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PROJETO PEDAGÓGICO DE CURSO CURSO DE FISIOTERAPIA Atualizado em 2017

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PROJETO PEDAGGICO DE CURSO

CURSO DE

FISIOTERAPIA Atualizado em 2017

Centro Universitrio de Anpolis - UniEVANGLICA

CHANCELER

Ernei de Oliveira Pina

REITOR

Carlos Hassel Mendes da Silva

Pr- Reitor Acadmico

Marcelo Mello Barbosa

Pr Reitor de Ps Graduao, Pesquisa, Extenso e Ao Comunitria

Sandro Dutra e Silva

Diretor Administrativo

Lcio Carlos de Carvalho Boggian

Diretora Financeira

Aparecida Maria Jos Pereira

PROJETO PEDAGGICO DO CURSO DE FISIOTERAPIA

Documento elaborado pelo NDE:

Prof Mestre Viviane Lemos Silva Fernandes

Prof Mestre Fabiane Alves de Carvalho Ribeiro

Prof Mestre Elisngela Schmitt Mendes Moreira

Prof Especialista Henrique Poletti Zani

Prof Mestre Luciana Caetano Fernandes

2017

SUMRIO

1 - CONTEXTUALIZAO ................................................................................................ 6

1.1 - Contexto socioeconmico e poltico da sociedade contempornea ........................ 6

1.2 - O contexto educacional local e regional ................................................................. 8

2 - CONTEXTUALIZAO INSTITUCIONAL ..................................................................... 13

2.1 - Caractersticas da Instituio Mantenedora ......................................................... 13

2.2 - Caractersticas da Mantida .................................................................................. 15

3 - CONCEPO DO CURSO ......................................................................................... 16

3.1 - Identificao do curso ......................................................................................... 16

3.2 - Formas de ingresso ............................................................................................. 18

3.3 - Justificativa do Curso ........................................................................................... 18

3.4 - Objetivos do Curso .............................................................................................. 19

3.5 - Perfil do Egresso em Fisioterapia ......................................................................... 21

3.5.1 - Habilidades e Competncias Gerais e Especficas .............................................. 21

3.5.1.1 - Habilidades e Competncias Gerais ............................................................... 22

3.5.1.2 - Habilidades e Competncias Tcnicas Especficas ........................................... 22

3.5.1.3 - Habilidades e Competncias Especficas de Comunicao ............................... 23

3.5.1.4 - Habilidades e Competncias Especficas de Liderana e Gerenciamento ......... 24

3.5.1.5 - Habilidades e Competncias Especficas de Educao Permanente ................. 24

3.5.2 - Competncias Sociais ....................................................................................... 24

3.5.3 - Competncias ticas ......................................................................................... 25

3.6 - Polticas institucionais no mbito do curso .......................................................... 25

3.6.1 - Polticas institucionais de ensino no mbito do curso ........................................ 25

3.6.2 - Polticas institucionais de pesquisa no mbito do curso .................................... 27

3.6.3 - Polticas institucionais de extenso no mbito do curso .................................... 28

3.6.4 - Atividades de ensino e sua articulao com a pesquisa e a extenso ................. 30

3.7 - Metodologias de ensino ...................................................................................... 32

3.7.1 - Tecnologias de Informao e Comunicao (TIC) no processo de ensino e aprendizagem ............................................................................................................. 34

3.8 - Avaliao dos processos de ensino e aprendizagem ............................................. 35

3.9 - Programas de nivelamento .................................................................................. 36

3.10 - Estgio supervisionado ...................................................................................... 37

3.11 - Atividades prticas de ensino ............................................................................ 40

3.12 - Atividades complementares .............................................................................. 44

3.13 - Trabalho de Concluso de Curso (TCC) ............................................................... 45

3.14 - Apoio ao discente .............................................................................................. 45

3.15 - Responsabilidade social ..................................................................................... 47

3.16 - Processo de avaliao do curso .......................................................................... 49

3.17 - Articulao entre graduao e ps-graduao.................................................... 50

4 - ORGANIZAO ADMINISTRATIVA E ACADMICA DO CURSO ................................... 51

4.1 - Direo do Curso ................................................................................................. 51

4.2 - Coordenao pedaggica .................................................................................... 52

4.3 - Ncleo Docente Estruturante .............................................................................. 53

4.4 - Colegiado do curso .............................................................................................. 53

4.5 - Corpo docente .................................................................................................... 55

4.5.1 - Composio e regime de trabalho ..................................................................... 55

4.5.2 - Produes tcnico-cientficas do corpo docente nos trs ltimos anos .............. 56

4.6 - Ncleo de apoio pedaggico e experincia docente ............................................. 60

4.7 - Corpo tcnico-administrativo .............................................................................. 60

5 - ORGANIZAO CURRICULAR DO CURSO ................................................................. 61

5.1- Estrutura curricular .............................................................................................. 67

5.1.1 - Matriz curricular (componentes curriculares) .................................................... 68

5.1.2 - Disciplinas Optativas ........................................................................................ 70

5.1.3 - Pr-requisitos ................................................................................................... 71

5.1.4 - Ementas e bibliografias .................................................................................... 72

5.2 - Flexibilizao curricular ....................................................................................... 93

5.3 - Interdisciplinaridade ........................................................................................... 94

6 - INFRAESTRUTURA FSICA E TECNOLGICA .............................................................. 97

6.1- Setor Administrativo ............................................................................................ 97

6.2 - Sistema acadmico .............................................................................................. 97

6.3 - Espao de trabalho para a direo do curso. ........................................................ 98

6.4 - Gabinetes de trabalho para professores em tempo integral TI........................... 99

6.5 - Sala de professores ............................................................................................. 99

6.6 - Salas de aula ..................................................................................................... 100

6.7 - Biblioteca .......................................................................................................... 100

6.7.1 - Biblioteca Central ........................................................................................... 100

6.7.2 - Acervo ........................................................................................................... 101

6.7.3 - Bases de dados Portal de Peridicos Capes ..................................................... 102

6.7.4 - Servios ao Usurio...................................................................................... 102

6.7.5 - Poltica para atualizao e expanso do acervo ............................................... 103

6.7.6 - Biblioteca Virtual ............................................................................................ 104

6.8 - Laboratrios ...................................................................................................... 104

6.8.1 - Laboratrio (s) de informtica ........................................................................ 104

6.8.2 - Laboratrios de ensino para a rea de sade .................................................. 106

6.8.3 - Laboratrios de habilidades............................................................................ 108

6.8.4 - Laboratrio Didtico Especializado ................................................................. 109

6.8.5 - reas de convivncia e lazer ........................................................................... 110

6.9 - Unidades hospitalares e complexo assistencial conveniado ............................... 112

6.11 - Comit de tica em Pesquisa (CEP) .................................................................. 115

6.14 - Condies de acessibilidade para pessoas com deficincia ou mobilidade reduzida115

6.15 - Setores de servios e apoio.............................................................................. 119

7- AVALIAO DO PROJETO PEDAGGICO DO CURSO ............................................... 120

ANEXOS .................................................................................................................... 122

ANEXO I - REGULAMENTO DAS ATIVIDADES DE EXTENSO ........................................ 122

ANEXO II - REGULAMENTO DA AVALIAO DO DESEMPENHO ESCOLAR .................... 129

ANEXO III - REGULAMENTO DO ESTGIO SUPERVISIONADO EM FISIOTERAPIA .......... 131

ANEXO IV - REGULAMENTO DO PROGRAMA DE MONITORIA ..................................... 140

ANEXO V - REGULAMENTO DAS ATIVIDADES COMPLEMENTARES .............................. 145

ANEXO VI REGULAMENTO DO TRABALHO DE CONCLUSO DE CURSO (TCC) ............ 150

ANEXO VII - REGULAMENTO DOS RGOS COLEGIADOS DO CURSO DE FISIOTERAPIA157

6

1 - CONTEXTUALIZAO 1.1 - Contexto socioeconmico e poltico da sociedade contempornea

As mudanas provocadas pelo avano do conhecimento, da tecnologia e

da comunicao apresentam novos rumos e desafios no somente em setores

produtivos, mas nas mais diversas reas de relacionamento do homem.

Os reflexos dessa revoluo sobre a cultura e sobre a educao so

imensos. De um lado, tem-se a universalizao da informao, libertando os

indivduos das limitaes das culturas nacionais e abrindo possibilidades para a

internacionalizao da cidadania. Por outro lado, passa a exigir que esse cidado

seja instrudo, receba adequada preparao para que possa participar e usufruir

dos avanos que a nova ordem oferece. A educao, assim, coloca-se como

ponto central dessa mudana que se opera em todo o mundo. Ela se torna no

passaporte para a entrada no mundo da tecnologia e para quebrar as limitaes

que as distncias cientficas e tecnolgicas tm imposto aos cidados que

residem fora do eixo econmico das principais economias globais.

FONTE: PPC PEDAGOGIA/UniEVANGLICA.

Os novos desafios educacionais, produtivos e sociais e as novas estruturas

de tomadas de decises pedaggicas, polticas e tcnicas da atualidade exigem

novas dinmicas, atribuies e expectativas de funcionamento das instituies

universitrias.

Estudos recentes ressaltam aspectos importantes que precisam ser

considerados nas polticas e prticas de Ensino Superior, dentre eles:

Considerao das mudanas que esto ocorrendo na produo e na

transmisso do conhecimento.

O aprendiz precisa ser considerado em sua individualidade biolgica, com

diferentes estilos de aprendizagem, cuja nfase dever estar na construo

do conhecimento, e no na instruo.

O currculo deve ser algo construdo com critrios que considerem uma

nova cosmoviso e promoo de dilogo permanente entre o indivduo e o

seu meio ambiente, entre o professor e aluno, e que seja flexvel e

baseado nas peculiaridades do contexto local.

7

Adoo de estratgias metodolgicas e processo de avaliao que

assegurem que os alunos ajam com responsabilidade, capacidade crtica e

com autonomia e que sejam apropriadas s particularidades da

competncia a ser desenvolvida e s caractersticas dos alunos.

Necessidade de maior estreitamento do vnculo entre pesquisa-ensino-extenso.

Esta Instituio colabora com a universalizao do acesso ao

conhecimento cientfico, tcnico, tico e cultural. A formao proposta nos

documentos institucionais visa ao desenvolvimento de competncias e

habilidades que permitam ao acadmico atuar em campos profissionais

especficos, contribuindo para a melhoria das condies de vida e o

desenvolvimento cultural e socioeconmico da regio.

