cultivo e manejo da palma forrageira em...

CULTIVO E MANEJO DA PALMA FORRAGEIRA EM SEQUEIRO

Marcos Neves Lopes

Eng. Agrônomo, Dr. em Zootecnia/Forragicultura

Fortaleza, 07 de julho de 2017

2

Sucesso da pecuária nas regiões

semiáridas base alimentar que garanta

alimento no período de escassez de

forragem.

Considerações Iniciais

Época das águas

Época de estiagem

5

Opções forrageiras PALMA

FORRAGEIRA CACTÁCEAS.


Fonte: o autor.

6

Sucesso na exploração: escolha da área;

condições do ambiente;

escolha da cultivar;

preparo da área;

forma de plantio; e

manejo adotado.


7

Descrever os aspectos relacionados à

implantação e manejo da palma forrageira

em condições de sequeiro.

Objetivo

Fonte: o autor.

8

Aspectos relevantes da palma Condições edafoclimáticas Cultivares Preparo da área Correção do solo e adubação Plantio Controle de plantas invasoras Colheita

ASSUNTOS ABORDADOS

9 Fonte: Adaptação do autor.

10

Opuntia ficus-indica (Gigante e Redonda)

Palma forrageira:

Nopalea cochenillifera (Miúda)

11

CACTÁCEAS EXÓTICASPalma

12

PALMA FORRAGEIRA

Fonte: Lopes, M. N.

13

Aspectos relevantes da palma forrageira

Bom potencial produtivo;

Forrageira estratégica nos sistemas de

produção pecuário;

Alimentação humana;

14

Produção de medicamentos, cosméticos

e corantes;

Conservação e recuperação de solos;

Cercas vivas;

Tolerante a seca;

Rica em água (85-93%);

Bom coeficiente de digestibilidade.

Aspectos relevantes da palma forrageira

15

Limitações

Desenvolvimento lento;

Baixo teor de matéria seca;

Baixo teor de proteína bruta.

16

Aspectos importantes do sistema radicular da palma forrageira

Raiz

Raízes superficiais distribuídas horizontalmente econcentram-se nos primeiros 30 cm do solo.

Figura. Sistema radicular da palma Forrageira. Fonte: Brito, s.d.

17

Qual a importância de se

conhecer o sistema radicular da

Palma?

Raízes

18

Tratos culturais (não danificar as raízes);

Adubação (distribuição do adubo);

Definição de sistemas de irrigação???

Raízes

06/12/1219

Palma gigante

Palma miúda ou doce

Palma redonda

Cultivares

20

Palma gigante (A) Palma miúda

(B)

Palma redonda (C)

Clone IPA-20 (D)

Fonte: Santos et al. (s.d).

PALMA GIGANTE

06/12/1222

PALMA DOCE

23

Condições edafoclimáticas

SoloQuanto à textura

Arenosa

Argilosa

Argilo-arenosa Não muito raso;

Ausência de encharcamento.

Fonte: o autor.

24

Condições edafoclimáticas

Clima

Precipitação anual: 400 a 800 mm;

Umidade relativa: acima de 40%;

Temp. diurna/noturna: 25/15 ºC;

Condições ideais para o cultivo da palma

25

COMO CULTIVAR A PALMA FORRAGEIRA?

Escolha do terreno:

Deve ser de preferência plano;

Solos leves (argilo-arenosos) e

profundos.

Figura. Solo preparado (aração/gradagem).26

Preparo da área: Limpeza, aração e/ougradagem do terreno com trator ou à tração animal.

Figura. Preparo da área para plantio de palma em Quixadá-CE.Foto: Lopes (2011).


27

CORREÇÃO DO SOLO E

ADUBAÇÃO


28

Correção do SoloCalagemAcidez do solo pode ser reduzida e

controlada pelo uso da calagem;

Calagem preconiza a aplicação de materiais

corretivos no solo CALCÁRIOS.


29


NC (t/ha) = [X – (cmolc Ca2+ + Mg2+/kg de solo)] x 100/PRNTX = 3,0 ou 2,0, dependendo se for irrigado ou segueiro.

(Malavolta et al., 2006)

Calagem visa a elevação do pH do solo e

dos níveis de Ca2+ e Mg2+ e a eliminação da

toxicidade do Al3+.

30

Calagem Correção do Solo

Fonte: http://www.jan.com.br


31

POR QUE MONITORAR

A ACIDEZ DO SOLO?

