cultura em foco - samy araújo

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Cultura EMFOCO Revsita da Cultira Brasileira- I Edição - Ano I- Tiragem 3000 Exemplares COMUNICURTAS VIII Edição de Cinema Audiovisual de Campina Grande ARTES XIV Festival de Artes de Areia Paraíba Feminina de Cultura ROTA CULTURAL Caminhos do Frios 2013 EVENTO EM HOMENAGEM AO BODE No cariri Paraíbano o Bode Está Solto na Rua FESTIVAL DE INVERNO Programação Comtempla Várias Áreas

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Page 1: Cultura em Foco - Samy Araújo

CulturaEM FOCO

Revsita da Cultira Brasileira- I Edição - Ano I- Tiragem 3000 Exemplares

COMUNICURTASVIII Edição de Cinema Audiovisual de Campina Grande

ARTES

XIV Festival de Artes de AreiaParaíba Feminina de Cultura

ROTA CULTURAL

Caminhos do Frios 2013

EVENTO EM HOMENAGEM AO BODE

No cariri Paraíbano o Bode Está Solto na Rua

FESTIVAL DE INVERNO

Programação Comtempla Várias Áreas

Page 2: Cultura em Foco - Samy Araújo

SUMÁRIO

3. Bode Na rua Em Gurjão

05. MACC Museu de Artes Assis Chatobreand

10. Festival de Inverno

07. Teatro Severino Cabral

06. Museu do Três Pandeiros

08. Feira Central de Campina

04. Comunicurtas UEPB

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Bode Solto Na RuaFoto: Jonny Brotta

O Bode na Rua 2013 foi realizado entre os dias 26 e 28 de julho

Por: Paraíba On Line

O prefeito do município de Gurjão, Ronaldo Queiroz comemora o even-to Bode na Rua que foi realizado no último fim de semana. Segundo Ronaldo, este ano a festa foi revita-lizada com grandes atrações, um au-mento considerável no número de animais na expofeira e a notada sa-tisfação do público que passou pelo município nesses três dias de festa. “O evento foi realizado com muitos esforços, trabalhamos muito para vencermos todas as dificuldades, principalmente a financeira. Graças as parcerias firmadas conseguimos realizar a festa que mostrou a capa-cidade do município em desenvolver um evento de qualidade”, comentou.O Bode na Rua 2013 foi realizado en-tre os dias 26 e 28 de julho e contou

com um número de animais que su-perou em dobro ao do ano anterior. Quanto ao público, Gurjão, muni-cípio com pouco mais de 3 mil ha-bitantes, recebeu cerca de 25 mil vi-sitantes, dentre os quais autoridades políticas como os secretários estadu-ais Efraim Moraes (Infraestrutura) e Marenilson Batista (Agropecuária e Pesca), o vice-governador Rômulo Gouveia, o deputado federal Efraim Filho, prefeitos de municípios vizi-nhos como Luiz Aires (Cabaceiras) e Silvana Marinho (Santo André), além do Secretário de Agricultura de Cam-pina Grande, Guilherme Almeida.O Prefeito Ronaldo também desta-ca a iniciativa da criação do Projeto Bode na Rua, idealizado pela Pre-feitura Municipal e que será exe-cutado em parceria com a Emepa. No último sábado (27), durante o evento, a Emepa entregou, em forma

de comodato, kit de processamento de carne de caprino e ovino e assinou, através de seu Diretor-Presidente Manoel Duré, protocolo de inten-são para a realização de cursos na Estação Experimental de Pendência para a caprinovinocultura de corte e caprinovinocultura leiteira. Essa parceria proporcionará qualificação para os produtores do município que passarão a oferecer produtos da caprinovinocultura em centro de co-mercialização específico, criado pela Prefeitura e que oferecerá carne, lei-te e derivados o ano todo em Gurjão.O evento Bode na Rua trouxe um aquecimento para a economia lo-cal, através da comercialização de animais, da venda de produtos e serviços e pela inserção financei-ra através da Prefeitura, que fez pa-gamento antecipado da folha de julho a todos os seus servidores.

