cronicas de gerson travesso 6 - joão jose gremmelmaier

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8/13/2019 Cronicas de Gerson Travesso 6 - João Jose Gremmelmaier

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João Jose Gremmelmaier

Crônicas de

Gerson Travesso 6

As Brigas de Pedro ganham umaconotação diferente, se antes parecia

temer a morte, alguns começam temero pequeno Pedro.

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Esta crônica é composta de apenas um

titulo.

17 –  Vamos Acabar com Isto?

18 –  Explodiu!

19 –  Moroaica!

CIP – Brasil – Catalogado na Fonte

Gremmelmaier, João JoseCrônicas de Gerson Travesso 6, Romance de Ficção,

700 pg./ João Jose Gremmelmaier / Curitiba, Pr. / Edição do Autor / 20131.  Literatura Brasileira – Romance – I – Título2.  Literatura Paranaense – I - Título3.  Crônicas – I - Título

85 – 0000 CDD – 978.000

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Autor; João Jose GremmelmaierEdição do Autor Nome da Obra:

Crônicas de Gerson Travesso 6 ISBN

As opiniões contidas no livro, são dos personagens, em nadaassemelham as opiniões do autor, esta é uma obra de ficção, sendoos nomes e fatos fictícios.

É vedada a reprodução total ou parcial desta obra.Sobre o Autor;

João Jose Gremmelmaier, nasceu em Curitiba, estado doParaná, no Brasil, formação em Economia, empresário a mais de15 anos, já teve de confecção a empresa de estamparia, escreveem suas horas de folga, alguns jogam, outros viajam, ele faz tudoisto, a frente de seu computador, viajando em historias, e noslevando a viajar juntos.

Autor de Obras como a série Fanes, Guerra e Paz, Mundo de

Peter, os livros Heloise, Anacrônicos, cria em historias quecomeçam aparentemente normais, mundos imaginários,interligando historias aparentemente sem ligação nenhuma;

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João Jose Gremmelmaier

Crônicas de Gerson

Travesso 6

17 - Vamos

Acabar comIsto?Primeira Edição

CuritibaEdição do Autor

2013

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Pedro acorda no apartamentoda mãe em Curitiba, toma um banhocom calma, vai a cozinha, põem ocafé para fazer, e espera sua mãe

aparecer a porta e perguntar; —  Sabe o que esta

acontecendo, João não esta por ai? —  Não entendi ainda, mas as

vezes com tanta coisa a verificar, eleperde a hora em algum lugar, sei queexagerei e não deveria estar indo paraaula mãe, mas daqui a pouco, vão

dizer que inventei que levei um tiro.Roseli olha para o filho e fala;

 —  Eles não se atreveriam, masacha que está bem.

 — Vou amenizar a historia, voudizer que foi de raspão, pois nãoposso falar a verdade, ninguémentenderia, as vezes acho que em si,

é um teste, mas João deve estar chegando em Curitiba daqui apouco, ele estava resolvendo um problema para o pai, que acabouvoltando do Rio mais cedo.

 — Como estão as coisas lá? —  Paradas, se eles achavam na semana passada que o pai

não faria, eles não entenderam que nossa concessão não nos obrigaa explorar.

 — E vai para a aula, se vai, chamo o Dinho. —  Já liguei para ele, deve estar chegando ai mãe, mas noinicio da tarde, marquei com o pai no laboratório, se puder passar lácom o João, depois do almoço, preciso trocar uma ideia.

 — Problemas? — Não mãe, ainda não, mas preciso falar com você, e com o

pai, vou assumir minha fatia de problemas e acelerar os meusplanos, não sei exatamente onde isto vai me levar, mas se puder ir

lá. Pedro toma o café, desce e olha para Dinho.

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 — Vamos? — Sabe que lhe ver bem, contrasta com a informação que me

passaram na terça. — Eles falam muito Dinho. — Tô vendo, ou eles lhe amam muito e temem lhe perder. — Também os amo.Pedro chega na porta da escola, muitos olham ele incrédulos,

ele entra e vai a direção, onde apresenta o atestado medico, e amoça na direção pergunta;

 — Aqui diz que iria ficar mais 10 dias afastado. — Querem me matar de tedio.

 A moça sorriu, Pedro sai ao pátio interno e Renata olha paraPedro saindo da direção, os demais não havia chego, os dois seolham e a menina chega a sua frente;

 — Sabe que assustou a todos. — Estou bem, e você? — Preocupada, você me deu um susto, não faz mais isto. — Renata, nem eu entendi aquilo, mas obvio, todos queriam

me deixar em casa. — Mas está bem? — Sei lá, acho que nunca estive tão bem, e ao mesmo tempo,

com tantas duvidas, e como esta o coração. —  Josê é passado agora, agora entendi por que você não a

levava a serio, ela não se lava a serio. — Não perguntei dela, e sim de você irmã. —  Vou superar, mas sabe que os meninos não entendem o

que sinto. — Acho que não achou a pessoa certa ainda, e não procure

nos meninos, pois quando acontecer, não vai ser por que estavaprocurando.

 — Acha que o destino nos guia. — Não, mas é que o acaso é mais poderoso que o planejado,

vejo pelo que tentei fazer, onde pensei que não daria dinheiro éonde esta dando muito dinheiro.

 — Falava serio sobre aquele ouro.

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 — Por que duvidou. — Você é maluco, minha mãe ficou impressionada, mas onde

pôs aquele ouro. — Com calma lhe mostrou, não vou sair falando por ai disto,

somente você vai saber. — Certo, dizem que você mandou assim que saiu do hospital

algo que deixou todos perplexos para Curitiba. — Uma carreta de coisas. — Não para nem na cama, atingido? — Renata, eu não achei ao acaso, mas esta tarde vou ter uma

reunião com meu pai e minha mãe, referente ao que quero fazer,

pois acho que está na hora de acelerar. — Acelerar? – Pergunta Rita que abraça Pedro pelas costas, eele a beija e fala.

 — Sim, como está? —  Agora melhor, disseram que estava morrendo, mas pelo

 jeito exageraram. — Desculpa o susto, mas como estão? — Curiosas, quem é Flavia? – Rita.Pedro sorriu e falou;

 —  Uma menina de 10 anos, que me ajudou a voltar de umlugar que apenas meu pai falava, mas que não acreditava nele, nãocomo agora.

 — Não entendi. — Da estrada para a Luz, ou para o Trono de Deus, vi ela lá

sentada, e pensei que iria morrer, mas meus pensamentos me

fizeram lembra de meu pai, de você, e esta menina, estava lá,pensando que morreria. — Você sempre é cheio de surpresas, mas sabe que Joseane

esta estranha. — Com calma falo com ela. — Sabe o problema?Pedro sorriu, pois ela chegava ali e olhava para o grupo;

 — Voltou, pensei que iria ficar na folga mais tempo.

 — Bom te ver também! – Pedro a olhando aos olhos.

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 — Me deve um fim de semana, acabou com um! —  Pago, como quer o pagamento?  –  Pedro a olhando aos

olhos, ela tentava ser fria, mas sabia que ele olhava firme, lhetirando as palavras, ela queria se manter protegida, ela sabia quefizera burrada, mas cada qual se defende, como consegue e sabe.

 — Vou pensar em algo. — Temos de conversar mais Josê. – Pedro. — Pensei que continuaria fugindo. — Disse conversar. – Pedro sorrindo.Renata aproveitou e saiu, não queria ficar ali, lhe fazia mal

aquela posição de seu irmão, e sabia agora que não teria outra

forma de agir com a menina.Carolina chega e olha para Pedro; — Está bem, fiquei preocupada. — Eu também, mas como está, parece longe ultimamente. — Você que esta longe, não eu.Pedro sorriu e olha para ela, pensa algo que lhe fez sorrir e

complementa. —  Sei que estou longe a uma semana, e parece que não

entenderam ainda nada, vou ter de explicar tudo de volta. — Explicar? – Carolina. — Os Rosas não avançam, eles tem medo de machucar com

seus espinhos.Rita abraçou Pedro e falou;

 — Voltou disposto pelo jeito a encarar a confusão. — Disposto a fazer confusão.

Rita sorriu e Pedro terminou. — Agora deixa ir à sala 12, custos da vida. As três viram ele caminhar para a sala, alguns olhavam

desconfiados, ele estivera 3 dias ausente.

Charlyston chega a casa na Pio IX e olha para Ricardo; — Problemas.

 — Não entendi os acontecimentos de ontem Charlyston.

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 — Acho que ninguém entendeu, mas vamos lá e explico o queele pediu.

Os dois entram na casa e descem por uma escada por trás daescada, e se deparam com aquela porta, a giram e Charlyston falou.

 — O menino pediu para isolarmos o que se tem acesso pelaporta 9.

 — Acha que ele teme algo. — Ricardo, sabemos que alguém morreu ali, mas esta pessoa

voltou a vida, sem lembrar nem de ter caído. —  Mas se é apenas para isolar, por que estamos aqui?  – 

Ricardo perguntando o que iriam fazer.

 — Devem começar a chegar algo que ele definiu como tijolosde chumbo, não entendi, mas ele falou que vão entregar e vamosmontar uma parede dupla, a toda volta do grande corredor da porta9, isolando todas as demais portas, como se não existissem.

 — Então ele não vai fechar a 9, ele vai fechar os demais. — Sim, mesmo a catacumba, ele vai fechar. — Certo, ele não quer problemas, mas por que isto? — Ele mandou o projeto, e cada corredor, vai ser uma galeria

estreita, deixaremos apenas a do centro e da Pio IX abertas, todasas demais fecharemos com o mesmo material, fechando paredesduplas que vão delimitar todos os caminhos.

 — Por que disto? — Esta parte teremos acesso pelo museu que vamos montar

na casa no centro, e o corredor 9 é o mais largo e mais espaçoso,ele falou em delimitar como se fosse 8 salas sequenciais, e prepararpara receber peças que saíram daqui mesmo.

 — Não vi o que saiu daqui? — Documentos, quadros, espelhos antigos, muita coisa típica

de museu mesmo. – Sorri Charlyston. — Ele vai isolar mesmo, mas não entendi por que? —  Nem eu, ouvi ele falar e não entendi, parecia que todos

estavam impressionados e começamos falar besteira, ainda maisdepois de algumas cervejas.

Ricardo sorriu, enquanto na Pio IX, entregavam barras deouro, banhadas em chumbo, para montar as divisas, Pedro

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escondendo parte dos recursos, agora em paredes, ele estavamantendo o valor das oferendas, mas agora em ouro, seu ouro,para não parecer descaso.

Gerson olha para Patrícia em Casa e fala; — Nossa casa no Bacacheri esta quase pronta. — Bom saber, mas o que tirou seu sono. — Pedro resolveu isolar toda aquela área, mas tornar publico

que o lugar existia, ele vai esconder dizendo existir. — Ele lhe preocupou. — Ele falou coisas estranhas ontem Patrícia, ele está tentando

sorrir, mas algo o preocupou. — Por que? —  Ontem enquanto bebíamos e ele tomava suco em

Nazareno, ele falou mais de 20 vezes que tinha de entender onumero 73.

 — Não entendi. — Ele afirma que Beliel foi readmitido, e renomeado, isto foi

no ano 30 depois de Cristo, algo sobre Metraton pedir pelas almaspecadoras e pelos anjos caídos, algo sobre o aguardar a vinda doverdadeiro messias.

 — Tá maluco, de que está falando? – Patrícia. — Ele quer entender, mas tem haver com o que recuperamos

e estamos catalogando, ele colocou o rapaz a catalogar as coisas,ele deve estar no nosso laboratório olhando os papeis, os escritos,os papiros, não entendi nada, mas falar disto o pareceu preocupar.

 — Esta historia é maluca, vi que os religiosos ficaram olhandopara ele, mas por que ele esta puxando a atenção para ele. —  Método do pai dele, chama atenção sobre ele, para que

algo passe desapercebido. — O que ele quer que passe desapercebido? — Se soubesse, estava olhando, mas sabe que ele achou algo

que ele acha mais importante que tudo, pois ele mandou ordem defuncionamento a 22 pontos, e começou a furar.

 — Não entendi.

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 —  Esta hora, as maquinas em Criciúma estão começando aperfurar.

 — Ele começou todos junto, o que ele quer? — Pelo que entendi ele vai abraçar como eu, 100 cidades, e

começar a explorar e produzir. — 100, ele já chegou a isto? —  Nenhum dos pontos que considero meu ele esta

considerando dele, mesmo que lá tenham em si, participações dele,então ele vai somar em algumas das minhas bases, como Manga,Cananéia, Curitiba, Rio de Janeiro, mas os 100 pontos dele sãooutros.

 — E como ele vai fazer isto? — Ele quer conversar a tarde sobre isto. — Ele vai abrir algo, pelo que entendi. — Acredito que sim, ele viu algo que talvez demoremos muito

para entender, sabe bem que quando voltamos do caminho doTrono, as ideias parecem estranhas, mas nos guiam.

 — Como esquecer! – Patrícia abraçando Gerson.

David estava a olhar os papeis que tiraram de Nazareno,estava começando a entender os equipamentos, estava com oóculos de visão noturna, naquela sala isolada de luz, de som, e pôspapel enrolado na mesa com as mãos colocadas naquelas luvas quelhe davam acesso ao local isolado. Olha para o papel e seus olhosbrilham, sorri, esticando o texto.

Ele ficou lendo o escrito, ele tirava a mão e anotava o textoem seu computador pessoal, estava a horas ali, estava perdido no

tempo, no texto quando ouve o alarme da porta, e acionou aproteção do campo central, que se fechava ao resto, isolando otexto e toda a parte interna central da peça.

David olha para a porta e vê Gerson e Patrícia chegarem epergunta;

 — Tudo bem. — Deve ter encontrado algo interessante, estávamos batendo

a tempo.

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 — É um trabalho bem delicado, pois não é fácil identificar otexto e o traduzir.

 — Imagino, mas achou algo? —  Coisas que ignoro totalmente o que seja, mas estava em

um texto que se chama, ―Anunciação de Metraton‖.  — Não ouvi falar! – Gerson. — Nem eu, quem o assina é Isaias, mas muito dos textos dele

se perderam, diz ser parte dos Atos de Uzias, mas como os Atos deUzias, também é um texto perdido, estava o lendo, mas desculpa,não ouvi vocês.

 — Tudo bem, mas o que diz este Atos de Uzias?

 — Aqui fala que Uzias, rei dos Judeus, foi isolado e o reino foipassado ao seu filho Yoão, e ele começou, isolado, pois tinha Lepra,ter visões, estas visões diziam que em um vilarejo, Nazareno,surgiria, o escolhido.

 — Em Nazaré? — Não, a tradução do texto poderia ser ―A cidade do Broto‖,

 ―Nazareno‖.  — Não entendi! – Gerson.

 —  Nazaré é na região tido como sinônimo de Broto, netser!Mas aqui diz, a cidade de netser, a cidade do netser, onde nasceu onetser.

 — Assustador, mas o que diz este texto. — Pelo que entendi, ―o ramo, é o caminho, do trono de Deus,

o cheiro é para quando o reino já for eterno a todos, mas o ramo eseu cheiro, é o caminho do trono de Deus.‖   Que Metraton veioanunciar que o Nazareno, viria, o escolhido, que traria a nova, que

faria da palavra algo simples, e da riqueza, um segundo objetivo.Que diante de um mundo em mudança, o Nazareno viria, Uzias senegou a passar isto ao filho, e Metraton virou as costas as dores deUzias, pois ele fizera a anunciação, mas não era função dele,anunciar além do Rei.

 — E o que mais fala. – Gerson. — Estou traduzindo ainda, mas eu estava pensando em uma

coisa, lembra da canção dos três Judeus. — Sim, o que tem haver.

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 —  O grupo que tinha aqui, deveria ser de Roma, pois osJudeus nunca cantariam, o Canto dos Três Judeus em Latim.

 — Faz sentido, pelo jeito atrapalhamos. – Patrícia. —  Não, as vezes me perco nestes papeis, mas aqui tem

material para uma vida perdida. — Meu filho o colocou ai David, ele confia em ti, por que não

sei, mas espero que saiba segurar as informações que achar, nãoqueremos problemas antes de saber o tamanho do problema! – FalaGerson olhando o senhor.

 — Sei disto senhor, nem eu entendi tudo ainda, mas ele meprovou com uma frase, em português, que Metraton existe, por istoestou neste texto, ouvi ele dizer para o mesmo que sabia que otinham confundido, mas não entendi isto ainda.

 — Estuda com calma, mas se precisar algo, pede, não sei noque vai nos lançar estas coisas.

O rapaz sorriu e falou. — Quando precisar eu peço, ainda estou estudando o básico,

mas acho que vou precisar de um auxiliar. —  Isto vamos ver com o pequeno Pedro.  –  Fala sorrindo

Gerson, sabia que ali tinha muita coisa.

Pedro sai para o intervalo e olha para Rita, lhe beija e fala; — Qual o problema? — Sabe que não gosto de ficar longe, e a nossa aventura não

ajudou nada. — Sei, mas mantem a calma, voltei, por horas pensei que não

estaria aqui, quem me vê hoje, não vai entender como foi difícil. —  Imagino, mas não entendi por que todos estão contra você

Pedro, não deveria ser o inverso. — As vezes, quando longe, as pessoas escolhem melhor Rita,

sei que lhe amo, mas ainda olho para cima para lhe beijar, e sabecomo sou confuso.

 — Sabe que não o quero dividir, ou não sabe. — Te amo, e sabe que você é muito especial para mim.

 — Sei? – Rita.Pedro a abraçou e falou;

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 —  Sim, mesmo que ainda não tenha entendido meussentimentos, sei que sabe que lhe amo, e que você é muito especial.

Rita e Pedro sentam-se, a um banco ao fundo da lanchoneteonde alguns comiam seus lanches e veem Camila chegar perto, eolhar para Pedro.

 — Acho que Rita é que vai se dar bem! – Camila. — Tudo bem? – Pergunta Pedro. — Roger não sabe o que sente, ele nem sabe se quer ser pai,

fala que pode não ser dele o filho. — Algo que indique isto? – Rita. — Não gosto de falar disto, mas Pedro ouvia, ele me cobra,

ele tenta se fazer mais, se faz longe. — Se quiser conversar, sabe onde me encontrar Camila. – FalaPedro, ele ia pelo menos uma vez por semana na casa dela, falarcom Carolina, mesmo esta as vezes não gostando disto.

 — Saber não quer dizer que vou me rebaixar a isto. —  Então desculpa, não quero que se rebaixe a isto!  –  Fala

Pedro fechando a cara, não gostava de ter de afastar elas, mas elasmesmo exigiram dele tomar uma posição, quando o fez, todas

pareceram querer que ele voltasse atrás.Rita o beija enquanto Camila se afasta e fala;

 — Calma. — To calmo, pensando, mas calmo. — O que vai fazer a tarde? – Rita. —  Uma conversa de família, para definir o que vamos fazer

para nos proteger, mas não se preocupe, estamos ainda no

caminho, sei lá, quanta coisa estranha tem me passado a cabeçaultimamente, ainda tenho de ajudar uma menina, tenho de falarcom Carolina, que parece me esconder algo, e sabe que terei deachar uma forma de seu pai me respeitar, não quero migalha, queropoder estar sempre ao seu lado.

 — Ele teme por minha segurança. —  Rita, estou acelerando tudo para que as pessoas me

respeitem por quem sou, pelo que posso fazer aos 14 anos, e

apenas seu pai parece se fazer de cego, eu não estou fazendo para

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que as meninas da sala me olhem, estou fazendo para que possadar uma vida digna a minha menina e nosso filho.

 — Ele tem medo de você, talvez fosse mais fácil se tivesse meapaixonado por um menino normal.

 —  Te amo, mas quem é este menino normal que estaquerendo se apaixonar.

 — Bobo.Pedro a ficou olhando e ela falou.

 — Não inverte, você que quer as 4. —  Verdade, como vou poder esquecer aquela maluquice,

como vou poder fazer de conta que não aconteceu.

 — Joseane esta irritada, ela apoiou meu pai em lhe afastar. — Rita, somos crianças, algumas de 14, algumas de 12, mas

todos crianças que passaram por um ponto muito estreito, que amaioria a volta não passou, mas ainda não as esqueci, sabe disto.

 — Joseane parecia ter se atido a sua irmã, mas quando ela seafastou para não se culpar, culpou você.

 —  Joseane nem deveria estar pensando em algo para umavida, e Renata estava, a diferença é esta.

 — Vai apoiar a maluquice dela? — Logico que não, mas ela é nova, minha irmã é nova, para

as duas encararem algo como definitivo. — Lembro que você dizia que mesmo com Camila poderia não

durar uma vida, acha que vou lhe deixar escapar? — Sou alguém que pretende viver o hoje Rita, pois toda vez

que tento viver mais que o hoje, me dou mal.

 — Acha que dura quanto? —  Não comecei a lhe namorar para acabar, e sim, para lhenamorar, quanto mais tempo, melhor, quem sabe cheguemos a ficarvelhinhos, e ainda juntos.

 — Te amo meu Rosinha. — Te amo minha Ribeiro.Rita sorri, e olha para Joseane vindo a eles, e sentar a frente

de Pedro e falar;

 — Queria lhe falar algo.

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 — Fala. – Pedro olhando a menina aos olhos. —  Vou cobrar de você este fim de semana desastroso, mas

queria deixar bem claro que apoio a ideia de meu pai, de afastarvocê, não quero morrer.

 — Não entendi. – Pedro sorrindo, Joseane se irritou. — Você fez de tudo para me afastar de sua irmã, isto não se

faz, e depois quase nos matou a todos, acha que vou deixar barato. — Desculpa, agora entendi, me quer longe e que concerte o

que fiz, pode deixar, concerto, mas melhor sair rápido, não é seguroficar perto. – Pedro a encarando.

 — Acha que vou facilitar, esquece.

 — Pelo menos uma me esqueceu!  – Fala Pedro olhando paraRita, que olha para Pedro, sabia que ela não o havia esquecido,queria outra posição, o abraçou e olhou para a irmã.

 — Sabe que quem esta se afastando é você mana.Joseane olha a irmã, não queria se afastar, talvez ela não

tivesse pensando profundamente naquilo, estava reagindo ao meio,que parecia contrario a ela.

O sinal toca e cada um foi a sua sala, Pedro ainda pensando

nas coisas que viveu, e nas aulas que havia perdido, estavatentando evitar pensar nos problemas reais, mas estava querendoacelerar as coisas.

Gerson olha para Patrícia em um restaurante de frente aReitoria, e fala.

 —  Não sei como apoiar meu filho, tenho medo dele fazerburrada, mas talvez ele tenha algo a falar, não quero me precipitar.

 — Ele está arriscando. —  Sim, mas ele vai agitar o mundo da extração, ele parece

querer algo, mas não entendi o que ainda.Os dois ficam ali conversando, e esperando João e Roseli, que

logo após aparecem. — Como estão as coisas João? — Não entendi a ideia, mas seu filho esta acelerando e não sei

o que ele pretende. — Acelerando?

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 —  Ele convenceu pelo jeito Carlinhos a sair da sombra, emontar uma segunda empresa de segurança, mas esta é voltada atransportes de valores, a armazenamento e vigilância especializada.

 — E começou por onde? — Santa Catarina e Paraná, devem estar recebendo a semana

que vem, mais de 400 veículos, e estarão em mais de 20 cidades,mas não entendi a ideia.

 — Nem eu, queria trocar uma ideia, mas não sei o que pensarainda. – Gerson que olha a porta e vê dois outros rostos conhecidosvirem a mesa.

 —  Como está Gerson?  –  Siça apertando-lhe a mão, olhandopara Patrícia e para Joao.

 — O que fazem aqui? – Patrícia. —  Pedro disse que precisa falar, não entendi, ele ligou para

Carlinhos ontem a noite, mas parece que ele está acelerando epensando em algo.

Os dois sentaram-se, como Siça não olhava para Gerson, esim para Roseli, ficaram esperando ela falar;

 — O que Pedro pretende Siça? – Roseli.

 — Ele não falou muito, mas parece estar com algum grandemedo, algo referente ao que viveu em São João Del Rei.

 — Medo? – Gerson. — Ele não fala disto Gerson, mas ele ficou impressionado com

algo lá, e como não sei o que, vim, mas sabe o que ele mandoupara cá? – Siça olhando para Gerson e Patrícia.

 — O rapaz ainda esta estudando, acho que ele vai precisar deajuda para aquilo. – Gerson.

 — Ele ativou todos os 20 pontos de extração pelo telefone, elecomeçou mandando um grupo de segurança para cada lugar, CarlosGuerra me ligou hoje cedo perguntando se o menino tinha comopagar o que ele pedira, pois ele colocou a Guerra na proteção deSanta Catarina e não entendi isto ainda.

 — Ele pelo jeito não falou muito! – Patrícia. —  Não, mas vi que ele lacrou o sistema de interações

externas, Charlyston e 10 rapazes no Rio tem acesso, o resto,apenas por uma senha criptografada. – Gerson.

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 — O que ele tem no sistema que quer esconder? — As projeções de seus 100 pontos de ação e o conjunto de

mais de 254 lugares que ele vai investir pesado. — E como pode saber se é seguro? – Siça. —  Ele não sabe se é seguro, ele esta tentando despertar a

curiosidade, ele lançou de madrugada, um desafio aos 12 rapazesque tem acesso primário, a tentar invadir o sistema, ele propôs umamotivação de um milhão de reais para quem conseguir, e os rapazesestão lá tentando. – Gerson.

 — E acha que eles entram? – Siça. — Ele acha que sim, mas ele esta pagando para ver onde ele

deixou os furos, ele acha que isto é investimento, e não possodiscordar dele.Gerson olha para Carlinhos e pergunta;

 — Mas e esta empresa que me falaram que vão criar? — Seu filho quer me por a mesa com Carlos Guerra e montar

uma empresa que cubra os buracos da sua e da Guerra em 16estados, não entendi a ideia, mas ele me passou um cronograma deações, de falhas de segurança, e Priscila de Sena me ligou pela

manha, confirmando uma vinda no fim de dia para Curitiba comCarlos Guerra para discutirmos a ideia. —  Esta não vejo a anos, mas não entendi, vai montar uma

empresa ou vai usar a Guerra como estrutura? – Gerson. —  Não sei ainda Gerson, acha que passei a manha inteira

lendo o que? – Carlinhos. — E o que ele falou sobre o vir aqui? – Roseli. — Ele falou algo maluco, que precisava falar com o pai, com a

mãe, com a nova mãe e com os demais, sobre projetos que ele quertirar do papel, mas não sei exatamente o que é, mas sei que eleagitou todos os pontos desde ontem a noite.  –  Fala Siça olhandopara Roseli.

 — Malucos? —  Ele usou este termo, preciso falar de coisas Malucas, e

propor uma grande maluquice. – Siça. —  Ele só disse que queria que viesse, não falou nada!  – 

Roseli.

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23

Pedro espera a irmã a saída e fala; — Vamos?

 — Onde? – Renata. —  Preciso falar com a família, e marquei no escritório dolaboratório aqui no centro.

 — Problemas? —  Nada que não possa dividir, e com um pouco de calma

discutir com a família.Renata entra no carro e Pedro olha para Dinho e fala;

 — Quinze de Novembro, em frente ao Mercadorama.

Dinho sabia que eles iriam ao laboratório, todos falavam quePedro agitou o local, mas não sabia que os demais o esperavam lá.

Dinho olhou para o banco e falou; — Tá ai o que pediu.Pedro abre o pacote no banco e alcança um para Renata e

fala; — Depois vou lhe explicar como saber onde estou no planeta,

mas este é seu. – Fala Pedro alcançando um Notebook para a irmã.Ela olha o mesmo e fala; — Este é dos caros. — Sim, mas ele não funciona com um sistema padrão, então

terá de se acostumar com ele. — Que sistema tem? — O chamo de eP1, mas ainda esta em teste e não faz parte

de nenhum outro computador que verá por ai ainda.

 — EP1, o que significa? — O E vem de Internet, mas na nomenclatura mundial, P vem

de Porta mesmo, e um, é que foi o primeiro. — Pensei que fosse de Pedro. — Não tô tão poderoso assim irmã, não ainda.Pedro sorriu e Renata viu que o menino abriu um igual, onde

ele acessou ao sistema, e quando pararam no estacionamento em

frente ao prédio, Pedro ficou ali um tempo, e olhou para Dinho. — Falaram muito que eu vinha aqui?

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 — Parece que Priscila de Sena confirmou que vem a cidade anoite, dai todos se agitaram, sabem que você está por trás disto.

 — O que vai fazer Pedro? – Renata. — Vou lhe passar parte do meu fixo, vou investir nos jornais

do meu pai, em uma instituição que ofereça pós em sistema, comsede aqui, Minas e Rio.

Pedro olha para Renata e fala; — Vamos subir, David ainda está sozinho, quero falar com ele,

e depois pensar e programar algumas coisas para hoje. — Quem é David? – Renata. — Um senhor de 38 anos, historiador, especialista em coisas

religiosas.Os dois saem e sobem e abrem a porta, vão ao escritório,deixando o rapaz lá a olhar, sem saber que eles estavam ali nocomeço, mas Pedro põem o computador a mesa, aciona um sistemae fala olhando para Renata;

 — Vamos lá assustar o rapaz.Renata sorriu, viu Pedro lhe alcançar uma espécie de óculos

grande, ela colocou e viu que era algo de visão noturna, os dois

entram na sala, e chegam ao lado do senhor, que anotava algumascoisas.

Pedro para ao lado do senhor olhando para ele, que deu umpulo vendo Pedro ali, Pedro sorriu e falou;

 — Podemos conversar David. —  Sim, - um longo intervalo para respirar, olha os papeis e

fala meio no automático - estava anotando umas coisas. —  Vamos ao escritório um pouco?  –  David sai atrás dos

irmãos.David viu a menina e perguntou;

 — Problemas? —  Não, mas aqui fica difícil de falar, parece sempre que

estamos atrapalhando.Sentam-se ao escritório e Pedro pergunta, após imprimir uma

folha na impressora local;;

 — David, temos de conversar, não tratamos de quanto querreceber por este trabalho, onde vai ficar, como vai viver.

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 — Tenho medo de pedir muito e me afastar do projeto, temde entender que para um historiador estou em meio a um texto quepode nem vir a conhecimento geral, mas de uma profundidadeextrema.

 — Quanto? — Não sei quanto pode pagar? —  David, vou começar a oferecer, se achar pouco, me fala,

mas é que não tenho noção de se lhe interessa, mas pensei emcomeçar com 12 salários base, tem um apartamento no ultimoandar deste prédio, mobiliado, que pode viver ali, depois lhe mostro.

 — 12 bases, sabe que não é muito.

 — Queria você pedindo, mas se não pediu, vou oferecer. — Para começo pode ser, principalmente se vai me ceder umacasa para morar.

 — Sim, mas preciso saber – Pedro estica um papel para David –  quais destes seria um nome interessante para lhe auxiliar nesteserviço.

David passa os olhos e fala; — Sabe que eles não virão por este trocado.

 —  Pergunte quanto eles querem, quem sabe você tomecoragem e passe seu preço.

 — Quantos destes posso contatar? —  Não passando de 12 auxiliares, pois você que vai

coordenar, estou reestruturando dois andares acima, para mais 3pontos de investigação, e amanha somente o que tiver valorhistórico vai ficar aqui David.

 — Nem vi o resto. — Sei disto, mas preciso que você toque isto, venho amanha

para lhe mostrar o local inteiro, e se puder falar com as pessoas,mas não mostre muito de cara, primeiro vê se a pessoa teminteresse, depois mostramos a parte com valor histórico.

 — Estava falando com seu pai, ele pareceu com medo de pormais gente aqui.

 — Ele sabe que muitos vão pagar para desviar e dar sumiço

em parte do que temos aqui, por isto ele tem medo de dividir commuita gente.

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 — Serio que seu pai levou um tiro dentro de uma igreja? — Catedral de Brasília, ele e a atual esposa, ambos passaram

uma barra bem pesada David, mas ele não vai abrir tudo que achou,acha que iriamos mostrar os originais David.

 — Vi que não, vi que ele nem abriu a verdade, acha que elesvão querer fechar o lugar em Nazareno?

 — Este eu mesmo estou lacrando hoje. — Você vai lacrar, mas como? —  Montando uma parede paralela a que existe lá, que vai

fechar todos os acesso. — Pelo jeito entendeu o lugar? – David.

 —  Não, mas não posso estragar um lugar por que ignoro operigo que lá se encontra. — Não falou com seu pai pelo jeito. — Não, vim da aula direto, o que achou ali? —  ―Anunciação de Metraton‖! – O rapaz afirma olhando para

Pedro, para ver qual seria a sua recepção. — O texto que os Yaduts tiraram do Torá, deram sumiço, o

texto que falava do nascido em netser, viria ao mundo como umsalvador? – Pedro olhando o rapaz.

 —  Sabe que nunca havia ouvido isto, e você fala como sesoubesse. – David.

 — Eu não nasci em Nazareno David, não sou o escolhido. — Sabe que pensei nisto, mas por que ele anunciariam ao rei

de Uzias isto, se não viria a tona. —  David, uma coisa, é dizer que não sou o escolhido, o

Nazareno, como alguns falam, mas no vale onde existe hoje acidade de Nazaré, em Israel, existia uma família Judaica, desobrenome Netser, esta família, perto do ano 300 antes de Cristo,atravessou o norte da África e se instalou na região que hoje é acidade do Porto, depois foram a região de Lisboa, mas esta família,quando perseguida pela inquisição, assumiu o sobrenome Rosa.

 — E como sabe disto? – David. — Meu pai foi a procura de sua origem quando era jovem, ele

pode não acreditar como os demais, mas ele queria ir atrás daorigem de sua família.

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 — Então vocês são um braço de uma família que não existe,pois nunca ouvi falar da família Netser.

 —  Você nunca ouviu falar da ―Anunciação de Metraton‖,duvido que ache dois historiadores em Israel que falem mesmosobre pressão sobre este livro, que eles chamavam de Atos deUzias.

 —  Atos de Uzias muitos ouviram, mas como não sabia oconteúdo, nunca imaginei que era a anunciação da vinda deMetraton, a vinda do escolhido.

 — Já traduziu o texto? – Pedro. —  Estava traduzindo, sabe que não é fácil, mas não entendi

alguns termos e significados. —  Para isto que preciso que contate especialistas, vou falar

com uma moça, amanha no fim do Dia no Rio de Janeiro, e voutentar conseguir um rapaz para lhe ajudar.

 — Não entendi? — Josef Hult, será minha tentativa.David olha para o menino e pergunta;

 —  Conhece o senhor Hult, dizem ser uma especialista em

desmentir tudo que os demais acham. —  Não, mas a companheira do meu Padrinho de Batismo,

conheceu ele, que parece estar na região de Nazaret com PabloGuedes, verificando as ruinas de uma casa que desabou e deixouevidente uma construção na Al Hanuk, mas ela disse que tentariafalar com ele, sabe que se organizar as coisas, fica mais fácil receberalguém assim.

 — Quando me falou em auxilio, não pensei que iria abrir isto a

tantos. — David, estes que falei, sabe que um, desacredita em nome

da igreja Judaica, outro, da Romana, preciso do desacreditar disto. — E por que Hult?

 — Ele foi o único ser que sei ter tido contato com um texto da ―Anunciação de Metraton‖, então quero saber a versão dele destahistoria, pois sabe bem que o que ele disser não ser real, será ondenos prenderemos e estudaremos.

 — E se ele não desacreditar?

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 —  Se ele não desacreditar, algo estará muito estranho, sabedisto mais que eu.  –  Sorri Pedro que vê o Pai entrar pela porta eolhar para ele.

 — Entra pai. — Pensei que não tinha chego ainda, mas falavam de que? — Das pessoas que espero que David entre em contato para

estudar o que temos ali, mas ele vai primeiro avaliar o que é seguromostrar.

 — Sabe a encrenca que isto representa filho? — Pai, marquei com você aqui, para falar o que pretendo.  – 

Pedro olha para David e fala  –  Agora pode ir, acha que consegue

falar com eles? — Lhe passo uma posição amanha, mais detalhada.Gerson viu que Pedro dispensou o rapaz, que entrou na parte

protegida, e os demais começaram a entrar, Pedro cumprimentoutodos e Siça abraçou a filha;

 — Você também por aqui filha? — Sim, mas não entendi nada.Pedro olha para os demais e espera Carlinhos entrar e fala;

 —  Fecha a porta Carlinhos, vamos conversar algo que nãoficara no sistema, e poucos fora destas paredes saberão.

Todos sentam-se e Pedro olha para Carlinhos; — O que Carlos Guerra falou? — Ele e Priscila de Sena vem a cidade hoje a noite. — Protege bem minha mãe, estaremos muito visíveis. — Certo, mas o que pretende?

 —  O sistema deles de proteção é baseado no sistema deinformação que eles montaram, mas ainda é um sistema emimplantação, não em pratica.

 — O que quer dizer com isto? — Ele não nos cobre pai, estamos fora dele, se por um lado

estamos fora do controle deles, estamos fora do sistema que paraeles é fácil proteger.

 — E o que pretende? – Gerson.

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 —  Gostaria que estivesse comigo hoje a noite pai, sei queconhece Priscila de Sena, mas minha proposta é isolar os sistemas, emesmo com eles isolados, gerar segurança.

 — Por que disto? — A perfuratriz em Criciúma chegou a 5 metros de rocha, não

vou parar, eu vou acelerar, eu pedi permissão de extração lá, masacho que eles pensaram em carvão, mas não esta visível, mas osrestos de rocha, sim.

 — Por que acelerar? — Pai, o que aconteceria se ontem, algum maluco matasse eu

e o senhor, 12 pontos de grande concentração de riqueza, ficariamlá, abandonados.

 — Sabe que não precisamos disto. — Sei, mas quero acelerar, e tenho uma proposta, para cada

um aqui. — Uma proposta? – Siça. —  Mãe, vou ajudar você montar uma estrutura física e de

extração em Maria Madalena, quero estar em 6 meses, com aquilopronto, se não tem estrutura, pede, pois eu vou investir lá, e ou

assume, ou não atrapalha. — Não me quer lá? – Siça. — Estarei investindo lá, sei que o pai já investiu um pouco,

mas vejo que apenas eu pareço acreditar naqueles números, e umrelato da confraria de Nazareno, nos indica aquele lugar como umareserva, então vou investir lá, mas gostaria de ver os demaisinvestido também.

Pedro olha para Roseli e fala;

 — Mãe – o clima de chamar duas por mãe, era estranho, maso menino parecia querer aliviar isto  –  a nível de informação ecomunicação, vou investir no sistema de jornais, revistas, diários einformativos on-line, dando estrutura para cada jornal, cadainformativo estar sempre em destaque a cada dia, a cada hora,vamos fazer disto uma forma de transformar o que pensamos emopinião dos demais, não nossa.

 — Vai investir em jornais? – Patrícia.

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 — Não, vou dar estrutura de software para os destaques decada jornal esteja em destaque nas mídia, para que isto seja umareferencia de informação.

 — Por que disto filho? – Roseli. — O projeto esta muito defasado e iria gerar muito prejuízo,

assim ele quase empata o dinheiro de investimento, gerando maiortranquilidade nos demais.

 — Acha possível um equilíbrio? – Gerson. — Sim, mas temos de falar de cada ponto depois, mas gosto

de pensar em projetos de estrutura, e acho que estruturou, apenasprecisamos igualar gastos como vendas, para isto, temos devalorizar nosso preço, sendo que as pessoas paguem e fiquemfelizes com isto.

 — Mas o que vai fazer com isto ali?  –  Gerson apontando olocal ao lado.

 — Amanha a parte de valor não vai estar mais ai pai, mas osespecialistas vão estar por aqui, então hoje podemos fazer isto aqui,amanha, não.

Pedro abre o computador pessoal e fala;

 —  Temos nosso sistema, e vou mandar para vocês, umcomputador pessoal destes, vão ter de se acostumar com o sistema,mas ele não é padrão, como falava para Renata, é nosso, não dosdemais, a primeira coisa que o sistema pede, é a instalação de umasenha de acesso, se esquecer ela, não vai acessar.

 — Por que disto filho? — Por dentro de nosso sistema, poderemos trocar informação

sem passarmos por controles que nem ficam no Brasil, mas que nos

rastreariam, assim como nossos negócios. — Acha que eles nos olham? – João. — Hoje pouco, em um ano, todos. — Esta pensando lá na frente. – Gerson.Pedro concorda com a cabeça e olha para João.

 —  João, não é desconfiança da empresa que montou desegurança, mas quero mudar todo o sistema de informação dela,Moreira os rastrear e sabe antes de você para onde cada um dosrapazes está indo.

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 — E vai querer por sistema em todos os lugares? — Sim, sobre nosso comando, mas preciso de proteção mais

focada, gostaria de enquanto a empresa que vou criar comCarlinhos, eles terão nossa situação, e nossas estruturas teóricas,você protegesse mais prontamente cada um do grupo, um grupoque será aberto a segurança, mas que tenha como prioridade ogrupo, a minha segurança, pago, para que isto fique bem seguro.

 — Quer uma proteção mais especifica? – João. — Mais imediata, que saibamos o que aconteceu, rapidamente

e consigamos reagir rapidamente. — E como posso fazer isto? – João.

 —  Vou lhe passar os esquemas de sistema e depois vamosfechando o grupo, um a um, pois o que hoje é mais de trezentasfamílias, quando eu terminar de instalar meus pontos, serão mais de600, e não posso perder tudo por não os dar segurança.

 — Por que disto filho? — Não gosto de tomar tiro pai, apenas isto.Gerson não gostou da resposta, mas sabia que não teria como

argumentar, ele levou e agora estava querendo investir em

segurança, ele olha para Patrícia e fala; —  Patrícia, temos 10 pontos de extração que vou por em

atividade imediatamente na segunda, que somos, eu e você osproprietários, mas tem pelo menos 37 outros projetos parados ouem aguardo, quero os por em pratica.

 — Por que tudo isto Pedro, chamaremos muita atenção. — Este é o problema, quando se fala em 10 pontos eles olham

e nos retalham, quero chegar aos meus 18 anos com mil pontos de

extração lucrativos, eles nem saberão onde todos são, e estoufalando apenas dos meus pontos de extração.

Patrícia olha para o menino e fala; — E quer quanto de tudo isto, esta acelerando? —  Vou chamar sobre mim a atenção, mas isto apenas vai

facilitar a vida dos demais, pois não espero que parem de olhar, masquando estiver aqui, sinal que estou aprontando em outro lugar.

 — Vai usar os métodos Gerson? – Carlinhos.

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 —  Os novos, não aqueles que os demais tiveram acesso, ecom o tempo desenvolverei os meus métodos, mas quando chamopara sociedade os Guerra e os Sena, é para Moreira não poder olharpara dentro sem gerar um mal estar entre eles, está muito fácil para

ele.Pedro olha para o pai e fala;

 — Pai, estou reforçando o sistema, a segurança, reinstalandoprotetores, e desafiando os programadores, para descobrir os furos,sei que hoje, tem neste instante, 26 mil pessoas no mundo tentandoentrar, pois o desafio foi lançado, e sabe que 500 mil dólaresdespertou muitos interessados no mundo em furar o sistema.

 — Acha seguro isto? —  Pai, ainda não tem o importante no sistema, ele esta

registrando todos os aplicativos de invasão destes hackers, osistema vai aprender mais com isto, com estas tentativas e com oregistro dos IPs de invasores, ou métodos de disfarce, pois somenteeu não é o suficiente para testar o sistema.

 — Mas por que disto? – Renata. — Por que tudo que tivermos Renata, as ordens de compra,

venda, aquisição, sistemas de controle, estarão neste sistema, e nãopodemos deixar isto a disposição dos demais. — Mas estas coisas evoluem. —  Sim, por isto teremos um grupo de pessoas que vão nos

tornar sempre atualizados a nível de defesa e novas ideias.Gerson olha para o filho, ele estava agitando todo;

 — Nos reuniu aqui para informar isto? – Gerson. —  Pai, sei que não tenho tamanho para metade das coisas

que pretendo fazer, mas estou disposto a tentar. — Não entendi o por que disto? —  Pai, eu quero estar pronto para revidar se tentarem fazer

qualquer coisa contra a família, e tenho de me inteirar ainda dealgumas coisas, mas se o sistema aguentar 5 dias, quando acabar odesafio, quero o implantar em volume.

 — O que vai fazer ainda? — Amanha quero ir ao Rio de Janeiro falar com meu Padrinho. — Vai se meter nisto também?

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 — Quero ver se ajudo ele a sair de vez deste mundo que eleparece insistir em ficar. – Pedro olhando nos olhos do pai.

 — Tem coisa ai. — Sim, mas pai, mães, tenho de caminhar, tenho de acertar

ainda em meio a isto meu coração, ver como as casas estão seerguendo, ver como as coisas estão, amanha começo a reformaralguns lugares, espero não ficar velho tentando fazer o que quero,mas adoro um desafio.

Gerson viu que as palavras não foram precisas, seu filhoqueria fazer algo especifico, mas não estava abrindo o todo, talvezele tivesse razão, mas era obvio, ele queria mostrar seu valor.

Pedro conversou um pouco mais, e saiu dali sozinho, Dinhoolha para ele chegando ao carro e pergunta;

 — Onde?Pedro pensou e falou;

 — Casa dos Frota.Dinho sorriu e saíram de carro no sentido da casa de Carolina

e Camila, o menino apenas cumprimenta o rapaz na portaria e pede

para se anunciar, sobe e olha para a senhora Guta a porta; — Está bem menino, falaram que quase morreu? —  Foi de raspão, apenas susto, Carolina esta em casa

senhora? — Sim, quer falar com ela? —  Sim, posso falar com ela no quarto ou prefere na sala

senhora?

 — Pode entrar, ela esta lá pendurada na internet. — Obrigado. – Pedro bate na porta e a foi abrindo lentamentee olha para Carolina e fala;

 — Podemos falar Carol? — Veio, o que quer falar?Carol se ajeita e vê o menino sentar-se na cadeira ao lado da

dela, que estava a escrivaninha do quarto com o computadorpessoal.

 — Como vai nosso filho? — Pensei que nem pensava nele.

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Pedro não respondeu a provocação. — Como está com Tomas? — Acho que ele está cada vez mais longe!

Pedro põem a mão sobre a de Carolina e fala; —  Queria dizer que ainda a amo Carol, embora ninguémentenda isto.

 — Por que está com Rita ainda? — Sabe por que, ou não sabe. — A ama e vai dizer que me ama, não aceito assim Pedro. — Pode não aceitar, mas é como sinto.Pedro a olha aos olhos, desviando da mão aos olhos e apenas

sorri. — Sabe que ainda lembro daquele dia, por que tudo tem de

ser assim, tão normal. — Eu ainda estava alcoolizada, e sabia que você não diria não,

mas olha a confusão que gerou tudo isto.Pedro estava sentado e apenas aproxima os lábios de Carol,

pensou que ela não o beijaria, mas ele queria aquele beijo, ela obeijou e falou;

 — Não é justo isto. – Carolina. — O que não é justo Carol? — Você com ela. — Quer sair comigo hoje Carol? — Sair? —  Dar uma volta, sem gente atrás da porta ouvindo, ou a

paranoia de que estão.

Carol sorriu e falou; — Mas não me arrumei. —  Carol, acho que você não entendeu, eu não busco uma

amor produzido, uma amor maquiado, porque estes que procuramalgo assim, tem um amor tão pequeno, que não resiste aoamanhecer.

 — Vai dizer que me ama?

 — Vou me repetir muitas vezes pelo jeito. – Pedro. — Mas vamos onde?

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35

 —  Acho que o importante é conseguirmos conversar Carol,abrir algo que até agora, não abrimos.

 — Acha que ainda tem portas a abrir, acho que não entendeuo que sinto Pedro.

Pedro a olhou, ela apertou o Iniciar – Desligar do Notebook eolhou para ele;

 — E voltamos logo? —  Sim, mas um dia teremos de perder mais tempo que

apenas uma tarde, para conversarmos. — Rita sabe que está aqui? — Não estou com Rita agora, por que a pergunta.

 — Preciso saber. — Aceita meu convite ou não? — Sim. Mas o que falo para minha mãe? —  Diz que vamos conversar sobre nosso filho, em alguma

lanchonete. —  Certo!  –  Carolina levanta e olha para Pedro sentado, lhe

estica a mão e fala vendo o menino, uns 15 centímetros mais baixoque ela, que insistia em crescer, e os dois saem pela porta e Carololha para a mãe sentando-se a mesa da sala, sinal que ela estavamesmo atrás da porta.

 — Mãe, vamos tomar um lanche e conversar. — Não demorem, qualquer coisa me liguem. — A trago em segurança senhora. — Bom mesmo.Os dois descem, e entram no carro, Pedro viu a segurança a

volta e falou para Dinho; — Nos deixa na Marechal Deodoro, 1012.Dinho não conhecia o endereço, mas foram para lá, viu que

era uma lanchonete no bairro Alto da XV, viu Pedro abrir a portapara Carol e entrarem.

Senta-se e Pedro pede um suco e estende a mão sobre amesa e olha para Carol.

 — Sabe que tenho saudades de lhe olhar, e apenas ter a cara

de revolta, parecia mais sincero.

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 — Por que acha que era mais sincero. — Não disse que era mais sincero, disse que parecia, hoje mal

consigo lhe olhar, alguém sempre esta ao seu lado ou do meu lado,os antigos amigos, se aproximam apenas quando querem algo, nãoconsigo dizer que lhe desejo, sem você me perguntar ―e a Rita‖.  

 — Éramos felizes e não sabíamos. – Carol. — Carol, é serio quando digo que lhe quero, é serio quando

lhe digo que te amo, mas sei que todos a volta não aceitam assim,vocês me fizeram definir, sabe bem disto.

 — Sei, mas você ficaria com as 4, quer o que, que aceitemos? —  Seria eu, sabem que eu gostaria que aceitassem, mas

vocês falaram em me definir, escolhi uma, me comprometi comoutra, em meio a um fim de semana que desculpa, não foi como euimaginei.

 — E como você queria ele? — Lembra do começo dele, sobre a minha cama em Ariri? —  Lembro, eu sei que eu defini o caminho naquele fim de

semana, uma péssima escolha, esqueço que meninos não ficampara a segunda feira.

 —  Carol, eles são crianças, nós somos crianças, quer o que,meninos nesta época da vida falam muito, fazem nada.

 — Sei, mas acha que tenho chance ainda de conquistar esteRosinha a minha frente.

 —  Acho que se me quiser apenas para você, não vaifuncionar, e talvez não por que não possa ser fiel, mas acho quenão sei ainda dizer não a você, a Rita, a Josê, acho que mesmo suairmã eu não saberia dizer não se ela avançasse, então eu evito dar a

chance. — Fugindo de nós? A moça serviu os sucos, e Pedro sorriu. — Sabe que não. — Tenho medo do que você tem cara de pau de falar Rosinha,

minha mãe sempre falou que era isto que você queria, ficar comtodas, mas eu duvidei que você falasse assim.

 — Sei que ela vai contra Carol, e sabe como eu, é mais fácildizer o que ela quer do que o que eu quero, é fácil dizer que ama

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uma e enganar, arruinar um amor, por uma mentira, mas sei quedeve me achar um cara de pau mesmo.

Carol aperta as mãos de Pedro sobre a mesa e fala; — Por que fui me apaixonar por você? — Queria ter certeza que me ama, mas não consigo Carol. — Por que duvida?Pedro olha ela aos olhos, não fora ali para discutir, passa a

mão em seu cabelo e fala; —  Talvez por que não ache-me mais do que a criança que

vejo aos espelho toda manha. — Como você diz, somos todos crianças.

Pedro tomou o suco e falou; — E vai fugir de mim muito? — Vai começar avançar Rosinha? – Carolina. — Esperei demais vocês avançarem, o que posso fazer. — E vamos onde? – Carol provocando.Pedro faz sinal para a garçonete, pede a conta e deixa uma

nota sobre a mesa, não iria esperar, a moça sorriu quando viu a

nota de cinquenta para dois sucos, mas chegam ao carro e saem nosentido da região metropolitana, até a casa imensa que estavavazia, pronta e fazia.

Pedro olha para Dinho e fala; — Faria um favor Dinho? — Fala. —  Pega algo no centro de Colombo e demora uma hora,

compra uma carne, umas cervejas, e alguma coisa para fazer um

churrasco, não esquece do carvão?Dinho sorriu, Pedro o estava colocando para fora, Dinho sai

pela porta e olha em volta, tudo muito quieto, ele ficou na duvida sesairiam, mas fechou o portão e saiu no sentido da cidade.

Carolina havia visto aquela casa por foto, mas não comoestava agora, viu o menino a beijar, andaram até uma parte ondehavia uma pequena cozinha, pegou uma cafeteira italiana, abriu,passou aguam, cheirou o pó do café, colocou agua e pôs um café

para fazer e falou olhando ela.

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 — Carol, o problema é que sou atirado, mas tenho medo dequerer todas e perder todas, tenho medo de não falar que as queroe me arrepender ao futuro, medo de falar e as perder, é estranho.

 — E este lugar, para que montou? —  Para vocês, não para mim, para poder entender o que

sentia, cada ponto disto, pois não é uma casa, foi feita pensando,em uma de vocês, mas aqui descobri que não estariam comigo.

 — E o que montou pensando em mim? — Isto não é uma casa Carol, tem de cinema a danceteria, de

piscina a biblioteca, de um quarto para mim, ou um para nós, achoque não é fácil definir assim, o que cada uma me inspirou, acho quetudo me inspirou, acho que o sentir-me amado me fez criar algoassim, mas vi que os sonhos que tinha, eram maiores que aspossibilidades.

 — Mas é imenso, o que pretendia? — Carol, quando se pensa em futuro, alguns querem viver o

amanha, mas o depois de amanha, nem se atrevem a pensar, eu meatrevi e vi que tudo quase foi me tirado, tenho medo de sonhar enão viver, tenho medo de não sonhar, e morrer.

 — Ta falando difícil hoje.Pedro a beija e olha em seus olhos e fala; — Carol, por que não podia me olhar quando olhava apenas

para você, parece que só me olhou quando eu não tinha mais saída,quando eu estava perdido.

Carol o beijou demoradamente;Pedro separa os lábios e serve um cafezinho para cada um

deles e perguntou;

 — Como prefere? — Puro sem açúcar.Pedro serviu e ela experimentou;

 — Sabe que nunca vi fazerem café assim como você fez. — Gostou? — Sim, bem gostoso, forte. — Não sei fazer café fraco, mas o meu é sempre bem doce.

Carol sorri e fala;

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 —  Por que tem de ser especial Pedro, por que vocêtransforma segundos simples em algo especial?

 — Seus olhos que os transformam, vi estes dias numa viagempara Nazareno, quanto alguém pode olhar por bem, ou por mal, euma pessoa atraindo problemas, acaba com todo o clima de festa.

 — Joseane pelo jeito pegou pesado. — Ela não sabe o que quer, é a mais nova de todas, e acha

que gosta de meninas. — Ela voltou a falar com Camila, as duas parecem perdidas. — Camila, como ela esta? — Preocupado?

 —  Não vou negar que me preocupo com aquela que medespertou para o mundo.Carolina sorriu e falou;

 — Ela está bem, acho que ela é outra que se arrependeu de oter afastado, talvez ela tenha achado que seria diferente, masparece que somente quando você esta perto os demais sepreocupam com o que ela sente.

 —  Não entendi?  –  Pedro servindo um cafezinho a mais, ele

gostava do café bem fresco. —  Ela disse que enquanto estava com você, outros meninos

voltaram a olhar para ela, mas depois pareceram desencanar, masacho que tem haver com o filho, não com você.

 —  E como esta nosso filho Carol, tem se cuidado, eu tenhocorrido muito, as vezes queria falar mais disto.

 — Nem sei o sexo ainda, mas queria uma menina, mas achoque saberemos em breve.

Carolina viu que Pedro olhou em volta e falou; — Sabe que nem sempre me sinto seguro em lugares assim,

acho que estou começando a ficar paranoico. — Se não acha seguro, por que dispensou o motorista. —  Carol, alguém quer falar comigo sem ninguém ver, o que

melhor do que estar com alguém que se ama. — Alguém?

 —  Uma empresaria gaúcha, que não sabe esperar o fim dodia.

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Carolina olhou em volta, era evidente que Pedro vira algo,mas ela não via nada. Até aquele momento.

 — Quer dizer que alguém vai atrapalhar nossa tarde? — Pode ser. — Ou é paranoia? – Carolina fala e nem terminou a frase e viu

um agito geral do lado de fora, se estivessem do lado de fora,veriam uma leva de pessoas vindo e sendo interceptadas em meio aum imenso gramado com plantas a volta da casa.

Carolina fixa os olhos para fora, vendo o agito e pergunta. — Como faz isto? – Carol sorrindo.Pedro pega o telefone e fala;

 — Carlinhos, o que está acontecendo. — Me informaram que um grupo avançava contra você, mas

ainda não me informaram. — Segura eles, é gente da Guerra, não queremos problemas

Carlinhos. — Vou alertar eles, já lhe ligo.Carolina olha para o menino que fala;

 — Carol, estou querendo lhe ter aos braços, mas ainda não seicomo, você não aceita, mas quero dizer que quero.

 — Safado. — Tô disposto a assinar sobre este adjetivo.Carolina vê o menino lhe esticar a mão e caminham até a

porta da frente, e sai a porta e olha para o rapaz da segurança efala;

 — Calma, são aliados.

O segurança pode não ter entendido, mas Pedro olhou para afrente e viu um carro parar e dele sair uma senhora de um metro esessenta e seis, cabelos longos, olhos firmes, corpo bem definido, efalou;

 — Ligando é mais fácil Priscila. – Pedro. A senhora olha para o menino e fala; — Pensei que estava desprotegido, mas vim conversar. — Carlos veio também?

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Carlos Guerra sai pela porta e olha a casa, os seguranças efala olhando aos olhos do menino;

 — Deve ser Pedro Rosa. — Sim, vamos entrar e conversamos. — Sozinho? – Priscila. — Dinho foi comprar algo para fazermos um churrasquinho e

conversarmos.Pedro fazendo sinal para eles entrarem, os seguranças

relaxaram um pouco, mas era estranho, duas seguranças diferentes,gera um constrangimento e uma falta de postura dos dois lados.

Priscila olha a grande sala, com a grande piscina e olha para o

menino; — Outro exagerado pelo jeito. — Pelo jeito! – Carlos sorrindo.Pedro não comentou nada, somente ele sabia o que queria

viver ali, mas as pessoas realmente olhavam aquela piscina antes dequalquer outra coisa, mas ele ainda nem a enchera, talvez afechasse antes de usar, mas caminha até a cozinha, coloca outrocafé para fazer, e olha para Priscila;

 — Prazer. — Sabe que esta agitando, mas gostaria de sinceridade, você

contratou uma leva de seguranças para proteger umas terras emCriciúma, me disseram que era apenas para desviar a atenção, sevamos fazer parceria, quero saber o que está acontecendo.

Pedro sorriu, a senhora queria saber muito, mas ele nãoestava ali para discutir isto, e fala;

 — Senhora, com respeito, não sou de encenar, você pode nãosaber o que, mas pode ter certeza, se tem segurança, algo de valortem, e nem sempre as pessoas veem o valor, mas não foi por istoque mandei o esquema de segurança, mandei por que sei que meusistema é isolado da interação do sistema que vocês usam desegurança, e isto gera um rombo de segurança, e não gosto dedeixar minhas costas desprevenidas.

 —  Acabo de ver, pensei que estava sozinho, e em 30segundos, após entrar no terreno, já estávamos cercados, mas temde ver que é um despender de força excessiva.

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 —  Sei disto Priscila, mas o sistema que Renata e JJdesenvolveram, deixa rastros que se monitora em Los Alamos,minha proposta, em sistema, é isolar eles, não dando chance delessaberem o que fazemos, e sobre isto, lançar para eles informação,

para acreditarem que não somos inocentes, mas nenhumainformação real.

 — Acha que pode com o sistema deles? – Carlos. —  Carlos, eu provei para eles que o sistema deles é falho,

pior, passível de se instalar um sistema de voz aceito no sistemadeles como prioritário de gravar, e usar o mesmo para travar osistema.

 — Certo, vi o pânico de Alemão, mas por que disto menino?Priscila olhava para o menino com aqueles imensos olhos

azuis, que lhe tiravam a concentração. — Desculpa, mas quero montar algo que seja seguro, e que

não deixe rastros, o sistema deles é bom, incrível diria, mas se nãoformos mais a fundo, não vamos nos isolar, e sempre seremospressionados por CIA e companhia.

 — E acha que podemos isolar? – Carlos.

 —  Preciso isolar, isto me faz ter de isolar, estou por 5 dias,pagando para tentarem furar ele, isto me dará condições de saberquem vai tentar e por onde, vou poder tanto poder monitorar comocontratar os melhores, mas o principal, o sistema de JJ teria caído a3 horas, o meu continua ativo e sem infecção, e a cada hora ganhamais adversários pesados.

 — Soube que jogou um desafio, mas acredita que vão furar osistema?

 —  A pouco um rapaz em New York chegou bem perto defurar, pensei que ele conseguiria ver a falha, mas não, ele se perdeunum caminho sem saída, já eu, vi o furo e fechei.

 —  Esta monitorando tudo, mas como, nem tem computadorpor perto? – Priscila.

 — Quando falo eu, estou falando do sistema que responde pormeu nome, e que me informa por celular os bons, mas vou mepreocupar apenas após passarem da 14ª proteção, eles ainda estão

na primeira, quero ver quem realmente quer chegar lá.

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 — Acha que aquele esquema que João nos passou é passívelde realizar? – Carlos.

 —  Acredito que sim, me parece a logica do sistema, masquero fechar portas, e a cada dia aprimorar o sistema, não apenasdeixando ao acaso.

Priscila olha para o menino e fala; —  Então esta os desafiando, desafiando as seguranças dos

demais, mas não entendi, o que vai explorar que você precisa detanta proteção.

 — Priscila, sabe que poucas coisas tem valor eterno, mas porenquanto, não vejo o fim do valor do que vou explorar, - Pedro olhapara Carlos – como está a segurança em Criciúma?

 —  Não entendi, um terreno reto, sem grandes coisas, masparece que desde que mandei a segurança, um agito se fez lá.

 —  Carlos, vou tirar de lá, o meu futuro, deve ter visto quecercaram o grande terreno, que começaram a construir na divisa darodovia dois grandes barracões.

 — Sim. — Vou construir a toda volta do terreno, vou por criação de

gado em parte, mas o terreno é muito plano, enquanto eu compreipara Minas 6 imensas perfuratrizes, que chamaram atenção desde odesembarcar até o montar, deixando muitos olhando, ali, vai ser daforma mais clássica, pelo menos até aquilo ser um imenso buraco.

 — Não entendi. – Priscila.Dinho chegou com o carvão e com a carne e olhou para Pedro

que falou; —  Coloca no fogo a costela e alguma coisa para aperitivo,

vamos conversar muito hoje.Pedro abraçou Carol e a beijou, e falou.

 — Te amo, não esquece. — Que papo maluco.Pedro olhou para Carlos e falou;

 — Vamos a sala ali a frente e explico o que pretendo.Os dois olharam o menino, viram que era uma sala de

projeção, um cinema com uma imensa tela, mas com não mais de20 cadeiras.

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 — Priscila, Carlos, - Pedro aperta o controle do projetor e falasurgindo a imagem de um imenso mapa do terreno e das maquinasque deveriam estar chegando e dos projetos.  –  Teremos em 6meses este buraco neste lugar, e obvio, se repararem, quero estar

com todos os lados protegidos, de curiosos, mas mesmo assim, nãovamos conseguir depois de um tempo ficar sem ninguém ver isto.

 — Mas vai tirar o que dai? – Priscila.Pedro da um clique e a imagem próxima surge e mostra a

grande fenda, a mais de 35 metros de profundidade, com dois milmetros de comprimento, e as inscrições laterais de qualidade, e fala.

 — Priscila, um dia vão mandar eu parar de fazer o buraco, seidisto, mas aos 35 metros, tenho diamante de qualidade boa, estalinha deve se arrastar até uns 70 metros, e dai por diante, um veiobem estreito, não mais de 12 metros de largura por 90 decomprimento, que deve gerar um buraco inclinado que vai requereralta tecnologia para tirar, mas isto é uma exploração para 200 anos,tirando perto de 1 bilhão em diamante ano.

 — Um imenso buraco para lhe gerar um bilhão de reais ano,um bom investimento, mas tem certeza do retorno?

 — Eu comprei o terreno inicial, por 25 mil reais Priscila. —  E fez o teste e se depara com um imenso potencial, mas

todos falavam que era em Minas. —  Isto é método Rosa de ação, se vamos agir em Criciúma,

fazemos barulho no Rio, em Minas, na Bahia, mas não em Criciúma. — Me falaram que era algo mais valioso. – Priscila. — Eu falei demais, mas existem duas chances, e acredito que

pensando moderadamente, vai sair 4,5 por ano, e não um por ano.

 — Moderadamente, e se não for moderadamente? — 12!Priscila sorri e fala;

 — Certo, oficialmente 1, mas pode chegar a 12 vezes isto. —  Sim, mas considere que isto não é ciência exata Priscila,

posso tirar doze num trecho, e pegar um trecho longo sem nada,depois vir a achar outro de 3, outro de 1, ou 0,5, mas deve terentendido o problema.

 — Sim, 12 bilhões, é problema.

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 —  Na verdade, estou tentando defender com um custo quenão me pese, mas que possa atingir outros pontos, tenho outrospontos bons para extração, mas como a maioria vai olhar para asgrandes maquinas, abrindo um buraco, vamos chamar sempre

atenção para outros lugares, pois não sei ainda quanto pretendoextrair por ano, mas deve, mesmo que aqui dê apenas 3 bilhõesano, quero ter outros bilhões em outros pontos.

 — E vai abrir isto? —  Priscila, agora posso dizer o que bem entendo, o que eu

falar, eles vão achar que é mentira, que vou levantar uma cortina defumaça.

 — E vai investir onde exatamente?Pedro da dois cliques pulando uma imagem de um diamante e

parando no mapa do Brasil, com destaque em 16 estados, e olhapara Priscila.

 — Nestes 342 pontos até o fim do ano, no ano seguinte.  – Pedro deu um segundo clique  –  Estes 562 pontos, e  –  mais umclique – em dois anos e meio, estes 1009 pontos de extração, quedevem gerar uma entrada bruta de mais de 500 bilhões ano.

Priscila deixa o corpo encostar na cadeira e olha para o mapa,o menino não estava falando em explorar em um lugar, ele estavafalando em explorar mil lugares, a soma seria o segredo, pois se ele

 juntasse um trilhão de reais em dois anos, mesmo bruto, ele estariana lista dos grandes nomes, mesmo que não tivesse em seu nome,mesmo que não fosse tudo aquilo, ele parecia querer fazer dinheirorápido, e pelo que ela estava vendo, ele iria tentar, poderia darmuitas cabeçadas, mas ela sabia que um bilhão manteria aquilo emfuncionamento, se ele tinha para se auto financiar, ele teria umaimensa empresa de extração mineral em poucos anos.

 — Por isto quer um sistema seguro. —  Priscila, não sei por que, mas acredito que vai dar certo,

sou uma criança, brincando de ganhar dinheiro, e ganhar inimigos,estou tentando evitar os inimigos próximos, já que os externos nãotenho como evitar.

 — E tem capital para isto?

 — Sim, mas quando invadimos o sistema, não era o sistemada JJ Empreendimentos que estávamos invadindo, era de mais de

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70 empresas que tinham os dados que precisávamos, e confirmamose adulteramos os dados, mas ainda teremos problemas como novossatélites.

 —  Já havia entendido isto, queriam adulterar os dados, masdeixaram alguns para chamar atenção, como aquela montanha deouro de Minas.

 — Priscila, em dois meses, aquela montanha não estará maislá, por que vocês viram, mas precisávamos saber se alguém tinhaaquele dado, neste instante, estamos com 6 estradas interditadaspor porteiras, buracos, seguranças, mas temos 22 laboratórios deprocessamento de ouro naquele pé de montanha a beira do Rio daMorte, apenas por que vocês olharam.

Priscila olha incrédula, não parecia real. — Esta dizendo que sabiam da existência de ouro lá, e estão

tirando, por que vimos? — Metade do ouro fica sobre uma reserva federal, estamos

roubando a nação, e colocando no bolso Priscila, apenas isto. — E quanto vale isto? — Esta parte é da minha irmã, mas não é muita coisa não. Dá

uns 22 bilhões em ouro. — Alemão que fala que vocês falam em bilhões como poucos,mas então vão mesmo tirar tudo de lá, e somente aceleramos.

 —  Eu montei uma maquina que é péssima para extração deDiamante, em Nazareno, para todos verem ela chegar lá, e começara perfurar, fiz o mesmo em Kubitscheck, mas é que as pessoas nãoentenderam nada ainda.

 — Os distraiu, bom saber, mas sabe o risco de esconder algo

assim? —  Priscila, fomos roubados estes dias, eles entraram em um

barracão que tem mais de 20 bilhões em ouro, e me roubaramapenas o que viram, por sinal, já recuperamos o que eles roubaram.

 — Quer dizer que tinha lá uma fortuna. — Isto, depois mudamos de lugar, para evitar problema, mas

deve entender que ouro não se vende assim, sem chamar aatenção. Mas quando eles ouvem um bilhão de Reais em ouro, acha

que o povo que vê barras de um quilo no Silvio Santos imaginamquanto é isto?

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 —  Não, mas pelo jeito vem um novo, bem novo empresáriopara a vida politica do país?

 —  Eu estava estudando aqueles investimentos em petróleo,pode me tirar uma duvida Priscila?

 — Quer investir nisto? — Não, é que me veio a duvida se este petróleo é explorável,

si é que tem petróleo lá. — Qual a duvida? — Eu estava me deparando com os dados, que quanto mais

profundo mais caro para explorar diamante, e numa perfuração,quando passa de 300 metros, fica algo perto do inviável se não tiver

tecnologia e projeto, para exploração, pois qual a pressão que terãode impor para o petróleo subir, por um tubo, 6 mil metros. Meparece quase gastar mais em extração do que com compra depetróleo, não esquece que este petróleo tem preço de mercado.

 — Alguns especialistas apontam para sobra tecnológica nesteponto menino.

 — Desculpa a descrença, fui educado na duvida, não vi calculonenhum que me convencesse ser viável a exploração, a Petrobras

que se propõem comprar todo petróleo extraído ali, vai pagar porele duas vezes mais caro que quando compra de fora, a pergunta,quando a Petrobras quebrar, com este acordo, quem vai comprareste Petróleo, e tem de ver se quando isto acontecer já se terátirado todo o custo de implantação, muita gente pode quebrarassim.

 — Acha que não vale o esforço? — Vamos quebrar a Petrobras, mas talvez esteja na hora do

povo acordar que o que se diz, do povo, como Petrobras, Banco doBrasil, Caixa Econômica, e outras coisas, não são do povo, são doGoverno, e os que estão lá, não vão abrir mão disto tão fácil.

Priscila olha o menino, alguém inteligente, vê o rapaz chegarcom alguns aperitivos e cerveja gelada e pergunta para o menino;

 — Não deveria beber menino. —  Sei disto, mas o que posso fazer, cai tão bem com uma

carne gordurosa.  – Olhou para os demais e falou.  – Vamos para a

churrasqueira?  – Priscila sorriu e saíram no sentido e uma imensa

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cobertura no fundo, com a churrasqueira e uma mesa alta ao ladoda mesma, do lado de um freezer com refrigerantes e carne.

 — Não gosta de leis pelo jeito. —  Priscila, vou pedir proteção para ir ao Rio de Janeiro

amanha, e devo ficar lá um fim de semana. — O que lhe preocupa. — Vou ter de me encontrar mesmo contrariado com Roseli. —  Esta é barra pesada, sabe que ela representa os

contrabandistas do centro-oeste e norte do país. – Carlos. — Sei, eu não marquei com ela, mas sei que ela pediu para

falar comigo, e sei o que ela vai propor, o que ela propõem a todos.

 — Não tenho negócios com ela, o que ela propõem? – Priscila. — O velho e bom 15% para não atrapalhar. — Muito dinheiro. — Meu pai não é a favor de pagar, mas tenho de ver se o que

ela vai me servir a algo. — Não entendi menino? – Carlos. —  Segundo o que estudei, ela é parte da comitiva

presidencial, e sempre abre o comercio de diamante com muitospaíses, se ela me conseguir vender eles, 15% não é muito, é umavendedora de luxo, mas se ela quiser receber os 15% mais a venda,vou ter problemas.

 —  Pelo jeito esta se metendo realmente em problemasgrandes, mas acha que consegue vender sem ela saber?

 — Não tenho pressa, talvez isto os irrite, posso dizer que se oesquema que montei para os jornais do meu pai der certo, vamos

conseguir ter lucro ali, mesmo tudo indicando o contrario, e se derdinheiro ali, vamos poder segurar as vendas brutas, se as empresasde segurança derem uma segunda entrada, as fazendas demorampara dar retorno, mas devem dar entradas, então devo quando emdois anos, estiver a explorar, estarei gerando meu sustento pelosdemais meios de renda.

 — Vai mesmo bater seu pai em patrimônio este ano? — Acho que em recursos sim, em patrimônio não.

Carlos olhou como se não entendesse.

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 — Ter o recurso, vou ter, mas ainda não será declarado, poisainda não o terei vendido.

Carolina estava ouvindo aquilo, maluquice, estavam falandoem dinheiro alto, ela nem entendera os volumes, parecia tudo muitochutado, mas sabia que o menino estava investido e gastando arodo.

 — Tem que cuidar com gastos assim!  – Priscila apontando acasa.

 — Sei disto, mas precisava de um lugar para as pessoas melevarem a serio, eu tenho de compensar minha idade, eu não tenhouma assinatura ainda como Priscila de Sena, ou Carlos Guerra, ouJoaquim Jose Moreira, para que me ouçam.

 — Pensando em impressionar pelo jeito. – Priscila. —  Sim, tenho 14 anos, tenho de compensar com alguma

coisa, tem de ver que me levar a serio, é difícil, daqui a pouco aspessoas vão querer me forçar pagar mais caro as coisas, mas porenquanto, no sentido de estruturação, é ótimo aparentar umacriança.

Priscila pega uma cerveja e olha para Carlos e fala;

 — Como estão as coisas? — Pergunta para o menino, a segurança da casa é dele.Priscila sorriu e viu aquela senhora entrando pela porta e

perguntou; — Visitas? — Minha mãe, Maria Cecilia Guerra, e Carlinhos! – Pedro sem

olhar para a porta. — Esta tem uma assinatura! – Carlos Guerra.

 —  Sim, se pensar, ainda não tenho minha assinatura, masfilho de Gerson, Roseli e Siça é um bom começo.

Carlos sorriu, as conversas foram para os projetos, enquantoPedro namorava um pouco.

Em Nazareno, Charlyston olha para as paredes construídas epara as em construção, demoravam mais para levar ao local o

material, pesado material, do que erguer as paredes, Ricardo chegaao lado e fala;

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 — Pelo jeito ele quer por algo pesado, para nem terem chancede desconfiar.

 —  O projeto de duas paredes paralelas, ocas, dá umisolamento melhor a estas paredes.

 —  Estou refazendo as saídas de água na saída 5, mas estecanto, separando o corredor de mais de 6 mil metros em porções de100 metros, realmente esta gerando um espaço interno bemdefinido, sabe o que ele vai mandar para cá?

 —  Pelo que entendi, ele vem falar, parece que quer marcarcom o Prefeito e Governador a inauguração das catacumbas deNazareno, com acesso apenas pelo Museu Metropolitano JoséBernardino.

 —  Sabe a maluquice que é isto, entramos em contato comuma empresa de segurança e acabamos trabalhando em um Museu.

 – Fala Ricardo. — Sei disto, assim como sabemos o que poucos sabem, o que

tem por trás daquela parede do fundo. — Pensei que ele exploraria aquilo. — Já pensou se alguém quebra um Anjo daqueles novamente,

e documenta? – Charlyston. — Iria encher a cidade de malucos. — Sim, mais do que já tem! – Ri Charlyston.Os dois estavam vendo trazer mais daquele material e

pergunta. — De onde vem este material? —  Dizem que eles tinham uma reserva de chumbo em

Tiradentes, e o menino parece ter encarado o custo, para isolar bem

isto, uma coisa é uma parede fraca, esta, esta ficando muito firme,solida, isolando tudo.

 — Este menino faz coisas estranhas, mas quando ele resolveuisolar, mesmo eu estranhando, fiquei feliz com isto.

 — Ele é firme, estranho, conheço primos e primas que tem amesma idade e não pensam rápido como ele, e sabe que eleenfrenta, tem gente que ainda não entendeu todas as ideias, masele parece ainda querer algo.

 — Não duvido, mas acha que demora quanto para isolar?

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 — Isolamos todas as saídas a duas exceções, sabe disto. — Sim, a do Museu e a da Pio IX. — Sim, todo resto isolado e limpo, acredito que muitos vão vir

ver isto, pensar que chegamos a isolar o desmoronamento dasegunda Cripta, e acabamos fechando tudo.

 — Verdade, mas assim evitamos que uma igreja venha abaixocom todos os fieis em pleno domingo. – Ricardo.

 — Verdade. – Charlyston.Os dois começam a sair e Charlyston olha para trás, por um

momento teve a sensação de alguém olhava para eles, sentiu ocorpo arrepiar, mas não tinha nada ali, os rapazes estavam

começando a deixar ali as pilhas, no dia seguinte terminariam deerguer as paredes divisórias.Charlyston sai pela subida que dava ao Museu e olha para

Ricardo; —  Ele esta com quase tudo pronto, mas tem muita gente

olhando ainda, amanha, depois de erguer as paredes que faltam, elemandou um compressor de acabamento emborrachado, estesistema vai ser passado primeiro nas paredes e teto, este

emborrachado, vai isolar toda a região de umidade, depois ele disseque vão alisar e pintar, colocando tubulação de fiação, parainstalação dos sistemas com câmeras e de segurança, além dailuminação, depois passar em todo o piso, ele não quer perder algolá em baixo por umidade.

 — O que ele vai trazer para cá. — Parte saiu dali, pelo que entendi, tecidos pintados, quadros

de família, armas antigas, peças pessoais de José Bernardino, e de

outras famílias históricas da cidade. — E de onde ele conseguiu estas peças. — Ricardo, eu não sei tudo, mas o menino não esta criando

um museu fácil, e pior, o sistema de proteção e vigilância da partebaixa, é baseado em grandes museus do mundo.

 — E ele pelo jeito não quer um qualquer aqui? — Ele disse que vem mostras algumas coisas a mais, mas não

sei o que ainda, o prefeito autorizou a reforma da Ferroviária,

semana que vem, vamos repor 6 mil metros de trilho, depois ele

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disse que vai trazer uma Maria Fumaça de 1800 para circular entreos dois pontos, que ele chama de museu Ferroviário.

 — E em que sentido vão por os trilhos? — O prefeito de Ibituruna autorizou a reforma lá também, e

vão montar este trecho de ferrovia. —  Ele sabe movimentar a região, tem gente que pergunta

deste investidor Pedro Rosa, mas ignoram que é um menino de 14anos.

Charlyston vê Ricardo sair no sentido da cidade, ele entranovamente e abre a porta do servidor, desce pela escada em caracolque levava a grande sala e olha para os comandos, olha para osistema e passa as coordenadas do que estava acontecendo.

Pedro estava tomando uma segunda cerveja, olha para ocelular dar o alerta e pede um momento, pega no carro sua mochilae pega o computador pessoal, abre e pergunta;

 ―Como esta o isolar Charlyston?‖   ―Amanha começamos a emborrachar, mas não sei o que

vamos expor e quando inauguramos?‖   ―Calma, a catalogação de dados, levantamento histórico,

começa amanha, tenho de ter calma, devo passar ai no sábado, econversamos, tenta isolar até lá, para que possamos conversarsentados na peça central.‖  

 ―Problemas?‖   ―Não, mas quero falar com você e Ricardo, podem não

acreditar, mas seguindo o que vou passar, nenhum problema!‖  Charlyston olha em volta, estava com aquela sensação de que

estava sendo observado, mas deveria ser paranoia, ele olha em

volta, impressionado, como se procurando algo que não estava lá.Pedro olha para o sistema e olha que seu pai estava on-line e

pergunta; ―Problemas pai?‖   ―Não, apenas desentendimentos!‖   ―Pai, sinceridade não funciona sempre!‖   ―Sei disto, pedir sinceridade não é gostar da sinceridade!‖  

 ―Pai, fez a burrada, encara!‖   ―Sabe onde esta Siça?‖  

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 ―A minha frente falando com Priscila de Sena!‖   ―Menos mal.‖   ―Queria acreditar que foi sincero pai!‖  

 ―E você, como está?‖   ―Prestes a pular ao ar sem asas!‖   ―Não brinca!‖   ―Pai, acho que as coisas estão muito soltas, então vou amarrá-

las, ou solta-las, mas tem de saber onde quer as coisas, eu vou medefinir, mas terá de se definir.‖  

 ―Não entendi filho!‖   ―Pai, eu vou me posicionar, vai ter de se posicionar também,

sabe que sobre o muro, os dois lados atiram na gente!‖   ―Certo, mas as vezes as coisas não são como queremos!‖   ―Sortudo você  que as coisas apenas as vezes não são como

você quer pai!‖  Pedro abraça Carol e fala fechando o computador pessoal;

 — Consegue liberação para viajar com o pai de seu filho? — Vamos onde?

 — Toda vez que programo, não chego a metade do caminhoCarol. — Começamos por onde? — Amanha fim do dia no Rio de Janeiro. — Não conheço o Rio! – Sorri Carolina. — Uma boa chance de conhecer! — E quem mas vai? — Ainda somente eu! — Achou graça? — Queria que Rita fosse também, mas duvido que ela consiga,

sogro nada compreensivo. — Ela vai ficar muito brava se eu for.Pedro a beijou e olhou para Siça que perguntou;

 — Vai mesmo ao Rio? —  Sim, vou tentar passar no seu esconderijo, mas não

garanto nada ainda.

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 — Pelo jeito vai aprontar? — Se tudo der errado, vou namorar muito.Priscila olha para Pedro, se despedem e fala saindo;

 — Vou estudar o que falamos. — Pense com carinho Priscila, pode ser uma parceria que vaise estender por anos, séculos.

 — Vamos pensar.Priscila sai e viu os seguranças abrirem a porta do carro,

Carlos entrou por uma porta e ela pela outra, e se mandam pelaestrada.

Pedro abraça Carolina e fala;

 — Sabe que te amo, ou quer uma declaração formal? — Você é maluco, sei que se pedir fara mesmo. — Tem de ver que amor é para ser vivido.Carolina o beija e fala.

 — O que está acontecendo, esta muito próximo hoje, o quemudou?

 —  Eu não presto, isto que aconteceu, e resolvi assumir que

não presto. — Você não presta, isto não define nada.Pedro a beijou, os dois subiram ao quarto, Carol viu os

quadros, sorriu, nem ela sabia que ele tinha aquela fotografia dela,ficaram ali até as 18 horas.

Gerson olha para Patrícia que pergunta furiosa; — O que fez que parece que somente eu não sei.

Gerson não gostava de discutir, aquela mulher era uma coisaque ele puxara para sua vida, que aceitara com todos os defeitosque tinha, ela o aceitou com defeitos, achava ela muito para aquelesenhor acabado pelo tempo.

Gerson tira o boné e olha para ela, não queria discutir, mas asvezes tem de saber-se como entrar em uma conversa;

 — Sabe que te amo, Patrícia.

 — Você aprontou algo, esta como se não tivesse como falar,deve ter sido com aquela Siça.

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 —  Sei que não confia em mim, sei que não sou corretosempre, mas te amo.

 — Não vai negar?Patrícia olha nos olhos de Gerson e entra para o quarto

batendo a porta, Gerson ficou ouvindo ela bagunçar as coisas, nãosabia o que ela estava fazendo, até a ver com uma mala a mão naporta;

 — Não vou aceitar isto Gerson. —  Vai me deixar por isto?  –  Gerson incrédulo, estavam

começando, estavam reagindo, estavam em meio a um inicio, eleconsiderava que ainda estavam nas núpcias, e ela já estava com amala a porta.

 —  Não quero um marido ausente, e nem ser apontada portodos como a outra. Pensei que me amava.

 — Sabe que te amo. – Gerson não sabia o que falar, estavamdiscutindo a mais de 4 horas, ele se considerava culpado, estavarealmente mais dentro dos problemas que no casamento, estavamaos primeiros mês de casados oficialmente, Patrícia sentia-se gorda,desajeitada, crescendo em todos os sentidos, e saber que Gerson

aprontara no lugar de estar ali cuidando dela, era algo que nãoconseguia aceitar.

Pedro deixa Carol em casa, já passado das 18 horas e vai paracasa do pai, entra e olha para Patrícia com a mala a porta;

 — E você, encobrindo o que seu pai aprontou?  – Patrícia comaquela cara de quem estava com raiva, e o menino parecia fazerparte das aprontadas do pai.

Pedro olha para o pai e fala serio; — Vai deixar ela sair pai? — Ela tem razão filho.Os olhos de Pedro foram ao segundo piso, onde Renata

parecia estar trancada no quarto. — Patrícia, pode me culpar, mas não aprontei com você, e não

acho certo o que aconteceu, pode me culpar, mas não tive culpa,pensei que vocês se acertariam, mas não me culpe.

 — O que sabe que ele nem tem coragem de falar.

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 —  Eu não sei nada Patrícia, sei das fofocas, não dos fatos,mas para mim, apenas fofocas.

 — Mas estão me olhando e apontando.Pedro olha para Patrícia, larga sua mochila e fala;

 — Vamos sentar Patrícia, acho que você não entendeu. — O que não entendi? — Este ai não é capaz de pedir para você ficar, ele acha que

não se obriga alguém a ficar onde não se quer. — Não quero conversar.Pedro olha serio para a moça, ela era muito mais nova que

Roseli, uns 5 anos mais nova que Siça, então ela era a mais nova

das pessoas em uma função de mãe, das que tinha. — Vai para onde? — Eu me viro! — Se precisar Patrícia, sabe onde me achar. – Pedro olhando

para a moça, enquanto Gerson não falava, estava apenas ali, a olharpara ela.

 —  Desculpa, mas ele está impávido ali, pensei que ele meamava, mas ele não faz questão.

 — Acho que os dois são assim, você não quer conversar, eletambém não, mas pensei que já havia passado desta parte que sódeveria me fazer parte aqui, a parte infantil.

Pedro pega a mochila e sobe, ele tentara, mas se nem seu paie nem Patrícia queriam conversar, estava começando a confusão.

Pedro olha de cima a moça sair pela porta, liga para Dinhoque entendeu, quando pediu para a deixar na casa no Tanguá,

Patrícia soube que a ideia era de Pedro, mas se ela não conversara,ele não imploraria.Pedro entra no seu quarto, cansado, e vê Renata entrar pela

porta e pergunta; — Por que eles brigaram. —  Nossa mãe foi a cama de nosso pai, em meio a um

casamento recente com uma esposa nova mais nova e gravida, emmeio a uma guerra de tiros, não sei explicar, mas ela deve ter se

sentido desvalorizada. — Discutiram desde que chegaram do centro.

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 —  Pensei que já tivessem conversado, mas vou lá falar comela, pois não acho certo as coisas acabarem assim.

 — Sabe onde ela foi? — Pedi para o Dinho deixar na casa que seria de Rita se um

dia chegarmos a isto. — E você, estava com quem? —  Carol, tinha de me posicionar, e não acredito que me

posicionar vai melhorar, mas deixa eu tomar um banho, puxar umaorelha lá em baixo, e sair novamente.

 — Tem reunião hoje a noite? — Não, já falei com quem queria, quer sair um pouco?

 — Tá pesado o clima. —  Em 30 minutos estou saindo, se não tiver pronta, vou

sozinho.Pedro vai ao banho e Renata fica a olhar para o irmão, estava

solto, não sabia o que ele fizera, mas parecia obvio, que ele estavamais firme, mais decidido.

Pedro depois do banho, desce e olha para o pai e pergunta; — Por que a deixou ir pai? — Temos de conversar. — Fala. —  Ela sumiu com os 22 bilhões em ouro das Terras em

Tiradentes, acho que ela já queria sair. — Tem certeza disto pai, ou esta se justificando. — Tem de ver que não faz sentido ela me esconder isto. —  Pai, o senhor esconde muito mais que isto em ouro e

diamantes dela, põem mais nisto, então para mim é desculpa. — Vai a apoiar. — Ela não esta em condição de sair, não tá pensando pai, não

sei o que lhe chateou, mas se quer guerra, vai ter guerra agora. — Não entendi. —  Pai, uma de minhas mães está com João, outra com

Carlinhos, o que vai acontecer quando eles pela manha souberemque Patrícia saiu de casa e você não fez questão de a segurar, forauma guerra?

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 — Não vai acontecer filho. —  Então senta ai, fica ai contando o ouro pai, pois eu acho

que tem coisa mais importante que ouro, e uma destas, esta noventre de Patrícia.

 — Mas... —  Eu e Renata vamos dar uma saída, não demoramos, mas

pensa pai, mas se realmente não sente nada por ela, pois pareceuisto, fica ai sentado, contando o seu ouro.

Pedro olha para Renata e fala; — Vamos, não quero discutir e vou acabar discutindo se ficar

aqui.

Gerson viu que o filho não gostou, ficou ali, pegou umacerveja a geladeira e ficou pensando nas coisas que passavam emsua cabeça.

Chegam na parte de baixo do prédio e Dinho já os esperava, ese mandam para o Tanguá.

Renata espera no carro e Patrícia olha para o menino batendoa porta;

 — Não quero falar Pedro.

 — Mas eu quero falar, se depois quiser sair Patrícia, tudo bem. – Patrícia fez sinal para ele entrar.

 — O que quer falar. — Falar o que sei, para que saiba como se posicionar. — Mas disse que não sabia. — Estava a frente de meu pai Patrícia. — Certo, mas o que sabe.

 — Que ele e Siça ficaram 3 horas sozinhos em uma suíte numprédio de frente a praia da barra no Rio de Janeiro, mas até onde osdois foram, não tenho como saber Patrícia.

 — Acha que eles foram a cama. — Pela cara de minha mãe, quase certeza, Roseli me ligou no

dia e disse que ele estava lá. — Por que ela ligou. —  Patrícia, não sabia que iriam brigar, eu propus você

esconder o ouro, meu pai viu que foi desviado, mas eu não vou falar

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para ele que desviamos, e nem acho que você deva, pois acho quenão estamos falando de ouro, e sim de sentimentos.

 — Ele achou que estava querendo pular fora? —  Desculpa Patrícia, mas se ele pensou isto, só pode ser

desculpa, pois ele escondeu 100 vezes mais de você, e você nãopensou nisto, não a ponto de ficar lá estático, se fazendo deindefeso, mas não entendi onde começou a discussão.

 —  Entrei na escritório, depois de ter ido ao banheiro e medeparei com Carlinhos cobrando uma posição dele, ele disse queestavam entendendo errado, quando Carlinhos saiu perguntei o queestava acontecendo, e começamos a discutir, mas ele não seposicionou, parecia não se preocupar com o que estou sentindo.

 — Patrícia, saiba que por mim, lhe dou todo apoio possível. — Vai contra seu pai? —  Sou a favor da família, e acho que você já faz parte da

família, e não adianta querer pular fora, eu vou estar por perto. — Pensei que defenderia seu pai. —  Eu não sei o que aconteceu, mas sinceramente, antes da

posição de hoje, eu achava que não havia acontecido e que era

passado. — Pelo jeito não gostou? —  Não, e não vou fazer de conta que gostei, pois não vai

funcionar, mas Patrícia, ele é um Rosa, ele precisa ser posto naparede, você esta fazendo, mas normalmente sedemos, ele pareceindiferente, não sei o que Siça sente, mas ela não falou nada alémde me pedir para conversar com Carlinhos, ela queria a paz com ocompanheiro, meu pai não, pareceu deixar acontecer, duas reações,

provavelmente, dois sentimentos totalmente diferentes. — Sabe que não esta facilitando com o que está falando. — Patrícia, não sei ainda o que sente por meu pai, mas ele é

alguém mais ativo a cama, ele está segurando-se, ele era de porrapazes e mulheres a sua cama, ele tem sido fiel, mas não sei se elenão tem saudades disto.

 — Acha que ele quer aprontar? — Ele não vai levar a cama da esposa algo assim, nem com

minha mãe ele fazia isto, mas foi o que destruiu a relação dos dois.

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 — E acha que faço o que? —  Eu não entendo disto Patrícia, mas você me apoiou, em

algo bem mais irresponsável, sei que não sou um menino fácil, masquero apenas que me considere como um amigo, como parte dafamília.

Patrícia o abraçou e perguntou; — E de quem é esta casa? — Sua até resolver onde quer ficar, não se preocupe. — É uma das casas que estava construindo? —  Sim, referente ao ouro, que escondi, esta em Nazareno,

cada barra foi mergulhada em chumbo e montamos todas as

paredes internas das catacumbas em Nazareno foram revestidasantes de pintadas com seu ouro, 8 casas e um museu na cidade voutransferir para você, já que são as saídas dos tuneis secretos dacidade.

 — E não vai falar para seu pai? — Ele nem conheceu o lugar antes de fechar, então ele vai lá

e não vai ver onde e como era, apenas o como está. — Quantos sabem da verdade.

 —  Você, eu, e pessoas que apenas levantaram paredes dechumbo, não de ouro.

 — Você é maluco. — Se um dia precisar, lá esta escondido, mas vou devolver ao

local as peças históricas, vai ser um dos museus que espero, sejados mais respeitados do mundo.

 — E não vai falar para seu pai?

 —  Patrícia, cada um fazendo uma parte, escondendo umaparte, arriscamos no fim, se todos os pontos que eles sabem foremroubados, seremos apenas uma família, que fez, viveu, sabe disto.

 — E a parte de sua irmã? — Ainda não foi escondida, mas esta seguro. — E acha que ele me ama? — Patrícia, se ele não lhe vê como um amor, se ele não faz

questão de lhe ter ao lado, saiba que vou apoiar o que achar

melhor, mas as pessoas batalham pelo que querem, mesmo coisasabsurdas como as que penso.

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 — Obrigada, desculpa ter sido grossa, as vezes acho que vaificar do lado de Siça.

 — Siça esta com Carlinhos Patrícia, tenho certeza disto. — Queria ter esta certeza. — Mantem a calma, mas você que sabe o que é melhor para

você, sei que estranha eu falar isto, mas uma coisa é dizer que secompraria a felicidade, outra, que se doaria tudo por uma felicidade,sou ainda adolescente e capaz de loucuras.

Patrícia sorriu, Pedro se despediu e chega ao carro. — Foi rápido, que casa é esta? — As casas ao fundo, eram um plano do seu irmão maluco,

esta a frente, uma casa que vou emprestar para Patrícia, sabe comoé, as vezes temos de nos posicionar. — O que se faz a noite nesta cidade? — Nada, vamos ao cinema e depois conversamos enchendo a

barriga, embora não sei se cabe mais alguma coisa. — Pelo jeito vamos ter de instalar uma praia nesta cidade. — Uma boa ideia.  – Pedro olha para Dinho e fala  – Amanha

estará a minha disposição Dinho, o dia inteiro, e avisa Maria que

vamos ao Rio de Janeiro no meio da tarde. — Por que disto Pedro. — Se meu pai perguntar, não sabe onde Patrícia está. — Querendo se complicar. — Se ele quisesse saber onde ela estaria, não teria a deixado

sair de lá.Os irmãos vão ao cinema no Mueller e voltam para casa

próximo da meia noite, Gerson não estava a sala, onde estava, nãosouberam, mas foram descansar.

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Moreira olha a crônica de Pedroe liga para Carlos logo sendo.

 —  O que está acontecendoCarlinhos, que papo é este de acordocom o menino?

 —  Estamos estudando apossibilidade, ainda não dissemos sim,mas temos uma grande tendência adizer sim, Sena vai ao Rio para falarcom você.

 — Ela vai entrar contra mim? —  Vamos acabar com esta

guerra boba Moreira, sabe bem quenão é assim que se faz dinheiro.

 — Qual a proposta dele? —  Fazermos parte do sistema

dele e do seu, acho que podemosevoluir com isto Loco.

 — Ele vai abrir o sistema dele?

 — Em 4 dias, ele está testando o sistema, sabe do que estoufalando. — Sim, um maluco se propõem a pagar 500 mil dólares por

buraco que fizerem no sistema dele. — Sabe como esta isto Loco? – Carlos interessado. —  Renata esta tentando a mais de um dia, ela diz que o

sistema é bem difícil, nem os comandos do Pirata afetam o sistema,ele evoluiu, e parece que Gerson não vai brincar de sistema, o que

vimos era apenas um protótipo, sabe o que este eP1 faz, poisestamos tentando entrar, mas somente quem tem acesso vai saber.

 —  Ele demonstrou ontem para a Pri, sabe que ela não iriafalar com você se não tivesse gostado, ele demonstrou um buracona segurança, tanto sua como dela, e por isto ela vai lhe falar, nãose fala disto por telefone.

 — E qual o tamanho da empresa de segurança que Priscila vaientrar em sociedade com o menino?

 — 20 estados, um patrimônio de 2 bilhões de reais.

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 — Quanto? — Entendeu a proposta ou acha mesmo que ele vai brincar de

segurança Loco? — Entendi, ele vai fazer uma empresa no Brasil, maior que a

Guerra, mas qual a diferença do sistema Carlos? — Não é baseado em parâmetros nem Linux, nem Microsoft, é

programação mesmo, o menino não vai comercializar o sistema,mas vai por em todas as empresas, é um sistema interno decontrole, rápido, pratico, leve, e que vai interligar tudo que elesquiserem.

 — Falou com quem ontem, parece impressionado.

 — Loco, o menino programa, ele sabe muito bem o que o paidele fez, e parece que vai aos 16 ou 18, ser um grande nome daprogramação mundial.

 —  O menino também, pelo jeito este vai ser maisencrenqueiro que o pai.

Carlos sorriu e se despediu de Moreira.

Gerson olha para a crônica do filho, a revisara no dia anterior,

mas estava meio alcoolizado, pensou se deveria ter conversado como filho antes de por a crônica, lembra do que o filho falou.

Pedro desce e olha para o pai; — Fala pai. — Acha que pode ameaçar assim? — Esperei que falasse ontem, hoje já esta no jornal pai, mas

acho que vai dar o resultado certo.

 — Sabe o que vai enfrentar no Rio, ou esta apenas achandoque eles são bonzinhos. —  Pai, resolve o problema de Patrícia, não está pensando,

esta apenas falando. — Tenho de pensar nisto, acho que não entendeu o problema. —  Pai, amor é para ser vivido, filhos para serem criados, e

problemas para serem enfrentados, quem falava isto? — Eu.

 —  Vou para a aula, na volta, falamos, antes de me mandarpara o Rio!

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 — Certo, mas não gosto de você se colocando como eu faço,atraindo a bala.

 — Tem de ver que é melhor do que ficar esperando a noticiaruim. – Pedro vai a cozinha, a cozinheira serviu o café e Pedro viuRenata chegar apressada e falar.

 — Posso ir junto? — Para onde, aula, sim! — Engraçado, Rio de Janeiro. — Sim, mas vou acabar em Nazareno, ou hoje ou amanha. — Temos onde ficar no Rio? —  Um apartamento simples quase encostado no morro em

Copacabana. — Perigo? — Sim! — Sabe que você falando eu acredito irmão! — Sabe que tenho de lhe mostrar algo, mas tem de ver que

nem todos sabem disto. — Sei, vi que seus planos são maiores.

Pedro sai com a irmã no sentido da escola e João entra epergunta: — Precisa de algo Gerson? — Sabe onde Priscila ficou? — Sim. — Onde ela está, tenho de falar com ela? — Na casa pronta que seu filho montou no Tanguá. — Ele não falou nada. — Ele não falaria, sabe que ele tenta não se meter muito, mas

ele foi lá ontem falar com ela, foi rápido, e saiu com Renata, nosentido do shopping, foram ver um filme.

 — Este meu filho é terrível, achou uma casa para ela, e nemme falou.

Charlyston olha as dicas iniciais do dia, e o projeto para o

Museu, em seu e-mail logo cedo e fica pensando em todos os

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problemas que teria para fazer aquilo, o menino queria acelerar,estava olhando os dados quando o telefone toca;

 — Bom dia Ricardo. —  Roubaram parte daqueles tijolos de Chumbo, sabe se o

menino pagou caro neles? — Quanto sumiu? —  Pouca coisa, umas 100 peças, que estavam a frente da

casa esperando para entrar. — Vou falar com o menino, mas acho que conseguimos sem

estas 100 peças terminar, ou não? — Sim, vai falar com ele?

 — Sim, mas mantem o cronograma, já que fora os pedreiros,ninguém sabe onde estão indo mesmo estes tijolos de chumbo.Pedro estava chegando a escola e olha para Renata e fala;

 — Vai entrando, deixa eu resolver um problema rápido. A menina sai e Pedro fala; — Dá voltas, deixa eu tentar evitar uma coisa.Dinho começa a dar a volta na quadra, e Pedro pega o celular;

 — Siça, me ouve. — Fala Pedro. — Aqueles tijolos estão com sinalizador? — Sim. — Alguém desviou 100 peças da casa em Nazareno, tenho de

saber onde foi parar antes deles se tocarem o que é, e ter o materialde volta.

 — Disse que não era tão fácil assim.

 — Sei que não é fácil, mas consegue isto? — Sim, vou acionar o pessoal, lhe passo uma mensagem. —  Vou responder somente depois das 9 da manha, então

tenta resolver para mim. — Tento filho, mas vai ao Rio mesmo? — Sim, tenho de ir. — To saindo no sentido do Rio hoje cedo, mas aviso o pessoal

lá. — Beijo. – Pedro desliga e olha para Dinho.

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 — Agora vamos tentar ir a aula.Dinho sorriu e falou;

 — Quer mesmo que eu vá para o Rio?

 — Logico, vamos curtir o fim de semana Dinho.O rapaz sorriu e Pedro saiu do carro.

Patrícia estava a cama, quando ouvi a campainha, olhou pela janela e viu Gerson, ela nem olhara a crônica dele, ela não era de lero jornal pela manha, tentara mudar isto, mas qualquer coisa eramotivo para ficar um tempo a mais na cama.

Patrícia se olha ao espelho, olheiras de quem não dormira

direito, desce sem nem lavar o rosto, estava querendo mesmo umaposição firme, e estar daquele jeito lhe dava uma posição, nem quedesagradável aos olhos.

Patrícia abre a porta e olha para Gerson, sem falar nada, fezsinal para entrar e o mesmo entra na casa, não conhecia, viu aimensa sala;

 — Podemos conversar?Patrícia não falou, estava apenas olhando ele, fez sinal para

sentar, e sentou-se na poltrona a frente. — Queria lhe contar o que aconteceu e dizer que te amo, mas

sei que não é fácil nem falar e nem aceitar Patrícia. — Por que falar hoje o que não queria falar ontem? — Não quer conversar? — Não foi o que perguntei.Gerson tentou inverter o sentido, parecia ainda querer sair, ele

mesmo não tinha certeza do que fazer, eles não havia brigadoainda. — Eu te amo, me sinto culpado por não ter dito não, não sei

me portar quando você tem razão, e eu, apenas sei que não possomudar o passado.

 — Acha que o problema é ter feito algo Gerson? — Não entendi. — Estranho alguém que mata alguém e fala, e não fala o que

sente, ontem pareceu não me amar, falava que amava, mas eraquase um tchau, um boa noite, não um TE AMO, acho que ontem

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mostrou que não me ama, não como lhe amo, não sai de lá por nãolhe amar, mas por que o homem que casei, encara, fala, masparecia querer acabar ontem.

Gerson olha para aquela moça, descabelada, e mesmo assim,linda, e fala;

 — Sei que não reagi ontem, mas não quero você longe, nãoquero viver longe de você Patrícia, mas é difícil não ter defesa, eudeveria conseguir dizer não, e não consigo.

 — Foi tão bom assim que nem teve coragem de me contar, foitão incrível e marcante que não foi apenas uma noite de sexoGerson Rosa?

Priscila cruza os braços, ela queria uma posição, estavatentando defender suas ideias, manter o raciocínio, estava um caco,não dormira direito, já não dormia bem ultimamente, e com todo oagito da tarde anterior, não dormiu nada.

 —  Ela meche comigo ainda se foi neste sentido a pergunta,mas é passado, não é presente, mas me sinto culpado por isto, nãogosto de dizer que sinto algo, que não deveria sentir, que acabo defazer sexo com alguém do passado, quando deveria estar comminha esposa.

 —  Sabe o que me fez sair de lá, foi você não falar, se vocêfalasse, tinha certeza que não era importante, mas quando nãofalou, achei que poderia não ter acontecido, mas quando viCarlinhos lhe cobrando, senti que acontecera, e foi importante, vocênão recuou antes, por que tenho de acreditar hoje, no que não falouontem Gerson Rosa?

 —  Digamos que te amo, sei que fui mesquinho ontem, quenão lhe ouvi, não lhe falei, mas te amo, não é por que senti algo,que isto seja mais do que sinto por você, Patrícia Reis.

 As mãos de Gerson estavam a frente do corpo, sobre a perna,palmas para cima, enquanto ele olhava para Patrícia.

 —  Patrícia, te amo, ontem pensei besteira, vi que tinhadesviado o ouro de Tiradentes, vi que nem João havia visto, e derepente nos pegamos discutindo.

 —  Bem mesquinho mesmo.  –  Patrícia olhando nos olhos de

Gerson, ainda de braços cruzados.

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 —  Sei que fui, eu escondo de você 100 vezes mais, e nãotenho o direito de lhe cobrar isto.

 — Verdade, pensei que era mais importante que uma pilha deouro para você, quer ele, lhe dou todo.

 — Não falei isto. — Falou, pensou, não quero o seu ouro Gerson.Gerson desvia o olhar para o chão, não sabia como recuar,

estava tentando ser sincero, mas obvio, não pegara bem a frase, enão parecia que Patrícia estivesse aceitando seus argumentos.

 —  Te amo, e não é um Tchau, é um bom dia, sei que nãomereço todo este amor, sei que pisei na bola, mas...  –  Gerson

olhava para o chão, ele não era de implorar, ele se levanta e olhapara Patrícia, aos olhos – é difícil ver algo tão bonito morrer por quepisei na bola.

Gerson viu Patrícia descruzar o braço e olhar para ele; — Como posso acreditar nisto Gerson, é apenas o que preciso

saber, sabe que te amo.Gerson se ajoelha a frente dela, e pega em suas mãos e fala;

 — Sei que te amo, mas sei que faço burrada, sei o que esta

sentindo, pois sou ciumento, sei que o espaço que quero, não é oespaço que dou, sei que não sou bom em voltar atrás, em dizer queerrei, em pedir desculpas, mas te amo.

Patrícia o abraça, e ficam ali, abraçados, ela não queria sair nodia anterior, mas ele não fez questão de que ficasse, mas veio cedo,pensou que ele demoraria mais, ficaram ali abraçados enquantocada um, pensava como recuar.

Pedro havia entrado direto, não ficara no pátio, tinha deestudar, perdera alguns dias, e não queria ter falta de notas, eletentava se programar para que tudo acontecesse, dentro dasexpectativas que tinha, mesmo se programando, as coisas nãosaiam como ele queria, e sorri disto, pois eram estes acasos, estascartas que ele não calculava, que lhe mostravam um mundo maior,ficou a estudar, vieram as aulas.

Pedro ouve o sinal de intervalo e poucos minutos depois, vê

Roger ao seu lado.

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 — Gostaria de falar com você Pedro. — Fala. — Deve imaginar a pressão lá em casa, para que tome jeito,

que consiga algo, que comece a me dedicar mais, depois da bomba. —  Sempre colhemos as bombas da vida Roger, mas o que

quer falar? —  Não sei, temos a mesma idade, mas você mesmo sendo

menor que eu, parece ter planos, eu não sei fazer planos. —  Roger, tenta não largar o estudo, os mesmos que lhe

pressionam agora, depois lhe cobrarão que abandonou o estudo porque engravidou alguém.

 — Mas preciso tomar uma posição. —  Sei que a culpa disto é minha, eu me propus casar, masexplica, o senhor Frota pode parecer duro, mas é só sensação, elesfazem cara feia para que nos posicionemos, mas tem de explicarpara ele o que quer.

 — Sei que eu que lhe abri os olhos de não ser seu, mas hojeentendo a sua coragem, é fácil falar, difícil é assumir, meu pai estaquerendo me por para trabalhar.

 —  Mesmo a lei sendo contra Roger, sei que consegueadministrar, as pessoas dizem que não podemos sacrificar a infânciacom trabalho, mas quando geramos descendentes, deixamos de seradolescentes, passamos a ser pais, deveríamos ter o direito detrabalhar, pois precisamos sustentar nossos filhos, mas lei é cega,surda e muda, uma vez no papel, se cumpre, independente de serbom ou ruim para você.

 — Não sei o que fazer Pedro.

 —  Não é fácil, acha que é moleza, devo estar pregado nasegunda, mas tenho apenas os fins de semana para preparar meufuturo, então chego na segunda pregado, quando não com um tiro.

 — Não entendi o que aconteceu. — Digamos que tenho inimigos, que ignoram até quem sou, e

o que posso, e as vezes isto gera um problema com armas, comdrogas, com violência desmedida.

Pedro terminou de guardar as coisas e fala; — Deixa eu ir a confusão.

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Pedro pega o celular e disca para o Desembargador Ribeiro epergunta;

 — Podemos conversar José! — O que quer Pedro. —  Que me explique a sua posição referente a minha

namorada, já que parece ainda ter medo de mim. — Sabe que tenho de a defender. —  Vai pedir a conta, pois sei que tem inimigos bem mais

terríveis que os meus. — Vai bater de novo, não sabe conversar. — José, eu amo a sua filha, mas afastar nós não facilita nada,

nem para mim, nem para você, e muito menos para sua filha, queespera um neto seu, um filho meu.Roger ao lado ouvia, sabia que o menino enfrentava, estava

falando com um Desembargador, mas Roger viu que ele o chamavapelo primeiro nome, para deixar claro, não estou falando com odesembargador.

 — Sabe que temo por ela. — Sei disto, mas não vou deixar de amar sua filha, de ser o

pai de seu neto por isto, e me afastar não facilita José. — Sei disto, mas Joseane entendeu, sinal que foi violento. — Joseane é outro problema, ela briga com minha irmã, pois

queria algo que minha irmã não estava pronta para encarar, comonão foi como ela queria, fica agora contra nosso namoro, não tenhoculpa da posição de minha irmã referente a ela, e acho que nãoestamos falando de Joseane, e sim, de Rita.

Pedro estava ao corredor, vendo Rita vir até ele, faz sinal paraela ficar quieta.

 — Joseane não me falou sobre isto. — Sabe como eu, que era isto, minha irmã não saía daí, agora

sumiu, sabe disto. — Verdade, pensei que era por outro motivo, mas temos de

conversar, sabe que o que falou, vai dar processo. — Duvido, em duas semanas, devo estar com tudo resolvido,

e com um acordo de não agressão com Moreira, um acordo de não

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agressão com os Cardoso, com uma empresa de segurança, e commenos inimigos que o senhor.

 — Mas ligou para que? — Dizer que vou levar sua filha ao Rio de Janeiro comigo, e

nem adianta por a policia na minha cola, vamos hoje a tarde evoltamos no domingo.

 — Não permiti. — Não pedi, apenas estou comunicando senhor Jose Ribeiro,

pois se pedisse iria dizer que não quer, mas não vou ficar longe deum amor, e de meu filho, apenas por que o senhor ainda nãoconsegue me ver como sou, como apenas o pequeno Pedro Rosa.

 — Esta querendo confusão, não vou permitir. —  Terá de assumir publicamente que é contra eu estar aolado de sua filha e de meu filho, estou facilitando demais para osenhor, está apenas usando da autoridade, não da razão.

Roger ao lado viu que o menino não era fácil, estava olhandoa feição de Rita, hora sorrindo, hora preocupada.

 — Vou ligar para ela e dizer que não aceito isto. —  Melhor ligar para a direção, pois o celular dela esta na

minha mão, e estou o desligando. — Seu pivete, não pode fazer isto. — Cansei de não quero por medo, eu tenho medo da justiça

deste país, e não fico lhe condenando por isto, então nos vemos noDomingo, quando a deixar em casa. Bom dia senhor.

Pedro desliga o celular e olha para Rita e fala; — Fica linda com esta cara de medo.

 — Tem de pegar pesado sempre? — Sim! – Pedro olha para Roger e pergunta – O que vai fazerno fim de semana?

 — Por que? — Convida sua namorada e vamos ao Rio de Janeiro. — O pai dela não vai aceitar. — Já saberemos se vai ou não.Carolina vinha no sentido deles e pergunta;

 — Podemos falar Pedro.

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 — Ele não deixou?Rita sorriu, ele havia convidado Carol, dito para seu pai que a

levaria, e olha para Joseane chegando perto com o celular na mão efalando;

 — O pai esta gritando, é para você.  –  Joseane olhando paraPedro que não a olhou.

Rita respira fundo e atende; — Fala pai. — Sabe o que esta acontecendo? Não quero você com Pedro

seja lá onde for. —  Pai, ele vai ser o pai de meu filho, não tem como me

afastar dele, está perdendo tempo. — Mas ele não me ouve. — Disse que não sou a favor de ficar longe dele, quer o que,

não vou assinar embaixo disto.Rita estava falando com o pai quando o celular de Pedro toca

e ele pergunta. — Conseguiu mãe? — Sim, eles nem sabiam o que era, tinha desviado para uma

parede diferenciada numa casa da região. —  Melhor, avisa Charlyston que esta mandando para ele as

peças desviadas, e para tomar cuidado com elas. —  Mandei, ele disse que acredita que vai sobrar parte das

peças. —  Sei disto, mas dai levantamos alguma parede divisória

qualquer, apenas para dar sumiço nisto.

 — Não esquecendo dela, tudo bem. — Ninguém esquece 100 quilos de ouro mãe.Siça sorri e Pedro olha para Rita falar seria para o pai;

 — Tem de entender pai, eu vou, ele nem havia me convidadopara o que falou, mas agora eu vou, vou eu, Carolina, Roger, nãosei se Camila vai.

 — Mais confusão. — Não, apenas vamos tentar descansar e conversar, sabe que

longe dos olhos é mais fácil.

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 — Me promete tomar cuidado? —  Acha mesmo pai, que não nos cuidamos, quer dizer, as

vezes, quando estamos aprontando, mas não estava falando destecuidado.  –  Rita sorrindo, sabia que estava neste instante irritandoseu pai.

 — Sua irmã vai? — Não, o convite foi para mim pai, não para ela. — Não gosto de vocês sozinhos. — Não estaremos sozinhos pai, mas não vou levar alguém que

da ultima vez ficou reclamando o tempo inteiro, ela mesmo disseque não a convidassem da próxima vez.

 — Se cuida, mas vou ter de falar com este namorado serio. —  Sei disto, li a crônica dele pai, mas ele prefere que aspessoas saibam o que esta acontecendo, pois os erros acontecemquando eles acham que ninguém sabe.

Rita se despediu, devolveu o celular e olhou para Carol queparecia estar esperando Rita desligar;

 — E dai, vai ou não? – Rita assumindo uma posição de quemsabia, embora tivesse descoberto que iria ao Rio e Pedro havia

convidado Carolina naquele momento. — Meu pai disse que não gosta de nos ver longe.Pedro olha para Roger e fala;

 — Quer ir ou não? — Sim, mas... — Só um momento.Pedro liga para o senhor Frota e fala;

 — Bom dia senhor Lucas. — Fale Pedro, vai pedir formalmente para Carolina ir? —  Senhor, gostaria de levar sua filha passear no Rio de

Janeiro este fim de semana, provavelmente passaremos em maisdois lugares, mas gostaria sim.

 — Não gosto disto, você tem uma namorada, e agora vai darencima dela e a deixar confusa.

 —  Senhor, Rita também vai, e se quiser, posso convidar

Camila e o namorado a ir também, não é problema.

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 — Pensei que fosse um convite fechado. — Não tenho o direito de confundir ela, mesmo ela sabendo o

que sinto, mas sei o seu medo senhor, mas preciso conversar comela, e não gosto de estar tão distante assim dela senhor, parece queestou a deixando sem a devida atenção, assim como meu filho.

 — Acha que Camila iria junto? — Se me permitir convidar senhor. — Se ela for, fica mais fácil, mas não sei se gosto da ideia do

namorado dela ir, não gosto daquele Roger. ―É da sua igreja‖ pensou Pedro;  —  Vou falar com ela, depois lhe falo senhor, mas saímos a

tarde no sentido do Rio de Janeiro. — Certo, se ela for, não tem problemas. — Então terei de falar com ela.Pedro se despede e ouve Joseane falar;

 — Não vai me convidar? — Não convidei sua irmã, disse para seu pai que a levaria, e

que ele teria de aceitar, mas você, como deixou claro, nos querlonge, e acha chato meus passeios.

 — Mas não é justo. — Isto não tem haver com justiça, este é o mundo de seu pai,

não o meu.Pedro olha para Roger e fala;

 —  Só tem de convencer ela a ir, mas melhor não falar quevocê vai para o pai dela, não sei o que fez, mas ele não gosta muitode você.

 — Um dia aprendo a fazer as coisas certas. —  Não existe certo ou errado!  –  Pedro olha para Carol epergunta;

 — O que iria falar? —  Esqueço que Pedro Rosa liga direto para meu pai, e fala

com ele de igual para igual. — Saímos as 4, mas como terei de arrastar Rita sem ir para

casa, teremos de comprar roupas para ela e uma mala.

Rita sorriu, Joseane saiu xingando;

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 — Ela não gostou. —  Rita, com o tempo paramos com esta birra, mas como

minha irmã vai, e não posso deixar este clima no ar, ela pode ficarbrava agora, mas é o nosso fim de semana que está em jogo.

 — Certo, as duas nem se olham, iria ser um fim de semana develório, nisto tem razão.

 A frase foi cortada pelo sinal do fim do intervalo, Rita beijouPedro e falou;

 — Acha que tem de ser drástico assim? —  Sabe bem que temos de o fazer aceitar, demos tempo,

levamos azar, então vamos voltar a posição de uma semana, mas na

pressão desta vez. — Te amo. — Também te amo. —  O que fez, Carolina estava me olhando desconfiada, ela

sabia que iria ao Rio e eu não. — Quer os mínimos detalhes? — Não presta. — Te amo, Rita Ribeiro.Pedro se afasta após um beijo, indo para a sala numero 12.

David estava vendo o pessoal tirar coisas de uma sala, nemsabia o que havia nas caixas, as pessoas pareciam também nãosaber, mas parecia bem organizado, pois sabiam exatamente ascaixas que iriam sair, viu João coordenar esta saída.

Começou a ligar para alguns nomes e perguntar se poderiam

vir conversar, estava tentando não falar, não dizer, e ao mesmotempo, convencer as pessoas a darem um pulo em Curitiba, muitosficaram na duvida, mas começa a marcar com alguns, nem todospodiam, e nem todos tinham interesse.

David estava desligando o telefone quando um rapaz bate aporta, e vai a ela, não conhecia o senhor, que o olha e pergunta;

 — David Silva? — Sim.

 — Me disseram que você é um problema que deveria estudar. — Problema, para quem trabalha, quem é o senhor.

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 — Pablo Guedes, Opus Dei.O senhor Pablo olhava em volta, tinha dois seguranças as suas

costas quando João parece na porta e pergunta; — Problemas David? — Opus Dei.João faz sinal para os seguranças e dois chegam e olham para

os rapazes na porta e falam; — Poderiam deixar as armas na portaria senhores. — Acham que estão falando com quem? – Pablo. — Mortos, se não ouvirem! – João. — Acha que nos pode ameaçar.

 — Não somos os Gutiérrez Pablo, para lhe ameaçar. – A frasede João não foi entendida por David, mas o senhor olha para osegurança, para os seus e fala.

 — Podem descer rapazes. – Pablo.O senhor viu os seguranças descerem e fala;

 — O que quis dizer com isto? — Dizem que está morto para eles, e os defende ainda Pablo,

e me pergunta o que eu quis dizer, toda a segurança mundial sabedaquilo, a Opus Dei acha que apagou as pegadas, mas todo grupode segurança que por algum motivo passa por esta cidade, sabedaquilo.

 — Nunca entendi aquilo, a catedral está lá, a praça, as coisas,como se não tivesse passado de uma imensa alucinação.

 — Não sei o que viu, mas dizem que deveria estar a ouvir, nãoa se fazer do que não é mais Pablo.

 — Quem são vocês!João olha para David e pergunta; —  Este não era um dos nomes que o menino queria

conversar? — Sim, nem sei quem é, mas sim, este era um dos nomes, ele

disse que dois que ele queria aqui para conversar era este ai e JosefHult.

Pablo olha para David e pergunta;

 — O que acharam que acham que Josef Hult viria aqui?

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 —  ―Anunciação de Metraton‖.  — Onde acharam isto? — Podemos conversar senhor? – David.

 — Sim, mandaram dar fim em uma coisa, mas pelo jeito temalgo bem mais bombástico. — Senhor, quem o mandou aqui, nem sabe o que tem aqui,

eles ouvem algumas coisas e não pensam. — Por que? —  Por que quando se fala em ―Canção dos Três Judeus‖, a

Opus pensa em sumir com o texto, mas eles não ouviram, ummenino de 14 anos virou para mim e falou, não é o original, e eles

não conseguem ver. —  Tem um texto destes, sabe que isto nunca foi nemregistrado.

 —  Registrado foi, mas se deu sumiço na inquisição, pois otexto que tenho é escrita em Latim, e assinada por João XIX, entãoeles tem isto em Roma.

 — Eles terem não significa que gostem disto solto. —  Pablo, não estamos aqui procurando historia, quero lhe

mostrar umas imagens.David pega na mesa as fotos que imprimira da catacumba e

passa para Pablo e fala; — O que diria de um lugar destes, onde as pessoas cantavam

a ―Canção dos Três Judeus‖. Pablo pega as imagens, e olha incrédulo, sabia das

catacumbas de Curitiba, seu pensamento foi para elas, mas ignoravaque eles estavam falando de algo bem distante dali.

 — Esta dizendo que era uma adoração aos Anjos? —  Sim, mas esta catacumba, esta lacrada, fechada, e

continuara assim, longe dos olhos senhor. —  Não querem trazer a tona, pensei que eram menos

temerosos. —  Estamos lacrando e devolvendo mais de 20 toneladas de

ouro ao local, pois não queremos problemas com este anjo.  – Fala

David colocando a mão sobre a figura de um dos anjos. — 73, não existe o anjo de numero 73.

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 —  Está é a representação de Beliel Pablo, com umanumeração Judaica a testa.

 — Acreditam nestas crendices? — Senhor, um menino de 14 anos, colocou o seu nome numa

lista para lhe procurar e propôs-se a dividir o que achamos aqui,para sabermos se é real ou apenas uma enganação qualquer.

 — E iria me ligar? — O menino disse que iria conversar com Josef antes de falar

com você. — Quem é este menino, por que parece o respeitar. — Talvez por eu ter lido a ―Anunciação de Metraton‖, e saber

que ele é um descendente da família Netser, que descobre em umacidade de nome Nazareno, um texto de Metraton, e recebe o toquede Beliel, isto me faz pensar, mas foi este pensar que fez o meninofechar o local, isto é assustador, mas isto o fez merecer meurespeito.

 — Esta maluco. —  Não entendi o que o João falou referente aos Gutierrez,

mas você pareceu não achar maluquice.

 — Esqueço que estou em Curitiba, onde as coisas parecem teruma conotação impura a Deus, mas de um poder incrível.

 — Poucos veem isto na cidade Pablo, mas estou reunindo umgrupo de estudos, para começarmos a abrir os documentos, se nãotiver nada bom, lixo, se tiver, teremos de pensar em ver o quedaremos fim, o que poremos em uma parede, sem ninguém saber oque é, esperando o futuro.

 — Não tem medo de morrer?

 —  Pablo, alguma vez na vida, viu algo que lhe fez acreditarem Deus, ou apenas desacredita.

 —  Vi uma moça nesta cidade, nas catacumbas dela, emenergia, esta moça dizem que morreu, mas esta historia é estranha,pois Madalena Gutierrez esta viva em minha mente, e não acreditoque ela tenha morrido.

 —  Eu vi um menino, de sobrenome Rosa, tocar os joelhos,fixar a vista ao chão, e interceder por um morto, que voltou a vida.

 — Interceder, isto parece conto da carochinha.

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 — Pablo, estar de pé, e ver Metraton em energia, a sua frente,e um menino pedir pela vida de um senhor, que acorda nu em umIML, não é conto da carochinha, acha que lacramos o lugar por que?

 — Viu um anjo, desculpa a descrença. — Não pretendo provar, mas gostaria de saber se gostaria de

fazer parte deste grupo de estudos. — Me propõem mesmo sabendo quem sou? —  Pelo jeito, pelo tom que João usou, nem eles sabem se

podem lhe matar, acho que o que temos aqui, é algo que não viraao conhecimento dos demais, mas não posso julgar por mim, masacredito que a visão que a  ―Anunciação de Metraton‖ dá ao anjoBeliel, não condiz com o que os demais pregam sobre ele.

 — Sabe o quanto pode ser mortal este grupo que me põem afrente para analisar rapaz? – Pablo.

 —  Imagino, já que são pessoas com armas, e sem fé queestão por trás disto, hoje poderia morrer, pois sei que existe aCidade de Prata, a diferença é esta, hoje sei que Deus existe,enquanto os seus Creem que ele existe, eu tenho a ciência daexistência dele.

 — Sabe que já tive de matar pessoas por afirmativas menoresque esta rapaz. —  Sei.  –  David tira um envelope da gaveta e estica para o

senhor, estavam lá as imagens de Pedro, chegando ao hospital, comhemorragia, a demora para atender, o ele ir a sala de operação, aimagem dos dois tiros, das duas balas retiradas, do remendo nobaço do menino, e depois vem as fotos com a afirmação, primeiro,segundo e terceiro dia.

 — Quando ele levou o tiro? — Não faz uma semana senhor. — Isto é montagem então. — Pelo jeito não vai ajudar nada, lhe falta fé. — Vai dizer que isto não é montagem. —  Senhor Pablo, não estamos querendo provar, e sim,

entender, o menino afirma que o que fez isto foi o toque de Beliel, ea Anunciação de Metraton, diz que viria um escolhido que anunciariao perdão a todos os seres criados por Deus, dos anjos aos humanos.

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 —  Esta dizendo que deram sumiço neste documento, poisseria o fim dos pecados não só dos humanos, e sim dos anjos ecriações anteriores?

 —  Sim, diz lá ―E através desta vinda, todos os seres serãoperdoados, e o pequeno Querubim Beliel, com seu jeito inocente, vaipoder voltar a duvidar e dividir com os demais a ciência de Deus,referente as doenças, as curas, aos milagres que ele impunha sobreos humanos e demais criações, ele em sua inocência, voltaria atestar os bons, e a estes, dará seu toque, e sua ciência.‖  

Pablo olha para David e fala; — Algo assim não poderá vir a conhecimento David. —  Sei disto, acha que o menino quer Josef Hult aqui para

que?Pablo sorriu, um expert em religião Judaica e que obvio, tudo

que dizia respeito ao cristianismo ele desacreditava, eram doispontos de vista, mantidos por pessoas dentro de suas fés etrabalhos e fala;

 — Ele não quer provar, ele quer saber o que está escrito. —  Ele acredita nas pessoas, mas ele já escapou da morte 3

vezes, ele diz que sentado ao caminho onde Tsaphkiel mandavaandar no sentido da luz, ou do Trono de Deus, ele sentiu as dores,olhando em volta, muitos mortos, indo ao trono, enquanto ele sentiaas dores, e achava a força para retornar, ele não é qualquer umPablo, todos os que conheço, e pode ter certeza que já desacrediteimuitos farsantes, não tem ciência de como se fala com um Trono,nem sabem que eles existem, uma coisa é falar que viu Mikael,outra coisa, é saber para quem pedir por alguém prejudicado porMikael.

 — Você é maluco. — Aposto que o menino gostaria de falar com o senhor. — Acha que temos o que aqui? —  Bíblias, Torás, Alcorões, diante de uma cripta feita com

ossos de integrantes de uma confraria, que foi capaz de deixar lá,mesmo eles sabendo onde estava, mais de um bilhão em bens,ouro, joias, e peças de valor, confraria, que acreditava de uma

forma toda especial nos príncipes Alados. — E esta nisto por que, pelo dinheiro?

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 — Não existe preço por este conhecimento, não pedi, ele meofereceu, poderia ter pedido muito, ele pagaria, mas não é o queestá em jogo aqui, e logico que quem lhe pressiona são maispoderosos que quem me pressiona, já que o arcebispo o qual me

pressiona, com certeza, foi o que lhe colocou aqui. — E por que acha que o menino quer saber? —  Tem gente que vai vir avaliar apenas as joias, as peças

históricas, que vão entender o local, e os textos, 3 ou 4 pessoas,duas que ele espera desacreditarem, você e Josef, e outros dois semcredibilidade comparada a vocês para não ser dado o devido valor aobra.

 — Não respondeu. — Digamos que alguém tocado por Beliel, e que sabe o que

ele representa, tem medo, deve entender, ele quer saber o que dizali, nem que para queimar depois, mas quer saber o que lhe serácobrado, o que lhe será tirado, o que este toque vai lhe gerar.

 — Acha que algo o será cobrado? —  Se olhar a forma que Metraton virou as costas a Uzias e

suas dores, dá a sensação que eles não estão preocupados se nos

darão pesos, e não esquece, Beliel pediu como prova de fé a Deus,que tirasse toda a família de Jó. — E o menino saberia destas coisas? — Somente falando com ele para saber o que ele sabe ou não

Pablo, mas não acredito que se fosse para ele morrer, ele já nãoteria morrido.

Os dois conversam, David havia selecionado alguns textos epeças, para se alguém chegasse, mas acabara sendo pego de

surpresa, pois diante dele parecia alguém que não se posicionaria,apenas o desacreditaria.

Gerson e Patrícia voltam para casa, os dois conversavammuito, Patrícia não sabia se perdoaria Gerson ainda, mas teria dedar uma chance, não a Gerson, mas ao seu amor, para ver se oamava, os sentimentos estavam todos confusos.

Pedro olha para Rita a porta quando sai e fala;

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 — Vamos mesmo direto? — Logico que sim, acha que vou dar chance a seu pai de me

afastar de você?Roger chega ao lado e fala;

 — Nós vamos, nos encontramos onde? — Peço para o motorista pegar vocês e Carolina na porta da

casa delas. — Certo, que horas? — Próximo das três da tarde. — Vamos estar prontos.Carol sorri ao longe, enquanto Rita olha para Pedro e fala;

 — Esperando quem? — Renata.Rita viu a menina saindo e olhar para os dois e falar;

 — Ela vai também? — Digamos que sempre transformo as coisas em chatas. — Certo, saímos que horas? —  Tenho de falar com David no centro antes de ir, e peço

para Dinho pegar você depois que pegar Carol. — Vai levar as duas? — Só não vou levar Joseane por que você estará lá. — Certo, iria estragar o fim de semana.Os três entram no carro, e Dinho deixa ela a frente do

apartamento, enquanto Pedro e Rita foram no sentido do centro. — O que vamos fazer?

Pedro olha a mensagem de João no celular e fala; —  Começar a acalmar as pessoas, começamos pela igreja,depois a politica, e por ultimo, os amigos.

 — Cheio de enigmas, mas o que pretende convidando a Carolsem me falar.

 — Você sabia que seu pai não aceitaria, então resolvi chutar obalde, acho que desta vez as coisas estão favoráveis, a anterior,começamos atrasando, mesmo tendo tudo para ser rápido, foi muito

demorado. — E vamos onde?

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 —  No prédio de analise, o que meu pai montou aqui, voumontar um em Minas, mas ainda não esta pronto.

