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Centro de Convenções Ulysses Guimarães Brasília/DF 25, 26 e 27 de março de 2014 ALINHAMENTO DE PROCESSOS NA SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE PÚBLICA DO PARÁ (SESPA) HELOÍSA GUIMARÃES GEORGE ESTEVES MARÇAL CHAGAS

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Centro de Convenções Ulysses Guimarães Brasília/DF – 25, 26 e 27 de março de 2014

ALINHAMENTO DE PROCESSOS NA SECRETARIA DE

ESTADO DE SAÚDE PÚBLICA DO PARÁ (SESPA)

HELOÍSA GUIMARÃES GEORGE ESTEVES MARÇAL CHAGAS

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Painel 14/040 Gestão para resultados na saúde pública do Estado do Pará

ALINHAMENTO DE PROCESSOS NA SECRETARIA DE ESTADO

DE SAÚDE PÚBLICA DO PARÁ (SESPA)

Heloísa Guimarães George Esteves Marçal Chagas

RESUMO Uma agenda estratégica, por mais legitima e coerente que for, só será factível e criará valor público sustentável, se os processos por onde ela se realiza estiverem alinhados às suas demandas estratégicas e desempenharem fundamentados por aspectos como eficiência, mitigação de riscos e conformidade para com os marcos regulatórios. Uma outra questão, ainda mais primordial, diz respeito a escolha dos processos que se pretende investir numa iniciativa de alinhamento. Neste front, o que se recomenda é cuidado para que os esforços sejam canalizados àqueles processos dotados de maior relevância estratégica e que desempenhem aquém do esperado. Uma vez priorizados, os processos devem então ter suas situações problemáticas estruturadas, criando-se assim condições para que melhorias sejam implementadas e permitam o desempenho desejado. Foi justamente este o modelo conceitual que serviu aos trabalhos de Alinhamento de Processos na Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará – SESPA. No total, dez foram os processos trabalhados, os quais, após as diversas medidas já em curso, vêm produzindo ganhos imediatos à Secretaria. O detalhamento desta frente de trabalho é objeto deste artigo.

3

INTRODUÇÃO

Este artigo descreve e analisa a experiência do Governo do estado do

Pará na iniciativa de alinhamento dos processos da Secretaria de Estado de Saúde

Pública (SESPA), ocorrida no segundo semestre de 2013. Toma como ponto de

partida a definição de Marini e Martins (2010), que estabelece que alinhar processos

tem a ver com eficiência e efetividade.

Pretende-se, neste texto, discorrer sobre tal iniciativa à luz do contexto

onde ela está inserida, tendo em vista o impacto que contextos e culturas provocam

em projetos típicos de reforma em gestão pública (Pollitt e Bouckaert, 2011; Schein,

2008; Fuenmayor e López-Garay, 1991).

Norteado por estas referências, o texto está estruturado em cinco

seções. Após esta introdução, aborda a metodologia adotada, revisitando o

conceito de processo e apresentando a metodologia denominada Gestão Matricial

de Processos (Marini e Martins, 2010), que serviu de base ao alinhamento de

processos na SESPA.

Na sequência, delineia o contexto, como forma de compreender de que

maneira as reformas na gestão pública nacional chegaram ao estado do Pará e de

que forma o Governo atual vem implementando a propalada Gestão por

Resultados. Ainda do ponto de vista contextual, numa análise mais estreita, o texto

traz o contexto relacionado ao projeto de alinhamento propriamente dito e

apresenta quais aspectos ligados à baixa eficiência e à baixa efetividade

motivaram a iniciativa analisada.

A seção seguinte - denominada O Alinhamento em Ação - desenvolve e

apresenta as principais fases do projeto de alinhamento do processo de Compras e

Aquisições. No total, a iniciativa de alinhamento na SESPA envolveu dez processos,

sendo o processo de Compras e Aquisições escolhido para ser apresentado dada à

sua magnitude e representatividade.

Finalmente, o texto faz algumas reflexões acerca dos resultados, das

lições aprendidas e dos desafios remanescentes, buscando apontar caminhos à

transformação efetiva e sustentável dos processos alinhados.

4

PRINCIPAIS CONCEITOS E ABORDAGEM METODOLÓGICA

De acordo com Harrington (1993), processo refere-se ao grupo de tarefas

interligadas logicamente, que utilizam os recursos da organização para gerar os

resultados pretendidos. Na mesma linha, o CBOK (2009) defini processo como: “Um

conjunto definido de atividades ou comportamentos executados por seres humanos

ou máquinas para alcançar uma ou mais metas” (CBOK, 2009).

A função de um processo é transformar inputs (insumos) em outputs

(saídas), por meio de atividades interdependentes e coordenadas por uma meta

comum. Para tanto, podem ser classificados como “processos primários”, que são

aqueles que entregam valor e impactam diretamente o cliente; “processos de

suporte”, que justamente suportam os processos primários; e “processos de

gerenciamento”, vocacionados para monitorar e avaliar o desempenho dos demais

processos (Pavani e Scucuglia, 2011).

