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i Curso de Engenharia Mecânica – Automação e Sistemas ESTUDO TÉRMICO DE UM CONDENSADOR DE AR CONDICIONADO VEICULAR Sandra Regina Ferreira Itatiba – São Paulo – Brasil Dezembro de 2008

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Curso de Engenharia Mecânica – Automação e Sistemas

ESTUDO TÉRMICO DE UM CONDENSADOR DE AR

CONDICIONADO VEICULAR

Sandra Regina Ferreira

Itatiba – São Paulo – Brasil Dezembro de 2008

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Curso de Engenharia Mecânica – Automação e Sistemas

ESTUDO TÉRMICO DE UM CONDENSADOR DE AR

CONDICIONADO VEICULAR

Sandra Regina Ferreira

Monografia apresentada à disciplina Trabalho de Conclusão de Curso, do Curso de Engenharia Mecânica – Automação e Sistemas da Universidade São Francisco, sob a orientação do Prof. Dr. Eduardo Balster Martins, como exigência parcial para conclusão do curso de graduação. Orientador : Prof. Dr. Eduardo Balster Martins

Itatiba – São Paulo – Brasil Dezembro de 2008

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ESTUDO TÉRMICO DE UM CONDENSADOR DE AR CONDICIONADO

VEICULAR

Sandra Regina Ferreira

Monografia defendida e aprovada em 11 de Dezembro de 2008 pela Banca

Examinadora assim constituída:

Prof. Dr. Eduardo Balster Martins (Orientador)

USF – Universidade São Francisco – Itatiba – SP.

Prof. Dr. Fernando César Gentile (Membro Interno)

USF – Universidade São Francisco – Itaitba – SP.

Prof. Dr. Ivaldo Leão (Membro Interno)

USF – Universidade São Francisco – Itaitba – SP.

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Ao meu pai que apesar de não estar entre nós,

Sempre me incentivava e acreditava na minha

capacidade, sempre se preocupando com minha

educação, mesmo com toda a sua humildade.

Tenho certeza que me iluminou em toda a minha

caminhada esteve comigo em todas as

dificuldades e me deu força para não desistir.

A minha mãe que compreendeu por inúmeras

vezes minha ausência em momentos especiais e

tenho certeza de apesar de não tão presente

estava sempre em seus pensamentos.

A minha avó que fez o possível para me ajudar

demonstrando todo o seu amor e carinho por mim.

Eu amo todos vocês, obrigada!!.

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Agradecimentos

Agradeço primeiramente a Deus que colocou em meu caminho apenas pessoas que foram

extremamente dedicadas e fraternas, que me ajudaram diretamente ou indiretamente para a

conclusão deste trabalho.

Agradeço de todo coração ao Professor Eduardo Balster, meu orientador, que teve imensa

paciência e dedicação para conclusão deste trabalho, em que me compreendeu em todas as

dificuldades e me incentivou para assim realiza-lo.

Agradeço também ao José Gerez que também me apoiou, um grande amigo que acompanhou

sempre que possível na trajetória deste trabalho.

Agradeço aos meus amigos do curso e também a todos os outros.

Também não posso deixar de agradecer aos meus amigos de trabalho que sem a colaboração

de Sidney Pierobon, Luis Mittestainer, Éder Nomoto e em especial Hélio Vasconcelos este

trabalho se tornaria extremamente complexo.

Eu agradeço de todo coração a todos.

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Lista de Siglas .................................... .................................................................. ...vii

Lista de Figuras................................... ......................................................................x

Lista de Tabelas .................................. ....................................................................xi

Resumo ............................................. .......................................................................xii

Abstract........................................... ........................................................................xiii

1 Introdução......................................... ...................................................................1

2 Revisão Bibliográfica. ............................. ............................................................3 2.1 Simulção computacional de sistema de refirgeração ......................................3 2.2 Análise de trocadores de calor pelo método ε-N .............................................5 2.3 Trocadores de calor compactos.......................................................................7 2.3.1 Exemplo de aplicação do método ε-NUT para análise de desempenho de um trocador de calor compacto.......................................................................................9

3 Estudo do desempenho do condensador de um sistema de ar condicionado veicular........................................... ...........................................................................14 3.1 Cálculo para troca de calor no condensador.................................................... 5

4 Conclusão.......................................... ................................................................20

Referências Bibliográficas ......................... ............................................................21

Apêndice 1 ......................................... ......................................................................22

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Lista de Siglas

A Área de troca de calor

Aa Área de todas as aletas

Af Área de troca de calor do lado do fluido frio

Afr Área frontal do condensador

Aq Área de troca de calor do lado do fluido quente

At Área total

a Dimensão do tubo

b Dimensão do tubo

c Dimensão do tubo

Car Calor específico do ar

Cf Taxa de capacidade térmica do fluido frio

Cmax Máxima taxa de capacidade térmica entre as correntes fria e quente

Cmin Mínima taxa de capacidade térmica entre as correntes fria e quente

Cpf Calor específico do fluido frio

Cpq Calor específico do fluido quente

Cq Taxa de capacidade térmica do fluido quente

D Diâmetro

Dh Diâmetro hidráulico

eai Espessura da aleta interna

ep Espessura da parede do tubo

f Fração

Fc Capacidade por diferença unitária de temperatura

fe Fator de proporcionalidade

fev Fator de eficiência volumétrica

Fl Comprimento da aleta

Fp Passo da aleta

Ft Espessura da aleta

g Aceleração da gravidade

G Velocidade mássica máxima

h Entalpia

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hf Coeficiente convectivo externo (fluido frio)

hq Coeficiente convectivo interno (fluido quente)

h’ lv Calor latente modificado

Jc Fator de Colburn

K Condutividade térmica

Kl Condutividade térmica do líquido

Kp Condutividade térmica da parede aletada

Ll Comprimento da persiana

Lp Passo da persiana .

m Vazão mássica

qm.

Vazão mássica do fluido quente

fm.

