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Exposição | 3 o ano | 2018 Culturas indígenas brasileiras

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Exposição | 3o ano | 2018

Culturasindígenasbrasileiras

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Os textos elaborados pelos alunos e publicados neste

catálogo foram reproduzidos integralmente de acordo com a

última versão escrita, após revisão feita juntamente com as

professoras. Ainda assim, alguns textos poderão apresentar

desvios gramaticais e estilísticos, o que se deve à nossa

intenção de respeitar o limite das possibilidades dos autores

no momento da aprendizagem de produção textual.

Culturas indígenas brasileirasEquipe do 3º ano

No 3º ano, Culturas indígenas brasileiras é um

dos temas trabalhados pelas áreas de Artes, Es-

tudos Sociais, Língua Portuguesa e Música. Um

dos principais objetivos desse estudo é conhecer

a diversidade cultural desses povos e compreen-

der sua importância na construção da cultura

brasileira.

Na área de Estudos Sociais, a pesquisa, a leitura

de textos e mapas, bem como a apreciação de

imagens, objetos e documentários sobre variados

aspectos culturais dos povos indígenas, concreti-

zaram o estudo dessa diversidade.

Em sala de aula, os alunos conheceram a técnica

de pescaria por entorpecimento típica do povo

Kaiapó. Ao valorizarem essa tecnologia, é possí-

vel compreenderem a integração do ser humano

com a natureza. Com a leitura sobre o modo de

vida dos Kalapalo, eles descobriram como caçam,

plantam, moram e brincam suas crianças. Tam-

bém conheceram o jeito de ensinar e aprender do

povo Yudja e os muitos artefatos produzidos por

outros povos, como os Kaapor, Karajá, Uruku e

Tiriyó. Sobre os Yawalapiti e Aweti, fizemos um

estudo comparativo sobre suas moradias. Já so-

bre os Suruí, discutimos o trabalho realizado por

suas mulheres, comparando-o com o trabalho

das mulheres não índigenas brasileiras.

Na área de Música, os alunos aprenderam a cantar

duas canções: uma em Tupi-Guarani e outra em

Mbya-Guarani. Cada classe gravou uma das mú-

sicas. Além disso, eles conheceram instrumentos

musicais indígenas, alguns muito curiosos, como

o trokano, enorme tambor escavado em tronco

de árvore utilizado para comunicação à distância,

e o apito de nariz, que possibilita imitar o canto de

aves. Com as escutas, apreciaram melodias curtas

e cíclicas, acompanhamentos rítmicos e instru-

mentos utilizados.

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Nas aulas de Língua Portuguesa, os alunos apren-

deram procedimentos para ler e compreender um

texto expositivo, tais como grifar, tomar notas e

identificar as principais ideias de cada parágrafo, o

que viabilizou o estudo do tema. Durante as leitu-

ras, conheceram recursos para a escrita de textos

desse gênero, como o uso de imagens, boxes e

subtítulos.

Cada classe elaborou um texto coletivo e, antes

de sua publicação, participou de situações de re-

visão textual, que envolve aspectos linguísticos e

ortográficos. Cada grupo dedicou-se a um tema

de pesquisa e escrita: alimentação, brincadeiras,

línguas, moradias, rituais e educação.

Nas aulas de Educação Física, os alunos apren-

deram a luta huka-huka, que faz parte do ritual

do Kuarup. Por ser uma luta simples e que não

envolve riscos, foi possível entrarem em contato

com tradição, cultura e ritual dos indígenas bra-

sileiros. Foi uma oportunidade de medirem força

de maneira lúdica, respeitando regras. Ao pesqui-

sarmos as olimpíadas indígenas, conhecemos o

jogo jikunahati, espécie de futebol de cabeça. O

jogo foi adaptado pelo grupo, tornando-o viável

em nosso contexto.

Nas oficinas de Artes, os alunos elaboraram pe-

ças a partir de seus interesses, em diálogo com

as investigações de classe. As produções plásti-

cas apresentadas nesta exposição são o registro

do processo criativo vivido pelos alunos, durante

o qual surgiram novas perguntas e experiências

estéticas.

Todo o trabalho foi pautado na potência des-

sas culturas, que precisam ser mais estudadas e

respeitadas e que, embora sejam muitas vezes

apresentadas como estrangeiras, nos constituem

como brasileiros.

Alimentação indígena3º ano A

A alimentação de muitos indígenas brasileiros ainda é natural, pois o que eles comem vem da natureza, com o cultivo das roças, da caça e da pesca.

Como conseguem os alimentos

Na roça eles plantam mandioca, milho, cará, pe-qui e muitas outras coisas. Essa atividade é prati-cada por mulheres e homens, mas as tarefas são diferentes para cada um deles. Os homens são res-ponsáveis por preparar a terra para as mulheres po-derem plantar. Elas também cuidam da roça, colhem e preparam os alimentos.

O principal alimento dos indígenas é a mandio-ca. Com ela é possível produzir alguns tipos de comida como, por exemplo: farinha, beiju, tapio-ca, mingau, pirão (caldo grosso feito de farinha de mandioca e caldo de peixe) etc.

Mandioca-brava

Os peixes também fazem parte da alimentação indígena e a pesca é uma atividade realizada pe-los homens, na maioria das vezes. Existem manei-ras diferentes de pescar, dependendo da nação. Para os Enawenê-Nawe a pesca também é um ritual muito importante.1 Os Kayapó e os Ikpeng, por exemplo, fazem o ritual do timbó.