Correção do Solo


32

Importância da Correção do Solo

Figura. Disponibilidade de nutrientes em função do pH (Camargos, 2005).


33


A acidez do solo afeta o crescimento da planta devárias formas:

Solubiliza Al e Mn, que podem ser tóxicos,

quando em níveis elevados;

Diminui a decomposição da M.O;

Pode causar deficiências de Ca e Mg;

Reduz a fixação simbiótica do N2 da atmosfera;

Diminuem: a) disponibilidade de P (fixação); b) o

crescimento das raízes. (Malavolta et al., 2006)

34

Adubação Orgânica

Adubação Mineral

ADUBAÇÃO DA PALMA FORRAGEIRA


35


Uso de resíduos de origem vegetal e animal

para o fornecimento de nutrientes às plantas,

com o objetivo de aumentar a sua produtividade.

(Malavolta et al., 2006; Silva et al., 2012; Donato, 2011)


Adição de adubos orgânicos = melhoria da

qualidade química, física e biológica;

36



QUAIS OS TRÊS GRANDES EFEITOS QUE A

MATÉRIA ORGÂNICA EXERCE NO SOLO?

37



FERTILIZA Ao adicionar macro e

micronutrientes essenciais à vida da planta;

CORRIGE Ao eliminar toxidez de alumínio e de

certos micronutrientes, como Mn, Fe e Cu;

CONDICIONA Ao melhorar as propriedades

físicas do solo, como a capacidade de retenção de

água, aeração, formação de agregados etc.

38

COMO CULTIVAR A PALMA FORRAGEIRA? Adubação Orgânica

DOSE: 10 a 30 t/ha de esterco;

Doses superiores a 30 t/ha de esterco tem sido

testadas com resultados positivos;

Distribuição no plantio dentro do sulco,

com incorporação;

(Donato, 2011)

39

COMO CULTIVAR A PALMA FORRAGEIRA? Adubação Orgânica

Dose superior a 30 t/ha aplicar um terço no

sulco de plantio e o restante nas entre linhas, 30

dias após ou quando iniciar as chuvas.

Plantio em cova: colocar 500 a 750 g de

esterco.(Donato, 2011)

40



Figura. Adubação orgânica no sulco de plantio. Fonte: Donato (2011).

41


Adubação Orgânica em Cobertura

Figura. Adubação orgânica em cobertura. Fonte: Silva (2012).

Nos anos subsequentes o esterco deve ser distribuído entre asfileiras com 10 a 20 cm de distância das plantas, após a colheita ou noinício do período chuvoso.

42


ADUBAÇÃO MINERAL DA PALMA

FORRAGEIRA

43


Análise do solo

Ensaios de adubação

Adubação fosfatada

Adubação potássica: parcelada

Adubação nitrogenada: parcelada

Adubação com micronutrientes

Adubação Mineral

44

Como maximizar a conversão do nutriente aplicado emprodução de forragem?Satisfazendo à exigência nutricional da planta;

Atendendo em termos quantitativos macros e

micronutrientes;

Em todos os estádios de crescimento.

Fonte: Adaptação do autor a partir de Camargos (2005). (Prado, 2008)

Fonte: Lopes (2011).

45

Adubação mineral

Finalidade imediata cobrir a diferença entre:

Necessidade da planta;

Fornecimento pelo solo.

BASTA APENAS COBRIR A DIFERENÇA???

Adubação = (QP–QS) ÷ fator f;

QP = Quantidade de nutriente requerida pela planta;

QS = Quantidade de nutriente contido no solo;

f = fator de eficiência de fertilizantes.

Conceito em adubação de palma forrageiraConceito em adubação de palma forrageira

(Malavolta el at., 2006).

46

Como “REFINAR” o manejo da adubação em palma

forrageira?

Respondendo de forma PRECISA às seguintes perguntas:

Manejo Manejo de de adubação da palma forrageiraadubação da palma forrageira

O QUÊ?

QUANTO? QUANDO?

COMO? COM QUÊ?

47

Manejo Manejo de de adubação da palma forrageiraadubação da palma forrageiraO QUÊ?

Macronutrientes

Micronutrientes

48

Manejo Manejo de de adubação da palma forrageiraadubação da palma forrageiraO QUÊ?Análise do solo Interpretação

Esta análise está completa?

Quantidade do nutriente no solo que a planta pode absorver.

49

O QUÊ?

Análise vegetal em palma forrageira Interpretação

Análise vegetal substitui a análise de solo?


Fonte: Donato (2011).

50

QUANTO?