 — Certo, acha que quem estará lá? — Quando o problema é em Curitiba, o rapaz que a Opus Dei

manda é Pablo Guedes. — O que este senhor faz? — Desacredita e mata quem a igreja acha que pode lhes servir

como problemas futuros. — E vai falar com ele? — Deixar claro uma mentira.Rita não entendeu, pararam na frente, os dois desceram e

Dinho foi estacionar o carro.João a porta olha para os dois rapazes do outro lado da rua e

fala; — Novamente se metendo em encrenca. – Fala olhando para

Pedro. — Quem está ai? — Dois atiradores com documentos Italianos, mas falam muito

bem o português. — E Pablo está lá em cima? — Estamos de olho, não queremos alguém morto por isto. — Vamos subir, apenas não se distrai, eles não estão em dois,

e sim em 8 João. —  Sei disto, mas deixa eles acharem que não estamos os

vendo.Pedro sorri e Rita estica a mão e foram ao elevador, subindo

para o 12° andar, Pedro olha para a sala e fala; — Mantem a calma, este ai dizem se achar. — E por que alguém assim vem sempre a Curitiba? — Os demais tem medo destas terras Rita, estas são as terras

de Madalena Gutierres, de Peterson Wasser, e de Jorge Rodrigues. — Não conheço nenhum deles. —  Madalena é uma protetora dos segredos da cidade,

Peterson dizem ser um dos Bruxos mais poderosos do planeta, e

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Jorge Rodrigues, um sócio, que comprou parte da sociedade de meupai em Jornais.

 — E que perigo tem isto? — A policia o chama de O Retaliador. — Ouvi falar, um rapaz que despedaça corpos e esconde em

uma fazenda na região metropolitana.Pedro sorriu e falou;

 — Vamos, estes 3 são temidos, então são respeitados. — E vai o por medo ou vai lhe enganar? — Os dois.Pedro entra e olha para David e pergunta;

 — Consegui falar com alguém David? — Eles não estão muito com vontade de vir. —  Melhor assim, convidamos, mas sabe que não podemos

chamar atenção, então e melhor não insistir. — E se não vier ninguém? — Conheço 3 daqueles nomes, que se você falar que Josef vai

vir dar uma olhada, viriam correndo.

 — Conhece este senhor? – David indicando Pablo.Pedro olha o senhor, não sabia como agir ainda, mas nadefesa não dava para ficar, e falou;

 — Pablo Guedes, um bom começo. — Deve ser o menino que este rapaz fica babando. — Ele não baba, mas veio olhar, ou conversar? — Deve imaginar o que vim fazer aqui. — Pablo, tem a chance de olhar algo único, mas a escolha é

sua, você que sabe se quer esperar, deve faltar uns 12 anos aindapara os Gutierrez voltarem a vida, deve faltar uns 8 para Peterson seinteirar dos meios e tentar uma coisa maluca, e sempre podemoschamar um inimigo em comum, para a conversa, como Jorge oRetaliador.

Pablo olha para o menino, alguém que sabia os 3 problemasque sempre o traziam a cidade e pergunta;

 — Vai virar o quarto problema?

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 —  Talvez não entenda dos demais, pois sou muito jovem,esteve aqui eu era uma criança, a primeira vez, o surgir da proteçãodos descendentes, uma lenda das catacumbas desta cidade, osegundo, este senhor você já encontrou em pelo menos 20 lugares,

pelo que diz sua ficha, o tentou matar mais de 6 vezes, e sabe queos Wasser não morrem fácil.  –  Pedro pensou um pouco e falou  – Mas Jorge é um rapaz que não entendo, dizem que ele é umarepresentação em vida do poder de Gabriel, seria um senhorproblema, todos estes são problemas, eu, apenas um meninotentando não morrer.

 — E vai mexer bem com uma representação de Beliel? — Acredita mesmo em tudo o que falam?

 —  Soube que você teve uma cura inacreditável, o rapaz memostrou o que diz ser o toque de Beliel.

Pedro olha sério para David e fala. — Tem de saber com quem pode falar algumas coisas. – Olha

para Pablo e volta a perguntar. – Mas vai ser um observador ou ummatador aqui?

 — Acha que Josef viria?

 — Nem que eu tenha de ir a Israel e lhe arrancar de lá, masacho que apenas o dizer para ele antes de ontem, que os Rosa,acharam um pedaço pequeno da ―Anunciação de Metraton‖, já deveser o suficiente.

 — Acha mesmo que ele lhes considera escolhidos? — Não entendeu mesmo, acha mesmo que dos três seres que

citei, eles são os escolhidos? — Não entendi a pergunta.

 — Quando entender, que os Gutierrez protegem algo, e isto éo importante, que Wasser, procura algo que sabe que vai surgirnesta cidade, e nada tem haver comigo, que o Retaliador protegeuma moça, vai entender, que não sou o escolhido, pois todos os queveem ao holofote, são os protetores, não os protegidos.

Pablo olha para a menina e Pedro falou; — Tá muito frio. — Mas sabe minha função?

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 —  Sei que todos sonham com o que sei, então se quer teruma função de matador da fé, já lhe mostraram que não funcionacom todos, e mesmo assim, ainda está neste papel, mas sou apenaso protetor de um segredo, assumo para mim o segredo.

 — Que segredo?Pedro sorriu e falou.

 — Quer as coisas de graça? Não somos de dar tiro na própriacabeça.

Pablo olha para a porta e pergunta; — Pelo jeito vou ter novos problemas nesta cidade. —  Quem sabe, mas deve entender, todos falam que seus

relatórios são desconsiderados, mas eles não tem coragem de vir elhe mandam, e sabe que cada vez que vem, os rapazes que vieram,estão próximos da morte, não por verem ou fazerem algo, mas porterem vindo a cidade.

Pablo olha o menino e pergunta; — Não vai mesmo falar? — Acha que tem algo especial nesta cidade Pablo? — Acho.

 —  A minha missão, é tida como sem função, pois protegeruma porta que humanos não podem passar, pode parecer semsentido, mas é minha função.

Pablo olhava em volta; — E para onde iria esta porta? — Um lugar que já estive, não vivo, mas quase morto, mas

somente quem por lá passa, entende que o caminho do trono, fica

no centro de uma grande praça, mas a pergunta, onde fica estapraça. — Caminho do Trono? – Pablo não entendeu mesmo. — O caminho da Luz, o caminho do Trono de Deus. —  Como pode alguém ter ido ao caminho do trono e estar

aqui, não acredito.Pedro levanta a camisa da escola e fala;

 — Está vendo este buraco aqui, - aponta o segundo  – e este

aqui, tiro de automática, em teoria, perdi parte do baço, do intestino

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no fim de semana passado, mas pode ver, mas como vocês falam,deve ter alguma fraude ai.

Pablo olha para o menino, para os buracos, sabia como ficavacom o tempo, ele tinha suas marcas, olha para o menino e fala.

 — Mas se morreu para estar lá, por que voltou? — Pablo, na região onde hoje é Nazaré, um Arcanjo de nome

Metraton anunciou a vinda de um escolhido, tanto lá como aqui, temum dos 9 caminhos, mas lá, quem controla a entrada é Gabriel, aquié o próprio Metraton, qual porta estou falando?

Pablo olha para o menino, ele induzira que naquela cidadetinha uma entrada que todos os seus estudos diziam existir, mesmoque as vezes tendo de desacreditar, fora a afirmação que nuncaouvira, que eram 9 portas, e uma ficava na região de Nazaré, olhapara o menino.

 — A entrada da Cidade de Prata.David olha o brilho nos olhos do senhor, o atalho para a luz de

Deus, muitos correram a vida inteira atrás disto, olha para o meninopensando ainda, e ouve Pablo completar.

 — Por isto Josef viria, ele sempre procurou uma das portas.

 — Ele está muito próximo de uma lá, mas ele não sabe comoa encontrar, uma coisa é você estar a porta de Deus, e não saberquem a abrira, não adianta estar lá.

 — Ele realmente tenta com a adoração a Metraton, mas pelo jeito, ele não imagina que Gabriel que abriria a porta.

 —  Se ele soubesse, assim como alguns souberam Pablo, sevocê abrir, seu corpo será encontrado ali, morto, o que os demaispensarão?

Pablo para na afirmativa, pois Pedro acabara de afirmar que osenhor estava vivo, por não imaginar isto.

 — Vou pensar sobre o que me falou e relatar, qualquer coisa,sei onde os encontrar.

O senhor sai e Pedro observa tudo, olha para David e fala; —  David, sei que nem tudo que falei é verdade, mas não

confio neste senhor, cuida com ele, João, meu padrasto vai lheconseguir um colete a prova de bala, é dos novos e modernos, fibrade carbono, leve, parece um blazer, põem por baixo da roupa.

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 — E se ele viesse para me matar? — Você veria algo que não declararia ter visto nunca em sua

vida, pois seria alvo deles, da justiça e dos direitos humanos, poisquando este pessoal não consegue nos matar e revidamos, nósviramos os bandidos, e eles, mortos, os mocinhos.

 — Não gosto disto Pedro. —  Pode pular fora, mas enquanto estiver dentro, sua

segurança será minha responsabilidade. — Acha que eles vieram fazer o que? —  Amedrontar e vigiar, ele entrou e se apresentou, então

estamos na vantagem, ele está curioso.

 —  Por que ele ficaria curioso, se ele é um desacreditado, seentendi a conversa. —  Ele sabe demais, quem o desacredita, não o matou, por

achar que um dia, o que eles desmentiram, precisará de algumespecialista.

 — Veio conversar ou apenas saber das novidades. —  Vim lhe mostrar onde vai ficar, aquele hotel é bonzinho,

mas não lhe dá muita liberdade de horário.

 — E vai me transferir para um mais perto.Pedro estica a mão para Rita e fala;

 —  Não, vou lhe mostrar onde pode ficar enquanto quisertrabalhar para nós.

Pedro sai pela porta, David o acompanha, viu que foram aoelevador, estava tudo aberto, mas os seguranças estavam ali, nolugar de descer subiram 3 andares e Pedro abriu uma das portas e orapaz viu o grande apartamento, mobiliado com pouca vista, masbem aconchegante.

 — David, este é parte do acordo, tenho mais 7 apartamentosdestes, este, os 3 em frente e os 4 do andar inferior, cada qual com2 quartos de casal, então acho que dá para acomodar osespecialistas que vierem, se vierem.

 —  Certo, tô meio sem recursos e não sei como pedir, sabeque não conversamos sobre isto.

 —  Passa para o segurança do laboratório a sua conta eagencia que consigo depositar um adiantamento de salario.

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 — Acha que conseguiremos decifrar tudo? — Para isto que está aqui David, assuma a liderança, não vou

poder ficar toda hora convencendo alguém, escolhe algo que acheque cada um dos que disseram não, algo não tão chave, mas queacredite tirasse o sono de cada um deles, passa uma amostra, comoeles disseram não, pede auxilio em apenas um trecho, e verá quemuitos vão mudar de posição.

 — Mas muitos deles tem emprego e compromissos. —  Articule com eles uma visita de fim de semana, articule

uma forma de conseguir jogar a rede e os puxar para dentro dobarco David.

 — Vai ficar por perto? —  Segunda estou de volta, tenho de resolver problemas no

Rio de Janeiro, e já estamos atrasados. —  Obrigado por esta oportunidade. Nem tive tempo de

agradecer. — David, como meu pai sempre fala, aproveita esta chance,

estuda cada documento antes de começarem a mexer nele,aproveita a chance e faz seu nome, pois nem sempre existirão

chances assim. Não tem de me agradecer, espero que agarre achance e comece a trabalhar, se tiver duvida, sobre o que pode, nãopode, me liga, durante a semana a tarde e noite, fim de semanadireto.

David sorriu e desceram novamente, Pedro e Rita sedespediram e na saída cruzam com João.

 —  João, consegue um colete a prova de bala para ele, nãoque vá precisar, mas adrenalina as vezes faz as pessoas pensarem

melhor. — Vai judiar dele? — Fica de olho naquele Pablo, melhor revistarem ele toda vez

que entrar, sei que é chato, mas ele usa armas bem avançadas, edizem ser mortal.

 —  Dizem que ele esta ficando velho para isto, já não matatanto assim.

 — Tubarão velho também come João.

 — Certo, mas vai para onde?

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 —  Vou almoçar, comprar umas coisas e devo estarembarcando para o Rio de Janeiro antes das 5.

 — Vai fazer o que lá? — Hoje, me divertir. — Certo, mas se cuida.Pedro o cumprimentou apertando a mão e saíram no sentido

do estacionamento, sem ficar olhando para os que lhe olhavam.Entram no carro e Dinho pergunta;

 — Onde hoje? — Pode ser no Recanto Gaúcho, deu vontade de carne hoje.Rita sorriu vendo o rapaz sair no sentido do restaurante na

região do bairro do Tarumã, estava quase cheio, o garçom a portapediu para aguardarem um pouco e logo depois conseguiu umamesa para dois, Pedro lembra a primeira vez que foi ali sozinho, adescrença do garçom em lhe servir, o mesmo lhe olha e sorri, pois omenino agora vinha com a namorada, não mais sozinho, mas todosna cidade falavam daquele moleque.

 — Vai beber o que menino? — Vê uma jarra de suco de laranja sem gelo.

Os dois pegaram um prato e foram servir-se da salada, Pedrosempre comia onde a salada era confiável, vícios que ele adquirira eestava ampliando.

Rita sorri e pergunta; — Vem sempre aqui? — Não, mas obvio que a primeira vez que vim sozinho, tive

problema, esta ideia do Dinho não entrar nunca, sempre dificulta,

eles nos olham como somos, sorrio por isto, pois ainda sou oPedrinho aqui. — E vamos fazer o que no Rio de Janeiro? — Hoje pode até ser meio chato, mas amanha compenso. — Acha aquele senhor perigoso mesmo? — Ele é perigoso, por isto ficamos longe dele, mas este como

João falou, esta ficando mole.Enquanto comiam a salada, a carne vinha a mesa em rodizio,

um lugar que deveria se escolher o que se comia, senão se comeriasempre demais.

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 — Vamos mesmo comprar coisas, tenho tanta coisa. — Digamos que vai ser um fim de semana inteiro, finalmente. — Te amo meu Pedrinho.

Pedro a olha e sorri, era atrás deste sorriso que ele corria.

Pedro estava terminando de almoçar quando o telefone toca efala;

 — Fala Padrinho. — Como está sobrinho! – Pedro, padrinho de Pedro. — Bem, devo sair daqui ainda a tarde, no sentido do Rio. — Vai ficar onde? — Na cobertura em Copacabana. — Perto, quer falar com a senhora lá ou aqui em casa? — Pode ser lá, mas não marca na sala normal, aquela que os

rapazes vão fazer um churrasquinho e nem me convidaram. — Certo, me liga quando chegar, ela pareceu querer negociar

sobrinho. —  Gosto de gente que pensa com o bolso, não com a

automática, fica mais fácil. — Mas sabe que aquela segurança dela é barra pesada, e nemum pouco confiável.

 — Sei disto Pedro, por isto estamos marcando ai. —  Concordo com você, em Brasília seria ela pressionando e

nós tendo de aceitar. —  Deixa ela acreditar nisto Padrinho, mas assim que chegar

lhe ligo.

O garçom chega a mesa, o menino acerta a conta com umcartão de debito e olha para Rita.

 — Agora vamos ao shopping! — Onde pretende ir? —  Vamos ao Polo Shopping, é mais perto, e não pretendo

demorar e me afastar do bairro muito hoje. — Vamos.

Pedro e ela saem do carro e veem Dinho chegar rápido efalar;

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 — Maria não quer ir. — Ela vai mesmo lhe deixar sozinho no Rio de Janeiro Dinho? — Ela não gostou da ideia de eu ir.

 — Eu não dirijo, então não me adianta tentar alugar um carrolá para me locomover. — Ela acha que vai aprontar. —  Se fosse não estava lhe convidando e a ela, mas como

digo, ela que esta arriscando. — Se ela lhe houve nem me deixa ir. — Quer ficar Dinho, é isto? – Pedro. — Não sabe a briga que ela vai fazer por esta viagem.

 —  Certo, vai da próxima, e se ela reclamar um dia que nãoconhece o Rio, sabe bem o que falar.

 — E vai se virar como? — Dou um jeito. – Pedro abre a porta para Rita e fala dando a

volta no carro. – Nos deixa no Polo Shopping.Dinho assumiu o volante, foi dando desculpas, mas Pedro não

queria discutir com Dinho, desceram no Shopping e compram umamala, algumas roupas da cabeça aos pés, de escova de dente acreme de cabelo, de batom a esmalte, Pedro gostou de ver que Ritaera bem sistemática, mas bem rápida, não cheia de deixa eu provare ficar horas experimentando.

Se por um lado isto era bom, por outro, deveria imaginar asoma de coisas que ela não usaria depois de um tempo, que deveriater.

Saem dali e Dinho estranha o endereço que foram, batem a

porta de uma casa e uma senhora sorri a porta e Rita ve umamenina vir a porta e falar; — Pedro, veio ver como estou? —  Bom lhe ver animada!  –  Pedro olha para Rita e fala  – 

Flavia, esta é Rita, minha namorada.Flavia olha para a moça e fala;

 —  Bem deveria ter imaginado que alguém assim não seriasozinho.

Rita sorriu do sorriso da menina, viu como ela era branca,aquele cabelo ralo, Pedro entrou e olhou para a senhora;

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 — Como foram os exames? — Bem, hoje foi uma correria pela parte da manha, mas eles

estão estranhando o dado que ela tinha leucemia. — Sei disto senhora, mas eles ainda tem de descobrir se ela

está boa, se tudo estiver normal, hora de recomeçar a vida. — Obrigada por ela, não sabe a alegria de a ver sorrir. — Ela é especial senhora, se fico longe, é para não chamar a

atenção para ela, para que ela se cuide bem. — Pelo jeito estão correndo. —  Vou poder passar aqui de volta, na segunda, vim ver se

estão precisando de alguma coisa.

 — Acho que não estamos em condição de pedir mais algumacoisa. —  Mas se precisar, pede, quero ver ela forte, e alegre

senhora.Flavia olha para Pedro e pergunta;

 — Mas por que está tão longe? —  Vou ter de voltar a Nazareno, e para isto, vou lhe deixar

longe de lá um pouco. — Certo, acha que aquele ser estranho vai estar por lá? — Faz parte dos acordos do fim de semana. —  Se cuida, embora  –  a menina olha em volta  –  eles não

deveriam fazer mal. — Quando souber o que querem saberemos se podemos nos

considerar sortudos ou azarados Flavia, mas se cuida, acho que vocêestá melhor aqui ao lado de sua mãe, que naquela cama de

enfermaria de São João Del Rei.Conversaram futilidades, e saíram no sentido do apartamentoda mãe no centro;

 — Por aqui filho? — Sim, não quero me meter na briga de Patrícia e do pai, e

sei que vou acabar falando demais. — Eles discutiram? —  Ela saiu de casa ontem, ele foi atrás hoje, nem sei como

estão as coisas ainda mãe, mas eles tem de se entender.

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 — Ou cada um tocar a vida. —  Espero que eles se entendam, menos problemas a

administrar. – Pedro. — Pensando na felicidade de seu pai? —  Não, pensando no que Carlinhos e João vão pensar com

Gerson novamente solto por ai. — Sabe que não temos nada mais. — Eu sei, eles sabem mãe? — Neste ponto tem razão, mas por que eles brigaram? —  Se ele tivesse falado para ela do acontecido no Rio, ela

acharia que não tinha importância, mas quando ele escondeu, era

obvio que os seguranças sempre deixam escapar detalhes, ela achouque era importante, pois ele não havia falado.Rita apenas ouvia, tentava não julgar ou falar, Roseli olha

para o filho; — Mas vai mesmo ao Rio? — Mãe, vou fazer dois acordos lá, e vou para Nazareno no fim

de Domingo, queria ir amanha, mas acho que vou no Domingo. — Vai com calma, e não descuida. — Vou me cuidar.Pedro entra com Rita e foram escovar os dentes, se preparar

para uma viagem, Rita saiu já com uma roupa bem maisconfortável, e Roseli olha para ela e fala;

 — E seu pai? —  Isto deixa a discussão entre Pedro e ele, nem vou me

meter senhora.

 — Eles discutem muito? —  Meu pai o teme, e usa o perigo como desculpa para meafastar, mas estou aqui.

Pedro veio com uma pequena mochila, e os dois desceram, eliga para Dinho;

 — Dinho, pega para mim Carol, a irmã e o namorado na casadela, pega Renata na casa do pai e vai para o Bacacheri, vamosdireto para lá?

 — Sim, vai precisar que pegue você na volta?

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 — Não, pode ir descansar um pouco.Roseli olha para Pedro e pergunta;

 — Ele não iria junto?

 —  Não entendi por que ele não quis ir junto, mas isto mealertou sobre riscos. — Certo, e vai fazer o que? —  Chegar antes no Rio, pretendia pelo cronograma ir as 4

para o Rio de Janeiro, acho que consigo embarcar no das 3. — Esta ficando paranoico. — Não, aproveito e fazemos um tur, meu compromisso no Rio

é as oito da noite.

Pedro liga para Renata; — Como estão as coisas Renata? —  Tá um clima de funeral aqui, mas os dois estão

conversando e Patrícia voltou para casa. — Menos mal, vou pedir para o Dinho pegar você em menos

de 15 minutos, quando chegar no Bacacheri, fala com a Damar, noguichê da companhia e pede para antecipar o voo para as 3 horas.

 — Por que disto Pedro? — Se sairmos as 3, as 5 estamos lá, e podemos pegar um taxi

aéreo para Paquetá e comer diante do mar, conversando. —  Certo, acelerando o fim de semana, mas pelo jeito este

será mais interessante. — Com certeza muito mais interessante.Roseli sorriu e falou;

 — Vai passear um pouco?

 — Nada como passear para pensar mãe.Pedro pede um taxi, quando ele buzinou na frente desceram e

se mandaram no sentido do aeroporto do Bacacheri.Pedro acabou chegando antes do que Renata e o pessoal,

quando ela se direcionou para o guichê, Pedro e Rita já estavam lá,embarcam no bimotor de 22 passageiros para o Rio de Janeiro as 15horas e 15 minutos, descendo no Galeão, as 16 e 45 minutos, vootranquilo, um rapaz estava os esperando, pegaram as malas, Pedro

ficou apenas com uma mochila, despachando as malas pelo rapaz

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no sentido de Copacabana, Pedro já havia reservado um taxi aéreo,as moças iam quietas, não sabiam o que estava acontecendo.

Pedro ia quieto, Rita estava ao seu lado, e quando ohelicóptero parado a frente foi liberado Carolina pergunta;

 — Vamos onde? — Já leu ―A Moreninha‖?  — Não. — Vamos a Paquetá, daqui lá é um pulo, temos volta marcada

para as 7 horas. —  Vamos onde em Paquetá?  –  Camila que olhava estranha

para Renata, e para Roger.

 —  O heliporto fica perto do mirante da Cruz, entãocomeçamos pelo mirante, depois vemos o que fazemos.Renata sorriu, uma coisa era dizer, vamos a Nazareno, ela

sabia que passariam lá, mas outra coisa era dizer, começamos porPaquetá, chegando lá de Helicóptero, e não de balsa.

Não deu 10 minutos estavam descendo no heliporto e Pedroolhou para Carol e falou;

 — E dai, como foi a discussão com seu pai?

 — Ele não quer que me iluda, você tem namorada. — Ele tem algo contra você Carol? — Não entendi? — Ele me forçaria casar com Camila, já você, ele nunca citou a

possibilidade, não entendi. — Ele é apegado a caçula ali.Pedro estendeu uma mão para Rita e outra para Carolina e

começara a caminhar no sentido do mirante, depois de muitasescadas, eles se deparam com a visão da ilha, o dia não estava dosmais lindos, mas para Curitibano, chuva no Rio de Janeiro é belo,somente vendo os dias em Curitiba para entender, principalmentecomparados aos do Rio.

Pedro estava tirando foto com as duas, quando Renata chegaa eles e fala;

 — O que vamos fazer Pedro.

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 —  Conhecer, hoje estou tentando distrair os demais, poisquando chegar a Copacabana, hoje, vou poder sair acho que sódepois das 11, para sexta, muito cedo.

 — Certo, vamos onde? — Quero conhecer a região da Lapa, mas quem sabe alguém

nos apresente. — Certo, estamos apenas começando o fim de semana. — Sim! — Resolveu se divertir, isto é bom! – Renata.Pedro olha para Rita e fala;

 — Sabe que não sei ainda como me virar assim?

 — Esta aprontando de novo Pedro, sei o que quer, mas sabeque arrisca perder todas.

 — Sei, mas não vou deixar ninguém longe, deixei sua irmã porque ela não quer estar aqui, estaria reclamando.

 — Verdade.Começam a descer e pegam uma charrete no sentido do

centro da Ilha, e param em uma lanchonete no Iate Clube depois dapraia Grossa, sentaram e pediram um aperitivo, uns refrigerantes eCarolina perguntou;

 — Acha que escapa hoje? — Queria acreditar que não. — Safado! – Rita. — O que pretende com isto Pedro? – Camila.Pedro olha a menina, linda, mas já no Quinto mês de

gravides, filho que poderia ser de Roger, mas não era de Pedro, mas

aquele olhar o tirou da inercia a poucos meses, aquele olhar aindamexia com o pequeno Pedro. — Não esta gostando Camila? —  Adorando, mas uma das ultimas pessoas que pensei que

apoiariam meu namoro era você. — Camila, nunca lhe quis mal, sabe disto, mas estamos aqui

para passear, e para nos divertir, obvio, nem sempre uma coisa geraoutra.

 — Estranhei, não convidou Josê. – Camila.

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 — Ela se desconvidou a uma semana. — Pensei que ela estava se entendendo com sua irmã. —  Acho que você pensou na coisa errada, vai ver que você

ainda gosta dela. —  Ela sabe o que sinto, não quer que fale aqui.  –  Fala

olhando para Roger. — Melhor não pensar nisto, ela o tira de você. — Verdade, ele não é o Rosinha. – Camila. — Do que estão falando. – Roger. — Nada, quer dizer, de uma maluquice que pelo jeito passou

pela cabeça de sua namorada, ainda bem que não convidei Joseane.

Roger não entendeu, mas Renata olhou para Pedro como senão entendesse;

 — Sabe que se tiver somente suas namoradas e um rapaz, vaificar chato. – Renata.

 — Lembra de convidar alguém da próxima vez. — E vai ter outra vez? – Renata. — Todo fim de semana para uma parte do país.

 — Esta falando serio? – Rita. — Sim, mas vamos nos ater a lugares próximos, pois senãovamos perder horas voando, não gosto disto, e como não tinhapermissão de Rita, teríamos de ir com bimotores que demorammais.

Conversaram um tempo, Pedro meio acanhado com o olhar dairmã que ficava nele e nas duas meninas. Estavam conversandovendo o agito ao longe, fim de dia, a balsa vindo do centro do Rio

de Janeiro vinha lotada de habitantes da ilha que trabalhavam nocentro.Rita abraça Pedro e fala.

 — Sabe que desta vez as coisas estão mais calmas, as vezesalguém não reclamando melhora tudo.

 — Alguém conhece a ilha? — Não, por que? —  Esta ilha é para mim uma ilha da fantasia no Brasil, aqui

muitas lendas, muita historia, uma ilha tão próximo do Rio deJaneiro, mas calma, totalmente tranquila.

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 — Veio a passeio mesmo? – Renata. — Aqui sim, nesta hora irmã, deve estar chegando três grupos

a cidade que preciso conversar, mas que devem estar olhando ascâmeras e se perguntando, para onde nós fomos.

 — Acha que eles não sabem? – Renata. — Na ilha tem 3 câmeras de segurança, se não falar algumas

palavras, eles nunca saberão onde estamos. — Para onde acha que eles foram? – Renata. — O pai tem 4 produções paradas de ouro no estado, e duas

falsas, eles devem estar nas duas falsas. —  Por isto pegamos um helicóptero, para eles não saberem

onde fomos? — Paquetá é como se tivéssemos vindo no sentido de Magé,eles estão pensando nesta hora que fomos a Magé e devemos estarolhando as terras que comprei ali.

 — O que tem ali? — Sei lá, comprei um terreno barato do lado do Magé-Mirim,

mas acho que eles vão pensar que vou fazer algo ali. — Esta pior que o pai.

Pedro abraçou Rita e fala; — Sabe que nem eu sei como me divertir, mas sabe como é,

tenho de fazer um acordo de paz, não quero ficar com a sensaçãode que apenas vim fazer negócios.

 — Mas pelo menos escolheu um lugar bom para negócios.Renata estava tirando fotos, eles fizeram cena, estavam

tentando se divertir, Roger olhava estranho para Renata, uma

menina com o sorriso do menino, uma espontaneidade que não erados Curitibanos, alguém criada longe, tinha um jeito mais leve.Seis da tarde, Pedro pediu para o atendente se ele não

chamava uma charrete, e pouco depois saíram, olharam o menino eo rapaz da charrete perguntou.

 — Vem de onde? — Curitiba. — Querem um passeio demorado?

 — Hoje não, temos – Pedro olhou o relógio – 45 minutos paraestarmos no Heliporto.

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 — Voltam quando? — Ainda não sabemos! – Sorriu Pedro.Pegam a charrete e foram contornando a parte sul da ilha,

parando em alguns pontos para fotografar, como Ponta da Ribeira,Relógio da Mesbla, Praia das Gaivotas, Praça Atobás, Ponta daImbuca, Praça Fernando Valdez, descem ali, caminhando pelo outrolado do Morro do Veloso, já no Parque Darke de Mattos. Chegam jácom o helicóptero esperando eles, as meninas estavam cansadas, osol começava se por nas montanhas ao fundo.

O voo de volta foi por cima da Baia de Guanabara no sentidoSão Gonçalo, Niterói, Passaram pela ponte, reparando nas luzes seacendendo, a volta era para evitar o transito aéreo do Galeão e doSantos Dumont, mas quando passam ao lado do Pão de Açúcar, asmeninas ficaram olhando serias, mas um sobrevoo e estavamentrando em Copacabana e viram que ali foi rápido, param sobreum prédio em seu Heliporto, e descem, as moças se olhando.

Um rapaz os esperava e fala; — Sou o Ricardo, deve ser Pedro. — Sim, as coisas chegaram do aeroporto Ricardo?

 —  Sim, estão na sala, não entendi a segurança, nuncatínhamos tanta segurança. — Desculpa, mas vou fazer uma reunião lá em baixo, depois

dou uma olhada na ideia, meu pai é maluco mesmo.O rapaz sorriu e os indicou a porta da suíte, duas no andar

superior, dois duplex nos últimos dois andares, um para seu pai,outro para ele, mas os rapazes nem desconfiavam disto.

Renata olha o apartamento e fala;

 — Este é o apartamentinho de Copacabana. — Sim, ele fica encostado no morro, então é barato. — Algum perigo? — Não acredito nisto, tem de escolher um quarto, deve ter 4

iguais, então tem de ver qual vai escolher. —  Dois casais, sobra dois quartos, então qualquer um pode

ser – Sorri Renata.

 — Isto nós concertamos!

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Pedro pega a mala na sala, a mochila estava nas costas ainda,estica a mão para Rita e foram ao segundo piso, entram em umquarto e o menino abraça sua namorada.

 —  Vou tomar um banho, tenho muita coisa a arrumar, masdescansa um pouco, pois vamos agitar a noite.

 — Agitar? — Tem Show no Circo Voador, de lá para a Fundição e de lá

para um barzinho na Lapa, e terminar não sei onde ainda. — E antes disto? —  Se demorar, os rapazes levam vocês, não quero estragar

com problemas o fim de semana.

 — Longe de você não tem graça Pedrinho. — Te amo Rita.Pedro entra no banho, estava quente, põem uma camisa polo

e um jeans, tênis e olha para Rita que sorri. — O que pretende Pedro? — As vezes temos de fazer acordos. — Não foi especifico. — Não mesmo.Os dois se beijam e Pedro desce, com a mochila que joga as

costas.Ricardo olha para ele como sendo o filho do dono,

programador sendo colocado como babá não sente-se confortável. — O que precisa menino? — Vão usar o auditório hoje a noite? — Quem vem hoje, sei que deve ser gente importante, pois

parece segurança de primeira. —  Uma moça do Ministério de Minas e Energias, uns

empresários, mas a moça deve vir com uma segurança a mais, e seum dos empresários vier, mais segurança.

 — Seu pai pelo jeito vai vir por ai.Pedro não respondeu, olhou para o buraco e falou;

 — Nunca entendi este buraco aqui?

 —  Seu pai colocou um servidor aqui, e um sistema que nosliga a rede mundial a uma imensa velocidade.

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 —  Posso pedir um favor Ricardo, pode dizer não se nãoquiser, é que realmente, acho que vai ser chato hoje.

 — Fala. — As meninas tem uma reserva na parte alta do Circo Voador,

para o Show do Matanza, se puder pedir para alguém asacompanhar, pois pode ser que demore aqui.

 — Elas são de menor, como conseguiu? —  Sabe como, mas tem 8 vagas abertas para este espaço

ainda, não passando disto, não acho que eles vão ter problemas. — O pessoal vai gostar de algo assim, mas sabe que sempre

dá confusão nos shows do Matanza.

 — Não sei ainda, vim ver, mas talvez não chegue a tempo,mas a segurança em parte as conduz para lá, o pessoal da casaagradeceu o reforço da segurança, mas se puder verificar isto paramim.

 — Mas quantos vão vir que precisa do auditório? —  Para mim seria uma conversa fechada, mas sou uma

criança, o que entendo disto. – Pedro desviando o assunto. —  Disseram que o Charlyston não pode vir, não o conheço

ainda, sabe por que? —  Ricardo, pelo que entendi, o projeto diz que você pode

estar aqui, ou numa ilha do Caribe, e fazer o mesmo, Charlystoncom este sistema, quase conseguiu o direito de estar numa ilha noCaribe.

Pedro provocou, pois queria produção, e ouviu; —  Sabe que estamos adaptando aplicativos e projetos para

este novo sistema, o pessoal está animado, por isto querem falar

com ele, estranho ele não ter vindo ainda. — Amanha vou falar com ele, fim de dia, ele deve vir por aqui,

mas ele é um rapaz simples, tem de ver que o mundo dele é aprogramação, não o aparecer.

 — Conhece ele então? — Logico, por que? — Alguns estavam falando que ele é um personagem criado,

por trás de um grupo de programadores, pois o trabalho que ele fezé incrível.

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 — Ele vai vir, talvez por estar em um projeto grande, ele estaquerendo ver a resistência, sabe se alguém conseguiu furar osistema dele?

 — Nem perto, o sistema está firme, nem conseguiram driblaso firewall dele, um sistema inteligente de desvio, que gera respostasautomáticas e que devolve ao caminho inicial 12 segundos depois,deve revoltar os Hackers.

 — Acho que ele vai querer monitorar isto de perto, ele deveestar muito curioso se o sistema vai funcionar, se ele vai conseguirmonitorar as procedências reais de IP mais perigosas do mundo.

 —  Isto é verdade, vou falar com o pessoal, depois falamosmais menino.

Pedro viu o rapaz sair, e foi no sentido do auditório vendoRoberto entrar pela porta dando instruções para os seguranças.

 — Como está Roberto, se cuidando um pouco.O rapaz sorriu e falou;

 — Bem, e por aqui? — Eles nem imaginam a verdade Roberto. — Vi que não, vi a cara de revolta quando pedi para dois deles

lhe receberem no aeroporto e depois receber aqui. — Calma, quem confirmou? —  Vem dois deputados locais, vem Rose, talvez Moreira, ele

não confirmou, mas acho que esta curioso, dois deputados federais,Pires vem e dois técnicos do ministério.

 — O ministro não quis se meter? —  Ele vai sempre afirmar desconhecimento, mas vai querer

levar o dele. — Sei que parece loucura o que vou fazer Roberto, mas sabe

que tenho de parar isto. —  Você parece mais disposto a negociar, seu pai não tem

paciência para estes. — Moreira não lhe ouviu, teve de levar o tiro para acordar. — Vocês são malucos, pois não conheço gente que diga por ai

que atirou em Loco e está vivo.

 — Digamos que não estamos falando, mas ele sabe.

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 —  Ele está puto, mas estava lá, ele puxou a arma antesmenino, talvez a única coisa que ele não esperava era que alguémnos desse cobertura.

 — O que ele não esperava era ter de ouvir que Siça estavaviva e do outro lado Roberto, sabe disto.

 —  Verdade, ele mesmo falando o contrario, largou muitospara trás.

 —  Largar é fácil, mas deve saber que estou bem tensoreferente a esta reunião.

Roberto sorriu e viu uma menina lhe abraçar pelas costas efalar.

 — Vai fugir muito? – Caroline.Pedro a olhou e falou; —  Sabe que vamos nos separar um pouco, mas terminamos

todos aqui novamente. — Por que disto? —  Tenho de garantir paz, e uma coisa é certa, se não tiver

paz, não vou curtir o nascimento de meus filhos. — E vai convidar mais alguém, vi que tem um agito geral na

cidade Pedro? – Roberto. —  Sim, 3 reuniões, que podem não gerar nada, mas que

podem facilmente garantir paz. — Por que disto? — O senhor Cardozo vem ai, e o Arcebispo do Rio também. — O que pretende? — Vamos acabar com esta briga Roberto, acabar com isto, ou

assumir o problema de vez. — Seu pai sabe disto? —  Roberto, ele ainda esta com problemas referente ao que

aconteceu aqui no Rio. — Soube, acha que eles se acertam? — Acredito sempre na conversa, mesmo que nem sempre isto

gere paz, e nem sempre resulte em união. — E acha que eles vão lhe ouvir?

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 — Roberto, eu não sei, mas vou começar a chutar números, equando eles se decidirem, sei que vou gastar, mas se tiver paz etranquilidade para operar não vou reclamar.

 — Sabe que eles sempre querem mais? — Sei, acha que se tiver, não vou pagar? — Seu pai não vai gostar disto. — Falo com ele depois. — Se cuida com estas cobras.Pedro beijou Carolina e falou;

 — Não se preocupe, não vou fugir muito hoje. — Certo, mas pelo jeito vai aprontar.

Pedro sorriu e falou a olhando aos olhos. — Não vale ciúmes. — E tenho como admitir ciúmes deste pirralho? — Sei lá, tudo pode acontecer nesta cabecinha.Pedro toca a cabeça de Carolina passando após as mãos em

seus cabelos. —  Sabe que te amo Pedro, mesmo não dizendo, sei que

quando você queria uma posição, esqueci que nós cobrávamos isto,mas sabe, ninguém vai me dar bola enquanto nosso filho nãonascer.

 — Já pensando em me dar um pé na bunda. — Engraçado, você ainda nem me falou o que sente. — Falar eu falei, vocês que não aceitam. — Certo, mas sabe que ninguém vai aceitar. —  Te amo Carol, sabe disto, - Roberto olhando aquilo se

afasta e chega ao lado de Ricardo que olhava para o menino  – vouestar aqui o tempo que você quiser.

Roberto olha para Ricardo que fala; — Ele não namora a outra? — Historia complicada, mas como estão as coisas Ricardo? —  Soube que as meninas vão a um show, alguém tem de

ficar, mas perdi no palitinho e terei de ficar.

 — Nem sempre a sorte está onde se pensa. — O senhor Rosa vai chegar que hora?

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 — Ele não vem. – Roberto secamente. — Mas dizem que vem gente importante ai, não entendi. —  Você esta olhando o menino pelo tamanho Ricardo, não

pela inteligência, mas obvio, quem virá também o vai analisar pelotamanho.

 — E o que vai acontecer então? — Provavelmente um agito que ninguém no país verá, mas é

nestas horas que as grandes coisas acontecem.Roberto olhou para uns seguranças chegando enquanto olha o

menino entrando no auditório ao fundo, feito para não mais do que100 pessoas, tinha uma entrada ao nível do centro, ligada a porta

por um corredor. No centro uma mesa e algumas cadeiras a toda avolta, os 100 lugares confortáveis, não era para grandes reuniões,mas um lugar para conversas quase a pé de ouvido.

O segurança chega ao Roberto e fala; — Os seguranças de Moreira estão se posicionando. — Quem mais? — Um grupo estranho, parecem todos impecáveis, em carros

negros, mas todos com pontos ao ouvido.

 —  Arcebispo, eles não tem seguranças, poucos veem estesque vão lhe dar segurança, é que eles raramente se protegem, umbom sinal.

Roberto olha a porta e olha Moreira entrar; — Beto, eu ainda lhe devo desculpas.Ricardo ao longe sabia quem era, empresário cotado para

presidência.

 —  Vamos por uma pedra nisto Moreira, ou vamos continuarneste caminho que todos perdem? — Onde o menino está?Roberto aponta o auditório, e fala;

 — Estamos sem câmeras hoje, desculpa a revista, mas nadatratado aqui sai. – Roberto.

 —  Este menino é esperto, vou falar com ele, sabe se ele émais compreensivo que o pai?

 — Nem sei o que tem a conversar.

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Roberto olha para os seguranças, estes se posicionam, eRicardo fica olhando o senhor entrar no auditório, Pedro estavasentado a mesa e olha para o senhor entrando.

 — Deve ser Pedro Rosa. — Sim, pensei que não viria. — O que quer conversar menino. — Explicar o que não sai por esta porta Moreira. — Como o que? — O porquê do sistema, o porquê de tudo que montamos, já

que parece desconfortável com isto. —  Você propôs um sistema diferente a meus aliados

principais.Pedro pega seu computador pessoa na mochila e fala;

 —  Moreira, não quero dispersar informação, acho que osistema que você fez, divino, mas serve para a sua organizaçãobaseada em informação, e deve ter estranhado não gostarmos dele.

 — Estranhei mesmo. — Nosso lucro se baseada no segredo, não na informação. — Por isto seu pai pôs este pessoal a programar? —  Moreira, meu servidor vai ficar em Nazareno, todo resto

deveria ser apenas para distrair, mas acontece que parece quemesmo quando tento não ganhar dinheiro, atraio.

 — Não está em Brasília? — Não, mas não quero segredo neste sentido, quero segredo

do que estará nos meus servidores. — Não entendi, você cria um segredo que tinha me passado

desapercebidamente e acha que isto não é o que importa. —  Moreira, estou tirando uma montanha rapidamente dolugar, por que você escancarou os dados que estavam escondidos,acha que tirar 44 bilhões em ouro, sem ninguém ver, guardar, edepois vender, as escondidas, não por que não queira pagar oimposto, mas por saber que muita gente pagaria propina da feia emBrasília para ter esta concessão tirada de mim e colocada no bolso.

Moreira, acostumado a pessoas que escondiam fatos, olha o

menino, que lhe olhava firme, e pergunta; — Pelo jeito Gerson esta formando um grande empresário.

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110

 — Não usei camisinha e terei meus filhos a criar, então nãotenho mais opção, a maioria vai estar entrando na faculdade, emeus filhos já correrão pela casa.

 — Soube, mas por que queria conversar. — Alertar que seu sistema é muito falho, que se eu entro e o

altero, qualquer um o faz. — Esta dizendo que até você faz, e o que os programadores

fazem? —  Tentam quebrar o sistema que o menino em Nazareno

criou, eles estão fazendo aplicativos seguros para o novo sistema,aplicativos compatíveis mas que não permitam a saída deinformação.

 — O que sabe sobre meu sistema?Pedro vira o computador para Moreira, que olha aquele saldo

de uma conta corrente e Moreira olha os dados, sem entender, umaconta que parecia encher aos poucos, sentados por segundo, epergunta;

 — O que é isto? — Moreira, Paulo quando fez aquele favor para você, colocou

em ação o Pirata, o programa que ele criou, ativo dentro do seusistema, é um sistema que a cada operação com mais de 4 dígitos,em suas contas, zera os centavos e transfere para uma conta, estesaté agora, 18 milhões, se não parado, vai virar bilhões, e fazsilenciosamente dentro de todas as suas operações.

Moreira olha para os dados e pergunta; — E onde está este dinheiro? — Uma conta em Trinidad Tobago!

 — E o desgraçado pretendia o que com isto? — Moreira, o maior desafio dos programadores não é não ser

infectados por seu Firewall, e sim por este sistema, que Paulo criou,chamado Pirata, meu pai o usou, mas como o seu, é um sistemaleve, rápido, mutante, ele me inspirou, pois ele tem umaprogramação randômica que gera recuperação das linhas principaisa cada 12 segundos.

 — Esta dizendo que meu sistema esta infectado por isto?

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 — Não, os rapazes já limparam o seu sistema, mas sei que 1 acada 2 do mundo se infectaram por isto.

 — E como faço para recuperar este dinheiro. —  Estou tentando parar este pingar de dinheiro, mas não

tenho acesso, estou lhe alertando, pois de fora, fiz o que consegui. — Certo, e este seu programador, conseguiria? — Ele pode tentar, estamos começando ainda Moreira. — Pensei que estava querendo se envolver no meu sistema de

programação, mas sabe os pontos de entrada deste sistema? — Macau. —  Vou verificar, mas e o sistema que esta oferecendo, é

seguro? — Talvez quando em 7 dias, não estivermos mais na versão

beta, e sim na 1, seja uma saída segura para certos dados, o senhordeixou o sistema aberto demais para ter acesso aos dados, ele entrapor portas que nem sei como funcionam, de saída de dados, masparece que este sistema usa alertas falsos de palavras chaves, parater direito a entradas no sistema.

 — Vou falar com o pessoal, mas acha que teremos um sistema

seguro? — O seu sistema é seguro, não sei como, mas Paulo tem de

ter digitado os comandos diretos dentro de um servidor seu, paraconseguir isto.

 — Mas quer algo mais seguro. — Sistemas uma vez arrombados, os hackers se comunicam e

se gabam mundialmente de o ter feito. — Esta dizendo que os demais sabem disto? —  Não, estou dizendo que o alerta está lá, Paulo não esta

mais entre os vivos para dar um segundo alerta, ele morreu 45minutos depois de ter saído da sua base aqui no Rio Moreira, maspor isto estou chamando atenção sobre o sistema beta destaempresa, para retirarmos aos poucos os alertas que ele deixou narede.

 — Pelo jeito entende disto mais do que parece.

 — Acho que as pessoas estão esquecendo do básico Moreira,uma geração se faz em 25 anos, então quando eu passar o que sei

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aos meus netos, estará terminada a geração X, todos estes outros,apenas nomes dados por pessoas que nem sabem o que farão nofuturo.

 — Acha que vamos evoluir muito. —  Acho, e não sei exatamente o que me deparei em

Nazareno, mas aquele Pablo Guedes está novamente em Curitiba.  – Pedro.

 — Este cheira a morte. – Moreira. —  Sim, e sinal que ainda acreditam que algo de grande

impacto virá da cidade. — Estes não gosto nem por perto, mas o que pretende?

 —  Fazer um acordo com a arquidiocese do Rio de Janeiro,para ver se paramos as mortes. — Pensando longe, mas o que pode ter descoberto? — Não sei, mas não vou revelar em Nazareno, vou o fazer em

Curitiba, para manter os olhos distantes. — Acha que eles não vão olhar? —  Moreira, enquanto eu chamo atenção de um lado, muita

coisa se enterra em Nazareno, talvez para sempre.

 —  Esta usando os métodos de seu pai, chama atenção paraum lado e faz as coisas acontecerem em outro.

 — Digamos que chamo atenção no Rio de Janeiro, e escondoparte do que preciso em Minas, tiro diamantes em outro ponto,retiro ouro em outro ponto, e quem sabe, consigo uma concessãode exploração no Rio de Janeiro.

 — Esta fazendo dinheiro pelo jeito.

 — Sim, uma coisa, eu não tenho ainda como parar este pingarde dinheiro, mas já consigo mudar a conta destino, preciso apenasque me indique uma, e o dinheiro vai parar de sair do seu bolso.

O senhor pegou o smart fone e fez um levantamento e passoupara Pedro a conta no mesmo banco que estava indo o dinheiro,mas para sua conta e viu o dinheiro começar a pingar para suaconta.

 — Sabe que me admiro com pessoas que tem palavra menino,

você esta me devolvendo um dinheiro que nem notei a saída, nemsei de onde saiu.

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 —  Como um certo Moreira fala, ―Não vamos brigar portrocado!‖. 

 — Verdade.  –  Sorri Moreira vendo um senhor aparamentadovir ao local, com um auxiliar, que parecia carregar uma pasta,enquanto os seguranças a porta barravam os demais.

Moreira cumprimentou o arcebispo que olha com desconfiançao menino e fala;

 — Seu pai não vem? — Se quiser falar, será comigo senhor, eu não dividi nem com

meu pai o que tem naquele lugar, mas se Pablo Guedes esta emminha cidade, vocês vão fazer uma limpeza.

 — Acha que entendeu algo? — Quero conversar senhor. – Pedro. — Sabe a encrenca que se meteu? —  Senhor Arcebispo, com meu respeito, acredito no amor,

acredito em Deus, mas não acredito no que achei, estava falandocom Moreira, estamos implodindo alguns caminhos, para isolaraquilo para sempre, mas preciso conversar.

 — Não falo isto com uma criança.

Moreira sorriu e Pedro apenas fechou o computador.O menino estava a mesa, Moreira poderia não ter notado a

vela apagada, verde em uma mesa com toalha verde. O arcebispoesperava que o menino apenas reagisse, falasse algo que lhe desseponto de partida para uma ação.

Moreira olha o menino pegar um fosforo, ascender a vela, eolhar em volta;

Pedro falou baixo, a ponto de nem Moreira ouvir direito; —  Em ti confiam os que conhecem o teu nome. Pois não

abandonas os que te procuram, Senhor Deus.Os seguranças a porta não viram nada de diferente, mas a

porta do auditório bateu, o barulho da batida não pareceu alterar omenino, mas fez todos olharem para a porta, as luzes acesas do fimapagam e um ser pequeno, translucido, atravessar o corredor eolhar para o menino.

 — Quem evoca-me?  –  Fala o menino, com pequenas asas aolhar para Pedro.

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 — Desculpa o horário Hahamiah!O arcebispo olhava aquela cena, olhava em volta, tentava

achar de onde vinha a armação e o ser olha para o arcebispo e fala. — Ter fé não é falar em fé! —  Desculpa pequeno Querubim Hahamiah, desculpa a

petulância, mas preciso da compreensão dos demais, referente aoque esta acontecendo.

O ser chega perto e fala; — Um herdeiro da família Netser, pelo jeito inteirado do seu

caminho, mas sabe que pede muito menino Netser. — Peço, se será concedido ou não, não me é função duvidar

que foi o melhor caminho Hahamiah! —  As energias conspiram para seu sucesso pequeno Netser,mas sabe os riscos disto.

 — Sei que não abro mão da minha raiz, diria minha fraqueza,e se for este o pedido, me viro sem a compreensão deles.

 — Sabe que isto é um desafio pequeno Netser.  – Todos viramo ser crescer e ficar bem maior, mais de dois metros, olhava paraPedro que o encara e fala.

Todos recuaram, Moreira não sabia se erar real, mas viu que oarcebispo recuou, e olhou para o menino, todos quietos.

 — Estou aqui Hahamiah, sei que não o desafiei, apenas disseque os meus não são negociáveis.

 —  Então não me perturbe mais!  –  Fala o ser sumindo e asluzes voltando.

Pedro olha para o arcebispo e fala;

 —  Desculpa Arcebispo, mas se não quer falar com umacriança, não temos o que negociar, diz para o pessoal de Roma,para quem mandou o pessoal para Curitiba, que não vão encontrarnem os corpos, pois se acha mesmo que os Rosa morrem quietos,não nos conhece.

 — Acha que está falando com quem? — Diria que com alguém que eu teria uma verdadeira fortuna

a transferir para sua igreja através do senhor, mas como o pedido

fala, ―oferece, se não ouvirem, doa a uma boa obra‖, não preciso

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oferecer mais de uma vez, referente aos que me ameaçaram emminha cidade, crianças diante de quem me perturba.

 — Quem lhe perturba? — Alguém que vai me cobrar algo pesado na vida, desconfio

que será minha própria vida, mas desculpa, isto é paraconhecedores da palavra, não para quem fala em anjos, mas nãotem capacidade de os ver.

 — Vai querer que acredite que não era um truque. —  Senhor, o que deveria dividir com a sua igreja, era onde

ficava a passagem da Cidade de Prata, neste País, mas se o senhornão acredita em anjos, como pode acreditar na cidade de Prata,como pode acreditar em algo que o levaria diante do trono de Deus.

 — Não acha que vou acreditar que um filho de assassino temo caminho da cidade de Prata.

 —  Senhor, acho que vocês leem a bíblia, mas não aentendem, na sua bíblia, seu Deus, pedia para lhe oferecerem o filhomais velho como sacrifício, está na sua bíblia, e quem mata emnome de Deus, vocês sempre sustentaram, tem uns lá em Curitibaque vocês abençoam, mas desculpa o importunar, mas se veio aqui

querendo uma desculpa para a ação em Curitiba, não vou perdertempo com o senhor, se querem isto. — Acha que tenho medo de você? — Logico que não, para ter medo, tem de Crer, eu não creio,

dizem que não tenho medo por isto, mas não por não crer, e simpor saber, mas se não tem medo de mim, melhor sair senhor, daquia pouco duas pessoas vão entrar pela porta que não gostam muitodestes que vocês encobrem.

 —  Vai fazer acordo com quem?  –  O senhor vendo que omenino não cederia. — Peterson Wasser, Jorge, o Retalhador, e a família Gutierrez.O arcebispo deu um passo atrás e falou;

 — Não pode fazer isto. — Vim conversar, para não ter de entrar em uma guerra de

gerações, mas o senhor não veio ouvir, sabia que seria comigo aconversa, e já de cara se recusou a conversar. Hahamiah eu sabia

que não me ouviria, ele quer o sacrifício de meu filho mais velho,

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não darei dos meus a morte para seres eternos, mas se nãoentenderão por bem, quando o problema for mais serio, entenderão.

Moreira olhou para o menino, sabia quem ele estavacolocando em campo, e perguntou;

 — Pelo jeito vão mesmo tirar a cidade de Curitiba do mapa. —  Moreira, quando adulteramos a tradução de Curitiba, era

para conseguir chegar ao dia de hoje. — Como assim, adulterar? — Kur Yt Yba, não é ―aqui muito pinhão‖ , e sim, ―aqui muito

broto de pinhão‖ . Mas para os demais não tem significado,estávamos em uma região alagada, onde tem dos 3 grandes

cemitérios indígenas dos nativos, e a região era tida como área ondesurgiam as grandes ideias. — Ideias malucas! – Moreira. —  Sim, Curitiba tem escritores especiais, Leminski, Trevisan,

Kolody, entre outros. — Vai querer defender a cidade? —  Moreira, as catacumbas de Curitiba, poderiam vir ao

conhecimento de todos, mas eu resolvi as fechar, e apoiar as ideias

dos Gutierrez. — Nunca fui a elas. — Hoje já não levam a nada. — Esta se complicando menino! – Arcebispo.Pedro o olhou com o rapaz ao lado e falou;

 — Ainda ai?Moreira sorriu e falou;

 — Não vai os explicar? — Moreira, o que viu não foi encenação, no passado, antes docristianismo, um relato chamado por eles de Atos de Uzias, explicavaatravés da ―Anunciação de Metraton‖ , como falar e interagir com osseres angelicais. Os Judeus deram sumiço no texto que tinham poisera a anunciação de Jesus, e os Cristãos deram fim nele por dizerque quem viria morreria pelos pecados dos seres criados por Deus,Jesus passou isto aos seus e isto era narrado no Evangelho de

Tiago, eles não querem as consequências, pois eles creem, mas nãosabem de Deus. Não vou explicar para uma religião o que eles

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sabem que existe, mas por crerem diferente, não vão deixar isto vira tona, o poder disto.

 —  Vocês tem a ―Anunciação de Metraton‖? –  O rapaz queestava com o arcebispo.

Pedro olha para ele e fala; — Vocês deveriam me querer como um aliado, Moreira sabe a

importância de um bom aliado, não imaginam o que o que tenho amão, faria na mão de um Jorge, de um Wasser, ou mesmo na mãode um Pablo, já que ele sem medo de vocês, seria algo que gostariade ver.

O arcebispo olha para o rapaz, que fala;

 — Mas o que vocês descobriram? — Já falei, mas desculpa rapaz, não vou ficar gritando o que já falei, isto não vai sair destas portas, marquei aqui por não tercâmeras, não ficar registrado, pois estas coisas não se fala na rua,em igrejas, ou locais onde alguém pode ver.

 — Acredita mesmo que sabe onde é a entrada da Cidade dePrata?

 —  Desculpa, quando um caminho destes cruza nossa vida,

temos de o fechar, eu o fechei, não vou deixar um corredor para acidade de Prata aberto, mas como digo, não era o que estavaoferecendo.

 — Mas se fechou isto não tem como provar isto. – Arcebispo. —  Vocês afirmam que Jesus ressuscitou com a ausência do

corpo, não me faz rir senhor.Moreira sorriu, um adepto de crenças próximas da dele, mas

que parecia ter um caminho e uma firmeza inacreditável.

Os seguranças depois de fazer muita força, do lado de fora,veem um senhor chegar a eles e perguntar;

 — Problemas? – O r clássico de estrangeiro. — A porta não abre!O senhor só fez um pequeno gesto com a mão e a porta abriu

e começou entrar com os seguranças olhando para ele assustado.Pedro olha para a porta abrindo e fala;

 — Bem vindo Peterson.O arcebispo olha aquele senhor entrar e olhar o menino;

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 — Um menino, jurei que acharia um grande bruxo. —  Sabe que Curitiba não é terra de Bruxos, por mais que

falemos que é. — Um pagão? – Peterson. — Uma raiz da família Netser! – Pedro queria ver a reação do

senhor, pois as historias deste senhor eram lenda até mesmo paraele.

O senhor sorri e fala; — Um arbusto de espinhos da família Netser? — Sim, um Rosa! —  Bem me disseram que os Rosa estavam fazendo barulho,

mas não pensei em uma criança. E qual o caminho que esta Rosavem abrir? —  Me veio a mão um documento que deve lhe interessar

Peterson Wasser. — Qual? —  ―Anunciação de Metraton‖! O senhor olha para Pedro e fala;

 — Sabe que eles não o vão ouvir, e mesmo assim os chama? – Fala o senhor referente aos religiosos.

 —  Para que eles não compreendessem, pedi para Hahamiahque os desse compreensão.  –  Pedro, parecia uma conversa semsentido para alguns.

O senhor sorriu e falou; — Um iniciado, quem lhe iniciou menino? — Complicado de falar assim!

 — Eles não acreditam mesmo! — Medo demais atrapalha. — Acha que eles tem medo de algo? —  Digamos que meu conhecimento vem do toque de

conhecimento dos Querubins. — Um presente divino, qual deles lhe pôs nesta encrenca?Pedro sorri por dentro, queria ver as reações, Moreira

reparava na firmeza do senhor, até aquele segundo; — Belial.

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Moreira olhava o senhor e vê o mesmo dar um passo atrás,um ponto imenso para o menino, o bruxo mais conhecido da cidadede Curitiba, talvez da América Latina, teve medo da afirmação.

 — E como tem a certeza de ser ele. — Eu não sou um crente Peterson, eu sei! — E como adquiriu isto? — Digamos que procurando ouro e diamante em Minas Gerais,

cheguei a uma cidade e me deparei com uma catacumba  –  Pedrovira a tela do computador para o senhor mostrando a imagem dolocal e o mesmo chega perto e fala depois de olhar os detalhes.

 — Onde fica isto.

 — Longe dos olhos. — Sabe o que significa isto? — Não, é o que pretendo descobrir. — Sabe que se tiver outra... — Tem – Pedro olhando o senhor fixamente. — Gostaria de olhar este lugar. — O lacrei, para evitar mortes desnecessárias.

 — Então sabe pelo menos o que pode significar. — Peterson, eu não acredito na Cidade de Prata. — Não acredita? – O arcebispo – Disse que tinha uma entrada

para ela.Peterson olhou para o menino, mesmo um bruxo renomado,

que se denominava nos últimos 500 anos de pagão, embora tivessea aparência de uns 45 anos, um caminho para o trono de Deus emsua cidade, gerava interesse.

 —  Disse que sei onde ficava, que fechei e lacrei, mas nãodisse que acredito no que vocês chamam de Cidade de Prata,desculpa, mas esta conversa está chata.

Pedro olha para porta e fala; — Entra Jorge!Jorge olha para o arcebispo, para Moreira, e olha o menino;

 — Pelo jeito eles estão com medo de algo menino, soube quetem um grupo de elite em Curitiba, e você se manda para cá.

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 — Queria pedir uma coisa para você, mas isto peço quando osdemais se retirarem, mas pode chegar perto.

O rosto cheio de cicatrizes de Jorge era uma marca registradado rapaz, preso por uma assassinato que não cometeu, sobreviventede uma rebelião, de muitos socos, pontapés, e historias incríveis naregião metropolitana de Curitiba.

 — O que quer propor? —  Por enquanto o que eles podem ouvir, soube que esta

investindo pesado em jornais, rádios e segurança, então estouquerendo uma parceria.

Jorge olha para Moreira e fala;

 — Nunca entendi se este senhor é aliado ou inimigo. —  Jorge, estamos neste momento, tentando evitar que estesespecialistas em apagar pistas de Roma, chegou um pessoal deIsrael lá hoje sedo, nos tire do mapa.

 — Soube, mas o que gostaria de falar. —  Sabe que se você não manifestar Gabriel, todos vão ficar

calmos.Pedro sorri e Jorge soube que o menino estava jogando, pois

até o Peterson acreditava que ele tinha momentos de interagir comoGabriel, a mão direita de Deus.

Jorge sorriu e falou olhando o menino; — Por que não manifestar? — Digamos que o enfrentamento deles é comigo, deixa eles

temerem mais um, pois sabe, estamos em uma cidade que ninguémfala, mas que tem alguns dos símbolos mais pesados do planeta.

 —  Estou vendo que os Pagãos lhe respeitam, poderia saberpor que? – Olhando o senhor Wesser.

 —  Digamos que tenho descoberto o caminho, mas os reuni,sabendo que o arcebispo não me ouviria, então vou abrir a umgrupo, os documentos que me vieram a mão.

 — Quais documentos? – Jorge. — Os Atos de Uzias, como a Anunciação de Metraton inteira, a

Canção dos 3 yaduts, de David, Atos de Salomão, O Evangelho da

Perfeição, o Evangelho de Thiago e o Evangelho Eterno.

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O arcebispo olhou para o menino, se ele achava que oproblema seria pequeno, começou a pensar que teria maisproblemas ainda.

O sorriso de Wasser, mostrou a Moreira que o meninodescobrira algo que eles não tiveram acesso, mesmo estando amuito nisto, mas olhou para o menino e falou;

 — Pelo jeito descobriu uma mina de dinheiro? — Uma de dinheiro, uma de conhecimento e uma que ainda

não consigo definir.Jorge olha a porta e vê uma senhora entrar com uma criança

de não mais de 6 anos, a moça olha para Pedro e pergunta;

 — Quem nos perturba?Pedro olha para o religioso e fala; —  Já lhe mandei embora duas vezes arcebispo, vou ter de

pedir para os seguranças o tirarem?O arcebispo olhou a porta e falou;

 — Ainda não sei quem é você. — Para tementes a Deus, um mensageiro de Beliel.O assessor olhou o menino e fez sinal para saírem, Pedro

olhava para o senhor a moça foi falar algo, e ele apenas falou; — Só um momento moça?Um rapaz veio a região onde estava o arcebispo e passou um

detector de metal, e dois pequenos sensores de som foram retiradosdo chão e da cadeira a frente, os rapazes passaram o detector emtodo o caminho e o menino falou;

 — Desculpa se desconfio de todos.

Madalena olha para o menino e pergunta novamente. — Quem é você que nos perturba menino? —  Desculpa Madalena, acho que requer uma apresentação,

eu, Pedro Rosa, conhecido na sociedade Curitibana como PedroTravesso, a seu lado, Peterson Wasser, do outro lado, O Retalhador,sentado a mesa, Joaquim Moreira.

 — Quem é ela? – Moreira. —  Moreira, estou aqui para dizer que vou dar cobertura a

todos e segurança a todos vocês, querendo ou não. — Não entendi. – Madalena.

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 — Digamos que estamos em uma guerra, que não sei quandovai acabar a minha parte, mas com certeza, vou a uma guerra quepode perder sentido antes de começar, mas como dizia para Wassere Jorge, vou dar segurança, nem sempre entendo o que é verdade e

mentira em cada historia, mas vou dividir com quem achoimportante o que descobri, e quero ajudar cada grupo a se dar bem.

 — Sabe que segurança para mim não interessa! – Wasser. — Wasser, acho que cada um aqui tem algo a oferecer, juntos

podemos, apenas nos comunicando, evitar problemas, mas cada umpor si, pode ser que não consigamos vencer o todo.

 — Acho que não entendeu quem sou. – Wasser.Pedro sorri e fala;

 — Se quer sair pela porta senhor Pagão, a vontade.Peterson olha para o menino, todos o olhavam e o menino

olha para Madalena e fala; — Vou dar segurança, vou indicar mudanças toda vez que eles

estiverem por perto, e ficar de olho, para não precisar ficar olhando,se estou enganado, faltam ainda uns 12 anos.

 — Sim, pensei que ninguém sabia da historia.

 — Digamos que Curitibano é fofoqueiro e desocupado demaispara uma historia destas passar desapercebida.

 —  Agradeço qualquer ajuda, vejo que os demais não sabemde mim.

 — Saberem das catacumbas não é entender delas. — Agradeço, acha que é seguro coisas assim? — Meu jatinho a deixa em Paranaguá e lá alguém a espera e

lhe deixa em casa. — Obrigada, mas não entendi por que me quis ver? — Algo me diz que nos veremos em Curitiba em 12 anos. — Querendo conhecer os problemas?Pedro olha a menina olhando tudo e esta lhe olha;

 — Por que os anjos lhe querem mal? —  Eles não me querem mal, apenas não sabem como se

portar diante de alguém como eu.

 — Mas eles tentam que os demais não acreditem em você.

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Pedro pensa e fala; —  Pequena Patrícia, estou fazendo com eles, algo que meu

pai sempre fez comigo, os fazendo duvidar, para chegarem a umacerteza, os anjos querem que eles não acreditem isto os faz pensarnos porquês e chegar a uma certeza. Eles podem tentar atrapalhar,mas mesmo assim, estão fazendo o serviço de alguém superior aeles, mesmo eles tentando o contrario, sabem que é o que estaacontecendo.

 — Sabe meu nome? —  Poucos sabem, e mesmo assim, muitos falam, os anjos a

volta não entendem por que você os vê, até falar deles, os mesmosachavam estar apenas lhe influenciando.

 — Os demais não os veem?Pedro sorriu e olhou para Madalena e falou;

 — Tem razão em a manter longe, mas terá de a preparar paracoisas assim.

 —  Entendi, acha que teremos problemas em Curitiba em 12anos?

 —  Eles nos querem destruir e nem sabem da historia um

terço, em 12 anos, posso estar enganado, mas Moreira serápresidente, Jorge terá feito os 3 enfrentamentos com Magog, abruxa de Piraquara não será mais invisível, Gog saberá quem é,Wasser terá atravessado o mundo das Bruxas, feito uma seguidora,e nos encontraremos em Curitiba, cada um, diante de sua historia,diante de seus desafios.

Wasser olha para o menino e pergunta; — E por que eu faria isto?

 —  Não sei o por que das palavras Wasser, mas sei que vaiacontecer, sei dos fatos como sendo seguidos, ininterruptos, masnão quer dizer que as coisas serão boas em 12 anos para mim.

 — Acha que Gog virá a vida? — O quarto enfrentamento, dará a sensação que foi vencedor,

e alguém da terra, o chamará pelo nome, revelando o que nãodeveria ser revelado.

 — E ai estará lá. — Não antes, o depois não me é revelado ainda.

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Moreira coça os olhos e fala; — Conversa maluca.Pedro olha para os demais e fala;

 —  Sei que pode parecer maluquice, mas saibam, estareiprotegendo o vazar de informação, os dados, e Jorge, vamosinvestir em informação juntos, para estarmos prontos.

 — Seu pai bem disse que nascia um empresário e um malucoao mesmo tempo.

 — Talvez a loucura seja algo encarado com naturalidade poraqueles de lá.

Madalena sorriu e falou;

 — Tô indo, acho que entendi o que queria me mostrar. — Vai com calma, sempre olhando para o retrovisor. — Nos vemos em 12 anos.Pedro viu a menina sair pela porta e viu ela sorrir, sabia que

aquele sorriso talvez não fosse mais assim em 12 anos. — Acha que teve acesso realmente a aqueles documentos? —  Wasser, seu mundo é dos pagãos, o de Jorge, vai se

deparar com o poder da terra, os coletores de almas, o deMadalena, o proteger de parte da historia que não deveria terdeixado de ser de conhecimento dos demais, mas já que não é detodos, não se pode revelar.

 — E você entra com o que? – Wasser. — Você deveria ser o que mais entende disto, nosso caminho

é o mais difícil de ver, talvez tenha me deparado com um caminhoestranho, que não compreendo, mas tenho a sensação que minha

vida não será fácil se ficar olhando, então vou começar a acelerar,para quem sabe aos meus 40 anos ter chego perto do que Moreiraaqui chegou.

 — Estão falando que vai chegar bem mais longe! – Moreira. —  Não acredito que exista mais longe, você deu a volta no

planeta em todos os sentidos, como alguém pode ir mais longe, seindo sempre em frente, acabasse no mesmo ponto.

 — Mas começou cedo. – Moreira.

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 —  Conhece imensos casos de pessoas que com 18 tinhamuma fortuna e aos 40 eram pobres Moreira, o seu caso éexatamente o inverso.

 — Verdade, mas poucos estavam tentando olhar longe. — Olhar longe gera custos, estrutura, produções desconectas,

empregados, processos trabalhistas, guerras fiscais, mas  –  Pedroolha para Jorge e fala  – Se puder me ajudar a dar segurança paraaquela moça.

 — Quem é ela? — Lembra a uns 13 anos, sei que era novo, mas de um caso

de alucinação coletiva, que juraram que a catedral na Tiradenteshavia ruído e se visto imensos seres rastejantes a rua?

 — Lembro, todos juravam que aconteceu, quando amanheceue tudo estava no local, se tinha fotos do acontecido e mesmo assim,nada estava destruído.

 — Digamos que aquela alucinação, foi o proteger de Madalenade um segredo, de um problema oculto por baixo das ruas centraisde Curitiba.

 — Pelo jeito ela encontrou a entrada? – Wasser.

 — Digamos que ela tem seu nome no livro do Eterno. – Pedroprovocando. —  Alguém com o poder da terra, senti a força dela, mas

parecia vir de sua cabeça, de sua mente, não entendi. – Wasser.Pedro sorriu pensando, provavelmente do ―Fim de

Expediente‖, e olhou para os senhores e falou; — Estarei em Curitiba na segunda, podemos falar mais lá. — Por que marcou aqui se poderia fazer isto lá?

 —  Ficariam todos olhando para lá Jorge, espero queconsigamos resolver as coisas lá, mas sem mortes desta vez.

 — Os seus são mais violentos que os meus! – Moreira. — Bom saber! –  Jorge olhando para Moreira que não gostou

da afirmativa. —  Nem tanto, mas como digo, existem pessoas que matam

com as mãos, e gente que não.

 — Sabe que ainda estão me devendo por aquela operação emmeu apartamento! – Moreira.

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 — Sabe como eu Moreira, que não a deveria ter deixado paratrás, mas se quiser podemos refazer aquilo, se querer perderdinheiro, não posso fazer nada, mas tem de ver que até acaboubem, o que é um tiro de raspão.

 — Verdade, você já prefere os que lhe perfuram. — Raspão para a maioria.Os outros dois não entenderam, mas quando o segurança

olhou pela porta Pedro olhou para Peterson e falou; — Nos falamos em Curitiba  – Olha para Jorge  – E vamos ou

não comprar a Tribuna do Estado? — Vamos ver, quer mesmo entrar nisto menino?

 — Sangue ainda vende Jorge. — Pelo jeito está esperando mais alguém? – Jorge. — Agora é politica, menos palavras, mais dinheiro na cueca.Jorge sorriu, os dois se despediram, e cada um saiu, os

seguranças poderiam não entender, mas Moreira ficou ali, estavaquerendo saber quem era aquele menino, o que ele estavaarmando, as reuniões não foram para definir coisas, e sim para quea informação de que se reunirão corresse o mundo.

 — E acha que a moça vai lhe ouvir? — Já saberei Moreira.Pedro olha para a porta e vê uma senhora entrar com dois

rapazes e olhar para Moreira; — Você por aqui? — Estou aprendendo como fazer! — Tira sarro, mas – a moça olhou para Pedro e perguntou – 

pensei que seu pai é que estaria aqui. — Podemos conversar Rose? – Pedro. —  Não gosto de tratar com criança, e deve entender meu

ponto de vista. — Entendo. – Pedro olha para Pires e fala  – Tudo bem Pires,

como estão as concessões? — Sabe a pressão que estou sofrendo. — Já te disse, liga para mim, meu pai é pão duro.

Pires sorriu, olhou para Moreira e perguntou;

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 — Fizeram um acordo de não agressão pelo jeito. — Pelo que entendi Pires, o menino vai nos dar segurança. A mulher riu e falou;

 — Vocês dois estão me irritando, e sabem disto, mas por queacham que este menino vale o investimento. A pergunta foi para Moreira que olhou para Pedro e falou; —  Como um menino fala,  ―se querer perder dinheiro, não

posso fazer nada‖, fica ai Rose, em 12 anos, quando olhar para trás,não reclama.

Pires entrega um papel para Pedro que acessa a rede decomputador e confirma dois pontos, olha para o Deputado ao lado

de Pires e pergunta; — Vão mesmo querer os Rosa longe do Rio de Janeiro? — Quem é você menino? —  Deputado Furtado, desde quando nomes são importante,

acho que vocês estão ficando todos moles. —  Pensei que estaria aqui falando com um empresário

Curitibano. — Senhor Furtado, tenho 14 anos, vou terminar este ano, com

16 empresas, mais de 45 bilhões em patrimônio, e não roubeininguém para isto, mas se quer ficar do lado de fora do esquema,que vou fechar neste fim de semana, esperem 12 anos, paramudarmos o rumo novamente.

 — E por que mudaria de rumo? – Pires. —  Digamos que os Rosa, vão investir pesado em meios de

comunicação, e todos eles, vão por anos, falar bem de Moreira aquido lado, e sabemos onde isto vai acabar.

 — Lhe compraram Moreira! – Rose. — Não entendo o problema Rose, não gosta mais de dinheiro? —  Alguns estão pressionando para acabar com todas as

concessões dos Rosa, sabe disto.Pedro ignorou e Moreira perguntou.

 — E vai ficar do outro lado pelo que entendi. — Se o pai do menino não veio, sinal que ele nem nos leva a

serio.

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 — O pai dele veio a uma semana, vocês que não apareceram,agora vendo eles erguerem uma estrutura, vocês vieram, masGerson não é tão fácil como o menino, estão perdendo tempo.

Pires olha a porta e dois Deputados Estaduais entram e umolha para Moreira e pergunta;

 — Seu filho?Pedro sorriu e falou;

 —  Acho que vou me divertir Moreira, este pessoal, não veioconversar, Pires já me confirmou o que precisava, estes ai, quandoprecisarem de apoio o ano que vem, lhes tiro as pernas, esta Rose,quem sabe derrube com o avião presidencial, o que são 20 ou 30mortes nas costas a mais.

Pedro fecha o computador e olha para Pires. —  Pires, estou reforçando a sua segurança, vamos entregar

dois carros blindados, e vamos reforçar toda a segurança do pessoalnosso.

 — Vai assumir a sina? — Sabe que eles nem tem ideia do que temos, gente que nem

sabe o quanto os ―aliados‖ lhes passam a perna, mas não se

preocupe, vou a Bahia semana que vem, vou trazer aliados para ogrupo, e os Magalhães são os próximos, os Sarneys, os Campos e osMello já estão no grupo de apoio, eles que fiquem com as suasguerrinhas, enquanto enriquecemos.

Pedro se levanta e olha para a senhora que olha serio,pensando que o menino tinha medo, mas ignorava que ele passarapelo estreito caminho entre a vida e a morte, sentara no caminho dotrono de Deus, Pedro poderia parecer um menino, mas uma coisa

que ele não temia mais, era a morte. — Acha-se grande coisa menino. – Rose. — Não, sei que não sou, está é a diferença, tem gente que

ignora, que ainda pode ser útil, único motivo de ainda estar viva,gente que acha que pode ameaçar, mas ignora, que a mesma balaque me mata, lhe mata.

Pedro olha para Moreira e fala. — Pelo jeito vamos precisar fazer uma parceria, para vender

Diamante como se tivesse saído daquele seu buraco no Canadá.

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 — Sempre é uma ideia.Pedro começa a sair e Moreira viu o menino olhar para o

segurança que se posicionou e o menino subir para a cobertura.Moreira olha para Pires e fala;

 — Bom saber que o apoio dele vem dai. —  Moreira, este menino vai montar seu mundo, se em 10

anos não lhe bater em números, é por que ele gastou demais. — Acha que ele ergue isto em 10 anos? – Moreira. — Moreira, ele vai fazer acordo onde nós nunca fizemos, sabe

disto, este pessoal ai mais cedo ou mais tarde acorda, mas nãotemos de falar disto na frente deles.

Rose olha para Moreira e pergunta; — Você se apoiando em uma criança, seu filho? —  Não, olha que se meus filhos tivessem esta garra, não

estaria mais trabalhando. — Acha que este menino vai dar trabalho? — Rose, esta pensando com a cabeça errada, mas não vou lhe

prover de dados que já tem, mas se quer continuar na ninhariadaqueles seus aliados, como o menino falou, o que é mais 30mortes nas costas dos Rosa.

 — O avô dele nem se mete com a gente.Moreira olha para Pires e fala;

 — Vamos tomar uma cerveja Pires? — Como Gerson fala, esta cidade convida a uma!Moreira sorriu e Rose grita com Pires;

 — Acha que vai me passar para trás?

Pires poderia parecer inofensivo, mas nunca fora; —  Rose, ninguém queria lhe passar para trás, o menino lhe

convidou, pois terá diamantes que você nunca viu, para vender, emuma qualidade, que teria de buscar compradores de joiasverdadeiras, e não mal acabadas, você não falou com ele. Amiga dapresidente agora está se achando importante, mas não sou eu queesta caindo fora, não sou eu que estou ameaçando, mas aquelesseus amigos em Minas, Bahia e Mato Grosso, vão ter de entender,

que este menino, não é qualquer um, é filho de Gerson Travesso,vulgo Rosa, afilhado de Pedro Mendes, sabe quem é?

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 — Pedrinho do Tabajara é padrinho do menino. —  Ele marcou com ele lá hoje, se você não o ouvisse, pois

sabia que se algo lhe acontecesse, seu padrinho saberia que foi asenhora, e sabe bem, que com Pedro você fala bem fininho.

Rose olha para onde o menino tinha ido e pergunta; — Acha que ele já foi? — Heliporto é para isto, se sobe e se manda! – Moreira. — Que lugar é este, encostado ao morro e muito bonito. — A empresa de software do menino, que acaba de mandar

embora.Os deputados entenderam, o menino estava ali para

conversar, eles não conversaram. — Consegue uma reunião para nós? – Rose. — Depende, vai conversar ou atirar? — O que for mais conveniente. — Acho que o menino ainda vai ter de bater forte para vocês

ouvirem.Pires e Moreira veem Rose, dois assessores e quatro

Deputados saírem. — Por que ele fez isto, não lhe serviu de nada? – Moreira. — Moreira, este menino é rápido, enquanto ele chama toda a

atenção sobre o Rio de Janeiro, ele continua seus planos, ele pareceestar provocando, mas sei lá, quem sabe eles nem saibam comoreagir.

 — Mas o que ele quer? — Ele sabe que não o levam a serio Moreira, se ele falasse a

verdade, eles não acreditariam, ele fala para 10 anos o que vai terno fim do ano, e eles não acreditam, para ele isto é ótimo, pois elesfalam mais do que têm, julgam pelo que vivem, e diga, qual era asensação quando você entrava com tênis e camisa polo a 10 anosnas reuniões?

 —  Eles me olhavam desconfiados, mas eu assinava minhaloucura a cada ato.

 —  Ele não assina a loucura, não em publico, então eles não

vão acreditar, isto dá a ele chance de continuar a fazer o que estáfazendo, sem eles desconfiarem da verdade.

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Moreira olha Pires e pensa; — Quanto ele vai terminar o ano tendo? — Se as concessões que ele pediu, para justificar os buracos e

as extrações, perto de 400 bilhões. — 14 anos, muito bom, e ainda tem uns apoios malucos! — Não entendi. — Vou ter de falar com alguns e ver se marco uma reunião

para amanhã.

Roberto olha para Pedro no Heliporto e fala; — Que horas vai ligar?

 — Em menos de uma hora, não mais, qualquer coisa aviso. — Seu padrinho o espera.Pedro sobe no helicóptero foi subir em um ponto, e dois

minutos depois descer já num prédio novo na entrada da Subidapara o Tabajara.

Pedro Mendes o esperava no heliporto do prédio, ao seu ladoJudith, que abraça o menino e fala;

 — Como foi a reunião Pedrinho? — Um fracasso como esperado. — Então por que marcou? – Mendes. — Eles não podem reclamar de não ter tentado, eles podem

dizer que fui estupido, podem falar o que quiserem, menos que nãoos chamei a conversar.

 — Nem Moreira ouviu? — Este deve estar pensando em me propor algo, mas Rose e

aqueles deputados nem me ouviram. — Quer tentar o governador? — É gente da Presidente, não adianta padrinho, sei que talvez

fosse o caminho mais fácil, mas pelo jeito vou ter de apelar paraoutra forma.

 — Projetou algo? — Não tenho 18 padrinho, senão estava decidido.

 — Certo, e nem idade para se emancipar.

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 —  Verdade, mas vou projetar o futuro, e vou começar fazeristo, alguns vão reclamar, mas terão de reclamar com umainstituição, não comigo.

 — Vamos entrar? – Judith vendo os dois ali, a conversar.Os dois sorriram e Pedro falou;

 —  Desculpa minha má educação, prazer, Pedro Rosa!  –  EmHebraico.

Judith sorriu e respondeu. — Fala bem para um brasileiro. — Poucas frases, mas aprendo rápido.Mendes olha o sobrinho e fala;

 — Vai pelo jeito encarar isto mesmo.Pedro não respondeu, desceram 4 lances de escada e

entraram em uma imensa sala, pé direito de mais de 4 metros, sevia uma outra sala um andar a baixo em um canto, e duas imensasportas que deveriam dar nos quartos, senta-se e fala;

 — Conseguiu falar com o senhor Josef Hult, ele vai vir? A pergunta em português para Mendes foi respondida com um

balanço afirmativo de cabeça de Judith, e com a frase; — Chegou a 3 horas.Pedro sorriu e perguntou;

 — E onde eles está? —Chegando ai, Judith falou com ele, e parece que não está se

aguentando, quase foi direto para Curitiba. — E como estão as coisa na cidade padrinho? — Um agito geral, mas parece que você nem veio a guerra,

pensei que Rose conversaria, o que acha que está acontecendo? —  Ela quer que corra atrás, disse para o pessoal que iria

negociar, mas a culpa foi minha, disse para se manter longe danegociação, ela pensou que éramos qualquer um.

 — Acha que ela quer que você corra atrás, mas isto não seriaproblema! – Mendes.

 — Padrinho, quando ela achar que vou negociar, quem vai lhedar o calote sou eu, se ela me fez vir e não se propôs conversar,

que fique esperando.

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 — Vai comprar a briga? —  Vou acertar detalhes, e começar a atravessar alguns

mercados, e acho que uma pessoa pode me ajudar. — Alguém que conheça? — Acredito que não, e compreenda Padrinho, é segredo, não

vou abrir, se eles querem me ferrar, vou começar a perderconcessões, 3 delas em Minas, uma no Rio de Janeiro.

 — Por que? — Extração de auto custo, eles não vão duvidar, eles ganham

a concessão, retiro meus equipamentos, e quero ver eles gastarem. — Por que disto?

 —  Padrinho, eles tem de me respeitar, estão arrotando alto,mas nem sabem da historia metade, não vou facilitar, acha mesmoque estou gostando de segurar algumas coisas?

 — Sei que não, mas não entendi ainda o que vai fazer?Pedro tira a mochila das costas e abre, tira uma pasta

aparentemente de notebook, mas dentro, um tecido negro, Pedropega uma sacolinha num dos bolsos internos e despeja naqueletecido negro e Mendes chega perto vendo o brilho de mais de 100

diamantes, de tamanho médio para grande. — E anda com isto por ai?Os olhos de Judith brilharam, uma coisa era falar de diamante,

uma coisa era os ver diante dos olhos, brilhosos. —  Padrinho, estava as costas para negociar, mas Rose nem

conversou, não fui lá para não conversar, mas sabe, somos Rosas,não sabemos ceder, nos despedaçamos em pétalas.

 — E o que quer com isto? — Uma senhora o vai procurar, e se apresentar como Marcia,

ela vai vender os diamantes para mim, ela me antecipou uma boafatia do que está ai para ter direito a vender eles.

 — E como vou saber se é ela? —  Mais de um metro de noventa, mais de 150 quilos, pele

branca, olhos verdes, não vai mostrar identidade, e não precisamossaber seu nome real.

 — E vai confiar nisto?

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 — Padrinho, qualquer um que me passe a perna agora, esta jogando uma fortuna no lixo, acha mesmo que agora é a hora dasvacas gordas, ou de selecionar o gado.

 — Entendi, mas me indicou por que? —  Se alguém me procurar em Curitiba, será monitorado, eu

teria de vir lhe ver de qualquer forma, o normal é uma afilhado verum padrinho, ou não.

 — Sim, esta tentando desviar os olhos deles. —  Sabe que do seu prédio do meu, pelo chão, não dá 10

minutos por causa da volta. — Quer dizer que montou ali pensando em uma parceria?

 —  Judith pode ajudar, sei que grandes joalheiros no mundopodem ter interesse em pedras únicas. — Já tirou uma destas? —  Não, mas vai acontecer, e quando acontecer, tenho de

estar pronto a ter para quem vender, Rose seria o caminho, paranão mais de 2% dos diamantes, ela acharia que é o todo, pois estes2% bateriam em mais de 200% o que os seus parceiros vendem,mas quem sabe com calma a colocamos nisto.

 — E ela não lhe ouviu. —  Quando ela estiver disposta a ouvir, conversaremos, mas

ela vai ter de saber que nossos diamantes já tem compradores erepresentantes lá fora, mesmo sem saber por onde saíram, paracomeçar a entender o problema.

 — E vai vender tudo? —  Não sei ainda o que fazer padrinho, tô meio perdido, é

muita coisa, mas sabe que quando surgirem os diamantes lá fora

vindos do Brasil, os parceiros de Rose vão achar que firmamos oacordo, pois para eles, nos encontramos.

 — Vai os fazer brigar? — Quero que eles se fu... padrinho!Pedro Mendes sorriu e viu um segurança a porta e falou;

 — Deixa entrar.Pedrinho olhou a porta e Judith foi a ela e falou em hebraico;

 — Bem vindo senhor Josef Hult!

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O senhor olhou em volta, Pedro fechou a pasta e caminhoupara o sofá e sentou-se, seu Padrinho sentou-se e ouviram o senhorfalar.

 — Quem é a moça, pelo jeito de nossa terra, que fez questãode falarmos antes de partir.

 — Senhor Josef Hult, não queríamos que perdesse a viajem,mas se puder nos ouvir um momento.

 — Quem são vocês?Pedro Mendes olhava para o afilhado quando ele põem as

mãos sobre os joelhos, e fecha os olhos, não sabia o que o meninoestava fazendo, mas parecia pensando, mas é que ele não entendiatodas as palavras ainda, algo havia mudado em seu interior, mas aspalavras em hebraico que estavam em sua memoria, eram muitodiferente da atual, então ele tinha de tentar lembrar do básico, eprestar atenção redobrada para não cometer um sacrilégio ouafastar alguém essencial. Ele abre os olhos olhando para o seupadrinho aos olhos, puxa sua mochila e puxa dela uma foto, osenhor estava chegando a eles, e o menino não falou, apenasesticou a imagem, fotografada por seu pai no laboratório, ondehavia fotografado todas as folhas, protegidas no sistema. Quem

procuraria uma imagem escrita em hebraico, com sistema dedecodificação e senha de abertura?

O senhor pega a imagem, o menino lhe olhava aos olhos, masquando fixou a vista na imagem, em uma folha A4, recuou e sentou-se olhando a folha, se perdeu ali, Judith entendera que o meninoachara algo que o senhor procurava, o senhor olha o menino epergunta.

 — Isto é real?Pedro pensou no que falaria, teria de pensar nas palavras,

hebraico era algo novo em sua mente; —  Sim, mas não é um conteúdo a vir ao conhecimento

senhor. – Pedro em Hebraico, o senhor olhou o menino, estranhou otom.

 — Não é Yadut? — Não, Brasileiro, criado num pais Cristão.

 —  E por que não acredita que seja um conteúdo a vir aoconhecimento.

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 — Isto o senhor pode tirar as duvidas por si. — Sabe a encrenca que tem aqui?  – Pergunta o senhor para

Judith. — Senhor, eu não tenho mais visto de retorno, sou es Mossad,

eles não me querem por lá, mas não entendi o que o menino achouainda.

 — Pelo jeito pegou pesado. —  Fui usada, e a guerra na Síria já matou mais de 100 mil

pessoas! —  O problema é que este documento, se for real, é a

comprovação da existência de um documento que todos sempre

quiseram desmentir ou sumir, todos os exemplares achados foramdestruídos, eu sempre quis ler um antes de o destruir, mas não querdizer que minha fé não o destrua.

 — Sua Fé ou seus Medos? – Pedro.O senhor olhou para o menino e perguntou;

 — Pelo clima, foi você que achou. — Sim. — Onde?

 — Uma cidade chamada ―Nazareno‖, aqui no Brasil.  — Muita coincidência. — Senhor, não nos apresentamos, sou Pedro Rosa!Os demais olhavam para Pedro quando o senhor o encarou, e

falou; — De qual procedência, Portugal, Marrocos ou... — Família Netser! – Pedro antes do senhor perguntar.

O senhor encostou na poltrona, a moça viu que o meninoacabara de impressionar, e ouviu; — Sabe de sua origem, o que procurava? — Ouro! — Achou? —  Sim, encontrei coisas de valor, ouro, diamantes, e outras

coisas, na sala de entrada onde estes documentos estavam.

 — Sala de entrada?

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Pedro pega uma sequencia de imagens e põem a mão dosenhor e ele para na imagem da catacumba.

 — Sabe que isto é inaceitável? —  Sabe que noventa e nove por cento das pessoas não

entendem o que é isto senhor! – Pedro. — Acha que entendeu? —  Acha que se tivesse entendido, estávamos conversando

senhor?Josef olhou para Pedro e para os demais e perguntou;

 — Você que pelo jeito esta por trás disto. — Sim, mas como o pessoal de Pablo Guedes, está já por lá,

resolvemos lhe dar segurança para chegar lá senhor. — Então já vazou? —  Sabe que eles nem desconfiavam do que e já tinham o

mandado para lá. — Não vai esconder deles? – Josef. — Adiantaria, eles matariam todos por não saber o que temos,

que saibam então. — E vai abrir isto a alguém? —  Aos documentos, quatro pessoas terão acesso, o senhor,

Pablo Guedes, David, o especialista que eu nomeei para controlaristo, e Peterson Wasser.

Pedro olhou o senhor recuar a cadeira, o menino não era defalar coisas que lhe fizessem sentido, ainda mais em hebraico,estava aprendendo um pouco, mas a reação do senhor a cadeira,fez Judith sorrir.

 — Você quer o que com isto? —  Três desacreditando mas sabendo o que achamos,podemos até dar sumiço depois, mas com pelo menos 3 pessoassabendo o conteúdo.

 — Pensei que iria querer testar. — O local que tem as fotos, já esta lacrado, não vou deixar

alguém lá, para se perder e me complicar. — Por que?

 —  Não quero ser responsável por alguém passar antes dahora por ali.

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 — Acha que entendeu algo, não se abre algo assim, sei ondetem algo assim, mas desculpa, não é tão fácil.

Pedro sorriu, olhou para o celular e falou; — Só um momento.Pedro atende o telefone e pergunta;

 — Problemas David. —  Sim, tô lhe passando uma imagem, estava olhando os

documentos que seu pai havia separado, tem uma carta, e queestava na antessala, tem um computador ai?

 — Acha que precisa me passar isto? – Pedro. — Quando for falar com Josef, mostra para ele.

Pedro olha para o padrinho e para o senhor e fala; — Então me passa por e-mail, mas o que acha que é? — Já ouviu falar do relato de Noé! — O do Torá? — Sim, mas estava na parte anexa, que tinha aqui, ela por si

é incrível, pois é uma narrativa anterior a Moises, mas nacontinuação tem o ―Sino e o Dragão‖. 

Pedro pensou e perguntou para David, falando a parte Sino eo Dragão em Hebraico. — Quer dizer que tem nos anexos o ―Sino e o Dragão‖, mas o

que ele relata? — Nunca havia lido algo assim, e provavelmente nunca mais o

lerei, não é a versão de Moises do mesmo livro, é a versão de Noé! — Não entendi a urgência David. — Então que eu tenha sorte!

Pedro desligou e olhou o senhor e ligou para João em Curitibae perguntou;

 — João, me confirma, rápido, quem está com David? — Que saiba ninguém. — Ele ligou me passando algo, mas parece que alguém quer

uma resposta rápida, e está lá, me garante que ele está bem e meliga.

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João em Curitiba olha para Roseli e liga para os rapazes, estesestranham, mas invadem o laboratório e veem o rapaz amarrado, ediscam para João.

 — João, chama o Romarinho, rápido. — O que temos ai? —  Um detonador para 30 minutos, o sistema local não nos

deixa chegar muito perto, mas parece que o computador dele estaaberto, alguém revirou tudo aqui, tem um monte de coisa destruída.

 — Merda, isola a área!João liga para Romarinho e o mesmo em Florianópolis olha

para o celular e fala;

 —  Põem a imagem no sistema, e me põem o Carlinhos nalinha, isola a região e começa a evacuar o prédio. — Acha necessário? — Não sei ainda, não tenho a imagem ainda.João libera as imagens do sistema e Pedro no Rio de Janeiro

olha para as imagens ficando livres e entende o porquê, C4, odiavaestes covardes e passa uma mensagem para João.

 ―Consegue digitais, filmagem, me afasta quem estava no 

prédio, se ele morrer alguém vai pagar por isto João!‖   ―Quem pode ter sido?‖   ―Alguém que está querendo que aparente que é uma

operação religiosa, olha as únicas coisas não destruídas!‖   ―Estou reparando, mas acha que foi quem?‖   ―Não vou julgar, mas alguém que quer que olhe algo, mas

está na hora de o tirar dai João!‖  

Pedro ficou olhando a operação, mas manda imprimir o textoe ouve uma impressora ao fundo;Mendes pega a folha e Pedro faz sinal para passar para o

senhor, enquanto Carlinhos desarma a primeira leva de explosivo, osrapazes tiraram os demais, trazem uma proteção para Carlinhos, eleestaria ali até o fim, David estava assustado, e não sabia o quefazer.

Pedro olha para o brilho dos olhos de Josef, ele fala algumas

coisas, mas o menino estava prestando atenção na ação,procurando algo que não entendera, vê a policia especialista em

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desarmamento chegar, o suor corria no rosto de Carlinhos quandoviu um senhor entrar e olhar o rapaz e chegar a Carlinhos e fez sinalpara ele ir para fora;

 —  Vai, deixa com quem entende!  –  O policial, quase vitimafatal do casamento de Gerson, olha para o rapaz e fala;

 — Mantem a calma. – Olha para Romarinho no visor e fala – Oque faria para o salvar?

 — Tem três sequencias básicas, mas desconfio de sequenciasfáceis, tem de verificar se tem algum fio por baixo, ligado aocomputador.

 — Por que estaria ligado ao computador?

 —  Quem esta fazendo isto, esta o monitorando, e parecequerer uma resposta de Pedro no Rio de Janeiro, então ele queralgo para o deixar vivo.

 — Consegue saber quem? — Lá vamos a guerra novamente. — Certo, estou olhando, três fios! —  Dois deles devem ser do fone de ouvido, colocado

internamente para nos confundir.

 — Sim, e o terceiro um positivo! — Consegue ver onde este fio entra? — Por baixo do rapaz, em um C4 abaixo dele.Pedro liga para Romarinho e fala;

 —  Faz duas coisas Romarinho, tira a bateria do notebook,desliga da tomada, e isola a área de som, eles podem ver, mas nãoouvir.

 — O que quer com isto! —  Eu vou ligar para David, mas preciso que apenas ele evocês dois me ouçam.

 — Acha seguro. — Ele não vai conseguir em 5 minutos Romarinho.Romarinho passa as instruções e o senhor tira a bateria,

desliga da tomada e vê a tela do computador se manter, Pedrosorriu e pegou seu celular, o senhor a sala estava distraído, Pedro

Mendes estava vendo o que o menino estava fazendo, sabia atensão.

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 — Madalena, chegou em Paranaguá? — Fala menino. — Me ajudaria em uma coisa, sei que é arriscado.

 — O que aconteceu. — Um rapaz que está decifrando textos que alguns religiososnão querem que venha a tona, foi colocado sobre um explosivoplástico, eu não tenho como o defender em um prédio no 12° andar.

 — Onde e quanto tempo? — Marechal Deodoro 2584, mas não sei o risco, 4 minutos.Madalena fez sinal para a filha continuar no sentido do

helicóptero, ela estava em Paranaguá, ela se imagina em Curitiba, o

cristal negro sobre sua cabeça parece a cercar em segundos e elasurge na portaria do prédio, ela toca a corroa e seu corpo ficatranslucido. Sobe para o 12° andar, ela entra translucida, o sistemade câmera parece se perder com o magnetismo da moça, mesmoinvisível aos olhos, provocado pela coroa que a moça chamava de

 ―Fim de Expediente‖ , e Romarinho ouve; — Pede para o rapaz se afastar. — O que vai fazer Pedro.

 — Rápido, dois minutos.O rapaz não entendeu, mas algo eles tentariam, ele não sabia

o que.Romarinho viu que Pedro fechou o sistema de câmera, agora

era entre ele, o menino e o senhor a frente.Madalena toca no senhor, quando ela o tocou, David viu a

moça, e perguntou;

 — Quem é você? — Eles não me veem, mas feche os olhos rapaz.Madalena sentiu a rua, e o corpo do rapaz, este viu tudo

mudar em volta e surge na calçada apenas de roupas intimas, elanão sabia o que havia de perigo preso a roupa dele.

Romarinho vendo o rapaz sumir grita pelo sistema e o rapazouvindo sai correndo pelo corredor e entra por trás de duas paredesde proteção e tudo explode, as janelas explodem e David olhou para

cima, entendeu onde estava, seminu mas vivo, e olha para a moça,que o solta, sumindo de sua vista.

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João que chegava ao local vê David seminu à rua, o agito daexplosão e sobe pelas escadas, 12 andares é de matar qualquer um.

 Viu os rapazes tirando o policial dali e olha em volta, tudodestruído e pega o telefone.

 — Pedro, tudo destruído. — Acha que consegue descobrir o que aconteceu João? — Vou ter de fazer um rescaldo detalhado. — Sei disto, mas arranja um local para David ficar, um lugar

seguro, vê quem recebeu para deixar isto acontecer João. — Acha que alguém se vendeu? — Quase certeza.

Pedro desliga o computador e olha para o senhor; — Problemas? — Acabam de explodir o andar que tinha os documentos em

Curitiba. – Pedro pôs as mãos a cabeça passando a mão nos cabelosda frente para trás e olhou para o padrinho e falou.

 — Não sei, ainda é muita gente maluca, e parece que atraioos mais malucos.

 — Acha que terá problemas? — Vou ter problemas, mas não posso recuar padrinho. — O que aconteceu, o que fez? —  Se os demais não sabem de nós, e não sabem nossos

métodos, vão ter de aprender a respeitar. — Mas o rapaz sumiu do local.Pedro olha para o padrinho, olha o senhor e sorri, Mendes

soube que Pedro não falaria ali.

Pedro vai ao lavabo, lava o rosto e volta a sala; —  O que falávamos?  –  Pedro tentando voltar ao que o

trouxera ali. —  Que acabam de acabar com sua prova, deveria imaginar

isto. —  Senhor, eu não quero provar que existiu, quero apenas

entender o que aqueles senhores cultuavam lá.

 — Tem todos os dados no sistema?

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 — Em 30 sistemas, e um fora do sistema, tudo fotografado edocumentado.

 — Esperava isto pelo jeito. — Meu pai havia isolado os dados antes de me informar o que

tinha lá. — Mas perdeu algo de valor, parece tenso. — Odeio covardes que tentam matar os inocentes, para nos

parar, mas tenho de pensar senhor, Curitiba deixou de ser seguropara ir para lá.

 — E onde teria acesso a isto?Pedro olha para Pedro, e pergunta ao padrinho;

 — Acha que ali no prédio do lado é seguro? — Acho que sim. — Vamos lá então.Pedro sorriu e o senhor viu um segurança levar suas malas

para cima, e viu o helicóptero, subiram nele, e o voo rápido, fez eleduvidar da necessidade, mas descem 4 andares e Pedro abre achave e entrega para o senhor.

 —  Senhor Josef, este apartamento, tem sistema, telefone,internet, e  – Pedro liga as telas e fala  –  estou puxando para esteservidor, os dados  –  Pedro senta-se e o senhor vê ele acessar osdados e começar a colocar na tela de apresentação uma serie dedados e termina. – Precisando de algo, me fala.

 — Quem é você menino, parece improvisar com uma maestriaque parece ter pensado nisto antes.

 —  Não é maestria, é pensar mesmo nas possibilidades decontratempos.  – Pedro pega o celular e fala  – João, como estão ascoisas?

 — David esta assustado. — Pega as coisas dele sem falar para ninguém e manda para

o Rio de Janeiro, para o servidor. — Vai o por ai? — Não deixa muitos o verem a partir de agora, não fala quase

nada, mas o protege e tira dai, para esta pesquisa, este lugar deixou

de ser seguro, e conheço poucas pessoas que sabiam deste lugar aponto de fazer o que foi feito.

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 — Acha que foi quem? — Opus, mas é um chute. — E aquele Pablo?

 — Deixa ele ficar fazendo perguntas, tudo foi pelo ar mesmo,não tem mais o que verificar ai.Josef aciona o sistema e olha a ampliação original do

documento que havia lhe passado e olha para o menino; — Sabe o que é isto? — Não, algo que alguém quer destruir pelo jeito, quer dizer,

queria, conseguiu. — A declaração do Diluvio!

 — Qual a importância disto? —  Todo cientista sabe que o Diluvio não foi planetário, foi

localizado. — Como pode ter esta certeza? —  Digamos que a bíblia mesmo a minha, afirma que este

diluvio teria sido próximo a uns 6 mil anos no máximo, com errospara mais ou para menos, mas o vale do rio Jordão, a cada ano, amais de 22 mil anos, perde volume de água, então se o diluviohouve, ele não abrangeu as terras onde os Judeus vivem.

 — E o que fala ai? —  Uma narrativa de parte da sobrevivência, de seres que

andaram mais de 25 dias seguidos, famílias inteiras fugindo nosentido sul.

 — Sentido Sul? — Para as terras dos Arianos.

 — Mas os arianos não seriam muito mais recentes? – Pedro. —  É rápido menino, sim, pelo que pensei, não mais de milanos.

 — Mas de quando é este documento? —  Pelas indicações de estrela.  –  O senhor aponta alguns

pontos que lhe passaria desapercebido na ponta do documento  – eles identificavam suas posições pelas estrelas.  –  O senhor foi assuas malas e pega um computador, havia um programa que ele

colocou a posição das estrelas e fala.

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 — Ano 8453 antes de cristo as estrelas na região da Turquiaestariam nesta posição.

 — Seria o relato escrito mais antigo que se tem conhecimento. — Pedro.

 — Uma pena o perder antes de o poder ver. — Algo menos para desacreditar. — Não entendi o que aconteceu, mas isto faria até os meus

explodirem um prédio. — Um andar inteiro foi pelos ares, estão analisando as colunas

de sustentação do prédio, para saber se é seguro ainda. —  Este relato não é fácil, tem um pedaço de caracteres

sumérios, outros do norte da Turquia, e símbolos que nem sei osignificado. — Pode ser até erro de interpretação. — Sim. — Quem adoraria saber o que está escrito ai, quem ganharia

com isto? — Ouvi você falar em Wasser, ele sempre quis saber a data do

surgir do poder da terra, o desvendar deste poder.

 — Bruxos, mesmo convertidos ao Paganismo não me parecemconfiáveis, mas não acredito que fosse isto.

 — Por que não? — Falei com ele oferecendo o conhecimento que havia lá, ele

não destruiria tudo o que tinha lá por algo assim, que ele acabariatendo acesso estando lá.

 — Faz sentido, mas Opus é outra opção.

 — Com certeza, ainda mais sabendo que o senhor estava indopara lá, um bom motivo para acabar com tudo. — Mas sabe que existem outros grupos. — Sei que atraio desgraça senhor. — Não me parece isto, parece atrair conhecimento, já pensou

que as pessoas poderiam querer que você revelasse algo, ou quecolocasse alguém no local, para defender o rapaz.

 — Talvez, tenho de pensar mais nas próximas investidas, mas

também pode ser que fosse para lhe dar condições diferentes daque estava indo lá conseguir, sei que sempre tem grupos bem

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formados que cumprem ordens, mesmo que tenham de matar umou outro.

 — Não confia em ninguém pelo jeito! – Josef. —  Se um dia, ver o que vejo senhor Josef, entendera que

começo a duvidar dos meus pensamentos, sei que parece loucura,mas estou em uma certeza, que pode me levar a loucura, estou nacerteza que Deus é soberano, e que por mais que todos os anjos ehumanos sejam contra o que tenho de fazer, isto iria acontecer.

 — Não entendi. — Sei disto, mas sinta-se a vontade, precisando de algo pede,

amanha vou conseguir um interprete, para que possa se comunicarcom os demais.

 — Vai se afastar? — Amanha chega aqui alguém para trocar ideias, mas não sei

a quantos vou abrir onde estamos descobrindo isto. — Nisto tem razão, não sei onde estou, mas se suas prisões

são como esta, aceito ficar detido aqui um tempo! – Josef.Pedro sorriu.

Pedro subiu ao seu quarto, tomou um banho, e ligou paraRoberto e perguntou;

 — Como estão as coisas Roberto? — Você que me fale, soube que o laboratório estourou. — Sabe que me preocupo, estou olhando os detalhes para sair

daqui para a confusão. — Esta entrando na paranoia.

 — Roberto, ainda temos de achar o resto daquele C4, parte foiexplodido hoje. — Nem me fale. —  Vou para ai de helicóptero, mas sabe que nem sei como

vou acabar o dia, mesmo estando próximo da meia noite. — Os rapazes estão cantando as meninas. — Minha irmã esta se divertindo desta vez? — Sim, ela esta se divertindo.

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Pedro quase perguntou com quem, mas não queria quebrar asurpresa, e não estava ali para discutir, estava prestes a sair, sabiaque desceria a meia quadra do Circo Voador, era próximo da meianoite e sabia que já estava ficando tarde, nada do que pretendia

fazer tinha acontecido como ele planejou, então ele sorriu, talvez osdemais não entendessem, mas Pedro estava feliz naquele momento.

Pedro desceu do helicóptero e viu dois seguranças oescoltarem por duas quadras, sorriu em sentir-se uma celebridade,estava parando uma rua para ele chegar rápido ao Circo Voador.

Os seguranças da porta viram quando Roberto apontou omenino, e abriram a parte lateral, que dava a parte superior para elesubir.

Pedro estava distraído, pensamento longe, até chegar a partesuperior, um dos rapazes estava falando alto com Rita, a cena desua irmã e Carolina se beijando lhe fez sorrir, olhou para Camila queolhava o show na parte baixa com Roger.

Pedro chega ao lado de Rita e lhe beija, talvez o rapaz tenhaficado com raiva, se viu o desgosto dele.

 — Pensei que iria perder todo o show.

 — Está linda! — Conseguiu o que queria? —  Nem me fala, deixa eu curtir um pouco, nada deu certo

hoje, e ao mesmo tempo, tudo esta em um ponto que me permite ira frente.

 — Nada deu certo, não entendi. — Depois falamos, como estão as meninas? — Os meninos começaram a dar encima das duas, não sei se

estão fazendo tipo, mas olha que todos a volta mesmo se dizendocompreensivos estão de boca entreaberta.

 — E você, como está minha menina especial? – Pedro. —  Estava falando com Marcelo, ele é um programador que

trabalha para seu pai, ele disse que está impressionado com aestrutura, sempre sonhou em trabalhar em um lugar como aquele,mas obvio, esta adorando.

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Pedro cumprimentou o rapaz, a conversa era aos gritos,Matanza chegava a sua oitava musica no palco, cantando TempoRuim, para Pedro um clássico, para as meninas algo diferente.

 A musica entra na veia, e Pedro olha para baixo o agito, olhapara os demais e fala para o rapaz.

 — Obrigado por a proteger num lugar destes. — Namoram a muito tempo? — Menos do que gostaria, mais do que pensei ser possível. – 

Rita sorri, e o rapaz olha para os demais, se estavam pensando queseriam babás, agora o menino estava ali, os assuntos satânicosentram na mente, sorri, como eles saberiam o que era algorealmente Satânico.

Rita abraçava Pedro quando Carolina e Renata chegam a ele eCarolina fala;

 — Não entenda errado. — Errado, acho que somente eu aqui sou errado. —  Sabe que quero falar com você, mas onde possamos

conversar de verdade, sem uma cama por perto. — Quer gritar aqui?

 — Aqui também não, mas com certeza vamos a algum lugar. —  Sim, quando o dia insistir em nascer, já devemos ter

conseguido conversar. — Vai daqui para onde? – Marcelo. — Para algum barzinho aqui perto na Lapa. — Pelo jeito ninguém lhe convidou ao churrasco? – Marcelo. —  Não quero atrapalhar Marcelo, sei que somos jovens

demais, não queremos atrapalhar. —  Mas parece saber como se divertir, pensamos que iriamficar lá olhando o prédio.

 —  Se um dia algum de vocês precisar de ajuda, dai vão mever diferente de hoje, mas não é a hora ainda.

 A gritaria estava grande quando o celular de Pedro toca com otom de mensagem e ele Lê a primeira mensagem.

 ―Passaram o Firewall pela entrada 201!‖  

 A mensagem de Charlyston fez Pedro sorrir e Rita perguntou;

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 — O que ainda está acontecendo?Pedro mostra a mensagem, ela não entendeu, Marcelo chega

perto e olha a mensagem e fala gritado; — Onde dá esta entrada. — Numa pseudo Lixeira. — Como pseudo Lixeira. — Deixa ele tentar provar que esteve ali, quero ver até onde

ele vai, tem de ser em um lugar onde deixe rastro, mas é bom saberque tem um buraco no Firewall.

 — Bom? – Marcelo. —  Se não me engano, você é o programador do editor de

texto do novo software?O rapaz sacudiu a cabeça e ouviu;

 —  Marcelo, quando você terminar de projetar o editor detexto, uma das partes mais complexas deste novo sistema,provavelmente será mais fácil de abrir buracos, mas este sistema étão leve, que eles ficam procurando coisas que não existe, como oeditor de texto, o editor de vídeo, o editor de reciclagem.

 — O editor de Reciclagem já existe.

 — Sim, e se refaz a cada 12 segundos, o que quer dizer quese o sistema for invadido e o rapaz demorar mais de 12 segundospara entrar, estará em meio a um travar do avançar e do recuar,sem comandos conhecidos, ou estou enganado.

 — Parece conhecer bem o sistema. — Digamos que conheço Charlyston, espero que tenha mesmo

algo a pagar no fim desta semana, não gosto de pensar que nãoconseguimos ver o erro e ninguém conseguiu, pois sei que tem, e setem, temos de achar e consertar.

 — Mas e se for perfeito. —  Nem os anjos são perfeitos, por que nosso sistema seria

Marcelo. — Acho que a comparação não cabe ao sistema. — Existem dois nomes prováveis para o sistema, The Door, ou

The Sky, mas acredito que nenhum dos dois nós conseguimos

registrar, então vamos usar algo mais básico, uma sigla. — Acha que este sistema vai ser comercializado?

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 —  Não, esta é a diferença, vocês estão trabalhando em umsistema fechado, que terá problemas de interação com jogos, comaplicativos, mas que aceitará ser instalado  –  Pedro olha para opalco, onde o Matanza cantava Rio de Whisky, sorriu pensando na

maluquice que fora sua primeira vez, e termina  –  instalado emparalelo a outros sistemas.

 —  E qual a utilidade dele se não será comercializado?  – Marcelo.

 — Nem tudo que existe no mundo é para venda, muito do queexiste é para gerar estrutura, para obter dados, para esconder fatos,o futuro vai ser feito pela informação, ela com antecedência vaivaler mais do que uma pilha de ouro.

 — Por isto o sistema é na estrutura de Backup? —  Sim, ele foi projetado para grandes estruturas

armazenarem dados sem os demais perceberem a saída, nospermite entrar com dados e informações colocadas aos poucos emoutros sistemas, para que aquilo passe a ser tido como fato.

 —  Se entendi, este Charlyston esta conseguindo as entradasdos demais, enquanto eles tentam invadir.

 — Na verdade o sistema que ele montou acaba se instalando,e fornecendo os dados com calma após isto. — Sabe que se isto for real, em 5 dias, o sistema se defendera

de fora para dentro. — Finalmente alguém entendeu. – Pedro sorrindo. —  Sabe que tem sorte menino, é inteligente, tem um pai

respeitado e uma namorada linda. — Sorte é meu sobrenome. – Pedro olhando para Rita – Linda

é o dela.Rita o beijou e falou;

 — Pelo jeito não tem relaxado muito.Pedro olhou para o palco e fala;

 — Deixa eu dar o fora, estou sóbrio demais.Marcelo sorriu vendo o Matanza cantando:

 ―e todos que não estiverem bêbados, deem o fora daqui!‖ .

 — Pelo jeito gosta deste barulho.

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 — Sim, queria estar curtindo mais! – Pedro olha o celular tocare lê a mensagem de Roberto.

 ―David já esta no prédio de Copacabana, segurança reforçada,assustado mas bem.‖  

Pedro sorriu e falou; — Pena que os problemas demoraram tanto para se resolver. — Pelo jeito foi barra pesada! – Rita. — Garanto que seu pai hoje esta agradecendo por estarmos

no Rio de Janeiro. — Onde foi o problema? – Rita. — Alguém explodiu o laboratório com tudo que tinha lá.

 — Desgraçados. Alguém se machucou? — David está bem assustado. — Sabe quem foi? —  Não, mas meu pai deve estar mexendo com alguns

buracos, o C4 deveria ter sido recuperado pelo exercito, e pareceque ainda esta solto por lá.

 — Do que estão falando? – Marcelo.

 — Eu tinha um laboratório de analise de artefatos antigos emCuritiba, a noticia que todos vão falar amanha, o andar de umprédio explodiu, estão analisando nesta hora se vão ter de derrubaros 3 andares acima do apartamento, tamanho problema estruturalque esta explosão gerou.

 — Alguém morreu? – Marcelo. — Dois policiais feridos, eles correram no sentido da escada,

mas tudo acima deles explodiu.

 — Por isto atrasou? – Rita. —  Sim, David chegou agora a pouco no Rio, vou transferirparte para o prédio ali em Copacabana.

 — Fala como se mandasse muito! – Marcelo.Pedro sorriu e falou;

 —  Verdade, falo como o meu pai e esqueço que as pessoasouvem isto.

Rita sorriu e falou; — Sabe que hoje foi bem melhor que aquele fim de semana.

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 — Cada fim de semana uma confusão diferente.Rita o abraçou vendo Carolina e Renata a provocar dois

rapazes, dos programadores, não deveriam ter 20 ainda, as duas seprovocavam e provocavam os meninos.

 —  Espero que seus amigos saibam a encrenca que estão semetendo. – Pedro olhando para Marcelo.

 — Com certeza eles escolheram melhor que eu.Rita sorriu e Pedro viu o fim do show, não conseguira ainda

ver um show inteiro destes, talvez depois de adulto, mas não sabiaainda o que aconteceria.

Bebida e musica que provocam a parte animal das pessoas,

fez ao fim do show um pessoal brigar na parte baixa, os segurançastiveram de separar, mas isto só transferia para fora a briga.Carolina abraça Pedro e fala;

 — Vai ficar longe? — Não quero beijar uma irmã por acidente. — Esta sua irmã esta maluca. — Andaram bebendo pelo jeito, não toma jeito Carol? — Tem de ver que tínhamos de nos soltar. — Vamos sair e nos divertir, agora vamos para um clima mais

Rio de Janeiro. — Como assim? – Marcelo. —  Eu vou para a Fundição, daqui a pouco o Monobloco

começa a tocar! – Pedro. — Você sai de um show de rock para um de samba. — Acho que sou Curitibano, não tenho estes bairrismos, gosto

de conhecer para avaliar. — Mas tem de ver que são opostos. —  Sim, poucos veem musica como musica, quem foram os

primeiros padrinhos do Monobloco? —  Sei lá, nunca vi um Show deles, não gosto muito de

carnaval. — Paralamas do Sucesso!Renata chega ao lado de Pedro e pergunta;

 — Onde vamos continuar o agito.

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 — Gostando? — Sim, não é meu estilo, mas gostei!Pedro alcança para ela um ingresso do Monobloco, ele estica

um para o casal de Camila e Roger, tinham mais convites ali, mascomo não sabia se eles iriam, Pedro apenas deu um convite paraquem estava com ele.

 — Fundição, é longe? — Uma quadra bem comprida e meia.Renata sorriu e passou o braço no livre de Pedro, já que Rita

estava no outro e fala. — Vamos lá, pelo jeito falou serio em se divertir.

 — Sabe que nem sempre as coisas são fáceis irmã.O rapaz soube somente neste momento que uma das meninas

era irmã de Pedro, sinal que era filha do proprietário da empresaque trabalhavam, Marcelo sorriu, e falou;

 — E não vai nos convidar? — O salario de vocês é melhor que minha mesada.Rita sorriu pois Pedro estava ainda escondido em um disfarce.Caminharam e Roberto chega ao lado e fala;

 — Está Tranquilo, vão para onde? — Fundição.Os rapazes viram que a segurança ali estava pesada, uns

rapazes a frente, estavam apenas observando, talvez tenha ficadomuito visível que a segurança era para eles.

 — Mais discreto Roberto. — Não tem como ser discreto em todos os lugares.

 —  Certo, mas sabe que vamos ter problemas na saída daFundição.

 — Pelo jeito andou aprontando demais. —  Calma, acho que estes precisam entender o que estamos

fazendo aqui. — Não entendi.Pedro caminha, Fundição, uma apresentação do Monobloco,

uma hora e meia de samba, funk e pop rock, tudo na batidaespecifica do Monobloco.

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Rita se divertia, talvez não tivessem curtido tanto ainda,estavam longe e ao mesmo tempo, um casal cada dia mais forte, elaolhava para Carolina, sem saber se ela avançaria, a irmã de Pedroestava ali, mas o que lhe intrigava era o olhar de Camila, cada vez

mais preso a seu Pedrinho. — Por que ela não tira os olhos de você? – Rita. — Quem? — Sabe quem.Pedro olha em volta, estava se distraindo, não estava

pensando nisto, e olha nos olhos de Camila, linda como sempre, efala;

 — Talvez por que foi forte, quer que negue isto Rita? —  Sei que não nega o que sentiu, mas ela parece aindaquerer algo.

 — Sei lá, daqui a pouco ela vai precisar de apoio, e acho queRoger não vai estar ali, ela e ele sabem disto, talvez seja umatentativa de não ficar tão distante.

 — Você não presta! – Rita sorrindo.Pedro a beijou, quando abriu os olhos ela estava lhe

encarando e fala; — Quer oque mais Rita Ribeiro? — Te amo.Pedro viu o fim da apresentação, e olha para os olhares sobre

ele. — E agora? – Renata.Pedro olha o relógio, mais de duas da manhã.

 — Tô com fome, alguém me acompanha no comer de algo? – Pedro olhando para Renata. — Sabe que não conheço nada aqui mano. – Renata. — Não conta para eles que também não conheço. — Eles não acham isto. — Eu to na parte turista hoje Renata, amanha a noite vai ser

mais Rio de Janeiro. — O que quer dizer com isto? – Marcelo.

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Pedro não respondeu, parecia que tudo que falou alto nãoaconteceu, estava pensando no que faria.

Na saída, Roberto olhava a porta, o que fez Pedro puxar Ritaas costas e falar.

 — Vamos com calma. — O que está acontecendo?Os olhos de Pedro foram aos de Renata que parou, e segurou

Carolina, como elas vinham a frente de Camila e Roger, estespararam automaticamente.

Pedro olha para Rita e fala; — Espera a segurança se posicionar para sair.

 — Mas... — Espera, já sai, é seguro, mas preciso falar com alguém.Pedro sai a frente e olha um rapaz o barrar e falar alto.

 — Quem é o Gordo que esta agitando minha área.  – Algunsgrupos de Funk da cidade do Rio chamam os estranhos de Gordo.

Pedro olha em volta e faz sinal para Roberto acalmar e falaolhando para o outro lado;

 — Deixa comigo padrinho!Os demais as costas olham para onde o menino olhou e viram

Pedrinho do Tabajara, aquele negão não passavadesapercebidamente. O rapaz barrava Pedro e não notou o seupessoal recuar automático.

 — Não vai responder? — Caio, preciso falar com você mesmo!O rapaz estranha e fala;

 — Quem pensa ser? — Não somos inimigos, a segurança não é para vocês! — Este sotaque é sulista. —  Sim, Curitiba, mas podemos conversar Carlos Siqueira

Silva?  –  Pedro foi didático, estava falando, sei quem é, vamosconversar ou não.

 — O que quer Gordo – fala o rapaz empurrando Pedro que caisentado e sorri.

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Pedro olha para o rapaz, ficando ao chão, as meninas osseguranças isolaram, Marcelo saiu e Roberto o segurou pelo ombroe fala;

 — Calma, ele está provocando. — Este pessoal é barra pesada. — Pedro não é santo Marcelo.Marcelo olha para o segurança, sabia quem era, ele sempre

lhes dava cobertura ou proteção, não entendiam o andamento dascoisas, mas sabia que aquele ali era muito mais que apenassegurança, ele comandava muita coisa para ser apenas umsegurança.

 — Já falei, mas pelo jeito não quer conversar! — Não faz meu tipo!Pedro olha para o rapaz, apoia a mão e levanta-se, não estava

ali para apanhar, mas se fosse preciso, ele apanharia. — Por que falaria com um burguesinho branquinho. —  Tenho de pedir permissão aos que mandam, mas se não

manda mais, me indique quem está no comando. — Quer permissão para que?

 — Para estar na cidade, para passar pelos seus e não entrarem encrenca, para não perder bons rapazes, e você bons rapazes,apenas por não saberem quem está ali.

 — Acha que pode comigo menino? —  Não vim aqui provar isto Caio, vim conversar, você nos

tentou cercar na saída do Circo Voador, evitamos e viemos aFundição, mas sabia que estaria aqui na saída, parece quererconfusão, não mostrar poder, apenas confusão.

 — Tem de ver que um boyzinho na minha área é de enfrentar. — Por que não pega o pessoal que estava ali, os grandes, um

Pedrinho como eu, até eu posso. — Se não queria problemas não atravessasse meu caminho. —  Não atravessei ainda, sabe disto, mas quer mesmo bater

neste merdinha aqui? – Fala Pedro apontando para si mesmo – Deveestar mal Caio, nem deve ser quem me falaram.

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O rapaz fez que iria pegar a arma a cintura e ouviu odestravar de varias armas, olha em volta e vê Pedro do Tabajara epergunta;

 —  Você também vai defender ele? Já foi mais respeitadoPedrinho.

Pedro Mendes não olhou para Caio, apenas para Pedro eperguntou;

 — Tudo bem afilhado? — Tudo padrinho, deixa para lá, Caio nem sabe onde come,

como explicar onde pisa.Pedro olhava para Caio, sabia que ele ainda segurava a arma,

sabia que já levara um tiro antes, mas não queria dizer que gostassede tomar tiros. — Acha que tenho medo de você pirralho. —  Pode me chamar de Pedro Rosa, mas se puxar a arma,

saiba que não vai ter como escapar da bala que lhe atravessara acabeça antes de esticar a mão, vai ser responsável por alguns dosseus morrerem também, e pode ter certeza, é morte certa.

 — E quem é Pedro Rosa, nunca ouvi falar.

 —  Digamos que afilhado de Pedro do Tabajara, aliado de Alemão da Rocinha, mas não estamos em guerra Caio, apenas estáquerendo mostrar força com a pessoa errada.

 — Não gosto de gente diferente na minha área. —  Muda de cidade então, está no Rio de Janeiro, na Lapa,

onde os grandes nomes do Brasil começaram. — Acha que tenho medo de você menino? — Não, isto que estou estranhando Caio, ninguém tem medo

disto aqui, o que está fazendo? — Sabe quem pediu sua cabeça? —  Pensei que fosse mais esperto Caio, por que eles querem

minha morte? — Dizem ser um encrenqueiro. — Sabe que se me matar, meu padrinho apaga todas as linhas

da sua família, ou duvida disto?

Caio olha para Tabajara e fala; — E como um qualquer consegue um Padrinho destes?

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 — Digamos que eu era um bebe de colo para escolher, masmeu pai e meu padrinho se consideram uma família, então sabe,bater em mim, é bater na família.

 — E o que quer comigo? — Podemos conversar Caio? – Pedro esticando a mão como se

fosse um pacto.Caio aperta a mão de Pedro e pergunta.

 — Onde? — Preciso comer alguma coisa, Bar Brasil é uma boa! – Pedro. — Parece conhecer a área. — Conhecer não, mas é um bom começo, ou não?

 — Sim, vamos lá.O aperto de mão fez as meninas relaxarem, os rapazes de

Caio relaxarem e Pedrinho Tabajara chegar a eles e falar; — Esta abusando afilhado. — Ele nem viu eu abusar. — O que é este seu afilhado Tabajara? — Digamos que leva sorte quem faz acordo com ele Caio, nem

sei onde os atiradores da mãe dele estão, mas com certeza, bempróximos e longe dos olhos.Caio olha para o menino e pergunta;

 — E quem é sua mãe, já que não conheço o pai. — Não sei se conhece, Siça Guerra. — Afilhado de Tabajara e tem Carlinhos como Padrasto. – Fala

Caio olhando em volta  – Não é um burguesinho, é pelo jeito partedo esquema, mas onde se escondia.

 —  Apenas de passagem Caio, não tô tirando ninguém dolugar.

Rita abraça Pedro e fala; — Pelo menos não tomou tiro desta vez!Caio olha para o menino, não sabia ainda quem era, mas viu

que outros saíram do lugar, e algumas moças olharam para Caio,quando ele senta-se no Bar Brasil, o gerente veio e falou;

 — Não queremos confusão aqui Caio. — Quem dera eu fosse o problema.

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O gerente olha para o menino e pergunta; — O que vai ser? — Tô esperando o pessoal ainda, vê suco de laranja para as

meninas, e um aperitivo. — Sabe a encrenca que trás a meu estabelecimento menino,

não gostamos destes dai.Pedro olha em volta e se levanta;

 —  Cancela então, vamos onde somos bem vindos, né Caio,vamos apenas atravessar a rua.

Pedro abraçou Rita e os rapazes não entenderam, estavamsaindo antes de se fixarem, andaram um pouco e entram no Bar do

Manoel e fala sentando-se no boteco. — Bem mais meu estilo.Caio sorriu, muitos viram eles saindo, e quando Pedro Mendes

chega ao Bar Brasil olha para Rick, o gerente e pergunta; — Viu por ai meu afilhado Rick, ele disse que viria para cá. — Como ele é, pode estar por ai? —  Veio com a namorada, jovem, tem 14 ainda, ele e uns

programadores. — Por acaso ele estava com Caio? — Sim, viu ele? — Resolveram ir ao Manoel.Pedro sai e o garçom olha para Rick e fala;

 — Pois o afilhado do Tabajara para fora, tem coragem Rick! – O garçom tirando sarro, pois esta historia atravessaria a noite,mesmo sem o menino falar nada.

Mendes chega com Judith no bar do Manoel e olha para omenino a conversar com Caio e chega perto. — Não iam ao Brasil? — Melhor não distrair a segurança com Caio padrinho, já que

ele não é bem aceito lá, este racismo inerente aos negros pobresdeste país.

 — Não sou pobre. —  Verdade, precisando de dinheiro fala Caio, as vezes não

escolho as palavras e me complico, mas como falava, estamos

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montando uma empresa de programação em Copacabana, e nãoqueremos balas perdidas no prédio Caio.

 — Vai pagar para isto? — Quer em dinheiro, drogas ou armas? – Pedro olhando para

Caio que olha serio. — Qualquer das formas é bem vinda. —  Gosto de dinheiro, faz o preço pela proteção que vamos

fazer negocio. — Ele tem dinheiro para isto Tabajara? — Digamos que ele tem mais que eu, menos que Alemão! —  O que faz que tem mais que Tabajara, que tem

importadora e exportadora de produtos? — Está é uma pergunta que não posso responder ainda.Marcelo ouvia a conversa e olha para Renata;

 — Você é irmã dele por parte de quem? — De pai e mãe!Caio olha para a moça e fala;

 —  Ainda bem então que conversei com ele, deveria estar

morto se não o fizesse. —  Não posso discordar Caio, meu pai pode ter sorte, masminha mãe, uma pontaria incrível.

 — Do que estão falando? – Marcelo. —  Deve ter ouvido um caso de mais de 20 mortos em

Florianópolis. — Dizem que foi um esquadrão de extermínio. – Caio. — Sim, minha mãe e Carlinhos!

Caio olhou para a menina e falou; — Carlinhos e Siça Guerra, olha que temos um casal mortal ai.Pedro sorriu e viu uma senhora chegar a mesa e puxar a

cadeira, os seguranças ficaram a porta e Caio olha para a senhora; — Por aqui Pedro? — Sim, como está Sena? — Dei carta branca para o acordo da empresa de segurança

entre você e Carlinhos. — Bom saber, mas o que faz por aqui?

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 — Parece que é aqui e Curitiba que o agito esta grande. — Dizem que atraio explosões. — Parece que sim.

 A moça sai pela porta e Mendes pergunta; — Então a empresa de segurança sai do papel, desta vez? — Ela vai ser um acordo entre a empresa de João e Roberto, e

Carlos Guerra, surgindo uma nos buracos das duas empresas.Caio viu que o menino enfrentava, sabia quem era a senhora,

Priscila de Sena, ela nunca falara com ele, mas tratava diretamente,com poucas palavras, com o menino, Caio começava a ficarintrigado referente ao menino.

Comeram, tomaram uns sucos e se mandaram para o prédio,poucos estavam lá fazendo um churrasco, quando o grupo queparecia somar a cada instante, Pedro e os seus, os programadoresque não desgrudaram, Caio e alguns rapazes, e as garotas que osacompanhavam.

Caio olha o prédio e olha para o morro a frente e fala; — Bem localizado para todo tipo de negocio. — Nem tanto.

Pedro olha para Roberto na entrada e fala; — Ele está bem? — 10 andar! — Vou o acordar, e já desço.Pedro da um beijo em Rita e sobe para o 10° andar, bate a

porta e vê David abrir a porta rápido demais; — Como está David?

 — Assustado. — Precisamos conversar David. — Ainda não pulei fora, mas pode ter certeza que pensei nisto

depois de hoje. —  David, ainda esta vivo, e poucos sabem disto neste

instante. Mas queria que não falasse sobre a moça. — A moça, esqueci, quem era aquela linda anja?

 — De anjo ela tem o mesmo que eu, nada. — Certo, nem falei sobre isto ainda.

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 —  David, queria pedir que não falasse nada, que se puderesquecer que a viu, é mais seguro.

 — Por quê? — Porque se eles souberem que ela está viva, eles a vão caçar

novamente. — Mas nem para agradecer. — Terá a chance de agradecer no futuro, mas para isto, vim

pedir para não falar sobre ela, pois sabe bem o que aconteceria seela não o tivesse tirado de lá.