Vazão mássica do fluido frio

Nai Número de aletas internas

Nf1 Número de aletas externas por unidade de comprimento

NUT Número de unidade de transferência

Pr Número de Prandtl

Pc Pressão no condensador

Pe Pressão no evaporador

q Taxa de transferência de calor entre duas correntes de fluido

qc Taxa de transferência de calor no condensador

qe Taxa de transferência de calor no evaporador

qmax Máxima taxa de transferência de calor que poderia ocorrer entre

duas correntes de fluido

Re Número de Reynolds

Rp Resistência térmica da parede

Rterm Resistência térmica

St Número de Stanton

Tc Temperatura de condensação

Td Profundidade do tubo

Te Temperatura de evaporação

Tear Temperatura de entrada do ar

Tfe Temperatura de entrada do fluido frio

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Tfs Temperatura de saída do fluido frio

Tp Passo do tubo

Tqe Temperatura de entrada do fluido quente

Tqs Temperatura de saída do fluido quente

Ts Temperatura da face interna do tubo

Tsat Temperatura de saturação

U Coeficiente global de transferência de calor

Uf Coeficiente global de transferência de calor relativo a área fria

Uq Coeficiente global de transferência de calor relativo a área quente

Vasp Volume específico do vapor na aspiração

Vdesc Volume específico do vapor na descarga

Wc Potência consumida pelo compressor

ε Efetividade

ηa Eficiência global de uma aleta

ηc Eficiência isoentrópica

ηof Eficiência global da parede aletada do fluido frio

ηoq Eficiência global da parede aletada do fluido quente

ηve Eficiência volumétrica efetiva

ηvn Vazão que entra no compressor sobre a taxa de deslocamento do

compressor

µ Viscosidade

µl Viscosidade do líquido

ρl Massa específica do líquido

ρv Massa específica do vapor

σ Razão entre a área mínima para o escoamento entre as passagens

aletadas e a área frontal

α Relação entre a área do lado quente e o volume do trocador

θ Ângulo da persiana

∆Tsaq Superaquecimento do vapor na saída do evaporador

∆Tsres Subresfriamento do líquido na saída do condensador

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Lista de Figuras

Figura 2.1 – Distrubuições de temperatura para um trocador de calor de correntes

contrárias......................................................................................................................6

Figura 2.2 – Configurações de trocadores de calor..................................................8

Figura 2.3 – Visualização de um evaporador...........................................................8

Figura 2.4 – Visualização de um condensador........................................................8

Figura 2.5 – Visualização de um radiador...............................................................9

Figura 2.6 – Configuração tubo/aleta circular..........................................................9

Figura 2.7 – Transferência de calor e coeficiente de atrito para um trocador de calor

com tubo circular e aleta circular, superficie CF-7 de Kays e London (1984)............11

Figura 2.8 – Eficiencia de aletas anulares com perfil retangular..........................12

Figura 3.1 – Condensador 3CD075A utilizados nos veículo Celta e Prisma.........14

Figura 3.2 – Configuração básica do condensador.................................................14

Figura 3.3 – Seção transversal do tubo...................................................................16

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Lista de Tabelas

Tabela 3.1 – Resultados para qc (kW) de ensaios e simulações do condensador em

estudo.........................................................................................................................19

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Resumo

O presente trabalho consistiu no desenvolvimento de um programa de cálculo em

linguagem FORTRAN para o cálculo da taxa de transferência de calor num trocador

de calor compacto utilizado como condensador num sistema de ar condicionado

veicular. Foi utilizado o método da efetividade–Nut e correlações experimentais

obtidas na literatura para o cálculo dos coeficientes convectivos para os

escoamentos interno e externo. O programa pode ser utilizado para o cálculo de

qualquer trocador de calor do tipo tubos chatos/aletas com persianas que são

comumente utilizados como condensadores de sistemas de ar condicionado

veicular. Os resultados obtidos para o condensador estudado foram comparados

com resultados de simulação e de ensaios em laboratório feitos pelo fabricante.

PALAVRAS CHAVE: Trocadores de calor compactos, condensadores, ar

condicionado veicular.

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Abstract

In the present work, a FORTRAN program is developed to calculate the heat transfer

rate in compact heat exchangers normally found as condensers in vehicular air

conditioning systems. The ε – NTU method was used with experimental correlations

obtained from the literature for reckoning the inside and outside convection heat

transfer coefficients. This program can be used to calculate the heat transfer in any

kind of flat tubes/louvered plain fins exchangers. The results obtained from

simulations made using this program were compared with results from simulations

and experimental tests performed by the condenser manufacturer.

KEY WORDS: compact heat exchangers, condensers, vehicular air conditioning

systems

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1. INTRODUÇÃO

Este trabalho é uma continuação do trabalho de conclusão de curso realizado em

2005 por José Gerez que desenvolveu um programa de simulação para um sistema

de refrigeração por compressão de vapor utilizando R134a como fluido refrigerante.

Este programa consiste na resolução das equações que descrevem o

comportamento do compressor, do condensador e do evaporador, juntamente com

equações de conservação e equações de estado para o fluido refrigerante. Esse

programa foi utilizado em 2005 para a simulação do ciclo de refrigeração do sistema

de climatização do veículo Corsa-GM, adotando como dados de entrada valores de

efetividade do condensador e do evaporador obtidos de simulações realizadas pelo

fabricante.

O presente trabalho apresenta o desenvolvimento de um programa em linguagem

FORTRAN para calcular a taxa de transferência de calor num condensador veicular

a partir de informações detalhadas sobre sua configuração geométrica e sobre as

correntes de fluido quente e fluido frio. Este programa poderá ser incorporado como

uma subrotina ao programa desenvolvido por José Gerez, tornando-o mais genérico

e não mais dependente de dados obtidos de outras simulações ou de ensaios

laboratoriais para o conhecimento do comportamento do condensador.

O programa desenvolvido no presente trabalho foi utilizado para calcular a taxa de

transferência de calor num condensador de ar condicionado veicular, para o qual se

tinham informações detalhadas. Os resultados das simulações realizadas foram

comparados com resultados de outras simulações e de ensaios experimentais

realizados pelo fabricante.

Os condensadores de ar condicionado veicular são trocadores de calor compactos

tipo tubos chatos/aletas. Para o cálculo da taxa de transferência de calor no

condensador simulado foi utilizado o método Efetividade-Número de Unidades de

Transferência (ε-NUT). A maior dificuldade num cálculo deste tipo está na

determinação do coeficiente convectivo para o escoamento de ar, já que depende de

resultados experimentais válidos para a configuração específica. Contudo, muitos

trabalhos têm sido realizados nesta área e são disponíveis correlações para o fator J

de Coulburn em função do número de Reynolds. Neste trabalho foi utilizada a

correlação de Chang e Wang (1997), que é resultado de um extenso trabalho

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envolvendo noventa e um trocadores de calor ensaiados em laboratório. Esses

trocadores são do tipo tubos chatos/aletas planas com persianas, exatamente o tipo

de trocador simulado no presente trabalho.