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Comunicurtas – 8º Festival Audiovisual de Campina Grande

Por: Ascom Comunicurtas

O Comunicurtas – Festival Audio-visual de Campina Grande, realização da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), através do Departamento de Comunicação, do Centro de Ciências Sociais e Aplicadas e da Pró-Reitoria de Cultura, chega a sua oitava edição e, este ano, acontece de 23 a 31 de agosto, com mostras competitivas, oficinas, exposições e debates, com acesso gratuito.

Reconhecendo o talento de perso-nalidades que contribuem e dão vi-sibilidade ao audiovisual local, nesta edição o evento presta homenagem às atrizes Luci Pereira e Arly Arnaud, ambas formadas nos palcos do teatro campinense e que, posteriormente, trilharam o caminho do audiovisual, ganhando destaque no cinema e na TV. A elas será entregue o Prêmio Ma-chado Bittencourt.

Este ano serão oferecidas oficinas nas áreas de Trilha Sonora, Critica Cinematográfica, Preparação de Elen-co, Direção, Fotografia para Cinema e Fotografia Publicitária para Material Impresso. As inscrições para oficinas iniciam-se no dia 19 de agosto e vão até o dia 23 do mesmo mês. Já o resul-tado dos trabalhos selecionados para

as mostras competitivas será publica-do no dia 30 de julho.

Idealizado pelas mãos de alunos do Curso de Comunicação Social da UEPB, o Comunicurtas chega a sua oitava edição consolidando-se como uma das maiores janelas de exibição e fomento para o audiovisual paraibano e nacional. São oito anos fomentando a produção audiovisual e reconhecen-do o talento dos publicitários, jorna-listas e realizadores audiovisuais de Campina Grande e do Brasil.

O Comunicurtas – Festival Audio-visual de Campina Grande, realização da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), através do Departamento de Comunicação, do Centro de Ciências Sociais e Aplicadas e da Pró-Reitoria de Cultura, chega a sua oitava edição e, este ano, acontece de 23 a 31 de agosto, com mostras competitivas, oficinas, exposições e debates, com acesso gratuito.

Reconhecendo o talento de perso-nalidades que contribuem e dão vi-sibilidade ao audiovisual local, nesta edição o evento presta homenagem às atrizes Luci Pereira e Arly Arnaud, ambas formadas nos palcos do teatro campinense e que, posteriormente, trilharam o caminho do audiovisual, ganhando destaque no cinema e na TV. A elas será entregue o Prêmio Ma-

chado Bittencourt.Este ano serão oferecidas oficinas

nas áreas de Trilha Sonora, Critica Cinematográfica, Preparação de Elen-co, Direção, Fotografia para Cinema e Fotografia Publicitária para Material Impresso. As inscrições para oficinas iniciam-se no dia 19 de agosto e vão até o dia 23 do mesmo mês. Já o resul-tado dos trabalhos selecionados para as mostras competitivas será publica-do no dia 30 de julho.

Idealizado pelas mãos de alunos do Curso de Comunicação Social da UEPB, o Comunicurtas chega a sua oitava edição consolidando-se como uma das maiores janelas de exibição e fomento para o audiovisual paraibano e nacional. São oito anos fomentando a produção audiovisual e reconhecen-do o talento dos publicitários, jorna-listas e realizadores audiovisuais de Campina Grande e do Brasil.

O Comunicurtas – Festival Audio-visual de Campina Grande, realização da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), através do Departamento de Comunicação, do Centro de Ciências Sociais e Aplicadas e da Pró-Reitoria de Cultura, chega a sua oitava edição e, este ano, acontece de 23 a 31 de agosto, com mostras competitivas, oficinas, exposições e debates.