 — Sei, o arcebispo pediu minha morte, e nem sei o que falarPedro.

 —  Desconfiava que poderia acontecer, mas o que elesolharam? —  Salvaram o que eu tinha no computador em um HD

externo, acho que queriam o atrair para lá. —  David, aqui só entra pessoas cadastradas na entrada, ou

quando acompanhadas de alguém conhecido, mas tem de saber quelevamos sorte hoje.

 —  Você pareceu desligar na minha cara, pensei que estava

morto. —  Ainda bem que teve coragem de falar aquela frase

estranha, para que eu desconfiasse, mas a moça é um segredo paramomentos como este.

 — Quando a ver agradece por mim! – David. — Tenta dormir, amanha começamos a mudar os planos para

cá, e vou tentar não brigar com o pessoal ligado as igrejas. — Vai chamar para cá aquele Pablo? —  Não, eles viram que algo aconteceria e deixaram, se

duvidar nem se preocuparam com sua aparente morte. — Eles me viram vivo. — Eles não sabem bem o que narrar, você estava lá encima

ou na rua nu, mas tenta descansar, vou lhe apresentar a Josefamanha.

 — Acha seguro?

 — Acho que estamos em um desígnio maior, somente assimpara os dois sobreviverem.

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David viu o menino sair e deitou, mas não conseguiu dormir,sua cabeça estava nos acontecimentos do dia anterior.

Pedro abraça Rita e fala; — Tenho de descansar amor.Os dois subiram, se os rapazes estavam olhando a forma que

o menino subiu com a namorada. Caio olhava para o menino, semsaber o que pensar dele, para ele, ainda era um boyzinho da zonasul, mas um destes que teria de pensar antes de desacatar, e se omesmo queria paz, por que não o prover esta impressão de paz. 

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Gerson olha a crônica do filho e ligapara ele, que olha o telefone tocando abeira da cama.

 — Fala pai? —  Espero que não tenha desistido,

estava pensando, acha que o documento étão importante assim?

 — Acha que pedi para tirar dali porque pai?

 — Foi rápido, mas não desistiu? —  Não, estou acordando agora,

ontem foi bem cansativo. —  Esta cuidando do retrovisor filho,me preocupo.

 —  Tem tanto segurança ali quetenho de cuidar para não me distrair.

 — Você que pôs todos eles ai, aindacriou mais um grupo para ficar de olho!

 —  Sei disto pai, mas iria lhe ligar,

consegue dar apoio a uma operação de transporte para SantaCatarina?

 — Operação de que estilo? —  Pouca gente, de confiança, retirando a segunda leva de

amostras, queria que Patrícia desse uma olhada antes de fazer distoum sonho.

 — Tem medo de não ser o que pensou? — Medos tenho muitos, mas investi caro nesta ideia pai, se

não for, tenho de parar rápido. —  Meu menino esta pensando rápido, mas onde quer a

operação. —  Pedi por mensagem para Romarinho tirar para mim de lá

duas bolsas, ele vai de carro, tira e pega um avião e volta, algo quenão precisa de muita vigia, para não chamar a atenção, mas é quepreciso ter certeza que está tudo bem, olhar sem olhar pai.

 — Entendi, mas acha que sai o que de lá?

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 —  3 vezes o otimismo até 70 metros, depois começa aescassear!

 — Mas a fortuna estava na parte baixa. — Pai, não entendo disto, junto tem um relatório, pedi para

Carlos Guerra ficar de olho em um Geólogo, em especifico, pois achoque tem algo errado ai.

 — E por que pediu para eles? — Por que se eu pedir para os nossos olharem um geólogo,

vai ficar visível que onde ele analisa tem algo. — O que Romarinho vai trazer a cidade? —  A pasta que o geólogo disse que não existia, e que

Romarinho desviou ontem, trocando e colocando lá peças de baixaqualidade que tínhamos em algumas balas que tiramos em Bichinho. — Sempre a ganancia. — Quero que de uma olhada pai. — Dou uma boa olhada, mas se for isto, sabe o problema. —  Pires concedeu a licença de exploração da região, saiu

ontem, ninguém nem viu em meio a tantos, ele me confirmou 3extrações, enquanto os demais ficavam me gelando e não

conversando comigo. — Como está o sistema filho? —  Abraçando o mundo dos Hackers, depois vamos abraçar

empresas de programação, algumas vão vir de brinde nestaoperação, já que os seus programadores estão tentando furar onosso bloqueio.

Pedro se levanta, pega uma toalha e olha para Rita a cama,liga o chuveiro e termina;

 — Me confirma assim que receber os estudos pai. — Acha que aponta o que? —  Comprei 3 terrenos semana passada, mas vou ter de

comprar algo no sentido de Içara! — Acha que entendeu? — Acho que sim, mas o relatório esta sobre as minhas terras,

e quero saber o que o geólogo descobriu, quero também saber

como posso o agradar, estou deixando para depois esta viagem,mas do fim de semana próximo não passa.

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 —  Certo, dou uma olhada, e vemos com quem ele estafalando, pode ser que ele esteja dando um tiro no pé.

 — Ou está na duvida, as vezes no lugar de nos falar, diante dealgo que não parece ser real, procura outro melhor, estou tentandonão o julgar pai.

 — Certo, se cuida ai. — Me cuido, te amo pai.Pedro desliga e vai ao banho, não perguntara por Patrícia, não

queria que seu pai perguntasse por que não lhe falou, mas se osdois evitaram, sinal que deveria estar melhor.

Tomou o banho com calma, beijou Rita a cama e ela sorriu.

 — Já pronto? — Vou dar um pulo na Barra, não sei se vai junto. — O que vai fazer lá? — Falar com um senhor, e lhe propor parceria. — Alguém lhe leva a serio? – Rita. — Na primeira, segunda e terceira vez não, mas não desisto!Rita o abraçou e lhe puxou para cama e fala;

 — Te amo meu Pedrinho. — Também te amo! — Vou tomar um banho, me espera! — Vou descer e ver como as coisas estão. — Bomba? — Sei lá, dormimos ótimo!Pedro desce e vê David olhando a armação de metal;

 — Gostou pelo jeito.David olhou serio para o menino, meio assustado.

 — Nem sei onde estou. —  Em um prédio em Copacabana, longe da praia, algumas

quadras, o que nos dá a invisibilidade que precisamos. — Ontem passei muito medo menino. —  Imagino, as vezes tento entender a operação, mas se

morresse iria me sentir culpado, pois fui eu que lhe puxei para

dentro do grupo.

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 —  Sabe que muitos me mandaram e-mail, para saber se euestava bem, nem sei o que falar, nem se posso falar.

 — Família é importante David, eles tem de saber que estamosbem, mesmo que cumpramos a sina de os avisar.

 — Vou pensar nisto, mas acha que devo manter os contatos? — Sim, mas agora tudo por vídeo conferencia, e sem ninguém

saber onde se esconde, põem a câmera no sentido da armação, elesvão pensar que é uma imagem a parede.

 — Quando é bom demais, eles sempre pensam ser imagem.Roberto entrava pela porta e olha para Pedro;

 — Pedro, este rapaz é Kevin!

 — Fala hebraico? – Pergunta a Kevin em Hebraico. — Sim! —  Temos um senhor que não fala português, e que vai

precisar de coisas básicas, mas está a fim de encarar?O rapaz olhou para Pedro e falou;

 — Um dia teria de começar, se quero ir a Israel.Pedro sorriu e falou;

 — David, este é Kevin, o interprete de Josef que esta no 11°andar, ele vai os apresentar.David sorriu e perguntou;

 — Já o convenceu? —  Ele poderia estar chegando ao laboratório ontem na hora

da explosão se não o tivesse detido aqui. — Será que não era ele o alvo? — Pode ser, alguém não está gostando do que temos a mão.

 — Pena não ter os originais mais. —  David, quero a verdade, não preciso provar o que

aconteceu, apenas saber o que está escrito lá.David concordou e subiu com o rapaz.Pedro olha para Roberto e pergunta;

 — E como estão as coisas? — Moreira ligou cedo, diz que seu sistema é falho, que Rose

quer lhe falar, que tem dois deputados que estão preocupados coma queda na arrecadação.

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 — E o que posso ajudar nisto Roberto?Roberto sorriu, e perguntou;

 — Um dia quero ser frio assim.

 —  Estou de saco cheio com estes políticos corruptos,demoraram uma semana inteira para alguém alertar eles que nãohaverá a arrecadação, Rose até que reagiu rápido, mas posso estarerrado, mas Moreira falou demais.

 — Sim, ela ligou para Pedro e pediu para ele tentar marcarcom você.

 —  Não sei se vou marcar, tenho de pensar, é sábado, sabecomo foi as coisas ontem a noite, quer dizer, de madrugada, aqui?

 —  Fora a bebedeira, um desentendimento entre o própriopessoal de Caio, e a sua irmã e aquela Frota terem subido para omesmo quarto, nada de mais.

 — Bom saber que não perdi nada, mas o senhor Cardoso vaime receber?

 — Sim, não entendi o que quer? — Falar com ele! — Sei! – Roberto num tom de deboche.

Rita desceu e sorriu ao ver o menino sozinho e falou; — Vamos quando? — Estou lhe esperando.Os dois sobem ao heliporto e se mandam no sentido da Barra

da Tijuca, onde descem de frente a Praia, na altura da praça SãoPerpetuo, caminham de mãos dadas quatro quadras e batem a portade um prédio de 4 andares, sobem e um senhor atende a porta e

olha o menino. — Pensei que era serio. — Ouço isto o tempo inteiro. — O que quer menino? — Apenas uma proposta, pode dizer sim ou não. — O que quer? —  Sei que o senhor tem um terreno grande em Vitoria da

Conquista, na Bahia, gostaria de saber se tem interesse de vendê-lo

senhor.

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 — Tem ideia de quanto vale aquele terreno, não é coisa paracriança tocar.

 — Senhor, não sei o preço para saber se posso, mas considereque estou lhe procurando, posso procurar um corretor e ele lhepropor um preço menor do que pedir, dizendo que é o quanto possopagar.

 — Não sei o quanto vale ao certo, aquilo foi herança, nuncamexi naquilo, dizem que não é grande coisa, mas se me pagar pertode um milhão pelo terreno posso pensar.

 — Mando o advogado falar com o senhor! — Não vai pechinchar?

 — Um milhão, pode ser meu primeiro terreno na região, não avi, mas se a ver pode ser que desista, então vou mandar oadvogado lhe procurar.

 — E tem como pagar isto como? — Dinheiro é bom ou prefere de outra forma? — Dinheiro é bom, sempre é bom.Pedro sorriu, foi rápido demais, descem a praia novamente,

abraça Rita e fala;;

 —  Sabe que sem os seguranças quase passamosdesapercebidos nesta cidade.

 — Quase? —  Sou branco demais para viver na frente do mar, mesmo

tendo pego mais sol este ano que os demais.Rita o beijou e falou;

 — Pensei que eu desceria e você estaria com outra.

 — Nem tive chance ainda. — E vamos onde? —  Passear, ver a praia, depois pegar um helicóptero

novamente para o centro. — Parece que gostou desta forma de transporte. — É mais rápido, e deixa quem nos segue sempre confuso. — Sabe que é um ponto fraco.

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 —  Rita, quero o melhor para você, se fossemos de taxi,perderíamos pelo menos 40 minutos se tivéssemos sorte, com azar,mais de duas horas.

 — Certo, e de helicóptero? — No máximo 15 minutos.Os dois sentam-se em um quiosque na beira da praia e Rita o

abraça. — Sabe que esta fazendo deste fim de semana especial. — Queria poder fazer mais, ao mesmo tempo, queria curtir

mais, estamos aqui por que tinha de estar aqui, mas por que nãome divertir com o meu grande amor.

Rita sorriu, pediram uma agua, o dia começava esquentarnaquele sábado, os bares a praia começavam a agitar, mas se via aspessoas correndo ao calçadão, pessoas fazendo exercício, gente debem com a vida.

Era por volta das onze da manha quando Pedro viu ohelicóptero vir no sentido deles, pagou a conta e deu a mão a Rita,o helicóptero desce com calma na região entre a rua e a praia,sobem, o destino era o centro, mais especificamente, o cais que

aportavam os grandes transatlânticos,Descem e Rita pergunta, vendo que não havia barcos ali,aquele atracadouro estava vazio, estavam no Píer de Mauádesceram olhando em volta, Pedro poderia parecer conhecer aregião, mas conhecia muito pouco o lugar.

Estavam ali quando viram uma lancha da Marinha parar aocais e um rapaz perguntar;

 — Pedro Rosa?

 — Sim. — Viemos o pegar, desculpa o atraso!Rita olha para Pedro e pergunta;

 — Problemas? — Família torta que tem de se endireitar.Rita sorriu e entraram na lancha da marinha, foi rápido

atravessar os poucos metros do cais que estavam, passando por

baixo da ponte de acesso a ilha das Cobras, e pararam em uma

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escada rente ao cais, com o rapaz apontando para onde deveriam ir,viram um senhor a os esperar.

 — Pedro Rosa? — Sim. —  Quando pensei que o conheceria, teve toda aquela

confusão em Curitiba, sou Sergio Rosa, seu tio por parte de pai. — Tudo bem tio, pensei que era do Exercito, não Marinha! —  Falei com um amigo que achou que este lugar era mais

conveniente a visitas que algumas bases. — Esta é Rita, minha namorada. — Não é novo demais para ter namoradas?

 — Digamos que sou! – Sorri Pedro, sem abrir detalhes.Entram em uma construção, parecia antiga, bem conservada,

paredes grossas, 4 andares, o senhor foi os conduzindo e depois dealgumas identificações, sentam-se em uma sala e o senhor falou;

 — Sabe se o seu pai esta mais calmo? — Ele sempre foi, mas é que conheceu ele numa parte agitada

da vida tio. — Acha que ele para esta briga com políticos em Brasília? — Tio, a briga é por dinheiro, não é por ideologia. —  Nunca soube dele ter recursos, o que aconteceu de

verdade? —  Dizem que ele saiu da inercia e se deparou com um

segredo da época de Tiradentes, descobrindo uma soma de ouro,que já vendeu para a Caixa Econômica, mas muitos quiseram passarele para trás, e gerou aquela confusão.

Pedro sabia que estava fazendo uma coisa que não gostava,estava ali tentando por panos quentes em uma briga que ele nãosabia se queria por panos quentes.

 — Mas por que o Vô não interferiu a favor dele? — Não entendi, enquanto ele estava descobrindo o ouro, sei

que seu vô, meu bisavô, até o apoiou, dando estrutura para ele sairda região da Serra naquela tragédia, depois não sei o queaconteceu.

 — Sabe que o exercito atribui a seu pai a morte do Vô.

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 — Desculpa a descrença, meu pai não é de ações assim, ele éde ações como a que aconteceu aqui no Rio, não aquela em Brasília,ele colhe consequências, não as provoca.

 — Mas saiba que muitos vão por anos apontar para ele. — Malucos como o pai. — Acha que ele esta calmo então. —  Tio, ele reage se provocado, se a pergunta, ele esta em

ponto de ser atacado, nunca, se ele esta tentando esquecer asdesavenças e tocar a vida, sim.

 — Não queremos o atacar Pedrinho. — Deve saber do estouro ontem em Curitiba.

 — Sim, o que foi aquilo? —  C4, o explosivo que não deveria estar mais em Curitiba,

mas sempre digo, estão dando chance ao azar tio, querem o tirar dainercia, estão quase conseguindo.

 — Dizem que vão ter de demolir quatro andares, o que tinhamlá.

 —  Um laboratório de analises históricas, nada de armas,apenas ciência, mas mostra que continuam a nos achar alvo, todos

virando as costas, mas como digo tio, vocês não viram o pai fora desi ainda.

 — Imagina se tivéssemos. —  Se tivessem, os que estão livres agindo, estariam todos

mortos, ele está dando chance a vocês agirem e prenderem eles,mas parece que ninguém está levando a serio isto.

 — Toma alguma coisa?

 — Não tio, estamos de passagem, apenas não sei ainda comome portar, eu nunca tive avós, nem por parte de mãe e nem de pai,então estou estranhando isto ainda.

 — Nunca teve uma família e agora aparecem aos montes. —  Nem tanto, mas é bom saber que tem gente por ai que

pode ser seu parente, nem que distante. As conversas não levaram a muita coisa, mas Pedro foi

medindo palavras, mesmo que alfinetando, e quando voltam ao

ponto que chegaram a lancha estava lá novamente, eles osdeixaram no cais do Museu Náutico a frente, e os dois foram

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passear, já que não os deixaram onde poderia pedir um helicópteroe se mandar.

 — O que está acontecendo Pedro? – Rita. —  Eles querem saber se podemos ser ameaça a eles, e ao

mesmo tempo, querem saber se podem nos calar. — Mas são seus parentes. —  Acha isto uma vida ou uma profissão Rita?  –  Fala Pedro

abrindo o braço, a pergunta era referente a vida militar. —  Nem uma coisa nem outra, profissão se escolhe o ponto

que se entra, se esforça em aprendizados que lhe levam a isto, aquitodo o aprendizado sem indicação não lhe leva a nada. Vida, isto

parece um vicio, não uma vida.Pedro sorriu, a abraçou e falou; —  Eles querem me puxar para a sina da família, família de

militares que meu pai fugiu depois de servido um ano e pouco. — Vai servir? —  Posso estar enganado, mas mesmo não querendo, vou

acabar tendo de fazer alguma coisa neste sentido dentro da carreiramilitar.

 — E como vai se livrar? —  Terminar meu segundo grau, tentar telecomunicações no

exercito, tenente da reserva Rita. — Acha que vai tão longe? — Isto é bem rápido, mas sou daqueles que vive, não fica na

indicação de que foi ruim. — E vamos daqui onde?

Os dois entram no barracão, que tinha a Galeota Imperial, elaveio ao Brasil com a família imperial, trazida de Salvador na épocado Império, servia ao Imperador, a Imperatriz, e seus filhos parapassear pela Baia de Guanabara.

Pedro leu a placa e ficou pensando o como as coisas já foramdiferente, para no emblema imperial, sua cabeça foi a algumascoisas, uma delas foi a coroa na parede das catacumbas deNazareno, o que ele não entendera, o que parecia que queria o

chamar ao caso novamente.

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Pedro fotografou com a câmera do celular, e saem acaminhar, ele sabia que queria conhecer o lugar, mas não sabia seera seguro, andam no sentido da Candelária, e quando viram oprimeiro ponto de taxi, pegaram um.

 — Poderia nos deixar na Catedral? — Pensei em uma corrida longa, desculpa, não faço corridas

para a região.Pedro saiu do taxi, olha em volta, olha para a praça a frente,

para Rita e fala. — Péssimo lugar para ser assaltado.Um grupo vinha no sentido deles, mais de 20 rapazes, vários

tamanhos, varias procedências, não teriam como fugir, veem oscomércios fecharem as portas e o taxista se mandar, sem nem lhesoferecer uma saída.

Pedro deu a mão para Rita e encostaram na porta de um bar,que agora estava com as portas fechadas.

 — O que vamos fazer? — Sei lá, não era para estar aqui, e estou, então algo é para

acontecer, sabe disto.

 — Acredita mesmo que algo lhe guia?Pedro a beijou e falou olhando em seus olhos.

 — Tem de ver que é uma forma de acreditar diferente.Rita viu que dois rapazes chegam a eles, um puxa um

canivete e Pedro pega a carteira, o celular e coloca a mão dosenhor.

 — Bom menino!

O rapaz ia falar algo, mas ouviu; — Juquinha, melhor devolver.O rapaz olha para traz e vê um grupo grande de rapazes bem

armados as costas. — Vai dizer que Caio vai se meter. —  Não disse que iriamos nos meter, mas o menino é nossa

proteção, então devolve ou encara as consequências.O rapaz joga as coisas para Pedro, que viu o celular bater em

sua mão e se despedaçar no chão, o rapaz olha para Pedro, quepuxou Rita as costas e falou;

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 — Não queremos gerar problema. — Mas já gerou, quem manda passear na Candelária se não

podemos assaltar.Pedro não respondeu mas ouviu.

 — Por que Caio defende este dai. — Está o olhando pelo tamanho Juca, mas este ai é problema,

Caio não gosta dele, mas não vai contra alguns da cidade. — Alguns? — Serginho do Tabajara e Alemão da Rocinha.O rapaz olha para Pedro e fala;

 — Pelo jeito é mais sujo que todos nós juntos.

 — Põem mais nisto! – Pedro. — E o que faz aqui? — Apenas de passagem, esqueço que os taxi desta cidade só

gostam de corridas longas. — Não sabe onde está pelo jeito. —  Longe de onde deveria estar, o que quer dizer, perto de

onde quero estar.

 — Não entendi branquela. —  Desculpa, não tive a sorte de nascer na cor certa, culpemeu pai e minha mãe por isto.

 — Desbocado. — Juca eu não quero confusão, só de passagem. — Quando acha que vai querer confusão? — À noite sou mais a fim de confusão. — Pequeno para querer confusão. Ia para onde? — Catedral! — Vai rezar? – Tira sarro o rapaz ao lado de Juca. — Também! —  Está perdido mesmo, mas damos um jeito de chegar lá,

como veio parar aqui, se veio de taxi. —  Corrida longa, isto eles fazem, Copacabana para cá é

aceitável para eles.

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 — Certo, damos cobertura para andar em nossa região, mas – o rapaz olhou para o rapaz de Caio e falou  –  Caio vai ter de meexplicar qual o problema.

Pedro se abaixou, pegou os restos do celular, montou, pôs ocartão de memoria e o chip da operadora, ligou e olhou em volta.

 — Mas não quero atrapalhar. — Já atrapalhou, agora alguém vai pagar por isto. — Quer o pagamento como?O rapaz que Pedro vira no dia anterior, ao lado de Caio sorriu

e falou; — Este ai não tem medo de gastar Juca.

Juca olha para o menino e pergunta; — O que veio fazer no Rio, não é daqui. — Vim da parte fria deste país, embora de frio não tem muita

coisa, mas sou de Curitiba, vim falar com gente que não me respeitapor que não cresci ainda.

 — Pessoas? —  4 Deputados, uma contrabandista de joias, e alguns

religiosos. — E vai a igreja? — Não sei quem vai me ouvir rapaz, sou jovem demais para

estar fazendo isto, 99% das pessoas, esperam que tenha de insistir4 ou 6 vezes, para me levar a serio, começo a ter vontade de voltarpara casa e voltar em 4 anos.

 — Ainda será uma criança. — Verdade, mas dai como estarei respondendo pelo que fizer,

eles vão me levar a serio ou me complicar de vez. — Fala difícil menino.Pedro sorriu e esticou a mão para Rita e falou;

 — Vamos mudar de planos? — O que faremos? — Mostrar a parte oculta da minha família. — Mais bomba?

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 — Digamos que tenho oficialmente, todos os meus tios mortosRita, e com duas exceções, das quais um sabe bem por que morreu,a pouco, os demais estão vivos.

 — E onde acha que achará um tio seu escondido? – Juca. — Mosteiro de São Bento. — Não ia para o outro lado? – Juca. — Não quero atrapalhar pessoal.Pedro começa a andar, a policia olhava de longe, mas não se

meteriam ali no meio, nem sabiam quem era Pedro, parecia umadolescente sendo assaltado por aquele grupo que fazia um arrastãona rua.

Rita sorriu e falou; — E acha que ele nos receberia?Pedro olha os demais lhe olhando, não era para tanta gente

ouvir, mas não tinha jeito, parecia atrair a confusão e não ter paraonde correr, pega o celular e disca.

 — Por gentileza, o Monge Oliveira. — Quem gostaria? — Pedro Rosa, um amigo. — Se puder esperar a linha, vou tentar o achar. — Espero, embora não sei se meus créditos aguentam. — Tento ser rápido.  – Fala o rapaz enquanto Pedro olha em

volta e pergunta. — Ondo se come algo por aqui? — Tem o boteco do Tio Rico, no largo da Carioca!  – Fala um

dos rapazes, todos se olham e Pedro fala.

 — Pelo jeito tem onde, agora só tem de saber como chego lá.Pedro viu o pessoal começar a caminhar e o rapaz que estava

vigiando Pedro a pedido de Caio chega ao lado; — Vai pagar para todos? — Vamos comer, qual o problema. Como é teu nome? — Igo. — Não sei o que estou fazendo, então calma.

 — Jurava que sabia! – Igo.

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Sentam-se em um boteco, Rita estava meio assustada, masviu algumas moças chegarem junto, os dois eram os mais novos,mas com certeza Pedro era o menor.

Pedro ainda estava esperando o rapaz chegar ao telefone, oagito estava grande, o senhor ficou com medo de que ninguémpagasse, Pedro levantou e acertou antes de servir, não queria policiapor ali, viu eles pedirem cerveja, ele foi no suco, não que nãoquisesse, mas Rita não poderia, e precisava estar sóbrio.

Rita beliscava, o beijava, ainda estava tensa quando Pedrofala no telefone.

 — Tio, é Pedro. — O que precisa sobrinho? — Estou no Rio, preciso de um acordo com o arcebispo, mas

não sei como chegar a eles, preciso parar isto antes que todospercam.

 — Está onde? — Numa lanchonete no Largo da Carioca. — Quer conversar, qual a urgência sobrinho? — Deve ter ouvido a explosão em Curitiba tio?

 — Sim. — Tem haver com um texto que os demais chamam de  ―Atos

de Usias‖, mas dentro dele tem um subtítulo chamado ―Anunciaçãode Metraton‖, a anunciação da vinda de Jesus, mas como o textofala coisas que não podem ser faladas, resolverem explodir o meulaboratório tio, e sei que entrei na lista de alvos, não gosto disto tio,não quero entrar para a lista de mortos da família.

Os rapazes ouviam, não entendiam, mas na TV ao fundo a

noticia do jornal do meio dia da Globo mostrava as imagens daexplosão feitas por vizinhos, o pânico nos olhos, as pessoasassustadas sem entender o que havia acontecido.

 — Vou falar com meu superior, em que numero lhe ligo!Pedro passou o numero e olhou o fim da reportagem pedindo

para o dono do bar aumentar o volume. A repórter falava:

 — Primeiro os vizinhos pensaram ser explosão de um botijãode gás, mas os 4 últimos andares eram de Gerson Travesso,

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repórter que quase foi morto com explosivos na cidade de Curitibaem seu casamento, parece que o pânico em Curitiba ainda estágrande.

 As imagens do andar destruído, do apartamento inferior, asimagens dos bombeiros apagando o fogo no dia anterior, aslabaredas e a imagem de sobrevoo pela manha do prédio, com ogrande rombo da explosão para cima, fez Pedro pensar, eles nãoqueriam dar chance de sobrar nada, tinha de ter algo a mais.

Igo olhou para o menino e perguntou; —  O que tem haver com Gerson Rosa, dizem ser um dos

grandes encrenqueiros de Curitiba. — O mesmo que tenho com Siça Guerra. — Não entendi, o que liga a pistoleira Siça a Gerson Rosa? — Um filho chamado Pedro Rosa! – Rita.Igo olha para Juca que fala;

 — E sai sem segurança. — Quer ver a minha segurança Juca? Tem certeza?Juca olha em volta, não via nada, mas como saber, um

sábado indo para a parte da tarde, tudo era possível, prédios por

muitos lados, mas olhou o menino. — E deixam você ser assaltado? — Juca, eu não sou o problema, mas tem gente que quando

se fala, Pedro Travesso, pensa em alguém poderoso, mas quandoolha para Pedro Rosa, não vê alguém poderoso, vê um menino dequase 14 anos, que não tem tamanho de 12 anos, um menino quemesmo tentando passar desapercebido, sua língua não deixa,mesmo tentando chamar atenção, não consegue.

 —  Quer dizer que veio negociar na cidade, e ninguém lhelevou a serio?

 — Sim, perdi parte ontem do show do Matanza por isto, maseles ainda não me respeitam, isto quer dizer, corro o risco, e encaroo impossível, eu mesmo ao espelho.

 — E vai aprontar hoje? — Acho que sim, não sei ao certo.

 — Por que não sabe?

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 — Uma coisa tem acontecido, eu falo uma coisa, não consigofazer, algo não me deixara ir a catedral e nem ao mosteiro de SãoBento.

 — Maluquice. – Igo. — Sim, mas isto me faz não dividir nem com Rita ao lado o

que vou fazer, pois senão o que quero não vai acontecer. — Mas para isto teria de ter algo superior tentando lhe deter,

algo que não fosse humano. —  Igo, quando as pessoas me veem falando coisas malucas,

talvez a noite, ouvindo ou um funk ou um Samba, com uma cervejana mão, eles duvidam, mas eu não duvido.

 — Mas pediu para seu tio fazer um acordo. —  Estou demonstrando o caminho para eles, mas eles quetem de escolher caminhar, não eu.

Pedro estava comendo, Rita mais calma quando Robertodesceu num carro em frente e veio a mesa, os rapazes viram umgrupo de pessoas olharem para ele.

 — Pedro, tem de sair daqui. — Problemas?

 — Um alerta para um alvo chamado Pedro Rosa no Largo daCarioca lhe diz algo.

 — Vamos então.Pedro olha para o senhor do bar e pergunta;

 — Algo pendente? — Não, volte sempre menino. — Sim!

Pedro olha para Juca e fala; — Nos vemos a noite, com certeza! — Você vai...Pedro o interrompeu e falou;

 — Se falar, esquece!Juca sorriu e viu Igo olhar para o menino sair com um carro

de segurança da região, eles viram um grupo sair do bar em frente,dois rapazes do mesmo bar, e outros carros saírem e Juca falar;

 — E nos achando.

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 — Este vai fazer historia Juca, ele não tem medo, pode viverpouco, mas vai fazer historia.

Os dois tomaram mais uma cerveja conversando.

Gerson olha para Patrícia, o clima ainda não estava bom, massabia que não tinha mais como adiar, estava a olhando, sem sabercomo pedir.

 — O que quer pedir, esta com cara de que precisa de algo. —  Não gosto de parecer que estou explorando, acabou

ficando esta sensação. — Fala.

 — Pedro pediu uma segunda analise, e deve estar chegandodentro de minutos, ele queria saber se não estava errado. — Ele desconfia algo? — Que pode ser produtivo somente nos 70 primeiros metros

naquele sentido. — E não iria me falar? —  Se duvidar ele mesmo teria ligado, mas ele parece não

querer se meter muito na nossa briga. — Seu filho sabe o que quer, mesmo que não seja aceito, ele

fala, sabe os riscos, mas ele é bem sincero, disto as meninas nãopodem reclamar.

 — Sinceridade demais não funciona tão bem. — Gerson, não é a sinceridade que afasta, obvio, nem todos

gostam de saber que as coisas não são como querem, mas asinceridade é que deixa a porta aberta ao retorno, a falsidade fecha

a porta.Gerson sabia que esta discussão iria longe, mas ouvem ointerfone tocar e Gerson olha para o interfone e fala.

 — Sobe.Romarinho sobe com dois rapazes, levando para cima três

malas com rodas, pesadas, e quando abrem a porta, Romarinhoapenas fala;

 — Podem deixar ali, e trazer as outras três malas.

Patrícia viu que o menino não pedira uma pequena analisedesta vez e olha para Romarinho que lhe estica uma carta e fala.

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 — Pedro pediu para lhe passar isto.Patrícia sorriu, o menino não a queria fora dali, abre a carta

que fala; ―Patrícia, não dividi isto com ninguém ainda, nem com o pai,

mas desconfio que posso ter levado uma sorte imensa, mas é entrenós isto.

Cada mala, tem 20 amostras de um metro de comprimentopor 8 centímetros de diâmetro, seis malas, a cada duas, temos aamostra de um dos 3 pontos estremos da formação, curioso sobre omodulo 2, parece que meu pé de coelho não é tão bom assimPatrícia, mas peço para não demonstrar o valor, por mais que acheque tem, pois sei que vou ter problemas como o geólogo de lá.

Os estudos vão em anexo, não tive acesso a eles ainda, massó conheço uma pessoa de confiança para olhar isto.

Se puder me fazer este favorzinho, sabe que torço por vocêPatrícia.‖  

Patrícia termina de ler e pergunta para Romarinho. — Deve ter uma pasta com o estudo. — Sim, mas parece que tenho de falar com o menino, não sei

ao certo o que o geólogo está fazendo, mas parece estar tentandodesviar os dados, substituímos parte, mas ele saberá que foidesviado, inevitavelmente.

 — Calma, vamos ver se não é um alarme falso antes.Patrícia viu os rapazes trazerem mais 3 malas, elas estavam

com numerações de ponto 1, 2 e 3 bem visíveis nas mesmas,alertando na numeração, primeiros 20 metros, e mais de 20.

Gerson viu que o filho não estava brincando, ele não fizera

uma perfuração destas em nenhum ponto, para analise detalhada desolo. Não que ele soubesse.

Romarinho olha para Patrícia depois de dispensar os rapazes. —  Estes mesmos 3 pontos, tem uma segunda leva de

perfuração, deve estar aqui na segunda, dai vai até os 80 metros deprofundidade.

Patrícia olha a primeira amostra e fala;

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 —  Ele realmente não esta brincando de analise, pois estecorte preciso em espessura pequena, são poucas perfuratrizes queconseguem.

Patrícia leva as malas para o segundo piso, Gerson olhavapara ela, que fala;

 — Sabe que seu filho é especial, mas tem de ser sincero, masnão faz esta cara de cachorro molhado, me dá raiva.

Gerson sorriu e falou. — Não entendi a ideia.Patrícia pega o mapa do terreno e fala.

 — Gerson, ele desconfiava que a fenda fosse em um sentido,

mas o que mostra aqui – Patrícia estica o mapa e fala – ele começoua perfurar este e este buraco, foi a 60 metros e não achou nadaalém de sedimentos continentais, então ele mudou os pontos, ogeólogo que ele contratou é dos bons, ele analisou a linha daspedras e traçou os outros 3 pontos de perfuração, ele tinha oprimeiro, mas o sentido da fenda de valor não era a que o satéliteapontava, ele compra duas terras vizinhas e o geólogo faz trêsnovas tentativas, e se depara com estas amostras.

 — Não entendi. — A analise inicial, deve ter girado quando vinha a superfície,indicava uma inclinação a noroeste, mas a inclinação da formaçãoesta a nordeste.

Patrícia olha os dados, faz força para parecer normal, Gersonolhava para ela, não viu o brilho clássico em seus olhos quando viaalgo de valor, não viu ela olhar para ele como se fosse algo de valor,mas viu ela pegar o estudo, o determinar de cada camada daquele

trecho, Patrícia leva ao computador dela a mesa e começa a anotaras profundidades e fazer um gráfico de resistência de solo, deformação, de material, Gerson olha descrente, nada de brilho, nadacom expoente de valor.

 — Então ele realmente acertou o veio numa única escavação,e não tem valor a volta? – Gerson.

 —  Muito cedo para dizer, mas pelo que entendi, ele vaiperfurar com uma KG910 de amostra, até 80 metros, depois ele vai

tirar os restícios laterais dos 3 buracos, com uma SVC  – Content – isto não é feito para extração, mas para abrir longos buracos, com

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no máximo um metro de diâmetro, podendo chegar a 300 metros deprofundidades, podendo com buracos de pouca envergadura,começar a determinar o sentido do que ele quer.

 — Esta dizendo que ele está procurando ainda. — Estou dizendo que ele está economizando dinheiro, pois se

ele tivesse começado a fazer o buraco, este já seria visível, mastodos os vizinhos viriam os buracos e não venderiam os terrenos, eleestá pelo que diz o papel, comprando terrenos a nordeste do terrenoque tem, se por um lado ele não achou ainda, está mostrando quetem visão do que quer Gerson.

 — Ele deve estar decepcionado.Patrícia não falou nada, pegou as vinte amostras primeiras do

primeiro buraco, somente quando chegou a 36 metros do primeiroburaco que se viu os primeiros pontos brilhantes, Gerson estavaentretido com o sistema, Patrícia vê os números e começa a separaras pedras que pareciam puxar para o rosa na cor, ela sorri, umacoincidência que não poderia ter outro significado, este menino erarealmente de sorte.

O estudo de Patrícia chega ao segundo buraco, ela olha aanotação do geólogo e descarta os primeiros 30 metros de rocha,passou rapidamente os olhos, sedimentos continentais, 3 tipos, maseram apenas sedimentos continentais.

Patrícia olha para Gerson, tentou fazer cara de desanimo, elea olha e fala;

 — Pelo jeito ele vai lhe dar trabalho desta vez. —  Sim, da anterior ele separou o que queria nos mostrar,

desta vez, ele desviou todos os estudos, mas o rapaz é bom no que

faz.  —  Bom, mas por que ele estaria dividindo o trabalho comoutro, se não tem nada.

 —  Ninguém disse que não tem nada, estamos falando quepode não ter o quanto imaginamos Gerson, mas não é trocado, dequalquer forma.

 — Mas não vi tirar nada de valor dai. —  Depois lhe mostro se tem algo de valor aqui.  –  Patrícia

olhando o esquema de estudo que o menino desenvolveu, que

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nitidamente tinha um elogio do geólogo pelo evitar gastos extremos,e por não deteriorar áreas que poderiam não conter nada de valor.

Patrícia vê que no inicio, o rapaz passou dois comunicadospara Pedro, achando que ele procurava carvão vegetal ali, que eradesperdício na região. Depois dos 30 metros ele pareceu silenciar,poderia ser pedido de Pedro, mas realmente as amostras sótomavam consistência depois dos 35 metros, mas na amostra 2,tinha uma linha de cristais rosados de meio metro, aquilo mesmo ogeólogo tentando não ver, veria. Gerson olha para ela quando elaabre a amostra e mesmo tentando, evitar, seus olhos brilharam.

Gerson que a olhava, viu o brilho em seus olhos e levantou-se,chega a mesa onde a amostra estava ali, e sorri, olhando para ela.

 — Ele danificou algo com isto pelo jeito? — Não, ele indicou a perfuração, ele sabe que pode acontecer

algo assim, mas nunca havia visto algo assim. — Como assim? — Gerson, ele perfurou uma formação translucida, no Rosado,

de mais de meio metro de espessura, vamos ver o que temos aqui,isto que interessa.

Gerson viu que Patrícia estava tentando ser racional, sabiaque as vezes o que iludia os demais não iludia um geólogo, as vezeso que o impressionava, em nada a impressionava.

Patrícia começa a despedaçar o pedaço de rocha e fala; — O geólogo tirou amostra disto, para analise. — O que é exatamente? — Este material a toda volta, anterior e posterior, mais de 30

cm antes e toda a amostra depois e trechos em intervalos, me

parece Kimberlito, as pedras, vamos saber em breve.Patrícia pega uma espátula e começa separar as pedras mais

brilhosas. —  Nunca vi uma formação destas Gerson, por isto estou na

duvida. — Não entendi. —  Diamante é puro carbono em altas temperaturas e

pressões, mas em teoria, raramente um grande pedaço de carbonochega a estas profundidades, então neste planeta ele é raro.

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quando Pedro comprou as maquinas, mas agora ele pode terdescoberto um veio único, a 36 metros, pela direção dos metaislaterais, vai a nordeste, que ele não sabe o tamanho, mas se tiveristo por 6 ou oito metros, é um achado incrível, mas se for maior,

este seu filho passa a ser um senhor pé de coelho Gerson. — O que ele escreveu para você? — Para tentar não demonstrar o que tinha aqui. — Parece que não funcionou. — Este parece ser um caso único, poderia não ter diamantes

aqui e ficaria a olhar este material por horas.Patrícia foi para a terceira amostra.

Pedro estava chegando em Copacabana com Rita quando ocelular tocou;

 — Fala tio. — Me falaram que não estas mais no Largo da Carioca. — Me procurando tio, onde está que lhe acho.Pedro jogand7o, pois algo estranho acontecera.

 — Apenas um pessoal disse que iria lhe ver lá, mas que não oachou.

 — Estão por aqui ainda tio? — Não sei, esta na região ainda. — Sim, mas confirma onde eles estão e me liga, os encontro.Roberto olha para Pedro desligando e pergunta;

 — Este seu tio é de confiança? — Diria que sim antes de hoje, diria não após isto.

 — Acha que ele vai ligar? — Sim, tentando descobrir onde estou. — Não gosto disto Pedro. — Sei disto, mas vamos com calma, obrigado por me alertar

Roberto, as vezes esqueço que estes Oliveira não são tão confiáveis.O telefone de Pedro toca e ele atende;

 — Fala Patrícia, recebeu as amostras?

 — Não sei se é seguro falar? — Nem eu, mas fala.

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 — Acha que vai ser apenas aquele veio? —  Acho que não entendi, mas o que me induziu o relatório

que olhei no computador do rapaz foi para Kimberlito, não sabia daexistência disto no Brasil.

 — Não viu as amostras? — Não, apenas lhe passei por que quando se fala nisto, pelo

menos nos livros pouco técnicos que li, se associa a Diamante, masnão a Brasil.

 —  Isto é verdade, não existe muitas minas no Brasil que sefale deste minério.

 — Acha que tem diamante?

 — O que tenho na mão, diria que é, qualidade boa, reage aluz ultra violeta. —  Quanto acha que vale o que tem a mão, vale o

investimento Patrícia? —  Vou sair daqui a pouco e vamos falar com um geólogo,

quero trocar uma ideia. — Vai abrir isto? —  Vou falar com o seu geólogo, quando algo parece muito

bom, desconfie. — Verdade, mas paga os custos de pesquisa? —  Sim, paga os custos de pesquisa, qualquer coisa lhe

empresto um dinheiro. — Cuida do teimoso do meu pai, ele é gente boa, mas só faz

burrada, parece que puxei a ele. — Cuido.

Pedro olha para Roberto; — Problemas? – Roberto. —  Sim, um geólogo me afirma que tem diamante em um

lugar, faço um buraco de 40 metros e não acho nada, começodesconfiar.

 — Pior, gasta para isto! – Roberto. — Mandei um estudo para Patrícia, estou quase parando tudo

em Santa Catarina.

 — Tinha algo lá? – Rita.

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 — Achava que tinha. — Mas é muito o rombo? —  Não disse que é um rombo, mas se não for pagar a

extração, vou parar lá e rápido, para não gerar custos.Rita abraçou o namorado e descem ao piso térreo, onde

Ricardo olha para Pedro. —  Estão espalhando na internet que encheram de furos o

sistema, acho que não deu certo.Pedro olha serio para o rapaz e desce ao servidor, ninguém ali

tinha visto o menino programar, ele chega a um técnico e pergunta. — Posso usar um dos terminais.

 — Não sei se sabe o que esta fazendo, mas não é brincadeiraisto menino.Pedro começava a se irritar com isto, mas ele escolhera a

invisibilidade, chega ao painel e acessa o sistema, o rapaz as costasviu Ricardo vir junto e olhar para o menino, pensou que ele abririacomunicação com Charlyston, muitos estavam publicando o grandefracasso de uma empresa Brasileira em criar um sistemaindependente.

Pedro abre o sistema, identifica de onde veem as noticias,numera os buracos, o sistema afirmou ter apenas doisprogramadores perdidos no sistema de recicler, que estava tentandoa mais de 48 horas achar um caminho, todos os demais estavaminteiros e sem interação ou perda de dados, nenhuma tela haviasido danificada, e os IPs dos programadores estavam salvo, osistema de backup perfeito quando o menino escreve em inglês natela de um programador de Linux em Paris.

 ―Acha que mentir vai lhe garantir o que Paul?‖   ―Este sistema é fechado, vou lhe rastrear, e lhe apagar!‖   ― Você já publicou que o fez, quero mesmo ver sua melhor

tentativa‖  Pedro abre a conversa em um chat ao vivo, como se

estivessem interagindo com mais de 2 milhões de usuários do chatao mesmo tempo.

O rapaz olha o IP da maquina, sabia de onde vinha, ele dádois comandos e sua tela fica sem resposta;

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 ―Um sistema fraco e quer nos fazer de bobo!‖   ―Fraco, escrito por um principiante, imagina quando for forte,

Paul!‖   ―Não me chamo Paul!‖   ―Paul Carlin Willian, mentir não me resolve o problema, quero

saber por que espalha que furou um sistema que não consegue nempassar da primeira tela.‖  

 ―Eu furei todo seu sistema, deixei mais de doze avisos de erro,deletei 13 arquivos principais, sabe disto!‖  

Pedro cola a tela do rapaz e publica no chat e fala; ― Vocês ainda tem dois dias para tentar ganhar o dinheiro, mas

acreditar em alguém que pôs três mega computadores, para tentar,e agora está tentando os tirar do páreo para ele ganhar sozinho,acho desonestidade!‖  

 A conversa acima escrita no chat toda em inglês, com as 12telas do rapaz, e mais a foto do mesmo com descrição de IP eendereço são colocadas no chat, e Pedro dá um comando após istoe o servidor do rapaz trava, e começa a formatar informações dorapaz, Pedro não era bom, o mesmo demorou um pouco para

entender, e sem controle, puxa o cabo de internet e depois desligada tomada, antes de perder tudo.Ricardo olha o menino e o vê levantar e não falar nada, talvez

realmente tivesse de fazer com mais calma, se até quem estava alidentro acreditava nesta propaganda idiota de hackers que se faziamsobre informações errôneas, teria de pensar se eram as pessoascertas.

Pedro dá a mão para Rita e vão ao quarto, ele estava

correndo e queria descansar um pouco antes de voltar a confusão.Ricardo olha para Marcelo que fala; —  Disse que ninguém tinha entrado, ficou ai falando que o

 ―Nick‖ era confiável, e se ele afirmava que f izera, não duvidava, osistema estava redondo, os sistemas de backup afirmando que nãohouve quebra de segurança, que os bits de saída estão todoscontrolados, e agora.

 — Acho que alguém ali, esta se fazendo de menos!

 —  Acho que ele não se fez de menos Ricardo, nós omenosprezamos por ser o filho do dono, sabe disto!

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 — Acredita mesmo que o sistema aguenta mais 3 dias? — Ele não quer que aguente, mas acho que ele esperava já

ter pago pelo menos 500 mil, e até agora, somente um está próximodisto.

Ricardo olha para outros chegando e fala; — Não entendi a rapidez dele no teclado. —  Nitidamente ele programa, ele usou apenas atalhos do

próprio programa, ele o conhece bem, mas quero monitorar o queos demais vão falar agora.  –  Maria de Lourdes, a única moçanaquele prédio de tecnologia, que era contratada comoprogramadora.

 A moça senta-se em uma poltrona na parte superior e começaa monitorar o sistema; —  Ricardo, dizem que  ―Nick‖ está com problemas em seu

computador, e está a mais de 15 minutos sem comunicação. — Ele vai tentar com tudo! – Ricardo. — Isto que o sistema espera. – Marcelo.Maria olha para Marcelo e fala;

 — Pouco provável, ele esta com as imagens de sua tela, com

as programações tentando a entrada inicial, em todos os sites dehackers do mundo, tem muita gente querendo o por na parede.

 — Acha que alguém vai se meter com ele? — Acho que fica obvio pela tela dele, e pela foto tirada da web

dele, publicada ao lado – Maria aponta a mesma – que ele está portrás de alguma grande empresa, dá para ver pelo menos 12programadores conhecidos nas telas ao fundo.

Marcelo chega a imagem e fala; —  E se fazendo, tem mais de 6 servidores de alto padrão,

mais de 20 neguinhos trabalhando para ele, lembro dele falando queera um programador que odiava dividir com os demais o que sabia,então trabalhava sozinho.

Ricardo olha e fala; — E acha que ele não entrou mesmo assim? —  Tem um Brasileiro que está dentro, tentando achar uma

saída, e um norte americano de Los Alamos em um dos trechos!  – Marcelo viu o comando que o menino teclou e apenas deu o mesmo

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na tela do computador de Maria, e viu a foto tirada pela câmerainterna dos dois computadores que tentavam e fala vendo as duasimagens.

 — Duas lindas moças!Maria de Lourdes fala;

 — Está eu conheço, Renata Paz. — E está outra? – Ricardo. —  Se não me engano, engenheira chefe de um projeto que

chamam de área 51 em Los Alamos, não sei se o nome que ela usaé real, mas a conhecem por Sabrina. – Marcelo.

 —  Dois nomes de peso, que estão tentando, mas acho que

ainda vão trabalhar muito, e sabemos que o servidor das duas é degente grande, este do Rick é fichinha para os da JJ Empreendimentoe do Exercito Norte Americano na Faculdade da Califórnia na suasede em Los Alamos. – Maria de Lourdes.

 — Pensei que eram apenas principiantes tentando! – Ricardo. —  Os principiantes tem a chance do raciocínio leve, mas as

grandes também estão tentando, temos de empresas Norte Americanas, Inglesas, Francesas, Russas, Chinesas, Japonesas,

 Australianas, Brasileiras, muita gente, mais de 3 mil hackersconhecidos tentando neste instante.  –  Maria olhando o sistema,alguns que tinham desistido, voltaram a tentar, pois a propagandaque Nick havia conseguido e aberto milhares de pontos, fez muitosacreditarem que não era o dias deles, que não estavam pensandodireito, agora parece que a leva de pessoas entrando é imensa.

Outros chegaram e Maria falou; — Ricardo, pode achar que o menino ali é apenas o filho do

dono, mas começo a lembrar a rapidez que ele digitou, estavaolhando a câmera interna, ele deu perto de 600 comandos decontato e controle em questão de 4 minutos, o computador lhe deumais de 120 telas de confirmação e informação nestes poucosminutos, tem coisa aqui que desconhecia a existência neste sistema.

 — Como o que? – Marcelo. A moça deu o comando que o menino usou para dispor da

conversa, e abrindo todas as contas de hackers que havia tentando

e seus contatos e falou.

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 — O sistema tem sistema de interação com todos os IPs quetentaram entrar no sistema, com o registro de suas caixas demensagem, tem um pré-sistema de texto instalado, onde eleconsegue manter contato com todos os que tentaram interagir ao

mesmo tempo, este numero aqui, - a moça aponta uma tela depoisdo menino ter clicado um comando rápido que ela estava tentandodescobri pela sequencia de dedos que ele uso, 2145907  –  é onumero de pessoas que souberam online a conversa entre o meninoe Nick, e todos eles receberam online a conversa, deveriam estar seinteirando de quem eram e a conversa já havia acabado, algunssomente agora estão se tocando do que foi a conversa.

 —  Esta dizendo que o sistema guardou todos os caminhos

principais dos invasores. —  Sim, sinal que o sistema que nos parece inerte, rápido, e

desprecavido, esta invadindo sistemas enquanto os demais tentam oinfectar ou entrar. – Maria.

Marcelo ficou olhando a imagem da sala e olhando para omenino nos poucos minutos que ele esteve ali e fala;

 —  Acho que este vídeo fala por si, o menino não quer omérito, mas estava entre as pessoas que criaram este sistema,

pensei que o sistema era menos complexo, mas vendo eleprogramar e olhar as telas, diria que tem mais de dois gigas deprogramação no servidor, dai sabem o que significa.

Ricardo não entendeu e olhou para Maria. —  Ele está dizendo que temos um replicador aqui, todos os

IPs apontam para Brasília, mas lá também tem um replicador, pelovolume do sistema, pelo que entendi, em uma cidade do interior deMinas está o servidor real, somos parte dos backups, mas se foristo, estamos em uma das pontas, das poucas que tem acesso aalgo que mesmo de nós é escondido, e protegido, depois precisofalar com este menino! – Fala Maria olhando alguns – Pois podemoster passado a sensação errada para a pessoa errada.

 — Não entendi. – Ricardo. —  Ricardo, sai da defesa, não é sua melhor praia, mas eles

esperam por aqui um grupo de programadores que ampliem emelhorem isto, mas nós não olhamos o básico, precisei ver o meninousar o programa por 4 minutos para entender que o sistema está

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aberto apenas para quem tem a senha de entrada, e que saiba, pelalista aqui, apenas 14 pessoas tem a senha interna de acesso, esabemos, ela é randômica, e nos é valida por 24 horas, o própriosistema nos altera a senha e nos comunica por e-mail criptografado.

 – Maria.Marcelo sentou-se e começou olhar o mesmo vídeo, sorriu,

pois aqueles poucos minutos do menino programando lhe serviramais do que 10 dias vendo as coisa pela sua leva de conhecimentose olha para Maria.

 —  Pelo que entendi, todo comando que existe de atalho, édeterminado pelo ABNT2, qualquer teclado que não esteja em

 ABNT2, dará uma resposta em um código diferente e não vai ser

obedecido. —  Sim, ele priorizou os atalhos em detalhes de teclados

 ABNT2, diria que o rapaz na França vai tentar e de repente pode darum comando que o tirara da tela e nem sabe o que aconteceu,porque pelo que vi, o que se usa no Control W, ele colocou noControl A, L, P, R e Q!

 —  Vamos ter de estudar estes atalhos Maria, podemos usaristo para facilitar e não nos complicar, mas se reparar o Control P,

fecha a pagina mas salva todos os dados em nosso servidor. — Ele colocou atalhos de vicio dos programadores para salvar

dados internos no sistema, como Control P, F4, e Control Alt Del.  – Maria.

Os demais não estavam muito inteirados, alguns ainda comdor de cabeça do dia anterior.

Joaquim Moreira chega a sala de comando que ficavaembutida em uma das Pedra Gêmeas, um túnel e uma grandeescavação deixando algo escondido e protegido.

 — Conseguiu? — Acho que o menino é bem rápido Alemão. — O que ele fez? — Estava se metendo em encrenca no centro, dai um grupo

de limpeza religiosa que estava em Curitiba e chegou hoje ao Rio

Novamente foi avisado que ele estava no Largo da Carioca, osseguranças dele o tiraram de lá, mas quando chegou ao seu

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computador soube que um programador Inglês em uma empresa deProgramação na França, estava espalhando que havia furado osistema, ele mandou para todos os que tinham tentado, acomunicação ao vivo, ele desmentiu o rapaz com a tela do próprio

servidor que o rapaz usava, ele desmascarou o rapaz e ainda deixouos demais com uma puta raiva da empresa, que esta sendo invadidaneste momento por mais de 200 hackers.

 — E como estão as tentativas? — Ele parece querer que alguém entenda o sistema, estranho

o quanto parece simples e não consigo avançar. — Pelo jeito gostou do sistema. — Alemão, estou com um teclado em Português, pois somente

com ele consigo dispor de certas informações, a linguagem base domeu computador tem de estar em português ABNT2, o horário docomputador tem de estar no horário de Brasília, os comandos deentrada, que vimos aquele Paulo usar, uns 10 são uteis, mas osdemais não tem isto.

 — Alguém entrou, pois me induziram a dizer que muitos haviainvadido o sistema.

 —  Eu sei que estou dentro, mas ainda sem ação, se nãoconseguir uma ação não tenho como provar que estou dentro, elesabe, mas o desafio é deixar marcado que você esteve ali.

 — Então acha que ninguém entrou? — Quem entrar, deve começar a se gabar, eu estava com o

servidor a frente monitorando o que o rapaz em Paris falava, mascomo ele não dera nenhuma tela interna de furo, não dera nadaalém da palavra dele, sabe que certos nomes são conhecidos e

respeitados, mas este agora será famoso, já que a imagem dele edo seu sistema está na caixa de mensagem de todo hacker quetentou entrar.

 — Então é serio que o sistema é seguro? —  Diria que mais que o nosso, alguns detalhes gostaria de

trocar com o programador deles, com certeza ele pensou em muitomais saídas e entradas, parece algo pronto para as novastecnologias que vem por ai.

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 — Gerson pelo jeito conseguiu algo pesado a por no mercado,Sena esta entrando em uma empresa de segurança em parceria como menino.

 — E qual o problema? —  Não é o problema, é que eles falam em bilhões como

trocado, mas soube que o menino esta fazendo testes reais dequalidade de perfurações em 45 lugares, ele quer saber se temantes de abrir o buraco, ele investiu caro para alguém pobre, masbem moderado para quem tem para investir, e olhando para osterrenos, ele está estruturando para ter algo pesado, mas nãoentendi, ele comprou uma terra grande no sul da Bahia, uma quenem sabia que estava a venda, o menino usa a informação do pai e

me confunde. — E o que está o tirando do serio. — Sena me alertou que o menino pediu para a segurança da

Guerra ficar de olho em um rapaz que estava analisando um terrenoem Criciúma em Santa Catarina.

 — O que acha que tem lá. —  O rapaz marcou com uma moça, que pode ser uma

namorada dele, mas ele dispôs em um anel, o que o sistema pegoue a segurança fotografou, um diamante de mais de 300 quilatesRenata.

 —  Acha que o Geólogo desviou um dos estudos, é o que omenino acha pelo jeito.

 — Eu não tenho as ligações deles, mas tenho as imagens, eRomarinho, um dos rapazes mais importantes do esquema deGerson, esteve em Criciúma hoje e voltou rápido com 6 malas

estranhas e pesadas. — E era um dos locais que estava fazendo analise? — Sim, e onde ele cercou uma área grande, e ontem saiu uma

autorização de exploração para a área, que passou desapercebidada maioria.

 — Acha que o menino está aqui para distrair? — Certeza, mas algo o preocupou lá, pois tiraram coisas de lá,

e não sei se é ali a analise ou apenas o ponto de distração.

 — Ainda querendo entender este Gerson.

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 —  Sim, mas ele casou com uma geóloga, ela vai desvendaristo para ele.

 — E tem pelo jeito um menino que também programa. — Pessoas inteligentes criando herdeiros inteligentes.

Gerson olha para Patrícia depois dela terminar a ultima analisee fala;

 — O helicóptero está pronto. —  Então vamos, acho que entendi, mas vamos falar lá com

estes Jeferson Camargo.Decolam de Curitiba no sentido de Criciúma, quase uma hora

e meia depois, os dois entravam em um restaurante no centro dacidade.O rapaz estava com uma moça e Gerson chega a mesa e fala;

 — Jeferson Camargo? — Sim, quem gostaria? — Gerson Rosa e Patrícia Reis.O rapaz olhou para a mão da moça foi automático, mas não

poderia dizer nada para ela recolher a mão, e falou; — Prazer, o que os traz aqui?Patrícia olha para a moça e fala;

 — Uma dica moça, pode acabar o namoro, mas nunca devolvaeste anel, vale mais que minha casa.

 A moça olha o anel e pergunta; — Sabe quanto vale?Patrícia olha para Jeferson e pergunta;

 — Podemos conversar em um lugar mais reservado, temos dediscutir o que aqueles documentos falam.

 — Olharam o documento? —  Desculpa, roubei de você nossas amostras!  –  Patrícia

sorrindo. — E acha que entendeu o que? —  Não entendi, pedi para um satélite analisar a região com

tudo que tiver para analisar o subsolo da região, esta imagem veio apouco.

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Patrícia mostra para o rapaz uma formação oculta peloacumulo de sedimentos, como se na região, a milhões de anos,tivesse uma boca de vulcão, esta tinha seu topo no centro doterreno, e duas pontas onde escorria lavas, hoje o topo da formação

estava a mais de 30 metros de profundidade, mas o centro daquelaformação parecia um mar de Magma, e ele ouviu.

 —  Queria propor a mudança dos locais de analise, sei quevocê chutou bem a nordeste, mas se esta formação for confirmadade Kimberlito, sabe bem o que significa.

O rapaz olhou em volta e falou; — Acha mesmo que é Kimberlito? — Minha analise preliminar, apontou para 80% de chance de

ser, a analise total somente em 4 dias. — Mas sabe que tem uma fenda que nunca havia visto, algo

entre 50 e 90 centímetros, que fica bem aqui.Fala o rapaz mostrando o local.

 — Jeferson, já pensou se isto vaza, estamos aqui por que ummenino me mandou conversar com você sobre o quanto quer poreste segredo, e pedir para evitar demonstrações como a que fez

hoje neste restaurante. — Ele já sabe? —  Sei de pelo menos uma pessoa que já sabe, pois o

restaurante tem câmeras, e quando o menino pediu para lhe darsegurança, os seguranças de Guerra acabaram registrando.

 — Não sabia que tinha segurança. — É para ser discreta, mas tem. — O que acha que teremos neste lugar?

 —  Jeferson, pensa, a broca furou neste ponto, o centro dovulcão, que foi ativo a 5 milhões de anos, mas toda esta região erao centro do vulcão.

 — Pelas imagens é o que parece! – Jeferson. — Qual a probabilidade de num furo de 8 centímetros, sair

uma pedra de 300 quilates? — Seria a sorte das grandes.

 — No trecho que foi escavado e furado, que neste ponto temexatos 52 centímetros, pela minha analise inicial, mais de 30 pedras

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com mais de 300 quilates, mais de 100 pedras com mais de 50quilates, mais de 1000 pedras com 20 quilates. Qual a chance?

Jeferson olhou em volta, olhou Patrícia e perguntou; — Pelo jeito é geóloga, ou entende disto. —  Graduação em Geologia, pós em Formações Geológicas

Nacionais. — Acha que temos o que ali então? —  Um espelho de carbono que emergiu, veio do fundo em

uma grande gota, que ficou nesta região.Patrícia marca a região;

 — Seria a maior reserva do mundo.

 — Sim, lembra da minha pergunta inicial, o que aconteceria sedescobrissem que isto está ali?

 — Seria uma segunda serra pelada, mas para diamantes. —  Não gosto de dividir isto com os demais, mas acredito,

pelas imagens que me passaram a pouco, que neste ponto,podemos ter um túnel de Kimberlito, com um centro de cristais demais de 6 metros.

O rapaz olhou serio, olhou as imagens e falou; — Acha que isto vai até quantos metros? —  A nossa estimativa inicial era algo mais demorada, que

teríamos retorno depois dos 300 metros de profundidade. —  Lembro do estudo inicial, ele levou sorte em uma das

pontas deste vale, onde escorreu o magma, mas sabe que as terrasque teríamos isto, em parte não estão em nossas mãos.

Pedro acompanhava a conversa pelas câmeras do restaurante,

por que Joaquim desviara a câmera para ouvir o que eles falavam, epassa uma mensagem para Patrícia. ―Patrícia, Moreira esta ouvindo a conversa, melhor saírem dai

para um lugar que não seja tão fácil ele ouvir.‖  Patrícia pede um momento e responde;

 ―Entendeu o problema?‖  Patrícia recebe a imagem das terras compradas pelo menino

através de corretores, que iriam para o nome dele na segunda e

sorri. ―Foi rápido, mas não vai declarar isto!‖  

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 — E como ele faria isto.Renata põem a imagem de sua tela no visor e ele lê em

inglês; ―Estou disponibilizando para os nomes da lista de IPs que

tentaram e chegaram a primeira entrada, embora não tenhamconseguido interagir ainda, um deposito de 50 mil dólares, como osistema avisara cada um a parte, não abrindo os dados dos demaisconcorrentes, fica apenas a informação que foram 302programadores que atingiram a sala um, e estamos nosdirecionando a cada um destes, entre eles você Renata, pedindouma conta bancaria para o deposito deste recurso!‖  

 — Ele não esta querendo que desistam! – Moreira. — E já sabe mais de mim que eu dele. — Ele está provocando!Maria que olhava o sistema olha para cima e fala;

 — Marcelo, olha o alerta que saiu daqui para 302 endereçosneste instante.

Marcelo acessa e fala; — Ele esta provocando, e não esta preocupado em gastar, ele

esta dizendo para os demais que duvidavam, estou esperando, vãodesistir assim.

 — Se estava um agito na rede, agora pode esperar um superagito.

Hackers no mundo inteiro começam a receber a mensagem eos depósitos automáticos, e a leva de informação se espalha pelainternet como rastilho de pólvora, com muito mais programadoresse agitando, alguns foram confirmando os depósitos, o que gerou

em segundos pelo menos 100 nomes de pessoas que estavam emum caminho aceitável, e estes caminhos começam a se espalhar.

Renata olha para Moreira e fala; —  O menino esta querendo que eles ajam em conjunto,

quando isto se propagou, muitos começaram a abrir o caminho quehavia tentado, e que havia sido repelidos, isolados após, e muitoscomeçam tentar por subterfúgios dos mesmos caminhos deprogramação.

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 — Este menino não tem medo de gastar 15 milhões para dizerao mundo que esta falando sério que pagara a quem invadir odinheiro.

 —  Se alguns duvidaram antes, o menino deve ter pensadonisto e lançou este desafio, mas deixando claro para eles que sabequem esta tentando e de onde vem cada tentativa.

 — Renata, o menino ou o programador dele, não sei quantosestão por trás, mas esta fazendo historia na internet hoje, sabedisto.

 — Sei, o sistema e o nome de Charlyston Oliveira, e de PedroRosa, passaram de simples desconhecidos para os nomes maisrepetidos e replicados em comunicações pelo globo nos últimos doisdias, mas na ultima hora, muito mais. – Renata olhando os númerossem deixar de tentar.

 — Acha que consegue? – Moreira. —  Se for possível, os demais podem estar compartilhando

pegadas, mas eu não compartilho, teria de abrir detalhes que elesnão precisam saber.

Moreira sorri a vendo tentar enquanto via o pessoal deixar o

restaurante.

Passava das 4 da tarde, tarde de agito, quando Pedro ouveum alarme no seu celular, olha para Rita, lhe beija e fala;

 — Já venho! — Vai fazer o que? —  Alguém chegou onde não achei que chegaria, este é das

melhores pessoas em programação que conheço.

 — Certo, vai controlar? — Ver os desafios e quero ver a forma de reação.Pedro desce e olha para os demais lhe olharem, já era

evidente que ele não era qualquer um, ele anda no sentido doservidor, e disca para Charlyston.

 — Me confirma Charlyston, em que entrada ela conseguiu.Os demais começam a ver que o menino iria entrar, e estava

falando com alguém.

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 —  O nome, Sabrina, não sei o sobrenome, mas ela éEngenheira do Exercito, ela acaba de passar a terceira leva, vi quetem um erro de programação, ela esta confusa, pois na entrada 378,deveria jogar ao lixo, mas jogou para dentro.

 —  Estou chegando no servidor Charlyston, começa a por osdesafios e vamos ver se ela realmente esta pronta para estesistema.

 — Ela está tentando entender as linhas de programação, elanão esta se esforçando em deixar marcas, mas está avançando.

 — Finalmente uma programadora, não um pseudo Control C,Conrol V.

Charlyston sorriu, ele estava na sala do servidor em Nazareno,e começa a receber as informações do servidor da moça e termina afrase.

 —  Acho que podemos não ter a capacidade dearmazenamento para o que ela tem Pedro.

Pedro chega ao servidor, liga a tela, e fala; — Charlyston, vou por tudo em rede, sabe que isto vai facilitar

aparentemente para os demais, mas não chegamos até aqui para

não ter estes dados.Pedro aciona o telão no fundo e se viu Charlyston que olhapara a câmera e para a tela e fala, vendo que o menino estavacolocando os servidores de Curitiba, Rio de Janeiro, Porto Alegre,Florianópolis, Brasília e BH todos em linha de recebimento de dados.

Pedro liga três telas a volta e os demais estavam vendo a luzalertando que alguém havia entrado, mas não tinha adulteradonada, mas viram a tela mostrar uma moça em três ângulos e Pedro

escrever em inglês; ―A primeira invasão confirmada, Parabéns Sabrina!‖   A moça viu em uma tela ao fundo aparecer a imagem de um

menino e olhou para o general que deu um passo atrás, não queriaser filmado e documentado que estava ali, ignorando que o meninotinha ele em outra câmera local de segurança.

 ―Quem é você menino, sabe que esta invadindo um sistemagovernamental!‖  

 ―Desculpa, apenas parabenizando a única pessoa a passar portrês fazes do sistema!‖  

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 ―Pensei que não estavam monitorando tão de perto!‖   ―Sabrina, gosto de programadores, não de hackers, eles se

dizem programadores e não dominam metade do que você sabe!‖   ―Quem é você?‖   ―Pedro Rosa, um dos idealizadores do sistema que esta

tentando invadir, o proprietário da conta de onde vai sair os seus500 mil dólares!‖  

 ―E esta me distraindo, acha que fecha a porta!‖   ―Sei qual foi o atalho que fora adulterado, um programador

para não entrar no recicler programou no mesmo segundo que você,uma entrada por este caminho, ele foi chutado para fora, e você

para dentro.‖   ―Acha que foi acaso? Acho que não é tão grande coisa assimse acha isto!‖ – Sabrina.

 ―Sei que estava tentando sair daquela sala a exatas 12 horas,23 minutos e 15 segundos, quando conseguiu passar, não équalquer uma, sei disto Sabrina.‖  

 ―Acha que algum sistema é seguro?‖   ―Sei que não, mas não custa dar trabalho aos que não

entendem de programação, ou não!‖   ―Sempre!‖   ―Boa continuação, apenas observando de perto‖ –  Escreve

Pedro deixando a moça a tela, mas sumindo da tela da moça, queolha para os números enquanto um general chega a ela e pergunta;

 — Conseguiu. —  General, este sistema é bem interessante, uma coisa é

desenvolver um software com peso que tem vários sistemas gráficosque lhe pesam, este sistema é leve, e desenvolve depois de entrado,um sistema bem estável, pouca interação, pois ele tem objetivoarmazenamento, monitoramento e proteção de dados, mas tem umLayout bem agradável aos olhos, que parece escolher algo especificoe nos gerar uma interação.

 — Quem é o menino? – General — Dizem os sites especializados, que ele é apenas o dono do

dinheiro senhor. — O que acha que ele é.

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 — Sim, mas só um momento, tenho de alertar alguém.Maria não entendeu e ouviu o menino discar o celular;

 — Joaquim Moreira?

 — Fala Pedro. — Um alerta, já que não somos concorrentes. — O que aconteceu. — A minha entrada no sistema estava em Paris, mas quando a

moça de Los Alamos tentou entrar no meu sistema hoje, ela foichutada para fora por Renata, e acabou na sua linha de comandosde vídeo, eu a isolava se fosse você.

 — Esta falando serio?

 —  Pergunte para Renata, ela pensou ser um desafio dosistema e jogou o sistema que parecia de proteção, mas que era umoutro usuário tentando entrar, no sistema de lixo, mas como o seussistema de lixo sai pelo Alaska, jogou ela dentro do seu sistema devídeo.

 — Vou verificar, pensei que nem estava olhando. — Monitorando de perto.Pedro desliga e olha para Maria que lhe olhava intrigada.

 —  Não entendi, a moça não estava no nosso sistema e ainduziu que ela ganhou;

 — Quando ela entrou, nos deu o caminho de programação doservidor dela, se olhar os dados, estão entrando toneladas de bits,vindos de lá pelos caminhos padrão.

 — Caminhos padrões, não entendi esta parte.Pedro viu que a moça estava interessada, a maioria não lhe

indagou como ela estava indagando, não lhe olhando como acriança que aparentava, mas como um adulto;Pedro deu alguns comandos no teclado, e na parede oposta,

12 telas de led desceram das paredes formando uma imensa tela euma imagem mostrava os 10 pontos de servidor, e o pontocentralizado de Brasília, e um ponto subalterno em Nazareno.

 —  Maria, se olhar, nosso sistema entra nos sistemas porportas deixadas pelos demais, então entramos por 8 pontos, dois via

satélite, 5 linhas por fibra ótica, e uma via ondas curtas, a mais

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lenta, mas todas elas manteriam o sistema funcionandoindependente de tudo cair a volta.

 — Mas como ela acabou dentro de outro sistema? —  Quando isto foi projetado, precisávamos de um provedor

que não fosse rastreado, e escolhemos um de um empresárioCuritibano, ele mantem algo como aqui, mas com base em umburaco em Paris de 22 metros de profundidade, então situamosnossa base de dados dentro da proteção de firewall deles, nãotínhamos nossa base ainda feita.

 —  Esta dizendo que manteve uma saída para dentro dosistema que abrigava o programa inicial, como se fosse parteintegrante do sistema? – Marcelo.

 —  Mais simples, nossa programação é baseada emprogramação pura, sem adendos gráficos, mas que se apodera dosistema que estiver instalado para dar o visual. Então quandosaímos, deixamos nosso rastro, num sistema leve, em 500 megas deinformação.

 — Não entendi. —  Que servidor do mundo, tem menos de um giga de

memoria, eles tem vários gigas, quando se formata uma maquina,nosso sistema leve, se prende a memoria do computador, e se elenão desligar o mesmo, para reinstalar, estaremos lá novamente,quando o sistema foi desinstalado em Paris pelos programadores daJ. J. Empreendimentos, é um servidor, quem desliga servidores?

 —  Quer dizer que o sistema deixa rastros, mas o que temhaver. – Maria.

 —  Nosso sistema é um sistema de captação de informação,

este sistema, deixar claro – Pedro olha os demais – é ilegal – Mariasorriu  –  Se você acessar uma conta corrente por ele, ele não sórastrear o que você digitou no teclado, na tela por leitura de tela,como assim que tem uma quantia de possibilidades não superior a50 tentativas, baseada nas probabilidades e senhas mais usadas nomundo de acordo com localidade, tenta por si entrar a cada 12horas, com 2 tentativas, e quando entra, rasteia todas as operaçõesdo cliente, como saldo, movimentações financeiras, gastos nocartão, traçando um perfil do usuário.

 — Quer dizer que este sistema rouba senhas. – Maria.

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 — Não era do que estávamos falando, mas é um exemplo queé fácil entender, mas estamos diante de empresas de software, queestão tentando conseguir quebrar e entender nosso sistema, maspara entrar, lá, eles digitam senhas de usuários, senhas de acesso, e

este sistema leve, se instala assim que eles tentam nos derrubar. —  Esta dizendo que o objetivo do desafio é obter dados e

informação de empresas, isto realmente é ilegal. — Eu diria que a Macaff fazer vírus é ilegal, mas vão ver nos

dados vindos deles, projetos para vírus que se adulteram por contaa cada 32 minutos, gerando levas novas de vírus, sem eles terem dese preocupar com o fim do mercado de vírus para computador.

 — E temos estrutura para receber tantos dados? —  Maria, o sistema analisa a importância dos dados, não

quero foto do cachorrinho da família, por mais famosa que seja afamília, não me interessa seus pesos e quanto comem, mas asestatísticas que isto gera, como índice de consumo, e tudo mais,como Charlyston fala, estamos começando, este projeto tem 10anos para se realizar, não precisa ser agora.

 — E o que pretende com estes dados?

 — Isto é uma empresa familiar ainda, agora cada um de vocêsfoi convidado a entrar para a família, mas cada um sabe queassinaram que nada que fizerem ou dividirmos aqui dentro, pode serusado, falado ou comentado do lado de fora deste prédio.

 — Vamos fazer coisas ilegais. – Marcelo. — Digamos que eu fiz algo ilegal, mas duvido que alguém de

lá reclame, pois invadir um sistema de informação de Los Alamos, éilegal, mas se vocês pensarem, eles teriam de admitir que invadimos

os seus sistemas. — E todas as demais. —  Marcelo, ninguém está vendo os dados sair, sabe como

funciona, comunicação com cada um deles, não mais de 12segundos a cada 12 horas, randômico, podendo ser 10 horas ou 14,o sistema leve faz a analise de dados importantes, mas descobriramque o mesmo sistema, assim como pode apenas buscar umainformação e a trazer para nós, ele pode a buscar e apagar.

Maria olha para o menino e pergunta;

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 — Mas parece que cada um aqui tem uma função, não entendio que pretende.

 — Maria, este lugar não é um lugar para que eu diga o quepreciso, é um lugar para vocês se dedicarem a programação leve, aabrirem mercados. Tudo que se tinha em um computador, com ascapacidades de armazenamento chegando a gigas em micro cartões,e as memorias chegando a gigas acompanhando a tendência epequenas, a programação leve vai tomar os celulares, quase tudo,TV, radio de carro. A programação pesada não vai conseguir invadirestes mundos, o nosso sistema é apenas uma ideia de Charlystonque meu pai e eu numa pequena parte ajudamos a pensar, masqueremos ideias, estávamos dando funções para sentirem-se em

casa, mas não para se dedicarem a isto, quero ideias, quero futuro,não passado.

 — E o que pretende conseguir com este desafio? — Cada um de vocês, quando desenvolver algo, se tiver como

desafiar os demais em algo, farei, pois Charlyston era umprogramador desconhecido a 4 meses.

 — Não tem medo que nos vendamos a outros. —  Se vocês estiverem se vendendo a outros não me

preocupo, pois não estarão no ponto que quero, pois não chameipessoas que ache que vão ficar nas asas da empresa mais que 5anos, espero que cada um de vocês levante seus impérios, seusnomes, que façam seus nomes respeitados no mundo.

 — E acha que este sistema é seguro? — Marcelo, eu com 13 para 14 anos, invado qualquer sistema

baseado em Linux ou Microsoft em 70 segundos, acredito quequalquer aqui consegue, acha que eles estão tentando a quantotempo?

 — Certo, mas sabe que invadir sistemas é crime. – Maria. —  Sim, mas todos os sistemas tiram de nós informações

pessoais, conheço gente que a CIA vigia apenas por que escrevelivros e escreveu mais de 10 vezes a palavra terrorista. Ilegal, maspraticado por todas as empresas de software do planeta, toda aempresa quer os dados de consumo, todas querem estar a frente,mas nosso sistema não tem a capacidade que pretendo, esta ideiaveio das empresa J.J. Empreendimentos, desenvolver um sistema

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que não nos indique apenas os números, mas principalmente, quenos aponte rapidamente se um mercado vai se extinguir.

 —  Ouvi isto, os sistemas de consulta são baseados emnúmeros de satisfação, mas algumas coisas que eram tidas comoeternas, mudaram toda a conotação, como os Correios.

 — Sim, como os Correios, antes se trocava cartas, hoje se falacom eles ao vivo.

 — E acha que quantos vão furar o sistema. — Marcelo, se todos furassem agora, já seria a prova de que o

sistema é melhor que os existentes, mas este não é um sistemapara se vender para consumidor final, e sim, para quem teminformação para guardar, e não este sistema como está hoje, e sim,como ele ficará, protegido, sem sistemas de invasão, sem sistemasde detecção de senhas, mas com sistemas de reciclagem em váriosníveis, e com sistema de armazenamento em nossa nuvem, comtoda segurança.

 —  Tu achas que este mercado é de quanto?  –  Carlos, umrapaz do Rio Grande do Sul.

 — Pouco mais de 30 bilhões anos, trocado!

 —  Explicaria esta estrutura, mas achas que teremos espaçopara desenvolver nossas ideias? —  Se tem uma, fala para mim, para meu pai, ou para

Charlyston, um deles vai lhe dar estrutura. — Bom saber! – Sorri o rapaz.Pedro começava a gostar mais daquele grupo, subira

totalmente desmotivado. — E vai aprontar hoje novamente? – Marcelo.

 —  Eu não aprontei, soube que quase teve confusão ontemaqui, e nem estava no meio. – Pedro sorrindo.

 —  Poucos conhecem a cidade, as vezes estranhamos aindaonde viemos parar.

 — Com calma, saibam que este ano para mim vai ser corrido,mas com calma, mostro toda a estrutura que estamos montando nacidade.

 — Teremos mais estrutura? – Maria.

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 —  O verdadeiro servidor que não fica neste buraco, masestamos ligados a eles por fibra ótica, então lá é o backup daqui,aquele que vocês ainda não precisam, por ter espaço muito grandeainda para ocupar.

 — E por que lá? – Marcelo. — Marcelo, ontem deveria ter fechado um acordo de mais de

4 bilhões de reais, mas assim como vocês me olharam pelotamanho, a pessoa também olhou para mim como o menino de 14anos que quase tenho, e não funcionou, então se tiver dentro deuma casa, minha, talvez me respeitem mais.

 — E qual o tamanho disto? —  Já deve ter visto nas revistas especializadas a casa do

empresário J. J. Moreira? — Sim, imensa. — Este modelo, com topo da casa abraçando o buraco, então

é do tipo de casa para impressionar.Carolina o abraçou e perguntou;

 — Pensei que a suíte ali era para impressionar. — Sabe mais disto que eles Carol, ouviu antes de ontem mais

do que todos aqui um dia vão ouvir.Carol olhou em volta e sorriu, o menino estava a colocando

em sua vida, ela sorriu e perguntou; — Sabe a loucura que foi esta noite, tem de relevar. — Nem quero saber Carol, nem quero saber!  – Fala Pedro se

levantando, Renata chegava ao grupo.Maria sentou-se ao sistema e começou a verificar, os dados

estavam abertos, estava olhando para o sistema e olha para omenino.

 — Não temos este acesso. —  Na verdade ninguém se inteirou do todo ainda, falamos

disto alcoolizados as 5 da manha. — Você é de menor! – Maria. — Certo, vocês bêbados e eu dormindo discutimos isto as 5 da

manha.

Carol sorriu e falou; — E vamos fazer o que hoje?

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 —  Entrando na casa em Celso Ramos, já esta novinha emfolha novamente.

 —  Precisava falar com o Geólogo, vou estar na casa nova,aquela que mostrei o projeto para o senhor a um mês, vou ainaugurar este fim de semana.

 — Quem vai estar ai? —  Os programadores, vou ainda falar com Charlyston e

confirmar a vinda dele. — E dos problemas? —  Roseli, dois Deputados, Moreira, talvez aquela

programadora do Moreira, e pode ter mais alguém, não sei, eles vão

ficar sabendo agora que vou inaugurar uma casa na cidade hoje.Os demais veem Pedro falando ao telefone, o olhar de Renatapara ele, que estava abraçado com Carolina, dizia que teriamproblemas.

Pedro foi saindo e olha a irmã e fala passando o braço nacintura dela;

 —  Temos de conversar, que papo é este de roubar minhanamorada?

Carolina sorriu, Pedro estava ficando rápido; — Ela lhe contou? — Não ainda, mas não brigando comigo, tudo bem! — Não sei ainda, estamos nos conhecendo ainda, para já a ter

roubado de você irmão. —  Hoje a festa começa na minha casa na cidade, sabe que

esta é a minha empresa, um dia vai ter de começar a investir irmã.

 — Você pelo jeito esta gastando a rodo. —  Nunca entendi este termo, mas sim, estou gastando,sacanagem não poder gastar tudo, mas vou tentar.

 — Tá maluco. – Renata.Pedro sentia como se algo a volta o observava, olhava para os

cantos e fala; — Carol, sabe que te amo, mas a quero feliz, sabe disto, não

vou negar, e pode me chamar de Atirado.

 —  Sabe que te amo, mas você sempre fica colocando genteno nosso caminho.

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 —  Eu não coloquei ninguém, disse que precisávamosconversar e pensei que teríamos um tempo este fim de semana paranos conhecer melhor.

 — Sabe que não vou facilitar para você irmão. — Assim é melhor, menos passiva, mais ação. —  Acha que minha parte do dinheiro você consegue liberar

parte? — Meu pai criou uma conta para cada um de nós, sabe disto,

somos de menor ainda mana. —  Sabe que você é estranho irmão, você aceita coisas

estranhas, pensei que você fosse mais conservador quando o

conheci. —  Fazer o que, saia com um tio transformista, se não mefizesse de conservador, sabe o que os amiguinhos dele tentariam.

Renata sorriu e falou; —  Verdade, mas como você dava um gelo nas meninas,

muitas achavam que você era bichinha. —  Ainda mais todos me chamando de Rosinha, - Riu Pedro

olhando os demais ao longe, estavam quase na parte que dava ao

morro.Pedro olha para trás e fala;

 —  Renata, tem de entender, este projeto é um projeto quepode dar certo, parece uma boa ideia, mas tenho de os motivar acaminhar, tenho que fazer eles pensarem que podem, nem todosnascem para tocarem negócios, você embora minha irmãzinhagêmea, parece não ter esta vontade, mas tem de aprender o quepode, e como pode fazer as coisas.

 — Você pelo jeito está mais para isto mesmo, casa na regiãode Curitiba, casa em Nazareno, casa em Celso Ramos, casa agora noRio de Janeiro, sabe que esta ampliando os custos?

 — Renata, se nosso pai conseguir vir ao Rio hoje, espero quePatrícia esteja bem e venha também, vamos falar de o que faremosnos próximos 100 anos.

 — Projeto para 100 anos, isto é muito irmão.

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Pedro olha em volta, sabia que as energias as vezes lheatravessavam, sentia o anjo muito próximo, e isto não o agradava,mas teria de passar por isto.

 — Verdade, vou estar velhinho.Carolina sorriu e falou;

 — Vamos.Pedro olhou ela aos olhos e falou;

 — Verdade, vamos. — E por que ele viria para cá? – Renata. — A reunião desta vez será na minha casa.O celular de Pedro toca, ele olha quem era e fala;

 — Fala Charlyston. —  Estou saindo de Minas agora, devo chegar no inicio da

noite. — Se tiver duvida, pede para a empresa de taxi aéreo para lhe

levar a nova casa de Pedro Rosa. — Vai agitar ai também! — A vida tem graça se estamos a vivendo.

Charlyston desligou.Pedro olha o relógio e fala; — E dai, vamos dar um pulo na praia? — Vamos! – Rita chegando as costas. — Então vamos.Pedro solta as duas e fala;

 —  Se comportem.  – Ele chega a Rita e a beija, Carolina ficaolhando para Pedro, ele não largaria Rita tão fácil, mas ela tambémsempre que ele falava em passar com ela, achava uma barreira.

Renata olha para Carolina e fala; — Tem de beber menos, tem de pensar na criança. — Um Pedro dois, não mereço.Pedro riu e falou;

 — Vou subir rapidinho e já desço.Pedro subiu, pôs uma sunga e uma bermuda por cima, pegou

a carteira e separou o dinheiro, uma copia da identidade, o cartão,pôs no bolso e desceu.

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Foram a praia, Pedro não era de praia, mas nada como umquiosque e um refrigerante com sol, numa cidade grande onde o fimde semana começava, as pessoas passeando a praia.

Carolina e Renata foram a praia, enquanto Pedro e Ritapediram um suco olhando em volta.

Pedro estava ali quando vê dois rapazes sentarem a mesa eum olhar para ele;

 — Deve ser Pedro Rosa!Pedro olhou os dois, olhou para Juca e falou;

 — Tudo bem Juca? — Tudo, este é Candinho, não sei se conhece.

 — Pelo jeito não falou nada para ele Juca. — Eu não, ele que se meta em encrenca. — Juca, a partir das 8 da noite, estou inaugurando minha casa

na região do Morro do Macaco, poucos conhecem, mas convida opessoal, vamos fazer um esquenta.

 — Morro do Macaco, comprou um terreno ali? — Construí por quase 45 dias, mas está na hora de inaugurar

minha casa no Rio de Janeiro. — E por que iriamos? – Candinho.Pedro olha para Candinho e pergunta;

 — Candinho, já conquistou o tão sonhado ponto do Tabajara,ou somente espalhando isto por enquanto.

Candinho olhou desconfiado, olhou para Juca que sorriu, omenino sabia quem era Candinho;

 — Não falei nada, mas é que você não sabe quem é mesmo!

 — O que um pirralho do Sul pode saber de mim. —  Candinho, não somos inimigos, quero tirar alguém que

respeito dos morros próximos, mas tem de ser gente inteligente,esperta e fiel, será que se encaixa nisto.

 —  Por que acha que alguém abandonaria os pontos doTabajara, não sei de quem está falando, pois não acredito que oPedro largue.

 — Meu padrinho, Pedro, tem mais coisa a fazer do que tocar

um ponto de papelote Candinho, mas a pergunta, é de confiança,

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não me adianta lhe por ali e começar a pressionar os comerciantes,se voltar contra os que lhe viram crescer.

Candinho olha para Juca, o menino era afilhado de alguémque ele a anos queria passar para trás.

 — E fala assim? — Candinho, eu estou me instalando, a pergunta, simples, vai

vir aos novos tempos ou ficar no antigo, não sou de dizer que voufazer, sou de fazer.

 — Acha que tenho medo de você menino. —  Não estou lhe ameaçando Candinho, sabe disto, quer

problema, é isto?

Pedro via Renata e Moreira chegando ao longe, e o rapaz olhapara Pedro serio; — Acha que manda em algo para poder mudar, só por que é

afilhado de Pedro?Juca olha para a avenida e recua a cadeira, não sabia se era

problema; — Calma Juca, estamos em paz. – Pedro.Candinho como encarava Pedro, não olhou quem vinha,

pensando ser Pedro; — Veio defender o afilhadinho? – Candinho. — Ele não é meu afilhado Dinho, Pedro Rosa é um aliado, se

esta tentando o por medo, ignora que tem uma arma apontada paracada orelha sua.

Dinho não reconheceu a voz, não era a de Pedro e olhou, seusolhos param nos de Moreira e fala;

 — Alemão, você por aqui, também esta a favor deste menino? Alemão fez sinal para a garçonete trazer uma cerveja e Pedrobeijou Rita e falou;

 — Esta linda. — Esta sempre atraindo confusão. —  Se contasse a verdade, me internavam como maluco

mesmo, então melhor acharem que sou o encrenqueiro! — Acha que ainda estão interferindo?

 — Estão Rita.

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Moreira não entendeu, Juca e Candinho também não, mas osdois ouviram Renata, uma das mulheres de Moreira;

 — Eu deixei o sistema tentando, tenho de pensar, o sistemaque montou é incrível.

 — Ainda pretendo lhe superar, mas tenho tempo! — Sabe os comandos que aquela moça do Exercito Americano

usou, foram interessante, ela conseguiu desviar o seu sistema deidentificação no de origem.

 —  Ela foi esperta, como digo, prefiro os programadores aoshackers  – Pedro olha para Moreira e pergunta  – O que tem com afamília Carson em Comptche na Califórnia Moreira, eles temrelatórios de suas idas a Comptche em Los Alamos, o que de tãoperigoso foi fazer lá que o exercito monitorou.

 — Eles registraram? —  Sim, eles registraram, eles acompanham toda informação

vinda da cidade, não entendi, o sistema diz que tem uma cidade demil de duzentas pessoas lá, os mapas do Google dizem que existeapenas uma esquina de rodovias.

 —  Este é um dos segredos do mundo, mas não sei ainda o

que falar sobre isto, aquela montanha que seu pai disse que vocêachou pelo sistema escondida, faz parte deste segredo, e ummenino morreu lá, e ninguém fala.

Os demais não entenderam e Pedro fala. — Vai dizer que a lenda de Peter Carson é real Moreira? — Ele é muito mais que uma lenda. — Bom saber, paro de olhar. — Pelo jeito você não se contenta com meia historia.

 —  Faz parte de aprender pela duvida, meu pai sempre meensinou a duvidar de tudo, se um professor disser que viveremosmais, duvide, que quando responder a duvida, não terá decorado aresposta, e sim, vai saber da resposta.

 — Gerson criou um empreendedor, você aos 14 anos vai batermuitos empresários do mundo.

 —  Não vou aparentar, sabe disto Moreira, uma coisa é aspessoas saberem que tenho, não saberem onde, com calma vamos

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Pereirinha, com Caio, mas por enquanto só falei com Caio e Juca, oresto ainda não tive tempo.

Moreira ouvia o menino, ele não estava facilitando, ele estavaentrando em uma tarde qualquer na vida da cidade, sem perguntarse queriam ele ali.

 — E por que Caio iria lhe proteger. — Candinho, eu comprei segurança de Caio, e sabe bem, que

ele atira muito melhor que você, não é Caio! – Fala Pedro desviandoos olhos para Caio que chegava a mesa  – Senta ai, Juca não estáinvadindo, apenas conversando!

 — Temos de terminar a conversa, sabe do que falo.

 — Sim, mas vamos refazer o esquema, este sistema de políciapacificadora, vai complicar algumas coisas, vamos mudar o esquemapor isto.

 — Bom saber que alguém vai pensar numa saída, mas o queestá aprontando, a polícia na rua está olhando para cá.

 —  Sei lá, eu queria ter tamanho para estar tomando umacerveja aqui, mas ninguém me venderia, como disse para Priscila deSena, se sou irresponsável para ter um filho, por que não posso ser

irresponsável para encher a cara. — Vai ter um filho? — Dois!O rapaz olhou para a moça e não falou nada;

 — Acha que é uma boa ideia tirar Pedro dos morros Pedrinho? – Moreira.

 — Acho que ele perdeu o jeito para aquilo. — E vai propor isto a ele? — Moreira, as vezes as coisas mudam fácil, mas este não é

estilo dos Rosa, não facilitamos, complicamos tudo. —  Sei disto, quem mais teria um filho com Siça se não seu

pai. — Gêmeos com Siça, é de pensar. – Pedro.Os demais viram Candinho se levantar a mesa e olhar para o

menino;

 — Não estamos no mesmo lado!

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 —  Tudo bem Candinho, como disse, não me levam a seriopelo tamanho, mas é uma pena mesmo!

Pedro olha para Caio e pergunta; — Cuida com este! — Isto ai não é problema. —  Eu não gosto de informantes da policia Caio, ele estava

aqui para informar alguém, já que não o chamei, ele cercou Jucapara saber quem eu era, mas ele nem tem ideia de quem sou.

 — E por que eles querem saber? — Propina, por que mais! – Moreira.Pedro sorriu, Caio viu que o problema ali não era dinheiro, um

bom sinal, odiava aliados que brigavam por papelotes em esquinas,ou pior, por uma pedra de Crack.

Gerson e Patrícia nem tinham chego a Celso Ramos e oGeólogo e a namorada souberam que iriam ao Rio de Janeiro.

O Geólogo estava desconfortável, estava pedindo sua noivaem casamento quando foram tirados de uma mesa de restaurante, enão sabiam onde acabariam o dia.

Gerson olha para Patrícia e pergunta; — Esta bem para está correria. — Não vou ficar Gerson, se a ideia foi esta. — Sabe que não, meu filho não esta me chamando para o Rio,

e sim você. — Pedro pelo jeito é rápido, mas fazer o que, ou ele acelera

ou vai ficar na labuta pesada.

 — Não conheço o proprietário. – Jeferson.Patrícia sorriu e falou; — Estamos indo a inauguração da casa dele no Rio de Janeiro,

mas cuidado, é um alerta, não o analise pelo tamanho e idade,muita gente perde dinheiro neste país por subestimar aquelemenino.

O senhor olha para a esposa e olha para a moça; — Menino, quantos anos ele tem.

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 —  Ele pode não ter tamanho, mas tenho certeza que temumas costas bem largas.

Patrícia não respondeu, 14 anos não definia Pedro, eleaparentava menos.

Roseli estava no Copacabana Palace quando recebe a ligaçãode Moreira.

 — Conseguiu um novo encontro Moreira, dizem que conseguetudo nesta cidade.

 — Pensei que era de você que falavam isto Rose. — Certo, mas conseguiu?

 — Soube a pouco que ele vai inaugurar a casa dele aqui noRio de Janeiro, não conheço, mas ele vai estar lá depois das 20horas, se quiser tentar conversar.

 — Me manda o endereço. — Este é o problema. — Não entendi. —  Ele construiu uma casa onde o acesso não está pronto,

então ou se vai a pé ou de helicóptero. — Onde ele fez isto, alguma ilha? —  Morro do Macaco, parece que ele quer fazer um acordo

com o pessoal da Mangueira, e ouvi que lá ele é bem aceito pelacomunidade.

 —  Não vai dizer que ele vai construir uma casa em meio auma favela.

 — Vou mandar o helicóptero a pegar as 20 horas, assim não

se estressa Rose. — Acha seguro? —  Acho que não temos como não conversar com ele, mas

parece que ele não está muito interessado com o que queremosRose.

 — Por que da arrogância dele? — Pelo que entendi, ele investiu em 4 frentes, qualquer uma

delas o sustenta muito bem, então ele não esta preocupado se terá

de segurar a exploração de algo assim. — No que ele investiu pesado?

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 —  Jornais, eletrônicos e de papel, agronegócios, de gado aração animal, tecnologia, uma empresa de software muito beminstalada e com nomes muito bons no seu quadro de funcionário, enas mineradoras, que estas sim, estão paradas esperando.

 — Ouvi dizer que ele estava explorando algo pesado em SantaCatarina, o que acha.

 — Eu ouvi isto e mandei olhar o terreno que falaram, é plano,a menos de 20 metros no nível do mar Rose, acredito ser osmétodos do pai dele, cortina de fumaça.

 — Sabe que perdi um dia a mais no Rio de Janeiro. — Não me culpe, sabia que o menino era uma criança, você

que se fez de rogada Rose.Rose se despede e olha para o segurança;

 — O que aconteceu. — Não sei, eles fizeram uma operação para que olhássemos

para Criciúma, mas não tem ninguém lá, nem no escritório, pareceque realmente era uma distração.

 —  Me confirmem se o terreno é plano, pois algo não estacerto.

O rapaz sai pela porta;

Pedro caminha até o prédio, 10 quadras imensas, ele nãoestava preocupado, estava passeando, ele tinha o vicio de caminhar,dizia que se conhecia uma cidade de verdade quando se caminhavapor suas ruas.

Rita o abraçou e viu Renata passar a mão no braço de Pedro eperguntar;

 — Vamos mesmo a um show na quadra da Mangueira? —  Sim, vamos lá, só cuida para não se meter em encrenca,

estaremos em um meio que não é o nosso.Pedro olhava para Carolina vindo as costas, sabia que Renata

estava evitando que ela ficasse ali, de braços dados, mas isto nãopreocupava o pequeno menino.

Rita viu que o rapaz que fazia as analises estava esperando

por Pedro. — Fala David.

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abertura da porta e o senhor olha o corredor e depois as coisas  – Tiramos tudo que tinha neste lugar, se reparar o lugar era úmido, eé um milagre algo chegar aos dias de hoje – Pedro põem a imagemda porta ao fundo e fala mais um pouco  –  Esta porta eu lacrei

senhor – Pedro põem a imagem da nova sala, por trás daquela portadepois de poucos metros – este caminho, dava em um lado, a umburaco, e do outro – Pedro põem as imagens da catacumba.

Pedro fixou os olhos nos do senhor e este olhou o menino,estava na duvida, era algo que não combinava, e perguntou;

 — Mas se lacrou, achou algo a mais. — Sim! — O que? —  Estas imagens não entendo como funcionou, pois entrei

neste lugar e com os olhos não se via nada nas colunas  –  Pedropõem as imagens da sala onde ele e David viram a figura deMetraton.

O senhor olhou as colunas e se lia claramente o que estavaescrito, ele se encantou, e falou;

 —  Mas por que lacrou, é a prova que sempre quis, uma

passagem para o reino de Deus. —  Josef, não tem como provar o que quer, quase perdemosum bom funcionário por que estávamos limpando a região.

 — Não entendi.Pedro mostra as imagens e olha para o senhor, a conversa em

Hebraico deixava David voando na conversa, mas sabia o que eramas imagens.

 — Sabe o que diz nas colunas?

 —  Em hebraico antigo. Louvai ao Senhor. Louvai, servos doSenhor, louvai o nome do Senhor. E um dos nomes de Deus emcada coluna.

 — E como sabe disto menino. —  Está é a resposta que quero, as vezes quero respostas e

fico tendo de descobrir a minha verdade, pois vocês nunca chegama mesma conclusão.

 — E fechou mesmo assim a passagem?

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 — Hoje não se vê nem sinal da passagem, talvez um dia umacidente venha a abrir aquele caminho, mas ele não é para serescom carne Josef, aquele é um caminho para quem já deixou osvivos, ou que nunca nasceu.

 — Sabe a decepção que me traz isto? — Senhor, já passaste por dentro de um corredor destes, mas

como nunca evocou o príncipe certo para ter acesso, está vivo,senão o teriam encontrado morto, e obvio, nunca desconfiariam daverdade.

 — Do que esta falando? —  De um caminho em Nazaré, por baixo da cidade, na

entrada, acho que é um sitio arqueológico que vocês analisam amais de 100 anos, e nada acham, em Al Hanuk.

 — E o que tem lá que nunca vi.Pedro põem a imagem do corredor que ele entrara e lacrara e

coloca a imagem do sitio em Nazaré e o senhor vê as comparações, já que em Nazaré eram apenas marcas no chão, olha para ocorredor, as entradas, os caminhos, olha serio para o menino.

 — Esta dizendo que lá teve um.

 — Estou dizendo que lá tem um, pois o portão para a cidadede Prata, não é física, continua lá. — Como pode afirmar isto. — Senhor, eu não entendo disto tanto, mas a evocação lá é a

Gabriel, nunca abrira chamando Metraton. — Não respondeu. – O senhor ainda olhando as imagens. — Diria que a uns 10 anos, um grupo de turistas fotografou

aquilo a noite, e os seus desacreditaram estas imagens.  –  Pedro

coloca as imagens e o senhor lembra, um grupo de turistas, asimagens do corredor parecia ter surgido numa madrugada.

O senhor chega perto das imagens e fala; — Sabe que pode estar me enganando direitinho rapaz. —  Eu quero saber o que está escrito no documento, não se

vai acreditar, acho que parte da minha vida está atrelada a isto, seique não entende, mas é que preciso saber.

 — Pelo jeito esta pensando sobre o que aconteceu lá.

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 —  Senhor, o que as pessoas que estiveram naquele lugarfalaram, sentiram, não são prova, um senhor ter caído morto lá eacordar num necrotério horas depois, também não é prova, entãoacho que o desvendar disto esta na anunciação de Metraton.

 — Por que acha isto. —  Por que Metraton é o numero um dos Príncipes, acredito

que em algum lugar neste documento, está registrado a segundaanunciação, que deveria ser de Haziel, esta anunciação deve pregaro perdão aos excluídos.

 — Por que acha isto? —  As anunciações devem seguir a logica, mas os humanos

não estão ouvindo, nem os Judeus, então ou fico maluco, e para istoé fácil, ou sabe bem quem serão os meus inimigos se existir talanunciação de Haziel.

 — Por que acredita que tem a anunciação de Haziel?Pedro põem a imagem da Catacumba, o senhor já olhara ela

varias vezes, olha para a imagem representada por Haziel e fala; — Sabe o que achamos de tentativas de representar as coisas

de Deus.

 —  Sei, mas tudo que falar sobre estas estatuas serádesmentido, então não me preocupo em provar nada senhor, masvou buscar entender o que tem neste relato de tão grave que tantoJudeus quanto Cristãos deram fim nele.

 — E acha que entendeu. —  Senhor, eu quase morri depois de entrar neste túnel,

alguém queria me mostrar algo a mais, e sabe que não posso provara existência de um Anjo, mesmo se eu o ver, somente quem tem

ciência de sua existência o verá, então eu falar com anjos, metransforma em louco, sei que muitos adoram esta ideia. — Acha mesmo que os vê. — Senhor, eu não posso provar, queria, mas não tenho como,

tenho alguns problemas nisto, pois vejo que existe mais de umaverdade nesta historia.

 —  Pedi para David lhe falar, que soube que um rapaz queesteve em Israel, está na sua cidade, e gostaria de o ter por perto.

 — Alguém que conheça?

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 — Ainda não consegui falar com ele, mas se nos autorizar ocomunicar.

 — Qual o nome dele? — Camilo Santos!Pedro sorriu e pegou o celular e discou;

 — Moreira, conseguiria apenas um favor a mais? — Esta abusando menino, mas fala. — Me passa o numero de Francisco Pombo? — O que quer com ele? —  O especialista que veio de Israel, quer que entre em

contato com Camillo Santos, acho que o lugar mais fácil de o achar

é ao lado de Francisco.David olha para Pedro, iria por mais um nesta confusão e fala;

 — Agora vai por este Francisco Pombo na historia? —  Não, alguém que inevitavelmente nos jogara num conto

fantástico, que não gosto de atravessar e nem acreditar. — Que conto? – O interprete. — Fanes!

O senhor olhava para o menino, esta parte da conversa otradutor lhe traduzia enquanto Pedro pega o celular; — Por gentileza, Francisco Pombo? — Quem gostaria? — Pedro Travesso, jornalista mirim.David sorriu, o menino iria por todos os caminhos que lhe

deixassem andar, e depois de um tempo ouve; — Boa noite, quem? — Senhor Francisco, sou Pedro Travesso. — O filho do Gerson? —  Sim, mas gostaria de lhe perguntar uma coisa, Camilo

Santos ainda está na cidade? — Por que o interesse. —  Estou no Rio de Janeiro, estudando os restos do que

explodiu em Curitiba, um texto chamado ―Anunciação de Metraton‖,

e Josef Hult gostaria da visão de Camilo referente a isto. — Falou em ― Anunciação de Metraton?‖  

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 — Sim, mas saberia se ele esta ainda no Brasil? — Ligo para ele e lhe retorno. — Grato senhor Pombo.

Pedro olha para o senhor e fala; — O mentor dele vai ver se o localiza para nós. — Quem é o mentor de Camilo Santos? – Josef. —  Um Curitibano chamado Francisco Pombo, outros o

conhecem como Bruxo Mensageiro, mas não acredito nisto.David sabia que a historia estava se abrindo, mas viu que o

menino não se negava a ligar e conseguir as pessoas que pedirão,não deixava para depois.

 — Conhece este ser obscuro? – Josef. — Não, mas como alguém que nasceu em minha cidade natal,

acabo tendo como o achar mais facilmente. — Camilo nunca falou de seu mentor. —  Digamos que eu falo que Francisco é mentor de Camilo,

mas não sei se o rapaz vê assim.Pedro pediu permissão e saiu, deixando os senhores

discutindo e olha para baixo pelo vão livre e sente as energias,sentia elas a sua volta e fala sozinho;

 — Como posso ajudar todos, sem me perder.Pedro vê o ser que lhe tocara surgir ao seu lado e pergunta;

 — Por que eu Beliel?O ser lhe tocou a mão, o menino viu-se em um grande salão,

conseguia ouvir as batidas de uma bateria, olha em volta e vê queeles não estavam felizes, embora estivessem em um lugar para o

ser.  — Quanta duvida.Pedro vê uma cruz de lados iguais em sua mente e ouve uma

voz as costas; — Se escondendo aqui?Pedro olha para sua mão e olha para o seu lado, o lugar voltar

a ser o prédio, o ser ainda estava ali, mas este fica mais translucido,e vê Camila chegar ao lado;

 — Eu não sei me esconder, como está Camila.

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 — Posso perguntar uma coisa Pedro? — Perguntar pode, se vou responder depende, não sei tudo,

mesmo parecendo isto. — Ainda me ama? — Amar alguém não requer estas perguntas Camila. — Não respondeu. — Tudo bem Roger?  – Fala Pedro olhando para as costas de

Camila que olha assustada. — Sim, este lugar é incrível Pedro. — Nisto não posso discordar, como estão? —  Descobrindo as diferenças, você fala pouco e parece

impressionar muitos, eu sempre falo demais. — O que falou demais? – Pedro. —  Que você não parecia ter tanto, mesmo falando em

números incríveis, não aparenta ter, mas tenho de tirar o boné, estelugar é incrível.

Pedro sorriu e falou; —  Em meia hora vamos estar indo para a inauguração da

minha casa na cidade, não sei se estão prontos. —  Pelo jeito não consegue parar, as meninas ficam

perguntando de você, e fica correndo. —  Ontem foi um dia perdido, então tenho de tentar

novamente.Pedro se despede, entra no quarto, viu Rita linda, sorri, toma

um banho, se perfuma, sai do banheiro vestido com uma camisapolo e um tênis, um jeans, e um sorriso maroto. Os cariocas podem

estranhar o tênis no pé, vicio de Curitibano, se lhe chamarem deargentino no Rio, e for curitibano, não ligue, eles estão olhando otênis ao pé.

Rita vê ele ir a uma mesa que estava na sacada que dava paraa grande armação que permitia olhar para a parte coberta poraquela parede inclinada de vidro que começava no topo daconstrução, e descia lá em baixo.

Pedro coloca uma toalha amarelo ouro, e coloca sobre a mesa

uma vela amarela, pega o perfume predileto, passa em um maço dealgodão e passou a toda volta da vela, acende ela e fala;

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 — "O céu anuncia a sua justiça e os povos todos contemplama sua glória." – Repediu isto 3 vezes, e pediu baixo – Yezalel, me dêcompreensão do caminho a tomar, acho que tenho minha missão,mas não sei ainda o que fazer, que caminho tomar, peço

compreensão do caminho a tomar, sei que não terei a calma,enquanto não compreender.  – Pedro ficou quieto um pouco, comose orasse baixo, estava com as mãos no joelho, e olhava para avela, Rita ao longe não estava entendendo, mas seu pequeno Pedro,estava em um caminho que a deixava orgulhosa, as vezes commedo e as vezes, vendo a fé dele, sentia-se perdida, mesmo que daforma dele, acreditava.

Pedro agradece a conversa, e vira-se para Rita sorrindo.

 — Está linda. — Vai me explicar? – Rita. — Estamos já a noite, para Deus, anjos, seres divinos, o dia

de amanha começa exatamente no anoitecer, então saímos dainterferência de Hahamiah e entramos nas graças de Yezalel.

 — Ele não lhe respondeu? —  Ele não foi evocado a vir, é uma mesa de pedido e

agradecimento. — As vezes me sinto confusa quando o vejo falando de coisasde Deus meu Pedrinho.

Pedro olhou a vela forte e falou; — Vamos, está na hora das confusões. — Como é esta casa? — Digamos que nossa casa no Rio de Janeiro. —  Certo, pois aqui é trabalho, vi isto, não consegue relaxar

aqui.Pedro a beijou e desceram, reuniram os primeiros e subiram

ao heliporto se mandando já de noite para a região da casa, Ritaolhava a cidade aos pés, o escuro da baia ao fundo, pois se viaapenas as luzes, diante do escuro da baia.

Rita viu se aproximarem de uma imensa cobertura, com oponto do heliporto, mas era como um grande guarda chuva brilhosometálico visto de noite, brilhava de dentro para fora, devido as luzesinternas, desceram e os demais viram que estavam em um ponto

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alto, se via as luzes das obras do Maracanã ao fundo, se via a cidadea toda volta.

Descem por uma escada lateral e viram um elevadorpanorâmico, entram nele olhando a volta, o mesmo desce os maisde 70 metros do vão ao chão, se via gramados, canchas de esporte,se via um lago ao fundo, parecia artificial, parecia feita junto aspedras da pedreira de um lado, mas se via o fundo azulado damesma, tudo iluminado. Depois de um tempo descendo, veem queatravessam o vão no teto de uma grande sala, com pé direito demais de 10 metros, e veem a imensa sala, com toda uma casa de 3pisos, voltada a aquela sala.

Rita abraça o menino e fala;

 — Esta é linda.Roger estava de boca aberta, Camila olha para Pedro e

entendera, ele estava começando, tudo que ouvira era o começo,ele enquanto estava lá, em uma sala, estava projetando o seupróprio mundo, agora saindo do elevador, não viam mais a grandearmação, viam apenas alguns senhores olhando para eles;

 — Sou Marisa Cardoso, a mestre de cerimonia desta festa.

 — Pedro Rosa, o dono!  – Pedro estica a mão, a senhora porum momento se perdeu, era uma criança  – Como estão os gruposdos Buffet, as churrasqueiras externas, e o grupo de segurança.

 — Desculpa o espanto, não sabia que era o dono! —  Marisa, quando a contatei ontem, era por que não tinha

como organizar tudo correndo atrás de outras coisas, mas comoestão as coisas. – Pedro mais sério.

 — Bem tranquilas, tem três grupos de segurança, o caminho

de acesso ainda não está pronto, sabe que não tem como chegar decarro? —  Sei, para quem quer impressionar, o melhor caminho de

chegada é o elevador! – Pedro sorrindo. A moça concorda, lembra de quando desceu a um dia, o

quanto ficou fissurada naquela construção.Pedro foi a uma mesa e pegou um salgadinho e abraçou Rita;

 — Esta bem?

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 — Sim, pareço mais leve hoje, ontem estava irritada o tempointeiro.

Pedro sorri, e olha uma leva de pessoas chegando peloelevador e vê Caio vir a frente e lhe cumprimentar;

 — Pelo jeito vai agitar. — Sintam-se em casa Caio. — Esta é a sua casinha no Morro do Macaco, sabe que quando

falaram que só tinha acesso pelo ar, achei que seria uma furada. —  A ideia é não ter acesso por terra, sei que alguns vão

estranhar, mas é um lugar para que se saiba quem está e quem foiembora.

O rapaz apresentou uns rapazes, Pedro as vezes estranhava aforma das pessoas olharem para ele, talvez por ser o menor ali,deveriam estar pensando que ele estava se mostrando nopatrimônio do pai, Pedro sorria disto.

Pedro dá uma abraço em Rita e aponta para uma sala aosegundo piso e quando passa por Marisa fala;

 —  Quando meu pai chegar, manda para cima, mas se forMoreira e Rose, me chama, não manda subir.

 — Certo.Pedro subiu e sentou-se a uma imensa poltrona e olhou para

Rita; — Desculpa não estar cuidando direito de você meu amor. —  Esta fazendo um fim de semana incrível, o que posso

reclamar. —  Te amo!  –  Pedro a beijou e terminou  –  Sempre tenho

duvida, estou aqui para resolver um problema, mas pode ser quemetade dele não se resolva.

 — O que quer dizer com isto? — Seu pai e mãe devem chegar com meu pai!Rita sorri e fala;

 — Não iria me contar? — Acabo de receber a mensagem de meu pai que seu pai o

pressionou para ver o que estávamos aprontando.

 — E se mantem tranquilo?

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 — Ouvir dizer, não é saber! —  Apresento a mercadoria do centro-oeste e norte no

exterior, mas não sei se sabe como funciona isto. — Não imagino, mas por isto estamos conversando. —  Eu cobro 12% por abrir mercado, e outros 6% pelo

trabalho de venda. —  E tem mercado certo ou tem de abrir novos mercados a

cada leva de diamantes que lhe chega a mão. — Não sei o quanto você pretende vender em diamante?Pedro olha para a porta e depois para a mulher e fala;

 — Algo entre 500 milhões e um bilhão em diamantes por ano,

talvez isto que me pareça desmedido, que serviço especial vai meprestar para ganhar entre 90 e 180 milhões ano? — Tem de ver que muitos não vão gostar de você inundando

o mercado com diamantes, eles tem medo de queda no preço dediamantes.

 — Pelo jeito realmente não falamos a mesma língua Roseli, eunão me interesso pelo quanto eles ganham, minha pergunta foi paravocê, não para eles, não posso ficar por ai com um cofre com tudo

isto dentro, viraria alvo, e não pretendo morrer antes de uns 100anos.

 — E teria este diamante para dar uma olhada!Pedro abre uma gaveta e fala esticando um tecido preto sobre

a mesa e pondo uma pequena lupa, uma pequena lixa e um emissorde luz ultravioleta, põem na mesa e pega um segundo pano e abresobre o anterior.

 —  Roseli, estes são amostra, devo começar a operar assim

que tiver por onde vender, não vou tirar antes de ter como vender,mas não estou falando de diamantes de um quilate, estou falandoque terei uma leva de diamantes que podem chegar a 500 quilates,terei as levas de 300, 100, 50 e os básicos de 1 a 10 quilates, cadaqual extraído e lapidado em uma parte do país.

 A senhora olha as amostras, o sorriso foi evidente, uma coisaera falar de diamantes, outra é ver alguém que vai suprir todas asdemandas, das pequenas as imensas pedras.

 — E qual a pureza das pedras?

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 — Muito jovens para meu gosto.Pedro sorriu e os dois saem do escritório, os olhos de Moreira

foram para os de Roseli que sorriu; A senhora anda no sentido de Moreira enquanto Gerson chega

ao lado do filho; — Acha que ela vai ser útil? —  Temos de materializar os diamantes em dinheiro, sabe

disto, mas 10% tá um bom preço para uma vendedora que vai aospaíses no avião presidencial, sem revista, e volta com ele sem ter depassar os dólares na alfandega.

Gerson sorriu e falou;

 — Vamos subir. — Vamos, terceiro piso. — Esta ficou incrível, sabe que olhar as pessoas e ver o brilho

nos olhos delas, é incrível filho.Pedro sorriu e falou;

 — Novidades? — Patrícia tentou não sorrir filho! — Se entenderam? — Estamos tentando não brigar. — Pai, sinceridade é bom, tento lhe seguir no exemplo e fica

fora do exemplo, me explique. — As vezes nos achamos menos, e isto nos torna mesquinhos.Pedro abraçou o pai e viu Rita chegar perto e falar;

 — Meu pai esta falando absurdos. —  Ele deve estar assustado, vamos subir um pouco, depois

vou lá falar com ele. — Ele vai ficar mais furioso. — Sei disto, mas estou aqui Rita. — Te amo.Gerson estranhou, Pedro não pretendia esconder muito das

meninas, mas talvez pagasse caro por isto. — Vão falar do que Pedro? – Rita.

 — Detalhes de Mineração. — Vou acalmar meu pai, depois me conta.

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Pedro a beija e Gerson também, isto indicou a Pedro que seupai não tinha noção do que acharam.

Pedro e Gerson sobem e quando entram na peça Pedro apertaa mão do geólogo e fala;

 — Deve ser Jeferson. — Sim, vai dizer que você que é Pedro Rosa. — Em cheio  – Pedro olha para Patrícia e fala  – e dai, o que

acha que temos ai. — Sabe o que as amostras deram?Pedro sorriu e foi a porta e fechou;

 —  Jeferson, não conheço sua noiva, mas esta conversa não

sai desta sala, mesmo quem vai tirar isto de lá, não precisa saber oque estão escavando, tudo bem? — Tem noção do que tem lá? - Patrícia.Patrícia vê o menino chegar a uma parede e ligar um tela de

led e olhar para eles, pega um controle e fala; — Jeferson, sei que deve ter ficado impressionado com aquela

amostra, ou não? — Sim. — Digamos que eu desconfiava disto, mas por que, não sei,

intuição, mas como não se ganha dinheiro com intuição, deixo vocêstentarem me provar que vale o investimento.

 —  Pedro, a amostra que saiu do ponto 2, da perto de umbilhão em diamantes. – Patrícia.

Pedro sorri, respira fundo e passa para a imagem da região,vista aérea e fala;

 —  Esta é uma imagem com ultrassom, se vê onde estavaexatamente a boca do vulcão a 5 milhões de anos.Jeferson olha para a formação e fala;

 — Você já pediu esta analise? —  Jeferson, quando eu falei com você antes desta ultima

amostra, lembra que eu indiquei 4 pontos! — Quatro pontos que não deram nada! – Jeferson. — Sim! – Pedro aponta os 4 pontos.

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 —  Certo, você confirmou que o veio ia no sentido oposto,queria o que com isto.

 —  Jeferson, comprei estas terras antes do fim de semana!  – Fala Pedro apontando para o sentido do veio de diamantes a umaprofundidade de mais de 70 metros.

 —  Estava analisando, esqueço que nem tudo é nosso parafurarmos.

 — Patrícia, o que me vinha de conhecimento de Diamante, eledeveria ser encrustado em Kimberlito, mas o que o ultrassom apontapara esta região é algo que não consegui entender!  – Pedro apontapara o aproximar do gráfico, se via os pontos de extração ondehavia chego ao cristal, o ultrassom gerou um gráfico de toda aregião que reagiu aquela profundidade de 36 metros em media.

 — Esta achando que temos um lago deste cristal que veio asuperfície? – Jeferson.

 —  Não sei, mas sabemos como saber isto, mas se for isto,teremos uma fortuna a esconder quando chegar aos 30 metros deburaco.

 — Por isto me tirarem do restaurante? – Jeferson.

 — Sim, já tinha muita gente ouvindo, mas isto estabelece queo segredo daquilo é fundamental Jeferson. — Sabe que é difícil. — Jeferson, estou falando em lhe tornar não um milionário e

sim um bilionário, mas tem de segurar a língua na boca.O rapaz sorriu, pois o menino não estava falando em apenas

achar, estava falando em pagar bem. — Certo, mas como comercializar algo assim, se for real?

 —  Teremos de guardar diamantes para os nossos netos,bisnetos e tataranetos, pois é muito para se jogar no mercado e nãoprejudicar todo o comércio disto. – Pedro.

 — Acha que quanto sairia daquele buraco? – Gerson. — Pai, se nesta área de mais de mil metros quadrados que é a

parte mais densa segundo o ultrassom, se cada 10 cm, sair o quePatrícia falou, este cálculo me assusta.

 — Entendi, 100 vezes por metro quadrado, mil vezes isto?  – Gerson.

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 — Sim, isto, somente o que vemos, mas tudo indica um tubode emersão cristalino de mais de mil metros de profundidade, por 9metros de largura aproximadamente e alargando, depois distoparece sumir.  –  Pedro olhando para o Geólogo, queria a posição

dele. —  Se for isto, que o ultrassom indica, realmente seria um

imenso buraco, mas ninguém pararia de perfurar antes do fim dele. — Teremos de achar um uso para todo este cascalho, vamos

ter de analisar o que pode ter a mais no Kimberlito. — Vamos precisar de um estudo de impacto ambiental, e um

projeto de estruturação da região, para que não tenhamosproblemas com ecologistas.

 — Jeferson, se nós perfurarmos um metro por ano, dentro doque estamos falando, mesmo parecendo pouco diante dos 36metros, é mais que – Pedro põem a imagem dos pontos de extraçãoque estava pensando em ter – do que todos os demais 1008 pontosde extração.

 — Se for isto é maluquice mesmo, mas um metro por ano, iriafazer o buraco por mais de mil anos!

 — Não sei você Jeferson, mas não gasto tanto por ano assim.O rapaz sorriu e falou; — Por isto o segredo? —  Por isto vão ver eu tirar maquinas de lá, terminar de

construir os barracões a toda volta do terreno, isolando a área deextração, e dentro de um mês, voltamos a tirar uma amostra a mais,e começarmos a preparar o terreno e região para abrir o buraco.

 — Um mês dá para preparar tudo menino, mas acha que vai

ser assim? —  Os estudos indicavam que teria de olhar cada pedra que

seguia os Kimberlito. — E acha que consegue a liberação de extração? —  Já a tenho Jeferson, agora temos apenas que fazer um

plano de entrega da área, mas eles não esperam que este planoseja para mil anos, e sim 30 anos.

 — Sabe que podem lhe tirar este veio em 100 anos filho?Pedro não havia pensado nisto e olha para Jeferson;;

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 —  Tem como desenvolver um plano de manejo para chegarem 100 anos a mil metros?

 —  O plano é fácil, mas sabe que terá uma fortuna emdiamantes para venda?

 —  Sim, mas meu pai tem razão, as concessões são de 100anos, e se alguém souber o que tiramos dali, vão nos tirar aconcessão, dinheiro fácil sempre mexeu muito com as pessoas emBrasília.

Começam a falar do que construiriam, e o menino olha osprojetos, teria recursos vindos das amostras que pagariam toda aestrutura a volta.

Quando Pedro saiu, deixando Patrícia e o Geólogoconversando, soube que era algo de um impacto muito grande, poisPatrícia realmente estava com um sorriso nos olhos.

Pedro chega ao lado de Rita e olha para o senhor Ribeiro efala;

 — Temos de conversar senhor José. — Tem coragem de me encarar, to a fim de lhe por no juizado

de menores por uns dias. — Vou, se acha que isto é bom para o pai de seu neto, não

me recuso a ir. — Acha que estou brincando? —  Acho que temos de parar com esta guerrinha, eu tenho

sido muito infantil, e sei que terei de crescer até outubro. — Mais calmo pelo jeito. —  A cada dia descubro que aquela sorte inicial, se amplia,

estou tentando imaginar quanto alguns valores significam, e nãoestou conseguindo.

 — Tô vendo que esta gastando, quando falam em casas, nãose fala nisto que estamos.

 —  Construí ela as pressas, mas realmente, as pessoas nãofalam em casas de 300 milhões de reais senhor.

 — Gastou isto na casa.

 —  Senhor, esta casa é para me levarem a serio, tenho quecomercializar o que minhas mineradoras vão tirar da terra, mas fala

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serio, você levaria serio um menino como eu, se falasse que tinhauma fortuna em diamantes para vender?

 — Mas tem de concordar que 300 milhões é muito dinheiro. —  Concordo, mas poucos ouvirão o valor de minha boca,

estou inaugurando uma casa onde possa ver meus filhos correndo,depois tocando, depois brigando com o pai, por que querem umavida normal.

 — E acha que consegue manter isto? — Em 100 anos penso se consigo senhor, não hoje. — Pelo jeito resolveu mesmo sair da inercia. — Temos de parar esta briga senhor, queria mostrar esta casa

para Rita a uma semana, mas fomos desviados a uma semana, erapara ser apenas uma reunião intima, olha o que deu, não conseguivir, levei um tiro e acabou virando uma festa.

 — Como acha estes lugares? — Sobrevoando para a zona sul vi um conjunto de sobrados

mais ao sul, onde tem uns 20 sobrados, todos dentro de uma antigapedreira, e olhei em volta e vi esta imensa formação, limpamos naprimeira semana o mato, depois enquanto erguia-se a estrutura de

cobertura, se construía a casa, e a estrutura a volta. — Mas é um gasto imenso apenas para uma casa. – José. — José, a parede de rocha ao fundo, perfuramos por 15 dias,

e colocamos nosso servidor ali, aqui vai ficar a parte fora dos olhosdo sistema da empresa de software, o gasto foi necessário, o custonão foi tão alto pelas partes aparentes, e sim pelas totalmenteinvisíveis aos olhos.

 —  Ouvi dizer que tem muita gente querendo o ter como

aliado, não entendi, antes inimigos, agora amigos. — Digamos José que o senhor vê muitos falarem em milhões,

ou não? — Poucos. —  Destes poucos, quantos tem dinheiro na conta, pois a

maioria fala em milhões mas tem apenas 3 zeros nas contas, nomáximo 5.

 — Verdade, ninguém tem para gastar 300 por ai.

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 — José, se o governo fosse levantar a mesma casa, não sairiapor menos de 1,2 bilhões, por que eles sabem que o governo tem,mas como o empresariado não tem, conseguimos sempre o melhorpreço.

 — Pensei que estariam a aprontar! —  Ainda é cedo, estava conseguindo alguém para fazer a

parte ilegal da minha operação. — Certo, e conseguiu? —  Sim, consegui, se for por este caminho, terei meu bilhão

para gastar por ano, nos próximos 100 anos. — E o que teria em 100 anos gastando isto?

 —  Não muita coisa, duas casas, 4 meios produtivos, filhosfelizes e uma relação forte e duradoura. — Parece mais leve. —  É bom se livrar de atiradores na saída, sem ter de se

esconder ou levar tiros. —  Sabe que muitos estão falando que Pedro Rosa vai ser o

colunista do ano, o empresário do ano, talvez o pai do ano e oencrenqueiro do ano.

 —  Vou ter de conversar com meu pai se for tudo isto, poistomar dele estas 4 posições não é justo.

Rita sorriu e o senhor Jose olhou serio; — Mas sabe que esta cotado a todas as posições. — Metade de maio, muito para o fim do ano ainda.Pedro vê Charlyston chegando e pede um momento e caminha

até o rapaz;

 — Quem é o rapaz? – José perguntando para a filha. —  O programador que entrou para lista dos nomes maisconceituados no ramo da programação.

Charlyston chega a Pedro e pergunta; — Gosta de um buraco pelo jeito! — Este é bem visível, mas como foram as coisas? — Esperamos você lá, não sei se vai adiar depois da explosão.

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 — Nem eu ainda sei, mas gosto da ideia de continuar, deixalhe apresentar algumas pessoas rapaz! – Pedro.

Caminham até o grupo de programadores e Pedro falaolhando para Maria;

 —  Charlyston, esta é Maria de Lourdes, uma dasprogramadoras do Rio de Janeiro.

 A moça olha para o rapaz e fala; —  O famoso Charlyston Oliveira, o nome mais procurado e

oculto do planeta. – Maria. — Não exagerem.Pedro olha para Charlyston e fala;

 — Vamos ver como ficou isto de uma vez, estou curioso.Charlyston sabia que o tom era para ele se manifestar, e fala;

 — Vamos, mas este buraco é maior que o de Minas. — É que aquele ainda começamos furar, mas já terminamos e

vai ver como é algo estranho.Maria acompanha os dois, Marcelo vendo que Pedro e Maria e

um rapaz iam num sentido, chega a eles, Pedro apresentaCharlyston e chegam a uma parede de pedra, Pedro toca uminterruptor e uma porta de pedra gira e entram, a moça viu que eratudo bem acabado, seco, as luzes acendendo e chegam a umaimensa sala e olha para os equipamentos e fala, algunsprogramadores atraídos pelo nome Charlyston seguiram no mesmosentido;

 — O servidor do Rio, pensei que não nos mostraria ainda.Charlyston olha para a moça e fala;

 — Tem de ver que nem tudo é segredo, apenas não se tinhacomo revelar antes de pronto, tudo em construção gera isto, masestamos quase no ponto inicial, dai vamos começar a programar.

 — O que acha que é o inicial? – Maria. — O implantar do sistema completo.Maria sorriu, eles ainda teriam de trabalhar muito para ter o

sistema pronto. — E vai abrir os códigos de programação, ou vai querer nós

ver sofrendo muito.

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Charlyston a mede e fala com aquele sorriso clássico, aencarando, olhando outros olhos, incrível o lugar, isolado da grandecasa, onde o agito se fazia.

 — Acho que vamos ter de sentar e conversar, passar a cadaum o que acho essencial, pois existem comandos que não existenecessidade de ser escrito, pois é natural, outros, totalmente novos.

 — Por que resolveu mudar tudo. – Marcelo. — Aceitei um desafio, de entender o que estava ali, mas um

dia vamos ter de sentar todos e conversar.  – Charlyston olha paraPedro e fala – Mas tem de saber quando!

Maria olha para Charlyston e para Pedro e pergunta;

 — Quanto fez deste sistema? —  Do atual?  –  Charlyston se referindo ao que já tinhammexido um pouco.

 — Sim. — Nada. – Fala Charlyston olhando para Pedro, que sorri, não

era para ser assim, mas como sempre Pedro falava, ele acreditavaque algo estava ditando ele, sabia agora que Beliel estava por ali, asensação que sentia a todo lugar poderia ser os anjos que vira em

Nazareno e São Joao Del Rei. —  Se não o fez, por que assumiu a autoria, roubou isto de

quem? – Ricardo.Charlyston acabara de ser chamado de Ladrão, e olha para o

rapaz sorrindo e fala; —  Ricardo, tem de medir palavras, ainda vai se meter em

encrenca por falar o que pensa, admiro isto, mas nem todos vãoaceitar com tamanha naturalidade.

 — Mas... — Não roubei, mas alguém pediu que assumisse a autoria, e

hoje vejo que ele o fez apenas por um motivo Ricardo, por quequando alguém especial surge e cria algo divino, como o sistemaque está ajudando a programar e cuidar de seu crescimento a partirdeste ponto, muitos analisam pelo tamanho, pela idade, pelaformação, não pela capacidade.

Maria entendera, o menino era o programador por trásdaquele projeto, mas ninguém antes de o ver programar o levaria a

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 — Ele vai me ser útil, ele não foi desenvolvido para ser maisdo que meu sistema, a diferença é esta, todos os hackers que jáfalei, são adeptos do sistema normal, mas ignoram totalmente umasequencia pura hexadecimal, se a ver em números em um painel, e

se alguém tiver duvida a entender, terá de perguntar, eu não abrinada, por que ninguém perguntou nada a Charlyston, ele sabe todosos comandos, todos os caminhos, e com certeza, está bem maishabituado com o sistema que vocês.

 —  E tem como manter as propostas financeiras, já que vejoque vou trabalhar para uma criança. – Ricardo.

 — Ricardo, a porta da rua continua sendo a serventia da casa,mas uma vez fora, por suas pernas, não nos espere voltar a lhe

convidar, não chamei pessoalmente para evitar este tipo deconversa, toda esta conversa, desgasta, e mostra que realmente, sevocês que viram o sistema por dentro, não entendem que ele foiprogramado não em comandos, mas com bases numéricas, que oscomandos não são os clássicos, que a entrada é fácil, mas que sótem um problema para entrar.

Ricardo pareceu ofendido e saiu pela porta. — Sabe que ele é importante Pedro. – Charlyston.

 —  Ele é inteligente, dinâmico, mas sabe que se ele nãosuperar este pequeno problema Charlyston, não nos será útil.

Maria olha para Marcelo que sai calmamente para falar comRicardo, eles estavam na casa do menino, uma casa incrível e orapaz perguntando se ele teria como fazer, pelo jeito as pessoas sóveem o que querem.

 — Tem de entender a insegurança dele.

 —  Entendo, o primeiro projeto dele, por ignorância daganancia alheia ele abriu e lhe roubaram, ele deveria ter minhaidade, pensei que ele entenderia, mas ele não superou isto ainda, enão vai ser passando a mão na cabeça dele que vamos recuperaraquele que ele foi, não este que esta hoje por aqui.

