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CURSO DE ESPIRITUALIDADE Etapas da caminhada para a união com Deus: não são fases estanques.
Via purificativa
Etapa pela qual o cristão procura combater tudo o que seja incoerência e imperfeição; realiza a purificação do coração de
todo afeto desregrado.
Ascese: práticas de autodomínio para fortalecermos a vontade a fim de termos condições de rejeitar o pecado: Jejum,
abstinência de carne ou de outro alimento excitante, conformar-se com o sofrimento e louvar a Deus, orações, combater
o pecado venial (vigilância, confissão sacramental quinzenal e prática das virtudes).
Imperfeição: ato bom (não pecaminoso) cometido com certa negligência. Pratica-se o bem por motivos meramente
humanos e não por amor a Deus. Combate: evitar atos tíbios (mornos), fazer com que tudo seja feito por amor a Deus,
afervorar-se mediante a fé.
Via iluminativa Deus se revela mais intimamente, pois a pureza de coração proporciona a amizade com Deus. É a iluminação da mente
purificada para que possa intuir as grandes verdades da fé.
Atitudes de oração: Adoração (reconhecer a soberania de Deus), Ação de graças (agradecer os bens compreendidos e não
compreendidos, que recebemos de Deus), Expiação (pedir perdão a Deus), Súplica (pedir o que nos seja necessário).
Para que haja oração válida, não é necessário que o cristão sinta um atrativo para rezar ou uma predisposição favorável. Os
critérios para avaliar nossos atos não são nossos sentimentos volúveis, mas a decisão da vontade iluminada pela fé.
Oração contínua: fazer tudo (oração, trabalho, estudo, recreação, refeição) por amor a Deus. O cristão deve explicitar o
amor em todos os seus atos, procurando fazer dele o motivo consciente de todo o seu comportamento. Esse amor será uma
oração contínua a Deus. Deve-se, de intervalo a intervalo no decorrer do dia, renovar o seu amor a Deus e a sua intenção de
agir por amor a Ele.
Liturgia das Horas (Ofício Divino): santificação do dia e de toda a atividade humana.
Via unitiva A intimidade com Deus que se revela, vai chegando ao seu ponto mais alto possível em cada criatura, antecipam-se assim
as alegrias do céu. É fruto do exercício do amor que intui a Deus e seu plano de ação salvífica.
Contemplação: é um olhar sobre valores superiores ou a intuição, geralmente deleitosa, do transcendental.
Contemplação adquirida: resulta da leitura e do estudo da Palavra de Deus e dos artigos de fé.
Contemplação infusa: não depende tanto de leitura e estudo, mas é um precioso dom do Espírito Santo. Pode ser a intuição
repentina e profunda de uma verdade muitas vezes professada, mas nunca muito significativa.
Lectio Divina: Leitura orante e contemplativa da Bíblia. FASES: Leitura, Meditação, Oração (Adoração, Ação de
Graças, Expiação, Súplica), Contemplação (fase mais passiva, onde o orante deixa-se penetrar pelo Espírito de Deus;
pode ser feita através de repetição de jaculatória).
Sistemas de Espiritualidade
Espiritualidade Básica: Sentir (pulsar) com a Igreja (ser fiel à Igreja e zelar por ela); leitura eclesial da Bíblia (ler e
interpretá-la sob o impulso do Espírito que a inspirou); formação doutrinária; Sacramentos (ênfase na Eucaristia);
Sacramentais (Um dos sacramentais mais importantes é a Liturgia da Horas; A Sagrada Escritura é o sacramental por
excelência); Devoções e piedade popular (oração silenciosa, meditação, Rosário, Via Sacra, peregrinações, etc. – sem cair
na mera formalidade), Sacerdócio comum dos fiéis (oferecer-se como hóstia agradável a Deus por Jesus Cristo, em todas as
atividades do quotidiano), Arte Litúrgica (deve ser sóbria, simples nas linhas, a música não pode ser teatral, nada em
exagero, não fazer da Igreja um depósito de imagens – o canto gregoriano é, por excelência, o canto litúrgico, adaptado à
oração e à contemplação).
Espiritualidade conjugal: amor firme, suportar e perdoar os defeitos dos outros, espírito de sacrifício, castidade.
Frutos da Missa: A missa possui valor infinito, mas não é aplicado em grau infinito aos homens porque os homens são
portadores das conseqüências do pecado, e, por isto, limitados em seu espírito de ofertório ou de entrega total ao Pai. A
parte de devotamento próprio que cada cristão associa à oblação de Cristo, está sujeita às restrições que o egoísmo e a
covardia provocam. O modo como obtemos frutos decorrentes da Missa depende de nossa fé e dedicação (espírito de
entrega e de amor).
A Bem-aventurança Celeste
Bem-aventurança Essencial: Visão de Deus face-a-face, posse direta de Deus.
Bem-aventurança Acidental comum a todos os justos: Bens da inteligência (conhecimento: dos acontecimentos que nos
dizem respeito, das preces que são dirigidas pelos vivos; qualquer verdade – religiosa, científica, histórica, cultural – será
fonte de alegria); Bens da vontade (deleite da vontade no que é contemplado, sem nenhuma perturbação ou contrariedade;
as vontades e as tendências se conformam plenamente com a vontade divina); Bens do corpo (ressurreição, ausência de dor,
alegria pela recuperação do corpo); Bens da convivência celestial (alegria por conviver com a SSma. Trindade, com os
anjos e com os santos). Os Desejos dos justos serão todos saciados, cada qual será tão feliz quanto for capaz de o ser.
Bem-aventurança Acidental própria de certos justos: Os teólogos admitem que os mártires, os doutores da fé
(ensinamento fecundo das verdades da fé), as virgens e os cônjuges fiéis ao seu casamento possuirão recompensa especial.