culturas africanas, afrobrasileira e indÍgenas no...

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Autores(as): Alan Santos de Oliveira, Edite de Oliveira Santos, Valéria Hallie de Almeida Ribeiro Professora Orientadora: Dra. Marly de Jesus Silva Tutora Orientadora: Ms. Patrícia Nogueira Silva INTRODUÇÃO A Escola dos Meninos e Meninas do Parque constitui uma unidade da Secretaria de Estado da Educação do Distrito Federal e atende um público em situação de vulnerabilidade social, desprovido de família, moradia, trabalho e outros fatores. A maioria destes(as) alunos(as) são negros(as) e descendentes indígenas que geralmente desconhecem sua própria história enquanto sujeitos da exclusão social. Este Projeto de Intervenção Local propõe o desenvolvimento de diversas atividades que enfoquem estes problemas sociais e a construção de conhecimentos pertinentes aos valores africanos, afrobrasileiros e indígenas. MARCO TEÓRICO A história brasileira é marcada pela desconstrução de pertencimento de indígenas, negros e seus descendentes na sociedade. O ocultamento da diversidade no Brasil que o vem reproduzindo, tem cultivado, entre índios, negros, empobrecidos, o sentimento de não pertencer à sociedade. (SILVA, 2007 P. 498). No Brasil atual ainda nos desdobramos com um cotidiano racista que excluí os povos negros, indígenas e seus descendentes de garantias e direitos humanos, inclusive a Educação. No entanto algumas transformações decorreram da luta dos movimentos sociais, especialmente das reinvindicações históricas dos movimentos negro e indígena no Brasil em busca de melhorias e em favor do reconhecimento e valorização da identidade. A identidade cultural contribui no fortalecimento do grupo e lhe fornece uma garantia de reconhecimento digno e humano na sociedade. Concordamos que “nessas identidades, ao mesmo tempo em que internalizamos seus significados e valores, tornando- os parte de nós, contribui para alinhar nossos sentimentos subjetivos com os lugares objetivos que ocupamos no mundo social e cultural”. (HALL, 2003 P. 12). OBJETIVOS OBJETIVO GERAL: Neste projeto pretendemos trabalhar e debater ideias, proposições e ações que promovam a inclusão de temas direcionados às culturas africanas, afrobrasileira e indígenas com o propósito de trazer aos alunos a experiência de conhecer seus antepassados e analisar sua situação atual para valorizar e redimensionar seu papel social no coletivo da sociedade. Desta forma proporcionando o protagonismo de jovens e adultos a partir de sua valorização cultural e estabelecendo uma relação empática entre os(as) alunos(as) respeitando as diferenças e suas individualidades OBJETIVOS ESPECÍFICOS: Promover o debate sobre relações raciais, culturas africanas, afrobrasileira e indígenas no ambiente da EMMP; Analisar as lutas pela igualdade social dos negros e indígenas no Brasil; Conhecer os alunos(as) da EMMP pelas suas trajetórias de vida, relacionando a processos de exclusão racial em que estão envolvidos. RESULTADOS OBTIDOS A partir destas vivências, dos debates e da recepção dos(as) alunos(as) é que fomentamos uma base para este Projeto que nos despertou para a importância de tratá-los com maior intensidade. E para contribuir no papel educativo como agentes de formação de identidades, uma vez que o cidadão necessita se conhecer para agir e reagir diante da sociedade. Portanto, este Projeto pretende dar continuidade no ano de 2014 ao trabalho iniciado no ano de 2013 de forma mais elaborada e que seja renovado cada ano após as determinadas avaliações. CONCLUSÕES O processo de exclusão que os(as) alunos(as) passam é muito complexo pois sem sua identidade no coletivo social, enfraquecem seus desejos de galgarem maiores patamares. É necessário que eles saibam quem são e de onde vêm para que possam usufruir das politicas públicas existentes na correção de suas necessidades. Ao mesmo tempo entendemos que alguns professores e outros profissionais da Escola necessitam se aprofundar neste campo do conhecimento. O Projeto também procura trazê-los para o debate e articulação de uma nova metodologia de ensino, que faça com que os(as) alunos(as) evoluam juntamente com sua formação pessoal e de identidade. Figura 2 – Alunos(as) em sala de aula - Escola dos Meninos e Meninas do Parque. Out/2013. Figura 3 – Alunos(as) em produção de trabalhos para Projeto: As cores da África. Nov/2012. Universidade de Brasília – UnB Universidade Aberta do Brasil – UAB Faculdade de Educação – FE Coordenação do Programa de Pós-Graduação em Educação II Curso de Especialização em Educação na Diversidade e Cidadania, com ênfase na Educação de Jovens e Adultos / 2013-2014 CULTURAS AFRICANAS, AFROBRASILEIRA E INDÍGENAS NO PROCESSO EDUCATIVO DA ESCOLA DOS MENINOS E MENINAS DO PARQUE. Nos anos anteriores e principalmente em 2013, tivemos a oportunidade de trabalhar coletivamente em nossa Escola temas relacionados às culturas negras e indígenas em aulas de todas as disciplinas e modalidades em assembleias e eventos específicos. Foi uma experiência de e para todos(as) os(as) alunos(as), professores, Coordenação Pedagógica e Direção se envolverem com a questão da identidade, das relações étnico-raciais e também dos valores de culturas africanas, afrobrasileiras e indígenas. CONSIDERAÇÕES FINAIS Acreditamos ser mais do que necessário trabalhar o racismo e suas vertentes em nossa sociedade com o objetivo de reduzir as drásticas estatísticas causadas também pelo silenciamento e omissão. O racismo e seus derivados no cotidiano e nos sistemas de ensino não podem ser subavaliados ou silenciados pelos quadros de professores(as). É imprescindível identificá-los e combatê-los. Assim como é pungente que todos(as) os(as) educadores(as) digam não ao racismo. E juntos promovam o respeito mútuo e a possibilidade de se falar sobre as diferenças humanas sem medo, sem receio, sem preconceito e, acima de tudo, sem discriminação. (Cavalleiro, 2005 P. 12). CAVALLEIRO, Eliane dos Santos. Introdução. In: Educação anti-racista : caminhos abertos pela Lei Federal 10.639/03. Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. Brasília : Ministério da Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, 2005. 236 p. (Coleção Educação para todos). HALL, Stuart. Identidade cultural e Diáspora In: Revista do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, IPHAN. Brasília: 1996. SILVA, Petronilha Beatriz Gonçalves. Aprender, ensinar e relações étnico-raciais no Brasil. Educação. Porto Alegre, RS, ano xxx, n.3 (63), p. 489-506, set./dez. 2007. Disponível em arquivo PDF. (14p.) REFERÊNCIAS Foto/ Mapa/ Desenho e/ou Gráfico 20cm de altura 37cm de largura Dimensão pode ser variada Foto/ Mapa/ Desenho e/ou Gráfico 20cm de altura 37cm de largura Dimensão pode ser variada ATIVIDADES/EXPERIÊNCIAS Figura 1 – Vista externa da Escola dos Meninos e Meninas do Parque. Brasília Mar/2014.