 — Pelo jeito estudou o que cada um fez? —  Maria, é fácil estes que se dizem criadores de sistemas

livres, roubarem ideias de países e pessoas crédulas na propaganda

deles, e eles a usarem como bem entendem, o menino parou o

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tudo protegido pela grande cúpula a mais de 70 metros de suascabeças.

 — Acho, assim como sabes que aquele prédio, esta no nomedo menino, apenas a empresa não o está, leis talvez definam isto,mas sabe bem que ali a frente, tem gente da comunidade, que estábem mais impressionada que nós.

 — Ele parece simples. —  Acho que ele não é simples, não vejo crianças com 14

pensando em montar algo assim Ricardo. — E por que nós? —  Já discutimos isto tanto bêbados como sóbrios, ele puxou

uma pessoa em cada parte que o sistema quer se aperfeiçoar. — Mas por que ele está separando os pontos. — Ricardo, se ele não o fizesse, falaríamos que era um erro de

estratégia, como ele fez, parece confuso, ele não faz o que a cartilhapropõem, mas ele pensou que alguém furaria o sistema, mas pelo

 jeito ele sabe de um erro que os demais não viram, deve terreparado que nós só observamos, mas para cada buraco que surgiu,ou ameaçou surgir, o sistema foi corrigido.

 —  E este Charlyston, como vamos tratar alguém que nãoprogramou nada. — O que está realmente lhe incomodando Ricardo, esta com

 jeito que procura uma desculpa para sair.Ricardo olhou em volta, não sabia se poderia falar, não tinha

noção de como falar talvez. —  Vai dizer que lhe mandaram uma proposta depois que

assumiu aqui? – Marcelo.

 — Sabe que sempre mandei meu currículo, sabe que por maisde 3 anos ninguém me respondeu, mas não gosto de deixar isto,estou tentando me convencer.

 — O que lhe propuseram? — Não sei ainda, mas sabe que se for, terão de mudar todas

as entradas e comandos. — Pelo que entendi, o menino pega um caderno, e projeta os

novos comandos e só introduz ao novo sistema, nos complicando ousar do que está pronto.

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 — Acredita mesmo que foi ele quem programou? — Ele em uma frase me tirou todas as duvidas, sabe bem que

o sistema não usa os parâmetros normais, todos os caminhos deentrada de dados, passa pelo parâmetro de reciclagem, mesmo osinvasores, passam por lá antes de conseguirem entrar.

 — Sabe que um atalho de entrada facilitaria a minha parte daprogramação.

 —  Ouviu ele falar, programou de dentro para fora, por istonão estava preocupado, ele não chamou pessoas que copiam ecolam, ele chamou programadores, ele não quer um sistemaadulterado e modificado com outra cara, ele quer algo novo, encimade uma base nova.

 — Acha que ele conversaria sobre o que tenho duvida. —  Acho que sim, aproveita que estamos isolados da festa,

daqui a pouco ele vai começar a festar. —  Não entendi ainda a ideia básica, talvez isto esteja me

segurando a criatividade, mas por outro lado as vezes tenho medos.Marcelo e Ricardo entram novamente, e ao longe José olha

para a filha e pergunta;

 — O que ele tem escondido ali? — Um servidor de informação, aquele que ele iria instalar em

Brasília, mas parece que não conseguiu o lugar certo para isto. — Ele colocou isto aqui? — Pai, eu conheci a pouco o lugar, este é o segredo dele, a

casa que poucos vão ter acesso, hoje é festa de abertura da casa,ele precisa compensar o tamanho com alguma coisa.

 — Pelo jeito não conseguiu o que queria?

 —  O que ele não conseguiu ontem, parte ele já conseguiuhoje, e quando ele quer algo, é difícil dizer não pai, mas parece queos rapazes da programação ainda não entraram no ritmo.

 — O que ele conseguiu? — Ter uma ideia do que vai enfrentar, ter uma parceria que o

deixara com portas abertas em Brasília, parece agora pondo ascoisas no lugar certo entre os programadores.

 — Pelo jeito está corrido.

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 — Pelo menos ontem serviu para o acordo com Moreira, parapor os programadores do mundo em polvorosa, e deu para passearbem.

 — O que tua irmã esta lá falando com Camila? — Sei lá, ela veio com o senhor. — Tá pegando o jeito dele de responder a todos. — Pai, sabe que pressão com ele não funciona, ele funciona

melhor sobre pressão do que solto, pelo jeito este era o problemade Gerson, o pai dele, pois uma vez pressionado, mudou tudo avolta.

 — Este lugar é diferente.

 — Nisto não discordo, apenas os quartos tem paredes internase externas, todo resto aberto, como se fosse parte do meio, devedar um trabalhão manter assim, bonito. – Rita.

 —  Ele pelo jeito esta assinando sua riqueza, de uma formacriativa, mas o que foi aquele dia de ontem, fugiu de mim filha.

 — Tem de ver que assim saiu da casca pai. — E onde está Gerson e a esposa, sumiu assim que chegou? — Estão no terceiro piso, falando com um casal que chegou,

Pedro foi lá antes, mas não sei o que falaram. —  Quando cheguei aquela encrenqueira da Roseli, estava

saindo, o que fazia aqui? — Pai, ele tem diamantes a vender, com quem ele não precisa

ter problemas em Brasília? — Acha que ele vai entrar no esquema dela. — Provavelmente o inverso.

 — Por que? — Pai, pelo que Pedro levantou, a senhora vende por ano, oque ele vai precisar vender por mês, não tem jeito dela ficar fora doesquema, mas ele não a vai por ali por que quer, e sim, para tercalma ali, ele disse que iria passar para ela ontem diamantes para aacalmar, e ela nem o ouviu.

 — E ele não desistiu. — Ele não deu bola, ele não cede tão fácil pai, sabe disto, ele

vai encarar aos 14 ser pai, ser empresário, ser um estudante deoitava, mas da forma dele, cedendo muito pouco.

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Moreira chega a eles e olha para Jose e fala; — Ribeiro, por aqui? — Fazer o que, minha filha foi se envolver com o problema do

menino dos Rosa.Rita sorriu e Moreira falou;

 —  Então levou sorte na escolha de sua filha, não reclamamuito Ribeiro, olha em volta, elas escolhem estes de boné e comcara de marginal geralmente.

 — As vezes apenas ter cara de marginal é melhor que ser um,mas este menino é terrível.

Moreira riu, o menino estava pelo jeito com um problema serio

com o pai da namorada gravida. —  Nisto não posso palpitar Ribeiro, sei que neste país osúnicos santos são os mortos.

 — Vai defender o menino? —  Ribeiro, pelo que ouvi dos bastidores, ele vai ter uma

entrada de bilhões em diamante ano, e não tem como vender istolegalmente neste país.

 — Sabe que os impostos fazem parte das sociedades.

 — Sociedade surge com o imposto, antes cada um cuidava desua vida, o governo surge para tirar um pouco e os reis semanterem sem fazer nada, para depois pagar os exércitos, queexecutavam guerras quando estava sobrando bocas e precisava-sematar algumas, depois a policia, para manter o povo quieto, não oinverso, isto em alguns países reverte ao povo, mas Brasil, desculpa,não vai para o povo.

 — Sabe que ele pode se meter em encrenca.

 —  Pelo que entendi Ribeiro, ele está tentando sair daencrenca que a sorte o colocou, não o inverso, ele é esperto, vimuitos largarem tudo, ou fazerem de conta que não era com eles esumirem do país, mas o menino resolveu enfrentar, e pelo menosaquela encrenqueira da Roseli saiu sorrindo, sinal que gostou dotrato.

 — E o que ele quer com esta empresa de software? —  Ribeiro, este menino é um gênio de programação, mas

poucos vão falar disto por enquanto.

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 — Ele programa? – Ribeiro. — A empresa que ele idealizou, jogou um desafio a 4 dias, de

pagar 500 mil dólares para cada invasor, qualquer outro sistema queconheço, até o meu, já teria pago mais de 10 milhões de dólares,ele ainda não pagou os primeiros 500 mil.

 — Então por isto estão falando de um programador Brasileirono topo dos programadores do mundo? – Ribeiro.

 — Nome, Charlyston Oliveira, por que, o menino tem menosde 14, ele não pode ter por lei interna, propriedade intelectual emseu nome, sem ter um maior assinando, Gerson não poderia assinarpor que se meteria em problemas nos processos que ele responde,então o menino escolheu um rapaz, não sei por que este, masparece que confia no rapaz, e a empresa registrou o programa nonome do rapaz, mas quem o desenvolveu, foi o pequeno Rosa.

Rita sorriu, seu namorado estava virando assunto de adulto,ouviu seu pai falar algo que não imaginou ouvir.

 — Quer dizer que o pequeno Pedro tem um sistema seguroque põem outros no chinelo?

 — Sim.

 —  E dai não deu chance aos demais dizer não e forçou quetodos se aliassem a ele? — Sim Ribeiro. – Moreira. — Menino esperto, as vezes esqueço que o pequeno Rosinha,

é esperto e sabe o que quer, mesmo me pondo na parede para queaceite o namoro dele e minha filha.

 — Não é a favor? – Moreira. — Eles não me ouvem, ainda bem para ela, pelo jeito.

Rita sorriu.

Pedro foi alertando os programadores do cronograma deliberação de espaço, e de estrutura, que estava esperando o sistemaestar redondo e interligado, para o próximo passo, Pedro olha paraCamilo e pergunta;

 — Acha que consegue desenvolver um compilador interno quepermita os demais jogarem no sistema?

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 —  Sim, não tinha entendido as portas, mas agora entendo,não é um caminho maior, pensei que era dispêndio de energiadesnecessária, mas é adquirir a base que precisamos de usuários.

Pedro olha para Maria e pergunta; —  Temos como enxugar mais e desenvolver aplicativos para

celular, para tablet, tudo indica como tendência forte para ospróximos 3 anos.

 —   É possível sim, temos de ver os caminhos de reciclagem,eles vão atrapalhar muito em projetos onde a memoria interna sejainferior a 500Megas.

 —  Sei disto, eu projetei isto vendo o Discovery, umcomediante diria que sou chato demais, pois estava comendobombom de Café, mas a ideia surgiu de algo enxuto, por que osprimeiros sistemas espaciais, tinham projeto e sistema que geramimagens e transmissão de 22Megas, e espaço de armazenamento de580Megas, hoje isto tem num celular, mas o Voyage lançado a 30anos, tinha esta memoria e funciona até hoje.

 — Acredita no enxugar da programação. —  Acredito que a proteção que os sistemas se estabelecem

gera uma programação a mais, hoje os sistemas tem de reconhecermuitos outros sistemas para operar normalmente. — Não entendi. – Ricardo que ouvia – Esta tentando dizer que

quer um sistema que interaja, e que seja seguro, aquele papo deusar a plataforma que estiver como base.

 —  Sim, acha que a passagem pela reciclagem na entrada épor que motivo?

Ricardo sorriu, talvez Maria tenha boiado nesta hora, mas o

rapaz pareceu entender e falou; —  Esta dizendo que na autenticação de primeiro uso,podemos saber o sistema, os parâmetros de uso, e adaptar o nossosistema dentro do deles, deixando o caminho seguro, nos dandoinformação e leveza?

 — Finalmente alguém entendeu a ideia base.Nem Charlyston havia entendido mas não falaria isto ali, Maria

olha para o menino, estava pensando na frase, mas sabia que

deveria ter algo poderoso ali.

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Os assuntos foram ficando técnicos, Pedro lembrou a eles queestavam em meio a uma festa a noite, que teriam mais tempo paraconversarem, mas quando Ricardo falou;

 — Precisava trocar uma ideia. — Tudo bem.Maria entendeu que o menino poderia desviar a parte técnica

para depois, mas os planos não.Os demais saíram e Ricardo olhou para o menino;

 — Desculpa a falta de educação de antes. – Ricardo. —  Ricardo, tem de aprender algumas coisas, mas uma que

não consegue ainda, é não analisar as pessoas pela aparência, isto

lhe complica. — Já pedi desculpas. —  Não estava falando de mim, e sim das pessoas que lhe

convidaram a pular fora do nosso barco. — Então sabia deles. —  Não conheço nenhum pessoalmente, mas uma dica

Ricardo, não estou aqui para segurar ninguém, mas gostaria queficasse.

 — Pelo jeito resolveu assumir o que fez.Pedro liga a tela ao fundo e fala;

 — Ricardo, sabe estas linhas?Ricardo olha as linhas, conhecia elas, as reconhecia e lhe dava

raiva de estarem ali; — Sabe que sim. — Não a pus ali pensando em ódio, pus ali por que é genial a

ideia, e está livre na net, imagino o que sente, cria algo genial e osdemais nem sabem identificar que foi você, mas a diferença Ricardo,é que não chamei ao projeto gente que copia e cola, e sim, quemprograma, 99% dos Hackers nunca leu as suas linhas, embora 90%deles tenham elas instaladas em seus computadores.

 — Por que acha genial? — Por que contem a duvida do programador, a porta aberta

para a continuidade, e a simplicidade de um caminho que antes de

ler a programação nunca havia pensado. — Sabe que estas linhas me tiraram a motivação.

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 — Quer dar o troco ou ficar chorando?Ricardo olha para o menino, a conversa parecia adulta,

embora seus olhos lhe davam sempre o menino. —  Sabe que gostaria de dar o troco, mas não quero a

responsabilidade do troco. —  Tem de ver que existe duas formas de dar o troco,

mostrando-se inferior, que é a violência, os prejudicar, e a segunda,mostrar a eles que seu projeto estava apenas começando, queaquilo era apenas o início de algo especial.

 — Acha que conseguimos fazer algo especial? — Acho que você foi dos poucos que entendeu a ideia.

 —  Sabe que se funcionar, eles nunca vão conseguir copiarnossa programação, pois para cada um teria uma aparência, poisavaliaria o usuário, não a maquina para instalar o programa.

 —  Ricardo, acho que você consegue, e se conseguir, estaparte não será lhe tirada, não quero ganhar mais do que tenho,você perguntou se poderia suprir o projeto. Hoje eu posso, amanhanão sei, mas enquanto eu puder estarei investindo no projeto, nãotenho uma bola de cristal, mas se tudo der certo, vamos longe.

 — E se resolver pular fora. —  A escolha é sua, sabe disto, sabe até quanto tempo eles

vão precisar de você, mas esteja pronto para as consequências dasescolhas, e isto é tanto estando aqui, como lá, pois alguns encarammelhor o fracasso que o sucesso.

 — Acha que eles querem saber o que vamos fazer aqui. —  Sabe que qualquer coisa que eu falar vai ser um acho

Ricardo, que experiência eu tenho nisto, mas sabe que abri uma

porta para você, todos estão recebendo convites, talvez isto queesteja nos parando, ninguém prestando atenção no projeto,ninguém se esforçando, mas como falo, se todos saírem pela portaem Copacabana, terei de pensar, esperar, num mundo onde esperare ficar fora não facilita em nada.

 — Acha que eles vão pagar bem? — Eles querem algo que você não tem, sabe disto, todos os

que não disseram sim, estão pensando nisto, mas talvez quando

eles acharem que tem, eles pulem fora, com tudo que tenho, e mesinta como você sentiu-se, roubado.

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 — Mas acha que podemos desenvolver projetos próprios? —  Devem, nem todos vão querer envelhecer programando,

isto é para jovens, uma serie de repetição que não nos fará sentidoquando velhos.

 — E como alguém como você sai do nada para a fortuna, poisainda não é na programação que ganha dinheiro.

 — Todo caminho gera algo, mas levei sorte em um e sabe quenem sempre a sorte está ao nosso lado.

 — Pelo jeito uma imensa sorte. —  Maior do que consegui imaginar quando soube, algo que

põem uma responsabilidade as minhas costas de não fazer burrada

a mais na vida. — Sabe o que me faz querer ir para lá. — Dinheiro, estou oferecendo o que acho justo, mas não ouvi

ninguém reclamando a 15 dias, agora quando parece que estão navitrine, alguns estão recebendo propostas muito interessantes, eu

 juro que nem sei onde alguns lugares que os contatam fica. — Pensei que não sabia disto. — Ninguém me via antes deste fim de semana Ricardo, sou o

filho do dono para a maioria até este fim de semana, agora algunsestão se perguntando em Los Alamos quem é Pedro Rosa, mas elessempre viram os Curitibanos como problema.

 — E acha que as propostas vão minguar com o tempo? —  As serias sim, pois posso estar enganado, vai ser uma

pena, mas alguém sempre sai, mas quem estiver aqui em umaproposta de metade do que eles proporem, ano que vem, o de cávai estar com o dobro na conta do que quem pular fora agora.

 — Acha que é temporário. — Contratos assim, são imprecisos, você pode estar entrando

em uma grande companhia como Microsoft mas num projeto semimportância alguma, alguns setores fecham todos os anos, eninguém nem vê quem entrou lá, deu o suor, que ficou na empresa,e são jogados ao lixo, para cada nome que eles alardeiam que se dábem, 12 outros se deram mal, mas isto você não vai encontrar napropaganda de nenhuma das grandes.

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 — Rita e Carolina estão conversando, parece que Carol querpressionar Rita.

 — Duas crianças lindas. — E ainda aquela chata veio. — Esqueci, desculpa, não previ a vinda do senhor Ribeiro com

a família inteira. — E vamos a festa quando? — Daqui a pouco, a minha parte aqui esta quase terminada,

mas como estou sempre esperando as confusões esta muito calmohoje.

 — Calmo, acho que estava distraído mesmo.

Pedro não sabia do que a irmã estava falando, mas era obvioque uma festa com convidados da região, que não eramacostumados a bebidas fortes, servidas em taças, gerava sempreconfusão, mas já iria a confusão.

Pedro acessa o sistema e olha para a irmã; — Mas vai se esconder aqui? — Nem entendi a casa ainda. — Nem eu, sabe que ao vivo ficou maravilhosa, mas tenho de

repensar algumas coisas. —  Você é maluco, mas de bom gosto, esta casa é

maravilhosa, e não é nada cafona. — Qual casa achou cafona? — A dos Ribeiro. — Nem estive lá ainda com calma para opinar, mas eles são

certinhos demais.

Pedro da sua mão para a irmã e descem, Gerson olhava doterceiro piso, sinal que a conversa entre Patrícia e Jeferson estavaquente, olha em volta e vê Rita e Carol e se manda no sentidodelas;

 — Discutindo? – Pedro. — Esta minha amiga não entende o que é dividir! – Carolina. — Não inverte. – Rita. — Calma meninas, vamos manter o nível.

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Rita sorriu e olhou para Pedro, ele sacudiu a cabeça e ela nãofalou, Carolina ficou irritada, esta sincronia dos dois a irritava, e nãoadiantaria tentar acabar com a sincronia.

 — Não gosto de me isolar. – Carolina. — Ontem fui eu que isolei? Precisamos conversar Carol, mas

tem de manter a calma. — Você não me dá espaço. — E você me dá?Rita sorriu, frases que em português dão duplo sentido são

algo normal, mas o sorriso de Rita irritava Carolina. — Carol, tem de entender, vamos a diversão ainda, aqui é a

parte chata. —  E vai fazer o que? Este pessoal que convidou é barrapesada.

 — Digamos que a confusão, está muito calmo. — Não presta mesmo. – Carolina. — Quando prestava, era apenas o Rosinha, e ninguém olhava

para mim. — Tem de ver que o Rosinha era alguém que apenas olhava,

não fazia nada.Renata estava ali e Pedro sabia que esta discussão estava

atraindo alguém a confusão, e mesmo que não atraísse ela nãogostava de ver duas meninas brigando pelo irmão, uma que elabeijou no dia anterior.

Pedro olha para Carolina e fala; — Sabe que com plateia fico sem jeito!

Rita viu que o pai dela estava olhando, Pedro não a beijariasomente por isto, mas sabia que aconteceria, Pedro não era de dizerque não amava, ela não sabia como aceitar isto, mas ele era alguémespecial, e não sabia como acabaria isto.

 —  Pensaram que me deixariam fora da festa?  –  Joseanechegando a roda, Pedro não respondeu, Renata saiu do grupo,Pedro acompanhando para onde ela iria, foi para o grupo deprogramadores, que pareceram apresentar Charlyston para ela.

Carolina olha para Pedro e fala; — Poupando a Sogrinha e Sogrinho do escândalo?

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 — Poupando seus pais de verem na coluna social de amanhaa foto da filha beijando o menino encrenca da sociedade local.

 — E vai fugir. —  Tem de pensar como seus pais Carol, em publico uma

coisa, em particular outra.Joseane estava ali, mas nem Rita e nem Carolina a

cumprimentaram, estavam as duas olhando para Pedro.Joseane olha para Pedro, e pergunta, ele olhava para Carolina,

mas ouviu; — Me esqueceu Pedrinho. — Não, sabe disto, mas – Pedro olhava para Carolina – todos

tem de saber que quando temos muitas câmeras, o Pedrinho viraRosinha, e não é muito de aprontar. — Safado. – Rita o abraçando, Pedro a beija para terminar de

provocar Carolina, que pareceu ficar olhando aquele beijo comotendo de ser dela.

Pedro olha para as duas e fala; — Vamos? — Vai mesmo a confusão? – Rita.

 — Vamos. – Pedro ressaltando o s do plural.Pedro pega em sua mão e caminham no sentido do senhor

Ribeiro que olha para o menino; — O que é agora? — Estamos indo a quadra da Mangueira, ver um show de 40

anos de carreira da Alcione, não apronte muito senhor em minhacasa.

 — E este pessoal? — De saída também.Pedro olhou para Caio e bateu no pulso, como se fosse a hora

e o mesmo olha um outro e grita, Ribeiro olhou em volta e viu unsgrupos subindo para a parte alta pelo elevador, e olhou para omenino.

 — Conhece todos assim, que parecem lhe obedecer? —  Vamos agitar a noite, mas aqui deve ficar mais calmo

agora, poucos penetras que não sabem nem quem é o dono dacasa.

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Ribeiro sorriu, a esposa o abraçou e perguntou; — Vamos ficar onde?Pedro a olhou e falou;

 — Deve ter uns 20 quartos vazios nesta casa senhora.Ela sorriu, uma casa imensa e vazia, a moça da recepçãocomeçou acalmar, pois parecia que agora estavam maispreocupados com sair dali do que beber. Pedro olha em volta, abagunça e sorri.

Maria chega a eles com Charlyston e Renata e pergunta; — Vamos onde? — Mangueira, ver um show.  –  Pedro pega o celular e disca,

espera um pouco e fala – Como esta as coisas Roberto. — A cantora agradeceu o reforço da segurança, mas não tinha

problemas com o pessoal da Mangueira, mas tudo calmo. —  Os grupos estão começando sair daqui de 10 em 10

minutos, no sentido dai, sinaliza um local para descermos, e que nãoatrapalhe muito.

 — Esta um agito geral, deve imaginar isto. — Sim, mas vai agitar mais, sabe disto. — Sim, quantos vem dai? —  Uns 200, então umas 10 viagens devem estar todos ai,

devemos estar no ultimo. — Certo, vou sinalizar um e preparar o pessoal, dai aqui é um

pulo. — Não tenho como discordar disto Roberto, mas é só o agito

da ida, a volta somente um, o nosso.

 — Certo, mas pelo jeito vai me complicar a segurança. — Me confirma que dois grupos deixaram a região? — Sim. — Então já fiz a minha parte em lhe facilitar Roberto.Roberto sorriu, o menino continuava a antecipar fatos que

nem ele tinha informação.Caio chegou e pergunta;;

 — Tem como ir todos?

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 — Sim, um voo sai a cada 10 minutos, é o tempo de encher epartir, minha segurança esta isolando uma área para descerem.

 — Espero que saibam respeitar o local.Pedro encara Caio, não falaria na frente de Ribeiro, mas teve

vontade de perguntar se ele estava querendo confusão. — Os seguro.Ribeiro olha para Pedro, não sabia quem era, mas era obvio

que foi uma ameaça, e que o menino não respondera, não entrarana guerra.

Caio pegou o celular se afastando e olhando para dois deles,pareceu que os demais abriram caminho e se postou para subir a

frente de um segundo grupo.Ribeiro não falou nada, mas o olhar dele era de pergunta; — Sim, é quem manda lá Ribeiro, quer o que, que entre em

um Show e minha segurança seja tida como policia, governo, oucoisa assim?

 — Colocando minha filha nisto. — Não, a protegendo, não precisava nem saberem que eu iria

lá, mas como um branco, em meio a um show na Mangueira, com

sotaque do sul, não passa desapercebido, acho melhor saberem queestou lá, e não a por em perigo.

 — Sabe o risco filha. —  Sei, ele encara coisas mais pesadas que um show na

Mangueira pai, ele lhe encara.Carolina sorriu e o grupo com os programadores e Pedro

foram no sentido do elevador, deixaram as pessoas se mandarem, equando chegam a parte alta, o telefone de Pedro toca;

 — Fala Roberto. — Acha que é o Roberto! – Caio.Pedro não falou nada e subiu no helicóptero, os demais

subiram e falou ao piloto; — Rápido, não gosto disto. — Problemas? – Rita.Pedro estava ao celular e pergunta;

 — Qual o problema Caio. — Sabe que tenho de manter o respeito.

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 — Espero que ele esteja bem Caio, pois senão não perdera orespeito, perdera a vida!

 — Acha que pode me ameaçar?Pedro esperava sua mãe atender o telefone, com um celular

na outra mão. — Ainda não. — Mãe, como está Roberto. — Eles o atingiram no ombro, mas parece bem. — Quem está em campo mãe. — Tem 6 deles esperando vocês descerem.Pedro pega no ombro do piloto e fala;

 — Desce sobre o viaduto.O senhor olhou estranho e Pedro falou;

 — Melhor que ser abalroado no ar senhor.Os demais no helicóptero ficaram tensos;

 — Da cobertura a descida mãe; — Em dois minutos. — Tranquilo.

Caio ao chão não via ninguém, mas um dos rapazes chega aolado de Roberto com uma arma e Caio vê o rapaz cair de lado, comose fosse atingido a cabeça, vê o sangue na roupa de Roberto.

Outro segurança ao fundo, se abaixa e Roberto acompanha omovimento, os rapazes de Caio começam a levar tiros as pernas, ebraços, a policia estava ao longe e não se envolveria, Caio aotelefone fala;

 — Vai me desafiar.

 — Não inverte Caio, esqueço que tem gente que tem medo deresponsabilidade.

 — Acabo com você menino. —  Lhe recebo e aos seus como amigos e me retribui com

traição.Pedro pensa, disca com o outro para o Pai e fala;

 — Pai, toma cuidado, Caio resolveu por as mangas de fora.

 — Perigo para nós? — Se alguém for para ai, vai por terra, sabe disto.

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 — Precisa de reforço? — Não, mas não deixa transparecer o perigo. — Certo, não quer complicação.

 — Confiar nas pessoas é difícil.Gerson sorri e olha para Patrícia que olha para o geólogo efala;

 — Vamos mudar de lugar.Pedro vê o helicóptero desligar as luzes e começar a descer no

viaduto, os carros foram parando, os demais desceram e Pedroapontou para a ponta oposta e olhou para Rita.

 — Já os chamo para a festa.

 — Se cuida.Pedro a beija e sorri.  – Calma. – Pedro começa a andar pelo

viaduto, que tinha duas alturas de passagem, estava na mais alta,olha para baixo e olha em volta, sente as energias as costas e talvezo que Pedro não via, era a quantidade de espíritos a volta, aquantidade de seres que estavam ali. Pedro olha para os rapazes seescondendo, o tumultuo de pessoas que chegavam ao show seescondendo, olha para Caio ao longe, ele ainda estava no celular.

 —  Qual o problema Caio, não sabe mesmo respeitar umacordo lucrativo.

 — Acha que entendeu algo? — Podem esvaziar o prédio, compro tudo de novo, acho que

não entendeu a essência.Caio falava com Pedro chegando pelo telefone, mas encoberto

por uma carro de um prédio abandonado ao fundo, de ondevisivelmente vinham parte das balas.

Caio vê o menino parar, Pedro vinha descendo pelo viaduto,Caio vê tudo ficar turvo, estranha, olha os rapazes e todos mexiam acabeça como se estivessem meio atordoados, ele olha novamentepara o menino, este parecia brilhar naquela descida, as luzes dospostes apagaram, e todos os que passavam ou que iam naquelesentido de carro, veem o menino brilhar, mesmo Pedro, vendo queestava brilhando, olha as mãos.

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Caio olha em volta, somente umas 10 quadras no escuro,somente ali, olha para o morro da mangueira, a favela estavaapagada ao morro.

Pedro vê o rapaz esticar a arma para ele, não sabia se erauma boa ideia levar mais um tiro, Siça atira e Caio sente a bala lheatingir o ombro, a arma na mão de Caio dispara e Pedro sente abala passar por seu ombro, olha o furo da bala na camisa, a marcade sangue, mas não sentiu nada, continua a descer, odiava estaparte, mas quando falou que seu Padrinho sairia dos morros, erapara ver quem deixaria de o respeitar por isto, achava que o acordocom Caio estava valendo, dinheiro sempre fazia bons acordos, mas éque Pedro esqueceu do básico, quem vende segurança apenas por

dinheiro, lhe vende ao inimigo.Caio olhava assustado para Pedro e fala;

 — O que é você, eu acertei o tiro.Pedro pega na altura da camisa e Caio viu o tiro, viu a marca

de sangue, e o menino estava ali. —  Por que disto Caio, lhe recebo como amigo, fazemos um

acordo de segurança, e me trai, por que?

 — Sabe que pediram sua cabeça. — Você se vende por tão pouco. — Não foi pouco o que ofereceram. — Quem ofereceu Caio, é o que preciso saber. — Não pergunto muito quando o valor vem em dinheiro, tem

de entender, é negocio. —  Vende vidas por trocado, quantos matou para a

concorrência Caio, odeio pessoas que olham em seus olhos e não

cumprem o que prometem. Caio recua, o menino brilhando pareciaassustar o rapaz.

Pedro caminha até Roberto, ele olha o menino brilhando esente o toque do menino, não entendeu, mas a dor sumiu, sentiu abala sair do corpo e o ombro começar a melhorar, olha Pedro sementender;

 — Calma, depois explico o que parece sem explicação.Pedro olha para Caio, ele ainda estava ali, ele parecia como os

demais, olhando espantado, alguns com tiros, mas Pedro passou por

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eles, separou a arma ao lado e foi tocando um por um, elesestranharam o acontecido, e quando os 12 caídos estavam melhor,Caio ainda sentia o braço, Roberto recolhe as armas, olha paraPedro que fala escurecendo, deixando de brilhar.

 — Luz.Os postes começam a brilhar com as casas ao fundo, Caio

estava totalmente perdido, e com dor. — Melhor cuidar do ombro.Caio dá as costas e Pedro olha para Roberto;

 — De saída.Roberto sorri, um carro para a sua frente, e os seguranças

começam a se retirar, e Pedro começa voltar caminhando por ondeveio, calmamente, muitos viram isto naquela noite, mas poucossabiam quem era o menino, que recebe uma ligação de David.

 — Fala David. — Os seguranças parecem estar sendo atacados aqui.Pedro olha para Roberto que para o carro ao seu lado.

 — Estão atacando a empresa. — O que tem lá de valor. — Os dois especialistas!Roberto sorri, a vida era o importante para o menino, ele liga

para alguns esperam dois minutos e um helicóptero pega eles sobreaquele viaduto.

 — Tranca a porta, e espera, a segurança esta indo toda paraai.

Pedro chega a Rita que olha o furo na camisa e fala;

 — O que foi isto? — Uma encenação, mas como estão? — Não sabemos o que faremos, parece que mudou de ideia! – 

Charlyston. — Ninguém pode dizer que não tentei lhe levar no caminho da

Mangueira. — Não para nem assim? – Camilo. — Assim como?

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Pedro pega o celular e pede um helicóptero, entram em umatravessa, pegam a Rua Santos de Melo e retornam pelo caminho,passando novamente sobre os trilhos de trem da região, e veem umhelicóptero descer mais a frente.

Caio olha o helicóptero descer mais ao longe, não sabia se erao menino ou a segurança, já que um já se mandara.

 — O que é o menino Caio? —  Tenho um problema a resolver, acha que ele vai para

onde? — Não sei Caio, o que o Juca vai pensar desta sua operação

aqui na região dele.

 — Juca que não me atrapalhe. — Este ombro parece mal, deveria cuidar dele. —  Recolhe os que ficaram ao chão e vamos sumir daqui, a

policia deve chegar rápido daqui a pouco. — Estão só olhando.Caio entra em um dos veículos sumindo no sentido da Zona

sul.Roberto desembarca no heliporto da empresa, e passa a

instrução. —  Tira o pessoal que ainda estiver por aqui, primeiro a

segurança, manda para a casa do menino. — É seguro lá? — Aqui não é.Roberto desce e faz sinal para David subir, e o mesmo fala

com o tradutor, pegam coisas leves e sobem, se ouvia um agito na

parte de baixo, Roberto olha antes de sair do elevador o furo naaltura do ombro e sorri.Roberto olha para os seguranças e pergunta;

 — Quantos? — Uns 20! —  Se posicionem nas proteções, vamos dar tempo para

tirarem os demais, depois reagimos. Alguns que não tinham ido saem assustados, mas vendo a

segurança indicar o heliporto, começam a subir, o mesmo sai no

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sentido que veio, com 12 pessoas, Roberto olha para o segurança aporta e fala no Comunicador;

 — Recua.O rapaz recuou, e um grupo de 12 rapazes aparece na

entrada e são abalroados.O grupo fora pareceu duvidar e começam a recuar e subir o

morro por trilhas sumindo fugidos dali.Roberto pega o comunicador e fala com o helicóptero;

 — Pode voltar.Os demais nem havia chegado e já estavam voltando,

enquanto um carro chega a porta e jogam os corpos no porta-

malas, o pessoal começou a recolher sinais de que houve algo ali efala com o segurança. —  Limpa tudo, vou dar cobertura, mas fiquem atentos, eles

podem voltar. — Eles nem sabem o que tem aqui e querem atacar. — Eles nem sabem com o que estão lidando.Roberto pega o celular e disca para Pedro.

 — Empresa limpo. — Melhor, reforça a segurança. — Estou providenciando, vai para onde? — Sabe onde vou Roberto.

 — Maluco.Rita ouve aquilo e pergunta;

 — Onde vamos? — Eu estou esperando alguém me ligar para falar.

Pedro desliga e sente o celular; — Tudo bem Juca? — Não entendi o que aconteceu aqui, estava no centro. — Caio baleou minha segurança, pensei que mandava algo ai

Juca. — Ele deve ter recebido para fazer algo, ele não é de ações

desesperadas.

 — Acha seguro ir para ai?

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 — Estamos organizando as coisas, mas você que sabe se vaiperder a diversão.

Pedro sorriu e passou um papel para o piloto que estavadando voltas e desce na avenida, em frente a sede da Mangueira,onde a pouco ele estivera e tocara no ombro de Roberto.

Os demais que não tinham chego no lugar, nem imaginavamtudo o que havia acontecido.

Juca veio a frente e olhou o menino; —  Não sei o que fez, mas Caio esta procurando você pela

cidade. — Ele deve ter recebido por minha cabeça, apenas isto!

Pedro pega o telefone novamente; — Pai, é Pedro. — Fala, como está? —  Bem, mas avisa Pedro que deve estar chegando ai, que

Caio me jurou de morte, não sei quem pagou, mas avisa ele. — Está onde? — É o que ele quer saber pai.Gerson sorriu vendo a cara de espanto de Pedro e Judith

saindo do elevador. —  Seu filho realmente puxou o pai nos exageros, tudo ou

nada. — Ele pediu para lhe alertar de uma coisa. — Problemas? — Caio o jurou de morte, foi o que ele mandou lhe avisar. — Merda, pensei que Caio era mais esperto.

Pedro, o padrinho do menino, pega o celular, digita umamensagem e dispara para a lista de mensagem.

Na delegacia da Civil de Copacabana um dos policiais olhapara outro olhando a mensagem e fala;

 — Vamos ter guerra, não disseram que Pedro tinha saído dosmorros?

 —  Disse que estava agitado, não entendi o problema, mascom certeza esta um agito geral.

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O delegado ouve e pergunta; — O que aconteceu? —  Uma mensagem esta circulando no morro, Caio pediu a

cabeça do sobrinho de Pedrinho do Tabajara, e o Pedrinho passouuma mensagem perguntando quem ainda estava com ele, os quenão estivessem mais, era melhor começarem a deixar acomunidade.

 —  E por que Caio iria se meter com Pedrinho, ele estavaquase saindo?

 —  Alguns policiais militares observaram ao longe umenfrentamento entre Caio e a segurança do menino.

 — Onde foi o enfrentamento? — Um na região da Mangueira, outra na empresa do meninoaqui em Copacabana.

 — Eles não nos chamaram? — Não, ninguém nem alertou deste ataque, mas parece que

alguns vizinhos se protegeram em suas casas quando viram umpessoal de Caio indo no sentido da empresa.

 — Vamos dar uma olhada, Mangueira não é minha parte, mas

espero que o Caio não tire a paz desta região.Os policias com toda calma do mundo vão aos seus carros e

se direcionam ao endereço da empresa de software.

Pedro entra na Mangueira, Rita o abraça, pensou que nãoiriam mais, foram para a parte alta, viram as pessoas chegando,gente da comunidade, gente famosa, era o show com as musicas doDVD de 40 anos de carreira da Alcione, com alguns convidados

especiais.Pedro viu Carolina chegar ao lado e lhe abraçar, e Rita sorriu,

Renata odiava esta relação aberta do irmão e vira-se paraCharlyston e pergunta;

 — Na tua terra os meninos são assim, tão raros? — Pedro é diferente, nem aqui, nem em Curitiba, e nem em

Nazareno as coisas são assim menina.

 — Conhece Curitiba?

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 —  Fiz minha graduação em Sistemas de Informação emCuritiba, uma fase diferente da vida.

 —  E como ele entrou em sua vida, já que vi que ele invadenossas vidas, tentamos voltar ao normal, mas ele está ali, sempreinterferindo.

 —  Ele procurou um programador em Nazareno, estavatrabalhando em Betim, grande BH, mas a oferta foi boa, e voltei aminha cidade natal.

 —  E o que ele achou lá, você viu ou foi como eu, apenasfiquei sabendo?

 — Fiquei sabendo apenas, e como falam demais, nem sei sefoi tudo aquilo ou a falta de informação que transformou em grandecoisa.

 —  Mas dizem que ele é um milagre de Nossa Senhora doSocorro.

 —  Dizem que ela retribuiu as bases subterrâneas dela lhedevolvendo a vida, mas é crendice, sabe disto.

 —  Algo tão improvável quanto ele estar aqui com duasmeninas, e com uma marca de tiro na camisa.

 — Não entendi aquilo? —  Ele é assim, não vai falar, mas Roberto não estava mais

aqui quando voltamos, e a segurança agora é feita por aquele queesta ali a frente.

Pedro sentou-se a uma mesa num segundo piso da quadra daescola de samba ao lado esquerdo do palco.

 — O que esta acontecendo menino, pensei que Caio tinha umacordo de proteção, e o pessoal veio falar comigo que veio

desarmado e pois ele para correr. — Falam demais. — Certo, então este papo de um ser brilhoso a noite, é papo,

o curar de 10 pessoas baleadas, papo, mas onde está suasegurança.

 — Se cuidando, Roberto levou um tiro de raspão. — E o que acha que vai acontecer?

 — Juca, não sou bonzinho, mas não gosto de falar isto ondeas meninas ouçam.

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 — Certo, mas sabe o risco. — Juca, ele pode ter declarado uma guerra na zona sul hoje,

mas está longe daqui. —  Esqueci, Tabajara não vai deixar barato, acha que ele vai

por ele para correr?O celular de Juca toca e ele atende;

 — Fala Alemão. — Sabe se o menino esta bem? — Ele está bem Alemão, o que está acontecendo? — Preciso saber Juca, está no esquema ou do lado de Caio? — Por que a duvida Alemão?

 — Pedrinho esta querendo saber como fizeram uma operaçãona nossa região e ninguém estava ai para o por no lugar, o que falopara ele?

 —  Que dou segurança ao menino, sabe que gosto deconfusão, mas das que posso enfrentar, não crianças que põem

 Alemão e Pedrinho em campo. — Se cuida, o pessoal de Pedrinho esta procurando Caio, se o

ver, passa a informação, ele esta pagando por ela.Juca desliga e olha para o menino;

 —  Você tem costas quentes, mas sabe que arrisca, quandodisse que vinha aqui, juro que duvidei.

 — Tento viver, e me sinto melhor aqui que nas festas que asvezes tenho de financiar.

 — Tem gente da comunidade falando maravilhas de sua casana região.

 — Compensando com a casa o meu tamanho.Rita sorriu, ficou com um tom sexual a frase, e o rapaz sorriu,pediu uma cerveja e perguntou quem acompanhava, Pedro olhapara Rita que recusa;

Pedro aceita e Carolina que deveria recusar aceita.Carolina da um grande gole e beija o menino, o rapaz não

entendeu, mas viu uma menina ir a parte de baixo, Joseane, lávinha confusão.

Renata viu ela descendo e ouviu Juca falar;

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 — Ela sabe onde esta? — Levei um tiro em Tiradentes por ela provocar coisas assim,

ela não regula muito o perigo Juca, ela acha que o pai resolve tudo,e melhor não falar aqui sobre o pai dela.

 — Problemas? —  Desembargador, gente de bem, mas sem ação nenhuma

referente a filha mais nova.Juca faz sinal para um dos rapazes a porta para acompanhar e

o mesmo desceu;Pedro tomou um gole e beijou Rita, aquilo deixou o rapaz mais

perdido, o menino encrenca tinha duas namoradas, Renata olhava

aquilo e olhava para Carolina. — Gosta dela? – Charlyston. — Não sei ainda, não havia pensado nela desta forma antes,

sabe aquela pessoa que está ali, mas que não lhe havia aberto osolhos ainda.

 — Sei, moça de sorte ela.Renata olha para Charlyston, negro, um metro e sessenta e

cinco, cabelo raspado, aquele sorriso bonito, a frase fez ela olhar

para ele o reparando. — Não é feio Charlyston, mas minha visão de meninos é bem

diferente, acho que no fundo peguei nojo da forma que as pessoasmexiam comigo nas obras que minha mãe tocava.

 — Mas algo aconteceu a mais que lhe gerou este nojo? — Não, sempre olhei as meninas, mas o comportamento dos

rapazes me fizeram parar de reparar neles. — Sabe que estranho, mas deve ser meio estranho sentir algo

por alguém do mesmo sexo. — Por quê? — As diferenças entre sexo, me atraem, não só a nível sexo,

mas a nível forma de encarar as mesmas coisas, acho que o sonhode ser pai, nunca me fez olhar para um rapaz, nem de brincadeira!

 — Sonha em um dia ser pai? —  Sabe que seu irmão só ressaltou isto, pois sempre quis

poder ter orgulho de um filho, como sinto que seu pai tem de Pedro. — Sabe que sinto ciúmes disto.

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 —  Imagino, tenho irmãos, sou o mais novo e sou adotado,então olhando minha mãe não verá uma herança genética, mas ocarinho, a compreensão, o amor de uma mãe.

 —  Como Pedro fala, tem gente de bem, capaz de mesmotendo seus filhos adotar, e tem gente que é saudável, e larga osfilhos, como se fossem pesos, acho que no fundo, como ele fala, nosdiferenciamos entre dois tipos, os humanos, e os que se parecemcom humanos, mas ainda são animais.

Os dois começaram conversar, e o show começou lá em baixo,com participações especiais, Pedro se acalmou quando Joseanevoltou para a parte alta, mas viu a cara de espanto de Juca quandoela chegou perto, pegou o copo de Pedro virou e depois se arcou

sobre a mesa, e beijou o menino.Renata sorriu e Charlyston falou;

 —  Pelo jeito estas ai é melhor deixar longe de um copo debebida alcoólica.

 —  Sim, elas são malucas, e por este menino responsável,incrível, admirável, meu odiado irmão, são mais malucas ainda.

Charlyston sorriu;

Pedro a olhou e falou; — Não lhe odeio irmã, nem sei o que é isto ainda, as vezesqueria sentir, mas acho que sou pequeno demais para sentir isto.

 — Você não vale.Pedro sorriu, estava abraçado a duas meninas, ambas

gravidas, pediu um suco de laranja para Carolina, ela não bebiamuito, e não queria confusão, olhou Joseane a sua frente e fala;

 — E vai parar de reclamar?

 —  Sabe que não, acha que vou dar mole, lhe apresento aomundo e me deixa a parte.

 —  Verdade, me apresentou o mundo, qual foi este mundomesmo, Marte?

Joseane o chutou por baixo da mesa e todos seguraram seuscopos, e Juca olhou para Pedro e perguntou;

 — Como se mete em encrenca assim?

 — Juca, acha mesmo que meu padrinho está no morro ainda?

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 — Sei que não, mas para quem não entende dos morros oudos pontos, pode achar.

 —  Como posso confiar em alguém que acha que ele aindaestá em pontos que ele saiu a 16 meses.

 — Não pode, mas então os estava testando? — Vendo quem iria me trair, sabia que alguém havia vendido

minha cabeça a um grupo de exploradores de diamante de Roraima. — Acha que lhe trai? — Juca, espero que não tenha sido burro a este ponto, pois o

que Caio iria falar era que fez tudo a seu pedido, sobre mando seu,que sumiu ao centro para não se envolver.

 — Acha que ele vai empurrar em mim? —  Ele não tem noção do que esta fazendo, ainda acha queestou em minha casa, e deve vir lhe propor algo.

 — E está calmo? — Juca, pode não parecer, mas levei um tiro hoje.Rita olha serio para o namorado e pergunta serio;

 — Então ele atirou mesmo.Juca viu um dos rapazes chegar a mesa e falar;

 — Caio está lá fora, quer falar com você! — Desarma o pessoal dele e manda entrar.O rapaz saiu e Juca pega o celular e retorna a Moreira;

 — Alemão, Caio acaba de chegar aqui na Mangueira, para mefalar.

 — E o que fez? — Ele ainda esta entrando, nem sabe que Pedro está aqui.

 — O menino está ai? – Moreira assustado. — Sentado a mesa com 3 meninas. — Certo, sabe o que está fazendo? —  Alemão, eu não sei o que aconteceu aqui, mas tem pelo

menos umas dez pessoas que me procuraram e não querem ficar nogrupo de Caio, não sei o que aconteceu, mas falaram que devem avida ao menino.

 — Se você não sabe, como vou saber.

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Pedro ouvia a conversa, virou-se para a porta e Caio oencarou, o rapaz ao lado, um dos que ajudou, desviou os olhos,como se não pudesse encarar Pedro, Juca reparou na reação, Caioestava com o braço com curativo, sangrando, se via a marca de

sangue no curativo, — Pelo jeito vim ao lugar certo. – Caio. — O que quer Caio? – Juca. — Quero este ai, é minha única chance de sair vivo. — Acha mesmo que ter ele é chance de algo? — Não se mete Juca, lhe complico. — Mais do que já tentou fazer?

Caio encara Pedro que pega um copo de cerveja a mesa etoma um gole, estava tentando se manter calmo, mas sentia atensão no ar, olha em volta, havia pessoas de Caio no lugar, muitasarmas, sua vista pareceu olhar para as armas, os rapazes nãodesarmaram Caio, sorriu e falou para Joseane;

 — Não se mete em encrenca. — Eu, até parece que me conhece.Pedro deu a mão para as duas e sentiu aquilo que parecia

naquele dia estar dentro dele, Rita olhou as mãos, em meio ao local,brilharam, foi inevitável Carolina fazer o mesmo.

Pedro se levantou afastando as mãos, elas brilhavam, tinhamalgo mais precioso que ele a perder, afasta a cadeira e olha paraJuca e pergunta;

 — Pensei que não teria problemas aqui Juca.Juca olha as armas e olha para um de seus rapazes, ele sorriu

estranho, Juca olha para Pedro e fala; — Não sei o que esta acontecendo.No palco o show chegava ao meio, poucos olhavam para

aquele lugar, os olhares estavam no palco.Pedro olha para Caio e pergunta;

 — Vai tentar de novo, quer mesmo morrer pelo jeito. — Acha que escapa desta vez. — Eu estava ali, você a minha frente, e não fez nada, ou sem

os rapazes não é homem.

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Caio estica a arma, alguns rapazes sorriram e Pedro faloucalmamente;

 — "O céu anuncia a sua justiça e os povos todos contemplama sua glória. Os que escolhem o caminho dos ímpios, colhem aescolha.‖  

Três dos rapazes que Pedro havia curado, caem mortos,outros dois olham para o menino, ele brilha, e Caio sabia que algonovamente iria acontecer, ele dá um passo atrás e sente alguém lheencostar uma arma a cabeça e falar.

 — Solta a arma Caio! – Caio olha para Maninho da Mangueira,gente de Moreira, e viu os seus cercados, o rapaz travou a arma namão de Caio e Pedro parou de brilhar, o rapaz não entendeu,Maninho olha para Juca e pergunta – Problemas?

 —  Sim, pode levar estes ai, traidores não merecem minhapena Maninho.

 — Sabe que você sempre os perdoou. —  Eles pelo jeito queriam minha morte, me inventam uma

confusão no centro, vou lá, e tudo acontece aqui, odeio ser usado.Juca não entendeu o que deu errado, alguns dos seus foram

tirados dali, e mesmo a contragosto, foi a confusão, teria de apurar,de se posicionar, odiava ter de dar um passo atrás, lhe dava asensação de impotência em um mundo onde as costas protegidasera mais importante que um adversário forte.

Pedro deu a mão as duas e elas viram suas mãos pararem debrilhar, olhou os rapazes tirando os mortos, Caio não entendeu, masPedro havia os tocado e lhes curado de tiros quase mortais, quandolhe traíram, suas vidas lhe pertenciam, e os anjos não iriam deixar

de pedir estas almas.Um dos antigos rapazes de Caio olha para Juca que estava jána parte baixa;

 —  Se quiser podemos mudar de lado, e lhe dar segurança,devemos isto ao menino.

 — Não sei o que ele fez, mas vi que mesmo Caio o teme, masas vezes esquecemos que os covardes são os mais perigosos.

O rapaz que fora avisar a parte baixa que era para eles

entrarem desarmados, estava tentando sair desapercebido, Jucachega a entrada e olha para Kinho, um rapaz que cresceram juntos,

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 — Por que Kinho, sabe que você é minha família. — Esta fazendo acordo com fracos. — Fracos, não sei o que acha forte, estes que Maninho está

retirando? — Caio sabe que o menino é a entrada de gente que não é do

morro nos nossos pontos. — Caio tem medo de um menino de 14 anos Kinho, você viu

ele dar o passo atrás, todos ali viram, sem ninguém as costas, fugiudaqui quando o menino veio a primeira vez, sabe disto, você menarrou isto, mas o menino ali encima, falou uma frase que nem ouvi,e vi 4 rapazes caírem mortos, quer tentar o matar, ou é só me ferrarmesmo?

 — Sabe que um dia vai cair Juca. —  Nisto Alemão tem razão, de que adianta defender os da

comunidade de gente de fora, se os de dentro matam crianças parase dizer homens.

 — Alemão nem se meteu nisto.Juca faz sinal para os dois a porta e fala;

 — Manda para Pedrinho, ele quer falar com os que tentaram

matar o sobrinho dele.Os a porta poderiam não gostar do que estava acontecendo,

mas sabiam, se Pedrinho entrasse na comunidade, seria a morte detodos ali.

Kinho olha para Juca, não pensou que ele perceberia antes deestarem todos mortos, mas o brilhar das moças, e o levantar domenino, fez Juca olhar com atenção, talvez ele não tenha entendido,mas ele não seria mais visto vivo.

Pedro viu o resto do show, Renata ficou conversando comCharlyston, que via ela como uma criança, os programadores nãoentenderam, mas sentiram a tensão no ar quando os gruposarmados subiram, quando o rapaz esticou a mão, não sabiam o queera aquele brilho, pensaram ser algo tecnológico, algo queprotegeria o menino.

O show foi tenso, Pedro não conseguiu relaxar, começavaduvidar que conseguisse antes de saber o que lhe cercava.

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Pedro olha para as suas meninas, era próximo das duas emeia da manha, quando voltam a casa no Morro do Macaco, desceme a maioria já havia ido, Gerson olha o filho e pergunta;

 — Este bem filho?Pedro olha para o buraco de bala na camisa e fala;

 — Sorte é parte integrante da família. — Sei, mas os demais sofrem. – Gerson olhando os demais. — Elas fazem parte da minha família pai, mesmo não podendo

ser, elas sabem que são. — E o que aconteceu? — Preciso acender uma vela de agradecimento e pensar, vou

subir, os Ribeiro estão por ai ainda? — Sim, mas seu quarto esta isolado, não entendi como pode

construir algo assim com armaduras predeterminadas, você usouvigas existentes, e criou uma estrutura toda especial.

 — Pai, as paredes são parafusadas, mas tem proteção térmicae sonora no seu interior, mas o difícil foi a estrutura superior, tudosubiu junto, mas é bom saber que gostou.

 — Me falaram que gastou uma fortuna aqui.

 — Sabe que sim, como foi o fim da festa? — Acho que vai estar na coluna social da cidade amanha pelo

menos uma foto da casa, já que o dono não estava mais ai paraexplicar a estrutura.

Pedro sorriu e abraçou Rita e Carolina e subiu, ele foi a umbanho, olhou o lugar do tiro, não o sentiu, mas pela camisa, a bala oatravessou, deixando a marca de entrada e saída, tomou um banhoenquanto Rita e Carolina discutiam.

Pedro saiu do banho com um roupão, foi a uma mesa, esticouuma toalha amarela, e pegou uma vela de 40 cm de altura amarela,colocou na mesa, pôs em um pote de essência de seu perfumepredileto, deixou ele ali um pouco de tempo, umedeceu algodãocom o perfume e colocou a toda a volta da vela e a ascendeu.

 Acendeu e agradeceu a Yezalel, foi ao armário pegou doischocolates e duas caixinhas, chega a cama onde as duas estavamuma diante da outra, sentadas nas pernas, olhando uma a outracomo se tivessem discutindo e ofereceu chocolate as duas, elas

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olhavam aquilo, mas enquanto Pedro oferecia o chocolate as duas, avela pareceu deixar o fogo firme, as duas olharam a imensa chama,e o derreter da mesma e Pedro falou olhando as duas.

 — Vão discutir muito? — Sabe que o quero! – Carolina. — Sei, mas não facilita ser possessiva assim.Pedro abre a primeira caixinha e olha para Rita e fala;

 — Queria que nossa relação fosse aberta, mas que saiba, quea amo, e que estou aqui, para tentar lhe fazer feliz a cada dia, acada hora, minha Rita Ribeiro.

Rita olha o anel, um imenso diamante, encravado em um anel

formado por dois filetes de ouro, entrelaçados como cipó um nooutro, e na parte superior, uma cavidade onde um nó de ligação dosdois cipós se fazia, um diamante. Pedro coloca no dedo de Rita quesorria.

Carolina foi se levantar e Pedro olha para ela e fala. — Calma, te amo.Rita o beijou e falou;

 — Te amo meu Rosinha.

 — Também te amo!Pedro pega a segunda caixa e senta-se ao lado de Rita, e olha

para Carolina e fala; —  Carol, aceita entrar nesta maluquice, sei que te amo, sei

que me ama, quer fazer parte desta bagunça que vamostransformar nossa vida a 3?

Pedro abriu a segunda caixa, era um anel de dois centímetro

de largura por 5 milímetros de ouro, todo frisado, com marcasdando a aparência de trabalhado nas laterais, e um diamante demesmo tamanho, ele colocou no dedo de Carol que ficou sem sabero que falar;

Carolina olha o anel, uma lagrima corre em seus olhos e falameio baixo;

 — Não faz isto Pedro.Pedro esticou a mão para ela e falou;

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 — Sabe que te amo, mas quer me afastar de quem amo, eunão quero afastar você por isto, quero a trazer para dentro, sei queterei problemas com isto.

Carolina sai pela porta, olha antes de sair, ela talvez nãosoubesse o que fazer, Pedro levanta-se calmamente e fala ao ouvidode Rita;

 — Toma um banho, já venho. — Te amo meu maluquinho? – Fala ela olhando o anel, lindo

anel.Pedro sai e olha para a sacada para baixo e ali estava

encostada Carolina que não sabia para onde ir.

Ela olha ele saindo do quarto e olha para baixo;; — Te amo Carol, sabe disto. — Não sei se devo aceitar assim.Pedro pega em sua mão e fala;

 — Sabe que não existe outra forma Carol, nós aprontamos, enão seremos 3 em 6 meses, seremos 5!

 — Não estou falando por eles, e sim por mim. — Eu penso em mim, neles, mas não sei se é realmente justo

para vocês duas. — Sabe que meu pai não vai aceitar. — Sei que terei de falar com ele, sei que ainda vou ter muita

confusão neste ponto Carol. — Sabe que o anel é lindo. — Menos do que vocês merecem, mas ainda não sei fazer um

melhor.

 — Você que o fez? —  Sim, poderia ser algo simples, sempre digo que uma dashistorias que acho das mais lindas, foi a de Adoniram Barbosa, elefez uma aliança com uma corda do cavaquinho, e deu a seu grandeamor, hoje em dia, se perdeu esta parte do relacionamento, a parteamor, sei que a amo, mas tem de entender, como falou, sou umsafado.

 —  Também te amo, mas não sei o que sinto referente a

outras pessoas, você me fez sorrir sem sentir, quero tentar, mas nãosei como dividir isto com você.

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 —  Carol, pode não dar certo, mas quero tentar, o quepodemos fazer se não tentarmos?

 —  Sabe que tenho medo de despertar por Rita algo quesempre senti por ela.

 — Não seja boba Carol, este nunca foi o problema. — Acha que vamos nos entender? — Quem sabe o Rosinha sobre no fim!  – Pedro estica a mão

para Carol e a beija, entram no quarto, vão ao banho, onde Rita ossorri, e naquele quarto ficaram até o começo do dia seguinte.

Gerson olha para Patrícia e fala;

 — Acha que ele sabe o que está fazendo? — Ele está tentando Gerson, não sei o que elas vão pensar, os

pais vão pensar, mas ele está pensando em futuro, e não no hoje. — Ele me assusta com esta ideia de tomar tiro.Patrícia chega a ele e fala;;

 — Dá uma olhada nisto aqui.Gerson olha as imagens, não entendeu até ver a imagem do

filho, brilhando surgir sobre o viaduto, era a câmera de segurançada Quadra da Mangueira, dá para ver até o ponto que o rapazparece atirar, levando o tiro, e Gerson olha para a bala e fala;

 —  Ele não tem como ...  –  as câmeras desligam e Gersonpergunta – o que aconteceu?

 — Faltou luz e quando voltou o menino não estava mais lá. — Acha que o que é isto Patrícia? — Na internet o vídeo passa a cada segundo para um servidor

diferente, estão chamando o caso do anjo do Rio de Janeiro, algunsestão dizendo que foi montagem. — E o que você acha? —  Que ele mudou, algo mudou nele, parece que o que

descobrimos, ele fica sabendo, ele sabia das imagens dos satélitesque tinham acabado de chegar.

 — Será que ele corre perigo? — Estava trocando ideia agora a pouco com aquele David, ele

acha que o menino teme algo, por isto esta acelerando.

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 — Teme? — Ele quer saber o que tem naqueles documentos, o que será

lhe cobrado por ter sobrevivido. —  Ele parece acelerar, e obvio, se as pessoas viram isto

pessoalmente, justifica alguns querem mudar de lado como Moreirafalou que rapazes de Caio se voltaram contra ele.

 — Seu filho esta virando ponto de referencia em quase tudo,programação, extração de diamante, de ouro, agora nacontravenção no Rio de Janeiro.

 — Fora estar lá encima com duas meninas! — Fora isto futuro vovô!

Gerson sorriu da ideia.

Charlyston senta-se a olhar aquela pedreira e pega suamochila e liga o sistema, estava tendo umas ideias, olhara o menino,começa a programar e olhar o como estava o sistema, olha para traze uma moça chega a ele;

 — Deve ser Charlyston Oliveira. — Sim, quem é você?

 — Renata Paz. — A numero um da J. J. Empreendimentos. — Sim, o que faz ai? —  Pondo ideias no papel, nada como um fim de noite, com

um visual diferente para me fazer pensar, este mundo novo que omenino está criando vai ficar fora da vista, mas é que a maioria nãoentende que ele quer muito com o projeto.

 — De que projeto está falando? — Ele tem uma empresa de segurança saindo do Papel, não équalquer dia que nasce uma empresa de segurança, que de cara sechama a maior do Brasil, ele esta com 63 dos 100 pontos de criaçãoe preservação em operação. Esta com a empresa de software queagora parece que vai começar a andar, os programadoresfinalmente entenderam o que ele espera de cada um. Ainda tem 205pontos em estudo para extração de ouro, o correr contra o tempo

em Tiradentes para tirar uma montanha do lugar, tem o Museu emNazareno, o sistema de fibras óticas que devem ficar prontos e

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instalados somente semana que vem, estamos usando cabos deterceiros, mas teremos os nossos em 15 dias. Ele ainda tem osprojetos de casa, de amores, de paixões que estão a toda.

 — E no que ajuda ele? — Em quase nada. — E por que esta pensando nisto? — Eu não, mas talvez ele me entenda quando conversarmos

amanha. — Acha que tem como ajudar, é isto? — Qual o interesse Renata? — Este menino me intriga, ele não é qualquer um, ele domina

o sistema que criou, com muita facilidade, parece que nasceu paraisto. — Ele é inteligente, e tenta defender suas ideias com toda a

força. — Dizem que ele desenvolveu algo poderoso, que o defende

de bala. —  Isto não sei como acontece, mas acho que esta proteção

ele não vai abrir por ai como faz.

 — Por que? — As pessoas gostam da impressão de ser algo sobrenatural,

ele vai querer confundir com isto. — Viu as imagens que se espalharam pela net? —  Vi agora a pouco, mas uma coisa é ver isto num vídeo,

outra coisa, ver no menino, ao vivo. — Estava lá?

 —  Ele precisou da proteção dentro do barracão, mas poucosviram, mas quem viu, ficou ali de boca aberta. — Como é esta proteção? —  Parece uma proteção amarelada, bem sutil, quase

imperceptível a luz, mas vi que ele tentou pegar o copo antes delevantar, e o copo se afastou da mão, ele pegou a cadeira e aafastou sem tocar nela.

 —  Interessante, já ouviu falar em auras de proteção

Charlyston? — Não, o que é isto.

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Renata brilha e olha para Charlyston, ele estranha e fala; — O que é isto, tecnologia? —  Não, algo que não se fala, não fora de um grupo bem

fechado.Charlyston não entendeu e Renata não reparou, que o sistema

interno pegou a imagem dela.Charlyston depois de trocar uma ideia com a moça, se

direcionou a um dos quartos, e olhando a imagem pensou em trocaruma ideia com o menino.

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Pedro acorda e olha para as duasa cama, loucura a noite anterior, o diaanterior, a vida dele em si, sai damesma e Rita o segura e pergunta.

 — Vai fugir. —  Estamos no Domingo, nossa

folga acaba amanha. — Te amo meu Pedrinho, mas não

sei o que falar para meu pai. — Ele quer detalhes?Rita sorriu e falou;

 —  Você está terrível meuPedrinho, mas o que vamos fazer hoje? —  Tenho de falar com um

geólogo, com minha Madrasta, temos dedar um pulo em Nazareno.

 — Minha irmã vai xingar. — Sabe que foi em parte isto que

a deixou em casa.

 — O que acha que meu pai vai falar? — Rita, é a parte dele nos controlar, dizer o que acham certo,

o que esperam de nós, eu prefiro pais que falam a pais que deixamcorrer solto.

 — Mas imagina que vai ser pedreira. — Te amo minha Rita, mas não ache que é fácil algo assim, se

fosse, se cada um fosse de maior, seria nossas escolhas, mas não éainda, mas não quer dizer que temos de aceitar o que eles querem,mas temos de falar sobre o que você quer, não somente o que euquero.

 — Sabe que te quero, sei que Carol é maluca para entrar emalgo assim, ela parecia feliz no fim daquela maluquice.

 — Vamos ver hoje se aquilo era real.Carolina fazia-se de dormindo, mas ouvia a conversa;

 — Acha que ela vai pular fora?

Pedro olha para ela Carolina a cama e fala;

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 — Como disse Rita, não é o que eu quero, sei que por mimficava com as duas, mas as duas tem de saber se querem, não é oque eu quero, é o que vocês querem ou aceitam.

 — Vai descer. — Sim, saímos logo após as 4 horas para Nazareno. — Vai fazer o que lá? — Ver duas coisas, e falar com o prefeito e com o Governador. — Meu namorado fala com gente importante. — Eu lhe acho mais importante para minha vida que eles Rita,

é estabelecer que eles são apenas servidores públicos de execução,posto pelo povo lá, que nos faz enxergar o que podemos contar de

ajuda de cada um. — Eles odeiam pensar assim. — Se o povo pensasse assim, todo politico os respeitaria mais,

o poder é nosso, e temos de cuidar para não o perder.Pedro deu um beijo em Rita, foi ao banheiro, escovou os

dentes e desceu;

Patrícia estava a cozinha imensa olhando para o computadorquando Pedro entrou nela;

 — Não dormiu pelo jeito. — Sabe que você está muito rápido para mim Pedro. — Queria trocar uma ideia Patrícia. — Problemas? —  Não, é que não entendo de impostos, o que seria o

montante de impostos se a extração de lá fosse legalizada.

 — Está maluco, é uma fortuna. —  Sei disto, mas quanto seria, ou estamos apenas achando

que é uma fortuna, não entendo disto. —  15 por cento ficaria como imposto de extração, e pagaria

imposto de renda sobre seus lucros de outros 22% tirando osdescontos.

 — E qual a linha de imposto de serviços neste ramo? — Serviço? – Patrícia.

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 —  Nós pagamos os impostos de extração, mas o preço ésobre o valor da pedra bruta, eu quero montar aqui na cidade umescritório de lapidação, qual é a diferença de preços, o que pagareipara transformar o bruto em produto de venda?

 — Por que do interesse. — Patrícia, estamos falando de bilhões, ou não? — Sim. — Que quem vai determinar o valor de extração é quem? Nós

com certeza, eles nem tem ideia da quantidade. — Quer legalizar parte, seria isto? — Uma coisa é ter uma concessão de 100 anos, e o governo

querer-me por perto, outra é ter inimigos em todas as esferas demunicípio, estado e nação atrapalhando por quererem ganhar, e ailegalidade nos jogará na mãos deles.

 —  Mas se estava querendo legalizar, por que passoudiamantes para aquela Roseli.

 —  Se entendi o problema, eu legalizando a extração edeclarando 10% do extraído, terei a maior jazida de diamantes dopaís.

 — Quiçá do mundo! — Então o 100% seria a maior? – Pergunta Pedro a Patrícia. — Quase certeza, mas por que declarar 10%. —  Se está certo o estudo, acredito que tenhamos muitos

dados apontando para sim, antes tínhamos um, e achávamosincrível, e o incrível é menos do que os 10% que achamos lá.  – Pedro olha para o mapa e põem a mão sobre ele e fala  –  nesteponto, tiramos a primeira leva de diamantes, pensando ser um rio

de lava que confirmou, corre neste sentido – Pedro põem o dedo nofim do ponto.

 — Sim. —  Este trecho me geraria em 100 anos um trilhão, ou pelo

menos foi o que entendi. — Sim, foi o que parece. —  E isto passa a ser pequeno, por que, aqui, tem um lago

subterrâneo de cristais de carbono prensados e translúcidos. — Sim, seria isto.

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 — Pelo que entendi, o lago me dá 60 vezes isto em 4 anos! — Se confirmar, sim. — 10% disto é mais do que iriamos explorar em 100 anos, em

600%, e nos parecia uma fortuna. — Sim, e tem o veio principal. —  Patrícia, o que me aponta o principal, o que o sistema

apagou a pouco do sistema de satélite antes mesmo de passarempara baixo, é um túnel de 6 metros e meio, até 245 metros, o quenos daria mais de 3 bi por metro explorado.

 — Tem isto já. —  Esta no servidor em Curitiba, nenhum outro lugar,

criptografado e oculto. — Certo, segredo é fundamental. — Só que – Pedro pega o celular e pergunta – tem entrada de

cartão de memoria?Ela pegou um adaptador USB e Pedro tirou a memoria do seu

celular, puxou o cabo de rede do computador de Patrícia e desativouo Wi-Fi.

Patrícia viu que ele poderia confiar no sistema, mas ainda

assim, desconfiando.Patrícia põem o cartão e Pedro fala;

 — Olha a reação do ultrassom depois de 280 metros.Patrícia pega o gráfico e os números se perdem, como se

fosse algo que distorcia a luz, como se não voltasse. — O que acha que é isto?Pedro aponta para o ultimo gráfico e ela olha assustada;

 —  Esta dizendo que tem um lago maior entre 281 e 370metros. — Pode não ser isto Patrícia, mas tudo indica que é.Patrícia olha os números?

 — Um buraco de mais de 18 mil metros de diâmetro. —  Pode ser uma caverna também Patrícia, o que

transformaria em inviável a extração como estamos fazendo depoisde uma profundidade.

 — Cavernas não reagem assim Pedro.

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 — Então este segredo é nosso. — Por isto quer legalizar? —  Vou montar uma empresa de joias de altíssima qualidade

com os maiores diamantes do mundo, quero ter preço pelo que nãoexiste.

 — Certo, uma pedra de 300 quilates não se vende como umdiamante pequeno.

 — Nem sei se temos mercado para tanto diamante, acho quevamos ter de pensar muito bem em como fazer.

 — Medo de perder preço. —  Medo? Acho que não é isto, mas quero entender o que

temos, e se confirmado o primeiro lago, vou começar a contratar eformar lapidadores locais, vamos criar o nosso padrão e o registrarmundialmente, vou inverter as coisas, não vou pagar por umcertificado inglês, o podendo fazer aqui.

 — Gosta de uma guerra pelo jeito. — Gosto, e sei que daqui a pouco estarei em uma. — Dormiu com as duas, o senhor Ribeiro vai lhe capar. — Isto pode ser um problema. – Fala sorrindo Pedro.

 — O que acha que dará este único terreno que agora já é bemmaior do que o seu inicial.

 — Como disse, o maior veio de diamantes do mundo, em umlugar que ninguém olhou, e mesmo que olhasse, não diria que é, aanalise do satélite apontou para concentração de carbono, mascomo a região lá, é de extração de carvão mineral, passoudesapercebido o índice de refração do carbono que era identificadopor satélite.

 — E vai legalizar? — Sim, vou legalizar a exploração nesta ponta!Pedro pôs o dedo sobre a região original, que fez ele pedir

analise no local, que o fez pensar, ela sorri e fala; — Vai fazer um buraco maior para distrair.Pedro aponta para o fundo e fala;

 — Este é o problema.

Patrícia viu que quando chegasse a 280 metros, ele estariadescendo lateralmente aquilo que parecia ser uma imensa pedra de

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carbono, mas que somente quando chegassem lá, teriamconfirmação.

 —  Você é terrível, vai forçar uma ponta par abaixo, todosolhando para lá.

 —  Sim, mas sabe que nosso problema é mercado para osdiamantes.

 — Por isto vai por todos a vender, do legal ao ilegal. —  Sim, e quando transformar em legal o local, todos vão

parar de olhar para lá com tanto interesse. — Até começar a dar dinheiro. —  Sim, até começar a dar dinheiro, até dar aquele volume

incrível que falávamos antes de ontem.Patrícia olha o senhor Ribeiro chegando a eles, Pedro olhoupara o computador e falou;

 —  Mas vamos legalizar, sei que o pai, muitos vão acharmaluquice, mas como falou, vou pagar em 100 anos o que, 150bilhões para extrair, e 187 bilhões por ter vendido,aproximadamente? Deve me sobrar mais de 600 bilhões ainda,mesmo legalizando.

 — Tem de ver que isto é em 100 anos. — Vou tentar lembrar de não gastar mais de 6 bilhões ao ano

nos próximos 100 anos. – Pedro tira sarro, o senhor estava ouvindo,ele não sabia o que falar, mas obvio, não fugiria ao que viria.

 — Bom dia José! – Pedro olhando o senhor. — Temos de conversar menino, tem coisa que não acho certo. — Como o que?

 — O que aconteceu ontem a noite. —  Esta falando do que aconteceu ou do que você, minhamadrasta, meu pai e todo resto estão pensando que aconteceu.

 — Vai negar que dormiu com as duas. — Dormir é uma boa definição para o que aconteceu senhor,

mas o que não entendeu, ou o que não é favorável, já que nem meunamoro apoia?

 — Disse que levou tiro ontem, e minha filha estava lá.

 — As duas, pois não segura nem a mais nova, que não fui euque convidei.

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 — Vai transferir a culpa? —  José, eu oficializei a minha relação com Rita e Carolina

ontem a noite, ambas serão mãe de filhos meus, e não negarei isto,não vou fazer de conta que as quero longe, não vou afastar quemprecisa de apoio, e não frases que são mais pelos outros que porelas, ―Crianças, tendo filhos‖, que precisam de carinho, muito maisque sexo.

 — Como oficializou? —  Precisava conversar com as duas, acha que convidei as

duas para que, para conversar com certeza, não consigo conversarnos demais lugares, então arrasto elas para longe, em uma deminhas novas casas e consigo conversar com elas.

 — E vai ao quarto para conversar? —  Senhor, com respeito, acha que isto é assunto para uma

sala, para um show, para um lugar onde outras pessoas estejamouvindo?

 — Não vai negar? — Eu não fujo senhor, mesmo quando me esticam uma arma,

por isto alguns no lugar de me apontar, estão me respeitando,

ontem não morri não por que um maluco não atirou, mas por quehavia mais armas apontadas para ele que para mim. — Matou alguém? —  Ainda não pratico tiro senhor, mas sei que não adianta

falar, você sempre usa o medo e a imposição, não deveria estaraqui, mas está.

 —  Não sei o que fazer com você menino, hora responsável,esta falando em legalizar algo grande pelos montantes de impostos,

mas por outro um irresponsável. —  Senhor, eu não posso ser culpado de tudo, mesmo que

tente não serei culpado de tudo, mas ontem, tive um bom dia,ontem as pessoas me ouviram, e não por que eu mudei, e sim, porque esta casa em meu nome os fez pensar, mas como sempre,alguns pensam para o bem, outros, para o mal, uns constroem oseu futuro, outros, querem viver nossos sonhos, e desculpa, meussonhos são para mim, não para quem os quer roubar de mim.

 — Mas vai assumir as duas?

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 — Uma pergunta Jose, por acaso se eu negasse um de meusfilhos, você falaria mal de mim, ou não?

 — Não é disto que estamos falando. — Certo, mas vou assumir minha parte, sou responsável por

metade de tudo em cada relação, e não espero que entenda senhor,estou novamente sendo rude, mas não existe como ir a frentecontra a moral, sem ser rude, vocês não aceitam e pronto, então,não aceitem.

 — Sabe que assim me faz a afastar. — Senhor, como falei para Rita, esta é a sua função de pai,

não temos como ir contra, mas não queira que aceitemos.

 — Vou falar com ela. — Esta as suas costas.Rita olha para Pedro e fala;

 — Já discutindo. — Disse que deveríamos ter conversado na piscina, eles não

pensariam besteira. – Pedro. — Teriam certeza! – Rita.Pedro sorriu e Patrícia também, o senhor Jose ficou irritado, e

olhou para a filha; — O que aconteceu ontem? — Digamos que ele me deu um anel de noivado.José não entendeu, olhou o anel na mão da menina e olhou

para Pedro e perguntou; — Vai noivar com minha filha. —  Digamos que o que vamos fazer senhor José diz respeito

apenas a nós. Quando tiraram Tiago da Bíblia, é que Jesus dizia queo que acontecia na câmera nupcial, era entre os noivos, não para osdemais comentarem.

 — Vai noivar com as duas? —  Senhor José, como disse, vou assumir minha metade de

cada acontecimento, são duas gravidas, duas crianças, e não existedois pais, apenas um.

 — Não posso aceitar isto.

 — Não posso escolher uma e deixar a outra a sorte senhor,sua moral não funciona neste caso, mas não vão entender, vocês

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em defesa dos filhos, desejam que alguém sofra todas asconsequências de ser mãe, aos 14, de um pirralho como eu, e estarsó.

Patrícia olhou o menino, ele não estava dizendo, vou lhesenganar, estava dizendo, vocês deveriam estar apoiando, não estãofalando em uma moça que escolheu ter um filho e sim uma menina,que iria ter um filho, e não era justo ela o ter sozinha.

Patrícia olha para Rita e fala; — Bem vinda a esta família de malucos.Rita sorriu e o senhor Ribeiro olhou para Patrícia;

 — Vai apoiar isto.

 — Não iria, pode ter certeza senhor, mas ele tem razão, elenão pode em prol de uma, condenar uma segunda, vocês queremisto, os pais de Carol também vão querer isto, eles não estãopensando nas meninas, você e eles estão pensando apenas nassuas, e que se ferre a outra, mãe solteira aos 14 anos, não possodizer que entenda este sentimento, mas entendo a posição dePedro, ele não tem como dizer que uma é mais importante que aoutra, ele não tem como escolher um filho.

O senhor olhou a moça, gravida, e olha a filha, agora estavacom um problema, se os Rosa apoiariam esta maluquice, ele teriaum problema grande.

Rita sentou-se e Pedro a serviu um café.Charlyston chegou a mesa e perguntou a Pedro;

 — Podemos conversar? — Problemas? — Não sei como falar isto que pensei.

 — Senta ai, vamos discutir como ganhar dinheiro, já que tereide criar meus filhos. – Pedro.

Rita sorriu, Renata, a irmã de Pedro chegava a mesa tambéme falou;

 — Me roubou a namorada. — Tem de ver que eu e ela temos algo muito forte entre nós,

que vai daqui a pouco estar gritando e correndo pela casa.

 — Disto não posso discordar.

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303

José não entendeu, ou fez que não entendeu a afirmação, selevantou e Charlyston perguntou;

 — Todos podem ouvir? — Nem sei o que vai falar.Charlyston abriu seu Notebook e começou, não sabia onde iria

chegar a aquilo; — Já viu estas imagens, que estão correndo a internet.Pedro olha a imagem dele brilhando no ato da bala.

 — Vazaram isto? —  Estão chamando do anjo do Rio de Janeiro, em todos os

sites fantásticos, sabe que internet é feita de imagens assim.

 — O que quer falar?Charlyston olha em volta, ainda parecia maluquice;

 —  Pode falar Charlyston, estamos em família, os demais jáforam.

Charlyston que estava ao lado de Pedro, coloca 3 gravações efala;

 — Não sei o que acha destas coisas?

Pedro conhecia a primeira imagem, a de Francisco Pombo, umcuritibano que dizia proteger-se com sua aura, que raramentedeixava visível, mas havia uma gravação na internet de um eventoem Gramado que sempre lhe chamou atenção.

Charlyston colocou uma segunda, de uma menina, vista emum evento mundial alguns meses, que parecia brilhar assim, alguémque parecia ser responsável por uma agitação mundial, mas quesomente os mais ligados a informação registavam aquilo.

Pedro achava que sabia o que ele falaria e falou. —  Pode parecer a mesma coisa, mas não sei ainda o que éaquele brilho Charlyston.

 — Minha duvida veio pois sei que esta proteção, ou algo muitoparecido, está em estudo na USP.

Pedro sorriu, o rapaz iria apontar um novo caminho; — O que eles estão estudando. — Primeiro deixa eu mostrar tudo, depois falamos, mas o que

me fez pensar foi uma coisa.

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 — O que?Charlyston coloca a imagem da câmera interna e da hora que

ele mostra a imagem para Renata, uma das mulheres de Moreira, ea hora que ela brilha de uma forma diferente, mas que ficou muitovisível.

Pedro olha aquilo e sorri. — Charlyston, as vezes achamos que as pessoas estão muito

distantes, que as coisas são fantasias, começo entender algumascoisas, mas acha que consegue gerar isto?

Charlyston coloca um estudo baseado em uma energiaestranha, não definida, que alguns humanos desenvolviam, baseadano estudo da USP e tirada dos relatórios do Exercito Americanopelos computadores da Universidade da Califórnia via Los Alamos.

 —  Esta dizendo que eles pegaram o estudo feito aqui edesenvolveram em Los Alamos algo que dá uma proteção assim?

 —  Sim, e tem uma cobaia em sua cidade, parece que comovocê fala, tudo passa desapercebidamente em Curitiba.

 — Somente eu acho isto Charlyston.Charlyston olha para o menino e fala;

 — Acho que poderíamos desenvolver isto aqui, e gostaria delhe propor algumas coisa Pedro.

 — O que? —  Uma analise dos dados que David conseguir nos

documentos, pelo sistema, comparando com textos antigos, artigospublicados e textos tidos como Apócrifos.

 — Acha que conseguimos desenvolver isto? — Sim, acho que sim. — Acha que o sistema consegue analisar os dados? —  Analisar, comparar e fechar o que descobrimos,

independente do sistema base, como você faz com as informaçõesque não quer nos dar acesso, mas conseguiria fazer pelo servidordaqui.

 — O que andou pensando a mais? —  Podemos determinar metas para os programadores, eles

nem sabem o que precisam fazer, estão muito as cegas. — Acha que consegue isto, estou preocupado com isto.

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 — Troquei ideia com aquela Maria, se ela tentando esta bemlonge do que precisamos, resolvi pensar se não estávamos nocaminho errado, acho que vou fazer um pequenos manual doscomandos básicos, e dos sistemas internos, para eles poderem

programar de dentro para fora. — Boa ideia, o que mais? — Acha pouco. — Parece estar enrolando. — Na verdade pensando, não fechei ideia alguma ainda, estou

pensando a longo prazo. — Acha que podemos conseguir estas coisas?

 — Sim, acho também que a empresa deveria ser dividida emduas Pedro. — Por que? —  Estes que estão aqui no Rio, vão desenvolver o sistema

interno, mas não podemos abrir a quem vai desenvolver sistemasexternos paralelos o que está ali, poderíamos ter de trocar aprogramação interna de mês em mês, desconsiderando todos osdemais que a usassem, para nós seria o reinstalar de 20 servidores,

muito trabalhoso e com riscos de segurança do sistema. —  Sabe que pensei que eles me proporiam isto, pelo menos

alguém está começando a pensar, vi que não entendeu a ideia queRicardo entendeu.

 — Entendi vendo o histórico dele, que muito do que uso, quepensava ser livre, ele desenvolveu, quando ele tinha a sua idade,então temos um sistema baseado na ideia de duas crianças, umcresceu mas ainda age como uma.

Pedro sorriu; — Tenta por no papel a ideia, sabe bem como faço. — Sim, tem um buraco de 75 metros em Nazareno por que

lhe falei uma ideia maluca.Patrícia olhou para Charlyston e falou;

 — Se puder fazer barulho em Nazareno, acho que vai facilitarem muito.

 — O que entendi que Pedro vai fazer, é bem isto.Patrícia olhou para Pedro que apenas beijou Rita e falou;

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 —  Vamos dar uma de turistas hoje, qualquer coisa me ligaPatrícia.

Pedro dá a mão a Rita e pega o celular pedindo umhelicóptero, só tinha esta forma para sair dali rápido, uma vantageme uma desvantagem. Pedro pensa em sua frase e sorri olhando paraRita.

 —  Sabe, as vezes queria poder me soltar, fazer como todoadolescente, sair por ai sem a preocupação do dia de amanha.

 — Pulamos esta parte muito rápido, é o que está dizendo? — Estou dizendo que as vezes me preocupo demais. — Vamos onde?

Os dois saem dali de helicóptero rumo a praia vermelha, empleno Domingo, reclamações, os dois descem e caminham nosentido dos bondinhos do Pão de Açúcar, Rita sorriu, iriamnovamente a diversão.

Os dois se divertem pela manha, voltando ao apartamento,pegando um helicóptero no Iate Clube em Botafogo indo paraCopacabana. Rita sabia que as coisas deles estavam ali, a chegada

sempre com seguranças, sem a liberdade da manha até aqueleponto.Quando descem, Maria olhou para o menino e perguntou;

 — Acompanhando o agito. — Lendo mensagens. — Sabe que aquele Nick pôs todos a trabalhar muito, pois eles

estão tentando em 12 formas e parecem decididos a entrar, nemque na força.

 — E conseguiram algo? — Uma entrada com o deletar de uma lixeira. —  500 mil bem gastos, pensei que não tinha mais

programador neste mundo. — Ele não conseguiu documentar isto. — Vamos lá. — Eu não entendi, como um Print Screen não registra a tela

do nosso sistema.

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 — Maria, Print Screen no nosso sistema, reconfigura o vídeodo computador local para visualização menor, no padrão 10% dotamanho normal.

 — Ele teria um ponto na tela, seria isto, — Um quadrado pequeno. — Ele deve ter lhe xingado.Pedro entra na tela inicial e dispara para todos os

programadores que ainda tentava, e coloca a informação de quemais um dos competidores, põem o IP, conseguira entrar, Pedro usaa web do mesmo e fotografa o mesmo, e põem o nome de, ―PierreMartin‖ como ganhador de meio milhão.

Maria riu, Pedro não era fácil, ele pusera o nome doprogramador que trabalhava para Nick e não o de Nick, como oinvasor a conseguir a façanha, explicando para os demais quemesmo ele não tendo conseguido deixar um recado de interação, eleconseguiu deletar uma parte do comando base.

Em Paris, num prédio novo, a beira do Rio Sena Nick olha parao diretor do Departamento falar;

 — Este pessoal é bem rápido, pensei que nos enrolariam, masmandaram uma ordem de retirada pelo Banco de Paris, em nome dePierre Martin, com as identificações dele.

 —  Este programador esta me provocando, ele sabe que ogrupo é regido e dá o credito ao programador, Pierre nem é tãogenial assim.

 — Vai desistir? – O senhor olhando para Paul (Nick). — Não, vou verificar as diferenças, sei que ele não conseguiu

registrar a entrada, o que nos deu um comando das funções deles,mas estamos trabalhando senhor.

 — Depois vou pedir a Pierre que nos passe a autorização desaque, este dinheiro não é dele, é da empesa.

Paul olha para o senhor e fala. — Vou voltar ao trabalho.

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Pedro olha para o agito que se fez na internet, muitosreconheciam aquele IP como o de Nick, mas de repente havia umoutro programador lá.

Maria chega ao lado e pergunta; — Vai mesmo pagar isto para quem o furar? — Maria, isto é uma seleção de parceiros, os programadores

não sabem, mas a France Dados Inc., mandou um contato deparceria sobre a comercialização do programa.

 — Esta achando parceiros? — Entendendo que certas empresas priorizam o lucro, e que

500 mil pode salvar alguns pescoços.

 — E quem mais? —  Daqui a pouco vamos fazer uma vídeo conferencia, egostaria de ter o pessoal aqui, Charlyston estará aqui, espero quenão demore, tem um governador em Minas me esperando.

 — Com quem? — Avisa todos, no auditório, vamos estar on-line, e vão tentar

nos demonstrar as possibilidades de acordo, com um grupo decientistas da faculdade da Califórnia.

 — Mas qual a proposta? — Promover a todos aqui, uma pós na faculdade da Califórnia,

a distancia, e a possibilidade de um mestrado, de acordo com odesenvolvimento de cada um.

 — Vai nos financiar também. — Sabem que isto estava na proposta. — Vou falar com eles!

Rita abraça Pedro e fala; — E não para nem no fim de semana. —  Se der certo, posso dizer que tivemos um ótimo fim de

semana. — O meu foi ótimo.Pedro sorri a abraçando.

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Era perto das duas da tarde quando Charlyston veio da casapara a empresa, e vieram com ele, Renata, Carolina e Joseane, oclima entre Renata e Joseane estava tenso.

Chagam a Pedro e Joseane perguntou; — Fugindo de mim? — Onde estão seus pais menina? — Conversando serio, não sei o que falou com meu pai, mas

ele estava lá gritando com seu pai que não concordava.Pedro dá um beijo em Carol e pergunta;

 — Como esta Carol?Carol sorriu e falou;

 — Fugiram de mim. —  O senhor Ribeiro não iria nos deixar escapar se

demorássemos, e sua irmã? — Está lá discutindo com Roger. — Ela sabe que saímos as 4 para Nazareno? — Disse que vai estar no aeroporto a esta hora. —  Se não tiver, espero que tenha dinheiro para voltar para

casa de avião.Carolina sorri e fala; — E vamos fazer o que hoje? — Tenho uma reunião de acordo daqui a pouco, depois vai ser

governador de Minas Gerais, e por fim, sei lá, uma pizza emCuritiba.

 — Quer voltar ainda hoje para Curitiba? – Maria, chegando aeles.

 —  Tenho aula de minha 8ª Serie amanha, algo bemmotivador, mas tenho de ir.

Maria sorriu, os demais foram comer algo e Pedro ficou aconversar com Charlyston;

 — O que está acontecendo? – Pedro. —  Queria o que, você fala que iria ficar com as duas, os

moralistas, legalistas, vão dizer que não pode.

 — Acho que vou terminar de me complicar, dai vejo o que osenhor Ribeiro acha.

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Charlyston sorriu e foram ao auditório;O telão foi ligado e Charlyston chega a frente e com um

tradutor simultâneo, ele começa a vídeo conferencia; —  Boa tarde, gostaríamos de saber qual a proposta de

parceria entre nossa empresa e a Universidade da Califórnia.Um senhor que usava um uniforme do Exercito, olha os

demais, e fala; —  Boa tarde, temos um grupo de pessoas que estão

desenvolvendo um sistema de jogos para vários aplicativos, eprecisamos de um sistema para o por no mercado, em outrasplataformas, e gostaria de saber se o seu sistema comportaria estetipo de interação.

Charlyston sorriu e falou. —  Desculpa a falta de educação, sou Charlyston Oliveira, o

menino ao meu lado, Pedro Rosa, referente a sua pergunta, sim,estamos desenvolvendo um sistema que pode interagir com cadamodelo e sistema, podendo ser um Windows, um Linux, um Mac, oumesmo um Android, se adaptando as linhas de interação deles, seuspoderios de vídeo, poderia também interagir com plataformas como

Xbox, ou Playstation.O senhor olhou para o menino e falou; — Ele não é muito jovem? — Senhor, aqui não se analisa as pessoas por tamanho e sim

por capacidade produtiva, mesmo tendo de desviar leis locais detrabalho infantil, mas sim, ele é jovem, dinâmico e boa parte dacompilação de programação que os rapazes as costas fizeram, ele ascompilou transformando no que o senhor vê hoje.

 — Quantos conseguiram interagir com o sistema. —  Duas pessoas, uma engenheira dai e um programador

Frances, de uma multinacional. — E acha que o sistema é seguro?Charlyston olha para o menino e pergunta;

 — Posso responder isto com uma pergunta? — Pode.

 — Acha que o sistema de segurança que denominam de Área51 é seguro?

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Sabrina ao fundo sorriu e o senhor falou; — Acredito que sim. —  O menino afirma conseguir entrar no seu sistema em

exatos 15 segundos, acha isto comparativamente a 5 dias todostentando, um comparativo?

 —  Gostaria de o desafiar a isto, eu acho improvável eleconseguir.

Pedro mostra a tela dele virando para o monitor, e fala; — 15 seconds. A tela dele não tinha nada, e ele digitou um rastreador de IP

nos parâmetros de Los Alamos, o programa indicou o IP, 5 segundos

havia passado, ele dá um comando em um segundo programa eeste começa a forçar as entradas de lixo e atualizações de dados,enquanto ele digita linhas de entrada, desviando os programas desegurança, quando o computador do menino pista 14 ele aperta umEnter, e todos a sala viram as telas ao fundo do senhor, a perder devista, com a frase ―15 Seconds‖ .

O senhor olhou para trás para olhar para a engenheira e viutodas as telas com a frase, e perguntou para Sabrina;

 — Isto que falava? —  Sim, disse que o sistema é muito visível, foi o que ele

mostrou, somos alvo, e olha que os demais nem se atem a umaprova tão convincente.

Maria olha para o menino, ele acabara de invadir um sistemanos Estados Unidos da América em 15 segundos, obvio que haviadetalhes na demonstração que o menino não falaria, ele já conheciao sistema, mas ele usou uma entrada nova, ele realmente invadiu

em 15 segundos.O senhor olhou o menino e falou;

 —  Precisamos de um sistema seguro, mas quando o terãocompletamente operacional.

 —  Senhor, em 6 meses, teremos um sistema totalmenteintegrável, mas estamos criando uma empresa paralela a de sistemapara desenvolver os aplicativos de interação.

 — Não vão dividir a raiz?

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 —  Senhor, quando estiver pronto, vamos dividir aprogramação, não antes, e não vamos vender este sistema paratodos, este é um sistema de segurança de dados, teremos umsistema básico para empresas, mas sabe que não é a quantidade de

empresas que interessa neste caso, e sim, a segurança de dados. — E pretendem dividir esta informação.Charlyston olhou para o menino, conversa com tradução

instantânea sempre dava uma conotação estranha a conversa.Pedro olha para o rapaz, e depois para o senhor, e fala;

 —  Não estaríamos conversando se não fossemos dividir, senão acreditasse que cada um as costas pode melhorar muito, fuicriado em um sistema falho nos colégios do Brasil, e mesmo assimcheguei a isto, a duvida senhor, temos como fazer uma parceria,teríamos acesso, ou somente cobraria de nós esta abertura.

Sabrina sorriu e o general a olhou, ela engoliu o sorrisomaroto, o general olha para o menino e pergunta;

 — Acha que podemos confiar cegamente em vocês? —  Senhor, a diretriz da nossa empresa, presa a parede de

entrada diz ―Nos dê amor, terá amor, nos de compreensão terá

compreensão, nos de informação, a dividiremos e cresceremos juntos, mas se pretende nos dar censura e arbitrariedade, nãoespere nada de bom de nós.‖  

 — Sabe com quem fala menino? —  General Dallan, colocado ai, pelo próprio secretario de

defesa, um senhor com formação bem austera, que foi a algunscampos de batalha e insiste em estar vivo.

Dallan olha para o menino, como ele saberia, mas antes de

falar algo ouve; — Não é difícil conseguir estes dados senhor, qualquer Hacker

do mundo descobre isto em duas horas de pesquisa, digamos quenão vou usar 15 segundos, sistemas não são brincadeiras, não meadianta ficar como alguns, tentando invadir o sistema, e nada buscarnisto. – Pedro dá um momento – estamos procurando parceiros emprogramação, em logica, na arte de diminuir o peso, e nãoaumentar, não estamos contatando os senhores por que

precisamos, mas por que gostamos da ação de sua programadorachefe, salvando programações, entendendo a logica, se inteirando

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de cada passo que dava, ela pode não ter deixado a marca dela,mas com certeza, sabe muito mais que muitos que podem vir adeixar suas marcas.

O general olha para Sabrina e pergunta entre eles; — O que acha disto? — Sabe que estamos em uma curva de segurança muito sutil,

nem Any e nem o tutor dela estão dando conta do sistema, estacom muitos furos de segurança.

 — Acha que vale o esforço? —  Se não achasse não haveria nem me proposto a tentar

entrar no sistema dele General.

Sabrina era determinada, naquele uniforme do exercito, napostura masculinizada do posto que assumira, não por ser um postomasculino, mas por tê-lo assumido como engenheira do exercito.

 — E que proposta teria para nos oferecer menino, já que vejoque pelo jeito estes ai, são mais desmiolados que os daqui, põemuma criança a frente de um projeto destes.

 —  Senhor, a ideia de parceria, veio através de CharlystonOliveira, ele nos levantou as possibilidades de intercâmbios, tanto

dos seus como dos nossos, dividindo e crescendo juntos neste ramo,temos um sistema que acreditamos poder em 6 meses estar bemmelhor, mas precisamos de recursos, isto nos faz precisar deparceiros.

 — Não sei se poderia ser feito em nossas instalações menino,seria um furo de segurança que o exercito não acataria.

 —  Senhor, ainda não terminei o projeto de compra, maspretendo levantar uma das sedes de nossa empresa em Los

 Angeles, e a partir disto, criar em 6 meses, que é o prazo que temosinternamente para terminar o projeto inicial, um laboratório eescritório em suas terras.

 — E vai abrir assim para nós? —  Como disse senhor, se abrir muito, terá muito, se abrir

pouco, terá pouco, já que estou apenas começando neste ramosenhor.

O general olha para o menino, firme, e pergunta;

 — Qual a pretensão desta aliança?

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 —  Senhor, tenho pretensão em investir em jogos deentretenimento, acho que temos muito o que aprender para nosatrevermos entrar neste ramo. Estou atrás de investidores.

 — Por acaso teve acesso ao nosso projeto de jogo? — Diria que ―Tides of Salt‖, tem muitos furos de segurança,

mas não entendo da programação, muito dinâmica e enxuta, gostodo estilo.

Sabrina apertou o mute da conversa e olhou para o general efalou;

 — Pede um momento!Ela desaperta o mute e o senhor fala;

 —  Nos daria um momento, precisamos trocar uma ideiarápida.Pedro olha para eles sumirem no vídeo e olha para os demais

e fala; — Já que estamos todos aqui, vamos trocar uma ideia. — Entendi a ideia, quer parceria com o grupo mais fechado de

programação do mundo. —  Sim, pretendo ter 3 parceiros, e se me perguntarem por

que? Por que precisamos estar por dentro das leis, regras elimitações de cada canto do mundo, então vamos ter parcerias emParis, Tokyo e Los Angeles, teremos sede nas três cidades, ondevocês interagirão e dividirão a informação que acharem preciso paracrescermos.

Sabrina olha para o general; — O que quer falar. – Dallan.Sabrina olha para os demais a sala e fala;

 — Nos dariam um momento?Dallan olha para os demais e fala;

 — Vão.Os demais começam a sair, e a moça fala;

 —  Dallan, teremos de pensar em como nos comunicar comeste menino, e estabelecer assuntos não convenientes antes de umapróxima vídeo conferencia.

 — Acha que ele pode falar de mais?

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 — Apenas mais uma pessoa a sala sabia o nome do jogo, e omenino fala como se fosse de conhecimento geral, ele não temnoção de quem a sala sabe, então ele vai falar, se não dermoslimites, e se ele sabe o nome, pode saber de pontos que os demais

nem desconfiam, e se ele vai dividir a este nível de informação,temos de preparar os nossos para um acordo deste, pois terão deser os mais espertos e rápidos.

 — Acha mesmo que este sistema vale o esforço. —  Senhor, este sistema tem a capacidade de nos isolar do

sistema da J. J. Programas. —  Estranho de onde vem um aliado contra este tipo de

invasão. — Eles pensam e programam com naturalidade, nós estamos

nos lucros, eles na base de programação, aquela que muitosdeixaram de estudar por não quererem fazer da raiz a conclusão.

 — Certo, abre as comunicações, depois relatamos aos demais.Pedro estava falando quando Maria olha para a Tela e Pedro

vira-se para eles; — Depois falamos mais.

Pedro olha para a moça e Dallan, somente eles estavam asala, obvio, falou demais. —  Gostaríamos menino, de impor numero de participantes e

de assuntos tocados, nem todos sabem de tudo. — Desculpa, as vezes me empolgo. — Do que falávamos?Pedro olha o senhor e fala;

 — Que o que temos a oferecer, depois de visto, parece muitobásico, e antes de visto, parece impossível de ser feito.

 — E pretende abrir esta programação para nós? – Sabrina. —  Sabrina, se formos esconder o básico, não chegamos ao

que queremos, vamos ter de desenvolver duas empresas para nãoinfectar uma boa ideia com a praticidade do dia a dia, estamosapenas na nossa 4ª semana depois do registro de marca, aberturade firma, estamos ainda abrindo pontos base, para ter contato comempresas de ponta, como falava, teremos 4 sedes iniciais, uma noRio de Janeiro, a segunda em Los Angeles, a terceira em Paris, e a

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quarta em Tokyo, os motivos disto, estar diante do mundo e dasnovidades, cada um destes pontos consome tecnologia de umaforma diferente, o Japão acredita na tecnologia, eles a usam muitoantes de vocês, os Europeus limitam alguns sistemas, os deixando

em prol do emprego, e nós, somos um país de terceiro mundo,crescendo rápido, mas com educação a nível de terceiro mundo ficadifícil acreditar em crescimentos estáveis.

 — Pensando em outras parcerias? – Dallan. —  Somente a nível da outra empresa, que vai fazer

programação de periféricos, como celulares e tablets, aplicativospara eles.

 — Vai dividir em blocos? —  Uma empresa vai desenvolver o sistema, e os programas

de interação, o outro, os aplicativos dentro da programação deinteração.

 — Não vai abrir a segurança pelo que entendi! – Sabrina. — Sim, não tenho como querer um sistema seguro, onde os

demais precisamos o alterar para se instalar, ou abrir portas básicaspara funcionamento.

 — E acredita que terá um sistema operacional em 6 meses? — Vou pressionar para isto General. — Vamos conversar sobre suas ideias e entramos em contato!

 – Dallan.Pedro desliga e olha para os programadores.

 — Queria ser sincero agora. — Não foi antes? – Maria. — Não, quando os contratei, o salario oferecido parecia ser o

suficiente e um desejo, mas vejo muitos tentados a sair pela porta esumir no mundo, gostaria a sinceridade referente a quem pretendesair, pois vou começar acelerar a partir de hoje.

 — E estava fazendo o que? – Maria. — Maria, na terça feira o prazo de tentativas termina, e na

quarta, todos os servidores serão reinstalados, com a versão real dosistema, a primeira versão, não a Beta, sobre esta, Charlyston vaidesenvolver uma cartilha básica de minhas maluquices, e saibam

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que se vão por trocado para outra empresa, falem, podemos sermais generosos.

 — E seria generoso apenas para um? – Camilo. —  Não, se um ganhar a mais, todos ganharão, se alguém

acha que esta descontente, antes de pular fora, conversa com oCharlyston, ele tem autorização para negociar isto com vocês.

 — Pelo jeito sabe quem propôs o que? – Ricardo. — Sei, e não vou retalhar ninguém que queira pular fora, mas

precisava saber quem está neste projeto, e quem está apenas depasseio aqui, pois como disse, vou acelerar, vou passar a cada umalgo bem especifico, o prédio as costas, deve ficar pronto em 15dias, ali será a segunda empresa, teremos ali pessoas que paratrabalhar, precisam de um sistema e os compiladores de interaçãode sistema.

 — Mas o que nos atrai, não é o salario menino. - Rogerio  – Todos queremos obvio, o dinheiro, mas os créditos, sabemos queaqui não seremos mais do que funcionários de luxo, desculpamenino, mas temos de pensar em nossas carreiras, pode parecerpara alguns um big projeto, mas o que será deste projeto em 5anos, aqui não seremos nada, mas em algumas empresas, podemosser bem mais, estar no topo, ser o orgulho de nossos pais.

Maria olha para Rogerio, o primeiro a pular fora, ele olha paraJonathan que fala;

 — Desculpa menino, não estaremos aqui, pensamos que haviauma multinacional por traz desta empresa, que cresceríamos eseriamos alguém, não uma criança.

Pedro sorri, sabia que alguns pulariam fora, sabia que alguns

lhe eram importante, outros, substituíveis, mas escolheu eles adedo, e mesmo aquele sorriso, parecia de desgosto.Maria olha para Pedro e fica;

 —  Eu quero tentar desvendar este mistério, talvez elesestejam certos, mas não acredito que seja minha ultima cartada.

Ricardo sabia que havia outros dois que iriam pular fora, olhoupara Carlos e perguntou;

 — E o que acontece pequeno Pedro, com os que pularem fora

agora?

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 —  Sabe o que falei ontem Ricardo, não é por mal, mas secada um pular fora, eu terei de pensar novamente em quem por,terei de ser mais sincero da próxima vez, pois o que temi exporquando convidei, esta acontecendo no dia seguinte a saberem quem

sou. — Pequeno Pedro, eu sei que nos deu carta branca, sei que

parece um projeto incrível, a estrutura é boa, mas não vejo futuroneste projeto! – Carlos.

 — Pessoal, não precisam se justificar, se querem sair, eu lhesdesejo o melhor, estamos formando um grupo, mas não quer dizerque não vamos nos encontrar em grandes eventos mundiais,imagino que devem estar decepcionados, as vezes é o que me

move, a decepção, mas saibam que não os quero mal, e desejo atodos os que saírem, que sejam grandes programadores, quecresçam, que realmente eles enxerguem em vocês o que eu vi,pessoas com potencial imenso. – Pedro.

 Alguns vieram cumprimentar Pedro e este viu que dos 12nomes que já estavam ali, 5 saíram.

 — Parece decepcionado! – Maria.Pedro olha para Charlyston e depois para Ricardo;

 — Vão ficar? — Sim! —  Alguém mais vai pular fora, é a hora de dizer.  –  Pedro

olhando os demais. A maioria se calou, isto não era bom, mas Pedro olhou para

Charlyston e falou; — Vamos ter de repensar o projeto!

 —  Ia mesmo inaugurar o prédio ao fundo, eu pensando queera uma proposta audaciosa, e você já havia a pensado.

 —  Ainda pensando nos nomes, mas pelo jeito terei derepensar em cada detalhe.

 — Vai encarar com naturalidade? – Maria. — Maria, eles são bons jovens, as vezes eu tenho medo de ter

os iludido com meus sonhos, e vocês se decepcionarem, mas comoeu digo, se eu, Pedro Rosa, o Rosinha, consigo, em um ano,acumular um Bilhão de Reais, consigo inimigos mortais no mesmo

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ano, consigo sobreviver a 3 atentados contra minha vida, acho quevocês conseguem muito mais.

 — Vai falar sobre aquela imagem que esta rodando a internet? – Ricardo.

 — Aquilo, é proteção pessoal, vamos desenvolver juntamentecom o pessoal de Los Alamos, mas não aqui, aqui faremos apenas osistema de informação do aparelho.

Ricardo olha para o menino e pergunta; — Acha que o grupo ainda é suficiente? — Posso ser sincero, sem ofender?Maria sacode a cabeça e Ricardo concorda;

Pedro pega o controle do controle do painel de apresentaçãodo telão, liga seu computador pessoal e põem um slide para passar; — As pessoas que saem, me fazem falta, talvez por que não

tenha sido sincero os perdi, mas poderia perder mais cedo ou maistarde, mas – Pedro colocou uma serie de números no painel e falou

 –  Felipe, eu não aprendi programação em faculdade, mas quandoentendi esta sua linha de programação, na base hexadecimal,descobri que podia programar com base em números e não em

nomes.  –  Pedro passa dois slide, pulando o de Camilo, que haviasaído com os demais  –  Peterson, quando entendi a linha deraciocínio de suas linhas de entrada e de estruturação, vindas dedentro do programa para fora, não programando como umadiagrama que só aumenta, mas com a dinâmica de um sistemafechado na estrutura de criação, descobri que poderia fazerdiferente, sem uma arvore, e sim como você define, um anel quenão perde dados. – Pedro pula mais dois, deixando claro que tinha

um para cada pessoa, mesmo os que saíram, pulara Carlos agora. – Paulo, quando entendi sua logica de saídas vigiadas não por firewallmais por controle de conteúdo, não deixando o sistema formado emum grande anel e em 5 pontos de backup onde 3 dos pontos temtoda a informação e varrem o sistema o concertando o tempo inteirobaseados no projeto inicial, descobri que tinha como refazer osistema, teria como em 12 segundos, o tempo que demora paravarrer o sistema, reconstruí-lo  –  Pedro muda o slide e olha paraMarcelo  –  Quando entendi a partir de um estudo seu sobre Raid,que poderia aplicar sobre a plataforma de Paulo dentro de um

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sistema fechado como Peterson manipulou, um sistema quemantivesse todos os dados, independente de me tirarem dois delesde uma vez  –  Pedro pulou mais um Slide, o de Jonathan e olhoupara Maria – e com o sistema de rastreamento Rápido, desenvolvido

por você Maria, não fechar o sistema, ele não é fechado, e eles nãoentram, pois ele é varrido, onde compara cada byte e o repõem emconsonância com um disco de comparação, você o fez pelo maisbásico, e deixa da forma mais incrível, pelo velho 0 ou 1, monitorartodos os bytes, como é leve, facilita o manter da logica vigiada dePaulo. – ele pula para uma programação de Iure e fala, olhando oprograma  –  Pode não parecer Iure, mas este é seu programa, foisobre ele que meu tio desenvolveu o sistema que debulhei, e que

com ele, invado qualquer sistema do mundo, que funcione combases até 256bites, um sistema tão primário que a maioria não dábola, mas que é genial. – Pedro olha pulando os demais e chegandoao ultimo, Ricardo e fala – Ricardo, falamos disto ontem, para mim,não contratei pessoas que copiam e colam programações, todosvocês, até mesmo os que sairão, tem o meu respeito, pois aprendina internet, fuçando o que vocês fizeram, digamos que tive acessoprivilegiado, que meu inglês me permitiu ler os comentários de

outros sobre suas programações, mas foi usando a basealfanumérica que você usou para criar o segundo editor gráfico maisusado no mundo, e que não lhe deram um centavo por isto, queconsegui unir tudo o que entendi no programa que tem ali noservidor. Para mim, vocês são as pessoas mais capazes detransformar isto em algo grande, por que vocês são a base do meuconhecimento, os meus mestres, mesmo vocês nunca terem antesde sexta a noite me visto.

 As pessoas se olharam, o menino os fez sorrir, Charlystonentendeu, ele não recolhera qualquer um, ele escolheu os que lhederam base, mas somente agora eles ficaram sabendo disto, talvezo rapaz tenha entendido boa parte do problema, e ouve Ricardofalar;

 — Sabe que me surpreende com a sua linha de pensamento,você uniu uma linha tênue, e criou um sistema fechado, não seirealmente o que os meus colegas fizeram, mas fez com ele, o quefez comigo, os fez sorrir, vi que tinha motivos que teve de pular,

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motivos que vão para outro ponto, e que terá de substituir, mas nãofoi sincero ontem.

Pedro sorriu, Maria não entendeu; — Entendeu – Pedro olhou todos e falou – o que Ricardo esta

falando, não devem estar entendendo, mas ouviram eu falar apouco, que para cada pessoa que saísse, teria de por outra no lugar,realmente, não fui sincero, nenhum dos que saíram temsubstituição, se todos saíssem, o projeto ficaria vazio, se desfaria,pois não o montei para que eu desse um jeito no sistema, mas vique poucos olharam para ele como eu queria que olhassem.

 — Nos acha as pessoas certas para o que quer fazer? – Felipeque estava pensando no começo da frase do menino.

 —  Sim, vocês fizeram o sistema que está ali, poucos seprenderam a pensar nisto, mas apenas uni ideias geniais em umsistema, mas isto transforma o sistema em algo único, e se cada umdaqui sair, e levar consigo a genialidade que tem, podem vir a sedar bem, mas  – Pedro olha para Ricardo  – não quer dizer que eudesista, provavelmente vou voltar a planilha de criação, vou pensarem outras estruturas, ela não é mais o anel que Peterson fez, ele éum DNA, com ligações precisas, mas um DNA de uma Ameba,

fechado, mais exatamente, 5 DNA cercando o núcleo, onde esta nãoa informação, mas um atalho de saída do sistema.

Marcelo olha o esquema que Pedro põem ao telão e todoschegam mais perto, Maria olha aquilo, um sistema de informação naforma de uma bola com cada anel de informação tendo o contatocom os demais apenas em seu ponto superior e seu inferior, que seligavam ao centro, e mostrava os dois pontos de saída e entrada,todo o sistema se comunicava com o centro, que era o caminho de

saída e entrada do sistema.Pedro olha para o grupo e fala;

 — Agora tenho de ir, espero que fiquem, espero sinceramenteque dê certo, mas agora sabem que não escolhi qualquer um,apenas os que acho especial.

Pedro sai e Maria olha para o menino e olha para Charlystonsair ao lado;

 — Ele não falou o que Charlyston fez no sistema? – OlhandoRicardo.

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 — Ele pelo jeito é mais esperto que todos nós juntos Maria, euo analisava pelo tamanho, mas olha o esquema de estruturaçãodeste sistema, ele estruturou de uma forma complexa.

Marcelo olha para Ricardo e pergunta; — Pensei que pularia fora. —  Acho que todos os demais, um dia vamos encontrar

Marcelo, mas se nós conseguirmos desenvolver o que o meninopropôs, dentro desta estrutura, é mais que um PHD em algo, jáhavia visto um sistema de informação com esta estrutura.

 — O sistema tem uma distribuição extra, isto dá a velocidadedo sistema, não entendia o funcionamento dinâmico do programa,mas é que ele busca a informação mais próxima possível.

Peterson olha para Marcelo e sorri; — Sabe que ontem estava quase pulando fora. — O que o fez mudar de ideia? — A moça as costas do General, ninguém sabe o nome dela

real, todos chamam de Sabrina, mas se ela esta a fim de desvendaro que pelo jeito, o menino criou pensando em nossas programações,sinal que ela viu potencial.

 — Ela trabalha para quem? – Maria. —  Segurança Americana, tem pelo menos 3 vezes por ano

seus projetos de estruturação de jogos e interações, comprados poruma grande dos Games.

 — E por que do sorriso? – Maria. — Por que o meu sistema fechado era bom mas não permitia

a interação, por isto mesmo parecendo ele, não acreditava ser, masele juntou 5 elos de programação, usando o sistema de união do

programa de Iure, para entradas e saídas, os corredores que dão aocentro são de controle, e que permitem a interação com outros, eexplica a sensação que temos de que aqui não é o servidor.

Ricardo olha para o rapaz, ele reparara em algo; —  Posso estar enganado, mas o sistema é fechado, e cada

ponto guarda um pouco da informação, e assim como 3 dos 5 halosmantem a informação, 3 de cada 5 mantem o total da informação,mas como ela está sempre saindo, nos dá a impressão de não seraqui, na verdade, se for o que pensei, ele está montando um

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sistema de informação que pode suprir uma programação muitopesada, e como ele falou, vai recolher informação.  – Peterson olhapara Maria e fala  –  Charlyston tem uma formação aparentementefraca, mas os projetos de rede integradas a alta velocidade e os

programas de controle e saída dos programas, é o que o sistemanosso usa para não dar a sensação de que não está pegando nada.

 — Acha que ele escolheu cada um de nós? – Maria. — Isto foi o que ficou mais evidente.

Pedro sobe para o laboratório, entrando muito calmamente, eolha para David, que olhava para Josef.

David olha o menino e Josef o olha; — Tudo bem? – Pedro. — Estamos olhando um símbolo, e o senhor não sabe o que

significa?Pedro olha para os dois e pergunta;

 — Qual?Josef olha para o rapaz que chegara naquele dia, Camilo, um

Camilo saia, outro chegava;

 — Deve ser Camilo Silva? – Pedro olhando o rapaz; — Sim, sabe que este símbolo vimos também em Gramado a

algum tempo. —  O que difere alguns no planeta, está historia é das mais

assustadoras para mim, mas o que tem haver o símbolo com otexto. – Pedro.

 — Sabe o significado? – David.

Pedro não respondeu David, olhou para Camilo e pergunta; — O que Francisco acha que significa este sinal. — Sabe que ele se retirou um pouco. — Não, mas tudo que ouvi, são historias parciais da verdade,

mas todas historias com muitas mortes. — Ele dizia ser o símbolo dos anjos, mas sabe que ele define

anjos diferente da maioria.Pedro olha para o tradutor e fala;

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 — Melhor ir devagar, para que todos aqui entendam o quão écomplexo a minha teoria que acho que em parte ajuda a desvendaro que temos aqui.

O tradutor olha para o menino e explica o que ele falou; — O que sabe a mais menino?Pedro acessa o sistema pelo computador do laboratório, cada

um tinha o seu e põem uma imagem ao fundo e fala. —  Senhor, o problema, é o tamanho do universo, não de

nossa ciência, quando os antigos escreveram sobre os anjos, elesnão tinham noção nem que a terra era redonda, eles não sabiamque girávamos em volta do sol, então o Deus deles, tinha de os falarcomo eles entendiam, mas isto não muda alguns fatos.

Pedro olhava para David; —  Dizem que este sinal é referente a algo que para mim é

literatura barata. — Literatura barata? – Camilo. —  Sabe do que falo, Joaquim Jose Moreira escreveu sobre

isto, um livro chamado Fanes, este é o símbolo deles, por que disto,dizem os especialistas em genética, que nosso alelo 21 é

tridimensionalmente, de uma forma, o dos Fanes, teria esta forma,mas não entendo de alelo 21. — E por que surgiriam estes símbolos ao chão em Gramado? —  Alguns dizem que a menina nasceu, mas se isto for

verdade, nossa historia estaria no fim, não gosto desta ideia, prefiropensar que é ficção.

 — Mas o que tem haver com os textos. —  Temos neles, nos relatos, 3 tipos de seres tidos como

superiores, os verdadeiros anjos, que para mim são falsos anjos,discordo da visão de Francisco, ele considera o que eu considero umcontrolador como Deus, este símbolo, que apareceu nos relatos doMar Morto, aparecem nas paredes da pirâmide Vermelha, a que estáse deteriorando, material ruim, aparece nos templos de Buda, mas oque elas tem de diferente é que me fez pensar, ela aparece narepresentação como se fosse oculta.

O tradutor termina de falar e Josef pergunta;

 — Oculta? – Pedro não esperou o tradutor e respondeu.

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 —  Sim, se o transformar em retas, me somara 8 ângulossenhor Josef.

O senhor olha o símbolo e vê o menino desenhar enquanto otradutor falava.

 — Acha que não é o que dizem as historias, ela é um símbolo,não uma espécie? – Camilo.

 — A espécie escolhida pelo protetor, não por Deus, mas comoele havia os falado, os determinado um paraíso, na região onde hojeé o golfo Persico, e onde hoje é o Mar Morto, dois grupos que aciência dizem não ser humanos. – Pedro olhando para Josef.

 — Dois Grupos?

 —  Um vivia nas planícies geladas e produtivas de um lagodoce, que virou mar a 8 mil anos, planície que era muito maisprodutiva que o delta do Nilo, que na época ainda desaguava suasaguas entre Alexandria de um lado e a Ilha Chipre do outro, umMediterrâneo muito menos fundo, mas não mais produtiva do que ovale formado pelo rio Tigre e Eufrates, que corriam por uma regiãohoje tomada pelo mar e conhecida como Golfo Persico. Mas estesdois Povos, eram tidos como filhos de Deus, e Josef, elesgeneticamente, nada tem haver com a nossa genética, embora oCruel Criador, nos fez a sua imagem e semelhança, não asemelhança de Deus.

 — Absurdo. – Josef. —  Josef, o que diz o texto, sei que é absurdo, mas lendo o

pouco que entendi, este povo que se dizia filhos de Deus, podiamviver com saúde mais de 10 mil anos, sabemos que nossa genéticanão chega perto disto, mas os relatos dos primeiros tidos como suaorigem, narra viverem isto, Noé vem do atual mar Negro, antigolago formado pelo Danúbio, Volga e Dnep.

 — Sabe que para mim é lenda isto. — Senhor, lenda é uma inundação mundial a 12 mil anos, mas

ela aconteceu em muitas regiões, mas nunca foi mundial, tivemosum aquecimento que se fosse hoje, seria tido como aquecimentoglobal, e se por um lado, inundou partes produtivas nomediterrâneo, diminuindo o delta original do Nilo, depois inundou ecriou o Mar Negro, se inundou parte do Mar Vermelho e do GolfoPersico, não foi uma inundação mundial, e quem prova isto, é o Mar

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Morto, que está desde muito antes disto perdendo agua, muitoantes disto virando o mar mais salgado do mundo.

 — Concordo, já falamos disto, mas acha que eram um povo aparte, mas seriam o que, alienígenas?

 —  Alguns afirmam que nós somos os alienígenas, e eles ohabitantes naturais desta terra, mas não acredito que possa provarnenhuma das alternativas.

 — Por que acha que eles existiram! –Josef. — Por que o governo de Israel ainda hoje mantem um grupo

de extermínio destes seres, então eles não existiram, eles aindaexistem Josef.

 —  Esta dizendo que estes que se fala, ainda temrepresentantes vivos? – Josef – Mas ninguém vive 1000 anos. Sabedisto.

 — Senhor, eu não sei, tem gente que jura que eles existem, eque eles somente nestas terras viviam este tempo, nos demaismundos, eram mortais como nós, mas para mim continua sendolenda, mas uma lenda que sempre tive curiosidade, e dai o textotraz o símbolo que os representa, e afirma que eles devem

comunicar o que Deus anuncia, mas se recusam, e sobre eles, ocriador jogou muita agua. —  O que quer saber deste texto, parece o ter lido, parece

saber o que nos faz pesquisar. —  Senhor, sou um menino de 14 anos, posso ter entendido

tudo errado, mas algumas coisas não entendi, o texto afirma, mecorrija se estiver errado, os Anjos conviviam com os moradores detrês grandes vales férteis, o vale de onde hoje é o mar Vermelho, o

vale de onde hoje é o Golfo Persico, e a grande planície da região doLago Negro. —  Estranhei esta parte também, afirma que eles convivam

com estes que a pronuncia seriam os Fanes, o povo de Deus. —  Dai fala que Deus jogou sobre eles a fúria e a

incompreensão e todos os demais povos, entre eles, 4 humanoides,os imortais, e muitos outros, se voltaram contra os filhos de Deus, jáque eles não mais lhe adoravam.

 — Sim, mas não existem imortais.

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 — Senhor, não é esta a parte que me interessa, me interessasaber o que fez os Anjos de Deus, apoiarem estes povos contra opróprio Deus, como diz o texto, Beliel diante da ordem de Deus, dedestruir todos os Fanes, que havia lhe provado através de Jó serem

um povo de respeito, se posicionou com mais de 300 anjos que lheseguiram, e desta guerra, entre humanoides, e seres que para mimsão mitologia grega, surgiu o dividir de mundos, mesmo os humanose Fanes, foram separados em dois mundos paralelos, onde dizemque os humanoides progridem muito semelhante, e que Deus láainda fala com os escolhidos.

 — E por que o interesse neste conto, não entendo o porque? —  Senhor, eu não posso provar o que vou falar, mas eu fui

tocado por um anjo, num hospital deste país, havia levado dois tiros,tinha passado 12 horas na cirurgia, onde teria perdido parte dobaço, parte do fígado, e eles estancaram a hemorragia no pulmão.

 — A quanto tempo sofreu isto. —  2 Semanas senhor, em 3 dias estava de pé, com a

cicatrização perfeita. — E quer sabe as consequências disto, se vira a perder algo,

pois pela visão dos textos antigos, toda vez que Deus deu algo a umgrande ser, ele exigiu contrapartida.

 — Não sou um grande ser, mas pelo que diz o relato, já queisto é um relato, quando Deus excluiu os Anjos da cidade de Prata,eles se abrigaram nos mundos como seres normais, se passando poroutros, por existências. E ai vem o ponto do texto, o sentido de todoeste escrito, ele diz, Deus mandará um ser criando, para anunciar operdão dos humanos, fanes e seres alados, toda a criação veráneste ser um filho de Deus, mas como ser criado, nasce e morre,como símbolo, do perdão de Deus sobre todos os seres por elecriado, em duas das existências paralelas, onde humanos, anjos,fanes e imortais convivem.

 —  Gosto deste seu raciocínio, ele não anuncia um filho, elediz, um ser criado, mas sabe bem que todos os seres criadosdiretamente por Deus, são seus filhos.

 — Senhor, a pergunta que tenho, é se é isto que está ali oueu entendi errado?

 — Se for autentico, duvido, é o que diz ali.

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 —  E a frase seguinte, que põem Beliel como uma criançatermina o texto? – Pergunta Pedro.

 —  Sim, um texto incrível, mas que não tem autenticidade,sabe disto.

 — Acho triste o que vejo hoje em dia Josef, homens não defé, mas de dogmas, homens que não defendem um caminho, masuma continuidade, triste por que todos vocês, nos dogmas,perderam Deus, e se recusam a voltar a ele por um dogma, pois eledeve ter falado muito nos últimos 2 mil anos, e ninguém o querouvir, pois os seus dogmas em leis escritas, os afastam de Deus.

 — Acha que fala com quem menino? —  Desculpa, esqueço que a verdade é um ponto que vocês

não admitem, e reagem violentamente, mas senhor, se foi isto quefoi anunciado a 2 mil anos, qual seria a função atual dos antigos

 Anjos, agora restituídos, agora mais apegados aos seres, pois vocêpode não acreditar no documento, compreendo, mas eu, quero sabese estou ao lado de Deus, ou contra ele, independente de vocêsentenderem isto ou não.

 — Se acha um milagre, tem uma estrutura que pode ser tidacomo revolucionaria, pois jovens não tem tamanha estrutura, masnão acredito que Deus escolhesse um ser cristão para passar amensagem dele.

 — Josef, eu tenho uma pergunta a responder, mas pelo jeitonão encontrarei nestes documentos.

 — Uma pergunta? — Como eu, Pedro Rosa, um Fanes, posso voltar a viver 1000

anos, e não 100.

Pedro olha para o senhor, e sai, o senhor fica olhando omenino ir ao longe e olha para o tradutor; — Ele afirmou ser um Fanes, como, o que é este menino?David olha para o menino e fala;

 — Alguém que Beliel em existência interferiu para sobreviver,alguém numa missão muito maior.

 —  Acha que os Anjos vão querer reerguer estes que foramquase aniquilados pelos demais.

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 —  Não entendi, mas ele sabe de coisas que não consigoacompanhar o raciocínio, esta empresa é de Software, ele estábuscando algo senhor.

 — Uma pena não termos os originais disto. —  Sorte nossa não termos morrido com os originais senhor,

sabe bem o que eles fariam para ter algo assim.

Pedro abraça Rita e olha para Joseane parar a sua frente efalar gritando;

 — Acha que vai fugir? —  Joseane, volta para casa, agora vamos voltar a Nazareno,

não é coisa para você! — Mas vão para lá por que? — Os planos meus passam por um monte de reuniões chatas,

uma porção de coisas que preciso levantar. — Por que parece que os demais não o entendem. – Rita. —  A ultima parte que eles puseram em inglês agora a pouco

dos textos que tivemos acesso por Nazareno, diz que tudo que achoque é lenda deste mundo, não aconteceu e não vai acontecer neste

mundo. – Pedro. — Não entendi. — Leu Fanes de Joaquim Moreira? — Sim. — Diz que numa existência paralela, ela está acontecendo. — Maluquice! – Rita sorri. – Aquele papo de Fanes? — Sim, o texto diz que Yoshua viria ao mundo para falar do

perdão dos pecados por Deus de Fanes, Imortais, Humanoides e Anjos. — O texto é anterior a Cristo? — Rita, a Anunciação de Metraton é o anunciar da vinda de

Jesus, mas como ela não interessava nem a Cristãos, que sebasearam no medo para deixar as pessoas no caminho, e nem aosJudeus, por não concordarem que ele era um enviado de Deus.

 — Por isto do problema, um documento que mudaria a forma

de se ver a religião.

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 — A Anunciação é apenas o trecho inicial dos Atos de um ReiJudeu, que se recusou a passar a mensagem do Anjo e foipenalizado com lepra por Deus.

 — E lá fala que existe um mundo paralelo ao nosso? — Um mundo paralelo onde Moreira é Presidente do Brasil,

onde existe uma menina chamada Liliane Canvas, e um meninochamado Peter Carson. Peter é falecido nesta nossa realidade,morto no terceiro dia de vida, seu avô tentou reerguer o queentendeu nesta realidade, mas nada aconteceu.

 — Um mundo mais agitado. —  Sim, um mundo onde um menino que não vou conhecer

ainda, vai enfrentar muitos problemas. — E o que o senhor achou disto? —  Estou provocando, e talvez, tenha de me afastar de você

um pouquinho, mas isto não quer dizer que vamos ficar longe um dooutro.

 — Perigo? — Digamos que algo esta errado, e não sei o que é, não sou

um Fanes, mas me encaixaria na descrição.

Rita olha para ele e fala; — Dai seriamos todos Fanes? —  Uma coisa existe nas duas existências paralelas Rita,

caçadores de Fanes, um departamento oculto do exercito de Israel,então temos de tomar cuidado, eles podem pensar bem o que vocêpensou.

 — Certo, e vamos quando?Pedro olha o relógio e olha em volta;

 — Estamos ficando encima da hora!Charlyston chega a eles, e fala;

 —  Camila e Roger já devem estar no aeroporto, não sei abagunça que está acontecendo, mas vamos.

Joseane chega a eles e fala; — Nem adianta reclamar, eu vou!Pedro a encara e fala;

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 —  Então se comporta um pouco!  –  Pedro olha para amensagem de sua irmã afirmando que ela, Camila e Roger jáestavam chegando com Carolina no aeroporto.

Subiram, pegando o helicóptero para o Galeão, e de lá ummonomotor para Minas Gerais, mais especificamente o aeroporto deSão João Del Rei.

Pedro olha para a mochila, confirma se está tudo lá, e olhapara Charlyston.

 — Como ficou o lugar? — Muito diferente!Pedro olha para Roberto que ia no mesmo avião e pergunta;

 — E as coisas, chegaram lá? —  Sim, devem estar entregando as coisas com suas devidasnumerações e descrições.

Charlyston não entendeu; —  Charlyston, muito pouco estava ainda em Curitiba, então

estamos mandando novamente para o local, algumas peças edocumentos, mapas e projetos, tecidos pintados e espelhos, moveisque adquiri em alguns lugares de BH e Rio de Janeiro, mas as placas

descritivas devem ficar prontas na quinta, mas dai já estará tudo nolugar.

 — Não entendi a ideia do sitio ainda menino. —  Digamos que o regime do meu pai é fazer dinheiro com

tudo, a minha estrutura, vai fazer algo diferente, mas ainda não seicomo fazer.

 — Diferente? —  Charlyston, eu quero que no fim do seu mês, você não

tenha que se preocupar se o seu dinheiro esteja na conta, pois terácomida, casa, função, diversão, e se ele estiver lá não lhe fazersentido, não o que as pessoas pensam.

 — Obrigado, mas por que disto? — Charlyston, eu vou fazer 100 locais no Brasil assim, obvio,

toda a região vai crescer junto, e apoiada, mas se tiver mais de 20mil pessoas que não precisem disto, já estarei fazendo o meu poucopara o futuro.

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 — Vai criar uma comunidade onde você fornecerá tudo, maspor que? – Roberto.

 —  Quero gente pensando, não se preocupando com otrabalho Roberto.

 — Um Idealista? —  Utópico mesmo, sei que não consigo, mas vou tentar

Roberto. — Por isto do castelo? — Vou propor uma coisa ao prefeito, mas não quer dizer que

ele tope. — Certo, vai querer abraçar a cidade.

 — As pessoas, mas deve imaginar por que de Charlyston.  – Fala Pedro olhando para Roberto. —  Você é uma criança, e ainda não tem sua casa em

Nazareno. — Isto.O avião foi calmamente para São Joao Del Rei e diante de

tantas ideias e pensamentos, chegam em duas vans em Nazareno.Pedro olha para Rita e fala;

 — Quer ver seu menino encarando o mundo? —  Você me orgulha, sei que são reuniões chatas, mas você

encara como encara meu pai.Carolina olha para os dois e fala;

 — E depois vamos fazer o que? — Ainda não sei, quer dizer, sei, mas não é para ficar falando

por ai.

Rita sorriu, o carro parou em frente a casa na rua Pio IX ePedro e Rita, com Roberto ao volante foram a Prefeitura, o prefeito já conhecia o menino, mas o governador estranhou o menino.

 — Pedro Rosa, qual o assunto que veio tratar.Pedro olhou para Roberto e para o prefeito e fala;

 —  Gostaria de mostrar uma coisa senhor, na fazenda, nãoaqui, pois estarei legalizando a exploração amanha através de meusrepresentantes, e gostaria de trocar uma ideia.

O governador olhou a firmeza do menino e falou;

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 — O que achou lá. — A melhor coisa é mostrar mesmo.Pegaram o carro e foram ao terreno que Pedro comprara ao

norte da cidade, rente ao rio das Mortes, param em duas grandescercas, viu as pessoas plantando frutíferas, ao fundo no pasto comgado, caprinos e alguns tipos de aves em barracões, que estavamcomeçando a receber as aves.