Análise do solo Interpretação

Análise vegetal extração dos nutrientes

Curvas de resposta

Eficiência de utilização

Produção a ser alcançada

Manejo da adubação da palma forrageiraManejo da adubação da palma forrageira

51

QUANTO?

Manejo da adubação da palma forrageiraManejo da adubação da palma forrageiraTabela - Acúmulo e exportação de nitrogênio e fósforo

Fonte: Lopes (2016).

52

QUANTO?

Análise vegetal extração dos nutrientes


Figura - Acúmulo e exportação de N pela palma forrageira em Quixadá (A e B) e Tejuçuoca (C e D), em função das frequências de colheita, sob combinações de N e P(Lopes, 2016).

53

QUANTO?

Curvas de resposta

Adubação nitrogenada


Fonte: Adaptadode Dubeux et al.(2006).

Figura. Respostada palmaforrageira (40.000plantas/ha) àsdoses denitrogênio.

54

QUANDO?


Marcha de absorção

55


COMO?

Localização do adubo

Forma de aplicação

Que garanta o maior

aproveitamento do adubo.

56

COM QUÊ?

Adubos nitrogenados

Uréia: NH2CONH2 (45% N)

Sulfato de amônio: (NH4)2SO4 (18 a 20% N)

Nitrato de amônio: NH4NO3 (33 a 34% N)


57

COM QUÊ?

Adubos fosfatados

Superfosfato simples: Ca(H2PO4)2.H2O.CaSO4.2H2O

(20% P2O5; 10-12% S; 20% Ca)

Superfosfato triplo: Ca(H2PO4)2.H2O

(46% P2O5; 14% Ca)


58

COM QUÊ?

Adubos fosfatados

Fosfato monoamônico (MAP): NH4H2PO4

(52% P2O5; 11% N)

Fosfato diamônico (DAP): (NH4) 2HPO4

(46% P2O5; 18% N)


59

COM QUÊ?

Adubos potássicos

Cloreto de potássio: KCl (60% K2O)

Sulfato de potássio: K2SO4 (50 a 53% K2O; 18% S)

Sulfato duplo de potássio e magnésio: K2SO4.

MgSO4(21% K2O; 22% S; 11% Mg)

Nitrato de potássio: KNO3 (46,8% K2O)


60

COM QUÊ?

Adubos com enxofre

Sulfato de amônio: 24% S

Superfosfato simples: 14% S

Sulfato de potássio: 18% S


61

COM QUÊ?

Adubos com micronutrientes

Quelatos: EDTA, HEDTA, DTPA e EDDHA.

Fritas (FTE): BR-8, BR-9, BR-10, BR-12, BR-13, BR-

15, BR-16.

Sais: Sulfatos de zinco, cobre, manganês e ferro.


62


Distribuição do adubo na implantação: no sulco de plantio

Adubação Mineral

Fósforo aplicado todo de um só vez, no sulco de plantio;

Nitrogênio e potássio devem ser distribuídos em pelo menos

duas aplicações, sendo a primeira por volta de 30 a 40 dias após o

plantio e a segunda entre 30 e 40 dias após a primeira, entre as

fileiras a pelo menos 15 cm de distância;

Aplicações só podem ser feitas com solo úmido período

chuvoso.(Malavolta et al., 2006; Silva, 2012)

63


Distribuição do adubo na implantação: no sulco de plantio

Adubação Mineral

Figura. Adubação mineral de fundação da palma forrageira em Tejuçuoca-CE.Foto: Lopes (2011).

64


Distribuição do adubo em cobertura cultura

estabelecida:

Adubação Mineral

(Silva, 2012)

Aplicação após o inicio do período chuvoso;

Com solo úmido;

Parcelados ou não.

65


Distribuição do adubo em cobertura cultura estabelecida

Adubação Mineral

Figura. Adubação mineral em cobertura da palma forrageira.Fonte: Silva (2012).

66


POR QUE ADUBAR A PALMA

FORRAGEIRA??

67


POR QUE ADUBAR A PALMA??

N, P, K e Ca: 0,9%;

0,16%; 2,58% e 2,35%,

respectivamente

(Santos et al., 1990).

Fonte: Adaptação do autor.

68


PLANTIO DA PALMA

FORRAGEIRA

69

COMO CULTIVAR A PALMA FORRAGEIRA?Plantio

Época de Plantio

30 a 40 dias antes do início do período

chuvoso.

POR QUE?

Tipo

Em cova;

Em sulco.

