cronobiologia 1

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INTRODUÇÃO À CRONOBIOLOGIA PROF. LEANDRO DUARTE Centro de Ciências da Saúde/UFRB Grupo Multidisciplinar de Desenvolvimento e Ritmos Biológicos Instituto de Ciências Biomédicas da USP

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Page 1: Cronobiologia 1

INTRODUÇÃO À CRONOBIOLOGIA

PROF. LEANDRO DUARTECentro de Ciências da Saúde/UFRBGrupo Multidisciplinar de Desenvolvimento e Ritmos BiológicosInstituto de Ciências Biomédicas da USP

Page 2: Cronobiologia 1

O que é?

onde/quando surgiu?

Para que serve?

Exemplos de perguntas atuais

Cronobiologia

Cronobiologia

Page 3: Cronobiologia 1
Page 4: Cronobiologia 1
Page 5: Cronobiologia 1
Page 6: Cronobiologia 1

Cronobiologia

Ritmos Biológicos

exemplos

Page 7: Cronobiologia 1

Cronobiologia

Ciclo vigília/sono humano

Page 8: Cronobiologia 1

FISIOLOGIA

&

CRONOBIOLOGIA

Page 9: Cronobiologia 1

FISIOLOGIA MODERNA

• 1813-1868: Claude Bernard

• Função Glicogênica do Fígado e curare

• millieu intèrieur

Page 10: Cronobiologia 1

Ciência experimentalPenso que importa muito dirigir desde cedo o espírito dos alunos

para a ciência experimental ativa, fazendo-lhes compreender que ela se desenvolve nos

laboratórios, em vez de lhes deixar acreditar que reside nos livros e na

interpretação dos escritos dos antigos.

“Pai” da moderna Fisiologia Experimental1865 “Introdução ao Estudo da Medicina Experimental”

Page 11: Cronobiologia 1

ÁGUA

CONTEÚDO SALINO DO SANGUE

AÇÚCAR

PROTEÍNAS

GORDURAS

CÁLCIO

OXIGÊNIO

ÁCIDO/BASE

TEMPERATURA

SISTEMA NERVOSO

1926: Walter Cannon (elaboração do termo => homoio, similar, parecido

stasis, paradaBusca constante do equilíbrio“Sabedoria do Corpo” 1946

Page 12: Cronobiologia 1
Page 13: Cronobiologia 1

CRH

ACTH

ADENOHIPÓFISE

Adrenal

HipovolemiaDor – EstresseHipoglicemia

Cortisol

(-)

(-)

HIPOTÁLAMO

Mecanismo de retroalimentaçãohomeostático da secreção de Cortisol

Page 14: Cronobiologia 1

Variáveis fisiológicasValores normais

Faixa de

normalidade Valores limites

(Quase letais ou letais )

Unidades

Oxigênio (O2) 40 35 - 45 10 – 1.000 mmHg

Diox. Carb. (CO2)

40 35 - 45 5 - 80 mmHg

Na+ 142 138 - 146 115 - 175 mmol/L

K+ 4,2 3,8 – 5,0 1,5 – 9,0 mmol/L

Ca2+ 1,2 1,0 – 1,4 0,5 – 2,0 mmol/L

Cl- 108 103 - 112 70 - 130 mmol/L

HCO3- 28 24 - 32 8 - 45 mmol/L

Glicose 85 75 - 95 20 – 1.500 mg/dL

Temp. corp. 36,5 36 - 37 18,3 – 43,3 oC

pH 7,4 7,3 – 7,5 6,9 – 8,0 pH

Page 15: Cronobiologia 1

EXERCÍCIO FÍSICO

Contração muscular

Sangue

Calor

Simpático

Vasodilatação

Calor

Hipotálamo anterior(área pré-optica)

Receptores periféricosHipotálamo posterior

Page 16: Cronobiologia 1

Qual é a nossa temperatura normal?

Page 17: Cronobiologia 1
Page 18: Cronobiologia 1

TEMPATILUMI

Page 19: Cronobiologia 1

Temperatura Central (24h)

33

34

35

36

37

38

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24

tempo (horas)

vigília

Sono principalSono secundário

Efeito “feijoada”

Efeito “exercício”

Porque a temperaturaoscila?

