cÉsar leonardos melucci -...

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO ESTUDO DE TÉCNICAS E FERRAMENTAS DE LOGÍSTICA APLICÁVEIS EM OBRAS DE CONTENÇÃO DE ENCOSTAS CÉSAR LEONARDOS MELUCCI RIO DE JANEIRO 2019

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

ESTUDO DE TÉCNICAS E FERRAMENTAS DE LOGÍSTICA APLICÁVEIS EM OBRAS

DE CONTENÇÃO DE ENCOSTAS

CÉSAR LEONARDOS MELUCCI

RIO DE JANEIRO

2019

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ESTUDO DE TÉCNICAS E FERRAMENTAS DE LOGÍSTICA APLICÁVEIS EM OBRAS

DE CONTENÇÃO DE ENCOSTAS.

CÉSAR LEONARDOS MELUCCI

Projeto de Graduação apresentado ao curso de

Engenharia Civil da Escola Politécnica,

Universidade Federal do Rio de Janeiro, como

parte dos requisitos necessários à obtenção do

título de Engenheiro.

Orientador: Prof. Jorge dos Santos.

Rio de Janeiro

Fevereiro de 2019

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ESTUDO DE TÉCNICAS E FERRAMENTAS DE LOGÍSTICA APLICÁVEIS EM OBRAS

DE CONTENÇÃO DE ENCOSTAS

___________________________________________________________________________

César Leonardos Melucci

Universidade Federal do Rio de Janeiro

___________________________________________________________________________

Prof. Jorge dos Santos.

Universidade Federal do Rio de Janeiro

___________________________________________________________________________

Prof. D.Sc.

Universidade Federal do Rio de Janeiro

___________________________________________________________________________

Prof., D.Sc.

Universidade Federal do Rio de Janeiro

Março de 2019

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FICHA CATALOGRÁFICA

Melucci, César Leonardos

Estudo de técnicase ferramentas de logística aplicáveis em

obras de contenção de encostas / César Leonardos Melucci -

Rio de Janeiro: UFRJ/ Escola Politécnica, 2018.

xii, 169 p.: il.; 29,7 cm.

Orientador: Jorge dos Santos

Projeto de Graduação – UFRJ/ Escola Politécnica/

Curso de Engenharia Civil, 2019.

Referências Bibliográficas: p. 111-122.

1. Logística. 2. Cadeia de Suprimentos. 3. Arranjo

Físico. 4.Canteiro de Obras. 5.Equipamentos. 6.

I. Haddad, Assed Naked. II. Universidade Federal do

Rio de Janeiro, Escola Politécnica,Curso de Engenharia

Civil. III. Logística em obra de estabilização de taludes

rochoso com sistema de ancoragem e entelamento.

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RESUMO

Resumo do Projeto de Graduação apresentado à Escola Politécnica/ UFRJ como

parte dos requisitos necessários para a obtenção do grau de Engenheiro Civil.

ESTUDO DE TÉCNICAS E FERRAMENTAS DE

LOGÍSTICA APLICÁVEIS EM OBRAS DE CONTENÇÃO

DE ENCOSTAS

César Leonardos Melucci

Fevereiro/2019

Orientadora: Jorge dos Santos

Curso: Engenharia Civil

Em resposta a crescente competividade, as empresas da indústria da construção civil

têm aplicado conceitos e ferramentas da logística, para auxiliar no planejamento,

controle e gestão de frentes de trabalho.

Este trabalho apresenta uma revisão teórica da logística e da sua contribuição para a

construção civil, combinada com um estudo prático de uma obra de grande porte de

contenção de encosta. Considerando-se aspectos para redução de custos,

respeitando prazo, qualidade e segurança do trabalho.

Com esta realização são apresentados: ferramentas de gestão e controle de obras

para o estudo prático, os princípios logísticos adotados, apoiados no desenvolvimento

de projetos e planejamento de canteiros; a distribuição logística interna e externa; e a

operação da logística nos canteiros. Com base nos dados levantados é feita análise

do processo da obra estudada, tornando mais claros alguns dos conceitos logísticos,

confirmando a necessidade da sua aplicabilidade no setor da construção de edifícios,

com proposição de melhorias.

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Palavras-chave: Logística. Contenção de encostas. Construção.

ABSTRACT

Abstract of Undergraduate Final Project presented to Escola Politécnica/UFRJ as

a partial fulfillment of the requirements for the degree of Civil Engineer.

LOGISTIC TO WORK FOR CONTENTION OF

HILLSIDES WITH THE APLICATION OFF ANCHORED

STRUCTURES.

César Leonardos Melucci

Setembro/2018

Advisor: Jorge dos Santos

Department: Civil Engineering

In response to increasing competitiveness, companies in the construction industry have

applied concepts and tools of logistics to assist in the planning, control and

management of work fronts.

The purpose is to present a theoretical review of the logistics and its contribution to the

construction, combined with a case study of a large work of contention of hillsides.

Considering aspects to reduce costs, respecting the schedule, quality and safety.

With this realization it was presented: tools of management and control of works for the

practical study, the logistical principles adopted, supported in the development of

projects and planning of contruction sites; the internal and external logistics distribution;

and the operation of logistics in the beds. Thus, it was possible to analyze the process

and clarify some of the logistic concepts, confirming the need for its applicability in the

building construction sector, and to propose improvements.

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Keywords: Logistics. Contention of sidehills. Construction

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

FIGURA 1- EQUILÍBRIO DE CUSTOS SOB A ÓTICA DA LOGÍSTICA ............................................................................................ 45

FIGURA 2 - RELAÇÃO DE CUSTO EM FUNÇÃO DO MODO ESCOLHIDO ...................................................................................... 45

FIGURA 5 - PERFURAÇÃO COM MANIPULADOR TELESCÓPICO COM LANÇA ACOPLADA. .............................................................. 51

FIGURA 6 - SISTEMA DE MONTAGEM SOB ANDAIME .......................................................................................................... 52

FIGURA 7 - SISTEMA DE APOIO COM PLATAFORMA FIXADA NO MACIÇO ................................................................................. 52

FIGURA 8 - SISTEMA DE APOIO ACROBÁTICO COM PERFURATRIZ PNEMÁTICA HIDRÁULICA. ......................................................... 53

FIGURA 9 - SISTEMA DE APOIO EM EQUIPAMENTOS DE AVANÇO ........................................................................................... 53

FIGURA 10 - CORTE DE CHUMBADOR PERMANENTE TÍPICO ...................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.

FIGURA 3 - SISTEMA DE ANCORAGEM DA TELA DE ALTA RESISTÊNCIA REFORÇADA COM CABOS DE AÇO. ........................................ 11

FIGURA 4 - - FRAGMENTAÇÃO DE ROCHA COM TÉCNICA DE EXPLOSIVOS ..................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.

FIGURA 6 - SISTEMA DE MONTAGEM SOB ANDAIME ............................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.

FIGURA 7 - SISTEMA DE APOIO COM PLATAFORMA FIXADA NO MACIÇO ...................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.

FIGURA 11 - VISTA FRONTAL E CORTE DE TALUDE COM APLICAÇÃO DA TELA DE ALTA RESISTÊNCIA ... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.

FIGURA 13- PROTETOR DE CANTO E ANGULAÇÃO MÁXIMA DAS LINHAS DE FORÇA ................................................................... 32

FIGURA 14 - COMPOSIÇÃO DA CARGA ............................................................................................................................ 33

FIGURA 15 – ÁBACO DE GUINDASTE PARA DETERMINAÇÃO DO ÂNGULO DA LANÇA. ................................................................. 35

FIGURA 16- IMAGEM DE SATÉLITE DO KM 108. ............................................................................................................... 55

FIGURA 17- ÍNDICE PLUVIOMÉTRICO DA REGIÃO. ............................................................................................................. 56

FIGURA 18- CROQUIS DO TRECHOS 1, 2,3. ..................................................................................................................... 57

FIGURA 19 - CROQUIS DO TRECHO 5,6,7. ....................................................................................................................... 57

FIGURA 20 - ESTRUTURA ANALÍTICA DE PROJETO ............................................................................................................. 59

FIGURA 21 - EXECUÇÃO DE PERFURAÇÃO COM MÁQUINA DESLIZANTE. ................................................................................. 61

FIGURA 22 - EXECUÇÃO DE CHUMBADORES SOBRE PLATAFORMA. ....................................................................................... 61

FIGURA 23 - ADAPTAÇÃO DA PERFURATRIZ COM MANIPULADOR TELESCÓPICO. ..................................................................... 62

FIGURA 24 - PERFURATRIZ PNEUMÁTICA ACOPLADA NO MANIPULADOR TELESCÓPICO............................................................. 62

FIGURA 25 - DETALHAMENTO OPERACIONAL DO GUINDASTE. ............................................................................................. 66

FIGURA 27 - DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE. ......................................................................................................................... 66

FIGURA 28 - VISTA LATERAL/SUPERIOR DO GUINDASTE ...................................................................................................... 66

FIGURA 29 - PLANTA DE LOCAÇÃO DO GUINDASTE ............................................................................................................ 67

FIGURA 30 - GRÁFICO COM CURVA ABC DOS MATERIAIS DA OBRA. ..................................................................................... 67

FIGURA 31 – LINHAS DE BALANÇO. ................................................................................................................................ 68

FIGURA 32 - CANTEIRO TRECHO 1 ................................................................................................................................. 69

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FIGURA 33 - CANTEIRO TRECHO 2 ................................................................................................................................. 69

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ÍNDICE DE TABELAS

TABELA 1 - SOLUÇÕES DE ESTABILIZAÇÃO PARA TALUDES EM SOLO (MANUAL TÉCNICO DE ENCOSTAR GEORIO2011) ...................... 9

TABELA 2 - TÉCANICAS DE ESTABILIZAÇÃO DE TALUDES ROCHOSOS OU BLOCOS SOLTOS. ............................................................ 10

QUADRO 3 – NORMAS E REQUISITOS APLICÁVEIS AOS MATERIAIS DE GRAMPOS (GEORIO, 2011). .. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.

TABELA 4 - BOLETIM DE CONTROLE DE GRAMPOS. ................................................................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.

TABELA 5- TABELA DE CARGA DE GUINDASTE. .................................................................................................................. 36

TABELA 6- QUANTITATIVOS DA OBRA. ............................................................................................................................ 58

TABELA 7 - HISTOGRAMA DE EQUIPAMENTOS. ................................................................................................................. 63

TABELA 8 - TABELA COMPARATIVA ENTRE GUINDASTE E HELICÓPTERO ................................................................................... 64

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .................................................................................... 1

1.1. IMPORTÂNCIA DO TEMA ................................................................................ 1

1.2. OBJETIVO ........................................................................................................... 3

1.3. JUSTIFICATIVA DA ESCOLHA DO TEMA ..................................................... 4

1.4. METODOLOGIA ...................................................................................................... 5

2. OBRAS DE CONTENÇÃO DE ENCOSTAS ....................................... 6

2.1 ESTABILIDADE DE TALUDES .................................................................... 6

2.2 TIPOS DE OBRAS DE CONTENÇÃO ........................................................... 8

2.3 TÉCNICAS CONSTRUTIVAS. ...................................................................... 14

2.3.3 TÉCNICAS DE PERFURAÇÃO EM TALUDES ROCHOSOS. .............. 21

2.3.3.1 EQUIPAMENTOS DE PERFURAÇÃO ............................................... 23

2.3.3.2 MÉTODO DE PERFURAÇÃO ............................................................ 24

2.3.3.3 ACESSÓRIO DE PERFURAÇÃO........................................................ 26

2.3.3 TÉCNICAS DE INSTALAÇÃO DOS TIRANTES .................................... 28

2.3.5 TÉCNICAS DE INJEÇÃO ......................................................................... 29

2.4.6 SISTEMA DE TRANSPORTE VERTICAL .............................................. 31

3. LOGÍSTICA ....................................................................................... 38

3.1 CADEIA DE VALOR ............................................................................................... 39

3.2 LOGÍSTICA DE DISTRIBUIÇÃO (INTERNA) E LOGÍSTICA DE

SUPRIMENTOS (EXTERNA) .................................................................................. 40

3.3 GESTÃO DA LOGÍSTICA .................................................................................. 41

3.4 GESTÃO DE ESTOQUES ................................................................................. 43

3.5 MÉTODO ABC .................................................................................................. 43

3.6 COMPOSIÇÃO DOS CUSTOS LOGÍSTICOS ................................................. 44

3.7 CUSTOS LOGÍSTICOS DE TRANSPORTE VERTICAL ............................... 46

3.8 TRANSPORTE REALIZADO COM HELICÓPTERO ..................................... 46

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3.9 TRANSPORTE COM GUINDASTE DE LONGO ALCANCE ........................ 47

3.10 DESEMPENHO LOGÍSTICO ........................................................................... 48

5.4.3.4 SISTEMA DE AVANÇO ....................................................................... 50

4. ESTUDO DA APLICAÇÃO DE LOGÍSTICA EM OBRA DE

CONTENÇÃO DE ENCOSTAS ....................................................................... 55

4.1. CARACTERIZAÇÃO ........................................................................................ 55

4.4.1 ÁREA DE ESTUDADA............................................................................ 55

4.4.2 ESCOPO.................................................................................................. 56

4.1. PRINCÍPIOS DO PROCESSO LOGÍSTICO ..................................................... 58

4.5.3 ESTRUTURA ANALÍTICA DE PROJETO .............................................. 58

4.5.4 MÉTODO DE ATAQUE.......................................................................... 59

4.6 DETALHAMENTO OPERACIONAL .............................................................. 60

4.7.1 EQUIPAMENTOS ................................................................................... 60

4.7.2 PERFURATRIZES ................................................................................... 60

4.7.3 ACOPLAMENTO DA PERFURATRIZ AO MANIPULADOR

TELESCÓPICO ....................................................................................................... 61

4.7.4 ESTUDO DE VIABILIDADE DO MEIO DE TRANSPORTE DE

MATERIAIS ............................................................................................................. 63

4.7.5 GUINDASTE LONGO ALCANCE .......................................................... 65

4.8 MATERIAIS ...................................................................................................... 67

4.9.1 MÉTODO ABC ........................................................................................ 67

4.9.2 FERRAMENTAS DE GESTÃO E CONTROLE DE OBRAS5 ................. 67

4.2. ESTRUTURA DO PROCESSO LOGÍSTICO ................................................... 68

4.9.3 CANTEIRO .............................................................................................. 68

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................. 70

6. BIBLIOGRAFIA................................................................................. 70

7. ANEXOS ........................................................................................... 70

4.3. APÊNDICE IV ................................................................................................... 71

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4.4. APÊNDICE V ..................................................................................................... 73

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1

1. INTRODUÇÃO

1.1. IMPORTÂNCIA DO TEMA

A Construção Civil ao longo dos últimos anos passa por processos de

mudanças na concepção produtiva, os métodos construtivos sofrem evoluções,

surgem novas técnicas de fabricação de elementos estruturais, a produção in loco

consolida-se como especializada, assim como a movimentação dos materiais nos

canteiros, com a utilização de equipamentos compatíveis. Tudo isso faz com que o

setor se aproxime cada vez mais do processo de industrialização.