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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

A revisão bibliográfica apresentada a seguir cobre três tópicos: simulação

computacional de sistemas de refrigeração, trocadores de calor compactos e o

método efetividade- NUT para análise de desempenho de trocadores de calor.

2.1 Simulação computacional de sistemas de refriger ação

Gerez (2005) apresentou como trabalho de conclusão de curso de engenharia

mecânica da Universidade São Francisco um programa para a simulação

computacional de um sistema de refrigeração. Este programa foi utilizado para

simular o ciclo de refrigeração do sistema de ar condicionado desenvolvido pela

empresa Valeo para o veículo Corsa.

Esta simulação consiste na resolução simultânea das equações que descrevem o

comportamento dos componentes do ciclo de refrigeração, juntamente com as

equações de conservação e as equações de estado para o fluido refrigerante

(R134a).

Os dados de entrada para o programa de simulação são os parâmetros geométricos

e de desempenho do compressor, fatores empíricos para o cálculo das taxas de

transferência de calor no evaporador e no condensador, a temperatura ambiente e a

temperatura do ar a ser resfriado, na entrada do evaporador. Pela resolução das

equações são obtidas a vazão de fluido refrigerante, as temperaturas de

condensação e de evaporação, as taxas de transferência de calor do condensador e

no evaporador e a potência consumida pelo compressor.

O processo de resolução é iterativo e parte de um chute inicial para as temperaturas

de condensação e de evaporação, Tc e Te. A seqüência de operações de um ciclo de

cálculo do processo iterativo é delineada a seguir.

Passo 1→ Determinação da pressão de evaporação a partir do valor recém

calculado de Te, por meio das equações de estado do R134a.

Passo 2→ Determinação da entalpia, da entropia e do volume específico do fluido

na saída do evaporador a partir de Te, no caso de se considerar vapor saturado ou a

partir de Pe, Te e ∆Tsaq no caso de se considerar vapor superaquecido.

Passo 3→ Determinação da pressão de condensação, a partir do valor recém

calculado de Tc.

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Passo 4→ Determinação da entalpia e do volume específico do fluido na saída do

compressor, considerando-se compressão isoentrópica, a partir de Pc e da entropia

na saída do evaporador.

Passo 5→ Cálculo da vazão mássica no compressor utilizando-se as expressões

2.1, 2.2 e 2.3.

ηvn = vazão que entra no compressor, (m3/ s)__

taxa de deslocamento do compressor (m3/ s) 2.1

−−= 11

desc

aspn V

Vfυη 2.2

Onde f é a fração de espaço nocivo e Vasp e Vdesc os volumes específicos do vapor

na aspiração e na descarga.

n

efevυ

υ

ηη

= 2.3

Onde fev é o fator de eficiência volumétrica

Passo 6→ Determinação da entalpia na saída do condensador, a partir de Te se

trata-se de líquido saturado ou de Pe, Te e ∆Tsres se trata-se de líquido subresfriado.

Passo 7→ Determinação da entalpia na entrada do evaporador considerando-se

processo isoentálpico na válvula de expansão.

Passo 8→ Cálculo da taxa de transferência de calor no evaporador pela expressão

2.4, cálculo da potência consumida pelo compressor pela expressão 2.5 e cálculo da

taxa de transferência de calor no condensador pela expressão 2.6.

)14( hhmqe −=••

2.4

( )c

c

shmW

η∆=

•• 2.5

cec Wqq += 2.6

Passo 9→ Atualização dos valores de te e tc por meio das expressões 2.7 e 2.8

( ) ( )221 eeareeearee TTFTTFq −+−= 2.7

( )cearcc ttFq −=•

2.8

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Os termos Fe1 e Fe2 na equação 2.7 e o termo Fc na equação 2.8 são fatores

empíricos obtidos de ensaios realizados com os trocadores de calor pelo fabricante

(Valeo).

Gerez (2005) realizou uma série de estudos de desempenho do sistema de

refrigeração para diferentes valores das temperaturas ambiente e do ar na entrada

do evaporador e da rotação do compressor. Contudo o programa de cálculo

desenvolvido sofre de uma limitação. Depende de dados empíricos obtidos em

laboratório para o condensador e o evaporador.

2.2 Análise de trocadores de calor pelo método ε-NUT

Para analisar o desempenho de um trocador de calor o método mais adequado é o

método da Efetividade – Número de Unidades de Transferência, ε-NUT (Incropera,

2002). A efetividade de um trocador de calor é definida pela equação:

maxq

q=ε 2.9

onde q é a taxa de transferência de calor e qmax a máxima taxa de transferência de

calor que poderia ocorrer entre as duas correntes de fluido que atravessam o

trocador.

Considerem-se duas correntes de fluido, um quente (q) e outra fria (f), entrando em

um trocador de calor. Essas correntes ficam definidas pelos parâmetros seguintes:

=fm.

vazão mássica do fluido frio [kg/s]

=qm.

vazão mássica do fluido quente [kg/s]

=fCp calor específico do fluido frio [J/kg°C]

=qCp calor específico do fluido quente [J/kg°C]

=feT temperatura de entrada do fluido frio [°C]

=qeT temperatura de entrada do fluido quente [°C]

O fCp e o

qCp dão uma medida da dificuldade para mudar a temperatura do fluidos,

quanto maior o valor de Cp maior será a dificuldade de mudar a temperatura do

fluido.

A partir desses parâmetros definem-se:

pqq CmC.

= 2.10

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Tqe

TfsTqs

Tfe

Tqe-Tfe

T

pff CmC.

= 2.11

),min(min fq CCC = 2.12

qC e fC são as taxas de capacidade térmica das duas correntes, ou seja, são as

medidas de quanto de energia por segundo será necessário retirar ou fornecer para

conseguir alterar 1°C na temperatura da corrente.

Quando as correntes passam pelo trocador de calor, aquela que apresentar a menor

taxa de capacidade térmica é a que sofrerá maior variação de temperatura.