Roberto olhou a estrutura e falou; — Pelo jeito esta gastando alto.Roberto viu os caminhões passarem a frente e o que era um

declive, estava sendo coberto de pedras e prensadas por uma

imensa maquina que ajeitava as cargas que os veículos deixavamali. As obras iniciais estavam a toda, quando param entre um

caminhão e o carro do prefeito e do governador, com doisseguranças param atrás.

Pedro olhou os 6 imensos laboratórios que chegaram aquelamanha, dois deles ainda estavam instalando, a frente, o buraco, sevia as laterais com os caminhões descendo de ré e subindo lotados

de pedras, estas passavam por aquele corredor, o barulho imenso.O prefeito e o governador param ao lado do buraco, com maisde 50 metros, se via uma espécie de maquina, que deveria ter uns20 metros de raio, que girava e as pedras pareciam vir a beira docaminho onde outras pequenas maquinas quebravam a rocha emdescida, onde os caminhões iriam mais a frente ficar, para receberas pedras.

Pedro entra em um laboratório e faz sinal para o prefeito e o

governador, que estranhou Roberto barrar o segurança dogovernador, que estranhou, olhou para dentro e viu que a conversaseria entre o menino, o governador e o prefeito.

Pedro senta-se e vai com sua mochila a parte do fundo, fazque abre uma gaveta, e tira de lá o saquinho que tirou da própriamochila.

Olha para o governador e para o prefeito e fala; — Senhores, o que vou falar, não é para sair pelas portas, por

mais inevitavelmente que seja. — O que lhe preocupa? – Prefeito.

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 —  Prefeito, o buraco é grande, os investimentos são altos,mas a partir deste ponto a maquina vai começar a ir mais lenta, elarecolhe um centro de rochas e dispensa uma imensa quantidade depedras, que pretendo transformar em calçamento, em estrutura

básica. — Por que de um buraco destes menino? – Governador.O menino abre um pano negro sobre a mesa e coloca

pequenos diamantes, mais de 100 pequenos diamantes no tecido,olha para os dois que abrem os olhos, enquanto o menino osobservava.

 — Senhor, isto que vou tirar destas terras, deve gerar mais de50 milhões em impostos locais, e mais de 72 a nível estadual e outraquantidade a nível federal.

O Prefeito sorriu e falou; — Pensei que não iria legalizar. — Senhor, espero conseguir investir na cidade que me permite

fazer isto, mas para isto, depois falamos dos meus projetos para aregião.

O governador pega um dos diamantes e fala;

 — Sabe que falar de diamantes não é o mesmo que os ver. — Senhor, na cidade vou criar um escritório de lapidação de

Diamantes, outra vai ser no Rio de Janeiro. — Vai tirar e lapidar na cidade? – Prefeito. — Sim, gerando impostos, empregos, e estrutura, já que sabe

que me proporei a coletar todo o lixo orgânico da cidade, e das duasvizinhas.

 — E acha que este buraco vai até quanto? – Prefeito.

 —  Ele vai amplo e visível até 75 metros, as estruturasmetálicas que vão cobrir os 3 buracos estão em fabricação, depoisde cobertos, muito do que os demais falam, será apenas um acho,mas espero tirar em diamantes desta região o meu futuro prefeito.

 — Conseguiu as autorizações de extração. — A autorização foi fácil, difícil é quando a politica interfere no

que fazemos, por isto estamos conversando.

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 A conversa foi para dados técnicos, e Pedro reparou que ogovernador não devolveu o diamante, o colocou no bolso, sorriu, asvezes as pessoas são muito previsíveis.

Pedro sai pela porta e caminha até a casa maior e olha osenhor Danilo a porta;

 — Como está Danilo? — Vendo que você sabe fazer as coisas, a poucos dias disse

que abriria buracos, agora já os vejo em três lugares. — Podemos entrar Danilo?Danilo fez sinal para ele entrar, o prefeito e o governador

conversavam ao longe e ouviu;

 — Não ligue a bagunça que vai ser os próximos dias Danilo,mas provavelmente teremos problemas, gente querendo fazerreportagem, gente querendo fechar os buracos,

 — Veio agitar? — O problema é que farei legalizado, e isto quer dizer, vai ter

dinheiro e curiosidade em todo lado. — Achou o que queria? — Sim, achei.

 — O geólogo pediu para falar com você, não sei o que quer,mas ele falou que se o visse ele precisava falar.

 — Ele está na terceira casa? — Sim, ele e duas meninas, parece que a esposa não gostou

da ideia dele e se mandou. — Sei o que é isto, mas dou uma passada lá, mas e as demais

coisas?

 —  Você está fazendo uma fabrica de produtos aqui, tem detudo, de frigorifico, a seletor de ovos, fabrica de doce, não sei nemtodas as ideias.

 —  Danilo, gostaria que você fizesse uma lista de tudo quevocê acha essencial para viver aqui, de comida, a utensíliosdomésticos a diversão e educação.

 — Esta preocupado que nos falte algo? — Estou começando uma ideia, mas ela se baseia em o que

me propus pagar de salario, não lhe fazer nenhuma falta. — Não entendi.

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 —  Calma, chegamos lá, mas tenta fazer algo completo,pergunta as suas filhas, a esposa, é bom saber tudo.

 — Certo, mas pelo jeito vai ter barulho. — Se tem um lugar barulhento é este. —  Isto é verdade, mas os engenheiros disseram que é

somente por mais 30 dias. — Ótimo, sinal que a estrutura está adiantada. – Pedro. — Vai ficar? — Não, tenho de estar em Curitiba amanha cedo. — Sabe que muitos estão estranhando o dispor das pedras. —  Sei, mas vamos com calma, ainda estamos na parte de

espalhar, daqui a pouco, semana que vem, deve estar pronta aparte de seleção e quebra automática das pedras, dai teremospedras de calçamento, e pedras para vários usos.

 —  Gosto do seu jeito menino, vê em tudo uso, não ficaapenas destruindo.

 —  O custo é quase o mesmo Danilo, e vamos melhorar aregião.

Pedro se despede e sai pela porta, o Governador olha para elee fala;

 — Não vejo problemas com o governo, ainda mais se estarálegalizando, acha que vamos ter problemas com ambientalistas?

 —  Quase certeza, sabe que ambientalista adora nos parar,mas vou continuar senhor.

 — E se eles conseguirem uma liminar. — Senhor, se eles conseguirem uma liminar, provavelmente a

liminar estabelecera uma multa por dia que for desobedecido, osenhor não colocando a policia do estado nisto, será apenas a multa. — E pagaria? — Senhor, estou falando em tirar dali milhões, o que é pagar

750 mil de multa ano, se estarei pagando impostos a nível demilhões.

 — Verdade, vejo que já pensou nas possibilidades. — Sim, mas é por isto que vamos estabelecer o criar de um

deles depois dos 80 metros como um buraco de lixão, pois isto nosfará ter apoio de parte dos ambientalistas.

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 — Esta pelo jeito querendo os trazer a discussão. —  Sim, vou os trazer a discussão e a luz. Mas nos falamos

mais na cidade daqui a pouco Prefeito.Pedro se despede deles e bate na casa que estava o geólogo,

viu duas meninas a porta, elas eram mais velhas que ele, sorriu; — Entre menino. As meninas o mediram, quem era aquele menino, não o havia

visto ainda. — Problemas Bruno? — Não sei como falar, mas temos um problema. — Desembucha, o que o preocupou.

 — Dizem que você estudou os buracos, então o que vou falarnão é novidade, mas não entendo o descaso dos engenheiros aoque estão tirando de lá.

 — Falou para eles? — Pensei que você havia falado.Pedro não sabia do que o senhor estava falando, mas não

gostava de ter de perguntar; — Bruno, tudo que falo, ninguém leva a serio. O que a pratica

está mostrando, já que teoria é uma coisa, pratica é outra.Bruno passa um relato e lá vem a palavra magica, Kimberlito,

Pedro sorri e fala; — Qual a quantidade no solo Bruno, de Kimberlito, acertamos

o veio? — Em cheio, dois veios confirmados, o terceiro buraco pegou

somente terra, esta chegando a 90 metros enquanto nós estamos a

50.  — E os engenheiros estão jogando isto onde Bruno. —  Eles disseram que o buraco era o importante, no começo

duvidei, mas quando o engenheiro a 2 dias, mandou começar adiminuir a velocidade, vi que eles obedeciam a uma ordem sua, e vique as pedras estavam muito mais numerosas.

 — Conseguiu separar? — Depois de muito discutir com o engenheiro.

 —  Eles parecem querer chegar a China rápido Bruno, tenhacalma com eles.

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 — Eles estão separando o que pedi, mas não sei o que fazer. —  Estou mandando para semana que vem, um sistema de

separação, trituração, e definição de pedras, na cidade de Nazareno,vamos criar uma empresa de lapidação de diamantes, mas não sei aqualidade do que achou.

 — Sabia que você não iria jogar isto fora, estava estranhando.Pedro sorri, ele estava mesmo querendo jogar tudo fora, mas

ele não sabia da existência de Diamantes ali, ele estava apenasfazendo 3 buracos, ele começava a achar que a sua sina estava naspedras brilhosas.

Bruno pegou o estudo que estava fazendo e alcança paraPedro, que pega seu computador e acessa o sistema e fala para ogeólogo;

 — Um momento, tem coisa que se precisava vir pessoalmentepara fazer, sabe os pontos que lhe mais chamaram atenção.

O rapaz passa os dois pontos e Pedro joga no sistema e umsatélite, depois de 22 minutos, passa na região e a fotografa, Pedroolha os dados e fala;

 — Me ajuda aqui Bruno!  – O rapaz chega e vê os dados da

analise por ultrassom e olha para o menino. —  Sabe que são raras pessoas que tem a tecnologia a suadisposição para algo assim menino.

 —  Sei, mas acha que a maquina consegue, aos 62 metrosinclinar o buraco?

O Geólogo olha a formação e sorri; — Entendi a pressa, mas podemos ir mais lentamente. —  Bruno, consegui a concessão, podemos realmente ir mais

lentamente, não sabia que tinha algo tão a flor da terra aqui. —  Sabe que quando me falaram em Diamante, pensei que

estavam brincando, mas olhando agora estas imagens, podemosestar diante de um dos maiores buracos de diamantes do Brasil.

 — Não precisamos ter o maior, mas sim, ter algo ali. — Verdade. —  Tirou algo ou apenas ficou olhando eles amontoarem?  – 

Pedro perguntando sobre os diamantes.

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 —  Tenho algumas amostras, mas não sei qual a qualidade,sinceramente, falar de diamantes não é ter um a mão.

O rapaz pega algumas amostras e Pedro fotografa e passauma mensagem para Patrícia;

 ―Adivinha onde acharam isto?‖  Patrícia olha a pergunta e vira-se para Gerson e pergunta;

 — Onde seu filho foi hoje? — Por que?Patrícia recebe as fotos e depois o estudo via satélite e sorri, o

menino tinha talvez não o toque de Midas, e sim, o toque de Pedro,o que ele tocava, estava virando diamante.

 —  Nazareno, ele queria fazer uma barulho lá para nãoolharem para Criciúma. — Olha estes dados Gerson.Gerson olha e fala;

 — Mas não era para ser uma encenação. — Ele vai conseguir pagar toda a operação em Nazareno com

o que sair de Nazareno.Bruno olha para Pedro e pergunta;

 — Estava mesmo pensando em os lapidar na cidade? —  Sim, terei três minas de Diamantes, mas pelo jeito, eu

mesmo tinha subestimado esta.Pedro sorri e fala esticando um papel para o rapaz;

 — Que números são estes? —  Tem um cofre com esta combinação no laboratório 3, é

bem para este tipo de achado.

 — Fala com os engenheiros? — Bruno, se tem duvida, me liga, eu ligo para eles, mas não

pode ser pelas manhas, mas vamos com calma, já que vamos ter delapidar e selecionar mais do que pensei.

 — Sabe que nunca vi tanta riqueza assim. — Bruno, a minha ideia, é todos ficarmos bem na vida, mas

vou pedir uma coisa para você, para fazer uma relação de tudo oque precisa para viver bem aqui, da pasta de dente a comida, doestudo a diversão.

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 — Por que quer saber? — Quem rege as suas necessidades, é a empresa que estamos

fazendo, quero que veja seu dinheiro crescer e não ficar empacadoem gastos em Nazareno.  –  Pedro pegando uma amostra  –  Voufazer a analise de qualidade, pensei que não teríamos ainda asamostras.

O rapaz sorriu e Pedro se despediu, estava acelerando,caminha no sentido de Roberto.

 As meninas de Bruno entram e perguntam; — Quem é o menino? — O dono.

 — Quer dizer o filho do dono. – Carla, a mais nova das duas,com 15. — Não, o dono mesmo, ele que rege tudo que estão vendo a

volta, e acaba de me abrir o estudo e os projetos dos buracos,pensei que ele nem sabia e ele já estava pensando nisto, deveria terimaginado quando os laboratórios chegaram hoje e foram sendoinstalados.

 — Do que está falando pai?

 — Filha, vamos explorar diamante naquele buraco, nem sei sea maquina que o menino escolheu é a mais apropriada, masentendo o motivo, ele queria chegar a 60 metros rapidamente.

 — Diamantes, tem certeza? — Sim filha.Pedro olha para Roberto e fala;

 — Reforça a segurança Roberto.

 — O que aconteceu. — Não era para achar nada naquele buraco, mas parece quese resolvesse fazer um buraco em Brasília, daria bem sobre umaminas de alguma coisa.

 — Pedro e sua sorte, mas o que vai fazer? — Manter os planos, agora eles vão ver nós tirando daqui, vou

legalizar parte da extração em Criciúma, e seja o que Deus quiserquando for olhar o buraco em Juscelino.

 — Lá você sabe que tem alguma coisa. — Sei? – Pedro sorrindo.

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 —  Verdade, você fez tantos buracos, que o pouco não lheinteressa.

 —  Interessa sim, vamos ao centro, bom ver que teremosentradas boas nestas terras.

 — O que pretende com isto Pedro. — Não sei ainda, mas quem sabe construir da minha forma,

ou ajudar a reconstruir, 100 cidades deste país. — Sabe que Moreira está do outro lado. — Não sou eu o problema dele, eu não vou para o mercado

que ele atua, não no Brasil pelo menos, mas sabemos que temgente que vai começar a se preocupar comigo Roberto, e não vou

deixar barato. — Espero que pense antes da operação. —  As vezes não temos tempo, e quando vemos já fizemos

burrada, não tem jeito, ou vivemos ou deixamos viver.Roberto assumiu o volante e voltam ao centro da cidade,

parando na porta do futuro museu. — O que já chegou Roberto? —  Somente não voltou o ouro e alguns livros, até parte das

 joias voltaram, tem coisa bem interessante nesta empreitada.Pedro entra pela porta, vê os dois detectores de metal e dois

seguranças logo após, eles apenas olham as entradas, e como nãoestava aberto ainda, pedem as identificações, Pedro gostou daprontidão, do padrão, eles não foram desagradáveis, mas cumpriramo que precisava ser feito.

Pedro chega a sala da administração, e olha para Ricardo epergunta;

 — Acha que vai dar certo?Ricardo olha para a porta e vê o menino, sorri e fala;

 — Acho que sim, estamos terminando de instalar o sistema decâmeras, de alarmes e de monitoramento.

 — Vi que estão adiantados, como está a parte interna? — Ontem vedamos todas as paredes com aquele material que

você indicou, se antes tínhamos paredes de tijolo, agora parece que

temos um local escavado na rocha.Pedro olha em volta e repara nos detalhes do local.

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 — Me mostra como estão as coisas? —  Sim, Charlyston está na parte baixa, falando com alguém

por vídeo conferencia, parece que alguém mais quer pular fora.Os dois começam a seguir Ricardo, tinha muita coisa ali, e

parecia que mesmo domingo, tudo estava em funcionamento, e nãoparecia que aquilo fosse um domingo, viu os recipientes de acrílico,e algumas salas já definidas.

 —  Sei que conhece o projeto, mas começamos pela sala deestar do senhor que deu nome ao museu.

 —  Acho que vou acabar fechando a sede em Copacabana eabrir uma sede em Los Angeles, os mesmos Brasileiros iriam para láe não perguntariam se era uma multinacional qualquer.

Roberto sorri e pergunta; — Problemas com os programadores? —  Acho que este é um dos problemas no Brasil Roberto, as

pessoas entregam um currículo, você pergunta na entrevista, quantoquer ganhar, a pessoa escreve 15 mil reais, e na primeira chanceque tem, olha para o lado, quando você já confirmou o salario, ecomeça a achar pouco o que a 30 dias era mais do que o sonho da

pessoa. —  Eles devem estar recebendo propostas de grandesempresas, deve entender.

 — Entender eu entendo, talvez o meu ver de mundo seja tãopequeno, que não preciso de tudo que tenho pra viver, isto mepermite fazer coisas assim, e achar coisas incríveis que dão dinheiro.

 — Acha que se tivesse no desespero não encontraria. —  Roberto, eu abri um buraco que deveria não ter nada,

quando terminar o estudo, ele vai dar mais que o primeiro buracoem Criciúma que era um sonho.

 — Sabe por que disto? — Sei, os estudos indicam que poderia acontecer, mas quem é

maluco suficiente para comprar uma perfuratriz de 22 milhões dedólares e colocar lá para fazer um buraco, com todo o maquinário,investimento de mais de 75 milhões, que não era para gerar isto.

 — E terá o maquinário no fim, para uma nova empreitada.

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 — Dizem que a manutenção destas maquinas é tão cara queraramente alguém reaproveita, mas veremos o que faremos apósterminado.

 — Alguma ideia? —  Sim, não joga nada fora, tudo o que achar que não tem

valor, acumula no terreno que compramos ao lado do barracão naentrada da cidade, um dia vira o nosso museu de tentativas.

 — Poucos teriam ideias malucas assim. — Roberto, estou estudando as regiões, quando chegar a ter

certeza, vamos investir em hotéis, bares, restaurantes, diversificaçãocultural, qualidade de trabalho, qualidade de vida, e quando oprojeto tiver nos seus 10 ou 30 anos, este lugar continuará sendoassim, Nazareno, uma cidade de habitantes felizes.

 — Teu pai tem medo de você sonhar alto e desabar de umavez.

 —  Melhor sonhar, tentar e desabar, podendo sonharnovamente do que nem sonhar Roberto.

Roberto vê Ricardo abrir uma passagem e fala; — Somente duas abertas, como pediu.

 — Sei que deve estranhar isto Ricardo. —  Estranhei, mas imagino os riscos de deixar algo aberto,

algo que desconhecemos.Ricardo olha para o corredor, agora com uma linha de

iluminação, as paredes ficaram com uma cor escurecida, por causado produto, e sobre este se pintou de preto todas as paredes, ochão após coberto com material emborrachado, foi pintado debranco, dando um contraste naquele caminho, chegam a primeira

sala e Pedro olha os buracos, tamparam eles com PVC, e com apintura, parecia um chão único.

Olhou o teto, e a estrela de David, com a luz vinda do chãonesta altura, negra, dava uma sensação bem estranha.

Pedro sentiu as presenças, Ricardo viu que não era só ele quesentia como se tivesse algo ali.

Nas paredes, descrição de onde estavam e a colocação de 5pedestais onde provavelmente poriam peças, e as câmeras desegurança, tiravam a sensação de algo tão oculto assim.

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Pedro entra na porta 9 e começa a caminhar, via-se asdivisões e viu que estavam ajeitando os locais onde cada um dosobjetos iria ficar.

 —  Esta ficando bom, agora sei que posso mostrar para oprefeito. – Pedro.

 — Acha que ele vai apoiar a ideia? — Ele nem entendeu a ideia Ricardo, como ele pode ir contra

algo que mesmo que ele falasse,  ―não sou a favor‖ , a lei local mefaria se instalar, e ele teria de declarar por que não é a favor.

Começam a voltar e Pedro olha no sentido de onde estaria aporta 11, olha para Ricardo e fala;

 — As vezes, mesmo não querendo, tenho medo. — E quem não tem? — Os que se acham acima da lei e de Deus. — Estes o próprio destino da jeito!Pedro olha para o Prefeito entrando olhando tudo e fala;

 —  Sabe que este lugar tem um acabamento incrível paraquando foi feito.

 —  Verdade prefeito, estamos terminando as obras, e assimque der, vamos fazer uma grande festa para inauguração do Museu.

 — Nunca entendi a sua ideia com isto menino. — Prefeito, todo crescimento, sem contar as origens e falar da

historia, é apenas um engano. — E vai ficar até quando? — Vou comer uma pizza e vou ter de voltar, mas Charlyston e

Ricardo me ligam se precisar de algo.

 — Sabe que eles nem imaginam que é uma criança que estafazendo isto. — Eles não tem ideia do quanto sou chato Prefeito.O prefeito sorriu, o dia estava acabando, o fim de semana

também, as aventuras em fins de semanas faziam o fim do Domingoser cansativo, Pedro senta-se a Pizzaria, abraça Rita, Carol se colocaao seu lado com Renata, a irmã e ficam ali, vendo o fim do dia,curtindo um samba de serra, um pizza e um refrigerante.

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Pedro deixou as meninas em casa próximo das 22 horasdaquele dia e se preparou para o dia seguinte, dia de muita correria,mas dias de aula eram mais calmos.

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J.J.Gremmelmaier

Crônicas de Gerson Travesso

18 

Explodiu

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Gerson estava olhando as anotações de Patrícia quando lhe vem uma pergunta a cabeça, olha para a esposa;

 — O que acontece se não tirarmos tudo de lá? —  Fica lá, mas podem pedir a desapropriação da terra epassar a concessão para outros.

 — Seria uma imensa sacanagem. – Gerson. — Gerson, você é novo nisto, posso ser 10 anos mais nova,

mas a nível de exploração de recursos naturais, sou muito maisexperiente.

 — Acha que eles podem fazer isto? —  Sim, mas talvez seu filho esteja pronto para isto, maspor que da duvida?

Gerson olha em volta e fala lentamente, como se nãotivesse a certeza de que deveria falar.

 —  As vezes tenho a sensação de que nada vai ser comoplanejei, como se algo fosse acontecer.

 — Tudo é possível, lembra, estamos no Brasil.Patrícia o chama para perto com um gesto de mão, vendo a

preguiça nos movimentos de Gerson. — Seu filho me passou 22 estudos que ele esta fazendo, o

que interessa, Manganês, Ferro, Ouro, Platina, Prata e Diamante. — Ele tem os estudos já? —  Como todos viram, ele estava analisando se valia

perfurar cada lugar, ele ainda tem mais de 300 estudos em

andamento, mas ele parece querer abraçar a ideia detransformar isto em riqueza. —  Por que ele parece receoso mesmo com todos estes

dados. —  Gerson, ele está pedindo todas as concessões em seu

nome, sabe disto, mesmo que todos falem, que está nas terrasdele, para a justiça ele não pode ter concessão ainda.

 — E o que acha que ele vai conseguir com tudo isto?

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 — Inimigos de norte a sul, acha que ele está receoso porque, ele sabe que inveja é muito mais perigoso que coragem,que os covardes são muito mais perigosos que os valentes.

 — Temo por ele Patrícia. — Ele pelo jeito esta a fim de entrar em uma guerra, não

entendi, mas vi que o nome dele, foi citado mais de 6 milhões devezes na internet somente hoje, domingo.

 — Como obteve estes dados? — As conversas estão circulando, mas seu amigo da ABIM

passou uma mensagem para ele, ele repassou perguntado se erareal aquilo, dai passei um e-mail para lá e confirmei a

informação. – Patrícia que começava a se inteirar dos problemase dos meios eletrônicos usados por Gerson e o filho.

Patrícia abriu um arquivo e Gerson viu os dados,comentado em 122 países, em mais de 20 dialetos, por mais de 6milhões de pessoas até as 6 horas da tarde daquele dia.

 — E acha que isto vai gerar problemas? —  Gerson, quando se tem dirigentes do exercito,

 Americano, Britânico, Russo e Israelense falando seu nome, nãoimagino que você fique calmo. —  Acho que tenho de voltar a me agitar, tentei acalmar

mas isto não esta ajudando meu filho. —  E tem de dar atenção a Renata também, ela as vezes

olha para você como se perguntasse o que faz naquela casa.Gerson olha os dados, sabia que seu filho estava chegando

em Curitiba, e logo iria para lá, escreve sua crônica, enquanto

olha os dados referente ao seu filho. 

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Gerson acorda cedo e olha para Patríciaque fala;

 — O que aconteceu? – Patrícia olhandopara o marido, ele as vezes parecia alguémdiferente, mas estava assustado, como setivesse sonhado novamente.

Gerson olha serio, não entendera osonho, mas parecia assustado.

Ele coloca as mãos sobre a cabeça, eolha para a moça.

 — Algo vai acontecer novamente, mas

desta vez seres próximos vão passar perigo. — Não entendi. —  Eu sonho com próximos, as vezes

não sonho, mas vi uma grande explosão, esei que meu filho estará no lugar, você estarálá, tem um monte de gente que não conheço,ou reconheço.

 — Mas onde acontece? — Não sei, sabe aqueles lugares que para você no sonhoparece conhecido, mas na vida não conhecemos.

 — Mas o que lhe assustou? —  Não sei, conhece alguém com o nome  –  Gerson tenta

lembrar o nome, parecia estranho a ele – de sobrenome Rhodes? — Cecil Rhodes? – Patrícia olhando serio para Gerson. — Sim, não conheço, quem é? — Quem domina o preço do Diamante no mundo, ele foi

comprando aos poucos concessões de Diamante na África do Sul,e hoje domina a maior mina de Diamantes do Mundo, ele queestabelece o preço do Diamante, tanto o industrial quanto o para joias.

 — Nunca entendi disto, qual a diferença? —  Gerson, quando seu filho me passou o estudo, ele

pensou que tudo aquilo, era uma gota de baixa qualidade, o quequer dizer, ele conseguiria por cada quilo do que tirasse de lá,

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perto de 20 mil dólares, que é o valor do Diamante Industrial,não tem valor para joias, mas é usado por milhares de empresasno mundo, de empresas de embelezamento a indústria pesada,até as empresas de lapidação de diamantes maiores precisamdestes diamantes.

 — 20 mil dólares o quilo, pensei que o diamante valia bemmais que o ouro.

 — O de joias sim, o em estado bruto, não. —  Certo, mas quanto ele achou que teria lá em estado

bruto? — Aproximadamente 780 mil metros cúbicos de diamante

que vai variar de qualidade, sem contar com o tubo deKimberlite. Isto daria perto de 3,12 bilhões de toneladas dematerial, por isto ele pensou em cristais de baixo padrão.

 — Não entendo disto, por que ele pensou isto. —  Gerson, o mundo inteiro, extrai 7,6 toneladas de

diamante ano, 6% com qualidade de joia, o resto, diamanteindustrial, ele teria em uma extração, e é provável que tenha, oque o mundo extrai em 400 mil anos.

 — Ele sabe disto? —  Gerson, este foi o estudo básico, isto é ninharia

comparado ao que tem lá, isto daria, 120 milhões ano.Gerson sorriu, 120 milhões não era trocado. —  Certo, mas para dar isto, ele reduziria o preço do

diamante mundial rapidamente. —  Sim, pois ele estaria oferecendo no mercado o muito

além do que ele consome atualmente por ano a mais. — Por isto ele falou em ter uma forma de guardar. —  Sim, mas o diamante que ele tirou em alguns

centímetros cúbicos, contem diamantes rosados de alto padrãoGerson.

 — Por isto disse que era trocado. — O diamante que ele tem a mão, custa não 4 dólares o

quilate, e sim algo próximo a mil dólares o quilate. — Você falou que tinha algumas pedras de 300 quilates lá.

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Patrícia sorriu, Gerson parecia entender parte, mas elasabia que era difícil de explicar para quem não estava nesteramo.

 —  Gerson, o que quero dizer, na amostra que seu filhotirou, que tinha centímetros cúbicos e não metros cúbicos, eletirou mais de 34 mil quilates de altíssima qualidade, ou mais de34 milhões de dólares naquela amostra, mas o que quero falar,ele tem em pouco mais de 7 quilos de material, 34 milhões dedólares em diamante Gerson.

Gerson olhou para Patrícia, era algo impensável, os doisainda deitados a cama e fala;

 — Quer dizer que ele achou uma mina única mesmo? — Sim, ele pelo jeito vai produzir em duas Minas, o que a

De Beer para extrair e vender para o mundo, usa mais de duasmil minas na África.

 — Quem é esta empresa? – Gerson. —  A empresa que vende quase todos os diamantes da

 África, ou mais de 95% dos diamantes do mundo, que pertence aeste ser que você sonhou, Cecil Rhodes.

 — Falou sobre isto com meu filho? — Gerson, seu filho que me passou os estudos, ele sabe,

ele não quer morrer, por isto ele quer abrir um grupo delapidação, uma empresa de fabricação de Diamantes, umescritório internacional de certificação de Diamantes, que podemtransformar um anel em coisa de milhões.

 — Este sonho me preocupou.

 —  Sei disto Gerson, mas calma, você sabe que estecaminho, não sei como, por que, mas quando entrei na sua vida,quando seu filho me apoiou, me trouxeram para dentro dela,mas sabe que não somos de entregar os pontos.

 — Como posso ajudar Patrícia. —  Apoia ele, sai de cima do muro, sabe que todos nós

estamos estranhando esta sua inercia.

 —  Acha que ele vai tirar quanto das minas que ele estametendo a cara?

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 —  Mais que você em Ouro, Platina, ainda vai exploraralgumas coisas que você e eu dizíamos não dar dinheiro.

 — Mas sabe quanto?

 —  Nem ele sabe ainda Gerson, mas ele pelo jeito quergarantir que os Rosa sejam pessoas de dinheiro no futuro. —  Ele é especial, e as vezes tenho medo de fazer uma

burrada e por ele em risco. —  Isto aconteceu mesmo sem ele e você terem culpa, ele

parece ter perdido o medo de morrer, mas ainda é uma criança. — Meu Pedro é especial, sei disto.Patrícia o abraçou enquanto Pedro descia a escada e

chegava a cozinha, onde Renata tomava café.Renata o olha serio e pergunta; — Vai me tirar a namorada? — Não, mas a vou apoiar, ela vai precisar de todo o apoio

que eu e você conseguirmos dar mana. — Pelo jeito vou ter de criar um filho de meu irmão. — Está tão serio isto assim? – Pedro provocando.

 — Sabe que não sei, mas parece que meu irmãozinho tinhamesmo bom gosto.

 —  Disto não sei, meus olhos adoraram Carol por anos,mesmo ela nem me olhando.

 — Ela tem uma forma firme de olhar.Pedro serviu o café e os dois foram a escola.

Roseli chega a Brasília em sua casa na região do Lago,quando um senhor entrou pela porta e perguntou;

 — De onde vem a amostra que me mandou Rose? — De uma extração a mais de 70 metros de profundidade

em Minas Gerais. — Tem certeza disto? — O menino quer convencer os demais a olharem para a

Bahia ou para Santa Catarina, mas o Geólogo de Nazareno andoufalando demais.

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 — Sabe a quantidade que ele vai extrair de lá? — Não, e se for negociar não estranhe, é um menino de 14

anos que toca aquilo.

 — Uma criança, tá falando serio? —  Alguém que parece estar aos 14 anos querendo bateralguns empresários brasileiros em patrimônio.

 — Mas você me passou uma gema de mais de 400 quilates. —  É um teste do menino, ele quer ver se somos de

confiança Sergio, apenas isto. — Sabe quanto vale uma pedra destas lapidada? — Sergio, o menino nos passou elas cruas, mas soube que

ele está montando no Rio de Janeiro uma empresa paraLapidação de Diamantes, quando falamos em uma pedra assim,ela lapidada corretamente, uma joia quase sem preço, se por namão de um qualquer, quase nada, pois eles transformam emcascalhos de diamante.

 — Fala do menino com admiração. —  Sergio, quantos você conhece que arrotam e nem tem

uma casa decente, ele construiu uma casa de mais de 300milhões de reais, estava falando com o pessoal da ABIN, ele estásendo cogitado por todas as grandes empresas de programaçãodo mundo, salários milionários, ele através do pai, pediu mais de300 licenças de exploração no ultimo mês, já aprovadas mais de200, ele não quer brincar de ganhar dinheiro, ele vai ser dosgrandes.

 —  É que Rhodes me ligou pessoalmente, fiquei

preocupado. — Manda Rhodes se cuidar, o pessoal da ABIN está de olho

em um grupo que está em Curitiba, que veio de Roma, um queparece estar desembarcando lá, que vieram de Israel, e os 3grupos de segurança do pai dele.

 — Mas o que este pessoal veio fazer no Brasil? — Pelo que entendi, ele descobriu um artefato religioso que

os demais não queriam que viesse a tona, a explosão em Curitibafoi para destruir isto.

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 — Mas o que teria mais valor que o diamante? —  Sergio, eu estava falando ontem a noite com J.J. e ele

me falou que acha que o menino a nível de Brasil, passa seupatrimônio em 10 anos.

 — Mas qual o patrimônio de J.J. no Brasil. —  Sabe que ele não está na Forbes porque não deixa as

coisas em seu nome, mas deve beirar os 900 bilhões, mas comoestão em nome das mais de 2 mil de empresas dele, não se vê onome dele em destaque.

 —  J.J. acha que o menino vai ter este patrimônio em 10anos.

 —  Por que acha que tanta gente esta olhando para ele,obvio que Rhodes iria ligar, mas recomenda ele conversar, osRosa não são gente que não reage.

 — Sabe que ele não tem medo. — Diz para ele, que Moreira tem respeito por Gerson Rosa,

que ele vai pensar duas vezes. — Ele protege o menino?

 — Sergio, todos estão falando da sociedade que o meninoabriu com Carlos Guerra, para montar uma empresa desegurança, ele é uma criança, mas dizem que encarou Sena defrente a mesa para propor a aliança.

 —  Vamos pelo jeito ter um encrenqueiro grande aadministrar.

 — Se ele me passar isto de diamante eu não reclamo não.Sergio sorriu e perguntou; — Vai mandar lapidar? —  Sim, pois lapidado pode me gerar mais de 3 milhões,

pedi uma avaliação ao pessoal da Holanda e me falaram que osmúsculos da pedra parecem perfeitos, se for, eles achamconseguir pelo formato, uma pedra de 350 quilates, e sabe quenum anel de famoso, eles podem vender por até 5 milhões, daiconseguiria tirar meu desconto na venda deste diamante.

 — Sabe que ele vai saber!

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 — Ele vai ter de me passar o preço que quer, ou ele achaque vou sempre servir de avaliadora.

Sergio sorriu.

Pedro chega a porta da escola, Renata entra e um senhorse posta a sua frente, dois seguranças chegam rápido para darcobertura ao menino e se vê outros 6 homens armados, tudo afrente de uma escola em horário de entrada.

Pedro olha o senhor e olha para Dinho. — Mantem o pessoal calmo Dinho.Dinho olha para o senhor e para outros que os cercavam. — Fala Pablo? – Pedro encarando Pablo Guedes. — Me mandaram conversar com você. —  Diz para eles conversarem com os restos do

apartamento, onde um dos seus ai, estes covardes, prenderamum cientista e o mandariam pelos ares.

 — Muita gente dá nisto. — Quer dizer, muito animal dá nisto, por que pessoas que

prendem alguém a uma cadeira com C4 não é gente, é bicho. — Eles querem saber se tinha como nos ceder as imagens

do seu sistema, eles não gostam da ideia disto vasar. —  1% estava digitalizado, é triste ver gente que fala em

Deus, e não respeita as vontades de Deus, mas avisa os queestão lhe pressionando, para olhar o que acontece com os que semetem com gente de Curitiba, você é um bom exemplo.

Pablo sabia que estava em minoria, e olha em volta e fazsinal para os demais saírem e fala se afastando; — Estou de olho, mas é bom ver que esta nervoso, tiramos

o que tinha, eles vão ficar feliz com isto. —  Pablo, cuidado para não ficar muito perto, pois pode

levar alguma bala que é para mim. — Não temos medo de seus inimigos!

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 — Cuidado então com os Dragões de Abraão, pode não ostemer, mas com certeza, sabe que eles chegam atirando e nãodeixam testemunhas vivas.

Pedro entra e o senhor fica olhando a segurança do meninoproteger os ângulos de entrada e olha para outro chegando aele;

 — O que os Dragões vem fazer aqui? – Pablo. —  O menino falou ontem com alguém afirmando ser um

Fanes! — Não entendo o que é isto! — Nem eu, mas tem um relato que nos chegou para tomar

cuidado com um grupo que viria de Israel, sabemos que osDragões realmente não deixam testemunha, mas quem é omenino.

 —  Por que parece que ele está irritado, mas não estapreocupado com a perda do fim de semana.

 — Não entendi aquela operação. — Poucos entenderão, achei um excesso, ele tem razão em

chamar a operação de coisa animal, mas pelo menos vimos queele reforçou a segurança, sinal que está com medo. — Nem vi de onde surgiu tanta gente. — Sei disto, mas fica de olho, algo me diz que ele está nos

escondendo algo.Gerson olhava o sistema, e passa as determinações de

compra e de estruturação que o menino pedira, seu filho estavaquerendo trabalhar e precisava de seu apoio, mas estava olhandoaquilo quando viu um rosto que a muito não via, entrar na suasala, com a secretaria entrando após, não a conseguira anunciar.Gerson estava na sede do Jornal do Comercio.

 A secretaria sem jeito vê Gerson sorrir para ela e falar; — Sem problemas.Gerson mede a senhora e fala; — Priscila de Sena a minha sala, o que a trás aqui?

 — Digamos que estamos com problemas Gerson.

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 — O tempo lhe fez bem! —  Não está mal também, mas nos vimos pouco naquela

época.

 — Sei disto. — Carlos me pediu para lhe alertar que o pessoal que estáa cidade é barra pesada.

 — Pesado quanto? — Eu protegeria todos a volta. — Todos? —  Eles nem sabem se é real, não perguntam, matam e

depois muitas vezes descobrem que não eram uma ameaça. — Não entendo o que é este pessoal. —  Digamos que se denominam, Dragões de Abraão, mas

são assassinos sem coração, que matam mulheres e criançascomo se fossem animais.

Gerson pega o telefone e liga para João; —  João, como está a segurança, dizem ser barra pesada

estes que chegaram a cidade.

 — Sim, estamos de olho, mas eles se separaram, devem terum plano de ação.

 —  Protege a estrutura, me disseram que eles matamcrianças João, cuida de Roseli e das Crianças também.

 — Não entendi por que seu filho os pôs nisto. — Nem eu, mas ele pelo jeito herdou também a parte ruim

dos Rosa, falamos demais.

 — Vou ficar de olhos bem atentos.Gerson desliga e pergunta para Priscila. — O que acha de tudo isto? — Maluquice, se os dados que chegaram a Rhodes for real,

seu filho e você estão com problemas pelos próximos 100 anos. — E que dados chegaram Priscila? —  Que seu filho tem como suprir em 10 anos, 12% do

diamante do mundo.

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 — Priscila, o problema é que ele tiraria 1000 vezes mais deapenas um lugar!

Priscila olha para Gerson;

 — Ele confirmou os dados? —  Ele já tem os estudos, e acaba de descobrir que oburaco que era para fazer de conta em Nazareno, atravessou umbraço de Kimberlito, o que quer dizer, os 12% são o vazamentodo que tem lá.

 — Ele é um menino de sorte. — E com todos os espinhos que os Rosa tem.Priscila sorriu e falou; — E acha que fazemos o que com este pessoal? — Não entendi ainda o que eles procuram, mas acho que

eles estão ainda se inteirando do assunto.Os dois conversam sobre a segurança mais um pouco.

No centro de Curitiba, Pablo estava olhando para aformação de defesa do menino no colégio quando vê um senhor

parar a sua frente e falar; — Pablo Guedes?Pablo mede o senhor e pergunta; — Sim, quem? — Me conhecem por Máximos! — Não conheço. — Chefe de um grupo que tem interesse num menino que

parece que queria conversar a pouco. — Está falando de Pedro Rosa? — Sim, nos chegou uma informação que temos de verificar. — Qual? — A dele ser um Fanes! — O que seria um Fanes? — Um ser na aparência com um humano, mas comparado

geneticamente, alguém bem diferente.

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 — Não acredito nesta versão. — Por que não? —  Liguei para alguns estudiosos, e se for, teriam de

verificar se metade dos que se denominam filhos de Israel não oseriam. — Por que? — Senhor, já ouviu falar da família Netser?Máximos olha para o senhor e pergunta; — Isto é lenda! — Não conheço esta lenda, mas o menino, é descendente

de uma família que vivia na região onde hoje é Nazaré, eles naDiáspora percorreram o norte da África e acabaram na cidade doPorto, depois Lisboa, depois para não serem mortos pelainquisição, mudam o sobrenome para Rosa.

 — Tem certeza disto Pablo? — Alguns tentaram desmentir isto, sabe por que. — Sei, lendas vocês desmerecem, agora entendo por que

vocês estão aqui, por que quiseram nos confundir, as vezes eles

nos mandam com informações imprecisas para que algumaspessoas sumam.

 —  Só um alerta senhor, cuidado com a segurança domenino.

 — Eles acham que não estão visíveis. — Garanto que você vê apenas 18 pessoas, mas não estou

falando destes, e sim, de algo que afirmam ser um dom dos

herdeiros de Netser, mas não entendo disto. — Ele tem sorte. —  Ele a duas semanas levou dois tiros a queima roupa

senhor, quem o vê por ai, diria que ninguém nem chegou pertodele.

 — Sorte não salva tanto assim. — No caso dele, não é sorte, diria que é azar, mas o azar

vai para quem tenta o matar, dizem que é mortal. — Mas acha que ele não é diferente dos demais.

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 — Acho que não entendo esta historia, eu não acredito emextraterrestre senhor.

Máximos riu, não abriria ao senhor o que estavam caçando.

Gerson depois de meia hora da saída de Priscila olha para aporta e vê Dinho;

 — Fala Dinho. — Preciso falar Gerson. — Vai cair fora? — Não, mas odeio quando me sinto usado.

 — Por quê? — Eu procurava uma namorada, Pedro sempre me apoiou,mas a alguns dias, Maria está por um lado perguntando domenino, e por outro, tentando me convencer a me afastar dele.

 — Gosta dela? — Gerson, eu não entregaria Pedro a morte por que gosto

de alguém, se duvida disto, melhor me afastar. — Não disse isto Dinho, mas por que precisa conversar? —  Maria pediu para que levasse o menino hoje pela

Brigadeiro Franco, sabe que é fácil parar a avenida naquele pontopróximo ao meio dia.

 — Desconfia quem está por trás? — Nem ideia, nem sei se não é paranoia, mas não tenho

coragem de falar para Pedro, ele parece tão distraído. — Por isto não foi ao Rio?

 —  Sim, ela parecia que queria que eu fosse e desse asituação, não com estas palavras, mas ela me liga quase todo otempo que estou com o menino, mas quando estou sozinho,como agora, parece nem estar ai para mim.

 — Por que não falou para Pedro. — Tenho medo de perder a confiança dele Gerson. — Tem de confiar mais nele, falou para mais alguém?

 — Falei para Roberto, sei que o João sabe.

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 — Menos mal, mas cuidado, as vezes não é morte, e simsequestro, odeio isto, mas Pedro sabe que pode ser umaalternativa.

 — Mas odeio a ideia. —  Eu falo com ele, mas calma, obrigado por dividir isto

Dinho, mas está se cuidando? — Sim, depois daquele atentado a bala estou bem atento.Gerson sorriu, e pouco depois Dinho voltava para a região

do Colégio.

Pedro estava saindo para o intervalo quando sentiu seucelular tocar;

 — Problemas pai? — Fora na porta do colégio estar dois grupos que querem

lhe pegar, tem alguém querendo saber da sua posição. — Quem? — Não sei ainda, mas conhece a namorada do Dinho? — Vi poucas vezes, por que?

 — Roberto estava investigando, o nome dela não á Maria, eela parece estar querendo saber o tempo inteiro onde você vai.

 — Cuidado pai, ela tem jeito de Repórter. — Seria maluquice se fosse repórter. — Por que? — Ela pediu que ele lhe levasse para casa pela Brigadeiro

Franco hoje.

 — O que acha que devo fazer pai? — Não gosto da ideia, você e sua irmã vão estar no carro

filho. —  Pede para o Dinho trocar de carro pai, vidros com

película, que não nos ligue ao carro pai. — O que vai aprontar filho. — Pai, mantem a calma, mas deixa eu dar umas ligações.

Pedro desliga e olha para Rita e Renata chegando a ele;

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 — Problemas? – Rita.Pedro olha em volta e vê que Carolina não havia ido a aula

e fala;

 —  O que são guerras quando as peças não estão aotabuleiro. — Nenhuma das irmãs veio a aula hoje. – Renata. — Esperava o que Renata? – Pedro. — Não sei, mas pelo jeito já sabe o que aconteceu! – Rita. — Não, mas é bom verificar.Pedro liga para Roberto e fala;

 — Oi Roberto. — O que acha que vai acontecer Pedro? – Roberto. — Me verifica uma coisa antes, vê se os Frota estão bem,

pois nenhuma das duas vieram a aula. — A segurança delas disse que teve uma discussão ontem

no apartamento, mas não sei ainda o acontecido, o senhor Frotafoi trabalhar normalmente hoje cedo.

 —  Verifica para mim, outra coisa, conseguiu descobrirquem é a namorada do Dinho?

 — Não ainda, mas o que pretende? — Eu vou sair de carro daqui, mas liga para a diretora e

consegue autorização para pegar 4 pessoas por helicóptero, quevai descer no pátio interno do colégio.

 — Quem vai sair de helicóptero. —  Rita, Renata, Josiane e algum menino que elas vão

convidar a uma volta de helicóptero. — Quer confundir. —  Não, as proteger, mas a duvida é bom para nos

proteger. — Por que acha que tem de encenar. —  Eu provoquei isto, uma informação, Máximos está na

cidade?

 — Sim.

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 — Me consegue o numero dele e deixa escapar de algumaforma que vamos ficar presos na Rua Brigadeiro Franco para osseguranças dele.

 — É arriscado. —  Sei disto Roberto, protege os seus, a família e me

verifica os Frota. — Certo.Rita olha para Pedro e pergunta; — Problemas triplos pelo jeito. —  Referente aos Frota, o senhor Frota foi trabalhar hoje

cedo normalmente, ainda não sei o acontecido, mas tenho umaintuição.

 — Acha que ele vai fazer o que? – Renata. — Renata, o anel que dei a Carol ontem, vale pelo menos

uns 4 apartamentos como o deles, ele deve ter mandado avaliar. — Acha que ele o vai vender? – Rita. — O problema é chamar atenção, para diamantes grandes,

vindos daqui, não o ele vender, mas o senhor Frota vai ver que

sei bater forte.Renata sorri e pergunta; — Vai nos tirar da reta e vai se arriscar. —  Fugir de uma bala é fácil, mas com muitos alvos fica

difícil. — E por que vai se fazer pegar. — Por que preciso falar com um senhor.

 — Você arrisca, me da medo! – Rita. — Não, eu os chamei para cá, perigo seria ter de falar com

eles numa cidade que não conheço Rita, como o que aconteceuem Nazareno naquela manha.

 — Certo, mas o que vai aprontar? – Renata. — Calma, ela volta, provavelmente amanha estará por ai.Renata bate no braço dele que encolhe e fala;

 — Vou começar a apanhar agora.Rita sorriu e viu Joseane chegar perto e perguntar;

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 — Sabe por que Camila não veio?Os três balançaram a cabeça negativamente.

Roberto consegue algumas informações e passa pormensagem para Pedro, que termina de assistir mais duas aulas ecom a calma que tentava manter sai da sala, olha para ohelicóptero parado no pátio, olha ao longe para Rita e para airmã que saem no sentido do mesmo, convidam um meninomenor da sala de Renata e saem no sentido da cobertura doCabral.

Pedro lê as mensagens e sai com calma, alguns grupos

quando viram o helicóptero subindo, saem, Máximos olha para omotorista de Pedro parando, em um carro com os vidroscobertos,. Olha para o pessoal de Guedes dispersar com a saídado helicóptero e manda ficarem alerta.

Pedro põe um capuz na cabeça e sai com a cabaça baixa,como se estivesse se escondendo e entra no carro. Máximossorriu e manda seguirem o carro.

O carro dá a volta na quadra voltando a Brigadeiro e para,o transito todo parado, Pedro olha para Dinho e fala;

 — Mantem a calma. — Não gosto disto Pedro.Pedro olha para os carros parando ao lado e fala; — Mantem a calma e os vidros fechados.Pedro pega o celular e disca para o numero de Máximos. — Por gentileza, Máximos? – Em Hebraico.O senhor estranha e pergunta; — Quem? — Pedro Rosa! — O que quer Menino? —  Conversar, antes que uma matança desnecessária se

inicie. — Não negociamos! — Tem certeza que não quer conversar senhor Máximos?

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O senhor olha para o carro parado ao seu lado, de vidrosescuros, nem sabia se o menino estava ali.

O celular de Dinho toca e ele coloca no viva voz;

 — Oi amor, está onde? – Maria. — Parado num engarrafamento na Brigadeiro. — Mas em que altura? — Próximo ao Colégio. — Esta tudo parado por ai, bom saber, dai não passo por

ai, mas vai atrasar pelo jeito. — O que queria me mostrar na Brigadeiro Maria?

 —  Pensei que estaria calmo, mas pelo jeito não vouconseguir lhe fazer uma surpresa.Pedro olha para os carros ao lado e desliga o celular,

Máximos olha a volta e fala. — Invadam.Dinho olha para os retrovisores e fala no celular; — Tenho de desligar agora amor. — Porque? – Dinho desligou logo após, deixando a moça a

falar sozinha, ele acelera o carro e encosta no carro da frente, osseguranças saiam de vários carros, um dos quais o de trás.Empurrou o carro uns 3 metros, empurrando alguns carros,engatou a ré e acelerou no carro dos seguranças de traz, abriuuma fresta entre os demais quando jogou o carro sobre o dolado, acelerou para frente girando o volante.

Puxou o freio de mão e o carro em poucos metros deu o

cavalo de pau e acertou a porta do outro carro da segurança, oempurrando para a calçada, quando deu uma freta, pegou pelacalçada saindo dali, com os seguranças atirando contra o carro eos demais assustados vendo por que da manobra.

Pedro olha para Dinho e fala; — Quanta agressividade. — Não teve graça. — Tem de relaxar mais, marcou onde com Maria? — Quer ir mesmo?

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 —  Dinho, ela deve saber agora em que carro estávamos,pois se alguém observava a rua, sabe quem saiu de lá, de umaforma tipo Dinho.

Dinho sorriu e falou; —  Estes carros reforçados com tração nas 4 dão um

trabalho para parar? — Sei, ainda mais estes que tem um motorista maluco que

vai levar umas 20 multas por aquela manobra. — Nem sei quem é o dono mesmo! – Sorri Dinho.Pedro viu ele voltar uma quadra na contramão, sobre a

calçada buzinando, e pegar pelo corredor de ônibus, viu 3 carros

ao longe começarem a o seguir, e falou; — Vem mais. — Não duvido. — Sabe quem são? — Dinho, gosta da moça? — Gosto, mas não gosto do que ela está fazendo. — Acha que ela gosta de você de verdade?

 — Acho, por que.Pedro fala calmamente. — Dobra para a praça do Atlético ali na frente.Dinho fez sinal e obvio, mais uma manobra proibida entra

na rua em descida que dava na praça do Atlético.Param a frente da praça, do lado esquerdo da Av. Getúlio

 Vargas e descem do carro.

Os demais carros quando entraram na avenida, os dois jáestavam no meio da praça, que é em descida, observandosentados em um banco os demais.

 — Quem são? — Tem tanta gente maluca, que pode ser até o pessoal do

Roberto. — Não são os carros de segurança.

 — Marcou com ela onde Dinho? — Você até parece saber.

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 — Desconfio, mas onde? — No Curitiba, mas como chegamos lá!Pedro faz sinal para voltarem a andar, no sentido do

Estádio do Atlético, olhavam as vezes para trás, mas viram umgrupo de pessoas chegarem e fotografarem o carro, pegam a ruaBuenos Aires.

Pedro pega o celular e liga para Maria e pergunta; — Maria, tudo bem? — Fala Pedrinho. — Sabe onde está o Dinho, ele disse que vinha me pegar e

tô aqui ainda esperando ele chegar, e não está atendendo otelefone.

Dinho sorri ao lado; — Não sei, a ultima vez que falei com ele, pensei que ele já

tivesse lhe pego, mas ele estava num engarrafamento naBrigadeiro.

 — Será que ele ainda está por lá? — Não sei.

 —  Vou caminhar até lá, pois parece que tá tudo parado,não sei o que aconteceu no centro hoje.

Dinho olhava ao longe e depois de ver o menino desligar,ele desliga seu celular e ouve do menino.

 — Diz que acabou a bateria. Ao longe um senhor atendeu o telefone e pareceram sair

da região.

 — Acha que ela vai estar lá? — Acho que não entendo de mulheres, de meninas ainda

tento, mas de mulheres, difícil. — Não respondeu.Pedro olha uma mensagem e fala; — Nome, Silvia Romanov, repórter iniciante do SBT Jornal,

solteira, 26 anos, mora no Alto Boqueirão, e está fazendo pós em

Historia Moderna. — Mandou descobrir quem é ela, pelo jeito.

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 — Pedi para Roberto tentar descobrir se era uma arapucapara você, mas só quero ver as pessoas felizes Dinho.

 — E vai onde?

 — Bater a porta da senhora Frota. — Problemas?Pedro não respondeu, foi ao apartamento dos Frota

enquanto Dinho caminhava mais 6 quadras voltando.Pedro fala com o porteiro que interfona, a senhora ficou na

duvida se atendia; — Manda subir.Pedro subiu, e a senhora Guta o atendeu a porta; — O que faz aqui menino? — Me preocupei, como estão senhora Frota? — Se preocupou? — Sabe do que falo, suas filhas não vão a aula, a senhora

nem ligou para a diretora, resolvi dar uma passada por aqui.Pedro a observava e ouve; — Não é bem vindo a esta casa menino. —  Espero mesmo que seu marido não tenha batido em

Carolina, que dai ele vai aprender o que é brigar com um Rosasenhora.

 — Não se mete na educação das minhas meninas. — Me responderia uma pergunta simples, sinceramente. — Não tenho nada a responder a você. As meninas ouviam ao quarto, pois o tom da conversa era

alto; — Poderia me explicar por que seu marido me obrigaria a

casar com Camila, e nem está ai com a gravides de Carolina?Guta olha serio para o menino e fala; — Some daqui!Pedro concorda e enquanto ela abria a porta ele disca para

o advogado e fala;

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 —  Oi Ramalho, poderia me informar como dou parte doroubo de um anel de Diamante único, roubado ontem a noite.

Guta olhava para o menino chegando ao elevador;

Ela ficou vendo ele descer e olha para Camila a sala; — O que ele quis dizer com isto mãe? — Estava ouvindo atrás da porta? —  Não, vocês estavam gritando!  –  Camila, enquanto

Carolina saia pela porta de serviço, enquanto Guta olhava paraCamila sem saber o que falar.

 — Ele vai denunciar o roubo do Anel. — Achava mesmo que ele deixaria o pai vender mãe? — Aquilo deve valer muito. —  Menos que a casa que com certeza ele vai dar a

Carolina, mas a pergunta, continua.Pedro olha para a porta do apartamento vendo Carol sair,

estava com uma marca visível no rosto, lhe estica a mão e fala; — Quer conversar? — Me tira daqui Pedro.  – O tom de quase choro fez eles

caminharem pela rua, Guta quando chega ao quarto de Carol, aporta estava trancada, ela bateu, ameaçou, mas nem imaginouque a filha não estava no quarto.

Dinho chega ao Shopping Curitiba e olha para a moçasentada a praça de alimentação, ao seu lado outro rapaz, eleolhou ela, deu meia volta e começou a sair, foi só o momento

dela o ver. A moça olha para Dinho e fala para o rapaz a mesa. — Ele estava vindo para cá e não para lá, merda.O rapaz a mesa vê Dinho sair e fala; — Pelo jeito vamos perder a reportagem do ano. — Achava mesmo que tinha de explicar para ele, mas assim

fica mais fácil. – Silvia, vulgo Maria.

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No noticiário do meio dia, uma reportagem sobre aviolência dos seguranças de Pedro Rosa, que ameaçam umsenhor da igreja na entrada do colégio, e que sai escondido eque numa manobra perigosa do motorista, quase atropela algunssenhores.

 A cena cortada não mostrou os senhores atirando, osensacionalismo chamando a segurança que era de Gerson Rosa,de irresponsável, de totalmente ignorante e ofensiva, as imagenscortadas e mostradas com outras do passado, confundiam ostelespectadores.

Pedro senta-se a uma lanchonete na parte baixa do mesmoShopping e olha para a moça bem ao longe, saindo com umrapaz, e fala para Carolina;

 — O que aconteceu? —  Ele me bateu, disse que não deveria aceitar as coisas

assim, que eu não era uma galinha  –  ela falou baixo,envergonhada, - para me vender.

Pedro esticou a mão para ela e falou; — Enfrentamos juntos. — Não quero voltar lá. — Sabe que tem de voltar, mas talvez de uma forma que

seu pai tenha de respeita-la. — Não o quero mal Pedro. — Nem eu, mas se ele é homem para bater e proibir que a

filha vá a aula para ninguém ver a covardia, ele é homem para oque vem em consequência disto.

O celular de Pedro tocou, pediu um momento e atendeu; — Fala Ramalho. — Certo, qualquer coisa me avisa Ramalho.Pedro olha para Carol e fala. — Seu pai mandou avaliar o anel hoje cedo em uma loja

especializada no centro.

 — O que vai fazer? – Carol.

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 — Não quero que saibam assim tão fácil o que descobri. — Ele acha que vale muito. — Carol, para lapidar aquela pedra, paguei 22 mil reais.

 — Quanto vale então? — Só o diamante, mais de 680 mil reais. — Mas acha que ele vai vender? —  Se ele vender para eles, vai perder dinheiro, eles vão

avaliar conhecendo o pessoal em uns 30 mil, seu pai vai acharmuito dinheiro e vai vender.

 — E vai deixar?

 —  Carol, estou preocupado com você, não com ele ouaquele pessoal. – Pedro pega o celular que tocava novamente. — Por gentileza, Pedro Rosa? — Sim. — Somos do SBT noticias, poderia nos dar uma entrevista? — Quando e onde?Pedro ouve o barulho ao fundo e fala para Carol;

 — Mantem a calma, mais encrenca. — Sabe que eles estão vindo? — Sim, mas o que posso fazer, se vim a pé, e eles estão

perseguindo um carro do próprio grupo. — Onde estaria para fazermos uma reportagem? —  Estou conversando com uma Namorada no Shopping

Curitiba, se quiserem aparecer.

 A moça achou que ele mentiria, teriam a imagem, e elementindo, mas não, ele não mentiu; A moça chega as costas e fala; — Pedro Rosa? — Sim, quem? — Camila Silva, do SBT. — No que posso ajudar.

 —  O que tem a declarar sobre as acusações sobre aviolência da sua segurança referente aos demais.

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 — Adianta responder, vão fazer como a reportagem que foiao ar, toda cortada e editada?

 —  Vai afirmar que não era você dentro do carro que fezaquela manobra perigosa no centro.

 — Qualquer um sabe que não fui, não teria porque pegar aBrigadeiro, já que para ir para o Cabral, não preciso voltar, mascom certeza quando chegarem a conclusão de quem é a placa,me defendo, já que aquele não é um dos carros de meu pai, enem da segurança, nem aqueles ao lado, parece uma grandearmação, mas com calma vamos saber se foi armação ou não.

 — Vai negar?

 — Quer que responda a mesma pergunta duas vezes? A repórter olhando o rosto de Carol olha para o menino e

pergunta agressivamente; — Você bateu em sua namorada?Pedro respirou fundo e pegou o celular e discou; — Dinho, está onde? — Saindo do Curitiba.

 — Consegue pegar eu e a Carol aqui? — Quanto tempo. — Quanto mais rápido, menos ouço merda de uma pseudo

repórter do SBT. — Viu as noticias? – Dinho. Estava no viva voz. —  Estou vendo, só que sabe como eu Dinho, que aquele

carro é do Paulo Yuri, diretor do SBT, ele deveria estar maluco, e

fez aquilo para nos acusar, e ainda põem uma repórter meacusando. A moça olha o carro da reportagem e olha para o menino,

foi incrível a reação dela e dos dois repórteres as costas,lembraram do carro.

 — E sua namorada está bem? —  Apanhou do pai, mas vou dar apoio, sabia que algo

deveria ter acontecido.

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 — Lhe pego em minutos, o Roberto esta passando ai, achoque ele lhe dá cobertura de saída.

 — Manda ele fazer como os atores na Brigadeiro, gostariade ver a Repórter fugindo rápido com alguém puxando umapistola.

 — Não brinca, eles devem estar filmando. — E dai, acabou com a Silvia Romanov, ou se entendeu? — Nem nos falamos, ela estava lá com outro. —  Dinho, o Paulinho, que esta com a câmera na minha

frente é bicha, você entendeu tudo errado.Dinho gargalhou e o rapaz olhou furioso para ele;Pedro desliga o celular e pergunta a moça; — Fez faculdade de jornalismo onde, pois não quero deixar

meus filhos passarem nem na porta. A moça faz sinal para o câmera desligar, Pedro sabia que

poderia ser uma arapuca, mas ouviu; — Sabia da armação, e está aqui calmo? — Moça, eu tenho a imagem da minha saída de helicóptero

do lugar, escolheram um péssimo dia para fazer algo assim.Paulinho olha para Pedro e pergunta; — Dinho sabia que ela era repórter? — Uma pena alguém se dar a um trabalho tão sujo!Pedro dá a mão para a Carol e saem dali; A repórter olha para Paulinho e pergunta; — Sabe quem é o pai da moça?

 — Se não me engano, está é a Frota, a que o pai é gerentede negócios do Banco do Brasil.

 — O rosto dela esta bem roxo ainda. – Camila. — Verdade. — Acha que é o carro do Yuri? — Pior que é, eles nem tiraram o adesivo de traz, dá para

ver também a marca de onde estava o emblema do SBT na

porta.

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 — Eles vão nos linchar. — Não fui eu que fiz a reportagem! – Camila.Paulinho viu o menino encontrando Dinho na entrada, e ele

indicar o carro e saírem da vista.Um rapaz chega e esbarra no repórter e a câmeradesmorona no chão, junto com a agua que o rapaz tinha a mão,agua oxigenada que deixou a marca na câmera, penetrando osinstrumentos.

O rapaz pede desculpa, o repórter xinga e a segurançaainda teve de segurar Paulinho, que queria bater ali no rapaz.

Roberto olha ao longe e disca para Dinho, ainda estava

sorrindo da imagem do rapaz quase brigando com um dosseguranças dele se passando por um distraído.

 — Dinho, cuidado com o retrovisor. — Quem. — Nem ideia.Dinho olha para o menino que olha para traz e fala; — Acalma, estes são mortais mas não estão filmando.

 — Sabe quem são? – Dinho. — Diz para Roberto nos dar cobertura, são os Dragões.Roberto desliga o telefone, faz sinal para os seus, e a moça

da reportagem vê uma porção de pessoas a volta atenderem aocomunicador e começarem a sair, olhando para a praça, para aBrigadeiro Franco a frente, se viu dois seguranças segurando oscarros e dois helicópteros descerem a praça.

O rapaz ouviu a moça falar; — Filma isto.O rapaz pega a câmera, mas esta não liga, e a moça xinga;

Dinho pega a Brigadeiro sabendo que estava tudo paradomais a frente, entrou na Visconde de Guarapuava e acelerou nosentido do Batel, mais a frente pegou a direita e atravessa aavenida Batel a frente foi atravessando o bairro e quando já noChampagnat Dinho olhava para traz pelo retrovisor e pergunta

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para Pedro, que estava a conversar com Carolina no banco detrás.

 — Para onde agora?

 — Segue reto, e mais a frente desce para o Barigui. —  Sabe que estamos atravessando a cidade por ruassecundarias?

 —  Dinho, quando chegar ao Barigui, passa e pega nosentido do Cemitério.

 — Esta indo para o terreno novo? — Sim, mas não os deixe lhe perder de vista.Dinho sorriu e viu Pedro olhar para trás, olhar para Carol e

falar lhe passando a mão aos cabelos; — Mantem a calma e não sai do carro. — Vai se meter em encrenca. — Estou montando um lugar ali a frente, e não vi ainda, e

preciso falar com alguém que acha que não me deve respeito.Dinho passou o Parque Barigui e no inicio da subida pegou

a rua que dava no Cemitério Iguaçu, começa a descida e logo

depois do Cemitério, freou para os demais o verem entrar, eledeu sinal para a esquerda e entra num grande terreno, Carol olhao grande portal com o símbolo de um brasão na entrada, leu enão entendeu;

 ―Família Netser‖  Pedro pede para Dinho encostar, abre a porta, ao lado de

um grande monólito, olha para o rapaz e fala;

 — Leva ela para a casa ao fundo Dinho. — Tá maluco?Pedro sorriu e piscou para ele, Dinho viu que a menina iria

reclamar, viu o menino fechar a porta e falou; — Rápido.Máximos vinha no carro a frente, viu o carro entrar num

terreno que via-se o símbolo da família a entrada e olhou para orapaz.

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 —  Mantem a calma, podemos estar entrando em umaarapuca.

 —  Tem todo jeito, mas viu como eles cruzaram a cidadepor ruas secundarias?

 — Eles estão em casa, mas agora entendi o poder que temesta cidade sem viadutos, estes geralmente nos isolam, nãointegram, ele atravessou uns 4 bairros com facilidade. – Máximosolhando para trás, e terminando – devemos ter perdido um gruponesta travessia.

 — Já chegam.Máximos viu o grande monólito a frente, estava olhando

ele, olha para o material que o cobria, parecia um metal, comoaquilo brilhava, demorou a olhar que o menino estava ali,sentado olhando para o monólito.

O motorista olha para Máximos que fala; —  Para, não sei o que é este menino, mas se for mesmo

um Netser, muitos vão pedir sua morte, mas não nós. — Não entendo o que são os Netser.

 — O sobrenome que Davi por inveja, tirou dos escritos, osobrenome que estava em toda a linha de profetas eram dafamília Netser, mas os Reis não gostavam disto e começam umagrande mudança, e os Netser, embora sendo mortos, não senegaram a falar, a escrever o que lhes parecia uma indicação deDeus.

 —  Está dizendo que este menino pode ser uma linhaperdida dos nossos.

 — Ele me ligou, ele quer falar algo.O rapaz atrás estava ajeitando a arma, sem parecer se

preocupar com a conversa.Máximos sai do carro, outros dois param enquanto o

senhor olha para os rapazes que se posicionam, Pedro estavasobre a mira deles e não pareceu nem se preocupar, pois nãoolhou.

Dinho para o carro e faz sinal para a moça entrar, olha emvolta e vê os rapazes junto a mata, e ouve seu celular;

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 — Protege a moça Dinho. – Roberto. — Ele está arriscando. — Ele ainda esta caminhando Dinho, nem eu, nem Gerson

sabe o que ele está fazendo ali, mas sabe como eu, que eleprovocou isto, e não vai fugir.Roberto estava com mais de 20 armas apontadas para os

rapazes que viram o portão ao fundo da descida fechar. Oshelicópteros estavam na parte mais ao fundo, dali não se viaeles, mas a tensão estava alta.

 — Quem é você menino? – Máximos.Pedro que estava sentado a frente de um monólito, num

banco, com as mãos sobre as pernas olha para o senhor e fala; — A pergunta que quero responder. — Não sabe o que é, então por que disse ser um Netser? — Eu minto senhor, assim como disse ser um Fanes, mas

sei que não sou, e não acho que eles sejam o problema, nãopara mim, pois estou longe de suas bases no mundo.

 — Acha que deixaremos eles se organizarem?

 —  Senhor, eu não tenho haver com esta sua guerra, masodeio a ideia de gente que mata por que você manda, sempensar, parece aqueles que atiram pela igreja cristã, ninguémpode dizer que Deus é por um ou por outro.

 — Não pensamos assim. —  Máximos o que lhe faz odiar estes seres, como posso

saber se eles estão a minha volta, como posso os identificar?

 — Por que quer saber? —  Talvez você não entenda, mas não gosto de serdiferente, sei que não sou, mas como saber se os que me cercamnão seriam estes seres que você fala.

 — A forma mais fácil é os fotografar!Pedro viu que um rapaz ao fundo o fotografou e falou para

Máximos algo bem baixo; — A fotografia sua diz não ser.

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 — Como uma fotografia poderia me afirmar isto Máximos? – Pedro olha em volta, viu os rapazes olhando para ele, mas viuo brilho das armas na mata.

 — Um humano, tem cada metade de sua face diferente, adireita é diferente da esquerda, nos Fanes, elas são quaseidênticas, dificilmente as faces, mesmo quando sofrem acidentesde percursos, os cílios, a barba, as orelhas, parecem manter umaproporção incrível.

 —  Sabe que pode matar um humano por um acaso dodestino? – Pergunta Pedro.

 — São os riscos de nossa caçada.

 — E me matariam antes de fotografar pelo jeito. —  Precisávamos saber se você era, pois isto geraria uma

grande leva de Fanes na cidade. — Por quê? —  Por que geneticamente Fanes e Humanos não geram

descendentes. — Menos mortes é sempre bom! – Pedro.

 — Por que nos queria aqui? —  Me disseram que existiam Fanes, mas como não sei

como os identificar, pensei em perguntar a quem entendia. — Acha que eles estão por aqui? —  Saberei quando as câmeras de segurança me derem a

informação, mas o que mais difere um Fanes, eles podem estardisfarçados.

 —  Eles até os 14 são meio lerdos, não entendo isto, masparecem meio burros mesmo, e de um dia para outro, parecemconseguir desenvolver uma grande potencialidade.

 — Por isto os matam jovem? – Pedro. —  Sim, o que pôs você na lista como provável, é seu

desenvolvimento anormal agora, chegando aos 14 anos. —  Senhor, não tenho medo nem de ceder material para

analise, pois sei que não sou isto que você fala.

 — Por que da certeza.

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 —  Senhor, sou como Báal Shem Tov falou, sou um"diamante", duro e determinado, não um Fanes.

O senhor sorriu, o menino estava ali, diante de ummonólito a lhe dizer que era como um judeu, Duro eDeterminado na fé.

 — E por que do monólito? —  Ele fica visível, os retardados pensam ser uma

representação religiosa, mas estamos no alto do terreno e tenhoas placas de captação de energia a toda volta, tiram energia dosol para iluminar minha casa ao fundo.

 —  Cederia material pra termos certeza e não sermos

pressionados a vir para cá. — Como disse, sem problema.Máximos fez sinal para os rapazes baixarem as armas, eles

travaram as armas. — Tem coragem menino, pois sabia que poderíamos chegar

atirando. —  Senhor, acho que quando afastaram os Netser, não

uma, mas duas religiões se perderam, uma por não ter mais osProfetas, e a outra por se achar grande coisa. — Acha que é um profeta? —  Uma pergunta Máximos, você deve ter a informação

mais real, quando se fala do afastamento do rei Usias, se falaapenas da Lepra, mas eu sei que não foi este o motivo doafastamento.

 — Acredita mesmo no que fala o relato?Pedro sente a energia a volta e olha para o senhor, que o

vê brilhar a sua frente, Roberto que observava ao longe ficavidrado na imagem, não entendia o que falavam, pois mesmotendo o áudio, estavam falando em Hebraico e ele não entendianada de hebraico.

Pedro olha para o senhor e fala; — O relato original diz que o Rei ouviu o relato de Isaias e

no lugar de comunicar ao povo o que chamo de Anunciação deMetatron, ele manda matar Isaias, todo o povo vê a proteção de

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Deus cercar o Profeta, e a lança do rei o atravessar e não oatingir, seu filho, Yoão afasta o pai, e este começa a relatar paraIsaias, seus atos, então os Atos de Usias começam com aanunciação, e como ninguém queria esta versão, ela foi apagadada historia.

 — Como posso acreditar nisto.Pedro abre os braços e fala sorrindo; — Quer tentar o que o Rei tentou?Os rapazes estavam olhando descrentes, viram Máximos

puxar a arma, Pedro olhar para Roberto como se pedindo calma,todos viram o senhor descarregar a arma, e as balas atingirem o

monólito as costas, Pedro para de Brilhar e fala;. —  Nem sempre ela é visível Máximos, mas é que não é

para ficar chamando atenção. — Esta dizendo que os profetas eram defendidos por Deus. — A família é protegida por Deus, até que a palavra que

Deus pediu para ser proclamada seja de conhecimento de seupovo, não nos negamos a morrer por Deus, mas não estamos

ainda em condição de passar a frente e os demais ouvirem. — Sei de dois grupos que não querem a volta dos Profetas. —  Todos os que queriam ser Rei, desacreditaram os

Profetas no que eles queriam, nem toda a historia contada ébonita, mas como quem ganha conta sua versão, estou apenasdividindo com você, pois se precisar de ajuda Máximos, saiba queainda estamos aqui.

 — E acha que pode nos ajudar?

 — Ainda não muito, mas como dizem, ainda não tenho 14,não posso pregar e passar a frente antes dos 31, então meucaminho é longo.

Máximos que vira o menino olhar para a segurança aolonge pergunta;

 — E mesmo assim eles lhe protegem? —  Tenho herdeiros a caminho senhor, eles defendem a

continuidade da família, não eu. — Certo, nós aqui deve ter o feito proteger muitos.

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 — Sim, mas precisando, sabe onde me achar senhor. — E estes senhores de Roma? —  Pablo esta em uma missão que não entendo senhor,

mas que diz respeito ao futuro, ele parece ser protegido paraajudar alguém a trazer algo oculto ao conhecimento, mas comonão é minha parte esta missão, ele tenta, e sempre sobrevive.

 — Dizem que ele é odiado em Roma. —  Por isto vive muito por perto de vocês, sabe que a

missão dele é fácil, ele tem de desmentir uma mentira, isto éfácil.

Máximos sorriu e fez sinal para os rapazes irem aos carros

e viram o portão ao fundo começar abrir. A saída dos rapazes fez o menino dar a volta no monólito e

acionar uma holografia, ele não queria dizer que fora verdade.Roberto chega a holografia e pergunta; — O que foi aquilo menino?Pedro sai de traz do monólito e fala; — Encenação.

Roberto olha para o lugar de onde vinha a voz e passa amão na holográfica, sua mão a atravessando.

 — Esta me enganou.Pedro sorriu e falou; —  Eles tem de acreditar que nada acontece, se me

atingirem, sabe que o colete faz muita coisa não chegar aagente.

 — Ainda não conversamos sobre aquilo no Rio de Janeiro. — Aquilo não foi encenação Roberto. — Sei disto, quer dizer que não foi encenação? — Tem gente ouvindo Roberto!Roberto olha os demais seguranças e entende, a encenação

não era para ele, mas para os demais, o menino faz sinal paraeles entrarem, e caminham até a casa,

Roberto vê Dinho a porta e pergunta; — E como estão as coisas Dinho.

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 — Querendo dar uns tiros.Roberto sorriu e falou; — Estas coisas não se resolve no tiro Dinho.

Roberto vê Pedro beijar Carol e falar; — Primeira confusão desviada.Carol sorriu e perguntou; — O que faremos agora? — Deixa eu ver a confusão, não podia atender o telefone

enquanto estava falando lá. — Fala Ramalho?

 — Tá uma confusão no centro, vai aparecer? — Resolve para mim Ramalho! —  O delegado está pedindo o recibo de compra do

diamante. —  Vou lhe passar o certificado de autenticidade e o

certificado de lapidação, sabe que o de compra não existe, poiseu extrai Ramalho.

 — Me passa a autorização de extração. — Sem problema!Pedro vai ao carro e pega a mochila, pega o computador e

volta a sala;Pedro acessa os documentos e passa para o advogado os

mesmos que tinha digitalizado, e olha para Roberto; — Senta ai Roberto. — Vai falar sobre aquilo? — Como está depois daquele toque? — Sem dores, estava dormindo muito mal ainda, mas algo

mudou naquele dia, sei que levei um tiro, sei que todos a voltaviram você brilhar como ali fora.

 — Digamos que isto se chama o toque de Netser! — Toque de Netser, o que é isto? — Diziam que os Netser eram uma família de Profetas, que

os Anjos, Arcanjos, e seres divinos falavam através de suas bocas

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aos Reis, ou lhes transmitiam uma ideia completa do queaconteceria quando em sonho, eles relatavam e isto gerava osescritos dos profetas, Mas ainda não sei tudo Roberto.

 — Sabe que aquele dia pensei que morreria. — Lhe devo desculpas, não deveria ter lhe posto lá. —  Não entendi por que eles não fizeram aquilo na sua

casa, por que somente depois? — Roberto, você puxaria uma arma onde estava, Moreira,

Pedrinho e meu Pai?Roberto sorriu e olhou o segurança a porta; — Fala. — O pessoal está indo. — Não bobeiem, tem muita gente estranha na cidade.O segurança sorriu e saiu.

Em um escritório de analise de Ouro e Joias, no calçadãoda Rua XV de Novembro, o senhor Frota entra na sala onde umsenhor o olha e fala;

 —  Boa tarde senhor, voltou, ainda nem analisamosperfeitamente.

 — Tem uma ideia de quanto vale isto? — Ideia sim, mas estamos analisando. — Quanto acha que vale um anel destes. — Não é real senhor, não daria 50 mil por este anel, mais

pelo ouro, o diamante é falso. – Mente o senhor.

 — Então não vale quase nada. — 50 mil pelo anel, até eu pago, é bem desenhado, e tem

um designer muito bom.O senhor olha pelas câmeras e fala olhando para o outro ao

fundo; — Fecha as portas Carlinhos.O rapaz olha as imagens da policia cercando o lugar e olha

para o senhor, Frota viu que fecharam uma das portas e osenhor fala;

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 — Nos falamos depois, a policia lhe seguiu senhor.O Senhor Frota assustado vê o senhor tentar o por para

fora, mas quando estavam a porta, a policia apontava armaspara eles e um senhor grisalho fala alto;

 — Os dois, mãos na parede.O outro rapaz tentava sair pelos fundos e é detido e trazido

a mesma parede. — O que fizemos? — Estamos analisando um roubo de uma peça única. — Peça única, do que estão falando? —  Anel de ouro, 24 quilates, com um diamante de 350

quilates encrustado nele.O senhor soube neste instante que entrara pelo cano, o

senhor Frota estava a parede e fala; —  Mas quem deu parte do roubo, este anel não foi

roubado. —  Terá que afirmar isto diante da Joalheria que o

confeccionou senhor, pois é uma peça única, se for o que

procuramos a rastrearíamos em qualquer lugar do mundo.Quando abriram o lugar, viram ouro, joias, e coisas que

não eram declaradas como negocio ali, e a policia pede pararegistrarem tudo, havia ali receptação de joias roubadas.

O delegado pega o anel e olha para o senhor que era donodo negocio e fala;

 — Um destes deve ter ficado olhando o dia inteiro.

 — Sabe delegado que uma pedra assim, não vai aparecertodo dia com alguém querendo vender.O delegado pede para lacrarem o lugar e a saída deles dali

algemados era registrado pela imprensa que fora chamada, amoça do SBT ouve o cinegrafista;

 — Aquele ali é o pai da menina que parecia ter apanhado.Camila sorri, uma reportagem finalmente,

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Pedro recebe uma ligação, vendo que era Guta faz sinalpara Carolina não falar;

 — Boa tarde Guta.

 — Seu moleque, mandou prende meu marido. —  Sabe que sim, queria o que dona Guta, que deixassebarato ele bater em Carolina, covardemente, na mãe de meufilho?

Roberto olhava para o menino, mais encrenca. — Quem disse que ele bateu nela. — Guta, o grande problema, é que para ele se livrar, terá

de a levar com as marcas de surra a frente do Delegado.Guta olha para Camila e fala; — Faz sua irmã abrir a porta.Camila sabia que a irmã não estava ali, mas não iria falar

nada; — Senhora, como voltamos ao normal? – Pedro. — Você apronta e acha que vamos deixar barato. — Senhora, se precisam de dinheiro falem, mas roubar o

anel que dei a ela, é crime, bater nela, é crime, não fui eu queaprontei, eu reagi, não aprontei ainda.

 — Mas ela não me ouve. — A senhora a ouve, ou apenas com aquele papo de que

quero todas, e que não é certo, ou aquele papo que eu tenhoobrigação com meu filho independente de estar ao lado dela.

 —  Andaram conversando, mas não gosto de você perto

dela, não gosto de a ver fazendo burrada. — Vou ligar para ela, já que pelo jeito com a senhora não

consigo falar mesmo. — Ela não pode atender a você, eu não deixo. — Senhora, foi você que me informou gritando com Camila

que ela está trancada no quarto, não quero que ela faça burrada, já que a senhora nem está ai para se isto acontecer.

 — Não fala besteira.Pedro desliga e olha para Carolina;

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 —  Vamos passar num maquiador antes de ir lá tirar seupai.

 — Não vai o complicar mais?

 — Vou ter de mentir a frente do Delegado, então não querome complicar Carol.Os dois saíram e foram a um salão, que maquiou os olhos e

a face esquerda da moça;;Pedro a olhou e falou: — Vamos pelo jeito de guerra em guerra.Carol sorriu, o abraçou; — O que faço agora? —  Liga para sua mãe, e avisa que saiu pela porta de

serviço, senão ela vai arrombar a porta do seu quarto.Carolina pega o celular e liga para a mãe; — O que quer filha? —  Apenas avisar que não estou no quarto, que estou

dando uma volta, preciso pensar, mas quando Pedro me ligou,pensei que iria ficar preocupada, já que deixei a porta trancada.

 — Este menino é encrenca sempre. — Ele vem me pegar para ir tirar o pai da delegacia, mas

nem sei o que aconteceu ainda mãe. — Não ... — Mãe, não to me vendendo, e nem vou me vender, mas

gosto deste pirralho, e sabe disto. — Tem de ver que ele namora outra.

 — Ele namorava minha irmã, e já falava isto mãe. — Ele adora provocar filha. — Liga para o pai e diz que o Pedro vai lá explicar um mal

entendido, mas que ele não sabia do mal entendido. — Mas o que falo para seu pai? — Manda ele ficar quieto, e como ele já deve estar sem o

celular anota ai o numero do advogado do menino.

Carolina olha pra Pedro que lhe passa o numero, elatermina de falar com a mãe e olha para Pedro.

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 — Sabe que te amo Pedro, não é novidade.Pedro sorri e a abraça, estava com fome, mas não falaria,

estava tenso, não falaria, estava se apaixonando por umasegunda pessoa, talvez terceira, mas não falaria também, apenassorri.

Roberto olha para ele; — Precisa de que Pedro? —  Pede um helicóptero, chegamos ao Batel mais

rapidamente. — Sabe a encrenca que está se metendo? — Roberto, não poderia deixar que aquela pedra saísse de

lá, seria a confirmação que existem duas linhas de extração, nãouma.

 — Por que? —  Os que passei para Roseli, são cristalinos, estes são

amarelados, dificilmente um veio dá dois tipos de diamantes. — Então o problema não era o roubo, e sim a procedência. — O roubo era o menor dos problemas, não gosto de pais

que batem em filhas Roberto.Carolina olha para Pedro, ele não estava fazendo aquilo

pelo diamante, e sim por ela, era estranho para ela, mas sabiaque o menino ao seu lado era especial como era, não por terdinheiro, e sim, por ser especial.

Pedro liga para Ramalho e fala; — Como estão as coisas?

 — Prenderam o senhor Frota, sabia que era ele? — O senhor Frota? – Pedro encenando. — Sim. —  Pede para falar com ele, e manda ele ficar quieto, vou

ter de falar com alguém e estou indo para ai, se a esposa ligarpassa para ele.

 — Vai o defender agora?

 — Recuperaram a pedra Ramalho? — Vai ficar momentaneamente sobre judicie.

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 —  Certo, é o importante Ramalho, não poderia deixar odiamante sair da cidade, não gosto de falar disto, mas seria comose tivesse colocando uma bala na cabeça.

 — Sabe que isto vai gerar problemas. — Já chego ai.Pedro olha em volta e fala; —  Lá vou eu cometer um crime para livrar os demais!  – 

Pedro olhando para Roberto.Roberto se levanta e olha para o helicóptero chegando ao

fundo, Pedro olha para Dinho e fala; — Liga para ela e pede para falar com ela, sinceramente. — Mas falo o que? — O que sente, que sabia que o nome dela não era Maria,

mas achava que ela sentia o mesmo. — Mas ela mentiu. —  Dinho, um amor quando surge, é mais importante do

que um a primeira vista que pode olhar para o outro lado e acharoutro.

 — E se ela não sentir nada. — De qualquer forma, se propõem apoiar ela, ela não sabe,

mas vai precisar.Pedro sai da casa abraçado a Carolina, entram no

helicóptero no sentido da Delegacia de Furtos e Roubo.Pedro para próximo, um carro da segurança o pega partem

no sentido da delegacia;

O delegado olha o menino e fala; — Não é lugar para criança.Pedro olha para o senhor Frota e fala; — Desculpa a confusão, mas é que quando me falaram que

estavam vendendo um Diamante de 350 quilates, com asdescrições que deram, dei o alerta de roubo para a cidade.

 — Não sabia que era eu, por isto falou?

Pedro olha para o delegado;

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 —  Sou uma criança, mas tivemos 3 diamantes roubadoscom esta descrição, não este, que dei a filha do senhor Frota,havia um alerta deste roubo na região de Joinville onde foramroubados, e como são únicos, um conjunto de 4 peças, o surgirde uma em Curitiba poderia ser o pegar dos ladrões.

 — Por que deste agito por um anel menino? — Delegado, o diamante que tem neste anel a sua mão,

dependendo do corte, pode variar de 650 mil a um milhão dereais, tive 3 destes roubados.

O delegado olha para o diamante e fala; —  Então quando soube que alguém estava vendendo no

centro um diamante, mas como desconfiaram. — Senhor, os diamantes são raros, diamantes com mais de

50 quilates são muito raros, o que tem a mão tem 350 quilates.Se o senhor Frota queria saber quanto valia, ficara sabendo

que valia muito mais do que pensara. — E por que 4 anéis idênticos? — Isto é simbologia senhor, mas tem relação com quem os

vai ganhar, mas desculpa o agito. — Sabe que estávamos quase fichando o senhor Frota. —  Imaginei, quando soube que tinham o detido, vim

rápido, pensei em outra pessoa vendendo isto, embora duvidoque o escritório que ele foi avaliar tivesse dinheiro para lhe pagaralgo assim.

O delegado sorriu e falou; — Pelo menos pegamos um receptador de joias roubadas,

pois esta joia, deveria ser vendida apenas com certificação. — Não havia ainda passado para Carolina ao meu lado os

certificados da joia, que desculpa, não são nenhum dos que omeu advogado passou para o senhor.

 — Mas tem o certificado deste? —  Logico senhor, tenho a autorização de extração, a

avaliação, o extrato do pagamento da lapidação, uma joia destas,

somente a lapidação custa mais de 20 mil reais senhor.

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O senhor que estava sendo preso, olha o diamante e para omenino, algo estava errado, mas obvio, ele observou aquelediamante muito tempo, falara dele com alguns, isto quedespertou a policia, alguém abriu a boca.

Carolina estava quieta olhando o pai, mas assim que oDelegado terminou o depoimento do menino, e a liberação dosenhor, o menino pegou na mão de Carol e saíram dali.

Dinho liga para Maria e marca no Shopping Curitiba; — O que quer falar Dinho? — Queria apenas deixar uma coisa certa Silvia!

 A moça olha para Dinho, ele sabia; — Eu sabia da sua armação, mas pensei que estivéssemos

nos entendendo, pensei que sentia, pensei que não tivesse comofalar, mas depois de hoje resolvi lhe falar que sabia.

Silvia olha para Dinho, ele estava bonito como sempre, esorri;

 — Pensei que não sabia. Desculpa, sabe que as vezes se

entra em coisas que não nos orgulhamos. — Disto não entendo, mas não sei o que você sente, queria

dizer que lhe amo, e que nada do que aconteceu entre nós,consigo imaginar como uma farsa.

 — Acho que você é especial, cuida de um menino que nemé seu muito bem.

 — Ele é especial... Silvia!

Dinho quase chamou ela de Maria, mas a olhava aos olhos. — Parece descontente, não entendi por que saiu no inicioda tarde, por que não veio a mesa.

 — Silvia, vim apenas dizer que lhe amo, mas não conseguiamais ficar na farsa, Paulinho deixaria claro o que você era, masnão falaria isto com ele ouvindo.

 — Esta acabando? —  Não sei, mas queria dizer que se precisar de algo, me

liga, ainda tenho de administrar aquela reportagem da tarde,

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defender meu emprego, já que o pai do menino não gostou dever a namorada do motorista puxando a reportagem.

 — Perdeu o emprego?

 — Não sei ainda.Dinho se levanta, sorri sem graça se afastando.Silvia olha o rapaz se afastando, lembra do menino, da

festa em Ariri, das coisas incríveis que viveram, parecia uma vida,foram meses, talvez tenha perdido alguém especial, mas comovoltar atrás, como dizer o que sente, se ainda estava em meio areportagem.

O senhor Frota liga para a esposa e fala auto; — Como deixou ele pegar ela ai Guta? — Ela fugiu pela área de serviço, mas como está? —  O anel ficou em Judicie, agora nem poderemos pegar

nele, mas devem liberar em 15 dias. — Estava perguntando de você. —  Assustado, acabei indo orçar em um atravessador de

 joias roubadas, mas não entendi a confusão. — Vem para casa. Pelo jeito o menino encenou direitinho,

nem você percebeu que ele denunciou o roubo do anel que deraa nossa filha.

 — Ele não teria coragem. —  Amor, ele falou que iria fazer, em meio dia, ele

conseguiu o que queria, que você não vendesse a joia, que não

era sua. — Pelo jeito é serio que aquele diamante vale uma fortuna. — Pelo jeito temos de conversar.Os dois desligam e o senhor Frota vê que está sozinho a

porta da delegacia, nem advogado, nem menino, nem a filhaestavam ali.

Pedro senta-se com Carol em uma Pizzaria na AvenidaBatel, pedem uma pizza e ele pergunta;

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 — Esta cuidando do nosso filho Carol? — Me preocupo mais com ele que comigo ultimamente. — Está linda.

 — Sabe que me achei um lixo ontem a noite. — Eles deveriam estar lhe apoiando, e estão lhe agredindo,mas calma, vamos lá conversar.

 — Sabe a encrenca que está se metendo?Pedro olha aqueles olhos lhe encarando e fala; —  Sabe mais do que eu, que sempre quis entrar nesta

encrenca, mas tem de ver se me quer na encrenca, não vou estarlá para ficar sozinho no fim.

 — Sozinho, sua encrenca é capaz de por mais de 4 pessoasem sua vida.

 — Me responderia algo serio Carol? — Quem sabe? — O que sente por minha irmã?Carol sorriu, ficou pensando no Domingo a noite o que

falaria para Pedro quando um dia ele perguntasse isto, era obvioque ele perguntaria, aquele sorriso fez Pedro a encarar.

 — Vamos fazer um trato. — Trato? — Quando estivermos eu e você, não falamos nela, quando

estiver você e Rita, falamos dela. — Então é sério.Pedro olhava para Carolina, que passa a mão no cabelo de

Pedro e fala; —  Acho que meus pais nem imaginam o que passou em

minha cabeça e já me bateram, sabe disto Pedro. — Nunca entendi alguém que me olha como adversário as

vezes e as vezes com um carinho incrível, mas você faz isto comuma charme incrível.

 —  Sabe que o que estamos falando, nunca meu pai vai

aceitar. — Só um minuto! – Pede Pedro atendendo o celular.

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 — Fala senhor Ribeiro. — Formal hoje? — Odeio ter de me posicionar já na segunda.

 —  Poderia me responder por que da petição que seuadvogado entregou na corregedoria? — Qual deles. — O referente a Carolina Frota. — Que saiba este não deveria passar nas suas mãos senhor

Ribeiro, mas o senhor Frota bateu em Carolina ontem a noite, enão posso deixar uma menina, gravida, por umairresponsabilidade minha, apanhar em casa e não fazer nada.

 — Ele me ligou e falou que lhe acusou de roubo. — Certo que tudo que era da filha é dele por ser de menor,

lei, mas desculpa senhor, não podia que a informação de que umdiamante daquele saiu de uma extração minha, viesse a tona.

 — Por quê? — Por que quero estar vivo para gastar o dinheiro, e não

morto, sabe que a segurança vem antes, ele iria repassar um

diamante de mais de 600 mil reais por 50 ou 60 mil. Chamariatoda a atenção dos especialistas sobre a procedência, como elesnão tinham a certificação, pois ainda estava comigo, iriam ter deavaliar em um grande escritório inglês ou francês, e se já temosmuitos malucos em Curitiba, teríamos mais alguns.

 — Mas pede permissão que você a de casa e comida, vocêé de menor, mas a petição não foi clara.

 —  Senhor, não quero pedir a prisão do pai dela poragressão a uma criança gravida para que a petição saia, por istonão foi clara.

 — Lhe conhecendo pediria. — Toca em Rita e vai descobrir a resposta senhor Ribeiro. — E não vai tirar a acusação de roubo? — Não, preciso que saibam que me roubaram, e que não

deixo barato, ou acha que aquele anel de compromisso era para

o senhor Frota?

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 — Exagera no presente, deixa as ganancias soltas. —  Não cobiçar o que é dos outros, deveria ser regra na

igrejinha que ele frequenta senhor, não na minha.

 — Vou explicar para o procurador que puseram nisto, nãoentendi por que tudo que você fala passa por aqui? — Eles querem me pegar, mas ainda não entenderam José,

que sou de menor, não tenho nem 14 anos, seria cestas básicase quem sabe uma instituição de menor.

 — Sabe que não é você que eles querem pegar. — Meu pai eu defendo também José, sabe disto. — Tá afiado, pelo jeito foi violento o dia novamente. — Digamos que ainda tem dois grupos que não conversei

na cidade, um fala inglês e outro Italiano. — Me falaram de um Israelita também. — Já pratiquei meu hebraico hoje senhor. — E foram amistosos? — Senhor, estes eram os mais perigosos para os demais,

por isto foi o primeiro a conversar, não gosto de ter sua filha,

Carol, e minha família como alvo. — E os demais? —  Um preocupado com um documento, que não sei por

que policia federal não os prendeu, já que alguém que continuaperguntando de um documento que estava no apartamento queexplodiu, é um bom suspeito a pressionar.

 —  Odiamos estes que tem credenciais de diplomacia

menino. — Estes vou ter de dar uma despistada, ainda não tenho odocumento traduzido para o entregar.

 — Eles sabem disto? —  Não senhor, eles acham que destruíram tudo, e que

temos apenas as digitalizações. — E está onde?

 — Esperando a petição ser assinada para passar na casa deCarol com ela.

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 — E como está a segurança?Pedro olha em volta e fala; — Às vezes exagero, mas acho que pela vida, todo exagero

é perdoável.Pedro se despede vendo que Carol o olhava seria; — O que está aprontando enquanto estamos aqui. — Carol, não sei dizer não a brigas, mas não acho seguro

neste instante você na sua casa, sabe disto. — Você não tinha nada para fazer a tarde, sempre teve as

tardes ocupadas? — Teria teatro, mas estou evitando a mais de 3 meses as

aulas de teatro, talvez um dia tenha de voltar a ir. — Por quê? — Esqueceu que Joseane resolveu este ano fazer teatro na

mesma escola e turma que eu Carol? — Verdade, ainda tem outras pessoas no caminho. — O que seria da vida, sem as pedras no caminho. – Pedro

sorriu, estava falando de diamantes, não de cascalho.

 — Tem gente que odeia as pedras. —  Existe um ditado velho, nem lembro de quem, uma

pedra no caminho de Davi, lhe deu um reino, nas mãos deMiguel-Ângelo, gerou lindas estatuas, no caminho de Dummont,uma poesia, então não é a pedra o problema, mas o que fazemoscom ela.

 — E você adora uma no caminho.

 — Sim, adoro pedras, meninas, e confusão.Carol sorriu e perguntou novamente, mas com outras

palavras. — Mas o que seus advogados estão fazendo, que o senhor

Ribeiro lhe ligou. — Pedi a sua guarda. — Você não é meu pai para pedir minha guarda.

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 —  Eu afirmei na petição que sou seu namorado, pai dacriança que está esperando e que peço a autorização judicialpara cuidar de você.

 — Não sabia que poderia fazer. —  Com certeza é a primeira petição neste sentido que a

vara da família deve ter recebido nesta cidade, mas não é ilegal,é o assumir de meu compromisso, de acordo com medidas deproteção, estrutura, medico, comida e casa, para que tenha omelhor.

 — Mas pelo jeito não pôs os motivos reais. — Não os quero me odiando Carol, eles podem bradar auto

hoje, mas estou fazendo de uma forma bem leve, poderia serbem mais complicado, era afirmar que seu pai a bateu, comouma irresponsável do SBT esta pondo no ar neste instante.  – Falava Pedro vendo a imagem na TV, Carol olha para traz e vê aimagem dela e de Pedro no Shopping, e a afirmação, ―Gerente doBanco do Brasil agride filha!‖. 

 — E o que vamos falar? — Carol, eu não denunciei seu pai, ele saiu a pouco de uma

delegacia, se estivesse sem maquiagem, eles teriam perguntadodo hematoma, mas isto é fácil derrubar, esta moça quer tirar ocargo da que entrou na arapuca ao meio dia.

 — Verdade que a moça namorava seu motorista? — Eram bem mais íntimos que isto Carol. — Certo, mas ele está bem? —  Deve estar chegando por ai, aquela fuga hoje foi

realmente cinematográfica, ele é bom nesta coisa de Motorista. — Estava mesmo no carro, mas não entendi. —  Digamos que oficialmente eu sai do colégio de

helicóptero, extra oficialmente, roubamos um carro de um dosdiretores do SBT, e nos colocamos numa arapuca, saindo de lárapidamente, já que o carro não era blindado.

Carol sorriu e olhou o motorista entrando pela porta e

chegando a mesa; — Quando quiser, já estou por aqui.

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 — Come uma pizza com a gente Dinho! – Pedro. — Não quero atrapalhar. — Não atrapalha! – Carolina.

Dinho senta e olha para Pedro e fala; — Odeio as vezes sentir algo assim. — Amar é para os fortes Dinho, tem gente que nunca amou

e nunca vai amar, estes que falam que amar é coisa de fraco. — Mas ela não me ligou depois. — Ela deve estar encrencada agora Dinho, calma. — Acha que vão culpar ela?

 — O Câmera-Men não estaria lá, se ela achasse que vocêestava a caminho, você induziu ela a sair da farsa, quer dizer, euinduzi.

 — Mas por que acha que ela está encrencada. — Esta moça ao fundo, dando uma noticia falsa, com estas

imagens nitidamente recuperadas, mas sem som, era a auxiliarde Silvia.

 — Acha que eles vão a afastar? — Não sei ainda , mas já vou saber!Pedro pega o celular e olha os contatos e disca, espera um

pouco e fala; — Podemos falar Ratinho? — Quem? —  Pedro Rosa, a noticia principal de sua concessão no

estado!

 — Como está menino, desculpa se pegamos pesado. —  Sabe que não temos nada contra entrevistas bem

embasadas, mas esta que estou vendo a TV, se mantiver nestaversão, vai pagar indenização para o pai da menina.

 — Acha que não foi isto. — Sei que era maquiagem Ratinho, não cai nesta. — A repórter confirmou que era real.

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 —  Liga para a Furtos e Roubo e fala com o Delegado,estávamos lá a pouco, e ele viu a menina sem a maquiagem, eviu que o clima estava leve entre pai e filha.

 — Apenas isto menino. — Queria pedir desculpa ter roubado o carro do seu diretor,

mas não cairia naquela armação.Carol ouviu a rizada do outro lado; — Está mais terrível que seu pai menino. —  Apenas alertando onde está o problema, quem manda

não darem credibilidade a quem fazia a noticia, acabaramperdendo a noticia de verdade, vê as cenas da abordagem do

carro, seria a reportagem da moça, mas como a auxiliar que sepôs no lugar da verdadeira repórter, induziu a este caminho,cuidado, neste não caio.

 — Jogando aberto, mas sabe que tem pegado pesado. — Não me quer ver batendo, senhor. — Certo, vou ligar para a direção local, mas sabe que se for

uma arapuca, alguém vai pagar caro este péssimo caminho.

 — Não tenho rede de TV ainda senhor, para me preocupar. — Se cuida menino.Pedro olha para Carol que fala; — Daqui a pouco vão lhe odiar. — Não posso ser culpado da incompetência deles.Dinho olha para o menino e fala; — Sabe que nos acusarão disto, ele não vai desistir.

 — Dinho, se ele fizer isto, pegamos as imagens reais, queRoberto pediu para fazerem em 3 telhados, e colocamos na Net,e ele terá de responder por induzir a justiça, ou a injustiça.

 — Mas terá restos nossos, vestígios no carro. — Verdade. A calma de Pedro fez ele sorrir.

Gerson estava sentado a cobertura do Cabral quando otelefone toca e atende;

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 — Fala senhor Frota. — Gostaria de saber onde seu filho colocou minha filha, ou

vou os denunciar por sequestro.

 — Frota, mantem a calma, pelo que entendi, enquanto eleme liga, ele pressiona o Ratinho para tirar as imagens de suafilha do ar, quando ele a encontrou no Shopping, antes damaquiagem, então baixa a bola, ele lhe defendendo de vocêmesmo, e continua arrotando.

 —  Não entendeu Gerson, eu quero minha filha em casaagora.

 — Quando ele chegar ai com ela, cuidado, ele estará com

um procurador de justiça ao lado, então melhor segurar a língua,ou vai passar a noite na cadeia, já que é valente para bater emuma criança gravida, deve ser homem para passar a noite numadelegacia.

 — Vai acreditar que bati nela, isto é armação de seu filho. — Imagino, ele arma, mas nunca encostaria uma mão para

bater em sua filha, mas se quer guerra, consigo.

O senhor Frota pensa, estava furioso de sua filha não estarem casa, estava ficando visível quem ele era, as pessoas por trásde ternos as vezes se convencem que são melhores que osdemais.

 —  O que seu filho vem fazer aqui em casa com umprocurador de justiça.

 —  Acha que vou lhe dar armas contra meu filho Frota,pensei que era diferente disto, mas vejo que não é o homem que

aparentava. — Pensa que está falando com quem? — Com o pai de uma menina, que o meu filho deveria ter

deixado ir para a cadeia por roubo e agressão a filha, ele nãoquis isto, mas quer discutir com ele, ele encara pessoalmente,não pense que esta livre disto ainda senhor.

 — Acho que esta se achando a lei Gerson, não é, e não vou

deixar minha filha próxima a seu filho.

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 — O dinheiro lhe interessa, ele não, diria que isto vai contraaquela religião que nos arrota aos ouvidos.

O senhor ficou furioso e bateu o telefone;

Gerson olha para Renata e pergunta; — Como está filha? — Sei lá, meio perdida. — Sabe se comportar, ou vai me gerar problemas como seu

irmão, ele está terrível. — O que ele aprontou agora? — Acaba de conseguir junto ao juizado da família, a guarda

e a responsabilidade sobre os gastos, educação e criação deCarolina Frota, pelo menos até o nascimento da criança.

 — Ele vai morar com Carol? — Não, ela vai vir morar aqui, na nossa casa.Renata sorriu, entendeu a frase finalmente; — Prometo tentar me comportar.Gerson sorriu, estava prestes a entrar em mais um

problema, e pelo jeito seu filho não estava brincando de ser pai,pois quando ele viu a argumentação jurídica que ele passou parao advogado, deve realmente ter deixado os juízes na duvida, umempurrão de um desembargador e a petição passou.

 —  E você, como está, vão disputar uma namorada?  – Gerson.

 — Sabe que esta educação liberal formou um careta, o meuirmão, minha educação rígida, me formou assim, torta.

 —  Você não é torta, e me parece bem criada, Siçacaprichou na sua educação, —  Se caprichou não sei, mas seu filho parece bem careta

por um lado, por outro, bem atirado. —  Ele se defende do que falo, isto o deixa na defensiva,

imagino o que não deve ter ouvido, dos amiguinhos. —  E ele conseguiu esta petição como, estas coisas não

saem assim?

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 —  Ele poderia deixar barato, mas pelo jeito ele passou aaula de hoje rabiscando possibilidades, e quando passou asinstruções ao escritório de advocacia, parecem o ouvir mais queeu, depois da defesa de sua mãe.

 — Nunca entendi como ele conseguiu aquilo, e nem sabiaque era a mãe dele.

 —  Ele é assim, encara, mas não tente ser ele, pois achoque cada um consegue se achar em algo ou alguma coisa, ele seachou em um ramo que poucos fazem, buracos profundos.

Renata sorri, estava conversando finalmente com seu pai, eficaram ali a trocar ideias, se conhecendo um pouco.

Pedro estava sentado ainda a Pizzaria quando um senhorentra pela porta, os seguranças tentavam ser discretos, mas estesenhor chegou com dois rapazes negros, altos, fortes, davampelo menos dois Dinho em largura, e o motorista não tinhabraços finos.

Dinho olhou o senhor e perguntou;

 — Problemas? —  Mantem a calma, estamos em um restaurante, e sabeDinho, se mantivermos nos calmos eles são alvos fáceis pelas janelas.

Dinho olha o senhor olhar o menino e perguntar; — Pedro Rosa? – O sotaque bem estranho. —  Sente-se Cecil Rhodes!  –  Fala Pedro em inglês

apontando a cadeira.O senhor olhou serio o menino; — Acha que está falando com quem? — Alguém que acreditou na propaganda Rhodes! — Sei de dados que não são propaganda. — Digamos que tinha uma leva de diamantes a vender, e

armei uma encenação, mas a encenação quando chegou a umburaco que furamos sem pretensão, sem olhar as pedras direito,

cruza um braço de Kimberlito.

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O senhor olha para o menino e pergunta; — A minha pergunta, é seria menino. — Quer vender minhas pedras, como paga? – Pedro pegou

o senhor desprevenido. —  Eu ganho 30% sobre todo o diamante do mundo quevendo, e influencio nos preços para o que quero pagar.

 — Rhodes, tenho um problema, sei que não posso por nomercado aquele diamante de uma vez, nem era para terdiamante lá.

 — Se inteirou do problema. A mochila de Pedro sempre o acompanhava e ele pega um

papel na mochila e estica para o senhor; — Este é meu problema senhor!Pedro estica um estudo das terras que comprara na Bahia,

e que não falara com ninguém.O senhor olha os papeis e olha os dados, olha duas vezes e

depois olha para o menino; — Isto é real.

 — Sim, gostaria de uma parceria nesta perfuração senhor? —  Pensei que iria invadir meu mercado, não gosto de

amadores. —  Nem eu, proponho apenas uma vez senhor, como me

tomam pelo tamanho, posso lhe garantir, muitos perderamdinheiro nos últimos meses.

 — E qual a parceria.

 — Eu extraio, e todo o diamante tirado de lá, passara porsua empresa, num índice de 60/40. — Entro com o que, já que estaria me dando mais que as

minas da África. —  Me daria entrada no mercado, você me representaria

referente aquelas terras senhor, sou realmente um principiante,mas sei que se jogar estes volumes no mercado, estareiperdendo dinheiro.

 — Sabe a qualidade do diamante que sairá de lá?

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Pedro pega uma sacolinha na mochila, põem um panopreto a ponta e passa para o senhor um saquinho, o senhor comcalma abre e vê os diamantes em natura, rosados, olha para umdos seguranças que pega no terno uma espécie de lupa, comuma luz azulada na ponta e pega uma das pedras.

O senhor ficou olhando um única pedra, tinham mais de 20ali de tamanhos muito próximos.

Olhou o menino e falou; — Sabe quanto vale isto? — Saber eu sei senhor, mas a pergunta, estaremos fazendo

negocio, ou não?

O senhor estica a mão para o menino e fala a apertando; — Logico, a muito não via uma pedra com esta densidade,

é daquelas que fazem os lapidadores perderem o sono. — Com certeza senhor, mas entendeu o problema? — Qual a estimativa? — Industrial mais de 600 toneladas em 100 anos, como as

que tem a mão, mais de 5 toneladas ano.

 — Esta dizendo que achou um buraco com a maior reservade diamantes do mundo?

 — Falando baixo, isto! – Fala Pedro olhando os segurançase as pessoas a volta.

 — E vai querer por quanto no mercado? — 10% no máximo, não queremos baratear nosso produto,

ou queremos Rhodes?

 —  Não!  –  O senhor sorri e pergunta  –  E o que vai fazercom o resto do diamante? — Não tenho pressa de ganhar dinheiro senhor, para mim,

provavelmente ainda negociarei diamantes com seus filhos, netose bisnetos.

 — Sabe o problema de concessões no Brasil? —  Senhor, este país ainda é melhor que alguns como

Canadá e Rússia para este tipo de concessão. — E vamos firmar isto quando?

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 —  Em duas semanas, meus advogados procurarão a suaempresa e vão sentar com os nossos dados, e se quiserestaremos fechando pelo menos para mim, o negocio da minhavida.

 —  Me disseram que vai investir em certificação dediamantes e lapidação?

 — Joias de altíssimo preço sem precedentes, um mercadopara quem tem muito, não pouco senhor.

 — Dos diamantes de lá?Pedro puxa um segundo saquinho na mochila e um terceiro

e fala.

 — Estes são de Nazareno!O senhor fecha o saquinho que estava a mesa, a conversa

em inglês fazia muitos a volta não entenderem quase nada.O senhor pega o segundo e vê diamantes bem translúcidos,

sem puxar para uma cor, e faz a mesma analise, olha para aspoucas pedras, somente 3 delas no saquinho, mas pedras commais de 400 quilates e fala;

 — Diamantes de primeira, com índice altíssimo de refração,estes são do lugar que teria 12% do global de hoje? —  Sim, mas vou extrai e guardar a parte bruta, e

comercializar poucas pedras, pois ainda temos tempo para istosenhor, e pelos meus cálculos, o consumo de diamante crescebem, deve acrescer mais uns 12% ao ano, mas podemos manteras reservas que temos, que os senhor toca, por mais 300 anos, enão por mais 50 ou 60!

 —  Pensando longe, gosto disto, mas até agora meimpressionou, nem vi os buracos e já está me mostrando pedrasque sei, pagariam muitos a volta.

 —  Senhor, conhece alguém no mundo fora o senhor eoutras 12 pessoas no mundo, que tenham um sistema de 3proteções a altura de um estalar de dedo?

 — Não, se esta investindo nisto, deve saber dos riscos.

 —  Não gosto de mortes desnecessárias, mas gosto deordem.

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Pedro recolhe a amostra e alcança o ultimo saquinho, esteera de pedras que vieram da Bahia, não as primeira, que vieramde Santa Catarina, o menino não abriria tudo, mas os estudostanto em Santa Catarina quanto os que não mostrara a muitos daBahia o fizeram pensar em negociar, pois não teria mercado paratudo aquilo.

O senhor olha o saquinho, deveria ter mais de dois quilos, osacudiu, e o abriu com calma, e viu aqueles diamantes que amuito não via, diamantes tendendo ao azul, sabia do problemaque alguns trouxeram ao mundo, as lendas, olhou o saquinho,mais de 10 mil quilates de diamantes muito bonitos e únicos.

 — Esta dizendo que tem três pontos totalmente diferentesde extração, o que o fez pensar em joias de altíssimo preço. — Sim, e obvio, o senhor é o primeiro a saber que existem

estes três pontos de extração, já que não vou falar disto comprincipiantes como a auxiliar da presidente, que só quer saber detrocados.

 —  Eles achando que você havia os passado carta brancapara representar eles, sabe que até tentaram me intimidar.

 — Por que o fariam? —  Disseram que seu pai tem o respeito de Joaquim

Moreira, muitos falam na África deste senhor, e como elessabiam me tentaram deixar longe de você menino.

 — Moreira é um amigo do meu pai senhor, não meu.O senhor sorriu, pensou em um menino arrogante, mas ele

estava negociando, mas Pedro sabia, que assim que virasse as

costas, este senhor tentaria lhe tirar as concessões, ele ganharamilhares de dólares assim. — Pelo jeito terei de abrir minhas explorações e parcerias

para a América do Sul, pensei que não chegaria a estasqualidades e quantidade por aqui.

 — Senhor, meus advogados o procuram, as concessões edocumentos estarão ainda em nome de meu pai, mas ele nemsabe onde ficam estas terras, segredo ainda é fundamental.

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O senhor se despediu e saiu, Pedro olha serio para osseguranças que ficaram a olhar ao longe, ele pega o celular e ligapara Pires;

 — Fala menino? — Por que da calma de Rhodes Pires? —  Parece que estão tentando lhe caçar algumas

concessões, estão de olho em Nazareno e algo na Bahia, mas osenhor falou que iria conversar com alguém antes de dizer qualdelas queria.

 — Quem ele está pagando ai Pires? — Tem de entender menino, os montantes dele são altos.

 — Pires, quem pular fora do barco agora, vai estar pulandopara dentro de um caixão, se for me trair é bom saber que quemvai gastar isto vai ser seus netos.

 — Esta me ameaçando menino, pensa ser quem? — Estou dizendo que quem trair estará num caixão, mas é

bom saber que vou ter de tirar eles ao tiro da Bahia. Melhor seesconder Pires, odeio traidores bem pagos.

 — Acha que tenho medo de você? — Deveria. —  Acho que está se achando menino, muito  –  Pedro

enquanto ouvia o senhor puxa um segundo celular e disca paraPriscila e fala  – Pires estava ainda a falar quando ouve  – Sena,nosso problema de saída de informações e concessões está emBrasília, Pires entregou o serviço.

 — Aquele velho quer mais dinheiro para que? —  Dinheiro e medo, Rhodes o deve ter encostado com

aqueles dois seguranças a parede.Pires ouvia a conversa quieto agora; — Vou dar um jeito nisto, mas Moreira não vai gostar! —  Manda ele segurar os aliados, está querendo dar

dinheiro de graça pelo jeito. — Ele é Louco, sabe disto. — Sei, e eu que sou a Pedra, imagina se eu fosse o louco!

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Priscila sorriu e desligou e Pedro falou no celular com Pires; — Melhor começar a correr Pires.Pedro desliga o telefone, olha para Carol e fala;

 — Vamos enfrentar a fera? — Pelo jeito gosta de uma briga mesmo! —  As vezes nos fazemos de inocentes e ingênuos, mas o

senhor vai fazer de tudo para conseguir a operação na Bahia, elenão vai querer a terceira, mas é bem a Baiana que ele vai ter.

 — Por que? —  Diamantes cor azulada, dizem trazer mal agouro, ele é

muito mais supersticioso que eu Carol.Dinho não entendeu parte da conversa, mas sabia que

estes senhores sempre se tinha de bater primeiro, para eles orespeitarem, Pedro não queria bater muito, mas iria bater até eleentender.

Pedro passa uma mensagem para o pai que olha paraPatrícia, estava na hora de apoiar, mas ainda não queriaconfusão.

Depois de 15 minutos de ter saído da Pizzaria, Pedro olhapara um carro parado a frente do prédio dos Frota, desce, abre aporta para Carol e pergunta;

 — Encara comigo? — Não entendi a ideia, mas quer me tirar de casa. —  Fazer o que, eles podem revogar isto em 5 dias, mas

serão 5 dias para eles se acalmarem. — Ou ficarem mais nervosos. — Tudo é possível.Um senhor chega a eles e se apresenta; —  Sou Joaquim Gusmão, procurador da vara da Família,

vim aqui dar aval jurídico para a menina, deve ser Carolina Frota. — Sim.

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 —  Foi pedido sua guarda, temporária por enquanto, parasegurança sua e da criança, a qual espera, e estamos aqui paralhe garantir salvo conduto.

Carolina olha para Pedro e pergunta; — Eles devem estar bravos. —  Carol, tem de pegar seus materiais, o resto damos um

 jeito. — Não sei como encarar isto Pedro. — Você decide até onde vai, são seus pais, não meus.O senhor apresentou a petição ao porteiro que anunciou a

subida do senhor, de Pedro, Carolina e dois policiais, quechegaram junto quando o senhor terminou de se apresentar.

O senhor Frota os recebe a porta, e olha para a filha, elenão tivera chance de a tirar da delegacia, e não sabia bem a quepé estavam as coisas ali.

 — O que pensa que está fazendo pirralho?O Juiz esticou a determinação assinada e o senhor a leu,

demorou a entender, talvez não acreditasse no que estava lendo,

olha para a filha e pergunta; — Sabe o que esta escrito aqui? — Uma guarda provisória, para minha segurança e de meu

filho pedida pelo pai da criança.Guta entendeu que o menino não pegara leve, eles

poderiam não querer ele por perto, sempre estranhara como eleera firme, se aliado, um bom aliado, se inimigo, um péssimoinimigo.

 — Como um juiz pode determinar algo assim? – Guta.O senhor apenas olhou a senhora e falou; — O juizado analisa a segurança da criança, sabemos do

acontecido, mas como não poderíamos por no papel semdenunciar o pai da criança, os levantamentos foram feitos apenasverbais, e a decisão, pelo bem da criança.

O clima pesado foi cortado pela palavra do pai de Carol;

 — E vieram apenas comunicar isto?

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 —  Ela precisa dos materiais escolares básicos e de umapeça de uniforme, o resto, se não colaborarem, pesara na datada analise do prazo do pedido.

Guta olha para a filha e para o senhor; — Posso falar com minha filha um pouco pelo menos? —  Sim, não estamos aqui para acabar com uma família,

apenas interferindo num momento dela.Guta vê Carol andar no sentido de seu quarto e a segue,

enquanto o senhor Frota olha para Pedro; — Acha que não vou derrubar esta liminar? — Derrube, estou fazendo pelo bem da família senhor, lhe

dando a chance de pensar melhor, pois da próxima vez queagredir alguém, pense, vai ser do posto glorioso que estarásendo mandado embora, de alguém respeitado a alguémprocurando emprego, estou presando ainda pela família, deveriaentender isto, sei que pego pesado, mas desta vez, escolhi dospesados, o menor.

Carolina olha para a mãe que fala;

 — Vai nos abandonar filha. — Que saída tenho mãe, vocês não me ouvem, não me dãoalternativa, se ficasse, apanharia de novo, por que? Por que o painão consegui vender o que me roubou, e que agora nem eu nemele temos.

 — Tem de ver que é para seu bem. — Mãe, pode ser que me arrependa, pode ser que não de

certo, mas não achei que ele se preocupasse tanto, não penseique ele ficasse tanto de olho, vocês me convenceram do queacham, e ele toda vez que aparece, vocês ficam contra, pois écontra o que vocês falam.

 — Ele esta querendo ficar com todas. — Culpa nossa, quem manda 4 meninas lindas levarem ele

para cama, de que adianta nós tentarmos afastar algo que senão fosse para acontecer, não aconteceria, não por ele,

estaríamos quase na mesma posição de hoje, com duas gravidasa menos.

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 —  Mas como alguém consegue algo assim, estão tirandovocê de sua casa.

 — Mãe, a lei do menor e do adolescente, complicaria a vidado pai em muito, como ele disse, uma decisão difícil, mas quenos permite ir a frente.

 — Ele não pega leve nunca. — Este é o Rosinha, alguém que sabe defender suas ideias,

a ponto de escritórios de advocacia o ouvirem em relação a suavisão de lei e aplicabilidade.

 — E veio para casa pegar o que? — Uma camiseta, uma calça e o material escolar, o resto

mãe, fica, sabe disto. — Não parece querer este fim. — O pai não me falou nada além de olhares, ele ainda acha

que pode me bater, que pode me agredir e trancar em casa. — Ele quer seu bem. — Se fosse isto, não teria me tirado o anel para vender, se

ele tivesse vendido, e Pedro não intervisse, poderia ser indiciado

por venda de objetos roubados para uma quadrilha quecomprava objetos roubados. — E acha isto bonito. — Mãe, um anel daqueles não tem preço, não para mim,

não é o valor monetário dele que me interessa, e sim ocompromisso, o assumir de algo que sinto, ele sente, é isto quevocês dois não concordam, mas desculpa, amo aquele pirralho,muito.

 — Nem sabe o que é amar, para amar aquilo. —  Mãe, ele é encantador quando faz tudo para nos

proteger, quando faz de tudo para me sentir bem. — Por que o deixou escapar então? — As vezes não sei realmente o que sinto, e no segundo

seguinte, que ele toma as rédeas, me perco, as vezes queria queele fizesse uma cena de ciúmes, mas não seria ele.

 — E vai mesmo?

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 —  Mãe, é minha vida que estou tocando, sei que é cedopara decisões eternas, mas adoro a ideia dele me defender.

Guta ajuda a filha arrumar as coisas e fala;

 — Mas se não der certo filha, saiba que pode me ligar, enão ligue para o que seu pai falar, ele não sabe ainda como lidarcom este menino.

Carolina sorri, pega a mochila, abraça a irmã e fala; — Nos falamos amanha. — Se cuida, este Rosinha é terrível mesmo.Carolina parecia meio perdida, e sai pela porta.O senhor Frota olha a filha, não parecia disposto a baixar a

guarda, talvez a maquiagem tirasse dele a responsabilidade,estava ali, não se despediu da filha, que deixa uma lagrima correrao olho quando sai pela porta.

Pedro a abraça e fala; — Calma, isto não é definitivo.Ela o abraçou e chegam a rua, o senhor se despediu, os

policiais se afastam e Dinho chega a moça, se oferece a guardar

a bolsa, e saem dali.

Pedro e Carolina entram pela porta e Gerson olha a meninae fala;

 — Seja bem vinda a família, menina. — Não entendi ainda por que disto, senhor Gerson, mas sei

que deve ser algo para meu bem, mesmo eu não entendendo

ainda de tudo o que aconteceu.Gerson olha para os olhos de Pedro que parecem vidradosna janela, todos olham para fora e veem o avião vindo com tudo,muito próximo, Renata olha para o irmão e grita.

Pedro olha em volta, não entendia aquilo, mas milhares deenergias surgirem do nada, como se fossem ganhando vida,Pedro olha as mãos, o brilho sempre o encantava, ele olha paraCarol que olha as mãos, e olha para ele, parecia que uma

daquelas energias entrou nela, Patrícia olha para as mãos, nãoentendeu, mas olha para o avião quase atingindo o prédio, pelo

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tamanho, um monomotor bandeirantes, a noite iniciava e aqueleavião vinha direto, Renata não sentiu o corpo brilhar, estava empânico.

Gerson olha as mãos, sente as energias, olha para a sala,não era por ser diferente, e sim, como se visse pelas paredes,como se a matéria não o fosse deter naquele momento.

Todos sentem o prédio ser atingido e o instinto de fecharos olhos, sentem a energia do avião passando por eles, sentindoa alma dos tripulantes queimando, o fogo crescendo, o estouro.

Pedro abre os olhos e em meio a explosão do combustíveldo avião, estende a mão para a irmã, para Carol, foram se dando

as mãos e Pedro indicou o caminho, começam a caminhar para asala a frente, lacrada.Pedro toca a porta, nada de energia, sua mão a atravessou

e passam para a sala do servidor, indica o caminho e Pedro entrapor ultimo.

Olha para o apartamento destruído, olha a coluna quesegurava os quartos e as sacadas internas, virem a baixo, e oavião em fogo, passam para a sala do servidor e Pedro olha parao pai.

 — Teremos de esperar!Gerson olha para as mãos, ainda brilhava e fala;; — O que é isto? —  Algo que está escrito lá, mas a empregada deve ter

morrido pai. — Não entendi.

 — Todos os que trouxermos para dentro da família Netser,poderiam ter usado disto, lembra dos casos do exercito quetodos chamam de sorte?

 — Sim, mas meu avô morreu. — Pai, nesta sala temos 3 gerações da família. — Assustador! – Patrícia. — Algo me cabe anunciar, mas não sei o que ainda pai.

 — Sabe que será tido como maluco?

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 — Pai, enquanto eles não acreditarem, nossa família terá 3gerações protegidas.

Pedro liga o gerador auxiliar, as linhas de fibra ótica haviamcaído, mas o gerador começou a lançar ar puro e fresco paradentro.

Pedro olha para Carolina e fala; — Já volto, se cuida.Patrícia olha para Gerson e perguntou; —  Sabe que cada vez estes seus sonhos me assustam

mais. — Agora entende meu susto, mas estranho sentir como se

tivesse mais gente por ai.Pedro atravessa a parede e olha no sentido da área de

serviço, o fogo começava a crescer, anda ao meio do fogo, olha aporta do quarto da moça e a atravessa, entra no banheiro e elaestava a ligar as torneiras quando ele surge e fala;

 — Vamos sair daqui Maria? A moça olha para o menino brilhando e fala;

 — Está maluco?Pedro esticou a mão para a moça, ela sentiu o corpo

translucido, ela estava se molhando e sente a agua passar pelamão como se não a atingisse.

 — O que está acontecendo, morri? — Se ficar aqui, com certeza, temos de sair Maria.Ela vê ele lhe a puxar e atravessar a porta, não abrir, ela

viu a destruição, mas não sentiu o fogo, caminham e Gerson vê omenino trazer a empregada para a peça.Pedro olha para o pai, olha para os demais, toca seu bolso

e acha o celular e disca para Dinho; — Dinho, me ouve. —  Está onde, estamos todos em pânico, os bombeiros

devem estar chegando. —  Na sala do servidor, as escadas para baixo estão

obstruída pelos restos do avião, vamos tentar nos manter calmos.

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 — Mas estão bem? — Olha em volta, deve ter gente ouvindo, se cuida, temos

de saber quem e como.

Pedro desligou e Dinho viu Roberto chegando, olhandopara cima, o prédio estava sendo evacuado, os três últimosandares estavam a queimar com vontade.

 — Temos de falar Roberto!Roberto olha em volta, vê uns seguranças estranho, olha

para os demais e fala para dois; — Detêm aqueles dali antes de tudo, e aqueles na entrada

da rua, antes da policia cercar tudo.

Os rapazes detêm dois senhores altos e negros, e uma levade seguranças com ternos impecáveis.

 — Pode ter sido um golpe de mestre Dinho. — O menino está com o pai, madrasta, irmã e namorada

no servidor, sabe que aquilo aguenta muito. — Sorte? — Com Pedro estou parando de pensar em sorte Roberto.

 — E os bombeiros.Roberto nem terminou de falar e ouviu os carros

embicando na rua, e começarem a isolar a área que os seusseguranças já estavam isolando, os moradores assustados.

Pedro olha em volta e olha para o pai; — Acho que foi o senhor Rhodes e Pires, ele não teria como

repassar a exploração em Nazareno sem nossa morte. – Pedro.

 — Deste cuidamos, mas como estamos, o que acontece seo prédio desabar? – Patrícia. — Ficaria visível o que não precisa ser visível. – Pedro.Carol vê Renata o abraçar e falar; — Não sei o que fez, mas obrigado, quando falam que você

é especial, até eu as vezes tento negar.Ele a abraça, puxa Carolina e ficam ali os três abraçados,

Maria olhava assustada para tudo aquilo, pensou que morreria,que os demais estavam mortos, mas estavam todos ali, brilhando

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enquanto ela, sentia-se bem, mas não brilhava pois o meninonão estava mais de mãos dadas com ela.

 A noticia do prédio sendo abalroado por um avião quedecolara a minutos do aeroporto do Bacacheri, dava o clima doinicio de noite, em todos os noticiários.

Ninguém falava de mortes, mas destacavam que era oapartamento de Gerson Rosa.

Gerson viu Pedro abrir uma gaveta interna ao servidor,pegar uma chave de fenda, desligar o servidor, e retirar os 5 HDde 20tera, e por em uma pasta e lhe olhar.

 — O importante é a informação. — Sabe que devem estar se agitando em muitos lugares.Pedro esperava que alguém tentasse lhe ligar, mas o local

era ruim de pegar sinal, o isolamento transformava o sinal asvezes apenas emergência.

Pedro escreve uma mensagem e dispara nas redes sociais,e com a rapidez que a mesma tem algumas pessoas começam a

comentar, e o menino não respondeu as indagações, apenasafirmou. ―Estou vivo, minha família está viva, o que maisimporta?‖  

Priscila de Sena, olha as imagens e olha a imagem domenino, e olha para os dados do sistema de Joaquim e fala paraCarlos.

 — Tentaram matar o menino e Gerson numa única cartada. — Sabe se estavam lá? —  O menino disparou a minutos, que está vivo, fiquei

olhando os movimentos do sistema, e tudo indica aquele Rhodese Pires, que estão jantando na casa de Pires em Brasília.

Carlos pega o celular e disca para os rapazes em Brasília epassa os dados que precisava;

Rhodes olhava as imagens, quando ouve o primeiro tiro dolado de fora, os seguranças foram caindo um a um, e o senhor

olha para as câmeras de segurança sendo desligadas por rapazes

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mascarados, tenta o telefone e vê que algo estava interferindono sinal do celular, a linha fixa, desligada, olha para Pires e fala;

 — Se eles estão mortos, quem nos ataca.

 — Achou que seria fácil senhor Rhodes? — Quem nos ataca? — Se soubesse, mas parece que estamos detidos na casa.Rhodes fez sinal para um segurança a porta e falou; — Não gosto de esperar, vou sair.O grande segurança chega a porta e o senhor sente o

sangue espirrar em sua roupa e vê o imenso segurança cair.

Rhodes dá dois passos atrás e grita com Pires. — Faça alguma coisa. —  Disse que não era uma boa ideia Rhodes, tudo para

ganhar tudo, quando poderia ganhar o suficiente. — Mas quando vai me passar as concessões deles? —  Já falamos disto, eles tem de ser oficialmente mortos

para abrir nova licitação de extração. — Pais burocrático este seu. — E de bons atiradores, não facilita.O senhor olha para o outro segurança, que puxou o

primeiro para dentro e fechou a porta, eles ouvem tiros em todasas janela, e começam a se concentrar numa sala central da casa,pois parecia que entrariam por qualquer lado.

Pedro olha para a porta, e sente seu brilho sumir, os

demais olharam as mãos e veem um senhor forçar a porta, e aabrir, já era perto da uma da manha, o bombeiro chama outro aover que haviam pessoas ali, e o radio foi passado para fora.

Pedro olha para o senhor e fala;; — Temos como sair? — Desobstruímos a escada, mas ainda tem focos demais de

fogo.

Pedro olha para o pai que fala; — Vamos sair com calma, levamos muita sorte.

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O bombeiro não falou, mas realmente, foi muita sorte, elescomeçaram a descer pela escada, Pedro e Gerson nunca haviamdescido por ela, sabiam existir, mas nunca a usaram.

Quando saem na porta, a imprensa olha descrente, e aimagem de Gerson e a família saindo pela entrada do prédio, foinoticia em todos os jornais, até nos dele, a lenda GersonTravesso começava a ficar cada dia mais forte.

O senhor Pires estava ao centro da peça, liga a TV e olhapara Gerson e o menino saírem do prédio e olha para Rhodes.

 — Ai está a resposta de quem nos ataca. — Como eles sobreviveram?

 — Eles não tem nada contra você, ou contra mim, fora ospedidos de mudança de concessão, nada que nos ligue atentativa senhor, achar e provar é diferente.

Máximos estava ao hotel no centro da cidade quando olhaa imagem do menino saindo pela porta do prédio em chamas, epede para o rapaz ao lado lhe explicar o acontecido.

 — Um avião atingiu o prédio que eles estavam em cheio,dizem que um milagre aconteceu no apartamento, eles estavamna única peça que não ruiu no andar que estavam.

 — Os inimigos deste menino são mais violentos que nós,mas vejo que eles em si usam algo que os demais não usam,colhem as lagrimas e as dores.

 — Não entendi. — O menino quer ajudar na nossa causa, mas parece que

os demais não o querem facilitar. — Sabe que já fizemos coisas assim general. — Eu atirei nele soldado, você viu. — Ele pelo jeito é algo que o senhor respeita. —  Uma lenda, que não se negou a me olhar aos olhos e

dizer, sou uma lenda, quer enfrentar? — Acha que ele não é um Fanes?

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 — Se ele for, saberemos, mas ele não parece um Fanes, elenão parece temer a morte, não parece temer Deus.

Dinho olha para Gerson e pergunta; — Onde? —  Acho que meu filho nos empresta uma casa por uns

dias.Pedro concorda e fala; — Cuida delas um pouco pai? — Vai para onde?