Nesse contexto, uma das questões fundamentais que se coloca é a da gestão

dos fluxos, de produtos, informações e recursos financeiros. A logística oferece os

conceitos e as ferramentas para dar suporte de modo eficiente a tais fluxos,

assegurando o produto certo, no lugar certo, na hora certa, na quantidade certa e na

escala certa, a preços competitivos.

A logística é a parte da gestão da cadeia de suprimentos que planeja,

implementa e controla os fluxos direto e reverso e a armazenagem eficiente e eficaz

de bens, serviços e informações relacionadas, do seu ponto de origem até o seu ponto

de consumo, de maneira a atender as necessidades dos clientes (CSCMP, 2010). Este

conceito vem sendo incorporado à Construção Civil por trazer benefícios e

vantagens, podendo ser, até mesmo, um diferencial estratégico e competitivo para as

empresas construtoras.

Existem diversos tipos de obras de contrução civil que o estudo da logística é

aplicável, mas em obras de contenção além de ser necessário este também é um fator

determinante na vibiliade das soluções de projeto. Por tratarem de movimentações

de massa e dos possíveis impactos caudados por estas, as obras de contenção de

taludes são realizadas com frequências em áreas remotas e de difícil acesso como

trechos de rodovias ou encostas que tiveram avanço desordenado de edificações.

Muitas vezes possuem uma grande limitação de espaço para implementação do

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canteiro, o que pode trazer dificuldade pela presença de equipamentos de grande

porte e movimentado fluxo de pessoas e materiais.

A melhoria dos processos logísticos presentes em uma obra de contenção

possui grande potencial a ser explorado uma vez que o transporte é custoso,

frequente e muitas vezes um desafio neste tipo de obra. Tornando-se um diferencial

para empresas que atuam no setor a implementação de novas tecnologias,

equipamentos e mecanismos que estão em contanste evolução e cada vez mais viaves

para esse tipo de obra.

CESAR O PARÁGRAFO SEGUINTE FAZ DO OBJETIVO. NESTE

PRIMEIRO ITEM É PARA FALAR DA IMPORTÃNCIA DO TEMA. VC NÃO

FALOU NENHUMA VEZ SOBRE OBRS DE CONTENÇÃO. PORQUE É

IMPORTANTE FALAR DE LOGÍDTICA PARA OBRAS DE CONTENÇÃO. O

QUE ELAS TEM DE ESPECIAL? FALTOU FALAR DISSO

O presente trabalho foi desenvolvido para apresentar práticas e discutir os

benefícios para os canteiros de obras da construção civil através da aplicação de 11

conceitos do processo logístico. Apoia-se em um estudo de caso realizado em uma

Construtora de grande porte que está no mercado há 25 anos com experiência e

tradição na construção civil brasileira.

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1.2. OBJETIVO

O objetivo deste trabalho é apresentar uma revisão teórica conceitual da

logística e da sua contribuição para a construção civil, combinada com um estudo

de caso em empresa construtora de grande porte do setor de geotecnia e obras de

estabilização de encostas. Assim como apresentar um comparativo entre a

utilização de dois modais incomuns de transporte em grandes alturas de material.

O estudo de caso, ao mostrar e discutir como funciona o processo logístico

da construtora e as interfaces entre a sua estrutura corporativa e os canteiros de

obra, é usado para tornar mais claros alguns dos conceitos e confirmar a sua

aplicabilidade. Em termos de escopo, consideram-se aspectos de gestão de custo,

prazo, qualidade e segurança do trabalho.

Como objetivos secundários têm-se apresentar as vantagens e os

benefícios da implantação de processos logísticos e dos equipamentos aplicáveis

decorrentes em canteiros de obras de contenção;

a) apresentar um panorama geral da logística e discutir a necessidade

de sua aplicabilidade na contenção de encostas;

b) Apresentar embasamento teórico da gestão logística e descrever o

modelo de gestão aplicado na construtora objeto do estudo de caso;

c) Sinalizar para a necessidade do planejamento e projetos de

canteiros de obras e os benefícios decorrentes da sua organização;

d) Sinalizar para a necessidade de controle da produção e de

estoques, com vistas à redução de perdas tanto de insumos quanto

de mão de obra.

ATENÇO CESAR A MONOGRAFIA TERÁ TODA ESSA ABRANGÊNCIA?

A perfuração avaliada será a do método mais utilizado que é por sistemas

mecânicos. Os principais elementos deste mecanismo são: a perfuratriz, que propicia

a energia mecânica, a haste, que é o meio que transmite essa energia, a broca que

exerce diretamente sobre a rocha a energia e o fluido que efetuar a limpeza e a

retirada dos rejeitos produzidos.

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1.3. JUSTIFICATIVA DA ESCOLHA DO TEMA

Considerando que o mercado da construção civil está cada vez mais competitivo e

inovador. O estudo de temas que são muito trabalhados e relevantes em outros setores

com o de Transportes, da Industria e de Energia, torna-se chamativo para a realização de

“benchmark” para a construção civil. O que não é diferente para a logística.

A logística por ser responsável por prover recursos e informações para atender a

execução das atividades com o mínimo de custo, tempo e no nível de serviço requerido.

Torna-se uma ferramenta muito útil e necessária para planejamento e controle de obras.

Principalmente obras com grandes equipamentos e complexa movimentação de

materiais, como em obras de estabilização de encostas.

As obras de estabilização de encostas possuem diversas propriedades que tornam

o estudo da logística, tanto externa quanto interna, extremamente relevante. Seja pela

complexidade do seu canteiro, por localizar-se a grandes distâncias dos centros urbanos,

por trabalhar com grandes equipamentos ou mesmo pelo seu difícil acesso, a logística

deve ser rigorosamente estudada.

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1.4. METODOLOGIA

A metodologia adotada para realizar o estudo de técnicas e ferramentas de logítica

aplicáveis em obra de contenção de encosta consiste em :explicitar e apresentar obras

de contenção, contextualizar a logística e o seu emprego, demontrar as técnicas e

ferramentas de logística aplicáveis e apresentar o estudo realizado.

Quanto as obras de contenção, foi realizado um levantameto bibliográfico para

apresentar os conceitos mais adotados, os tipos mais relevantes e suas técnicas

construtivas, os recursos envolvidos e também as suas peculiaridades.

Quanto a logística procurou-se explicitar os conceitos intervenientes,, apresentar a

aplicação desta aos recursos e processos, assim como discorrer sobre os fatores

relevantes à sua eficácia.

Quanto às técnicas e ferramentas de logística dissertou-se sobre estas que são

aplicáveis as particularidades de obras de contenção, as vantagens de suas aplicações e

também sobras técnicas convencionais como a de “contrução enxuta” e “5S”.

Já quanto ao estudo da aplicação de logística em obra de contenção de ecostas é

apresentada a empresa estudada , as características das obras que esta executa, as

técnicas e ferramentas logísticas adotadas pela construtora e os desafios apresentados.

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6

2. OBRAS DE CONTENÇÃO DE ENCOSTAS

2.1 Estabilidade de taludes

O termo talude segundo Augusto Filho e Virgil (1998,o.243) são superfícies

inclinadas de maciços rochosos, terrosos ou mistos, originados de processos

geológicos e geomorfológicos diveros, podendo apresentar modificações antrópicas

como carregamentos, desmatamentos e cortes. Diferem também de taludes artificias

que provém de aterros contruidos com materiais de origem e características

geológicas diferentes do local.

O crescimento de obras de terra como a implemnetação de uma estrada ou o

avanço de edificações em regiões montanhosas causam modificações no equiíbrio

natural de uma encostas por meio das modificações antrópicas. Tais impactos

necessitam de soluções de engenharia para restaurar o equilíbrio e dar seguraça para

o local.

Estes processos podem ser movimentos intensos de massa ou superficiais, tendo

como fatores determinantes a geologia do local, a declividade, o comprimento de

rampa e influências das águas superficias e subterrâneas. Augusto Filho (1992) cita

diversos movimentos de massa e seus fatores determinantes como demostrado na

Quadro 1.

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Quadro 1 Classificação dos movimentos de massa.

Tipo de movimento Material predominante Cinética e geometria

Quedas

Lascas de rocha, blocos de rocha

fraturada ou solo em margens de

corpos d’água.

Queda livre com ou sem repique em

planos inclinados

Tombamentos Lascas de rochas com fraturamento

subvertical.

Basculamento e posterior queda de

lascas de rocha.

Rolamentos Blocos de rocha e/ou matacões. Rolamento de blocos e matacõe

aflorantes em taludes de solo.

Escorregamentos

Rotacionais

Rochas muito fraturadas ou solos

espessos sem anisotropia relevante ou

resíduos sólidos urbanos (lixo).

Movimentos rápidos ou lentos ao

longo de superfícies

aproximadamente conchoidais ou

cilíndricas.

Translacionais

ou planares

Blocos de rocha ao longo das

foliações ou descontinuidades, solos

rasos sobre rocha ou camada

resistente, resíduos sólidos urbanos

sobre material mais resistente.

Movimentos rápidos ou lentos ao

longo de superfícies

aproximadamentes planas.

Em cunha Blocos de rocha.

Ocorre quando há dois planos de

descontinuidade cuja intercessão é

uma linha de orientação

desfavorável, na direção

domovimento.

Fluxos (ou

escorregamentos)

Corridas Detritos (mistura de solo com blocos

de rocha, vegetação etc.) ou lama

Movimento semelhante ao de um

líquido viscoso,desenvolvimento ao

longo dos fundos de vale. Altas

velocidadese e extenso alcance.

Rastejos ou

fluências

Solos coluvionares ou massa de talus.

Velocidades muito baixas.

Movimentos constantes,sazonais ou

intermitentes,com nível alto do

lençol freático.

Complexos Materiais diversos. Combinação de dois ou mais dos

principais tipos de movimento.

Fonte: Augusto Filho (1992)

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8

As causas da instabilização podem ser externas (modificações da geometria da

encosta,retirada de proteção superficial vegetal ou de solo mais resistente, condições

climáticas e solicitações sísmicas) e internas (diminuição da resistência do terreno,

variação do nível d'água, erosão interna e liquefação espontânea. Varnes (1978)

apresenta os principais agentes das causas como: infiltração de águas da chuva,

disposição inadequada de dreangem pluvial e águas servidas, rompimento de

tubulações de água e esgoto, intemperismo, execução de cortes e aterros, processos

erosivos, contruções de edificações, lançamento irregular de aterro, entulho e

resíduo, variações térmicas do ambiente, incêndios e desmatamentos.

A estabilização é uma solução aplicada a um talude para melhorar a suas

condicionantes de resistência, agindo nos esforços, nos materiais constituintes e nas

origens dos processos de instabilização. De acordo com Carmignani E Fiori ,2009, o

talude é submetido a três tipos de forças distintas: força peso advinda da massa do

material, força devido á pressão e escoamento de água e força devido à resistência

ao cisalhamento. A segurança advem da força de cisalhamento ser maior que as

outras duas e imperdir o movimentação do material.

Existem muitas peculiaridades quanto as condições de cada talude e aos riscos

envolvidos como a possibilidade de atingimento em moradias prédios ou bens

públicos e suas consequências. No entanto, deve-se as diretrizes da norma técnica

que prescreve os requisitos necessários para o estudo e controle de estabilidade de

encostas, a NBR 11.682 (ABNT, 2009), que discorre sobre condições de estudo,

projetos, execução e controles de obras de estabilização.

2.2 Tipos de obras de contenção

As técnicas cosntrutivas e aspectos logísitcos de uma obra de contenção variam

de acordo com o tipo de solução geotécnica empregada, sendo inclucive um fator a

se considerar para a escolha da solução. Dentre outros fatores que influenciam na

escolha estão: a natureza do material da encosta, classificadas incialmente quanto

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9

em ao tipo de material que compões o talude sendo este solo ou rocha. Segundo a

NBR 11.682 (ABNT, 2009) para a escolha da solução de sistema deve ser feito uma

visita de inspeção detalhada ao local de estudo por um engenheiro civil geotécnico

ou um geólogo de engenharia emitindo um laudo de vistoria com as informações

sobre os diversos aspectos geológicos, sinais de instabilidade, geotécnicos,

geometria, estruturas vizinhas e aspectos geotécnicos. Esse laudo deve ser

confirmado com o diagnóstico a partir de investigações geológicas e geotécnicas,

ensaios de campo e laboratório.

