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Faculdade de Ciências e T ecnologia de Birigui – FA TEB Desenho Industrial “Nunca duvide que um pequeno grupo de pessoas possa mudar o mundo; de fato, é assim que acontece” Margaret Mead (1901-1978) Birigui – SP 2009 Design com Responsabilidade Social Representação do diagra- ma da trajetória do sistema de Edward Lorenz para a Teoria do Caos.

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Faculdade de Ciências e Tecnologia de Birigui – FATEB

Desenho Industrial

“Nunca duvide que um pequeno grupo de pessoas possa

mudar o mundo; de fato, é assim que acontece”

Margaret Mead (1901-1978)

Birigui – SP

2009

Design com

Responsabilidade

SocialRepresentação do diagra-

ma da trajetória do sistemade Edward Lorenz para a

Teoria do Caos.

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“A mudança se faz com o desejo. Vai chegar um momento que se não for pelodesejo da mudança, vai ser por não ter outra saída.”( Thierry Kazazian - Haverá a idade das coisas leves, Design e Desenvolvimento Sustentável.)

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Banca Examinadora

Ms. Prof José Eduardo ZagoProf. Fernando EguiaProf. Francis Martins de Souza

Projeto de Pro-

duto a Partir de tubos de raios CatódiCos Com Ênfase soCial ,eConômiCa e ambiental.

FACULDADE DE CIENCIAS E TECNOLOGIA DE BIRIGUI – FATEBDesenho Industrial

Edna Melin Dias

Reinaldo Cezar CoelhoRodrigo Vieira Lima

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Agradecimentos

Ao orientador e Professor Mestre José Eduardo Zago pela força, credibilidade,confiança e ensinamentos.

Aos demais professores que sempre se dispuseram a nos ajudar.

Ao senhor Tarcisio e Fabio Manzini e o senhor Abilio que gentilmente nos cede-ram os tubos para os experimentos.

Ao senhor José Roberto Araújo e o senhor Francisco Gonçalves da Silva quesempre nos atendeu com paciência e dedicação dando-nos apoio com conhecimen-tos e técnicas com vidros.

Ao nosso amigo Kleber Alonso Dias que nos apoiou e nos ajudou em todos osmomentos, principalmente nos que não podíamos estar presente.

Ao nosso amigo Leandro Soares que nos ajudou com a renderização das ima-gens e na elaboração dos slides para apresentação do nosso projeto.

Aos físicos Pedro Iwai e Dr. Marcos A. R. Fernandes, e ao Radiologista Marcioque executaram os testes de radioatividade, enriquecendo o projeto.

Ao Prof. Dr. Hugo M. Veit da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Ao pessoal da Biblioteca da Fateb que sempre atendeu com dedicação às nos-sas solicitações.

Dedicatória

Ao meu esposo Kleber pelo amor e compreensão e a todos meus familiares.

Edna

Ao meu pai, irmãos, cunhados e sobrinhos, que sempre estiveram do meu lado.

Reinaldo

A minha mãe Inês Teodoro da Silva e familiares que sempre estiveram presen-tes me dando força e confiança para que eu chegasse até aqui.

Rodrigo

A todos que se dedicam as causas em defesa do meio ambiente e as causassociais.

A todos que também como nós se entusiasmaram e que de alguma forma seenvolveram, direta ou indiretamente, contribuindo para que tornasse possível a rea-lização deste trabalho.

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SUMÁRIO04

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Agradecimentos

Dedicatória

Painel de inspirações

Resumo

Referências

Introdução

Geração de alternativas

Objetivo Geral

Prototipagem

Objetivo Específico

Materiais Recicláveis

Produto Final

Escolha da Matéria-Prima

Ambientação

O meio ambiente e o CRT

Conclusão

Como eram as primeiras televisões?

Bibliografia Consultada

Legislação

Anexo IAnexo II

Propriedade do vidro do tubo de CRT

Anexo III

Procedimentos para testes

MercadoMetodologia

Materiais e Métodos

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Diante da dificuldade de reciclagem dos vi-

dros dos tubos CRT, utilizados em aparelhos de

televisão e computadores, por conterem mate-

riais tóxicos e que são erroneamente descartados

no meio ambiente, considerando a troca destesmonitores por outros de tecnologias diferentes,

como é o caso do LCD, e tendo em vista ainda

o surgimento de novas tecnologias e mais bara-

tas, o que diminui o tempo de vida útil do produto,

o que pode ocasionar uma troca abrupta desses

monitores aumentando o descarte e causandoefeitos indesejáveis, este trabalho demonstra que

é possível a reutilização destes vidros, conside-

rando suas propriedades químicas, mecânicas e

estéticas, podendo ainda gerar empregos e renda

com o desenvolvimento de novos produtos com a

intervenção do design e principalmente contribuir

com a preservação do meio ambiente.

RESUMO

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Introdução

Um dos conceitos para Responsabilidade, con-forme o dicionário Michaelis, é de que Respon-sabilidade é uma imposição legal ou moral dereparar ou satisfazer qualquer dano ou perda;de acordo com a Sociolo-

gia, Social é aquilo que é relativo oupertencente às manifestações prove-nientes das relações entre os sereshumanos, inclusive aquelas que cons-tituem o campo específico da Socio-logia.

Deste modo o termo Responsa-bilidade Social poderia ser definidocomo uma imposição de reparar umdano relativo às manifestações advin-das de relações entre os seres huma-nos.

De acordo com o site Wikipédia,existem várias definições para o termo

Responsabilidade Social, uma delasdiz respeito ao cumprimento de de-veres e obrigações dos indivíduos eempresas para com a sociedade emgeral.

Analisando o termo destas maneiras, ResponsabilidadeSocial se torna uma forma de escambo, simplese fácil de ser aplicada. Não que seja difí-

cil, porém ResponsabilidadeSocial diz muito maisdo que um sim-p les

ato de reparar um dano a outrem. No entorno dessa relaçãode troca está o “sujeito” mais prejudicado, o meio ambien-te, que não se enxerga quando definimos ResponsabilidadeSocial desta maneira, e não há para com ele uma imposiçãode reparo as perdas causadas durante anos, relativas às

tais manifestações das relações entre os seres humanos.Definir em poucas palavras o ter-

mo Responsabilidade Social seria omesmo que limitar as ações que nor-teiam os conceitos sobre o tema, prin-cipalmente numa sociedade em ritmoconstante de expansão e evolução.

Sobre Responsabilidade So-

cial o jornalista Fernando Mendonça,da revista FAE BUSINESS, em suaedição de número 9 de setembro de2004, declara “Há quem afirme queas empresas nada mais fazem do queexpiar-se tardiamente de uma culpahistórica por produzir bens e misériaa um só tempo. Teria portanto chega-do o tempo de procurar “corrigir” esse

mal por meio de ações sociais. Seriauma forma de reportar-se à sociedadenos seguintes termos: “OK, sabemosque durante os últimos 200 anos nós

nos portamos muito mal, poluímos rios, devastamos flores-tas, extinguimos espécies animais e vegetais e produzimosmilhões de famélicos ao redor do planeta, mas estamos dis-

postos a corrigir esse imenso equívoco.”

