critérios para licenciamento ambiental de ures · art. 5º . o estudo de impacto ... corpo d´agua...
TRANSCRIPT
Critérios para licenciamento ambiental de UREs
Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo - SMA
Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental- CETESB
Licenciamento Ambiental
• Definido em função do porte, da abrangência dos impactos e da fragilidade ambiental da localização do empreendimento
• O instrumento mais provável- Estudo de Impacto Ambiental –EIA
• Eventualmente- licenciamento com Relatório de Impacto Ambiental - RAP
RESOLUÇÃO CONAMA 001/86
Art. 5º . O Estudo de Impacto Ambiental- EIA, obedecerá às seguintes diretrizes gerais:
ü contemplar alternativas tecnológicas e de localização do projeto, inclusive hipótese de não execução do projeto;
ü identificar e avaliar sistematicamente os impactos ambientais gerados nas fases de implantação e operação da atividade;
ü definir os limites da área geográfica a ser direta ou indiretamente afetados pelos impactos, denominada área de influência do projeto, inclusive a bacia hidrográfica ;
ü considerar os planos e programas governamentais propostos e em implantação na área de influência do projeto, e sua compatibilidade;
Resolução CONAMA 237, de 19/12/1997
ETAPAS DO LICENCIAMENTOüLicença Prévia (LP) – concedida na fase de planejamento, aprovando localização e concepção, atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo condicionantes (val<5 anos) ;
üLicença de Instalação – autoriza a instalação de acordo com especificações (programas ambientais) (val<6anos);
üLicença de Operação (LO)- autoriza a operação , após verificação do cumprimento das licenças anteriores e determinação do controle ambiental da operação (val-4 a10 anos).
ETAPAS DO LICENCIAMENTO
RAP – Relatório Ambiental Preliminar PT – Plano de Trabalho TR – Termo de Referência EIA e RIMA – Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental CONSEMA – Conselho Estadual do Meio Ambiente LP – Licença Prévia
PT EIA e RIMA
Audiência Pública
Parecer Técnico
CONSEMA Licença Prévia
Licença de Instalação
Licença de Operação
LP indeferida
TR
FLUXOGRAMA DE LICENCIAMENTO
Empreendimento a licenciar
• UREs e Unidades Associadas• Incinerador• Subestação• Linha de transmissão• Linhas de Vapor e de Água Quente• Outras unidades de apoio.
Uso do Solo
Verificar a compatibilidade/restrições do empreendimento com normas legais sobre do solo-
• Lei de Uso e Ocupação do Solo, Plano Diretor Municipal, Lei Orgânica;•Áreas de Amortecimento de Unidades de Conservação;•Áreas de Preservação Permanente -APPs
Áreas de Proteção e Recuperação dos Mananciais-APRM
LEI ESTADUAL 9866 de 28/11/1997-Art. 20- A implantação de sistema coletivo de tratamento e disposição deresíduos domésticos em APRM será permitida, desde que:-I seja comprovada a inviabilidade de implantação em áreas situadas fora de APRM;-II- sejam adotados sistemas de coleta, tratamento e disposição final, cujos projetos atendam a normas índices e parâmetros específicos para as APRMs, a serem estabelecidos pelo órgão ambiental competente;-III- seja adotados pelos municípios programas integrados de gestão de resíduos sólidos que incluam, entre outros, a minimização dos resíduos, a coleta seletiva e a reciclagem.
Deverá ser consultado o Comitê de Bacia Hidrográfica em a APRM está inserida
Zoneamento Industrial Metropolitano( RMSP)
LEI ESTADUAL 1817/ 1978Incineração de Lixo – (código 3140, listagem 1A, quadro II)Artigo 19- Indústrias IA- deve ser localizada em ZEI (zona de uso estritamente industrial) Artigo 46 -Estabelecimentos industriais de órgãos ou entidades públicos, bem como concessionárias de serviço público - tratamento diferenciadoParag. 1 e 3 do Artigo 46- Em caso de desconformidade poderá ser concedida AUTORIZAÇÂO ESPECIAL para implantação, ampliação da área construída ou alteração do processo produtivo desde que a atividade seja imprescindível à prestação do serviço público.