De acordo com o Manual Geotécnico de encostas da Georio são apresentadas

algumas das soluções:

Quadro 2 - Soluções de estabilização para taludes em solo.

Taludes em solo

Retaludamento

Drenagem e proteção superficial

Drenagem Profunda

Estruturas de Contenção

Solo Grampeado

Muro de Talude de solo reforçado

Estruturas

Ancoradas ou

chumbadas

Cortina

Grelha

Placa

Muro chumbados

Muros de Peso

Muros de gabiões

Muro de Sacos de solo

cimento

Muro de concreto

armado

Muro de Pedra

Fonte: Manual técnico de encosta GeoRio, 2011)

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O quadro 3 apresenta soluções para encostas de talude rochoso e podem ser dividias

em 3 tipos: remoção, proteção, e contenção.

A categoria de proteção não pode ser considerada propriamente dita uma solução de

estabilização de encosta, uma vez que não impede a movimentação dos blocos de rocha

e sim as conduz e as retem em local seguro impedindo que as mesmas se desprendam e

acertem locais que se deseja proteger. Normalmente, intervenções na drenagem são

complementares para as técnicas de estabilização apresentadas. Como presentes no

Quadro 3.

Quadro 3 - Técanicas de estabilização de taludes rochosos ou blocos soltos.

Talude Rochoso

ou Blocos soltos

Drenagem superficial e profunda

Remoção

Remoção de bloco de rocha

Desmonte total e parcial de bloco de rocha

Reconformação de talude rochoso

Contenção

Ancoragens

Chumbadores

Contrafortes

Contrafortes Ancorados

Entelamento Ancorado

Proteção

Entelamento

Barreiras de Impacto

Trincheira para retenção de blocos

Falso Túnel

Fonte: Manual técnico de encosta GeoRio, 2011)

Em muitos casos mais de uma solução pode atender tecnicamente o projeto tendo

assim que ser feita uma análise considerenado os aspectos econômicos, prazo,

segurança, ambiental, interferências com a comunidade e aspectos construtivos como a

logística.

Neste trabalho foi escolhido analisar e apresentar os aspectos logísticos construtivos

presentes nas soluções de remoção e desmonte de blocos de rocha, telas de aço

galvanizado fixada com chumbadores, chumbadores e ancoragens protendidos em

taludes rochosos.

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11

CESAR ISSO NÃO FOI FALADO NO OBJETIVO, PRECISA DELIMITAR ESSE

ESCOPO LÁ

2.2.1 Telas de aço galvanizado

O entelamento de maciço rochoso pode ter dois objetivos distintos, tanto

conter o talude rochoso, evitando a movimentação dos blocos que os constitui

realizando a estabilização, quanto de orientar a queda de blocos de forma que estes

fiquem retidos na base do talude realizando a proteção. Nos dois casos, devem-se

utilizar telas ou malhas de aço de alta resistência (podendo ser reforçada com cabos

de aço), com proteção anticorrosiva e fabricadas com as propriedades necessárias

para as suas finalidades.

No primeiro caso, o de estabilização ativa (contenção que evita que ocorram

movimentos indesejados dos materiais da encosta), as telas permitem minimizar as

deformações através das ancoragens pré-tencioandas, distribuindo as solicitações

uniformemente nos grampos. Como pode ser vizualizado na Figura 1. As telas

devem ser projetadas para conter os blocos localizadamente. Tornando-se assim uma

técnica eficiente de contenção de taludes.

Figura 1 - Sistema de ancoragem da tela de alta resistência reforçada com cabos de

aço.

Fonte: Manual de Instalação Geobrugg,20018.

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O entelamento para orientar blocos de rocha tem por objetivo evitar que os

blocos tenham repiques e se distanciem dos taludes inclinados, limitando a deposição

de blocos na base do talude para posterior remoção. Para tanto a tela deve ser estendida

até a base do talude e antes da sua aplicação os blocos soltos devem ser removidos,

depois de estudar a estabilidade do local. As telas devem ser projetadas para que a

queda dos blocos não fiquem retidos no meio do talude. A Figura 2 apresenta como o

sistema funciona.

Figura 2 – Estabilização de talude em rochamuito fraturada com blocos soltos

empregando:tela, trincheira de coleta, anteparos flexíveis e avisos ao público.

Fonte: Manual da estabilização de encostas Georio, 2011.

2.2.2 Ancoragens

As ancoragens são isersões semirígidas utilizadas com a função de resistir a

tração para conter um bloco de rocha ou uma massa de solo. É constituída de vários

elementos aonde o principal é o tirante, o elemento capaz de transmitir as tensões de

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tração. Sua estrutura pode ser uma barra de aço, cordoalhas ou fios. Segundo a NBR

5629 (ABNT,2006), a ancoragem é constituída por:

Cabeça: parte externa do terreno composta por chapa de aço, cunha de grau

para protenção, arruelas e a proteção de concreto. Tem como função o acesso e

condições para aplicar a protenção e conter a estrutura.

Trecho ancorado ou injetado: Trata-se da outra extremidade da ancoragem

que transmite ao terreno a carga de tração, sendo constituída pelo tirante envolvido

no bulbo de injeção.

Trecho livre: região intermediária entre a cabeça e trecho ancorado, que

transmite as cargas entre as extremidades, área não injetada.

Figura 2- Seção no trecho ancorado

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Fonte: Tirante Permanente típico (GeoRio,2000)

2.2.3Chumbadores

Os chumbadores diferem das ancoragens descritas por não apresentaem trecho

livre passivos e não serem pré-tensionados. É feita uma perfuração na rocha,

preenchida com nata de cimento e introduzida uma barra de aço. A carga é

propagada em toda a sua extensão. Os chumbadores podem contribuir com sua

resistência à tração e ao cisalhamento. São aplicados para estabilizar blocos de rocha

e podem ter dispositivos para a cabeça.

Figura 3- Exemplo de chumbadores em rocha.

Fonte: GeoRio,2000.

2.3 Técnicas construtivas.

2.3.1 Técnicas de remoção e desmonte de blocos.

A remoção de blocos de rocha, conhecida também por “bate-choco”, é uma

atividade muitas vezes necessária e prevista em projeto. É realizada para que o

trabalho de contenção seja executado com segurança. Evitando assim que os esforços

gerados pelos serviços, principalmente de perfuração, propiciem no desprendimento

dos blocos causando interferências nos frentes de trabalho.

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Um maciço rochoso pode ser considerado como um meio sólido separado por

planosde fraqueza estrutural, ou seja as superfícies de descontinuidade (Rocha,

1981). Para que seja possível realizar uma análise prática da mecânica das rochas de

um bloco, é necessário, segundo (Brady & Brown, 2004; Hoek, 2007), a obtenção de

dados geológicos como o tipo de rocha, suas descontinuidades e as propriedades

físicas do material.

Para se avaliar a estabilidade do maciço rochoso é necessário realizar o

levanamento e análise de elementos recolhidos em campo. Neste, segundo

(Rocha,1981), devem ser consideradosos os seguintes intens:

a) Catacterização do maciço em termos de representação das

famílias de descontinuidades presentes;

b) A dimensão dos blocos e a intensidde de fracturação;

c) Grau de alteraçao.

Após a medição das descontinuidades no campo, é feito um tratamento

estatístico dos dados seguindo diagramas geológico Ͳestruturais (ISRM, 1978;

Hudson & Priest, 1983; Priest, 1993; Lisle & Leyshon, 2004). Este processo de

tratamento permite o agrupamento das descontinuidades em famílias, bem como

avaliar a representatividade das distintas famílias de descontinuidades que

compartimentam o maciço rochoso. Pondendo assim ser classificado o seu tipo

segundo o Quadro

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Quadro – Classificação dos maciços rochoso, função do número de Famílias de

descontinuidades presentes (ISRM, 1981).

𝑆𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜 𝑎 𝐼𝑅𝑆, 1978, 𝑝𝑜𝑑𝑒

− 𝑠𝑒 𝑑𝑒𝑡𝑒𝑟𝑚𝑖𝑛𝑎𝑟 𝑎 𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑑𝑜𝑠 𝑏𝑙𝑜𝑐𝑜𝑠 𝑝𝑒𝑙𝑜 𝑚é𝑡𝑜𝑑𝑜 “𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒𝑡𝑟𝑖𝑐 𝐽𝑜𝑖𝑛𝑡 𝐶𝑜𝑢𝑛𝑡” 𝑱𝒗, 𝑞𝑢𝑒 é 𝑑𝑒𝑓𝑖𝑛𝑖𝑑𝑜 𝑝𝑒𝑙𝑎 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑎𝑠 𝑑𝑒𝑠𝑐𝑜𝑛𝑡𝑖𝑛𝑢𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑑𝑎 𝑓𝑎𝑚í𝑙𝑖𝑎 𝑒𝑚 𝑢𝑚 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 (1𝑚³) 𝑑𝑒 𝑚𝑎𝑐𝑖ç𝑜. 𝐶𝑜𝑚𝑢𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑟𝑒𝑎𝑙𝑖𝑧𝑎𝑑𝑜 𝑎𝑡𝑟𝑎𝑣é𝑠 𝑑𝑒 𝑢𝑚 𝑙𝑒𝑣𝑎𝑛𝑡𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑎𝑠 𝑑𝑒𝑠𝑐𝑜𝑛𝑡𝑖𝑛𝑢𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠 𝑞𝑢𝑒 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑐𝑒𝑝𝑡𝑎𝑚𝑢𝑚 𝑑𝑎𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑒𝑚 𝑢𝑚𝑎 𝑒𝑥𝑡𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 5 𝑒 10 𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠. 𝑅𝑒𝑝𝑟𝑒𝑠𝑒𝑛𝑡𝑎𝑑𝑜 𝑝𝑒𝑙𝑎 𝑒𝑥𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 (𝐽𝑣) 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑖𝑛𝑡𝑒, 𝑠𝑒𝑛𝑑𝑜 𝑒𝑛 𝑑𝑎𝑑𝑜 𝑝𝑒𝑙𝑜 𝑒𝑠𝑝𝑎ç𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑚é𝑑𝑖𝑜 𝑑𝑎𝑠 𝑓𝑎𝑚í𝑙𝑖𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝑑𝑒𝑠𝑐𝑜𝑛𝑡𝑖𝑛𝑢𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑒 𝑑𝑒𝑠𝑐𝑟𝑖𝑡𝑜𝑠 𝑛𝑜 𝑞𝑢𝑎𝑑𝑟𝑜 𝑎 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑖𝑟.

𝑱𝒗 = 𝟏

𝒆𝟏 +

𝟏

𝒆𝟐 +

𝟏

𝒆𝟑

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𝑸𝒖𝒂𝒅𝒓𝒐 – 𝑪𝒍𝒂𝒔𝒔𝒊𝒇𝒊𝒄𝒂çã𝒐 𝒅𝒐𝒔 𝒃𝒍𝒐𝒄𝒐𝒔 𝒂 𝒑𝒂𝒓𝒕𝒊𝒓 𝒅𝒐 í𝒏𝒅𝒊𝒄𝒆 𝒗𝒐𝒍𝒖𝒎é𝒕𝒓𝒊𝒄𝒐 𝑱𝒗, 𝑰𝑺𝑹𝑴 (𝟏𝟗𝟕𝟖).

Para deterinar a qualidade do maciço rochoso e classifica-lo de acordo com o

Quadro utiliza-se o índice RQD “Rock Quality Designation” Palmstrõm (1975),

aonde a partir das faces dos aforamentos rochosos com a aplicação de correlações

empíricas, dado o valor do índice 𝐽𝑣, tem-se:

𝑅𝑄𝐷 = 115 − 3,3 × 𝐽𝑣 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝐽𝑣 > 4,5

𝑅𝑄𝐷 = 100 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝐽𝑣 ≤ 4,5

Quadro – Classificação dos blocosde material rocha a partir do valor RQD.

Fonte: Pinto, José 2013.

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CESAR VOCÊ NÃO ESTÁ MAIS CITANDO AS FONTES COMO VINHA

FAZENDO, A REDAÇÃO ESTÁ BOA, MAS PRECISA TER AS FONTES

BIBLIOGRAFICAS

Blocos soltos de pequeno porte podem ser removidos da superfície rochosa,

enquanto blocos maiores devem ser avalidados e classificados, podendo assim tomar

a decisão de contenção ou remoção. Desmonte que pode ser realizado por meio de

explosivos, como na Figua 5; desmonte a frio utilizando polímero expansivo;

encunhamento hidráulico e quebra manual. “A possibilidade de desmonte não pode

ser ignorada, pois quase sempre é mais econômica que a escavação mecânica”.

(Perurifoy, 2015, p.394).

A utilização de explosivos para realizar o desmonte deve seguir as definições

presentes na Norma Regulamentadora de Mineraçao – NRM16 que trata das

operações com explosivos incluindo os meios de transporte que são regulamentados

pelo Ministério da Defesa, assim como os controles de estocagem.

Figura 4 – Fragmentação de bloco de rocha com explosivos

Fonte: Reprodução RJ RECORD, 2015

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Para todas as técnicas deve-se verificar a possibilidade de instabilização de

outros blocos que podem ser suportados ou parcialmente suportados pelo bloco que

se deseja remover. Em termos de análise de riscos, tamanho dos blocos e viabilidade

econômica, deve-se realizar estudos para avaliar a possível manutenção dos blocos e

por sua contenção com grampos ou ancoragens.