É possível enxergar as organizações como um grande conjunto de

processos e a boa gestão não deve prescindir de um olhar “por processos” (e não

por “departamentos”), visando reduzir a fragmentação entre as atividades e as áreas

que a realizam (Hammer e Champy, 1994).

Alinhar processos diz respeito a torná-los capazes de gerar produtos

condizentes às demandas estratégicas, com menor custo possível, isto é, significa

torná-los efetivos e eficientes. Com este enfoque, o alinhamento de processos aqui

explanado utiliza-se da metodologia denominada “Gestão Matricial de Processos”,

representada na figura a seguir:

Figura 01: Gestão Matricial de Processos

Fonte: Marini e Martins, 2010

5

O ponto central desta metodologia está em primeiro entender as

contribuições dos processos, para depois buscar a otimização. Sendo assim, a

primeira etapa visa priorizar os processos, buscando eleger aqueles dotados de

maior impacto estratégico e de menor desempenho.

Tendo priorizado os processos, a segunda etapa consiste em mapeá-los,

explicitando a sequência de atividades, os responsáveis e os sistemas utilizados.

Após mapeados, identifica-se e estrutura-se as situações problemáticas. Por fim,

trabalha-se na construção das propostas de melhoria e no respectivo plano de

implementação (para maiores detalhes ver Marini e Martins, 2010).

ANTECEDENTES E ANALISE CONTEXTUAL

Os movimentos de reforma na gestão pública podem ser pensados em

três grandes ondas, conforme afirmam Pollitt e Bouckaert (2011, p. 11):

Período Discurso Predominante

1960 - 1970 Racionalidade, hierarquia, analise de custo benefício

1970 - 1990 Nova Gestão Pública, eficiência, a ideia de um único

melhor modelo de gestão para todos os contextos

1990 - 2010

Não predominância de um modelo, gestão para

resultados governança, gestão em rede, parceirização,

transparência

Quadro 01: As três ondas de reforma em gestão pública.

Fonte: Adaptado de Pollitt e Bouckaert (2011, p. 11)

A atuação do Estado brasileiro também pode ser compreendida a partir

dessas ondas, que de forma cíclica, desde a reforma promovida por Getúlio Vargas

(1940), passando pelo Decreto Lei n. 200 (Hélio Beltrão), até os movimentos atuais,

típico da Nova Gestão Pública, vem evoluindo de forma instável e incompleta. Nesta

trajetória errática, depois dos traumáticos anos 80, o início da década de 90 marca o

ápice da crise (Bresser-Pereira, 1997), colocando em pauta um novo consenso: o

Estado deveria passar a atuar de forma mais estratégica.

6

Foi neste novo paradigma que o Brasil, através do MARE (Ministério da

Administração Federal e Reforma do Estado), lançou em novembro de 1995 o Plano

Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, onde se definiu objetivos e se

estabeleceu diretrizes para uma nova reforma da administração pública brasileira

É a partir daí que se introduz a uma nova cultura de gestão orientada para

resultados no país (Marini, 2009). Em 2003, a onda gerencial invade a agenda das

principais reformas de gestão pública dos Estados, chegando ao estado do Pará em

2012, que através do Decreto Lei n. 352, inaugurou seu movimento de Gestão por

Resultados, sendo o Mapa Estratégico, abaixo ilustrado, uma das peças centrais na

tradução e na gestão da nova Agenda Estratégica do Governo.

7

Figura 2: Mapa Estratégico do Governo do Estado do Pará

8

Entretanto, uma agenda estratégica, por mais legitima e coerente que for,

só será factível e criará valor público sustentável, se os processos por onde ela se

realiza estiverem alinhados às suas demandas estratégicas e desempenharem

fundamentados por aspectos como eficiência, mitigação de riscos e conformidade

para com os marcos regulatórios. Tomando como base estas premissas o Governo

do estado do Pará, no âmbito da SESPA, empreendeu sua iniciativa de alinhamento

dos seguintes processos:

Nível Central (escritório central da SESPA)

Processo de Compras e Aquisições

Processo de Gestão de Contratos

Modelo de Atuação e Gestão dos Centros Regionais de Saúde (CRS)

Modelo de Atuação e Gestão das Unidades de Referência de

Especialidades (URE)

Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará (FSCMPA)

Processo de Compras

Processo de Segurança do Trabalho

Processo de Planejamento Orçamentário e Financeiro

Revisão do Mapa Estratégico

Processo de Faturamento

Processo de Alinhamento do Modelo de Gestão

No caso do Nível Central da SESPA, a escolha dos quatros processos foi

motivada pelo evidente baixo desempenho que, aliado ao seu alto impacto

estratégico, deflagraram, no ponto de vista da Direção SESPA, a urgência pela

reestruturação.

