biossegurança e boas práticas em biotérios de experimentação

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Trabalho com animais: Biossegurança e Boas Práticas em Biotérios de Experimentação. Biotério: Instalações dotadas de características próprias para atender as exigências dos animais onde são mantidos ou criados bem-estar e saúde desenvolver e reproduzir responder satisfatoriamente aos testes neles realizados.

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Page 1: Biossegurança e Boas Práticas em Biotérios de Experimentação

Trabalho com animais:

Biossegurança e Boas

Práticas em Biotérios

de Experimentação.

Biotério: Instalações dotadas decaracterísticas próprias para atender asexigências dos animais onde são mantidos oucriados → bem-estar e saúde → desenvolvere reproduzir → responder satisfatoriamenteaos testes neles realizados.

Page 2: Biossegurança e Boas Práticas em Biotérios de Experimentação

1. Biotério de Criação: matrizes reprodutoras.

2. Biotério de Manutenção/Produção: fornecimento de órgãos e sangue ou animais.

3. Biotério de Experimentação: animais mantidos durante os experimentos.

Classificação dos Biotérios

Quanto à finalidade:

Page 3: Biossegurança e Boas Práticas em Biotérios de Experimentação

Quanto ao Status Sanitário:

1. Gnotobióticos: vida conhecida, mantidos em isoladores. → Axênicos ou Germ Free: nenhuma flora associada. → Flora Definida: intencionalmente contaminados.

2. SPF (Specific Patogen Free): microbiota não patogênica, mantidos em barreiras rigorosas.

3. Convencional: microbiota desconhecida, ambiente desprovido de barreiras sanitárias rigorosas.

Classificação dos Biotérios

Page 5: Biossegurança e Boas Práticas em Biotérios de Experimentação

Quanto ao Nível de Biossegurança:

Biossegurança: ações para prevenir, minimizar ou eliminar riscos.

físicos

químicos

Em Biotérios: ergonômicos

mecânicos

biológicos: risco de contaminação dependeda susceptibilidade dos técnicos, manejo experimental, estadode doença do animal e do agente infeccioso.

Biossegurança em Biotérios

de Experimentação.

Page 6: Biossegurança e Boas Práticas em Biotérios de Experimentação

Agente infeccioso: classificado com base no seu

potencial patogênico (Risco 1 a 4).

Definem-se Práticas e Instalações.

NB1 (baixo risco individual e para a comunidade):

agentes não causam doença. Ex. Lactobacillus

NB2 (moderado risco individual e limitado para a

comunidade) associados com doença humana ou

animal, medidas terapêuticas e profiláticas eficazes.

Ex. Staphylococcus aureus, Leshmania spp., T. cruzi

etc.

Biossegurança em Biotérios

de Experimentação.

Page 7: Biossegurança e Boas Práticas em Biotérios de Experimentação

NB3 (alto risco individual e moderado risco para a

comunidade) agentes biológicos causam infecções

graves potencialmente letais, usualmente com

medidas de tratamento e/ou prevenção. Ex. Bacillus

anthracis, Clostridium botulinum, HIV, Hantavírus,

etc.

NB4 (alto risco individual e para a comunidade)

doenças de alta gravidade, sem medidas profiláticas

ou terapêutica. Ex. Ebola, Arenavírus, Vírus da

influenza A aviária. etc.

Biossegurança em Biotérios

de Experimentação.

Page 8: Biossegurança e Boas Práticas em Biotérios de Experimentação

Biotério de Experimentação;

Animais com padrão Sanitário Convencional e SPF;

Animais com padrão Genético Isogênicos e Heterogênicos (camundongo, rato e hamster);

NB2 (classe de risco dos patógenos utilizados nas pesquisas).

Biotério do IMT.

Page 9: Biossegurança e Boas Práticas em Biotérios de Experimentação

Biossegurança e Boas

Práticas em Biotérios.

Principais Riscos (funcionários e usuários):

físicos: temperatura, ruídos, iluminação, etc;

Em Biotérios químicos: irritantes, tóxicos, alergias, etc;

ergonômicos: lombalgias e LER;

mecânicos: quedas, esbarrões, etc.