“... é inevitávelpensar em Res-ponsabilidade

Social e agir semSustentabilida-de, uma anda demãos dadas com

a outra.”

SUSTENTABILIDADE

RESPONSABILIDADE SOCIAL

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Para Emerson Kapaz do Instituto Ethos, em entrevistapara o jornalista citado acima e publicada na referida revis-ta, “Responsabilidade Social nas empresas significa uma vi-são empreendedora mais preocupada com o entorno socialem que a empresa está inserida, ou seja, sem deixar dese preocupar com a necessidade de geração de lucro, mascolocando-o não como um fim em si mesmo, mas sim comoum meio para se atingir um desenvolvimento sustentável ecom mais qualidade de vida.”

Conclui-se que é inevitável pensar em Responsabilida-de Social e agir sem sustentabilidade, uma anda de mãosdadas com a outra. A sustentabilidade abrange desde o in-divíduo como parte integrante da biosfera a vários níveis de

organizações. Segundo o Relatório de Brundtland (1987)sustentabilidade é: “suprir as necessidades da geração pre-sente sem afetar a habilidade das gerações futuras de supriras suas”. Porém para o John Tackara em seu livro Plano B(2008) ainda não estamos no ponto de prover a sustentabi-lidade como um processo ou estado que possamos mantê-la indefinidamente em um determinado nível. Segundo ele“...a nossa economia se tornou extremamente complexa edepende de fluxos excessivos de energia e matéria não re-

nováveis. Muitas pessoas, diante desse desequilíbrio, pas-saram a esperar, mais cedo – e não mais tarde -, o colapsoda sociedade industrial, considerando que esses fluxos ex-cedem tão brutalmente a capacidade da biosfera.”

De acordo com o site, www.susten-tabilidade.org.br, qualquer animal vivoé insustentável. “A sustentabilidade fazsentido apenas quando se considera

todo o conjunto complexo onde este animal está inserido.Sendo o homem um representante do reino animal, nãofaz sentido falar de indivíduo sustentável a menos que semapeie toda a sua atividade e influência no mundo. O queparece inegável é que o simples fato de alguém existir jágera algum impacto ambiental e social. Esse impacto podeser maior ou menor, dependendo de suas decisões e açõescomo indivíduo.”

O processo de produção de tudo aquilo que consumi-mos passa pelo mesmo sistema: extração de matéria prima,produção, distribuição, consumo e descarte. Esse sistemalinear, descrito no documentário A história das coisas, deAnnie Leonard, está gerando diversos danos ao meio am-biente. Reduzir o consumo, reutilizar o que ainda for possí-vel e reciclar o que não pode mais ser utilizado é uma formaencontrada e que já está sendo posta em prática por muitaspessoas. Esse conceito, conhecido em todo o planeta como3 R´s, estimula as pessoas a pensarem de forma conscienteem tudo aquilo que elas consomem (de amaciante de roupaà energia elétrica) e no que acontecerá com aquele produtodepois que ele for descartado.

De acordo com o relatório da ONU Green Jobs (Traba-lhos Verdes) 2008, prevê a criação de milhares de empregosalém dos milhares já existentes decorrentes de ações sus-tentáveis. Tais “Empregos Verdes” mantêm a promessa deque a humanidade será capaz de enfrentar todas as facesdos desafios do século XXI, evitando potencialmente a ingo-vernável alteração climática, protegendo o ambiente naturalque suporta a vida na terra, proporcionando um trabalho dig-no e perspectiva de bem estar e dignidade para todos, emface do rápido crescimento da população mundial e a atualexclusão de mais de um bilhão de pessoas por razões deordem econômica e o desenvolvimento social.

Ações imbuídas de responsabilidade social, produtos

gerados com o máximo de sustentabilidade são caracterís-ticas que agregam valores e leveza aos produtos e serviçosque precisam e podem estar em perfeita harmonia com aeconomia e com a ecologia, sem deixar de atender o consu-midor, preservando sua individualidade e oferecendo a sen-sação de exclusividade o qual busca o consumidor de altarenda, grande disseminador do conceito de sustentabilidadee de acordo com o professor Ismael Rocha, da Escola Supe-rior de Propaganda e Marketing (ESPM), esse consumidor

tende assimilar melhor o conceito de sustentabilidade, criamnovas culturas de consumo e são formadores opiniões.

Contudo pode-se ressaltar a importância de ações quepromovam o bem-estar entre a relação homem-meio am-biente; e disseminar o preceito de que não se deve duvidarque um pequeno grupo de pessoas possa mudar o mun-do, como afirmou a antropóloga americana Margaret Mead(1901-1978). Pode-se comparar tais resultados aos dos

conceituados no Efeito Borboleta, analisado pela primeiravez em 1963 pelo meteorologista e matemático Edward Lo-renz, que consiste em explicar que pequenas alterações emdada região do globo pode ter conseqüências devastado-ras em outros locais, como por exemplo, o simples bater deasas de uma borboleta no Brasil desencadearia um tornadono Texas. Se o bater de asas de uma borboleta origina umtornado então pode igualmente evitar um tornado desenca-deado por si, bem como o homem que até o momento de-

vastou pode igualmente preservar.

Objetivo GeralO objetivo geral deste trabalho é incentivar a redução

de impactos ambientais, gerar emprego e renda por meiode um produto, através da interferência do design, seja noreaproveitamento de materiais recicláveis ou na criação edesenvolvimento de um novo produto, ou para substituir um já existente desde que tenha menor impacto ambiental, quetenha embutido na sua concepção valores sociais tendosempre como parâmetros os pilares da sustentabilidade.

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Objetivo específco

Desenvolver produtos a partir de materiais recicláveis,contribuindo para o equilíbrio das três esferas da sustenta-bilidade: Social, Econômica e Ambiental.

Utilizar matéria prima que esteja sendo descartada eque por algum motivo não possa ser reaproveitada, que nãohaja tecnologia para seu reaproveitamento ou ainda cujatecnologia existente seja de alto custo inviabilizando o pro-cesso de reciclagem. Eliminar o descarte e diminuir o impac-to ambiental.

Gerar renda a partir dos produtos desenvolvidos coma matéria prima a famílias carente, grupos, organizações,

cooperativas de trabalho, empresas, etc. contribuindo con-secutivamente com o desemprego, melhorando panoramaeconômico e social.

Conscientizar e orientar a população de forma clara eobjetiva quanto à possibilidade de reciclagem do material aser trabalhado, contribuindo com o processo de reciclagemseletiva de lixo e articular através de programas os meiosnecessários para recolher e transportar a matéria-prima .

Desenvolver e orientar no processo de produção doproduto gerado.

Materiais recicláveisReciclar é economizar energia, poupar recursos natu-

rais e trazer de volta ao ciclo produtivo o que é jogado fora.A palavra reciclagem foi introduzida ao vocabulário interna-cional no final da década de 80, quando foi constatado queas fontes de petróleo e outras matérias-primas não renová-veis estavam e estão se esgotando.