PRECISA DIVERSIFICAR A FONTE. UM BOM TRABALHO

ACADÊMICO TEM PELO MENOS DE 2 A 3 FONTES PARA VALIDAR UM

TÓPICO, APESAR DO TEXTO ESTAR BOM O TRABALHO PERDE

EXPRESSÃO POR SOMENTE USAR ESTE MANUAL

De acordo com a NBR 11.682 (ABNT ,1991) em locais que exijam alto grau

de segurança, devem ser previstos anteparos e/ou estruturas provisórias durante o

desmonte. Como evidenciado na Figura 6.

Figura 5- Exemplo de barreira provisória para desmonte de blocos.

Fonte: (Acervo do autor, 2019)

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2.3.2 Técnicas de entelamento.

Telas de alta resistência para a condução de blocos é emmpregada para

mecanismos de instabilidades de queda de blocos de pequenas dimensões. Quando a

estabilização/remoção de blocos é economicamente inviável, esse tipo de

entelamento visa orientar a queda dos mesmos. Sempre avaliando se a necessidade

de manutenção com a retirada de blocos caídos poderá ser atendida.

Uma técnica construtiva é o sistema “drape” (Figura 7) para rodovias. Constitui

no transporte de rolos para o topo do talude, execução de chumbadores na crista,

estende-se o rolo até a base do talude, e neste há uma área de retenção de blocos

composta por barreira rígida tipo New Jersey.

As telas de alta resistência que trabalham ativamente para a contenção do talude

rochoso é uma solução para áreas que possuem grandes blocos e lascas instáveis

assim como uma irregularidade no terreno. A execução é realizada de forma

semelhante às telas para orientação de blocos, mas após o estendimento dos rolos são

realizadas as ancoragens e chumbadores para fixação da tela e para estabilização de

grandes blocos. Uma ancoragem possui 4 atividades essenciais que são perfuração,

intalação, injeção e protensão.

Figura 6- Exemplo de blocos retidos por tela de alta resistência aplicando o sistema

“drape”.

Fonte: (Acervo do autor, 2017).

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Figura 7- Exemplo de instalação de tela de alta resistência em talude rochoso.

Fonte: (Acervo do autor, 2017.

2.3.3 TÉCNICAS DE PERFURAÇÃO EM TALUDES ROCHOSOS.

PRECISA DE FONTES CESAR, O TRABALHO ESTÁ FICANDO BOM

MAS SEM FONTES A BANCA VAI CRITICAR

Devido à grande variabilidade de atividades de perfuração em maciços

rochosos, tem-se inovado as suas ferramentas com novas tecnologia, possibilitando

assim, ao longo da hitória, atingir profundidades maiores e mais eficiência na

perfuração. Para entender melhor os equipametos e acessórios utilizados,

Ramos,2008 calssifica-os por tipologia em função das ferramentas utilizadas como

equipamentos de perfuração, métodos, acessórios e parâmetros de regulação.

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Quadro – Mapa de ferramentas de perfuração adaptado de Pinto,José (2013)

FERRAMENTAS DE EXECUÇÃO

Equipamentos de

Perfuração

Sistema mecânico;

Sistema de apoio;

Rigidez;

Método de Perfuração

Rotopercurssão;

Martelo à cabeça;

Martelo de fundo;

Sistema COPROD;

Acessórios de Perfuração

Encabadouro;

Hastes;

Bits;

Parâmetros de Regulação

Rotação;

Pressão.

Fonte: Mapa de ferramentas Pinto José 2013 e matriz de avaliação Ramos,2008.

Técnicas de perfuração de Tirantes em maciços rochosos dependem de critérios que

intervém na escolha dos equipamentos do sistema. Sendo estes: econômicos, a

capacidade operativa, a profundidade de perfuração e as condições da área de trabalho

como :acessibilidade, fonte de energia, tipo de rocha e altura dos tirantes.

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2.3.3.1 EQUIPAMENTOS DE PERFURAÇÃO

Os equipamentos de perfuração são responsáveis por gerar a energia necessáiria para

a execução de perfuração. A sua escolha segundo Ramos,2008 varia segundo pontos

de avaliação que dependem; do sistema de controle e monitorização, sistema mecânico

do martelo, sistema de apoio ,da rigidez e do sistema de avanço.

O sistema de controle e de monitorização do equipamento pode ser realizado de

duas formas, manualmente ou mecanizado. Implicando tanto em questões de qualidade

como a direção do furo, a inclinação, o comprimento e a profundidade, como também

de logística. Consideradando a velocidade de transporte, movimentação entre furos e

velocidade de perfuração.

Os dois principais sistemas mecânicos de geração de energia para perfuração em

rocha são o sistema hidráulico e o sistema pneumático. Nos conjuntos pneumáticos,

formados por um comrpessor de ar e um martelo penumático, a energia mecânica é

alimentada pelo ar comprimido. Já as perfuratrizes hidráulicas utilizam de fluidos

pressurizados para gerar força mecânica.

O sistema de apoio é o que vai dar a estabilidade e sustentabilidade para o

equipamento executar a perfuração. Pondendo ser carros de perfuração para níveis

próximos ao solo, a montagem de uma estrutura em uma encosta ou até o sistema de

rapel do equipamento.

O nível de rigidez é um interveniente segundo Ramos,2008 para o nível de

confiança para a realização eficaz de uma perfuração. Sendo classificado de acordo

com o material que a coluna ou perfuratriz é composta. Segundo uma avaliação do

mesmo os materiais diferem usualmente de ferro e de alumínio que são fatores

importentes também quanto a logística destes equipamentos uma vez que apresentam

significativa diferença de peso.

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24

SE O TEXTO E DE OUTRO AUTOR MUDE TAMBÉM O TAMANHO

DA FONTE, COLOQUE 10 POR EXEMPLO, ALÉM DO RECUO

2.3.3.2 MÉTODO DE PERFURAÇÃO

O método de perfuração pode classificado como: rotativos, percussivos e

roto-percussivos.. Para perfuração de rochas os equipamentos são usualmente

rotativos-percussivos e realizam os movimentos em conjunto. As variações dessa

técnica compreendem os sistemas: percurssão down-the-hole (DTH), com martelo de

fundo, ou percurssão tophammer e sistema COPROD, com martelo de superfície.

A perfuração down-the-hole é caracterizada de acordo com a Figura 9, pelo

martelo posicionado dentro do furo e atrás da coroa de perfuração. Tem como

engergia de impacto de 18 a 25 kW e é acionado pneumaticamente.

Figura 9 – Perfuração com sistema down-the-hole

Fonte: Manual de Agregados para Construção Civil – CETEM, 2009

A técnica martelo de superfície ou tophammer o martelo se localiza externamente ao furo e

transmite a sua percurssão por hastes de perfuração. Segundo o CETEM,2009, a energiade impacto varia

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de 18 a 30 kW. As perdas pela transferência de energida a partir das hastes causada causada pelo atrito

em suas conexões eparedes do furo variam de 6 a 8%. Tendo assim uma perda de performace em

coparação com o método down-the-hole com o aumento da profundidade do furo, como isto na Figura 10.

Figura 10 – Perfuração com sistema tophammer.

Fonte: Manual de Agregados para Construção Civil – CETEM, 2009

O sistem COPROD foi desenvolvido pela Atlas Copco e é baseado na combinação de hastes de

impacto com tubos de perfuração. As hastes transferem a energia aos bits enquanto os tubos geram o

impulso e torque rotacional (Figura 11). Tem energia de impacto da ordem de 18 a 40 kW e furos com

diâmeros maiores que 90 milímetros.

Figura 12- Perfuração com sistema COPROD.

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Fonte: Manual de Agregados para Construção Civil – CETEM, 2009

Fernberg,2005 realizou um estudo de comparações dos métodos de perfuração apresentados no

Quadro x , para perfurações de 20 m.

Quadro X- Comparação entre métodos de perfuração com profundidade de 20m

(Fernberg,2005).

2.3.3.3 ACESSÓRIO DE PERFURAÇÃO

Os acessórios de perfuração permitem a transmissão de energia do martelo

para a rocha, realizando a fragmentação e posterior perfuração. Para termos assim

uma perfuração efeiciente e bom desempenho devemos ter uma seleção e utilização

adequada. Os acessórios de perfuração à rotopercursão com martelo de superfície

são: encabadouros; uniões; varas ou hastes e bits (Figura 13 e 14).

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Figura 8- Acessóriode perfuração (adaptado de Sandvik-Tamrock.2009).

Fonte: Lima Joaquin,2014.

Figura 9- Acessórios de perfuração e sua distribuição de custos (adaptado de

Sandvik-Tamrock.2009).

Fonte: Lima Joaquin,2014.

Os encabadorous são as peças responsáveis por transmitir para a haste a energia

do pistão. Tem uma configuração importante e específica para cada equipamento e

representam apenas 7% da distribuição de custo de acordo com a Figura 10.

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Figura 10- Encabadouro pra martelo de perfuração

As hastes são o meio que a energia é transmitida do encabadouro para os bits.

Estas dependem do tipo de perfuração, aonde em perfurações rotativas utiliza-se de

hastes com roscas conicas que são padronisadas pela API ( American Petroleum

Institute). Para a perfuração de pequenas profundidades com equipamentos manuais

utiliza-se também hastes integrais que não possuem conexões, sendo necessário assim

realizar um método de perfuração chamado de telescopagem. A metodologia de trabalho

de perfuração a ser empregada no uso das hastes é ligada diretamente a eficiências em

seu desempenho.

A ferramenta responsável pelo corte do maciço rochoso deve ter uma criteriosa

seleção, segundo (Sandvik‐Tamrock, 2009), a seleção dos bits pode gerar um grande

impacto técnico-econômico na eficiencia de uma perfuração. Devido a isso, este

acessório será um mais estudado. O bits de botão são o modelo mais utilizado para os

métodos aqui estudados e estes apresentam uma grande variedade de modelos

2.3.3 TÉCNICAS DE INSTALAÇÃO DOS TIRANTES

O sistema de instalação trata-se da aplicação dos metais, barra de aço e

centralizadores, e dos tubos de injeção no furo. Primeiro ocorre a instalação das

barras de aço, que variam de 10 a 25 metros, posteriormente os centralizadores, em

seguida os tubos corrugados

ATENÇÃO CESAR NORMAS PRECISA COLOCAR ABNT (ANO)

A proteção anticorrosiva é necessária devido à alta permeabilidade de rochas

fraturadas caracterizando a condição como “muito agressiva”, necessitando de uma

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proteção classe 1. Segundo a NBR 5629 (ABNT,2006), a proteção classe 1 consiste

na proteção dupla, incluindo limpeza e pintura anticorrosiva. Os centralizadores

devem ser intervalados a cada 2,0 m, segundo as condições mínimas apresentadas na

pratica de ancoragem descritas na norma. A presença do tubo plástico é para permitir

a reinjeção e retorno de calda de cimento, quando definido em projeto.

2.3.5 TÉCNICAS DE INJEÇÃO

Após a instalação ocorre a injeção da calda de cimento pelo tubo auxiliar

removível, no sentido da cota mais inferior até o extravasamento no topo do furo,

como pode-se identificar na Figura 3. A calda de cimento deverá ser constituída de

cimento Portland comum e água, respeitando o fator água cimento identificado em

projeto, que de acordo com a GeoRio (ANO) não pode ser superior a 0,5. Como

pode ser identificado na Tabela 1, que indica normas e requisitos para materiais :aço,

cimento e calda de cimento.

Quadro 1 – Normas e requisitos aplicáveis aos materiais de Tirantes (GeoRio, 2011).

Materiais Requisitos Normas

Aço CA50A, Dywidag, Gewi,

Rocsolo, Incotep

ABNT NBR 7480

Cimento Cimento Portland comum ABNT NBR 5732

Calda de cimento Fator água-cimento igual

ou inferior a 0,5,

resistência aos 28 dias

ABNT NBR7681, ABNT

NBR 7682, ABNT NBR7683,

ABNT NBR7684, ABNT

NBR7685

Fonte:Manual de Contenção de encostas GeoRio 2011

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30

A injeção é um processo logístico trabalhoso uma vez que trata de um

transporte vertical que deve ser contínuo, em grandes alturas e depende de uma

cadeia de equipamentos e de materiais para sua operação e bom funcionamento.

Devido a isso, recomenda-se a utilização de uma central de injeção estabelecida no

canteiro para a realização dos processos de mistura e bombeamento da calda de

cimento. A presença da central de injeção favorece controle tecnológico mais

eficiente. Faze-se o controle de consumo e propriedades dos materiais e

equipamentos, através de boletins de produção como o do Quadro 2. Já o controle

logístico de transporte e interferências faz-se através de boletins de interferências no

Anexo I. Os equipamentos para estas operações são: misturadores de alta

turbulência de água e cimento com capacidade para atender a bomba, uma bomba

com pressão contínua que atenda a altura máxima de injeção do projeto.

CESAR ISSO É UMA FIGURA E NÃO UMA TABELA

Tabela 2 - Boletim de controle de Tirantes.

Fonte: Documento da empresa,2018. FONTE: EMPRESA A, 2018

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31

2.4.6 SISTEMA DE TRANSPORTE VERTICAL

O transporte vertical é de suma importância em obras de estabilização de

taludes rochosos, aonde muitas vezes interfere na determinação da escolha da

solução técnica utilizada. A logística de transporte vertical deve ser estudada

rigorosamente para cada projeto, devendo assim ser realizado um estudo logístico

para cada frente de trabalho que varie as características.