70


Abertura dos sulcos

Manual

Mecanizado

Tração animal

71


ABERTURA DOS SULCOS:

Em função do espaçamento escolhido para

plantio;

Contrário à declividade do terreno

minimizando assim problemas com erosão dentro

da área do palmal.

72


PlantioAbertura dos

sulcos

Manual

Figura. Abertura manual dos sulcos.Foto: Lopes (2011).

73


Plantio

Abertura dos

sulcos

Mecanizado

Figura. Abertura mecanizada dos sulcos.Fonte: Nascimento (2006).

74


Plantio

Seleção dos cladódios para o plantio

Cladódios de plantas com 1 a 2 anos sem colher

Cladódios com 2 a 3 anos de idade (Tápia, 1983;

Farias et al., 2005);

Selecionar cladódios grandes, vigorosos, livres de

manchas e da presença de pragas ou doenças.

75


Plantio Seleção dos cladódios para o plantio

Cladódios da parte mediana da planta

Figura. Cultivo da palma forrageira em Tejuçuoca-CE. Fonte: Lopes (2011).

76



Cladódios da parte mediana da planta

Cladódios maduros = aqueles que emitiram brotos ou

estão próximos de emitir;

Corte: deve ser feito na junção entre raquetes;

Deve-se evitar a utilização de raquetes novas que são

muito tenras ou velhas que são muito lenhosas.(Donato, 2011)

77


Plantio

Seleção dos cladódios para o plantio

Armazenagem e período de cicatrização dos cladódios

Colocados à sombra para cicatrização da ferida do

corte, por um período mínimo de 7 dias;

Lopes et al. (2009), mencionaram um período

aproximado de 15 dias para cicatrização.

78



Armazenagem e período de cicatrização dos cladódios

Figura. Cicatrização da ferida de corte àsombra. Fonte: Donato (2011).

Figura. Mudas prontas para plantio.Fonte: Donato (2011).

79


Plantio

Posição e cobertura dos cladódios

Mudas (cladódios ou raquetes): enterradas cerca de

um terço, metade ou 2/3 do seu comprimento;

Posição das raquetes: podem ser colocadas na

posição vertical ou inclinada.

(Donato, 2011)

80


Plantio Posição dos cladódios

Figura. Posição de plantio. Fonte: Donato (2011). Figura. Posição de plantio comcladódios inclinados.

81


Plantio Posicionamento vertical dos cladódios por meio de gabarito

de plantio

Figura. Plantio de palma forrageira em Tejuçuoca-CE. Foto: Lopes (2011).

82


Plantio

Espaçamentos de plantio

Varia de acordo com:

Fertilidade do solo;

Quantidade de chuvas;

Finalidade de exploração;

Consórcio a ser utilizado.(Donato, 2011)

83

COMO CULTIVAR A PALMA FORRAGEIRA?Plantio Espaçamentos de plantio

LUZ fator que assume grande importância, e no

caso da palma forrageira, a disposição quase

perpendicular dos cladódios em relação ao solo dificulta

a interceptação da luz incidente, o que resulta em um

crescimento inicial lento, em função da baixa área

fotossintética, mas constitui mecanismo de defesa

contra o estresse por radiação.(Donato, 2011)

84


Plantio adensado permite maior

interceptação de luz por meio do aumento do IAC,

resultando em maiores produtividades.

85


Fileiras simples, duplas, triplas ou quádruplas, com

populações de 5.000 a 60.000 plantas/ha.

Fileiras simples: 1,00 m x 0,50 m ou 1,00 m x 0,25 m,

contendo 20.000 e 40.000 plantas/ha;

São indicadas para áreas pequenas, onde a mão-de-obra é

familiar e a colheita é realizada em pequenas quantidades,

podendo o transporte ser feito em carrinhos de mão, sacos

e/ou balaios. (Donato, 2011)

86


Fileiras simples

Figura . Espaçamento em fileira simples. Fonte: Donato (2011).

87


Fileiras simples 2,00 m x 0,25; 2,00 m x 0,12 m e 2,00 m

x 0,10 m, contendo 20.000, 40.000 e 50.000 plantas/ha;

Recomendados para áreas um pouco maiores, onde o

transporte do material colhido deve ser realizado com o auxilio

da tração animal (uso de carroças).

A distância maior entre linhas de plantio permite a entrada da

carroça para o transporte das raquetes até o processamento.(Donato, 2011)

88


Fileiras simples 2,00 m x 0,10 m = 50.000 plantas/ha

Figura. Espaçamento de plantio em fileira simples da palmaforrageira cultivada em Tejuçuoca-CE. Fonte: Lopes (2011).