Pela Agenda Estratégica do Governo do Pará, configurada e traduzida

pelo seu mapa estratégico, é possível constatar de que forma e em que extensão a

importância destes processos deve ser percebida, sobretudo na contribuição mais

direta para com os seguintes objetivos estratégicos:

Garantir a qualidade do atendimento da atenção básica e média e alta

complexidade;

Assegurar a transparência das ações do Governo;

9

Promover a agilidade e a melhoria da gestão pública otimizando o perfil

do gasto; e

Construir plano regionais desconcentrando e assegurando a presença

do Estado.

Uma breve analise nesses objetivos é suficiente para perceber os quanto

os quatros processos escolhidos influenciam fortemente na Agenda Estratégica

governamental. No caso do Processo de Compras e Aquisições, alinhá-lo está

claramente relacionado à promoção da agilidade, melhoria de gestão e otimização

do gasto. Já o alinhamento do Processo de Gestão deve contribuir decisivamente

para a transparência das ações do Governo, assim como o alinhamento do Modelo

de Atuação e Gestão dos CRS e UREs, é preponderante para execução dos planos

regionais que visam a desconcentração e a presença do Estado.

Com relação à FSCMPA, a direção da SESPA, a quem a FSCMPA é

subordinada, levou em conta o processo de expansão da sua capacidade de

atendimento, marcada pela inauguração de um novo prédio hospitalar em 01 de

outubro de 2013. Este evento, que por si só traz impactos operacionais, esteve

inserido em contexto marcado pelo intenso engajamento da sociedade civil e pela

ampla exposição política, levando a Direção da SESPA a perceber a necessidade de

revigorar os fundamentos de gestão da FSCMPA.

A seção seguinte dedica-se a apresentar um exemplo aplicado da

metodologia Gestão Matricial de Processos, para qual foi escolhido o Processo de

Compras e Aquisições (Nível Central), dada a magnitude e a representatividade.

O ALINHAMENTO EM AÇÃO

Cabe iniciar ressaltando que para a condução dos trabalhos foi formado

um grupo composto pela Secretária Adjunta SESPA, dirigentes e técnicos,

denominado de GT (Grupo de Trabalho), permitindo que o trabalho pudesse ser

desenvolvido de forma participativa, primando pela apropriação e construção

coletiva. Este GT, sob a coordenação técnica e operacional do Instituto Publix, foi

responsável pelas principais formulações e deliberações originadas no projeto.

10

O Processo de Compras e Aquisições é responsável pela aquisição de

materiais e à contratação de serviços administrativos para o funcionamento da

SESPA. Seu alinhamento, conforme preconiza a metodologia Gestão Matricial de

Processos, foi iniciado a partir da construção de um mapa ampliado do seu

funcionamento. Para tanto, dois instrumentos foram utilizados, (1) diagrama de

escopo e interface (DEIP); e, (2) o diagrama do fluxo do processo.

O DEIP, juntamente com um quadro auxiliar, mostrado na sequência,

permite entender qual escopo do processo, por quais áreas ele faz interface e os

respectivos demandantes.

Figura 3: Diagrama de Escopo e Interação – Processo de Compras e Aquisições

Origem (Solicitante) Tipo de Demanda

SESPA – Secretaria de

Estado de Saúde Pública Compra de Materiais de expediente, viagens,

cursos, eventos, prestação de serviços e ativos

permanentes

NDJ - Núcleo de Demanda

Judicial Compra de medicamentos determinada pelo

Ministério Público

DDASS - Diretoria de

desenvolvimento e auditoria Compra de Insumos para atender as

necessidades de Regulação

11

DPAIS – Dir. de políticas de

atenção integral à saúde Compra de medicamentos para Assistência

Farmacêutica

DDRAR – Dir. D. redes

assistenciais regionalização Compras de insumos para atender os 13

Centros de Regionais

DVS - Diretoria de vigilância

em saúde Compra de Insumos para atividades de

vigilância em Saúde

Quadro 02: Principais solicitantes do Processo de Compras e Aquisições

Na sequência, foi construído o diagrama do fluxo do processo, ilustrado

pela figura a seguir:

Figura 4: Diagrama do Mapa do Processo Atual – Processo de Compras e Aquisições

12

Após diagramado e mapeado o processo, deu-se início ao levantamento

da situações problemáticas. De forma geral, foi consenso do GT, que além de ser

um fluxo muito alongado, há diversas desconexões no transcorrer de cada macro

etapa, a saber:

Macro Etapa Principais Desconexões

1. Origem Pulverização dos pedidos, excessiva descentralização e baixa

escala

2. Solicitação Falhas de instrução, de padronização, de normatização e

planejamento

3. Pesquisa,

cotação Procedimentos arcaicos, baixa produtividade e especialização

4. Licitação Excessiva fragmentação, subutilização do sistema de registro de

preço

5. Aprovação Sobreposição (diversos níveis e atores aprovadores)

6. Controle Desvirtuamento, insulamento e oportunidades de reposicionamento

7. Contratualização Excessivo retrabalho, distanciamento da operação e

vulnerabilidades

8. Fiscalização Processo embrionário, espasmódico e sem a produção de efeitos

práticos

Quadro 03: Principais desconexões do Processo de Compras e Aquisições

Este conjunto de desconexões vinha impondo ao processo uma condição

de baixa maturidade processual que, em última instância, configura um processo

marcado pelas seguintes anomalias:

Insumos que não atendem as necessidades do processo;

Os produtos abaixo das expectativas dos beneficiários;

13

Constante variabilidade no desempenho;

Excessivo retrabalho;

Força de trabalho com lacunas de prontidão;

Sistemas subtilizados e\ou que não atendem às necessidades; e

Iminentes riscos por descumprimentos regulatórios.

A etapa seguinte investiu na estruturação destas situações problemáticas.

Como forma de ganhar foco e convergência, a primeira definição desta etapa dos

trabalhos concentrou-se no macro problema. Aqui, o GT, por meio de uma dinâmica

intencional, foi conduzido para se chegar a uma “declaração coletiva”, capaz de

traduzir e expressar o principal desafio deste processo. Desta forma, a declaração

do macro problema do processo de Compras SESPA foi assim definida: “O tempo

excessivo em que processo de compras na SESP está sendo realizado”

A elevada extensão (processo com 49 atividades, vide diagrama acima) e

burocracia que o processo precisa vencer, por si, já impõem um tempo dilatado para

sua consecução. As diversas menções feitas pelos atores nele investido ou

impactados (clientes do processo), reforçam esta afirmativa. Além disso, algumas

informações quantitativas extraídas do E-Protocolo (sistema oficial de trâmite),

corroboram esta conclusão. O quadro abaixo traz uma visão, ainda que não

exaustiva e conclusiva, que permite afirmar o longo período em que os trâmites, em

média, ficam em aberto.

Quadro 04: Dias em aberto no E-PROTOCOLO

O consenso em torno do macro problema estabelecido deu condições ao

GT de avançar, de forma concentrada, para mais uma etapa de estruturação das

situações problemáticas, quando então passou-se à definição das causas

priorizadas, que na visão do GT, guardavam um conjunto estruturado de temas que

explicariam o macro problema declarado.

ANOAté 60

dias

De 60 ate

120 dias

De 120 ate

180 dias

De 180 ate

240 dias

Maior de

240 dias

2013 860 940 999 1,074 112

% 9% 9% 10% 11% 62%

TEMPO DE DIAS ABERTO DO PROTOCOLO

14

Para o levantamento e agrupamento das causas prioritárias foi utilizado o

Diagrama de Causa e Efeito, que ficou estruturado como mostra figura a seguir:

Figura 5: Diagrama de Causa e Efeito – Processo de Compras e Aquisições

Tendo realizado o processo de priorização das causas, o GT evoluiu para

o detalhamento de cada uma delas, visando alinhar as perspectivas e primando por

uma definição clara de quais as reais condições de cada um dos temas. Para tanto,

as causas foram organizadas em “temas” e “subtemas”, conforme ilustrado

anteriormente.

Tais detalhamentos foram agregados em forma de “descritores”, onde

estão contidas as principais evidências, deficiências e impactos gerados por cada

uma das causas priorizadas, conforme trazem os tópicos abaixo.

O Tema 1 (Planejamento, Método e Gestão) reuniu algumas das causas

mais ofensoras ao macro problema declarado, levando em conta que desempenho

de um processo é sempre fruto de uma combinação de métodos, padrões e

normatizações.

As rotinas não estavam bem estabelecidas e as poucas que existiam de

forma institucionalizada, geralmente graças à força de lei, sofriam de variabilidade e

não necessariamente eram seguidas de forma estável. Fez-se premente criar ou

rever, e institucionalizar, uma série de rotinas, notadamente para:

15

Planejamento da demanda;

Separação e classificação da demanda;

Agrupamento da demanda;

Programação da demanda;

Gestão da demanda;

Solicitação dos pedidos;

Pontos de ressuprimento;

Direcionamentos e canalizações.

Na sequência, está descrita uma coleção de informações quantitativas,

extraídas do E-Protocolo (sistema de trâmite) que contribuem para constatação

destes apontamentos.

Quadro 05: Quantidade de pedidos de Compras

Os números do quadro acima revelam o quão pulverizada estava a

demanda. Em 2012 e 2013, em média, ocorriam em torno 625 pedidos de compras

por mês, criando uma capilaridade, na origem, complexa, ineficiente e nociva.

