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Cuidados e manejo de biotérios experimentais experimentais Patrícia Sesterheim & Luisa Braga

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Cuidados e manejo de biotérios experimentaisexperimentais

Patrícia Sesterheim & Luisa Braga

Biotério de experimentação: setorialBiotério de experimentação: setorial

• Instalação dotada de características próprias, com a finalidade única de alojar (bem-estar) espécies animais destinadas a servir como reagentes biológicos em diversos tipos de reagentes biológicos em diversos tipos de ensaios controlados, atendendo as necessidades dos programas de pesquisa, ensino, produção e controle de qualidade nas áreas biomédicas.

André Carissimi, 2010

Biotério de experimentaçãoBiotério de experimentação

• Instalações adequadas para os padrões necessários à manutenção de animais de laboratório devem:– possuir programas de gerenciamento das

condições físicas e ambientaispossuir programas de gerenciamento das condições físicas e ambientais

– garantir cuidados que favoreçam o desenvolvimento dos animais

– manter a sanidade e bem-estar, bem como...

– minimizar as variações que podem interferir nos resultados dos ensaios

NIH,2002

Localização Localização

Biotérios de experimentação

Sala Sala

de de manipulaçãomanipulação

Sala Sala

de de

LaboratóriosLaboratórios

de de

experimentaçãoexperimentação

experimentação de de manipulaçãomanipulaçãode de

cirurgiacirurgia

Sala Sala

de de

eutanásiaeutanásia

Sala Sala

de de

comportamentocomportamento

InstalaçõesInstalações

• Salas de animais

EspécieEspécie

• Salas de animais LinhagemLinhagem

SexoSexo

InstalaçõesInstalações

• Sala de lavagem, esterilização e preparo de materiais;

• Quarentena – mínimo 15 dias

• Estoque – maravalha , ração• Estoque – maravalha , ração

• Área de recepção – animais e usuários

• Área administrativa

• Sanitários e vestiários

InstalaçõesInstalações

Acesso independenteaos sanitários

EPIs: touca, propé, avental Descartável, luvas, máscara

Quarentena de animais

Condições higiênicasDe todas dependências

Proteção contra entradade insetos e outros animais

Limpeza dos ArredoresDo Edifício

CondiçõesCondições

Registros/POP dasatividades de biotério: rotina

aos sanitários

Identificaçãodas atividades

Instalações de laboratórios deapoio independentes

De todas dependências

Ventilação/ar condicionadode biotério independente

Local e POP de dejetose cadáveres de animais

CondiçõesCondiçõesdasdas

InstalaçõesInstalações

www.anvisa.gov.br

InstalaçõesInstalações

• Uso de instalações físicas adequadas às atividades de risco com animais;

• Disponibilidade de equipamento e materiais em quantidade e qualidade requeridas;quantidade e qualidade requeridas;

• Adoção de práticas operacionais padronizadas que determinem a qualidade e a segurança das

• Atividades com agentes de riscos, animais e organismos geneticamente modificados (OGM);

InstalaçõesInstalações

• Barreiras sanitárias– É obrigatória a existência de barreiras físicas que

separem áreas distintas, evitando o cruzamento de contaminações dentro do biotério e proporcionando seu isolamento do meio proporcionando seu isolamento do meio externo, onde há circulação de pessoas e outros animais.

– Inversamente, as barreiras devem impedir que animais e patógenos saiam para o meio externo.

– Multiusuários

InstalaçõesInstalações

• Controle genético estrito.

• Ambiente padronizado(segundo a espécie)

• Técnicos treinados e qualificados

• Ética. • Ética.

InstalaçõesInstalações

• Aprovação do CEUA

• Animais devem ser adquiridas em estabelecimentos legalmente autorizados à sua criação; sua criação;

• Laudo técnico: sanidade

• Autorização do coordenador do biotério de experimentação/setorial

Número de animais/grupoNúmero de animais/grupo

IdadeIdade

Sesterheim, P.