 — Vou para a aula cedo, mas tenho de falar com alguém. — Se cuida.Pedro beija Carol e fala; — Tenta relaxar, sei que é difícil, mas tenta. — Se cuida.Pedro olha para Roberto enquanto Dinho os conduzia a um

carro no sentido do Tanguá.

Pedro pega um computador com Roberto, passa amensagem para alguns e vê um helicóptero descer no fim da rua.Roberto o acompanhou e descem a frente na base do

Bacacheri e partem para uma viagem de 2 horas para Brasília.Descem no aeroporto e vão de helicóptero para a região da

casa do senhor Pires, onde o menino olha para os seguranças eentra com Roberto, por uma janela toda estraçalhada a tiros.

Pires olha para o menino, ele poderia não ter as provas,

mas sabia que fora ele; — Acha que vai ficar barato menino? – Pires. —  Depende, me de um motivo para respirar pela manha,

apenas um motivo, para não dizer que fui ruim.Pires olha o senhor Rhodes abrir os olhos, estavam

dormindo ao centro da peça com toda a tensão; — Boa noite senhor Rhodes? – Pedro.

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Pedro olha para Pires, ele pagara por algumas concessões,usara toda a diplomacia, e o senhor querendo vender novamenteo que já havia pago.

 — Tem de ver que o preço foi bom. —  Paguei o que pediu Pires, acha mesmo que se o preço

fosse o que estava em jogo, não estaríamos conversando aqui. — Mas sabe que não tem como negar algo a este senhor

ao lado.Pedro olha para o senhor Rhodes e pergunta; — Querendo me roubar senhor Rhodes? — Deve ter entendido errado menino. — Entendi que existe um avião na minha janela, que você e

Pires estão pedindo a transferência das concessões já dadas,pode esquecer o que falamos antes, se a proposta era 60/40,agora vai ser 90/10, querendo tudo bem, não querendo, achoquem queira, outra coisa, hoje os dois saem vivos, mas seestiverem no Brasil nas primeiras horas de hoje, 24 de Maio,podem se consideram pessoas mortas.

Pedro olha para o senhor caído ao chão, o segurança echega a ele, ele estava sangrando a horas, Roberto sabia que omenino não gostava de mortes as costas, chega ao senhor, otoca, o rapaz ao lado vê o brilho da mão do menino, tomar osenhor, a ferida se fechar e o senhor abrir os olhos e ve omenino afastando a mão.

Rhodes olha aquilo incrédulo, o menino saiu e o senhorolhava o segurança sem entender o que acontecera.

Rhodes lembrou da advertência, em inglês, para os doisentenderem e olha para o segurança, ao lado de fora, uma levade paramédicos atendia os seguranças, agora desarmados.

Pedro embarca para Curitiba naquele dia, quase 5 damanha. 

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Pedro chega em casa, perto das 7 damanhã, sobe e vai ao banho, estava quaseatrasado para a escola, e não tinha uniforme,não tinha material, não tinha vontade de ir, osono estava grande, mas não se negaria asobrigações por um pequeno contratempo.

Pedro desce e vê Carolina sorrindopara ele, talvez aquele dia fosse ser bom,pois com um amanhecer destes, do que elereclamaria, olha para ela e fala;

 — Te amo Carolina Frota.

 — Pena que seja tão atirado. — Consegui dormir? —  A Patrícia me deu um remédio e

dormi, sua mãe ligou, e pediu para retornar. — Roseli? —  Sim, esqueço que tenho de alertar

qual.

 —  Imagina a confusão que estoutransformando minha pequena vida.Ela o abraça, Maria chega a cozinha e olha em volta e fala; — Esta casa é imensa menino. — Gostou do quarto Maria? — Nem sei o que falar, tô sem documento, sem roupa, sem

nada Pedrinho.

 —  Fala com o Roberto que ele vê se sobrou algo dosdocumentos, a roupa ele consegue uma folga e um dinheiro,para comprar, estamos todos assim, eu levei sorte, ainda estavacom o uniforme escolar.

Pedro olha para Carol e perguntou; — Acalmou sua mãe? — Sim, elas estavam pensando que todos morreram, disse

que anunciaram nossa morte por volta da meia noite, pois o

prédio estava destruído, e quando saímos pela porta a uma damanha, ela disse que havíamos renascido.

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 — Como digo Carol – Pedro olha para Maria  – Maria, Deusprotege quem sabe de sua existência.

 — Ainda não entendi ontem a noite, você brilhava. – Maria.

 —  E se falar, vão pensar que está inventando Maria, umacoisa é falar, Deus nos protege, mas se ele o faz, muitos nosdesmentem, nos chamando de coisas feias.

Maria serve o café e vê Renata chegar a cozinha e falar; — Estou acabada. – Ela termina a frase fixando os olhos no

irmão – Não, nem tão acabada.Pedro sorriu, tomou 3 cafés bem forte e falou; — Vamos? — Vamos! – Renata.O animo não estava nas palavras, parecia um quase, vamos

para a cama.

Moreira no Rio de Janeiro olha para Renta e pergunta; — E alguém vai furar de verdade o sistema ou vão apenas

fazendo estes alarmes de entradas secundarias.

 — Não sei se alguém vai furar, para isto teria de saber oesquema de montagem do mesmo, mesmo assim, parece queseria algo bem complicado, os programadores conseguem asvezes passar uma linha de defesa, mas ficam presos em umcorredor, sem saber para onde irem, e a sensação que dá é quetodas as portas são saídas.

 — Sabe que não são saídas mas não sabe onde entrar?

 — Sim, o menino não usou um padrão internacional, soubepor vazamento de informação de pessoas que saíram de lá, queele usou a base de um programador e desenhou o programa dedentro para fora, mas como não sabemos qual é o dentro, nãosabemos qual o fora.

 — Acha que não vão furar? — Acho que ele pagou para despistar, quando ele pagou os

primeiros, mostrou que eles estavam monitorando até nossos

IPs, e agora estão tentando seguir os caminhos iniciais, masainda nada, o pessoal de Los Alamos não parece interessado em

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achar o furo novamente, o que quer dizer que ele deve ter feitoum acordo com o pessoal de lá, já o pessoal de Paris, parece queperderam algo, não entendi por que, mas parecem ter ido aoinicio novamente.

 —  Corporações que falam em milhões mas que umaentrada de 500 mil faz com que percam bons programadores.

 —  O que eles fizeram?  –  Renata olhando para Moreira,sabia que ele havia monitorado mais que ela.

 —  Eles tinham um excepcional programador, este fura obloqueio, se não fosse a declaração de Pedro de quem era ovencedor, todos pensariam ser o tal Nick.

Renata ficou olhando para Moreira como se esperasse eleterminar de expor o que sabia.

 — O rapaz que furou o sistema, teve um deposito em seunome, que apenas ele poderia sacar pessoalmente, mas osregistro mostram que forçaram o rapaz sacar e depositar todo oconteúdo na conta da empresa.

 — E não era de se esperar isto?

 — Não antes do rapaz terminar o que começou, as pessoasprecisam motivação, sinal que a única motivação que elesacharam em Paris, foi o dinheiro, pois tem um super sistemanovo para estudar e eles estão perdendo um programador portrocado.

 — Meio milhão de dólares não é trocado. — Para a empresa seria, para o programador não. — E por que acha que eles perderão o programador?

 — Passagem de vinda para o Brasil confirmada a 2 horas,embarca amanha, com destino ao Rio de Janeiro.

 — O contratou? —  Não, aquele rapaz de Nazareno, abriu uma conversa

criptografada por e-mail com o rapaz e fez uma proposta até nãotão grande, mas pelo que entendi, este rapaz, 22 anos, PietroMartin, é dos nomes que inspiraram o menino.

Renata faz uma pesquisa sobre o nome do rapaz e xinga;

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 — Que merda, não tinha um nome mais comum que estepara ser programador?  – Renata olhando os dados, vendo quePietro Martin era dos nomes mais comuns na França.

Moreira sorriu e falou; — Põem o nome dele associado a criptografia randômica e

verá quem é o rapaz. — Acha que o sistema dele se comunica criptografado? — Um dos rapazes que pulou fora, disse que a chave deles

era mudada a cada 24 horas, e que tinha trinta e dois dígitos, eque o sistema alterava randomicamente suas chaves.

 — Acha que o menino esperava isto?

 — Acredito que não foi somente o menino que bolou tudoisto, mas com certeza, parece que tinha interesse no rapaz, e sepensarmos, as pessoas que tem alguma chance de entrar, são asque inspiraram aquilo.

 — Faz sentido. —  Eu começo a admirar este menino Re, ele com seus

poucos anos, parece ter traçado planos, muitos deles paralelos,

para 20 ou 30 anos, isto o faz andar agora muito rápido. — Não entendi. — Ele pensou nos gastos que poderia ter, e como poderia

transformar as coisas, com uma entrada de 350 mil reais ano, eledeve estar com isto por dia, deve chegar a isto por hora, mascomo ele havia pensado no que fazer, por 20 anos, estácaminhando rápido, pois o dinheiro que ele precisaria ter, eleestá tendo.

No prédio da empresa de programação, Maria de Lourdesolha para Ricardo e pergunta;

 — Por que parece preocupado. — Por que dentre os que saíram, alguns parecem estar se

apresentando em empresas de software que parecem terrecomeçado a tentar.

 — Calma, amanha estamos fora do ar, e quinta voltamosao ar, com a versão eP1, versão 1.0.

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 — E como estão os integradores? —  Começamos a estruturar nas entradas um sistema de

controle e de interação, leve que possa fazer as programações esó buscar a informação, não dando acesso interno, o sistema oprocura, vê o nível de acesso e se o programa o tiver, seráliberado o dado, mas não será dado acesso. – Maria.

Marcelo chega ali e fala; — Sabem como foram os testes finais? —  Sabe que estranho isto, 12 tentativas fortes, duas

chegaram realmente a entrar, mas foram ao caminho fácil eacabaram dentro do sistema de entrada do servidor no Alasca,

estranho um caminho de entrada por um lugar daquele. – Maria. —  Quer dizer que mesmo ele pagando 4 invasores,

sabemos que ninguém entrou? – Marcelo. —  Sim, e como tínhamos os dados deles, em momento

algum eles desconfiaram. — Soube que Charlyston vem a tarde, sabem o assunto? – 

Marcelo.

 —  Sim, parece que receberemos o primeiro reforçoamanha! – Maria. — Quem? – Ricardo. — Ele se denomina de Mikinho, ou como agora sabemos,

Pietro Martin! – Maria. —  Esta não esperava, por que desta contratação?  – 

Marcelo. — Pelo que estava levantando na internet, o menino fez o

programa dentro do que ele conseguiu aprender, e Mikinho temum texto em Inglês que fala sobre a Criptografia Randômica, é osistema que o nosso usa para nos fixar as senhas de entrada.

 — Acha que isto que o pôs na lista? – Ricardo. —  O rapaz é rápido, tem uma noção de criptografia

avançada, o que pode proteger os sistemas e as informações asmantendo bem protegidas, acho que isto que interessa ao grupo,

pois Ricardo, somos nós que vamos ter de transformar isto emalgo que possa evoluir.

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 — Acha que ele fica? – Marcelo. — Acho que vocês dois não entenderam, esta empresa que

estamos começando, pode não nos dar condição de fama, mas écapaz de nos tornar melhor remunerados que os demais, pois seentendi os números dos prospectos de vendas, aquele queCharlyston passou para todos, eles esperam entradas em bilhões,e não esqueçam, nosso salario fixo, é pouco, mas a divisão dolucro, é separada 40% e dividida entre os programadores epessoas ligadas a isto, com percentuais que podem nos daralguns milhões por ano a mais.

 — Acha que eles conseguem vender? – Marcelo.

 —  Charlyston me passou o texto que foi mandado aUniversidade da Califórnia, eles não vão fazer um ceder detecnologia, eles colocaram números, primeiro o menino entroucom um sistema, o colocou ao mundo, e agora, para os quatroparceiros, vai cobrar uma entrada de 20 milhões mensal parainvestimento pesado.

 — Eles responderam? – Marcelo. — A Califórnia perguntou as condições do contrato, e o que

teriam acesso, quando se pôs a disposição o programa eesquema do Beta do eP1, eles depositaram a primeira parcela.

 — O menino já abriu então a eles? – Marcelo.Maria colocou o esquema na tela e falou; —  Marcelo, o sistema primário, o eP1, tem apenas duas

espirais, a que colocaremos em instalação em horas, - Mariamudou a tela do computador  – é a que ele abriu a nós, após o

primeiro grupo pular fora. — Quer dizer que ele vai colocar o sistema em ação depois

dos depósitos? — O segundo parceiro é o próprio Joaquim Moreira, através

de uma empresa que está em nome de Louis Vince em Paris,todos acham que eles estão brigados, então ele entrara com asegunda leva de capital para o funcionamento da empresa, eesta e a entrada da Sony já estão computadas, então ele esperaapenas mais uma entrada e sabem como eu, tudo o que ele

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montou, quando o quarto pagar, estará pago, ele teráarrecadado 80 milhões de dólares, como ele falou, se ele pode,por que não podemos.

 — E de quanto tempo é o contrato de inicialização? — 5 anos de parceria, então o contrato que passei para a

Califórnia é como os demais, mas a Califórnia vai entrar com 1,2bilhões de dólares em 5 anos, somando as 4 entradas, elerealmente sabe fazer bilhões. – Maria.

Marcelo sorriu e perguntou; — E o que eles falaram quando você passou o projeto do

eP1 para o pessoa de Los Alamos?

 —  Aquela Sabrina parece estar olhando atenta cadadetalhe, mas ela passou um recado com a frase do menino. ―Depois de visto, parece muito básico, e antes de visto, pareceimpossível de ser feito.‖  

 — E ela nem viu tudo. — E quer falar com o menino, ela entendeu de lá que ele é

a base desta programação, fazer o que, eles estão mais

acostumados a programadores de 12 e 14 anos! – Maria. — E o que acha que este rapaz pode somar? —  As regras Europeias de Programação, o que eles

aceitam, não esquece, aqui fazemos as coisas sem o controle,acho que eles não perceberam que em países como o Brasil, elespodem testar muito mais a fundo que nos Estados Unidos ou naEuropa, onde os sistemas de controle são austeros.

 —  Eles tem medo de nossas leis que podem mudar a

qualquer instante. – Marcelo.Maria olha para os demais e fala; — Pelo menos agora parecem mergulhados no projeto.Maria sorriu, parecia que cada um agarrou a parte que lhes

era parte e ficaram horas olhando, como se agora eles fizessemparte, antes não conseguiam entender suas funções.

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Pedro não consegui prestar a atenção na aula, estava emseu rosto o cansaço, não dormira, e tudo parecia passarlentamente, como se aquelas aulas fossem demorar horas, dias.

Gerson olha para Patrícia e pergunta; — Você está bem amor? —  Assustada, nem sei como saímos de lá, mas realmente

seu filho passou um limite muito maior que nós Gerson, saímosde lá e sofremos para sair das camas, por dias, ele parece estarsentido o meio, não entendi ainda o que foi aquilo, e não voureclamar.

 — Assustador, mortal, Moreira me passou uma mensagemque Pires e Rhodes saíram fugidos do país assim que Pedro saiude Brasília.

 — O que aconteceu que não soube? —  Pires havia dado nós como mortos e pediu uma

reabertura dos pedidos de exploração. — Rhodes é burro mesmo! – Patrícia.

 — Quanto Pedro havia proposto para ele? — 40/60, nunca ele vai conseguir algo assim lá, e vem

querer 100%, um traíra mesmo. — Pedro tentou um acordo bem agradável, sinal que ele

achava que tinha mais. — Pior que não, ele veio com uma informação, o menino

confirmou a ele ter mais, e a preocupação de por tudo nomercado, e mesmo assim ele tentou o bote.

 — Acha que teremos problemas Patrícia? — Acho que seu filho foi experto, mas ele falou algo que

não entendi, que espera a autorização da extração de duas jazidas de ferro, mas quer segurar a exploração.

 — Não entendi. — Ele disse algo que não sei se tem como verificar, mas

ele disse que a jazida de ferro de Carajás não dura mais 34

anos.

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 — Seria um belo golpe, pois se não me engano, quandoera da inciativa publica, diziam que tinha ferro para 400 anos.

 —  Talvez a diferença seja a forma de extração, não aquantidade que tinha. – Patrícia.

 — Verdade, mas vou ao Rio de Janeiro, ira comigo? — O que quer fazer? —  Conversar e dar autonomia para este Charlyston,

vamos ter de achar uma forma de apoiar Pedro, ele não vaiconseguir fazer tudo isto sozinho, por sinal, pensei que elenem iria a aula hoje.

 —  Ele não dormiu, mas a tarde estará um caco, acho

que dorme assim que chegar. — Vai comigo ou não?Patrícia olha a barriga e fala; — Vou, não sei o que aconteceu, mas estou me sentido

bem melhor hoje que ontem. — Sei lá, quase morremos, talvez esta seja a diferença.Patrícia sorriu.

Charlyston estava no servidor em Nazareno quandoRicardo chega a sala e fala;

 — Como estamos, o que quer falar? — Ricardo, entra ai. — O que ouve?O rapaz faz sinal para a porta e Ricardo a fecha;

 — Estava falando com o senhor Gerson, e preciso trocaruma ideia.

 — Problemas? — Não, mas Gerson perguntou como podemos apoiar o

menino mais, ele não quer o filho perdendo o ano, e temmuita coisa no meio do caminho.

 — O que precisa de ajuda?

 — Esta sala, vai ser administrada lá de cima a partir dehoje, você vai descer apenas para verificar os registros de

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temperatura e energia, pois hoje devem terminar de implantaro sistema de segurança e as câmeras internas, amanhacomeçam a por os objetos nos invólucros que estão montandohoje, e preciso de você cuidando destas coisas quando nãoestou aqui Ricardo.

 — Vai onde? — Não sei onde paro, mas começo no Rio de Janeiro, e

posso precisar ir a Curitiba. — Viu o estrago no prédio o menino, está em todas as

TVs? — Quem não viu, por isto precisamos estar ligados na

tomada, nem sei ainda o problema, mas vou a fazenda, e delá para o Rio de Janeiro.

 — Vou tentar não entrar me pânico. — Tente com vontade Ricardo.Ricardo sorriu e Charlyston pegou o carro da empresa a

porta indo a região norte do município.Charlyston chega a fazenda, se via os caminhões de

entulhos levanto pedra para a região baixa do terreno,esperou eles passarem, dirigiu até a porta da residência doadministrador, a poeira estava alta, quando parou o carro elapareceu continuar no sentido que vieram e ficar ali,depositando-se no carro.

Charlyston olha para o administrador e depois para oGeólogo;

 — Danilo, Bruno, como estão as coisas?

 —  O que esta acontecendo rapaz?  –  Danilo, oadministrador do local;

 — Vamos entrar, a poeira esta alta, e ainda não estamosnuma época que possamos abusar da agua.

Entram e sentam-se; — Danilo, deve ter visto o barulho que veio de Curitiba

nos últimos dias?

 — Sim, o dono e o filho estão bem?

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 — Sim, mas Gerson pediu para tentarmos dar o máximode apoio ao filho, que parece ter grandes planos, mas éapenas uma criança, como todos sabemos.

 — Verdade, e no que posso ajudar. — O menino comprou a parte baixa do outro lado do rio,

na curva ali atrás, o engenheiro vai lhe avisar qual a estruturaque vão usar, mas ele pretende gerar um lago ali, reforçandoa estrutura com pedra e restos que tiraremos, mas ainda nãotemos permissão para gerar a energia, mas vamos gerar domesmo jeito.

 — Vão por uma mini usina aqui? – Bruno.

 —  Sim, teremos de ter energia independente dofornecimento, queremos ter um servidor que não caia, mesmocom todo o planeta parando de funcionar.

 — Certo, mas isto não é algo rápido? — Não, por isto o senhor Gerson quer ajuda de todos,

vou falar com os engenheiros quando voltar do Rio, poisparece que o senhor Gerson não gostou de virar alvo, agoraele quer trabalhar para não pensar.

 —  Dizem que eles estavam no prédio que foi atingidopor um avião, eles estão bem?

 — Senhor, o que vou falar é segredo da empresa, mas oservidor da empresa ficava naquele prédio, eles se protegerambem na sala criada para o servidor, ela aguentaria o vir aabaixo do resto do prédio, mas isto fez com que eles tivessemde mudar o servidor para o Rio de Janeiro, e terei de ir para lá

recuperar os dados, que  – Charlyston olhou para Bruno  –  omenino havia mostrado apenas para o senhor. — Acha que tentaram realmente os matar? — Bruno, uma indagação de mudança da concessão de

extração em Nazareno estava em tramite ontem a noite emBrasília, com a afirmativa de que a família havia morrido toda.

 — Acha que vazou algo?

 —  Vazou, não sabemos por onde, mas foi a extraçãodaquele buraco que gerou o atentado em Curitiba, e se eles

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tivessem morrido, estaríamos com gente nova a porta, mesmoo terreno não sendo deles.

 — E reverteram este tramite em Brasília? – Bruno.

 —  O tramite só teria valor se o dono da concessãotivesse morrido, pois eles tem o direito de exploração por 100anos na região.

 — Teria de falar com Gerson, rapaz, posso ter causadoisto! – Bruno.

 — Como causaria isto? —  Antes do menino aparecer no domingo, pensei que

eles não estavam notando que tínhamos entrado em uma

região de Kimberlite, e passei um pedido de analise, que podeter vazado.

 — Aviso ele, mas o menino já tinha tentando um acordode venda dos diamantes, e mesmo assim mantiveram oataque, tem de ver que as pessoas as vezes querem demais.

 — Quem eles acham que foram os causadores? —  Ninguém fala disto abertamente, mas Pedro esteve

em Brasília ontem a noite por duas horas, e duas pessoassaíram quase que fugidas da cidade, Gerson acha que estesque fugiram eram os causadores, mas está de olho em todos.

 — Não lhe passaram nomes pelo jeito? – Bruno. —  Senhor Bruno, tem mão do senhor Rhodes, maior

vendedor de diamantes do mundo por trás disto. — Gente de dinheiro, acha que vão tentar algo aqui? —  Eles querem o diamante, mas vamos a partir da

semana que vem, fazer mais lentamente, em duas semanas,teremos o buraco totalmente coberto, quando o meninopensou nestas maquinas, é que elas abrem um buraco estreitocomparados ao sistema de abertura normal de extração, o quenos permite cobrir os buracos.

 — O que eu posso fazer para ajudar? – Danilo. —  Como vamos acelerar, o menino mandou lhe propor

mudar para um sobrado na cidade, enquanto o movimento e apoeira vai subir alto! Na verdade ele propôs aos dois, agora

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eles vão acelerar e a poeira no lugar não vai facilitar a vida,ele estará transferindo momentaneamente as criações, asplantações não vão chegar a gerar frutos e já estaremos emnovos planos.

 — Pelo jeito ele vai reduzir o acesso. — Sim.Charlyston saiu desta reunião e foi falar com os

engenheiros, e era perto do meio dia, quando ele pega umcarro no sentido de São João Del Rei, onde pega ummonomotor para o Rio de Janeiro.

Charlyston passa as coordenadas para o menino, mascomo ele não estava respondendo, pensou que ele deveriaestar descansando.

Em Curitiba Máximos chega a central de operações quemontaram em um dos quartos locados, em um hotel central epergunta;

 — Comparou os dados?

 — Das namoradas, nenhuma aponta para Fanes senhor,temos ordens para voltar para casa. — Menos mal, está cidade é diferente. — Diferente? — Rapaz, as vezes chegamos a cidade e as pessoas se

dizem alegres, aqui todos que chegam de fora, falam que osda cidade não se comunicam, que são fechados, que sãoantipáticos, mas o que vi, é que parte deles, não divide comos novos seus segredos, é como se tivesse algo grandeescondido na cidade.

 — Sabe que tem gente que vira e volta fala de cidadesdeste país, mas nunca havia vindo a ele, o clima é agradável.

 —  Rapaz, esta é a capital mais fria que eles tem, umimenso país tropical, com grandes áreas plantadas, e que poralgum motivo, nunca consegue crescer. – Máximos.

O rapaz sorriu, estariam saindo dali, era o que elesqueriam.

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Pedro sai pela porta, e abraça Rita, que olha paraCarolina e fala;

 — Conseguiu que ele a roubasse também de casa? — Nem tinha chego lá e um avião entrou pela janela, asala que o seduzimos não existe mais Rita.

 — Ele está morto, cuida dele. – Rita. —  Estamos todos mortos, estamos usando a casa que

será sua emprestada, não nos expulse! – Pedro. — Vou tentar não os expulsar, mas como está? —  Preciso de um banho e cama, a cabeça está

explodindo. — Imagino.Rita saiu com a irmã, Pedro, Renata e Carolina chegam

ao carro de Dinho que os deixa em casa, Pedro tomou umbanho e apagou a cama.

Gerson e Patrícia chegam ao Rio de Janeiro, e vão para

a casa que seu filho havia criado, o rapaz da casa levou asmalas para baixo e Gerson ligou para Moreira.

 — Moreira, como estão as coisas? — Não sei o que seu filho fez, mas soube que Rhodes

saiu fugido do Brasil, nem pegou as coisas no hotel. — Sabe se Pires sumiu também? — Está chegando a Paris em 6 horas!

Gerson pensou, ele pegara o primeiro voo; — E dai, vamos ser parceiros nesta ideia de meu filho

sobre programação? — Pelo agito que se fez hoje em Los Alamos, acredito

que seu filho vai conseguir mais investidores. — Mais? —  Os 4 investidores que ele contatou, depositaram a

cota de participação, como ele está, falar nisto, não o vi onlinehoje?

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 — Deve ter ido descansar, ele não dormiu, e é daquelaspessoas que dormem mesmo 8 horas.

 — Levaram sorte ontem!

 —  Moreira, a ideia é que pareça que foi sorte, massomente os que lá estavam sabem que não foi sorte. — Esperavam por isto? — Esquece que sonho com mortos Moreira. — Mais um maluco, Pombo perguntou se seu filho era

um dos especiais, e tive de dizer a verdade. — Moreira, ele não é um Fanes, mas ele é especial. — Ouvi maluquices a respeito, mas parece que ele tem

coragem, ele encarou os homens dos Dragões com muitacalma e ninguém sabe me dizer qual acordo ele fez com eles,mas estes também já estão voltando.

 — Menos uma preocupação, mas por que acha que eleterá mais investimentos?

 —  Sabrina Jones, está neste instante com o GeneralDallan em uma reunião fechada com o Secretario de

Segurança da Casa Branca. — Eles engoliram a armação pelo jeito? – Gerson. —  Fazer o que, ainda tenho um ano sem falar com

Louis.Gerson sorriu, se despediu e olhou para Patrícia; —  Vamos guardar algumas coisas!  – Gerson pega uma

pasta e vão no sentido da sala do sistema, a destrava e olha

para trás, viu os olhos do rapaz que os recebera vir a eles, eolha para Patrícia. — Paranoia. — Sim, paranoia.Gerson trava a porta e chegam ao servidor, ele colocou

cada HD em uma gaveta e os foi instalando, iniciou aquelagaveta e passou uma mensagem para Ricardo;

 ―Como está o backup Ricardo?‖   ―Charlyston deixou pronto para que pudesse usar!‖  

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Gerson olha o sistema, fecha um arquivo e um servidorde backup em Nazareno com senha e começa a passar para láo backup que tinha em casa, e que não era mais seguro.

Estavam ali quando o celular de Gerson toca; — Fala Charlyston. — Estou chegando na casa no Morro do Macaco. — Estamos no servidor, lhe esperamos.Gerson olha para Patrícia e fala; — Quero saber o que ele falou para Charlyston. — Por que?

 — Vazou por algum lugar. — Dizem que foi por aquele Bruno, em Nazareno.Gerson olha para as câmeras da casa, verifica que 3

funcionários ficaram olhando Charlyston destravar a porta eentrar, Patrícia viu que não era normal, eles tinham outrasfunções, não ficar olhando para o servidor.

Charlyston chega e aperta a mão de Gerson dá um beijono rosto de Patrícia, e fala;

 — Temos de conversar senhor Gerson. — Problemas? — Odeio desconfiar de todos, mas sua casa está com 4

funcionários que não são da casa. — E saberia quem são os funcionários? — O sistema que propus a Pedro fazer, um sistema que

transformasse e analisasse os dados do que David está

fazendo na sede de Copacabana, ele me propôs por uma seriede controles de pessoas, para que soubéssemos quem estavano lugar errado.

 — Acha que corremos perigo? – Patrícia. —  Roberto está chegando a casa senhora, o sistema

alerta Roberto ou João do problema, quem estiver mais perto. — E o que mais quer falar?

 —  Bruno em Nazareno, por achar que ninguém estavalhe olhando e não entendendo de Diamantes, pediu uma

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analise na sexta feira do material do buraco, então enquantoPedro ia lá, Rhodes recebia na Cidade do Cabo, um estudoapontando para Diamantes de alto padrão vindos deNazareno.

 — Soube disto quando? —  Estes dados me vieram hoje, não tenho as entradas

de Pedro, mas ele sabia disto ontem. — Ele foi negociar com Rhodes sabendo o que ele sabia?

 – Patrícia. —  Ele disse que iria propor um 40/60 para Rhodes, do

que ele legalizaria, pelo que vi ele induziu que a maior riqueza

estava na Bahia, e que em Criciúma existiam Diamantes Azulados.

Patrícia riu e Gerson a olhou; — Não entendi. —  Rhodes é supersticioso, ele acredita que diamantes

azulados trazem a morte com ele, por isto Pedro jogou paraCriciúma os Cristais Azulados, ele não vai nem olhar para lá.

 —  Mas de onde saíram os diamantes azulados?  – Gerson. —  De uma amostra da Bahia, mas ele pôs no sistema

que deveria ser protegido todos os dados das pesquisas, eledisse que iriamos trocar uma ideia hoje, que não poderiapassar de hoje, mas não entendi por que.

 —  Ele falou algo mais, que desse para puxar umameada?

 —  Algo que teria as entradas para pagar osinvestimentos, e que começaria a segunda parte.

Gerson olha para os montantes e olha para Charlyston; — Ele lhe abriu o que referente as contas? — Ontem a noite, nem sei que horas, estava dormindo,

ele me mandou um aviso que rastrearia as contas de umsenhor em Brasília, que tinha contas na Suíça, Wall Street e

Trinidad Tobago, que era para dar uma olhada nos montantesmas não mexer ainda.

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 — Quem ele queria vigiar? – Patrícia. — Senhor Pires! – Charlyston.Gerson sorriu e acessou o programa de rastreio e falou;

 — Este vai me xingar para valer. — O que Pedro fez? – Patrícia. —  Ele vai tornar as contas de Pires visíveis, estão em

bancos oficiais, mas são aquelas contas que ninguém fala,mas ele levantou os dados e mandou para o centro deinvestigação de lavagem de dinheiro da Interpol.

 — Acha que eles vão fazer o que? – Patrícia. —  Pedir o confisco do dinheiro, primeiro eles vão

bloquear e depois com calma pedir explicações da origemdeste dinheiro.

 — Não podem lhe envolver nisto? – Patrícia. —  O sistema tirou nossos rastros antes de começar a

levantar os dados, é um belo demonstrativo de lucro, mas em5 horas eles vão ter o senhor lá querendo parte do dinheiro, opedido de meu filho vem de encontro a verificar o que Pires foi

resgatar na Suíça.Gerson viu que o backup terminou e olha os dados

colocados em Curitiba por seu filho e joga na tela; — Não entendi os dados! – Gerson.Patrícia olha o local e fala; —  Isto parece referente a um mapa, e a números de

extração.

 — Cheio de símbolos! – Gerson.Patrícia olha o mapa que tinha na ultima pagina daquelegráfico e olha para Gerson.

 —  Ele esta ainda levantando, pois ele põem comoaproximado, mas se for isto, Au é símbolo de Ouro, entãoonde tem este símbolo, tem um montante.

Gerson olha o mapa, mais de 200 pontos apontando Au,e falou.

 — Ele quer me bater até no ouro!

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 —  Sim, Pt é platina, Cu cobre, Zn zinco, Fe Ferro,acredito que ele no lugar de escrever Diamante, ele colocouapenas C de carbono. – Gerson olha o mapa, o menino estavaabrindo buraco em todas as regiões, e extrairia mais de 30tipos de minerais.

 — E estas marcações? —  Toneladas você sabe o que é, mas se reparar, o C

tem de dois tipos, o C por tonelada, e o C por ct, que é adesignação de quilates lá fora.

 — Não entendi. —  Quando não serve para Joias, ele vende por quilo,

então esta dizendo quantas toneladas tem, quando é para joia, esta em quilates, aquilo que falamos, um quilate valer 4ou 1000.

 — Lembro, mas aqui diz que ele tem mais de 24 grandesreservas de diamante.

 —  Duas realmente divinas, e nem estamos falando deNazareno, que ele parece estar estudando o caso. – Gerson.

 — Ele não abriu os lugares, ele queria uma entrada fixa,mas o senhor resolveu o tentar matar, pior, ele perderia estesdados lá, e nem saberia a burrada que fez.

Gerson vê Charlyston acessar os registros de Pedro paraa segunda feira e vê a ordem de compra do terreno na Bahia,sendo assinada naquela manha, por procuração no Rio deJaneiro.

 —  Senhor Gerson, os corretores ainda estão fechando

hoje a compra do terreno de onde saiu esta amostra na Bahia,o terreno era do senhor Cardoso, o menino perfurou ele antesde ter a terra.

Gerson olha os dados e pergunta; — Problemas? — Não, mas vou ficar de olho, ele comprou este terreno

que parece ser muito grande, por um milhão de reais senhor.

 — E o senhor nem desconfiou?

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 —  Não sei, mas Pedro sempre diz que as pessoas oanalisam pelo tamanho, pensam em estar fazendo bonsnegócios.

 —  Ele espalhou que estavam por baixo das terras dosMagalhães, então ninguém tentou comprar, foi esperto, eleesta comprando apenas agora.

Patrícia olha os estudos e fala. —  3 minas profundas!  –  Patrícia olhando os

cronogramas de Nazareno e fala  – O buraco que furou terraapenas, chegou a 100 metros ontem, os engenheiros estãocomeçando a fazer o rescaldo com compressor de concreto

nas paredes de baixo para cima, enquanto desmontam aperfuratriz  –  Patrícia sorri e olha para os dois e pergunta  –  Adivinha para onde está a ordem de envio da perfuratriz?

 — Vitoria da Conquista? – Charlyston.Patrícia sorri concordando com a cabeça, Gerson olha as

imagens de Roberto detendo pelas câmeras os 4 funcionáriosque não eram da casa.

 —  Ele está rápido, mas ele arriscou, poderia não ternada lá.

 —  Pelo que estou vendo Gerson, o Pedro está complanos de perfurar para tirar as amostras em mais de 90lugares que não são dele, mas que estão lá, abandonados asorte. – Patrícia.

 — Onde? — Norte de Minas, Sul da Bahia, Sul do Tocantins, Norte

de Goiás, Rondônia, Roraima, Amazonas, ele não estábrincando Gerson. – Patrícia.

 — Algo de potencial?Patrícia olha os dados, pensar que estava no servidor de

Curitiba e não olhavam. — Ele vai se complicar em todos os sentidos. — O que achou?

Patrícia olha para Gerson e fala;

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 —  Tem uma Serra no norte de Minas, que tem umabaixada, e o seu filho mandou fazer um estudo de granito tipoitaliano na região, Pedra Azul, mas exploração abaixo do nívelda terra.

 —  Mas por que tamanho dispêndio de energia?  – Gerson.

 — Não entendi, é complexo demais, ele tem estudos devarias coisas, deve estar pensando no que implantar.

 — Pelo jeito ele está começando. – Charlyston. —  Ele deve ter pensado muito Gerson, ele parece ter

planos que vão de geração de energia eólica em Minas, Bahia,

Paraná, Rio de Janeiro, pequenos geradores de energiabaseado em quedas de agua, não entendi.

Charlyston olha a senhora e fala; —  Ele não quer chamar a atenção, mas ele quer o

sistema funcionando independente de tudo cair. — Para isto existe geradores. – Gerson. — Ele sabe disto, mas ele parece ter planos a mais.

 — Muitos. — Gerson, lembra quando você falou em 100 pontos de

mudanças, a sua parte? – Patrícia. — Sim. — Ele tem projetos neste servidor para 1008 municípios

do país, é muita coisa. —  10 vezes mais, mas o que ele esta fazendo

realmente? —  Ele está terminando de estudar onde vai comprar,mas se ele implementar tudo isto Gerson, seu filho vai ser dosseres mais influentes deste país. Isto é quase um município acada cinco do país.

 — Por isto tantos apoios? —  Lembra que muitos tem medo de acordo com os

Magalhaes Gerson?

 — Sim.

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 —  Seu filho andou conversando via e-mail com algunsMagalhaes e esta com ordens de compra em 25 cidades ao sulda Bahia, e para cada compra um estudo de viabilizaçãoeconômica.

Gerson sorriu e perguntou; —  Por acaso na região de Poção, Manuel Vitorino,

 Aracatu e Planalto? — Sim! – Patrícia não entendia a pergunta. — Amor, meu filho ainda está procurando, mas acredito

que ele esta a fim de fazer diferente. — Não entendi.

 —  Tenho de falar com ele, isto não tem haver comriqueza natural, tem haver com distribuição de renda.

 —  Sabe que ele é teimoso o suficiente para ajudaralguns.

 —  Estou tentando entender o que ele vai fazer, aindanão entendi.

 — O que não entendeu? – Charlyston.

 —  Ele parece querer fazer algo a mais em todos ospontos, não entendi o todo.

 —  Senhor, ele está investindo em Nazareno. Mas boaparte dos investimentos dele ainda não saíram do papel, elefala investir em colégios, do fundamental ao Doutorado, eleestá fazendo investimento no reerguer do patrimônio histórico,cinema, teatro, um projeto de residências, não entendi esteainda, esta prestes a começar o projeto de reciclagem domaterial orgânico e inorgânico da cidade, ele tem projetos quevão de abatedouro, plantações, fabricas de alimentos,baseados em vários estilos, fabricação de artesanato eprodutos da terra, mas o que me fez estranhar, é que elepediu a todos os de lá, para lhe passarem uma lista de tudo oque precisariam para viverem bem na cidade, e parece dentrodesta lista, investir em muitas coisas, a ponto de falar emrecuperação de solo, em saneamento básico, em teatro eescola de teatro, coisas que parecem não caber na minha

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cidade, mas ele parece querer pensar em algo, como setivesse pensando no futuro.

 — E pelo jeito os investimentos serão altos.

 — Ele sabe que ainda não pode fazer tudo, como ele diz,nem tem 14 anos ainda. — Mas tem ideia do que ele pretende? – Patrícia. —  Não conversamos ainda sobre isto, mas ele parece

interessado em fazer as pessoas valorizarem o que fazem, nãoos salários na conta, ele pareceu ficar preocupado com isto,mas é recente, quando os demais pularam fora, os rapazes daempresa de programação.

 — Alguém mais pulou fora? — Iure pediu ontem para falar comigo a serio, ele estava

com uma proposta muito boa de uma empresa Norte Americana.

 — E qual o perigo destes que pularam fora, interferiremno andamento do projeto dele?

 —  Ele sabe que o programa tem seus defeitos, mas

como ele disse, somente vendo o quão genial que ficou a ideiadele, juntando a ideia de 20 programadores, dos quais 12trabalhavam para ele, destes quais 5 pularam fora, ele nãoficou feliz em perder os rapazes, ele as vezes acredita naspessoas, o projeto era um desafio que todos achavam incrívelquando o viram, mas quando viram um menino de 13 anos afrente, com os e-mails chamando para outras empresas maisfamosas, eles não pensaram no desafio, apenas no salario, ele

não gostou, mas quer saber, como ele falou, Foram Tarde,pois ele não quer gente que se vende, e sim que aceitasse odesafio de fazer do nada algo grande.

 — Acredita que eles conseguem? — Senhor, o programa dele não vai vir a publico, mas

com certeza, em 2 anos, será a base de dados interna deprogramas de segurança de meio mundo.

 — Ele fechou os acordos?

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 —  Ele terá as entradas que precisa para financiar oandamento da empresa, por 5 anos, o dinheiro entrou naconta da empresa, sabe disto, aquele dinheiro é parapagamento dos custos, a legalização dele vai gerar imposto,mas sabe como eu Gerson, que se ele não tivesse achadonada, e tivesse apenas contando com esta empresa, ele játeria um começo. – Charlyston.

Patrícia olha para Gerson e pergunta. — Quanto os investidores colocarão neste projeto? —  Oitenta milhões de dólares por mês, ele realmente

conseguiu impressionar, e se a ideia era desafiar os grandes,

ele conseguiu é fazer a propaganda do sistema. — Então ele realmente fez algo incrível? – Patrícia. —  Vejo engenheiros de software olhando para a

empresa dele como lugar para trabalhar, e quem ele chamoupulou fora. – Gerson.

 —  Quem entrar lá será chamado para fora senhor, odesafio deixa claro que seu filho fez algo incrível, e se osdemais querem tentar o superar, vão chamar os que estãodentro.

 — Ele pode ter uma grande decepção! – Gerson. —  Acho que isto serve para a empresa, o que ele fala

para suas relações, que se querem o roubar, roubem, massumam da frente, ele pretende criar algo especial, o que nãosei, mas sabe que ele fala coisas que não entendo senhor.  – Charlyston.

 — O que não entende? —  Ele sita pessoas que nunca ouvi falar, como os

Wasser, em Curitiba, nunca ouvi falar, mas vi religiosos daremum passo atrás quando falam no nome do senhor, ele fala emexistências paralelas, que está escrito lá, mas nãos sei quandoele olhou, mas fala esta coisa de Fanes, que não entendo emnada.

 —  Literatura infantil, o primeiro livro de Moreira faladisto Charlyston, uma bíblia de grande que é.

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 — E por que alguns os perseguem, pois se entendi, elesforam a Curitiba o caçar, por ser um ser destes.

 —  Ele queria deixar claro que não era um, sabia quequando ele entrou em destaque, aos quase 14, ele entrou nalista dos Dragões de Abraão, então resolveu deixar claro quenão era, foi proteção Charlyston, ele não se se perdoaria saberdisto e perder uma das meninas por os ter deixado de lado,como se não fosse importante.

 — E este Wasser. —  Este é uma incógnita, se você olha para o senhor

hoje, ele tem a aparência de quando eu era criança, lembro

do meu melhor amigo de infância falando que ele era umbruxo, e que nunca envelhecia, que seu pai falou que ele tinhaaquela cara a mais de 500 anos.

 — Acredita nisto? — Acho que se ele usa algo para se manter na aparência

que está, ninguém de Curitiba sabe o que, e todos os demaisbruxos do mundo o consideram o numero um, o primeiro dosbruxos.

 — Por que eles consideram isto? —  Dizem as mas línguas que ele é odiado entre os

Bruxos, e quando ele se instalou na América, e escolheu asforças da terra, se denominando de um Pagão, muitos bruxoso desafiaram para tomar seu posto e muitos deixaram deexistir.

 — Sabe que a justiça saberia quem ele é de verdade.

 — Se alguém pergunta para ele, quantos anos ele tem,ele fala que tem 42 anos.

 — E ninguém investiga? — Não sei, devem ter coisas mais importantes a fazer. — Ouvi aquele David falar em família Guimarães, quem

são estes? —  Estes nem sei, meu filho lê muito Charlyston, muito

mesmo.

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Os dois sorriem, estavam falando coisas impensadas aosdois;

 —  Charlyston, estou lhe dando recursos, para apoiarPedro nos projetos de Nazareno, vou lhe passar duasprocurações de representação da empresa, e vamos registar aescolha da presidência dela, colocando você neste ponto, paraque possa gerir os gastos e assinar pelas obras, temos deconseguir andar com as pernas, não gosto de meu filho ter decorrer tanto no fim de semana, arriscando tudo.

 — Agradeço a confiança e a indicação senhor. — Sabe que estaremos de olho, mas você é uma escolha

de meu filho, vejo que deu um jeito na confusão de Nazareno,espero que consiga administra aquilo, precisando me liga.Charlyston volta a sua cidade natal e olha todos os

dados, a semana estava começando e tudo começavaacelerar.

Os planos do menino pareciam estar nos sonhos nestedia, pois nem ele e nem os demais, estavam com os pés nochão, estavam todos voando.

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J.J.Gremmelmaier

Crônicas de Gerson Travesso19 

Moroaica!No montar dos dias, as vezes pulamos um pouco, para

dar tempo aos acontecimentos, para ter furos na historia ase contar, mas todo pulo, verá que algo na diagramação ouna exposição do conteúdo mudou, Crônicas de Gerson

Travesso é um laboratório de ideias, sejam elas a nívelgráfico ou de conteúdo, gerando as vezes textosdesconectos, mas que vão ligar os personagens em algofuturo.

Faz alguns capítulos, que mesmo mantendo asequencia de dias, a historia foi para o fantástico, não maisapenas no âmbito natural e normal, se esta acompanhando

sabe, antes não tínhamos seres estranhos a existência nostestos das Crônicas de Gerson Travesso, que trouxe seufilho ao jornal, e este, Pedro, traz os mundos Fantásticos deJ.J.Gremmelmaier como naturais a cidade natal de onde omenino se criou.

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Gerson vê Pedro sair mais cedo, com Renata e Carolina,não sabia como estava esta relação, mas muitos estranhavam efalavam absurdos na escola, olha para Patrícia e fala;

 — E como está? —  Lendo sem entender nada as crônicas, parecem muito

superficiais, nem parecem os dois escrevendo. —  Trocamos ideias ontem a noite, os dois não sabiam

sobre o que escrever, e ambos não queriam dar pistas do fim desemana.

 — O que vamos aprontar?Gerson sorriu pelo vamos, e falou; — Tem gente demais olhando, então vamos falar de coisas

chatas, Pedro falou que talvez fosse a hora dos dois saírem do

foco. — Por quê? — Patrícia, todos estão falando de nós, e isto não facilita

em nada nossas investidas, o menino viu que quem antes lhevendia coisas baratas, está pedindo o dobro por coisas maisbásicas, ele não quer pagar caro pelas mesmas coisas.

 —  Imaginava isto, mas ele aproveitou bem o tamanho, e

vira e volta continua aproveitando. — Ele esta receoso com tudo isto, mas as vezes temos deandar em paralelo, vamos a Minas, vamos ver o que ele queriafalar quando me alertou de algumas coisas em Juscelino.

 — Vão mesmo lá? —  Sabe como eu, que aquele lugar deixou de ser

estratégico, pelo menos eu acho que deixou, não sei, ele tem memostrado coisas incríveis a cada fim de semana.

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 — Verdade, ele tem corrido no fim de semana, e durante asemana, antes eram os cursos de línguas e de programação,agora ele colocou um de ourives, e de designer de joias, fora eleficar olhando para os dados as vezes horas, como se tentandopensar em algo a mais.

 —  Ele tem feito um projeto no computador, ele não medeixou ver nada Gerson, ele lhe falou algo?

 — Ele esta pensando em criar pontos como os nossos, masa ideia dele é bem mais complexa, ele vai investir em pelo menos200 cidades, ele quer nestas cidades ter uma estrutura que gereeducação, lazer e cultura, fora uma alimentação saudável, para

todos os que o esquema dele abraçar, vi que ele não esta falandoem dar comida, ele está falando em criar um sistema que osalario saia limpo, totalmente limpo.

 — Qual a ideia dele? — Ele disse que quer ampliar uma ideia maluca, que ele viu

na net estes dias, tentar que todos os que cercarem, caminhemnão para trabalhar, mas para fazer o que gostam, ele estaautomatizando muita coisa, principalmente as coisas repetitivas,

mas ele parece querer um lugar diferente de viver para os filhos.Patrícia abraça Gerson e fala; — Vai ter de me ajudar a criar nosso menino para ele gerar

tamanho orgulho, como este seu Pedrinho. — Olha que ele deixa as coisas difíceis para todos.Os dois terminam o café, e ficam olhando as noticias

online.

Pedro chega a escola e olha Carolina segurar sua mão efalar lhe olhando;

 — Acha que vou facilitar como ontem? — Acho que você está linda Carol, e to perdido!Carolina sorriu vendo Rita chegar ao lado e olhar para

Pedro e o dar um beijo curto, olhando para os olhos dele;

 — Este meu Pedrinho está terrível.

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 — O que fiz agora? – Pedro se fazendo de inocente, depoisde uma tarde agitada entre duas meninas, e uma discussão coma irmã, que lhe olhava se afastando.

 — Te amo meu Pedrinho! – Carol soltando a mão dele e seafastando, aquilo estava muito aberto e os demais paiscomeçavam a falar mal do menino, pedir o fim do escândalo,então adentro do portão, sempre se comportando, mas o olharde Carol e Rita para o pequeno Pedro despertava conversa emquase todos os grupos, o menino que alguns estavam no começodo ano chamando de provável Cronista do Ano, já pareciasuperado, mas com certeza, muitos ainda olhavam para o

menino, talvez a inveja começava a afetar o menino em todos osmeios.Pedro entra na sala 12 e Sandra olha para ele e perguntar; — Com qual delas está namorando? — Sandra, não é questão de namoro, serei pai, e não posso

deixar de falar, cuidar ou me aproximar das duas. — Dizem que você namora as duas. — Isto não diz respeito aos demais, mas...  – Pedro sorri e

olha para Sanda calmamente com um sorriso aos lábios – amo asduas.

Sandra olha para o menino, uma criança crescendo, masainda dos menores da oitava das duas turmas, todosestranhavam duas das moças mais incríveis dali o tratando comonamorado, muitos no começo duvidaram, mas agora, com duasgravidas, e todas as línguas apontando para o pequeno Pedro

como pai, a historia ganhou muita fofoca.Pedro senta-se na ultima cadeira, olha para a porta e vêum senhor entrar na sala e falar;

 — Bom dia a todos, quem é Pedro Rosa.Pedro olha para ele e fala; — Eu. Alguns ainda entravam pela porta, e ouvem;

 —  Para os demais, sou o novo diretor do colégio, poderiame acompanhar a direção menino?

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Pedro deixou seu material, se levantou e foi a direção, asexta feira começou sem previsões;

Pedro olha o diretor, o segue, vê quando o senhor entroudireto, e fez sinal para a secretaria que usariam a sala;

O senhor olha o menino, Pedro não conhecia o senhor, eobvio que ele não o conhecia, apenas fama;

Pedro fica de pé a porta e espera o senhor sentar-se eolhar para ele, o senhor pareceu olhar uns papeis a mesa edepois o olhar;

 — Pedro Rosa, sabe que temos um pedido de afastamentoseu da escola?

 — Não, pois se tivessem comunicado meu pai, ele estariaaqui, então não sei.

 —  Gostaria de conversar, não gosto de afastar um alunoexemplar em meu primeiro dia, mas afastaram ontem a diretoraantiga, e me puseram o seu problema como primeiro aconversar.

Pedro se mantinha de pé a porta, ele estava tentando

pensar em o que fazer, mas ainda não tinha uma posição que ofizesse avançar ou recuar, apenas ouvia. —  O que acha da acusação menino, de ser um mal

exemplo para os demais.Pedro pensou na frase e falou; — Senhor, eu não me vejo como mal exemplo, mas obvio,

mal exemplo é muito genérico, algo que no Brasil é mal exemplo,num país mulçumano pode ser regra, e na China proibido.

 —  Temos reclamações sequenciais que você engravidouuma das meninas de sua sala e isto gera nos demais um exemplonegativo, e como é alguém que tem Crônicas em um jornal dopaís, você acaba defendendo suas folias como correto.

Tinha uma cadeira vazia a sua frente, e Pedro chega assuas costas, apoia as mãos na cadeira, sobrando apenas parte doombro e da cabeça a vista do senhor.

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 —  Desculpa senhor, não sou de negar o que fiz, e soucontra esta visão que parece virar regra no Brasil, doPoliticamente Correto.

 — Por que seria contra isto. — Ou é Politico ou é Correto senhor, Politica é a arte de

discutir, quando se estabelece o que se pode discutir, pois sóaquilo é correto, deixa de ser politico, deixa de ter sentido, masacatarei o que a direção determinar.

 — Acha que eles tem razão em ser um mal exemplo. — Obvio que não, existem duas outras moças gravidas no

colégio, que não são meus, deixar claro e duvido que eles

estejam preocupados em expulsar os dois meninos que serãopais, é contra mim, pois eu assumi que são meus, se negasse,eles falariam mal e estariam felizes, mas não vou negar que fiz,que fui irresponsável em não usar uma camisinha, para oscontentar.

 —  E teria um motivo para estar neste colégio, algoespecial?

 —  Como meu pai fala, estou neste colégio pela formaçãodos professores, não pela direção ou pelos colegas, duvido quequalquer reclamação venha de pais da minha turma, devem virde outras, então o colégio tem de analisar, mas não queira queleve a serio.

 — E por que acha que os da sua sala não reclamaram? — Senhor, quando sofri bulling o ano passado, ninguém se

meteu para ajudar, quando fui tirado a força da escola,

sequestrado aqui dentro, ninguém reclamou, e diria que foiarriscado aos demais minha estada aqui, mas por que ninguémreclamou? Porque eu sou invisível socialmente, muitos do colégiosabem quem é Pedro Travesso, mas Pedro Rosa, muito poucos,pelo menos o ano passado quase ninguém saberia quem é.

 — Vou definir pela permanência sua, mas gostaria que nãohouvesse demonstrações obscenas em publico.

 — Sem problemas, pois se eles acham que vou desrespeitarqualquer das meninas para aparecer senhor, não me conhecem.

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O diretor estava olhando o menino, por trás da cadeira, omenino ficou ali, pois dava a noção de tamanho de Pedro, quenão condizia com a denuncia.

Pedro volta a sala, o professor de Português olha para ele efala;

 — Esta atrasado, espera a próxima aula.Pedro sorri, pois ele chegara sedo e perdera a aula, sai e

olha para o corredor e senta-se, sabia que esperar era algo quetirava as pessoas do serio, pelo menos ele que odiava esperar,estava ali quando o diretor parou a sua frente.

 — Tem de voltar a aula menino.

 —  Então avisa o professor Diretor, regra do seu colégio,cheguei a sala após o professor e ele não me deixou assistir.

O diretor olha atravessado, olha para a sala fechada, epensa no que faria. Entre interromper a aula, resolve deixar omenino esperar, Pedro sempre era pelo assistir, pelo sofrer asconsequência, mas o diretor não entenderia isto.

Pedro ouve o sinal e vê alguns alunos entrarem em outras

turmas e entra na sala, sentando-se em sua cadeira, o professornão faria a chamada novamente, então levaria as duas faltas poraquela travessura do diretor, mas ele anotou o dia no caderno.

Pedro olha para fora e vê o dia ficar escuro, vinha umaonda fria, e na sexta não era uma boa, pelo menos para ele quequeria apressar as coisas.

No Rio de Janeiro o grupo termina a primeira amostra do

pré-programa, e passam o modelo para Charlyston, que olha omesmo e começa a fazer anotações de cada ponto que poderiammelhorar, cada curva que ficara frágil, Maria recebe ocronograma de alterações e olha para Ricardo;

 — Quem disse que Charlyston era apenas um nome? — Ele sabe o que o menino quer, não posso negar isto, e

pelas colocações, ele sabe cada curva de risco do programa, mas

todas as colocações que recebi são passiveis de melhora, bomsaber que estão atentos a cada detalhe.

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 — Esta mudando a cara, o prédio no fundo parece começara se agitar.

 —  Deve ficar pronto em uma semana, o pessoal delimpeza, estrutura e segurança começam esta semana, não possodizer que o menino não saiba organizar as coisas.

 — Sabe o que aconteceu que ele mandou o pessoal de Los Alamos esperar? – Maria olhando para Ricardo.

Marcelo, outro programador chegava a eles e fala; —  Acho que o menino quer tratar algo especifico, não

entendi ainda, mas obvio, os projetos dele agitaram o grupo deLos Alamos, mas pelo jeito eles estão nos escondendo algum furo

que ninguém achou, pois as dicas de segurança que meapontaram, achava que a segurança anterior detinha.  – Marceloolhando Maria.

 —  Acho que ele esta analisando o programa em sim, nãoesquece, um dado que entre, percorre um dos corredores dentro,se ele for aceito, ele vai ter três copias, pois o sistema triplicapara não perder informação, já pensou em algo ofensivo queentre? – Maria.

 —  Entendi, ele quer fechar as entradas de duplicação por12 segundos antes de o absorver, ele quer o sistema protegido,mesmo que infectado, ele se refizesse. – Ricardo.

Marcelo olha para Ricardo e fala sorrindo; — Sabe o risco disto? —  Todos sabemos, mas acredito que o menino e este

Charlyston vão verificar cada ponto e perigo. – Ricardo.

 — Sabe o que ele tanto acha que o pessoal de Los Alamosteria que nos seria proveitoso?

 — O menino deve abrir uma vídeo conferencia hoje, comotoda sexta, mas ele está olhando um cristal que está sobreestudo em Los Alamos, o menino procura algo igual.

 — Cristal? – Marcelo olhando Ricardo que havia falado. —  Algo sobre um cristal de um centímetro cubico, é uma

espécie de cristal de carbono, eles conseguiram até agora, ligar aeste cristal, mais de 2 milhões de conexões e este cristal parece

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ser usado como um processador, mas não um que reconheça 0 e1, ou hexadecimal, mas ele responde a 1920bit, com respostasdinâmicas e rápidas. – Ricardo.

 —  Esta dizendo que o menino quer ver algo sobre umanova tecnologia?

 —  Sim, algo que deve ser lançado em processadores de jogos, espalhados pelo mundo a partir de 2013, mudando oparâmetro gráfico, mas principalmente o controle e as respostasa um sistema de controle baseado em Los Alamos.

 — O que este sistema faz, que interessa ao menino? —  Segundo o que ele colocou no sistema sobre isto, este

nível de resposta e de condensador de energia, nos permitiriauma proteção pessoal, como a que ele demonstrou naquele showna mangueira.

 — Acha que ele já tem isto? – Marcelo. — Acho que ele quer algo seguro, algo que o permitisse e

nos permitisse uma proteção pessoal, baseada em um sistema deenergia e informação.

 — Mas por que este cristal seria o segredo. —  Dizem que ele armazena energia em quantidadesassustadoras, para prover a informação, estamos falando a nívelatômico este parâmetro de informação, então se esta energia,contida em um único cristal, puder ser modelada ao corpo que ocarrega, através de sistemas de informação, teríamos um sistemade proteção baseado em energia.

 — Por que acha isto? – Maria.

Ricardo coloca a imagem do menino brilhando que forafilmado, e aumenta no menino e se vê a bala entrar no campo deproteção, e pela imagem, a camisa do menino furar mas nãoatingir o menino, sem sangue, sem ferida.

 — Acha que ele quer algo que não chegue a camisa, seriaisto? – Marcelo.

 — Marcelo, não sei que tecnologia o menino usou, se olhar

parece não ter nada, mas estamos falando de um cristal de umcentímetro cubico.

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Marcelo olha a mão aproximando os dedos e olhando paraeles como se imaginando quanto era isto e fala;

 — Algo que não seria perceptível, e você disse que é a basede carbono?

 —  Parece ser a base de um cristal de carbono, não édiamante, mas é cristal.

 —  Se ele conseguisse isto, mudaria todo o mercado desegurança, mas se eles conseguirem um sistema a 1920bit,teríamos um sistema interno de proteção que funcionaria não em12 segundos, mas o tempo de resposta seria inferior a umsegundo, para varrer todo o sistema. – Marcelo.

 —  Seria como se tudo que fosse visível na defesa dosistema dele, virasse invisível, tamanha a velocidade que osistema se recuperaria.

 — Acha que é isto que o menino quer? – Maria. —  Se estamos vendo esta possibilidade, provavelmente

seja apenas um detalhe do que ele pretende, mas se estivermosna empresa que desenvolveu isto, com certeza estaremos notopo dos engenheiros de software. – Ricardo.

 — Acha que eles vão abrir isto? – Maria. — Acredito que não. – Ricardo. — E acha que o menino vai desenvolver mesmo assim? — Começo entender onde ele quer chegar Maria, mas como

é só desconfiança, melhor ficar ainda no meu acho, não no seu enem no de Marcelo. – Fala Ricardo.

 — Acha que ele tem como fazer? — Acho que ele vai tentar.

Pedro não saiu para o intervalo, estava anotando a aulaque perdera, então quando saiu no fim das aulas, haviam muitosolhos sobre ele, querendo uma resposta.

 — Vai se esconder de nós? – Rita. —  Te amo, mas hoje é dia chato, tenho aula de

Programação, aula de Inglês, vídeo conferencia, e ainda com

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certeza, uma conversa seria com alguém.  – Fala Pedro olhandoaos olhos de Renata que chegava a eles.

 — Não para nunca Pedrinho? – Rita.

 — Tenho de falar com seu pai também, mas isto lá pelas18 horas. — Pelo jeito perderei meu Pedrinho para os compromissos

hoje. — Sim, mas se tudo der certo, saímos as 23 horas, um voo

direto a BH. — Odeio voar a noite. — Eu também, mas tenho de me acostumar que medos são

feitos para se enfrentar, vamos a BH e passamos a noite lá,cedinho pegamos no sentido de Kubitscheck.

 — Vai finalmente olhar as terras lá? —  Encomendei uma pequena maquina para lá que devem

começar a montar amanha, 36 dias para a montar, no mínimo. — O que demora 36 dias para se montar?  –  Carolina que

chegava a elas.

 —  Uma pequena maquina que os engenheiros chamaramde Bagger 288, dizem ser das maiores maquinas já criadas pelohomem.

 — E por que vai a montar lá? – Carol. — Porque é impossível alguém tentar não olhar ela, mesmo

tentando não olhar.Pedro pega um prospecto na mochila e estica para Rita que

começa a olhar aquela imensa maquina, olhando como setentasse entender o que era aquilo.

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Rita olha para Pedro e pergunta; — Quanto custa algo assim, qual o tamanho disto? — As duas torres maiores, chegam a 45 metros de altura,

um prédio de 15 andares, de ponta a ponta, mais de 150 metrosde comprimento. — Quanto? – Rita olhando para Pedro. —  Comprei usada, pouco usada, mas não se fabrica algo

assim todo dia, mas o desmontar e remontar já é suficiente paragerar muita mão de obra e reclamação.

 — Não vai falar? — 75 milhões. – Pedro olhando ela, falando baixo. — Tá podendo? —  Rita, te amo, precisava da maquina, uma maquina

destas abre um corredor de estrada sozinha, sem milhares demaquinas, uma maquina destas na ativa, faz obras grandes empouco tempo.

 — Então passou a ter as maiores maquinas de extração dopaís?

 — Cada lugar requer uma forma de agir, não me adiantater coisas grandes onde não se precisa, e pequenas onde seprecisa.

 — Vai entrar em guerra com ambientalistas? — A Krupp que me vendeu a maquina, tem o sistema de

transformação de lixo orgânico em energia, então se por um ladoestou investindo em deterioração, estou em transformação degazes tóxicos dos lixões.

 —  Pelo jeito meu menino vai virar realmente um grandeempresário deste país.

 —  Se grande não sei, mas que vão falar de mim, bem emal, isto com certeza! – Sorri Pedro que se despede das meninase olha para Renata e fala;

 — Hora de conversar mana. — Odeio sua forma de ser, as encanta.

 — Vamos? – Pedro apontando para o carro.

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Os dois caminham no sentido do carro.Dinho olha para Pedro e pergunta; — Como vai ser o fim de semana menino?

 — Vamos, agora a viagem é mais demorada.Pedro não deu corda a Dinho e olha para a irmã epergunta;

 — O que precisa irmã, parece estar esperando que caia noseu colo?

 —  Parece que todos olham para você como um adulto,menor que eu uns 10 centímetros.

 — Compenso com o trabalho e com a fama. —  Soube que aquela Carla tá maluca para pular na sua

cama. —  Acho que estão confundindo as coisas, mas não tô

falando delas, vai batalhar por seu amor ou não? —  Não tem sido fácil, parece que elas longe de você

querem algo a mais, mas você define por uma, as outras queremcair matando.

 — Renata, o problema não é o que eu faço, é o que vocêfaz, não queria que fosse assim, sabe bem que quando começouesta confusão, nem sabia que você era minha irmã ainda, mastem fugido das aulas extras, não se interessa nem pelo que estáem seu nome.

 —  Acho esta cidade muito chata, as pessoas parecemgeladas, não falam com a gente, as vezes queria voltar para onordeste.

 — Então construa sua saída daqui irmã, mas enquanto ficarsobre o muro, elas vão me olhar apenas.

 — Sabe que a sua forma liberal as confunde também. — Eu não sou liberal, sou realista, não dou conta de duas

mulheres, sou apenas o Pedrinho. — Mas nem sei por onde começar. — Eu não sei onde você quer parar, como posso saber por

onde começar, pois eu não sabia nada.

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 — Por que meu irmãozinho tem de ser tão especial? — Não me acho especial, mas não quer dizer que não me

esforce para ser.

 — Vai fazer o que hoje? – Renata. —  Aula de Inglês, depois de programação, e em meio aisto, muita conta de telefone.

 — Pelo jeito esta com os planos a toda. — Estou ainda em uma guerra, mas em 5 dias, terei todas

as autorizações que preciso ter para começar a me mexer, serãomais de quatrocentas explorações em mais de 200 cidades, emmais 11 estados.

 — E pelo jeito vai as deixar todas esperando. — Não acho que seja menos hoje do que antes, mas é que

as vezes a impressão que damos é de estarmos correndo muito,mas estou parado em uma sala de aula, em um cronograma queme é obrigatório, enquanto muita gente trabalha.

O carro estava entrando no terreno e Renata pergunta; — As 6 casas estão quase prontas, e nem vai ter função a

todas. — Renata, um dia alguém vai virar para mim e perguntar

se não tinha pensado naquilo a ponto de deixar passar algoestrutural, mas por enquanto, eles estão correndo.

 — E vamos onde este fim de semana? — Juscelino! — Tem algo lá?

 — Digamos que começamos o fim de semana por lá. — E acabamos onde? — Nem ideia.Os dois entram na sala e olham para Gerson, o pai dos dois

e este parecia estar conversando com alguém serio ao telefone; — Como aconteceu isto Bruno?Bruno era o engenheiro de extração em Nazareno, interior

de Minas Gerais.

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Pedro apenas ouvia uma parte da conversa, mas olhoupara Patrícia, e perguntou;

 — Como está meu irmãozinho?  –  Apontando a barriga damoça.

 — Entrando no sétimo mês. — Tem de se cuidar Patrícia. – Renata. — E este seu irmão nos deixa relaxar.Pedro sorriu e olhou para o pai, e falou; —  Vou subir ao meu quarto, desço daqui a pouco, para

conversar e almoçarmos.Pedro subiu ao quarto, tomou um banho, e acessou seu

computador e abriu uma linha de comunicação com Sabrina, emLos Alamos, após ver que ela lhe mandara uma mensagem;

Pedro olha para a moça pela tela e pergunta em inglês; ―O que aconteceu Sabrina?‖   ―Gostaria de confirmar os dados referente ao que você

passou para nós!‖   ―Quais dados? Qual deles.‖  

 ―Referente a um cristal capaz de dar uma resposta superiora tudo que conhecemos!‖  

 ―Sendo sincero, mesmo sabendo que não tem autonomia afalar disto, esperava chegar a dados semelhantes ao que tem aitirados de um cristal de fibra de carbono esverdeado, mas medeparei com um exame, tiramos dez amostras de 1 e 2centímetro cubico, e uma de 10 centímetros cúbicos, amarelado,

azulado ou translucido, e cheguei a 3 dados diferentes, para cadacor, comprei a 5 dias uma fabrica de fibra de carbono, a 4começamos a colocar as linhas de fibra de carbono invisíveis aosolhos, ontem chegamos a vinte e duas mil linhas de comunicaçãoem cada um dos cristais, o teste ainda é inicial, pois para cadalado do cristal pretendemos ter 300 mil ligações, mais de ummilhão e oitocentos mil conexões, nos de um centímetro cubico,que parece o mais estável.‖  

 ―Conseguiu estes dados com apenas vinte e duas milconexões?‖  

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 ―Sim, mas verifiquei que em um centímetro cubico, osistema funciona como uma espécie de super processador, no de2 centímetro, como está no estudo, esquenta e requer muitarefrigeração, e no terceiro, absorve energia, e baseados nestaenergia, estamos pensando em apoiar uma experiênciadesenvolvida na USP de Campinas, no Brasil, não sei se teriamalgo semelhante.‖ – Pedro entrando no jogo.

Sabrina olha em seu sistema e pergunta ao general sepoderia falar sobre isto;

 ―Pequeno Pedro, qual a intensão de algo assim, qual oprojeto que pretendem apoiar referente a isto?‖  

Pedro passa uns dados para a moça e um vídeo e ela olhao cristal sendo alimentado apenas pelo calor de uma roupa, pelosol ou por baterias externas, e depois de um nível de energia,com a disponibilização de pontos extremos, como sensores nossapatos, no boné, em parte da roupa, ela vê o surgir de umcampo de proteção a volta do rapaz que fazia o teste.

 ―Para que quer esta luz a volta da pessoa!‖  Pedro passa o vídeo de alguém atirando em um boneco

com aquela proteção e o General Dallan na sala ao lado olha paraa experiência e olha para Sabrina.

 ―Sabe que o exercito sempre tem interesse nisto menino,mas qual a base deste cristal, é nítido que não é o nosso, pareceum diamante.‖  

 ―Diria que é um diamante!‖   ―Quanto teria disto?‖  

 ―Por enquanto, para não mais do que 10 trajes, mas estouestudando o caso, e gostaria de saber se existe interesse emdesenvolvermos algo assim, acabo de comprar um barracão emLos Angeles, e começo a equipar semana que vem, e pretendodesenvolver isto ai, mas preciso dividir isto com engenheiros,com toda a proteção de dados referente a isto.‖  

 ―Vou passar aos demais estes planos, mas estamosestudando o que nos mandou, genial!‖  

 ―Estou esperando vocês reclamarem ainda!‖  

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 ―Reclamarem?‖ – Sabrina. ―Sabrina, vocês estão com a versão Beta do eP1, estou

esperando vocês falarem que é muito básico para lhes passar oeP1, que está hoje instalado em meu servidor!‖  

 ―Teria muita diferença?‖ – Sabrina desconfiada.Pedro passa para ela um diagrama do eP1 e ela sorri, olha

para o menino e fala; ―Já tem o programa?‖   ―Não, este é o programa que estava pronto mas que não

fora posto em um desafio, queria os dar uma chance,‖   ―Nos falamos quando?‖   ―É só passar uma mensagem e retorno assim que a ler!‖  Os dois se despedem e o menino desce para o almoço.

Sabrina salva os dados e olha para o General a porta; —  Chama os dois engenheiros que estavam estudando

aquele projeto que desviamos de uma faculdade Brasileira. — Acha que é real?Sabrina olhava para o sistema do programa real e fala; —  Não sei o que este menino é senhor, mas o que vê a

frente, é um diagrama do programa, com todas as especificaçõesque não entendíamos de proteção e de velocidade, se ele já estanos disponibilizando este, sinal que andou bem o projeto.

Dallan olha para o esquema, não entendia daquilo; — O que tem de incrível nisto?

 — Um sistema leve, o sistema que está no centro deste  – ela aponta o cristal de 10 centímetros cúbicos  – e que comandapor 22 comunicadores de estremos, uma proteção contraagressões balísticas.

Dallan olhou o esquema e perguntou; —  Acha que se aplicaria isto aos protótipos que

conseguimos através do cristal?

 —  Acho que se ele conseguir computar os dados, eterminar as ligações, ele pode ter um sistema de proteção e de

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processamento, diria que um bilhão de vezes mais potente queos processadores atuais.

 — Um super salto.

 — Sim, e pelo que entendi, aquilo que ele está usando ali,é diamante senhor. — Uma fortuna pelo jeito para fazer uma proteção. —  Senhor, se este protótipo chegar a um milhão de

conexões ela vai estar perto de uma energia capaz de protegerum avião Boeing 775 completo.

 — Mas para que isto? — Por isto preciso dos engenheiros senhor.Dallan olhava ainda a espiral na tela e fala; — Pelo jeito este menino está mesmo trabalhando do outro

lado. —  Senhor, pelo que entendi, ele formou um sistema de

informação para proteger segredos como o que vamos começar adesenvolver.

Dallan passa uma mensagem para os rapazes e fala:

 — Quer ir lá ou terá de esperar eles terminarem um teste. — Vamos lá.Os dois saem daquele buraco onde estava o servidor deles

e com umas mesas frontais, onde testavam protótipos deprocessadores de dados e jogos.

Chegam a uma sala toda protegida, depois de ter andadopor um túnel aparentemente bem iluminado, mas que unia a um

barracão ao lado, a ligação abaixo do nível da rua.Os engenheiros olham para o senhor e falam; —  Veio ver o teste pessoalmente, não tem dado muito

resultado senhor. A senhora vê eles ativarem, veem uma espécie de proteção

cercar um boneco, mas assim que atiram, as balas travessam aproteção.

O rosto de desanimo dos dois era grande;Sabrina olha para o engenheiro e pergunta;

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 —  Qual o sistema de proteção e informação que estãousando.

 — O que tinha naturalmente dentro do cristal!

 — Teria como ter acesso a este sistema?Os dois olham para o general que concorda com a cabeça,a moça chega a uma mesa, via vários cristais esverdeados amesa.

O engenheiro lhe cedeu uma cadeira e ela puxou seu pendrive e copiou para dentro a copia que tinha do sistema, com asduas linhas de espirais, longe de ser a de 6 que ela vira, masainda não tivera acesso.

Ela faz uma analise de temperatura, alta, faz uma analisede energia, baixa, e olha para o general.

 — Acho que poderíamos financiar este menino em mais istosenhor, estamos bem abaixo daquela experiência que ele fez, enem tem um sistema de micro sistemas capaz de colocar ummilhão de conexões num cristal.

 — Do que estão falando?

Sabrina tinha colocado nos níveis maiores de energiadentro do possível, alterado a programação externa e volta como cristal a sala de testes.

Ela dispõem, o cristal e os rapazes veem a proteção ficarmais esverdeada, e o sistema atira no manequim, as duasprimeiras levas de tiro ela defendeu, mas o que era felicidade nocomeço, viram a terceira leva de tiros atingir 10 pontos, e naquarta leva de tiros, o manequim ser todo despedaçado como o

anterior. — O que fez que melhorou tanto? – Engenheiro Jack. —  Senhores, viemos conversar, vamos entrar, quero

mostrar um teste e os valores de um teste básico que um dosnossos parceiros fez.

Dallan observava, e quando Sabrina colocou os dados nosistema o engenheiro ficou ali conversando com um outro que

chegou perto e depois de momentos trocando ideia perguntam.

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 — Conseguiram chegar a este nível de energia com apenasum milhão de conexões?

 — Não, este é um pré teste, com vinte e dois mil conexões.

 — Mas estes níveis de concentração estão muito bons, elefará algo a nível de um milhão de conexões. — Uma empresa se instalará em Los Angeles, estão ainda

se instalando, mas eles não detêm a tecnologia para aplicarfacilmente os micro pontos.

 — Vamos dividir tecnologia.Sabrina coloca o vídeo no sistema e o engenheiro olha a

leva de ataque sobre um manequim e pergunta;

 —  Mas ali não tem um o nosso cristal de carbonoesverdeado.

 — Não, mas estava pensando e dividindo com o General,quais seriam as aplicabilidades disto.

 — Proteção pessoal a pessoas importantes. —  Senhor, eu estava pensando, o que seria o descer de

uma nave espacial, com este tipo de proteção, ou um avião

presidencial? – Sabrina.O engenheiro olha para ela e fala; —  Se conseguirem este nível de concentração, mas acha

que conseguem?Sabrina colocou os níveis de absorção do material em 3

materiais estudados e o rapaz olhou para ela; — Estão com outros cristais?

 —  Eles não tem acesso ao que tivemos senhores, mas oque veem ali ao centro, é um cristal de carbono, prensado a altastemperaturas, de 10 centímetros cúbicos, ou como falam,diamante, e os estudos que me passaram que estou abrindo comvocê, a empresa pediu parceria, e gostaria de saber de vocês, seseria interessante esta parceria.

Os engenheiros olharam-se e um perguntou; — O sistema que usou ali é o deles?

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 — O sistema Beta do sistema, incutido no centro do cristal,com as coordenadas de cada ponto, 46 deles, e estão vendo adiferença.

Dallan olhou para os dois e pergunta; —  Acham que com esta parceria deixaria de ser uma

tentativa para ser algo pratico? — Se eles tem sistema, diamante para isto, nunca soube de

um assim, e pelo jeito um sistema manual de colocação de microcontatos, podemos chegar longe senhor.

O engenheiro afirmando que poderiam ajudar por um lado,e ter uma tecnologia de ponta por outra.

Dallan sorriu e falou; —  Depois pensem no que seria uma estrutura que

pudessem testar e fazer isto dar certo, pois não vamos abrir estainstalação para isto, mas me coloquem no papel um sistema degastos e necessidades, para que possamos fazer dar certo isto.

Os engenheiros olham os dados mais um pouco de Jackpergunta;

 —  Acha que estes dados podem ser confirmados?  –  Falaapontando para o cristal menor? — Sim, a ideia deles é o pequeno para proteções pessoais e

sistemas de comunicação, e o grande para usos maiores, comoproteção de uma base, ou diminuir o impacto de reentrada, ouum isolamento total de um sistema sem janelas.

 — Não entendi! – Dallan. —  General, nosso grande problema em sistemas de

enfrentar os mundos que o cristal indicou, é o peso dasarmaduras, mas se elas lhe dessem proteção mesmo em algoleve, seria mais fácil de enfrentar. Mas obvio que sedesenvolvido, a NASA compraria a pesquisa. – Jack.

Dallan sorriu, pois as vezes pedir verbas sem especificar oudar resultados gerava grandes reuniões fechadas onde pouco sefalava, estavam na área 51, a real, não a que alguns fantasiam

em meio ao deserto ou em meio ao lago seco, eles sempreconfundiam tecnologia fechada com outras coisas.

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Pedro estava saindo da aula de programação, já tivera duasaulas, uma de inglês e uma de Sistema, Chegava ao centro, ondeuma escola de Ourives e Joias de ponta faziam o menino pegarna pratica, mesmo sabendo que ali era apenas teórico, ele cadadia se dedicava mais, o único aluno menor de idade, o único quepassaria desapercebido se os demais não soubessem quem era.

Roseli olha para Paulo, que já tocava parte dos jornais deCuritiba, controlando na sede da Comendador Araújo, umconjunto de pessoas que revisavam e diagramavam 4 jornais

locais, os dois de Londrina, o de Paranaguá e o de Joinville, oque no inicio da tarde transformava aquilo em uma correria só.Roseli olha para Paulo e pergunta; — Algo muito fora do normal? — Nem vou falar que está começando a tomar ritmo que

Gerson é bem capaz de manda mais peso. —  Ele distribuiu o peso, Carla está com um grupo destes

em Florianópolis, que edita até o Porto Alegre. —  Soube, quando Gerson falou em sair da inercia o anopassado, pensei em apenas um livro, não em tamanho agito.

 —  As vezes vejo ele olhando o esquema, e pensando emparar, querendo voltar a mesmice, mas parece que meu Pedrinhonão deixou ele relaxar.

 — Este é outro que parece ter pulado na maioridade antesda hora.

 — Ele parece meio perdido ainda Paulo, mas reagindo aosdemais.

 —  Vamos por mão na massa?  –  Paulo se referindo a porpara rodar o primeiro jornal.

Roseli sorriu.

Moreira estava na região metropolitana de Curitiba, em sua

casa, que abraçava uma antiga pedreira em Tijucas do Sulquando olhou a esposa chegar a ele.

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 — Alguém falando um inglês estranho no telefone. — Se identificou? — Rhodes.

Moreira atende o telefone; — Moreira, preciso de uma posição sua. — O que quer Rhodes? — Ou está do meu lado ou do menino. — Se me explicar o que quer, pois recusar 40/60 não é seu

estilo, o que pretende Rhodes. — Acha que ele me daria isto, ele estava ganhando tempo.

 —  Rhodes, você não sabia se ele daria, mas se vai mepressionar, acho que tem de ter um plano bem organizado. —  Soube que a Guerra dá segurança ao menino, eles

poderiam fazer vistas grossas. — Não mando na Guerra Segurança Rhodes. — Mas aquela Sena não me atende. —  Ela não é alguém de duas palavras, se ela tivesse

combinado o que o senhor combinou com o menino, ela teriacumprido, e o não cumprimento, ela resolveria a bala.

 — Mas não tem como interceder. —  Rhodes, posso estar enganado, mas você perdeu a

maior fortuna que já lhe passou a mão, por querer tudo, nemparou para ver que você não tem recursos limpos para fazer otipo de exploração que o menino vai fazer.

 — Vai apoiar ele pelo jeito.

 — Rhodes, teve a chance de fazer acordo com o menino,se olhasse para ele na cidade dele hoje, veria duas segurança amais fazendo a segurança dele, e nenhuma que se venda.

 — Quem entrou na proteção dele? — CIA em apoio ao Exercito Americano, e Mossad a pedido

dos Dragões. — O que este menino aprontou.

 — Ele se não fosse o que descobriu em suas terras, viveriabem com uma empresa de tecnologia, que estava verificando,

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esta terminando este mês de instalar as primeiras sedes em Los Angeles, Paris, Tokio, a do Rio de Janeiro já estava pronta.

 —  Tem certeza que esta falando daquele menino deCuritiba Moreira?

 — Esquece ele Rhodes, você pisou no calo dele! —  Eu não vou abrir o mercado mundial para o comercio

dele, não pense que vou engolir isto assim. — Tentou matar uma família inteira Rhodes, cuidado, eu já

tentei enfrentar o pai deste menino, e lhe digo, ele temprofissionais o dando auxilio, não crianças como os seusseguranças.

 — Não tem nada que nos ligue aquilo. — Não sou a lei Rhodes, mas é bom saber que não posso

lhe dar as costas, pois eu e todo empresário que lhe conhecesabe hoje, que algumas coisas que se achava acaso,coincidência, teve sua mão ali.

 — Bom saber que não me respeita Moreira. —  Respeitava, mas matar uma família inteira para não

ceder, digamos que um mês fora do acordo com o meninodeveria lhe fazer pensar, mas continua sem saber ceder. — Já disse que não acredito que ele pudesse tanto. —  Não tô discutindo se ele iria fazer, mas o senhor não

teve tempo de testar se ele não faria, não tem recursos paraimpor o que ele está gastando, isto mostra que não adianta teruma fortuna a mão, se não souber conter gastos, e que nãorespeita acordos.

 —  Sabe que estaremos em campos divergentes Moreiradevido a esta posição.

 — Bobeia como eles bobearam com você Rhodes, que lhetomo todas as minas de exploração da África.

 — Nem sabe o que está falando Moreira.Moreira sorriu e se despediu.Rosa olha para o marido e pergunta;

 — Problemas?

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 —  Alguém sentado em seu escritório em Londres sefazendo de ofendido, manda matar uma família em Curitiba eachava que não teria represália.

 — Quem é este senhor? —  Controla os preços de Diamante do mundo, o menino

pelo jeito terá de desviar o mercado mundial que está na mãodeste senhor.

Em Presidente Kubistchek o prefeito para a frente de umengenheiro ao sul do município, tinham ali um terreno comprido,sem nenhuma grande formação, nenhuma nascente ou rio

interno, todo cercado, e com mais de 100 contêineresestacionados junto a entrada, em pilhas numeradas, vindos da Alemanha.

 — O que acham que estão fazendo? – Prefeito. —  Apenas cercando a região, e esperando a autorização

para inicio da montagem de uma maquina.  – Engenheiro Sergio,engenheiro Mecânico, que vê dois rapazes chegarem a ele,nitidamente estrangeiros, peles brancas, olhos claros, quechegam com um tradutor.

 — Senhor Sergio, estes são dois dos 6 engenheiros que vãoacompanhar a construção, eles estão com problemas em sehospedar na cidade.

 —  Sei disto, fala que estamos reservando hotel emDiamantina e vamos ter um helicóptero de lá para cá toda manhae todo fim de dia.

O prefeito parecia não gostar daquilo; — Acham que vão descumprir as leis, fazendo buracos sem

permissão. — Prefeito, quem comanda isto tudo, deve chegar a cidade

amanha, seus assessores devem ter falado que Pedro Rosa vemamanha falar com o senhor.

 — Ele pensa que vamos ser comprados?

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 — Senhor, ele está dentro da lei, tem autorização federal eestadual para o fazer, tem de se perguntar se quer ele aqui ouem outro lugar.

 — O que vão construir ai? —  Uma maquina para chamar atenção sobre a região

senhor. — Não entendi. —  Senhor, para montar esta maquina, teremos 350

pessoas instaladas momentaneamente na cidade. — Mas qual o tamanho disto? — Somente depois de visto para entender senhor. — Mas por que tanta gente, de onde vem aqueles gringos? —  Alemanha, e senhor, eu nunca montei o que vamos

montar aqui, acho uma maluquice alguém comprar algo tãogrande assim.

O prefeito não entendeu, mas todos perguntavam o queiriam fazer ali, a 4 meses teve um agito por compra de terrenosna região, depois descobriram que toda a bacia do Jequitinhonha

era de preservação permanente, e enquanto alguns testes desolo davam negativo, outros davam positivo, mas enquanto omaquinário em Nazareno tinha sido de buraco direto, então elefoi sendo construído e abrindo o chão, sumindo rapidamente dosolhos, este era algo para retirada de solo, em grande quantidade,dispondo em caminhões no fim das esteiras correntes, queafastavam do local de abertura os cascalhos.

O engenheiro olha para um geólogo e pergunta;

 — O que eles pretendem Roger? — Eles compraram uma sequencia de terrenos ao sul, com

2 mil metros de largura e mais de 8 de comprimento, primeirovamos se organizar, alisar e preparar o sistema de seleção dematerial, enquanto montamos a maquina, e quando ela começara caminhar, ela vai abrir um corredor primeiro largo de 2 milmetros de largura, vai aprofundando até chegar a 65 metros de

profundidade, temos de cuidar para não atravessar ou nãodesviarmos os córregos naturais, mas a exploração depois dos 65

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metros, teremos um corredor de 450 metros por 70 metros delargura, ai começa a exploração.

 — E o que eles vão fazer depois com este buraco? – Sergioo engenheiro Mecânico.

 — Isto é só deixar encher e por uma saída para qualquerdos rios principais, as nascentes que vamos canalizar para nãoserem atingidas, vão correr para ele, gerando uma área de praiade agua doce.

 — Maluquice. – Sergio. — Sergio, não se assuste com o dono. — Por que, é muito grosso?

 — Não, é uma criança, tem quase 14 anos. — Fala serio? —  Sim, amanha ele estará aqui, ele não vai esconder do

prefeito o que vai fazer, ele não pretende degradar muito, massabe que estará construindo uma montanha de dejetos demesma dimensão.

 — E o que ele vai explorar aqui? – Engenheiro.

 — Não sei se entendi direito, uma maluquice que eles nãome autorizaram falar Sergio.

 — Por que? —  Sergio, o menino descobriu em um terreno em Minas

Diamante, mas ele não tem como dizer que vai tirar de ládiamantes.

 — E resolve fazer um buraco para isto?

 — Sabe que se fosse apenas isto, ele não teria estabelecidoum ponto de parada de tudo isto, e uma dimensão de exploraçãoa mais de 65 metros de profundidade, onde se mudará a formade exploração.

 — Acha que eles pretendem explorar o que aqui? —  Sergio, eu tenho dado assessoria a este novo

empresário, ele está com buraco em mais de 60 cidades emMinas Gerais, não apenas aqui.

 — E o que mais ele tem aprontado?

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 —  Em Diamantina e em Pedra Azul ele vai construir umamaquina como esta, mas deve chegar semana que vem, mas láem Pedra Azul, ele vai tirar Mármore a 10 metros, é apenas oabrir de uma clareira rapidamente, ele vai deixar visível algo queesta por baixo de duas pequenas elevações e sabe que isto vaipor muito ambientalista lá.

 — Mármore? Isto dá dinheiro? — O menino é meio maluco Sergio, ele está investindo em

Minas por que foi sobretaxado no Rio.Os dois começam a falar sobre a numeração e os

contêineres, verificando se todos tinham chego.

Pedro sai da aula e meio cansado, vai para casa, Dinhotrocava ideias na ida e de uma hora para outra pergunta;

 — Sabe que ainda penso naquela traíra. — Deu espaço para a Silvia voltar ou fez burrada Dinho? — Não sei, acho que os dois estão sobre o muro, mas cada

um subiu no seu, e tem um terreno chamado Curitiba entre os

dois muros. —  Complicado, mas uma hora alguém tem de descer domuro, e uma hora decidirem se querem ou não ficar juntos,mesmo que sobre um muro.

 — Vai fazer o que agora? — Tomar um banho e senhor Ribeiro. — Encrenca?

 — Sim, mas vamos com calma, primeiro um banho.Pedro entra em casa, sobe ao quarto, apenas a empregadaviu ele entrar, tomou um banho e ligou seu computador eacessou o sistema.

Olha para o sistema e chama Charlyston que estava on-line.

 ―Como está o sistema?‖   ―Pronto para lançar a primeira leva, o eP1 – 1,0, mas não

sei se ele resiste.‖  

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 ―Bom, sabemos que ainda é cedo, mas como estamos anível dos testes!‖  

 ―Avançando muito lentamente‖  

 ―Charlyston, segura uma amostra, e semana que vem, seos nossos passaportes estiverem em ordem, eu e vocêembarcamos para Los Angeles, e vamos dividir tecnologia‖  

 ―Por que disto Pedro?‖   ―Eles tem um aparelho, capaz de colocar em questão de 2

horas, um milhão de condutores.‖   ―Seria uma maquina a estudar, e a acelerar nossos estudos,

acha que eles conseguem adaptar para o nível que quer de

interação.‖   ―Charlyston, nem sei a utilidade disto ainda, mas acredito

que podemos nos proteger‖   ―E acha que os projetos em Nazareno vão esperar?‖   ―Agora vem a parte lenta Charlyston, o erguer da estrutura,

não se constrói casas, barracões, maquinas como se constróiideias.‖  

Pedro vê que Pietro Martins, ficou on-line e escreve emfrancês; ―Como está o projeto de defesa Pietro?‖   ―Ainda não nos conhecemos menino, agora sei que é uma

criança, mas não nos apresentamos ainda, mas o projeto é bemintrigante‖  

 ―Conseguiu evoluir‖  

 ―Sim, um sistema fechado e protegido que gera umaproteção de área, estranho isto por que não vejo utilidade, umsistema sem interação externa‖  

 ―Pietro, vamos vender isto para defesa pessoal, emboraqueira os nossos defendidos por isto‖  

 ―Não entendi‖   ―Pediu o visto para os Estados Unidos?‖   ―Sim, mas não entendi!‖  

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 ―Pietro, eu lhe isolei do grupo local, por que você vaicomandar a sede em Los Angeles, e lá em uma semana vamosfalar de defesa estratégica e de dois produtos que não sei sevamos vender abertamente, mas com certeza, para um grupofechado.‖  

Pietro olha para fora, pela janela do hotel onde estáinstalado e fala para si;

 ―Madness, Los Angeles, trop fou!‖  O rapaz sorriu, veio por um convite especifico, e descobre

depois de algumas semanas, que vai conhecer o menino não noBrasil, mas em Los Angeles, sabia que havia um prédio lá que

seria do grupo, mas não esperava por isto. As vezes o pé insiste em ficar ao ar, Pedro olhava a sua

mesa e continuava a criar o seu logo tipo, olha para a imagem esorri para ele mesmo, tinha agora a marca da eP, empresa detecnologia.

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Pedro desce e vê seu pai olhar para ele e pergunta: — O que precisa de ajuda filho? — Patrícia tá ai?

 — Sim, acho que não vou acompanhar as viagens. —  Preciso de gente atenta, e não acompanhando asviagens pai.

 — O que pretende? — Os ambientalistas vão começar a me odiar, mas um dia

isto aconteceria, sabe disto. — O que pretende?

 —  Saiu a autorização para exploração de Quartzo emCurvelo e em Corinto, mas nem tudo é para ganhar dinheiro, maso geólogo me passou a imagem do Quartzo Branco de Curvelo, eresolvi fazer meu mercado de Quartzo Branco, vão começar acortar em cubos de 2 metros cúbicos, e vou começar aarmazenar em Corinto.

 — E o que tem haver com Juscelino? —  Pai, acho que temos de conversar, vi você comprando

terras em Juscelino, em Diamantina, mas tem de entender que ogrosso ali, esta em uma linha de extração, subterrânea, que tinhabem em Kubitschek o centro de um vulcão, que está a 60 metrosde profundidade, com braços longos, ao norte que se arrasta atéDiamantina, ao sul até Santana do Riacho, a Leste até o norte dePresidente Juscelino, mas considerando que isto passa por baixode Gouveia que na região é toda área de preservação ambiental,estou pensando em como fazer.

Patrícia ouve o fim da conversa e pergunta: — Onde achou um indicio de vulcão com mais de 5 milhões

de anos? —  A 65 metros de profundidade em Presidente

Kubitscheck, um vulcão, mas o que sobrou foi restos de suachaminé, que tem aproximadamente 450 metros de raio.

 —  Desculpa menino, estava olhando para Presidente

Juscelino, sem entender onde você tinha achado algo, agora

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entendi, você estava falando em código, estava falando deKubitscheck.

 — Sim, mas esta formação, gerou boa parte das formaçõesda região, como a outra boca de vulcão na região ficaria emDiamantina, embaixo de um parque estadual, não acho que lános interesse, e a terceira em Serro, em meio a outra reserva,resolvi olhar para o que não haviam olhado ainda.

 — Por isto comprou lá, para jogar a atenção dos geólogospara a região. – Gerson.

 — Sim pai, eles sabem que lá teve diamante, então comoeles sabem que devemos estar chamando a atenção onde não

vamos extrair, resolvi dispor de uma maquina grande, e começara aplainar um terreno alto em Serro. — Vai abrir um buraco grande pelo jeito.Pedro vai ao armário e pega um mapa, e estende na mesa

da sala e Patrícia olha a formação, sobreposta ao mapa atual deMinas e olha para Pedro.

 —  Você sabe onde está, mas sabe que não teriaautorização para tudo isto.

 — Patrícia, quando chegar aos veios laterais, terei mais de50 metros de rocha para dar estrutura a escavações laterais,pretendo abrir um buraco em Serro, um ao sul de Diamantina,um ao Norte de Juscelino, e um ao norte de Santana do Riacho,estes buracos vão se encontrar todos no centro do buraco emKubitscheck.

 — E não vai falar isto para muitas pessoas!

 — Quando estiver extraído, pode ser, antes não. — Mas qual a ideia principal? – Gerson. — Pai, vou extrair em vários lugares, o buraco ao norte de

Juscelino, está em área de preservação dos Rios, não em Áreasde preservação total, vou começar tirando de lá um pequenoelevado de granito, e distraidamente, vamos abrir o buraco,isolar a área, e começar a escavar para baixo e depois de achar aponta do Kimberlite, que indica estar a região, a mais de 60metros, teremos um túnel em subida, que pode ter apenas

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poucos metros, mas que vai passar por baixo da reservaecológica de Gouveia, como estará em subida, em pura rocha,furando apenas no sentido do veio principal.

 — Tem certeza que vai pagar o investimento filho. —  Pai, preciso que você assine aquela autorização para

minha ida a Los Angeles, só falta a sua assinatura, vou desviar oRhodes e vender diamantes direto a defesa americana.

 — Para isto a empresa lá? – Patrícia. — Acredito que teremos um contrato de tecnologia em 2

meses com a NASA e um com o Exercito Norte Americano, seconsiderar que temos com uma Faculdade deles, provavelmente

teremos uma entrada boa de recursos por ali. — Não parou de pensar ainda pelo jeito! — Pai, somente hoje abri com eles que havia um modelo

mais avançado do sistema, e somente abri para que elesentendessem que ele somado a uma outra tecnologia, teria umaaplicabilidade.

 — Tem de se cuidar filho.

 — Pai, o que quero, é um sistema que nos proteja, e aosnossos, como aquilo que vivemos no prédio que quase nosmatou.

 — Acha que consegue uma tecnologia que faça aquilo. — Metade daquilo, já provei para eles que temos condição

de conseguir, mas precisamos de intercambio de tecnologia. — Como? —  Somente olhando para entender pai, mas vou dispor

Pietro Martins, em Los Angeles, o inglês dele é bom, e atecnologia vai correr pelas paredes de um prédio que compramoslá, e que estamos colocando placas de energia em todas asparedes externas.

 — E vai mesmo a Juscelino? —  Pai, eu pretendo passar este fim de semana em

Juscelino, Curvelo, Corinto, Augusto de Lima, Diamantina, Datas,

Serro e Presidente Kubitscheck. — Vai verificar de perto?

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 — Me divertir, tomar banho de cachoeira em Diamantina, enão esquece, pretendo ir ao sul da Bahia também.

 —  Saiba que Rhodes ligou para Moreira querendo opressionar, não gosto disto.

 —  Pai, sabemos que temos de enfrentar, se cuida que eume cuido, já chega ter de falar com prefeitos que me verão comouma criança, por um lado, por outro, verão começar a montaruma maquina de 45 metros de altura em Kubitscheck.

 —  Soube que andou comprando maquinas de perfuraçãolateral.

 —  Sim, pelo menos 8 para o esquema de Minas, mas

pretendo transformar a região em produtiva, e com muita áreareplantada e com condição de plantação com estrutura.

 — Vai investir mesmo em todas estas cidades. —  Pai, eu tenho tempo, sabe disto, posso fazer as coisas

mais calmas daqui a pouco.Gerson via os olhos de Patrícia e olha para ela; — Lá vai ele de novo pelo jeito.

 —  Gerson, ele falava em Diamantina, mas ele é maisesperto, ele não se contentou em saber que se fizesse buracoteria uma fortuna, ele fez questão de entender, mas olha esteterreno aqui!

Gerson olhou para o terreno, município de Augusto deLima, olha para Patrícia e pergunta;

 — Ele vai tirar ai mais do que eu em Diamantina? — Mil vezes mais!Gerson olha para o filho e fala; — E me disseram que eu que era o pé de coelho. — Pai, a região é rochosa, pouca coisa além de turismo e

aventura se faz ali, e seria mais fácil de fazer tudo se comofalamos ontem, as pessoas pararem de olhar tudo.

 — E por que vai viajar a noite? —  Tenho de pensar, tenho uma videoconferência as 21

horas e queria ter tempo de deslocamento. Tenho de falar com o

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senhor Ribeiro, e ainda tenho de pensar em tudo o que achopossível.

 — E vai em que voo?

 — O ultimo do dia, as 23 horas! — Direto? — Sim, temos reserva e vamos dormir e sair descansados

para a região. — Quem tanto vai filho? — Renata e Carol eu tenho certeza, as Ribeiro depende do

pai. — Certo, e a segurança? — As vezes tenho medo de tanta segurança, pois gera a

preguiça e falta de atenção pai. — Sei do que está falando.Pedro sente o telefone tocar e atende; — Fala Sena. —  A segurança está pronta em Minas, mas ainda não

falamos das mudanças menino. — Sei disto, estou correndo, mas me ligou por isto? —  Aquele Rhodes comprou alguns malucos em Minas,

parece querer lhe complicar. — Ele está onde Priscila? — Em Londres, na cobertura dele de frente ao Thames. — Vou pensar em algo, mas é só não se distrair com eles

Priscila, sabe disto.

 — Dizem que está agitando Minas agora. — Rhodes nem viu tudo e já pulou fora, o que posso fazer.

Em Londres, um rapaz bate a porta de Rhodes e confirmaos dados de uma entrega, o senhor não entendia quem lhemandara algo.

Rhodes abre a encomenda e olha para uma caixa de joia

dentro de uma caixa de papelão com toda a proteção, abre elacurioso, abre a caixa e vê um anel encravado com um diamante

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azulado, de 300 quilates, o senhor afasta a mão e vê na caixa e afrase:

 ―Welcome Hell‖  

O senhor recua, sabia de quem vinha o presente, nãoconsegue tocar na caixa mais, e chama um dos funcionários paradar fim naquilo.

O menino sobe um pouco, troca de roupa e se prepara parasair, chama Dinho e se manda no sentido da casa dos Ribeiro, éanunciado e entra;

Pedro viu que o senhor estava sozinho a sala quando falou;

 — O que quer conversar menino.O copo de uísque dizia que o senhor tivera um dia ruim, e

apenas falou. — Falar sobre o que acho que vai dar cada processo. — Não estou bom para discutir isto. —  Sobre meu namoro com sua filha nunca discutimos,

então perdi viagem.

 — Acha que vai ter saída os processos. —  Senhor, todos os processos começam a andar, mas os

magistrados parecem estar segurando o julgamento, tanto docaso de meu sequestro, como os em relação a meu pai, parecemquerer saber os montantes que poderão pedir de multas ouquantidade de cestas básicas.

 — Sabe que por assassinato seu pai responderá.

 — Ele não dá chance a uma segunda chance, sabe disto,nem ele e nem minha mãe, mas a maioria morre, ele não, adorauma confusão.

 — E como está o namoro com minha filha depois que levoupara casa a filha dos Frota.

 — Digamos que está cada dia mais forte, mas ela está cadadia mais carente senhor, entrando no quarto mês parece asvezes muito frágil.

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 —  Quando disse que iria prover o melhor para ela, eumesmo o chamei de irresponsável, hoje está na lista dosCronistas mais bem sucedidos, na lista dos possíveis grandespartidos deste país, acha que vai conseguir gerir a vida dela?

 —  Senhor, como disse antes, assumo os meus erros,embora como meu pai fala, quando o erro nascer, deixa de sererro e passa a ser felicidade.

 — Vai querer a arrastar por ai este fim de semana? — Se o senhor permitir. — Acalmou um pouco. —  Senhor, sei que estou sempre na mira de alguém, sei

que as vezes exagero, mas resolvi que vou virar alvo deambientalistas nas próximas semanas, como na semana que vementramos em férias, vou aproveitar uma semana e dar um puloem Los Angeles, e depois em Paris, para acertar os detalhes daempresa de tecnologia.

 — Acha que vai dar algo nisto? —  Senhor, se eu quisesse estar ganhando meu salario

trabalhando para grandes empresas de software eu já estaria,mas resolvi montar a minha, acho que com uma ideia tãomaluca, que 4 grandes grupos, resolveram apoiar minha ideiamaluca.

 — Mas por que Los Angeles e Paris? — A empresa terá quatro sedes, em 4 países, mas Japão é

longe para ir nestas férias curtas. —  Pelo jeito resolveu assumir mesmo a parte gerar

dinheiro, mas não entendi esta ideia. — Ainda construindo a ideia senhor, mas o banco central

andou mandando me investigar nas ultimas semanas, quandohouveram entradas na empresa de 4 partes do globo.

 — Muito dinheiro? — Uma leva de 80 milhões por mês, por 5 anos.O senhor José Ribeiro, que estava com o copo de uísque a

mão, olha para o menino, encosta o copo na mesa e perguntaserio;

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 — O que está vendendo para este pessoal? — Ainda ideias, mas este dinheiro não vem para meu bolso,

será distribuído aos contribuintes desta ideia.

 — E que ideia alguém pagaria tanto dinheiro. — Senhor, não é tanto dinheiro, pois vou reger com esterecurso, 4 sedes, mais de 400 funcionários, não é tanto dinheiroassim senhor.

 — E vai gastar em estrutura pelo jeito. —  Vou a Los Angeles para ver se tenho apoio de outra

frente para manter a sede em Los Angeles, para poder aliviar opeso.

 — E Paris? — Quero falar com um grupo de lá que parece interessado

em investir em uma empresa de ponta em tecnologia, para verse consigo uma parte a mais em investimentos, mas estes nãoentrariam no Brasil, iriam direto a empresa de lá, evitando aentrada e saída de divisas, pagando impostos a mais tanto aquiquanto lá.

 — Mas o que esta empresa vai fazer? —  Sistema!  –  Pedro adorava esta resposta, era muitoampla, e geralmente calava as pessoas que nunca programaramnada.

 — Mas de quanto será esta empresa. — Uma empresa pequena senhor, mas que deve gerar em

contratos e parcerias, perto de um bilhão ao ano, por país sede,falando em dólares senhor.

 — O Rosinha vai virar empresário do ano. —  Somente quando tiver 18 anos senhor, antes nada

estará totalmente em meu nome. — Acha que vai até onde assim? —  Senhor, enquanto agito em Minas e na Bahia, estarei

fora do país por 15 dias. — Agito de que forma?

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 — Senhor, quando em 40 anos tiver de devolver o terrenode Kubitschek a cidade, teremos ali, um lago que não existe lá,com praias laterais, matas ciliares em todo resto do terreno, emum lago de 16 quilômetros quadrados, com a parte mais fundacom mais de 150 metros de profundidade senhor, diria que umreservatório de agua como poucos na região. Mas isto dá quaseque 9% das área total do município.

 — Vai abrir o senhor buraco pelo jeito! — Disse que meus inimigos vão virar os ambientalistas, pior

é que serei taxado por uns 40 anos, e depois disto, quandoentregar os locais, são capazes de me idolatrar, mas em 40 anos,

o que era um buraco, vai gerar duas hidroelétricas de mediapotência, uma em Juscelino e outra em Santana do Riacho. — Vai investir em hidroelétricas também? — Terei de negociar por 40 anos para tentar ter direito a

vender isto.O senhor Ribeiro olha para a porta e vê Rita chegar a sala. — Oi. – Rita olhando para Pedro.

 — Como está.Ela abraça Pedro e fala; — Esperando meu namorado, o que mais posso fazer. —  A parte chata ainda não acabou, sabe que as Sextas

estão muito corridas. —  Tô gostando de ver os dois conversando!  –  Rita

provocando o pai.O senhor Ribeiro sorriu e falou; — E vai levar a mais nova também?Pedro olha para a porta e pergunta para Joseane. — Se ela quiser ir senhor, não gostaria de obrigar ninguém,

estamos indo a Minas Gerais.Joseane olha para Pedro, ela dissera que não queria mais

aventuras em Minas, que fora chato, ela passara medo, isto amudara, mas ela pensava nas aventuras que a irmã passou nos

últimos meses e não queria ficar em casa naquele dia, só queainda não sabia por onde recuar.

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 — Sabe o que acho Pedro.Pedro olha para o senhor Ribeiro e antes de falar algo

ouve;

 — Mas posso dar uma chance a mais de estragar um fim desemana! – Fala Joseane olhando para fora, onde começava umapequena chuva, o que fariam ali? Pedro olha para fora e fala.

 — Tem de ter certeza, Rita sabe que minhas viagens sãomuito mais trabalho que diversão.

Joseane olha para o pai e fala; — Sabe que a última palavra é sua pai. —  Sei disto, mas as vezes nem entendo o que está

acontecendo, quando ele era um pirralho sem emprego, semrenda, vocês pareciam mais atiradas.

 — Ele não nos dá mais espaço pai. – Joseane. – Tá sempretrabalhando.

 — E onde vai este fim de semana? —  Presidente Juscelino, Serro, Diamantina, e

provavelmente sul da Bahia.

 — Pelo jeito vai ser chato! – Joseane. — Sabe de antemão que sim.  –  Pedro não cedendo, Rita

sorria pois Pedro sempre se entendeu com Joseane, até aquelaida a Nazareno onde tudo deu errado, mas uma hora eles teriamde voltar a conversar.

O senhor Ribeiro olha para a filha e pergunta; —  Tem de saber se quer ir filha, pois sempre podemos

fazer algo na cidade. —  Pai, uma hora tenho de parar esta birra.  –  Joseanesorrindo e olhando para Pedro.

 — Então melhor prepararem uma mala, vão sair quando? – Pergunta o senhor olhando para Pedro.

 — O avião sai do Afonso Pena as 23 horas senhor. — Não vai vir nos buscar? – Joseane.

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 — Não sei ainda, tenho ainda uma videoconferência, e umacordo de peso para fazer antes de sair no sentido de MinasGerais.

Ribeiro sorriu, o menino começava a falar como adulto, senão tivesse diante de uma criança, acharia que era umempresário, não, a voz ainda entregaria que era uma criança,pensa o senhor sorrindo de seus pensamentos.

Pedro se despediu e foi no sentido da casa na região doParque Barigüi, pouco a frente do Cemitério, Dinho acionou ocontrole do portão que abriu lentamente e eles entraram, Pedroolha para Dinho e fala;

 — Deixa tudo pronto para sair rápido, mesmo que dentrode uma hora.Pedro olha a hora, perto das 19 horas, entra na sala da

casa, toca uma parede e um tijolo recua e ele vê a porta girar, ea sala de sistema começar a se iluminar, olha para o servidorparcial ao fundo, enquanto caminhava, foi ligando os monitoresque ficavam desligados, e estes começaram a dar imagens dealgumas câmeras em locais como Nazareno, Rio de Janeiro, a

casa no Morro do Macaco, e duas imagens que ainda nãoconhecia ao vivo, a sala de reuniões em Paris e em Los Angeles.

Pedro senta-se ao computador principal e começa a ver ose-mail do dia, as confirmações de compra, de cronogramas deexploração, imagens de mais de 500 lugares confirmando o exatoponto que estava cada mineração.

Olha para a tela e vê um pedido de Sabrina e Dallan para

uma videoconferência e uma leva de alertas no e-mail de Sabrinasobre o que não poderiam conversar.Pedro liga o sistema de videoconferência e vê o agito do

outro lado e olha para Sabrina, que estava sentada, deveria estartrabalhando ainda, lembrar que em Los Angeles ainda era dia, ali já era noite, em Curitiba Inverno, em Los Angeles verão.

 ―Hello!‖ - Pedro.Sabrina olha o menino, a imagem que tinha do fundo era

um lugar diferente e pergunta;

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 ―Boa tarde, mais um lugar?‖   ―Sabrina, estou lhe passando o projeto do prédio que está

quase pronto em Los Angeles, para se precisarem instalar algo,saberem que não tenho tanta estrutura ai, mas o que lhes fazemquerer uma vídeo conferencia?‖  

 ―Teremos a participação de dois engenheiros!‖   ―Acha que somente aquelas restrições de conversa são

suficientes Sabrina?‖   ―O General esta aprendendo que com você menino, a

conversa informal é mais proveitosa!‖   ―Queria pedir uma coisa, e não sei como Sabrina!‖  

 ―Problema?‖   ―Preciso mandar os cristais a partir da semana que vem

para ai, vou mandar em uma encomenda expressa, mas precisode alguém liberando isto na entrada sem olhar, não quero genteolhando para algo assim vindo do Brasil‖  

 ―Por que não?‖   ―Oficialmente, não produzo 6 tipos de Diamantes no Brasil

Sabrina!‖   ―Oficialmente não existem diamantes de 10 cm³.‖   ―Estes não são a prioridade, acredito que a proteção seja

eficiente com meio centímetro cubico, mas para isto que precisode parceria, meu sistema manual de colocação de contatos éridículo!"

Os engenheiros que sentava-se atrás, estranham, era ummenino, não um grande empresário, mas Dallan chega junto ecomo ouvira a ultima frase fala;

 ―Qual a pretensão daquela sua experiência menino!‖   ―Senhor, tenho apenas 4 pretensões com algo assim, uma

e mais importante para mim, não morrer por um tiro como o que já levei, e tive muita sorte, algo leve, invisível e que mepermitisse me sentir seguro mesmo que um senhor comoRhodes, vendedor internacional de diamantes, pedisse minha

morte, como ele fez ontem a alguns dos seus rapazes. A segundapretensão se tiver um sistema de proteção dentro de um cristal

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que absorvesse energia a ponto de me dar uma proteção dentrode um avião, me sentiria muito mais seguro em sair do Brasilpara qualquer lugar, mas imagine seu presidente dentro do aviãopresidencial sem o perigo de um maluco resolver o trazer aochão.‖  

 ―Acha possível?‖ – Jack. ―Acho que se selecionei 10 engenheiros em solo americano,

e dois fora dai, para trabalhar em Los Angeles, é porque acreditoque vai dar certo‖  

 ―Quais as demais utilidades?‖   ―Senhor, campos de exclusão são usados em micro

tecnologia, mas pode ser usado na reentrada de naves espaciais,assim como deter malucos, a concentração de um ponto deexclusão, serve tanto para não deixar entrar algo, como não sairalgo‖  

 ―Não entendi!‖ – Engenheiro Franklin. ―Qual o maior risco de uso em larga escala de anti matéria,

em sistema de propulsão ou de energia, eles estarem em contatocom o meio, e em um meio ao vácuo, que é facilmente invadidopelas intempéries externas, o que gera custos altíssimos‖  

 ―Acredita que pode-se isolar a área totalmente, sem aentrada de ar com um sistema de proteção desta?‖ – Jack.

 ―Como digo, isto é tecnologia que consigo pensar hoje, masa ideia é provar possível e fazer de tudo isto uma leva de novosusos, ninguém pensava neles pois não existia a ciência para isto.‖  

 ―Sabe que diamante não é tão fácil de achar assim!‖ – 

Dallan. ―General Dallan, a pergunta, tem noção de quanto de

diamantes o cerca, mesmo não sabendo, de brocas, de lixas, decoisas que ignora terem no diamante um componente‖  

 ―Não entendi!‖   ―Senhor, diamante em pedras grandes, o preço pode

chegar a 1000 dólares o quilate, e este mesmo diamante, em

quase pó, tem preço de 4 dólares o quilate‖   ―E quer chega a quanto a experiência?‖  

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 ―Senhor, eu não tenho tecnologia para colocar mil eletrodosem um grão de areai, mas se tivesse, e acredito que juntospodemos chegar a isto, podemos conseguir o efeito queprecisamos em algo que as pessoas nem saibam a composição, aciência, ou mesmo até ignorem a existência.‖  

 ―Mas teria como fornecer o diamante?‖   ―Sim, tanto do caro quanto do barato senhor!‖   ―Como posso confirmar estes dados?‖   ―Senhor, é só verificar que Rhodes, tentou matar toda a

minha família a algumas semanas, e tentou pedir a exploração deduas áreas que tenho de exploração de diamante‖  

 ―E como descobriu isto, é uma criança!‖ – Jack. ―Dizem ser uma praga da família, a sorte!‖   ―Sorte não é praga!‖   ―Quando se vê quem se ama morrer, vira, sorte apenas

para nós é uma praga rapaz!‖  Dallan olha para o menino e pergunta. ―Então soube que colocamos seguranças a cuidar de você!‖  

 ―Sim, mas como falei Dallan, quero poder ter uma proteçãopessoal que faça as pessoas acharem que foi sorte novamente,mas que seja tecnologia!‖  

 ―E que papo de o Mossad lhe dar proteção!‖   ―Sou um problema serio senhor, tenho problemas com a

igreja cristã, e o Mossad sempre defende os seus!‖  Sabrina olha para o menino, proteção do Mossad não era

para qualquer um e olha para o general; ―Ele disse ser um Judeu!‖  Sabrina sorriu, não havia entendido por este lado, mas

olhou para o menino e perguntou; ―E aquela espiral é praticável?‖   ―Vou lhe passar em uma semana, quando em Los Angeles a

primeira versão da espiral já com as falhas cobertas‖  

 ―E os aplicativos?‖ – Dallan.

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 ―Assim que tiverem o novo sistema, teremos pelo menosmil aplicativos de interação já disponíveis, e assim entendem asportas que podem ser usadas e as que mesmo que usem, nãoconseguem uma interação que não seja apenas passageira‖  

 ―Pelo jeito pôs as pessoas para trabalhar‖   ―Senhor, queria pedir mais um favor, já que não posso

fazer tudo sozinho!‖   ―Favor?‖   ―Quando estava inaugurando a empresa no Rio de Janeiro,

4 dos rapazes que queria aqui, foram tirados daqui pela cobiçade um salario maior, mesmo sem entenderem o que eles queriam

era apenas me tirar as pernas, não os ter como programadores,gostaria de pedir para tentarem os absorverem e indicarem comoparticipação de vocês para a empresa que vai ser montada emLos Angeles.‖  

 ―Mas se eles são importantes por que as demais empresasnão os mantiveram!‖  

 ―Como falei antes, o projeto é lindo, mas se você não sabequal a estrutura do programa, não adianta vocês ou eles ospuxarem, Sabrina sabe mais do meu sistema que os engenheirose programadores que nem haviam começado ainda a trabalharnele.‖  

 ―E teria utilidade na nova sede?‖ – Sabrina. ―Sabrina, a parte de programação da eP, em Los Angeles

será tocada por Pietro Martins, engenheiro de software francês,queria poder contratar John Carter, mas ele está proibido de

entrar em contato com um computador por mais 5 anos!‖   ―Não gostamos de irresponsáveis!‖   ―Senhor, eu programo, sei a diferença de arruaceiros como

o que chamam de Pietro que trabalha para vocês ai, aquela Any,outra arruaceira, mas prefiro os programadores, aqueles queolham as linhas e entendem onde está o furo, não aqueles quetem de entrar e ficar testando programas pré prontos em nossossistemas.‖  

 ―Parece saber quem trabalha aqui!‖ – Dallan.

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 ―Não senhor, vocês não trabalham com algo que eupretenda trabalhar, apenas tentando um acordo que me permitaevoluir no que acho que descobri, uma forma de por em umaroupa um conjunto de 46 micro sensores, que podem estar desdeuma unha postiça até uma tachinha no tênis, de um prendedorde cabelo a um botão frontal na roupa, mas com isto proteger apessoa de armas de médio e alto calibre.‖  

 ―Acha que esta tecnologia vai ser rápida?‖ – Dallan. ―Senhor, esta tecnologia já temos, apenas precisamos que

ela seja aplicável, não me adianta algo que gere peso e que nãoseja resistente a choques, a desgastes de cada dia.‖  

 ―Então acha que podemos oferecer isto a outras empresas,para nos apoiar no desenvolver desta tecnologia?‖   ―Acredito que sim, não sei a ideia!‖   ―Menino, toda vez que pedimos dinheiro para certos

projetos, ficamos devendo favores e produtos que a maioria nãovê, que não tem nos facilita manter os gastos gerais!‖  

 ―Senhor, todo dinheiro que gasto, e olha que tenho quase14 anos, é com índice de retorno, não gasto um centavo se nãoacreditar conseguir pelo menos ele de volta, certo que algunscom prazo maior e outros menor.‖  

Sabrina sorriu, a frase não parecia de um menino, e olhapara a tela e o menino passa uma linha de empresas quepoderiam investir no projeto, que poderiam de alguma formaoferecer um produto exclusivo para eles.

Dallan olha a lista e os níveis de patrocínio da ideia e o

índice de vendas projetadas de mais de 90 produtos quepoderiam ser consequência daquela tecnologia e olha para omenino.

 ―Esta dizendo que quer ter registrado em 3 anos por estalinha da empresa, mais de 90 produtos, e oferecer a mais de milempresas pelo globo, com um índice de retorno de 1200%.‖  

 ―Sei que pode não gerar tudo isto senhor, mas soudaqueles que pensa sempre em ter um índice de retorno, mesmoque 90% disto não me de retorno, pago o investimento, pago os

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custos e mantenho o pessoal, enquanto descobrimos ondepodemos chegar‖  

O engenheiro olha os gráficos na tela de Sabrina, asempresas listadas, que Sabrina ainda passava o olho, não erauma lista de 10 nomes e sim de exatos 1025 empresas de todosos tamanhos.

 ―Se conseguirmos desenvolver estes 90 produtos que sepropõem tentar vender, seriamos uma empresa de peso a nívelde tecnologia‖  

 ―6 anos de dinheiro, até o primeiro sistema isoladoconseguir ser reproduzido na China e termos uma concorrência

direta, então temos de pensar onde queremos chegar, poisquando eles chegarem ao que vamos lançar temos de estar apelo menos 6 anos a frente‖  

Dallan sorriu, o menino parecia quase ter certeza de quedaria certo, e pergunta;

 ―Quantos destes produtos você tem certeza de conseguir‖   ―Eu sozinho, nenhum, em parceria, 23 deles em menos de

1 anos senhor‖   ―Por que acha isto!‖  Pedro pega seu pen-drive e coloca no vídeo ao fundo a

ultima experiência e fala; ―Dallan, quando você vê esta demonstração você vê o

que?‖   ―Um esquema de defesa pessoal‖  Pedro fornece a imagem em 4 ângulos e pergunta

novamente; ―Continua vendo apenas isto senhor!‖  Dallan não entendeu a pergunta, os engenheiros tentaram

ver algo a mais, mas estavam admirados com o sistema deproteção, mesmo que ainda bem básico.

 ―Não entendi o que quer falar‖  Pedro mostra a parede no fundo do boneco e fala:

 ―Senhor, o que me intriga nesta defesa, é que se olhar aparede no fundo, todas as balas passaram, ou quase todas, 4 a

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cada 100 são barradas na frente, e caem a frente da barreira,mas todas as demais atravessaram a defesa.‖  

Sabrina olha serio a parede do fundo, realmente, todaperfurada, como se realmente fosse uma enganação.

Dallan olha para o menino e fala; ―Vai dizer que nos enganou?‖   ―General, quem está lhe alertando sou eu, não os seus‖  Pedro passa uma imagem frontal e uma lateral quadro a

quadro, e o engenheiro chega perto, ele estava vendo e nãoentendendo, quando em tiros rápidos, não se acompanha com osolhos a bala, mas ali, quadro a quadro, se via a bala chegando a

proteção, se desintegrando e mantendo a velocidade, serecompondo depois da proteção e atingindo o fundo, oengenheiro olha para o menino e fala;

 ―Isto que quer estudar pelo jeito!‖   ―Sim, se reparar existe três tipos de armas atirando, e a

diferença das que param na barreira e as que atravessam, é avelocidade da bala, acima de 3 metros por segundo, atravessa a

barreira, abaixo disto, se detém na barreira. O que aconteceria seeu armasse uma barreira desta, e arremessasse um cilindro comalgo vivo dentro a mais do que esta velocidade, o queaconteceria, que distancia eu conseguiria deixar as duasbarreiras?‖  

Dallan olha para o engenheiro com aquele brilho nos olhose fala;

 ―Quer dizer que pode ter criado um sistema de

desmaterialização de algo, e quer saber as aplicabilidades?‖   ―Senhor, a defesa acredito que seja o começo, não o fim da

pesquisa, quando digo em 6 anos a frente, quero dizer em gerarprodutos, se conseguirmos algo assim, não teremos 6 anos, nãoteremos 90 produtos, teremos 1000 anos e mais de 1000produtos.‖  

 ―Mas por que acha que os produto se mantem por 6 anos?Hoje a ciência reversa Chinesa é bem avançada‖ – Jack.

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 ―O problema não é eles saberem como é, e sim, descobrir osistema de compressão interna de dados, eles estarão vendo umcristal preso a milhares de sistemas de energia, verão um sistemade captação de energia, que pode ser solar, verão que cadaponto é interligado não por fios, mas por responderem aoemanar de energia do cristal, mas eles não terão o cristal, nãoterão o sistema, não terão acesso a programação encriptadadentro do cristal.‖  

 ―Mas é passível de conseguirem!‖   ―Senhor, detalhes disto mostramos pessoalmente, tenho

problemas ainda a resolver, a dispender, mas todo o sistema não

me adianta se não reagir ao meio, ele tem de detectar a ameaçapor si, e não pode ficar 100% do tempo ligado ao máximo,poderíamos matar um usuário‖  

 ―Pelo jeito menino, entende bem deste sistema, lheouvindo falar não parece a criança que tenho aos olhos‖  

 ―Dizem que pessoalmente, é pior senhor, estamos em umavídeo conferencia, não tem acesso a minha altura e a minhafragilidade física‖  

 ―Mas como podemos  ter certeza que pode funcionar?‖ – Jack.

Pedro olha para o senhor e fala serio; ―Isto em uma semana demonstro!‖   ―Pelo jeito tem um segredo!‖   ―Senhor, o que me fez pensar nisto foi uma proteção de um

grupo especial existente neste planeta, se vocês acham que o

Mossad me dá proteção por que querem, eles acreditam quepodem comprar esta tecnologia para os seus soldados.‖  

 ―Não entendi!‖  Pedro toca o peito, sente a energia que parecia estar

dentro dele desde que fora tocado por um Querubim e todosveem o menino brilhar amarelo e olhar para o engenheiro.

 ―Digamos que temos 4 amostras a testar aqui, e mais uma

ai, para ver como elas reagem ao nível de energia‖  Dallan olha para o menino e fala;

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 ―Pelo jeito vão tentar lhe matar com toda a proteção!‖   ―Tem gente que nem viu nada ainda e quer me matar

senhor Dallan, eu digo que eu morrendo, se perde muito emanalise de solo e em programação, mas um dia alguém maisteimoso vem a vida!‖  

 ―Virá semana que vem?‖   ―Dia 10 embarco, devo estar ai no dia 11, agora meu

tempo acabou, foi bom conversar‖ – Pedro toca o peito e volta acor normal e olha para o sistema desconectando eles, olhava asimagens deles por suas câmeras e vê Dallan olhar para Sabrina epergunta;

 — O que não entendi? — Isto é lenda de alguns grupos ligados ao Mossad! — Não entendi. — A existência de seres não humanos que caminham pela

terra a mais tempo que nós humanos. — Está falando serio? —  Aquela proteção que ele criou pelo cristal dizem ser

natural a estes seres que se denominam de Fanes. — E estes laudos de aplicabilidades? — Senhor, aqui ele pôs as empresas e produtos que se a

tecnologia for aplicável, poderemos vender, algumas faríamosparcerias, mas se esta planilha de 3 anos funcionar senhor, nosauto geriríamos em 3 anos, com entrada de capital mesmo sendoapenas em parceria, de mais de 7 bilhões de dólares ano.

 — Esta seria nossa parte? — Agora entendi por que ele pôs uma sede na Europa e

uma no Japão, ele está pensando em parecer ter tecnologia localem cada um destes lugares para vender a tecnologia e colocar namão de cada uma das 5 partes envolvidas, 7 bilhões de dólares,ele nos daria o retorno do investimento nele no primeiro anosenhor.

 — Então por que do investimento anterior? – Dallan.

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 —  Senhor, aquela é a empresa de Software, aquela elenem começou a vender ainda, estamos falando de umsubproduto do que temos lá e do que temos aqui.

 — Não entendi. – Dallan. — Senhor, a parceria de tecnologia, é entre a empresa de

tecnologia dele e nós, não tem as 5 partes, apenas duas, maspelo que vejo aqui, ele pretende fazer cada uma delas gerar seusprodutos, o menino embora uma criança, como todos nós vimos,é um empresário como poucos.

 — Acha que ele não pedira dinheiro nesta parceria? — A sede que ele me passou o projeto, no centro de Los

 Angeles, tem dois barracões em anexo, e dois prédios, um para aeP, e uma para a ePTec.

 — Esta parceria é com a ePtec? —  Sim, e todos estes gráficos são referentes a ePTec, a

qual assim como a eP terá sede nos mesmos lugares.Dallan olha para Sabrina e fala; —  Achamos uma criança que gasta mais que nós, mas

parece realmente, como ele falou, ter plano de retorno para cadaum dos investimentos.Os engenheiros ficam a olhar a imagem da bala se

desfazendo e refazendo e Jack olha para Dallan e fala; — Senhor, o menino pode ter descoberto ao acaso, não ter

micro tecnologia, mas com certeza, ele não fez uma simplesdemonstração, teremos de ver este vídeo com calma, mas éevidente que ele corre atrás de uma tecnologia que sabemos de

onde obtemos, mas esta demonstração, se ele conseguir repetiraqui, sobre nossos instrumentos, podemos em umademonstração evoluir mais que os 4 últimos anos, já que vejoque o menino quer algo bem especifico.

Dallan sorriu, estava pensando em o que fazer, em meio atantos segredos, aquele parecia que seria um que sairia para asruas, para os bolsos daquele laboratório.

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Pedro olha para os sistemas, desloga Los Alamos e olhapara Charlyston em uma das telas e fala;

 ―Ficaram impressionados Charlyston!‖  

 ―Vamos conversar?‖   ―Sim, estou esperando os demais logarem! Mas o queaconteceu em Nazareno, meu pai esta me poupando.‖  

 ―Parece que desviaram parte do material do buraco, dizemque sumiram com mais de mil quilos que cascalhos que deveriamir para a seleção de pedras preciosas!‖  

 ―E quem o fez?‖   ―Um está jogando sobre o outro, seu pai não parece querer

lhe tirar o foco!‖   ―Ligou aquelas câmeras?‖   ―Sim, mas não tenho acesso ao conteúdo, esta fechado

onde nem eu tenho acesso no sistema!‖   ―Charlyston, sei que parece besteira, mas quando a soma

de coisas estiverem caminhando em 2 ou 3 anos, isto vaiacontecer quase que diariamente em algum lugar, e não posso

ficar vendo um jogar sobre o outro, preciso saber quem o fez,mas sem os demais saberem, quero pensar e agir sem que osdemais entendam o que aconteceu.‖  

 ―Vai vigiar todos?‖   ―Não, a produção, não tenho haver com o que as pessoas

fazem na vida privada, como dizem, se soubéssemos o que cadaum faz por ai, não falávamos com ninguém.‖  

Maria e os demais começam a logar e o cumprimentar ePedro ouve Ricardo perguntar.

 ―Muitos falaram em Pietro Martins, mas não o vimos poraqui!‖  

 ―Pessoal, as vezes tenho de abrir o jogo, mas pretendotentar resgatar 4 dos fugitivos deste projeto, eles fugiram porque não me levaram a serio, então em parceria com Universidadeda Califórnia, e com Pietro a frente da eP Internacional, que

amanha dirão os jornais locais que é uma empresa norteamericana, vai os contratar em Los Angeles!‖  

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 ―Vendeu a empresa?‖ – Maria. ―Não, mas tive de concordar com Louis Vincent, que uma

empresa Brasileira de software não tem repercussão, podemosfalar que temos bons programadores, mas os melhores sedisfarçam em pseudônimos americanizados.‖  

 ―Mas quem vai assumir a empresa!‖   ―Ninguém, continua como está, é marketing, não mudança

de rumo.‖   ―Quem é Louis Vincent?‖ – Ricardo ―Alguém que investiu a parte Europeia do recurso que

precisávamos, mas tenho de perguntar, como estão os sistemas,

muitos estão me cobrando isto.‖  Maria olha para Ricardo que fala; ―Achamos que podemos melhorar ainda mais aquela

entrada de dados, que podemos acelerar os caminhos internosdando uma resposta rápida ao programa, e dar umaincrementada de velocidade e desempenho, mas sem abrir novasportas, apenas fazendo ligações estruturais entre as espirais.‖  

 ―Estão esperando o que para passar para Charlyston umaamostra desta ideia?‖ – Pedro. ―Queríamos conversar, não sabemos se podemos modificar

a raiz do sistema, não entendemos a base e o uso que terá destesistema?‖  

Pedro olhou os demais e falou; ―Acho que esqueceram que o que quero, é que falem, 

opinem, mudem se for o caso, não estamos dentro de uma salade pedras onde nada se muda a volta, estamos em um mundo debits, onde toda a parede pode ser atravessada, quero o melhorde vocês, o mais criativo, mas sem o medo, parecem estarevitando, não entendi.‖  

Maria olha para Pedro e fala; ―Desculpa menino, mas a criação é divina, e temos medo

de transformá-la em uma hélice sem utilidade.‖  

 ―Maria, acha mesmo que se fizermos tudo errado, nãoteremos como voltar atrás? Acham mesmo que algo é definitivo?‖  

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 ―Sabemos que você colocou uma serie de metas, asestamos alcançando, sei que nem está tão pesado assim, mas asvezes temos medo de propor algo a mais.‖  

 ―Maria, se a ideia for boa, registramos em nome do autor, evendemos a um grupo grande e nos dedicamos a isto, achamesmo que um dia não serei passado, acha mesmo que o quevocê criar, por mais criativo que seja, um dia alguém não vaitransformar em muito básico?‖  

 ―Sei disto, vamos passar a proposta para você, apenas nãose assuste!‖  

 ―Maria, em 3 meses, quero estar trocando todos os nossos

sistemas de processamento, como ouvi uma moça em Los Alamos falar, vamos a mais um pulo de mil vezes, e em 3 mesesquero estar processando a esta velocidade.‖  

 ―Acha que o processo pode ser mais rápido?‖   ―Estou falando em armazenagem, estamos em um sistema

de informação cada vez mais rápido, mas vamos mudar osistema de processamento e de armazenamento, colocando maisrapidez e segurança em todo o sistema.‖  

 ―E vai usar nosso sistema em um sistema mil vezes maisrápido?‖ – Ricardo.