E o minC é a mínima taxa de capacidade térmica entre a corrente quente e fria.

Considere-se um trocador de calor em contra-corrente, conforme a figura 2.1

qeT

qsT

fsT

fsT

Figura 2.1 - Distrubuições de temperatura para um trocador de calor de correntes

contrárias.

Podemos observar que o fluido quente sofre maior variação de temperatura, pois a

sua taxa de capacidade térmica é menor.

Se o trocador de calor tivesse um comprimento maior, a temperatura de saída do

fluido quente seria ainda mais próxima da temperatura de entrada do fluido frio.

Sendo assim, quando o comprimento do trocador se tornar infinito, feqs TT = Ocorreria

assim a máxima variação que a corrente quente poderia sofrer, (Tqe – Tfe)

considerando que ela não pode ficar mais fria que a corrente fria.

Área

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Assim, a máxima taxa de transferência de calor que pode ocorrer entre as duas

correntes, em qualquer trocador de calor será:

)(minmax feqe TTCq −= 2.13

Da definição de efetividade, expressão 2.9, e da expressão para qmax, (2.13) tem-se:

)(min feqe TTCq −= ε 2.14

Para um dado trocador de calor, se ε for conhecido, podemos facilmente calcular o

valor da taxa de transferência de calor apenas pelo conhecimento das condições

das duas correntes na entrada do trocador de calor.

Pode–se provar que para qualquer trocador de calor (Kays e London, 1984)

= escoamentodoãoconfiguraç

C

C

C

UAfunção __,,

max

min

min

ε 2.15

Onde U é o coeficiente global de transferência de calor e A é a área de troca de

calor.

minC

UA recebe o nome de Número de Unidades de Transferência, NUT.

Expressões para cálculo de ε foram desenvolvidas para vários tipos de trocadores

de calor (Kays e London, 1984).

2.3 Trocadores de calor compactos

Os trocadores de calor compactos podem ser projetados em diferentes tamanhos

com base em uma série de configurações padrão. São utilizados quando se deseja

atingir altas áreas de transferência de calor por unidade de volume e um dos fluidos

é um gás (Incropera, 2002).

Em trocadores de calor em que um ou ambos os fluidos são gases devido a

limitações relacionadas com as perdas de carga, o projetista é obrigado a trabalhar

com baixas velocidades. Baixas velocidades, combinadas com as baixas

condutividades térmicas dos gases resultam em baixas taxas de transferência de

calor por unidade de área. Assim grandes áreas de troca de calor por unidade de

volume são típicas destes trocadores de calor (Kays e London, 1984)

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Os trocadores de calor compactos são construídos em várias configurações com

tubos aletados ou placas aletadas. Podemos observar algumas configurações de

trocadores de calor compactos na figura 2.2

Figura 2.2 - Configurações de trocadores de calor.

Na figura 2.3, 2.4 e 2.5 podemos observar vários tipos de trocadores de calor:

Figura 2.3 - Evaporador Figura 2.4 - Condensador

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Figura 2.5 - Radiador

2.3.1 Exemplo de aplicação do método ε-NUT para análise de

desempenho de um trocador de calor compacto

Consideremos um trocador de calor do tipo tubo/aleta circular, conforme figura 2.6,

com fluido quente do lado de fora.

Figura 2.6 - Configuração tubo/aleta circular

Sendo os valores de fm.

, qm.

, fCp ,

qCp , feT e

qeT conhecidos, deseja-se conhecer a

taxa de transferência de calor:

1° passo: Determinar o coeficiente global de transf erência de calor (U), através da

equação:

termqq

RAU

∑=1 ,

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Onde qU é o coeficiente global de transferência de calor relativo à área de troca do

fluido quente e Aq é a área de troca do lado do fluido quente. Rterm representa as

resistências térmicas.

ffp

qqoqqq AhR

AhAU

111 ++=η

, multiplicando por qA

++=

q

ff

pqqoqq

A

Ah

RAhU

111

η 2.16

Em 2.16, oqη é a eficiência global da parede aletada do lado do fluido quente, qh e

fh os coeficientes convectivos do lado quente e frio e pR a resistência térmica da

parede.

O coeficiente convectivo fh para o escoamento no interior dos tubos pode ser obtido

utilizando-se correlações para o número de Nusselt disponíveis na literatura de

transferência de calor.

O coeficiente convectivo qh para o escoamento externo pode ser obtido a partir do

trabalho de Kays e London (1984). Estes autores realizaram um extenso trabalho

experimental para determinação dos coeficientes convectivos para um número muito

grande de configurações de trocadores de calor compactos. Os resultados da

transferência de calor foram correlacionados em termos do fator J de Colburn,

Jc=StPr2/3 e o Número de Reynolds. O número de Stanton, tS e o número de

Reynolds, eR , são baseados na velocidade mássica máxima, G, de acordo com as

expressões a seguir.

pGc

hSt = 2.17

µhGD

=Re 2.18

frA

mG

σ

.

= 2.19

Onde σ é a razão entre a área mínima para o escoamento entre as passagens

aletadas e a área frontal Afr do trocador. hD é o diâmetro hidráulico das passagens

para o escoamento. Na figura 2.7 é mostrado cJ x Re para a configuração tubo/aleta

circular da figura 2.1:

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Figura 2.7 - Transferência de calor e coeficiente de atrito para um trocador de calor

com tubo circular e aleta circular, superfície CF-7 de Kays e London (1984)

Os termos pq RA e

q

f

A

A na expressão 2.16 dependem somente da configuração do

trocador de calor e podem ser calculados facilmente a partir dos dados apresentados

junto com o gráfico da figura 2.7.

A eficiência global da superfície aletada pode ser obtida por:

( )at

aoq A

A ηη −−= 11 2.20

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O termo Aa/At é a relação entre a área das aletas e a área total da superfície aletada

e pode ser obtida pelos dados da figura 2.7. A eficiência de uma aleta, ηa pode ser

obtida do gráfico da figura 2.8 abaixo:

Figura 2.8 - Eficiência de aletas anulares com perfil retangular.

Assim ficam determinados todos os termos na expressão 2.16 para o cálculo de Uq.

2°passo: Determinar o NUT através da equação 2.21:

minC

AUNUT qq= 2.21

Aq é a área total do lado quente e pode ser calculada por:

VAq α=

Onde α é a relação entre a área do lado quente e o volume do trocador, que

depende somente da configuração básica do trocador e é informada na figura 2.7.

