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Malária: uma zoonose tropical negligenciada Ana Claudia Oliveira Teles * , Giselle da Silva Amaral * , Jaíne Pamela Soares de Paula * , Laíza Irene de Oliveira * , Larissa Dias Santos * , Luana Pereira Vilela * , Samira Leticia Rozalina Rocha Lisboa * , Shirley Fernandes Barros*, Tatiana Neumann * , Thiciane Milagres de Oliveira * , Ticiane Tavares da Silva * , Yago Machado da Silva * , Diogo França Dias Bráulio Santos ** ** RESUMO Este artigo confere um conteúdo informativo sobre a malária. Sua definição, contágio, sintomatologia, profilaxias, tratamento disponibilizado pelo SUS, e sua epidemiologia. Discorre sobre as pesquisas recentes de instituições na elaboração das vacinas, visto que a malária é uma endemia negligenciada. O artigo foi elaborado por meio de uma revisão bibliográfica em artigos especializados no tema, selecionados através de busca no banco de dados Scielo e Bireme, a partir das fontes Medline e Lilacs, cartilhas do Ministério da Saúde, sites e livros. O presente trabalho destina-se a aprofundar os conhecimentos sobre a malária, que é uma doença causada por protozoários parasitas do gênero Plasmodium, transmitida por um vetor anofelino, ou por contato direto com sangue contaminado. Existe um enorme espectro de formas clínicas de malária, * Graduandos do curso de Biomedicina pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. **** Professor da disciplina "Saúde Ambiental" do curso de Biomedicina pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

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Page 1: Artigo Malária.docx

Malária: uma zoonose tropical negligenciada

Ana Claudia Oliveira Teles*, Giselle da Silva Amaral*, Jaíne Pamela Soares de

Paula*, Laíza Irene de Oliveira*, Larissa Dias Santos*, Luana Pereira Vilela*, Samira

Leticia Rozalina Rocha Lisboa*, Shirley Fernandes Barros*, Tatiana Neumann*,

Thiciane Milagres de Oliveira*, Ticiane Tavares da Silva*, Yago Machado da Silva*,

Diogo França Dias Bráulio Santos****

RESUMO

Este artigo confere um conteúdo informativo sobre a malária. Sua definição,

contágio, sintomatologia, profilaxias, tratamento disponibilizado pelo SUS, e sua

epidemiologia. Discorre sobre as pesquisas recentes de instituições na elaboração

das vacinas, visto que a malária é uma endemia negligenciada. O artigo foi

elaborado por meio de uma revisão bibliográfica em artigos especializados no tema,

selecionados através de busca no banco de dados Scielo e Bireme, a partir das

fontes Medline e Lilacs, cartilhas do Ministério da Saúde, sites e livros. O presente

trabalho destina-se a aprofundar os conhecimentos sobre a malária, que é uma

doença causada por protozoários parasitas do gênero Plasmodium, transmitida por

um vetor anofelino, ou por contato direto com sangue contaminado. Existe um

enorme espectro de formas clínicas de malária, podendo ser assintomática,

apresentar formas mais brandas ou de maior gravidade.

Palavras–chave: Malária. Plasmudium. Controle da malária. Situação mundial.

Abstract:

Keywords: Malaria. Plasmodium. Malaria control. World situation.1- INTRODUÇÃO

*Graduandos do curso de Biomedicina pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.**** Professor da disciplina "Saúde Ambiental" do curso de Biomedicina pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

Page 2: Artigo Malária.docx

Com o passar dos anos e a crescente evolução tecnológica, houve uma

grande preocupação com a busca de tratamento para neoplasias e outras

patologias, que muitas outras doenças acabaram sendo negligenciadas e hoje em

dia, há um aumento da preocupação geral devido a um a grande número de casos

como, por exemplo, da malária.

A malária é uma doença parasitária comum em países subequatoriais e com

o passar dos anos, o número de casos novos só aumentou devido a negligencia e

falta de preocupação dos governos com a população. (RBM, 2015). Causada pelo

protozoário do gênero Plasmodium, é subdividido em 4 espécies: Plasmodium vivax,

Plasmodium falciparum, Plasmodium ovale e Plasmodium malariae tendo como

vetor a fêmea do mosquito de gênero Anopheles. (KRETTY et. al apud PIMENTEL

et. al, 2009)

De acordo com a RBM (Roll Back Malária), no mundo há 97 países afetados,

onde a maioria está presente no continente africano, América do Sul, América

Central e Sul do continente asiático e só no ano de 2013 houve 198 milhões de

casos, dentre estes 90% das mortes ocorrem na África Subsaariana e 78% atinge

crianças menores de 5 anos.