O Centro Universitrio de Anpolis objetiva ampliar sua prestao de

servios por meio de modalidades de ensino diversificadas, em nvel presencial e

a distncia, articuladas pesquisa e extenso, com base na qualidade social e

na excelncia acadmica e pedaggica. Essa viso apoia-se nas demandas por

ensino superior, necessrio formao do cidado, como resposta premncia

do desenvolvimento regional, buscando a insero sociocultural e produtiva, de

modo a contribuir para a elevao dos nveis de qualidade de vida e dignidade da

coletividade.

Na rea da sade, a cidade sede da Regional de Sade Pireneus, a

qual abrange 12 municpios: Anpolis, Mimoso, Padre Bernardo, Cocalzinho,

Pirenpolis, So Francisco, Corumb, Alexnia, Campo Limpo, Ouro Verde,

Terespolis e Goianpolis.

A Secretaria Municipal da Sade de Anpolis (SEMUSA) realiza vrias

aes e programas com a finalidade de trazer a sade para perto do cidado e

proporcionar, ao profissional, a especializao necessria para que ele possa

exercer seu trabalho com mais qualidade.

Para o cumprimento de suas atividades, a SEMUSA conta com as

seguintes unidades: Unidade de Pronto Atendimento UPA 24 horas; Hospital

Municipal Jamel Ceclio; Cais Jardim Progresso; Cais Abadia Lopes da Fonseca;

Unidade de referncia em Sade Dr. Ilion Fleury Jr; Cais Mulher; Hospital Dia do

Idoso; os Centros de Apoio Psicossocial da Infncia e da Adolescncia CAPS

8

CRESCER; Centro de Apoio Psicossocial lcool e Drogas CAPS VIVER; o

Centro de Apoio Psicossocial VIDA ATIVA e o Centro de Referncia em Sade do

Trabalhador CEREST.

Anpolis conta ainda com 34 unidades do programa de estratgia de sade

da famlia assim distribudas: Alexandrina; Paraso; Bairro de Lourdes; Boa Vista;

Boa Vista/So Carlos; Calixtolndia; Dom Manoel; Jardim Alvorada; Vila Formosa;

Maracanzinho; JK: Munir Calixto; Jardim das Amricas; Jardim Petrpolis; Nova

Vila Jaiara; Santo Antnio; So Joaquim; So Loureno; Calixtpolis; Vila

Esperana; Vivian Parque; Jaiara/Bandeiras; Filostro Caic; Jardim Suio; Recanto

do Sol; Santa Maria de Nazar; So Jos; Jardim Guanabara; Vila Fabril; Arco

Verde/Setor Sul; Interlndia; Adriana Parque; Joo Luiz de Oliveira; Jardim das

Oliveiras. E mais 08 unidades bsicas de sade, assim distribudas: Maracan;

Brampolis; Goialndia; Joanpolis; So Vicente; Souznia; So Rafael Arcanjo;

Mercado do Produtor. O municpio conta com trs Ncleos de Apoio Sade da

Famlia (NASF).

Anpolis possui tambm centros de referncia em sade que incluem a

Unidade Oncolgica Dr. Mau Cavalcante Svio (Hospital do Cncer), o Hospital

de Urgncias de Anpolis Dr. Henrique Santillo (HUANA), o Hospital de

Queimaduras, o Hospital Esprita de Psiquiatria, a Maternidade Dr. Adalberto

Pereira da Silva, a Santa Casa de Misericrdia de Anpolis, o Hospital Evanglico

Goiano, o nima Centro Hospitalar e a Associao de Pais e Amigos dos

Excepcionais de Anpolis (APAE-Anpolis) a qual hoje referncia no estado

para a realizao de triagem neonatal.

neste cenrio que se situa o Projeto Pedaggico do curso de

Fisioterapia, o qual se prope a oferecer uma formao humana, tcnico-

cientfica, tica e profissional que atenda s demandas sociais, econmicas e

polticas da sociedade contempornea, com especial ateno para as

especificidades das realidades regional e local.

1.2 - O contexto educacional local e regional

Na regio Centro-Oeste, na rea que abrange todo o Estado de Gois e o

Distrito Federal, h uma concentrao urbana mais densa, onde se localizam

duas regies metropolitanas: Goinia/GO e Braslia/DF; a microrregio do Entorno

9

de Braslia/GO e a cidade de Anpolis/GO. A cidade de Goinia, capital do Estado

de Gois, conta atualmente com 1.333.767 habitantes, segundo dados da

Secretaria de Planejamento do Estado de Gois (GOIS, SEPLAN, 2012). Se

considerarmos a regio metropolitana, essa populao atinge cerca de 2 milhes

de habitantes. J a cidade de Braslia tem uma populao de 2.570.160

habitantes (IBGE, 2010), porm, na regio metropolitana, ultrapassa 3 milhes.

No caminho da BR 060, entre Braslia/DF e Goinia/GO, est a cidade de

Anpolis/GO, com um quantitativo populacional de 342.347 habitantes, segundo o

Censo do IBGE/2012. Essa cidade de porte mdio considerada um ponto

estratgico de contato entre a microrregio Centro-Sul e o Norte do Estado, sendo

tambm um importante entreposto, ligando as regies Sudeste e Norte do pas.

Para alm da posio geogrfica, a cidade tem sido alvo de polticas federais que

desencadearam e vm consolidando o processo de expanso econmica.

Numa anlise histrica, possvel observar que, ao longo dos 107 anos

da emancipao de Anpolis, a posio geogrfica estratgica e a dinmica

urbana local a credenciam como um centro regional. No por acaso, entre os

anos 1930 e 1950, Anpolis foi o maior centro comercial da regio Centro-Oeste.

Um fator fundamental nesse processo foi a chegada da ferrovia, em 1935. Alguns

fatos evidenciam essa tese: em 1942, foi instalado o primeiro banco goiano, cujo

nome era Banco Comercial do Estado de Gois, tendo este 14 filiais no Estado,

inclusive em Goinia; o segundo banco goiano, o Banco Imobilirio do Oeste

Brasileiro S/A, inaugurado em 1945, tambm era anapolino.

Em 1932, foi inaugurado o Colgio Couto Magalhes, embrio da

Associao Educativa Evanglica, fundada em 1947, que, posteriormente, seria a

mantenedora das Faculdades Integradas da AEE, transformadas, em 2004, no

Centro Universitrio de Anpolis UniEVANGLICA.

Em alguma medida, Anpolis se beneficiou da poltica de interiorizao do

Brasil, desenvolvida por Getlio Vargas, com o nome de Marcha para o Oeste. Foi

assim que, em 1941, foi fundada a Colnia Agrcola Nacional de Gois, no Vale

do So Patrcio, hoje cidade de Ceres. Nessa cidade, a Associao Educativa

Evanglica criou novas Unidades: o Colgio lvaro de Melo e a Faculdade de

Filosofia do Vale do So Patrcio.

10

A construo de Goinia, nas dcadas de 1930 e 1940, bem como a

edificao da nova capital federal Braslia, inaugurada em 1961 e a rede de

rodovias que lhe dariam suporte, impactaram Anpolis, pois o municpio passou

condio de entroncamento de importantes estradas de rodagem federais e

estaduais. Tudo isso fez aumentar a populao do Estado e a demanda pelo

ensino em Gois. Mais uma vez, Anpolis dava resposta a esse desenvolvimento,

com a criao dos primeiros cursos de ensino superior fora da capital, por meio

da Associao Educativa Evanglica, em 1960, com a oferta das licenciaturas em

Histria, Letras, Geografia e Pedagogia.

Nos anos 1970, Anpolis passou a ser uma referncia no projeto de

desenvolvimento industrial, com a criao do DAIA (Distrito Agroindustrial de

Anpolis), inaugurado em 1976. Este Distrito serviria de modelo para que outros

do gnero fossem instalados no interior do Estado. O DAIA abriga, atualmente, o

maior nmero de empresas do Estado. Enquanto tal, promove a interligao da

cidade a grandes metrpoles e outros pases, dinamizando a economia local.

Outra ao que influenciou diretamente a dinmica urbana local foi a

efetivao da Estao Aduaneira do Interior, conhecida como Porto Seco. O Porto

Seco propicia a distribuio de mercadorias e facilita as exportaes.

Prevista para finalizar em 2015, a construo do Aeroporto de Cargas de

Anpolis, considerada obra estratgica para a consolidao da plataforma

multimodal no municpio, ir fazer de Anpolis um centro de logstica, garantindo

atrao de mais investimentos e o escoamento de produtos, podendo ser em

breve um dos principais centros de distribuio da produo no Brasil.

Na dcada de 1990, a abertura e/ou ampliao de Instituies de Ensino

Superior tm orientado discursos locais que asseguram ser a cidade de Anpolis

um verdadeiro polo de educao. As Instituies de Ensino Superior so

tambm representativas da dinmica urbana desse municpio. A oferta de

educao superior promove a circulao de pessoas, dinamizada pela instalao

de muitos jovens que se mudam ou vm diariamente de cidades circunvizinhas

para Anpolis.

Em face do quadro sociopoltico, econmico e cultural de Anpolis e

regio, a UniEVANGLICA contribui positivamente com a comunidade, tanto no

11

atendimento s demandas de ensino de graduao e ps-graduao, como na

pesquisa cientfica e em atividades de extenso.

FONTE: PDI 2014-2018.

A histria desta Instituio de Ensino Superior revela que sua insero

regional, iniciada h mais de 60 anos, vem acompanhando o desenvolvimento do

pas. A ampliao das instalaes fsicas e de laboratrios, o aumento da oferta

de cursos e vagas e as aes de pesquisa e extenso tm sido realizadas de

acordo com o cenrio socioeconmico e as demandas regionais.

Nesse sentido, o credenciamento institucional para a modalidade a

distncia amplia as possibilidades para o cumprimento de sua misso

institucional. A perspectiva regional ganha novo escopo, agora em nvel nacional,

por meio de uma educao a distncia mediada via novas tecnologias de

informao e comunicao. Assim como as demais aes institucionais, em seu

projeto educacional, as aes de planejamento da estrutura inicial para a

modalidade a distncia tambm foram desenhadas utilizando conceitos

inovadores de gesto e adotando polticas institucionais modernas e eficazes.