2,00 m

0,10 m

89


Plantio em fileiras duplas, triplas e quádruplas:

Indicadas para grandes áreas;

Colheita de maiores quantidades de raquetes exige o

transporte por tratores e/ou carroças;

Possibilita o consórcio com culturas anuais (feijão)

ou forrageiras (milho, sorgo, milheto, guandú),

cultivados nas entre linhas.(Donato, 2011)

90


Plantio Espaçamentos de plantio

Fonte: o autor.

Palma em consórcio com feijão

91


Figura. Espaçamento de plantio em fileira dupla.Fonte: Donato (2011).

Fileira dupla

92


Figura. Espaçamento de plantio em fileira quádrupla.Fonte: Donato (2011).

Fileiras quádruplas

93


(Donato, 2011)

Fileiras duplas, triplas e quádruplas, onde a

distância entre as fileiras são geralmente entre 3 e 4 m;

Permite a operação mecanizada de aplicação de

defensivos para o controle de pragas e facilita a

aplicação de herbicidas para o controle de ervas

daninhas, permitindo uma melhor logística da colheita e

transporte das raquetes para o processamento.

94


Figura. Espaçamento em fileira quádrupla.Fonte: Donato (2011).

95

Figuras. Plantio adensado:2,0 m x 0,1 m

06/12/1296

PALMA ADENSADA

ESPAÇAMENTOS TRADICIONAIS

98

QUANDO USAR ESPAÇAMENTOS MAIORES?

Solos mais rasos, duros e pedregosos,

incapazes de suportar o volume de raízes

resultante do plantio adensado;

Áreas com < pluviosidade e temperaturas

mínimas muito elevadas.

99

COMO FAZER OS TRATOS CULTURAIS DA PALMA?

Figura. Infestação de planta daninha. Fonte: Silva (2012).

100

Controle de Plantas Daninhas

Controle de invasoras fundamental no cultivo da

palma forrageira;

Competição:

Luz;

Água;

Nutrientes.

Redução da produtividade da palma

101


Controle mecânico/manual

Limpeza com enxada ou roçada

Deve ser feito de forma cuidadosa para não ocorrerem danos ao

sistema radicular que é superficial.

Controle químico PESQUISAS

Deve-se usar produtos registrados para a cultura da

palma forrageira.(Inglese, 1995; Santos et al., 2006)

102


Controle mecânico/manual

Limpeza com enxada ou roçada

Plantios adensados em média, três controles

(capinas/roços) por ano.

Roçagem incremento acima de 100% na produção de

forragem, quando comparada com a palma sem trato cultural.

Plantios tradicionais roço no final da estação chuvosa.

(Santos et al., 2006; Silva, 2012)

COLHEITA DA PALMA

FORRAGEIRA

Colheita da Palma Forrageira

Resultados experimentais mostraram que a

palma se beneficia, em termos de produtividade e

longevidade, quando não se faz uma redução

drástica da superfície fotossintetizante.(Santos et al., 2006)


Frequência de colheita intervalo de corte;

Quando realizar o corte?

Com 1 ano? Com 2 anos? Com 3 anos? ....

Intensidade de colheita índice de área de

cladódio (IAC) remanescente (ordem de cladódio

conservada).


Frequência e intensidade de colheitaTabela. Efeito de frequência e intensidade de cortes, naprodução de matéria verde e seca da palma forrageira

Fonte: Adaptado de Farias et al. (2000).


Frequência e intensidade de colheita

Santos et al. (1996) avaliaram a produtividade

anual da palma miúda submetida a três

frequências de colheita (anual, bienal e trienal) e

três densidades de plantio (5.000, 10.000 e

20.000 plantas/ha).


Frequência e intensidade de colheitaPara as populações de 5, 10 e 20 mil

plantas/ha, foi de 5,9, 7,8 e 9,9 t MS/ha ano-1,

respectivamente.

Para os intervalos de colheita de 1, 2 e 3 anos,

foram obtidas produtividades de 6,9, 9,7 e 6,9 t

MS/ha ano-1, respectivamente.


Figura. Colheita da palma forrageira cv. Gigante emTejuçuoca-CE. Foto: Lopes (2011).

112 Fonte: Adaptação do autor.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

113

Marcos Neves LopesEng. Agrônomo, Dr. em Zootecnia/Forragicultura

e-mail: [email protected]

OBRIGADO!

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