O primeiro passo é perceber que o lixo é fonte de rique-za e que para ser reciclado deve ser separado. Ele pode serseparado de diversas maneiras, de acordo com sua carac-terística, sendo:

Quanto às características físicas:

Seco:» papéis, plásticos, metais, couros tratados, tecidos,vidros, madeiras, guardanapos e tolhas de papel, pontas decigarro, isopor, lâmpadas, parafina, cerâmicas, porcelana,espumas, cortiças.

Molhado:» restos de comida, cascas e bagaços de frutase verduras, ovos, legumes, alimentos estragados, etc...

Quanto à composição química:

Orgânico:» é composto por pó de café e chá, cabelos,restos de alimentos, cascas e bagaços de frutas e verdu-ras, ovos, legumes, alimentos estragados, ossos, aparas epodas de jardim.

Inorgânico:» composto por produtos manufaturadoscomo plásticos, vidros, borrachas, tecidos, metais (alumí-nio, ferro, etc.), tecidos, isopor, lâmpadas, velas, parafina,cerâmicas, porcelana, espumas, cortiças, etc.

Quanto à origem:

Domiciliar:» originado da vida diária das residências,constituído por restos de alimentos (tais como cascas defrutas, verduras, etc.), produtos deteriorados, jornais, revis-tas, garrafas, embalagens em geral, papel higiênico, fral-das descartáveis e uma grande diversidade de outros ítens.Pode conter alguns resíduos tóxicos.

Comercial:» originado dos diversos estabelecimentos co-merciais e de serviços, tais como supermercados, estabele-

cimentos bancários, lojas, bares, restaurantes, etc.Serviços Públicos:» originados dos serviços de limpeza

urbana, incluindo todos os resíduos de varrição das viaspúblicas, limpeza de praias, galerias, córregos, restos depodas de plantas, limpeza de feiras livres, etc, constituídopor restos de vegetais diversos, embalagens, etc.

Hospitalar:» descartados por hospitais, farmácias, clíni-cas veterinárias (algodão, seringas, agulhas, restos de re-médios, luvas, curativos, sangue coagulado, órgãos e te-cidos removidos, meios de cultura e animais utilizados emtestes, resina sintética, filmes fotográficos de raios X). Emfunção de suas características, merece um cuidado espe-cial em seu acondicionamento, manipulação e disposiçãofinal. Deve ser incinerado e os resíduos levados para aterrosanitário.

Portos, Aeroportos, Terminais Rodoviários e Ferro-»

viários: resíduos sépticos, ou seja, que contém ou poten-cialmente podem conter germes patogênicos. Basicamen-te originam-se de material de higiene pessoal e restos dealimentos, que podem hospedar doenças provenientes de

outras cidades, estados e países.

Industrial:» originado nas atividades dos diversos ramosda indústria, tais como: o metalúrgico, o químico, o petro-químico, o de papelaria, da indústria alimentícia, etc. O lixoindustrial é bastante variado, podendo ser representado porcinzas, lodos, óleos, resíduos alcalinos ou ácidos, plásticos,papel, madeira, fibras, borracha, metal, escórias, vidros, ce-râmicas. Nesta categoria, inclui-se grande quantidade delixo tóxico. Esse tipo de lixo necessita de tratamento espe-cial pelo seu potencial de envenenamento.

Radioativo:» resíduos provenientes da atividade nuclear(resíduos de atividades com urânio, césio, tório, radônio,cobalto), que devem ser manuseados apenas com equipa-mentos e técnicos adequados.

Agrícola:» resíduos sólidos das atividades agrícola e pe-cuária, como embalagens de adubos, defensivos agrícolas,ração, restos de colheita, etc. O lixo proveniente de pesti-cidas é considerado tóxico e necessita de tratamento es-pecial.

Entulho:» resíduos da construção civil: demolições e res-tos de obras, solos de escavações. O entulho é geralmenteum material inerte, passível de reaproveitamento.

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   A  t  e

  r  r  o  s  a

  n   i  t   á  r   i  o

Quadro 2

Quadro 1Escolha da matéria primaDe acordo com análise ambiental e simu-

lação para substituição de monitores de CRTpor LCD, realizada por Ronaldo da Cunha

Vasconcelos, outubro de 2007, como par-te dos requisitos para obtenção do título deMestre pela Universidade Federal de Itajubá,observou-se que se tratava do material procu-rado de acordo com os objetivos propostos.

O grupo então optou por desenvolverprodutos a partir de tubos de raios catódicosutilizados em monitores de TV e monitoresde computador pessoal, tendo em vista que

de acordo com análise em questão “o CRT écomposto de 85% de vidro, entretanto, a reci-clagem do vidro é problemática, pois em geraleles são compostos de 4 partes, o painel, ocone, o pescoço e junção, cada um com dife-rentes composições químicas e propriedades.Os vidros do cone e pescoço são compostode chumbo e outros materiais cancerígenos,como Bário e Estrôncio, estas partes são proi-bidas de reciclagem para fabricação de reci-

pientes, usos domésticos ou fibra. Por estarazão é importante o desenvolvimento de apli-cações para a reciclagem do vidro do CRT.”

Considerando ainda que de acordo como Jornal da Sociedade Européia de Cerâmica(2007), um estudo de caso sobre reciclagemde vidro de CRT em esmalte cerâmico, reali-zado por Fernanda Andreola, Luisa Barbieri,Anna Corradi e Isabella Lancelloti, revela quenos últimos anos, os Estados-Membros daUnião Européia foram ocupados pela proble-mática dos Resíduos de Equipamentos Elétri-co e Eletrônicos – REEE, e que as técnicasde reciclagem de metais, plásticos, e os com-ponentes eletrônicos já existem, enquanto autilização de vidro de CRT é bastante proble-mática, devido a diferentes composições.

Porém já existem resultados satisfatóriosem escala de laboratório para utilização devidro de CRT para a obtenção de esmaltescerâmicos.

Diante da constatação em loco, em lixões,aterros sanitários, lojas de conserto de equi-pamentos eletro eletrônicos, conforme quadro1 e quadro 2, verificou-se a irresponsabilidadedo descarte desses equipamentos no meioambiente. Infelizmente no Brasil ainda nãohá políticas públicas que norteiam o controlede descarte desses materiais, e não se sabe

a que proporções estão os danos causadospor anos de descarte irregular, que provocamcontaminação do meio ambiente através dalixiviação pelas águas das chuvas.