3°passo: Determinar a efetividade ε através da expressão a seguir, válida para um

condensador em qualquer configuração:

)exp(1 NUT−−=ε 2.22

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13

4°passo: Determinar a taxa de transferência de calo r usando a expressão 2.14

reproduzida aqui:

)(min feqe TTCq −= ε

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14

R134a

Tubo

Tubo

Aletas

Ar

3. ESTUDO DO DESEMPENHO DO CONDENSADOR DE UM

SISTEMA DE AR CONDICIONADO VEICULAR

O condensador estudado no presente trabalho foi o condensador 3CD075A (Figura

3.1), utilizado nos veículos Celta e Prisma:

Figura 3.1 - Condensador 3C075A: utilizados nos veículos Celta e Prisma.

Este condensador é constituído por tubo/aleta, com tubos chatos e aletas planas

com persianas, o material é alumínio. As aletas são brasadas na superfície externa

dos tubos. A configuração básica desse condensador é mostrada na figura 3.2:

Figura 3.2 - Configuração básica do condensador

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15

3.1 Cálculo para troca de calor no condensador

Para cálculo da taxa de transferência de calor no condensador ( cq ) foi utilizado o

método de ε-NUT, para condições de entrada conhecidas:

� Geometria do condensador;

� Condições de entrada dos fluidos: fm.

, qm.

, fCp ,

qCp , feT e

qeT ;

� Propriedade dos fluidos.

A taxa de transferência de calor pode ser calculada pela equação 2.14, conforme

visto no capítulo 2. Essa expressão é reproduzida aqui:

)(min feqe TTCq −= ε 3.1

Para um condensador, onde 0=rC a efetividade ε pode ser calculada pela equação:

( )NUTe −−=1ε 3.2

Para o cálculo do NUT precisa-se obter, como já visto no capítulo 2, o coeficiente

global de transferência de calor U através da equação:

++=

f

qqq

pffff

A

Ah

RAhU

00

111

ηη

3.3

Na equação 3.3 qh é o coeficiente convectivo interno. No interior dos tubos ocorre

condensação. O coeficiente convectivo pode se calculado pela correlação a seguir

(Incropera, 2002):

( )( )

4/1'3

555,0

−−=

DTT

hkgh

ssatl

lvlvllq µ

ρρρ 3.4

Nesta expressão, g é a aceleração da gravidade, ρl e ρv são as massas específicas

do líquido e do vapor, kl a condutividade do líquido µl, a viscosidade do líquido, Tsat a

temperatura de saturação, Ts a temperatura da face interna do tubo, D o diâmetro.

Finalmente, h'lv é o calor latente modificado, que é dado pela expressão 3.5:

( )ssatlplvlv TTChh −+= ,'

8

3 3.5

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16

Onde Cpl é o calor específico do líquido e hlv o calor latente de vaporização.

Voltando à expressão 3.3, fh é o coeficiente convectivo externo que é calculado pela

expressão 3.6 a seguir:

3/2Prar

arcf

GCjh = 3.6

Os termos Jc, fator J de Colburn, e G foram definidos no capítulo anterior. Para o

trocador de calor em estudo Jc pode ser obtido pela correlação de Chang e Wang

(1997) a seguir

05.028.068.023.029.014.027.0

49.0Re

−−−−−

=

p

t

p

p

p

l

p

d

p

l

p

P

pLc L

F

L

T

L

L

L

T

L

F

L

F

LJ

P

θ 3.7

onde θ é o ângulo da persiana, Fp é o passo das aletas, Fl é o comprimento das

aletas, Td é a profundidade dos tubos, Ll é o comprimento das persianas, Tp é o

passo dos tubos, Ft é a espessura das aletas e Lp é o passo das persianas. ReLp é o

número de Reynolds como definido na expressão 2.18, mas baseado no passo das

persianas.

Na figura 3.3 pode-se ver a seção transversal de um tubo do trocador de calor. Este

tubo pode ser considerado como um tubo aletado internamente.

Figura 3.3 - Seção transversal do tubo

Nas equação 3.3 os termos pf RA e

f

q

A

A podem ser obtidos somente a partir da

configuração básica da colméia do condensador pelas expressões 3.8 e 3.9:

( )lfp

p

pf FNK

eRA 11+= 3.8

( ))1(

22

1 lfdf

q

FNT

cba

A

A

+++= 3.9

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17

Nf1 é o número da aletas externas por unidade de comprimento de tubo, Fl é o

comprimento das aletas, Kp é a condutividade da parede, Td é a profundidade dos

tubos e a,b,c, ep podem ser vistos na figura 3.3.

A superfície interna dos tubos pode ser vista como uma parede aletada. A eficiência

global desta parede é obtida pela equação:

3.10

Onde,

=

2

2

am

amtgh

3.11

aial

q

ek

hm

2= 3.12

( )aiaidai

ai

t

a

eNTaN

aN

A

A

−+= 3.13

A eficiência global da parede externa ηof é obtida pela equação:

( )at

aof A

A ηη −−= 11 3.14

Onde,

=

2

2

f

f

a Lm

Lmtgh

η 3.15

tal

f

Fk

hm

2= 3.16

11

1

+=

lf

lf

t

a

FN

FN

A

A 3.17

Introduzindo na equação 3.3 os resultados obtidos por ofη ,

fh , pf RA ,

q0η , qh ,

f

q

A

A ,

calculamos o coeficiente global de transferência de calor qU .

( )at

aq A

A ηη −−= 110

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18

Assim podemos calcular o NUT através da equação:

minC

AUNUT

ff= 3.18

Em seguida podemos calcular a efetividade que para um condensador é dada por:

)exp(1 NUT−−=ε 3.19

Enfim podemos obter a taxa de transferência de calor:

)(min feqe TTCq −= ε 3.20

Contudo, a obtenção da taxa de transferência de calor qc depende do conhecimento

de Ts, temperatura da superfície interna dos tubos, que só pode ser obtida pelo

conhecimento de qc. Assim, um processo iterativo é necessário. É dado um chute

inicial para Ts e qc é aproximado utilizando-se este chute inicial. Este valor

aproximado de qc é utilizado para aproximar a temperatura Ts pela expressão

ffofp

arsc

AhR

TTq

η1+

−= 3.21

O procedimento é repetido até que se atinja a convergência de acordo com uma

tolerância estabelecida. A convergência desse processo iterativo é muito rápida.