 ―Ricardo, como meu pai fala, ele viveu algo que nuncaviverei, que se dava um comando em um programa gráfico, eesperava até um minuto e meio para o processar do comando, ecomo ele diz, isto era incrível, pois projetar em nanquim em umaprancheta era muito mais demorado. Tudo o que estamos

vivendo, será nada para nossos filhos e netos, não tem volta,mas estamos em um mundo cada vez mais virtual, onde ainformação e a eficiência do processar e mostrar rapidamente deresultado ou do que o cliente quer, que vai garantir quem vaiestar no mercado daqui para frente!‖  

 ―E por que acha que o sistema se mantem?‖ – Ricardo. ―Por isto o quero leve, tudo vai para a mão, por mais que

seja em um celular, mas tem de ser rápido, pois quando a pessoa

esta em tramite, tem de ter resultado rápido, resposta rápida, serfácil de se manusear, tudo naqueles segundos, por que ele não

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estará sentado em casa ou no escritório, ele estará de pé nocolégio, no ônibus, olhando enquanto o carro se move, ossegundos parecem mais importantes nestes instantes, e eles nãotem paciência, e quem for mais eficiente, é quem vai imperar!‖  

Maria anota aquilo e fala; ―Entendi, acha que o computador vai para tudo?‖   ―Não sei quanto tempo, mas o GPS vai para os carros, os

chips vão para os carros, daqui a pouco, vão começar a indicarrotas alternativas, daqui a pouco os sistemas vão assumir ocontrole, ou quase todo o controle!‖  

 ―E vai nos dar a chance de fazer formação externa, ou era

apenas promessa!‖ – Jeferson. ―Logico, apenas esperando vocês pegarem o ritmo, mas se

acham mesmo que esta fácil, posso começar a pedir algo maisespecifico ainda, embora ache que estão começando a entendera ideia, mas agora tenho de ir, espero o programa que parecemter feito e modificado!‖  

Se despediram e Pedro olha o relógio e olha para a porta evê aquele ser translucido, ele não falava normalmente, mas viuele abriu a boca e um ruído muito agudo lhe entrou na cabeça,chegou a ficar tonto, como se estivesse tudo desfocado, segurou-se para não cair da cadeira e olhou o ser brilhar, não entendeuas palavras, mas sabia que ele estava tentando, era algorealmente inaudível a humanos.

Pedro viu o ser chegar perto e o tocar, sentiu a energia,seus ouvidos não estavam ouvindo muito, mas viu ele abrir a

caixa que estava sobre a mesa, o pequeno diamante cortado emum perfeito quadrado, a energia pareceu correr para o mesmo,Pedro não entendeu, mas viu o ser estender o mesmo para ele,sentiu a energia lhe correr, quase soltou pelo choque, segurou ecolocou em uma pequena caixa e olha para o ser, não sabia seentendera, mas era um sinal que era para levar este diamante.

Pedro vê o ser se desfazer em luz e olha para a caixa,sentia a energia, põem em sua mochila e olha para a porta, hora

de ir, sorri, sai pela porta, olha para Dinho e fala; — Vamos, hora de entender o problema.

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Dinho sorriu e saíram no sentido do aeroporto.Pedro acessa o sistema de câmeras que estava fechado e

salvo no Rio, e começa ver as imagens de desvio do cascalho,pensa no que estava acontecendo e pelo local que colocarampassa uma mensagem no celular do pai.

 ―Pai, não se distrai com o desvio de cascalho em Nazareno,é uma cortina de fumaça!‖  

Pedro chega ao aeroporto era quase 22 horas.Esperou as meninas chegarem, sentado ao saguão de

embarque, ainda faltava uma hora para decolar, mais de meiahora para chamarem o pessoal do voo.

Pedro sorriu quando viu a irmã e Carolina chegar, as duasestavam de mãos dadas, as mediu e sorriu, as duas foram aobalcão de despacho das malas, antes de chegarem aonde eleestava, e Carolina chegou a Pedro e falou;

 — Vamos fazer oque neste fim de semana. — Sabe que as vezes acho que não sei, as vezes acho que

sei tudo, mas nunca é como penso.

 — Começamos bem, com enigmas! – Renata sorrindo. — Começamos bem, com um sorriso de Renata! – Pedro aolhando aos olhos.

Carolina a abraçou e olhando Pedro falou: — Sabe que temos um problema. — Um, quem dera! – Pedro.Renata sorriu, as Ribeiro chegavam com o pai e foram

despachar as malas, e o senhor olhou para Pedro e perguntou: — Vão onde exatamente? — Começamos com BH, depois vamos a um tur que pode

passar por pelo menos 8 cidades a volta de Diamantina. — Isto somente amanha? — Sim, domingo vai ser a região de Vitoria da Conquista na

Bahia. — O que vai fazer na Bahia?

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 —  Tenho uma reunião com os Magalhães na fazenda quecomprei lá.

 — Vai se meter com estes Magalhães.

 — Senhor, estou aprendendo com vocês, que todos somosinocentes enquanto a lei disser que somos inocentes. — E seu pai, vai estar por lá? — Patrícia está entrando no sétimo mês, não dá para viajar

assim senhor, e quero aproveitar esta semana, pois semana quetem as provas e como pretendo na quinta já estar de férias, voucomeçar a pensar em resolver coisas fora do país.

O rosto de desgosto de Rita ficou evidente, mas Pedro não

teria como levar ela para fora do país, as leis externas obrigariamum adulto, internamente uma autorização pelo juizado demenores, era suficiente, para viagens internacionais teria de teralguém de maior responsável, e Pedro não queria perder tempocom isto.

 — Mas vai ser apenas trabalho? – Joseane. — Quem estiver lá saberá!

 — Já brigando? – Rita olhando para a irmã. — Acho que vai ter problemas pequeno Pedro. —  Qualquer coisa mando alguém de volta senhor, não

quero estragar o fim de semana de ninguém. — Não sendo como da ultima vez. —  Muita coisa mudou daquele dia para hoje senhor, mas

está na hora de irmos para o salão de espera.

O senhor deu um beijo nas filhas e as 5 crianças entram naparte interna do aeroporto, onde esperaram mais uns minutos eembarcaram para Minas Gerais.

Um senhor chegara sedo no aeroporto, e depois de algunssubornos, consegue liberar uma mala extra no voo, mala que suaesposa pegaria em BH, algo que não poderia deixar para depois,esta mala vai para a região de carga do avião, ficando lá antes

do embarque dos demais.

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 Voo direto para BH sai na hora, decola calmamente,estavam já sobre o norte de São Paulo quando Pedro sente o sertranslucido olhar para ele no corredor, Rita olhava para Pedro esentiu quando os olhos dele brilharam, olha em volta, as pessoascom os olhos fechados, estavam descansando, voo de não maisde 2 horas e meia, calmo, sem solavancos.

 — O que está acontecendo Pedro? – Rita.Renata que estava de olhos fechados, olha para o irmão,

estavam os 5 nas poltronas do fundo do avião, Carolina estavaem uma janela e os demais estavam nos acentos após ela,Renata ao seu lado, Joseane, tinha o corredor e após ele Rita e

Pedro, haviam outras pessoas nos bancos do fundo, o avião nãoestava cheio, mas estava bem ocupado, mais de 130 pessoas.Pedro olha nos olhos de Rita e fala; — Melhor falar baixo. — O que vai acontecer?Pedro pega sua mochila na bagagem de mão e pega o

diamante que o anjo havia tocado, olha em volta e o coloca amão, Renata acompanhava o que o irmão fazia, Joseane estavade olhos fechados, mas ouvia tudo.

Pedro põem a pedra a mão e sente as energias, Rita olhapara a pedra começar a pulsar, como um pequenos coração,quase imperceptível, as pessoas estavam todas cansadas, voosnoturnos eram de pessoas que trabalharam o dia e estavamgeralmente depois de um dia cansativo, voltando para casa ouindo a outro trabalho.

Rita como estava de mãos dadas vê aquela energia correras paredes do avião, as pessoas não perceberam isto, Renatasentiu a energia passar por ela, mas não a viu, sentou-se eencostou a cadeira, apertou a mão de Carolina, talvez a tensãode estar no ar, e tudo indicar que algo aconteceria.

 A energia foi correndo o avião até achar o que lhedespertou, uma bomba numa mala nas bagagens, a energia aisolou, enquanto voavam a norte.

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Estavam a 6 minutos do aeroporto da Pampulha já em BHquando se ouve a explosão, todos trazidos ao presente pelobarulho, Pedro segura a mão de Rita e olha para a irmã quesegura a mão de Joseane. Renata lê nos lábios do irmão;;

 ―Calma‖   As mascaras caíram e as pessoas meio assustadas veem

que o fogo tomava a parte baixa do avião, pelas chamas quesubiam externamente pelas janelas, como se algo tivesseexplodido, as asas continuavam firmes, na noite, sentiram comose as asas brilhassem, as aeromoças estavam aos corredorestentando manter a calma, uma senhora entrou em pânico no

meio do corredor e começou a rezar, outros começaram a orar junto, os olhos de medo de muitos, aquela prece que pareciamais desespero do que fé.

O senhor ao lado de Pedro sente ele segurar sua mão esente a energia correr por ele, deu a mão ao rapaz ao lado, Ritaesticou a mão para Joseane pelo corredor, a aeromoça foi falaralgo, mas vendo que eram os mais calmos, não falou.

No comando do avião da TAM o piloto sente a explosão,

olha para as asas, olha para os comandos e olha para o copilotoe pergunta.

 — O que está acontecendo. — Compartimento de bagagem, algo explodiu! ―Voo 452 de Curitiba para Belo Horizonte, pede prioridade

para pouso, sem trem de aterrisagem, sem parte da carenageminferior do avião, algo explodiu no compartimento de bagagem!‖  

 ―Aguarde um momento, qual o tempo de aproximação voo452‖   ―Já estou sobre a cidade, não tenho como garantir se as

asas vão se manter, ainda tenho motor e combustível, masparece que o compartimento de carga se foi, estamos todos commascaras de oxigênio, a região dos passageiros sofreudescompressão, mas não temos como garantir a situação ao ar‖  

Um dos rapazes do comando passa para o controlador asituação e o senhor começa a segurar as aterrisagens e outro

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pega o binóculos na torre de comando olhando no sentido sul, deonde o avião vinha, já fazendo a manobra para vir do oeste paraum pouso de emergência, outros voos começam a se afastar e osbombeiros acionados começam a se preparar para chegaramrapidamente.

O avião entra na área de aproximação e o piloto fala noautofalante interno;

 ―Faremos um pouso forçado, pedimos a calma, assim quepararmos, as aeromoças indicarão as saídas preferenciais, saiamcom calma.‖  

 A senhora que estava rezando forte, ficou quieta, a tensão

no ar ficou evidente, somente o sorriso em Pedro, que tentavamanter a energia em alta, sentia pela pedra a sua mão acarenagem interna, toda aos pedaços, iriam descer de barrigamas não falaria nada neste instante.

O piloto olha as asas, não entendia, pareciam brilharnaquela noite ainda sem lua, olha para o copiloto que põem osinto e fala;

 — Os instrumentos se mantem, mas acho que desceremosde barriga.

O piloto olha o aeroporto e pergunta a torre; ―Poderiam me confirmar o estado da parte inferior da

aeronave, não temos visual e nem resposta da parte inferior domesmo.‖  

O rapaz ao comando fala;; ―Toda a parte inferior aparentemente explodiu e pega fogo,

estamos com o corpo de bombeiro preparado, terá de pegar omáximo de pista possível, e tentar manter a nave deslizando napista, de barriga‖  

O piloto olha para o copiloto e fala: — Quando passar da metade, não interessa a velocidade,

inverte as turbinas.O piloto fala vendo o fim da manobra, via as luzes do

aeroporto, o brilho da lagoa da Pampulha a direita, e começa adescer no sentido, olha para a pista e quando chega sobre o

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começo da pista, desce lentamente e toca a pista, da cabine seviu aquele brilho no tocar da pista, e o deslizar rente a pista, umaproteção parecia proteger o resto da carenagem, o choque com ochão fez os corpos irem a frente, Pedro apertou a pedra a mãoque estava dada a Rita e os dois sentiram como se tivessemvendo o avião de fora, se olham e sentem o avião reverter asturbinas, sentem a velocidade diminuir, Pedro olha para Rita eabre a mão com o parar do avião, as portas abriram e sentiramcomo se tivessem caindo um metro e pouco, como o desfazer daproteção, sentiram a fumaça começar a entrar, começaram ver eouvir as luzes dos bombeiros, com calma, Pedro levanta-se, osdemais começam a tentar sair por todos os lados, mas Pedro viuse todas estavam bem, viu cada uma delas pular naqueleescorregador de lona que estava inflado, e que lhes levaria aochão, os pilotos ao fundo seriam os últimos e quando Pedroabraçou as cinco no chão, olha para os pilotos e como a proteçãoestava fora, agora em sua mão, sentem uma explosão ser libertana parte frontal do avião, e todos se afastam, e veem o aviãodividir-se ao meio em meio a pista.

O ar quente fez os demais se afastarem e se protegerem,os bombeiros indicavam o afastar dos demais e as pessoas aoaeroporto olhavam assustadas para a cena, Pedro as olha e sabiaque era uma péssima impressão a que eles estavam tendo, antesde voar.

Renata olha para o irmão e pergunta; — O que aconteceu? — Uma mala explodiu na parte baixa do avião, teremos de

comprar roupas novas e coisas de uso pessoal. — Não falava disto. —  Renata  –  Pedro abriu a mão e falou  –  um menino de

asas, me deu esta pedra antes de partirmos de Curitiba, sabe doque falo.

 — E não deixou de voar mesmo assim. —  Se eu entendesse o que eles falam, poderia ter

desmarcado, mas como não entendo, talvez fosse para estarmosaqui.

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Os demais não os olhavam, as famílias estavam chegandoquando um senhor, o que estava ao lado de Pedro olha para elee pergunta;

 — Vocês estão bem? — Sim, passou! —  Olha que mandam a gente lhe proteger ainda!  –  O

português estranho de quem estava muito perfeito para ser umestrangeiro.

Renata olha o senhor e pergunta; — É de alguma empresa de segurança? — CIA.Renata olha para os demais, que começam a ser liberados,

para quem desceu com o avião ao fundo, tinham poucosproblemas, uma senhora em pânico, um senhor com problemasdo coração, e uma criança que respirou muita fumaça. Muitopouco para 130 pessoas e o avião em chamas ao fundo.

Os médicos fizeram perguntas e foram dispensados, saempelo saguão onde os repórteres entravam, sem reparar naquelas

5 crianças saindo pela porta, pegando um taxi e indo ao centroda cidade.Pedro entra em uma casa na Rua Felipe dos Santos no

Bairro de Lourdes, um sobrado que por fora parecia simples, masolha para a porta assim que entra e vê um rapaz lhe acenar efalar;

 — Estamos de olho senhor Rosa!Pedro sorriu, nem o Rosa e nem o Senhor lhe pareciam

caber bem, mas teria de acostumar com isto. As meninas entram e Rita o abraça e fala; — Onde estamos? —  Nossa casa em BH, um sobrado simples, mas não

pretendo passar muito tempo aqui mesmo.Renata olha para a casa e fala; — Mais simples, mas com certeza com sistema?

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 — Não, esta casa é para conversarmos, mas tem 3 quartos,não se preocupem.

 — Só 3? – Joseane.

 — Um só para você Jôse! – Pedro.Pedro e Rita subiram e Pedro foi a um banho, estava comum sorriso, mas com os músculos tensos, se fazer de forte, asvezes lhe dava o sorriso, mas os músculos estavam um caco, eletoma um banho, pega uma toalha e seca-se, teria deprovidenciar algumas coisas antes das aventuras do dia seguinte,o básico. Se olha ao espelho e olha Rita entrar e o abraçar, e lhefalar;

 — Sabe que com você a vida é pura adrenalina Pedrinho. —  Tô precisando de férias disto, até eu canso de tanto

perigo, por que parece que se não fossemos protegidos, teríamosmorrido a muito tempo.

Rita o abraço e beijou.Pedro colocou uma camiseta nova, a mesma calça e desceu

para a sala, onde Renata olhava para Carolina;

 — Problemas? As duas olham para Pedro e Renata fala; — As vezes as viagens deveriam ser mais calmas. —  Conversávamos sobre isto lá em cima, começo a me

encher desta briga sem sentido, pior é que quem tenta, é omesmo que jogou uma fortuna pela janela.

 —  E quem nos dá segurança, não entendi, CIA lhe dandoproteção.

 — Oficialmente, não tenho além da empresa de nosso paiRenata!

 — Extraoficial seriam quantos? —  Mais 3 grupos, mas não é isto que tem importância

Renata, pois sabe como eu, que nenhum deles nos ajudariam asair daquele avião vivos, eu ainda tenho de parar esta briga, masé que tem gente que não quer conversar ainda.

 — E acha seguro? – Joseane.

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 — Eu acho, mas não posso dizer que as vezes mesmo eu,fique com medo.

 — Se sentiu medo disfarçou direito! – Renata.

 — Temos de tentar descansar, amanha vai ser corrido!  – Pedro terminando com a conversa. — E alguém vai conseguir dormir. – Joseane. — Quem resistir bem amanha tem um brinde no domingo,

mas somente para os fortes. – Pedro abraça Rita e voltam para oandar superior, o clima estava estranho e não estava querendosaber o que estava acontecendo.

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Era madrugada em Los Alamos  e Sabrina olhava asimagens que o rapaz da CIA fez em Belo Horizonte e estavalendo o relato do agente que estava no avião.

Dallan não havia saído ainda, tivera uma reunião com osecretario de segurança quando vê que Sabrina estavadebruçada sobre uma anotação olhando para uma imagem.

Dallan chega a sua frente, não via o que estava no monitore pergunta;

 — Problemas? — Sei lá General. — O que aconteceu?

Sabrina vira o monitor para o senhor e coloca o vídeo dodescer do avião, e o senhor olha para ela e pergunta;

 — Quem já tem esta tecnologia. — Senhor, pelo que a CIA levantou, o avião que o menino

pegou para ir de uma capital a outra do Brasil, nem sei onde são,mas alguém colocou uma bomba em uma das malas, e o que vê,é uma linha de proteção que protegeu as pessoas internas da

explosão, mas quem tem a tecnologia, o menino que nos pediuparceria.Dallan olha a imagem do menino saindo do avião e da

estrutura do avião se desfazer, explodindo, e olha para Sabrina. — O secretario de defesa nem viu isto e já mandou ficar de

olho neste menino, pois ele pode ser uma ameaça. — Acho que os inimigos dele não tem problema em matar

inocentes senhor, odeio a ideia de gente que põem bomba emvoos comerciais para matar alguém.

 — Tem de descansar um pouco moça! —  Estou pondo os sistemas de busca e danificação para

imagens com definição que podem ter registrado isto senhor,assim que estiver ativo, com a certeza que não vai vazar, voudormir.

O senhor entendeu, a CIA documentou, mas se eles

documentaram, outros também iriam documentar.

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Pedro acorda sedo, sente Rita abraçada nele e sorri, sevolta a ela e ela apenas o abraça.

Ele fica a observar ela, como estava linda esta suanamorada, como estavam bonitas as suas namoradas, masCarolina não estava ali naquele dia, não como na tarde deQuinta, que maluquice foi aquela, mas sorria de poder estarvivendo isto, quem a poucos meses diria que ele teria umanamorada tão linda, que o Pedrinho estaria vivendo coisasincríveis, em todos os níveis.

Pedro olha pela janela e o sol os brindaria naquele dia, eleestava pensando em o que fazer, mas sabia que tudo o que tinha

de fazer, era distração, que tudo o que ele pensara, perderasentido em meio a tudo, quando se fala em milhões, ele no anoanterior achava cifras incríveis, agora queriam por mais 6 zerosnisto, e ele se assustava com os montantes que lhe indicavam,mesmo que para 100 anos.

Pedro vai ao banheiro, escova os dentes e desce para acozinha, olha se todos estão bem, olha para a mesa da cozinha,bebidas que não deveriam estar ali, vazias, olha para a lixeira,

ajeita tudo e olha para o celular. — Fala Roberto! —  Consegui algumas coisas, mas não sei o que vão

precisar. —  Vamos dar uma de turistas hoje, mas como estão as

coisas? — Todos olham para o acidente, e se perguntam por que

novamente contra você. — Eles nem sabem da historia e querem adivinhar. — Moreira acionou alguns rapazes em Londres, não sei o

que vai acontecer, mas ele não gostou do acontecido. — Ninguém que estava naquele avião vai esquecer também

Roberto. — Sabe que os vídeos que foram feitos ontem e colocados

na internet, estão todos com um alterador de volume, o que ostorna lixo.

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 —  Imaginei isto, mas quando chegar aqui, devemos estarprestes a sair, embora não sei quem forneceu bebida alcoólicapara estas malucas.

 — Nem sei do que está falando, esta casa não tem sistema. — Roberto, todos esperavam que eu fosse para o hotel que

havia reservado e pago, sabe por isto que não passaria por lá. — O pessoal da CIA quase o perdeu por isto. —  Eles são o meu menor problema, mas consegue uma

roupa base, tênis, meias, escovas de dente, e coisas assim, obásico em coisa leve de levar.

 — Vai aprontar?

 — Roberto, ir a Diamantina e não curtir suas cachoeiras ésacanagem!

Roberto sorriu e desligou.Pedro colocou um café para fazer enquanto terminava de

limpar a bagunça, estava a por a mesa quando sentiu alguém lheabraçar pelas costas e falou;

 — Joseane, o que aprontaram ontem a noite.

 — Como sabe que sou eu sem olhar? – A menina pensandoem o pegar de surpresa.

Pedro não respondeu, terminou de ajeitar a mesa e olhoupara Joseane.

 — Não aprontamos muito, mas não tenho roupas, quandovamos comprar?

 — Provavelmente me Curvelo!

 — Onde fica isto? — Por que veio Jôse.Pedro a sentiu aproximar os lábios, lembra daqueles lábios

e olha para ela, sem a beijar, ela não respondera, ela por sinalfez de tudo para o afastar da família dela.

 — Quero saber que ainda não sente nada por mim. — E vem apenas por isto?

 —  Não acho apenas isto saber se você ainda sacode pormim Pedrinho.

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Pedro sorriu e olha para ela e fala; — Vocês são estranhas, eu avanço todas recuam, eu recuo

todas avançam.

 — É que faz muito pouco tempo que você travessou nossasvidas, sei que lhe chateei com minha postura, mas queria o que,tive medo.

 — E ontem não teve medo? — Ontem não tem como ligar a você! — Sempre tem, mas eu tive medo ontem Jôse! — Não entendi o que você fez, vi que muitos olharam para

você como se perguntando-se o que estava fazendo, mas nãoreparei em nada.

 — Digamos que este assunto ainda é segurança nacional. — Fala serio, segurança nacional parece aqueles filmes de

espionagem americana do século passado. —  E vai tomar café comigo, acho que o resto ainda vai

demorar uma hora para acordar. — Por que saiu da cama tão cedo.

 — Sua irmã tem de descansar, e Carolina não deveria terbebido.

 —  Ela não bebeu, mas Renata parecia muito tensa epediram uma pizza e umas latinhas.

Pedro pensou em perguntar com quem Joseane teriadormido, mas não perguntou, apenas sorriu.

 — Não foi o que pensou Pedrinho.

 —  Sei, mas o Roberto já traz umas escovas de dente ecoisas básicas. — E vamos como para está cidade, Curvelo? — Mesmo de carro não é longe, uns 150 quilômetros. — Sei, para você nada é longe. —  Calma, vamos de helicóptero até Curvelo, pois tem

aeroporto lá.

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Pedro se serve de um café e a olha, ela serviu-se, Pedronão a serviu, ele estava saindo do ataque, isto era algo que amenina não sabia se era bom ou ruim.

 — E quando saímos? — Tem de ligar para seu pai e informar que está tudo bem,

que foi apenas um susto. — Ele é capaz de pedir para voltarmos. — Melhor que chegarmos em Curvelo e ele estar lá para

lhes arrastar de volta. — Esqueço que meu pai é maluco suficiente para decretar

a prisão do namorado da filha.

 — Ele as ama, e ainda se bate com esta coisa de ser avô.Joseane sorriu e depois de servir o café pega o celular e

disca para o pai, Pedro ficou apenas ouvindo e no fim ela olhoupara ele e falou;

 — Pelo jeito já havia ajeitado as coisas! — Ainda não, mas é bom saber que acalmaram ele. — Acha que vão tentar de novo?

 —  Sempre digo que muita gente olhando não quer dizerque estejam olhando para o lado certo, mas acredito que nem foium atentado, é que sempre atraio os problemas.

Pedro ouve a campainha e levanta com a caneca de café eabre a porta para Roberto.

 — Toma um café Roberto? —  Aceito, como estão, soube que foi pesado o pouso

ontem a noite, o aeroporto ainda está fechado. Estão desviandotudo para Confins. — Algo vazou Roberto? —  Não entendi como, mas as imagens que colocam na

internet somem, ou dão defeito, mas mesmo assim, uma chegoua publico, mas aquela tem apenas a explosão e as caras deassustados dos que estavam ao aeroporto.

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 —  Roberto, isto que sumiu, seria o revelar de umatecnologia ainda não registrada, então o pessoal de sistema deLos Alamos devem estar apagando tudo da net.

 — Vai dizer que a proteção que narraram é tecnologia, nãoé aquela maluquice?

 —  A mistura dos dois, mas é que não temos ainda istoinstalado ou pronto para usar.

 — Por isto a CIA está por perto? —  Não entendi ainda, conseguiu um computador pessoal

para mim, o meu ficou na parte de bagagens do avião e deve terqueimado com tudo que estava lá.

Roberto vai do lado de fora e pega algumas sacolas,imensas, trás para dentro, pegando em uma delas umcomputador pessoal.

 — Bom, pelo menos não terei de passar a reportagem deamanha por telefone celular como ontem a noite.

Roberto sorriu, imaginou o menino digitando no celulartoda a crônica do dia.

Pedro abre com calma, olha o sistema de procura, achauma rede a duas casas, o sistema decodifica e acessa a internet.Pedro olha para Roberto e fala; — Não bobeia com aqueles malucos em Curitiba. —  Estamos cuidando disto, João odiou a ação de ontem,

ele geralmente não gosta de fazer estes serviços, mas se encheucom estes.

 — Tô reservando um helicóptero, acha que eles decolam daPampulha?

 —  Acho que taxi aéreo, podemos até sair do Minas TênisClube.

 — Melhor, não perdemos muito tempo em deslocamento, jáchega ter de falar com prefeitos hoje, sabe que odeio esta parteda politica, parece as vezes perda de tempo.

Renata chega a sala e olha para as sacolas e pergunta;

 — O que é para mim?

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 — O que servir!  – Pedro a olhando  – Toma um café antesda bagunça, pois depois vamos sair.

 — Tô com uma dor de cabeça incrível!

 — Tem de se conter na bebida irmã. — O estomago também está estranho!Pedro sorriu e olhou para Roberto; — Tem hepocler na sacola pequena.Renata olha a sacola e vê que tem escova de dente

também, olha para o remédio para bebedeira e toma um e olhapara Pedro.

 — Até parece que sabia o que faríamos ontem. — Evitei perguntar para não saber! – Pedro sorrindo.Renata olha para Joseane e pergunta; — E não saiu falando? — Ele não perguntou.Renata olha para o irmão e pergunta; — Já ligado na tomada! – Apontando o computador.

 — Pedindo um helicóptero para daqui a meia hora. — Vai sair sozinho? – Renata. — Quem quiser ficar, a vontade. —  Não sabe mesmo ser gentil, mas vamos fazer o que

hoje. —  Talvez no fim do dia de hoje estejam todas me

xingando, mas é que as vezes temos de fazer as coisasacontecerem.

 — Mas amanha melhora? – Renata. — Para os sóbrios. — Certo, a cabeça não esta boa para bronca mãezinha. — Sua mãe que não saiba que andou bebendo. — Nossa mãe! – Renata.Pedro olha para a porta e a cara de enjoada de Carolina lhe

fez levantar-se e dar lugar a ela que falou; — A pizza não caiu bem.

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 — Tensão com pizza não deve ter caído bem, mas  – Pedropega um hepocler na sacola e alcança para ela, era bom paraenjoos, e coisas assim e não era remédio de prescrição medica – toma com calma que deve melhorar o estomago.

Carolina toma e olha para Pedro; — Vamos sacudir muito.Pedro olha para Roberto e fala; — Acho que esqueci de pedir os sacos de vomito.Roberto sorriu, mas a cara de descontente de Carolina fez

Pedro sorrir um pouco mais.Renata escolheu pouca coisa, viu que haviam mochilas e

pegou uma separando o que precisaria, sabia que ainda iriamcomprar mais coisas, mas subiu escovar os dentes.

 As meninas foram surgindo, fazendo a bagunça ediscutindo o que ficava melhor em cada uma, Pedro passoualgumas confirmações por computador, o fechou e ficou olhandoas meninas discutirem quem ficaria com uma blusa Rosa, olhapara Roberto e fala;

 — Da próxima vez sabe, não compra Rosa.Renata olha para Pedro e fala; — Vamos quando? — Quando terminarem de fazer bagunça pode ser. – Pedro

olhando aquela bagunça de sacolas e roupas a sala.

Em Londres, um grupo chega a portaria eletrônica do

prédio novo, envidraçado a frente do Thames, e mesmo com asegurança chegando rápido, sacam as armas e olham para osseguranças em menor quantidade, os desarmam.

O grupo sobe rápido, algumas pessoas passando a ruachamam a policia, mas o grupo desarma e amarra os segurançassubindo no sentido da cobertura.

Rhodes olha para um senhor entrar em sua sala sem seranunciado, e vê o seu segurança, com uma arma a cabeça ser

deitado ao chão, amordaçado e algemado ao chão.

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 — Quem invade meu apartamento, onde está a segurançadeste Flat?

O senhor nem teve tempo de reclamar mais, um senhor oencosta a cadeira que estava sentado, o amordaça e põem umtecido escuro em sua cabeça, reviram tudo em segundos edescem até o estacionamento, os policiais subiam pelas escadase cercavam a frente do prédio enquanto um carro saiacalmamente pelo estacionamento.

João chega a região de Pinhais e olha para Priscila deSena a porta do barracão.

 — Quem são estes moça? —  Gente que nem tem visto de entrada no País e estão

aqui, devem ter vindo via Paraguai ou Bolívia, mas sãoconhecidos no submundo, diria que mercenários, pagou elesmatam.

 — Quantos? —  Dois ainda estão escondidos ou saindo da cidade,

pegamos 13 deles. —  E vai fazer o que com eles Sena, odeio a ideia de daruma segunda chance a estes animais.

 — João, eles estão aqui até verificarmos se alguém vai darfalta, perguntar deles, se ninguém perguntar, eles não vieram aoBrasil.

 A frieza da moça fez João olhar para dentro, e perguntou; — E quais as nacionalidades? —  Maluco por dinheiro tem de todas as nacionalidades,

mas três são ingleses, dois americanos, dois russos, umportuguês, dois brasileiros, uma angolano, um francês, umitaliano e um mexicano.

 — Pelo jeito ele havia feito uma oferta alta. — Rhodes vai se dar mal desta vez João, quando ele tentou

a segunda vez, depois de tudo ficar visível que foi ele, muitos

começaram a pensar em suas dores e perdas nos últimos 40anos.

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 — Este pelo jeito vamos ter de afastar de vez.Priscila olha para Carlos que chegava ao local; — Conseguiram pegar ele em Londres?

 —  Não, alguém fez isto antes de nós, pelo que osseguranças do prédio falaram, Russos, o pegaram e tiraram delá, acha que está onde?

Priscila pensa um pouco e pega o celular, olha na lista decontatos e fala;

 — Pajálusta Iuri!  –  (Pajálusta = Пожалуйста = Por Favor)Priscila em Russo.

Ela aguarda um momento e um senhor pergunta; — Quem? — Priscila de Sena!Priscila espera mais um pouco e ouve; — Zdrástvuite Priscila! – Iuri. —  Uma pergunta Iuri, quem pegou o desgraçado do

Rhodes antes de nós. — Ia o pegar e me arrisquei. — Ia, o que vai fazer com ele Iuri. — Ele vai me devolver parte do que tirou e disse que não o

fez, vai pagar pela morte de Valeska. – A antiga esposa de Iure,que caiu num voo a Cidade do Cabo, indo de encontro a ele, comseu pequeno filho.

 — Vê se não o deixa sair livre Iure? — Quer ele inteiro ou em pedaços!

 — Cusôk!  – Priscila sorriu, e Iure sorriu do outro lado, elase despediu e olhou para João.

 — Iuri, um vendedor de Diamantes que saiu do mercado amais de 25 anos, quando a esposa e o filho morreram numaviagem a Cidade do Cabo, o pegou, pode ter certeza João, nósnão o veremos mais.

Carlos olha para os rapazes e fala;

 — E estes ai? — Abre uma vala, põe eles lá vivos, e deixa lá!

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Carlos não gostava dos métodos Sena, mas se ela pediu,ele daria a ordem e os demais a cumpririam.

Pedro e as meninas descem numa pedreira na região deCurvelo, estavam sobre uma pequena montanha, se olhava paratodos os lados, as moças olham aquelas pedras sendo cortadas,brancas, em grandes blocos, a montanha era daquilo, e Rita olhapara Pedro.

 — Vai tirar a montanha daqui? — Sim, vou entrar em vários mercados de extração. — Mas por que se tem coisa mais valiosa. – Joseane.

Pedro olha em volta, não tinha ninguém por perto além dopiloto e fala;

 — Se eu furar e tirar coisas em mil pontos, mesmo coisassem muito valor, embora uma montanha destas com aautorização de extração, me paga todas as propinas que tive depagar em Brasília, para quem vê, é pouco, e quem quiser saberonde estou tirando o que, terá que passar em cada uma das

terras. — Por que todos falam que você vai ser Cronista do ano,empresário do ano e pai do ano? – Joseane.

Pedro começa a caminhar no sentido de uma casa, umadas maquinas do fundo começa a cortar a pedra reta, se via aagua branca escorrer e mais a baixo ficar em um pequeno lagoescavado, mas o barulho começou a ficar muito grande.

 — Talvez por que eles não tenham do que falar.

Rita abraça Pedro e fala; — Veio fazer o que aqui? — Digamos que estou começando a tirar daqui Quartzo, de

Presidente Juscelino Granito normal, e de Corinto, São Hipólito, eMonjolo, Mármore Branco.

 — E por que disto? — Vamos falar com o administrador, esta montanha, não

tem nenhuma nascente de agua, ela é uma pedra pura e única. — E vai a tirar daqui pelo jeito! – Renata.

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 —  Vou, quando chegar a 10 metros abaixo do nível dosterrenos vizinhos, vou parar e teremos um lago que vai fornecerágua para as 5 chácaras que comprei a volta.

 — E vai criar o que a volta? — Vou ter de investir parte do que tirar daqui nas terras,

elas foram degradadas por anos, diria que a produtividade nestaparte seria muito baixa. O rio bem ao fundo, se olhar não temnada que o proteja, dizem que as terras são muito rochosas epouco produtivas.

 — E vai criar o que em uma terra assim. — Flores, o que mais.

 — Fala serio.Pedro sorriu, ele pensou em plantar Abacaxi, mas obvio,

falar em flor, as pessoas ficavam a olhar para ele. —  Certo, vou plantar varias coisas, não sou pela

monocultura, sou pela diversificação. — Mas vai plantar flor mesmo? – Joseane. —  Provavelmente pouco em algumas estufas, depois

plantar castanheiras nas divisas em linhas de produção, e abacaxina parte mais pobre do solo.Chegavam a casa e um senhor que deve ter trabalhado

muito na terra, mãos de agricultor, olha para o menino e fala; — Bem me avisaram que era uma criança. — Como estão as coisas, deve ser o senhor Gilson! — Sim, mas não entendi, primeiro disseram que você iriam

explorar a montanha, depois me disseram que comprou as terrasa volta! — Não gosto de gente olhando de perto, então comprei a

linha de terras até a estrada, e vou por lá uma porteira, ecomeçar a preparar o solo para plantar, por linhas de arvores nasdivisas, e com calma pensamos no que fazer senhor.

 — Me disseram que vai construir uma casa ali em baixo! — Senhor, a casa é para o administrador, para o senhor, é

que aqui no verão as vezes vai levantar poeira.

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 — Quando falaram em cortar a montanha, pensei que eracomo vi fazerem em Pompéu, que dinamitavam e depoiscortavam em pequenos pedaços, aqui não, vocês usam aquelamaquina, ela separa por cima, como se tivesse fazendo umgrande quebra cabeça de quadrados iguais, depois outra corta aparte de baixo e começam a tirar quadrado a quadrado, nuncahavia visto algo tão profissional.

 — Diria que sou chato com perdas, e dinamite gera muitaperda senhor.

 — Os engenheiros ficam pouco, as vezes pensei que elesiriam ficar por perto, mas ficaram apenas no começo.

 —  Senhor, a montanha ainda tem 250 metros até chegarao nível do chão, dividindo em blocos de 2 metros cúbicos, vaidemorar para tirar isto de lá, engenheiro serve para aorganização, não para o dia a dia.

 — Estão levando para onde? — Um barracão que esta em construção em Corinto, onde

pretendo instalar uma fabrica de granitos, quartzo e mármores. — E vai plantar o que a volta? — Ainda não sei, tenho de pensar, vou começar a separar e

ver a acides do solo, restituir a umidade natural, preparar ela,vamos plantar algumas fileiras de castanheiras, fileiras com 4mudas se distanciando uma da outra mais de 5 metros, definindoos corredores e as linhas que sairão da montanha até os limitesdo terreno.

 — Acha que vai conseguir produzir algo, a maioria acaba

por colocar animais de corte. — Com certeza teremos galinhas e ovelhas, mas isto é para

ser com calma, vim conhecer o que não havia visto pessoalmenteainda.

 —  Mas pelo jeito está bem assessorado, pois vi donosnovos acabarem abandonando as terras por que nem sabiamonde eram.

Pedro sorriu, conversaram um pouco e por volta das 11horas saem no sentido de Corinto, ele não ficou mais que 1 hora

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em cada lugar, foi olhando, quando em granito, as pedras eramde dois de altura, três de comprimento e dois de largura.

Pedro viu que as maquinas estavam indo com calma, poisnão tinha pressa em tirar as montanhas do lugar, e queria calmano levantar e armazenar daquilo.

Era 4 da tarde, a cara de revoltada de Joseane, a cara deesfomeada de Rita, viram Pedro ir ao Helicóptero, ele estava comfome, tinham olhado as terras em Kubitschek e saem a leste, asmoças estavam pensando em mais uma verificação, estavamcansadas, quando o helicóptero para mais ao fundo e viram umlocal de camping, estavam em Gouveia, na localidade de

Capivara, Pedro pegou na mão de Rita e falou; — Acho que exagerei hoje, vamos comer. — Pensei que iriamos até amanha sem comer!Pedro riu, pararam em uma lanchonete a beira de um rio e

pediram algo para comer.Joseane deveria estar com muita fome, pois não reclamou.Era passado das 5 quando Pedro perguntou se tinha onde

passar a noite por ali. — Uma serie de chalés um pouco acima.Pedro olha para as meninas e pergunta; — Muito longe? — Não, bem ali na frente, faz a curva do rio, tem os chalés

e se vê a Cachoeira da Andorinha.Pedro acertou os gastos e antes de começarem a reclamar

ele pega 4 das mochilas, uma põem as costas, outras 3 carregacom uma mão esticando a outra para Rita.

 —  Vamos ver se tem onde ficar, senão vamos ter de ir acidade.

Chegam a uma chácara e se via os chalés ao fundo, Pedrosoltou a mão de Rita que não entendeu, mas viu ele chegar amoça a porta e falar;

 — Boa tarde, teria um chalé, eu e minhas irmãs estamos

precisando passar a noite em algum lugar e esta tarde paracontinuar procurando.

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Joseane sorriu e a moça perguntou; — E os pais de vocês. — Devem estar longe, não sabemos ainda, não tem sinal

no telefone.Pedro fez de proposito, não tinha sinal mesmo, e a moçafalou;

 — Só tem uma cama por chalé. —  Vê 3 para gente, pelo menos vai sobrar uma cama

inteira para mim! – Pedro. — Vão pagar como? — Quanto é? – Pedro abrindo a carteira. A moça cobrou a diária, sorriu e perguntou; — Já jantaram? — Comemos um lanche, por que, esta incluído a janta no

preço? —  Não, mas as pessoas ainda estão a tomar banho de

cachoeira, se quiserem, põem as coisas e lhes mostro o lugar.Mas a janta é a partir da 20 horas.

Joseane olha a cachoeira ao fundo, se ouvia o barulho euma serie de pequenas quedas.

 — Eu topo, este dai nos fez andar o dia inteiro!Pedro sorriu, pelo menos alguém se colocando; A moça indicou as cabanas, deixaram as mochilas em uma

e olharam as demais, Pedro deixou as chaves das outras duas nacabana que pôs as mochilas e perguntou;

 — A água é gelada? — Logico! – Rita. A moça sorriu e lhes levou até a parte onde haviam outras

pessoas tomando banho de rio, agua transparente, muitafarofada.

Joseane olha para Pedro e perguntou; — Vamos passar aqui o fim de semana, já é melhorzinho!

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 — Não, sedo vamos a Bahia, mas amanha a reunião é pelamanha e depois a tarde inteira conhecendo uma região quesempre quis conhecer.

 — Qual? – Joseane. — Chapada Diamantina. — O que tem de bom para fazer lá? —  Grutas, cachoeiras, boa comida, passeio a caiaque, e

coisas assim! — Então a chatice foi hoje? — Espero sempre chegar ao dia de amanha, eu antecipo e

algo acontece de errado. — Então por que falou.Pedro sorriu.Pedro olha para a cachoeira, olha o chalé, realmente um

lugar bom para vir com mais calma.Pedro se aventurou a molhar os pés, estava cansado,

estava tentando manter a aparência, não queria problemas e Ritachegou ao lado.

 —  Acha que não nos deixariam ficar se fossemosnamorados?

 — Quase certeza, e se tivessem mais pessoas até poderiamchegar a reclamar, mas os 5 juntos em 3 quartos é algo que elesnão tem como dispensar.

 — Vai me deixar sozinha hoje? — Eu não, mas as camas são todas de casal pelo menos.

Rita sorriu e olha para as 3 a frente e pergunta; — O que aconteceu ontem a noite? — Sei lá, Renata e Joseane beberam e Carol parece ter se

enchido de pizza. — Acha que vão parar de brigar? —  Sei lá, acho que ainda não entendo como vocês se

comportam.

 — Aqui elas não vão ter o que beber! – Rita.

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 — Sempre se dá um jeito, mas não sei se elas estão bempara beber.

 — O lugar é lindo.

 — Pena tanta gente.Rita chega ao ouvido de Pedro e fala baixinho; — Safado.

Pedro viu que alguns foram aos carros mais ao fundo, umgrupo foi a cabanas que estavam armadas mais ao fundo, poucosdaqueles estavam na fazenda com chalés que eles estavam,quando começou a escurecer voltam no sentido da fazenda eobvio, o cheiro de comida para quem havia feito apenas umlanche, chamou todos a uma cobertura externa, uma grandevaranda da casa com cadeiras e mesas, e a moça chegou a elese perguntou;

 — Vão querer o que? — O que temos? —  Podem servir-se no fogão  –  Pedro olhou ao fundo um

fogão de lenha – mas vão querer o que para beber. — Tem suco de laranja? – Pedro. A moça balançou a cabeça negativamente; — Canjibirra? — Sim, de laranja ou guaraná! — Vê duas de guaraná para nós! – Pedro. As moças foram servir-se e Rita olhou para Pedro;

 — A moça está nos olhando atravessado. — Normal, 5 crianças sozinhas neste lugar, sem ninguém

para se passar por adulto.Pedro viu que a moça iria falar algo, era realmente

estranho e pega o telefone a satélite e liga para Roberto; — Roberto, está onde? — Dando cobertura, por que?

 — Sozinho?

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 — Eu e 6 rapazes, sabe que a segurança aqui sem aquelesmalucos da CIA fica mais fácil.

 — Estou precisando de alguém de maior se passando pornossos pais e alugando um dos Chalés, eles são capazes de nospor para correr a noite.

Roberto sorriu e deu as coordenadas, a moça vendo quefalei ao celular chega a mesa, deveriam estar incomodados.

 — Conseguiu falar com seus pais? — Meu pai deve chegar logo, ele acaba de chegar na parte

de baixo. —  Bom, o proprietário fica olhando estranho quando tem

meninas sozinhas. — Ele não está errado em se preocupar.Pedro falou isto mas olhou para o senhor e não gostou da

forma que ele olhava Renata;Roberto chega ali depois de uns momentos e antes de ir a

direção chega a mesa de Pedro; — Problemas?

 —  Não, mas eles estão estranhando, mas dissemos quesomos todos irmãos, difícil de aceitar assim, mas sabe como é, asvezes acontece.

 — E acha que estamos em um lugar seguro? — Roberto, as vezes nem eu sei, sabe disto. — Sei, o lugar é especial, o pessoal acampando sempre dá

um clima melhor a estas coisas.

 — Verdade. Senta ai pai! – Fala tirando sarro Pedro. — Sou novo para tantas crianças. —  Na verdade esta conservado mesmo nós o tirando do

serio desde criancinhas.Roberto sorri, pede um refrigerante e depois pegou um

prato de foi servir-se, o senhor desviou os olhos deles, outrosque estavam a rio chegam e foram servindo-se, pareciam já serda casa, deveriam estar ali desde sexta ou a mais tempo.

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Roberto comeu, acertou a conta e pediu um chalé a mais eo senhor confirmou os nomes, e sabendo que agora tinha umadulto, pareceu relaxar um pouco.

Roberto, Pedro e as meninas foram a uma das cabanas, ePedro sentou-se a uma mesa a ponta e olhou para Roberto;.

 — Como estão as demais coisas? —  Rhodes foi tirado de casa sedo, por homens Russos,

parece que alguém Priscila de Sena conhece resolveu fazer justiça com suas mãos.

 — E em Curitiba? — 16 mercenários!

 — Todos sobre controle? —  Não, mas estamos de olho, quando a informação que

você estava para Minas circulou hoje cedo, muitos tentaram lheachar, mas foi esperto em escolher aquele sobrado, todosestavam de olho no hotel que você havia reservado.

 — Hotéis são como aqui, muita gente se perguntando ondeestão os pais.

 — Acha que eles vão ficar de olho? —  Não sei ao certo Roberto, mas daqui a pouco todos

devem dormir. — Verdade, mas cuida das meninas. — Vou tentar cuidar.Pedro olha para Roberto sair e vê Joseane parar a sua

frente e falar;

 — E dai, vamos parar de brigar? — Que graça tem se pararmos de brigar.Joseane sorriu e olhou para Rita. — Este seu namorado não toma jeito. — Nosso! – Carolina. — Vão ficar por aqui? – Renata.Pedro sabia que novamente não sabia onde queria parar,

mas sabia que se aquilo ali esquentasse, seria problema. Ele

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termina de digitar o texto de sua crônica no telefone e enviaolhando para as demais.

Pedro dá um beijo em Rita e fala;

 — Lá vou eu a um banho.Carolina olhou com malicia para Pedro e Renata olhou paraela e perguntou;

 — Pelo jeito não vai se definir. — Acho que não preciso me definir. — Acha que vou aceitar você com ele? — Não me falou o que andaram aprontando você e Joseane

ontem a noite Renata. — Está com ciúmes? — Está fazendo comigo o que ela fez com você?  – Carolina

olhando ela serio. — Não, mas você não dá para afastar de meu irmão.Carolina passa a mão no rosto de Renata e fala; — Sabe que estou me complicando, ou não sabe.Joseane fechou as cortinas do chalé e chega ao lado de

Renata a abraçando e falando; — Já me traindo? —  Quem está parecendo querer entrar naquele banheiro

não sou eu! – Renata olhando para Joseane.Rita viu que a coisa ia esquentar. —  Não vou negar que o Rosinha meche comigo, fazer o

que, ele foi meu primeiro menino. – Joseane.

 — Nosso. – Falam ao mesmo tempo Rita e Carolina.Renata sorriu e falou; — Não sei o que faço aqui. — Verdade!  – Caroline sorriu e beijou Renata, que achava

que Carolina era muito mais sincera que Joseane, mas viuJoseane olhar para as duas se beijando e entrar no banheiro,Pedro estava se ensaboando quando viu aquela menina entrar no

chuveiro e lhe beijar, começando o problema, começando maisuma noite deste Pedrinho.

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Pedro olha a cama, e vê Carol e Rita ainda ali, quemaluquice fora a noite anterior, teria de começar a pensar umpouco mais, as vezes as coisas vão em um sentido que nãodeveriam ir, as vezes queria entender seus sentimentos, queriaser mais do que era, mas se levanta e se olha no espelho, ele sevia uma criança, ele se via inseguro, mas todos a volta o viamdiferente, todos o ouviam como se fosse algo inteligente, masisto lhe dava uma responsabilidade no falar, uma hora eraria emuitos o condenariam.

 Vai a cozinha e olha sua irmã sentada, olhando para fora, oolhar malicioso de sua irmã ele não desejava, mas era o que via

ali nesta hora. — Como está Renata? — Estranhando, entrando na vida de meu irmão, que põem

minhas namoradas a cama. — As vezes tenho medo destas meninas, quando em grupo,

são mortais. — Saímos quando? — Em meia hora! — E o que faremos hoje? —  Vou pedir para o helicóptero me deixar em Vitoria da

Conquista e lhes deixar em Rio de Contas. — Vai demorar? —  Espero que não, mas lá vão a uma pousada que

comprei, tem reserva e gente esperando, não foi como aqui. — Então acabou a parte chata? — Para mim ainda não. — E tem de se segurar mais mano, tem de se cuidar. — Sei disto, me cuidar e cuidar de muitas malucas por ai.Renata riu e olhou para fora. — O senhor da pousada bateu na outra porta, e ninguém

atendeu. — Vou para dentro, se ele bater, diz que está esperando eu

acordar na outra para irmos.

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Renata sorriu vendo o irmão voltar ao corredor e entrar nobanheiro.

Não deu dois minutos e o senhor batia a porta e Renataatendia;

 — O café está servido menina, não sei onde seu pai foi,pois bati lá e na do lado e ninguém atendeu.

 —  Meu pai tem sono profundo, mas deve quase estaracordando, quando ele acordar disse que sairíamos, pois pareceque a mãe não vai poder vir.

 — Pensei que iriam aproveitar o domingo bonito. — O lugar é bonito, mas vai ficar para outra vez.

O senhor olhou Renata a medindo com os olhos, mas saiupela porta e voltou a parte de outras cabanas.

O dia começava quente e seco, Pedro foi a um banho e searrumou, bateu na porta de Roberto que abriu e falou;

 — Vamos onde hoje Pedro? — Me deixa em Vitoria da Conquista e leva as meninas para

Rio das Contas.

 — Não entendi. —  Tá muito família, é difícil pensar assim, não é uma

reunião qualquer Roberto. — Sei disto, quantos que falam horrores dos Magalhães e

nunca sentaram a uma mesa com eles.Pedro sorriu, foram ao café da manha, e virão Renata vir

 junto, as outras ainda estavam dormindo.

O senhor viu que parte já estava tomando café, e olha paraa cabana. — Este senhor não é de confiança Roberto.Roberto apenas pega o celular e disca o 6 e viu os demais

confirmarem os pontos de observação, e falou; — As vezes é apenas impressão. —  Não quero dar sorte ao azar, vamos!  –  Pedro se

levantando e vendo que o senhor caminhava para uma dascabanas.

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Roberto se levanta e Renata sai junto, não sabia o queestava acontecendo, mas era obvio, que não era comum alguémficar rondando as cabanas, talvez para outros passassemdesapercebido, mas não para Roberto e Pedro.

Pedro vê ele entrar na cabana que Roberto ficou e Robertoajeita a arma as costas e entra logo atrás.

 — Algum problemas senhor? – Roberto entrando pela portae vendo o senhor mexendo na mochila de Roberto.

O senhor se perdeu e falou alto; — Me acusando de algo? —  Perguntei qual o problema que está mexendo nas

minhas coisas?Roberto entra e olha a mochila e junta as coisas, pouca

coisa e olha para o senhor, que olha meio que pensando em oque faria;

 — O que são vocês, por que estão aqui? – O senhor.Pedro a porta acalmou e falou; — Está nos confundindo senhor.

 — Vocês não são apenas um grupo de crianças passeando,você tem balas de munição ai.

 — Sim, mas isto não é de seu interesse. — Saiba que chamei a policia, vocês parecem estranhos e

parecem estar fazendo algo errado.Pedro olha para o senhor olhar a outra cabana e fala para

Roberto;

 — Segura ele ai, algo a mais está acontecendo.Roberto aperta o numero 4 e o senhor que não via osseguranças ao fundo, vê um carro parar a entrada da fazenda eum grupo sair de entre as arvores do outro lado do rio, vindotodos no sentido das cabanas.

Pedro entra na cabana e a moça revirava as coisas e seassusta com o menino entrando.

 — Onde estão as meninas? A moça se assustou;

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Pedro empurrou a moça que desabou na cama e entrou noquarto e viu um rapaz a forçar Rita a parede;

 — Quem é você rapaz?

 Aqueles olhos Pedro não esqueceria, o brilho deles, e olhoupara Rita que se desviou, Pedro entrara na peça e Carolinapuxara Rita, Joseane foi empurrada para se mexer, estavanovamente em pânico e o rapaz sentiu a energia, não se via, masas proteções de Pedro eram fortes.

 — Não vai responder? — Ele tentou me morder! – Rita. A moça a porta tentou sair e viu dois rapazes entrarem, um

deles apontou a arma para a moça e falou firme; — Senta quietinha que estamos apenas de passagem.Pedro olhava para o rapaz tentando entender, nunca vira

alguém com aqueles olhos, nunca entrara em uma historia parasair pela metade, e não tinha tempo para ficar discutindo, olhapara Rita que recolhe as coisas e sai pela porta para a sala, asoutras duas pegam suas roupas e vão ao banheiro se vestir.

 — O que é você menino, sinto a sua proteção. —  Como posso confiar em alguém que tenta morderpessoas para falar quem sou?

 — Sabe o que sou, esta em sua aura. — Não, está uma duvida na minha aura, ou nem aprendeu

a ler auras e está inventando?  –  Pedro olhando aqueles olhosbrilhosos.

 — O que acha que sou? —  Um hibrido, pois não é Moroi, não é Laikam pois tem

carne, não é um Mort, pois a iluminação pouca do local não odeixaria ver nada.

 — E como saberia que não sou um Vampiro moderno. —  Vampiros Modernos não existem, pois não deixamos

existir, mas a pergunta esta ainda no ar, quem é, que lugar éeste, pois nitidamente tentou no grupo que vinha de longe.

Pedro pega no bolso a pedra e sente tudo a volta, senteseres as costas dos seguranças a volta do acampamento, mas

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dele saiu uma leva de proteção que atravessou o ser a frente o jogando a parede, mas esta atravessou as coisas e se ouviu umgrito a duas cabanas dali, outros, mas em um circulo imensocomeça a afastar os seres que se aproximavam dos seguranças.

Roberto olha no sentido dos seguranças que se voltam aosque se aproximavam, agora barrados, pessoas saiam dascabanas, uma moça sai gritando de uma cabana ao lado dacachoeira e um rapaz com a boca cheia de sangue pareceaturdido, a moça parecia querer voltar e ao mesmo tempo saircorrendo, o ser estava ali sem entender, se viu um segundo emuma das cabanas, e novamente alguém sai correndo, agora uma

moça que parecia ter sido mordida.Roberto fala no comunicador; —  Isola os seres que estão internos, e melhor se

prepararem para atirar.O senhor olha assustado, pois não era apenas o senhor que

estava armado, haviam seguranças, haviam pessoas assustadas,a moça chega ao lado de Renata, a que saíra correndo da cabanaao lado e cai, como se tivesse fraca.

Renata a foi tocar e viu um segurança a afastar. — Mas ela precisa de ajuda. — Ajuda, não de complicação.Pedro olha para o rapaz. —  Quem é você menino, que isola os meus como se

mandasse sobre nossas terras. —  Como disse, como confiar quem sou, se vocês não

confiam e usam de traição. — Não sei como você me denominaria, sou de uma família

antiga, ligada a terra, amaldiçoada por uma praga, trazemos anecessidade da carne, mas não de qualquer carne.

 — Quem os amaldiçoou. — Os antigos! — Definição vaga!

 — Alguns chamam de deuses, nós a muito os chamamosde Antigos, pois de Deuses não tem nada.

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 — Imortais? — Digamos que somos uma leva de antigos Morois, que se

depararam na carne de imortais com uma praga.

 — Quer dizer que todos vocês já morreram uma vez!O rapaz olha para Pedro, quem era aquele, pois ele sabiaque haviam morrido, como?

 — Parece saber muito. —  Pouco, mas somente os Moroi Mort comem carne

humana, para confundir um humano com um imortal, deveriamestar com muita fome.

 — E quem é você que sabe disto? — Uma criança de quase 14 anos! —  Tem cheiro de humano, tem forma de humano, mas

sabe muito e tem algo no bolso que nos isola, quem é você. — Digamos que amaldiçoados se reconhecem. — Amaldiçoado por quem? — Um querubim chamado Beliel.O senhor olhou em volta e fala; —  Proteção pesada este seu Beliel lhe deu, quem foi este

querubim para ser tão poderoso? — Alguns conheceram ele por Lucifer! — Vai ao inferno, e não tem medo. — Se ele estivesse no inferno eu me preocuparia, mas ele

está caminhando por estas terras que você chama de sua. —  Está região é nossa, poucos se atrevem a vir a elas,

poucos sabem delas, um senhor a algum tempo criou uma áreade proteção para nos isolar, mas não está funcionando como elepensou.

 —  Cada um escolhe o caminho que quer, vocês poderiamestar em um caminho útil, já que como disse, é uma evolução dealgo impensado, mas quem dos antigos você mordeu, ou um dosseus morderam?

 — Uma leva de filhos de Amaná! — Ela ainda tem filhos nesta terra?

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 —  Ignorávamos eles, mas agora eles tentam nos manterisolados dos demais.

 — Deixando novos turistas se dando mal?

O rapaz sorriu e falou; — Mas pelo jeito não teremos uma alimentação digna hoje. —  Que posso fazer  –  Pedro olha para a moça sentada a

pequena sala do chalé  –  adoro novos inimigos, mortais eimortais!

Pedro agora sabia o que no cheiro daquela moça lheincomodava, cheiro do tempo, o mesmo do senhor do hotelfazenda, mas com certeza não tinham esta forma.

Pedro olha para o rapaz e fala; — Tem 30 segundos para sair da minha frente, e tirar os

seus do meu caminho, depois, vai ser guerra rapaz!  –  Pedroencara o rapaz e começa a sair, chega ao lado da moça caída,todos viram a energia correr por ela e a mesma abrir os olhos,ela olha assustada para o chalé ao lado e Pedro caminha até lá egrita para Roberto;

 — Não deixa arrastarem ninguém para fora!Pedro encara o rapaz e fala; — Quase acabando seu tempo!Pedro olha para um rapaz com parte do pescoço

mastigado, ao canto escondido um ser como o outro, com a bocatoda suja de sangue.

Pedro toca no rapaz caído e o ser vê a carne se refazer, osusto do rapaz acordando e olhando assustado, ele deveria estarno corredor andando para a luz e ressurge no corpo, sabia o queera este susto.

 — Ajuda sua namorada, ela está lá fora.Pedro sai pela porta e caminha até a cabana do outro lado

do rio e vê o corpo, mais uma cura e olha para os seres ao longe,que deveriam se perguntar quem eram os rapazes, mas Pedronão ficou discutindo, tocou o cristal e os seres foram sendo

empurrados para fora da vista, muito longe, e o ser rapaz dacabana para a sua frente.

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 — Não disse o que você é! —  Pedro apenas, para os amigos, Netser para os que

acreditam, Rosa com seus espinhos e cheiro de morte para osinimigos.

O senhor da cabana se afastou e puxou a moça, Pedroolhava ele e outros e os viu ficarem num formato estranho esumirem.

Pedro olha para os rapazes que foram atacados e fala; —  Melhor saírem a oeste, antes de nós, depois não me

responsabilizo por mais ninguém.O senhor da pousada olha para a filha que pergunta;

 — Quem é o menino? —  Pensei ser um Moroi caçador, existem uns, depois

quando o senhor ali chegou, pensei ser um Fanes, mas é pior, eleé um Netser!

 — O que são os Netser? — Os ouvidos da grande deusa, aquela que deixamos de

ouvir no passado para nos prender a vida, sabe filha que a

imortalidade nos trás os pesos da vida, do anormal. — E o que eles faziam aqui? — De passagem, mas a séculos não ouvia falar dos Netser,

eles foram proibidos, mortos, isolados, e depois de séculos surgeum novamente.

Pedro olha para Roberto e fala; — Pede dois helicópteros, e tira o pessoal daqui, não quero

perder gente. — Saímos por ultimo? — Sim, começo a pensar que vou atrasar em uma reunião

que não deveria atrasar.Roberto entendeu, Pedro estava com a cabeça na reunião e

mesmo assim, estava ali, a por seres estranhos a correr, aquelesque Roberto teria atirado, saído e nem olhado para trás.

Rita o abraçou e falou; — O que eram aqueles seres?

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 — Uma leva de Moroi Mort modernos! — Modernos? — Pelo cheiro, diria que eles a uns 500 anos, morderam um

imortal, mas os imortais não deveriam andar ainda nestas terras!Roberto olha o menino e fala; — E este povo? —  Põem para caminhar, acabou o fim de semana, quem

insistir em ficar, estarão escolhendo ficar para serem almoçados,não podemos fazer nada.

 A moça que Pedro ajudara ao chão para com o namorado afrente de Pedro e pergunta;

 — A quem devemos agradecer menino, pois muitos a voltanão entenderam, mas veio nos ajudar.

 —  Pedro Rosa, apenas isto, mas estaremos saindo emminutos, se fosse vocês aproveitava e me mandava daqui.

Os dois concordaram e foram pegar as coisas, Roberto vêPedro dar a mão para Carolina e Rita e caminhar até orestaurante, sentar as duas, preparar o café e as servir, Joseane

surge assustada e fala; — Você atrai só gente estranha. —  O grupo não é de mais de 20 pessoas, mas eles

precisam de carne, e os mordidos por Moroii Mort, não virammortos vivos, eles apenas viram comida, eles a comem mesmodepois de podres.

 — Ele quase me mordeu.

 —  Desculpa, as deixei desprotegidas, estava tentandopensar na reunião chata que estou quase atrasado. — Não entendi nada, mas depois nos explica! – Rita. —  Estava falando para o Roberto que a reunião iria ser

chata, para me deixar para a reunião e as levar a uma Pousadana região que vamos passar a tarde, para vocês irem se divertir.

 —  Não entendo como você desconfia das coisas, eu nãoteria desconfiado de nada. – Renata.

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 —  As vezes podemos nos deparar com estranhos, mas éque eles nos acharam estranhos, por isto desconfiamos, senãonem teríamos como desconfiar deles.

 — E assumiu a pousada? — Eles estão a volta Renata, eles acham que não os vejo

nesta forma translucida de imortais curiosos. — Eles não sabem quem é você amor! – Rita. — Agora sabem, mas como a mais de dois mil anos não se

ouvia falar de algo como eu, devem estar tentando lembrar dealgo tão antigo, deve ser difícil lembrar, se eu não lembro do quecomi semana passada, como eles vão lembrar do que estava na

memoria a dois mil anos.Renata sorriu e serviu-se novamente; — Acha que as famílias que ficarem vão ser atacadas? — Parte dos que se vê ao longe, são famílias de aparência,

seres que eles não atacariam, para parecer normal aos demais,mas os que viram o acontecido estão saindo, eles resistem maisum fim de semana para comer, mas nada tenho haver com a

praga deles, apenas não iria virar comida deles por que elesqueriam.Pedro toma o café, e olha para Roberto ao fundo, as

meninas se levantam e vão todos a região aberta onde doishelicópteros descem.

Pedro assim que sobe no helicóptero passa a Rita o cristal efala;

 — Cuida dele para mim.

 — Esta querendo nos proteger. — Sim, não vai acontecer nada, mas as vezes se proteger

não custa, e me deixa mais calmo para enfrentar os Magalhães.Rita o beijou, mas aquele olhar malicioso de Renata estava

perturbando Pedro, que desce a frente da sede em Vitoria daConquista, Roberto desce ao seu lado e os dois helicópterossobem as levando no sentido da Serra de Diamantina.

Pedro olha para um senhor e pergunta; — Deve ser o senhor Nilson?

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 — Sim, vai me dizer que é Pedro Rosa! — Que bom que não preciso!O rapaz sorriu e falou;

 — Tem visita na sala, eles estão impacientes!Pedro entra e olha para Roberto; —  Apenas dá cobertura, não estamos em guerra, mas

aquele grupo me deixou tenso.Pedro entra e olha um rapaz e fala; —  Desculpa a demora, as vezes as pessoas insistem em

fazer burrada.

O senhor mediu Pedro e falou; — Acho que me omitiram que era uma brincadeira.  – JoãoMagalhaes.

Pedro olha para Roberto saindo pela porta e fala; —  Pede um helicóptero, pelo jeito vai ser mais rápido do

que pensei!Roberto sorriu e perguntou; — Agora somente em 45 minutos. — Então vou conhecer a bagunça que fiz aqui.O senhor olha para o assessor que fala; — Deve ser Pedro Rosa, desculpa nossa falta de educação,

mas me disseram que o dono destas terras iria querer conversarcom o senhor Magalhães sobre algo de seu interesse, o que ummenino pode ter que despertasse interesse ao senhor Magalhães.

Pedro olha para o senhor sentado e para o assessor e fala;

 — Ele sabe o que posso oferecer, mas como digo, eu nãoobrigo ninguém a me ouvir senhor, ele veio conversar comigo ese quer me ofender de cara, por ser eu um nada, que novidadese tem nisto?

 —  Mas o que poderia querer nestas terras que nosinteressassem?

 — Nestas nada, e sim na linha de mais de 18 mil metros no

sentido da montanha ao fundo, terras do senhor João, como voufazer desta terra rica, se ele quiser, podemos fazer uma parceria

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de exploração, e quem sabe, ele ganhar um pouco com estasterras abandonadas a sorte.

 — E o que teria nestas terras que valesse isto?

 — Acha que não tem nada, seria isto? – Pedro. — Sabemos que não tem, mesmo o seu terreno, não temgrande coisa, parece querer impressionar alguém, pois sei quevindo pela rodovia, ergueu uma montanha de terra a beira daestrada, e a gramou e plantou arvores, para não se ter visão doterreno, mas não vejo o que teria de parceria.

 — Se não tem nada, gostaria de me vender as suas terrassenhor João? – Pedro.

 — Acha que tem dinheiro para comprar minhas terras? — Faça o preço, já que não quer uma parceria ao sul de

 Vitoria da Conquista. — Eu não a vendo por menos de 3 e duzentos? — Esta falando em Reais? —  Sim, em Reais! Não somos estrangeiros para falar em

dólares menino.

 —  Se não quer a parceria mesmo, compro! Se estiver avenda!

João olha para o menino, ele pedira duas vezes o que ocorretor disse que valia as terras e o menino nem pensou, disseque comprava.

 — E tem dinheiro para isto? —  Sim, mas vim propor uma parceria, não esquece,

comprei por que o senhor não quis parceria, para depois não vircom gente sobre os meus seguranças dizendo que o roubamos. — Acho que não conhece estas terras! – João.Roberto estava a porta e Pedro olha para ele; —  O Lucas, ainda está com o tabelionato de registro a

disposição? — Sim, ele ainda está lá esperando uma ligação! — Quer fechar isto hoje senhor? – Pedro olhando para João

Magalhaes.

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 — E teria este dinheiro assim, ao vivo? — É o tempo de chegarmos ao Tabelionato, e enquanto o

senhor conta o dinheiro, o meu corretor de imóveis acerta dosdetalhes no cartório para a transferência.

O senhor sorriu e falou; —  Pelo menos é um menino decidido, olha que este

dinheiro vai vir em boa hora. — Então vamos lá.Pedro olha para Roberto e viu uma leva de seguranças e

dois carros, olhou para o administrador e fala; —  Volto ainda hoje, depois vamos ver os problemas

técnicos! A viagem ao centro da cidade, foi rápida, o tabelião os

esperava, cumprimentou o senhor João, que tinha muitas terrasna região.

Em 45 minutos estavam com os documentos comprados etransferidos para os dois irmãos, Pedro e Renata.

Estavam saindo do tabelionato e o senhor perguntou;

 — Acha mesmo que aquela terra vale algo? — Se valer algo, vou oferecer por suas terras vizinhas, se

não, vai fica lá parado. — Pelo jeito não sabe tanto, mas foi um bom negocio. —  Uma pergunta senhor Magalhães, como está a divisa

com aquele encrenqueiro do Seu João? — Um imprestável com as filhas, mas agora ele não é mais

problema meu.Pedro não gostou da frase e falou; — Vou pensar se os coloco ou não para correr.O senhor sorriu.Pedro viu o helicóptero parar a praça a frente e o senhor

João viu que o menino não era qualquer um, e olhou para o seuassessor e perguntou.

 —  Acha que consegue vender aquelas terras para elemesmo?

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 —  Não a este preço que o senhor conseguiu nestas, maspelo jeito o menino nem tem noção de quanto valem as terras.

 —  Sabe que aquelas ao lado não tem documentação,dizemos ser nossa, mas nada tem papel, mesmo se ele invadir,vai ser o adendo, por isto pedi mais, tenho quase certeza que ademarcação natural está em parte sobre as terras que não eramnossas.

 — Agora entendi o preço, mas sabe que mesmo assim dápara tentar.

 —  Temos de conseguir aqueles papeis, se não conseguirnão adianta tentar vender.

O assessor entendeu, se fosse fácil, o senhor João já teria,sinal que era diferença de medidas, aquelas clássicas de um paísque foi medido a cavalo, a dias a cavalo.

Pedro volta a fazenda e o rapaz chega a ele; — O que fazemos menino?Pedro olha para Nilson e fala; — Nilson, chega aqui.

Nilson vê o menino esticar um mapa e fala; — Vou marcar o terreno que você vai demarcar, e cercar

com arame, depois vai instruir para que toda a volta tenhaaquela montanha de terra, que não se olhe para dentro,principalmente da parte baixa.

 — Certo!Pedro riscou o mapa e o rapaz perguntou;

 — Comprou todas estas terras? — Acabamos de registrar isto junto ao cartório, enquanto osenhor João nos vendia esta parte!  –  Pedro risca o meio doterreno  –  e nós tínhamos esta ponta  –  Pedro riscando outroextremo com uma pequena ligação  –  pagamos os impostosatrasados de toda esta leva de terras, que veem a nós porassumirmos as dividas sobre elas.

 — E o senhor João achando que estava fazendo um bom

negocio.

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 —  Ele ali seria alguém olhando por dentro do queestaremos fazendo, e me alivia, pois se alguém falar algo, vimpropor uma extração em conjunto, mas ele nem ouviu.

 — E o pessoal dele? — Tem gente que preste? — Existe um senhor que mora na casa no fundo do terreno,

que todos dizem ser um aliado de João, mas ele sempre faloumal dele.

 —  O senhor José eu vou lá conversar, mas cuida dademarcação que vamos começar em uma semana a abrir umburaco.

 — O que vai extrair aqui? —  Três coisas! Granito junto a esta formação!  –  Pedro

aponta a formação, vamos fazer um pente fino nestas praias dorio – e Pedro aponta o meio do terreno – e aqui talvez não achenada, mas é para as pessoas olharem para cá.

 — Quer os distrair, o que acha que vai ter nas pequenaspraias do rio?

 — Ouro, o que mais.O rapaz sorriu, e Pedro pegou o carro que Roberto dirigia eforam por uma trilha em meio aquele terreno e chegam a umasubida desajeitada.

Roberto estaciona na frente de uma casa pequena, vê umamenina de uns 8 anos correr para dentro e falar;

 — Pai, tem visita!Um senhor sai da casa com uma doze na mão, Pedro olha

para Roberto e fala; — Mantem a calma, viemos conversar.Pedro sai do carro e olha o senhor, talvez ele estivesse

esperando qualquer um, menos um menino saindo pela porta dopassageiro.

Pedro olha para traz, já estavam a algum tempo nomunicípio vizinho, em Candido Sales, o senhor a sua frente, um

dos descendentes de Timóteo, um senhor que os anos deixarampesada a existência.

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 — Deve ser o senhor José! —  Quem quer saber?  –  O senhor ainda com o dedo no

gatilho da 12 de caça.

 — Seu vizinho a leste até a rodovia!O senhor olha para o menino e pergunta, olhando paraRoberto;

 — O senhor que comprou o terreno dos Magalhães? — O menino comprou senhor!O senhor volta os olhos para Pedro e fala grosseiramente; —  Sabe que parte das terras que ele lhe vendeu são

minhas! — Acho que ele nem sabe que terras são estas senhor, mas

vim conversar. — Acha que vou lhe vender, não está a venda. —  Senhor, tem de se desarmar, eu vim uma vez, se me

disser some, eu sumo, mas pode ter certeza, não vai poderreclamar depois, do que não conversou. – Pedro.

 — Não... – o senhor é interrompido por uma moça que sai

da casa, deveria ter uns 25 anos, que olha para o pai. — Não vai nem ouvir pai? —  Este ai deve ser pior que aquele, eles nunca são boa

gente!Pedro olha para Roberto e fala; — Evita que o pessoal passe nas terras do senhor ai, mas

ele que construa uma saída das terras dele, pois quem não sabe

conversar, deve saber trabalhar.Pedro entra no carro e Roberto olha para o senhor e fala; —  Melhor não atirar nos meus meninos, eles não são

compreensivos senhor, tem uma família bonita, mas pelo jeito vaiainda apanhar da vida.

Roberto entra no carro e ouve um tiro para cima e sorri,Pedro olha para Roberto.

 — Fecha os acessos, em uma semana vamos vir conversar. — Eles podem morrer.

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 — Roberto, se eu deixar aberto e algo acontecer a famíliadele, vou me culpar, não conheço ainda este pessoal aqui daBahia.

 — Quem é ele? — Jose Timóteo Guerra! Diria minha segunda mãe, que ele

é meu tio por parte de mãe, então avisa os seus que mexer comele, é mexer com Ciça, mas ainda não entendo a briga dos dois!

 — E não falou? —  Não quero favor, não quero que alguém converse por

que sou parente, e sim por que quer! — Vai fazer o que agora?

 — Dispensar o rapaz que cuidava das terras. — Por que? — Roberto, todo pessoal que tinham algo haver com estas

terras não vão trabalhar nelas, vão servir de informantes.Pedro chega a casa do senhor que cuidava das terras, um

senhor de uns 30 anos, sozinho, que parecia meio alcoolizado,que falou meio alto.

 — Você que vai pagar meu salario? —  Não, Joao me vendeu as terras, disse que não tinha

ninguém encima. — Não vai precisar de alguém olhando este fim de mundo? — Não, vou derrubar tudo e por gado para pastar. — Não são terras boas para pasto. — Isto eu descobrirei com calma. – Pedro.

 — Tenho até quando para sair. — Fim da tarde, será tarde para sair! – Pedro estava sendo

duro, mas aquele senhor alcoolizado, lhe exigia uma ação maisdura.

 — Mas não tenho onde ir. — Pede emprego para o senhor Magalhães, dizem que ele

está comprando terras pela região.

 — Pensei que vinha alguém que iria melhorar esta pocilga.

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Pedro sorri sem graça, o senhor catou as coisas dele noquarto, entre as coisas, duas armas, e olha para o menino comuma arma a mão.

 — Se precisar de um servicinho, pede, pois está difícil deachar gente que saiba o que faz a nível de dar fim em gente,hoje são todos certinhos.

 — Vou pensar, mas ainda não preciso de nada. — Pode ter problemas com aquele José. — Com o senhor Guerra eu me entendo com calma. — Pelo jeito vai dar fim naquele velho doido, mas olha, que

aquelas filhas dele, eu dava um jeito.

Pedro segurou a língua para não ofender.O senhor saiu pela porta e viu que ninguém ali lhe

forneceria uma carona, embora estivessem pessoas chegando emduas caminhonetes, ninguém nem olhou o senhor.

Pedro olha para Roberto que apenas olha para um dosrapazes.

 —  Faz questão que chegue na rodovia, melhor darem

carona para ele, garantia que saiu das terras!Pedro olha um rapaz entrando com uma camiseta, um

tênis, e uma calça jeans e olhar para o menino; — Deve ser Pedro Rosa? — Sim! — Geólogo Daniel Vargas!Pedro olha para Roberto que faz sinal para outros dois

chegarem perto, o lugar estava imundo, Pedro afastou algumascoisas. — Pessoal, vamos começar a organizar as coisas!  – Pedro

esticou um mapa da região em um A0  – as linhas em vermelhosaliente, é onde vamos erguer as cercas de divisa.

Pedro olha para um dos rapazes; —  Temos de isolar da vista toda a região, então vamos

alisar o terreno criando nos primeiros metros, um morro de nãomais de 5 metros de altura, a toda volta, como um corredor alto,

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onde possamos instalar vigias e ver quem está chegando aolonge.

 — O que acha que tem aqui? – Daniel.

Pedro pega uma pedra brilhosa e azulada da bolsa e colocaa frente de Daniel e fala. — As amostras de solo, mostram que temos uma linha de

extração a 12 metros, que corre na linha marrom do mapa.  – Fala Pedro passando a mão na linha no mapa.

Daniel pega o cristal a mão e olha em volta, não sabia nemse poderia falar.

 — E vai abrir isto assim?

 — Daniel, pago pelo silencio e pela discrição, eu comprei oterreno ao lado, com as amostras que tirei daqui.

 — Pagou quanto nas terras? — 10% do valor do diamante que tem na mão!Roberto sorriu, o senhor achou que o preço estava ótimo,

mas o menino queria uma parceria, o senhor Magalhães nãoquis, quis vender, sabia que teria problemas nas terras não

registradas, mas como o menino falou, pagou os impostos eassumiu. — Acha que vai tirar quanto mais deste lugar? —  Daniel, este terreno vai ser a partir de Janeiro do ano

que vem, o local de exploração de diamantes azulados, maisrentável do globo, mas como a indicação me diz ser de diamantede baixa qualidade, não como o que tem a mão, vai gerar muitatecnologia para tirar.

 —  Mas por que comprou toda esta região aqui?  –  FalaDaniel mostrando uma parte rente a rodovia, que não tinha nada.

 — Daniel, quanto vamos ter de tirar de terra e coisas parachegar a 12 metros de profundidade?

 — Muita coisa!Pedro demarcou a caneta a região como se estivesse com

os 5 metros de terra e falou;

 — Aqui vai sobrar, mas o terreno ficara inteiro a mais de 5metros acima do que está hoje, e quando terminar, toda a volta

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do buraco estará com esta altura, mas vamos com o tempocriando outra coisas e começar a plantar nesta terra que reviradavai nos ser útil em alguma coisa.

 — Útil? —  Daniel, o que preciso de você, é  –  Pedro aponta 3

lugares junto as montanhas  –  que me indique a qualidade daargila que temos aqui, se for o que imagino, vou criar umafabrica de porcelanas na beira da estrada, a mais de 5 metros donível atual da rodovia.

Daniel olha para o menino e sorri; — Não vai declarar estes diamantes.

 —  Daniel, eu sou uma criança, se eu fosse adulto equisesse comprar um terreno sem nada pelo preço que ofereci, osenhor acharia que tinha algo, mas como fui eu que ofereci, eletem de saber que tem algo, e a argila ao fundo é algo que podedistrair em muito os olhos.  –  Pedro faz mais uma marcação noterreno e termina  –  Se reparar, teremos 3 pontos que nãointeragirão entre eles, o do buraco. O desta estrada que deve dara argila, preciso saber apenas a qualidade para saber se produzoporcelana de altíssima ou de péssima qualidade.

 — Certo, vai investir mesmo que não lhe dê algo de valorde mercado grande.

 — Não sei ainda, mas pense, tudo o que eu fizer a nível deestrutura Daniel nesta fazendo, você, Roger ao seu lado,engenheiro Mecânico, e Francisco no seu outro lado, engenheirocivil, vão discutir e decidir, não estamos aqui com todos os

ouvidos, estamos aqui, eu, quem comprou as terras, Roberto,meu braço direito nas terras, e as três pessoas que espero metragam respostas da forma de investir em conjunto, para quetoda a estrutura esteja instalada em Janeiro de 2012.

 —  Vai mesmo erguer a fabrica?  –  Francisco que apenasouvia.

 — Sim, mas por enquanto precisamos de um projeto quepossa atender a qualquer tipo de argila, a transformando no

melhor produto possível.

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 — E os diamantes? – Daniel.Pedro pega um pano e estiva na mesa e se vê quase um

farelo de pedras e fala;

 —  99% do diamante que sair daqui, é deste tipo Daniel,não é de tanto valor, mas quando sair uma pedra maior, precisoque me relate.

 — E para o que se usa isto? – Francisco. —  Níveis industriais existem muitos, até lixas para a

lapidação de diamantes, mas 90% dos usos são industriais, e opreço não passa de 4 dólares o quilate, pode parecer pouco, masum quilate é equiparado a 200 miligramas, o que quer dizer que

deste pó conseguimos 20 dólares a grama, dois mil dólares oquilo, e pelo que o relatório diz que podemos teraproximadamente 75 toneladas de diamante de baixa qualidadeaqui, ou o que quero falar, mais de 150 milhões de dólares emdiamantes, pouco, mas por isto temos de ficar atentos a pedrascomo a que tem a mão Daniel, por isto um geólogo, pois umapedra desta, vale mais de 60 milhões.

 — Entendi, três pedras destas pagariam anos de extração. — Sim, mas como sempre acho que minha sorte me ajuda,

e ajuda a quem trabalha, está aqui para parar todos se acharalgo que valha uma mudança de planos.

 — E que autonomia terei para isto? —  Daniel, não quero autonomia, quero que divida a

informação, isto me permitiu descobrir em Nazareno, algo quetodos diziam ser como aqui, mas quando chegamos a 70 metros

de profundidade, achamos um veio de Kimberlite e este veio megerou nos primeiros 6 metros, mais de 7 milhões de quilates depedras não estas de 4 dólares o quilates, mas desta que tem amão, mais de 2 mil dólares o quilates, então por 6 metros derocha, tiramos e guardamos mais de 14 bilhões em diamantes.

 — Então não está atrás da fortuna, já a tem. — Daniel, minha empresa de programação, me permite por

no bolso mais de um milhão de reais no bolso mês, e comigo nãogasto tanto.

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 — Quantos anos tem mesmo? – Daniel sorrindo. — Quase 14! — E acha que vamos achar algo assim.

Pedro sorriu e falou; — Espero que saibam que isto não sai pela porta em paraconversas informais em casa, pois é a vida de vocês que estãopondo em risco.

 — Entendemos. – Francisco.Pedro pega o estudo via satélite da região e mostra a tela

tridimensional do terreno abaixo deles, e o geólogo olha para aformação e pergunta;

 — Não comprou ao acaso então? —  Logico que não, comprei na boca de cada vulcão que

consegui ver! — E se a 22 metros de profundidade acharmos um veio de

Kimberlite acha que iriamos até que profundidade? —  Sei lá, mais de 120 metros, mas as vezes é um veio

pobre, as vezes um veio rico, tem de entender que estou com

projetos para mil geólogos Daniel, se um a cada 100 me derretorno, será um grande retorno, e quando falo em verificar aargila a montanha, é que podemos mesmo que não tenhamosdiamantes, ter uma região produzindo algo de valor agregado.

Um rapaz veio a porta e falou; — Tem uma moça pedindo para falar com você? — Quem?

 — Rosa Guerra! — Sabe se a Ciça já chegou? —  Não conheço!  –  O rapaz a porta.  –  Mas disseram que

está chegando. —  Pede para a moça esperar um pouco, assim que Ciça

chegar vou falar com ela. — Não disse para isolarmos? – Roberto.

 — Ninguém sabe e precisa saber o que falamos Roberto. — E acha que a moça vai querer conversar sobre o que?

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 —  As crianças estudam, as coisas são feitas ali em Veredinha, e estamos entre eles e Veredinha.

Roberto sorriu e falou;

 — E não vai pegar leve!Pedro ouve o helicóptero chegando e fala aos demais; — Amanha chega a estrutura de 4 casas que devem estar

erguidas em duas semanas, prontas, dai é só demolir estepulgueiro e começarmos a acelerar.

 — Vai mandar o que de pesado para cá? — Amanha chega em ilhéus, no porto, um carregamento de

maquinas da Terex e da Liebherr, comprei inicialmentecaminhões de carga, 66 deles, e 22 Terex RH 400, devemdesembarcar e ter um comboio para trazer para cá, como tem deverificar fiação, caminho, deve demorar quase uma semana parachegar tudo.

 —Nunca ouvi falar! – Roger.Pedro pega uma foto e joga a mesa;

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O engenheiro olha a maquina e fala; — Vinte e duas destas? — Sim, e 66 destes!

O engenheiro mecânico olha para o Civil e pergunta; — Pelo jeito vamos trabalhar bastante aqui. — Pelo visto pagou mais nos equipamentos que na terra.

 — Vou ter pelo menos 50 outros lugares para usar estesmaquinários antes de os aposentar, então é investimento a longoprazo, comprei novos para irem o mais a frente possível.

 —  Olha que quase duvidei que você fosse reger umamineradora, mas se vai nos dar equipamento de ponta, melhor.

 — Senhores, os equipamentos que encostei em Minas paracorte e armazenamento de granito, mármore e quartzo, são mais

caros que estes, pois são maquinas que cortam com umaprecisão incrível, mas aqui por enquanto é fazer um buraco para

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baixo e espalhar a volta os restos do buraco, sem chamar maisatenção do que o inevitável, já que o chegar disto na cidade é demuitos se perguntarem o que faremos, temos autorizaçãoestadual e nacional para o fazer, então apenas não façamburrada com os ecologistas.

Os três sorriram e viram o menino olhar para a porta eviram uma moça entrar e olhar para Roberto;

 — Como estão as coisas aqui Roberto? – Ciça. —  Seu filho agitando para variar, o que vi hoje cedo em

Gouveia, foi assustador. — Algo lhe assusta?

Roberto olha para os rapazes e fala; — Sim, mas nada que se fale assim abertamente.Ciça olha para Pedro e pergunta; — Como está Pedro? — Bem mãe, mas deve estar estranhando eu lhe chamar ao

sul da Bahia. — Sim, problemas?

 — Me deparei com um senhor na divisa de minhas terras,nome Jose Timóteo Guerra!

Ciça olha para o filho e pergunta; — O que sabe dele? —  8 filhas, todas mulheres, perdeu a esposa em uma

guerra com os Magalhães, uma guerra não declarada e semganhadores, alguém descontente com a vida de tal forma, que

recebe um menino de meu tamanho com uma doze a mão. — E quer fazer o que? – Ciça. — Eu lhe perguntaria isto.Os demais não estavam entendendo, mas viram Pedro

olhar para eles e falar; — Nilson dá toda a estrutura na terra, mas agora poderiam

nos dar um momento?

Os três se olham, Daniel pegou o mapa sobre a mesa, oenrolou e saíram dali, para discutir em algum lugar a mais.

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 — Qual o problema filho? —  Ele está jurado de morte pelo Magalhães, que vendeu

esperando que nós déssemos um fim nele, mas que agora nãosendo vizinho, parece ter oferecido a alguns dinheiro pela cabeçadele, e que façam o que bem entendem com as filhas.

 — E qual o maior problema?Pedro olha para Ciça, ele não sabia ceder mesmo; —  Volta para o Rio mãe, se vai me perguntar o que

gostaria de lhe perguntar, volta para casa.Pedro olha para Roberto e pergunta; — Verifica se a moça ainda está ai para conversar, diz que

só estou terminando uma reunião e já nos falamos. — Ele nunca apareceu, nunca se importou Pedro, por que

acha que devo me preocupar. —  Não disse que precisa se preocupar, mas não me

pergunte mais sobre ele!Pedro foi seco, e Ciça soube que não estava dando uma

alternativa, mas Pedro ouve o que não queria ouvir;

 — Tudo bem, não pergunto mais! — Então vai cuidar das coisas no Rio que agora já sei o que

fazer. — Vai o matar?Pedro não respondeu, ela não lhe deu uma saída, as vezes

Pedro queria as pessoas como ele aprendera que deveriam ser,família.

Pedro olha para Roberto e ele apenas fala; — Na sala ao lado. — Nos falamos depois mãe, mais problemas! — Nos vemos quando? — Agora provavelmente em 15 dias. — Vai mesmo viajar? —  Sim, mas como ainda quero curtir o fim do dia, tá na

hora de resolver os últimos problemas e curtir o fim do fim desemana.

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Pedro dá um beijo na mãe e entra na sala ao lado; A moça mediu o menino e falou; — Podemos conversar sinceramente menino.

 — Não sei o quanto pretende ser sincera Rosa Guerra! — Sabe quem sou? — Cada pessoa que o senhor João após pedir a morte de

seu pai, diz em alto e bom som, que façam o que bem entendemcom as filhas.

 — E vai nos matar? — Não, as isolar!

 —  O senhor Magalhães pagou pela morte de nosso pai,mas por que agora? — Não sei por que, mas sei que ele ofereceu até ao senhor

que aqui morava. — E não mora mais? —  Moça, vamos começar pelo começo, acho que não

entendeu o problema. — Vai fazer algo aqui, mas por que seria problema? — Por que uma pedra que tirei deste solo, vale 90% mais

do que paguei por todas estas terras. — Acredita que o senhor João vai querer as terras de novo? — Se ele soubesse o que tinha aqui ele não venderia, mas

como era uma criança falando para ele que quer parceria, aspessoas resolvem se desfazer das terras, e usar parte dodinheiro, já que esta linha dos Magalhães tá falida, para oferecer

pela cabeça de seu pai. —  E por que está preocupado, não parece se preocupar

nem com quem estava aqui. — Quem estava aqui disse que mataria seu pai apenas para

abusar das filhas. — Animal. —  Concordo, mas o que falarmos aqui, dependendo do

que, não vai facilitar a forma de seu pai me ver! — Por quê?

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 —  Digamos que minha mãe, não a que me criou, mas aque me gerou, se chama Maria Cecilia Guerra!

 — Não conheço, deveria.

 — Irmã mais nova de seu pai! — A criança que fugiu de casa quando eles moravam em Angola e nunca mais foi vista?

 —  Sim, menina que meu pai resgatou em meio aguerrilheiros quando foi lá como membro do exercito.

 — E acabaram gerando você? — Bem depois disto! — E sabia e não falou nada. —  Moça, sabe o peso de sua vida, não gosto de pesar

contra, queria apenas lhe ajudar a proteger aquela família. — Não entendi. — Tem certeza? A moça tinha já 22 anos, a sétima, não a que estivera a

porta antes, mas a sétima filha do senhor em uma época que jánão se tinham 7 filhos.

 — Acha que entende o que sou? —  Rosa, temos algo em comum, você tem o nome que

tenho como sobrenome, temos o sangue dos Guerra, mas unidospodemos nos defender, separados, ver os nossos morrerem enão fazermos nada.

 — Não respondeu. — Se quiser lhe apresento pessoas que podem lhe ajudar

com o que acha ser uma anomalia, mas de anomalia aqui,apenas eu. — Mas como saberia? —  Historias se espalham e lendas se inventam sobre

historias, uma menina capaz de defender os seus com unhas edentes, uma menina capaz de defender o pai diante de 12atiradores sem uma única arma.

 — E por que teria que me explicar algo?

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 — Rosa, tem de escolher se quer ir a vida, e gerar florescheirosas ou quer ficar apenas no caule, e cortar todos os queestão a volta.

 — Gosta de um enigma. — Rosa, vou os isolar, não os quero mal, mas explica para

seu pai, sem dizer quem sou por enquanto, que João Magalhãespediu a morte dele, tem gente que já tem ate para quem venderas mais novas, e não vou deixar acontecer, se ele, se minha mãe,se todo resto virar as costas, até vocês depois, não me preocupo,vou tentar fazer o certo.

 — Pelo jeito sua mãe não apoiou a ideia.

 —  Algo está errado nesta historia, e como não vou podertomar um lado, vou a ignorar, e quando tudo estiver acabado, sequiserem sair e se arriscar, terei feito minha parte.

 — Pensei que estava nos condenando a morte. — Não, sei que ninguém vai se preocupar se sequestrarem

as novas na escola, ninguém vai nem dizer quem foi, seu pai saia busca, o matam e terminam de fazer o que querem.

 — Parece os conhecer, parece nos conhecer, sabe de umsegredo que nem meu pai sabe. —  Digamos que vim por que tinha de vir, poderia ter

deixado as terras a volta do seu pai ainda na mão do senhorJoão, mas resolvi assumir tudo.

 — Vai ficar muito tempo? —  Não, mas vou deixar instruções bem reais, para as

defender, vou tentar não matar os meus rapazes por defender

vocês. — Vou tentar lembrar disto. – A moça. — Pense, não perca a chance de evoluir Rosa. — Você foi lá e meu pai ficou furioso. — Ele nem sabe que vou escavar tudo isto, que vou montar

uma fabrica ali na frente, que vou reativar a escola na saída doterreno de seu pai, pois quero ter mais de 300 pessoas

trabalhando e morando na fazenda. — Vai agitar o lugar.

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 — Em meio a defender quem quero defender. — E como pode ter certeza que vai conseguir nos defender. —  Demoro para entender que o Eterno coloca gente no

meu caminho, quem está nele perdido. — Achou seres como eu no caminho? — Não, Moroi Mort! — Não sei o que é isto? — Digamos que na região atual da Romênia, a mais de dois

mil anos, chamavam seres como você de Moroaicas! — Existe definição para o que sou, mas como?

 — Está é uma praga do sétimo filho, ninguém sabe quandocomeçou, mas com certeza, em algum ponto da nossa historia,nossa família passou por alguma família que trazia a praga aosangue.

 — E sabia disto, antes de vir. — Talvez um dia entenda o que eu não entendo, mas não

posso fazer muito, mas você aos 22 anos, mantem o rosto deuma adolescente de uns 16 anos, vai com este rosto a uma

eternidade, um dia vai lembrar desta conversa e me xingar, masnão esqueça, não sou culpado do que não me éresponsabilidade, apenas do que vier após minha estada.

 —  Minha irmã me mantou conversar por que diz que seiescapar como ninguém, mas nem ela esperava esta conversa.

 — Diz para ela que pretendo voltar, mas não queria levarum tiro hoje.

 — Fala como se já tivesse levado. — Rosa, eu e Roberto sairíamos de lá mesmo que seu paiatirasse em nós com aquela 12, mas não é hora de mostrar istoaos demais que nos observam.

 — É maluco? —  Sim, maluco e com uma praga diferente da sua, mas

com certeza, uma praga. — Uma praga que lhe protege de uma arma de caça.

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 —  Uma praga que vou transformar em tecnologia, umapraga que se chegar lá, pode proteger seu pai, mesmo ele nãosabendo que está protegido.

 — Não entendi!Pedro olha para a moça e toca o peito e brilha como se

estivesse translucido e muito brilhoso a ponto de naquele horário,estar visível demais.

 A moça desviou os olhos e Pedro viu um brilho nos olhos damoça que lhe remetia a aqueles seres, mas muito mais fraco,talvez um dia o brilho deles fosse aquele.

 — O que é isto?

 — Ainda um dom, mas – Pedro abriu uma caixa com calma,enquanto voltava ao brilho normal, pegou uma pedra amarelada,sentiu a energia lhe correr e apertou a pedra na mão e a moçaviu toda a volta brilhar, sentiu a energia lhe atravessar  – tem aparte tecnologia.

 — Cheio de truques! — Rosa, quando voltar, tenta que seu pai me ouça, tenta,

não precisa falar nada até lá, pede apenas para me ouvir, osrapazes estarão por perto  –  Pedro põem a pedra na caixa, afecha e alcança para a moça, era uma caixa pequena, de nãomais de 5 cm³.  –  Apenas mantem esta pedra dentro da casaRosa, pode não acreditar, mas é meu presente de união de umafamília que se desfez, que ainda quero poder reunir. E se vier aos enfrentar, evita tomar a forma da loba que sente dentro devocê!

 — Mas por que disto menino? —  Rosa, a pedra que tem ai dentro, é tecnologia, a que

pretendo desenvolver, seria um milhão de vezes mais potenteque esta ai, mas ainda não tenho tecnologia para isto, eu voureproduzir uma praga, a transformando em futuro, por isto falo,cada um transforma sua praga em coisas boas ou ruins, sealguém me dissesse a um ano que estaria aqui diante de você,em um domingo de inverno, diria que mentiam.

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 —  Pelo jeito surgiu um Guerra a mais para gerarproblemas?

 — Rosa, eu não assino Guerra, e sim o sobrenome de meupai, vem dai minha praga, assim como vem de seu pai a praga,os dons da mãe e as pragas do pai, como falavam os antigos.

 — E volta? — Sim, volto, mas vão ter de se cuidar! A moça se despediu e saiu pela porta, e Pedro viu Roberto

entrar pela porta olhando para Rosa que saia. — Bonita esta sua prima. — As pragas da família, são incríveis.Roberto sorriu e perguntou; — E agora? — Rio de Contas! — Sabe que não entendi nada até agora nada Pedro. — Roberto, lembra dos seres que viu hoje cedo? — Como esquecer. — Eles parecem querer de alguma forma chegar a mim, e

não entendi ainda porque. — Acha que eles vão ser problema? —  Roberto, eu quero eles como aliado, por isto não os

despedaçamos! — E acha seguro algo assim. —  Roberto, quando lhe ajudei, naquele dia do tiro, eu o

trouxe a minha praga, sabe que não gosto de falar disto.

 —  Sei que melhorei incrivelmente, o médico nem sabecomo algo assim aconteceu, estão chamando de milagre.

 —  Pelo que entendi Roberto, o que me foi dado, é o quechamam de toque de Beliel, o toque da cura, mas vou trazertodos os que tocar e curar a minha praga.

 — Que praga? — Se um dia eu parar descrente da vida, sinal que descobri

algo muito ruim, se não parar e continuar avançando, sinal quenão tenho saída, e vou a guerra com tudo o que me foi dado.

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 — Nunca falamos sobre isto Pedrinho. — Roberto, eu não sigo pensando se vou salvar, eu apenas

salvo, não penso se alguém vai me dizer que não posso, eu façoe depois colho as consequências.

 — Sabe a encrenca que pode gerar estes fins de semanaem suas semanas?

 —  Sei, mas o que posso fazer, ainda acho que estouapaixonado por 4 meninas, uma que nem mais chego perto, masnão por que não quero.

 — Pedrinho esta é terrível, mas vamos quando?Pedro olha serio para Roberto e fala;

 — Não chamou ainda o helicóptero?Roberto sorriu e perguntou; — Como pode algo que nos cura, ser do mal. —  Roberto, não é questão de ser do mal, e sim, se

seguiremos o caminho do mal ou do bem, tudo que nos é dado,nos permite dois atos, um o bem, a calma, outro, a violência,estou ainda decidindo o que é bom ou ruim.

Os dois conversam enquanto Rosa atravessa o terreno echega em casa e olha para o pai;;

 — O que foi fazer lá? — Entender o que ele quer nos cercando. —  Ele quer que desafiemos os seguranças dele, o que

mais, para ter uma desculpa para nos matar. —  Pai, o senhor Magalhães pagou por sua morte, e nós

somos apenas o brinde para quem o matar. — Aquele desgraçado, por que agora? — Não pode mais ser acusado se acontecer. — O menino lhe falou isto? — Ele é estranho pai, mas como se diz, quem sou eu para

falar que alguém é estranho. —  Você é normal filha, apenas não envelhece como os

demais, mas não reclame disto.Rosa sorriu e entrou, e olhou para a irmã mais velha;

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 — O que aconteceu? — Vamos caminhar, tenho de falar com alguém irmã. As duas saem para fora e a pequena Maria olha para as

duas e fala; — O pai disse que vai abrir na marra o caminho. — Fala para ele se acalmar Maria, ele lhe ouve!  – Silvia, a

mais velha. As duas sentam-se de frente a um pequeno lago, que tinha

um monjolo que batia no ritmo da queda d’agua, enchendo eesvaziando o monjolo.

 — O que quer conversar, o que está acontecendo Rosa. — Não sei como entender tudo, por isto quero conversar

irmã. — O que ele fez? —  Nada de mais, mas o Magalhaes ofereceu parte do

dinheiro do que vendeu para quem matar o pai! — E o que o menino quer, matar o pai? —  Não, ele pensou, e em parte ele tem razão, se o

Magalhães pagou pela morte do pai, e uma de nós for a aula, a Veredinha, é só pegar quem for lá e o pai vai sair desesperado efica fácil o pegar.

 —  Esta dizendo que ele nos isolou para que ninguémchegue perto das meninas?

 — E ficar fácil de controlar quem chega perto, mas temosde cuidar, mesmo os antigos amigos do pai, podem querer o

matar. — Acha que vão vir? —  Sei de gente que mataram por trocado, o menino esta

falando que este terreno ai do lado tem algo muito valioso. — Acredita nele? — Ele tem motivos irmã, mas ele sabia quem eu era! — Como assim, sabia seu nome?

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 —  Não, ele sabia que carrego esta praga, disse carregaroutra, mas pode ter certeza, ele parece ter motivos para não nosquerer mal.

 — Mas que motivo. — Ele pediu para não contar para o pai ainda irmã. — O que tem haver com o nosso pai? – Silvia. — Ele se definiu como nosso primo, filho de Maria Cecilia

Guerra, a pequena Ciça que o pai fala quando bêbado. — Ela sobreviveu e o filho dela compra as terras vizinhas as

nossas, e por que ele não quer que falemos? —  Não sei, mas ele não parece estar fazendo por que a

mãe dele pediu, e lembra do nosso pai falando coisas estranhassobre isto, sobre o arrependimento, ele desconfia que tem coisaai que não quer atrapalhando agora.

 — Então este Pedro Rosa pode ser nosso primo? — Como disse, ele se definiu assim, disse que volta para

conversar em 15 dias. — Ele não vai ficar ai?

 — Ouvi a conversa na sala do lado irmã, sabe que sempreouço demais, eles estão falando em abrir um buraco ai, e tirarmilhões em diamantes dai.

 — Então o que o traz ao terreno do lado é diamante, comoter certeza.

Maria abre a pequena caixa e mostra para a irmã que pegaa pedra na mão, sente a energia e fala;

 — Lindo, mas o que ele quer lhe dando isto. — Ele disse que se acreditar, esta pedra pode nos servir deproteção, ele falou algo que mesmo que o pai tivesse atiradocom a doze nele e no rapaz ao lado, os dois teriam saído vivos,não entendi, mas tem haver com esta pedra.

 — Quanto valeria esta pedra? — Pelo que entendi, mais do que o terreno ao lado, e esta

pedra saiu do terreno ao lado.

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 —  Ele tirou uma pedra destas dai ao lado, e comprou oterreno do senhor Magalhães com isto, sabe que ele vai voltar aguerra.

 — Pelo que entendi da conversa que ouvi, ele propôs umaparceria para explorar o lugar, como ele falou, ele é uma criança,o senhor Magalhães não levou a serio, dai perguntou quanto elequeria pela terra, e o Magalhaes chutou para cima, quando omenino se propôs a pagar, em dinheiro vivo, estava feito o fimda negociação.

 — E o que ele falou da sua praga? — Ele disse que se estivesse na Romênia, me chamariam

de Moroaica, e que ele já teve contato com Moroi Mort, mas nãoentendi, mas ele foi a primeira pessoa que definiu minha pragacom uma palavra.

 — Acha que ele pode ser um aliado. — Se o que ele falou for verdade, só não estamos em meio

a casa cercados por atiradores, por que ele isolou a área. — Mas como ele isolou.

 — A parte depois da curva da estradinha não existe mais,tem um morro de 5 metros de terra fofa, tive de contornar, masele cercou toda a região com esta montanha de terra, e mudoutodos os contornos e atalhos, quem vier apenas por aquelecaminho, vai a norte e sai das terras antes de chegar perto denós.

 — Assustador ficar presa. —  Irmã, estou trocando uma ideia, por sinal aquele rapaz

que veio com o menino era muito bonito. – Rosa.Silvia sorriu e falou; — Tem de manter a atenção nesta hora irmã. As duas sorriram.Pedro desembarca do helicóptero em uma pousada em Rio

de Contas, Roberto olha para ele e pergunta. — Por que esta tenso?

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 — Vamos viajar a noite, isola tudo, pois não sai gravaçãodaqui hoje Roberto, e para cada ser estranho, mantem uma armamirada na cabeça.

 — Acha que eles vão aparecer? —  Eles ficaram curiosos, e sinto eles chegando, não me

pergunte como, eles estão vindo no sentindo da energia, elaprotege, mas ao mesmo tempo, atrai quem busca forças daterra, forças ocultas, energias.

 — Acha que sua prima estará segura?Pedro olhou para Roberto, sorriu e falou; — Roberto, se as brigas forem feias, como acho que serão,

melhor uma aliança com estes seres. — Esta dizendo que quer os usar como segurança, mas por

que eles defenderiam quem os atacou? — Digamos que são poucas as famílias que podem garantir

a existência dos Mort, aqueles seres, mas a existência delesdeveria lhes oferecer novos seres, de tempos em tempos, masnem eles sabem mais sentir as famílias de origem, então vira

uma praga eterna, e não uma família. — Não entendi nada.Pedro olhou as meninas em uma piscina de agua natural,

olhou para Roberto e falou; — Deixa eu ir a confusão.Pedro chega ao lado de Rita que olhava ao longe, como se

esperando para ver se ele chegaria a ela. — Meu menino demorou. —  Teu menino ainda estava se metendo em encrenca,

como estão as coisas por aqui? —  As três quando você não está perto, parecem se

entender um pouco, mas quando você chega perto, parecemdescontrolar as energias.

 — Te amo. – Pedro beija Rita e olha em seus olhos e fala – Sei que as vezes as minhas aventuras parecem fora do normal.

 — Ainda não entendi aquilo?

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 —  Rita, 99% das pessoas acreditam em coisassobrenaturais, mas quando o veem, ignoram a existência,desacreditam, mas como podemos acreditar tentandodesacreditar e ver o que realmente existe.

 — O que são aqueles seres? — Nas crenças de parte da atual Europa, de uma época a

mais de 2 mil anos antes de cristo, acreditavam na existência dedois seres criadores, os demais chamam de varias formas, algunsveem como a parte masculina e feminina, outros como a matériae a luz, mas estes acreditavam em dois seres de criação, umfeminino e um masculino, a feminina representada pela luz, e o

masculino por uma imensa rocha negra, que tudo sugava, estesque você viu lá, brigaram com o ser escuro que tudo atrai, eforam condenados a não ter descanso, andando entre os vivos,mesmo depois de mortos, sendo que a única coisa que osalimenta é a carne humana, então condenados a devorar os seuse espalhar a praga da morte, pois eles vivem, os mordidos,morrem, a carne não se mantem, apodrece, mas estaalimentação lhes dá forças para continuar.

 — Esta falando de vampiros? – Rita. —  Não, estou falando de Moroi, no caso Moroi Mort, o

estado masculino dos Moroi, dizem ser condenados a não morrer,a acordar e não mais descansarem.

 — E qual o perigo? — Eles serão atraídos para cá, sei disto, por isto estou aqui,

mas primeiro tinha de lhes deixar curtir o dia.

 — E qual o perigo? — O que já fizeram? —  Quase nada, mas aqui tá gostoso, acho que sua irmã

esta começando a perdoar Jôse. —  Acho que nem tudo foi como deveria ter acontecido,

vocês são malucas! – Pedro.Rita sorriu e o abraçou;

Rita estava com um biquíni e somente ele estava comtragues de uma corrida, dá um beijo em Rita e fala.

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 — Se diverte um pouco, eu ainda não terminei mesmo. —  Quando fala que trabalha no fim de semana muitos

duvidam.

 — Na verdade não estou trabalhando! — Mas sei que está pensando no futuro, mas as vezes temde parar.

 —  Em movimento evito ser atacado!  –  Pedro sorrindomaliciosamente.

 — Fugindo e mim? —  Não, mas acalma as meninas, pelo jeito estão se

divertindo, bom! — Vai onde? —  Consegui uma extração de granito ao sul daqui, em

Condeúba. — Longe? — Um pouco, mas vou e volto, apenas conhecer.Pedro saiu e olhou em volta e Roberto chega a ele; — O que vai fazer agora. — Somente sobrevoar a região de Condeúba e voltar. — O que quer ver? —  Apenas ver se é o que pensei, as vezes desconfio de

muita coisa, e dados desconectos é estranho, as vezes olhandodados via satélite parece diferente do real.

 — Então vamos.Rita vê Pedro sair e Carolina chega a ela;

 — Ele já foi? — Disse que vai numa cidade perto e volta. — O que acha que as duas tanto conversam? —  Sabe que estas duas são uma bomba, juntas ou

separadas, bomba, minha irmã não regula coisas normais. — Impressão ou o Pedrinho está fugindo de nós. — Acredito que sim.

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 As duas foram para a região da piscina, duas meninasgravidas, gerava alguns olhares estranhos.

Pedro sobrevoa, fotografa e volta, e quando para nadireção da pousada pede para falar com o senhor Kleber queestranha o menino.

 — Vai me dizer que você que comprou tudo isto? — Sim senhor Kleber, mas como estão as coisas? —  Calmas, mas vi que os seguranças desligaram as

câmeras de segurança e parecem estar pedindo para as pessoasevitem filmar no inicio da noite.

 — Senhor, a regra é não se assustem, o resto, se resolve.

 — Algo perigoso? — Não, apenas gente querendo conversar, gente que não

pode ser filmada, apenas isto.Pedro vai ao quarto, toma um banho, põem uma sunga e

uma camiseta, chinelos de dedo e vai a piscina, abraça Rita e ficaali, observando e curtindo um sol no fim daquele dia.

Roberto estava a observar quando vê a leva de seres

chegar pela estrada, muitos, mais de mil deles, os carros forambuzinando, mas eles não estavam interagindo, apenascaminhando e parando tudo.

Roberto ajeita a segurança e olha para o gerente e fala; — Estes que queriam conversar.O senhor olhou aquelas peles brancas, aqueles olhos

brilhosos e pergunta;

 — O que são estes seres. — Calma senhor, temos segurança! — Mas são muitos. — Sempre são.O agito vindo da entrada, vez Rita olhar para trás, e o

recuar dela, fez Pedro levantar-se e olhar para ela. — Mantem a calma.

 — Mas... – Pedro a beija e sorri.

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Pedro olha para eles e caminha calmamente, Robertoadmirava a coragem do menino, mas sabia que algo estava osdetendo naquela posição, era fácil saber que a proteção de Pedroestava ali. Pedro olha o rapaz e pergunta;

 — Quer tentar começar de novo, agora sem pressa. —  Sabia que seriamos atraídos a você, o que é você

menino. — Moroi Mort não deveria viver próximo de Imortais, eles

são os olhos, mesmo não sabendo, do Eterno na terra. — Sou Yuri de Cali, vim a este continente como condenado

a mais de 400 anos, mas não tenho mais do que 512 anos, então

não sei sobre o que os Imortais falavam, que Netser deveriamser proibidos.

 — Sou Pedro Rosa, um descendente dos Netser, mas o quenão entendeu?

 — Falou que tem a praga de um Demônio. —  Beliel nunca foi um demônio, mas as religiões que

pregam que ―Quem teme está no caminho de Deus‖, o fizeram

um Demônio, mas que Deus pobre o destes que é inferior nospoderes aqui, aos de um ser Criado. — Mas que praga é está? — Yuri, estou aqui para propor um paz, e não guerra. —  E como se pode ter paz diante de alguém que tem o

pode de nos barrar. — Devem sentir uma força vinda a leste. — Sim, quando chegamos aqui pensamos que você estava

lá. —  Tenho pessoas que gostaria que vocês protegessem

como parte de um acordo. — O que ganharíamos? —  Algumas coisas, mas quer acabar com a surpresa da

vida. — Não, mas preciso saber se sobreviveríamos a região.

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 — Digamos que teriam direito a tudo que atacasse os seresa volta de uma casa, mas apenas os que atacassem, os demaisnão.

 —  O que tem lá de tão valioso que arriscaria por nós lápara os defender?

 —  Uma das ultimas famílias que geram Moroaicas nesteplaneta.

O ser olha para o menino, olha para outro aos fundos quese aproxima e fala;

 — Tem certeza que existe uma família que gera Moroaicasnestas terras?

 — Senhor, eu venho de uma linhagem, que de um lado, é ados Rosa, por parte de pai, por outra, Guerra por parte de mãe,esta senhora, teve 7 irmãos, ela foi a de numero oito, mas osenhor de numero 7 teve 10 filhas, mas talvez a primeiraMoroaica nascida em terras da América em séculos.

 —  Tem os dois sangues em sua veia, o dos nossosdescendentes e destes Netser?

 — Sim, mas não sou o sétimo, posso pregar, sabemos quequando o sétimo prega, pode distorcer tudo a volta.Principalmente um sétimo descendente dos Netser.

O ser mais velho olha para Pedro e fala; — Yoshua que diga. — Um dia ainda o acho por ai. – Pedro.O senhor mais velho dentre eles sorriu e falou; — E por que acha que teríamos alimento?Pedro olha em volta e fala; — Digamos que alguém pediu a morte delas e do pai. — Sabe o perigo para nós? — Não, ainda não sei.O senhor fez sinal para os demais saírem e começa a sair e

 Yuri olha para o menino e fala; — Temos um acordo, pensei que era um inimigo. — Não me viu diante dos inimigos Yuri.

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O ser começa a sair e Pedro volta a piscina, Carolina olhapara ele e pergunta;

 — Esta dizendo que tem todas as pragas na sua família?

 — Não é questão de praga, é questão de opção, mas elesescolheram um Deus, e diante deles, não podem descansar, masnão vou explicar para um ser destes que ele não morreria umasegunda vez se realmente eles estivessem nesta praga.

 — E vamos fazer o que agora?  –  Joseane chegando pertocom Renata.

Pedro a mede de cima a baixo e fala; — Não sei.

Renata olhou para o irmão e falou; —  Você e estes seres que parecem ser estranhos, você

parece realmente atrair isto. — Nem vi tudo. — E vamos voltar que horas? – Joseane. — Pressa? — Sabe como é, mesmo eu, tenho prova amanha.

 — Nem me fale, não estudei nada! – Pedro.Curtiram até as 19 horas, pegam um helicóptero no sentido

de Vitoria da Conquista e pegam um monomotor as 21 horaspara Curitiba. Cada qual a sua casa.

Pedro chega em casa com Renata e Carolina e olha para opai.

 — Fala pai.

 — Acha que as coisas vão acalmar agora? —  Sei lá pai, mas o que podemos fazer, nos defender e

atacar somente quando for seguro. — O que acha que vai tirar de Vitoria da Conquista? — Alianças para a vida. —  Sua mãe me ligou e falou que pediu para ela proteger

alguém lá que ela não quer por perto.

 — Pai, eu vou proteger as minhas primas, ela querendo ounão, se ela tem diferenças com o irmão, ela que resolva isto

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depois, mas manda ela tomar cuidado com a linha de defesa quedevem estar chegando lá esta madrugada.

 —  Vai dispor gente lá só para proteger pessoas que Ciçanão olharia?

 —  Pai, se eu fosse condenar as pessoas pelo passado, eunão seria eu, seria apenas um frustrado que não teria vida,apenas magoas e vinganças a remoer.

Renata olha para Pedro, ela entrara junto, estava ali aolado ouvindo, sem interagir e pergunta;

 — Temos primas? —  Sim, de um irmão de sua mãe, que ela não fala, mas

que teve 10 meninas, das quais 6 ainda vivem. — E por que as proteger? – Gerson. —  Digamos que não quero um segredo de família sendo

exposto e nos fazendo de mais anormais do que já somos. — Qual o segredo que quer esconder filho? — Este senhor, teve uma filha, a sétima, assim como ele, e

esta moça pode correr nos vales como uma grande loba!

Renata parou na afirmação e olhou para Pedro; —  Temos uma prima que é uma...  –  Renata pensa um

pouco – como se chama o feminino de Lobisomem? — Ela é uma Moroaica irmã, mas é difícil de definir isto. — Agora entendi, você pediu para aqueles seres estranhos

as protegerem. – Renata. —  Nada mais certo que os Moroi Mort protegerem as

famílias que podem gerar outros Moroi.Pedro foi dormir, estava cansado, nem estudara, masvivera um senhor fim de semana.

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Pedro acorda e olha pela janela, sonhara com todas asaventuras do fim de semana, algo estava errado, pois eleraramente sonhava com o passado, geralmente sonhava a frente,não atrás.

Pedro olha para a porta e vê Carolina a lhe olhar na outraporta;

 — Podemos conversar? — Entra. – Pedro.Carolina entrou no quarto de Pedro e sentou-se a cama e

perguntou, algo a tirara o sorriso, e Pedro queria saber o que. — Preciso perguntar uma coisa Pedro.

 — Fala. — Meu filho vai ser uma anomalia como aquela que vimos? — Não, sem chance. — Como pode ter certeza. —  Carolina, a modernidade vai extinguir os Moroi e

Moroaicas do planeta, por um simples motivo, somente o filho denumero 7 de um sétimo filho, pode gerar um Moroi.

 — Mas... — Toda uma leva de colonos ao norte do rio Danúbio foram

amaldiçoados, não um ou outro, mas o que quero dizer é quesomente o sétimo filho pode casar e precisa gerar 7 filhos, paragerar um Moroi, dizem que os mais importantes são os da sétimageração, imagina, se uma geração de 7 filhos é difícil, imagina 7gerações sequenciais.

 — Você sabia disto? —  Não, e se eu não tivesse nascido eles existiriam damesma forma Carolina.

Carolina o abraçou e falou baixo; — Tenho medo destas coisas. — Também tenho, mas não me é dada a opção do passo

atrás Carol, aos demais sim.

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Segunda de aulas normais, de correrias normais, em meio auma semana que para Pedro seria corrida, pois geraria muitospreparativos para uma viagem no sábado pela manha.

Pedro terminou de testar o cristal, mas sabia que eraapenas um protótipo de condições muito limitadas.

Começa a olhar os resultados, os prognósticos de ação.Encomenda equipamentos, cota tecnologia, e confirma acontratação de engenheiros para a empreitada em Los Angeles, ecomeça a projetar sua viagem, tinha muitas coisas a resolver ecomeçava a achar que não teria tempo, pega os livros dasmatérias e começa a estudar para a prova de Português que teria

no dia seguinte, estava tenso e ao mesmo tempo querendo ir afrente.Os pensamentos o fizeram ler sobre Moroi, Moroaicas,

sobre tanta coisa que ele mesmo começava a duvidar do queconhecia da historia.

Pedro estava estudando quando Renata senta-se a suafrente e fala;

 — Não vai falar comigo? – Renata. — Posso ser sincero. — Deve. — Não gosto deste sorriso malicioso, e não vou negar isto

irmã, não deveríamos nem pensar nisto, sei que chegamos pertopor estarmos disputando a mesma garota, mas ainda é umadisputa por ela.

 — Pensei em um irmão mais compreensivo.

 — Renata, não é certo, sabe disto. —  Meu irmãozinho careta, olha que não esperava isto do

menino que tem duas namoradas. — Batalhando a terceira com a irmã. — Verdade, mas não se tentou experimentar? — Eu já experimentei irmã, tem de saber o que quer como

primeira experiência, pode ser muito frustrante.

 — Mas quem mais com 14 anos posso ter a confiança deexperimentar sem ele achar que é meu namorado.

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 — Nem ideia, sabe que não vou entrar nesta provocação. — Soube que sabe se conter quando quer, nunca entendi

isto, as pessoas dizem sempre que os meninos não se contem.

 —  Acho que muitos falam que são racionais, mascontinuam sendo os macaquinhos nas arvores.Pedro desconversa e sobe, não estava gostando daquilo e

não negaria isto.

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Um grupo de 6 senhores, se encontram no centro de Vitória da Conquista, já no vilarejo de Dantilândia, encostados emum boteco, a beira da BR 116.

Francisco, o maior deles, conhecido ali por Chico Barbudo,olha para os demais e fala;

 — Alguém tem duvida do que vamos fazer?Mineirinho, um rapaz de aparência simples, mas olhar

marcante, que os presentes nunca souberam o nome, olha paraChico e fala;

 — Sabe que sim Chico, é só o Zé Maluco. —  Saímos, vamos ter de passar pelas terras de uma

construtora, eles se agitam depois das 7, então vamos sedo, nãoquero ter de ficar lá muito tempo, entramos, matamos todos e

saímos. — Um desperdício. – Mineirinho.Chico olha para a porta e vê um rapaz olhar para eles, e

apenas pedir um café, se via a grande carreta do lado de fora,sobre ela, um imenso caminhão.

O rapaz chega ao senhor do bar e pergunta onde seria oendereço e o mesmo explica, falando que eles estão recebendo

as entregas somente após as 8 horas da manha. — Então vê um pingado!Chico olha para os demais e começam a sair, pegam 3

carros e começam a sair no sentido sul, com calma, não queriaaparentar algo errado, o rapaz que havia entrado, olha para oatendente e pergunta.

 — Onde vão com tanta pressa?

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 — Não quero nem saber, quando estes 6 entram por estaporta, alguém vai morrer, sempre torcemos para não sermos nós,então não vai ouvir de ninguém que eles estiveram aqui hoje.

O caminhoneiro toma o café e pensa na aparência dosrapazes, reparara que estavam armados e pergunta;

 — Sabe por que entregar estas maquinas imensas por aqui,alguma obra publica?

 — Dizem que um menino está agitando o sul do município,dizem que esta terraplanando um imenso terreno, mas osfuncionários ele trouxe todos de fora, dizem que nem deve serum menino, mas quando não se sabe nada, se fala muito.

Chico foi dirigindo o carro e olha para os caminhõesparados a beira da estrada, outros caminhões imensoscarregando caminhões imensos. Se via os carros das empresasde segurança e que acompanhavam o caminhar dos imensoscarros a frente, a frente da entrada da fazenda, pegam apequena estrada, estavam indo, viram quando a estrada desvioue Chico parou o carro, e outros dois pararam e Camilo no ultimoperguntou.

 — O que ouve Chico?Chico olha para a cerca de arame ao lado da estrada, cerca

brilhante de nova, pega um alicate no painel do carro, sua armae sai para fora, os demais o viram cortar as linhas mais altas ecomeçar a subir por uma montanha de terra, seca. Chico chega aparte alta e olha em volta e fala.

 — Quem é este menino que comprou as terras?

 — O que ouve Chico? – Um dos rapazes. — Olha a estrada, é nova, cascalho novo, o dono das terras

desviou a estrada, iriamos passar muito longe, mas a estradacomeça ali a frente novamente, mas estão realmente aplainandotudo. – Fala Chico olhando ao fundo.

 — E o que vamos fazer? —  Pega as armas, não estamos nas terras deles se

estivermos na estrada, mas pelo jeito o menino se apropriou detodas as terras ao sul da fazenda dele, o senhor José deve estar

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isolado, se duvidar, chegamos lá e nem vai estar vivo, mas seestiverem mortos, sabem a versão, os matamos, pelo menospara o senhor Magalhães.

 — Está achando que o menino quer as terras do velho? — É o que aparenta olhando daqui, este muro de terra de

mais de 4 metros vai ao sul a perder de vista. — O senhor Magalhães sabe disto? —  Ele soube ontem que o menino pagou os impostos

destas terras largadas a sorte por mais de 100 anos, e assumiuas mesmas.

 —  Sabe quanto este menino pagou para o senhor

Magalhães? — Falam na cidade que encheu duas malas de notas novas,

que o senhor Magalhães está saindo do buraco depois estavenda.

 — E o que este menino quer aqui? — Nem quero saber, vamos lá de uma vez!  – Chico vendo

os mesmos ainda na parte baixa, começando a caminhar no

sentido da estrada, como fizeram aquela montanha a toda volta,toda a terra entre aquele muro de terra e a estrada, estava fácilde caminhar.

Chico vai a frente, e começa a caminhar, não seria comoele queria, mas não iria desistir daquele dinheiro, poderia lhesalvar o ano, que estava fraco.

Os demais viram que teriam de caminhar e começam aseguir e apurar o passo, quando fizeram a curva do riacho,

passando por dentro dele, sabiam que entraram nas terras dosenhor José.

Mais sedo, na fazenda dos Guerra a pequena menina olhapara a irmã e pergunta.

 — Por que acho que tem algo errado? —  Digamos que estamos a muito tempo nisto, não sei o

que irmã, mas não deixa as demais saírem, inventa, mas algovem a nós, odeio este cheiro de morte! – Rosa.

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 — Nunca entendi como sente os perigos irmã. —  Digamos que depois de mim, vieram apenas mais 3

meninas, e sei que isto não facilitou em nada a nossa vida, mascada vez que tentaram matar o pai, uma de nós morreu, e nãoquero isto.

 — Acha que os vizinhos vão nos atacar? —  Não entendo deste cheiro irmã, mas algo vem a nós,

vamos nos defender, pode ser que pela primeira vez, o cheiro demorte que sinto, não seja de uma das irmãs ou do pai, pois nãoconheço este cheiro.

 — Mas não quer dizer que vai ser fácil.

Rosa concordou, foi ao fogão, estava tirando o pão quandoseu pai entrou pela porta e a olhou;

 —  Por que pediu para as pequenas ficarem para dentroRosa.

 —  Sei que não acredita pai, mas sinto cheiro de morteshoje, como no dia da morte da mãe, da Tina, da Mila, não asquero morta, sei que tenta não acreditar pai, mas não me culpe

por tentar as defender. —  Soube que foi conversar com aquele moleque, masmudou depois.

 — Ele disse que vai tentar conversar com você, mas isto,somente depois que voltar.

 — E quando ele volta? — Ouvi que ele vai aos Estados Unidos, depois Europa e

quando voltar, estará aqui a porta para conversar. — Mas temos de sobreviver até lá. — Pai, ouve, depois não vai dar para voltar atrás.O senhor José sabia que Rosa estava falando serio, tentava

manter o raciocínio, sabia que algo viria, e não sabia quem, masimaginava, olhando para fora, a toda volta, ele viu que o meninocomprou tudo a volta, que as maquinas bem ao fundo desviarama rua, que nem os amigos conseguiriam chegar ali.

 — Mas sabe que aqui somos presas fáceis filha.

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 —  Pai, algo vem a nós, já está próximo, a mais de 12horas, parecem se esconder ao longe, não entendo o que são,cheiram a morte mas não nossa morte, mas hoje é cheiro demorte real, nossa vida em jogo, sabe que se tentarmos sair,seremos presas fáceis.

Jose olha para fora e olha bem ao fundo os rapazes deMagalhães, estavam vindo a pé e olha para a filha.

 — Põem elas no quarto do fundo, odeio quando você temrazão.

Rosa olha para fora e vê o senhor Chico a frente,matadores profissionais, não aventureiros da região.

Olha para as irmãs e fala. — Todas para dentro. — Mas vamos resistir como? – Maria, a pequena menina. —  Entra, pega uma arma e fica no quarto, se eles

entrarem, terão um tiro, não mais que isto. — Vai ficar ai com o pai? – Silvia. —  Sim, vamos ficar, vamos esperar eles chegarem a uma

distancia que dê para atingir.José viu Rosa pegar uma arma, passar para Silvia e falar; —  Eles vem em poucos, devem achar que nos pegarão

desprevenidos, e não quero morrer hoje, mas se eles entrarem, ecada uma ao quarto derrubar um, não sobrará nenhum.

Jose entendeu, Rosa não estava pensando nela, mas nasirmãs, olhava os rapazes ao fundo, viu quando eles separaram-sena estrada e falou.

 — Eles vão tentar por todos os lados.Rosa olha para Maria e fala; —  Se cuida, quando começar os tiros, fica bem rente ao

chão. A menina sorriu e entrou, as demais entraram e José olhou

a filha. — Acha que vencemos, estes são profissionais.

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608

 —  Pai, podemos não vencer, mas vamos levar uns com agente.

 — Não teme a morte filha.

 —  Temo ter de ficar a mão deles, viva pai, não morrerlutando.Jose olha para a filha que afasta a mesa, virando contra a

 janela.Jose viu quando o senhor Chico chega ao longe e fala alto. — José, vai morrer como homem ou como covarde?José sabia que naquela distancia, não o atingiria, mas os

rapazes começavam a dar a volta, Rosa olhava pela mira parafora, quando um rapaz estava a menos de 10 metros da casa, eladeu o primeiro tiro, José olha pela pequena fresta um rapazatingido a cabeça cair de lado.

Chico olha para o rapaz e vê alguns se jogarem ao chão ecomeçarem a atirar.

Rosa olha para o pai e fala alto; — Agora são 5!

Rosa sente as balas atingirem a madeira da mesa que tinhanaquele sentido, recarrega a arma e olha para o pai que sorri.

 — Sabe que se saímos vivos, teremos problemas. — Pai, eles não estão aqui, sabe disto, ninguém vai afirmar

que eles estiveram, vão ficar olhando em volta quem morreu. — Mas e os corpos. —  Se for o caso, enterramos pai, mas primeiro temos de

estar vivos, não temos tanta munição como eles.Rosa olha novamente por uma fresta, sentia o cheiro,sentia quase como se soubesse onde cada estava, o senhor afrente da casa faz sinal para Camilo avançar pela parte do fundo,Rosa sente o cheiro e espera ele passar por trás da arvore quelhe daria cobertura, Chico olha para os demais fazendo sinal parairem nos demais sentidos, Mineirinho ia atirando e se arrastandoao chão, Chico via o rapaz avançar quando ouve outro tiro da

 janela que tivera o primeiro tiro e vê Camilo cair, alguém estavadisposto a resistir, não a morrer, Chico continuava fora do

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alcance, Rosa sente o movimento e grita para o pai, correndopara longe da janela, enquanto Chico arremessava uma granadano sentido da janela, o senhor José não entendeu antes de ouvira explosão e a janela e as madeiras serem atiradas em todos ossentidos, Rosa sentiu uma lhe atravessar a perna, e a puxou,José viu que vieram realmente dispostos a lhes matar. José senteos olhos da filha mudarem e fala.

 — Mantem a calma filha. — Eles estão se preparando para entrar pai, a próxima vem

na porta, então temos de recuar.José não duvidou, ajudou a filha e foram no sentido da

cozinha, mesma peça, mas com a formação do fogão a lenha,feito de ferro e barro, os dois se recolhem e Rosa grita paradentro.

 — Todas longe das janelas, no chão. As meninas dentro se jogam ao chão e começam a ficar

próximas da porta central da peça, mesmo sabendo que não erauma boa forma de se defender.

O senhor Jose ainda não dera um tiro, estava poupandomunição, não tinham mesmo muitas, ele nem vira que a filhamatara dois dos 6 que chegaram ali, então do lado de foraexistiam apenas 4 pessoas, mas muito bem armadas.

Rosa olha para o pai e fala; — Tem de ficar atrás do fogão pai. — Você está ferida.José viu a filha pegar sua arma e falar.

 — Pai, faltam 4, tem de confiar. — Tenho apenas 4 balas. — Sei disto pai, podemos não vencer, mas uma das suas

filhas sair viva daqui.José sentiu medo na frase, sabia que sua filha não falaria

se não tivesse esta possibilidade, embora a confiança da filha porum lado fosse incrível, sabia que 4 tiros não os parariam.

José recuou e viu a menina ficar ao chão, reta, esticar aarma, na única fresta que ela via para fora, não haviam barulhos,

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mas ela sentia o aproximar de algo, sentia a energia e como sefossem sombras, não sabia quem eram, não sabia se eramamigos ou inimigos, olha para o pai e fala.