Entretanto, o estabelecimento de métodos não seria suficiente se a

execução, sobretudo das tarefas de cunho operacional e repetitivas, não seguissem

uma ordem padronizada. Assim a questão da padronização surgiu como uns dos

pontos prioritários pelo GT, tendo sido apontado os seguintes aspectos:

Há grande variabilidade de procedimentos, provocando instabilidade e

impactando a cadência do processo;

Não há clareza, sobretudo as áreas demandantes, de quais são os

padrões (textos, formulários, fluxo);

Processos mais urgentes seguem fluxos diferentes

(discricionariedade).

Ano Total

2012 7.503

2013 4.592

Total 12.095

QUANTIDADE DE PEDIDOS

16

Do mesmo modo, um conjunto de métodos, devidamente padronizado, só

seria institucionalizado se encontrar uma sustentação normativa e, neste aspecto, o

GT expressou às seguintes anomalias:

O arcabouço de normatização carece de maior abrangência, visando

pacificar diversas interpretações dúbias;

Há diversos procedimentos "ainda não escritos", dando margem para

falhas, retrabalhos e descontinuidade;

Há procedimentos que colocam sobre risco de improbidade

(fracionamento, contratualização, obsolescência).

Para o Tema 2 (Pessoas), da mesma forma que para os processos se

deve pensar em “alinhamento” e “otimização”, o tema “pessoas” deve perseguir

estas duas bases. Neste caso, o “alinhar” está relacionado à prontidão (técnica e

comportamental) e o “otimizar” trata das políticas e práticas que sustentam e

promovem este alinhamento (Marini e Martins, 2010).

Estes conceitos respaldaram a condução dos trabalhos e pelo

entendimento do GT, o tema “pessoas”, no processo, encontrava carências que

contribuíam negativamente para o macro problema. Os descritores a seguir

traduzem quais foram as situações problemáticas e prioritárias, neste tema, no

entendimento do GT:

Carência de pessoal qualificado nos órgãos demandantes;

Carência de técnicos especialistas por natureza do item (órgãos

administrativos);

Baixo comprometimento para com os desempenho do processo;

Mentalidade ainda muito "departamental";

Desequilíbrio entre a visão “processual e a visão de "resultados"; e

Políticas e práticas que não atendem às necessidades do processo.

Baixa visibilidade Gerencial (desvio de função e gestão de talentos).

Deficiências nos subsistemas de Provimento, Seleção, Avaliação e

Desenvolvimento.

No que tange ao tema Sistemas (Tema 3), o GT sinalizou uma evidente

carência dos controles e de informações para tomada de decisão, caracterizando-se

pelos seguintes aspectos:

17

Subutilização – funcionalidades que já existem em desuso;

Despadronização do preenchimento dos campos;

Carência de relatórios que fundamentem o planejamento;

Alto índice de desatualização das informações; e

Grande números de protocolos cadastrados e não finalizados.

O quadro abaixo mostra essa desatualização, com grande números de

protocolos não arquivados (abertos) no ano de 2012 e o número de protocolos por

faixa de idade sem encerramento:

Quadro 06: Tempo de dias em aberto do Pedido no E-PROTOCOLO

O Tema 4 priorizado como causa explicativa ao macro problema refere-se

à infraestrutura física, que provocava as seguintes situações:

Distância e pulverização das áreas, provocando desperdícios de

movimentação;

Trâmite de documentos fortemente prejudicado pela segregação física

das áreas;

Comunicação (dúvidas, entendimentos, correções), muito prejudicada

pela segregação física das áreas;

Áreas cujas instalações (fatores higiênicos), se mostravam

inadequadas; e

Os equipamentos de tecnologia e informação, em boa parte das áreas,

obsoletos.

Após a estruturação dos problemas e o conhecimento das oportunidades

de melhoria, apresentadas anteriormente, os trabalhos avançaram para construção

das propostas de melhorias. Nesta etapa, o GT inicialmente concentrou atenções

nas possibilidades de racionalização do fluxo e na proposição de um novo Mapa do

ANOAté 60

dias

De 60 ate

120 dias

De 120 ate

180 dias

De 180 ate

240 dias

De de 240

dias

2012 - - - - 6,120

2013 860 940 999 1,074 112

Total 860 940 999 1,074 6,232

% 9% 9% 10% 11% 62%

TEMPO DE DIAS ABERTO DO PROTOCOLO

18

Processo. O objetivo aqui foi propor um Redesenho que trouxesse ao fluxo do

processo uma maior fluidez, por meio da eliminação das atividades

desnecessárias, do eventual reposicionamento das macro etapas e da possíveis

junções de atividades.

Para tanto, o GT investigou o Diagrama atual do fluxo do processo e

então respondeu às seguintes questões:

Há etapas que interrompem o fluxo desnecessariamente?