O programa de cálculo em linguagem Fortran encontra-se apresentado no apêndice.

Esse programa foi utilizado para simular o condensador mencionado no início deste

capítulo, para o qual as seguintes condições estavam estabelecidas:

Pressão do fluido refrigerante: 20bar

Superaquecimento na entrada: 30ºC

Temperatura do ar na entrada do condensador: 40ºC

Foram realizadas cinco simulações para diferentes velocidades do ar, os resultados

estão apresentados na tabela 3.1 comparados com os resultados de ensaios e de

simulações realizados pelo fabricante.

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Tabela 3.1 Resultados para qc (kW) de ensaios e simulações do condensador em

estudo

Var (m/s) Ensaio Fabricante

Simulação Fabricante

Simulação Presente trabalho

Desvio observado com

relação às simulações do fabricante. (%)

1.5 --------- 5.641 5.977 6 2 6.14 6.877 7.584 10 3 7.98 8.711 10.436 19 4 9.4 10.18 12.136 19 5 10.58 11.419 15.171 32

Os resultados obtidos apresentam uma razoável concordância com os resultados de

simulação e de ensaios experimentais realizados pelo fabricante. Porém podemos

observar que existe um desvio que cresce com a velocidade. Esse desvio pode ser

explicado pelo fato de que não foi considerado que o fluido entra no condensador

como vapor superaquecido. Assim, existe uma região do trocador de calor onde não

ocorre condensação, mas se tem vapor superaquecido escoando dentro dos tubos.

Nessa região o coeficiente convectivo interno deve ser bem inferior ao que se tem na

região onde ocorre a condensação, explicando assim o fato de que os resultados

para qc no presente trabalho sejam superiores aos apresentados pelo fabricante.

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4. CONCLUSÃO

Neste trabalho foi realizado um estudo térmico de um condensador veicular. Foi

utilizado o método ε - NUT para o cálculo da taxa de transferência de calor por meio

de um programa de cálculo em linguagem FORTRAN. Os resultados obtidos

concordaram razoavelmente com resultados de simulações e de ensaios

laboratoriais realizados pelo fabricante. Para o menor valor de velocidade do ar

considerado o desvio observado foi de apenas 6%. Contudo os desvios cresceram

com o aumento da velocidade do ar chegando a 32% para a maior velocidade

simulada. Essa diferença ocorreu por termos desconsiderado a entrada do fluido no

condensador como vapor superaquecido, sendo a temperatura de entrada 97,5°C.

No decorrer do trabalho foi percebido que deveríamos considerar a região onde o

fluido encontra-se como vapor superaquecido, porém pela limitação do tempo na

realização deste trabalho, essas considerações não puderam ser incluídas.

Contudo, uma forma de considerar a região do condensador onde o fluido

apresenta-se como vapor superaquecido foi visualizado como mostra a seguir.

Considera-se o trocador de calor dividido em duas partes. Numa primeira parte, que

corresponderia a uma fração f da área frontal, o fluido está superaquecido. No

restante ocorre a condensação. A princípio não se conhece a fração f. Porém, pode-

se partir de um chute inicial para esta fração. As taxas de transferência de calor nas

duas partes do trocador de calor são calculadas independentemente. A taxa de

transferência de calor na parcela f do trocador é então comparada com a diferença

entre a entalpia do vapor superaquecido na entrada e a entalpia do vapor saturado.

Se coincidirem, o chute inicial estará correto e a soma das duas taxas calculadas

será o valor procurado. Se houver diferença, altera-se a fração f na mesma

proporção desta diferença. O processo é repetido até que se atinja a convergência.

Como extensão deste trabalho, além do aprimoramento do método de cálculo do

condensador, de acordo com o que foi sugerido acima pode-se desenvolver um

programa de cálculo para o evaporador do sistema de refrigeração. Esse programa

seguiria em linhas gerais o programa desenvolvido aqui, diferindo no que diz

respeito ao processo que ocorre no interior dos tubos.

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Referências Bibliográficas

[1] KAYS, W. M., and LONDON, A. L., Compact Heat Exchangers , 3rd

ed., McGraw-Hill, New York, 1984.

[2] INCROPERA, F P., DEWITT, D P. 1999. Fundamentos de

Transferência de Calor e de Massa , 5º Edição, LTC, PP 291,345.

[3] GEREZ, J., Simulação Computacional de um Ciclo de Refrigeração

que utiliza R134 como fluido refrigerante , Dezembro 2005, Itatiba-SP.

[4] CHANG, Y., WANG, C., A Generalized Heat Transfer Correlation For

Louver Fin Geometry, Int. J. Heat Mass Transfer, Vol 40, Nº. 3, pp 533-544,

1997

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Apêndice 1 Programa de cálculo

PROGRAM TROCADOR

IMPLICIT REAL(A-H,O-Z)

DIMENSION XA(5),Y1(4,5),Y(5),X(5),A(4,5),XT(5),Y2(2,5),B(2,5)

REAL MPAR,MIAR,KP,MIL,NUT,LL,LP

!VALORES DE TEMPERATURA CELSIUS/100 ATÉ A TEMPERATURA CRITICA

DO R134a

XA(1)=-0.33

XA(2)=0.05

XA(3)=0.35

XA(4)=0.70

XA(5)=1.0115

!VALORES DE PRESSÃO DE SATURAÇÃO R13a pARA AS TEMPERATURAS

ACIMA

Y1(1,1)=0.0737

Y1(1,2)=0.3509

Y1(1,3)=0.8876

Y1(1,4)=2.1169

Y1(1,5)=4.0640

!VALORES DE VOLUME ESPECÍFICO DO VAPOR SATURADO DE R13a PARA

AS

!TEMPERATURAS ACIMA

Y1(2,1)=0.25646

Y1(2,2)=0.058334

Y1(2,3)=0.023094

Y1(2,4)=0.008657

Y1(2,5)=0.001969

!VALORES DA ENTALPIA DO VAPOR SATURADO DE R134a PARA AS

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!TEMPERATURAS ACIMA

Y1(3,1)=377.908

Y1(3,2)=401.323

Y1(3,3)=417.518

Y1(3,4)=429.110

Y1(3,5)=390.977

!VALORES DE ENTROPIA DO VAPOR SATURADO DE R134a PARA

!AS TEMPERATURAS ACIMA

Y1(4,1)=1.7528

Y1(4,2)=1.7239

Y1(4,3)=1.7139

Y1(4,4)=1.6970

Y1(4,5)=1.5658

!CHAMADA DA SUBROTINA POLINÔMIO PARA DETERMINAÇÃO DOS

!COEFICIENTES DE POLINÔMIOS INTERPOLANTES PARA AS PROPRIEDADES

!DO VAPOR SATURADO DE R134a EM FUNÇÃO DA TEMPERATURA/100

DO I=1,4

DO J=1,5

Y(J)=Y1(I,J)