1 JOSÉ, Francisco. Índios constroem barragens em rio do Mato Grosso em busca de peixes para ritual. Globo Repórter. Disponível em: <https://globoplay.globo.com/v/1984797/>.

A mandioca também é conhecida como macaxeira e aipim, dependendo da região.

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Ritual do timbó. Gabi Oliveira e Vanessa F. Costa

A caça também é uma atividade masculina. Eles caçam queixada, anta, veado, cotia, tatu, capivara, porco-do-mato, macaco e pássaros.

Queixada

Os Kamayurá apreciam a carne de tartaruga. Elas são colocadas na fogueira de barriga para cima e são assadas ainda vivas.

Tartaruga sendo assada. Isabelle M. Ambrosio

Temperos

Os principais temperos são o sal e pimentas de vários tipos: verdes, vermelhas, redondas, com-pridas, grandes ou pequenas. O sal é retirado da

água do mar evaporada. Isso acontece quando as aldeias são próximas da praia, mas quando elas não são, o sal é retirado das cinzas da madeira queimada. Algumas aldeias também utilizam o li-mão como tempero.

Os indígenas não temperam a comida como nós, ou seja, antes de cozinhar. Depois que o alimento está pronto eles colocam um pedaço na boca e em seguida o tempero.

Bebidas

Há uma bebida chamada caxiri, feita com man-dioca-brava e somente as mulheres podem parti-cipar dessa produção. A preparação dessa bebida é feita por etapas. Primeiro colhem a mandioca--brava, ralam, misturam com água e colocam para cozinhar em uma panela de barro para retirar o veneno. Esta massa é cozida de 24 a 48h. Depois disso, a mistura deve descansar durante três dias.

Caxiri. Cecília Toledo

Outros alimentos como a macaxeira, milho, man-gaba, jenipapo, caju e a jabuticaba também são utilizados para a produção de bebidas chamadas de cauim ou cahoi.

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Referências bibliográficas

INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL (ISA). Almanaque Socioambiental Parque Indígena do Xingu 50 anos. Disponível em: <https://www.socioambiental.org/pt-br/o-isa/publicacoes/almanaque-socioambiental-parque-indigena-do-xingu-50-anos-0>. Acesso em: 12 set. 2018.

CULINÁRIA indígena no Brasil. Wikipédia. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Culin%C3%A1ria_ind%C3%ADgena_no_Brasil>. Acesso em: 21 set. 2018.

GASPAR, Lúcia. Índios do Brasil: alimentação e culinária. Pesquisa Escolar Online. Fundação Joaquim Nabuco, Recife. Disponível em: <http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/>. Acesso em 20 set. 2018.

INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL (ISA). Povos Indígenas do Brasil. Disponível em: <https://pib-mirim.socioambiental.org/node/702>. Acesso em: 19 set. 2018.

INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL (ISA). Povos Indígenas no Brasil. Disponível em: <https://www.socioambiental.org/pt-br/o-isa/programas/povos-indigenas-no-brasil>. Acesso em: 18 set. 2018.

JOSÉ, Francisco. Índio Enawenê-Nawê querem manter tradições independentes da Funai. Globo Repórter. Disponível em: <https://globoplay.globo.com/v/1984845/>. Acesso em: 13 set. 2018.

Imagens

Pesquisa de Luana V. Kerbes:

Mandioca-brava Disponível em: <https://pixabay.com/en/photos/?q=MANDIOCA &hp=&image type=all&order=popular&cat=&min_width=&min_height=>.

Queixada Disponível em: <https://pixabay.com/en/chacoan-peccary-mammal-tagua-1364286/>.

O 3o ano A agradece a presença de Lucila de Jesus Mello Gonçalves, que compartilhou importantes informações de sua pesquisa com nossa turma.

Brincadeiras dos povos indígenas brasileiros 3º ano B

Toda criança gosta de brincar. Não é diferente com as crianças indígenas brasileiras.

Os povos indígenas estão localizados de norte a sul do país. Por isso mesmo seus costumes po-dem ser diferentes uns dos outros, e o mesmo acontece com as brincadeiras.

Todos os povos indígenas têm suas brincadeiras típicas. Crianças não indígenas também brincam com algumas delas, pois, com o tempo, essas brincadeiras foram passadas de geração em ge-ração, para todas as crianças. Por exemplo, o jogo de peteca, a cama de gato, a corrida do saci, a perna de pau, o pião e muitas outras brincadeiras são de origem indígena.

Pião andarilho. Betina Horemans

Pião. Lily Gasperin

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Perna de pau. Enrico Coutinho

As crianças indígenas brincam todo o tempo, mes-mo quando estão ajudando os pais em suas ativida-des. Podem brincar por horas com os amigos, pois estão sempre em grupo. Existem brincadeiras para cada idade, para meninos, para meninas e brinca-deiras para todos juntos, incluindo os adultos.

As brincadeiras são importantes para os indíge-nas: para a diversão e para a preparação para a vida adulta. Elas são consideradas fundamentais para o desenvolvimento e o crescimento das crianças e dos jovens, pois eles treinam habilida-des enquanto jogam e se tornam adultos felizes, que passarão para seus filhos e netos as tradi-ções. Por esse motivo, as crianças brincam de fazer o que os adultos fazem. Um exemplo disso é o jogo ta do povo Kalapalo.