Apreensão da População sobre o projeto
2. Elaborar e implementar Plano de Comunicação para esclarecer a população do entorno sobre o projeto:
– Apresentar e discutir o projeto com os vários grupos organizados na área de influência do projeto;
– Propor medidas de divulgação das varias etapas do projeto
Construção do Empreendimento
Mobilização de Mão de Obra-– Contratação de Mão de Obra Local– Treinamento– Programa de Desmobilização de Mão de Obra.Movimentação de Terra ( áreas de
emprestimo e Bota-foras– Programa de Controle de Erosão– Áreas de Empréstimo e Bota-foras- autorizações
do DPRN
Impacto sobre o tráfego
• Avaliar a capacidade das vias de acesso• Avaliar a intensificação do tráfego gerado
pelo acesso dos caminhões de resíduos;• Apresentar medidas/ projetos necessários
para reduzir problemas locais de tráfego
Operação- Consumo de Água
• Verificar a Disponibilidade Hídrica da bacia Hidrográfica ( especial para o caso de não aproveitamento do vapor)
• Situação das Bacias Hidrográficas do Estado de São Paulo
DEMANDAS/VAZÃO MÍNIMA (Q7,10)As UGRHIs mais críticas:
Demandas Globaiselevadas quando comparado com Q7,10
48%
66%
97%
361%
41%
81%
66%
47%
54%
Balanço em termos de DEMANDAS(Urb+Ind+Irrig):Os números indicam a DEMANDA da UGRHI em porcentagem da sua Q7,10
54%
35%
> 100%50% a 100%
35% a 50%Menos de 35%
R0
RELATÓRIO ZERO ESTADUAL - Demanda
As UGRHIs mais críticas:
Demandas Globaiselevadas quandocomparado com Q7,10
48%
66%
97%
361%
41%
81%
66%
47%
54%
Balanço em termos deDEMANDAS(Urb+Ind+Irrig):Os números indicam aDEMANDA da UGRHI em termosde porcentagem da sua Q7,10
54%
31%
DEMANDAS x Q7,10
Efluentes Líquidos
ü Padrões de Emissão (end of pipe)
Lançamento Estadual Federal Corpo d´agua Artigo 18 Artigo 34 Sistemas de Esgotos Artigos 19 A
Estadual- Lei 997 regulamentada pelo Decreto 8468
Federal –Resolução Conama 357/ 05
Efluentes Líquidos
ü Padrões de Qualidadeü em situações críticas de vazão, Q7,10 (vazão mínima
anual, média de 7 dias consecutivos, com probabilidadede retorno de 10 anos)
Legislaçãodo Estado de SãoPaulo
Federa l
Condições eP a d r õ e s d eQual idade dasÁguas
Art igos 11, 12, 13 (1) Art igos 14, 15,16,17, 18, 19, 20, 21, 22e 23 (2)
Padrões de Qualidade- são função do enquadramento do corpo d água
Decreto 10755/77- define o enquadramento nos corpos d água no Estado de São Paulo.
Efluentes Líquidos
üResolução SMA 3/2000üArtigo 1- ….considerando eventuais interações
entre as substâncias no efluente, este nãodeverá causar ou possuir potencial para causarefeitos tóxicos aos organismos aquaticos no corpo receptor, de acordo com relações quefixam toxicidade permisivel
Gerenciamento dos Resíduos
• Caracterização e Destinação-• 1. Caracterização de cada um dos resíduos com
base na origem e composição• 2. Classificação conforme NBR 10.004/2004 “
Resíduos Sólidos- Classificação”• 3. Verificação das alternativas de destinação
Gerenciamento dos Resíduos
• Identificação dos principais resíduos– Cinzas e escórias do Forno- (Classe I
(perigoso) ou IIA ( não perigoso e não inerte)– Resíduos dos equipamentos de controle de
poluição do ar ( Classe I – perigoso)– Lodos dos sistema de tratamento de
efluentes- ( Classe I- Perigoso)
Destinação dos Resíduos
• Todos os resíduos devem ser classificados segundo a NBR-10.004 e suas normas complementares ( NBR 10.005 a 10.007)
• Escolha do Local- deverá possuir todas as licenças ambientais para receber os resíduos
• Solicitar o certificado de destinação de resíduos.