No Brasil, a malária está presente principalmente na região norte, onde é

localizada a floresta amazônica, o que é uma ótima posição geográfica para o

aumento dos vetores devido a grandes temperaturas e umidade que gera um habitat

para a reprodução do mosquito transmissor. (VASCONCELOS, 2006)

Há várias hipóteses para o crescente número de casos no Brasil, de acordo

com Vasconcelos, há um enorme desmatamento na área da Amazônia legal, o que

gera a emigração dos vetores da doença para as cidades e uma negligencia do

sistema de saúde nessas áreas de maior risco juntamente com a incapacidade de

controle. Phillips citado por Freitas et al. diz que o crescente número de casos da

malária pode ser relacionado a periodicidade da malária, características biológicas e

aspectos sociais gerais de uma sociedade juntamente com a sensibilidade do

protozoário aos medicamentos.

Devido à taxa de mortalidade de a malária ser grande, é importante que haja

total notificação dos casos para controlar e combater a patologia, pois há uma

grande necessidade do uso de fármacos no controle e tratamento. (GOMES et. al,

2011)

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Page 3: Artigo Malária.docx

O uso racional de fármacos no combate à malária tornou-se crucial, pois a seleção adequada dos antimaláricos está diretamente relacionada ao futuro das políticas de combate, à prevenção de epidemias e ao controle da morbidade e mortalidade da doença (WONGSRICHANALAI et al. apud PIMENTEL et.al, 2007).

Assim, o objetivo deste trabalho é atualizar as informações sobre esta doença

parasitária para que haja uma preocupação e um maior controle da patologia para

que a mesma não coincida sobre a população.

2- DEFINIÇÃO DA MALÁRIA

A Malária é uma doença parasitaria predominante em países e locais de clima

tropical e subtropical, pode ter evolução rápida e se tornar grave. É conhecida

também por: sezão, paludismo, maleita, febre terçã e febre quartã. O contagio

humano ocorre por quatro tipos de protozoário do gênero Plasmodium, são eles:

Plasmodium vivax, Plasmodium falciparum, Plasmodium malariae, Plasmodium

ovale.

Buscas recentes apontam que o Plasmodium knowlesi, até então conhecido

por transmitir a doença somente a primatas, também pode transmitir a doença para

humanos. O P. Ovale é típico da África e o P. knowlesi tem sido relatado em países

do sudeste asiático. Transmitida pela picada dos mosquitos conhecido como

Anofelinos, que pertencem ao gênero Anopheles, infectados com o Plasmodium.

Pode ser contraída também por contato direto com sangue contaminado,

transfusões sanguíneas, transplantes de órgãos, através da placenta (congênita)

para o feto.

2.1- Malária severa, por plasmodium vivax, plasmodium ovale e plasmodium

malariae:

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São considerados tipos benignos causam debilitação crônica (mas não a

morte). Seu quadro de anemia é brando e os seus sintomas são calafrios, febre,

sudorese, dores musculares e intensa cefaléia. Nas infecções por Plasmodium

vivax e Plasmodium ovale, o mosquito vetor inocula populações geneticamente

distintas de esporozoítos: algumas se desenvolvem rapidamente, enquanto outras

ficam em estado de latência no hepatócito, sendo por isso denominada hipnozoítos.

Estes hipnozoítos são responsáveis pelas recaídas tardias da doença, que ocorrem

após períodos variáveis de incubação, em geral dentro de seis meses para a maioria

das cepas de Plasmodium vivax. As recaídas são, portanto, ciclos pré-eritrocíticos e

eritrocíticos consequentes da esquizogônia tardia de parasitos dormentes no interior

dos hepatócitos.

O principal receptor é o a glicoproteína do grupo sanguíneo Duffy. Além disso,

o Plasmodium vivax invade apenas reticulócitos (MEDISSANTE 2012). Já

o Plasmodium malariae, invade preferencialmente hemácias maduras. Essas

características têm implicações diretas sobre as parasitemias verificadas nas

infecções causadas pelas diferentes espécies de plasmódios. O ciclo sanguíneo se

repete sucessivas vezes, a cada 48 horas, nas infecções pelo Plasmodium

vivax e Plasmodium ovale, e a cada 72 horas, nas infecções pelo Plasmodium

malariae (RIOS, Taynne e OLIVEIRA, Vallesca).

2.2- Malária cerebral por plasmodium falciparum:

O desenvolvimento nas células fígado requer aproximadamente uma semana.