Comunicurtas 2012Foto: Jonny Brotta

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Page 5: Cultura em Foco - Samy Araújo

MAAC – Museu de Artes Assis ChateaubriandPor: Assessoria Macc

Com instalações modernas, o Mu-seu Assis Chateaubriand da Universi-dade Estadual da Paraíba (UEPB), está localizado no bairro do Catolé, em Campina Grande. O museu conser-vará e mostrará as obras de vulto que fazem parte do acervo do Museu de Artes Assis Chateaubriand (MAAC) - inaugurado no ano de 1967 - chama a atenção por sua grandiosidade. O espaço é magistral, amplo e funcional para além da estética, digno das gran-des casas de artes.

Construído numa uma área total de 1.500 m², o Museu Assis Chateau-briand possibilitará o fortalecimento do turismo cultural e o desenvolvi-mento do potencial artístico das co-munidades campinense e paraibana, através de oficinas, seminários, pales-tras, cursos, salão de artes, exposições, entre outros. O Museu da UEPB não fica a dever a nenhum estabelecimen-to do gênero em capitais ou grandes cidades brasileiras.

Projetado numa dimensão mo-derna, o museu conta com salas de exposição permanente e temporária; auditório com capacidade para 115 pessoas, entre outros equipamentos. O prédio é composto por dois salões destinados às exposições permanen-tes, um salão para exposições tempo-rárias, mezanino, sala de reuniões e biblioteca, tudo em ambiente climati-zado e com sistema de combate a in-cêndios para proteção das exposições e acervos. Além disso, haverá amplo estacionamento, sempre com atenção em fornecer fácil acesso aos portado-res de necessidades especiais.

Francisco de Assis Chateaubriand, paraibano de Umbuzeiro, foi, sem sombra de dúvida, um dos persona-gens mais influentes de sua época,

cujo mecenato em favor das artes teve raízes profundas e que geram frutos até os dias de hoje. Em 2 de outubro de 1947 foi agente importante, junto ao italiano Pietro Maria Bardi na cria-ção do MASP – Museu de Arte de São Paulo.

Já nos anos 60 criou a Campanha Nacional de Museus Regionais, com o intuito de descentralizar o foco das manifestações de arte do eixo Rio-São Paulo. Foram criados três museus: O Museu de Arte de Feira de Santana, na Bahia, O MAAC – Museu de Ar-tes Assis Chateaubriand em Campi-na Grande (não com este nome), na Paraíba e O Museu de Arte Contem-porânea de Olinda, em Pernambuco. Uma coleção foi doada para a cidade de São Luis, que está sob a guarda do Museu Histórico e Artístico do Mara-nhão.

Ainda neste contexto, foram cria-dos mais dois equipamentos museais: na cidade da Araxá, em Minas Gerais, o Museu Dona Beja e a Galeria Brasi-liana e na cidade de Porto Alegre, no Rio Grande do Su, a Pinacoteca Ru-bem Berta.

cidades brasileiras.Projetado numa dimensão moderna, o museu conta com salas de exposição permanente e temporária; auditório com capacidade para 115 pessoas, entre outros equipa-mentos. O prédio é composto por dois salões destinados às exposições per-manentes, um salão para exposições temporárias, mezanino, sala de reu-niões e biblioteca, tudo em ambiente climatizado e com sistema de combate a incêndios para proteção das exposi-ções e acervos. Além disso, haverá am

Inda neste contexto, foram criados mais doiss na e na cidade de Porto Acoteca Rubem Berta.