Dessa forma, a EAD nasce com as mesmas caractersticas institucionais de

busca pela qualidade que permeiam seu trabalho desde o ano de 1961, quando

da criao de seu primeiro curso superior. Para tanto, investimentos especficos

inerentes a um projeto de EAD - em recursos educacionais, humanos,

tecnolgicos e financeiros j se fazem presentes, criando as possibilidades e os

caminhos para que a misso institucional seja cumprida, agora, no cenrio

educacional brasileiro. Os valores, os objetivos e as metas institucionais sero

trabalhados no sentido de atender s necessidades dos alunos em cada um dos

Polos de Apoio Presencial, propondo atuaes pedaggicas que possam

responder de maneira adequada a essas necessidades.

FONTE: PPI/PDI 2014-2018

No Brasil, a Fisioterapia iniciou-se como atividade fsica de reabilitao na

Santa Casa de Misericrdia de So Paulo no ano de 1929. Em 1951 foi criado o

primeiro curso para formao de fisioterapeutas. Em 1969, conforme decreto lei

938/69, a Fisioterapia foi reconhecida como um curso de nvel superior. Para esta

regulamentao criou-se o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia

12

Ocupacional (COFFITO) e Conselhos Regionais (CREFITOs) conforme a Lei

6316 de 17 de dezembro de 1975. Em 19 de fevereiro de 2002, o Conselho

Nacional de Educao institui as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de

Graduao em Fisioterapia atravs da Resoluo CNE/CES N 4 (BRASIL, 2002)

e Parecer CNE/CES no 1210/2001.

Na regio Centro-Oeste, de acordo com dados do ENADE 2013, 37

instituies (publicas e privadas) ofertam o Curso de Fisioterapia, sendo 17

Instituies de Ensino Superior (IES) localizadas no estado de Gois, conforme a

Tabela 1. O Curso de Graduao em Fisioterapia da UniEVANGLICA iniciou

suas atividades em fevereiro de 2002, na cidade de Anpolis oferta tambm o

curso de fisioterapia, a Faculdade Anhanguera. O nmero total de vagas anuais

ofertadas pelas duas instituies de 220.

Tabela 1 Instituies de Ensino Superior (IES) na Regio Centro Oeste que ofertam Curso de Fisioterapia.

Nome da IES Municpio UF

UNIVERSIDADE DE BRASLIA BRASILIA DF

UNIVERSIDADE PAULISTA BRASILIA DF

CENTRO UNIVERSITRIO DE BRASLIA BRASILIA DF

UNIVERSIDADE CATLICA DE BRASLIA BRASILIA DF

FACULDADE ALVORADA DE EDUCAO FSICA E DESPORTO - BRASILIA DF

CENTRO UNIVERSITRIO EURO-AMERICANO BRASILIA DF

CENTRO UNIVERSITRIO PLANALTO DO DISTRITO FEDERAL - UNIPLAN BRASILIA DF

FACULDADES INTEGRADAS DA UNIO EDUCACIONAL DO PLANALTO CENTRAL - FACIPLAC BRASILIA DF

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIS GOIANIA GO

UNIVERSIDADE PAULISTA GOIANIA GO

CENTRO UNIVERSITRIO DE ANPOLIS ANAPOLIS GO

PONTIFCIA UNIVERSIDADE CATLICA DE GOIS GOIANIA GO

UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA GOIANIA GO

FACULDADE PADRO GOIANIA GO

FACULDADE ALFREDO NASSER APARECIDA DE

GOIANIA GO

FACULDADE DE CINCIAS E EDUCAO SENA AIRES VALPARAISO DE

GOIAS GO

INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DE RIO VERDE RIO VERDE GO

FACULDADE MONTES BELOS SAO LUIS DE

MONTES BELOS GO

FACULDADE ESTCIO DE S DE GOIS GOIANIA GO

FACULDADE TAMANDAR GOIANIA GO

FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DE CATALO CATALAO GO

UNIVERSIDADE DE RIO VERDE RIO VERDE GO

FACULDADE UNIO DE GOYAZES TRINDADE GO

FACULDADE MINEIRENSE MINEIROS GO

13

FACULDADE ANHANGUERA DE ANPOLIS ANAPOLIS GO

UNIVERSIDADE CATLICA DOM BOSCO CAMPO GRANDE MS

CENTRO UNIVERSITRIO DA GRANDE DOURADOS DOURADOS MS

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL CAMPO GRANDE MS

FACULDADE ESTCIO DE S DE CAMPO GRANDE CAMPO GRANDE MS

FACULDADE CAMPO GRANDE CAMPO GRANDE MS

UNIVERSIDADE DE CUIAB CUIABA MT

CENTRO UNIVERSITRIO DE VRZEA GRANDE VARZEA GRANDE MT

FACULDADE DE CINCIAS SOCIAIS APLICADAS TANGARA DA

SERRA MT

INSTITUTO CUIAB DE ENSINO E CULTURA CUIABA MT

FACULDADE DE CINCIAS SOCIAIS APLICADAS DE SINOP SINOP MT

FACULDADE DE CINCIAS HUMANAS E BIOLGICAS E DA SADE

PRIMAVERA DO LESTE MT

FACULDADES UNIDAS DO VALE DO ARAGUAIA BARRA DO GARCAS MT

FONTE: ENADE 2013.

2 - CONTEXTUALIZAO INSTITUCIONAL 2.1 - Caractersticas da Instituio Mantenedora

A Associao Educativa Evanglica AEE, fundada em 31 de maro 1947,

pelo Reverendo Arthur Wesley Archibald, tem como tarefa fundamental contribuir

para a educao e a formao de crianas, jovens e adultos da regio Centro-

Oeste.

Criada como mantenedora de escolas, em diversos nveis, a AEE uma

instituio confessional, de carter interdenominacional e marca presena com a

fundao de escolas em diversas cidades do Estado de Gois.

No nvel bsico, fundou o Colgio Couto Magalhes, em Anpolis; o

Colgio lvaro de Melo, em Ceres; o Educandrio Nilza Rizzo, a Escola Luiz

Fernandes Braga Jnior, o Normal Regional e o Stio de Orientao Agrcola, em

Cristianpolis; tendo estes ltimos sido desativados, ao longo do tempo.

Durante a dcada de 1960, no contexto da interiorizao do

desenvolvimento provocado pela transferncia da capital federal para a Regio

Centro-Oeste, e a partir da abertura propiciada pelo governo federal para o

credenciamento de novas Instituies de Ensino Superior, a AEE criou sua

primeira faculdade. Assim, em 27 de fevereiro de 1961, o Conselho Federal de

Educao autorizou o funcionamento da Faculdade de Filosofia Bernardo Sayo

FFBS, com a oferta dos cursos de Letras, Histria, Geografia e Pedagogia. Em 18

de maro de 1969, a Faculdade de Direito de Anpolis FADA foi autorizada a

14

funcionar e, em 23 de novembro de 1971, foi igualmente autorizada a Faculdade

de Odontologia. A Faculdade de Filosofia do Vale do So Patrcio, situada em

Ceres, no Estado de Gois, foi autorizada a funcionar pelo Decreto n. 76.994, de

7 de janeiro de 1976, tendo esta os cursos de Letras e Pedagogia. Em 1993, as

faculdades criadas at ento foram transformadas em Faculdades Integradas, por

fora de seu Regimento Unificado.

Mais recentemente, ao final da dcada de 1990, as Faculdades Integradas

da Associao Educativa Evanglica ampliaram suas instalaes e a oferta de

novos cursos, incluindo Cincias Contbeis, em Ceres, e Administrao,

Educao Fsica e Enfermagem, em Anpolis. Em 2002, deu-se a oferta do curso

de Fisioterapia, sendo tambm ampliado o nmero de vagas para Educao

Fsica e Direito.

Convicta da relevncia de sua proposta educacional, fundamentada em

valores cristos, ticos e democrticos, as Faculdades Integradas da Associao

Educativa Evanglica foram credenciadas como Centro Universitrio de Anpolis

UniEVANGLICA, em maro de 2004.

A Associao Educativa Evanglica, fundamentada em princpios cristos,

tem como misso: promover, com excelncia, o conhecimento por meio do ensino

nos diferentes nveis da pesquisa e da extenso, buscando a formao de

cidados comprometidos com o desenvolvimento sustentvel.

Imbuda de sua misso, a Instituio tem, enquanto valores, a

competncia, o profissionalismo e o trabalho participativo, norteando suas aes

por princpios ticos, morais e cristos.

A Instituio nutre, ainda, a expectativa de que, nos prximos 5 anos, ser

consolidada como instituio crist de educao e centro de excelncia em

ensino, pesquisa e extenso, utilizando conceitos inovadores de gesto e

adotando polticas institucionais modernas e eficazes na conduo de seu projeto

educacional, tais como:

Exerccio de sua funo social, evidenciando as reas de atuao educacional,

assistencial, poltica, social e cultural.

Desenvolvimento de um Projeto Institucional de qualidade, que valorize as

potencialidades e individualidades do ser humano.

15

Valorizao profissional, investindo em projetos de capacitao que visem ao

aprimoramento e ao crescimento intelectual.

Desenvolvimento de programas institucionais que possibilitem a consolidao

do Projeto Pedaggico do Centro Universitrio, garantindo a articulao entre

ensino, pesquisa e extenso universitria.

Estmulo a projetos de pesquisa, iniciao cientfica e programas de prestao

de servios.

2.2 - Caractersticas da Mantida

O Centro Universitrio de Anpolis foi criado a partir das Faculdades

Integradas da Associao Educativa Evanglica, tendo sido credenciado em 15

de maro de 2004, por meio da Portaria Ministerial n. 628, publicada no D.O.U.

n. 52, de 16 de maro de 2004. Em decorrncia de seu credenciamento, a

Instituio criou, ento, em 2004, o curso de Sistemas de Informao, no turno

noturno, e em 2005, o curso de Cincia da Computao, no turno matutino, e os

cursos de Farmcia e Biologia/Licenciatura, no perodo noturno. Em 2008, novos

cursos foram criados Medicina, no turno diurno e Engenharia Civil, no turno

noturno, alm dos seguintes cursos superiores de tecnologia: Gastronomia,

Gesto Financeira, Produo Sucroalcooleira, Radiologia e Redes de

Computadores, todos no turno noturno.