É o tipo mais agressivo, pois multiplica-se rapidamente. Causa um quadro de

anemia imediato, por atacar severamente as hemácias. Seus sintomas são calafrios,

febre alta, dores de cabeça e musculares e taquicardia. Causa insuficiência renal,

pois invade as hemácias de todas as idades. Causa edema pulmonar, do baço e do

fígado, seu desenvolvimento em células fígado, requer aproximadamente uma

semana (RIOS, Taynne e OLIVEIRA, Vallesca).

Dentre os sintomas, temos também, sintomas cerebrais (malária cerebral),

rigidez na nuca, perturbações sensoriais, desorientações, convulsões, vômitos e

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Page 5: Artigo Malária.docx

dores de cabeça (podendo chegar ao coma). Esta espécie é capaz de evoluir a

ponto de causar a morte.O ciclo sanguíneo se repete sucessivas vezes, a cada 48

horas, nas infecções pelo Plasmodium falciparum (RIOS, Taynne e OLIVEIRA,

Vallesca).

3- HISTÓRICO DA MALÁRIA

A Malária é uma doença amplamente disseminada em diversas partes do

mundo, desde a antiguidade. Existem manuscritos do século VI a.c que já relatavam

possíveis casos da doença. Hipócrates foi o primeiro a relacionar corpos d'água

parados ao adoecimento da população ao redor. Os romanos criaram os primeiros

sistemas de drenagem da água, pois assim como o filósofo Hipócrates perceberam

a conexão entre a água parada e a disseminação da doença.

Ao longo da História muitas personalidades famosas padeceram de sintomas

correspondentes a Malária, como Santo Agostinho e o imperador Carlos V. A

América do Norte sofreu com a grande disseminação da doença, quando os ingleses

introduziram ao continente as espécies Plasmodium vivax ePlasmodium malariae,

em 1607, onde hoje é a atual Virgínia. Mais tarde em 1620 o Plasmodium falciparum

foi trazido do continente africano, por meio da importação de escravos. A Malária

estagnou o desenvolvimento de muitas colônias norte-americanas por anos.No

Brasil a povoação desregrada dos estados amazônicos (Acre, Amapá, Amazonas,

Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins), e o

desenvolvimento de usinas hidrelétricas, agropecuária, garimpos e construção de

estradas, provocou um grande número de casos de Malária a partir de 1980. Nesta

mesma década dos 169.871 casos registrados 97,5% eram da região amazônica.

Fora da Amazônia os estados com maior registro foram, Goiás, Paraná, São Paulo e

Mato Grosso do Sul. Em 1990 houve o recorde de casos, 632.000, dos quais 99,7%

pertenciam aos estados amazônicos.

Em 2000 o Ministério da Saúde promoveu ações de combate à Malária

juntamente com os munícipios e estados amazônicos. Em 2002 houve um declínio

considerável de 45,1% comparado a 1999. Porém em 2004 o número de registros

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voltou a crescer, foram identificados 459.000 casos, e o aumento se repetiu em 2005

onde se registrou 597.000. No ano de 2006 o número de doentes por Malária voltou

a decrescer, onde foram registrados 546.000 em todo território nacional.Ao longo da

história as campanhas militares também foram assoladas pela Malária. O Coronel

C.H Melville, professor de higiene do Royal Army Medical College em Londres, e

autor de um capítulo do livro de Ronald Ross “The PreventionofMalaria” escreveu a

seguinte frase: “A história da Malária se confunde com a história da guerra

propriamente dita.”Em diversos momentos históricos a Malária impediu ou retardou

feitos militares como a conquista de Roma, pois exércitos como o de Henrique V

foram dizimados pela doença.

Por volta de 1809, Napoleão Bonaparte usou a Malária como arma biológica

contra os britânicos recém-chegados aos Países Baixos, ao inundar o interior da

Holanda para propiciar o desenvolvimento da doença. Dos 39.000 homens

britânicos, a febre tirou de combate 40% até o fim da expedição. Na Guerra Civil

norte-americana os combatentes também sofreram pela rápida disseminação da

Malária. Foram registrados 1,3 milhão de casos dos quais 10.000 vieram a óbito.Na

2ª Guerra Mundial o exército americano registrou 500.000 casos, e a marinha

90.000. Mesmo em anos mais atuais como na campanha “Restaurando a

esperança” na Somália em 1992-1994, a Malária foi à principal causa de baixas.

Integrantes do exército brasileiro que atuam na região amazônica também sofrem

constantes baixas devido a Malária, que ainda é um grande obstáculo das forças

armadas situadas em fronteiras e em missões de paz.

4- SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA MALÁRIA

Série histórica de casos de malária de 2003 a 2015

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Page 7: Artigo Malária.docx

Figura 1- Gráfico IlustrativoFonte: Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica – SVS

Número de casos de malária na região Amazônica em 2013

Figura 2- Gráfico ilustrativoFonte: Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica – SVS

Casos de malária em 2014 e 2015

(Conclusão)

Figura 3- Tabela ilustrativaFonte: Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica – SVS

Quadro comparativo de casos de malária entre 2013, 2014 e 2015

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Figura 4- Gráfico ilustrativoFonte: SIVEP-MALÁRIA/SVS - Ministério da Saúde. Dados atualizados em: 30/04/2015.

A taxa de ocorrência da malária tem diminuído gradativamente ao decorrer

dos anos. Em 2015 os casos foram concentrados e com número reduzido, o que

pode ser explicado pelas medidas profiláticas adotadas pela população. Na curva

endêmica abaixo, o número de casos do ano analisado (2015) se apresenta sempre

na zona de êxito, com uma diminuição considerável de casos.

Canal endêmico referente ao ano de 2015

Figura 5- Gráfico ilustrativoFonte: Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica – SVS

4.1- Mortalidade por malária

Número de óbitos em 2012

♦ Região norte – 70.074

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♦ Região nordeste – 305.253

♦ Região sudeste – 544.163

♦ Região sul – 183.539

♦ Região centro-oeste – 78.137

Total: 1.181.166

A taxa de mortalidade da malária é de aproximadamente 0,59 % no ano de 2012.

Comparação da mortalidade por região brasileira em 2012

5- DISTRIBUIÇÃO MUNDIAL DA MALÁRIA

Segundo a Organização Mundial de Saúde (ONU), no ano de 2014, estima-se

que 97 países apresentaram a transmissão constante da malária e

aproximadamente 3,3 bilhões de pessoas estavam exposta ao risco de contrair a

doença. A Malária é uma doença endêmica em países tropicais e subtropicais, como

os localizados em certas porções da Ásia, África, América do Sul, América Central,

Oceania e algumas ilhas do Caribe, onde se encontram ambientes favoráveis à

manutenção da vida do plasmódio e a proliferação dos vetores.(WHO, 2014).

Dustribuição mundial da malária

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Figura 6- Gráfico ilustrativo

Fonte: DATASUS – Tecnologia da Informação a serviço do SUS

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Figura 7- Mapa ilustrativoFonte: Source. World MalariaReport 2014

Em 2013, foram constatados cerca de 198 milhões de casos em todo o

mundo e um número estimado de 584.000 mortes. Por volta de 90% das mortes

causadas por malária ocorrem na África subsaariana, sendo que 78% desses óbitos

acometeram crianças antes do seu quinto ano de vida. Juntos, seis países da África

(República Democrática do Congo, Nigéria, Tanzânia, Uganda, Moçambique e Costa

do Marfim) representaram aproximadamente 47% dos casos globais de malária, o

que corresponde a 103 milhões de ocorrências da doença. (RBM, 2014)

6- SITUAÇÃO DA DOENÇA NO BRASIL

Acredita-se que a malária está presente desde primórdios da história humana,

já tendo causado milhões de mortes, inclusive a especulações de que a doença

tenha sido uma das principais causas de morte dentre os primatas precursores do

Homo sapiens, como os Australopithecus. Há várias referências na literatura antiga

e das civilizações modernas que relatam febresmalignas intermitentes e calafrios

consistentes, que atingiram desde personalidades famosas de suas épocas, até

contribuído com a queda de grandes exércitos, dentre eles o de Napoleão (CHWATT

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et al., 1998).

Já no continente Americano, a malária foi um dos grandes problemas

enfrentados durante a colonização da América do Norte, pois impedia o

desenvolvimento das colônias (DUFFY, 1953). Foram os colonizadores ingleses que

introduziram na América duas espécies de agentes causadores, o Plasmodium vivax

e Plasmodium malariae, mas foi a importação de escravos da África a partir de 1620,

que trouxe o Plasmodium falciparumpara o continente (RUSSEl, 1968).

Segundo Tauil (1982), de todos os casos de malária ocorridos no Brasil por

volta de 1980, mas de 97 % deles eram na Amazônia, mas após essa época, depois

de aumento na exploração da floresta, a ocupação desordenada, aos estímulos

governamentais como construção de hidroelétricas e garimpos, os casos passaram

a se espalhar por todo o país.