MACC-UEPBFoto: Jonny Brotta

Noite ExplendorosaFoto: Jonny Brotta

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Museu dos Três Pandeiros é inaugurado na PB

Por: Assessoria

Foi inaugurado na noite desta quinta--feira (13) em Campina Grande o Museu de Arte Popular da Universi-dade Estadual da Paraíba (UEPB), o ‘Museu dos Três Pandeiros’, segundo o arquiteto Luiz Marçal, integrante da equipe de Niemeyer e responsá-vel pela obra na Paraíba, o projeto é o mais recente concluído no mun-do com a assinatura de Niemeyer.Na cerimônia, houve a solenidade de transição da reitoria da universida-de, passando da gestão de Marlene Alves para Antonio Rangel Junior.O evento teve início com o hino na-cional cantado por Adília Uchoa e celebração religiosa com bençãos do padre Assírio. A assessora técnica

de museus da Paraíba, Silvia Cunha Lima, afirmou que o local está pron-to para abrigar o acervo cultural do estado. “Nossa cultura está pron-ta para morar nesta casa”, afirmou.Várias homenagens ainda foram rendidas pelo cordelista Manoel Monteiro e a dramaturga Lourdes Ramalho, dentre outros. A reito-ra Marlene Alves afirmou se sentir orgulhosa do trabalho realizado.“Tenho orgulho de dizer que encer-ramos nosso mandato com consci-ência e de mãos limpas. Oscar Nie-meyer estava também orgulhoso de fazer parte do cartão postal de Cam-pina Grande, fruto de trabalho de muitos paraibanos”, disse Marlene.Na cerimônia, houve a solenidade de transição da reitoria da universida-de, passando da gestão de Marlene

Alves para Antonio Rangel Junior.O evento teve início com o hino na-cional cantado por Adília Uchoa e celebração religiosa com bençãos do padre Assírio. A assessora técnica de museus da Paraíba, Silvia Cunha Lima, afirmou que o local está pron-to para abrigar o acervo cultural do estado. “Nossa cultura está pron-ta para morar nesta casa”, afirmou.lves para Antonio Rangel Junior.O evento teve início com o hino na-cional cantado por Adília Uchoa e celebração religiosa com bençãos do padre Assírio. A assessora técnica de museus da Paraíba, Silvia Cunha Lima, afirmou que o local está pron-to para abrigar o acervo cultural do estado. “Nossa cultura está pron-ta para morar nesta casa”, afirmou.

Bose Solto Na RuaFoto: Jonny Brotta

Bose Solto Na RuaFoto: Jonny Brotta

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Exponentes Severino CabralFoto: Jonny Brotta

Estalações ModernasFoto: Jonny Brotta

Teatro Municipal Severino Cabral

Ascom Severino Cabral

O Teatro Municipal Severino Cabral está localizado na cidade brasileira de Campina Grande, estado da Paraíba. É considerado um ícone cultural, e um dos símbolos da cidade de Cam-pina Grande, sendo sede de diversos eventos e palestras na cidade Histó-riaO Teatro foi inaugurado no dia 30 de novembro de 1963,1 às 10 horas da manhã. Foi construído por Severino Bezerra Cabral, prefeito de Campi-na que lhe deu nome.No mesmo dia, apresentou-se o ator e humorista José Vasconcelos, bastante conhecido no rádio e da TV brasileira. Com a inau-guração do Teatro Municipal, a região ganhou uma importante casa de es-petáculos.Durante quatro décadas, o teatro serviu a produções artísticas tanto da Paraíba, quanto da própria Campina Grande. O teatro se encon-tra no centro da cidade, na Avenida Floriano Peixoto, a principal avenida do Centro. Sua arquitetura moderna

tem inegável importância história, ar-tística e patrimonial, tendo sido palco de eventos nacionais e regionais.Ide-alização Nos anos sessenta, durante o regime ditatorial, as manifestações artísticas enfrentaram a censura. Nes-se período, em Campina Grande, um grupo de artistas amadores reivin-dicaram a construção de um teatro, para expor o trabalho dos artistas. Até então, todas as apresentações teatrais na cidade eram realizadas nas salas do Capitólio e do Babilônia, os cine--teatros. Arquitetura e infra-estruturaO teatro, idealizado pelo arquiteto Geraldino Pereira Duda,1 possui uma área edificada de 4.816 m², bar social, camarotes com 58 lugares, 10 cama-rins, galeria de arte, palco de 400 m² de profundidade e sanitários públicos, com 14 unidades individuais em cada. Em 1988, a parte central ampliada para 586 lugares. O Teatro Munici-pal Severino Cabral tem uma central de ar-condicionado, um sistema de combate a incêndio (33 extintores, alarmes, mangueiras para hidrantes), um elevador social (capacidade para