Nesse jogo, o objetivo é acertar um alvo que é lançado, usando o arco e a flecha. Brincando, as crianças conseguem praticar a mira para quando forem caçar.

Jogo ta. O alvo é uma roda de palha recoberta de cortiça de embira (uma árvore típica da região do cerrado) ainda verde, que tem o mes-mo nome do jogo, ta. Lorena Campanella e Berina Horemans

O povo Kalapalo também é conhecido pelas brin-cadeiras com barbante. Fazem várias figuras dife-rentes com ele. Essa brincadeira é conhecida pe-los não índios, como cama de gato, mas o povo Kalapalo a chama de ketinho mitselü.

Ketinho mitselü. Marina Barcha

Muitos indígenas ainda confeccionam seus pró-prios brinquedos e isso já faz parte da brincadeira. Para confeccioná-los utilizam materiais encon-trados na natureza, tais como: sementes, cascas de frutos, palhas de plantas, entre outros. Como exemplo, o povo Guarani Krukutu aproveita a pa-lha de milho para confeccionar suas petecas.

Petecas. Antonia León

Alguns povos indígenas estão localizados bem próximos a centros urbanos e então podem utili-zar outros materiais, como missangas, plásticos e fios de nylon em seus brinquedos.

As crianças do povo Panará, que fica no estado do Pará, fazem: peteca, pião, arco e flecha, para-quedas (com plástico e fios), zarabatana, carrinho imaginário (feito com tábuas de madeira). Brin-cam de imitar os adultos em diversas situações como na corrida de tora e ao se enfeitarem com folhas para imitarem rituais. Costumam brincar na chuva e de saltar no rio (dando mortais na água). As meninas gostam de montar fogueiras e mo-quear peixes, imitando as mães cozinhando. Os adul-tos se juntam às crianças nas brincadeiras de roda.

Moquear. Lorena Neuman

As crianças do povo Suruí, onde as mulheres con-feccionam potes com cerâmica, fazem brinque-dos diferentes, tais como: barquinhos de madeira, bonecas e panelinhas de barro.

Panelinha de barro. Mariana Andreoli

Moquear é secar a carne na fumaça para sua melhor conservação.

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O povo Xavante, vive no Mato Grosso. Esta etnia tem uma brincadeira entre meninos e meninas. Devem subir nos ombros uns dos outros e travar uma batalha na água. Vence aquele que derrubar a dupla adversária. Esta brincadeira é conhecida pelos não índios, como briga de galo aquática.

Atualmente, vários povos indígenas brincam e jo-gam jogos dos não índios, como, por exemplo, o futebol. Eles também promovem encontros espor-tivos, onde várias etnias se encontram para torneios de diversas modalidades, tais como: arco e flecha, arremesso de lança, canoagem, natação e cabo de força, além do futebol feminino e masculino.

O futebol não é uma novidade para os índios Awe-ti, que vivem no Parque Nacional do Xingu, em Mato Grosso. Há muito tempo, praticam este es-porte. Uma adaptação desse jogo, praticada pelos Kalapalo é o jikunahati ou “futebol de cabeça”.

É importante perceber que os brinquedos e brin-cadeiras indígenas fazem, cada vez mais, parte da cultura brasileira e da diversão de muitas crianças no país.

Referências bibliográficas

INSTITUTO ALANA. Projeto Território do Brincar - 3º Região. Território Indígena Panará, Pará. Disponível em: <https://youtu.be/Jt8-X5TGXo0>. Acesso em: 18 set. 2018.

INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL (ISA). Povos indígenas do Brasil - Mirim. Disponível em: <https://mirim.org/>.

INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL (ISA). Como vivem. Povos Indígenas do Brasil - Mirim. Disponível em: <http//pibmirim.socioambiental.org/como-vivem>. Acesso em: 10 set. 2018.

Jogos e brincadeiras da cultura Kalapalo. São Paulo: Edições Sesc SP.

MEIRELES, Renata. Giramundo Ed. Terceiro Nome.

MUNDURUKU, Daniel. Coisa de índio Callis Editora.

PEJU KATY Kuringue’i: venham todas as crianças. Aldeia Guarani Krukutu. Direção: André Costa e Silvio Coelho. Universidade de São Paulo, Museu de Arqueologia e Etnologia, 2003. [Documentário].

ROMEIRO, Pedro (aluno do 3o B). Entrevista com o fisioterapeuta Bruno L. Pereira- ex-morador de Rondônia. Set. 2018.

VEJA como foram os Jogos Mundiais dos Povos Indígenas. Disponível em: <https://youtu.be/nI5GqAPdz8U>. Acesso em: 10 set. 2018.

Índio fala Tupi?3º ano C

Você sabia que 17% dos indígenas brasileiros não falam português? Eles falam uma das 154 línguas indígenas do Brasil. A língua é um dos elementos mais importantes da cultura de um povo.

Muitos indígenas come-çaram a falar o português quando os jesuítas, que são padres da Igreja Católi-ca, chegaram no Brasil. Os padres ensinaram sobre a religião por meio da língua portuguesa e proibiram os indígenas de falar Tupi.