Entre as estratégias de combater a doença em nosso país, estão medidas

adotadas pelo governo, como uma criada pela Organização Mundial da Saúde

(OMS) e adotada pelo Brasil a partir de 1965, baseada na ação intradomiciliar do

diclorodifeniltricloroetano (DDT) contra os anofelinos transmissores e no uso de

drogas antimaláricas para esgotamento das fontes de infecção (seres humanos

parasitados pelos plasmódios) (Loyola et al, 2001). Essas estratégias foram eficazes

em quase todo o país, fazendo com que o governo percebesse que para combater

os casos na Amazônia Legal (que voltou a concentrar mais de 97% dos casos do

país) seria necessária a adoção de táticas diferentes, pois o clima e a vegetação

local é perfeita para reprodução e vida de insetos em geral, inclusive para o principal

vetor da doença, os mosquito do gênero Anopheles, as moradias são precárias e

suas superfícies irregulares não permitiam uma aplicação eficaz do DDT. Então

foram e são aplicados, na região Norte do país, programas de controle mais diretos,

que abordam o diagnóstico e tratamento rápido da doença, mas que infelizmente

não é suficiente para erradicar o número de casos, mas em contrapartida diminui

consideravelmente o número de mortos.

Atualmente o principal vetor encontrado no país é o Anopheles vivax, mas já

foram encontradas outras espécies, como Anopheles (N) albitarsis, Anopheles (N)

aquasalis, Anopheles (K) cruzii, Anopheles (N) darlingi e Anopheles (K) bellator, que

transmitem formas mais brandas da doença.

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Figura 8- Tabela 1 ilustrativaFonte: Controle da malária no Brasil: 1965 a 2001. Carlos Catão Prates Loiola,1 C. J. Mangabeira da Silva2 e Pedro Luiz Tauil

7- O CILCLO DE VIDA DO PLASMODIUM: HOMO SAPIENSVS PLASMODIUM

FALCIPARUM

Segundo Jotta et. al (2009), a Malária é causada por um protozoário do

gênero Plasmodium, cujos ciclos de vida ocorrem no homem e em mosquitos do

gênero Anopheles, atingindo órgãos variados nos dois hospedeiros. No ser

humano, o ciclo de vida do protozoário se dá de forma assexuada, e no mosquito é

de forma sexuada, já a transmissão se dá quando, ao picar uma pessoa o mosquito

fêmea libere secreção salivar, que se estiver contaminada, será a responsável pela

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Figura 9- Tabela 2 ilustrativaFonte: Controle da malária no Brasil: 1965 a 2001Carlos Catão Prates Loiola,1 C. J. Mangabeira da Silva2 e Pedro Luiz Tauil

Page 13: Artigo Malária.docx

propagação da doença, ou em caso da pessoa contaminada ser picada, o mosquito

é que se infectará.

O Plasmodium falciparum é o grande responsável pela malária grave (ou

severa), caracterizada por distúrbios em diferentes órgãos e sistemas, com

possibilidade de evolução ao óbito. O ciclo de vida deste parasita é muito complexo,

pois está ligado a expressão de diferentes proteínas, variando de acordo com a fase

do ciclo que se encontra ou/e em qual organismo está parasitando, sejam essas

variações intra ou extracelulares, sofrendo também interferências pelo sistema de

defesa do organismo atacado (Batista et. al , 2012)

7.1 O CICLO EM 7 PASSOS

a) mosquito suga sangue de pessoa contaminada;

b) já dentro do mosquito, algumas hemácias se rompem e outras

transformam-se em gametófitos. Os protozoários que estão dentro das

hemácias rompidas, logo migrarão para outas hemácias, já os gametócitos

migram para o sistema digestório do mosquito;

c) os zigotos desenvolverão formas que migrarão para as glândulas salivares

do mosquito, que ficarão infestadas;

d) a fêmea pica uma pessoa, para se alimentar e nutrir seus ovos, e ao

mesmo tempo libera saliva infestada de esporos;

e) esporos migram e ficam incubados no fígado;

f) Atingem a corrente sanguínea e penetra nas hemácias, se reproduzindo

assexuadamente dentro delas;

g) o ciclo se reinicia.