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 Separador por 

tamanhos

Caixa plástica

RECICLAGEM

DOSCOMPONENTE

Eletroeletronico

Cinescópio Funil

Metais e FiosPlacas e

componentesPainel

Vidro c/

chumbo

FósforoFósforo

Remoção do

Vidro limpo

DESMANUFATURA

O Meio Ambiente e o CRT

Um monitor CRT contém aproxi-madamente de 1,8 a 4,5 kg de metaispesados com o chumbo e cádmio. A in-cineração de forma inadequada destesmateriais pode contaminar o ar, o soloe as águas. A presença destes matérias

sugere que estes equipamentos devamser tratados de forma separada do lixourbano comum e reciclados quando pos-sível. Nos EUA, apesar de existirem leis,a maioria do lixo eletrônico acaba porser depositados em aterros sanitários ouexportados e o governo norte-americanotem pouco controle sobre a reciclagemdestes materiais. Dois Estados, Califór-

nia e Massachussetts, possuem leis ba-nindo o lixo eletrônico dos aterros muni-cipais (MACCARTHY, 2002). O governoda Califórnia estima que o Estado tenhacerca de 6 milhões de velhos monito-res e televisores para serem reciclados,sendo que 10.000 são descartados tosoos dias. No Canadá, apenas no ano de2000, foram descartadas mais de 40 miltoneladas de computadores, considera-dos velhos (GONÇALVES, 2005)

Histórico do desenvolvimento e

evolução tecnológica dos tubos deimagens

De acordo com John Thackara, emseu livro Plano B (2008), para mudar aforma como fazemos as coisas, precisa-mos mudar a forma como as percebe-mos. Precisamos projetar macroscópios,e não microscópios, para nos ajudar a

entender de onde as coisas surgem e porquê. Munidos de um entendimento maisclaro do porquê de nossas situações pre-sentes serem o que são, podemos des-crever melhor onde queremos estar.

Aqui se descreve a evolução históri-ca dos monitores de televisão e dos mo-nitores de computador pessoal, que são

base de estudo deste trabalho.O aparecimento da televisão deve-

se em grande parte a cientistas, visio-nários e homens de idéias muito avan-çadas. Desde o inicio do século XIX, oscientistas estavam preocupados com atransmissão de imagens à distância. Efoi com a invenção de Alexander Bain,em 1942, que se obteve a transmissãotelegráfica de uma imagem (fac-símile),atualmente conhecido como fax.

Alexandre Bain

Telégrafo de Bain

Desmanufaturados componentes

de um aparelho de

televisão

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   F  o   t  o  s  :   E   d  n  a   M  e   l   i  n   D   i  a  s

Esquema do Disco

Mas já em 1817, o químico sueco Jons Jacob Berzelius descobriu o selê-nio. Mas só 56 anos depois, em 1873, é que o inglês Willoughby Smith com-provou que o selênio possuía a propriedade de transformar energia luminosaem energia elétrica. Através desta descoberta conseguiu-se realizar a trans-missão de imagens por meio da corrente elétrica.

Em 1884, o alemão Paul Nipkow, inventou um disco com orifícios em espi-ral com a mesma distância entre si que fazia com que o objeto se subdividisseem pequenos elementos que juntos formavam uma imagem.

No ano de 1892 Julius Elster e Hans Getiel inventaram a célula fotoe-létrica. Em 1906 Arbwehnelt desenvolveu um sistema de televisão por raioscatódicos, sendo que o mesmo ocorreria na Rússia por Boris Rosing. O siste-

ma empregava a exploração mecânica de espelho somada ao tubo de raioscatódicos.

Em 1920 realizaram-se as verdadeiras transmissões, graças ao inglêsJohn Logie Baird, através de um sistema mecânico baseado no disco de Ni-pkow. Quatro anos depois, em 1924, John Baird transmitiu contornos de obje-tos à distância e no ano seguinte fisionomias de pessoas. Já em 1926, JohnBaird, fez a primeira demonstração no Royal Institution em Londres, para a

comunidade científica e logo após assinou contrato com a BBC para transmis-sões experimentais. O padrão de definição possuía 30 linhas e era mecânico.

Jons Jacob Berzellius

Baird e o seu assistente

Fotografia da primeira imagemtransmitida pelo ‘televisor’ deJohn Logie Biard, 1926

Receptor desenvolvido por JohnLogie Bird com tela de 4 a 5”.

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John Baird e o seu sistema Iconoscópio

Nesta altura, mais concretamente no ano de 1923, orusso Vladimir Zworykin patenteou o Iconóscopio, inventoque utilizava tubos de raios catódicos. Também Philo Ear-sworth em 1927 patenteou um sistema dissecador de ima-gens por raios catódicos, mas com uma resolução poucosatisfatória. Zworykin foi convidado pela RCA para encabe-

çar a equipe que viria a produzir oprimeiro tubo de televisão chamado

Orticon, que passou a ser produzidoà escala industrial a partir de 1945.

Em Março de 1935, a Alemanhafoi o primeiro país a oferecer um ser-viço de televisão pública, adotandoum padrão de média definição com180 linhas e 25 quadros por segun-

do. No mesmo ano, mas em Novembro a França iniciou assuas transmissões, sendo a torre Eiffel o posto emissor.

A BBC foi inaugurada em 1936, na Inglaterra, com umaimagem composta por 240 linhas, padrão mínimo que ostécnicos chamavam de “alta definição”, por garantir uma boa

qualidade e nitidez. No espaço de três meses o seu sistemaoficial já era de 405 linhas. No ano seguinte três câmaraseletrônicas transmitiram a cerimônia da coroação de JorgeVI para cerca de 50 mil telespectadores.

As transmissões regulares a cores nos E.U.A, começa-ram em 1954. Mas já em 1929, Hebert Eugene Ives realizou,em nova Iorque, as primeiras imagens coloridas com 50 li-

nhas de definição por fio, cerca de 18 frames por segundo.Peter Goldmark aperfeiçoou o invento mecânico fazendodemonstrações com 343 linhas, a 20 frames por segundo,em 1940.

Vários sistemas foram criados, mas todos encontravambarreiras: se um sistema novo surgisse, o que fazer comaparelhos antigos a preto e branco que já eram por volta de10 milhões no início dos anos 50. Criou-se nos Estados Uni-

dos um comitê especial para, no sentido literal colocar corno sistema preto e branco. Esse comitê recebeu o nome deNational Television System Committee (também conhecidocomo National Television Standars Comittee), cujas iniciaisserviam para dar nome ao novo sistema, NTSC.

Como eram as primeiras televisões?

Os primeiros aparelhos de televisão eram rádios comum dispositivo que consistia num tubo de néon com um dis-co giratório mecânico que produzia uma imagem vermelhado tamanho de um selo postal. O primeiro serviço de altadefinição apareceu na Alemanha em Março de 1935, masestava disponível apenas em 22 salas públicas.

As primeiras televisões eram como as que se encon-tram nas imagens a seguir e eram autênticos móveis. Em-bora a tela fosse pequena e as imagens de fraca qualidade,os componentes eletrônicos necessários requeriam grandesespaços.

1935 – Philips

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Monitores para computador

Os monitores de computador emprestaram a tecnologia dotubos de imagem utilizados nas televisões, porém depois deseu surgimento e atualmente com as possibilidades de usodo computador também como televisão, a demanda e trocapor novos modelos é mais rápida e barata.

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No passado, muitas tecnologias foram substituídas nosmais diversos setores da sociedade. Em alguns casos asmudanças foram graduais, em outros, as substituições sederam de forma radical e nem sempre com a apresentaçãodos resultados teóricos esperados.

