nas bases eletrônicas de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e PubMed, utilizando as seguintes palavras-chave: lamotrigine, epilepsy e depression. Foram incluídos 8 artigos, nenhum ensaio clínico foi encontrado. De acordo com os resultados, a lamotrigina, em adição a sua já estabelecida ação antiepiléptica, se mostrou eficaz na melhora de sintomas depressivos em pacientes com epilepsia, apesar da falta de estudos randomizados, que ainda são necessários.

Palavras-chave: Lamotrigina. Epilepsia. Depressão.

TÍTULO: Tratamento cirúrgico do carcinoma basocelular.

ALUNO(A): Thaís Meira Lima Souza

ORIENTADOR(A): Humberto Campos

CO-ORIENTADOR:

RESUMO (Arquivo só abre na versão DOCX.)

TÍTULO: Vacina do papilomavírus humano na prevenção do câncer de colo uterino.

ALUNO(A): Talitha Alves Araujo

ORIENTADOR(A): Sheyla Fernandes

CO-ORIENTADOR:

RESUMO Introdução: O câncer cervical é o tipo de câncer mais comum nas mulheres em todo o mundo, sendo o que apresenta maior potencial de prevenção e cura quando diagnosticado precocemente. O principal fator de risco para seu desenvolvimento é a infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV) de alto risco, 16 e 18, por via predominantemente sexual. Surgiu na Europa a vacinação contra o HPV, formada a partir de VLP, vírus like particles, partículas produzidas a partir da proteína L1, constituinte da parede viral. Existem dois tipos, Cervarix e Gardasil, que diferem-se pelos antígenos utilizados. Ao ser introduzida no organismo humano provoca resposta imune humoral, protetora da superfície do colo do útero contra o tipo viral que a vacina foi projetada. Objetivo: Este estudo busca fazer uma revisão sobre a eficácia da vacina do HPV como método preventivo do Câncer Cervical realizando assim uma análise crítica à vacinação das mulheres expostas aos riscos. Metodologia: Foi realizada uma revisão bibliográfica não sistemática, sendo pesquisados artigos relevantes e específicos em relação ao tema, entre os anos de 2005 e 2009, em inglês e português. Resultados: Após exclusão de artigos que não preenchessem os critérios de inclusão, 9 artigos foram selecionados. Os 9 artigos fizeram análise da eficácia da vacina na prevenção de lesões pré neoplásicas, NIC 2, 3 e Câncer Cervical, 1 avaliou a eficácia na faixa etária entre 24 e 45 anos e 5 analisaram segurança e imunogenicidade. Por fim, 3 artigos avaliaram a eficácia da vacina no tratamento das lesões pré neoplásicas já formadas. Não houveram estudos que avaliassem o efeito da vacina em mulheres com câncer cervical pois, por questões éticas, não foi permitida a evolução das lesões para um câncer propriamente dito, sendo prontamente instituído o tratamento adequado. Conclusão: A vacina HPV L1 VLP, bivalente e quadrivalente, mostrou-se eficaz na prevenção contra a infecção persistente e incidente dos tipos virais proporcionados pela vacina e das lesões precursoras do câncer cervical associadas a esses mesmos tipos. Trata-se portanto de uma vacina profilática e não terapêutica, e a disponibilização desta para a população carente mais exposta em países em desenvolvimento é uma grande chave para a redução do câncer cervical nesses países. Palavras-chaves: HPV, vacina do HPV e Cancer Cervical.

TÍTULO: Reforma psiquiátrica: a proposta e o conceito de cuidado na formação médica.

ALUNO(A): Talita Rocha de Aquino

ORIENTADOR(A): Marcus Vinícius de Oliveira Silva

CO-ORIENTADOR:

RESUMO (Arquivo só abre em formato DOCX.)

TÍTULO: Comparação da Frequência Cardíaca Máxima obtida através da Ergoespirometria

com a estimada através da Equação de Karvonen.

ALUNO(A): Úrsula Cury Copello de Carvalho

ORIENTADOR(A): Flávio Galvão

CO-ORIENTADOR:

RESUMO Introdução: A frequência cardíaca máxima (FCmáx) é uma importante variável clínica utilizada como um dos critérios para se verificar a obtenção de um esforço máximo durante o exercício físico. Existem algumas formas de se tentar obter a FCmáx: através de fórmulas de predição ou através da análises de gases respiratórios durante a ergoespirometria. Esta atualmente é o método considerado padrão-ouro para se encontrar a FCmáx de um indivíduo. Dentre as fórmulas de predição utilizadas para se estimar a FCmáx, a mais usada é a equação de Karvonen, representada pela fórmula 220-idade. Seu uso é bastante criticado na literatura devido a sua origem, porém é rotineiramente utilizada devido a sua praticidade. Objetivo: O presente estudo propõe verificar a acurácia da equação de Karvonen em brasileiros submetidos à ergoespirometria no serviço de cardiologia do Hospital Espanhol através da comparação da frequência cardíaca máxima estimada com essa fórmula e a encontrada com os resultados de testes ergoespirométricos em esteira rolante, que atualmente é o método mais consistente para estimar frequência cardíaca máxima. Métodos: Inicialmente foram nalisados 71 testes ergoespirométricos, com protocolo em rampa, realizados em esteira rolante do Hospital Espanhol (Salvador-ba), no período de janeiro a abril de 2010. Após análise de todas as ergoespirometrias, foram excluídos os pacientes que se enquadraram nos seguintes critérios: indivíduos com IMC < 20kg/m2 ou >35kg/m2; em uso de qualquer droga que possa interferir na FCmáx; fumantes; alcoólatras; usuário de drogas ilícitas; presença de alterações eletrocardiográficas sugestivas de alterações cardíacas importantes durante o exame; contra indicação absoluta ou relativa ao teste ergométrico; aqueles que não atingirem QR≥1,05; ou os que não eram brasileiros. Com isso, foram utilizados 27 indivíduos de ambos os sexos, com idade variando entre 14 a 68 anos, para fazerem parte do estudo. Esses dados foram utilizados na comparação com as fórmulas de predição propostas por Karvonen. Resultados: Os valores médios da frequência cardíaca máxima medida foram: 174,33 ± 12,86, 177,44 ± 11,49 e 175,37 ± 12,29, para o sexo masculino, feminino e ambos os sexos, respectivamente. Seguindo o mesmo padrão, os valores para equação de Karvonen foram de 182,33 ± 10,68, 177,33 ± 14,53 e 180,67 ± 12,06 (p = 0,001). Ao se fazer a divisão em dois grupos > 40anos e ≥ 40, os valores médios de FCmáx medidas encontrados foram 180,73 ± 10,51, 168,67 ± 11,32, respectivamente, enquanto que pela equação de predição obteu-se 189,20 ± 6,53, 170 ± 8,12, respectivamente. Conclusão: A equação de predição de frequência cardíaca máxima proposta por Karvonen (220 - idade) é semelhante quando em comparação á FCmáx medida nos grupos compostos por indivíduos do sexo feminino ou naqueles pertencentes à faixa etária acima dos 40 anos. Pode-se observar que alguns estudos demonstram boa correlação com a FCmáx medida, outros fraca. Parte disso se dá por causa da diversidade de condições experimentais, como tipo de população, amostra pequena, variedade de protocolos de avaliação, equipamentos para análise e ergômetros utilizados. Porém mais estudos são necessários para melhor caracterização da amostra e de sua relação com o achado da FCmáx. Palavras-chaves: Frequência Cardíaca Máxima, Equação de Karvonen, Ergoespirometria.

TÍTULO: Aspectos Clínicos e epidemiológico da toxoplasmose ocular em serviço terciário de

oftalmologia da Bahia.

ALUNO(A): Verena Ribeiro Juncal

ORIENTADOR(A): Janaína Jamile Ferreira Saraceno

CO-ORIENTADOR:

RESUMO Objetivo: Descrever o perfil clínico e epidemiológico das uveítes por toxoplasmose em pacientes atendidos no Instituto Brasileiro de Oftalmologia e Prevenção da Cegueira (IBOPC), Salvador-BA. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo retrospectivo baseado em revisão de prontuários de pacientes portadores de toxoplasmose ocular atendidos no ambulatório de uveítes do IBOPC durante o período de fevereiro de 2005 a março de 2010. O diagnóstico de uveíte por toxoplasmose foi estabelecido mediante história clínica e detecção de focos de retinocoroidite, ativos ou cicatrizados, através da oftalmoscopia indireta. Foram coletados dados epidemiológicos, acuidade visual, características da lesão, possíveis complicações oftalmológicas, pressão intraocular, sorologia para Toxoplasma gondii e tratamento empregado. Resultados: De um total de 73 pacientes, 58,9% eram do sexo feminino. A média de idade foi de 33,74 ± 13,44 anos, predominando aqueles de 20 a 40 anos. Em 23,3% dos casos, a lesão foi bilateral, enquanto apenas o olho direito ou esquerdo foi acometido em 39,7% e 37,0%, respectivamente. A uveíte foi ativa em 76,7% dos pacientes, entre os quais a taxa de recorrência foi de 58,9%. A localização topográfica mais prevalente foi a zona I (64,7%). A acuidade visual do olho acometido pela uveíte foi inferior a 20/200 em aproximadamente metade dos pacientes, independentemente do grau de atividade da doença. Em contrapartida, a acuidade visual do mesmo olho antes da crise variou de 20/20 a 20/30 em 71,4% dos indivíduos. Vitreíte, comprometimento de outros segmentos e complicações oculares acompanharam a uveíte em 73,6%, 20,5% e 26,1% dos casos, respectivamente. Todos com sorologias disponíveis tiveram anticorpo IgG para toxoplasmose positivo e IgM negativo. O tratamento foi empregado em 74,0% dos pacientes, sendo todos portadores de uveíte ativa, e o esquema terapêutico mais utilizado foi pirimetamina com sulfadiazina e prednisona (46,3%). Conclusões: A toxoplasmose ocular é uma doença que afeta principalmente indivíduos nas terceira e quarta décadas de vida, compromete especialmente o pólo posterior da retina e pode resultar em sérias complicações oculares. Trata-se de uma doença ainda sem cura e, portanto, é fundamental a determinação de novas abordagens com este grupo de pacientes. Palavras-chaves: Uveíte; Toxoplasmose; Toxoplasmose ocular; Epidemiologia.