Page 10: Biossegurança e Boas Práticas em Biotérios de Experimentação

Biossegurança e Boas

Práticas em Biotérios.

Principais riscos animais:

Estresse: manipulação e procedimentos;

Ferimentos por brigas;

Contaminação por agentes patogênicos.

Principais riscos ambiente:

Descarte de resíduos infectantes (maravalha, fezes e urina, perfuro-cortante);

Escape de animais (OGM´s);

Descarte de carcaças.

Page 11: Biossegurança e Boas Práticas em Biotérios de Experimentação

Treinamento (funcionários e usuários)

→ Pessoal qualificado em condições de:

Saúde (vacinação, exames periódicos);

Disciplina;

Temperamento calmo;

Respeito com os animais;

Responsabilidade;

Gostar do que faz.

Biossegurança e Boas

Práticas em Biotérios.

Page 13: Biossegurança e Boas Práticas em Biotérios de Experimentação

Práticas aplicadas em NB2: proteção

pessoal, ambiental e animal.

Manter bancadas, equipamentos e

a sala sempre em ordem e limpos.

Durante o trabalho, as portas do

laboratório devem permanecer

fechadas.

Page 14: Biossegurança e Boas Práticas em Biotérios de Experimentação

Respeitar o uso correto da cabine/fluxo na sala de manipulação.

Práticas aplicadas em NB2: proteção

pessoal, ambiental e animal.

Manipulação de material

não infectante.

Manipulação de material

infectante.

Page 15: Biossegurança e Boas Práticas em Biotérios de Experimentação

Práticas aplicadas em NB2: proteção

pessoal, ambiental e animal.

Eutanásia

Solicitar ajuda se necessário !!!

O método aprovado pela CEUA;

Responsabilidade do usuário;

Não usar éter (irritação pele e

mucosas, dores de cabeça, náusea,

sonolência e vômito) e clorofórmio

(método inaceitável, sérios danos à

saúde e carcinógeno humano);

Limpar a caixa utilizada como

sacrificador antes e após uso.

Page 16: Biossegurança e Boas Práticas em Biotérios de Experimentação

Uniformes e aventais de uso

único no biotério;

Não devem ser levados para

lavar em casa;

Não usá-los em outras

dependências do IMTSP.

Práticas aplicadas em NB2: proteção

pessoal, ambiental e animal.

Page 18: Biossegurança e Boas Práticas em Biotérios de Experimentação

Cuidado durante a manipulação dos animais,

não fazer movimentos bruscos;

Evitar a formação de aerossóis;

Nunca realizar procedimentos dentro das

salas de animais.

Práticas aplicadas em NB2: proteção

pessoal, ambiental e animal.

Na dúvida, sempre perguntar e

solicitar ajuda.

Page 19: Biossegurança e Boas Práticas em Biotérios de Experimentação

Área Convencional: uniforme

e/ou avental, touca, luva e

máscara.

Usar o carrinho somente para

fazer as trocas. Jamais para

experimentação !

Práticas aplicadas em NB2:

Uso de EPI´s e EPC´s

Equipamentos de proteção individual

Page 20: Biossegurança e Boas Práticas em Biotérios de Experimentação

Área SPF: uniforme e/ou avental de uso exclusivo na área, touca, luva, máscara e pro-pé.

Manipular os animais somente dentro da cabine (diferentes para troca e experimentação).

Práticas aplicadas em NB2:

Uso de EPI´s e EPC´s

Page 21: Biossegurança e Boas Práticas em Biotérios de Experimentação

Sala de Manipulação:avental de uso exclusivo no biotério, touca, luva e máscara.

Manipular os animais na bancada ou na cabine (animais infectados).

Práticas aplicadas em NB2:

Uso de EPI´s e EPC´s

Page 23: Biossegurança e Boas Práticas em Biotérios de Experimentação

Equipamentos de proteção coletiva

extintores de incêndio.

autoclaves

Práticas aplicadas em NB2:

Uso de EPI´s e EPC´s

Page 24: Biossegurança e Boas Práticas em Biotérios de Experimentação

racks ventiladoscabine de segurança química

Práticas aplicadas em NB2:

Uso de EPI´s e EPC´s

Page 25: Biossegurança e Boas Práticas em Biotérios de Experimentação

Outros EPC´s:

Sistemas de ar condicionado e exaustão;

Chuveiros de emergência e lava-olhos;

Caixa de material perfuro-cortante;

Pia e escova;

Etc.