Há etapas que não adicionam "valor" ao processo?

Há alguma obstrução possível de eliminar?

Muitas variações decorrem de procedimentos não padronizados?

Há gargalos ao longo do fluxo?

Há muitos handoffs ao longo do fluxo?

Há atividades que podem ser eliminadas?

Há atividades que podem ser realizadas em outra etapa do fluxo?

Embora as respostas tenham sinalizado claras oportunidades de

racionalização, o GT, como um todo, teve muita dificuldade de apresentar propostas

concretas de redesenho, sendo necessário um longo processo construtivo e

dialogado para que a proposta representada pelo diagrama abaixo fosse aceita e

vista pelo GT como viável.

19

Figura 6: Diagrama do Mapa do Processo Atual – Processo de Compras e Aquisições

Análise comparativa entre o fluxo antigo (composto por 49 atividades) e o

novo fluxo (composto por 26 atividades), permite perceber os claros ganhos de

eficiência, racionalidade, tempo e custo advindos da potencial implementação.

Naturalmente, há que se considerar, que o redesenho proposto exige

ações condicionantes para torna-lo viável. Com esta intenção, ficou estabelecido um

conjunto de ações viabilizadoras, a saber:

Elaborar procedimento operacional padrão;

Elaborar cronograma de implantação e plano de comunicação;

20

Treinar os atores envolvidos;

Elaborar normas e procedimentos por cada departamento;

Coordenar as ações de tecnologia e sistemas; e

Coordenar reuniões semanais de acompanhamento da transição.

Conforme preconiza a metodologia Gestão Matricial de Processos, faz-se

necessário estabelecer medidas que sinalizem quais os resultados produzidos e

quais as necessidades de correções e ajustes, para que o novo mapa de processo

conduza aos resultados almejados. Para tanto, alguns indicadores e metas foram

propostos para servirem de base de mensuração, dispostos no quadro abaixo.

Indicador Fórmula de Cálculo Meta

Índice de Satisfação

dos Clientes Internos A = Média geral da pesquisa de

satisfação

2013: 60%

2014: 80%

2015: 90%

Índice Médio de

Tramitação

A = (B/C) * 100 Onde:

A = Índice Médio de Tramitação

B = Média de handoffs realizado

D = Média de handoffs previsto

2013: 40

2014: 30

2015: 27

Tempo médio de

execução do

processo

A = (B/C) Onde:

A = Tempo médio de execução

B = Ciclo total consolidado

B = Qtde. consolidada de

processos

2013: 150 dias

2014: 90 dias

2015: 75 dias

Quadro 07: Indicadores propostos – Processo de Compras e Aquisições

Além das ações previstas para implementação do mapa de processo

redesenhado, foi necessário trabalhar no enfrentamento das causas e temas que

foram priorizados como problemas, para tanto, foi definida o conjunto de ações

apresentado a seguir

21

Causas \

Temas

Priorizados

Ações

Propostas

1.

Planejamento,

Método e

Gestão

Revisitar a estrutura organizacional

Padronizar, normatizar e elaborar procedimento operacional

padrão

Normatizar e comunicar os canais definidos por tipo de

insumo

Definir sistemática de gestão monitoramento da demanda

2. Pessoas Criar matriz de capacitação gerencial, técnica e

comportamental

3. Sistemas

Desenvolver relatórios gerenciais

Aumentar a criticidade dos Sistemas

Capacitar usuários e modernizar os sistemas oficiais

4.

Infraestrutura Fazer a transição para a nova instalação

5. Interação

Institucionalizar a Sala de Situação

Operacionalizar o Escritório de Processos

Quadro 08: Plano de Ação – Processo de Compras e Aquisições

Para o tema Pessoas foi proposto conjunto de capacitações visando tratar

das necessidades de treinamento nas dimensões operacionais, técnicas e

gerenciais, sendo importante remarcar que para formulação e execução do Plano de

Implementação, buscou-se estabelecer parcerias focadas com a EGPA (Escola do

Governo do Pará).

22

Com base num primeiro levantamento de necessidades de capacitação,

foi montada a seguinte a matriz:

Quadro 09: Matriz de Capacitação – Processo de Compras e Aquisições

As tratativas do tema Sistemas, exigiu intensa articulação entre três

atores centrais envolvidos nesta frente: GT, NTTIS e PRODEPA, sendo estes dois

últimos órgãos internos da SESPA e do Governo, respectivamente, responsáveis

pelo planejamento e produção das necessidades de tecnologia.