TÍTULO: Atividade antinociceptiva da bergenina em modelos experimentais de dor

inflamatória.

ALUNO(A): Vívian Rodrigues Alves

ORIENTADOR(A): Cristiane Flora Villarreal

CO-ORIENTADOR:

RESUMO A dor é um importante problema de saúde pública, presente em 80% das visitas médicas e afetando os americanos mais do que o diabetes, as doenças cardíacas e o câncer juntos. A dor inflamatória aguda é o resultado final de uma cascata de eventos iniciados após um estímulo nocivo, que ativam e/ou sensibilizam os nociceptores, gerando hiperalgesia e alodinia. Essas alterações funcionais podem persistir mesmo após a finalização da lesão ou duração do estímulo nocivo, caracterizando estados de dor crônica de difícil controle. Os medicamentos mais extensivamente utilizados para controlar a dor inflamatória são os anti-inflamatórios não esteroides, que apresentam baixa eficácia em alguns tipos de dor e provocam diversos efeitos indesejáveis. Recentemente a atenção da indústria farmacêutica e dos cientistas voltou-se novamente para a biodiversidade como fonte de moléculas bioativas para o desenvolvimento farmacêutico. A bergenina, um glicosídeo extraído de plantas do gênero Bergenia, apresenta propriedades farmacológicas de interesse, incluindo imunomodulação, ou seja, capacidade de regular a produção de citocinas pró-inflamatórias e anti-inflamatórias. Inibidores da produção de citocinas exibem atividade modificadora da doença em estados de inflamação, representando uma vantajosa estratégia terapêutica para o controle da dor inflamatória. Dessa forma, o objetivo do presente estudo foi avaliar o potencial analgésico da bergenina, investigando seus efeitos em modelos experimentais de dor inflamatória. A administração intraperitoneal de bergenina nas doses de 25, 50 e 100 mg/Kg produziu efeito antinociceptivo no teste de contorções abdominais em camundongos. Do mesmo modo, o pré-tratamento com bergenina (50 e 100 mg/Kg) inibiu significativamente as duas fases do teste de formalina, confirmando sua atividade antinociceptiva. Com o objetivo de validar os resultados obtidos nos testes nociceptivos, o efeito da bergenina sobre a função motora foi avaliado nos testes de rota-rod e campo aberto. A administração intraperitoneal de bergenina (100 mg/Kg) não alterou o tempo de permanência no rota-rod, nem o número de quadrados atravessados no teste de campo aberto. Esses resultados indicam que a bergenina não induz sedação, hiperexcitabilidade e qualquer alteração da função motora nos animais, validando a atividade antinociceptiva indicada nos testes nociceptivos. Os resultados apresentados no presente estudo indicam que a bergenina apresenta atividade antinociceptiva relevante e nos permitem sugerir que essa molécula tem bom potencial para o desenvolvimento farmacêutico e controle farmacológico da dor inflamatória. Palavras-chaves: Dor inflamatória. Analgesia. Substâncias bioativas. Bergenina.

TÍTULO: Avaliação dos Linfócitos TCD8+ em Indivíduos Infectados pelo HTLV-1:

Assintomáticos e com HAM/TSP.

ALUNO(A): Vítor Mendes Leite

ORIENTADOR(A): Rita Elizabeth Moreira Mascarenhas

CO-ORIENTADOR:

RESUMO Introdução: Existem atualmente cerca de 10 a 20 milhões de pessoas infectadas com HTLV-1 no mundo, porém 90% delas são assintomáticas (ACs). Dentre as áreas afetadas, o Brasil se destaca como o país com maior número absoluto de casos, sendo Salvador a cidade com maior prevalência do país. Dentre as doenças que o vírus pode causar, existe uma doença inflamatória do sistema nervoso central conhecida como paraparesia espástica tropical/mielopatia associada ao HTLV-1 (HAM/TSP). A infiltração de linfócitos TCD8+ (CTLs) no líquor é um achado característico, porém ainda não se sabe se eles tem papel protetor ou patogênico, apesar da grande quantidade de trabalhos sobre o assunto. Objetivo: Avaliar o perfil dos CTLs em indivíduos infectados com o HTLV-1 assintomáticos e com HAM/TSP. Metodologia: Feita uma revisão não sistemática da literatura publicada desde 1989 (ano da publicação dos critérios diagnósticos da HAM/TSP pela OMS) até março de 2010, utilizando estratégias de buscas específicas para os portais PubMed, Scopus e Biological Abstracts. Resultado: Após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, foram achados 50 estudos que abordam o papel dos linfócitos TCD8+ em indivíduos infectados pelo vírus em estado clínico assintomático e/ou com HAM/TSP. Foi constatado que os linfócitos TCD8+ dos indivíduos com mielopatia apresentam maior frequência, grau de ativação, proliferação do que os CTLs de pacientes ACs; enquanto há diminuição da expressão de moléculas co-estimulatórias e da atividade lítica concomitante. Conlusão: O perfil dos linfócitos TCD8+ difere entre os pacientes ACs e com HAM/TSP, mostrando que há necessidade de mais estudos prospectivos que avaliem os CTLs de indivíduos ainda ACs até o possível desenvolvimento da doença, permitindo maior esclarecimento do desenvolvimento desta patologia. Palavras chaves: HTLV-1; HAM/TSP; CTLs; linfócitos TCD8+; revisão.

TÍTULO: A Remissão do Diabetes Melitus tipo 2 em Pacientes Obesos Mórbidos submetidos

à Cirurgia de Fobi-Capella em 2 Hospitais da Rede Privada de Salvador.

ALUNO(A): Vitor Cardim Ribeiro

ORIENTADOR(A): Creilson Almeida Campos

CO-ORIENTADOR:

RESUMO Introdução: Atualmente, a obesidade e o diabetes mellitus (DM2) são duas doenças crônicas, prevalentes e em crescimento na sociedade ocidental. Uma das explicações para que o diabetes mellitus tipo 2 tenha aumentado e ganhado proporções epidêmicas em todo mundo é devido o aumento da prevalência do sobrepeso e da obesidade.O DM2 é uma comorbidade da obesidade, dentre outras.O tratamento clínico, tanto da obesidade mórbida quanto do DM2 em estágio mais avançado são desapontadores.A cirurgia bariátrica é o tratamento mais efetivo da obesidade mórbida. Percebeu-se que após esse procedimento houve resolução glicêmica nos pacientes diabéticos, sendo uma das técnicas mais efetivas na remissão do DM2 o Bypass Gástrico com Y de Roux (RYGB). Objetivos: Revisar a eficácia do Bypass Gástrico com Y de Roux (RYGB) na resolução do Diabetes Mellitus tipo 2. Metodologia: Trata-se de uma revisão não sistemática de artigos científicos publicados nos últimos 20 anos que avaliaram a remissão do Diabetes Mellitus tipo 2 em pacientes obesos mórbidos submetidos ao RYGB. Foi realizada uma busca bibliográfica no banco de dados do PUBMED, com as seguintes palavras chaves: Type 2 diabetes AND Roux-en- Y gastric bypass surgery AND longitudinal study..Foram encontrados 58 artigos e desses apenas 9 foram selecionados segundo os critérios de inclusão, exclusão e os objetivos do estudo. Resultados: Ao comparar os parâmetros bioquímicos do pré-operatório com os do pós-operatório observou uma redução da glicemia de jejum em torno de 50 a 80 mg/dl, a HbA1c reduziu em média de 2 a 3 %, a Insulina reduziu em torno da metade, e o HOMA-IR chegou a reduzir de ¾ a ½ . O nível de resolução dessa revisão variou de 69% a 100%, tendo uma predominância 7 de 9 estudo na faixa de 80 a 90%. Os pacientes em que houve persistência do DM2 eram mais velhos, tinham maior tempo de diagnóstico do DM2, maior gravidade do DM2. Conclusão:O RYGB, portanto, é uma cirurgia com uma abordagem eficaz para o tratamento de obesidade mórbida e para controle da hiperglicemia, hiperinsulinemia e resistência à insulina na maioria dos pacientes obesos mórbidos e com DM2. Palavras-chaves: Diabetes Mellitus tipo 2; RYGB; Estudos longitudinais.