Muitas palavras que usamos no dia a dia são de origem Tupi, elas nomeiam a maior parte das plantas e animais. Você deve conhecer alguma dessas: butantã que significa “chão duro”, paçoca é “coisa pilada”, itacaré, “jacaré de pedra”, ibirapue-ra, que quer dizer “pau podre” e ubatuba é “lugar onde tem muita cana para flecha”. Os nomes de praias de São Sebastião também são de origem da língua Tupi, por exemplo, juquehy pode significar “areias cantantes” ou “tipo de espinheiro” e boiçu-canga que é “cabeça de cobra grande”.

Muitas pessoas acreditam que todos os indígenas falam o Tupi, mas isso não é verdade. Existem 19 famílias linguísticas e 2 troncos, o Tupi e Macro Jê, eles são um conjunto de línguas.

Troncos das línguas indígenas apresentadas no texto. Antonio Pacola Minns

A língua do povo Yudja

Yudja significa “donos do rio”. Até pouco tempo atrás eram conhecidos como Juruna. Moram na beira do Rio Xingu, no Mato Grosso. Eles falam uma das línguas do Tronco Tupi e também a lín-gua portuguesa para eles poderem se comunicar

Tupi é a língua falada pelos primeiros indígenas que tiveram contato com os portugueses.

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com os não índios. Eles aprendem o português na escola e em casa a língua e cultura Yudja.

Escola indígena e crianças aprendendo palavras Kaigang. Luiza Faria Torii

A história dos Apiaká

O nome Apiaká não tem tradução na língua por-tuguesa, mas os antepassados desse povo dizem que o significado é uma espécie de marimbondo--vermelho. Esses insetos perseguem as pessoas que o provocam até as ferroarem. Os Apiaká mo-ram no Mato Grosso.

Antigamente, os Apiaká foram obrigados a tra-balhar para os seringueiros e madeireiros, que os obrigaram a aprender a língua portuguesa. A lín-gua deles foi extinta porque durante o tempo em que foram escravizados não podiam ensinar para as outras gerações seu idioma.

Atualmente, só existem 3 idosos falantes da lín-gua Apiaká, que vem do tronco Tupi. Os jovens Apiaká esperam que os 3 idosos possam ensinar essa língua para outras pessoas e resgatar a cul-tura desse povo.

Pesquisadores de diversas línguas fizeram um li-vro didático para a escola da aldeia Mayrob (uma das aldeias onde vivem os Apiaká) para ensinar a língua como mais uma tentativa de que não seja extinta.

Se uma nação perde sua língua perde também conhecimentos culturais e a oportunidade de aprendê-los. Cerca de 80% das línguas indígenas que existiram no Brasil já foram extintas e pelo menos metade no mundo está perdendo falan-tes. Alguns indígenas não ensinam sua língua aos mais jovens por acharem que o português é mais utilizado.

“Olá, índio” em Tupi. Gabriela de Souza Junqueira

Referências bibliográficas

ESCOLA KIDS. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Escola Kids. Disponível em: <www.escolakids.com/ibge.htm>. Acesso em: 20 set. 2018.

FRANZIN, Adriana. Palavras indígenas nomeiam a maior parte das plantas e animais do Brasil. EBC. Disponível em: <http://www.ebc.com.br/infantil/voce-sabia/2015/10/palavras-indigenas-nomeiam-maior-parte-das-plantas-e-animais-do-brasil>. Acesso em: 20. set. 2018.

FUNDAÇÃO NACIONAL DO ÍNDIO (FUNAI); MUSEU DO ÍNDIO. Apiaká. Disponível em: <http://prodoclin.museudoindio.gov.br/index.php/etnias/apiaka/lingua>. Acesso em: 2 out. 2018.

FUNDAÇÃO NACIONAL DO ÍNDIO (FUNAI); MUSEU DO ÍNDIO. Projeto Documentação de Línguas Indígenas. Disponível em: <http://prodoclin.museudoindio.gov.br/index.php/conheca-as-linguas-indigenas-no-brasil/a-importancia-das-linguas-indigenas>. Acesso em: 3 set. 2018.

INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL (ISA). Línguas. Povos indígenas do Brasil - Mirim. Disponível em: <https://pib.socioambiental.org/pt/L%C3%ADnguas>. Acesso em: 2 out. 2018.

INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL (ISA). Povos Indígenas do Brasil - Mirim. Disponível em: <www.mirim.org>. Acesso em: 12 set. 2018.

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Moradias dos povos indígenas brasileiros 3º ano D

A maioria das casas indígenas são chamadas de ocas. Elas fazem parte da sua cultura e a forma como são construídas varia de acordo com os costumes de cada nação, de como cada povo se relaciona com o ambiente onde vive e dos materiais que eles usam para fazê-las. A maioria dos povos cons-trói suas casas de palha e madeira. Outros materiais também são usados como, cipó, folha de bananeira, embira e folha de palmeira.

O formato das casas pode ser circular, retangular e oval, e a organização da aldeia também pode variar de acordo com os costumes de cada nação.

Ocas. Pedro Barros Céspedes

Casa indígena. Manuela Nutini

Oca é o nome dado à típica habitação indígena brasileira. O termo é oriundo da família linguística Tupi- -Guarani.

O contato com os não índios interferiu nas mu-danças das casas e das aldeias, por exemplo, as casas dos índios que moram próximo à cidade são feitas de tijolos e de materiais industrializa-dos, parecendo mais com as casas dos não índios.