 — Torço que o que vem depois sejam amigos! — Muitos? — Muitos.Rosa olhava pela fresta, sentia os cheiros quase os

materializando a volta, os medos, os resmungos de Maria, atristeza, sentiu o movimento de Mineirinho vindo se arrastando,apenas inverteu a arma e disparou, e ouviu o grito, não omatara, mas com certeza o atingira.

Rosa tentava se manter atenta, enquanto Chico pensandoque era José que estava lá grita.

 — Vai morrer como um covarde José, escondido?Rosa olha para o pai, faz para ele se silenciar e anda para o

sentido da coluna central que segurava a casa, alguns tiros aindaentravam, olha para fora, Mineirinho estava muito próximo daporta, olha para longe e grita.

 — Um covarde que fica longe das balas, chamando meu paide covarde?Rosa corre pela peça, sabia que eles queriam saber onde

tinha alguém.Rosa corre e deita olhando para a porta, onde um rapaz

chuta olhando no sentido de onde havia a voz.O rapaz nem viu o tiro que lhe atravessou a cabeça, mas

Rosa sabia que teria mais dois tiros e haviam 3 pessoas vivas dolado de fora.

Mesmo que Mineirinho estivesse arrastando a perna.Mineirinho olha para Chico e fala gritando. — Amarelou Chico, uma criança me mostrando que tá fora

do alcance das balas?Chico sabia que tinha algo errado, mas era obvio que algo

estava além do conhecido.

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Rosa olha para o pai, arrasta-se até a arma do rapaz queestava a porta, puxa para ela, não tinha tempo de sorrir, poissabia onde cada um dali estava.

Rosa aponta para a arma e para a peça das meninas, efala;

 — Se não ouvir os dois tiros, estarei morta!Rosa sentia as sombras mais próximas, não sabia o que

era, cheirava a morte, cheirava a sangue na verdade, e olha parafora, sabia que Mineirinho estava apoiado a casa, ela não tinhacomo disparar uma rajada de tiros na parede, então teria deesperar.

Rosa sentiu um rapaz se mexer na direção da janelaestourada, olha para a porta, sabia onde os dois estavam, e oque fariam, eles entrariam juntos, atirando no sentido que viera otiro, por isto fez sinal para seu pai recuar.

 As meninas ao quarto soluçavam de medo quando o senhorJosé recuou.

 — O que ela vai fazer pai?

 —  Não sei, mas ela disse que deve vir algo a mais, queespera que sejam aliados.Mineirinho olha para Chico, este estava ao longe, olhando

para a casa, Mineirinho olha para as costas de Chico, não teriacomo o apoiar, mas viu um senhor encostar no ombro de Chico,este se assustou, mas viu aquele rosto branco, sem vida, com umbrilho estranho aos olhos, lhe segurar a arma, torcer seupescoço.

Mineirinho olhava para o local, viu o ser começar a comer osenhor ao longe, fez sinal para o outro e falou;

 — O que é aquilo?Os dois viram milhares de seres surgirem, alguns chegaram

ao corpo de Camilo e o arrastaram, pareciam comer carne, erambrancos, eram estranhos.

 — Vamos ter de entrar.

Rosa olha para onde Mineirinho olhava, viu os seres e nãosabia o que eram, ou sabia mas nunca os havia visto.

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Sentia agora os seres, olha para dentro, não sabia se eramaliados ou não.

Pensa rápido, se falasse algo, os dois saberiam onde elaestava, tinha uma bala engatilhada na doze, e a arma do rapazao chão na outra, olha para os dois lados, estica as armas nosdois sentidos e fala para o pai.

 — Aconteça o que acontecer não saia pai!Os dois ouvem a moça e avançam, os dois apontavam suas

armas quando sentem os tiros lhes acertando, Rosa sente o tirode Mineirinho lhe acertar o braço antes do tiro da doze o atingir,estourando sua cabeça.

Rosa sente o tiro, mas fala; — Mantem as crianças ai pai, por favor.Rosa toca o ombro e sente a bala, esta começa a sair e a

cicatrizar, olha para a porta e começa a sair, perna ferida, ombroferido, chega a porta, um senhor caminhava calmamente até ali.

 — Quem vem a mim?O senhor olha para Yuri e fala;

 — O menino não mentia Yuri.O ser ainda com a boca cheia de sangue olha para dentro e

fala; — Apenas viemos limpar a área dos atiradores. A moça vê dois rapazes pegarem os seres atingidos e

começarem a os arrastar para fora, ao longe pareciam muitos,para aquela pequena quantia de carne.

 — Mas quem são? Parecem Moroi Mort. — Alguém mais que sabe quem somos, menos mal, mas deuma Moroaica se espera isto, mas um menino parece querer lheproteger, mas não parece precisar de proteção.

 — Vi que alguns ao lado fizeram de conta que não viramnada.

 —  Eles não viram senhora, estamos entre vocês e eles aum dia, mas tínhamos de saber se era tudo o que falam, pois as

lendas sobre vocês, as Moroaicas, são lenda para mim, mas vejoque defende os seus, estamos de saída, mas sempre de olho.

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O senhor dá as costas e a moça pergunta; — Vieram apenas olhar. — Limpar a área, apenas isto.

Rosa olha meio decepcionada, estes seres não pareciamajudar, embora o não sair de Chico dali com vida já era umagrande ajuda, o não sair da informação era de crucialimportância.

Jose sai da peça com a arma em punho e olha para a sala,olha para os restos e ve aqueles seres se afastando e pergunta.

 — Quem são? — Lendas, vieram tirar os corpos dos mortos. — O que são? – Maria chegando a sala toda destroçada. —  Não sei, mas melhor começarmos a arrumar, quem

manda matadores como o senhor Chico, vai começar a pagaroutros para vir.

Roberto ouve dos seguranças que algo estava acontecendoem Vitoria da Conquista, pega um voo e se manda para o local,

algo o estava atraindo lá, mas saindo sedo de Curitiba chegouperto do meio dia, e olha em volta, olha ao longe, com doisrapazes olha para os carros abandonados;

 — Deixa já em Minas, em alguma beira de estrada, longedaqui, deixa lá e volta.

Roberto olha ao longe e pergunta; —  Não pedi para ficarem de olho, o que aconteceu?  – 

Roberto para a segurança na divisa.O rapaz desviou o olhar. — Não vimos nada senhor. — Explodiram uma parede da casa, daqui vejo as paredes

todas estilhaçadas e você diz que não viram nada. — Senhor, antes haviam muitos ali. — Muitos?

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 —  Seres brancos, mas não dava para ver a casa, elesfaziam um ruído baixo, em nosso sentido, pareciam querer nosdistrair.

 — E não interviram? — Senhor, não sou de enfrentar fantasmas. — Fantasmas? — Pareciam fantasmas de tão brancos! —  Deixariam as crianças morrerem?  –  Roberto estava

incomodado com aquilo, não fora a ordem que dera. —  Senhor, quando o pessoal da Guerra tirou o pessoal,

pensamos que não era para intervir.Roberto olha em volta, apenas o seu pessoal, olha para o

pessoal em volta, nada além do pessoal deles.O que estaria acontecendo.Roberto olha para o celular e disca para Carlos Guerra; — Carlos, como estão as coisas? — Problemas Roberto? —  Tenho uma informação a mão que não combina, mas

poderia me confirmar. — Qual o problema, não estou vendo problemas Roberto. — Lógico, mas poderia me confirmar por que a Guerra tirou

a proteção do terreno em Vitoria da Conquista? — Tenho de verificar, pois para mim estavam lá ainda. — Verifica, pois não tem ninguém de vocês aqui, acha que

Sena sabe?

 — Só um momento.Carlos olha para Sena e pergunta, estavam tomando café

da manha em Porto Alegre. — Tirou a segurança de Vitoria da Conquista? — Lógico, aquela Ciça me ligou e disse para tirar o pessoal

de lá, se a mãe do menino pede, por que tenho de duvidar?Carlos não sabia o que estava acontecendo e apenas fala

para Roberto;

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 — Roberto, quem pediu a retirada da Guerra, direto a Senafoi Ciça, deveria saber, por que me liga.

 —  Digamos Carlos, que o menino tratou com você, nãocom Ciça, um acordo, mas pode falar para Sena, que se não nosavisar que vão tirar toda segurança de alguém, para nós daorganização, pode esquecer da parceria em outras coisas.

Roberto estava irritado, Ciça não só virou as costas, elaabriu caminho para os assassinos entrarem, isto estavaincomodando o senhor.

Carlos olha para Sena e pergunta; —  O que Ciça queria matar lá, saiba que acabamos de

deixar Roberto uma fúria, ele vai falar para o menino e pode tercerteza Sena, pelo tom de Roberto, não gostou em nada.

 — O que posso fazer, muitos dando ordens!Carlos olha para Sena, ela sabia de algo, que não lhe falara

e liga para o escritório em Vitoria da Conquista e mandareforçarem a segurança de lá, que não era para tirarem folga, orapaz falou da ordem e Carlos sem entrar em detalhes, disse queacabou a folga.

Roberto liga para Pedro por volta do meio dia; — O que ouve Roberto? — Sua mãe pediu para a Guerra tirar toda a segurança da

fazenda em Vitoria da Conquista, não cheguei ainda a casa deles,mas de longe se vê a parte da parede frontal toda detonada

 —  Verifica se estão bem, mesmo que bravos, prometi osproteger, mas me confirma se estão bem e me liga.

Pedro acessa o sistema e olha as imagens e os dados ecomeça a pensar no seu projeto.

 As vezes ter muitas coisas a se fazer, dava a Pedro asensação de que nada ficaria pronto.

Pedro não ligou para a mãe, mas ligou para o aeroporto ereservou o jatinho, para voar no sentido da Bahia, não era umada tarde e ele já estava embarcando no voo.

Roberto olha para a casa e começa a chegar perto, olha amoça a porta com uma arma e ouve;

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 — O que faz aqui? —  Pedro pediu para ver se estavam bem, já que parece

que algo saiu diferente do que ele pensou.

 — Diz para ele que ele me enganou direitinho. — Fale direto moça, ele está saindo de Curitiba vindo paracá por causa disto, eu estava lá pela manha, e estou aqui, masvim saber se estavam bem.

 — Não precisamos da ajuda dele!  – O senhor José saindopela porta.

 —  Desculpa senhor, mas tentar defender vocês o farabrigar com a própria mãe, pode fazer cara feia, mas pode não o

ouvir a segunda vez, mas não pode reclamar dele tentar.Roberto sente que falou demais e dá as costas e vê os

seguranças voltando as posições ao longe, nem se preocupa comas perguntas que o senhor fez, sabia que seria assim, não ficaraali para controlar, mas sentira que o olhar da moça mudou, enão gostara disto.

José olha para Rosa e pergunta;

 — O que tem com este senhor? — Nada pai, sabe disto mais que eu. —  O que ele quis dizer que o menino iria brigar com a

própria mãe pelo dia de hoje. — Ele é filho de Maria Cecilia Guerra pai!  – Rosa soltou a

bomba, e entrou, o senhor sente as próprias palavras e fala paraa filha.

 — Sabia e não falou nada. —  Eles não nos defenderam pai, quer o que, que espere

que consigam? — Mas foi isto que foi lá descobrir? —  Pai, não sei o que aconteceu, mas obvio, algo

aconteceu, algo que o deixou com medo, algo que a fez ficar porlá até o pai do menino a resgatar.

 — Quer dizer que ela foi resgatada de lá, mas quando?

 — Sei lá, não falei tanto com ele assim.

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Maria que ouvia atrás olha para a irmã e pergunta; — Quem seria esta senhora que faz o pai perguntar dela? — Ciça!

Maria olha para a irmã e pergunta; — O menino é nosso primo?Estava jogada a bomba, Pedro nem tinha noção de onde

entraria, mas obvio, o que deveria ter ficado para depois daviagem, seria naquele dia, passa uma mensagem para Charlystontentar os testes e passar para ele, para verificar todos os dados,e passar para Pierre os protótipos e os dados das duas pesquisas,que ele teria de começar a se inteirar.

Pedro olha a confirmação de sua viagem, a confirmação doembarque dos cristais, passa para Sabrina os números de seriedas encomendas, olha para fora pensando em como estariam ascoisas.

Recebe a informação que todos estão bem, e pelo menosisto o faz relaxar.

Pedro pede para parar o processo de unificação das três

empresas de segurança, ideia que tivera junto com João, Carlos eRoberto a uma semana.Olha os números, os projetos, vê quando sobrevoa ao

longe o terreno, viu os caminhões chegando, viu ao longe aprimeira grande maquina chegando, parando tudo, pois ela eramais larga que a estrada, e toda a fiação que tinha, tinham dedesativar, tirar, passar, reativar, e assim por diante, estavamchegando as 3 primeiras, mas viriam mais.

Pedro desce no aeroporto, vê Roberto que fala; — Acho que falei demais. — Sem problemas, se Carlos o ligar, atende, eu não quero

discutir com ele hoje, então vou ignorar ligações dele, deMoreira, de Ciça, entendeu?

 — Sim, não quer brigar!Os dois pegam um helicóptero e Pedro vê a primeira

grande maquina entrando no terreno, passam por cima, se via os

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curiosos a estrada, e obvio, se antes era apenas um terreno, asperguntas se fariam depois disto.

 — O que aconteceu que sabe Roberto?

 —  Os seres não intercederam, apenas ficaram olhando oacontecido, recolheram os mortos, mas só isto. —  Tem de ver que eles são mortos que tem medo de

morrer. – Pedro sorri da própria frase. — E não tem a sua proteção. —  Roberto, eu ajudei como podia, Rosa sabe disto, ela

sentiu onde cada um dos presentes estava, sei que não podefalar, sei que parece que as deixamos, mas meu medo era que

Ciça estivesse ali fora atirando. — E o que aconteceria se estivesse. —  Ela não é uma sétima filha, não sentiria o que Rosa

sentiu, mas ela seria afastada, mesmo querendo chegar perto,nem sei se ela não veio, não vou discutir com ela, algoaconteceu, mas isto não tira a minha responsabilidade.

 — Não queria estar aqui pelo jeito.

 —  Deveria estar estudando para a prova de matemáticaRoberto, e estou entrando na mira de alguém que me odeiaapenas pelo que significo.

 — Sabe oque aconteceu? — Se duvidar, Ciça viu algo que não deveria, deve ter dito

que entregaria aquilo aos pais, e o irmão mais novo, menor quea irmã dois anos mais nova, resolve a deixar para trás, isto éuma acho, eram todos crianças.

 — Por acha que é isto? — Ciça não agiu como algo racional, ela apenas se propôs a

deixar matar esta parte da família, não parece Ciça. — Verdade, algo a assustou muito, mas acha que ela vai

fazer o que? — Sei lá, me fazer brigar com Priscila de Sena, então vou

ter mais inimigos onde deveria ter aliados, por algo que ignoro o

que aconteceu, e nenhuma das partes deve ser sincera referentea isto.

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 — E os demais, por que não ajudaram? — Não sou maluco Roberto, se os demais pudessem chegar

perto da casa sem dor, nada me garantiria que eles nãomatariam os demais deixando apenas Rosa viva.

 — Eles não entraram por que não conseguiram? —  Digamos que quem estava próximo, achou que era o

poder de Rosa que os fazia sentir dor, e obvio, ela achava queeles deveriam ter ajudado, mas não pediria ajuda, então elesquando chegam perto, com dores que não conseguiam conter,ficam pouco e se mandam, retiram a comida e se mandam, 6corpos deve dar para alimentar os mil por mais de mês.

 — Mas como, é tão pouco? — Eles tem de comer, mas não tem o direito ao prazer da

comida, eles comem por falta de opção, mas precisam de quasenada de quantidade para se saciar.

O helicóptero parou mais ao longe e ele desceu, olhou parao piloto e falou;

 —  Pode desligar, vou voltar direto, pode ser que seja

rápido.Pedro se aproxima e olha a pequena Maria a frente da casadestruída e fala;

 — Posso falar com seu pai Maria? A menina olha para dentro e ouve o senhor falar; — O que quer menino, sei quem é agora. — Vim oferecer ajuda, o aceitar ou não depende do senhor.

 — Não preciso de ajuda. — Tem certeza? – Pedro apontando para a parede. — Se a ajuda que você deu permitiu isto, imagina quando

não ajuda. —  Não ajudei, o senhor não falou comigo, se não soube

aquele dia quem eu era, foi por não me ouvir, mas continuo aquerer ajudar.

Rosa sai pela porta e fala; — Você disse que teríamos ajuda e nada ajudou.

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 — Mentir para mim, tudo bem Rosa, mas precisa saber deuma coisa antes de eu ir.

 — Vai mentir?

 —  Não, mas seu pai sentiu como você onde estava cadaum no terreno, ele sabe que você fala a verdade, por que senteisto, mas se acha que aquela ajuda não lhe serve, me devolve ocristal.

 — Aqueles seres, não ajudaram. — Se me deixasse ajudar, lhe ajudaria a entender que não

confio em Mort, não deixaria os demais desprovido diante deuma leva de mais de mil Mort, eles poderiam deixar você e seu

pai vivos e comer os demais. — E por que eles não conseguiriam nos atacar? — Moça, se um dia, nossos pais pararem de brigar, o que

duvido, pois acho que algo serio aconteceu, poderíamos ser umafamília, mas enquanto os dois se recusam a isto, não podemosfazer nada, desconfio do acontecido, mas como somente os dois,duas crianças viveram isto, longe daqui, e todos os demaisirmãos estão mortos, não tenho a quem perguntar, viveremos abriga entre eles, mas não precisamos passar aos nossos filhos enetos este ódio.

 — Ele não a odeia! — Mas ela o odeia, ela passou dias, meses, anos, fugindo

de algo que viu, deve imaginar o que, algo que ela teme atéhoje.

Rosa olha para o pai, entendera, ele era um deles, ele

carregava a praga, ele sabia, foi inevitável lembrar de coisas aopassado.

 —  Mas não nos ajudou.  –  Fala apontando para osseguranças, para Roberto.

 —  Roberto quando soube que não haviam seguranças avolta voou de Curitiba para cá, para descobrir que minha mãehavia falado com uma antiga amiga, que comanda minhasegurança, para afastar todos os dela.

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 —  Quem é esta amiga de sua mãe, que controla tantosseguranças.

 —  Senhor, Priscila de Sena, deixa de ser uma aliada, porque por algum motivo, concorda com minha mãe, que vocêdeveria estar morto.

Rosa olha para o pai que fala; — Duas mulheres de peso, e como entrou nisto menino? —  Senhor, eu desafio, eu enfrento, mas não sou um ser

como Priscila, sou apenas um humano.Roberto tentava entender, mas cada dia o menino parecia

mais enérgico, ele falava coisas que não entendia, e sabia que

ele estava naquela historia de não ser Fanes. — E como conseguiria ajudar?Pedro pega um cristal ao bolso, segura na mão e sente a

região, Rosa sente aquilo a atravessar, todos sentiram e olha emvolta, olha para uma colina a frente, soube que sua mãe esteveali, não gostava daquilo, sente ela armada, sente ela nãoconseguir focar, e olha em volta.

Pedro sorriu, pois soube que mesmo as ideias maismalucas, deram proteção aquela família. — Senhor, posso fornecer madeira, janela, e coisas assim,

 já que ninguém sabe ainda se estão vivos, mas com certeza deonde vem um, vem muitos atiradores.

 — Acha que virão quantos? — Senhor, o problema não é quantos, é se quer, pois estou

oferecendo ajuda, contra todos os que me cercam.José olha para a filha e pergunta; — O que acha Rosa? — Não tinha entendido o problema, agora sei o problema. — O que entendeu? – José. — Enfrentar algo como o que enfrentamos, é enfrentar o

passado, lembro do povo a cidade falando que o Magalhaes lherespeitava, mas queria sua morte por que você era uma maldição

a estas terras. – Rosa.

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José olha para a filha; —  Não estou condenando pai, mas temos de conversar

com sinceridade, podemos ter inimigos que sabem o problemamas por isto estão mandando os melhores.

 — Chico sempre se dizia um amigo. — Dinheiro pai, sabe disto, e se ele contratou o serviço de

Chico, sabe que o preço deve ser bom. — Mas como saber se quem vai vir vai ser de confiança?Pedro não tinha como garantir isto, mas não poderia deixar

uma casa aos pedaços e falou. — Senhor, se quiser, levantamos as paredes externas, mas

quem o vai fazer, é um grupo que vem direto, não falaportuguês, faz e sai, sem ter contato com os da cidade.

 — E que língua eles falam? – Rosa. — Chinês.Roberto sorriu e viu o menino se afastar e olhar para o

longe, tinha a impressão de sua mãe ainda estar ali.Pedro sente o celular tocar, olha para ele, era sua mãe, não

sabia se deveria atender, vai a frente da casa e atende. — O que faz ai filho. — O que faz ai mãe? – Fala Pedro olhando para onde não

via nada, mas sabia que era de onde sentia sua mãe. — Sabe que não o vou deixar sair. — Por que disto mãe? — Ele é um demônio, sabe disto.

 — Vai condenar todas a morte por isto? — Não viu o que eu vi, seres estranhos o defenderam. — Os Mort estava ali para dar sumiço nos corpos, não para

os defender, sabe disto mãe, eles nem se preocuparam emajudar, e sabe como eu que eram quase mil deles.

 — Parece que sabia o que faria sem estar aqui. — Vou ter problemas com Sena por sua causa, mas é bom

saber que ela sabe o que aconteceu. — Ela não sabe a verdade.

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623

 — Pior ainda, usa as pessoas para matar um irmão. — Não esta me ouvindo filho, ele é um demônio. —  Mãe, deveria ter falado disto antes, eu como seu

descendente carrego isto no sangue, e se tiver um sétimo filho,este poderá ser assim, no lugar de me alertar e preparar paraisto, esta querendo esconder algo que não se esconde, estádentro de cada célula do meu corpo.

 — Não fala besteira filho, não está em mim. —  Sei que está mãe, sinto isto, mas não me peça para

explicar o que a maioria nem ouve, seu próprio corpo. — Vai as defender?

 — Defenderia a pequena com minha vida, quer tentar atirarem mim mãe?

 — Não o quero matar filho, apenas esta anomalia. — Mãe, eles nem são anomalia ainda, mas tudo bem, quer

ficar nesta guerra ainda, serve bem esta palavra para uma famíliaque tem este sobrenome.

 — As vai defender.

 —  Estou a defendendo mãe, não sabe com o que estámexendo, não sei o que aconteceu, mas os Moroi não deixam asdesavenças saírem de suas vidas, eles as devoram.

 — Ele tentou filho. — Se ele tentasse mãe, estaria morta. — Parece que sabe o que aconteceu, não entendo. —  Mãe, algo cresce dentro de mim, sabe disto, uma

discórdia que não gosto, mas que me dá respostas, me força meposicionar, me faz ir a frente, eu não deveria estar aqui, vocênão deveria estar aqui, não deveria ter colocado Sena nisto, masse todos querem problemas, me resta apenas defender os quepretendo defender.

Rosa, olhava para o menino, ela ouvia o que ele falava,mesmo ao longe e olha para Maria;

 — Ainda não acabou, mas melhor nos protegermos.

 — O que acha que vai acontecer?

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624

 —  Se tem uma coisas que tem poder nesta terra, é apalavra demônio, lhe chamam de Demônio, e todos os Cristãos,veem para nos queimar irmã.

 — Mas não acredita em Cristo? —  Irmã, é difícil explicar, mas se eu acreditar, tenho de

acreditar que serei uma excluída da salvação, independente deminhas ações.

 —  Acha que ele lhe excluiria, por que matou quem nosmataria?

 — Eles mataram mais que nós para manter sua religião, onão matar, o dar a outra face, nunca foi praticada pelos cristãos

irmã, e sabe disto. — Acha que o menino fala com quem?Rosa olha para o pai e fala; — Com a mãe dele, que esta dizendo e nos chamando de

anomalia, que o pai é um demônio e que tem de morrer. — Como sabe? — Os Cães estão sempre de fora! Por que pai?

Ela olhava para o pai, sem ver que o menino estava quasede volta, distraída pelo olhar do pai.

 — Os cães não foram excluídos, os covardes, os que temprazer na mentira, os falsos profetas, os falsos pastores, mas láfala que todo o que adulterar aquele texto terá seu nome tiradodo livro da vida, e não vejo um único autentico em todos os que já vi. – Pedro, vendo a moça olhar para ele.

 — E como saber qual o verdadeiro? —  O texto que tenho a mão, que fez alguns em Roma

tentarem me exterminar, termina com dois outros textos, e omais intrigante é o texto denominado ―Revelação de Raziel a Yoão‖  

 — Não entendi, mandaram lhe matar? – Rosa. — Sim, mas as vezes achamos que somos a parte de tudo,

mas este texto, que se denomina de Revelação de Raziel, está no

novo testamento como Apocalipse de João. — E qual a mudança?

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 — A revelação foi a João Batista, por isto ele batiza Jesus, eno texto apenas uma vez se escreve a palavra equivalente a Yoshua, nos testos Cristãos deve ter do começo ao fim do texto apalavra Cristo, Jesus, mas deixar claro, ele exclui da salvação osseres que tem o prazer na mentira, não você por mentir, eledeixa de fora os covardes, aqueles que mesmo quando vocêbate, por medo põem o rabo entre as pernas, e com certeza,todo ser que adulterou aquele livro, aquele texto, e os que oseguiram.

 — Mas na bíblia diz que temos de seguir Jesus. — Na mesma bíblia, diz que os Judeus serão os primeiros

salvos, nesta mesma bíblia, diz que somente os que lavarem asroupas no sangue do cordeiro, poderão ter o nome no livro davida, e serão julgados no primeiro dia, ultimo para os que nãotiverem seus nomes nele, pelos seus atos. Que a terra e osmares devolverão os que tem o nome no livro da vida para serem julgados.

 —  Mas se morrer não descansarei, serei como aquelesseres. – José.

 — Senhor, tem de escolher a quem serve, um erro o podelevar ao lado de lá, mas somente fazendo a paz com seu passadolhe permitira ter o nome no livro da vida, sabe disto.

 — Acha que teremos mesmo uma salvação? —  Não sei ao certo, mas toda vez que vejo um grande

evento mundial, fico pensando em como será o grande final. — E veio ajudar, não entendo como?

Pedro olha em volta e sente sua mãe saindo da região, olhapara Roberto e pergunta; — Eles vão demorar quanto? — Estão chegando, calma.Onde eles não viam, uma maquina abria caminho entre a

nova e a antiga estrada, e 6 caminhões chegam ao local, doisdeles desembarcaram contêineres que seriam usados comoresidência, e dos demais vieram peças aparentemente de

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chumbo, em pilhas colocadas sobre estrados e tiradas docaminhão com o guincho do mesmo.

Pedro sabia que não era chumbo, mas se tinha uma coisaboa para fazer uma parede frontal que poderia ser atacada atiros, eram aqueles tijolos de ouro revestidos de chumbo.

Roberto viu um helicóptero vir ao fundo e deixar 10 rapazeschineses que começam a caminhar para ali.

Pedro olha para Rosa e fala; —  Vamos reconstruir todas as paredes externas com este

material.  –  Pedro pega uma das pedras, era pesado, faz forçapara a erguer. – Assim a casa fica mais protegida contra tiros.

Rosa olha aquele material e fala; — Você cerca tudo com chumbo, por que? —  Amplia a proteção, alivia os pensamentos, neutraliza

algumas ações impensadas.Rosa viu os rapazes começarem a organizar, o caminhão foi

deixando o material a toda volta, viu que ele colocou ali tambémareia, sacos de cimento, uma espécie de maquina, que não sabia

para que usariam, material para perfurar, e o senhor Joseperguntou; — Acha que sua mãe me ouviria? — Dizem por ai, que os Guerra são difíceis de ouvir!O senhor olhou o menino sem graça e perguntou; — E vai ajudar mesmo assim? — Senhor, nem todos são de todo mal, mas eu confio em

todos desconfiando, eu não sou alguém normal, por isto ajudoenquanto posso. Desconfio enquanto posso.Rosa viu o menino se afastar e olha para Maria; — O que acha dele? — Sabe que ele fala a verdade, mesmo quando tenta falar

uma mentira.Jose olha para a pequena Maria e pergunta; — O que andam fazendo as escondidas?

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Rosa sorriu vendo o menino sair dali, deixando aquelesfuncionários que começaram a abrir uma valeta rente a casa,depois fizeram os buracos de estacas, viram eles pegar ferragensprontas e colocar nos buracos e nas valetas e cimentar, ainda eracedo para erguer as paredes, mas parecia que realmente iriam ofazer, os rapazes ajudaram o senhor José a arrumar a sala e alimpar, e se retiraram aos contêineres.

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O Delegado Santos na homicídio olha a crônica de pai efilho e chama o investigador Plinio.

 — O que ouve Delegado.

 —  Algo está errado, os dois estavam apenas fazendocrônicas e de repente tudo muda novamente.Plinio passa os olhos na crônica do menino e fala. — Não entendi nada. — Também não, por isto estranhei, lembrou-me as crônicas

que só tiveram sentido quando soubemos o que haviaacontecido.

 — Vou verificar, soube que o menino está agitando algunslugares, e quando se fala daquele menino, lembro apenas domenino a cama da mãe na UTI, não combina com o que mechega aos ouvidos.

 — Sei disto, mas verifica para mim.

Sena olha a crônica do menino e fala; —  O que aconteceu ontem Carlos, sei que você parece

distante. — Sabe que odeio quando se faz de indiferente e tem vidas

na outra ponta Pri. —  Sabe que as vezes nos pedem algo, nos afirmam algo

que não achamos normal, mas soube que Ciça foi lá para atirarCarlos, não queria nossos meninos na mira dela.

 — Se ela foi, teve de ver pela mira o filho, pois ele assim

que soube se mandou para a Bahia, deve estar acabado hoje. — Não entendi nada da crônica dele. — Ele está dando o fora em quem quer pular em sua cama

para engravidar, ele esta afirmando que tem medo de ter umsétimo filho, esta afirmando que tem duas pragas no sangue, ados Moroi e a dos Netser.

Carlos falou e ficou olhando a moça que lhe era afelicidade, ele sorriu na vida apenas depois de a conhecer.

 — Mas o que são os Netser?

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 — A família dos profetas Judeus. — E os Moroi? — O surgir das lendas dos Vampiros e Lobisomens.

 — Ele é maluco. —  Ele não é maluco Sena, você mesmo me afirmou istovarias vezes, ele é um gênio com suas pragas, mas pelo jeito eleresolveu escancarar isto.

 — Pelo jeito ele não gostou de tirarmos os seguranças delá.

 —  Diria que ele não me atende desde ontem Sena, sabeque o menino não deixa de encarar, então ele esta evitandodiscutir.

 —  O que tinha na casa que Ciça queria matar, além doirmão que ela sempre afirmou ser um demônio na forma de umcão, disfarçado de humano.

 — Esta é a praga dos Moroi!Sena olha para Carlos e pergunta; — Ele foi lá defender o tio que quase matou a sua mãe?

 —  Pelas escutas dos celulares que Moreira pegou, eleafirmou para a mãe que se o menino a quisesse matar, elaestaria morta.

 — E pelo jeito o senhor deixou uma sétima filha. —  Ele teve 10 filhas, todas mulheres, e obvio, tem sua

sétima filha, para o menino, uma prima. — E Ciça falou apenas do irmão, agora entendo o menino,

quantos anos tinha a mais nova? — 8 anos Sena! —  Será que ela faria com a pequena o que condena os

demais terem tentado fazer com a dela? — Quase certeza.

Pedro olha para Carolina  a porta e ela sorri, aquele

sorriso foi o melhor bom dia, um bom sinal para Pedro que chegaa ela e lhe beija.

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 — Bom dia também Carol. — Pelo jeito não descansou. —  À tarde durmo, mas tinha de estudar um pouco, e

cheguei tarde. — Acha que vai ter paz hoje?  – Pedro estava desligado, enem se tocou que estaria em uma tarde que ele mesmo armara aduas semanas, uma ida a casa em Colombo, uma ida a seuesconderijo, aquela casa que era mais um grande clube com carade casa.

 — To perdido! – Fala Pedro sorrindo.Os dois desceram e Gerson olha para o filho;

 — O que está acontecendo filho? —  Ciça para matar o irmão em Vitoria da Conquista

resolveu tirar de lá toda a segurança da Guerra, gerando umproblema entre a Guerra Segurança e nós pai, o senhor Yuri estáem Curitiba, o Procurador da Republica nomeado pela presidente,resolveu achar tudo que tinham e unir os processos contra osenhor para tentar o máximo de pena possível.

 — Isto tiramos de letra, que papo é este de Moroi? —  O irmão de Ciça é um, então quando nos trouxe aomundo  –  Pedro olhando para Renata  –  nos trouxe através dealgo que está no nosso sangue, a praga do sétimo filho.

 — Ninguém tem mais 7 filhos. — Sim, mas o irmão de Ciça teve, uma menina, ou como os

seus falam, uma Moroaica, como os religiosos falam, uma Bruxa. — Nunca entendi isto, por que as chamam de Bruxas, se

tem uma denominação. — Pai, Bruxa vem de um termo, que significa, ―a que sabe‖,

as Moroaicas em si, tem o sentido apurado, como o dos cães,que pelo cheiro, formam mesmo sem ver o que as cerca,sabendo onde tudo está, mesmo de olhos fechados, dai vem otermo, ―a que sabe‖. 

 — E como tem certeza disto.

 — Digamos que uma prima que não conhecia, sentindo omeio, com apenas 6 balas, matou 6 matadores profissionais, que

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não teriam acesso ao local se os seguranças estivessem ondedeveriam estar.

 — E Ciça? – Gerson preocupado com o filho.

 — Tem uma coisa chamada tecnologia, que atraiu para láseres estranhos, e que tiraram a visibilidade de minha mãe.  – Pedro mentiu descaradamente.

 — E vai fazer o que hoje? — Tem uma reunião que eu no meio da correria, quase me

esqueci, tenho as ultimas coisas a comprar para a viagem, tenhoos dois equipamentos que devo terminar a negociação da comprahoje, além da aula de inglês.

Os demais estavam servindo-se e Pedro adoçou o cafébem, o olhar da irmã para ele estava lhe tirando a concentração,não sabia como se portar.

 — Andaram brigando? – Gerson pergunta para Renata.Renata sorri e fala; — Não pai, mas por que não posso ir junto para os Estados

Unidos?

 ―Encrenca a vista!‖ – Pedro pensou. — Sabe que por mim não tem problema filha, teria de ver

se tem visto. — Isto eu tenho, acha que não me preocupei com o básico

pai.Pedro olha para Carolina e sorri, pega em sua mão e fala; — Vê se não me trai muito nestes 15 dias.

 — Você vai para a festa, e eu vou ficar, não fala besteirameu Pedrinho. — Festa? — Verdade, nos deixou se divertindo e ficou trabalhando,

mas o lugar é bonito, é seu? — Não, é de Renata! – Pedro olhando para a irmã. — Nunca entendi como põem as coisas em meu nome?

 — Mana, quem coloca, quem assina por você, é a mesmapessoa que assina por mim, nosso pai.

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Gerson sorriu e os 3 saíram no sentido do colégio;Patrícia olhava para Gerson; — O que a preocupa?

 — Pedro pega pesado até com a mãe, como ele está comos demais. — Acho que esqueceu quando você disse que não queria

conversar com ele. —  As vezes esqueço que é o mesmo Pedro, que ajuda

mesmo sem nos falar nada, alguém capaz de ter 6 casa quaseprontas, esta e mais uma em Colombo prontas, e a nossa noBaracheri ainda não acabou.

 — Ele sempre surpreendendo as pessoas, mas como está?Patrícia abraça Gerson que toca sua barriga, agora já sentia

os chutes do filho, que parecia calmo naquele momento.

Em Vitoria da Conquista o senhor Magalhães olha para osegurança a porta e pergunta;

 — Alguém sabe por que Chico não voltou?

 —  Não, mas o menino parece ter passado na casa dosenhor José ontem e parece estar construindo no lugar.

 — Alguém falou de mortes? —  Não, mas onde era a casa, parecem estar montando

outra casa hoje senhor. — Este menino é rápido, acha que Chico está onde? —  Dizem que viram eles ao norte de Minas, não entendi,

você deu algum adiantado para eles? — Apenas o do armamento, mas pelo jeito eles detonaram

a casa? —  Alguns dizem que a casa ficou bem danificada, com a

frente toda estourada. —  Gosto de profissionais, mas me confirma se aquele

senhor morreu, as vezes me dizem que o mataram e me apareceuma das filhas morta.

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O rapaz tentava informação, mas Roberto estavacontrolando a informação, e na região da casa apenas oschineses, que começavam a erguer a parede dupla e trançadaque iria erguer ali, o senhor José pega uma das pedras e vê opeso, e olha para a filha.

 — Isto sim é parede, olha como eles estão fazendo, tem asbases fincadas no chão que ficam nos intervalos, com os ferrossubindo, eles fazem 10 linhas e cimentam a parte interna.

 — Não sabia que tinha este primo pai, mas parece que elesurgiu na hora certa em nossa vida.

 — Me escondo de mim mesmo a tanto tempo, que sinto a

morte de sua mãe e de suas irmãs como minha culpa.Os dois se abraçam e entram, tirar o pão do forno.

Pedro entra na sala, estava com cara de acabado e Sandrapara a sua frente.

 — Acha que acredito. — Não sei do que esta falando?

 — Que fez vasectomia. — Se acredita ou não, não sei, mas ninguém vai dizer que

não falei antes. — Pelo jeito tem muitas querendo pular na sua cama. —  Pular não tem graça.  –  Pedro olhando nos olhos de

Sandra. — Certo, e aquele papo de reunião das turmas numa casa

em Colombo hoje, nunca entendi a ideia? —  Era de antes de ter marcado minha visita de fim desemana. Mas é apenas uma reunião informal para inaugurar aminha casa de campo.

 — Aquela casa que Carolina fotografou a alguns meses? — Sim, aquela casinha. — Certo, sabe quantos devem aparecer? — Nem ideia.

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Pedro vendo o professor entrar foi a sua carteira, entendeuque tudo o que caísse ele saberia, ele entendia a logica, entãonão seria desta vez que não tiraria um 10 em matemática.

Era por volta das 10 da manha, quando um grupo surge emfrente a casa de Gerson e pede para falar com ele, os segurançasestavam tensos quando Yuri viu uma moça sair de um carro afrente e olhar para ele;

 — O que faz aqui Yuri? Yuri olha Sena ali, os rapazes ficaram tensos e falou; — Você que dá segurança para o menino?

 — Não respondeu Yuri. —  Aquele seu amigo fala que o menino tem uma fortuna

em diamantes. — O que considera uma fortuna. — Algo que faz o senhor Rhodes falar com um brilho nos

olhos. — Bom saber que para você também vale mais o dinheiro

que a família. — Não tem como as trazer de volta Sena, e uma fortuna

me faz mudar de lado.Sena faz sinal para os rapazes e Yuri vê seu pessoal ser

desarmado e jogado ao chão. —  Vai tomar o que sabemos existir, não entendeu Sena,

podemos dividir e mesmo assim fica muito.

 —  Vai me falar por bem ou por mal onde está aqueleRhodes Yuri, e espero para seu bem, que não o tenha solto. — Não entendo você Sena, não entendo. —  Fiz merda ontem, e tenho de concertar hoje, apenas

isto.Sena recebe a mensagem de Moreira que o senhor Rhodes

havia chego a Londres novamente e somente passa a mensagempara o pegar novamente, antes dos demais saberem que elevoltara.

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Moreira confirma a operação enquanto Yuri gritava coisasem Russo, vendo um senhor chegar a porta e olhar para Sena.

 — O que está acontecendo Sena?

 — Este senhor que pegou o senhor Rhodes antes de nós, eparece que o soltou. — Merda, sabe onde ele está? — Quando tiver esta informação lhe falo. — O que fez que meu filho não contou? — Não sei o que ele lhe contou. —  Que tirou a segurança de Vitoria da Conquista, isto é

maluquice, tem mais de 300 pessoas que os Magalhãesadorariam matar apenas para assumir a confusão.

 — Esqueço que você olha para o problema de uma forma,seu filho de outra.

 — Ele continua a me desviar ouro, e esconder, e estes ainem sabem o quanto Pedro desvia e extrai em ouro, e ficampensando em trocados.

 — Ele não fala em trocado em nenhum mercado Rosa!

 —  Sei que ele pega pesado, mas o que esperar de umRosa?

 —  Sabe que um tio seu me enganou e usou por muitotempo.

 —  Dizem que você pode ser da família, isto não sei seacredito, mas seria sempre bem vinda.

 — Agora entendi por que atraíram alguns.

 — Sei lá, é muita maluquice esta sua historia Sena. — O menino está muito furioso? — Não, mas ele não quer brigar com a mãe, mas parece

estar segurando tudo para a volta, não esquece, sábado ele saido país pela primeira vez.

 — O que ele pretende Rosa? — Deve ter visto as imagens.

 — Sim, o que é aquilo?

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 — Tecnologia, e ele vai tentar vender esta tecnologia, maspara isto ele precisa desenvolver ela.

Sena se despede e sai, levando os rapazes para umafazenda na região metropolitana, ela já sabia o que queria, masteria de saber o que fazer.

 A cabeça da empresaria lembrava das imagens do aviãodescendo em BH, e seus pensamentos estavam naquilo, umatecnologia que ela gostaria de ter.

Pedro vai para a ultima  prova do semestre, Historia,sabia a versão que o professor queria, mas obvio, ele não

escreveria maravilhas de alguém que na visão dele, não deveriaser ensinado a alunos de primeiro grau, como quem foi CheGuevara, pois estão nos anos da decoreba e do aceitar como osprofessores querem, e não teria como escrever a versão queestava no livro de historia na prova, ele já estava preparado parapedir a revisão da prova quando entregou ao professor, ultimo aentregar.

 — E dai, vai a final novamente. — Professor, talvez esta prova tenha de pedir conferencia,

mas nunca vai ouvir de mim o que esta escrito neste livro  – batendo no livro de historia sobre a mesa – que quer transformargenocidas em heróis.

O professor soube de cara o que o menino escreveumesmo sem ler, sabia que se ele pegasse pesado, desta vez omenino teria apoio histórico, não era como a versão anterior, a

qual ninguém havia contestado. — E sobre o homem ter pisado na lua? — Neste caso mudei de ideia, sou jovem, posso ler a contra

prova e concordar com ela. — Contra prova? — A monitoração via radio de toda a operação pela Rússia,

que tinha todos os motivos para desacreditar, mas eles nãodesacreditam, assinam a versão Americana.

 — Nunca li isto.

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 — Quase todo astrônomo da época virou seus ouvidos paraa missão, não esquece, os americanos já haviam perdido homensna Apolo 1, já tinham sofrido vários problemas, mas todos tem asgravações de áudio da operação do ponto de saída ao deretorno, não esquece, era uma época que tudo era feito porondas curtas, até a comunicação dos equipamentos eletrônicos.

 — Sempre digo que você é inteligente Pedro, mas sabe quetenho sempre de seguir a cartilha.

 — Eu sigo a minha, o senhor a sua, e quem sabe, um dia oentenda senhor.

Pedro saiu pela porta, primeiro semestre terminado, dois

dias apenas de presença, apresentação da peça do semestre naSexta, viagem para os Estados Unidos no inicio do Sábado,chegando ao destino a noite do dia 11, Pedro não sabia comoseria a partir dali, sabia que no sábado seguinte, voaria de Los Angeles com parada em Miami para Paris.

Pedro olha para a irmã e pergunta; — E dai, como estão os preparativos? —  Sabe que lhe passei a perna, não tem como não me

levar, e nem sei o que pretende fazer lá. — Eu trabalho, você nem ideia. — Acha que vai ter muita gente nesta festa de hoje? — Quando topei a ideia a duas semanas, estava bem mais

descansado, mais disposto. — Você tem trabalhado demais, mas não nos dê o cano. — Não vou deixar vocês sozinhos na minha casa.  – Pedro

enfatizou o minha, e Renata sorriu, viu Rita chegar ao irmão e obeijar, aqueles beijos que muitos olhavam a volta, e que deixavaalgumas inseguras, algumas curiosas.

Pedro sai com a irmã e vê alguns apenas confirmarem queiriam, mas Pedro estava meio cansado, e sabia que não teriadescanso pelo jeito, antes de sua volta da viagem, Renata olhapara ele e pergunta.

 — Vai me dizer com sinceridade uma coisa?Pedro olha para Dinho e fala olhando-a aos olhos.

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 — Com testemunhas, nunca!Renata olha para o motorista, sabia que era gente que

conhecia sua mãe, se ela tivera um ataque de nervos com arelação dela com uma menina, não imaginava o que ela pensariado que ela estava a fim de perguntar.

 — Desconfia do que vou perguntar? — Nem ideia, mas lhe alertando, nem todo lugar é seguro

para uma conversa assim. — Em sua casa, tem algum lugar seguro? — Geralmente os quartos não tem câmeras, assim como os

banheiros, mas como não vou ao seu banheiro, sobrou apenas

uma opção.Dinho sorriu e Renata entendeu, tudo que falasse o moço

ouviria, se passaria a frente, não tinha ideia.

Pedro olha para o celular e atende; — Fala Sena. — Muito bravo!

 — Passa, mas o que posso fazer, apenas não se mete nasminhas brigas com minha mãe Sena.

 — Queria lhe perguntar uma coisa. —  Sabe que seu celular é monitorado por Moreira, e ele

pela CIA? — Sei, mas é serio que aquilo é tecnologia? — Sim, aquilo é tecnologia, para equiparar lados.

 — Pelo jeito não vai me propor parceria nisto. — Quer conversar Sena? — Sim! — Quarta feira em Comptche, Califórnia.Sena sorriu e falou; — Acaba de por toda a CIA ouvindo, você é terrível Pedro. — Quero conversar com a segunda Pedra, se fui claro.

Sena para na frase e lembra de Peter Carson, e fala.

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 — Acha que ele é igual a você? —  Não, ele era igual a você, mas não falamos disto,

lembra!

 — Nos falamos em Comptche!Pedro olha para a irmã e pergunta; — Como está seu inglês irmã? —  Péssimo, não pensei que fosse para isto as aulas de

inglês e francês. — Acha que vou ficar escrevendo relatórios nestas línguas

irmã, eles que traduzam, e quando for escrever que deuconfusão, vou por ―deu o maior barraco‖. 

 — Você é terrível, eles nem entendem o quanto você podeser terrível irmão.

 — Nem você, e esta querendo confusão.Pedro vê Dinho parar o carro e sai, entra vendo a irmã

lenta as costas, cumprimenta Maria a porta e sobe ao quarto,estava querendo pensar.

Em Vitoria da Conquista, Roberto olha para o pessoal aolonge e liga para João.

 — Como estão as coisas João? — Meio confusas, mas já acalmou, vai demorar ai? — Querendo garantir a calma. —  Cuidado com as ordens atravessadas de Ciça Roberto,

esta parece ainda querendo algo.

 — Talvez ela ainda não tenha entendido o quanto o filhodela pode pegar pesado, mas pelo jeito vai por este caminho.

 — E quando volta? — Estou acompanhando o chegar dos equipamentos, vendo

a confusão na BR a frente, vendo as duas primeiras grandesmaquinas começarem a abrir o buraco, incrível como pode existiruma pedra solida ao centro de um terreno como este, quesomente agora, com mais de 10 metros de buraco, começaaparecer.

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 — Este menino é especial, mas se ele pediu para cuidar dai,eu me viro por aqui.

 — Vou evitar problemas futuros, sabe disto.

 —  Sena disse que vai comandar a segurança do meninonos Estados Unidos. — Esta me da medo. — O menino não tem medo dela, isto é problema.Os dois se despedem e Carolina chega a casa, veio com um

grupo de amigas, saíram antes, a prova dela por ser em outrasala, foi uma aula antes, e foi dar uma volta no shopping, elacomeçava a comprar roupinhas, Pedro lembra que a uma

semana, soube que teria duas meninas.Patrícia a vendo com algumas roupinhas fala; — Agora é a parte boa, depois vem a parte de as trocar. — Não resisti, estão falando em chá de bebe, mas não sei

ainda, acho que ainda é cedo, para algo assim.Patrícia vê a menina mostrar as roupas, seria estranho, pai

e filho tendo crianças tão próximas, tio e sobrinha, com

diferenças de meses.Renata chega a sala e fala; — E dai, como vai ser o nome da minha sobrinha? —  Não sei ainda, mas por enquanto estamos pensando,

daqui a pouco chegamos a uma conclusão.Carolina sorri olhando Pedro descendo, ela parecia começar

a gostar de uma forma única, daquele piá, como ela falava, que

nada lhe parecia atrativo, ate invadir sua vida. — Este sorriso me da energia a correr mais um pouco. — Vem ver as roupas que comprei para nossa menina. — Temos de conversar, pensei em alguns nomes. — Falamos a tarde! – Carolina dá um beijo em Pedro e fala

 – Não estranhe que tudo é rosa. — Uma Rosa vindo ao mundo, com tudo Rosa, não dá para

dar o nome de Rosa ao Quadrado? – Pedro brincando. — Ao Cubo! – Renata sorrindo.

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O sorriso de Carol fez Patrícia olhar serio; — Não vão fazer esta maluquice. — Não definimos nada Patrícia, mas não quero um nome

que pese para minha menina! – Pedro. — Mas pensou em um nome? – Patrícia. —  Eu gosto do som de Agda Rosa, Agda vem do Grego,

Boa, seria uma Boa Rosa na tradução literal. — E não seria um nome normal. —  Nada de Pietra ou coisa assim, ninguém merece algo

assim! – Pedro.Carolina olha para Pedro, e fala baixo, tocando a barriga,

como se perguntando o que ela achava; — O que acha de Agda?Carolina, ela fez que algo a chutara a mão na hora e sorriu,

olhou para Pedro e falou; — Decidido, Agda Rosa.Pedro sorriu, pois ele sempre pensava que se lhe dissessem

a um ano, que estaria a escolher o nome de sua filha que teria

com Carolina, ele acharia a maior maluquice.Estava sorrindo quando Renata parecendo querer

trovoadas perguntou; — E como vai ser o nome da sua filha com Rita? — Sei lá, Rosa Rosa, uma boa combinação.Patrícia sorriu, pois o menino estava escapando da

resposta, mas ele vendo a cara de Renata fala;

 — Ou acha Rosa da Rosa Rosa melhor.Carolina sorriu, Pedro não era maluco, mas se era para

provocar ele sabia provocar; — Fala serio. — Quem sabe Pura em Grego! — Não falo grego! —  Olha que não tinha pensado nisto!  –  Pedro olha para

fora, e Carolina chega ao seu lado e pergunta. — O que não havia pensado?

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 — Duas irmãs, a boa e a pura rosa. — Não falou! – Renata provocando. — Certo, Boa é Agda, Pura é Agne!

Patrícia sorri e fala olhando para Carolina. — Olha que este menino põem todos confusos, mas sinalque ele pensou em variantes para cada nome, pois pensou naspalavras de origem.

 —  Esta falando que poderiam ser Agda e Agne, as duasprimeiras irmãs Rosa? – Carolina.

 — Carol, é fácil dar nomes e eles não terem sentido, Pedrotodos sabem que vem de Pedra, assim como Peter, e outrosnomes. Mas é que estranho alguns nomes, como Carolina, quevem de Carlos, que em teutônico e Fazendeiro. Rita, vem dodiminutivo de Margarita, diminutivo de perola é estranho.

Carolina deu um tapa no braço de Pedro e fala; — Melhor o fazendeiro que a pedra! —  Não disse que Pedra não era estranho, mas todos

sabem, pedra depende do uso, pode ser bom ou mau, eu estou

correndo atrás das pedras, então estou apenas seguindo o meudestino. — E quer nomes que tenham sentido. – Patrícia. — Lembro do meu pai um dia discutindo com minha mãe

que queria por um segundo nome em mim, e o pai não quis, de Albuquerque, que vem de Alba, branco, quercus, cavalo, dai meunome seria algo como pedra cavalo branco rosa!

Patrícia sorriu, e falou; — Sabe que você pelo menos esta escolhendo, seu pai nem

opinou. — Acho que ele é assim, ele vai dizendo este não é bom,

este também não, mas vou cuidar para não brigar com meuirmão, já que ele vai ser Bernardo, bravo como um urso!

Patrícia sorriu e falou; — O que achou do nome?

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 —  Gosto de nomes fortes, se fossem meninos, não iriaquerer por nomes como bom e puro, iria mais para virilidademesmo.

 — Machista! – Renata. —  Não é questão de machismo, mas eu não vou definir

pela sexualidade de meu filho, já chega que ele vai ter osobrenome Rosa, e sei que nos pesa isto.

Carolina o abraça e pergunta; — Que horas começa a bagunça em nossa casa! —  Devem estar chegando lá, mas em uma hora saímos

para lá.

 — O que vai aprontar? – Patrícia. — Acabaram as provas, então decidimos reunir os amigos,

embora ache que o dia vai ser chato, não pelo dia, mas por nãoter dormido bem.

 — Não entendi por que foi para a Bahia ontem! – Carolina. — Por uma moça chamada Rosa Guerra. — Mais uma? – Renata.

 — Diria que sim, mais uma prima nossa que não conhecia,e saiba que discuti com a mãe por isto.

 — Prima? – Renata. — Por parte dos Guerra, ou quer dizer, por parte de nossa

mãe. — Vai dizer que foi proteger as filhas do tio que ela chama

de demônio.

 — Sim, e temos de falar disto Renata, sei que não pretendeter 7 filhos, mas a maldição corre em nossas veias, então temosde cuidar.

Patrícia ouvia isto e não levou a serio. — Esta a colocando medo. — Medo, se ela não tem medo de mim, como vai ter medo

de um lobinho que corre ao campo. – Pedro olhando a irmã.

 — E você fez vasectomia. – Renata.

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 — Diria que momentaneamente, não quero ter filhos, nãodisse que não vou ter meu segundo filho com Carol, quem sabeum terceiro, mas isto é para quando estivermos formados.

Carolina o abraçou e falou; —  Esta se preocupando, melhor assim, mas acha que as

pessoas acreditaram? —  Te amo, mas vai se trocar, vamos almoçar e depois

saímos para a confusão.Os demais se afastaram e Renata olha para Pedro. — Fala serio? — Depois falamos, lembra das câmeras?Renata olha as câmeras e fala; — Sim, mas vai ... – Renata olha para a câmera e sorri. — Vou fugir sim.Pedro já estava pronto, a velha diferença entre meninos e

meninas, mas ele chega a sala e olha para Maria; —  O que temos para comer, hum... acho que vou me

perder aqui um tempo. – Pedro começando a se servir de salada.

Patrícia chega a sala e pergunta; — Sabe o que está acontecendo no sul da Bahia que todos

estão agitados. —  Problemas de uma família que nunca tive Patrícia, a

parte Ciça, mas ela não entendeu, que passado é para seentender, não para se esconder num buraco de 7 palmos.

 —  Roberto ligou para João que alertou seu pai que pediu

para ele cuidar das coisas por lá. — Digamos que lá tem uma reserva de diamantes que em

si, diria a lenda, atraem bem este tipo de coisa Patrícia. — E mesmo assim vai explorar!Pedro encostou o prato e olhou para Patrícia. — Comemos e lhe explico o problema Patrícia, tem haver

com tecnologia, não vou abrir isto a todos, mas você, meu pai, e

poucos saberão disto. — Tecnologia?

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 — Digamos que fiz um teste de tiro, com uma proteção quenão tenho ainda tecnologia para estar a toda, tecnologia quepretendo ter acesso em Los Angeles, mas cada pedra, me deuum resultado, mostrei a Los Alamos, algo que os interessou, ocristal amarelo, eu não usei os diamantes puros, eu estouprensando o de menor valor e formando cubos de material de umcentímetro cubico.

 — E o que fez que eles se impressionaram. —  Patrícia, a explosão do avião que nós íamos a BH, era

para ter derrubado o avião e nos incinerado. — Desenvolveu uma proteção.

 — Esta parte eu consigo desenvolver nos cristais, amarelo,translúcidos, azulados e avermelhados.

 — Já tem 4 jazidas de poder semelhante. — Sei onde estão, sabe que estou preparando extração de

peso em Kubitscheck, em Nazareno, em Criciúma e em Vitoria daConquista.

 — Mas o que lhe surpreendeu?

 — Depois mostro, somente olhando.Pedro comeu, as meninas chegaram, ele terminou e Patríciao acompanhou ao escritório, ele fechou a porta e falou;

 — Aqui não tem câmeras Patrícia, o que testei, fiz na casana região do Barigui, não tem registro nos sistemas.

 — Certo, ainda é segredo. — Meu segredo.

 — Certo, não falou com quase ninguém. —  O todo provavelmente estarei sabendo em duassemanas.

 — Vai para lá para desenvolver algo!Pedro coloca na tela ao fundo 4 vídeos, se via as 4 cores de

proteção, e Patrícia entendeu, ele estava desenvolvendo umaproteção pessoal.

 —  Quer dizer que consegue fazer isto com qualquer doscristais?

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 —  Patrícia, o primeiro o amarelo!  –  Pedro aproxima aimagem – a bala não atravessa o meio da proteção, mas atinge aparede, algo que temos de estudar, é como se a bala sedesmaterializasse, o segundo  –  Pedro aproxima a segunda, aazulada  –  este é a mais estranha, a bala atinge a parede dofundo, mas não se materializa, a impressão que tenho, é que nãotenho tecnologia para analisar os dados, mas a bala some e se vêo impacto na parede ao fundo. Pedro aproxima a de coravermelhada e Patrícia fala.

 — A proteção é perfurada pelas balas. — Sim, mas ai entra algo que quero estudar em Paris.

 — Não entendi.Pedro troca a imagem e fala. —  Este cachorro achei abandonado na rua de acesso do

terreno lá no Barigui.  – Pedro coloca a imagem que mostrava oanimal sendo colocado no centro de uma peça, com umaroupinha, se via que ele estava com alguns ferimentos earrastava uma das pernas, parecia quebrada. Patrícia vê aproteção, ouve o ganido do cão, baixo, como se tivesse umapequena dor, mas logo depois ele levanta-se e parece se agitar,se via as feridas curarem, e a perna do cão parecer voltar para olugar.

 — Está dizendo que pode curar com algo assim. —  Terei de estudar isto Patrícia, sabe o poder de algo

assim se for real tem? — Veio revolucionar o mundo.

Pedro coloca a quarta amostra e Patrícia não entendeu, nãoatingia o boneco, mas não tinha nenhuma marca de tiro nem naparede, e nem as balas caindo a frente do boneco.

 — Não entendi. — Patrícia, eu vou levar a Los Angeles dois cristais, e tentar

descobrir o que acontece, mas levarei este e o amarelo que todosviram as imagens.

 — Mas o que acontece?

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 A imagem foi girando e a moça viu quando a imagem erafilmada do ponto onde se atirava, se via como se as costas doboneco existisse um outro lugar, as balas atravessavam para umlugar que não conheciam.

 — Isto longe da programação e dos diamantes? — Sim, e longe do ouro! —  Vai fazer isto com os cristais de menor valor pelo que

entendi. —  Sim, e por isto vou a Los Angeles, onde contratei

engenheiros, em Paris, serão engenheiros e médicos, em Tóquio,serão engenheiros, quero ver o que os Japoneses conseguem

referente ao escudo de proteção, e aqui no Rio de Janeiro,depois que tiver a tecnologia, pretendo estudar tudo isto.

 — E não vai abrir tudo. —  Não, mas é que não me interessa dividir tudo, quero

respostas e não eu ter de dar tudo de mão beijada. — E qual a intensidade disto Pedro? – Gerson que entrava

a porta.

 —  Diria que provavelmente, eu vou conseguir umaproteção total com cristal prensado em um centímetro cubico. —  E o que pretende estudar aqui?  –  Gerson olhando os

dados. —  Pai, imagina você colocar um paletó e ir ao emprego,

sem nada de anormal, estar protegido contra tiros, poder irdireto, se faz uma porta aqui, e uma lá e você a atravessa,poupando todo o desgaste do caminho, e dentro desta proteção,

poder ter sua saúde monitorada e cuidada.Patrícia sorri e fala; — Seria entrarmos num futuro nunca projetado. — Seria uma mina de ouro! – Gerson. — Acho que seria o começo.Gerson sorriu e falou; — As meninas estão agitadas, mas agora entendi o que vai

fazer fora do país, acha que consegue?

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 — Pai, a proteção eu consigo com um cristal prensado de10 centímetros cúbicos, o problema é que não tenho tecnologiade micro inserção, com ela reduzo o tamanho do cristal e amplioa potencia do equipamento.

 — E vai por o diamante neste mercado. —  Pai, este é um segredo de família, como falei para

Patrícia, e vai ser um segredo da empresa, as pessoas talveztenham acesso a tecnologia, mas não como ela é feita, não oconteúdo dela.

 — Certo, ninguém precisa saber que tem um cristal de umcentímetro cubico dentro de um aparelho.

 — Sim, mas na volta falamos. — Já projetou pelo jeito. — Pai, se posso usar um cristal deste como processador, se

posso usar ele como base de armazenamento de dados, se possocontar com algo assim para transmissão de dados, vou venderprodutos que tenham ele como matéria prima, não a matériaprima.

 — Rhodes nem desconfiava disto, e lhe pôs para correr! —  Pai, talvez se Rhodes tivesse aceito, tivesse pensandoapenas em um cristal de proteção, mas ele me fez fazer o testecom todos os cristais, pois não tenho como inundar o mundo comeles.

Pedro abraça o pai e fala; —  Cuida do Bernardo melhor pai, relaxa, sei o que esta

acontecendo na Bahia, mas ainda terei de por dois irmãos um de

frente para o outro. — Sabe o medo que sua mãe tem disto. — Eram duas crianças, em meio a uma guerra que tiravam

a cabeça de pessoas e penduravam a entrada das vilas que elesentravam, depois de tomadas, mas pense que eram duascrianças, uma descobrindo que não era normal, atraído a seusinstintos, pelo cheiro de sangue e de medo das pessoas, e uma

menina, que via naquilo o demônio que a mãe pregava existir.Não esquece, ela fugiu, mas voltou a falar com os pais, ele fugiu

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quando no Brasil e se escondeu, de vergonha, de medo do queos demais achariam, do que ele achava-se.

 — A velha historia da historia contada por duas visões.

 —  Se a visão dos adultos, contando dois lados não seencaixa, imagina de duas crianças em solo estranho a eles.Pedro sai pela porta e vê as meninas prontas e fala; —  Só vou escovar os dentes, e o helicóptero deve estar

chegando.Carolina sorriu, saiam depois mas chegariam rápido, ainda

mais dali, que de helicóptero era muito próximo a Colombo.

Rita estava entrando na casa, já haviam varias pessoas, eJoseane perguntou;

 — Sabe que não vou pegar leve. — Quando você pegou leve irmã. — Não tem ciúmes? — Tenho algo que você não tem, a pequena Agne! — Escolheu o nome? —  Pedro escolheu, mas ainda não disse que gostei do

nome, ele parece querer se inteirar de cada detalhe, de cadapedacinho de minha vida.

 — Por que ele vai para os Estados Unidos? — Pelo que entendi, ele vai garantir o futuro, se você olhar

em volta, todos estão olhando para ele, algo ele descobriu quepôs todos em alerta, e lembra do avião, ou não lembra.

 — Como esquecer, sei que dá medo estar ali, mas acho queadrenalina também vicia.

Rita sorri, sua irmã era mais maluca que os demais.Joseane entrou e viu Camila, esta já estava com a barriga

bem mais avantajada. — Como está Camila? – Rita. — Vai ver que esta barriga nos tira a paciência.

 — Nunca perguntei, menino ou menina?

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 —  Menino, mas Roger está cada vez mais longe, pareceque Pedro também, ambos resolveram trabalhar.

 —  Digamos que alguém tem de comprar o leite dascrianças.

 — Não entendo o Pedro, ele já tem mais que o suficiente econtinua a correr atrás de dinheiro, tem de o parar um poucoRita, assim ele sai por ai aprontando mais.

Rita sorriu, sabia que não teria como segurar seu Pedrinhoagora, sentia o veneno no tom da voz, e falou;

 —  Sei que ele vai aprontar ainda Camila, mas nesta horadeve estar aprontando com sua irmã.

 — Carol deu sorte, mesmo ela falando que não queria nadacom ele, ele a defendeu diante do pai de uma forma que mesmoo pai teve de baixar a cabeça.

 — Camila, ele chegou a dizer para meu pai que faria istocom ele também se atrevesse tocar em mim.

Joseane olha para o céu e vê ao fundo um helicóptero efala;

 — Lá vem o folgado!Rita sorriu, sabia que Joseane fazia para provocar, nãosabia como estavam as coisas ainda entre Joseane e Renata, massabia que Pedro não estava confortável com algumas coisas eisto o estava deixando mais tenso e distante.

 Ao fundo alguns pulavam na piscina, outros estavamdançando ao meio da sala, tinha um grande painel de led demais de 10 metros de altura por doze de largura passando um

filme antigo.Joseane foi falar com meninas de sua sala e Camila

pergunta; — Sabe que quando entramos na vida de Pedro, pensei que

seria bem diferente. — Você escolheu outro caminho, lembra Camila. —  Eu sei que escolhi, sei que olho ele com você e com

Carol e ainda tenho ciúmes, mesmo ele não sendo mais nadameu, acho que até Roger percebe isto.

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Rita não sabia o que falar, e ficou vendo Pedro chegar aela, lhe beijar e olhar para a festa;

 — Como minha menina está?

 — Suas duas meninas estão bem! – Rita pondo a mão deleem sua barriga. A festa começou calma e com uma determinação do senhor

Ribeiro, que as suas filhas voltariam com o motorista as 18 horas. — Marcação pesada, mas ele está certo, tem aula ainda.Rita o abraçou e falou; — Sabe que vai estar encrencado depois que eu sair? — Vou escolher meu escudo e me proteger. — Deveria não ter comprado bebida alcoólica. —  Saber eu sabia, mas ter ali, não quer dizer, bebam,

posso ser responsabilizado por outras coisas, mas não pelosfilhos dos demais não se segurarem.

Os dois dançam, se divertem, as pessoas em rodas deturmas conversando besteiras, Pedro estava visivelmentecansado, mas estava ali, fazendo sala.

Rita e Joseane saíram as 18 horas, Carolina pareceu quer oespaço de Rita, Renata chega ao lado olhando o irmão, Carla eSandra chegando junto.

 —  Acha que isto vai dar no que?  –  Carla olhando paraRenata.

 — Baixaria e dor de cabeça amanha, com certeza. —  Sempre tem a chance de acabar diferente.  –  Carla

olhando para Pedro.Pedro deixou elas ali e foi a geladeira no fundo, ele estavacansado, mas não estava conseguindo relaxar, pega quatrogarrafinha de Smirnoff, duas de coca, e chega novamente aolado de Carol.

Pedro coloca na mesa ao canto e senta-se.Carol olha a coca e fala; — Acho que isto faz mais mal que a cerveja. — Não duvido.

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Pedro tomou a primeira, ele era fraco a bebidas ainda, mas já nem tanto quanto no passado próximo, ele sabia que menoresnão deveriam beber, mas lembra de seu pai, que falava que nainfância misturavam Coca com vodca e chamavam de Cuba Livre.

Pedro olhou para Carolina e pergunta; — Vai se cuidar, sei que preciso ir. —  Sei que precisa, você esta querendo virar o cara mais

rico do país, todos falam disto, ou acha que ninguém fala.Pedro abre a segunda e vê Renata pegar mais duas e

sentar-se a frente dele e falar; — Eu cuido dele direitinho Carol.

 — Ele esta desconfortável com isto Renata, sabe disto! — Ele se acostuma, sabe disto.Carla olha para Renata e pega uma das garrafinhas que ela

colocou na mesa. — Dizem que você é fraco para bebidas. — Todos somos Carla. —  Meu pai disse para não beber, que com certeza teria

bebida nesta festa. — Ter e você beber, é diferente. – Pedro. — Sei disto, mas por que vai para os Estados Unidos. — Estados Unidos e França, não vou ao Japão ainda, mas

vou ter de dar um jeito de ir lá. — Mas por que tem de ir? — Alguns acham que devo parar, mas tenho de ter certeza

do futuro para me dedicar ao hoje, e posso terminar estas duassemanas, tendo certeza de entradas por mais de 40 anos, istoseria algo que me deixaria mais calmo.

 —  Meus pais disseram que você teria entradas por maisque isto, dizem que você descobriu uma mina de diamantes emNazareno, em Minas, que lhe daria este dinheiro.

 —  Não discordo disto, mas se eu jogasse o diamante nomercado, perderia preço, perderia dinheiro, geraria levas imensasde impostos, e no fim, teria ainda problemas de giro, então

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resolvi conseguir vender mais calmamente, tendo comprador, efluxo de vendas constantes.

 — Então o que vai resolver é para quem vai vender!

 — Sim! – Mente Pedro.Renata sorriu e falou; —  Estranho como cada dia parece realmente mais

transparente!Pedro sorriu e Carla perguntou; — Por que o acha transparente! —  Ele tá mentindo Carla, você não o conhece ainda, mas

ele mentiu na parte final, mas estranho como ele é transparentenestas coisas,

Carolina o beijou e perguntou; — Vai se comportar? —  Vou tentar trazer minha irmã inteira, já que ela não

sabe, mas se colocou talvez na viagem mais maluca que ela jáviveu.

 — Por que?

 —  Está realidade algo aconteceu diferente de umarealidade paralela, dizem que não existe como duas realidades serepetirem, e os seres delas nunca podem intervir, um no outro,mas Renata não sabe, mas vamos trazer alguém a vida.

 — Não entendi, vamos ressuscitar alguém? – Renata. — Impedir que morra! – Pedro. — Esta me assustando.

 — Ainda pode pular fora! — Acha que vai se livrar de mim, esquece, Estados Unidos

e França, não vou perder esta viagem não.Pedro olha para Sandra e olhar para Carol. — Só uma hoje? — Senta ai Sandra. — Vão aprontar algo?

 — Sei lá, quem sabe as  — Pedro conta as meninas e falasorrindo – 4 na minha cama, seria uma bom fim de dia.

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Carol sorriu da cara que Renata fez, uma coisa era falarque estava provocando o irmão, outra coisa ele encarar, Carlaolha para Pedro e fala.

 — Um convite interessante, acha que aguenta? —  Sei lá, da primeira vez eu não lembro, e falam que fui

terrível. — Você foi terrível quando passou o ponto da embriagues,

sabe disto! – Carolina. — Sei? — Dizem que você viu tudo pelas câmeras de segurança. — Odeio câmeras de segurança, tenho de me segurar.Roger chega a mesa e olha para Pedro. — Viu Camila por ai? — Na parte da piscina. — Vou lá, como estão as coisas por aqui? — O pessoal que bebeu rápido já esta adubando as flores e

grama, mas ainda tem alguns aguentando.  –  Pedro olhandoalgumas meninas a piscina, os meninos estavam a beber ao

fundo, Pedro olha para a porta e viu que a segurança da casaestava postada, ele já havia bebido mas ainda estava consciente.

Carla olha para a piscina e fala. — E de que adianta isto tudo se a segurança fica olhando. — Digamos que eles estão ali por que tem gente demais,

bebida demais, responsabilidade de menos, sei que eles jásepararam umas 5 brigas, a maioria entre meninas, sabe como é,

eles brigam aqui em casa e a culpa, sempre é minha, eles bebemaqui, a culpa é minha, elas perdem a virgindade aqui, mesmonão sendo comigo, a culpa é minha.

 — Acha que quantos sobram? — Sei lá, temos aula amanha, e eu vou! – Pedro. — O Caxias. — Sim, o Caxias que deveria estar a cama, já que cheguei

de madrugada em Curitiba, e mesmo assim, não espero menosque 2 dez nas provas de hoje.

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 — Meu Caxias. – Carolina.Pedro estava sentado, e Carolina estava a sua direita,

Renata a frente, Carla havia sentado a algum tempo ali, já tinhaumas 10 garrafinhas vaias sobre a mesa, ele sente a meninapassar a mão em sua perna e olhar para ele.

 — Mas aquilo foi um convite ou uma provocação? — Os dois!  –  Pedro segura na perna de Carla que segura

sua mão, para ele não a subir pela perna, estava com uma saiacurta e sabia que estavam em publico.

 — Gosto de meninas que tomam 4 garrafinhas e não estãobêbadas, eu a quatro meses estaria grogue.

 — E estaríamos abusando de você de novo! – Carolina.Carla sorriu e falou; — Agora sei que um álcool o tira da defesa. — Nem sabem da missa a metade, mas sim, álcool me tira

da defesa, e me tira o que digo ser minha grande arma, areponsabilidade dos atos.

Renata olha para o irmão e fala;

 — Não presta mesmo. — Provoca com eu neste estado e vai descobrir o quanto

não presto irmãzinha.Sandra olha para Pedro e fala; — O Pedro que não vejo na escola finalmente, aquele que

naquele dia em Cananéia não se soltou. —  Digamos que aquele fim de semana eu queria apagar,

mas como não posso, apenas atrasou minha felicidade.Pedro beija Carolina que fala; — Sabe as besteiras que esta falando Pedro? — Sabe que te amo, ou duvida ainda? —  Sei que não deveria beber, esta bebendo demais

ultimamente, quinta passada foi incrível.Pedro a beija;

Sandra olha para Pedro a olhar e falar; — E como estão as coisas Sandra?

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 — Você parece que esta a cada dia, nas maiores rodas dopaís, dizem que Magalhães, Collor, Sarney entre outros, estãoquerendo sua empresa de exploração em seus estados.

 — No fim de semana entrei na Bahia com peso, agora vousair do país um tempo para darem falta, e volto para entrar no Alagoas, no Amapá, no Pará e no Maranhão.

 — Pretende ter negocio em quantos estados? — Todos! — Modesto! – Roger chegava a mesa e pergunta. — Posso sentar? — Uma condição Roger! – Fala Pedro. — Fala. — Vai na geladeira lá no fundo e trás o que conseguir de

garrafinhas para a mesa.Roger sorriu e falou; — Vão lhe embebedar pelo jeito. — Preciso de uma noite de sono, e não quero pensar esta

noite, pela manha posso estar querendo matar alguém na Bahia,

ou em Minas, então quero dormir bem alcoolizado hoje.Roger levantou e Carla falou; — Este mudou, vivia cantando todas, agora só de olho na

Camila. — Ele sabe que se tirar os olhos eu a tiro dele, dai ele fica

bem atento! – Pedro serio, Carolina sorriu, e Sandra falou. — Não teria problema de cuidar do filho dele?

 — Filhos são para se criar, sabe disto Sandra, ou não sabe,acha que eles atrapalham?

 — Não estou pronta para ser mãe. —  È só cuidar para não acontecer, eu descuidei, e

aconteceu, mas pode ter certeza, seria bem diferente se nãotivessem engravidado.

 — Estaríamos ainda fazendo burrada. – Carol.

 —  Carol, se não tivessem engravidado, acha mesmo queCarla e Sandra acreditariam que aconteceu?

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Sandra sorriu e falou vendo Roger chegar com trêsembalagens ainda com os plásticos com 12 unidades cada e porna mesa.

 —  Este é dos meus!  –  Pedro pegando uma para ele eesticando uma para Carla, uma para Renata, um para Sandra,Carolina olhou para ele e falou.

 — Vai de vira-vira, sabe onde acabou aquele dia. — Sim, a pequena Agda não nos deixara esquecer!Carolina sorriu e viu Renata virar a dela, Sandra estranhou,

mas como tinha Roger a mesa, sorriu e virou a dela, Carla virou ePedro virou por ultimo olhando para Roger, que estava prevendo

problemas, e não tomou. mas Sandra viu Renata sentar ao ladode Carol e a beijar, e falar olhando para Pedro.

Roger vê Camila chegar a eles e falar olhando para Roger; — Acho que não vai dar certo. — Gosta dele ainda? — Ele não me olha mais Roger, mas não vou mentir. — Dizia que me amava.

Pedro olha para Camila, não gostaria daquela discussão ali,mas era evidente o aproximar de Camila, e o afastar de Roger.

Sandra viu Renata sentar ao lado de Carol e a beijar, e falarolhando para Pedro.

 — Isto vai dar Merda. — Com certeza!Pedro olha em volta e olha para Sandra;

 — Que tal um lugar sem tanta gente olhando? — Um convite?Pedro olha para Carla, que ainda estava ao seu lado, sua

mão ainda estava na perna dela, a sobe um pouco e a olha; — Quer conhecer meu quarto?Carol viu que o menino não iria se conter, beija Renata e

fala;

 — Isto realmente vai dar merda.

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Os 5 subiram, Roger e Camila subiram juntos, as meninasentram no quarto, obvio que o pequeno sofá ao canto, tendo aofundo a parede de vidro que dava para a casa, de frente a cama,com os quatro quadros a parede, fizeram Carla perguntar;

 —  Pensei que iriamos a cama?  –  Carla vendo o meninosentar-se ao sofá.

 — Tá com pressa por que?Pedro deveria ter uns 4 cm a menos que Carla, chega

próximo e a beija encostando no sofá, Carolina beijava Renata,que a deitou na cama, e Sandra chega ao lado.

 — Vai me deixar solta?

Pedro talvez não soubesse onde aquilo iria acabar, mas viua moça deixar seu celular sobre a cômoda ligado, apontado paraeles.

Sandra o olhava e ele a puxa aos lábios e a beija, ele nãotinha ideia de onde pararia, mas o menino foi se perdendo emcaricias, roupas voando, e olha para Carla;

 — Sabe a encrenca que esta entrando?

Ela o beijou, e Pedro avançou, ele não estava entendendomuito, mas seu instinto de sobrevivência lembrou o que lera umdia,  ―Nunca durma por primeiro‖ ,  ―Se puder inventa umadesculpa e cai fora antes de amanhecer‖ ,  ―Cuidado comcelulares, câmeras e gravadores!‖ .

Pedro vê Roger dormindo ao canto, parecia estar longequando Camila chega a ele e lhe beija.

 — Vai me negar um beijo?

Camila olha as moças nuas com ciúmes, Pedro a beija eergue sua blusa, lhe beija os seios e fala;

 — Sabe que te quero ainda Camila, mas namora Roger. — Não quero mais ele?Pedro queria que seu corpo dissesse não aquela menina,

mas sabia que ele a queria, então parou de a beijar e fala; — Quando seu filho nascer falamos Camila, não tem como

eu me posicionar agora, mas sabe que você sabe o que gostosobre uma cama.

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 —  Vai para a cama com estas duas e não vai me puxarpara ela?

 —  Nem chegamos a cama ainda, mas sabe que elas nãoestão com o namorado babando no sofá.

 — Garanto que se ele não tivesse dormindo, elas estariamlá, ou duvida.

 — Dai estaria fazendo cena de ciúmes dele.Camila levanta, pega a blusa, a coloca olhando Pedro, ela

acorda Roger e descem.Pedro estava no sofá com as duas nuas quando Carolina

chega a ele e lhe beija;

 — Meu Pedrinho já parou? — Elas nem sabem o que querem ainda.O despir de Carolina lhe excitou e ele não negou seu prazer

em ter aquela menina, talvez as duas tenham visto como ele foimais carinhoso, talvez diante de tanta bebida não tenham vistomuito.

Pedro estava a cama com Carol quando sente Renata o

abraçar, ele a olha e fala; — Sabe a encrenca que quer mana. — Pensei que não estava mais olhando. — Vamos ter de conversar irmã, mas não aqui. — Vai me recusar, não recusou elas. — Você é algo que arrastarei na vida, elas  – Pedro olha as

duas se fazendo de dormindo – Talvez apenas a cama.

 — Não é justo. — Tem de beber menos mana.Pedro sente o corpo da irmã colado no seu, ela estava nua,

ele a olha aos olhos e fala; — Veste algo antes de isto realmente dar em uma merda

irmã, não com gente se fazendo de bêbada, não com genteouvindo, temos de conversar, não aqui, não assim.

Renata o solta e vai ao banheiro fazendo cena;;

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Sandra chega a cama e o abraça, ele estava acabado, comCarol ao braço.

 — E eu, vai recusar?

Pedro não respondeu, a beijou, fez sinal para Carla erecomeçaram sobre a cama.Talvez nem Pedro no fim soubesse o que estava

acontecendo, mas ele dormiu, acordou assustado, com o celularde alguém tocando, não era o seu, a cabeça doía, quando eleolha para Sandra atendendo o telefone e dando uma desculpapara o pai, olha Carla fazer um ruído a cama, como se pedissesilencio, abraçou Carolina depois de olhar a hora, olhar a

maluquice que estava sobre aquela cama imensa, Renata pareciaolha-lo como se ainda querendo aprontar algo.Pedro depois de um tempo, levanta-se, vai ao banho, olha

para o espelho e fala. — Vamos a mais um dia, irresponsável!Pedro sorriu para ele mesmo ao espelho.

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Pedro olha para a cama pela porta do banheiro, vêRenata entrar pela porta, a irmã, deveria ser perto das 4 damanhã.

 — Pensou melhor mana? —  Você é terrível, mas é bom saber, que tenho de saber

até onde ir. — Na primeira vez, não tinha controle, na segunda sim, e

garanto, sobre controle, decidimos se queremos ou não. — Acha que alguma lhe ama? — Renata, por mais que pareça o contrario, o importante é

quem você ama, e amar-se, o resto, detalhe.

 — Sabe que deve estar um agito lá em baixo. —  Posso terminar o meu banho e começar as por para

correr.Renata sorriu e viu Carla olhar da cama e vir a Pedro, o

olhou, estava nua a sua frente, Renata vê a moça encostar emPedro no banho e falar;

 —  Pedrinho, sabe que sobre ali  –  Aponta a cama  –  não

parece uma criança. – Pedro a beijou e encostou na parede, elasentiu a parede gelada, ele passou a mão no corpo da menina,Renata olhava o irmão, ela parecia querer algo, algo que nãofalaria para outros, viu Pedro ajeitar a moça a parede do box,como se não tivesse plateia. Os dois ficam ali um tempo, Carlasorri e sai secando-se.

Pedro sorriu olhando Carla e falou; — Hora de acordar as dorminhocas, não esqueçam, temos

aula hoje.Carla olha para Renata e pergunta; — Sempre assim? — Sempre Caxias!Pedro terminou o banho, depois desceu e pediu para os

seguranças começarem a indicar o caminho de casa para osperdidos, que as 7 da manha a empresa de limpeza chegava.

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Pedro acorda Dinho e pede para deixar Sandra e Carla emcasa e sobe novamente, as vê saindo perto das 5 da manhã,sobe e olha Renata olhando-o.

 — Quer falar?Pedro vê a irmã olhar para ele, pegar sua mão e lhe beijar,

Pedro não sentia nada pela irmã, mas estranhou seu corpo, oanimal se manifestando, a beijou e viu ela lhe tirar a camiseta.

 — Tem de deixar eu tirar uma casquinha, tô maluca. — Tem de estar muito maluca!Pedro viu ela tirar a blusa e o empurrar na cama, ele não

sabia se cederia, estava quase cedendo quando ela o vê lhe

olhando.Pedro passa a mão nos seios da irmã e fala lhe olhando aos

olhos; — Não me parece natural isto Renata. — Por que não sede de uma vez! — Tem de ver, primeira vez assim, não sei se não merece

algo melhor que este irmão complicado.

 — Vai me gelar? — Sei lá, mas hoje não vai rolar.Renata sai batendo a porta, Pedro olha para ela saindo se

vestindo e olha para Carolina a cama e dorme mais um pouco.Pedro não viu quando Camila e Roger se afastarem, mas

ainda bem que não estavam mais ali, depois de um tempo, nãoconseguira dormir muito, desceu e começou a ajeitar um café.

Gerson na casa do Tingui olha para Patrícia e pergunta; — Como está o nosso Bernardo? — Ontem seu filho quase me fez mudar o nome do nosso

filho. — Por quê? — Ele estava falando de possibilidades de nomes para as

duas meninas, que vão vir por ai, e soube por que não se mete

as vezes no nome, dizem que você não achava um nome queachasse bom.

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 — Falando de mim? — Sim, mas pelo jeito ele já escolheu os nomes e impôs as

meninas.

 — Ele é mais assim, impõem o que acha, e se os demaisdeixarem, ele vai tomando posição, mas são nomes fortes. — Sabe os nomes que ele escolheu? — Está na crônica dele do dia, informando ao mundo que

teremos duas meninas, mais duas Rosas para enfeitar a cidade.Os dois foram ao café e Gerson perguntou; — Não voltaram ainda? —  Digamos que quando Pedro disse para as meninas

separarem os uniformes de amanha, era de esperar que fossemdireto para o colégio.

 — Pelo jeito lá vem bomba. — Não duvido, mas não entendi uma conversa maluca de

ontem, referente a uma maldição que Renata teria de cuidar sefosse ter 7 filhos.

 — Ele acredita nisto, não vou intervir nas crenças dele, já

que parece que ele discutiu com a mãe por esta crença. — Mas o que seria isto? —  A velha lenda do sétimos filho, que vem dos celtas, a

lenda ―da que sabe‖, ou Bruxa, ou como os celtas falavam, asMoroaicas.

 — E por que ele acha que isto ainda está no sangue? — Algo referente a uma prima, mas não acredito.

Rita olha para o telefone e lê a declaração de amor dePedro que falava;

 ―Por mais que as fofocas se ampliem, não esquece, amo amãe de minha pequena Agne!‖  

Rita sorri e olha para Joseane. — O que houve, sorrindo logo cedo. —  Ele aprontou algo, mas como esta Jôse, nunca sei se

esta afim de Pedro ou da Renata. — Não sei, vou conversar com ele hoje a tarde.

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 — Como está a preparação da peça de fim de semestre? — O professor adorou a ideia de Pedro, e depois de mais

de 3 anos, teremos 9 pessoas no grupo de teatro do fim de ano.

 — Ideia? — Ele escreveu uma peça, chamada ―Gravidez Acidental‖,nela conta a historia de 3 meninas e três gravidez, três reações,três rapazes diferentes, pais compreensivos, não compreensivos,e indiferentes, mostrando que mesmo a que escolheu melhor,não transformava a gravidez em fácil. Ai o professor de teatrocomprou a ideia, os textos, e estamos no ultimo ensaio antes daapresentação de amanha.

 — Meu Pedrinho continua especial. — Nisto não posso discordar, ele é especial, muito especial,por que não poderia ser menos especial mana.

Rita terminou de se vestir e as duas desceram para o Cafée José Ribeiro, o pai das duas pergunta;

 — Voltaram cedo. — Temos aula, fazer o que pai. – Joseane.

 — Soube que nem todos vão a aula hoje, mas com certezaPedro vai. — Nem que fosse direto, ele é assim pai. – Rita. — E que papo é este dele ir a Los Angeles? —  Dizem que ele tem de inaugurar a empresa em Los

 Angeles, mas ele diz que vai tentar um acordo e passar em doislugares, Los Alamos e Comptche. – Rita.

 — Ele esta com tantos aliados no estado que não sei mais

como ele cresceu tanto. — Pai, como ele falou, se tudo der certo, ele vai investir no

comercio de 30 cidades do estado, mas nem sei que ideiasmalucas ele vai querer fazer.

Rita serve o café, estava cansada, e saíra cedo da festa,imaginava o quanto Pedro estaria cansado, já estava no diaanterior.

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Roberto olha o surgir cada vez mais visível no centro doterreno uma formação rochosa, mas estavam ainda abrindo ogrande buraco, e levantando o nível do terreno a toda a volta, naaltura da estrada, uma fabrica começa a ser construída, pré-moldado, o que fazia crescer rápido.

Charlyston confirma  todos os dados e começa umaultima serie de testes em Nazareno.

O rapaz olha para a pesquisa e olha para Ricardo a porta. — O que precisa Ricardo? — O que tanto esconde ai?

 —  Não sei, testes sem sentido que o menino pediu paratestar, mas não vejo grande evolução das ultimas amostras.  – Charlyston desconversou, sabia que aquilo ali era segredo atepara os amigos, sabia que ali morava um perigo quedesconhecia.

Pedro chega a aula, entra direto, não estava paraconversa, estava quebrado, alguns o cumprimentaram, mas pelo jeito seria um dia de muitas faltas.

Chega a sala e vê Roger parar a sua frente e perguntar; — Podemos conversar Pedro. — Problemas? — Sim, Camila disse que te ama. —  Ela escolheu me afastar e tentar aproximar o pai da

criança Roger, o que posso fazer além de me mantar longe.

 — Mas como posso aceitar algo assim.Sonia entra pela porta, ouviu a ultima frase e chega perto; — Discutindo cedo Pedrinho? —  Não, mas como disse, o problema não é o que os

demais sentem, mas saber o que sente-se, e por quem. — Mas ela disse que te ama. — Roger, o que eu posso fazer, já tenho duas namoradas,

eu acho que tenho 3, mas como não posso declarar isto aqui

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dentro, tem uma determinação interna ao colégio que não possonem namorar aqui dentro.

Sandra sorriu, pois Pedro não escondia que tinha duasnamoradas, todos duvidaram, agora sabia o quão terrível eraaquele menino, Roger ia falar algo, mas apenas ouve;

 — As vezes, temos de repetir aquilo Pedrinho! – Sandra.Pedro sorriu e falou; — Cuidado para não confundir as coisas. — Se confundir, vai estar em maus bocados Pedrinho.Pedro sorri e olha para Roger. — Tem de entende Roger, eu não estou disputando Camila

com você!Sandra voltou a sua carteira, olhou para Pedro; — E pelo jeito esvaziou a escola hoje. — Fazer o que, alguns os seguranças tiraram da grama do

 jardim e colocaram num taxi já passado das 6 da manha. — Mas vai mesmo nos deixar? – Sandra. — Deixa eu pensar, trocar Curitiba chuvosa e fria por Los

 Angeles em meio ao verão, deixa eu pensar mesmo! — Mas pelo jeito não vai nem aproveitar, vai ainda levar a

irmãzinha de tira colo. —  Não consegui a deixar, mas vai ser apenas mais uma

reclamando na volta.O professor entrou, fez a chamada, e começaram as aulas

chatas.

Sabrina olha para o sistema, vê entrar pela porta Any,uma programadora que tinha todas as vantagens dos civis locais,e a indicação do senhor responsável pela programação dosistema baseado em um cristal esverdeado;

 — Prepararam o sistema que Pietro fez? — Esta no sistema de cristais que Pietro armou e preparou,

temos as ligações referente ao cristal.

Sabrina estava olhando o seu e-mail, onde tinha umaamostra do sistema, o menino passara naquela madrugada,

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queria olhar e ao mesmo tempo, não podia dividir segredo militarcom civis.

Sabrina viu a moça ir a sala frontal, onde existia umaespécie de console, e ligar o sistema, Sabrina desliga o sistemaque estava e começa a olhar para o que a moça começava aabrir, parecia que tinham um jogo, de interação, onde tinhammais de 30 planetas onde os jogadores interagiam com o meioem meio a enfrentamentos que mudavam constantemente.

Sabrina sabia que aquilo era uma imagem criada de dentrodo cristal, muitos falavam que dali viria parte do manter daspesquisas.

 A experiência intercedendo com vários jogadores, ainda nomodulo beta, destacava alguns jogadores, um deles, chamava aatenção por ser da mesma cidade de Pedro, e como Sabrinanunca acreditou em coincidência, sempre ficava olhando as açõesdaquele menino, as vezes ele olhava para trás como seprocurando ver algo, e a sensação de que ele olhava para dentrodo laboratório.

Toda vez que o menino interagia até Any olhava com

desconfiança para a ação.Sabrina esperou a moça terminar aquele teste, começou a

olhar as linhas do sistema com 6 expirais, com sistema de defesae com sistema de interação, ela olhou rápido e pegou umaamostra e atravessou o sistema para o local onde estavam osengenheiros que estudavam o cristal.

 — Tudo bem Jack? — Veio ver o teste? —  Gostaria de testar uma mudança de programação

interna, mas o general alertou que esta pesquisa em nada temhaver com aquela de Any e Pietro.

 —  Entendemos, lá é software de jogos, aqui é algo maisserio.

 — Poderia? – Sabrina olhando para Jack que sorri, a ultimavez que ela mexeu na programação, eles pareceram avançar

muito. — O que tem ai?

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 — A versão 1.0 daquele sistema que usamos outro dia. —  Pelo jeito aquela criança é apenas uma imagem de

alguém por trás dela.

 —  Saberemos isto no sábado, mas desconfio que aquelacriança é alguém a se estudar.Sabrina sentou-se ao comando, acessou o sistema, que

agora eles estavam usando, o beta que ela mesmo instalara ecomeça a fazer as atualizações de sistemas e começa a fechar asportas e o engenheiro pergunta;

 — Que sistema é este que parece não interagir? —  Este foi desenvolvido apenas para esta pesquisa Jack,

ele me passou e falou que gostaria de saber se chegaríamos amesma conclusão que ele. — Ele acha que chega a que? —  Ele acha que com um cristal amarelado, chega a uma

carga suficiente para dar uma proteção estática de 24 metroscom um centímetro cubico.

 — E ele quer saber se conseguimos a mesma interação queele conseguiu.

 — Sim! A moça termina a instalação e o engenheiro faz os pré

testes e fala; — Estável, sabe a segurança. —  Sei que tentou furar aquele sistema que um Brasileiro

soltou na internet o caminho de entrada e propôs pagar 500 mildólares para quem entrasse.

 — Este é aquele sistema, interessante. —  E aquele menino Jack, é que desenvolveu o sistema,

pode parecer uma criança, mas tem uma capacidade de criarcoisas assim.

Jack neste momento entendeu de onde vinha o sistema,algo que muitos desafiaram mas que se manteve estável, mesmocom muitos no mundo tentando desafiar o sistema.

Ele preparou o sistema, eles haviam ampliado os pontospara 34, ampliando o projeto interno em 12 pontos, e o

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engenheiro olha para Sabrina e inicia o sistema de teste equando ele liga sente a energia dentro da sala que estavam, aslâmpadas estouram e olha para dentro da sala, vendo o imensobrilho da proteção, teve de diminuir a intensidade de proteçãopara começar com o teste, estavam todos inertes dentro docampo de proteção.

Jack com dificuldade sacode os dedos e diminui aintensidade da proteção, olha Sabrina e fala;

 — O caminho estava exato, mas não tínhamos um sistemaque o compilasse, realmente uma proteção perigosa como omenino falou.

 — Lembro quando ele falou, que não queria matar alguémpor descuido.Quando concentrou a energia num raio limitado, Jack olha

as intensidade e começa a sessão de tiros, todas as balas eramretidas na proteção, gerando uma pilha frontal ao manequim,estavam fazendo o teste quando Dallan e Franklin chegavam asala e olham aquele fim de teste e Franklin demora paraentender o resultado.

 — O que mudou? — O sistema de comunicação e controle da energia! —  Mas por que esta limitando ela!  –  Fala o engenheiro

ignorando que já haviam retido a energia por que estava alto, etodos sentem a energia atravessar eles, o general fica tonto,outros a sala olham-se tontos e Jack mais que rápido retorna onível anterior.

 — Agora sabe por que!Franklin senta-se e pergunta; — Qual a intensidade disto. — A que o menino calculou que conseguiríamos!  – Sabrina

olhando para Dallan. — Mas esta permite o que ele demonstrou? — Não General, esta barra tudo, da rápida a lenda, tudo

para a frente da proteção. – Jack.

Dallan olha o teste e fala;

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 —  Estão dizendo que o que diminuía a eficiência era osistema que aquele Pietro insiste que é incrível.

Sabrina olha para Dallan e fala;

 —  Na verdade ele é incrível senhor, mas talvez eles nãoestejam olhando para a parte correta. — Por que? — Confia neste senhor General? —  Civis em meio a um projeto secreto sempre dão

trabalho, mas por que a pergunta Sabrina. — Por que acredito que se as ligações que estão no cristal

passarem por um com este sistema, pode ser algo quase invisível

aos olhos, como o menino falou, algo com 10% do tamanhoatual, podemos controlar a energia, a informação e descobrir oque realmente é este sistema.

 — Não entendi a logica? – Dallan.Sabrina olha para Jack e pergunta; — Acha que qual o nível de energia que um cristal deste

conseguiria armazenar?

 — Pelo que senti, quase mil vezes mais que nossos testes.Sabrina abre suas pastas pelo sistema e mostra para oengenheiro e pergunta;

 — O menino quer saber se estes cálculos estão certos?Franklin olha os dados e os pré-controles e olha para

Sabrina; — Ele quer fazer isto a 3 níveis? —  Sim, processamento, memoria e armazenamento!  – 

Sabrina. —  Se conseguirmos desenvolver neste nível, o que seria

isto? —  Como o relatório do menino fala, pularíamos para

memoria em terabits, processamento em 76800bit deprocessamento, com resposta de armazenamento a quase avelocidade da luz. – Sabrina.

Dallan olha para o engenheiro e pergunta: — Me traduza.

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 —  Senhor, teríamos um sistema de processamento eligação com o tal cristal que Pietro desenvolve com todo ocontrole, ou muito controle, isolando os dados, com velocidade earmazenamento tão rápido que passaria desapercebido deles.

 — Acha passível de realizar? — Pelo que entendi, o menino não parou de pensar senhor,

e como ouvi ele falar, é o começo. — Verifiquem todos os dados, quero ver vocês encarando

uma criança e me convencendo que esta empreitada vai dardinheiro.

Pedro sai das aulas  e se depara com Carla e Sandra aentrada falando com Rita, Pedro chega ao lado de Rita aabraçando.

 — Me diz que não fez o que elas estão falando. — Não sei o que elas estão falando.Rita afasta o corpo de Pedro olhando para ele serio, ela não

era tão indiferente a estas coisas, e Pedro sabia que não, osorriso de Carla, indicava que falaram tudo que conseguiram.

 — Não vai falar? — Gritando na porta do colégio não. — Não vai negar.Pedro olha nos olhos de Rita, ela estava irritada, ele não

estava querendo discutir, não nesta semana, pois sabia que teriade viajar no sábado, não queria ir brigado, e sabia nestemomento que estava perto disto.

Carolina chega ao lado e pergunta; — Brigando já?Renata chega junto e pergunta; — As fofoqueiras já dando o serviço?Carla não gostou do que ouviu e falou; — Vai defender o irmãozinho? — As duas aliadas, deveria desconfiar, mas Pedro não vai

negar, Rita esqueceu que Pedro não vai negar se aconteceu, emesmo que magoe, ele não vai negar.

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Rita olha para Renata; — O que aconteceu? —  Diria que muitas garrafinhas de cerveja, Smirnoff e

caipirinha sobre a mesa, Camila dizendo que amava ele, Caroldormindo ao lado, ao ombro dele, e duas meninas dando sopa,como uma saída, de uma encrenca que se apresentava ao ladode Camila, chamado Roger. – Renata.

 — Quantas estavam a cama? – Rita falando alto. — Eu não fui para ela Rita, olha que Carolina até queria eu

lá, mas sabe que alcoolizados não arriscamos tanto. – Renata. — Não vai falar nada? – Rita olhando para Pedro.

 —  Sabe que te amo, sabe bem disto, não sei por que seespanta com este seu namorado safado.

 — Não vai negar. — Rita, se fosse certo, poderia até negar, mas estava com

vontade de escancarar ontem, estas olheiras dizem que foi atétarde.

 — Soube que muitos não vieram.

 — Os processos vêm na semana que vem. —  Por que Pedro?  –  A frase foi séria, os olhos de Ritafixados nos de Pedro.

Camila chegava ali com Roger de peso e olha para Pedro; — Queria dizer Pedro, que pode não levar a serio, mas é

verdade o que falei.Pedro olha para Rita e fala; — Pode não parecer, mas te amo, minha menina, mas acho

que estou encrencado, bem encrencado, e sabe disto, e no fim,espero apenas não lhe magoar muito.

 — Como falava para Jôse, por que tem de ser tão especialseu galinha. – Rita.

Pedro chega aos ouvidos dela e fala; — Elas acham que estamos brigando. — Eu tô brigando.

 —  Eu não tô, e sei que te amo minha menina, mesmopodendo fazer coisas que só me complicarão.

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Rita o beija e afasta os lábios e fala. — Tem de conter a bebida Pedrinho Galinha. — Verdade.

Pedro olhou para Carla e perguntou; — Pensei que estava falando serio ontem.Carla ficou vermelha e falou; — Lembra de tudo? — De tudo não sei, estava muito alcoolizado, mas algumas

coisas eu lembro. —  Sabe que as vezes achamos que as coisas são mais

controláveis do que são. — O Dinho deixou as duas em casa direito? — Sim, meu pai nem me viu chegar, tentei não aparentar

alcoolizada, mas acho que ainda estou grogue, como alguémpode fazer uma prova assim?

 — Não pode, nem dirigir, mas alguns acham que podem, ese dão mal.

Sandra olha para Rita e pergunta;

 — Vai aceitar algo assim? —  Pergunta boa, posso devolver a pergunta, vai aceitar

assim, um pirralho que vai ser pai, e tem duas namoradas a levarpara cama?  – Rita saindo da defesa, que era onde as meninasqueriam ela, não no ataque.

 — Nem imagina o que ele falou ontem a noite.Rita olha para Renata que fala;

 — Acho que não tem mesmo ideia, pois acho que nem eletem! – Renata riu vendo o carro do motorista das Ribeiro parar afrente, Rita olha para dentro e vê Joseane vindo rápida e fala.

 — Algo a segurou? – Ribeiro olhando para Renata. — Acho que não, ela está cheia de segredos sobre o papel

que vai fazer amanha, mas acho que os cabelos dizem queestava aprontando.

Pedro sorriu, deu um beijo em Rita que foi ao carro, e

ouviu Joseane passando rápido; — Não vai faltar ao ultimo ensaio.

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Pedro sorriu, quem dera fosse de faltar a algo, as vezesnão conseguia ir, mas não que planejasse não ir.

Renata viu o carro de Dinho parar e fala;

 — Vamos, estou quebrada. —  Quem não tá!  –  Pedro se despedindo das demais,esticando a mão para Carol que entrou no carro primeiro e semandou no sentido do Tingui.

Pedro abre seu computador pessoal e olha para Renata; — Vai querer ir mesmo? — Sim. — Sabe dos riscos?

 —  Sempre tem riscos, principalmente com você, nãoentendo como alguém se mete em tanta encrenca.

Pedro a olhou; — Sei dos riscos, mas o que quer falar? — Para não se fazer de indiferente, mesmo que ache chato,

eles tem de achar que você faz parte. — Por que?

 — Estaremos em meio a duas bases que para entrarem, aspessoas normais, teriam de passar por atiradores, por revista,por muita pergunta sem sentido.

 — E acha que devo saber as respostas? —  Você sabe as respostas de quase tudo que vão

perguntar, pois são perguntas para certificarem que você é você! — E vamos entrar onde?

 — Quando chegarmos em casa, quero lhe mostrar algunsdados, e referente a eles, vamos planejar e projetar todos osnossos passos, não lhe quero em encrenca irmã.

 — Sabe que pensei que você não estava no controle mais,quando estava se fazendo de bêbado.

 —  Queria ver até onde aquelas duas iriam, são bobasmesmo, mas esvaziei as memorias das câmeras delas colocandoarquivos com defeito.

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 —  E elas devem ter ido para suas casas acreditando quetinham o que você falou, o que elas filmaram, você é terrívelirmão.

 — Acho que temos de nos preservar, sabe disto. — Desta vez não tinha ninguém no telhado? – Renata. — Sei lá.Pedro viu Dinho encostando e falou para Dinho. — E você, se vira sem nós 15 dias? — Sim senhor Pedro! – Dinho em tom de deboche.Os dois entram e veem os pais de Carolina na sala;Pedro olha para o pai e para o oficial de justiça; — Bom dia. — Bom dia, deve ser Pedro Rosa. — Sim, em que posso ajudar?O oficial de justiça alcança a mudança de guarda de

Carolina, olha ela com detalhes e olha para o senhor Frota; — Espero não ter de caçar isto! — Me ameaçando?

 —  Não, lhe alertando que se bater na mãe de meu filhonovamente, vai feder, e pode ter certeza, vai feder de Brasíliapara baixo, até o seu superior.

 — Acha que tenho medo de você? —  Espero que tenha, para seu bem e dos demais

envolvidos senhor Frota, pois covardia, respondo com covardia,tem de analisar que foi bem tranquilo para o senhor a vez

anterior.O menino estica a determinação para Carolina que olhapara Pedro;

 — Eu vou, não precisa discutir. —  Não estou discutindo Carol, sabe que nossa casa fica

pronta em 15 dias, ali a frente, para ter sempre para onde irquando um pai covarde lhe bater.

O oficial de justiça se fazia de surdo, não estava

intercedendo, mas viu Gerson como representante legal do

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menino assinar e mesmo antes do almoço viu sua menina sairpela porta.

O rosto de Pedro estava serio, sabia que isto era inevitável,sabia que Carol continuava insegura, sabia que ela estava linda eque estava saudável, com todos os exames em dia, prestes aentrar em férias, junto com Pedro, ele não tinha como não ir, elenão tinha como proibir que ela fosse para casa novamente, quevoltasse a sua vida, as suas coisas.

Carolina chega em casa, seu pai foi seco, não pareciaainda pronto a aceitar aquilo, mas agora ele sabia, se

acontecesse, o menino saberia, e ele não pegaria leve. A irmã entra no quarto dela e fala; — Sabe que eles a trariam de volta. —  Sei disto Camila, Pedro perguntou antes de ontem se

queria voltar ou não, se queria tentar. — Ele sabia a dois dias? — Ele poderia ter barrado, mas ele estará por 15 dias longe

do Brasil, e não tinha como me levar, então apenas não fezesforço, e saiu a nova determinação.

 — Este Pedrinho está mais astuto que antes. —  Que papo foi aquele de dizer ao meu namorado que

ainda o ama. — Não gostou, sabia que não gostaria.Carolina olhou para a porta e vê a mãe; — Desculpa toda esta confusão mãe!

 — Seu pai ainda não sabe o que fazer! —  Quando apanhávamos e ninguém via, ele se dizia

inocente aos demais e pronto mãe, mas agora ele sabe que temalguém olhando.

 — Este Pedro Rosa pegou pesado. — Acho que ele pegou leve, pois ele não queria me afastar

da minha família de vez.

 — E pelo jeito sabia que voltaria. — Previsível, como Pedro fala, inevitável.

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Guta olha para Camila e pergunta; — Que papo foi este que ouvi, de declarar amor a Pedro.Carol teria de voltar a pensar para falar, na casa de Pedro

nunca tinha ninguém ouvindo a porta, ali, sempre teve, entãoteria de voltar a segurar a língua. — Desculpa Camila, esqueci.Camila sorriu e falou; —  Sei que ele me olha ainda Carol, mesmo você não

gostando disto. — Eu ouvi coisa pior que isto Camila. — Pior? – Guta.

 — Que Camila estava com Roger, por que Pedro não abriuespaço para ela voltar.

Camila olha para a irmã e perguntou; — Quem disse isto? — Renata, quem mais. — E esta está com quem? —  Acho que a maioria não se definiu para a vida inteira,

mas minha filha esta bem, e isto que me interessa. — Já escolheu o nome? – Guta. — Vai se chamar Agda Rosa! – Carolina. — Por que este nome estranho! – Guta. — Bem estranho. – Camila. — Agda é nome grego, remete a Boa! — Tem cara de Pedro isto. – Camila.

 — Sim, e o seu, quando vai definir o nome? — Sei lá, quando o ver vivo.Guta olha para Camila e pergunta; — E como está aquele Roger, não vem mais aqui. —  O pai o pôs para correr, o que quer, e o pai dele o

colocou para ajuda nas empresas dele, está correndo bastante.Carolina estava um prego, e quando a mãe saiu, tomou um

banho e deitou um pouco, estava um prego.

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Pedro termina o almoço, sobe para o quarto, toma umbanho e olha para a porta;

 — Entra pai.

 — O que aconteceu ontem filho, mais encrenca. — Não vou me esconder, duas meninas queriam armar umvídeo, e jogar isto na mídia, sabe que as pessoas sempre olhammais por quem está lá do que pelo que aconteceu.

 — E deu sumiço nos vídeos? — Eu ainda não sei a ideia, mas como disse, não vou me

esconder, mantem a calma, vou precisar sair do país, e com istotende a ficar mais fácil administrar as coisas.

 —  Você tomou a casa, a vida, que pareço um velho semutilidade filho.

 — Pai, tem de voltar a ser você, sei que a traição do tio, lhetirou um pouco o caminho, era alguém a trocar ideias, a ir afrente, sei que as vezes nos perdemos, chegara a hora que vouestar parado, e você a toda.

 — Vai fazer o que nos Estados Unidos?

 —  Provavelmente conhecer uma linha de exploração quenão conheço, tecnologia. — O que vai aprontar? — Pai, eu comprei um terreno em Raton, e a culpa é de um

escritor Curitibano, e uma a oeste de Los Angeles, já em Ventura,nas Montanhas de Santa Monica, é uma reserva e difícil de agirali, mas em meio a um terreno na parte alta, estamos abrindoum buraco, e adaptando 22 silos de lançamentos de misseis que

foram desativados e vendidos e construindo 6 pontos deprocessamento e teste de produtos de tecnologia. — Eles desconfiam disto? — Desconfiar não sei, mas vou propor uma parceria entre

nós, esqueci, comprei também um terreno em Los Alamos nacidade, e comecei a abrir o meu buraco na cidade, a mais deuma semana.

 — Eles sabem o que vai por lá? — Se nem eu sei, como eles saberiam pai?

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 — Sua estrutura esta ficando cara. —  Sei, quando tiver a próxima entrada de diamantes, vou

comprar uma fabrica de painéis solares, pois meus gastos deenergia tendem ser caros.

 — Não para filho? —  Uma meta, que não falo, pois sigo o que você fala,

quando o plano é alto, não fale, tudo farão para ele nãoacontecer.

 — E pelo jeito ainda tem a apresentação de amanha. — Sim, fim de semestre, e começo da minha correria. — E vai mesmo atuar?

 — Pai, as vezes tenho de me sentir o Pedro. — Esta pelo jeito os deixando confusos. — Isto vou deixar para quando chegar lá.Pedro termina de se vestir e sobe a parte da biblioteca da

casa, não era tão boa como a da cobertura no Cabral, mas queriaconversar algo com a irmã.

 — Veio, o que tenho de saber?

 — Mana, quando tudo estiver encaminhado, se eu quiserparar, vou poder, e você, o que está fazendo? — Vai me cobrar isto? —  Lhe oferecer ajuda, parceria, estrutura, e quem sabe,

cheguemos aos 18 anos como ricos. — Não somos ricos? — Não, se eu parar hoje, os gastos não cobrem o resto da

minha vida. — E me quer ao seu lado nesta empreitada. — Renata, se der certo, estaremos nos aposentando com a

maioridade, sei que não vou parar, mas você poderá escolher oque quer da vida e a tocar, se der errado, aos 35 nosaposentamos.

 —  Esta falando em 20 anos, como pode querer projetarpara lá.

 — Eu um dia a 3 meses, pensei no que poderia fazer paraganhar dinheiro, e projetei o que eu gostaria de fazer em 20

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anos, se tivesse como, com o pouco que tinha, com os cálculosde entrada, tirando a inflação, me deparei com algo incrível quevai me garantir ao fim do ano que vem, ter tudo o que tinhapensado feito, e mais outras coisas impensadas que não haviapensado.

Renata olha para ele seria; — Hoje projeto o que quero, mas pode ser que algumas

coisas, nem chegue perto, e algumas, a anos luz de distancia doque pretendia.

 — Então no ano que vem terá todos os planos de 20 anoscumpridos, por isto corre para todo lado.

 — O problema é que fiz projetos baseados em ganhos, ehoje, baseado nos ganhos que tenho, não consigo pensar emtodas as formas de transformar isto em algo rentável.

 —  E como posso entrar nisto, odeio esta ideia de fazercoisas que nem sei como funcionam.

 —  Renata, nasci para ser apenas um menino tímido, equatro meninas me tiraram da inercia.

 —  Mas sabe que o que me tira da inercia, é apenasaventura, não sei pensar como você.

 — Não tente, relaxa, pois posso precisar de ideias quandotodas as minhas estiverem acabado, quando todas as minhaspercepções estiverem no mínimo.

 — Você nunca chegará a isto. —  Acredito que vou, mas no momento lhe ajudo, e

avançamos juntos, quando tudo estiver calmo, sentamos e

conversamos sobre estas maluquices. — Onde vamos ficar em Los Angeles? — Eu comprei uma casa nas montanhas de Santa Barbara,

eles devem ter terminado a reforma dela a 3 semanas, ovendedor me garantiu que entregariam reformado.

 — Por que acha que a casa é boa. — Renata, não aprendeu que eu não compro nada por que

é bom? — Ainda está investindo, mas por que comprou?

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 — Digamos que a casa estava ao lado de 3 terrenos que ogoverno norte americano pôs a venda e não havia compradores,onde funcionou uma base de lançamento de misseis, com 20buracos de 20 metros dentro da montanha, e com uma casa boaao topo, cercada desta base.

 — Não entendi. —  Todos falam das Montanhas de Santa Monica, mas

também é um lugar onde nas épocas quentes acontecemincêndios florestais, uma casa longe da mata é essencial naregião, e como as bases cimentaram com mais de um metro deconcreto toda aquela base, estamos longe do fogo, estamos com

local onde posso estruturar os projetos mais secretos, ondeposso por minhas bases de informação em Los Angeles, e teruma casa que me dá vista ao mar, a Los Angeles, a 10 minutosde tudo de helicóptero.

 — Mais um super investimento? —  Enquanto o corretor cuida da reforma, no terreno mais

alto, na parte baixa, se estrutura 5 buracos para meu servidor emLos Angeles, em 3 buracos eu vou colocar uma moradia interna,

onde possa proteger os rapazes que estiverem a meu serviço, eos demais, vão ser laboratórios, todos eles tem ligações internas,e estão ligados e projetados como um grande laboratório, penseinos detalhes, mas por cima, apenas um grande gramado, comflores, com 22 coberturas de vidro, como fossem estufasarredondadas nas entradas das cúpulas.

 — Quer dizer que na aparência teremos uma casa em Los Angeles com um imenso gramado a volta, e como é esta casa?

 — 4 pisos de casa, piscina, sala ampla, todo o conforto deuma casa.

 — E os demais nem desconfiam disto? —  Renata, está casa tem heliporto, desta vez não

pararemos tanto tempo nela, mas dela podemos ir a regiãoCentral, onde comprei um conjunto de dois prédios, montamosos barracões laterais, e temos o pessoal hoje colocando lá na

fachada os dois emblemas das empresas que vão funcionar lá,mas se der certo, boa parte do diamante que vamos vender, vai

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para estes locais, a preço maior do que o que nos pagaria osenhor Rhodes, por que vamos vender ele já na condição queeles precisarem.

 — Não entendi. —  Com calma vai entender, mas nestes primeiros dias,

vamos a Los Angeles, a Ventura, que ao lado, onde fica a casa eos silos, provavelmente vamos dar um pulo em Los Alamos edepois em Raton.

 — Trabalho pesado pelo jeito. — Sabia de antemão que seria isto Renata. — Sei, mas acha que isto vai lhe garantir quanto?

 —  Se eu tiver em dinheiro, apenas o retorno, permitindolegalizar tudo, o que temos em mãos, seria como se pudéssemosem 10 anos, ter legalizado os mais de bilhões que temos a disporem recursos que não temos como legalizar rápido.

 — Esta pensando lá na frente, mas gastando alto agora. — Se der errado, vou ser mais um maluco que deu errado,

mais um empresário que não mediu os gastos e se deu mal.

 — Mas não parece querer isto. —  Você como eu, sabe que eu fiz uma reserva em ouropara mim e para você, aquilo que falamos que só vamos pegar seder errado.

 — Verdade, você não esta apenas comprando terras, estagerando seguidores, mas sabe que quando aquelas duascomeçaram a perguntar o que sentia por elas, lhe filmar falando,pensei que estava bêbado.

 — Estávamos. —  Verdade, mas pelo jeito saberia sair daquilo se não

quisesse ir ao fim. —  Infelizmente sim, odeio convidar alguém a se divertir e

esta pessoa querer lhe ferrar, mas com calma me acostumo comisto, me acostumo que nem todos são de confiança, que tenhode medir meus atos e caminhos.

 — E o que vai ter nestes outros lugares?

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 —  Los Alamos estou fazendo um buraco, nem estoupensando, estou furando, e como não estou olhando os restos enão tenho geólogo, é por que quero apenas o buraco, não maisque isto.

 — Um buraco? — Sim, um buraco de 20 metros de raio com mais de 50 de

profundidade, que depois terá buracos para 4 lados, e que serãonossos laboratórios oficiais em Los Alamos.

 — Oficiais? — Eles não me abrirão tão facilmente o entrar na estrutura

deles, sou brasileiro Renata, sou um estrangeiro em meio a

segredos confidenciais deles. — Raton a mesma coisa? — Não, Raton tinha outra base, e como precisava ligar os

dois pontos, vou perfurar de Los Alamos no sentido de Raton, efazer um grande corredor de testes, que preciso que aconteçalonge dos olhos da maioria.

 —  Esta dizendo que vai ligar duas cidades distantes porbaixo da terra, em território Norte Americano.

 —  Sim, mas o buraco vai para baixo em Los Alamos,abrimos as 4 radiais, e paramos, mas numa delas vai chegar oburaco vindo de Raton, mas assim como eles tem segredos, euterei segredos.

 — Vai ter as suas bases lá? —  Renata, as pessoas acreditam que a CIA controla o

mundo, mas na verdade, eles controlam o que querem controlar,

se eles acharem que estamos fazendo o que eles querem, vãoapoiar, mas ir para lá, e conseguir apoio para 3 coisas quepreciso, meus planos, os deles, e os secretos, todos baseadosnuma coisa que eles chamam de contrato de sigilo, que qualquercoisa que sair dali, posso sofrer um processo milionário.

 — E vai assinar mesmo assim? — O que é pagar um milhão para poder falar algo que vale

um bilhão?

 — Mas não pretende falar.

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 —  Não, mas sei que num futuro, posso precisar terindependência, e ter estrutura irmã.

 — E vamos a guerra?

 —  Guerra não sei, mas com certeza, uma boa viagem,dizem que as primeiras não esquecemos. — Os Irmãos Rosa saindo do Brasil! – Fala sorrindo Renata,

que sabia que seu irmão ainda não acostumara, assumira masnão acostumara em ser chamado de Rosa.

 — Verdade, mas quando os caminhos desandarem de vez,quero poder ser eu, Pedro Rosa, pai, filho, e irmão, não mais queisto senhorita Renata.

 — Certo, a família, sabe que a mãe me ligou ontem. — Sei que ela lhe ligou, mas como não me falou nada, não

perguntei. — Sabe? —  Renata, não quero saber de brigas com nenhuma das

minhas mães, odeio a ideia de ter de assumir a maioridade aos14, mas talvez seja a única forma de tocar as minhas coisas, edeixar meus pais seguros, mas ainda não achei um furo que mepermita isto.

 — E o que vai fazer agora? — Treino final do Teatro, para a apresentação de amanha,

desmarquei até a aula de Espanhol, preciso estar pronto paramais um carão.

 — Você se preparou, eu fiquei babando pela minha mãe. —  Sabe que vou lhe arrastar, mesmo que a força ao

amanha irmã, seria mais fácil com consentimento, mas sabe quenão vou pegar leve.

 —  Vi a noite, até acreditei que você iriam avançar, sabeque somente quando me deu a bronca cai na real que estávamosem um grupo aberto e que nada iria acontecer, mas ainda to deolho neste safado do meu irmão.

 — Renata, como sempre digo, vou invadir as vidas, e umadelas, se entendi, é pela sobrevivência desta existência.

 — Muito radical.

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 —  Digamos que existe algumas existências, não entendodisto totalmente, mas para cada ser racional existente, existemais de 2 possibilidades de futuro, acho que existem 8 deles,este numero tem de ter algum valor. O oitavo é o do Eterno, sechegarmos a ele, teremos abandonado nossa existência para aeternidade, mas acredito que neste eu tenha uma função incrível,e esta função parte do pressuposto de trazer alguém a estaexistência.

 — Enigmático. — Na Califórnia existe um município de nome Mendoncino,

este município tem uma subdivisão chamada Comptche, e lá

pretendo usar o que li, vivi, e descobrirei, para tentar ajudar asalvar esta nossa existência. — Não entendi. — Digamos que se eu salvar uma, salvo todas, mesmo que

algumas desandem. — Esta cheio de enigma. — Digamos que não gosto de virar picolé, não gosto de não

viver novamente, não gosto de fins, sejam eles alegres ou tristes,

apenas isto. — Hoje está falando difícil. — Mas acalma!Pedro abre o sistema e Renata vê um rapaz surgir na tela,

não conhecia, uns 22 anos, olha para o rapaz que fala emfrancês;

 — Tudo bem menino?

 —  Amanha em São Paulo nos conheceremos finalmentePietro, mas preciso lhe passar os projetos para o sistema queestão instalando em uma cidade em Ventura no dia de hoje eamanha, e sábado nos cabe por para funcionar, antes defalarmos com o pessoal de Los Angeles.

 — Mais trabalho. — Eu gosto do que faço Pietro, esta pode ser a diferença,

mas vou lhe passar os 3 projetos em andamento, lê e se inteirar,

no domingo tem de parecer que você sabe pelo menos de parte

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disto, estou passando uma serie de vídeos, está na hora de saberpor que estamos contratando engenheiros, e o ultimo, deletadepois de ver, é o que o pessoal de Los Alamos, numa área nãoexistente fez hoje com o sistema que você fechou, e um cristalque eles tem.

 — Bomba? — Bomba, mas verá que o cristal deles é para segurança e

dados, não quero só isto. — Mas tem algo que não vai me contar? — Sim, o que falaremos pessoalmente. — E quais as diretrizes de estudo.

 —  Pietro, vamos montar a sede em Los Angeles, masdentro de uma semana, eu, você, minha irmã e Charlystonvamos estar na inauguração da sede em Paris.

 — Volta por cima? — Não considere isto, mas todos os pré-testes dizem que

vamos provar em Paris 12 coisas incríveis. — Doze?

 —  Vê os vídeos, mas acredito que dê para provar aexistência de mundos paralelos, a existência de tele transporte, aexistência de mundos conectados, e de energias que não entendiainda, mas cada passo que dermos, verá que estaremos tãolonge do que as pessoas sabem a rua que espero que tenhaestomago para isto.

 — Esta falando serio? — Sei que tele transporte existe por uma bala que some e

reaparece, mas quero saber como isto acontece, onde nas nossaslinhas de programação fizemos isto.

 — Acha que esta no programa? —  Sim, ele interagindo com um numero alto de energia,

abre um campo de transporte entre a entrada e saída do campo,mas sabe que se reproduzirmos isto, seria algo incrível.

 —  Seria viver nos anos seguintes a vida dos filmes deficção.

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 —  Outra coisas, quando olhar o vídeo 22, repare nafilmagem do campo, por mais de 2 minutos, verá algo que nãosei como explicar se não a existência de existências paralelas.

 — Conseguiu abrir um campo de passagem? —  Sim, refis o teste sem os tiros, não queria continuar

matando gente que não sabe nem de onde vem a bala. — Não entendi. — Vai entender, mas por ultimo olha os projetos, estou lhe

passando o que posso, nem tudo tenho ainda certeza que voufazer, e somente o que for fazer vou lhe mostrar.

 — Planos abandonados as vezes são bons.

 —  Bons se temos recursos para isto, primeiro vamosdefender os trocados.

Pietro sorriu e Pedro desconectou. — Quem é este gato? — O presidente da eP, mas ele não sabe disto ainda. — Isto que vai falar pessoalmente? — Sim, quero ele pensando, mas sabe que alguém de peso

a frente as vezes facilita, ele é muito rápido. — E no Brasil não vai fazer nada? — Na volta, vou terminar de me complicar, vou falar com o

 Vô e com uma tia. — Por que? — Acho que gosto de confusão. — Disto não discordo, o que foi a noite de ontem.

Pedro sorriu, e falou; — Agora a confusão novamente, mas deixa tudo pronto, osembarques para os Estados Unidos são chatos, e nada debrincadeiras, algumas palavras num saguão de embarque podelhe custar a viagem.

 — Palavras? — Terrorismo, piadas sobre americanos, nomes como Fidel

Castro, eles são paranoicos mesmo, mas fazer o que, quem não

gostaria de se fazer sobre eles. — E acha que eles lhe barrariam?

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 — Sei lá, é ganhar dinheiro, então não vou arriscar.Renata sorriu e falou; — Meu irmão capitalista, tudo por dinheiro.

 — Por dinheiro e confusão.

Jack chega ao laboratório  de testes e olha para umamoça e a amostras e pergunta;

 — Como podemos reter esta energia, temos algo que umavez absorvido, dispara com muita intensidade, teríamos de teruma forma de reter a energia, a reaproveitar,

 — Temos um tecido, sintético, não sei a procedência, vem

de um destes laboratórios do exercito, mas ele absorve a energiasolar com muita eficiência, a isolando em correntes bemutilizáveis,

 — Conseguimos a reproduzir? —  Dizem ter em quantidade, mas o preço é muito caro,

Dallan não vai concordar. —  Mais um material a por na lista de produtos a pedir,

estou tentando fazer disto algo aplicável, ainda bem que a outraponta não está economizando.Jack estava falando e viu Sabrina entrar pela porta; — Mais novidades? —  Não, vim lhe convidar a dar um pulo em dois pontos,

que o menino autorizou a nossa entrada, a cede em Los Angeles,uma aqui na cidade ao lado e uma sede em Raton,

 — Não entendi?

 — Pelo que entendi, o menino quer nos dar mais estruturado que temos.

 — Vamos lá, começamos por onde? — Pelo buraco e estrutura que ele montou aqui do lado na

saída da cidade. — Vai dizer que aquele buraco é parte do novo projeto?  – 

Jack.

 —  Sim, o menino é do ramo da extração mecanizada, euduvidei na primeira vez, mas a CIA confirmou isto.

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Os dois saem da sede da Universidade e caminham pelaestrada ao Leste, quando começaram as curvas depois doaeroporto, depois de uma descida abrupta se via a entrada jáasfaltada do terreno e a grande maquina que estava já fora doburaco, mas que era imensa, seis grandes guindastes colocavamela em um imenso caminhão de lado.

Na entrada pediram a identificação dos dois, Sabrina nãosabia como seria a recepção até ouvir;

 — Avisa o engenheiro Macdonald que a Senhorita Sabrinada Universidade da Califórnia chegou.

O senhor olha para ela e fala;

 — Segue pela estrada, estaciona naquela parte ao lado dogrande buraco,Sabrina dirigiu até lá, se olham sem falar e saem do carro,

e ouvem alguém de longe; — Bem vindos. — Deve ser o responsável? – Jack. — Apenas da parte estrutural, estamos a 2 dias montando

a estrutura de baixo para cima, vamos lá? — Vamos! – Sabrina. A moça viu que sobre o buraco estavam a toda volta

montando uma grande armação de metal na forma de umacúpula, a parte alta ainda não estava lá, mas as laterais estavamsubindo rapidamente.

 — O que teremos aqui senhor? — A parte técnica acredito que esteja nos contêineres, pois

a parte bruta esta amontoada mais próxima, nunca haviamontado um quebra cabeça de baixo para cima, mas estamosmontando lá de baixo, 120 metros, para cima, 30 andares com 4metros de pé direito.

 —  30 andares?  –  Jack curioso, estava em um laboratórioapertado e parecia que as coisas iriam melhorar.

 — Sim, vamos descer! — É seguro? – Sabrina.

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O senhor apontou uma das pontas, onde parecia aestrutura ter chego a parte superior, e tinha uma entrada deelevador.

 —  Não trabalhamos sem segurança, mesmo com aspessoas nos acelerando.

 — Por que estão lhe acelerando? — O menino contratou mudanças num prédio no centro de

Los Angeles, uma obra semelhante em Raton, então minhaempresa esta correndo.

 — Sabe se a empresa contratou algo a mais? —  Sei, ela não parece esconder, o pessoal do FBI me

perguntou se havia algo perigoso. — Por que? —  A empresa comprou nas montanhas de Santa Monica,

uma antiga base de lançamento de misseis, mas lá é estruturapara um grande servidor de informação.

 —  Esta dizendo que ele está construindo um grandeservidor na região de Los Angeles? – Sabrina.

 — Lá deve ficar pronta no sábado, mas fica já em Ventura.Sabrina olhou para o engenheiro que não falou mais nada,começaram a descer, uma vez dentro do elevador parecia umelevador normal, e sentiram o mesmo descer.

Quando chegam na parte baixa, viam as estruturas dasparedes, sendo preenchidas por placas pelos dois lados,caminham por um corredor e chegam a um grande salão, se viaas paredes rochosas, se via que ali a altura era mais de 20

metros de altura e ouvem; — Na parte baixa, vão existir 3 espaços como este, não sei

o que vão testar aqui, mas as catracas de segurança na saída doelevador vão ser implantadas amanha, e em uma semana deveestar ao nível da rua, onde parece pelo projeto, se fará umagrande praça coberta.

 —  Um laboratório em parceria com a iniciativa privada,então não pode ser dentro do complexo.

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 —  A grande maquina de fazer buraco, esta indo a 11quilômetros a leste, ainda no mesmo terreno, ela vai fazer umsegundo buraco, e um corredor que vai ligar os dois. Mas comotoda esta parte ficará a mais de 100 metros de profundidade, nãose verá.

 — Sabe o por que? — Não, mas parecem querer fazer algo aqui que só vi em

dois lugares. — O que? – Jack. — Um circulo de 22 quilômetros de raio.Sabrina sorriu, o menino havia desconfiado de algo a mais.

 — Não sabemos quem é a empresa de tecnologia que estáinvestindo pesado, sabemos um nome que parece Mexicano, poisPedro Rosa não é Norte Americano. – Macdonald,

 —  Esta surgindo uma grande a nível de tecnologia deponta, aquela que não se vende, mas que usamos no exercito,NASA, e Segurança Nacional. – Sabrina querendo ver a reação dorapaz.

 — Esta depois de pronta, vai parecer apenas duas cúpulasde vidro.

Sabrina pensou na estrutura e falou; —  E toda esta estrutura, já estava pronta, de onde veio

tanto concreto pré-moldado. — De vários lugares, mas por isto é um quebra cabeça, o

primeiro andar demoramos mais, mas depois foi apenas seguir omodelo, quem o projetou, fez a partir de peças muito usadas em

construções pré-moldadas.Sabrina olha para os rapazes a frente e se aproxima; — Boa Tarde, o que vão instalar aqui? —  Uma linha de cabos, amanha começamos a montar o

servidor e as câmeras, e uma sala ampla de 24 metros de raio,com vidros de observação de todos os lados, vão ser três salascomo esta que vamos instalar. – Fala o rapaz esticando a Sabrinao projeto.

Sabrina olha para Jack que chega perto;

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  — Ele pretende testar o que fizemos lá com toda a área de

exclusão podendo ser observada, mas olha isto!Jack olha as três formas e fala;

 — Três pontos, um ele pôs uma interrogação, e escreveucristal verde. — Ele espera parceria, mas olha os nomes das salas.Jack lê e fica olhando para o papel. — O que ele quer dizer com Terra 2, o que ele quer dizer

com Stargate? — Ele acha algo, mas ele quer nos traspassar de um ponto

a outro, por um portal.

 — Acha que chegaremos a isto? —  Acho que adoraria, passar minhas férias em um lugar

quente, sem me preocupar com o voo, com as horas de viagem. — Isto todos nós gostaríamos.Os dois conversam e o engenheiro responsável vê que ali

seria tecnologia de ponta;

Pedro chega ao auditório  da escola e olha paraFernando, o professor de Teatro e fala; — Espero não esquecer nada. — Olha o mico Pedro, esquecer o texto que escreveu. —  Não escrevi tudo, sabe disto, e tensão é algo que

sempre atrapalha, escrever em casa é uma coisa, auditório cheirode pais, isto é terrível.

Os demais foram chegando e Pedro foi se trocar, olha parao vestiário e olha para a sua roupa, seria algo estranho, nãopareceria ele, mas estava olhando-se no espelho quando Joseaneentra no lugar e Rodrigo, um menino que se vestia ao fundogrita;

 — Este é o nosso banheiro!J f ã b P d l t