8 pessoas) e uma subestação elétrica. O prédio já passou por duas reformas, a primeira delas foi em 1975, duran-te a administração do prefeito Evaldo Cavalcanti Cruz. A segunda durou em 24 de setembro de 1986 a 20 de abril de 1988, na gestão de Ronaldo Cunha Lima. Design[editar]Primeiramente, o teatro estava plane-jado para cobrir apenas o centro do terreno onde hoje se encontra. No en-tanto, teve a idéia de fazer um instru-mento musical, pois no teatro há mú-sica e música inspira arte. Com isso, o teatro foi inspirado em um apito ou bico de flauta, ao mesmo tempo, no seu projeto. Sua arquitetura moder-na tem inegável importância história, artística epatrimonial para a cidade e região. Miniteatro Paulo FontesAlém do teatro municipal, não havia um lugar para apresentação de espetá-culos mais tímidos, de âmbito menor. Os artistas que fossem apresentar pe-quenas peças, se sentiam intimidados com o espaço gigante do teatro. Da possui 80 lugares.espriracúlos para animais.

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Aspectos HistóricosFoto: Jonny Brotta

Retalhos Histórios da Feira Central

A gênese da feira livre de Campina Grande confunde-se com sua própria fundação. A feira surgiu no aldea-mento do povo Ariú, grupo perten-cente a nação dos Kariri, que per-maneceu em nossa localidade com a finalidade de pastorear o gado dos Oliveira Ledo.Este local, onde aportou Theodósio e seus índios trazidos do interior da província, era o Sítio Barrocas, mais precisamente no início da Rua Vila Nova da Rainha com o Açude Velho, viela considerada porta de penetra-ção para o Sertão e Cariri desde os primórdios.Por se tratar de uma rota estratégica, aglomeravam-se tropeiros e boiadei-ros, donde se destacava o comércio, à base da troca, do principal produto da época, a farinha de mandioca.

Desde então, fixara-se ali, a feira livre de Campina Grande, tradicionalmen-te realizada aos domingos. Somente em 1839, atendendo ao pedido de D. João Perdigão, bispo de Olinda-PE, em visita ao interior da Paraíba, é que teve sua realização transferida para o sábado, mantendo-se neste dia até hoje.Com a construção do mercado de ce-reais de Baltazar Gomes Pereira Luna, no Largo da Matriz (onde funcionou a Reitoria da UEPB), a feira fora des-locada para a Avenida Floriano Pei-xoto, nas proximidades do prédio de Baltazar, permanecendo ali até o ano de 1864, quando o comerciante Ale-xandrino Cavalcante de Albuquerque construiu seu mercado na Rua do Se-ridó (Maciel Pinheiro), fazendo com que os comerciantes de cereais de

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Por: Samy Araújo

A gênese da feira livre de Campi-na Grande confunde-se com sua própria fundação. A feira surgiu no aldeamento do povo Ariú, gru-po pertencente a nação dos Kariri, que permaneceu em nossa loca-lidade com a finalidade de pasto-rear o gado dos Oliveira Ledo.Este local, onde aportou Theodó-sio e seus índios trazidos do inte-rior da província, era o Sítio Bar-rocas, mais precisamente no início da Rua Vila Nova da Rainha com o Açude Velho, viela considerada porta de penetração para o Ser-tão e Cariri desde os primórdios.porta de penetração para o Ser-tão e Cariri desde os primórdios.