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Autores(as): Alan Santos de Oliveira, Edite de Oliveira Santos, Valéria Hallie de Almeida RibeiroProfessora Orientadora: Dra. Marly de Jesus SilvaTutora Orientadora: Ms. Patrícia Nogueira Silva

INTRODUÇÃO A Escola dos Meninos e Meninas do Parque constitui uma unidade da

Secretaria de Estado da Educação do Distrito Federal e atende um público em situação devulnerabilidade social, desprovido de família, moradia, trabalho e outros fatores. A maioriadestes(as) alunos(as) são negros(as) e descendentes indígenas que geralmentedesconhecem sua própria história enquanto sujeitos da exclusão social. Este Projeto deIntervenção Local propõe o desenvolvimento de diversas atividades que enfoquem estesproblemas sociais e a construção de conhecimentos pertinentes aos valores africanos,afrobrasileiros e indígenas.

MARCO TEÓRICOA história brasileira é marcada pela desconstrução de pertencimento de indígenas,

negros e seus descendentes na sociedade. O ocultamento da diversidade no Brasil que ovem reproduzindo, tem cultivado, entre índios, negros, empobrecidos, o sentimento de nãopertencer à sociedade. (SILVA, 2007 P. 498).

No Brasil atual ainda nos desdobramos com um cotidiano racista que excluí ospovos negros, indígenas e seus descendentes de garantias e direitos humanos, inclusive aEducação. No entanto algumas transformações decorreram da luta dos movimentos sociais,especialmente das reinvindicações históricas dos movimentos negro e indígena no Brasilem busca de melhorias e em favor do reconhecimento e valorização da identidade.

A identidade cultural contribui no fortalecimento do grupo e lhe fornece umagarantia de reconhecimento digno e humano na sociedade. Concordamos que “nessasidentidades, ao mesmo tempo em que internalizamos seus significados e valores, tornando-os parte de nós, contribui para alinhar nossos sentimentos subjetivos com os lugaresobjetivos que ocupamos no mundo social e cultural”. (HALL, 2003 P. 12).OBJETIVOS

OBJETIVO GERAL:

Neste projeto pretendemos trabalhar e debater ideias, proposições e açõesque promovam a inclusão de temas direcionados às culturas africanas, afrobrasileira eindígenas com o propósito de trazer aos alunos a experiência de conhecer seusantepassados e analisar sua situação atual para valorizar e redimensionar seu papel socialno coletivo da sociedade. Desta forma proporcionando o protagonismo de jovens e adultos apartir de sua valorização cultural e estabelecendo uma relação empática entre os(as)alunos(as) respeitando as diferenças e suas individualidades

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:● Promover o debate sobre relações raciais, culturas africanas, afrobrasileira e indígenas

no ambiente da EMMP;● Analisar as lutas pela igualdade social dos negros e indígenas no Brasil;● Conhecer os alunos(as) da EMMP pelas suas trajetórias de vida, relacionando a

processos de exclusão racial em que estão envolvidos.