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Figura 10- Ciclo de vida do plasmodiumFonte: PAULINO, Wilson Roberto. Biologia atual: seres vivos e fisiologia. São Paulo: Ática, v. 2, 2004. (p.61)

Os Plasmodium falciparum, vivax e ovale são parasitas exclusivos do homem

enquanto que o P. malariae seria capaz também de infectar chimpanzés em

condições naturais. Já oP. knowlesi, seria capaz de infectar somente macacos, mas

pode picar também humanos em raros episódios. O vetor é sempre um mosquito

fêmea do gênero Anopheles, embora das 380 espécies conhecidas de mosquitos

desse gênero, apenas 60 possam transmitir a doença (Rey, 2001). Em indivíduos

imunes, hepatócitos e macrófagos destroem os parasitas antes que esses cheguem

a entrar nas hemácias.

8- DIAGNÓSTICO

O diagnóstico confirmatório da malária é, tradicionalmente, realizado pelas

análises microscópicas do sangue, necessitando de materiais e reagentes

adequados, bem como de técnicos bem treinados para sua realização, objetivando a

detecção e diferenciação das espécies de plasmódios. "O padrão-ouro no

diagnóstico da infecção são as colorações de sangue periférico (gota espessa). A

Malária só pode ser excluída quando há pelo menos 3 esfregaços negativos dentro

de 48 horas de observação da febre" (FMUSP, 2013).

Com o desenvolvimento da tecnologia de amplificação do DNA dos plasmódios usando a reação em cadeia da polimerase (PCR), o diagnóstico da malária baseado na detecção de ácido nucléico mostrou grande progresso em termos de eficácia. Além disso, com a extensa utilização da PCR para o diagnóstico de outras doenças, as técnicas de extração e purificação de DNA foram aprimoradas e simplificadas. O diagnóstico de malária através da PCR ainda é restrito aos grandes laboratórios, em virtude do custo elevado, reagentes necessários e alta complexidade técnica (SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE, 2009).

Nos últimos anos métodos alternativos e complementares ao exame da gota

espessa têm sido disponibilizados com alto custo e ainda não completamente

validados para uso em campo, são métodos de diagnósticos sensíveis e específicos

e têm a vantagem de serem rápidos e de fácil execução. Esses testes são

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Page 15: Artigo Malária.docx

empregados para a detecção fácil, e demoram de 2 a 15 minutos, detectam

antígenos do parasita e podem ser usados por pessoas relativamente inexperientes.

Entre esses, independentemente da detecção do parasita, outros testes serão

pedidos, que incluem as contagens de sangue completo que revelam a anemia,

baixas contagens de plaqueta e raramente contagens de glóbulo brancos altas.

9- TRATAMENTO DA MALÁRIA

"O ministério da saúde, através de uma política nacional de tratamento da

malária, disponibiliza gratuitamente os medicamentos antimaláricos em todo

território nacional, em unidades do Sistema Único de Saúde". (MINISTÉRIO DA

SAÚDE, 2010). O tratamento adequado é hoje a principal base para o controle da

doença e tem como objetivos principais garantir uma cura clínica rápida e

continuada.

[...] O controle da doença encontra diversos obstáculos, entre eles as

questões ligadas à terapêutica. O tratamento é longo e emprega combinações de

diversos medicamentos, em diferentes intervalos de administração, com o objetivo

de enfrentar o plasmódio nas múltiplas fases de seu ciclo no organismo e de impedir

surgimento de resistência do agente à terapêutica. Além disso, até hoje não existe

um tratamento igualmente específico para as duas espécies de plasmódio mais

prevalentes no Brasil (P. vivax e P. falciparum), sendo ainda difícil diferenciar

clinicamente a infecção por uma ou outra espécie ou porambas. (SILVA et al. apud

CASTRO. p. 1447, 2011).

Para o tratamento ser realizado de forma adequada, deve-se analisar de

forma criteriosa o caso de cada paciente através de várias informações como:

espécie de plasmódio infectante, idade do paciente, gravidade da doença, história

de exposição anterior e condições associadas, tais como gravidez e outras doenças,

afim de que seja recomendado o tratamento com drogas eficazes para cada

indivíduo. Em 2010 o ministério da saúde publicou o guia prático de tratamento da

malária no Brasil tendo em seu conteúdo uma orientação geral para o tratamento da

doença e nos apresenta em forma de tabelas todas as orientações e informações

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relevantes sobre a indicação e uso dos antimaláricos preconizados. As tabelas com

tratamentos utilizados hoje no Brasil de acordo com faixa etária indicados no site da

do Ministério da Saúde, estão listadas a seguir:

Tratamento das infecções pelo P. vivax ou P.

ovale com cloroquina em 3dias eprimaquina em 7 dias (esquema curto)Figura 11- Tabela IlustrativaFonte: Guia Prático de Tratamento da Malária no Brasil – Ministério da Saúde