Feirna Centarl anos 50Foto: Jonny Brotta

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instalassem à frente do seu estabeleci-mento, favorecendo, inclusive o aces-so dos freqüentadores da feira às casas de rancho (restaurantes) localizados nas imediações do Cemitério das Bo-ninas (haja visto o desmantelo urbano ao qual eram estabelecidas as vias de acesso em nossa cidade até o final dos anos 30).A partir daí, definem-se os termos “Mercado Novo” e “Mercado Velho”, para os estabelecimentos de Alexan-drino e Baltazar, respectivamente.Como zona de potencialidade eco-nômica local, a localização da feira foi motivo de disputas políticas; os partidários vencedores à cada eleição estabeleciam o local da feira de acor-do com suas conveniências, levando a dissipação de uma famosa frase da época que dizia “aonde o poder vai, a feira vai atrás”, fazendo com que a fei-ra mudasse de local de acordo com as eleições vindouras, disputadas entre liberais e conservadores. No ano de 1925, foi construído vizi-nho ao comércio de Alexandrino Ca-valcante, o Mercado Publico Munici-pal, intento da administração Ernani Lauritzen, sendo inaugurado no dia 22 de outubro; Este prédio detinha acesso pelas ruas Maciel Pinheiro e Barão do Abiaí, transpassando todo o quarteirão.Centro da efusão das novidades lo-cais, foi na feira central que em 1905 fora apresentado à sociedade campi-nense o gramofone, considerado “um espetáculo onde todos correram para ouvir o bicho falante”, como narra Cristino Pimentel, em sua obra “Peda-ços da História de Campina Grande, de 1958. Foi também na feira que se estabeleceram os primeira cinemas de Campina Grande; o Cine Brasil, o Cine-Theatro Apolo (construído onde era o Mercado Novo de Alexandrino Cavalcante em 1912) e o Cine Fox, to-dos de “saudosa memória”.Em 1939 o então prefeito, Bento Fi-gueiredo inicia a construção do mer-cado definitivo, no Bairro das Piabas (hoje Feira Central), onde se realizava a feira de gado, local conhecido pelos currais ali existentes, onde todos fo-ram demolidos e transferidos para o Bairro de José Pinheiro, que estava em formação.

Sendo palco de disputas políticas e ideológicas, como a Revolta de Que-bra-Quilos (1874) e a Revolta do Ras-ga-Vales (1895). A feira permaneceu de frente ao mer-cado novo até o ano de 1941 quando foi transferida, em definitivo, suas atividades para o inacabado Mercado Público do Bairro das Piabas, em 30 de agosto, pelo prefeito Vergniaud Wan-derley.Além da feira, o meretrício que ora funcionava na Rua Major Juvino do Ó (a Rua do Rói Couro), também fora transferido para as imediações do novo mercado, já havia 10 anos. Era conhecido como a Mandchúria e, em suas imediações, o auge da glória do Cassino Eldorado promoveu Campi-na Grande em nível regional, quando foi palco de grandes apresentações ar-tísticas e local de ostentação de rique-zas entre os anos de 1937 e 1942;

A partir daí, a feira manteve-se no lo-cal determinado pela administração pública, expandindo suas atividades comerciais para as ruas adjacentes ao novo prédio, promovendo o orgulho municipal nos anos 70 de ser conside-rada a maior feira ao ar livre do Brasil. Desde sua instalação, gradativamente ocorreu um “esquecimento” popular de que aquela localidade, hoje incor-porada ao Centro da cidade como “Feira Central”, já fora o famoso Bair-ro das Piabas, ou os “Currais”.Em seu processo de expansão, a Fei-ra Livre de Campina Grande detinha uma forte imposição sobre o sistema econômico local, mesmo sem con-correr com os demais comerciantes da região central da Maciel Pinheiro e adjacências. Até 1983, por exemplo, todo o sistema de transportes coleti-vos tinha como passagem obrigatória a Feira Central, quando as linhas de ônibus funcionavam com rotas exclu-sivas para cada bairro. Este sistema foi modificado na administração Ronal-