Práticas aplicadas em NB2:

Uso de EPI´s e EPC´s

Page 26: Biossegurança e Boas Práticas em Biotérios de Experimentação

Descarte de Resíduos e Carcaças

Resolução Nº 306 (ANVISA) e nº 358 (CONAMA) dispõem sobre o tratamento e disposição final de resíduos de serviços de saúde.

Grupo A: Resíduo Biológico - Infectante, são aqueles queapresentam risco potencial devido à presença de agentesbiológicos.

Subgrupo A2

Animal contaminado: carcaça ou parte de animal inoculado,exposto à microrganismos patogênicos ou portador dedoença infecto-contagiosa, bem como resíduos que tenhamestado em contato com este.

Page 27: Biossegurança e Boas Práticas em Biotérios de Experimentação

PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE

RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (PGRSS):

descreve as ações de um estabelecimento de saúde

relativas ao manejo dos resíduos, desde a geração

até tratamento e disposição final, englobando ainda

questões referentes à saúde pública.

Considerando que: coleta e o armazenamento de

resíduos devem minimizar ou eliminar o risco de

exposição às pessoas, ao ambiente de trabalho e ao

meio ambiente.

Descarte de Resíduos e Carcaças

Page 28: Biossegurança e Boas Práticas em Biotérios de Experimentação

Etapas do Gerenciamento dos Resíduos.

1. Separação dos resíduos

Maravalha

Perfuro cortante

Page 29: Biossegurança e Boas Práticas em Biotérios de Experimentação

Etapas do Gerenciamento dos Resíduos.

Lixo do Iaboratório Lixo Comum

Page 30: Biossegurança e Boas Práticas em Biotérios de Experimentação

2. Acondicionamento

(fechamento com lacre);

3. Identificação;

Etapas do Gerenciamento dos Resíduos.

Page 31: Biossegurança e Boas Práticas em Biotérios de Experimentação

Etapas do Gerenciamento dos Resíduos.

Freezer para

acondicionamento interno

Separadas por espécies;

Acondicionadas em sacos plásticos;

Identificadas;

Colocadas no freezer.

SOMENTE Carcaças

Page 32: Biossegurança e Boas Práticas em Biotérios de Experimentação

Fichas de Identificação

Etapas do Gerenciamento dos Resíduos.

Page 33: Biossegurança e Boas Práticas em Biotérios de Experimentação

4. Coleta; 5. Transporte Interno;

Etapas do Gerenciamento dos Resíduos.

Page 34: Biossegurança e Boas Práticas em Biotérios de Experimentação

Etapas do Gerenciamento dos Resíduos.

6. Armazenamento externo:

carcaças em câmara fria e

outros resíduos em abrigo.

Submetidos a tratamento de

inativação microbiana

(Desativação Eletrotérmica)

Encaminhados para o

aterro sanitário licenciado;

Carcaças de animais

encaminhadas para

cremação.

7. Recolhimento pelo órgão

competente (LIMPURB).

Page 35: Biossegurança e Boas Práticas em Biotérios de Experimentação

OBRIGADA [email protected]

Tel: (11) 3061-7053

Referência Bibliográfica:

ANDRADE, A., org. Animais de Laboratório Criação e Experimentação. Rio de

Janeiro: Fiocruz, 2002.

LAPCHIK, V., org. Cuidado e Manejo de Animais de Laboratório. São Paulo:

Atheneu, 2009.

MAJEROWICZ, J. Boas Práticas em Biotérios e Biossegurança. Rio de

Janeiro: Interciência, 2008.

VALLE, S., org. Biossegurança em Biotérios. Rio de Janeiro:Interciência, 2008.

Resolução da Diretoria Colegiada Res. 360 http://portal.anvisa.gov.br

Resolução do Ministério do Meio ambiente Res. 358 www.mma.gov.br/conama