Tratamento das infecções pelo P. malariae para todas as idades e das infecções por P. vivax ou P. ovale em gestantes e crianças com

menos de 6 meses, com cloroquina em 3diasFigura 13- Tabela IlustrativaFonte: Guia Prático de Tratamento da Malária no Brasil – Ministério da Saúde

Tratamento das infecções pelo P. vivax, ou P.

ovale com cloroquina em 3 dias e primaquina em 14 dias (esquema longo)Figura12- Tabela Ilustrativa Fonte: Guia prático de tratamento da malária no Brasil - Ministério da Saúde

Esquema recomendado para prevenção das recaídas frequentes por Plasmódium vivax e P. Ovale com cloroquina semanal em 12

semanas

Figura 14- Tabela IlustrativaFonte: Guia prático de tratamento da malária no Brasil- MS

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Tratamento das infecções por Plasmodium falciparum com a combinaçãofixa de artemeter+lumefantrina em 3 diasFigura 15- Tabela Ilustrativa Fonte: Guia Prático de Tratamento da Malária no Brasil – Ministério da Saúde

Esquema de segunda escolha, recomendado para o tratamento das infecções

por Plasmodium falciparum com quinina em 3 dias,doxiciclina em 5 dias e primaquina no 6odia.Figura 17- Tabela IlustrativaFonte: Guia Prático de Tratamento da Malária no Brasil – Ministério da Saúde

Tratamento das infecções por Plasmodium

falciparum com a combinação fixa de artesunato+mefloquina em 3 diasFigura 16- Tabela IlustrativaFonte: Guia Prático de Tratamento da Malária no Brasil – Ministério da Saúde

Tratamento das infecções mistas por

Plasmodium falciparume Plasmodiumvivaxou Plasmodium ovaleFigura 18- Tabela IlustrativaFonte: Guia Prático de Tratamento da Malária no Brasil – Ministério da Saúde

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Esquema recomendado para tratamento das infecções não complicadaspor Plasmodium falciparum no primeiro trimestre da gestação e crianças com menos de 6 meses, com quinina em 3 dias e clindamicinaem 5 dias.

Figura 19- Tabela IlustrativaFonte: Guia Prático de Tratamento da Malária no Brasil – Ministério da Saúde

10- CONTROLE DA DOENÇA/ MEDIDAS PROFILÁTICAS

Dentre as ações de prevenção recomendadas pelo Ministério da Saúde estão:

As medidas de proteção coletiva: Drenagem de áreas alagadas; pequenas obras de

saneamento para eliminação de criadouros do vetor (causador da transmissão);

aterro; limpeza das margens dos criadouros; modificação do fluxo da água; controle

da vegetação aquática; melhoramento da moradia e das condições de trabalho da

população e, ainda, o uso racional da terra.

Medidas de proteção individual: Visa reduzir a possibilidade da picada pelo

mosquito, evitando principalmente áreas de risco. Adotar o uso de mosquiteiro

impregnado com inseticida; o uso de telas nas portas e janelas; o uso de repelente;

utilização de roupas que protejam pernas e braços e evitar locais de banho em

horários de maior atividade do mosquito - manhã e final da tarde.

Além disso, os profissionais da saúde devem ser capacitados, e qualificados dentro

de suas competências, a fim de promover por meio de ações sociais e educativas,

que as medidas individuais e coletivas sejam seguidas; identificar casos suspeitos

da malária; realizar ou providenciar a realização do diagnóstico precoce; instituir o

tratamento adequado e imediato e/ou acompanha-lo.

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11- VACINA CONTRA MALÁRIA

O Plasmodium vem criando resistência aos remédios utilizados como

antimaláricos, com isso há um grande número de cientistas tentando criar a vacina

contra a malária, enquanto o instituto de pesquisa da Fiocruz está desenvolvendo

drogas antimaláricas para que possam ser usadas junto a vacina.

Os plasmódios apresentam um ciclo de vida complexo, com diversos estágios, tanto no hospedeiro definitivo como no vetor, e diferentes antígenos são expressos a cada estágio, ainda que o projeto de genoma malária tenha demonstrado que o mesmo antígeno pode ser expresso em diferentes estágios do ciclo de vida. (SILVA, Luiz Jacintho Da; RICHTMANN, Rosana Richtmann).

O desafio para a criação da vacina contra malária se dá devido a uma

diversidade de espécies que a transmite e pelo fato de que doença atinge e

confunde o sistema imunológico, afetando assim a resposta inume à infecção.