do Cunha Lima, alterando o ponto de intersecção para o Centro, da mesma forma que perdura até a atualidade.Nos anos 80 a Feira Central de Cam-pina Grande começa a sofrer a con-corrência dos pequenos mercadinhos, instalados em suas imediações e, mais tarde, com a instalação do Supermer-cado Bompreço (Balaio) construído de frente à Matriz de Nossa Senhora da Conceição.Atualmente, apesar da concorrência imposta pelos grandes estabelecimen-tos que aportaram em nossa urbe, nossa Feira Central ainda é hoje o es-paço mais democrático de comércio à céu aberto da nossa região, além de deter, de forma generalizada, todo o mostruário da cultura nordestina.a Feira Central, quando as linhas de ônibus funcionavam com rotas exclu-sivas para cada bairro. Este sistema foi modificado na administração Ronal-do Cunha Lima, alterando o ponto de intersecção para o Centro, da mesma forma que perdura até a atualidade.Nos anos 80 a Feira Central de Cam-pina Grande começa a sofrer a con-corrência dos pequenos mercadinhos, instalados em suas imediações e, mais tarde, com a instalação do Supermer-cado Bompreço (Balaio) construído de frente à Matriz de Nossa Senhora da Conceição.Atualmente, apesar da concorrência imposta pelos grandes estabelecimen-tos que aportaram em nossa urbe, nossa Feira Central ainda é hoje o es-paço mais democrático de comércio à céu aberto da nossa região, além de deter, de forma generalizada, todo o mostruário da cultura nordestina.Atualmente, apesar da concorrência imposta pelos grandes estabelecimen-tos que aportaram em nossa urbe, nossa Feira Central ainda é hoje o es-paço mais democrático de comércio à céu aberto da nossa região, além de deter, de forma generalizada, todo o mostruário da cultura nordestina.Fei-ra Central ainda é hoje o espaço mais democrático de comércio à céu aberto da nossa região, além de deter, de fo-rultura nordestina.cultura nordestina.Feira Central ainda é hoje o espaço mais democrático de comércio à céu aberto da nossa região, além de deter, de forultura nordestina.

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Page 10: Cultura em Foco - Samy Araújo

Confira a programação completa da edição 2013 do Festival

Por:Assessoria

A 38ª edição do Festival de Inverno de Campina Grande conta com uma pro-gramação que inclui aproximadamen-te 500 artistas que se apresentarão em espetáculos de música, teatro e dança gratuitos ou a preços populares, distri-buídos por vários pontos da cidade. O evento acontece entre os dias 23 e 31 de julho.Os palcos do FICG este ano são o Teatro Municipal Severino Ca-bral, Teatro Facisa, Mini Teatro Pau-lo Pontes, Sesc Centro e a Praça da Bandeira. Além de shows, oficinas de dança e teatro serão disponibilizadas para a população. Em 2013 o festival está comemorando os 50 anos do Tea-tro Municipal Severino Cabral e tam-bém o jubileu de ouro de atividades culturais da professora Eneida Agra Maracajá, idealizadora do Festival de Inverno.A abertura oficial do evento será marcada pela apresentação do es-petáculo ‘As Canções Que Você Dan-çou Pra Mim’, da Focus Cia de Dança (foto). A apresentação é embalada por 72 canções de Roberto Carlos e, em 2012, foi apontada pelo jornal O Glo-bo, como um dos melhores espetácu-los nacionais do ano.Confira a programação completa:Dia 23 de julho, terça-feira