Riscos de acidentes
• Realizar estudo de Análise de Riscos conforme Norma Técnica da CETESB P4.261- “ Manual de Orientação para a Elaboração de Estudos de Análise de Riscos”
Outros Programas de Mitigação/Compensação
Entre os programas, destacam-se:
•Programa de Gestão Ambiental da Obra•Programa de Gerenciamento de Resíduos•Programas de Monitoramento da Operação e da Emissão de Poluentes•Programa de Compensação Ambiental –(conforme Lei 9985/2000 -SNUC)
Poluição AtmosféricaResolução CONAMA 316/2002
PoluenteMaterial particulado total 70Substância inorgânica – classe 1 0,28Substância inorgânica – classe 2 1,4Substância inorgânica – classe 3 7Óxidos de enxofre 280Óxidos de nitrogênio 560Monóxido de carbono 100 ppmDioxinas e FuranosCompostos fluorados inorgânicos fluorados 5Compostos clorados inorgânicos 80 ou 1,8 kg/h
Limite (mg/Nm 3 a 7% de O2)
0,50 ng I-TEQ/Nm3
Classe 1 - cádmio e seus compostos, medidos como cádmio (Cd); mercúrio e seus compostos, medidos como mercúrio (Hg); tálio e seus compostos, medidos como tálio (Tl).Classe 2 - arsênio e seus compostos, medidos como arsênio (As); cobalto e seus compostos, medidos como cobalto (Co); níquel e seus compostos, medidos como níquel (Ni); telúrio e seus compostos, medidos como telúrio (Te); selênio e seus compostos, medidos como selênio (Se). Classe 3 - antimônio e seus compostos, medidos como antimônio (Sb); chumbo e seus compostos, medidos como chumbo (Pb); cromo e seus compostos, medidos como cromo (Cr); cianetos facilmente solúveis, medidos como Cianetos (CN); 5. cobre e seus compostos, medidos como cobre (Cu); estanho e seus compostos medidos como estanho (Sn); fluoretos facilmente solúveis, medidos como flúor (F); manganês e seus compostos, medidos como manganês (Mn); platina e seus compostos, medidos como platina (Pt); paládio e seus compostos, medidos como paládio (Pd); ródio e seus compostos medidos como ródio (Rh); vanádio e seus compostos, medidos como vanádio (V).
Poluição AtmosféricaResolução CONAMA 316/2002
“Art. 4º A adoção de sistemas de tratamento térmico de resíduos deverá ser precedida de um estudo de análise de alternativas tecnológicas que comprove que a escolha da tecnologia adotada está de acordo com o conceito de melhor técnica disponível.”
Resolução CONAMA 316/2002
• CO e O2
• MP, HCl, HF, SOx, NOx Cd, Tl, Sb, As, Pb, Cr, Co, Cu, Mn, Ni, V, Sn, Hg, D&F
• Teste de Queima a cada 2 anos
Monitoramento contínuo
Amostragem em chaminé
Poluição AtmosféricaConvenção de Estocolomo
DECRETO Nº 5.472, DE 20 DE JUNHO DE 2005.
“Considerando que o Governo da República Federativa do Brasil assinou a Convenção de Estocolmo sobre Poluentes Orgânicos Persistentes, naquela cidade, em 22 de maio de 2001;
DECRETA:
Art. 1o A Convenção de Estocolmo sobre Poluentes Orgânicos Persistentes, adotada naquela cidade, em 22 de maio de 2001, apensa por cópia ao presente Decreto, será executada e cumprida tão inteiramente como nela se contém.”
Poluição AtmosféricaConvenção de Estocolomo
Guia de melhores prática e melhores técnicas referentes ao Artigo 5 e Anexo C da Convenção de Estocolmo – aprovado pela COP 3 em maio de 2007 (www.pops.int)? Seção V.A – Incineração de Resíduos?“Com uma combinação de medidas primárias e secundárias, as emissões atmosféricas de Dioxinas e Furanos não são superiores a 0,1 ng I-TEQ/Nm3 (a 11% O2), associados com as melhores técnicas de controle disponíveis. Deve-se notar que durante a operação normal, níveis abaixo destes podem ser atingidos com um projeto adequado da planta de incineração.”