As casas de algumas nações indígenas

Yawalapiti

Sua aldeia tem a forma de um círculo e no centro tem uma casa que só os homens podem entrar, ela é chamada de Casa dos Homens.

As moradias dos Yawalapiti são diferentes das casas dos não índios. As partes da casa são baseadas no corpo humano ou de animal, por exemplo, a frente da casa corresponde ao peito, os fundos são as costas, a por-ta é a boca e os pilares são as pernas.

As famílias aparentadas dessa nação indígena moram na mesma casa. O tamanho delas depen-de da quantidade de moradores. No espaço in-terno, a cozinha e a despensa ficam no meio. Na frente da porta, os visitantes são recebidos e as danças acontecem.

Os Yawalapiti dormem em redes penduradas nas laterais da casa e fazem pequenas fogueiras para se aquecerem. Eles têm uma porta de palha e madeira que fecha a casa quando anoitece para manter a temperatura agradável e os proteger dos perigos.

Aweti

Os Aweti, que moram na mesma região, têm a aldeia muito parecida com as do Yawalapiti e também têm uma casa em que as crianças e mulheres não podem entrar, chamada de Casa das Flautas.

Yawalapiti. Nina Barros

Yawalapiti é um povo que vive na parte sul do Parque Indígena do Xingu, conhecida como Alto Xingu.

Aweti é um povo localizado no Parque Nacional do Xingu.

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Yawalapiti. Beatriz Kleinman Fix

Xavante

As aldeias Xavante têm a forma de ferradura, e sua abertura está voltada para o rio. As casas tra-dicionais são construídas com madeira, cobertas de palha até o chão e ficam próximas umas das outras. A única entrada da casa está voltada para o centro da aldeia. No interior da casa há um es-paço para cada família que é dividido por esteiras, e é ao redor do fogo que todos se reúnem. Nela também tem uma casa central, Warã, onde só os homens entram para tomar decisões importantes.

Hoje as casas estão parecidas com as dos serta-nejos, são quadradas, com telhados em forma de “V” invertido, ou redondas, com telhados em for-ma de cone.

Xavante. Lara Sallum Hallak

Xavante. Tomás Alonso Ferreira

Xavante é uma nação localizada no estado do Mato Grosso.

Yanomami As casas dos Yanomami são de madeira, em for-ma de cone, e cobertas com folhas de palmeiras. A aldeia é circular e nela podem morar de 50 a 200 moradores.

Yanomami. Cléo Pita Fragoso

Yanomami. Sophia Wey

Wajãpi

Os Wajãpi normalmente constroem suas aldeias perto de pequenos rios. Lá podem caçar, pescar e fazer roças. Os índios de uma mesma família constroem suas casas pró-ximas umas das outras e não possuem um modelo padrão.

Uma aldeia pode ter um único pátio com poucas casas em volta ou muitos pátios. Isso vai depen-der de como as famílias se relacionam.

Yanomami é uma nação que vive no norte da Amazônia.

Wajãpi é um povo que vive no estado do Amapá e Pará.

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Wajãpi. Lorenzo Freire Pieroni

Wajãpi. Martín Marques

Karajá

Atualmente as casas dos Karajá são parecidas com as dos não índios das regiões vizinhas e têm um formato retangular ou quadrado. Antigamen-te, os Karajá não tinham uma aldeia permanente, e nas estações das chuvas as casas eram construídas nos barrancos mais altos, longe das margens dos rios. O chão das casas era de ter-ra e o teto, de madeira ou palha da palmeira babaçu. As casas não tinham janelas, a luz e a ventilação entravam através dos espaços entre as palhas.

Karajá. Nina Barros

Karajá é um povo localizado em Goiás, Mato Grosso, Pará e Tocantins.

Referências bibliográficas

HABITAÇÃO, roupas e casamento. Índios Brasileiros. Disponível em: <http://indios-brasileiros.info/pensamento-de-tribo/habitacao-roupa-e-casamento.html>. Acesso em: 28 ago. 2018.

INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL (ISA). Povos Indígenas do Brasil. <https://pib.socioambiental.org/pt>. Acesso em: 4 set. 2018.

INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL (ISA). Como vivem. Povos Indígenas - Mirim. Disponível em: <https://mirim.org/como-vivem/casas>. Acesso em: 4 set. 2018.

OCAS. Sua Pesquisa. Disponível em: <https://www.suapesquisa.com/indios/oca.htm>. Acesso em: 30 ago. 2018.

TERRA BRASILEIRA. Disponível em: <http://www.terrabrasileira.com.br/indigena/cotidiano/412casa.html> Acesso em: 13 set. 2018.

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Rituais indígenas brasileiros3º ano E

O ritual é uma tradição de diversas nações indíge-nas e pode representar um momento de trabalho, comemoração, tristeza ou passagem de um ciclo da vida.

O ritual geralmente marca a mudança de um gru-po ou apenas de um indígena de uma situação para outra, por exemplo, de bebê para criança, vivo para morto, solteiro para casado, batismo (quando recebem um nome) ou a mudança das estações do ano, entre outras.

Organização de um ritual

Existem vários jeitos de realizar ou organizar um ritual, porque os povos têm crenças diferentes e fazem uma cerimônia para cada situação.

Nos rituais, cada indígena tem sua função que depende se é homem ou mulher, se é criança, adulto ou idoso. A maioria tem comida, bebida, música, pinturas ou adereços corporais.