10h - ‘Chegança’ (Dança)Anfiteatro do Parque do Açude No-vo18h - Grupo Galpão - MG / Espetá-culo ‘Gigantes da Montanha’ (Teatro)Teatro Municipal Severino Cabral21h - Focus Cia de Dança / ‘As Can-ções Que Você Dançou Pra Mim’ (Dança)Dia 24 de julho, quarta-feiraPraça da Bandeira17h - Alisson Amâncio - SE / Espetá-culo ‘Boa Noite Cinderela’ (Dança) e Escolas de Dança de Campina Grande19h - Banda Boa (Música)Teatro Municipal Severino Cabral21h - Fafe Cidade das Artes (PT) / Es-petáculo ‘Bululú - Estórias da Inven-ção do Mundo’ (Cultura Popular)Mini Teatro Paulo Pontes (Anexo ao Teatro Municipal Severino Cabral)19h - Fafe Cidade das Artes (PT) / Es-petáculo ‘Labirinto de Amor e Morte’ (Teatro)Dia 25 de julho, quinta-feiraPraça da Bandeira10h - Marcos Fernandes (Música)11h - Tina Dias (Música)12h - Talita Oliveira (Música)17h - Kilma Farias - PB / Nuriel el Nur - RN / Núcleo de Dança Passo a Passo - PB (Dança)18h - Sócrates Gonçalves (Música)19h - Roberta Silvana (Música)Teatro Municipal Severino Cabral20h - Mostra De Cultura PopularTeatro do Sesc Centro

10h - Cia Alexandre Fialho / Espetá-culo ‘As Lembranças de Vovô Timó-teo’ (Teatro)19h - Grupo Bodega / Espetáculo ‘Psi-que’ (Teatro)

Dia 26 de julho, sexta-feiraPraça da Bandeira10h - Armazém da Melodia Incom-pleta (Música)11h - A Encruzilhada (Música)12h - Califon (Música)(Teatro)Dia 25 de julho, quinta-feiraPraça da Bandeira10h - Marcos Fernandes (Música)11h - Tina Dias (Música)12h - Talita Oliveira (Música)17h - Kilma Farias - PB / Nuriel el Nur - RN / Núcleo de Dança Passo a Passo - PB (Dança)18h - Sócrates Gonçalves (Música)19h - Roberta Silvana (Música)Teatro Municipal Severino Cabral20h - Mostra De Cultura PopularTeatro do Sesc Centro10h - Cia Alexandre Fialho / Espetá-culo ‘As Lembranças de Vovô Timóte-pleta (Música)11h - A Encruzilhada (Música)12h - Califon (Música)10h - Cia Alexandre Fialho / Espetá-culo ‘As Lembranças de Vovô Timóte-pleta (Música)11h - A Encruzilhada (Música)12h - Califon (Música)

Festival de inverno 2012Foto: Jonny Brotta

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Expediete:Editora e diretora responsável: Daysi BregantiniEditor: Heitor FerrazEstagiários: Amanda Massuela, Helder Ferreira e Mariana Mari-nhoRevisão: Paulo Ricardo AlvesEditora de arte: Michaella PivettiAssistente de arte: Paula de Almei-da Prado

Espaço Revista CULT: Fernanda Paola ([email protected])Diretor financeiro: Dejair Bregan-tinoMarketing e assinaturas: Emelyn MarquesGerente administrativa: Ana Lúcia P. Silva ([email protected])Atendimento ao leitor e assinatu-ras: (11) 3385-3385, [email protected] em São Paulo (11) 3385-3385Executivo de contas: Thiago Bar-ros ([email protected])Representante em Brasília(61) 3321-9100 Front Comunica-ção – PedrDistribuição exclusiva no Brasil (bancas): Fernando ChinagliaCULT – REVISTA BRASILEIRA DE CULTURAé uma p Agostinho, 70 – 10º andar – Paraíso – São Paulo – SP – CEP 01533-070Tel.: (11) 3385-3385 – Fax: (11) 3385-3386CULT ON-LINEwww.twitter.com/revistacultwww.facebook.com/revistacultMatérias e sugestões de [email protected]@revistacult.com.br

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