SexoSexo

IdadeIdade

TrajetóriaTrajetória

= = = = = = = = 11111111

x x x x x x x x 4 4 4 4 4 4 4 4 ++++++++

77777777

TrajetóriaTrajetória

= = = = = = = = 11111111

x x x x x x x x 4 4 4 4 4 4 4 4 ++++++++

77777777

Capacidade matrizCapacidade matriz

Nº de fêmeas = Nº de fêmeas = acasaladasacasaladas (NP + TC) Fd

365

Nº a s + MS

F % O

Ex.: 20 ratos machos/mês – 250g

Acasalamento e Acasalamento e prenhêzprenhêz

NascimentoNascimento

DesmameDesmame

Solicitação ao fornecimentoSolicitação ao fornecimento

Chegada dos animaisChegada dos animais

• Transporte

• Estresse: provoca mudanças fisiológicas

> 5 dias de observação pós - transporte

• Quarentena

• > 5 dias de observação pós - transporte antes do início de experimentos

ADAPTAÇÃO ADAPTAÇÃO -- ADAPTAÇÃO ADAPTAÇÃO -- ADAPTAÇÃOADAPTAÇÃO

Identificação das gaiolas em experimentação

– Cada gaiola deve possuir um cartão identificador modelo devidamente preenchido;

1. Identificação da linhagem

2. Identificação da idade dos animais (data de nascimento) nascimento)

3. Sexo

4. Identificação do usuário e docente responsável

5. Identificação do material inoculado

6. Data do início do experimento

7. Telefone para contato

• Necessitando de imobilização física ou química e/ou de privação alimentar ou hídrica, os pesquisadores devem procurar manter estas condições pelo menor período de tempo possível, evitando prolongar a angústia, desconforto e dor.

• Gaiolas com animais que requeiram especial atenção por parte dos funcionários do biotério, além do cartão de identificação, deverão ser

Identificação das gaiolas em experimentação

funcionários do biotério, além do cartão de identificação, deverão ser identificadas de maneira especial:

NÃO DAR ÁGUA

NÃO DAR

RAÇÃO

NÃO TROCAR

MARAVALHA

Restrição hídrica Restrição alimentar Restrição ao bem-estar

Entrada no biotério: EPIs

Rotina do biotério

• Conta com um serviço de limpeza ininterrupta, autoclavagemdo material utilizado como cama, oferta diária de água e ração, manejo da criação, entrega dos animais e atendimento aos usuários.

gaiolagaiolatemperaturatemperatura

umidadeumidade

raçãoraçãoáguaágua

arar

Fatores Fatores

limpezalimpeza delineamento delineamento exp.exp.

tratadortratador

Fatores que influenciam no estado de Fatores que influenciam no estado de saúde e bemsaúde e bem--estar animalestar animal

iluminaçãoiluminaçãoruídoruído

feromôniosferomônios POPULAÇÃO/caixaPOPULAÇÃO/caixa

amôniaamôniaforraçãoforração

Fatores Fatores genéticosgenéticos

idadeidade sexosexo

eutanásiaeutanásiaprotocolo protocolo experimentalexperimental

Considerações na elaboração do protocolo experimental• O objetivo e a necessidade do experimento animal

• Se não é uma repetição desnecessária

• Se um experimento in vitro poderia ser realizado ou o animal poderia ser substituído por uma espécie filogeneticamente inferior(utilização de métodos alternativos)

• �•• Se uma mudança poderia ser feita para um método menos invasivo•• Educação e experiência do pesquisador e técnicos

• Razões porque gaiolas especiais e ambiente de criação são necessárias

• Qualidade genética e microbiológica

• O número de animais e disposição dos grupos.

Considerações na elaboração do protocolo experimental

• Medidas para aliviar a dor

– Uso de sedativos, analgésicos e anestésicos

• Pós-Operatório

• Eutanásia• Eutanásia

Cuidados Cuidados prépré eeCuidados Cuidados prépré eepóspós--cirúrgicoscirúrgicos

Considerações

• Antes de tudo:

Observação Treinamento Competência

– Pesagem do Animal

- Comportamento

- Peso

- Lesões na pele

Exame Físico:

Avaliação antes do experimento

- Lesões na pele

- Hidratação

- Temperatura

- Parâmetros hematológicos

- secreções oculares ou nasais

- distensão abdominal

- fezes e urina alteradas

- rarefação do pelo

Avaliação antes do experimento

- pruridos, etc

Não utilizar o animal

- Animal saudável- Uso de antibiótico:amoxilicilina – 1mL/500mL p/1 semana(bebedouro) - CLAVAMOX®;

Cuidados pré-cirúrgicos

- aclimatação;

- Jejum não é obrigatório – aumento daabsorção de anestésicos intraperitonealmente;

- Anestesia;

- Tricotomia;

- Álcool iodado: passar somente no sítiocirúrgico – risco hipotermia;

Preparação do animal

cirúrgico – risco hipotermia;- Campo cirúrgico operatório- sem perder

visibilidade do paciente;- Instrumentos usados para fazer uma

incisão na pele deve ser dedicado exclusivamente aesse fim e separado de instrumentos utilizadospara manipular os tecidos e órgãos expostos.