Estima-se que novas tecnologias como OLED (OrganicLigth Emitting Diode) ou Diodo Orgânico Emissor de Luz, vi-rão em poucos anos para substituir os monitores de Plasmae LCD, os mais otimistas acreditam que em 2010 será possí-vel encontrar monitores desta nova era em lojas. As OLEDsprometem telas planas muito mais finas, leves e baratas queos atuais LCD. Estes diodos orgânicos são compostos pormoléculas de carbono que emitem luz ao receberem uma

carga elétrica. Estas moléculas podem ser aplicadas direta-mente sobre a superfície da tela, usando algum método deimpressão logo em seguida são acrescentados filamentosmetálicos que conduzem os pulsos elétricos a cada célula aum baixo custo. Este tipo de tela poderá ser produzido atémesmo usando uma impressora jato de tinta, equipada comas tintas corretas. Com esta técnica podem-se produzir telasde baixa densidade, como os usados nos aparelhos de somautomotivos, celulares, e-paper, e-books, leitores descartá-

veis ou a construção de telas mais elaboradas, capazes deconcorrer com os monitores LCD. São telas muito simples eapresentam um custo baixo.

LegislaçãoCom intenção de diminuir a exclusão digital, paises

como os EUA estão sendo acusados de depositar seu lixo

tecnológico em paises em desenvolvimento, pois os equi-pamentos, em grande parte, são inúteis ou sem conserto,o que estaria criando um enorme problema ambiental emalguns dos lugares mais pobres do mundo, como na Nigériae na África Ocidental, como afirma o relatório The DigitalDump: Exporting Reuse and Abuse to África, lançado pelaorganização não governamental BAN – Basel Action Ne-tworked. O relatório diz que equipamentos obsoletos estãosendo doados ou vendidos por empresas norte-americanascomo um modo de evitar despesas com a correta recicla-gem de seus computadores.

Internacionalmente, está em vigor a Convenção deBasiléia, de 1989, única regulamentação internacional queproíbe o movimento de resíduos perigosos entre fronteiras,incluindo o Brasil, dentre seus, os principais objetivos são ode controlar e minimizar a geração e transporte de resíduosperigosos entre fronteiras, auxiliar os países em desenvol-vimento e com economias em transição dos resíduos pe-rigosos por eles gerados, proibir o transporte de resíduospara paises sem capacitação técnica, administrativa e legal(LEMOS, 2007)

No caso da União Européia, algumas políticas foramadotadas de acordo com o resultado da pesquisa de ex-periência de outros países na área de resíduos de equipa-mentos elétricos e eletrônicos, verifica-se a existência dealgumas iniciativas. A comunidade Européia, em função dereflexos negativos, decorrentes do manuseio, reciclagem edisposição de resíduos de equipamentos elétricos e eletrô-nicos, aprovou recentemente duas Diretivas relacionadasao problema: a Diretiva 2002/96/CE, que estabelece regrasdisciplinando a gestão adequada desses resíduos, tendocomo principio a responsabilização do poluidor pagador, ea Diretiva 2002/95/CE, relativa à restrição do uso de deter-minada substâncias perigosas nos equipamentos elétricos eeletrônicos. A Diretiva 2002/96/CE prevê a responsabilidade

pós-consumo do produtor como forma de incentivas a con-cepção e produção dos EEE, que contemplem plenamentee facilitem o seu conserto, eventual atualização, desmonta-gem e reciclagem.

Na Alemanha a EAG, Elektro Altgeräte Richtline é a pri-meira a oferecer um padrão técnico profissional amplo e be-nigno ao meio ambiente de resíduos líquidos e sólidos, a re-gulação das baterias e padrões voluntários de organizações

como a VDMA – Federação dos Engenheiros da Alemanhae a AVEI – Associação dos fabricante de produtos elétricose eletrônicos da Alemanha, classifica a ameaça ambientaldos diferentes grupos de EEE, componentes e materiais.Elas apresentam tratamentos disponíveis e opções de dis-posição final de EEE.

Na União Euroéia, há a diretiva “Weste Electrical andElectronic Equipament” de 2002, e outra para susbstaãncias

perigosas, a “REstriction of the Use of Certain HazardousSubstances in Electrical and Electronic Equipament”. Estasduas diretivas da União Euroéia são baseadas no princípioda responsabilidade de produtos, que asseguram a com-patibilidade ambiental do descarte de resíduos em termosmais espeíficos.

Nos EUA, a EPA – Agencia de Proteção Ambiental,aprovou a resolução “Hazardous Waste management Sus-tem; Modification of the Hazardous Waste Program; Catho-de Ray Tubes”, que determina as regras para descarte, re-aproveitamento do vidro e da parte eletrônica, reciclagem,armazenagem, desmontagem e transporte de CRT.

No Brasil a Política Nacional de Resíduos Sólidos,ainda em projeto, recebeu mais uma atualização em suaversão consolidada em 24 de abril de 2009 da subemendasubstitutiva ao Projeto de Lei no. 203 de 1991, o qual atribuiem seu Artigo 33 a responsabilidade de coleta, reciclageme deposição adequada dos resíduos eletroeletrônicos aosrespectivos produtores, importadores, distribuidores e co-merciantes, que serão obrigados a estruturar e implementar

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Estrôncio: As formas estáveis (não ra-•

dioativas) não provocam efeitos adversos

signifcativosàsaúde.

Bário: são venenosos quando dis-•

solvidos em água, é usado em medicina

como contraste porque não se dissolve e

por ser eliminado rapidamente pelo trato

digestivo

Zircônio:Debaixatoxidade.•

Cério: Toxidade de moderada a baixa,•

inamávelemcontatocomoar.

Cobalto: Risco provém da inadequada•

manipulação ou manutenção das uni-

dadesderadioterapia.

Níquel: Não há problemas no níquel em•

contato com a pele desde que obedeça

os níveis permitidos, exemplos, as

moedas.

sistema de logística reversa, mediante retorno dos produtose embalagens após o uso pelo consumidor.

Propriedades do vidro do tubo de

CRTOs tipos de vidros são definidos pela natureza e pro-

porções dos óxidos metálicos empregados em sua compo-sição. Elementos geralmente na forma de óxidos podem seradicionados no sentido de se obter propriedades especiais,tal como resistência à radiação, como no caso dos vidrosdos tubos CRTs.

De acordo com estudo de caso sobre reciclagem de vi-

dro de CRT em esmalte cerâmico, realizado por FernandaAndreola, Luisa Barbieri, Anna Corradi e Isabella Lancelloti,há uma diferença nas propriedades dos tubos de CRT pre-to e branco e os tubos CRT a cores e para cada parte dotubo são utilizadas diferente composições de acordo com assolicitações a que o vidro é exigido, como por exemplo nopainel (parte frontal) o vidro é homogênio, contem níveis ele-vados de bário (9 a 11%) para proteger contra a radiação,estrôncio (8 a 10%), é de cor azul-esverdeada e seu peso écerca de 2/3 de todo o CRT.