Devidos muitas vezes à taludes subverticais o acesso de trabalhadores,

materiais e equipamentos necessita do emprego de recursos não convencionais,

variando de técnicas mais rudimentares como mulas à com emprego de modais de

transporte sofisticados como helicópteros.

O sistema de aplicação de tela de alta resistência em taludes rochosos possui

complexo transporte vertical de equipamentos, materiais e pessoas. Tendo como

grande desafio a execução de sistemas de contenção com telas de alta resistência que

necessita da elevação dos rolos de tela, que pesam em média 400 kg/rolo, para a

crista dos taludes aonde serão aplicadas. Muitas vezes cheganando acima de 100

metros e sem acessibilidade terrestre.

FONTES?????????????????????????

COMO FICA A NUMERAÇÃO DOS ITENS SEGUINTES????????????

CORRIJA E ME ENVIE PARA FAZER A LEITURA DENTRO DO

CONTEXTO DA MONOGRAFIA

GUINDASTES DE ALTA CAPACIDADE DE ELEVAÇÃO

Os guindastes são equipamentos que usam de esforços de tração aplicados no

cabo de aço para a sustentação e içamento de materiais e equipamentos. Com a

evolução tecnologia os equipamentos telescópicos mais modernos são feitos de

forma que a lança fique dentro da faixa de elasticidade, tornando os movimentos

mais flexíveis e com maior capacidade de elevação. De acordo com Saurin (1997) a

utilização de um guindaste concomitantemente com outras ferramentas auxiliares

(como plano de produção, pallets.) melhora a eficiência do transporte dos materiais.

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Para seu bom funcionamento dependem também da utilização correta dos

acessórios como gancho, cinta e manilha. Segundo a norma técnica da Petrobras

N-2869 – Segurança em Movimentação de Cargas, quando aplicadas enforcadas

deve-se considerar , respectivamente, a redução da capacidade de carga de 20% e

25% para cintas têxteis e eslingas de cabo aço. Assim como deve-se aplicar

protetores de canto quando o raio de curvatura for menor que o diâmetro do cabo de

aço, identificado na Figura 9 e obedecer ao ângulo máximo de 90°entre as linhas de

força das lingadas que atuam sobre o Moitão.

Figura 11- Protetor de canto e angulação máxima das linhas de força

Fonte: Guindastec,2013.

.

A movimentação de carga com guindate necessita de um minucioso

planejamento de ataque, seguindo os critérios da NR11 e NR18 aonde está previsto

um plano de cargas, comumente conhecido como “plano de rigging”.

Segundo a norma ABNT NBR 8400- Cálculo de Equipamento para

Levantamento e Movimentação de Cargas, para se fazer o planejamento de Rigging é

necessário que o responsável conheça as características do equipamento e tenha as

informações corretas acerca do peso, da posição dos suportes e da localização do

centro de gravidade da carga a ser transportada. Abaixo descreve-se como elaborar

este planejamento seguindo as orientações da ABNT NBR 8400.

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33

ELABORAÇÃO DO “PLANO DE RIGGING”

Segue abaixo, de acordo com a norma da Transpetro PE-3N0-00209 –

Segurança em Serviço de Movimentação e Elevação de Cargas, fatores que podem

limitar a capacidade dos equipamentos para elaboração do plano. Sendo eles:

a) Desnivelamento do terreno (máximo 5%);

b) Carga de vento;

c) Carga sobre pneus;

d) Capacidade de carga do terreno;

e) Movimentação da carga abaixo do nível de apoio do guindaste;

f) Operações com dois ou mais guindastes;

g) Deslocamento do guindaste durante o içamento (Esteiras / RT)

Composição de Carga

A composição da carga segue ilustração da Figura 10.

Figura 12 - Composição da carga

Fonte:Guindastec, 2013.

Composição da Carga:

1) Carga Líquida- Peso real da carga a ser movimentada:

2) Acessórios- Peso de todos os acessórios para içamento

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3) Dispositivos- Peso do Balancim e outros dispositivos empregados no

içamento.

4) Moitão – Peso do moitão;

5) Cabo do guindaste – Peso do comprimento do cabo;

6) Perfuratriz acoplada.

CÁLCULO DO FATOR DE SEGRANÇA

Carga Bruta Elástica (CBE) é a soma das cargas descritas na composição

majorada com um fator de contingência (FC) de 3%.

𝐶𝐵𝐸 = 𝐶𝑎𝑟𝑔𝑎𝑠 × 𝐹𝐶 (𝐹𝐶 = 1,03) (2-1)

Capacidade Mínima Requerida Correspondente a CBE acrescida do fator de

amplificação dinâmica (FAD) de 15%.

𝐶𝑀𝑅 = 𝐶𝐵𝐸 × 𝐹𝐴𝐷 (𝐹𝐴𝐷 = 1,15) (2-2)

Com o raio máximo de utilização, foi considerado 40,0 m, e altura de alcance,

considerada 60,0 acha-se pelo ábaco o ângulo da lança, que no caso é 55° como visto

na Figura 11. Com essas informações juntamente com a distância das pernas de

patolamentos e CMR selecionamos na tabela de carga a Capacidade Operacional

(CAP), que no exemplo é 2,6 como representado na Tabela 3.

1. Carga Máxima por Patola(CMS);

2. Raio da Sapata mais próxima (RS);

3. PG- Peso do Guindaste;

4. Contrapeso adicional.

Raio da sapata mais próxima (RS)

𝐶𝑀𝑆 =𝐶𝐵𝐸 × 𝑅𝑂

𝑅𝑆+

𝑃𝐺 + 𝐶𝐴𝐷

4 (2 − 3)

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O método acima é uma é uma determinação conservativa que pode superar

em 20% os valores reais, porém é uma referência válida para determinação da área

dos suportes sob a sapata, em função da resistência do solo;

Figura 13 – Ábaco de guindaste para determinação do ângulo da lança.

Fonte: Fabricante Tadano FAU.

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Tabela 3- Tabela de Carga de guindaste.

Fonte: Manual Técnico Tadano Fau 1300

O Percentual de Utilização do Guindaste é a relação da CBE e a CAP.

% 𝑈𝑡𝑖𝑙. = 100 × 𝐶𝐵𝐸/𝐶𝐴𝑃 (2-4)

O Percentual de Folga é:

% 𝐹𝑜𝑙𝑔𝑎 = 100 − % 𝑈𝑡𝑖𝑙. (2-

5)

O Fator de Segurança é:

𝐹𝑆 =1

%𝑈𝑡𝑖𝑙 (2-6)

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HELICÓPTEROS

Tendo sido muito utilizado para os transportes de carga offshore o uso de

Helicóptero como uma opção de transporte vertical de carga para construção civil é

inovador no Brasil. Pode muitas vezes ser utilizado como um equipamento

complementar aos guindastes. Eliminando a necessidade de se utilizar de máquinas

muito pesadas para içar cargas mais leves. O emprego deste modal no Brasil tornou-

se mais frequente nos últimos tempos devido aos incentivos fiscais dados pelo

BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento) para financiamento da compra de

helicópteros fabricados nacionalmente. Tal medida viabilizou os custos de aluguéis

do meio de transporte para alguns usos na construção civil. Como por exemplo obras

de aplicação de tela de alta resistência em taludes rochosos que tem difícil acesso e

grandes alturas. Como pode-se identificar na Figura 10.

De acordo com a ANAC.RBCA n°133.2010 o transporte de carga de

materiais necessário para transportar os rolos de tela é de “Classe B”. Onde a carga

externa é alijiável e livra o solo ou água durante a operação da aeronave. Devendo

assim ser analisado o dispositivo de liberação rápida, o peso total do conjunto e o

centro gravitacional devem estar presentes nos limites dados pela certificação

solicitada.

Figure 1 - Transporte vertical utilizando Helicóptero

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3. LOGÍSTICA

OS ITENS SEM NÚMERO NÃO FORAM LIDOS

As empresas notaram que após tantos avanços no processo de produção, em

face das contínuas melhorias, conseguiam muito pouco tentando otimizar

diretamente a linha de produção. Foi assim que perceberam que muito dos seus

custos não se encontravam nos processos de produção em si, mas sim em outro lugar.

As buscas por esta melhoria levaram a criação de um novo campo de estudo

denominado Logística.

Com o advindo do estudo, começou a busca pelo aumento de eficiência do

sistema de transportes e de estoques visando a redução dos altos custos envolvidos

nestas operações. Nesta visão surge uma necessidade de interação entre a empresa

produtora, os fornecedores e os clientes, gerando desta forma uma integração entre

esses três atores, que é denomina cadeia de suprimentos.

Entende-se que a da logística nos projetos de construção civil teve seu início

advindo do sistema produtivo adotado pelos japoneses chamado “Just in Time”.

Tendo como objetivo a minimização de estoque e de desperdício, o modelo japonês

apresenta conceitos que ainda hoje são considerados bons caminhos para

combater a improdutividade.

Devida a sua importância, a logística obteve diversas conceituações

técnicas, por diferentes estudiosos, abrangendo assim seu conceito.

Segundo Cardoso (1996) a logística no âmbito das empresas do setor de

construção civil possui duas classificações: a logística externa, que trata da cadeia de

suprimentos envolvida com a obra e a logística interna, referindo-se à logística

dentro do canteiro de obras. Havendo também a logística de distribuição física, que

segundo Novaes, Alvarenga (1994), trata-se do transporte entre as “fábricas”, que

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são áreas de manufaturarão dentro do canteiro para as áreas de estocagem de

produtos próximas às frentes de produção.

CESAR DE ONDE VC TIROU O TEXTO TEM QUE CITAR A FONTE NO

TEXTO E COLOCÁ-LA DE FORMA DETALHADA NAS REFERÊNCIAS

BIBLIOGRÁFICAS

Os processos logísticos estão diretamente ligados a cadeia de distribuição,

que envolvem diversos processos: Previsão de demanda; Planejamento das

necessidades de materiais e equipamentos; Armazenagem dos materiais;

Armazenagem logística; transporte interno de materiais; Estocagem dos produtos

acabados; Planejamento e distribuição física; Processamento de pedidos;

Movimentação de pedidos; Transporte; Atendimento do cliente.

3.1 CADEIA DE VALOR

A concepção de cadeia de valor segundo (Porter (1986) indica a agregação de

valor através da realização de atividades primárias e secundárias. Esta anáslise tem

como objetivo estudar o conjunto de atividades inter-relacionadas que buscam

agregar valor específico ao produto ou cliente. Ou seja é como um produto se

movimenta desde de a etapa da matéria-prima até a entrega final.

Segundo o conceito dentre as ativiades primárias estão:

Logística interna: atividades de manseio de materiais, armazenagem e

controle de estoques, assim como .

Operações: atividades necessárias para converter os insumos fornecidos pela

logística interna na forma de produto final.

ATENÇÃO MUDOU O TAMANHO DA FONTE. CESAR TEM

MUITOS ERROS DE DIGITAÇÃO PRECISA CORRIGIR TODO O

TEXTO. DO PONTO DE VISTA TÉCNICO O TRABALHO ESTÁ BOM

ATÉ AQUI NÃO REQUERENDO NENHUMA ALTERAÇÃO, MAS

FALTAM AS FONTES

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E dentre as atividades de apoio estão:

Suprimento de serviços e materiais: atividades realizadas visando

a compra dos insumos necessários à fabricação dos produtos, bem como

ativos fixos – máquinas, equipamentos de laboratórios, equipamentos e

materiais de escritórios e edificações.

Desenvolvimento tecnológico: atividades realizadas com o objetivo

de melhorar o produto e os processos utilizados em sua fabricação.

Assume várias formas, como equipamentos de processo, pesquisa

básica, design do produto e procedimentos de serviços.

3.2 LOGÍSTICA DE DISTRIBUIÇÃO (INTERNA) E LOGÍSTICA DE

SUPRIMENTOS (EXTERNA)

As empresas do setor de construção civil tendem cada vez mais valorizar os

aspectos logísticos nos seus processos, levando-as assim a adquirir um corpo

administrativo organizacional que trabalhe para a melhoria contínua e

desenvolvimento de toda a cadeia.

Entende-se da logística de distribuição da construção civil pensando na cadeia

que supri o canteiro e no abastecimento das frentes de trabalho dentro dele. Como

por exemplo, os diferentes níveis de tirantes a serem executados de uma cortina.

Entende-se que a logística de distribuição externa ou cadeia de suprimentos incluem

o transporte das matérias-primas da fonte de suprimentos a linha de produção no

canteiro. Sendo desde uma jazida de um cimento até a central de injeção de injeção

dos tirantes.

A cadeia de suprimentos é um ciclo de atividades que através de um canal

ocorre a conversão de matéria prima em produtos finalizados. Agregando valor para

o consumidor. (BALLOU,2004).

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A Cadeia de Suprimentos envolve 3 grandes áreas:

a) Logística de Suprimentos: compreendendo o administração de

materiais. Das fontes primárias seguindo até os fornecedores;

Logística de Produção: compreendendo a manufatura ou produção.;

Logística de distribuição: compreendendo o distribuidor e o

consumidor final.

3.3 GESTÃO DA LOGÍSTICA

Entende-se a logística de distribuição da construção civil pensando na cadeia

que supri o canteiro e no abastecimento das frentes de trabalho dentro dele. Como

por exemplo os diferentes níveis de tirantes a serem executados em uma cortina.