A maioria das vacinas criadas são para o Plasmodium falciparum, que é o que

apresenta maior número de óbitos e casos graves. Porém as vacinas que estão em

estudos ainda não conseguem proteger a pessoa vacinada, apenas bloqueiam a

transmissão do plasmódio para o mosquito, não realizando a proteção completa.

Contudo isso já é um grande avanço, pois ajuda a diminuir o risco de epidemias e

desenvolvimento de resistência aos antimaláricos, além de que com a ajuda dos

mosquiteiros e repelentes teria uma prevenção mais eficiente sobre a doença.

As vacinas de DNA e vetor recombinante vem sendo estudadas, porém as

que apresentaram um maior avanço foi as subunitárias, que atuam nas fases de vida

dos plasmódios, como por exemplo a proteína circunsporozoíta (CSP) que é a mais

conhecida, atuando nos esporozoítos extracelulares e nas formas intra-hepatocíticas

do parasita, mostrando-se antigênica. Além da CSP, tem a

MSP1(merozoitesurfaceprotein1) que atua na resistência à malária já manifestada.

Porém, a vacina que está mais em fase mais avançada de estudo é a RTS-S,

que é contra a malária na fase pré-eritrocítica, atuando sobre o

Plasmodiumfalciparum, impedindo sua infecção, seu amadurecimento e sua

multiplicação. RTS-S foi criada em 1987 no laboratório GlaxoSmithKline's (GSK),

que completou a fase III de teste. A vacina conta com três doses, e está sendo

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aplicadas em bebês e crianças, sendo estas doses administradas com intervalo de

um mês, e um reforço tomado 18 meses depois da terceira dose. Entretanto,

mesmo após tomar a vacina não se pode deixar de usar mosquiteiros e repelentes.

Existem também as vacinas bloqueadoras de transmissão do plasmódio para

mosquitos bloqueiam os gametófitos, impedindo sua reprodução, contudo elas não

estão em fase de nenhum desenvolvimento, pois não protegem a pessoa vacinada.

12- MEDIDAS DE PREVENÇÃO DA MALÁRIA

A malária atinge principalmente crianças menores de 5 anos, grávidas,

pessoas com sistema imune comprometido, devido a isso são necessárias certas

informações quando se viaja para lugares que apresentam casos de malária. É

importante saber horário de maior atividade do vetor malária (amanhecer e

anoitecer); uso de roupas de mangas longas; uso de mosquiteiro contendo

repelentes; uso de repelentes nas áreas expostas. Diagnóstico precoce, seguido o

desenvolvimento de terapias combinadas com drogas do tipo artemisininas e o uso

de mosquiteiros impregnados com inseticidas.

13- QUIMIOPROFILAXIA CONTRA MALÁRIA

A quimioprofilaxia contra a malária consiste no uso de drogas antimaláricas

em doses subterapêuticas, que apresentam uma eficácia de 75 a 95%. As drogas

utilizadas são doxiciclina, mefloquina, combinação de atovaquona comproguanil, e

por fim a cloroquina. Porém elas não garantam que ocorra a doença, cabendo ao

indivíduo que tomou as mesmas procurar um médico caso apareça algum sintoma

comum amalária.

Para tomar as medidas de Quimioprofilaxia deve avaliar algumas questões

para ver a probabilidade de o viajante obter a doença. As medidas são:

Probabilidade alta de exposição à transmissão de malária, visita a localidades com

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indicadores elevados de transmissão de malária, presença de transmissão de

malária no perímetro urbano do local de destino, elevada incidência de malária por

P. falciparum no destino, existência de resistência à antimalárica na região,

possibilidade de acesso a serviço de saúde superior a 24 horas do início dos

sintomas, caso o viajante faça parte de grupo especial e/ou seja portador de doença,

duração da viagem menor que seis meses.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A malária é uma patologia antiga mundialmente conhecida. Ela se mantém

em situação endêmica no Brasil. Como a forma de transmissão da doença é pelo

vetor mosquito fêmea do gênero Anopheles, fica difícil limitar a sua reprodução e

contágio com os humanos. Contudo, vacinas e métodos antimalariais vem sendo

desenvolvidos por instituições de pesquisas para que a doença seja mantida sob

controle. A malária pode ser severa ou cerebral, que compreende sintomas graves

ou, podendo levar à morte, no segundo tipo.

O SUS oferece o tratamento com remédios gratuitos à população, porém não

se devem abandonar os velhos hábitos, que são até os dias de hoje, conhecidos

como os mais eficazes: mosquiteiro, repelentes e não manter água parada, para que

não ocorra à inoculação do mosquito, e consequentemente, propagação da malária.

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