O cone contém uma quantidade significativa de chumbo(18 a 20%), que é completamente ausente no painel. A ra-zão de diferentes composições químicas deriva da evoluçãodos equipamentos. Nos últimos 25 anos as propriedades deum vidro de CRT colorido evoluíram, em particular, sobre amelhoria de brilho e contraste. O CRT a cores tornaram-semais de 10 vezes mais brilhante do que os primeiros modelose 2 vezes superior que os equipamentos monocromáticos.O aumento da tensão de aceleração provocou a necessida-

de de aumentar o conteúdo dos elementos de composiçãocom habilidade de absorção de raios-X. No caso de vidro dofunil e do pescoço, foi aumentado o conteúdo de óxido dechumbo, mas a mesma medida não foi tomada para painelde vidro, devido ao fenômeno de escurecimento. Como oaumento de tensão intensifica o feixe de elétrons que irradia

em um lugar específico da tela, resultante do efeito de escu-recimento do painel de vidro, sendo o chumbo o mais fácilde ser reduzidos no vidro, como resultado da aceleraçãocausada pela geração de escurecimento. Consequentemen-te, composições de óxido de chumbo foi removido do painel,embora inicialmente eles continham de 0,5 a 3 % óxido dechumbo, porém a absorção de raios-X é mantida por adicio-nar maiores quantidades de bário, estrôncio e zircônio.

Por isso, é comum na composição do painel de vidro

encontrar mais de dois tipos de óxidos alcalinos, a fim deevitar a coloração. O rácio de sódio e potássio são otimiza-dos e os montantes de ambos são quase iguais. A presen-ça de pequenas quantidades de cério na composição tem oefeito de impedir o escurecimento por raios-X, o antimoniumestá presente como agente para refinar e derreter as coimase evitar as bolhas no vidro. Além disso, a adição de ingre-dientes de titânio ao vidro tem o efeito de impedir solariza-ção (efeito da luz solar).

O painel de vidro são corados com óxidos de cobalto eníquel, a fim de dar transmissão correta à luz. O painel e ofunil de vidro são revestidos com diferentes tipos de subs-tâncias que contem metais pesados e elementos perigosos.Alguns autores descrevem a presença de quatro camadasde revestimentos na superfície interior do painel de vidro.Na primeira camada de revestimento uma mistura de pastade carbono e outros tensioativos produzem um carbono ne-gro e listras claras. Três cores fluorescentes em pó (verde,azul e vermelho) formam a segunda camada. O terceiro é

uma laca (wike como uma camada), aplicado para selar o

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Procedimentos para os testesPrimeiro como de costume foi feito análise do ambiente em

que iria ser realizado o teste, ou seja, a chamada radiação cós-mica (radiação ambiente), onde constatou-se o resultado de O(R) Röentgen (unidade de exposição a radiação ionizante pro-

duzida no ar), como mostra a figura abaixo:

pó fluorescente na superfície interior do painel de vidro. Orevestimento final é um filme de alumínio utilizado para au-mentar o brilho.

Por outro lado, para o cone só dois revestimentos sãoidentificados: um não-reflexivo preto grafite (rico em óxido

de ferro) para a superfície e na parte interna uma pintura decarbono negro.

Em consulta via e-mail ao Prof. Dr. Hugo M. Veit da Uni-versidade Federal do Rio Grande do Sul, Anexo I, esclareceque “Nos CRT’s temos basicamente dois tipos de vidros, aparte da frente (vidro comum que pode ser reciclado facil-mente) e a parte de trás, que tem muito chumbo junto. Estaparte é de difícil reciclagem. Tem gente que usa em material

cerâmico (para fabricação de pisos), pois retirar o chumbose torna bastante caro e como o vidro não possui um grandevalor agregado o custo do processo não se justifica.”

Outra preocupação em torno dos tubos de CRT éa questão radioativa. Para a maioria dos leigos os tubos deCRT é um material radiativo, portanto impróprio para ma-nuseio conforme sugere este trabalho. Para eliminar estaduvida foram realizados testes que comprovam a ausênciade radiação nos tubos CRT.

Os testes foram feitos pela Nucleata Radiometria(prestadora de serviços de Laudos Radiométricos em equi-pamentos que emitem radiação ionizantes e não-ionizan-tes), estabelecida na Rua Oscar Rodrigues Alves, 720, VilaMendonça em Araçatuba – SP.

Os testes no tubo de CRT foram realizados por umMonitor de Controle de Radiação Modelo 2026C da MarcaRadcal Corporation e teve acompanhamento e parecer dosfísicos Pedro Iwai (NUSP – 5128 001) e Dr. Marcos A. R.Fernandes (CNEN: FT 0094).

Em seguida prosseguiu-se com os testes no tubo deCRT em vários ângulos, na parte frontal e no funil do tubo,onde também foi constatado o resultado O (R) Röentgen deradiação, comprovando que não há radiação ionizantes enão-ionizantes, conforme figura abaixo:

OBS. O teste foi realizado com o tubo de CRT desliga-do (sem condução elétrica)

Os tubos de CRT são aparelhos que produzem raios deefeitos catódicos, ou seja, carga positiva, e não ionizam osátomos, produzindo somente radiação não-ionizantes. Asradiações são barradas pelo chumbo que estão nas compo-sições químicas no funil do tubo.

Quando o tubo de CRT esta ligado a uma voltagem,

produz elétrons que são emitidos em ondas dentro da câma-ra a vácuo (tubo de CRT), onde em contato com o materialfluorescente, que é o Fósforo (produto químico), que refletee projeta a imagem no tubo de CRT.

Conclui-se que o tubo de CRT só produz radiaçãonão-ionizante, mediante condução elétrica, ou seja, somen-te quando está ligado. O maior perigo constatado no tubode CRT é com seu manuseio, como são feitos de vidro, ummaterial perfuro-cortante, sendo mais grave quando ocorreacidente com corte, pois o fósforo além de tóxico é de difícil

cicatrização.De acordo com artigo publicado no Waste Management,

homepage www.elsevier.com/locate/wasman, a grande pre-ocupação ambiental é o potencial de lixiviação da elevadaconcentração de chumbo presente no funil. Um resíduo éclassificado como perigoso se a concentração elementarde lixiviação excede os limites listados pela TCLP – Toxi-city characteristic leaching procedure, que é um método deextração de amostra de solo para análise química utilizadacomo método analítico para simular a lixiviação através de

um aterro sanitário.O artigo destaca destaca que tem sido desenvolvidos

novos métodos para remover o chumbo do funil, como porexemplo num processo de esmagamento utiliza-se ácido delixiviação e lavagem, onde tem sido demonstrado que aspartículas lixiviáveis de chumbo no vidro moído pode ser efe-tivamente removido, e a indicação é de que esse vidro trata-do que seja reutilizado como agregado para fazer produtosespecializados de construção coberta, como por exemplo,blocos de partição. Porém ainda há reluta dos potenciais

usuários em utilizar esse material reciclado por causa dapreocupação sobre a comercialização do produto. O que de-monstra a necessidade de, cada vez mais empenhar-se emtrabalhos com esses resíduos para haja conscientização dee conhecimento sobre os mitos e as verdades dos CRTs.

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MercadoA utilização do CRT ainda é predominante, principal-

mente em televisores, por ser uma tecnologia mais acessí-

vel, porém observa-se que a taxa de crescimento do con-sumo de monitores LCD se eleva significativamente em

relação ao CRT.