A cadeia de suprimentos da construção civil é peculiar a e está diretamente

relacionada às características da própria indústria. É uma indústria desgredada, por

coordenações apoiadas em projetos únicos, com alta dependência da mão-de-obra,

que desconsidera níveis de incerteza (LAUFER TUCKER, 1987; KOSKELA 1992).

Essas propriedades resultam em particularidades que definem as cadeias de

suprimento da construção como (VRIJHOEF; KOSKELA.2000):

ATENÇÃO CESAR SOMENTE RECUE O TEXTO SE FOREM

PALAVRAS DO AUTOR

a) Temporárias: organizações temporárias são estabelecidas para

construir e abastecer um projeto específico com suas tipificações.

Pode não atuar no projeto seguinte em seu formato pré-estabelecido; e

podendo ter piores resultados. Sendo assim, a cadeia deve ser formada

de tal maneira que lide com estes problemas sem resultar em perdas

para os seus envolvidos.

b) Convergentes: suprimentos direcionados e estocados no canteiro de

obras. Aonde ocorrem seus processos de produção.

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c) Produção puxada (make-to-order): produtos feitos diante de uma

solicitação. Tendo cada projeto um novo produto ou protótipo.

Para apoiar a compreensão da cadeia, Koskela e Vrijhoef (2000)

despontam quatro tópicos:

1) Foco 1- interação canteiro de obras/ fornecedores imediatos: tendo

como meta diminuir os custos e a duração das atividades através da

cooperação entre construtoras, empreiteiras e fornecedores. É

considerado por eles como específico, uma vez que objetiva a redução

de custos sem dar muita importância com a variabilidade que a cadeia

de suprimentos pode causar nas atividades do canteiro;

2) Foco 2- foco no fornecimento de suprimentos ao canteiro: objetivo é a

redução de custos por meio de melhorias logísticas, lead time (tempo

de entrega) e redução de estoque. Os fornecedores da cadeia devem

trabalhas sistematicamente em conjunto de forma que otimize ao

máximo a cadeia, influenciando diretamente nos custos logísticos e de

produção;

3) Foco 3- mudança de processos do canteiro para outras localidades:

mudando para ambientes que favoreçam o controle dos processos. Os

integrantes da cadeia precisam definir as partes que trabalharam com

o sistema empurrado (baseado em previsões de demanda em longo

prazo) e sistema puxado (sistema que produz de acordo com a

demanda real);

4) Foco 4 – gerenciamento integrado do canteiro de obras com a cadeia

de suprimentos: objetivo é fazer com que os fornecedores,

empreiteiros, construtoras e clientes trabalhem em equipe de forma a

melhorar o desempenho da cadeia como um todo. Koskela e Vrijhoef

discorrem sobre opções para o gerenciamento da cadeia de

suprimentos na construção (construção aberta, construção e projeto

realizados por um único autor).

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Figure 2 – Focos da cadeia de suprimentos na construção

Fonte: Verjhoef e Koskela (2000)

3.4 GESTÃO DE ESTOQUES

A gestão de estoque é fundamental e muito importante para as análises

logísticas. Os materiais, segundo um levantamento do histórico de obras de

estabilização de uma empresa , representam entre 20%- 40% do custo total das obras

. Tornando assim um vetor fundamental para que sejam feitas as gestões dos custos

da cadeia.

Os custos relativos, a importância de falta e o seu “lead times” (tempo de

entrega), são características que devem ser avaliadas e quatificadas de forma a

exercer melhor controle possível. As análises serão realizadas segundo o método

ABC e método de multicritério. Podendo assim ser feito um comparativo entre as

duas.

3.5 MÉTODO ABC

Devido à grande variedade de itens em estoques a serem analisados, as empresas

utilizam a classificação ABC 20-80, baseada na lei de Pareto (1946), para a priorização

dos itens em estoque a serem dedicados mais atenção na gestão da sua cadeia. A curva

ABC geralmente mostra que 20% dos artigos respondem por 80% ou mais do valor do

consumo, e daí deriva a regra 20-80. Pode ser determinada de acordo com o percentual

dos itens ou baseada nos percentuais cumulativos do valor de consumo;

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44

conseqüentemente, é arbitrária e é baseada na natureza do negócio, no julgamento e

experiência do analista e na causa das ações que podem ser tomadas.

Apesar do largo uso, existem alguns problemas associados com a análise ABC. Os

principais são:

a) Como selecionar um bom critério de medida;

b) Qual o número de categorias mais apropriado;

c) Como classificar os itens nas classes.

Cabe salientar que uma análise exclusiva ABC pode levar a distorções perigosas para a

empresa, pois ela não considera a importância do item em relação ao sistema como um

todo.

CONTINUA SEM FONTES

3.6 COMPOSIÇÃO DOS CUSTOS LOGÍSTICOS

A localização dos processos e da armazenagem está diretamente ligada ao

transporte dos materiais, consequentemente ligada também aos custos logísticos de

tranporte. Como exemplo, se os materiais não estiverem no raio e alcance do

guindaste, ocasionará um duplo manuseio, ocorrerá o transporte até o guindaste, o

que consequentemente aumenta o tempo de transporte, o custo de equipamentos para

obra e o risco de danos e perdas dos materiais envolvidos (SAURIN; FORMOSO

;2006).

Os custos logísticos envolvem todas as etapas presentes da cadeia passando

por todo o ciclo e com diversas variáveis que devem estar presentes em sua

composição. Segundo Coelho (2013), existem diversos custos além do de transporte

que devem tem importância para a logística, sendo alguma deles os custos:

tributários, de setup, tecnologia da informação custos de armazenagem.

O sistema de custeio baseado em atividade ABC (Activity Based Consting) é

um método eficiente para ser levado em conta as características e propriedades de

cada custo. Segundo Coelho o diferencial de uma avaliação de custeio tradicional

para o ABC é na análise dos custos. Para esse método os custos são apurados e

distribuídos de forma proporcional à contribuição que eles têm em cada atividade.

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Podendo assim ter uma melhor dimensão da composição real dos custos, levando a

tomadas de decisões mais precisas.

O que se busca com a logística não é somente minimizar os custos de

transporte, ou de estoque, ou de processamentos, mas sim minimizar, a soma dos três

custos. Ou seja, o custo global de logística.

Figura 14- Equilíbrio de Custos sob a ótica da Logística FONTE?????

Figura 15 - Relação de custo em função do modo escolhido

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3.7 CUSTOS LOGÍSTICOS DE TRANSPORTE VERTICAL

Os custos de logísticos de transporte e movimentação de carga variam de

acordo com a solução de transporte estudada. Possuindo por exemplo, um diferente

método de cobrança da mobilização do equipamento para o canteiro. Para

mobilização do helicóptero são cobradas as horas de vôo do aeroporto até o canteiro,

diferentemente do guindaste que se cobra um frete fixo para o deslocamento para o

canteiro.

Deve-se considerear no estudo de viabilidade a presença dos custos indiretos

da obra se houver diferença na produtividade dos serviços e se esses serviços fizerem

parte do caminho crítico das atividades. Ou seja, se na rede de precedência das a

diferença de tempo do término do serviço resulta na mudança do dia de término da

obra.

3.8 TRANSPORTE REALIZADO COM HELICÓPTERO

Os custo total para a utilização desse modal de transportes são os custos de

mobilização e desmobilização acrescidos do custos estimado para o transporte de

materiais. Sendo estes:

a) O Custo de Mobilização (CM): pode ser estimado pelo Custo por

Hora de Vôo (CHV),estabelecido pela empresa que aluga,

multiplicado pelo tempo de voo, que pode ser calculado pela Distância

do Aeroporto ao Canteiro (DAC) divido pela Velocidade de Cruzeiro

Rápido (VCR).

𝐶𝑀 =𝐶𝐻𝑉×𝐷𝐴𝐶

𝑉𝐶𝑅 (2-7)

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b) Custo de Transporte de Materiais (CTM) pode ser calculado

considerando Horas Totais de trabalho , aonde geralmente negocia-

se um divido pelo Tempo de Ciciclo vezes o CHV. O Tempo de Ciclo

é a soma dos Tempos de Carga e Descarga e Tempo De Descida

(TDD) mais a Altura de Subida dividida pela Razão de Subida do

helicóptero (RS). Ou seja:

𝑇𝐶 = 𝑇𝐶 + 𝑇𝐷 +TDD + AS/RS (2-8)

𝐶𝑇𝑀 = 𝑇𝐶 × 𝐶𝐻𝑉 (2-3)

c) Custo Total é a soma do CTM mais duas vezes o CM considerando

que a desmobilização será para o mesmo aeroporto.

𝐶𝑇 = 𝐶𝑇𝑀 + 2 × 𝐶𝑀 (2-9)

FONTES

3.9 TRANSPORTE COM GUINDASTE DE LONGO ALCANCE

Os custos para a utilização deste modal são:

a) O Custo de Frete (CF): é o valor fixo apresentado pela empresa

contratada.

b) Custo de Transporte de Materiais (CTM): Horas Totais de trabalho

divido pelo Tempo de Ciciclo vezes o Custo de Hora Alugada (CHA).

O Tempo de Ciclo é a soma dos Tempos de Carga e Descarga e

Tempo De Descida (TDD) mais a Altura de Subida dividida pela

Razão de Subida do guindaste (RS). Ou seja:

𝑇𝐶 = 𝑇𝐶 + 𝑇𝐷 +TDD + AS/RS; (2-10)

𝐶𝑇𝑀 = 𝑇𝐶 × 𝐶𝐻𝐴 (2-11)

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c) Custo Total é a soma do CTM mais duas vezes o CM considerando

que a desmobilização será para o mesmo aeroporto.

𝐶𝑇 = 𝐶𝑇𝑀 + 2 × 𝐶𝐹 (2-12)

3.10 DESEMPENHO LOGÍSTICO

Para se gerir processos deve-se ter um controle efetivo das operações e

quantitativos. A melhor maneira para se medir é por meio de itens de controle ou

KPI (Key Performance Indicator). Os indicadores podem ser agrupados em três

categorias: Custos, Ativos, Produtividade, Qualidade e Tempo.

Para realizar as avaliações de desempenho deve-se identificar os indicadores

a serem avaliados. Sendo muito importante a compreensão da razão de se medir, de

como analisar o resultado, como devem ser feitas as medições, os dados devem ser

de uma única fonte, com uma periodicidade regular, os canais para sua divulgação,

as justificativas para os seus possíveis desvios e as ações a serem tomadas.

Indicadores a serem medidos para a avaliação de viabilidade logística do

transporte vertical de tela:

a) Custo de logística

b) Custo de transportes

c) Importância de Falta

d) Lead Time

e) Quantidade de pedidos entregues no prazo

f) Distância média percorrida pelos veículos

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49

5) Técnicas e ferramentas de logística aplicáveis a obras de

contenção de encostas

(Fazer um levantamento bibliográfico e dissertar sobre

técnicas e ferramentas aplicáveis a obras de contenção de

encostas. Para cada técnica e ferramenta descrita estabelecer

um item específico no qual você vai falar porque esta

ferramenta pode otimizar obras de contenção de encostas,

naturalmente considerando as peculiaridades que você

descreveu no item 2. Deve falar sobre as vantagens da sua

aplicação. Pode chamar o item de “Aspectos técnicos e

práticos” / Além das técnicas e ferramentas convencionais

dedicar subitens para “Construção Enxuta” e outro para a

técnica dos “5 S” / Fazer um item síntese que pode ser o

último ou o primeiro, não sei bem, apresentando uma tabela

com todas as técnicas e ferramentas apresentadas e uma

síntese do que é, em que se aplica e aspectos técnicos e

práticos considerando obras de contenção.)

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Técnicas de perfuração

A atividade de perfuração é considerada uma das atividades mais importantes

na realização das ancoragens, pois é através dela que se inicia o processo assim como

afeta todas as demais atividades. Segundo Ramos,2008 existem cinco tipos de erros

de perfuração levantados no quadro a segui, juntamente com a explicação das

principais causas e as propostas para atunuar ou corrigi-los.

a) Perfuração manual: manualmente operados os equipamentos são ágeis

de movimentação rápida. Realizada em trabalhos de pequeno porte,

onde por causa das dimensões não justifica economicamente o

emprego de outros equipamentos.

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50

b) Perfuração mecanizada: Os equipamentos são montados sobre uma

estrutura tendo o operador o controle de parâmetros de perfuração.

a) Perfuratrizes Pneumáticas: são acionadas por ar comprimido, mais

utilizada para furos de menor comprimento, entre 3 a 15 metros,

diâmetros pequenos, em rochas duras e terrenos com acessibilidade

restrita. Tem como vantagens a sua simplicidade, baixo custo de

aquisição e mobilização e manutenção barata.

b) Perfuratrizes hidráulicas: tiveram seu uso mais recente a partir das

décadas de 60 e 70. Sua composição é basicamente dos mesmos

elementos das perfuratrizes pneumáticas, com a principal diferença

que no lugar de um compressor gerando ar comprimido, utiliza-se

bombas que injetam óleo para acionar os componentes. As

perfuratrizes hidráulicas são tecnologicamente mais avançadas

diminuindo assim 2/3 do consumo de energia da pneumática, menor

custo de acessórios de operação, maior capacidade de furação, maior

liberdade nas movimentações, assim como uma facilidade na sua

automatização. Possuem um maior custo de aquisição, reparo e ajustes

complexos e uma equipe de manutenção mais qualificada.