X(J)=XA(J)

END DO

CALL POLINOMIO(X,Y,XT)

ICP=ICP+1

WRITE(*,*)"POLINOMIO = ",ICP

DO J=1,5

A(I,J)=XT(6-J)

WRITE(*,*)I,J,A(I,J)

END DO

END DO

!VALORES DA ENTALPIA DO LÍQUIDO SATURADO DE R134a PARA AS

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!TEMPERATURAS ACIMA

Y2(1,1)=157.417

Y2(1,2)=206.751

Y2(1,3)=249.103

Y2(1,4)=304.642

Y2(1,5)=390.977

!VALORES DA MASSA ESPECÍFICA DO LÍQUIDO SATURADO DE R134 PARA

!AS TEMPERATURAS ACIMA

Y2(2,1)=0.000718

Y2(2,2)=0.000783

Y2(2,3)=0.000857

Y2(2,4)=0.001005

Y2(2,5)=0.001969

!CHAMADA DA SUBROTINA POLINÔMIO PARA DETERMINAÇÃO DOS

!COEFICIENTES DE POLINÔMIOS INTERPOLANTES PARA AS PROPRIEDADES

!DO LÍQUIDO SATURADO DE R134a EM FUNÇÃO DA TEMPERATURA/100

DO I=1,2

DO J=1,5

Y(J)=Y2(I,J)

X(J)=XA(J)

END DO

CALL POLINOMIO(X,Y,XT)

ICP=ICP+1

WRITE(*,*)"POLINOMIO = ",ICP

DO J=1,5

B(I,J)=XT(6-J)

END DO

END DO

!LEITURA DOS DADOS DE ENTRADA

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wRITE(*,*)"ENTRE COM O NÚMERO DO ARQUIVO DE DADOS DE

ENTRADA"

READ(*,*)NARQ

READ(NARQ,*)MIAR,CPAR,PRAR,KP,CPL,CAL,MIL,TC,TEAR,PATM,G,TOL,

NIMAX,SIGMA,AFR,NT,NA1,NAI,TL,TD,TP,FL,FP,FT,LL,LP,AT,BT,CT,TETA

! MIAR-> VISCOSIDADE DO AR

! CPAR-> CALOR ESPECÍFICO DO AR

! PRAR-> PRANDTL DO AR

! KP-> CONDUTIVIDADE DA PAREDE DO TUBO

! CPL-> CALOR ESPECÍFICO DO LÍQUIDO SATURADO DE R134a

! MIL-> VISCOSIDADE DO LÍQUIDO SATURADO DE R134a

! TC-> TEMPERATURA DE CONDENSAÇÃO

! TEAR-> TEMPERATURA DE ENTRADA DO AR

! G-> ACELERAÇÃO DA GRAVIDADE

! TOL-> TOLERÂNCIA DO PROCESSO ITERATIVO

! NIMAX->NÚMERO MÁXIMO DE ITERAÇÕES

! SIGMA->FRAÇÃO DA ÁREA FRONTAL LIVRE PARA O ESCOAMENTO

! AFR-> ÁREA FRONTAL

! NT-> NÚMERO DE TUBOS

! NA1-> NÚMERO DE ALETAS POR METRO

! NAI-> NÚMERO DE ALETAS INTERNAS

! TL-> COMPRIMENTO DOS TUBOS

! TD-> PROFUNDIDADE DOS TUBOS

! TP-> PASSO DOS TUBOS

! FL-> COMPRIMENTO DAS ALETAS

! FP-> PASSO DAS ALETAS

! FT-> ESPESSURA DAS ALETAS

! LL-> COMPRIMENTO DAS PERSIANAS

! LP-> PASSO DAS PERSIANAS

! AT-> DIMENSÃO DOS CANAIS INTERNOS

! BT-> DIMENSÃO DOS CANAIS INTERNOS

! CT-> DIMENSÃO DOS CANAIS INTERNOS

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WRITE(*,*)"ENTRE COM O VALOR DA VELOCIDADE DO AR"

READ(*,*)VAR

! CÁLCULO DA VAZÃO MÁSSICA DE AR

ROAR=PATM/287/(TEAR+273)

MPAR=ROAR*AFR*VAR

write(*,*)"mpar=",roar,mpar

! CÁLCULO DO COEFICIENTE CONVECTIVO EXTERNO USANDO A

CORRELAÇÃO

! DE CHANG E WANG

GE=MPAR/SIGMA/AFR

AE=2*(NT-1)*TL*TD*(1+NA1*FL)

RE=GE*LP/MIAR

COL=RE**-0.49*(TETA/90)**0.27*(FP/LP)**-0.14*(FL/LP)**-0.29*(TD/LP)**-

0.23*(LL/LP)**0.68*(TP/LP)**-0.28*(FT/LP)**-0.05

HE=COL*GE*CPAR/PRAR**(2/3)

write(*,*)fp,fl,td,ll,tp,ft,lp,teta

WRITE(*,*)"&&&&&&",MPAR,GE,RE,COL,HE

! CÁLCULO DO CALOR LATENTE DE VAPORIZAÇÃO DO R134a, E DAS

MASSAS ESPECÍFICAS

! DO LÍQUIDO E DO VAPOR SATURADOS DE R134a

T=TC/100

CALL VAPSAT(A,T,PR,V,H,S)

HV=H

ROV=1./V

CALL LIQSAT(B,T,V,H)

HL=H

ROL=1./V

HLV=HV-HL

! CÁLCULO DO DIÃMETRO HIDRÁULICO DOS CANAIS DOS TUBOS (DHI)