O mercado brasileiro de televisores cresceu no período

de 2004 a 2008. No ano de 2004 foram produzido 8.727.182

unidades de televisores com tecnologia CRT, 1.326 monito-

res de LCD e 989 televisores de Plasma. No ano de 2008a produção para monitores CRT foi de 7.978.779 unidades,

2.686.378 unidade de monitores LCD e 342.465 unidades

de monitores de Plasma. (SUFRAMA, 2009)

A troca de tecnologia é mais evidente nos monitores

para computadores, que em comparação ao mesmo perí-

odo a produção de monitores LCD cresceu quase 300%,foram produzidos 2.713.119 unidades de monitores CRT e

98.356 monitores de LCD para o ano de 2004, já no ano

de 2008 foram produzidos 400.857 unidades de monitores

CRT e 2.709.778 unidades de monitores LCD. (SUFRAMA,

2009).

MetodologiaDe acordo com Baxter (1998) o fator determinante para

o sucesso de novos produtos é a forte orientação para o

mercado, quais os benefícios e valores significativos terão

os consumidores. Outro fator de forte influência é o planeja-

mento e as especificações prévias de como o produto deve

ser, definindo com precisão e especificando precisamente

antes do seu desenvolvimento.

Para melhor visualizar as variações dos riscos ao longo

do processo de desenvolvimento, Baxter sugere uma serie

de decisões que devem ser tomadas durante o processo,

o que ele chama de Funil de Decisões. No entanto Baxter

concorda que a inspiração de uma nova idéia não pode ser

representada linearmente, tendo em vista que as idéias sur-gem aleatoriamente e de várias maneiras durante o proces-

so, nessa situação o funil de decisões se coloca como forma

de se apresentar as tomadas de decisões durante o desen-

volvimento de novos produtos.

Outro fator relevante e que Baxter propõe que seja no-

tado é a teoria da gestalt, que sugere que a visão humanatem uma predisposição para reconhecer determinados pa-

drões. Como o novo produto proverá de um material reci-

clável, já possui características e padrões que facilitam a

assimilação ao padrão visual que adquirimos, o novo produ-

to deverá imprimir novos padrões dificultando a assimilação

das características dos produtos anteriores, para não gerar

nenhum tipo de desconforto.

Munari, em seu livro Das coisas Nascem Coisas (1998)

fala do reaproveitamento e cita o conhecido psicólogo

Edward de Bono, que em seu livro Imparare a pensare n 15

giorni (“Aprender a pensar em 15 dias”), diz que “se devem

considerar as coisas não apenas naquilo que são, mas tam-

bém no que poderiam ser. Em geral, a mesma coisa pode

ser examinada sob muitos aspectos, e as vezes os pontos

de vista menos óbvios vem a revelar-se os mais úteis. Vale

sempre a pena, quando se compreende uma coisa naquilo

que ela é, aprofundar seu exame para ver o que poderia

ser”, e acrescenta “para ver também em que poderia tornar-

se ou para que outra coisa poderia servir”.

CRIAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DOPRODUTO

Geração de AlternativasConsiderando que as medidas da matéria-prima a ser

utilizada tem padrões definidos, sendo geralmente tubos de

CRT de 14’, 20’ e 29’, sugere-se que essas medidas sejamtransferidas para um programa 3D (Auto CAD, 3D Studio

Max, NX...) possibilitando melhor visualização de novos

produtos, podendo gerar maior numero de alternativas e

bem próximas da realidade, permitindo também melhor di-

mensionamento e diminuindo a perca de matéria prima com

testes de visualização em protótipos.

Abaixo as imagens e medidas desenvolvida no progra-

ma NX versão 5 e Auto CAD versão 2009:

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Tubo de 20”

Tubo de 29”

Tubo de 14”

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Outra forma para auxiliar na criação dos produtos foi amontagem de um painel semântico, conforme sugere Bax-ter, que consiste em agrupar imagens que transmitam sen-sações e inspirações, cujas imagens serão mostradas nademonstração do desenvolvimento dos produtos. Para quetodos os membros do grupo tivessem acesso fácil ao painel

semântico, montou-se um blog onde todos tiveram acessoe inseriram novas imagens, podendo registrar suas aspira-ções e compartilhá-la com todo o grupo a qualquer momen-to, cujo blog pode ser acessado pelo endereço eletrônico:www.blogtcc.zip.net.

Materiais e Métodos

Para que se obtenha melhor desempenho de tempoe segurança, tendo em vista os riscos inerentes da maté-ria prima a ser utilizada, sugere-se a criação de um espaçopara esta única atividade, conforme operações necessáriasdurante o processo de produção dos produtos, consideran-do alguns processos e equipamentos necessários indepen-dente dos produtos a ser desenvolvidos.

Orientações para preparação da matéria prima

1º Passo - Obtenção da matéria prima (tu-bos de CRT)

Lojas de manutenção de equipamentos eletro e eletrôni-»

cos;

Lojas de manutenção de equipamentos de informática;»

Empresas e residências (Elaboração e distribuição de car-»

tilha elucidativa sobre o trabalho da entidade/empresa, doscuidados com o manuseio dos tubos e principalmente dosbenefícios ao meio ambiente e a saúde humana Anexo).

2º passo – Coleta - transporte

A coleta pode ser feita em dias pré-determinados ouagendados dependendo da quantidade a ser recolhida ouda necessidade de matéria prima. Para que a entidade/ empresa não necessite custear um veículo de grande porte

para a coleta, sugere-se que o Governo Municipal disponi-bilize tal veículo, podendo observar simultaneidade de seusserviços prestados a comunidade, tendo em vista que a co-leta é uma das fases quem tem o maior custo e dificuldadede ser executada.

O transporte dos tubos deve preservar a qualidade da»

matéria prima, evitando queda, riscos, etc.

Sugere-se que seja indicado um local em cada bairro»

para facilitar a coleta e diminuir o custeio

Divulgação de um número de telefone para que a po-»

pulação possa agendar a entrega dos tubos, considerandoa dificuldade que se encontra na eliminação de materiaiscomo este, a exemplo das pilhas e baterias.

3º passo – Separação

Ao chegar no local de destino os tubos devem ser sepa-»

rados por tamanho e colocados sobre banca forrada comcarpete para que não risque o vidro do painel e se percaqualidade nos produtos, esse cuidado deve ser tomadodesde o transporte.

Depois de verificado se foi eliminado o vácuo do tubo,»

procede-se com a separação do painel e das demais partes(pescoço, cone e junção), que é feito através de serra com

ponta diamantada por uma maquita tomando os devidoscuidados para que não haja estilhaçamento.

O mercado mais recente, porém prestes a ser dominado por novas tecnologias, estão também as TVs de telas planasque utilizam mesma tecnologia CRT, e que são ótimas opões para geração de novos produtos, tendo peso e medidas con-forme abaixo:

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Para esta fase há no mercadoequipamentos como os separado-res de CRT da marca suíça MRTSystem. Cujos equipamentos chega

a custar R$ 217.000,00 o modelomanual.