FALTAM AS FONTES CESAR

5.4.3.4 SISTEMA DE AVANÇO

Tanto a perfuração manual quanto a mecanizada pode-se se fazer uso de um

sistema de avanço paralelo para obter alto rendimento das perfuratrizes. As brocas

devem estar na posição adequada e em contato com a rocha, transmitindo a energia

pelo do pistão mediante o mecanismo de impacto. Segundo o Guia de Perfuração da

Vale, 2006, para conseguir esse alto rendimento o sistema de avanço deve oferecer

um esforço sobre a broca de 3 a 5 KN, para pequenas perfuratrizes e de 15 KN para

maiores. Um dos sistemas de avanço é utilizando Manipuladores telescópicos. Aonde

ocorre a fixação da perfuratriz na mesa, como visto na Figura 4. Devendo assim ser

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feio um projeto específico para acoplamento dos equipamentos, considerando todas

as solicitações geradas pelo peso da lança, no plano cargas do manipulador, as

solicitações causadas pela perfuração da rocha, assim como as resistências do

sistema.

Figura 16 - Perfuração com manipulador telescópico com lança acoplada.

Fonte: Acervo autor.

2.3.3.5 SISTEMAS DE APOIO E MONTAGEM

As características do talude rochoso influenciam diretamente na escolha do

sistema de montagem e na estrutura de apoio das perfuratrizes. A altura de

perfuração e o tipo de rocha a ser perfurada influenciam a escolha do equipamento

consequentemente no sistema de montagem e apoio. Podendo ser:

a) Apoios em bancadas com andaimes: geralmente para taludes com um

melhor acesso e com baixa altura. Sistema com baixo custo logístico.

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52

Figura 17 - Sistema de montagem sob andaime.

Fonte:Acervo autor.

b) Apoio em plataformas fixada no maciço rochoso: São estruturas para

perfuração, recepção e manejo dos materiais. Geralmente utilizada

devido condicionantes de projeto com Tirantes de maior profundidade.

Sua montagem é realizada com equipe especializada com técnica de

rapel.

Figura 18 - Sistema de apoio com plataforma fixada no maciço.

Fonte: Acervo autor.

c) Apoios acrobáticos com a perfuratriz deslizante: sistema utilizado em

encostas rochosas com difícil acesso, tem alta produtividade por ser um

sistema móvel.

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Figura 19 - Sistema de apoio acrobático com perfuratriz pnemática hidráulica.

Fonte: Acervo Stenuick Internaticional Manufacture of Drilling ?????

d) Apoio em equipamentos de avanço como Manipuladores Telescópicos e

Guindastes. É um sistema mais dinâmico que necessita de maior

flexibilidade, para grandes quantidades de perfurações.

Figura 20 - Sistema de apoio em equipamentos de avanço

Fonte: Acervo autor, 2018.

FONTES CESAR A BANCA VAI BLOQUEARSEU TRABALHO

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Fonte: Ramos,2008.

Quadro – Erros de execução de perfuração.

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55

4. ESTUDO DA APLICAÇÃO DE LOGÍSTICA EM OBRA DE CONTENÇÃO DE ENCOSTAS

4.1. CARACTERIZAÇÃO

CESAR PRECISA CARACTERIZAR A EMPRESA PARA QUE O

LEITOR POSSA AVALIAR SEU PORTE E SUA FORMA DE TRABALHO E

CONSEQUENTEMENTE SUAS DIFICULDADES E LIMITAÇÕES

4.4.1 Área de Estudada

Localizada no nordeste de Santa Catarina a rodovia encontra-se em uma serra

com características geológicas muito pouco favoráveis. Constituindo-se de arenitos

pelitos com graus de alteração bastante fraturados e com um grau alto de anisotropia.

Assim como a ocorrência de taludes suberticais de grande altura com a presença de

blocos de rocha instáveis.

Figura 21- Imagem de Satélite do Km 108.

Fonte: Google Earth

Acessos difíceis na encosta com mata fechada e trechos subverticais. Um alto

índice pluviométrico na região, como apontado pelo INMET (Instituto Nacional de

Meteorologia) na Figura 10. E a impossibilidade de desvio de tráfico da região,

necessitando de uma operação pare-siga. A obra demonstra possuir condições de

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logísticas de transporte bastante desafiadoras. AS FIGURAS ESTÃO COM

NUMERAÇÃO ERRADA

Figura 22- Índice Pluviométrico da Região.

Fonte: Instututo Nacional de Meteorologia – INMET,2016.

4.4.2 Escopo

O escopo do projeto, como ilustrado abaixo, compõem-se não somente das

atividades de execução de chumbadores e instalação de tela, como outras soluções e

serviços. A execução de canaletas, solo grampeado, cortina atirantada e aplicação de

biomanta são outras soluções ou atividades paralelas que estão presentes no projeto e

interferem nas soluções de logística.

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Figura 23- Croquis do Trechos 1, 2,3.

Fonte: Elaborado pelo Autor.

Figura 24 - Croquis do Trecho 5,6,7.

Fonte: Elaborado pelo Autor.

Dado que a aplicação de tela de alta resistência é a primeira e mais desafiadora

atividade, assim como a sua independência de equipes, equipamentos e frentes de

serviço. As análises sobre soluções de logística de transporte e equipamentos

apresentadas sobre o serviço podem ser realizadas separadamente.

Contudo, no que tange as análises logísticas de material, é importante que a

abordagem seja ampliada para os demais serviços, Tabela 5. Uma vez que a presença

de materiais semelhantes ou mesmos fornecedores, englobam a cadeia de

suprimentos como um todo. Não perdendo assim a proporção das significâncias de

cada tipo de material e as suas quantidades transportadas. O que interfere nas

análises apresentadas no item 3.2.3.2.

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58

Tabela 4- Quantitativos da obra.

FONTE

4.1. PRINCÍPIOS DO PROCESSO LOGÍSTICO

4.5.3 Estrutura analítica de projeto

A estrutura analítica de projeto foi subdividida nos trechos de rodovias. Uma

vez que soluções de equipamentos e logistica de materias são distintas para alguns

trecho, foi realizada a separação de todas as atividades, considerando núcleos

independentes. O estudo se faz com a técnica de aplicação de tela, portanto os

Trechos 5 e 6 não farão parte das nossas análises.

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Figura 25 - Estrutura Analítica de Projeto

Fonte: Elaborado pelo Autor.

4.5.4 MÉTODO DE ATAQUE

Os trechos possuem características geomorfológicas singulares de forma que seus

pontos tratados exigem um estudo específico e detalhado de planejamento de

suprimentos e planos de ataque, como pode se identificar na Figura 14. Nos trechos a

jusante da pista, onde foram construídas cortinas atirantadas com estaca raiz, são

trecho que possuem grande limitação de espaço, tanto para canteiro quanto para

execução dos serviços. Necessitando assim da montagem de oficinas afastadas de

montagem de armaduras e tirantes, custeando assim a logística de transporte de

material interno horizontal.

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60

4.6 DETALHAMENTO OPERACIONAL

4.7.1 EQUIPAMENTOS

A definição dos equipamentos e da sua quantidade baseia-se na em quantas

equipes que serão formadas. Já estás dependem por sua vez da quantidade de serviço

do escopo, apresentada na Tabela 5 e das produtividades das soluções técnicas

logísticas que serão adotadas. Algumas soluções utilizadas estão apresentadas

abaixo.

4.7.2 PERFURATRIZES

Os trechos do talude a serem perfurados apresentam diferentes composições

de rocha, que consequentemente causa a variação na profundidade dos seus

chumbadores.

Para o trecho que tem perfuração da ancoragem maiores que 30 m se

utilizou do sistema perfuratriz hidráulica apoiada sobre plataforma. Tendo

assim mais estabilidade e capacidade de se utilizar uma perfuratriz de maior

alcance, como visto na Figura 22.

Já para os grampos superiores, utilizou-se de perfuratrizes hidráulicas

“acrobáticas”, ou deslizantes. Que se tornaram a melhor opção viável para os

chumbadores de topo, devido a necessidade de rapidez. Sem a montagem de

plataformas. Assim como não haviam grandes profundidade, possibilitando a

perfuração ser feita sem a necessidade de um sistema de avanço, como

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61

representado na Figura 21.

Figura 26 - Execução de perfuração com máquina deslizante.

Fonte: Acervo Autor.

Figura 27 - Execução de chumbadores sobre plataforma.

Fonte: Acervo de Autor.

4.7.3 Acoplamento da perfuratriz ao manipulador

telescópico

Uma solução tomada como atividade de apoio com o desenvolvimento tecnológico

foi o acoplamento de uma perfuratriz hidráulica em um manipulador telescópico para a

perfuração das várias colunas de ancoragem,. A adaptação da perfuratriz é identificada

na Figura 23. Compondo-se de cantoneiras, e uma haste para a regulagem da altura do

eixo da perfuratriz.

A flexibilidade e rotatividade do Manipulador propicia a dinamicidade necessária

para a perfuração dos chumbadores com alta produtividade. Havendo, porém, a

necessidade de se fazer uma regulagem constante da inclinação de perfuração. Visto

que, a perfuração desalinhada pode gerar fraturas no aço da perfuratriz, uma queda no

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aproveitamento da força de avanço e possíveis paradas obrigatórias. O que

consequentemente diminuem a produtividade da máquina.

Figura 28 - Adaptação da perfuratriz com Manipulador Telescópico.

Fonte: Elaborado pelo o Autor.

Figura 29 - Perfuratriz Pneumática acoplada no Manipulador Telescópico.

Fonte: Acervo do Autor.

1. Perfuração de chumbadores (4,13 m): 21 unid./semana/equipe, com

uma equipe de 2 alpinistas

2. Perfuração de chumbadores de (6,78 m):126 unid./semana/equip; é a

mesma equipe dos chumbadores de 4,13 m.

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63

3. Injeção de Chumbadores: 147 unid./semana/equip; equipe de 2

alpinistas + 1 Operador Bomba + 2 ajudantes;

4. Instalação de Tela: 2100 m²/semana/equip, com equipe de 4 alpinistas

+ 2 Ajudantes

Tabela 5 - Histograma de equipamentos.

FONTE

4.7.4 Estudo de viabilidade do meio de transporte de

materiais

Ao optar pela utilização desses equipamentos a empresa tem duas

alternativas: locação ou compra. O valor de compra de ambos é muito elevado em

consideração ao período de utilização na obra e das perspectivas de novas

utilizações. Por esse motivo serão avaliados os custos de locação dos equipamentos

levando em conta suas características de alcance e capacidade de operação para os

parâmetros estabelecidos.

As máquinas escolhidas para comparação que se enquadram no esquema

proposto no item 2.6.4 foram o guindaste TADANO FAU-AX1300 e helicóptero

AS350B2. Cujas características estão descritas na Tabela 7.

TOTAL EQUALIZADO Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro

Caminhão munck 1 1 1 1 1 1 1

Perfuratriz manual 20 23 23 23 23 23 15

Perf. Rotoperc. em Gaiola c/ rodas 3 3 3 3 3 3 3

Compressor de alta vazão 2 4 4 4 4 2 1

Compressor de média vazão 3 3 3 3 2 2 2

Central de Injeção 5 5 5 5 5 5 5

Gerador 80 KVA 1 1 1 1 1 1 1

Conjunto de protensão de tirantes 1 1 1 1 1 1 1

Perfuratriz Hidraulica sobre esteiras 3 4 4 4 4 3 1

Perfuratriz pneumática sobre andaimes 1 1 1 1 1 1 1

Bomba D'água 4 4 4 4 4 4 4

Gerador 8 KVA 2 2 2 2 2 2 2

Caminhão Basculante 1 1 1 1 1 1 1

Escavadeira Hidraulica 16 ton 1 1 1 1 1 1 1

Guindaste 200t c/ lança 112m 1 1 1 1 1 0 0

Manipulador com lança de 30m 1 1 1 1 1 1 1

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Tabela 6 - Tabela comparativa entre guindaste e helicóptero

Itens Unidade Guindaste

TADANO FAU

ALX1300

Helicóptero

AS350B2

Capacidade de Carga kg 1300 1.160

Capacidade de Ponta kg 1000 -

Razão de subida m/s - 8,5

Altura máxima m 60 +17 m 4600

Alcance Horizontal m 40 Ilimitado

Consumo Guindaste:KVA/h

Helicóptero: L/h

30

160

Custo Consumo

mensal

R$ 2.000,00 456,00

Custo de locação, com

operador e manutenção

R$/h 570,00

6.000,00

Custo de Mobilização/

Desmobilização

R$ 10.000,00 40.000,00

Operação sob Não Não

Fonte: Própria (2018)

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As análises foram realizadas conforme o item 2.4.2.1. Viabilizando assim a

utilização do guindaste de longo alcance:

a) Para o helicóptero totalizaram-se 22 dias de locação com 6 horas de

voo por dia com uma autonomia de tanque de 4,24h. Realizando o

trajeto de carga, voo, descarga e retorno em, em 6 minutos. Gerando

assim um custo de R$ 820.700,00.

b) Para o Guindaste totalizaram-se 50 dias de locação com 6 horas de

operação, necessitando tamém do aluguel de um gerador de 81 kVA.

Considerando a o trajeto carga, descarga e retorno em 20 minutos.

Gera assim um custo de R$171.000,00.

4.7.5 GUINDASTE LONGO ALCANCE

O transporte vertical será realizado com o Guindaste do modelo TADANOO-

FAUN 1300xl com capacidade de carga de 130,0 t. Os cálculos foram realizados de

acordo com o item 2.4.1.1, para a elaboração do “plano de riggin”, bem como a sua

esquematização no canteiro delimitando seu raio de alcance.

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Figura 30 - Detalhamento operacional do Guindaste.

Fonte: Elaborado pelo Autor.