Page 20: Cronobiologia 1
Page 21: Cronobiologia 1

Os ritmos biológicos são apenas resposta à ciclicidade do ambiente?

de Mairan, 1729

Page 22: Cronobiologia 1
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Page 24: Cronobiologia 1
Page 25: Cronobiologia 1

dia

s15 1518 1821 2100 0003 0306 0609 09 121212

Page 26: Cronobiologia 1

dia

s15 1518 1821 2100 0003 0306 0609 09 121212

Page 27: Cronobiologia 1

dia

s15 1518 1821 2100 0003 0306 0609 09 121212

Page 28: Cronobiologia 1

Isolamento Temporal em Caverna

Page 29: Cronobiologia 1
Page 30: Cronobiologia 1
Page 31: Cronobiologia 1

Atividade/Repouso

Rítmico

Atividade/Repouso

Arrítmico

Page 32: Cronobiologia 1
Page 33: Cronobiologia 1

Núcleos supraquiasmáticos(Moore & Lenn, 1972)

Page 34: Cronobiologia 1

Osciladores

RITMO EM LIVRE CURSORITMO EM LIVRE CURSORITMO ARRASTADORITMO ARRASTADO

P

2)

Page 35: Cronobiologia 1

Cronobiologia

Sincronização ocorre por

arrastamento

Page 36: Cronobiologia 1

dia

s

RITMO SINCRONIZADO

RITMO EM LIVRE CURSO

Page 37: Cronobiologia 1
Page 38: Cronobiologia 1
Page 39: Cronobiologia 1

Depressão e ritmo de atividade/repouso

“O tempo do eu não está no mesmo ritmo que o tempo do mundo”

Page 40: Cronobiologia 1
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Page 44: Cronobiologia 1

CRH

Adrenal

ACTH

ADENOHIPÓFISE

HipovolemiaDor – EstresseHipoglicemia

Cortisol

HIPOTÁLAMO

(-)

(-)

Células do córtex da adrenal in vitro

NSQ

Page 45: Cronobiologia 1

Alguns ritmos biológicos…

Page 46: Cronobiologia 1
Page 47: Cronobiologia 1
Page 48: Cronobiologia 1

Cronobiologia

Circadianos

Ciclo vigília/sono

Temperatura corporal

Page 49: Cronobiologia 1

Cronobiologia

Ultradianos

Batimentos cardíacos

Movimentos respiratórios

Page 50: Cronobiologia 1

Cronobiologia

Infradianos

Ciclo menstrual

Reprodução

Page 51: Cronobiologia 1

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

1600

1800

20006:

00

12:0

0

18:0

0

0:00

6:00

12:0

0

18:0

0

0:00

6:00

12:0

0

18:0

0

0:00

6:00

12:0

0

18:0

0

0:00

6:00

12:0

0

18:0

0

0:00

curva ajustada

MESOR ACROFASE

AMPLITUDE

Período

PARÂMETROS

Page 52: Cronobiologia 1

DIADIA NOITENOITE

INVERNOINVERNO

AGENTE TEMPORIZADOR DO MEIO INTERNOAGENTE TEMPORIZADOR DO MEIO INTERNO

A GLÂNDULA PINEALA GLÂNDULA PINEAL

MELATONINA

VERÃOVERÃO

MELATONINA

Page 53: Cronobiologia 1

DESSINCRONIZAÇÃO

Page 54: Cronobiologia 1

Dividindo o STC em dois:

• Ritmos mais plásticos: ciclo vigília/sono, volume urinário, resposta a teste de desempenho

• Ritmos mais rígidos: temperatura central, sono REM, cortisol

Page 55: Cronobiologia 1

Dessincronizações

• Jet lag• Segunda-feira• Férias-escola

(trabalho)• Trabalho em turnos

rotativos• Trabalho turno

noturno

Page 56: Cronobiologia 1

Sonolência em horários “impróprios”

