curso “aproveitamento de água de chuva em cisternas para o semi-árido”

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Curso Curso “Aproveitamento de “Aproveitamento de água de chuva em cisternas água de chuva em cisternas para o semi-árido” para o semi-árido” Tema 2 Tema 2 Projeto de sistemas de Projeto de sistemas de aproveitamento de água de aproveitamento de água de chuva chuva 5 a 8 de maio de 2009 5 a 8 de maio de 2009 Rodolfo Luiz Bezerra Nóbrega Universidade Federal de Campina Grande Instituições Participantes: Financiador es:

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5 a 8 de maio de 2009. Curso “Aproveitamento de água de chuva em cisternas para o semi-árido”. Tema 2 Projeto de sistemas de aproveitamento de água de chuva. Rodolfo Luiz Bezerra Nóbrega Universidade Federal de Campina Grande. Financiadores:. Instituições Participantes:. Objetivo. - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: Curso  “Aproveitamento de água de chuva em cisternas para o semi-árido”

CursoCurso “Aproveitamento de “Aproveitamento de água de chuva em cisternas água de chuva em cisternas

para o semi-árido”para o semi-árido”

Tema 2Tema 2

Projeto de sistemas de aproveitamento de Projeto de sistemas de aproveitamento de água de chuvaágua de chuva

5 a 8 de maio de 20095 a 8 de maio de 2009

Rodolfo Luiz Bezerra NóbregaUniversidade Federal de Campina Grande

Instituições Participantes:Financiadores:

Page 2: Curso  “Aproveitamento de água de chuva em cisternas para o semi-árido”

Objetivo

Apresentar os componentes dos sistemas de aproveitamento de água de chuva e alguns métodos de dimensionamento utilizados na

concepção de projetos relacionados.

Page 3: Curso  “Aproveitamento de água de chuva em cisternas para o semi-árido”

Roteiro

• Conceitos básicos• Componentes do sistema de aproveitamento• Dispositivos utilizados• Dimensionamento de calhas e condutores• Coeficiente de “perdas”• Sistemas em áreas urbanas• Dimensionamento de cisternas

Page 4: Curso  “Aproveitamento de água de chuva em cisternas para o semi-árido”

Conceitos BásicosPrecipitação

http://www.princessleia.com/images/journalpicshttp://d713577.u50.igempresas.ig.com.br/images/instrumentos/pluv1.jpg

Medição

As formas mais conhecidas de

precipitação são:

•Chuva

•Granizo

•Neve

1 milímetro de chuva distribuído em uma área de 1 metro quadrado corresponde

a um volume de 1 litro de água

Page 5: Curso  “Aproveitamento de água de chuva em cisternas para o semi-árido”

Conceitos BásicosOs processos que compõem o aproveitamento

Captação: processo de interceptação da chuvaTransporte: meios que farão com que a chuva captada

seja escoada para a cisternaArmazenamento: estocagem da água na cisternaManejo: conjunto de intervenções no sistema que

influenciam o armazenamento e a retirada de água da cisterna

Aproveitamento: significa o conjunto de processos citados

Page 6: Curso  “Aproveitamento de água de chuva em cisternas para o semi-árido”

Roteiro

• Conceitos básicos• Componentes do sistema de aproveitamento• Dispositivos utilizados• Dimensionamento de calhas e condutores• Coeficiente de “perdas”• Sistemas em áreas urbanas• Dimensionamento de cisternas

Page 7: Curso  “Aproveitamento de água de chuva em cisternas para o semi-árido”

Componentes do sistema de aproveitamento

Área de Captação

Embrapa Semi-ÁridoProjeto Cisternas CT-Hidro/FINEP/MCT

Telhados Pisos

Page 8: Curso  “Aproveitamento de água de chuva em cisternas para o semi-árido”

Componentes do sistema de aproveitamento de água de chuva

Calhas e condutores

Projeto Cisternas CT-Hidro/FINEP/MCT

Calha de água furtada

Calhas de beiral Calha de beiral

Page 9: Curso  “Aproveitamento de água de chuva em cisternas para o semi-árido”

Componentes do sistema de aproveitamento de água de chuva

Cisterna

Projeto Cisternas CT-Hidro/FINEP/MCT

Food and Agriculte Organization (FAO)

Embrapa Semi-Árido

Page 10: Curso  “Aproveitamento de água de chuva em cisternas para o semi-árido”

Roteiro

• Conceitos básicos• Componentes do sistema de aproveitamento• Dispositivos utilizados• Dimensionamento de calhas e condutores• Coeficiente de “perdas”• Sistemas em áreas urbanas• Dimensionamento de cisternas

Page 11: Curso  “Aproveitamento de água de chuva em cisternas para o semi-árido”

Outros dispositivos

Projeto Cisternas CT-Hidro/FINEP/MCT Projeto Cisternas CT-Hidro/FINEP/MCT

Dispositivo dedesvio das chuvas

IRPAA/Juazeiro

•Melhorar a qualidade da água armazenada

•Primeiras águas ≠ Primeiras chuvas

Page 12: Curso  “Aproveitamento de água de chuva em cisternas para o semi-árido”

Outros dispositivos

Bomba

Projeto Cisternas CT-Hidro/FINEP/MCT

Page 13: Curso  “Aproveitamento de água de chuva em cisternas para o semi-árido”

Outros dispositivos

Extravasor

Projeto Cisternas CT-Hidro/FINEP/MCT

Page 14: Curso  “Aproveitamento de água de chuva em cisternas para o semi-árido”

Roteiro

• Conceitos básicos• Componentes do sistema de aproveitamento• Dispositivos utilizados• Dimensionamento de calhas e condutores• Coeficiente de “perdas”• Sistemas em áreas urbanas• Dimensionamento de cisternas

Page 15: Curso  “Aproveitamento de água de chuva em cisternas para o semi-árido”

Dimensionamento de calhas e condutores

• Por que dimensionar calhas e condutores?

As calhas de condutores devem ser capazes de ter:

Aspectos geométricos adequados à situação

Dimensões suficientes para permitir o escoamento da água

Estrutura suficiente para suportar o peso

Page 16: Curso  “Aproveitamento de água de chuva em cisternas para o semi-árido”

Dimensionamento de calhas e condutores

• No Brasil o projeto de sistemas prediais para águas pluviais é normatizado pela NBR 10.844/8

• Informações necessárias:– Área de contribuição;– Intensidade pluviométrica.

• Dados que se deseja obter:– Vazão de projeto;– Inclinação da calha;– Dimensões das calhas e condutores.

Page 17: Curso  “Aproveitamento de água de chuva em cisternas para o semi-árido”

Dimensionamento de calhas e condutores

• Área de contribuição (A)

Page 18: Curso  “Aproveitamento de água de chuva em cisternas para o semi-árido”

Dimensionamento de calhas e condutores

• Intensidade Pluviométrica– Período de retorno

• 1 ano = áreas pavimentados, onde empoçamentso possam ser tolerados;

• 5 anos = para coberturas e/ou terrações• 25 anos = para coberturas e áreas onde empoçamento ou

extravasamento não possa ser tolerado

– A duração da precipitação deve ser fixada em 5 minutos– Para construções até 100m² pode-se atotar a

intensidade de 150 mm/j

Page 19: Curso  “Aproveitamento de água de chuva em cisternas para o semi-árido”

Dimensionamento de calhas e condutores

• Cálculo da vazão de projeto (Q)

Page 20: Curso  “Aproveitamento de água de chuva em cisternas para o semi-árido”

Dimensionamento de calhas e condutores

• Cálculo da vazão de projeto (Q)

Tabela 1 – Coeficientes multiplicativos da vazão de projeto

Tipo de curva

Curva a menos de 2 metros da saída da calha

Curva entre 2 e 4 metros da saída da calha

Canto reto 1,2 1,1

Canto 1,1 1,05

Para calhas beirais ou platibandas

Page 21: Curso  “Aproveitamento de água de chuva em cisternas para o semi-árido”

Dimensionamento de calhas e condutores

• Dimensionamento da calhaTabela 2 – Coeficientes de rugosidade

Material n

Plástico, fibrocimento, aço, metais não-ferrosos

0,011

Ferro fundido, concreto alisado, alvenaria revestida

0,012

Cerâmica, concreto não-alisado 0,013

Alvenaria de tijolos não-revestida 0,015

Page 22: Curso  “Aproveitamento de água de chuva em cisternas para o semi-árido”

Dimensionamento de calhas e condutores

Tabela 3 – Capacidade de condutores horizontais de seção circular (vazões em L/min.)

Diâmetro Interno (mm)

n = 0,011 n = 0,012 n = 0,013

0,5 % 1 % 2 % 4 % 0,5 % 1 % 2 % 4 % 0,5 % 1 % 2 % 4 %

1 50 32 45 64 90 29 41 59 83 27 38 54 76

2 75 95 133 188 267 87 122 172 245 80 113 159 226

3 100 204 287 405 575 187 264 372 527 173 243 343 486

4 125 370 521 735 1.040 339 478 674 956 313 441 622 882

5 150 602 847 1.190 1.690 552 777 1.100 1.550 509 717 1.010 1.430

6 200 1.300 1.820 2.570 3.650 1.190 1.670 2.360 3.350 1.100 1.540 2.180 3.040

7 250 2.350 3.310 4.660 6.620 2.150 3.030 4.280 6.070 1.990 2.800 3.950 5.600

8 300 3.820 5.380 7.590 10.800 3.500 4.930 6.960 9.870 3.230 4.500 6.420 9.110

Page 23: Curso  “Aproveitamento de água de chuva em cisternas para o semi-árido”

Roteiro

• Conceitos básicos• Componentes do sistema de aproveitamento• Dispositivos utilizados• Dimensionamento de calhas e condutores• Coeficiente de “perdas”• Sistemas em áreas urbanas• Dimensionamento de cisternas

Page 24: Curso  “Aproveitamento de água de chuva em cisternas para o semi-árido”

Coeficiente de “perdas”

• O volume precipitado não é o mesmo que o aproveitado. As razões são:– Formato da área de captação;– Absorção de água pela superfície de captação;– Potencial de captação prejudicado pelos limites da

área de captação;– Desvios ou vazamentos nos condutores que

transportam a água.

• Possui várias denominações na literatura

Page 25: Curso  “Aproveitamento de água de chuva em cisternas para o semi-árido”

Coeficiente de “perdas”

Parabólico V invertido Ondulado

Coeficiente de“runoff” 0,81 0,84 0,83

Liaw e Tsai. Optimum storage volume of rooftop rain water harvesting systems for domestic use. Journal of the american water resources association. August 2004.

Tipo da cobertura Coeficiente de “runoff”

Telhas cerâmicas 0,8 a 0,9

Telhas corrugadas de metal 0,7 a 0,9Hofkes e Frazier. Runoff coeficients. In Rainwater Harvesting by Parcey and Adrian. 1996.

Page 26: Curso  “Aproveitamento de água de chuva em cisternas para o semi-árido”

Roteiro

• Conceitos básicos• Componentes do sistema de aproveitamento• Dispositivos utilizados• Dimensionamento de calhas e condutores• Coeficiente de “perdas”• Sistemas em áreas urbanas• Dimensionamento de cisternas

Page 27: Curso  “Aproveitamento de água de chuva em cisternas para o semi-árido”

Sistemas em áreas urbanas

• A norma NBR 15.527/2007 estabelece os requisitos para aproveitamento de água de chuva de coberturas em áreas urbanas para fins não potáveis. Nela é estabelecido que:– Calhas e condutores: NBR 10844/1989;– Devem ser instalados dispositivos de remoção de detritos;– O dispositivo de descarte, quando existir, deve ser projetado. Na ausência

de critérios suficientes, recomenda-se descartar os 2 mm iniciais de chuva;

– Os reservatórios devem conter extravasor, dispositivo de esgotamento, cobertura, inspeção, ventilação e segurança;

– A retirada de água deve ser realizada próxima à superfície;– Ao menos uma vez ao ano os reservatórios devem ser limpos com uma

solução de hipoclorito de sódio (NBR 5626);– O sistema de distribuição da água de chuva aproveitada deve ser

independente do sistema de água potável.

Page 28: Curso  “Aproveitamento de água de chuva em cisternas para o semi-árido”

Sistemas em áreas urbanas

• Métodos de dimensionamento propostos na NBR 15.527/2007:– Método Azevedo Neto;– Método prático alemão;– Método prático inglês;– Método prático australiano;– Método de Rippl;– Método da simulação.

Page 29: Curso  “Aproveitamento de água de chuva em cisternas para o semi-árido”

Roteiro

• Conceitos básicos• Componentes do sistema de aproveitamento• Dispositivos utilizados• Dimensionamento de calhas e condutores• Coeficiente de “perdas”• Sistemas em áreas urbanas• Dimensionamento de cisternas

Page 30: Curso  “Aproveitamento de água de chuva em cisternas para o semi-árido”

Dimensionamento de cisternas

• Concepção do volume de 16 m³ para cisternas no Semi-Árido:– Área média de captação: 40 m²;– Precipitação média: 400 mm/ano;– Volume potencial aproveitável: 40 m² x 400 mm = 16.000 litros;

– Supondo um consumo per capto de 13 litros/dia, temos que uma cisterna com 16 m³ de água abastece uma família de 5 pessoas por:

• 16.000 l/(5 pessoas x 13 litros/pessoa/dia) = 246 dias ou 8 meses (aproximadamente).

Page 31: Curso  “Aproveitamento de água de chuva em cisternas para o semi-árido”

Dimensionamento de cisternas

• Método Azevedo Neto

Page 32: Curso  “Aproveitamento de água de chuva em cisternas para o semi-árido”

Dimensionamento de cisternas

• Método prático alemão

Page 33: Curso  “Aproveitamento de água de chuva em cisternas para o semi-árido”

Dimensionamento de cisternas

• Método prático inglês

Page 34: Curso  “Aproveitamento de água de chuva em cisternas para o semi-árido”

Dimensionamento de cisternas

• Método prático australiano

Page 35: Curso  “Aproveitamento de água de chuva em cisternas para o semi-árido”

Exercício

• Dimensione uma cisterna para ser construída na área urbana de Custódia (PE) utilizando os método de Azevedo Neto e os métodos práticos inglês e alemão.– Dados:

• Precipitação média: 400 mm/ano;• Área de captação: 100 m²;

– Volume aproveitável por ano: 400 mm x 100 m² x 0,75 = 30.000 litros.

• Quantidade de meses com pouca ou nenhuma chuva: 6;• 4 residentes (demanda 20 litros/dia/pessoa);

– Demanda anual: 20 x 4 x 365 = 29.200 litros.

Page 36: Curso  “Aproveitamento de água de chuva em cisternas para o semi-árido”

Exercício

• Através do método prático inglêsV = 0,05 x P x A = 0,05 x 400 x 100 = 2.000 L

• Através do método Azevedo NetoV = 0,042 x P x A x T = 0,042 x 400 x 100 x 6 = 10.080 L

• Através do método prático alemãoV = Min (V;D) = Min (30.000;29.200) x 0,6 = 17.520 L

Não considera a demanda.

Não considera o período de estiagem

Não considera a demanda e período de estiagem

Page 37: Curso  “Aproveitamento de água de chuva em cisternas para o semi-árido”

Dimensionamento de cisternas

• Método Rippl

Page 38: Curso  “Aproveitamento de água de chuva em cisternas para o semi-árido”

Dimensionamento de cisternas

• Método da simulação

Page 39: Curso  “Aproveitamento de água de chuva em cisternas para o semi-árido”

Dimensionamento de cisternas

• Observações sobre o método da simulação:– As simulações são baseadas na equação de balanço

hídrico para um reservatório de volume finito;– Podem ser implementados parâmetros para uma

análise que represente melhor o sistema estudado. Por exemplo: volume desviado, evaporação, incertezas no consumo, entre outros;

– Uma avaliação qualitativa e quantitativa das séries de precipitação deve ser realizada para que seu uso seja adequado.

Page 40: Curso  “Aproveitamento de água de chuva em cisternas para o semi-árido”

Bibliografia recomendada

• Anais dos Simpósios da Associação Brasileira de Captação e Manejo de Água de Chuva - ABCMAC (www.abcmac.org.br).

• Aproveitamento de água de chuva para áreas urbanas e fins não potáveis. Tomaz, P.; Navegar Editora. 2003.

• NBR 10844/89 - Instalações prediais de águas pluviais. Rio de Janeiro: ABNT, 1989. 13 p.

• NBR 15.527/2007 - Aproveitamento de coberturas em áreas urbanas para fins não potáveis. Rio de Janeiro: ABNT, 2007. 12 p.

• Potencialidades da água de chuva no Semi-Árido Brasileiro. Eds.: Brito, L. T. L.; Moura, M. S. B.; Gama, G. F. B. Petrolina – PE: Embrapa Semi-Árido, 2007. 181 p.