Por fim, dentro de escopo de ações visando a implementação das

propostas de melhorias, duas instituições foram criadas: a Sala de Situação e o

Escritório de Processos. A Sala de Situação é uma unidade incumbida de coordenar

os processos de Monitoramento e Avaliação, devendo operar sob os seguintes

requisitos (Marini e Martins, 2010):

Não apenas monitorar, mas coordenar e exercer um controle

estratégico vital;

Deve estar atenta aos redirecionamentos necessários, e não apenas

ao registro passivo dos atos e fatos;

Tomar decisões alocativas, corretivas, punitivas e compensatórias;

O foco não deve estar na coleta e no processamento da informação,

mas na qualificação do julgamento;

Deve ser dotada de clara e inequívoca centralidade, e deve estar muito

próxima ao executivo principal.

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1 EQUIPES DE ORIGEM X X X X X X

2 GECOM X X X X X X X X X

3 GT ORÇAMENTO X X X X X X X

4 DEFIN X X X X X X

5 CPL X X X X X X X X

TÉCNICO OPERACIONAL PESSOAL LIDERANÇA

Matriz de Capacitação

CONHECIMENTO

PÚBLICO ALVO

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Os conceitos acima nortearam a operacionalização da Sala de Situação

SESPA e as figuras abaixo ilustram como tal operacionalização se deu em termos

práticos:

Figura 07: Escopo da Sala de Situação

Figura 08: Funcionamento da Sala de Situação

Com relação ao Escritório de Processos, o mesmo foi criado com a

missão de atuar em todas as etapas do processo de compras, desde da origem da

demanda até o encerramento do processo. Na origem, seu papel é de suporte às

unidades demandantes que realizam os pedidos (termos de referência), bem como

atua para qualificar estes pedidos, visando coordenar as demandas, agrupá-las,

gestar e gerir o Sistema de Registro de Preços. Também deve responder pelo

gerenciamento do macro processo, sendo o operador titular da sala de situação. Em

suma, o Escritório de Processos foi criado com as seguintes incumbências:

24

Consultoria interna na otimização e alinhamento do processo de

Compras, sendo os demais departamentos beneficiários da

intervenção;

Gestora de projetos de melhoria e planos de implementação citados ao

longo do texto;

Fonte interna de criação e gerenciamento do conhecimento produzido

relacionado ao processo de Compras; e

Centro de Monitoramento & Avaliação do desempenho do processo de

Compras, através da operacionalização da Sala de Situação.

PRINCIPAIS RESULTADOS E CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este artigo teve como objetivo apresentar a experiência da SESPA na

condução do seu projeto de alinhamento de processos. Para tanto, utilizou, em

conjunto com uma análise contextual, a Gestão Matricial de Processos (Marini e

Martins, 2010), como base metodológica.

Parafraseando Roberts (2007), não se pretendeu aqui esgotar o “como”

uma iniciativa de alinhamento de processos deve ser realizada, mas sim “caminhos

para se pensar a respeito”. Esta reflexão ganha relevância porquê embora o

alinhamento de processos seja teleológico, ou seja, tem propósito muito claro

(eficiência e efetividade) e, embora a metodologia também seja pragmática, a

aplicação é única. O contexto, neste caso, explica muito dos resultados alcançados,

haja vista que em última análise as pessoas são as responsáveis pela transformação

e as pessoas são fruto da cultura onde estão inseridas (Schein, 2008).

No caso do estado do Pará esta questão cultural ganha bastante relevo.

Alguns traços e crenças podem atuar como limitadores de iniciativas de mudança,

algo recorrentemente percebido ao longo da condução desta iniciativa. Para além

dos constrangimentos inerentes ao à administração pública, condutas particulares

da SESPA podem atuar como sabotadores da transformação. Notadamente,

aspectos como baixa responsabilização e ceticismo frente às mudanças devem ser

observados. Percepção compartilhada pelos próprios dirigentes da Secretaria, que

veem, desde 2012, imprimindo esforços de transformação.

25

Não obstante, há que se reconhecer que quando o Governo lança mão de

reformas típicas da Nova Gestão Pública e promove iniciativas como as aqui

relatadas, ele dá sinais claros de que reconhece estas dificuldades e que a mudança

só se viabilizará por meio de uma Gestão orientada para resultados.

Ainda pela ótica do contexto, há que se considerar que a plena

efetividade não só desta iniciativa, mas da própria Agenda Estratégica

governamental, depende de aspectos que extrapolam o alinhamento dos processos.

Neste sentido, além dos desafios culturais, acima expostos, limitações de arquitetura

organizacional entram nesta seara de fatores determinantes e alavancadores da

iniciativa. Neste escopo, há que se remarcar as diversas oportunidades de

alinhamento da estrutura organizacional, visando torná-la mais fluída e aderente à

Agenda pretendida, já que a função de qualquer estrutura é de realizar e não

constranger a estratégia (Coase, 1937; Chandler; 1962; Nadler e Thusman, 1997;

Marini e Martins, 2006; Roberts; 2007).