Modelo Automático

Na versão simples o sistema éoperado manualmente, ele podeprocessar CRTs de 8” a 40”. Ooperador aplica manualmente abandagem de calor, de acordo

com as medidas e arranhões.

Modelo Manual

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03

04

Todo manuseio deve ser feito com equipa-

mentos de segurança sendo:

Para proteção das mãos e maior aderên-1.

cia com o vidro, luva de malha impregnada com

látex:

Para proteção dos olhos, óculos com2.

ventilação indireta, evitando acidentes com esti-

lhaçamentos que é muito comum no manuseio

com vidros:

Para proteção dos pés, botas de borra-3.

cha, pois os cortes e os polimentos são realiza-

dos sempre com água, protegente e evitando a

umidade:

Para proteção dos ouvidos, protetor auri-4.cular, tendo em vista a poluição sonora causada

por lixadeiras, separadores de CRT e maquitas:

4º Passo – Fase Final

Após a separação segue-se para a fase final que é extrair os produtos a serem desenvolvidos.

De acordo com a propriedade e composição do painel de vidro, sugere-se diversos produtos como por exemplo:

Luminária;»

Fruteira;»

Bloco de tijolo»

  (utilizado construção civil);

Saboneteira;»

Cuba para lavabo;»

Cachepot;»

Porta revista;»

Descanso de copos;»

Descando de palelas;»

Porta guardanapos;»

Mesa de centro;»

Dentre as alternativas levantadas escolheu-se duas para desenvolvimento dos produtos sendo: mesa de centro e cubapara lavabo, as quais serão demonstrado o processo de desenvolvimento dos mesmos conforme segue:

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Painel de inspiraçõesCom as opções de produtos definidos o grupo partiu em buscar inspirações através de imagens que foram inseridas no

blog conforme mencionado. As imagens foram inseridas de acordo com todo o contexto do trabalho, tornando a atividademais envolvente e proporcionando visualizar novas formas para os produtos pretendidos.

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Referências

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AlternativaEscolhida

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Geração de Alternativas

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Geração de Alternativas

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PrototipagemSegue-se a demonstração da prototipagem de uma das

alternativas com métodos e materiais utilizados para con-cepção do produto final.

Alternativa cubaDepois de retirado o vácuo do tubo CRT procedeu-se

com a separação das parte:

Separação do painel:Primeiro coloca-se uma fita para servir como guia de corte:

Depois de separado partiu-se para a lapidação da peça:

O furo deve ser feito com broca também diamantada:

Base conformada:

Prensa do compensado no molde:

A madeira utilizada na base foi o compensado flexível revesti-da com lâmina sintética e impermeabilizada com verniz naval.

Molde para conformação da madeira:

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Produto fnal:

Estudo de Cores

Desenho técnico: Anexo 3

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Viabilidade Social e EconômicaConsiderando a necessidades de vários tipos de

equipamentos, manuais e elétricos, e tendo em vista quesão equipamentos caros, e ainda a necessidade de localapropriado, sugere-se a união da iniciativa privada, pú-blica e de toda a comunidade para viabilizar o projeto,podendo o governo municipal doar ou emprestar localpara realização dos trabalhos, empresários doarem equi-pamentos e profissionais como vidraceiros, por exemplo,

ensinarem aos futuros trabalhadores a manusear de for-ma correta os equipamentos.

AMBIENTAÇÃO

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Conclusão  Diante da problemática de reciclagem do vidro dos tu-bos CRT, utilizados em aparelhos de televisão e computadores;considerando principalmente a substituição destes por monito-

res de LCD ou plasma; tendo em vista também o surgimento denovas tecnologias como a OLED, que provavelmente tambémsubstituirão os monitores de LCD e plasma, pressupõe-se umdescarte cada vez maior do que já acontece atualmente comovisto. Sendo assim a necessidade de solução para esse proble-ma torna-se cada vez mais evidente e urgente para preserva-ção do meio ambiente, podendo ainda com os produtos criados,gerar emprego e renda a famílias que necessitam, mantendoativo o ciclo da sustentabilidade.

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dancasclimaticas.andi.org.br. Acessado em 21/04/2009

RECICLAGEM DE LIXO ELETRÔNICO, Disponóvel em:http://ewasteguide.info/galleries/dismantlin. Acessado em13/05/209.

SUPERINTENDÊNCIA DA ZONA FRANCA DE MANAUS,Disponível em http://www.suframa.gov.br. Acessado em

20/05/2009

SUSTENTABILIDADE.ORG, Disponível em http://www.sus-tentabilidade.org.br. Acessado em 15/04/2009

TELEVISORES ANTIGOS, Disponível em: http://www.tele-visoresantigos.com.br. Acessado em 17/05/2009

WIKIPEDIA, Disponível em: http://pt.wikipedia.org. Acessa-do em 15/04/2009.

Revista FAE BUSINESS, numero 9, setembro 2004, Dispo-nível em: http://www.fae.edu/publicacoes/pdf/revista_fae_business/n9/01_rs.pdf. Acessado em 15/04/2009

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Anexo I

Anexo II

De: “Hugo Veit” <[email protected]>

Para: “coelho-rc” <[email protected]>

Enviada em: segunda-feira, 14 de setembro de 2009 23:01Assunto: Re: Reciclagem de CRT

Prezado Reinaldo, Nos CRT’s temos basicamente dois tipos de vidros, a parte da frente (vidro comum que pode ser 

reciclado facilmente) e a parte de trás, que tem muito chumbo junto. Esta parte é de difícil reciclagem. Tem gente que

usa em material cerâmico (para fabricação de pisos), pois retirar o chumbo se torna bastante caro e como o vidro não

 possui um grande valor agregado o custo do processo não se justifca.

Espero ter colaborado.

Att.

2009/9/14 coelho-rc <[email protected]>

 Bom dia Sr. Hugo, somos estudantes do 4º ano de Desenho Industrial pela Faculdade de Ciências e Tecnologia de

Birigui - FATEB e viemos solicitar vossa colaboração em nosso Trabalho de Conclusão de Curso que é criar um novo

 produto a partir da utilização dos Tubos de Raios Catódicos. Vimos o slide de sua palestra do Seminário Internacional

de Resíduos Eletroeletrônicos que ocorreu em Belo Horizonte no dia 14 de Agosto e nele consta que o vidro desses

resíduos pode ter reciclagem direta, gostaríamos de saber se no caso dos Tubos também se aplica deviso a sua com-

 posição química. Desde já agradeços vossa atenção.

Grato

Reinaldo Cezar Coelho

Representante do Grupo

 __________________________________ 

Prof. Dr. Hugo M. Veit

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Escola de Engenharia/Departamento de Materiais

LACOR - Laboratório de Corrosão, Proteção e Reciclagem de Materiais

Campus do Vale, Setor IV – Prédio 74

Av. Bento Gonçalves, 9500

91501-970 - Porto Alegre - RS -Brasil

Tel: 51 3308 9432

Fax: 51 3308 9427

www.ufrgs.br/lacor 

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Anexo III

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“A natureza pode responder à necessidade de cada um, mas

não à avidez de todos”Gandhi

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Dezembro /2009