No que se refere educao a distncia, em 2005, dando incio a essa

modalidade, o Centro Universitrio de Anpolis UniEVANGLICA, cria o Ncleo

de Educao a Distncia NEAD com a oferta de curso de extenso e

seminrios. Em continuidade oferta desta modalidade, em 2009, de acordo com

a Portaria 4.059 de 2004, que prev que as instituies de ensino superior

possam introduzir na organizao pedaggica curricular de cursos superiores a

oferta de disciplinas integrantes do currculo na modalidade semipresencial, inicia-

se a oferta dos 20% da carga horria dos cursos reconhecidos, nessa

modalidade. Cria-se, em junho de 2012, a Coordenao de Educao a Distncia.

Considerando sua misso, a UniEVANGLICA concretiza sua proposta

educativa por meio dos cursos de graduao licenciatura e bacharelado, cursos

superiores de tecnologia, cursos de ps-graduao lato e stricto sensu, dos

programas e linhas de pesquisa e, ainda, dos cursos de extenso. Essa

16

prerrogativa da Instituio em ofertar cursos nos diferentes nveis de ensino

superior favorece a articulao entre as atividades de ensino, pesquisa e

extenso. A dinmica da integrao dessas atividades mobiliza o processo

educativo. Nesse sentido, a UniEVANGLICA incorpora s suas atividades

acadmicas programas de iniciao cientfica, alm de projetos de extenso e

ao comunitria, que proporcionam outros espaos de construo,

contextualizao e divulgao do conhecimento. Do mesmo modo, a utilizao de

novas tecnologias da informao, baseadas na comunicao e na interao,

contribuem para o desenvolvimento das habilidades cognitivas do acadmico, tais

como busca, anlise crtica, julgamento, sntese e produo do conhecimento,

com maior autonomia.

FONTE: PDI 2014-2018.

3 - CONCEPO DO CURSO 3.1 - Identificao do curso

Nome: Bacharelado em Fisioterapia

Mantida: Centro Universitrio de Anpolis UniEVANGLICA

Localizao: Av. Universitria, Km 3,5, bloco B, 5 andar (laboratrios, salas de

aula, direo e setor administrativo do curso), e Clnica-Escola Situada Rua

Mozart Soares 56, Cidade Jardim.

Atos normativos do Curso: Autorizao do curso - Portaria n 2921 de

14/12/2001; Reconhecimento do curso - Portaria n 52 de 26/05/2006 e

Renovao de reconhecimento - Portaria n 01 de 06/01/2012.

Nmero de Vagas: No momento da autorizao e reconhecimento do curso,

foram autorizadas 120 (cento e vinte) vagas totais anuais, com entradas

semestrais, preenchidas por processo seletivo (vestibular).

Turno de funcionamento: Diurno.

Carga horria total do curso: 4800 horas/aula e 4.000 horas/relgio.

Perodo de Integralizao do Curso:

MNIMO: 10 (dez) semestres

MXIMO: 15 (quinze) semestres

17

De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para Educao, as

polticas desenvolvidas no curso, esto inseridas nas disciplinas, da seguinte

forma:

A) Direitos humanos Tema includo nas disciplinas de Fisioterapia Baseada

em Evidncias II, PISCO, Psicologia aplicada a fisioterapia, Cidadania, tica e

Espiritualidade, atravs das seguintes atividades: Estudo da equidade e

diversidade de gnero; do combate a violncia contra a mulher; do controle

social no Sistema nico de Sade (SUS); e discusso sobre a relao

terapeuta paciente, centrada na autonomia do indivduo.

B) Educao das relaes tnico-raciais e histria da cultura afro-brasileira

e indgena Temas includos na disciplina de Fundamentos Scio

Antropolgicos em Sade, Cidadania, tica e Espiritualidade e PISCO,

atravs das seguintes atividades: Estudo da prevalncia das doenas e sua

distribuio em determinados grupos tnico-raciais; conhecimento das

culturas afro-brasileira e indgenas sobre as doenas mais prevalentes e

tratamentos utilizados para as mesmas e insero dos alunos na comunidade,

em trabalhos de campo, permitindo a convivncia e o relacionamento com os

diversos grupos.

C) Educao Ambiental Tema includo em Projetos de extenso e na

disciplina de PISCO, atravs da observao da realidade socioambiental da

comunidade; desenvolvimento de aes educativas temticas nas vrias

unidades de sade e comunidades adstrictas; estudo dos programas de

vigilncia ambiental e das doenas resultantes da agresso ao meio

ambiente.

O Curso de Fisioterapia mantm parceria com diferentes rgos de

prestao de servio locais e com a comunidade, especialmente com os usurios

dos servios de sade pblica (SUS), atravs da insero do discente em

diferentes cenrios, como: Programa de Estratgia de Sade da Famlia,

Unidades Bsicas de Sade (UBS), Ncleos de Apoio Sade da Famlia

18

(NASF), Clnica Escola de Fisioterapia (UniFISIO), Clnica Escola de Odontologia

(CEO) e em diversos centros de referncia em sade e hospitais locais.

Nestes cenrios, atravs dos Estgios Supervisionados I a III, Prtica

Integrada I a IV e do PISCO I a VI, os alunos do Curso de Fisioterapia

compartilham a rede SUS, com os acadmicos dos demais cursos da rea de

sade (Medicina, Enfermagem e Odontologia) da UniEVANGLICA e de outras

Instituies de Ensino Superior (IES) de Anpolis.

3.2 - Formas de ingresso

As formas de ingresso ao curso de Fisioterapia da UniEVANGLICA so

as tradicionais e regulamentadas pelo Ministrio da Educao, atravs de

processo seletivo unificado, e havendo vagas remanescentes, por meio de

transferncias, e anlise de currculo de portadores de diploma de graduao.

3.3 - Justificativa do Curso

A fisioterapia imperativa na ateno s doenas agudas e crnico

degenerativas, atuando na promoo, preveno e na reabilitao precoce dos

pacientes e na preparao para uma reintegrao na vida em comunidade, com a

melhor funcionalidade, independncia e qualidade de vida, possveis. Neste

contexto, o Curso de Fisioterapia da UniEVANGLICA tem como proposta uma

formao humana e profissional de qualidade, buscando a valorizao e a

insero do egresso no mercado de trabalho.

O curso de Fisioterapia da UniEVANGLICA se fundamenta em uma

concepo metodolgica baseada na realidade da populao da cidade de

Anpolis e regio, voltando-se para o atendimento de suas necessidades, levando

em conta princpios de cidadania, responsabilidade social e valores ticos e

cristos.

A criao e manuteno do Curso de Fisioterapia em Anpolis se

justificam, pois, o municpio tm infraestrutura hospitalar e rede bsica,

adequados para a construo do processo de ensino aprendizagem, relevantes

no desenvolvimento de prticas adequadas para uma formao fisioteraputica

de qualidade.

19

Por sua localizao geogrfica, importncia socioeconmica e

estratgica para o desenvolvimento da microrregio e do Estado de Gois, a

cidade de Anpolis capaz de permitir uma formao cientfica e tcnica de

excelncia e absorver o egresso do Curso de Fisioterapia nos diferentes nveis de

ateno e no Sistema nico de Sade (SUS). Permite ainda a insero do

egresso nas cidades circunvizinhas, as quais necessitam tambm do

fisioterapeuta com uma formao de excelncia. Segundo dados do Cadastro

Nacional de Estabelecimento de Sade CNES (2010), Gois possui um dficit

de profissionais com a relao de 0,26 fisioterapeutas/ 1.000 habitantes, sendo

que o preconizado pela OMS de 01 fisioterapeuta/1.000 habitantes1.

Dessa forma, a proposta principal do Curso de Fisioterapia da

UniEVANGLICA se pauta na formao de um profissional fisioterapeuta

baseado em evidncias cientficas, com excelncia, voltado para a Sade

Coletiva e habilitado para atuar nos trs nveis de ateno sade, assim como,

cidados capazes de atuar como profissionais competentes e conscientes do seu

papel na transformao da sociedade.

3.4 - Objetivos do Curso

Segundo as diretrizes institucionais, os cursos de graduao da

UniEVANGLICA devem desenvolver um PPC fundamentado em uma viso

crist de educao, considerando os princpios ticos e uma formao tcnico-

cientfica adequada, que permita ao acadmico inteirar da realidade social. A

trade ensino-pesquisa e extenso devem nortear a formao de profissionais

capacitados tecnicamente, com condies de responder demanda da sociedade

em termos de atuao profissional, mas, tambm, que revelem em sua prtica

respeito vida humana.

Assim, considerando a vocao, a misso e os compromissos do Centro

Universitrio de Anpolis, constituem objetivos gerais do Curso de Fisioterapia da

UniEVANGLICA: formar Fisioterapeutas com vivncia em diferentes realidades,

1 COSTA LR, et al. Distribuio de fisioterapeutas entre estabelecimentos pblicos e privados nos diferentes nveis de complexidade de ateno sade. Rev Bras Fisioter, So Carlos, v. 16, n. 5, p. 422-30, set./out. 2012.

20

sendo capaz de prestar servios de qualidade, que permita identificar, integrar e

atender s demandas sociais na rea de promoo, preveno e reabilitao em

sade.

So objetivos especficos do curso:

A) No campo da educao:

Formar fisioterapeutas preparados para uma atuao consciente e crtica,

direcionado para a funcionalidade humana, nos diferentes nveis de ateno

sade, pautada na realidade da comunidade e de acordo com as polticas de

sade vigentes no pas e nos recursos disponveis para sua prtica profissional,

atravs de intervenes, norteadas pelos nveis de complexidade do SUS.

B) No campo da extenso:

Propiciar ao acadmico oportunidade de conhecer, identificar e intervir na

realidade da comunidade local;

Ofertar servios fisioteraputicos em todos os nveis de ateno sade,

para a comunidade de Anpolis e do Estado de Gois o qual propicie,

atuao diferenciada e transformadora da realidade;

Propiciar comunidade a ampliao de atendimentos e de servios

fisioteraputicos, possibilitando maior acesso ao tratamento;

Promover o compartilhamento dos conhecimentos e troca de experincias

da escola com a comunidade e vice-versa;

Atuar em consonncia com as polticas nacionais de sade e educao e

em parceria com rgos pblicos municipais, estaduais e federais, bem

como com outras representaes privadas e do terceiro setor.