Propostas desta natureza, de reestruturação organizacional, embora não

fizessem parte do escopo original do projeto, foram sugeridas e tangibilizaram

diversas oportunidades de ganhos de eficiência e efetividade, com destaque para a

proposta de remodelagem das diretorias responsáveis pelas compras de insumos

“fins” (materiais, medicamentos e equipamentos de saúde) e insumos “meios”

(materiais administrativos), tendo sido feita considerando os ganhos potenciais

advindos da integração e especialização.

Neste mesmo sentido, propostas para o alinhamento da atuação dos

Centros Regionais de Saúde também foram oferecidas, com vistas à redução dos

claros dilemas que ainda permeiam o Plano Diretor de Regionalização do estado do

Pará. De acordo com Pestana e Mendes (2004), o processo de descentralização da

Saúde, engendrado pelo SUS, ainda convive com dilemas estruturais, que além de

não garantir o ambicionado aumento de acesso à assistência, trouxe perdas de

eficiência, afirmativa que se encaixa perfeitamente à situação do estado do Pará.

Do ponto de vista de resultados alcançados por este projeto, algumas

considerações são pertinentes. A primeira é que avaliá-los não é tarefa simples,

trivial. Iniciativas que tratam de reformar na gestão pública sempre guardam um grau

de subjetividade e avaliar seus resultados gerados não permite respostas diretas do

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tipo “sim” ou “não”. Além disso, torna-se sempre muito dificultoso sistematizar uma

avaliação, já que as relações de causa e efeito, por vezes estão muito distanciadas

e são indiretas, como por exemplo uma ação de capacitação, que pode trazer

ganhos imediatos de eficiência ao processo, mas que podem ser prontamente

minadas por aspecto legal.

Por fim, esta subjetividade pode ser atribuída ao próprio conceito de

performance, quando medido pelas dimensões da eficiência e da efetividade (Pollitt

e Bouckaert, 2011). A eficiência, se comparada à efetividade, parece ser precisa na

sua mensuração. Aspectos como tempo, custo e qualidade podem explicá-la. No

caso efetividade, aquilo que mede o impacto que determinada iniciativa traz ao

contexto onde ela está inserida, torna-se algo impraticável, ao menos no curto prazo.

Como afirmar que uma iniciativa de alinhamento do processo de Compras

reduziu a mortalidade do estado do Pará? Ou ainda, como inferir que a melhoria dos

insumos médicos é responsável pelo aumento das taxas de resolutividade de

determinada unidade hospitalar?

De qualquer forma, já é possível observar alguns avanços, dentre os

quais se destacam:

O pleno funcionamento da Sala de Situação;

A institucionalização do Escritório de Processos;

A formulação do arcabouço normatizo;

Primeiros ensaios de planejamento da demanda;

A elaboração de procedimentos operacionais padrão;

A mudança física dos departamentos para um novo prédio

administrativo e a respectiva redução da fragmentação operacional

Uma integração das áreas envolvidas; e

Maior controle da demanda.

Desta forma, com base nestes avanços e considerando que o Governo

vem tomando outras medidas de reforma da sua gestão, é possível crer que a

iniciativa de alinhamento dos processos da SESPA, se sustentadas forem,

contribuirão não só para os ganhos de eficiência e efetividade, mas também para

transformação cultural.

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REFERÊNCIAS

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CHANDLER, A. Strategy and structure: chapters in the history of the industrial enterprise. MIT Press, 1960

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MARINI, Caio; MARTINS, Humberto Falcão. Um Guia de Governança para Resultados

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MARINI, Caio. A terceira onde de reformas gerenciais no Brasil. Publicado na Revista FONAC Fórum Nacional de Secretários Municipais de Administração das Capitais. Ano III Edição 07 Junho de 2009

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MOTTA, Paulo R. (2007). A modernização da administração pública brasileira nos últimos 40 anos. Revista de Administração Pública – RAP/FGV, Ed. Comemorativa 87-96.

PAVANI, O.; SCUCUGLIA, R. Mapeamento e Gestão de Processos - BPM (Business Process Management ). São Paulo, Makron.Books, 2011

PESTANA, M. V. C.; MENDES; E. V. Pacto de gestão: da municipalização autárquica à regionalização cooperativa. Belo Horizonte, 2004

POLLITT, Christopher; BOUCKAERT, Geert. Public Management Reform. Oxford University Press, 2011.

ROBERTS, Donald John. The Modern Firm. Oxford University Press, 2007.

SCHEIN, Edgard H. The Corporate Culture Survival Guide. Jossey Bass 2009

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AUTORIA

Heloísa Guimarães – Secretária Adjunta – Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (SESPA).

Endereço eletrônico: [email protected] George Esteves – Consultor do Instituto Publix.

Endereço eletrônico: [email protected] Marçal Chagas – Consultor do Instituto Publix.

Endereço eletrônico: [email protected]