- Observação periódica da respiração;

- Cor das mucosas e avaliação da cor dos

Monitoramento e Avaliação da Anestesia

- Cor das mucosas e avaliação da cor dos olhos refletida em animais albinos;

- Perda do reflexo podal;

- Evitando dor:• Buprenorfina: 0,3mg+14mL solução salina: 2X ao dia por 7 a 10 dias-

•Ratos: 400μL – SC• Camundongos: 100 μL – SC• Analisar parâmetros de dor

Cuidados pós-cirúrgicos

• Analisar parâmetros de dor

- amoxilicilina – 1mL/500mL p/1 semana (bebedouro) -CLAVAMOX®;

- Material da cama pode machucar nariz, olhos e boca de animais anestesiados ou ser aspirado durante a recuperação:

• substituir a cama por toalhas;

Cuidados pós-cirúrgicos

- Fornecimento de calor durante a recuperação:

• lâmpada incandescente (50-75 watts) 12-14 centímetros de distância do roedor, posicionado de modo que o roedor pode escapar da fonte de luz, se desejar.

- Fornecimento de calor durante a recuperação:

• Uma meia cheia de feijão ou grão de bico podem ser aquecidos por microondas e

Cuidados pós-cirúrgicos

podem ser aquecidos por microondas e colocado junto ao animal;•Aquecer solução salina: SC ou IP• Uma garrafa ou luva de látex com água quente;

•uma garrafa / luva pode resfriar rapidamente abaixo da temp. do animal

Deiscência incisional

• animais podem remover suturas;

• padrões de sutura contínua podem levar à completa deiscência incisional;

• limpeza regular das incisões ajudam a • limpeza regular das incisões ajudam a controlar as infecções localizadas.

• não apertar suturas: pesquisadores familiarizados com sutura de pele humana tendem a suturar pele animal com muita força.

Sinais de dor

–Diminuição do apetite (perda de peso);–Diminuição de urina e fezes;–Diminuição da atividade normal;–Piloereção e dorso curvado;–Automutilação (lamber-se ou coçar-se);–Automutilação (lamber-se ou coçar-se);–Aumento da freqüência respiratória;–Secreção porfirina (lágrima vermelha), olhos

e nariz (cromodacriorréia);–Vocalização;–Agressividade, se tocado.

– Pós-cirúrgico

• Acompanhar a recuperação dos reflexos dos animais (possibilidade do animal de alimentar sozinho), da respiração e da cor das mucosas e olhos;

Outras considerações

Outras considerações

• Identificação: marcação

• Dieta

• Controle versus experimento

• Experimentos que envolvem acasalamento• Experimentos que envolvem acasalamento

• Rotina

Outras considerações

• Manejo

• “Esquecimento”

• Multiusuários

– Problemas comportamentais humanos– Problemas comportamentais humanos

Amor ao próximo...

RuídoIluminaçãoManipular outros animaisSem EPIs

Limpeza

Parasitas, bactérias e retrovírus

Álcool 70%

Formol 4%Cloro ativo

1%

Enredo científico: antes

– Atores principais: reagentes e tratamento

• Coadjuvantes: vidrarias...

– Figurantes: animais

Marcel Frajblat, 2010

Enredo científico: depois

– Atores principais: animais e tratamento

• Coadjuvantes: reagentes...

– Figurantes: vidrarias

Marcel Frajblat, 2010

Qual o seu foco?

• Publicação?

• Conhecimento?

• Cuidado com o animal?

• Titulação?• Titulação?

Quantas vezes os alunos de camiseta branca repassam a bola?

gaiolagaiolatemperaturatemperatura

umidadeumidade

raçãoraçãoáguaágua

arar

Fatores Fatores

limpezalimpeza delineamento delineamento exp.exp.

tratadortratador

Fatores que influenciam no estado de Fatores que influenciam no estado de saúde e bemsaúde e bem--estar animalestar animal

iluminaçãoiluminaçãoruídoruído

feromôniosferomônios POPULAÇÃO/caixaPOPULAÇÃO/caixa

amôniaamôniaforraçãoforração

Fatores Fatores genéticosgenéticos

idadeidade sexosexo

eutanásiaeutanásiaprotocolo protocolo experimentalexperimental