Poluição Atmosférica - Padrões Nacionais de qualidade do ar - Resolução CONAMA 03/1990
POLUENTE TEMPO DE PADRÃO PADRÃO MÉTODO DE
AMOSTRAGEM PRIMÁRIO SECUNDÁRIO MEDIÇÃO
µg/m³ µg/m³
partículas totais 240 150 amostrador de
em suspensão 80 60 grandes volumes
partículas inaláveis 150 150 separação
50 50 inercial/filtração
fumaça 150 100 refletância
60 40
dióxido de enxofre 365 100 pararosanilina
80 40
dióxido de nitrogênio 320 190 quimiluminescência
100 100
monóxido de carbono 40.000 40.000 infravermelho
35 ppm 35 ppm não dispersivo
10.000 10.000
9 ppm 9 ppm
ozônio 160 160 quimiluminescência
(1) Não deve ser excedido mais que uma vez ao ano.
(2) Média geométrica anual.
(3) Média aritmética anual.
24 horas1
MGA2
24 horas1
MAA3
24 horas1
MAA3
24 horas1
MAA3
1 hora1
MAA3
1 hora1
8 horas1
1 hora1
Poluição AtmosféricaResolução CONAMA 01/1990
Ruído NBR 10.151Tipos de áreas Diurno dB(A) Noturno dB(A)
Áreas de sítios e fazendas 40 35
50 45
55 50
60 55
65 55
70 60
Áreas estritamente residencial urbana ou de hospitais ou de escolas
Área mista, predominantemente residencial
Área mista, com vocação comercial e administrativa
Área mista, com vocação recreacional
Área predominantemente industrial
Poluição Atmosférica
• Condicionantes em nível estadual –Decretos Estaduais
• Decreto 50.753/2006 – Compensação de emissões em áreas saturadas e em vias de saturação
• Decreto 8468/1976
Decreto 50.753/2006 – Compensação de emissões em áreas saturadas e em vias de
saturação
“Artigo 42 - Fontes novas de poluição ou no caso da ampliação das já existentes que pretendam instalar-se ou operar, quanto à localização, serão:
II - quando localizarem-se em regiões SAT e EVS e aludidas no anexo 11, obrigadas a compensar, conforme estabelecido no artigo 42-A acrescentado por este decreto, em 110% (cento e dez por cento) e 100% (cem por cento) das emissões atmosféricas a serem adicionadas dos poluentes que causaram os estados, respectivamente, de SAT ou EVS.
Decreto 50.753/2006 – áreas saturadas e em vias de saturação
Municípios saturados por O3
Municípios saturados por O3 e MP
Municípios saturados por O3 e CO
Municípios saturados por MP
Municípios saturados por O3, CO e NO2
Municípios saturados por O3 e em vias de saturação para MP
Municípios saturados por O3 e MP e em vias de saturação para CO e NO2
Decreto 50.753/2006 – Linha de Corte
Empreendimentos com Emissões Significativas
Poluente Taxa Anual (t/ano)MP 100NOx 40
COVs 40SOx 250CO 100
Decreto 50.753/2006 – Créditos de Emissão –Fontes Fixas
• Redução de emissão dos poluentes que geraram a saturação
• Comprovadas por meio de medição• Validados por fatores de emissão
Decreto 50.753/2006 – Créditos de Emissão –Fontes Móveis
• Redução de emissão em frotas cativas• Fator 0,9 - substituição da frota existente
por veículos novos menos poluentes• Fator 0,7 - substituição dos motores
existentes por motores novos menos poluentes
• Fator 0,5 - instalação de equipamentos novos de controle de emissões nos veículos existentes;
Decreto 50.753/2006 – Compensação de emissões em áreas saturadas e em vias de
saturação
Um novo empreedimento que se instalará em área saturada para Material Particulado:
- Emissão de material particulado de 200 t/ano;
- Reduzir 220 t/ano de emissão material particulado dentro da sub-região:– 1. Apresentando um plano de redução de
emissões em fontes existentes; ou– 2. Apresentando os créditos de emissão
Poluição AtmosféricaDecreto 8468/1976
“Art. 33 - Fica proibida a emissão de substâncias odoríferas na atmosfera, em quantidades que possam ser perceptíveis fora dos limites da área de propriedade da fonte emissora.
Parágrafo Único - A constatação da percepção de que trata este artigo será efetuada por técnicos credenciados da CETESB.”
Poluição AtmosféricaAspectos do Estudo de Impacto Ambiental
? Descrever as tecnologias de controle das emissões atmosféricas com eficiências de abatimento de poluentes
? Apresentar um estudo de dispersão atmosférica? Identificar e propor tratamento para os pontos
com maior potencial de geração de odor
? Realizar um prognóstico das emissões de ruído e propor medidas mitigadoras se necessário