As pinturas corporais são feitas com tintas verme-lha e preta, para conseguir as cores usam elemen-tos da natureza, como urucum, casca de ovo de pássaro, carvão ou jenipapo. Cada traço tem um significado especial, geralmente é feita pelas mu-lheres da aldeia e ajudam a diferenciar a função de cada um dentro daquela nação. Algumas pin-turas demoram horas para serem feitas e duram no corpo entre duas ou três semanas.

A tatuagem facial faz parte do segundo ritual de iniciação dos Karajá. João Portolano Peccioli

A pintura corporal Karajá é feita de acordo com a idade, e os traços realizados no homem e mulher são diferentes.

João Rechenbergas Foresti

Pintura facial para ritual de iniciação de meninos Karajá. Luiza Conde Motta Grisi

A música é muito importante nos rituais. Duran-te a realização, os indígenas dançam, cantam e tocam instrumentos e o silêncio aparece apenas para recuperarem o fôlego.

Pau de chuva é um instrumento de percussão, seu som é semelhante ao barulho de chuva, é muito usado em rituais de cura.

Viviana Busatto Martins da Silva

Chocalho de pequi é usado nos tornozelos em diversos rituais. Antonia Mendes Demartini Araujo

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Maracá é um dos principais instrumentos de percussão indígena, muito usado pelos pajés.

Diego Saffi de Lara

O ritual do marimbondo

Os rapazes participam de várias provas, uma de-las é a briga contra um ninho de marimbondos, que simboliza uma aldeia inimiga, realizada pelos Kayapó Xikrin. Eles acreditam que precisam fazer isso para passarem de um ciclo de vida e torna-rem-se mais fortes e assim poderem casar.

Para realizar o ritual os homens mais experientes montam uma “escada” feita de cipó e outros pro-curam ninhos de marimbondo durante a noite. Quando acham um ninho que consideram ideal para o ritual, limpam o terreno e colocam a esca-da. No dia seguinte os tios e avós gritam palavras que animam e incentivam. O primeiro desafio é subir a escada, depois os jovens retiram um pe-daço da casa de marimbondo e descem rapida-mente para o próximo fazer a mesma coisa. As pessoas mais velhas ficam embaixo das escadas com uma folha de bananeira para ajudar a tirar os marimbondos que ficam presos na pele dos cora-josos indígenas.

O ritual de nomeação

O ritual de nomeação é como um batismo, feita pela maioria das nações indígenas. Por exemplo, na nação Bororo este é um dos rituais mais im-portantes, porque dão os nomes para as crianças para assim serem identificadas socialmente. Antes do ritual acontecer a criança não recebe nenhum nome. Este ritual é chamado de Ipáre.

O ritual de nomeação é um dos momentos mais marcantes na vida de um indígena, geralmente recebem um nome que está ligado a algum ele-mento da natureza (planta ou animal).

Na nação Kayapó as crianças não recebem um “padrinho”, são escolhidas pelo pajé duas pessoas (um homem e uma mulher) que não podem ser parente. Eles são considerados “amigo ritual” que têm a função de acompanhar essa criança ao lon-go da vida. Já para os Bororo, as crianças recebem um padrinho que são escolhidos pelas mães.

No ritual podem participar os familiares e outras pessoas. Para os Kayapó quem escolhe o nome

é o pajé, mas para os Boro-ro esta é uma decisão dos “padrinhos”. As crianças são pintadas e às vezes rece-bem adereços especiais, como penas que para eles simbolizam o tempo de vida da criança. Durante o ritual algumas pessoas to-cam instrumentos e outras cantam e dançam.

Referências bibliográficas

ALMEIDA, Berenice de; PUCCI, Magda. A floresta canta! Uma expedição sonora por terras indígenas no Brasil. São Paulo: Peirópolis, 2014.

HERRERO, Marina; FERNANDES, Ulisses (Orgs.). Jogos e brincadeiras na cultura Kalapalo. São Paulo: Sesc SP, 2010.

INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL (ISA). Povos Indígenas do Brasil. Disponível em: <https//mirim.org/>.

INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL (ISA). Povos indígenas do Brasil – Mirim. Disponível em: <https://pib.socioambiental.org/>.

Gostaríamos de agradecer a colaboração de Adriano Jerozolimski e das alunas do 5o E Gabriela M. Gontijo e Luana H. N. Soriano.

Kayapó Onde vivem: Pará e Mato Grosso. Quantos são: 11 675.

Bororo Onde vivem: Mato Grosso. Quantos são: 1 817.

Karajá Onde vivem: Goiás, Tocantins e Mato Grosso. Quantos são: 3 768.

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Educação indígena 3º ano F

Educação escolar indígena

Antigamente os índios não tinham escolas nas aldeias, por isso eles precisavam frequentar as es-colas dos não índios, onde as crianças indígenas eram proibidas de falar sua língua materna e pra-ticar seus costumes.

Somente no ano de 1988, com a nova constitui-ção federal brasileira, os povos indígenas conquis-taram o direito de ter uma educação diferenciada e bilíngue (ensino da língua de cada nação e da língua portuguesa). Na escola, os índios apren-dem a ler, escrever e fazer contas, entre outros conhecimentos.

Para preservar a cultura de cada nação, as esco-las ensinam a língua materna, como por exemplo: Akuén, Karajá, Guarani Mbyá, Tapirapé, Parintintin, Kuikúru etc., e a língua portuguesa, para que os indígenas possam se comunicar bem na língua oficial do Brasil.