RESULTADOS OBTIDOSA partir destas vivências, dos debates e da recepção dos(as) alunos(as) é que

fomentamos uma base para este Projeto que nos despertou para a importância de tratá-loscom maior intensidade. E para contribuir no papel educativo como agentes de formação deidentidades, uma vez que o cidadão necessita se conhecer para agir e reagir diante dasociedade. Portanto, este Projeto pretende dar continuidade no ano de 2014 ao trabalhoiniciado no ano de 2013 de forma mais elaborada e que seja renovado cada ano após asdeterminadas avaliações.

CONCLUSÕES

O processo de exclusão que os(as) alunos(as) passam é muito complexo poissem sua identidade no coletivo social, enfraquecem seus desejos de galgarem maiorespatamares. É necessário que eles saibam quem são e de onde vêm para que possamusufruir das politicas públicas existentes na correção de suas necessidades. Ao mesmotempo entendemos que alguns professores e outros profissionais da Escolanecessitam se aprofundar neste campo do conhecimento. O Projeto também procuratrazê-los para o debate e articulação de uma nova metodologia de ensino, que façacom que os(as) alunos(as) evoluam juntamente com sua formação pessoal e deidentidade.

Figura 2 – Alunos(as) em sala de aula - Escola dos Meninos e Meninas do Parque. Out/2013.

Figura 3 – Alunos(as) em produção de trabalhos para Projeto: As cores da África. Nov/2012.

Universidade de Brasília – UnBUniversidade Aberta do Brasil – UAB

Faculdade de Educação – FECoordenação do Programa de Pós-Graduação em Educação

II Curso de Especialização em Educação na Diversidade e Cidadania, com ênfase na Educação de Jovens e Adultos / 2013-2014

CULTURAS AFRICANAS, AFROBRASILEIRA E INDÍGENAS NO PROCESSO EDUCATIVO DA ESCOLA DOS MENINOS E MENINAS DO PARQUE.

Nos anos anteriores e principalmente em 2013, tivemos a oportunidadede trabalhar coletivamente em nossa Escola temas relacionados às culturas negras eindígenas em aulas de todas as disciplinas e modalidades em assembleias e eventosespecíficos. Foi uma experiência de e para todos(as) os(as) alunos(as), professores,Coordenação Pedagógica e Direção se envolverem com a questão da identidade, dasrelações étnico-raciais e também dos valores de culturas africanas, afrobrasileiras eindígenas.

CONSIDERAÇÕES FINAISAcreditamos ser mais do que necessário trabalhar o racismo e suas vertentes em

nossa sociedade com o objetivo de reduzir as drásticas estatísticas causadas tambémpelo silenciamento e omissão. O racismo e seus derivados no cotidiano e nos sistemasde ensino não podem ser subavaliados ou silenciados pelos quadros deprofessores(as). É imprescindível identificá-los e combatê-los. Assim como é pungenteque todos(as) os(as) educadores(as) digam não ao racismo. E juntos promovam orespeito mútuo e a possibilidade de se falar sobre as diferenças humanas sem medo,sem receio, sem preconceito e, acima de tudo, sem discriminação. (Cavalleiro, 2005 P.12).

CAVALLEIRO, Eliane dos Santos. Introdução. In: Educação anti-racista : caminhosabertos pela Lei Federal nº 10.639/03. Secretaria de Educação Continuada,Alfabetização e Diversidade. – Brasília : Ministério da Educação, Secretaria deEducação Continuada, Alfabetização e Diversidade, 2005. 236 p. (Coleção Educaçãopara todos).

HALL, Stuart. Identidade cultural e Diáspora In: Revista do Instituto do PatrimônioHistórico e Artístico Nacional, IPHAN. Brasília: 1996.

SILVA, Petronilha Beatriz Gonçalves. Aprender, ensinar e relações étnico-raciaisno Brasil. Educação. Porto Alegre, RS, ano xxx, n.3 (63), p. 489-506, set./dez. 2007.Disponível em arquivo PDF. (14p.)

REFERÊNCIAS

Foto/ Mapa/ Desenho e/ouGráfico

20cm de altura37cm de largura

Dimensão pode ser variada

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20cm de altura37cm de largura

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ATIVIDADES/EXPERIÊNCIASFigura 1 – Vista externa da Escola dos Meninos e Meninas do Parque. Brasília Mar/2014.