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! CÁLCULO DA RELAÇÃO ENTRE A ÁREA DAS ALETAS E A ÁREA TOTAL

(AASAT)

! CÁLCULO DA ÁREA DA PAREDE DE UM TUBO (AP)

! CÁLCULO DA RELAÇÃO ENTRE A ÁREA INTERNA E A ÁREA EXTERNA

(AISAE)

! CÁLCULO DA ÁREA EXTERNA VEZES A RESISTÊNCIA TÉRMICA DA

PAREDE DOS TUBOS (AERP)

! CÁLCULO DA RELAÇÃO ENTRE A ÁREA DAS ALETAS INTERNAS E A

ÁREA DA PAREDE INTERNA (AASATI)

! CÁLCULO DA EFICIÊNCIA GLOBAL DA PAREDE ALETADA EXTERNA

(EFIAE)

DHI=2*AT*CT/(AT+CT)

AASAT=NA1*FL/(1+NA1*FL)

AP=2*TL*TD*(NT-1)

AISAE=2*(2*AT+BT+CT)/TD/(1+NA1*FL)

AERP=EP*(1+NA1*FL)/KP

AASATI=NAI*AT/(NAI*AT+(TD-NAI*EAI))

EME=SQRT(2*HE/KP/FT)

EFIA=TANH(EME*FL/2)/(EME*FL/2)

EFIGE=1-AASAT*(1-EFIA)

! INÍCIO DO PROCESSO ITERATIVO PARA CÁLCULO DA TAXA DE

TRANSFERÊNCIA DE CALOR (QC)

ITER=0

QCANT=0.

10 IF(ITER.EQ.0)THEN

! CHUTE INICIAL PARA A TEMPERATURA DA FACE INTERNA DOS TUBOS

(TSUP)

TSUP=TEAR

ELSE

! CÁLCULO DE TSUP A PARTIR DO VALOR RECEM CALCULADO DE QC E

DAS RESISÊNCIAS TÉRMICAS

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28

TSUP=TEAR+QC*(EP/KP/AP+1/(EFIGE*HE*AE))

END IF

! CÁLCULO DO COEFICIENTE CONVECTIVO INTERNO USANDO A

CORRELAÇÃO PROPOSTA POR CHATO

HLVL=HLV+(3/8)*CPL*(TC-TSUP)

HI=0.555*(G*ROL*(ROL-ROV)*CAL**3*HLVL/MIL/(TC-TSUP)/DHI)**0.25

! CÁLCULO DA EFICIÊNCIA GLOBAL DA PAREDE ALETADA INTERNA

EME=SQRT(2*HI/KP/EAI)

EFIA=TANH(EME*AT/2)/(EME*AT/2)

EFIGI=1-AASATI/(1-EFIA)

! CÁLCULO DO COEFICIENTE GLOBAL DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR

UE=1/(1/(EFIGE*HE)+AERP+1/(EFIGI*HI*AISAE))

! CÁLCULO DA EFETIVIDADE DO TROCADOR DE CALOR

NUT=UE*AE/CMIN

EPS=1-EXP(-NUT)

! CÁLCULO DA TAXA DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR

CMIN=MPAR*CPAR

QC=EPS*CMIN*(TC-TEAR)

! VERIFICAÇÃO DA CONVERGÊNCIA DO PROCESSO ITERATIVO.

ITER=ITER+1

VARQC=ABS((QC-QCANT)/QC)

QCANT=QC

WRITE(*,*)ITER,QC,VARQC

IF(VARQC.GT.TOL.AND.ITER.GT.NIMAX)THEN

WRITE(*,*)"NUMERO MAXIMO DE ITERACOES EXCEDIDO, SEM

CONVERGENCIA"

STOP

END IF

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29

IF(VARQC.GT.TOL)GOTO 10

! FIM DO PROCESSO ITERATIVO

WRITE(*,*)"QC=",QC,"WATT"

WRITE(*,*)HI,HE

STOP

END

SUBROUTINE VAPSAT(A,T,PR,V,H,S)

IMPLICIT REAL(A-H,O-Z)

DIMENSION A(4,5)

PR=A(1,5)

V=A(2,5)

H=A(3,5)

S=A(4,5)

DO I=1,4

F=T**(5-I)

PR=PR+A(1,I)*F

V=V+A(2,I)*F

H=H+A(3,I)*F

S=S+A(4,I)*F

END DO

RETURN

END

SUBROUTINE LIQSAT(B,T,V,H)

IMPLICIT REAL(A-H,O-Z)

DIMENSION B(2,5)

H=B(1,1)*T**4+B(1,2)*T**3+B(1,3)*T**2+B(1,4)*T+B(1,5)

V=B(2,1)*T**4+B(2,2)*T**3+B(2,3)*T**2+B(2,4)*T+B(2,5)

RETURN

END

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30

SUBROUTINE POLINOMIO(T,B,X)

IMPLICIT REAL(A-H,O-Z)

DIMENSION A(5,5), T(5), X(5), B(5), XANT(5), VAR(5)

TOL=0.001

WRITE(*,*)"Inicio3"

ALFA=0.1

DO I=1,5

DO J=1,5

IF(J.EQ.1)THEN

A(I,J)=1.

ELSE

A(I,J)=T(I)**(J-1)

END IF

END DO

END DO

DO I=1,5

X(I)=0

XANT(I)=0

END DO

ICONT=0

ICH=0

10 IF(ICH.LT.5)THEN

ICH=0

DO I=1,5

X(I)=B(I)

DO J=1,5

IF(I.NE.J)THEN

X(I)=X(I)-A(I,J)*X(J)

END IF

END DO

X(I)=X(I)/A(I,I)

END DO

DO I=1,5

Page 44: Curso de Engenharia Mecânica – Automação e Sistemas …lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/1469.pdf · correntes de fluido quente e fluido frio. Este programa poderá

31

VAR(I)=ABS((X(I)-XANT(I))/X(I))

IF(VAR(I).LT.TOL)THEN

ICH=ICH+1

END IF

END DO

DO I=1,5

X(I)=XANT(I)+ALFA*(X(I)-XANT(I))

END DO

DO I=1,5

XANT(I)=X(I)

END DO

ICONT=ICONT+1

GOTO 10

END IF

WRITE(*,*)"Fim3"

RETURN

END