Depressão

Irritabilidade

Maior susceptibilidade a infecções

Problemas gastrintestinais

ansiedade

Problemas psíquicos

Page 57: Cronobiologia 1

Diferenças ontogenéticas

Page 58: Cronobiologia 1
Page 59: Cronobiologia 1

Modificações da ritmicidade biológica

Componentes de freqüências

CVS: ultradiano circadiano

Page 60: Cronobiologia 1

Modificações da ritmicidade biológica

Relação de fase

IdosoCriança Adolescente

Page 61: Cronobiologia 1

19:00 21:00 23:00 01:00 03:00 05:00 07:00 09:00 11:00

Período escolarmatutino

Desenvolvimentopuberal

Ambiente urbano

Período escolarvespertino

SONO NOTURNO

Page 62: Cronobiologia 1

MODIFICAÇÕESMODIFICAÇÕES

00 66 00 1212 001212 1818 66 1818

SONOSONO

VIGÍLIAVIGÍLIA

DIADIA NOITENOITE

CVSCVS

SONOSONO

VIGÍLIAVIGÍLIA

IDOSO IDOSO

JOVEM JOVEM

Page 63: Cronobiologia 1

Diferenças individuais

Page 64: Cronobiologia 1

Cronobiologia

Indivíduos matutinos e

vespertinos

www.crono.icb.usp.br/cronotipo

Page 65: Cronobiologia 1

www.crono.icb.usp.br/cronotipo.htm

Page 66: Cronobiologia 1
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Page 68: Cronobiologia 1
Page 69: Cronobiologia 1
Page 70: Cronobiologia 1

• Facilidade acordar 1as horas da manhã• Dificuldade vigília além do horário de dormir• Estabilidade semana x final de semana (CVS)• Boa eficiência de sono; menor sonolência diurna• Menos cochilos, menores problemas de atenção• Menores indisposições emocionais• Menor uso de cafeína e benzodiazepínicos

Atraso do início do sono Atraso do início da vigília Instabilidade semana x final de semana (CVS) Baixa eficiência de sono; maior sonolência diurna Mais cochilos, maiores problemas de atenção Maiores indisposições emocionais Maior uso de cafeína e benzodiazepínicos

M

V

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

Page 71: Cronobiologia 1

Diferenças de fase

Cortisol

Bailey, 200155 min

Melatonina

2h 06min Griefahn, 2002S.Rc

P.A

Page 72: Cronobiologia 1

Relação de fase entre os ritmos

Baehr et al., 2000

Page 73: Cronobiologia 1

Pesquisas atuais

V ariable: HO, Dis tr ibution: Normal

Chi-Square tes t = 327,38615, df = 14, p = 0,00000

5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90

Category (upper limits )

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

No. of observations

Page 74: Cronobiologia 1

Female Male45,0

45,2

45,4

45,6

45,8

46,0

46,2

46,4

46,6

46,8

47,0

HO

score

Cronotipos e gênero

Page 75: Cronobiologia 1

Cronotipos e idade

16 22 28 34 40 46 52 58 64 70 76

HO s c ore

10

20

30

40

50

60

70

80

AG

E

Page 76: Cronobiologia 1

Latitude range 0 -16º 17 - 25º 26 - 32º45,0

45,5

46,0

46,5

47,0

47,5

48,0

48,5

Mean H

O score

Page 77: Cronobiologia 1

Diferentes latitudes Brasileiras

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32

Latitude

45

46

47

48

49

me

an

HO

sc

ore

360

370

380

390

400

410

420

Insolation w/m

²

0º 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 °

Page 78: Cronobiologia 1

“A máxima igualdade é aquela que permite o exercício das diferenças”

Auto-conhecimento

Page 79: Cronobiologia 1

Aplicações da Cronobiologia

Page 80: Cronobiologia 1

Aplicações gerais

• Enriquecimento de todas as áreas das Ciências

Page 81: Cronobiologia 1

Aplicações em Pesquisa

• Planejamento de coleta de dados

• Inovações nos sistemas de monitoramento

Page 82: Cronobiologia 1

Aplicações

• Protocolo experimental

• Laboratório controlado

Page 83: Cronobiologia 1

Organização de atividades sociais

• Escolar• Avaliação de

desempenho humano• Fábricas/Escritórios/

Hospitais

Page 84: Cronobiologia 1

Cronopatologia

• Momento do diagnóstico

• Aplicação do tratamento (quimioterápicos)

• Administração de fármacos

Page 85: Cronobiologia 1
Page 86: Cronobiologia 1

Perspectivas de estudos….

Período endógeno

Relação de fase entre diferentes ritmos

Dieta “cronobiológica”

Arrastamento

Variações de humor, depressão sazonal, desempenho, Cognição…

Page 87: Cronobiologia 1

Var

iáve

is f

isio

lógi

cas

Horas

T°C

Enzimas

Melatonina

Cortisol

*) Ordem temporal interna

HC

Page 88: Cronobiologia 1
Page 89: Cronobiologia 1

Revistas

Page 90: Cronobiologia 1

http://www.crono.icb.usp.br/

[email protected]

Page 91: Cronobiologia 1

Carl von Linné

(1707-1778)

Page 92: Cronobiologia 1

PROJETO:

Exposição Itinerante “Ritmos da Vida”