C) No campo da pesquisa:

Estimular o raciocnio clnico do acadmico embasado em evidncias

cientficas;

Estimular o esprito investigativo, levando em considerao a realidade da

comunidade e os recursos disponveis;

Promover o desenvolvimento de pesquisas, visando identificao de

problemas, aprimoramento dos servios prestados, mudana da prtica

21

profissional, e consequente melhora da qualidade de vida e eventual

transformao da realidade;

Integrar a pesquisa na prtica pedaggica de ensino e nas atividades

extensionistas.

3.5 - Perfil do Egresso em Fisioterapia

Diante do exposto, o egresso almejado pelo Curso de Fisioterapia da

UniEVANGLICA dever ser:

Generalista, habilitado a atuar no mbito da promoo, preveno e

reabilitao da sade, no nvel individual e coletivo, com nfase no Sistema

nico Sade (SUS) preparado para atuar em equipes multidisciplinares;

Capaz de exercer atividades especficas de avaliao, diagnstico cintico-

funcional e tratamento fisioteraputico, reconhecendo como objeto de

estudo a funcionalidade e o movimento humano;

Consciente das condies de sade da populao e disposto a atuar como

agente de transformao da realidade, comprometido com a dignidade da

vida humana, respeitando os aspectos tnico raciais e gnero;

Capaz de se inserir no mundo do trabalho com competncia tcnico-

cientfica e sociopoltica; viso crtica e reflexiva, entendendo o ser humano

de maneira integral, orientando-se pela tica/biotica nas relaes e

respeitando no atendimento aos usurios dos servios de sade.

3.5.1 - Habilidades e Competncias Gerais e Especficas

O Fisioterapeuta como profissional de sade deve atuar em diferentes

nveis, quer no mbito das prticas fisioteraputicas, quer no acompanhamento e

participao no desenvolvimento cientfico da rea. Por isso, sua formao dever

ser slida e abrangente, favorecendo o desenvolvimento de habilidades de

observao, reflexo, interpretao crtica, que o levem a agir com coerncia e

sustentao entre o saber e o fazer. Nesta lgica, o Fisioterapeuta egresso do

Curso de Fisioterapia da UniEVANGLICA dever desenvolver as seguintes

Competncias e Habilidades, Gerais e Especficas:

22

3.5.1.1 - Habilidades e Competncias Gerais

Atuar de forma generalista, humanista, crtica e reflexiva, dentro de uma

viso sistmica, holstica e humanitria, respeitando os princpios

ticos/bioticos;

Aplicar o conhecimento adquirido ao longo do curso, de forma integrada,

no atendimento comunidade, com capacidade para diagnosticar e

solucionar problemas com criatividade e coerncia;

Atuar junto a outros profissionais, nos diversos nveis de assistncia

sade individual e coletiva;

Tomar decises clnicas baseadas em evidencias cientficas;

Aprimorar a comunicao interpessoal por meio da linguagem verbal e no

verbal;

Ler, compreender e escrever textos tcnicos e/ou cientficos na lngua

verncula e, neste contexto, compreender textos em, pelo menos, uma

lngua estrangeira;

Liderar Equipes de Sade, quando necessrio, visando promoo do

bem-estar da comunidade, comunicando-se e gerenciando de forma efetiva

e eficaz;

Ser empreendedor, capaz de identificar oportunidades de insero

profissional e de administrar servios de sade.

Aprender continuamente, mantendo sua formao terica e prtica

atualizada, com compromisso e responsabilidade;

Promover educao em sade, sendo capaz de transmitir conhecimentos

necessrios para o bem-estar da comunidade.

3.5.1.2 - Habilidades e Competncias Tcnicas Especficas

Possuir noes histricas, filosficas e metodolgicas da Fisioterapia;

23

Integrar o conhecimento das disciplinas bsicas e especficas, atravs da

aplicao adequada de tcnicas e recursos fisioteraputicos, desde a

ateno bsica at o atendimento de alta complexidade;

Atuar em todos os nveis de ateno sade, reconhecendo-a como

direito, de forma a garantir a integralidade da assistncia, considerando as

circunstncias ticas, polticas, sociais, econmicas, ambientais e

biolgicas;

Exercer sua profisso de forma articulada ao contexto social, procurando

atuar multiprofissionalmente, inter e transdisciplinarmente;

Realizar avaliaes e reavaliaes do paciente, executando e interpretando

exames propeduticos e complementares que permitam elaborar um

diagnstico cintico-funcional, estabelecer prognstico, tratar as alteraes

cintico-funcionais, reavaliar condutas e decidir pela alta, encaminhando o

paciente, quando necessrio, a outros profissionais.

3.5.1.3 - Habilidades e Competncias Especficas de Comunicao

Empregar mdias e recursos tecnolgicos para comunicao escrita e oral;

Comunicar-se adequadamente com os demais membros da equipe de

maneira multi, inter e transdisciplinar;

Comunicar-se com a comunidade na qual est inserido, empregando

linguagem adequada, durante atividades educativas/preventivas;

Redigir laudos, pareceres, atestados, relatrios e encaminhamentos

empregando linguagem tcnica;

Elaborar por escrito o diagnstico e plano de tratamento fisioteraputico,

comunicando-os ao paciente e/ou seus responsveis em linguagem

acessvel;

Ler e compreender artigos e textos tcnicos e/ou cientficos em ingls e/ou

espanhol;

Ler, escrever e comunicar os resultados de pesquisa cientfica, usando

linguagem tcnico-cientfica;

Identificar, por meio da linguagem corporal, sinais e anseios dos pacientes

durante o atendimento fisioteraputico.

24

3.5.1.4 - Habilidades e Competncias Especficas de Liderana e Gerenciamento

Desempenhar atividades de planejamento (gesto), organizao e

administrao de servios de sade pblicos e/ou privados;

Adotar condutas profissionais que expressem o carter autnomo e liberal

no exerccio de sua profisso;

Prestar consultorias e auditorias no mbito de sua competncia

profissional;

Conhecer e praticar procedimentos legais e documentais necessrios para

encaminhamentos e contra referncia dos pacientes nos diferentes tipos de

servios de sade pblicos e privados.

Decidir o momento de encaminhar o paciente a outros profissionais,

relacionando e estabelecendo um nvel de cooperao com os demais

membros da equipe de sade;

Manter controle de qualidade sobre os recursos tecnolgicos e de pessoas

nos servios prestados.

3.5.1.5 - Habilidades e Competncias Especficas de Educao Permanente

Buscar conhecimentos de forma continuada, participando de eventos

cientficos, cursos de atualizao e ps-graduao, e tambm por meio da

literatura tcnico-cientfica atualizada;

Conhecer mtodos e tcnicas de investigao e elaborao de trabalhos

acadmicos e cientficos;

Articular a experincia profissional com a literatura cientfica;

Compartilhar e discutir seus conhecimentos com outros profissionais.

3.5.2 - Competncias Sociais

O egresso da UniEVANGLICA dever ser um profissional comprometido

com o bem-estar social, reconhecendo os fatores condicionantes e determinantes

do processo sade-doena, avaliando e divulgando o impacto destes sobre a

25

populao, posicionando-se de modo efetivo e crtico junto aos grupos

socialmente organizados, objetivando a melhoria da qualidade de vida da

populao.

Dever reconhecer a reintegrao social como produto fim da fisioterapia,

trabalhando de maneira proativa para a incluso social dos pacientes.

Dever, tambm, apresentar responsabilidade social com o meio-ambiente

no qual est inserido, atuando de maneira consciente no controle de resduos

gerados pela sua prtica, contribuindo para a sustentabilidade da regio.

3.5.3 - Competncias ticas

O egresso da UniEVANGLICA tambm dever desenvolver o respeito

vida, dignidade e aos direitos humanos, sem distino de etnia, religio, cor,

idade, identidade sexual, ideologia poltica ou posio social. Sua prtica

profissional dever levar em considerao, prioritariamente, a necessidade e o

direito de assistncia de Fisioterapia populao, o rigor tcnico-cientfico e a

humanizao das relaes profissional/paciente.

Em relao ao desempenho profissional, o Fisioterapeuta dever assumir a

responsabilidade pelos atos praticados e pelo desenvolvimento de sua

competncia profissional por meio da educao permanente. Dever, tambm,

manter postura tica nas relaes inter profissionais, com colegas fisioterapeutas

e demais profissionais de sade.

3.6 - Polticas institucionais no mbito do curso 3.6.1 - Polticas institucionais de ensino no mbito do curso

O ensino constitui-se, essencialmente, de aquisio e produo de

conhecimento. Desta forma, a UniEVANGLICA concebe o papel do professor,

como um mediador entre o aluno e o conhecimento. Est implcito na concepo

de formao humana e profissional preconizada pela Instituio o processo de

elaborao de conhecimento dinmico e contextualizado, requerendo a

participao ativa do acadmico, na construo de sua aprendizagem.

O curso de Fisioterapia utiliza uma diversidade de mtodos, que vo desde

o mtodo tradicional a metodologias ativas de aprendizagem, como instrumentos

26

pedaggicos de ensino, permitindo assim, aos acadmicos, desenvolver os

diferentes saberes de acordo com o ensino preconizado na UniEVANGLICA,

baseado no contato do estudante com o mundo.

A UniEVANGLICA possui uma poltica de educao inclusiva,

desenvolvida, entre outros, por meio do Programa de Ateno ao Discente

Portador de Necessidades Especiais, do Centro Universitrio de Anpolis, desde

o processo seletivo (vestibular), o candidato com necessidades especiais recebe

tratamento diferenciado, dentro do princpio de diferenciar para respeitar as

desigualdades. A Comisso de Processo Seletivo oferece espao na ficha de

inscrio, onde pode ser identificada a necessidade especial do candidato. Ento,

oferecido o devido suporte na impresso das provas, disponibilizao de

intrpretes e equipe qualificada para a correo.

Ao discente matriculado no curso de fisioterapia, quando necessrio,

disponibilizado intrprete para aulas e outras atividades acadmicas, como

reforo escolar, estgios e atividades culturais (DAs deficientes auditivos, DVs

deficientes visuais). Todas essas aes so promovidas pela Coordenadoria de

Apoio ao Discente (UniATENDER), atravs do Programa UniVIDA, o qual

promove periodicamente seminrios, fruns e cursos de lngua de sinais para o

corpo docente e administrativo. So oferecidos atendimentos dirios com

profissionais da rea social, psicolgica, jurdica e religiosa. Alm da clientela

mencionada, esto inclusos nas polticas de atendimento aos alunos, os

afrodescendentes e outros grupos sociais com necessidades de uma maior

incluso social.

Na perspectiva do Ministrio da Educao, a Educao a Distncia a

modalidade educacional na qual a mediao didtico-pedaggica nos processos

de ensino e aprendizagem ocorre com a utilizao de meios e tecnologias de

informao e comunicao, com estudantes e professores desenvolvendo

atividades educativas em lugares ou tempos diversos (Decreto 5.622, de

19.12.2005). Nesse contexto, a Educao a Distncia (EAD) assume uma

dinmica satisfatria para cumprir o que a lei determina: o direito educao. O

Sistema de EAD da UniEVANGLICA, no que se refere a seus alunos, trabalha

na perspectiva da interao e construo colaborativa de ideias entre os alunos e

professores.

27

FONTE: PDI 2014-2018.

No Curso de Fisioterapia esta modalidade de educao busca atender a

anseios sociais, e formar um profissional capaz de se comunicar e de dominar as

Tecnologias de Informao e Comunicao, capacitando o mesmo para a busca

permanente de formao, conforme previsto nas diretrizes educacionais do curso.

Em funcionamento, e inseridas na matriz do Curso de Fisioterapia esto s

disciplinas Lngua Portuguesa (80h/a), ofertada no primeiro perodo, Metodologia

do Trabalho Cientfico (40h/a), ofertada no segundo perodo, e

Empreendedorismo (40h/a), no nono perodo.

3.6.2 - Polticas institucionais de pesquisa no mbito do curso

Na UniEVANGLICA, a pesquisa se relaciona com a comunidade

acadmica de duas formas: a primeira se volta para a autonomia docente, uma

vez que o ato de pesquisar conduz reviso de conceitos, aplicao de mtodos

de investigao, anlise e busca de explicao de fenmenos e publicao de

resultados que possibilitem a identificao de respostas para os problemas

especficos da vida cotidiana do ser humano; a segunda a compreenso da

lgica da cincia, colocando-se disposio dos alunos, professores e

pesquisadores a prtica da pesquisa cientfica, no sentido de incentivar a

investigao cientfica em sua relao com a coletividade.

Desde 2001, funciona na UniEVANGLICA o Programa de Bolsas de

Iniciao Cientfica (PBIC). Trata-se de um programa voltado para o incentivo ao

desenvolvimento de pesquisa pelos professores dos cursos de graduao e ps-

graduao da UniEVANGLICA, com o objetivo de contribuir para a produo

intelectual, estimulando pesquisadores produtivos a desenvolverem atividades

cientfica, tecnolgica e artstico-cultural no mbito institucional.

O curso de Fisioterapia possibilita aos docentes e discentes participarem

dos seguintes programas de incentivo a pesquisa institucionais: Programa de

Bolsas de Iniciao Cientfica da UniEVANGLICA (PBIC/ UniEVANGLICA) e

Programa Institucional de Bolsas de Iniciao em Desenvolvimento Tecnolgico e

Inovao PIBITI/CNPq.

A UniEVANGLICA possui Comit de tica e Pesquisa prprio (CEP -

UniEVANGLICA) criado em 2004 e credenciado pela Comisso Nacional de

28

tica em Pesquisa (CONEP) em 2005, o qual vem funcionando plenamente com

um funcionrio administrativo exclusivo e com local e horrio fixo de

funcionamento. No curso de Fisioterapia todos os projetos de pesquisa

desenvolvidos nos Programas de Iniciao Cientfica (PBIC), e na disciplina de

Fisioterapia Baseada em Evidncias VII a IX (Trabalho de Concluso de Curso -

TCC), so submetidos ao CEP UniEVANGLICA, para avaliao e aprovao,

conforme determina a Resoluo 466 de 2012 do Conselho Nacional de Sade

(CNS).

Em setembro de 2005, foi solicitado, junto ao CNPq, a incluso da

UniEVANGLICA no Diretrio dos Grupos de Pesquisa, e, sendo a resposta

positiva, em 2006. O curso de Fisioterapia participa do grupo de pesquisa

multiprofissional, Envelhecimento e Sade, criado e cadastrado ao CNPq em

2011.

E ainda, para incentivar e viabilizar a pesquisa, a instituio adotou as

demais iniciativas: a) implantao do Comit Institucional de Pesquisa (CIP), com

a participao de professores doutores representante das grandes reas; b)

implantao do Ncleo de Apoio Pesquisa e Inovao (NUPTEC) e a criao

de um sistema de incubao de empresas (UnINCUBADORA).

3.6.3 - Polticas institucionais de extenso no mbito do curso

A extenso, entendida como uma das funes bsicas da universidade

caracteriza-se por ser um processo acadmico definido e efetivado em funo das

demandas sociais, polticas, econmicas e culturais da sociedade e da proposta

pedaggica dos cursos, concordando com as polticas pblicas e indispensveis

formao cidad.

Os principais objetivos da Extenso Universitria da UniEVANGLICA

incluem tornar acessvel sociedade o conhecimento e a cultura de domnio da

Instituio; fortalecer a relao UniEVANGLICA e sociedade, permitindo acesso

democrtico ao conhecimento; articular ensino, pesquisa e extenso de acordo

com as necessidades e consolidar a prtica e a gesto da extenso como forma

de viabilizar o atendimento s demandas mais abrangentes da comunidade e de

contribuir para o desenvolvimento social local e regional participativo.

29

O Curso de Fisioterapia da UniEVANGLICA, desenvolve atividades

extensionistas pautado nas Diretrizes para a Extenso Universitria, definidas no

Plano Nacional de Extenso e na Poltica de Extenso e Ao Comunitria da

UniEVANGLICA, objetivando a flexibilizao curricular e a curricularizao da

extenso no curso.

So consideradas atividades de extenso quaisquer tipos de condutas que

envolvam: programas, projetos, eventos, cursos, prestao de servios, produo

e publicaes; relacionadas s reas temticas dispostas na Poltica de Extenso

e Ao Comunitria da UniEVANGLICA.

Dentre os programas de extenso previstos no PDI, o Curso de

Fisioterapia, participa ativamente, dos seguintes programas: Programa

Permanente para a Promoo dos Direitos Humanos, Programa Permanente de

Educao Continuada, Programa Permanente de Atendimento ao Idoso,

Programa Permanente de Atendimento ao Deficiente, Programa Permanente de

Atendimento Mulher, Programa Permanente de Apoio e Desenvolvimento de

Aes para a Promoo Social e Programa Permanente de Atendimento na rea

da Sade.

Os docentes do Curso de Fisioterapia so orientados a inclurem atividades

de extenso nos Planos de Ensino, de acordo com os programas acima

relacionados, articulando com o ensino e a pesquisa e, acima de tudo, tornando a

extenso parte essencial da formao acadmica, atravs de projetos

desenvolvidos no mbito do curso. O curso conta com Regulamento de Extenso

prprio (ANEXO I), de acordo com as normas e as Poltica de Extenso e Ao

Comunitria da UniEVANGLICA.

No curso esto implantados e em desenvolvimento, o Projeto Sade do

Escolar, Recicla Fisio, Projeto de Monitoria Voluntria, aes com a Universidade

Aberta da Terceira Idade (UniATI), entre outros, projetos em parceria com as

Ligas Acadmicas.

Quanto ao mercado de trabalho, a UniEVANGLICA possui convnios com

instituies como o Instituto Euvaldo Lodi (IEL) e com o Centro de Integrao

Empresa Escola (CIEE), que atuam como mediadores da insero de alunos

estagirios do Curso de Fisioterapia em diversas empresas.

30

3.6.4 - Atividades de ensino e sua articulao com a pesquisa e a extenso

O ensino, na UniEVANGLICA, tem como pressuposto a relao dialgica,

que se apresenta como promotora da relao horizontal de respeito mtuo entre

professor e aluno. No se permite mais o ensino enciclopedista, onde o professor

aparece como o nico doador de conhecimento ao estudante.

Sendo assim, o ensino na UniEVANGLICA baseado no contato do

estudante com o mundo, com o conhecimento, refletindo sobre ele, reformulando-

o, ressignificando-o, pois o mundo e o conhecimento so dinmicos e mutveis,

no esto prontos e requerem a reconstruo diuturna da sociedade. Busca deste

modo, a integrao entre as atividades de ensino, pesquisa e extenso, tendo em

vista promover a formao acadmica de forma contextualizada, a partir de

anlise e interpretao de fenmenos sociais e naturais, abordados com

adequao cientfica e incorporando o hbito de investigao com rigor

metodolgico.

A IES entende que a capacidade de criar e trabalhar com o conhecimento

pode garantir o desenvolvimento de uma instituio educativa, como tambm de

um pas de forma sustentvel e soberana. Por isso, educar pessoas que saibam

criar e trabalhar o conhecimento fundamental para uma nao. dessa relao

com o saber que se formam cidados crticos, autores, reflexivos, criativos. Um

saber que assim construdo percebe melhor a necessidade de transformar o

mundo para que ele seja melhor para um maior nmero de pessoas. O

profissional formado nessa concepo de mundo, de homem, de educao e de

ensino compreende melhor a responsabilidade social de sua profisso num pas

ainda to carente de formados em nvel superior. Enfim, um profissional que

sensvel aos problemas que a sociedade enfrenta.

FONTE: PDI 2014-2018.

As Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de Fisioterapia (Brasil,

2002), em seu artigo 9 informam que o PPC deve buscar a formao integral e

adequada do estudante atravs de uma articulao entre o ensino, a pesquisa e a

extenso/assistncia.

O Curso de Fisioterapia entende a articulao ensino-pesquisa-extenso

como concepo educativa em que o docente, no interior de cada disciplina,

31

assume a prtica do ensino com pesquisa/extenso como princpio educativo,

envolvendo, obrigatoriamente, os acadmicos no processo. O ensino, articulado

s atividades investigativas e s prticas de extenso constitui, ento, elemento

fundamental do processo de aprender a aprender-aprendendo.

No curso de Fisioterapia essa articulao acontece no mbito das

disciplinas Fisioterapia Baseada em Evidncias I a X, PISCO I a VI, Prtica

Integrada I a IV e Estgio Supervisionado I a III. As atividades de que vinculam

ensino, pesquisa e extenso, desenvolvidas no curso (Organograma 1), so

apresentadas no decorrer do semestre letivo em eventos que envolvem todo o

corpo docente e discente do curso (Ciclo de Conferncias UniFISIO, Encontro

Cientifico e Cultural dos Acadmicos de Fisioterapia - ENCCAF e Mostra

Acadmica do Curso de Fisioterapia).

Outras atividades, como os Programas de Iniciao Cientfica e de

Monitoria, atividades de extenso e ligas acadmicas, desenvolvidas no mbito

do curso que podem ser consideradas como aes favorveis para a

consolidao da indissociabilidade ensino-pesquisa-extenso.

Organograma 1 Disciplinas, trabalhos cientficos e atividades, desenvolvidas no Curso de Fisioterapia que articulam ensino-pesquisa-extenso de acordo com as polticas institucionais.

32

3.7 - Metodologias de ensino

As Diretrizes Curriculares Nacionais2 para o Curso de Fisioterapia, em seu

artigo 9, apontam que:

O Curso de Graduao em Fisioterapia deve ter um projeto pedaggico, construdo coletivamente, centrado no aluno como sujeito da aprendizagem e apoiado no professor como facilitador e mediador do processo ensino-aprendizagem.

Esses princpios norteiam as prticas docentes do curso de Fisioterapia,

que so orientados a desenvolverem em sala de aula, metodologias ativas que

levem aprendizagem. A sala de aula deve ser entendida como espao para

dvidas, discusso, troca de conhecimentos e experincias diferenciadas entre

acadmicos e docentes, um local de construo conjunta do conhecimento.

Considerando a formao em sentido ampliado, como no s aquisio cognitiva,

mas no mbito procedimental e principalmente atitudinal, pensa-se a sala de aula

como oportunidades para momentos formativos no que tange ao desenvolvimento

das relaes interpessoais, postura profissional e tica, entre outros.

Portanto, a metodologia utilizar o desenvolvimento dos processos de

ensinar e aprender, trabalhando a construo de conhecimentos a partir da

vivncia de experincias significativas e projetos integrados. Para ser significativo,

o contedo deve relacionar-se a conhecimentos prvios do aluno, exigindo deste

uma atitude favorvel capaz de atribuir significado prprio aos contedos que

assimila e, do professor, uma tarefa mobilizadora para que tal aprendizagem

ocorra. O aluno interage com a cultura sistematizadora de forma ativa, como

principal ator do processo de construo do conhecimento.

As disciplinas so, em sua maioria, divididas em aulas tericas e prticas.

As aulas tericas so ministradas presencialmente por docentes, com a utilizao

de metodologias variadas de ensino, entre elas: aulas expositivas dialogadas,

metodologias ativas, seminrios, discusses de casos clnicos, grupos de

discusso, debates, mesas temticas, entre outros, evitando as aulas expositivas

2 BRASIL. Conselho Nacional de Educao. Cmara de Educao Superior. Resoluo CNE/CES

4, de 19 de Fevereiro de 2002. Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduao em Fisioterapia. Disponvel em: http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CES042002.pdf. Acesso em 15 mar. 2011.

http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CES042002.pdf

33

tradicionais que impedem a livre construo do saber. Os professores so

orientados a diversificar as metodologias de ensino a serem utilizadas, o que

exige uma mudana de postura do professor para o exerccio de um trabalho

reflexivo com o aluno.

As aulas prticas demonstrativas e de simulao que so ministradas

presencialmente por docentes nos laboratrios de prticas de ensino, com a

utilizao de recursos diversos como: modelos anatmicos, bonecos para

simulaes de avaliaes e condutas, equipamentos eletrotermo-fototerpicos,

equipamentos de anlise do movimento, equipamentos mecnicos, entre outros.

Tambm so ministradas aulas prticas na clnica escola de fisioterapia, na rede

pblica de sade do municpio de Anpolis e visitas tcnicas em centros de

referncia de Gois e do Distrito Federal.

Outra estratgia a insero precoce do discente entre os nveis de

ateno sade, o que permite exposio do aluno a uma diversidade de

situaes, modificando intensamente os seus conhecimentos. O contato com

equipes multiprofissionais dos servios visitados, organizados de diferentes

formas, tambm pode servir de base para reflexo sobre o ensino e a atuao em

equipe. Neste momento, nas disciplinas PISCO I a VI, utiliza-se o Arco de

Charles Maguerez e supe uma concepo do ato do conhecimento atravs da

investigao direta da realidade, em um esforo de construo efetiva. Est

dividida em cinco etapas que se desenvolvem a partir do recorte de uma

realidade: observao da realidade; definio dos pontos chaves; teorizao;

definio das hipteses de soluo; aplicao realidade.

O conhecimento baseado em evidncias cientficas abordado nas

disciplinas de Fisioterapia Baseada em Evidncias I a X, desde o 1 ao 10

perodo, os alunos so incentivados e orientados a produzirem um trabalho

cientfico baseado em evidncias (resenhas, resumos, reviso de literatura, casos

clnicos, projeto de pesquisa, trabalho de concluso de curso e artigo cientfico),

culminando com a apresentao em um evento do curso, semestralmente.

As disciplinas de Estgio Supervisionado e Prtica Integrada so

aliceradas em uma metodologia de ensino ativa e dinmica baseada na prtica

profissional assistida que direciona para as atividades do aluno/estagirio, com

orientao do professor-supervisor que indicar as diretrizes, no contendo um

34

papel rgido e impositivo, mas sim uma atividade dotada de flexibilidade

permitindo ao aluno raciocinar e aplicar as propostas de interveno para melhor

adequar-se s contingncias das situaes encontradas na vivncia individual e

coletiva diria.

As atividades so realizadas nas diversas subreas da fisioterapia, por

perodos pr-determinados, onde o aluno/estagirio possui uma agenda de

pacientes, realizando a avaliao e execuo de um plano de tratamento

individualizado. Atravs da vivncia prtica e contato direto com o paciente o

aluno/estagirio instigado a pesquisar e associar seu conhecimento terico e

prtico. Alm do atendimento, so realizadas discusses de casos clnicos e

conferencias de diversos temas, promovendo a insero do aluno/estudante como

agente principal responsvel pela sua aprendizagem, comprometendo-se com

seu aprendizado.

Durante todos os semestres, os discentes tm carga horria disponvel e

so estimulados a participarem de atividades de monitoria, iniciao cientfica,

projetos de extenso, eventos internos e externos, como seminrios,

conferncias, congressos e atividades de intercmbio cientfico e cultural. Alm

disso, a direo do curso e os coordenadores, pedaggico, de pesquisa, de

extenso e de estgio, tm horrios pr-determinado extraclasse, para

atendimento aos alunos, e para quando necessrio, serem tomados os devidos

encaminhamentos de acordo com a necessidade individual de cada discente.

3.7.1 - Tecnologias de Informao e Comunicao (TIC) no processo de ensino e aprendizagem

A UniEVANGLICA disponibiliza o sistema de Educao a Distncia

(EAD) com atividades pedaggicas via Ambiente Digital de aprendizagem

destinadas ao suporte de metodologias de ensino mediadas pelas Tecnologias de

Informao e Comunicao (TIC).

Esta modalidade de educao busca atender a anseios sociais, e formar

um profissional capaz de se comunicar e dominar as TIC, capacitando o mesmo

para a busca permanente de formao, conforme previsto nas diretrizes

curriculares do curso de Fisioterapia.

35

So ofertadas atravs do sistema EAD, as disciplinas de Lngua

Portuguesa, Metodologia do Trabalho Cientfico e Empreendedorismo, onde

atravs de fruns de discusso, periscope, quiz, leitura de textos on line e

produo de texto, so utilizadas ferramentas metodolgicas no processo de

ensino-aprendizagem, possibilitando aos docentes e discentes, acessibilidade

plena atitudinal de forma adequada e eficiente para o aprimoramento do ensino.

3.8 - Avaliao dos processos de ensino e aprendizagem

Para a averiguao da efetividade do processo ensino-aprendizagem faz-

se necessria realizao de avaliaes. Essas, alm de seu carter

investigativo deve tambm ser de carter educativo. Como proposta de avaliao

da aprendizagem, o curso de Fisioterapia prope que as avaliaes ocorram de

forma contnua, de carter formativo e somativo, e que haja diferentes

modalidades de avaliaes, alm da prova terica, permitindo, dessa forma, a

construo do conhecimento.

As formas de avaliao mais frequentemente aplicadas so: avaliao

terica escrita, avaliao terica oral (seminrios, conferncias, etc.), avaliao

prtica (relatrios, manuseio de tcnicas, abordagem com o paciente, dentre

outras) e avaliao terico-prtica. As avaliaes tericas podem apresentar

questes objetivas fechadas e/ou abertas, podendo contemplar casos clnicos.

Os critrios de avaliao adotados pela disciplina so apresentados e

discutidos com os acadmicos no incio do semestre e devem estar explcitos no

plano de ensino.

As avaliaes devem constituir trs mdias: 1. VA (verificao de

aprendizagem), 2. VA e 3. VA. As notas tm pontuao de 0 a 100.

Para obter aprovao em uma disciplina, o aluno deve alcanar mdia final

60 e no mnimo 75% de frequncia, conforme Regimento Geral do Centro

Universitrio de Anpolis.

A partir do ano de 2013, o colegiado do curso institui como componente da nota

de 2. V.A, a avaliao de aprendizagem integrada (VAI), com peso de 30 pontos.

Essa prova constituda com questes contextualizadas, fechadas de todas as

disciplinas do perodo. Visa articular os conhecimentos e preparar os alunos para

36

concursos pblicos da rea. As avaliaes seguem o Regulamento de Avaliao

(ANEXO II) do curso de Fisioterapia, estando esse em conformidade com o

regimento interno institucional.

A avaliao das disciplinas de Prticas Integradas I a IV feita atravs do

Exame Clnico Objetivo Estruturado (Objective Structures Clinical Examination,

OSCE) para a assimilao dos conhecimentos necessrios e do domnio de

habilidades que permitem solucionar um problema de sade apresentado, ou

orientar como proceder para a soluo deste, quando de maior complexidade, por

meio de atitudes coerentes, assertivas e resolutivas.

Nas disciplinas de Fisioterapia Baseada em Evidncias I a X, as

avaliaes so formativas e processuais de desempenho, atravs do

desenvolvimento de trabalhos em grupos e graus de complexidade crescentes,

realizados com a orientao de um professor. E por fim, a apresentao do

trabalho desenvolvido no perodo correspondente, a uma banca examinadora, em

um evento cientfico do curso.

A avaliao do Estgio Supervisionado I a III compreende as dimenses

terica e prtica, sendo atribuda uma nota de desempenho em cada rea de

estgio obrigatrio. A avaliao prtica baseada em uma ficha estruturada que

compreende o desemprenho tico profissional e comportamental, desempenho

prtico no cenrio profissional e correlao entre teoria e prtica. A nota terica e

atribuda a soma do desempenho em uma prova escrita e a apresentao de um

caso clnico referente rea de estgio cursada. A descrio dos pesos, a

composio matemtica da nota e os itens da ficha de avaliao estruturada

esto descritas no Regulamento de Estgio (ANEXO III).

3.9 - Programas de nivelamento

O Centro Universitrio de Anpolis (UniEVANGLICA) prope integrar

adequadamente os acadmicos ingressantes em seus cursos de graduao,

primando por qualidade de ensino e aprendizagem efetiva/significativa. Nesse

sentido, o Curso de Fisioterapia compactua como objetivos do Programa

Institucional de Nivelamento, buscando:

37

Oferecer condies para que os ingressantes nos cursos de graduao da

UniEVANGLICA tenham subsdios para se desenvolverem na vida

acadmica.

Dirimir dificuldades do corpo discente com os contedos ministrados em

sala de aula.

Gerar melhor aproveitamento de contedos durante as aulas ministradas

na graduao.

Contribuir para formao acadmica e profissional de maior qualidade, a

partir de uma aprendizagem efetiva e significativa.

FONTE: PDI 2014-2018.

Para isto, o curso adota as seguintes medidas de nivelamento:

I - Programa de Monitoria: o monitor designado pelo professor da disciplina

fica responsvel por conduzir um grupo de estudos com os acadmicos que

apresentam dificuldades de aprendizado. Periodicamente, o professor da

disciplina, passa ao monitor as atividades que devero ser trabalhadas ou

desenvolvidas com o grupo de estudo. As sesses de monitoria so semanais e a

tarefa desenvolvida registrada, juntamente com a lista de frequncia dos

acadmicos que compareceram ao encontro. As normas para funcionamento das

atividades de monitoria do curso esto detalhadas no Regulamento do Programa

de Monitoria (ANEXO IV).

II Ciclo de estudos: para alunos do Estgio supervisionado, que

vivenciam aules, nos quais os docentes, supervisores de estgio, em mdia 10

professores, adotam como metodologia de ensino, a resoluo de questes de

concurso, com objetivo de resgatar contedos e assimilar novos saberes. As

atividades ocorrem com horrio, carga horria e contedos previamente definidos

em reunio de colegiado no incio do semestre.

Na matriz curricular, o curso tem a disciplina de Lngua Portuguesa, a qual

tem por objetivo abordar contedos identificados como deficitrios entre os

acadmicos, com carga horria de 80h/a, ofertada no primeiro perodo, atravs do

EAD.

3.10 - Estgio supervisionado

38

Os estgios supervisionados so uma modalidade de componente

curricular obrigatrio e fundamental para completar a formao acadmica do

estudante de Fisioterapia. O estgio ocorre sob superviso e acompanhamento

de docentes supervisores e coordenado por um professor do curso de

Fisioterapia, objetiva o desenvolvimento da articulao teoria/prtica, to

necessria vida profissional.

Sendo uma atividade de carter prtico, com base terica, e desenvolvido

em ambientes e situaes reais, o Estgio pretende, ainda, desenvolver, no

aluno, a capacidade de execuo das atividades profissionais em que est

formando, na perspectiva de oferecer ao estudante todo o cabedal terico e

prtico necessrio para dar incio s atividades profissionais. Trata-se de uma

oportunidade do acadmico vivenciar diferentes aspectos da vida profissional e

ter condies de lidar com essas e outras realidades com as quais possa se

deparar.

Com intuito de aproximar o acadmico de fisioterapia ao cenrio da

pratica cotidiana profissional, o estgio supervisionado ter um perfil de internato,

com a insero do aluno em diferentes espaos do servio de sade do municpio

de Anpolis, favorecendo a multidisciplinaridade e o fortalecimento da trade

ensino-servio-comunidade.

Dentre os cenrios propostos para o aprendizado tem-se:

1. Clnica Escola de Fisioterapia Clnica prpria do curso, conveniada

do SUS, que estabelece com este relao de referncia e contra referncia. Na

clnica do curso so realizadas atividades que preparam o aluno para a prtica

profissional. O atendimento aos pacientes realizado desde o quinto (pratica

integrada) perodo ao dcimo (nova matriz) perodo, com complexidade

crescente. A clnica-escola constitui, hoje, referncia para a rede municipal.

2. Unidades Bsicas de Sade os estudantes vivenciam diversos

espaos do Sistema nico de Sade por meio de visitas tcnicas, inclusive a

Estratgia Sade da Famlia, desde o 1 perodo at o 6 perodo como parte das

atividades da disciplina PISCO. Os estudantes so inseridos na Estratgia Sade

da Famlia para vivenciarem todas as etapas, desde ao do agente comunitrio

de sade, at o atendimento, passando por planejamento e aes de educao e

39

promoo de sade. Estabelece-se uma relao de reciprocidade com a

Prefeitura, medida que a academia pode propor, baseada em evidncias

cientficas e observaes, melhorias nos servios prestados.

3. Outras Unidades de Sade o municpio de Anpolis, na sua

estrutura de Sade, conta, ainda, com Ncleos de Apoio Sade da Famlia

(NASF), o Hospital de Urgncias de Anpolis (HUANA), dentre outras unidades

conveniadas ao SUS, onde o acadmico do Curso de Fisioterapia vivncia outros

nveis de ateno sade.

4. Instituies parceiras conveniadas: a UniEVANGLICA mantm

convnios com outras instituies parceiras, a fim de diversificar as atividades

prticas desenvolvidas, como a APAE - Anpolis.

So objetivos do estgio:

1. Promover o aperfeioamento tcnico, cultural, cientfico e de

relacionamento humano do discente;

2. Proporcionar, ao acadmico, uma viso da profisso, dentro de uma

realidade atual, desenvolvida mediante um programa planejado;

3. Permitir uma viso ampliada do espao da sala de aula;

4. Constituir uma oportunidade para aquisio de experincia pr-

profissional, no qual o estagirio vivencia a prtica diria de sua profisso, no

somente por meio de contatos com pacientes na Clnica Escola, mas tambm nas

Instituies pblicas de sade que integram o SUS e na comunidade na qual o

estgio est inserido.

Os Estgios acontecem dentro das disciplinas de PISCO I a VI (120

horas), Prticas Integradas I ao IV (320 horas) e Estgio Supervisionado I, II e III

(960 horas).

Nas disciplinas de PISCO I a VI as vivncias acontecem, nos diversos

cenrios do Sistema nico de Sade (SUS) e os acadmicos vivenciam a

atuao nas Unidades Bsicas de Sade da Famlia, em nvel primrio (PISCO I,

II, III, IV), em nvel primrio e secundrio (PISCO V e VI) de ateno sade.

Nas disciplinas de Prticas Integradas de I a IV, o acadmico avalia e

realiza atendimentos a pacientes na Clnica Escola e Laboratrios do curso de

Fisioterapia, concomitantemente as disciplinas aplicadas referentes ao perodo

40

cursado, proporcionando a articulao terico-prtica e maior integrao e

vivncia com o dia a dia da profisso.

A partir do oitavo perodo, os acadmicos passam a realizar a disciplina

Estgio Supervisionado I, no ambiente institucional, atuando na Sade do

Trabalhador e na Clnica Odontolgica. Nos Estgios Supervisionados II e III,

desenvolvem prioritariamente, atividades de ateno secundria e terciria

(Clnica Escola e instituies conveniadas); na reabilitao e na contra referncia

investigando o territrio de abrangncia em que esto inseridos; bem como

estabelecem contato e trocas de informaes com os profissionais de sade da

equipe de sade da famlia sobre cada paciente/famlia.

O calendrio acadmico do Estgio supervisionado possui a particularidade

de incio antecipado ao calendrio acadmico, para atender necessidade de

continuidade ao tratamento fisioteraputico, e pelo compromisso tico-profissional

com a comunidade atendida pelo servio de Fisioterapia, internamente e com as

instituies parceiras.

Para maior detalhamento sobre o funcionamento e formas de avaliao do

estgio supervisionado I, II, e III, consultar o regulamento prprio, constante no

ANEXO III.

3.11 - Atividades prticas de ensino

A articulao terico-prtica no processo de ensino-aprendizagem

acontece conforme proposto nas Diretrizes Curriculares Nacionais do curso de

Fisioterapia (2002). As DCNs3 estabelecem no seu Art. 13 que:

As atividades prticas de ensino devem ser desenvolvidas gradualmente desde o incio do curso, devendo possuir complexidade crescente, desde a observao at a prtica assistida (atividades clnico-teraputicas).

3 BRASIL. Conselho Nacional de Educao. Cmara de Educao Superior. Resoluo CNE/CES

4, de 19 de Fevereiro de 2002. Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduao em Fisioterapia. Disponvel em: http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CES042002.pdf. Acesso em 15 mar. 2011.

http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CES042002.pdf

41

Os componentes curriculares da matriz do curso de Fisioterapia foram

divididos, didaticamente em: terico, terico-prtico e prtica assistencial (Tabela

2). Pode ser observar que h um aumento gradual na carga horria de prtica, e

tambm na complexidade da interveno.

Contemplando o perfil do egresso proposto no PPC do curso de

Fisioterapia, e em consonncia com a DCNs, de formar um profissional

generalista e capaz a atuar em todos os nveis de ateno sade, a prtica

assistencial, por meio das disciplinas PISCO I a VI, Prtica Integrada I a IV e

Estgio Supervisionado I a III, insere o aluno desde a ateno primria (Unidades

Bsicas de Sade), a ateno secundria (centros de referencia), at a ateno

terciria (alta complexidade, como o ambiente hospitalar).

As atividades prticas de ensino so registradas nos planos de ensino, e

acontecem com a superviso docente, em diferentes cenrios de prtica,

procurando o trabalho em equipe interprofissional, e principalmente a integrao

do ensino-servio-comunidade.

42

Tabela 2 Diviso dos componentes curriculares em terico, terico-prtico e prtica assistencial, e distribuio teoria prtica por perodo, de acordo com nveis de ateno sade.

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