Figura 31 - Descrição da Atividade.

Figura 32 - Vista lateral/superior do Guindaste

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Figura 33 - Planta de locação do Guindaste

Fonte: Elaborado pelo Autor.

4.8 MATERIAIS

4.9.1 MÉTODO ABC

Os materiais foram descritos e avaliados na APÊNCIDE V. Sendo possível

assim realizar classificações: “Classe A” em verde, “Classe B” amarelo, “Classe C”

em vermelho.

4.9.2 FERRAMENTAS DE GESTÃO E CONTROLE

DE OBRAS5

Obras de estabilização de encosta constituem-se de serviços contínuos e

repetitivos, como obsedado na Figura 14. de tal forma que o processo como um todo

Figura 34 - Gráfico com Curva ABC dos materiais da obra.

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torna-se muito parecidos com processos industriais. Tendo assim uma maior

efetividade quando se aplicam planejamento e controlo logísticos no processo.

Figura 35 – Linhas de Balanço.

4.2. ESTRUTURA DO PROCESSO LOGÍSTICO

4.9.3 Canteiro

Canteiros de obras dos serviços de estabilização de encostas são canteiros

longitudinais em localizações afastadas, de difícil acesso, com trabalho altura, estreitos

quando localizados em rodovias ou muitas vezes canteiros volantes (canteiros móveis

localizados em cima de caminhões). Tais considerações tornam o estudo de logística de

transportes, equipamentos, pessoas e de canteiro muito particular e relevante.

O canteiro apresentado abaixo teve como premissas:

1. A necessidade da utilização de uma grande área de manobra para os

manipuladores telescópicos e guindaste.

2. A presença de uma central de armação e de uma central de carpintaria, na

Figura 26, é necessária para realização dos processos das atividades do

trecho X. A área do seu acostamento e a rodovia que o margeia é muito

estreita. Sendo assim necessário realizar o transporte horizontal de material

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69

das centrais para o trecho. Atribuindo assim um considerável custo logístico

e perda de produtividade para as atividades do local.

Figura 36 - Canteiro trecho 1

Fonte: Elaborado pelo Autor.

Figura 37 - Canteiro trecho 2

Fonte: Elaborado pelo Autor.

CESAR FAZER CONSIDERAÇÕES FINAIS DO ESTUDO DE CASO E

DEPOIS ENT]AO FAZER OUTRO CAPÍTULO COM AS SUAS CONCLUSÕES

OBSERVANDO A PERGUNTA CENTRAL DA SUA MONOGRAFIA QUE

ESTÁ NA FAO

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70

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

6. BIBLIOGRAFIA

7. ANEXOS

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71

4.3. APÊNDICE IV

Fontes de Custo Quantidade Custo por mês Tempo Custo Total

Equipe Indireta Qt $ Tempo (mêses) Custo Total

Engenheiro 1,00 9.180,00R$ 1,00 47.047,50R$

Aux. Administrativo 1,00 1.682,21R$ 1,00 8.621,32R$

Técnico de Segurança 1,00 2.732,40R$ 1,00 14.003,55R$

Encarregado geral 1,00 3.780,00R$ 1,00 19.372,50R$

Encarregado de Turma 1,00 2.361,74R$ 1,00 12.103,94R$

Eq. Tela

Marteleteiro (alp) 8,00 2.493,16R$ 1,00 39.890,53R$

1/2 oficial (alpinista) 8,00 1.689,42R$ 1,00 27.030,76R$

Ajudante 8,00 1.211,76R$ 1,00 19.388,16R$

Eq. Perf. Chumb. (telas)

Marteleteiro (alp) 15,00 2.493,16R$ 1,00 130.890,82R$

1/2 oficial (alpinista) 15,00 1.689,42R$ 1,00 88.694,68R$

Eq. de Injeção Chumb (telas )

1/2 oficial (alpinista) 4,00 1.689,42R$ 1,00 16.894,22R$

Injetador 2,00 2.029,10R$ 1,00 10.145,52R$

Ajudante 4,00 1.211,76R$ 1,00 12.117,60R$

Equipe Barreira -R$

1/2 oficial (alpinista) 5,00 1.689,42R$ 1,00 10.136,53R$

Ajudante 5,00 1.211,76R$ 1,00 7.270,56R$

Eq. Perf. Grampo (Solo Grampeado)

1/2 oficial (alpinista) 4,00 1.689,42R$ 1,00 16.236,82R$

Ajudante 2,00 1.211,76R$ 1,00 5.823,04R$

Eq. de Injeção Grampo(Solo Grampeado)

Injetador 2,00 2.029,10R$ 1,00 10.145,52R$

1/2 oficial (alpinista) 2,00 1.689,42R$ 1,00 8.447,11R$

Marteleteiro (alp) 2,00 2.493,16R$ 1,00 12.465,79R$

Equipe de Projetado - Grampo(Solo Gramp)

Operador de Bomba 1,00 2.029,10R$ 1,00 3.449,48R$

Jatista (alpinista) 1,00 2.493,16R$ 1,00 4.238,37R$

1/2 oficial (alpinista) 1,00 1.689,42R$ 1,00 2.872,02R$

Ajudante 2,00 1.211,76R$ 1,00 4.119,98R$

Eq. De protensão (alpinista)

Operador de protensão (alpinista) 1,00 2.493,16R$ 1,00 5.983,58R$

1/2 oficial (alpinista) 4,00 1.689,42R$ 1,00 16.218,46R$

TOTAL 1 101,00 553.608,35R$

horas extras 21% 116.257,75R$

Adicional de transferência 25% 126.222,25R$

encargos 70% 669.866,11R$

1.465.954,46R$

Alimentação da equipe Local 40,21 19,50R$ 1,00 784,01R$

Alimentação da equipe SEEL 225,34 34,50R$ 1,00 7.774,09R$

Vale Alimentação 225,34 270,00R$ 1,00 60.840,69R$

Viagem OBRAxSEDE 150,22 600,00R$ 1,00 90.134,35R$

Assistência Médica 265,54 215,44R$ 1,00 57.206,89R$

Exame médico 265,54 44,00R$ 1,00 11.683,82R$

Seguro de Vida 265,54 11,30R$ 1,00 2.999,82R$

EPI 260,42 111,51R$ 1,00 29.038,24R$

Subtotal 260.461,90R$

TOTAL 1 2.280.024,71R$

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Fontes de Custo Quantidade Custo por mês Tempo Custo Total

Equipamentos Q $ Tempo

Eq. Adm Indireta

Caminhao munck 1,00 1.100,00R$ 1,00 1.100,00R$

Perfuração / Projetado

Perfuratriz manual Bosch - Grampo 21,00 200,00R$ 1,00 4.200,00R$

Perfuratriz Rotopercussiva em Gaiola com rodas 3,00 6.000,00R$ 1,00 18.000,00R$

compressor 600 pcm - Grampo 3,00 6.180,00R$ 1,00 18.540,00R$

compressor 400 pcm Shwing 2,60 3.180,00R$ 1,00 8.268,00R$

Central de Injeção Grampo 5,00 880,00R$ 1,00 4.400,00R$

Gerador 80 KVA 1,00 2.560,00R$ 1,00 2.560,00R$

Macaco Bomba 1,00 1.000,00R$ 1,00 1.000,00R$

TOTAL 2 58.068,00R$

Outros Q $ Tempo

Acessos

Plataforma 144,00 1,00R$ 1,00 144,00R$

Andaime Tubular(m³)-taxa 6 m/m³ - acesso de Pessoal 600,00 4,00R$ 1,00 2.400,00R$

Diversos

Alojamento 10,00 1.425,00R$ 1,00 14.250,00R$

Banheiro Quimico 6,00 1.500,00R$ 1,00 9.000,00R$

Água Potável 1.240,41 3,00R$ 1,00 3.721,22R$

29.515,22R$

TOTAL 2.367.607,93R$

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4.4. APÊNDICE V

N° MATERIAIS UNIDADE Q CUSTO POR UNIDADE CUSTO POR UNIDADECUSTO TOTAL %

A1 Broca Tricone 3” (150m/und) un. 6,76 320,00 2.163,20R$ 0%

A2 Rig und. 46,59 1.203,50 56.067,72R$ 2%

A3 Tirante RT-03 1" m 152,00 20,00 3.040,00R$ 0%

A4 Porca Hexagonal RT-03 1" und. 40,00 2,50 100,00R$ 0%

A5 Galvanização tirante kg 501,60 2,00 1.003,20R$ 0%

A6 Galvanização Acessórios kg 40,00 2,00 80,00R$ 0%

A7 Espaçador und. 101,33 3,00 304,00R$ 0%

A8 Cimento Injeção (0,4 sc/m) sc. 60,80 19,10 1.161,28R$ 0%

A9 Tirante RT-06 1 1/2" m 15.321,70 48,00 735.441,60R$ 28%

A10 Anel Compensação Angular até 30° und. 40,00 20,00 800,00R$ 0%

A11 Porca Hexagonal RT-06 1 1/2" und. 3.519,00 15,40 54.192,60R$ 2%

A12 Bit CIR-80 Ø83mm (200m/und) un. 68,47 907,20 62.116,89R$ 2%

A13 Galvanização tirante kg 110.316,24 2,00 220.632,48R$ 8%

A14 Galvanização Acessórios kg 5.338,50 2,00 10.677,00R$ 0%

A15 Espaçador und. 10.214,47 3,00 30.643,40R$ 1%

A16 Cimento Injeção (0,4 sc/m) sc. 6.128,68 19,10 117.057,79R$ 4%

A17 Tubo de 40mm - trecho livre m 80,00 10,00 800,00R$ 0%

A18 Tubo de 32mm m 180,00 7,50 1.350,00R$ 0%

A19 Redução 40/32 und. 40,00 2,00 80,00R$ 0%

A20 Caps und. 40,00 4,25 170,00R$ 0%

A21 Valvula Manchete und. 180,00 1,65 297,00R$ 0%

A22 Mangueira extrudada 40mm m 80,00 5,00 400,00R$ 0%

A23 Capacete Montanhismo und. 61,00 129,50 7.899,50R$ 0%

A24 Cimento inj.Grampo (0,4 sc/m.) sc 405,60 19,10 7.746,96R$ 0%

A25 Aço CA-50 kg 1.842,44 2,70 4.974,58R$ 0%

A26 Rosca em Grampo und. - 15,00 -R$ 0%

A27 Espaçadores und. 676,00 2,00 1.352,00R$ 0%

A28 Placa und. 845,00 36,00 30.420,00R$ 1%

A29 Porca und. 845,00 28,16 23.795,20R$ 1%

A30 Pintura m 1.115,40 3,00 3.346,20R$ 0%

A31 Rachão m3 297,00 103,15 30.635,55R$ 1%

A32 Areia m³ 4.800,00 80,00 384.000,00R$ 15%

A33 Cinto tipo paraquedista und. 23,29 597,50 13.917,93R$ 1%

A34 Geotextil rt 31 m2 672,00 10,00 6.720,00R$ 0%

A35 Kananet Ø230mm m 60,00 60,00 3.600,00R$ 0%

A36 Concreto p/ projeção fck>20MPA m³ 216,00 435,00 93.960,00R$ 4%

A37 Fibra metálica (30kg/m³) kg 6.480,00 6,95 45.036,00R$ 2%

A38 PVC - 75mm DHP m 200,75 6,00 1.204,50R$ 0%

A39 Geotextil NT 300g/m² m² 182,50 6,50 1.186,25R$ 0%

A40 Areia Lavada m³ 2,92 80,00 233,60R$ 0%

A41 Aço CA-50 kg 3.082,40 2,70 8.322,48R$ 0%

A42 Cimento inj.Grampo (0,4 sc/m.) sc 192,00 23,50 4.512,00R$ 0%

A43 Plataforma 144 10,00 5,50 7.920,00R$ 0%

A44 Fita de ancoragem rolo 93,17 71,20 6.634,02R$ 0%

A45 Andaime Tubular(m³)-taxa 6 m/m³ - acesso de Pessoal 600 10,00 5,50 33.000,00R$ 1%

A46 Bermalonga Ø30cm 300 20,00 1,00 6.000,00R$ 0%

A47 Plantio de Mudas de Espécies Arbóreas 80 25,00 1,00 2.000,00R$ 0%

A48 Tela Sintemax 400 TF ou similar 2600 15,00 1,00 39.000,00R$ 1%

A49 Hidrossemeadura 2600 3,80 1,00 9.880,00R$ 0%

A50 Grama estaqueada 1464 12,00 1,00 17.568,00R$ 1%

A51 Capim Vetiver 300 20,00 1,00 6.000,00R$ 0%

A52 Trava-quedas und. 11,65 487,50 5.677,82R$ 0%

A53 Brita Graduada Simples(m3) 129,00 136,58 1,00 17.618,82R$ 1%

A54 Imprimadura impermeabilizante (m2) 1.075,00 0,24 1,00 258,00R$ 0%

A55 Imprimadura Ligante (m2) 1.075,00 0,24 1,00 258,00R$ 0%

A56 CBUQ - SPV 12,5mm (ton) 135,00 100,00 1,00 13.500,00R$ 1%

A57 Rachão preenchido (m3) 301,00 103,15 1,00 31.048,15R$ 1%

A58 Enrocamento com pedra arrumada 3.560,00 115,00 1,00 409.400,00R$ 15%

A59 Mosquetão und. 279,52 165,00 46.121,35R$ 2%

A60 Cordas m 1.016,67 8,90 9.048,33R$ 0%

A61 Jumar und. 23,29 439,10 10.228,22R$ 0%