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CRISE DOS MISSEIS DE CUBA

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O episódio conhecido como a crise dos mísseis de Cuba, ocorrido em Outubro de 1962, foi um dos momentos de maior tensão da Guerra Fria, e é conhecida pelos cubanos como “Crise de Outubro”, e “Crise Caribenha” pelos russos.

Esta crise envolveu armamento nuclear e deixou a humanidade perto de uma nova guerra mundial.

A crise começou quando os soviéticos, em resposta à instalação de mísseis nucleares na Turquia, Grã-Bretanha e Itália em 1961, e aquando à invasão de Cuba pelos EUA no mesmo ano, instalaram mísseis nucleares em Cuba.

Em 14 de Outubro, os EUA divulgaram fotos de um voo secreto realizado sobre Cuba apontando cerca de quarenta sítios para abrigar mísseis nucleares.

Houve uma enorme tensão entre as duas superpotências pois uma guerra nuclear parecia mais próxima do que nunca.

Nikita Kruschev, o Primeiro-ministro da URSS na época, afirmou que os mísseis nucleares eram apenas defensivos, e que tinham sido lá instalados para dissuadir outra tentativa de invasão da ilha, o que indignou assim ainda mais os americanos.

Nikita Kruschev

Anteriormente, em 17 de abril de 1961,o governo Kennedy já tinha tentado um desembarque, embora fracassado, na Baía dos Porcos (operação planeada pela CIA, que usou os refugiados da ditadura de Fulgêncio Batista como peões na fracassada tentativa de derrubar o regime cubano).

Mas agora, a situação era muito mais séria.

John F. Kennedy

Nenhum presidente dos Estados Unidos poderia admitir a existência de mísseis nucleares daquela dimensão a escassos 150 quilómetros do seu território nacional. O presidente Kennedy acautelou Kruschev de que os EUA não teriam dúvidas em usar armas nucleares contra esta iniciativa russa.

Ou desativavam os silos e retiravam os mísseis, ou a guerra seria inevitável.

Kruschev e Kennedy reunidos

Pela primeira vez, os norte-americanos sentiram-se ameaçados pelos horrores das mesmas armas que protagonizaram o ataque nuclear de Hiroshima e Nagasaki.

Desastres de Hiroshima e Nagasaki

Antecedentes A Segunda Guerra Mundial foi vencida pelos Estados

Unidos e pela União Soviética, que entretanto passaram a ocupar lados opostos ideologicamente no mundo.

Com o fim da Segunda Guerra Mundial teve início a Guerra Fria, colocando de um lado os seguidores da ideologia capitalista dos EUA e de outro lado os seguidores da ideologia socialista da União Soviética.

O armamento das duas potências mundiais era enorme e altamente destruidor, o que impedia um confronto direto entre elas.

Em 1962, um evento chamou atenção do mundo bipolarizado e atentou a humanidade para a possibilidade de uma nova guerra de proporções arrasadoras. No ano anterior os Estados Unidos instalaram mísseis nucleares na Turquia, atitude que gerou desagrado nos soviéticos.

A existência de uma base nuclear causava preocupação aos soviéticos pela possibilidade de um ataque através de uma posição muito privilegiada. Os EUA tentaram ainda invadir Cuba, visto que esta mantinha “afinidades” com o regime comunista.

Os treze dias Foram treze dias de suspense mundial devido ao

medo de uma possível guerra nuclear, até que em 28 de Outubro Kruschev, após conseguir secretamente uma retirada dos mísseis pertencentes aos EUA que estavam na Turquia, concordou em remover os mísseis de Cuba.

Enquanto os EUA e a URSS negociavam, a população dos EUA tentava defender-se como podia. Nunca antes se tinha comprado tanto cimento e tijolo na história dos EUA depois que John Kennedy ter declarado a verdadeira gravidade da situação pela televisão.

Milhares de chefes de família, aterrorizados, trataram de cavar nos seus pátios e jardins pequenos abrigos que possibilitassem a sobrevivência da sua família durante a possível guerra nuclear.

Consequências Devido ao impacto da crise dos mísseis de Cuba, os

Estados Unidos, a União Soviética e a Grã-Bretanha assinaram, em 1963, um acordo que proibia testes nucleares na atmosfera, em alto-mar e no espaço (assim, apenas testes subterrâneos poderiam ser legalmente realizados).

Em 1968, as duas superpotências e outros 58 países aprovaram o Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares, com o objetivo de tentar conter a corrida aos armamentos dentro de um certo limite; os países que não continham armamentos nucleares ficavam proibidos de desenvolvê-los, mas poderiam requisitar a partir daqueles que continham, tecnologia nuclear para fins pacíficos.

Por fim, Fidel Castro, Presidente Cubano, aproximou-se do bloco socialista promovendo um intenso diálogo com o presidente russo Nikita Kruschev.

O Brasil participou secretamente nas negociações durante a crise, ajudando a conter "o momento mais perigoso da história da Humanidade", chegando a enviar um representante a Havana em 19 de outubro de 1962.

Participação Brasileira

Fidel Castro e Kruschev

Conclusão Devido ao clima de tensão entre os EUA e a

URSS, ou seja, a Guerra Fria, um dos episódios provenientes deste clima foi o facto da URSS ter instalado misseis nucleares em Cuba. Esta atitude não agradou aos EUA, pois a 150 km do seu território estavam armamentos perigosos.

Estava assim instalada a crise dos mísseis de Cuba!

FIM