Hoje em dia, muitas aldeias têm suas escolas, que em alguns aspectos são semelhantes às escolas dos não índios, como os móveis, materiais didá-ticos e conteúdos ensinados. Entretanto, o ensi-no acontece de maneira diferente. Por exemplo, quando os índios vão estudar as plantas e outros seres vivos, eles fazem observações e experiên-cias em contato direto com a natureza. O calen-dário escolar indígena também é diferente do nosso, pois é organizado de acordo com as festas e rituais de cada nação.

Escola indígena. Sofia Holzmann Antunes

Os professores são da própria comunidade e to-dos os que vivem na aldeia podem frequentar a escola: crianças, jovens, adultos e idosos.

Algumas turmas da Escola Estadual Indígena Ancelmo Bispo de Souza têm aulas em ocas, devido a falta de estrutura da escola

Tomás Setubal Pinheiro da Fonseca

Outras aprendizagens das crianças indígenas

Desde pequenas, as crianças aprendem alguns ri-tuais importantes para a preservação da cultura de sua nação. Esses conhecimentos estão ligados a costumes e práticas do dia a dia.

As meninas aprendem a tecer, fazer cestas e cozi-nhar. Já os meninos acompanham seus pais nas atividades masculinas, como caçar, pescar e fazer arco e flecha. As crianças aprendem essas ativida-des brincando, observando ou imitando os mais velhos.

As crianças Yudja, por exemplo, passam por três fases de ensino.

A primeira fase é quando a criança começa a an-dar e falar. Os pais pedem para elas fazerem pe-quenas tarefas, como dar recados a pessoas da aldeia ou pegar algum objeto.

Dos 5 aos 8 anos de idade, a criança começa a ajudar seus pais a tecer, fiar algodão ou fazer arco e flecha.

Há trabalhos mais exigentes, como a caça, que os Yudja só podem fazer a partir dos 10 anos de ida-de, quando eles se tornam iparaha (jovem).

Em 2017, Elisângela Suruí, ganhou o Prêmio Educador Nota 10. Ela é professora em uma aldeia indígena no interior de Rondônia e se destacou pelo trabalho de alfabetização de crianças e jovens na língua paiter suruí.

YudjaOnde vivem: Parque Indígena do Xingu – Mato Grosso.Quantos são: aproximadamente 880 (Censo de 2014).Língua materna: Juruna.

KaiapóOnde vivem: Mato Grosso e Pará.Quantos são: aproximadamente 8 638 (Censo 2010).Língua falada: Jê do tronco Macro-Jê.

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Na nação Kayapó, as crianças participam do ritual sagrado da pesca, chamado de ritual do timbó. Elas cantam e observam os adultos baterem um tipo de cipó que solta uma substância que deixa os peixes atordoados, facilitando a pesca. No final do ritual, as crianças ajudam a pegar os peixes e levá-los até a aldeia.

Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) forma nova turma de professores indígenas de línguas, artes e literatura.

Fotografia de setembro de 2016.

Referências bibliográficas

Educação escolar indígena. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=cWUZCJQZlRw > Acesso em 10 set. 2018.

INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL (ISA). Povos indígenas no Brasil - Mirim. Disponível em: <https://mirim.org > Acesso em: 24 set. 2018.

MUNDURUKU, Daniel. Coisas de índio: versão infantil. São Paulo: Ed. Callis, 2003.

PRÊMIO Educador Nota 10. Futura. Disponível em:<http://futura.org.br/educacao/premio-educador-nota-10-vai-para-professora-de-aldeia-indigena>. Acesso em: 21 set. 2018.

Imagem UFMG

www.ufmg.br/online/arquivos/045179.shtml

O 3º ano F agradece a Mak K. Golombek e Rafael Semer pela grande colaboração.

Alunos do 3o ano, 2018

Abel Vaccaro Studart | Afonso Fonseca Alegria | Alice Fernan-des Salmaso | André Correia de Souza Metzger | Anita Rubin Severiano | Antonia Manso Cabrera León | Antonia Mendes Demartini Araujo | Antônia Scaranello Albernaz Guimarães | Antonio Ferreira de Almeida | Antônio Gil Sampaio Proen-ça | Antonio Pacola Minns | Arthur Matsumoto Lee | Arthur Petreche Harris Sampaio | Beatriz Caló Fernandes | Beatriz Corvelloni dos Santos Bandini | Beatriz Kleinman Fix | Beatriz Pamplona Zomenhan | Beatriz Pilnik | Betina Malheiros Hore-mans | Bianca Canneti | Bruno Neiva Puntoni | Bruno Penha Sparvoli | Bruno Raca | Bruno Tannus Sáfadi | Caetano Ca-pobianco Salva | Caio Carneiro D´Albuquerque Tabet | Caio Frosoni Germiniani | Carolina Haase Osso da Mata Patricio | Cecília Ferrari Pompeu de Toledo | Cecília Noritomi | Clara Marie Ana de La Croix de Chevrieres de Sayve | Cleo Cesnik Peçanha de Souza | Cléo Pita Fragoso | Dália Fuentes Muniz | Dan Stephen Nishikawa | Daniel Bocchi Cardoso Chaves | Diego Saffi de Lara | Dora Elias Maglio | Dora Maia Rosa Rojo | Eduardo Aguiar Darvas | Enrico Coutinho Lerner | Enrico Viyuela Rocha | Estela Santisteban Bologna | Felipe Campiglia Dulaurans | Felipe Jungman | Felipe Moraes Soria Barbosa | Felipe Sztrajtman Fonseca | Fernando Azevedo Motta | Fili-pa Branco de Faro | Filipe Kirschner Morad | Gabriel Cabreira Soares | Gabriel de Barros Lopes | Gabriel Lerio Antunes | Ga-briela Albé Marques de Oliveira | Gabriela de Souza Junqueira | Gabriela Moraes Schivartche | Giulia Beer | Giulia Cavalete Ronchezel | Helena Cardoso Mazzamati | Helena de Oliveira Moita | Helena Michalany Pinto Ferraz | Henrique Whitaker Simon | Isabel Cavalheiro Iguelka | Isabel di Lorenzo Correa | Isabela Carvalho de Almeida Prado | Isabella Fuhrmann de Azevedo Ditt | Isabelle Marmo Ambrosio | João Arruk Simões | João Gatti Martha | João Henrique Dias Fernandes Pacheco | João Henrique Jabur Bierrenbach | João Portolano Peccioli | João Rechenbergas Foresti | Joaquim Marinho Nascimen-to Campelo Freitas | Julia Boaventura do Nascimento Santos Guimarães | Julia Salles Frug | Jun Chaya Tikhomiroff | Lara Sallum Hallak | Laura Coelho Camara | Laura Rapoport | Laura Sakamoto de Campos | Laura Sequeira Colautto | Lily Gaspe-rin Vartanian | Lis Golombek Garini | Lorena Barbosa Neuman | Lorena Campanella | Lorena Tannus D`Alessandro | Lorenzo Freire Pieroni | Luana Vargas Kerbes | Luca Martinelli Alves Almeida | Luca Torello de Oliveira Gonçalves | Lucas Brelaz Camargo | Lucas Kalim Schreiner | Lucas Oncken Tieppo | Lui Monteiro de Castro Bártolo | Luiz Henrique Palma Nascimen-to | Luiza Conde Motta Grisi | Luiza Faria Torii | Luiza Gorski | Manuela Nutini Santana | Manuela Wendling Palomo | Mar-cela Monetti | Maria Clara Borges Safar de Oliveira | Maria Eduarda Almeida Olmos | Maria Eduarda Sartori | Maria Julia Mataresi Branco | Mariana Andreoli | Mariana Haipek Pedro-so Horta | Marina de Oliveira Barcha | Martin Chvaicer No-gueira | Martín Marques Wahrmann | Mateus Simões Rebello Horta | Matheus Diniz Bandeira Menezes | Micael Grosman Kozuchowicz | Nina de Almeida Carneiro Octaviano | Nina Marcondes Rezende Barros | Nina Ritter Pires | Paula Belickas Zappia | Pedro Affortunati Rothstein Parente | Pedro Barros Céspedes | Pedro da Costa Romeiro | Pedro Plapler Ferreira | Pedro Shitara Schützer | Pedro Tadashi Navas Adati | Rafael Senamo D´Elboux Rodrigues | Rafaela Farhat de Carvalho | Ricardo Zylberkan | Samuel Pinho de Mello | Sofia Holzmann Antunes | Sophia Torrecillas Wey | Teodoro Bellini Toniolo | Théo Amaral Saad Jafet | Theo Bahia Braga | Theo Bastos de Souza Pinto | Theo Brayner de Carvalho Luiz | Thomas Goichberg Rodrigues | Thomas Gross Braun | Thomas Pe-reira Breslin | Tom Andrade Barmak | Tom Rosenberg Samis | Tomás Alonso Ferreira | Tomas Moreira de Souza Epifani | Tomás Setubal Pinheiro da Fonseca | Vanessa Fechio Costa | Victoria Tai Emmanoel | Viviana Busatto Martins da Silva

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Direção PedagógicaRegina Scarpa

Coordenação

Eloisa Ponzio

Orientação EducacionalCatarina Cerqueira Iavelberg

Assessoria da área de Estudos Sociais

Mariângela Bueno

Professora Coordenadora Vertical

de Língua Portuguesa

Carla Helena Bettini Ronco

ProfessorasDenise Velloso Corbett GerettoDulceli de Fátima Cuzim Reinas GasparGirlei FonsecaRenata Lopes Guimarães VasquesSimone Patrice Zorzan BeserraWania Lopes Ribeiro

Professores auxiliaresAlan SantosBetina Luisa Barone MirandaElisângela de Camargo FerroGiovanna Capuzzo PadroniHeloisa de Lucia

Assessora de Artes Valéria Prates

Professora de Artes e curadora Débora Pelegrini

Professor de MúsicaDanilo Caradori

Professor de Educação Física André Galli Mercadante

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Arthur Matsumoto Lee, Beatriz Caló Fernandes, Caetano Capobianco Salva, Dália Fuentes Muniz, Dan Stephen Nishikawa, Dora Maia Rosa Rojo, Enrico Viyuela Rocha, Isabella Fuhrmann de Azevedo Ditt, Laura Sakamoto de Campos, Lucas Brelaz Camargo, Luiza Faria Torii, Theo Bastos de Souza Pinto

Desenho do grupo de artes do 3o C: