criador intérprete

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  • 7/23/2019 Criador intrprete

    1/14

    O

    Criador-int6rPrete

    a

    Danga

    ontem

    oranea

    Sandravleyer UnGS

    Este

    ensaio

    ropOe

    ma

    ref lexao

    nic ia l

    sobre

    a

    { igurado

    cr iador- in terprete

    a

    d a n g a

    mo d e rn a

    e c o n te m

    o ra n e a

    Art iculador

    de

    vdr ias

    l inhas

    de

    pensamento

    prat icas

    orpora is

    r ia

    sua

    assinatura

    16pr ia as

    re laQoesa

    danqa

    com

    outras

    areas oo

    coqhec imento.

    eu

    processo r iat ivo

    invest igat ivo e d6 em seu P16Prio

    corpo,

    na

    busca

    Por

    novas

    D o s s i b i l i d a d e s

    d e

    mo v i me n to '

    ton ic idade

    dramaturg ia

    orpora l

    A multiolicidade

    e diversidade

    caracterizam

    o

    universo

    da danQa

    cenica

    na atualidade.

    Corpos

    hibridos

    nascidos

    da contaminaQao

    ntre

    fontes

    culturais,

    6cnicas

    corporais

    e

    goneros

    artisticos

    distintos.E raro observarhoie um corpo que dance

    construido

    atrav6s

    de uma

    6cnicaespecilica

    Em sua

    formaqio,

    os artistas

    6m acolhido

    elementos

    istintos

    e

    vezes

    dispares

    de

    prdticas

    corporais

    que

    veo da

    danQa

    As

    ar tes

    marc ia is ,

    da

    yoga

    al

    danqa

    contemDoranea.

    s referenciais

    inda

    nitidos

    que

    a

    danqa

    moderna

    delineava

    eram

    ugar?r

    noq6ode

    destenitorializagdo,

    u seja,

    a

    perda

    de territ6rios

    permeando

    relagSo a

    danQa om

    oulras

    artese areas

    do

    conhecimento. isluras stasquese apresentam

    "ilus6rias

    a medida

    em

    que

    o corpo

    do bailarino

    ao

    for tocado" .

    Muitas

    sao as est6ticas

    de

    corpo

    possiveis

    na

    cenada

    danga.

    H6que se

    descobrir

    ovostermos

    ara

    designar

    as dangas

    resu l tantes

    de tamanha

    l .LOUPPE aurence.orpos ibridosn Liq6es e danQa .

    Univercidade.

    iode Janeko,

    000.

    O Criador-int6rprete

    a

    DangaContemporanea

  • 7/23/2019 Criador intrprete

    2/14

    contaminaqaontre

    reas. o

    que

    se

    refere danQa

    contemporanea,

    aotodaa anQa

    ue

    6 coetanea,

    as

    aquela

    ue

    apresenta

    maorganizaQaoemovimentos

    com

    dete rm inadasspec i f i c idades6cn icas

    est6ticas,videncia-se

    presenQa

    e um carater

    investigativo

    ue

    evaa novos egistrosorporais.

    Reafirma-seojea figurado

    "criador-int6rprete"-

    nomenclatura

    ue

    eferenciam

    percurso

    e

    pesquisa

    do

    profissional

    mseu

    pr6prio

    orpo mbusca euma

    esp6cie eresolugao

    nvestigativa.ste ormula ovas

    perguntas

    omo seu

    corpo

    araquepossam

    aminhar

    em a lgum ipo de

    proced imento

    6cn ico

    e

    metodol6gico.

    Como e

    he

    irassem scertezas,s

    resquicios

    de

    movimentoeum empo lessico, lguns riadores

    da danEa ontemporAnea

    brigam-se umanova

    ci0ncia.

    do econtentammseutilizaromentee

    uma

    grametica

    orporalonstruidat6entao

    ia

    danQa

    cl6ssica moderna. corpo irtuosooexisteomo

    que

    e

    permite

    angar

    ssumindoua

    precariedade

    transitoriedade.vlas stasnovas ip6teses"recisam

    estar

    presentes

    o

    corpo,e

    nao

    somente nquanto

    recursotematico

    u

    veiculagdo

    e

    midias

    relaE6es

    om

    artes

    plasticas,

    eatro,

    ideo

    e outras ecnologias).

    Pressup6e

    pesquisa

    euma onicidadeorporal.

    Propaga-se

    ma

    danQa

    ontemporanea

    ue

    assume fragmentaqao,desconstruqSoa

    simultaneidadeomo

    ossibilidades

    e

    existencia

    o

    mundo.Os orincioiosorteadoresa modernidade

    comoaordem, estrutura,centro a

    inearidade,

    ao

    substituidos

    or

    outroscomo a multiplicidade,

    descentralidadea

    nao-linearidade.

    nogdode

    simultaneidadeissolvehierarquiao

    pr6prio

    orpo

    e a relaQaoeste omos outros orpos o espaQoa

    cenadadanQa.aobra ocore6grafo

    mericano

    4erce

    Cunningham,exemplo,sbailarinosspalham-se

    or

    todoo espaQoemumahierarquia,dohd

    pontos

    e

    concentraQeonicos.Naohe direQoesixas, ada

    O Criador-int6roretea

    Danea

    Contemporanea

  • 7/23/2019 Criador intrprete

    3/14

    bailarino

    stabelece

    ovas

    elaE6es.

    autonomia

    e

    partes

    o

    corpomp6e

    ma

    escentraliacao,

    nde

    s

    movimenlos

    a

    nao

    onvergemara

    mainalidade.

    H6 na

    danqa

    con temporanea

    m

    cer to

    anarqutsmo

    orporal,

    uando

    partes

    do

    corDo

    trabalham

    omo

    e

    possuissem

    xist6ncia

    rooria.a

    oscnadores

    amodernidade,

    a

    primeira

    etade

    o

    seculo,

    uscavam

    movimento

    have

    ,interior,,,

    de

    onde

    riginariam

    utros

    movimentos.

    sadora

    uncan

    evocava

    plexo

    olar lMartha

    raham,

    regjeo

    a

    pelve-.

    Em

    rabalhos

    e

    companhias

    rasileiras

    omo

    Quasar,

    e

    GoiAnia,

    Cena .1,

    eFlorian6polis,

    de

    solrstas

    omo

    Vera

    Sala,

    e

    SAo

    paulo,

    6

    possivel

    perceber

    ormas

    istintas

    e

    entender quebra

    e

    hierarquia

    fragmentaqSo

    ocorpo,

    nde

    partes

    este

    independem

    eum

    0nico

    entro

    ropulsor.

    as

    uedas

    no

    chao

    da

    pesquisa

    orporal

    e

    Vera

    Sala,

    corpo

    assume

    ua

    precariedade,

    uvida

    eseu

    pr6prio

    ixo,

    comose he irassemscertezas.osmovimentos

    aparentemente

    nvolunterios,

    evela-se

    busca

    e

    um

    tdnus

    muscular

    r6prio

    ue

    e

    aproxima

    ocorpo

    ao

    virtuoso,

    r6ximo

    a exclusio

    ocial.

    a

    construcdo

    corporal

    o

    Ouasar

    do

    Cena

    1

    as

    reler6ncias

    aia

    o

    surgimento

    a ragmentaQao

    omovimento

    dv6m

    a

    cultura

    opular

    de

    massa.

    efer6ncjas

    ovideo

    lioe

    e do

    video

    ame

    roduzem

    o

    corpo

    m

    outro

    iDo

    e

    entendimentoara

    mesma uest6o.

    2. f.n

    sL

    busca

    por

    Lma danqa qJe

    exoressasse

    espt l lo

    nuraTo

    UJTcal pesq-iSoL

    movimenro

    have

    qLre

    bedeceria

    a uma 169ica

    mocional,

    nao

    ,mecenica,

    (que

    atribuia

    A t6cnjca

    do

    ba l 6 ) .

    Es tabe leceu

    n t6o ,

    a i nda

    que

    de

    m ane i ra

    nao

    srstemaitzada,

    cenlro

    de ifradiageo ue

    iria

    nortear

    os

    pr6ximos

    cf iaoores

    a

    danqa

    moderna

    e

    que

    igualmente

    stabeleceria

    pnncrpros

    para

    o

    teatro:

    o lrorco,

    entre

    o

    plexo

    solar

    e a

    o6lvjs.

    naturatmentecomopontosmaispr6ximosdaregiaoquefis icamente

    experimentamos

    stas

    emogoes.

    Eu

    sonhava

    descobri

    um

    movtmento nicial do qual nasceria oda una s6ie de outtos

    movimentos,

    descreveu

    Duncan (Garaudy,19gO:67).

    '-..:.'.''

    :

    ,,:

    -'

    t

    t i ' : " t " j

    : ' l l

    : '

    't:'1".;

    ' . . , i , ,

    :

    ::__

    :

    O

    Criador-int6rprete

    a

    Danqa

    Contemporanea

  • 7/23/2019 Criador intrprete

    4/14

    A reafirmaEdoa

    igura

    o criador-int6rpreteo

    s6culo X eioconduzida

    or

    mulheres.

    pesquisa

    o

    movimentoas

    primeiras

    riadoras odernaslsadora

    Duncan,oie uller,uth aint enis,vlartha

    raham,

    D6risHumphereylvlary igmanniciava-se

    m seu

    pr6prio

    orpo.

    A

    danqa

    moderna

    ropunha

    ma

    representagaondea mulher ao se dissolvia a

    personagem,

    omo

    nos

    bal6s omanticos de

    repertorio,

    as

    evocava ma

    presenqa

    uitomais

    concreta

    partir

    esuas

    r6prias

    eferdncias

    e

    mundo.

    At6o s6culo lX,o core6grafo,omoumvoyeur,

    construia movimentoocorpo asbailarinas.figura

    femininaetratadaa danQa o

    s6culo IXevocava

    uma representaqdodeal izada

    elo

    homem.

    A

    bailarina

    ao

    6 uma

    mulherque

    anqa, umsentimento

    universal

    ue

    seapodera eumcorpo nOnimo,

    este

    corpo

    apenas

    msigno",eclarariabailadna

    atriz

    LoieFullei, tomando

    omo suasas

    palavras

    e

    Mallarm6

    Sasportes,1983:36).

    an6liseadanQafeita

    pelopoetafrancCs

    eguia ma

    inha

    mais bstrata,ma

    quase metafisica",evando-adealmentearaal6m

    docorpo isico

    ue

    executa define

    movimento-.m

    seus scrilos,

    rocurava

    arumsentido

    rquelaova

    danqa

    que

    eslava ascendo,

    r6-anunciando

    autonomia estaarea.ParaMallarm6,

    bailarina

    seria maconstrugaoo

    p0blico,

    m

    quase

    onho.

    Esta

    danQa e manteria omo

    pura

    nvenqeo

    o

    espirito

    umano,

    egando mulher

    autoria eseu

    movtmento.

    3. Assim omo sadora uncan, uller

    1861-1928)

    riava uas

    dangasongedos criterios o

    bal6.

    Atravds

    a manipulagao

    e

    imensos

    eus

    que

    a envolviamum

    ogo

    de

    projegeo

    e luz

    evocava

    maatmosfera enos ealista mais

    simb6lica,

    ue

    he

    faziam

    erderocontorno

    efinidodosimites o corpo.

    intonizada

    com o ideerio o inicio o s6culo,ransformou-se

    a musados

    simbolistas

    Sasportes:1983:36).

    4. St6phane .4allarme

    1842-1898)

    oi

    um dos mais mportantes

    poetas

    a escola imbolistaseu

    pensamento

    oideterminantea

    evoluQao

    o6tica

    o s6culo X.

    O

    poema

    'aprds-midid'umaune,

    de 1876,nspirou aslav ijisnKycriarem 1912a suaprimeira

    genial

    polemica

    coreografia,omo mesmo ome

    do

    poema.

    O Criador-int6rorele

    a

    Danea

    Contempolanea

  • 7/23/2019 Criador intrprete

    5/14

    Ascriadorasmericanassadora

    uncan

    1878-

    1927) lvlarta raham

    1894-1991)

    a alema /ary

    Wigman

    l886-1973)retendiam

    ma epresentaqao

    do ser humano e seu empo,estandartesteda

    modernidade,as izeram

    emaneiras

    articulares.

    A danqa

    erde

    discursoniversal

    eculiar

    adanqa

    clessica conquista

    ma

    nacionalidade

    dentificada

    comcada

    pais.

    E.tamb6m

    ma dentidade

    e cada

    criador. mboraommotivaqoes

    omuns.omo visao

    deuma anqamaisivre a necessidade

    eexpressar

    o corpo o homem e seu empo de suanaQao,

    com um certo ransito e informaQ6es

    ntreos

    criadores,danga mericanae16 ualidadesiferentes

    da europ6 ia .

    p ragmat i smo

    mer icanobre

    possibilidadesara

    negaQaooantigo

    bal6)

    ara

    surgimento

    o

    novo,

    enquanto Alemanha

    6o

    conseguira

    xtinguiresuadanqa

    expressionismo,

    nem

    parsagemos-guerra.

    E marcante nfluenciaosestudos

    o rances

    Franqoiselsarte

    1811-1871)

    a ormagao

    e um

    pensamentoadangamoderna. corpo,anto oator

    como obailarino,obiliza-se

    o nicio

    os6culo

    arq

    a expressaoendo, omo

    onte, regiao

    o tronco'.

    Inicialmente

    tore cantor, ranqois

    elsarte

    181

    -

    1871)

    edicou-se

    pesquisar

    classificars eis

    ue

    regem

    utilizaqaoocorpo

    omo

    meio

    eexpressao,

    valorizandoos

    gestos

    uasignificaQao

    mocional.

    Observous

    gestos

    as

    pessoas

    mlodas ssituaQoes

    davida,

    endo

    discursoerbalcomo

    nferioro

    gesto,

    5. Os movimenlos

    artindo

    o centrodo corpo

    para

    Delsarte

    exprimemmais

    potencialmente

    expressividade

    umana

    (Garaudy,19B0i84).

    uas

    esquisas,ue

    contemplam

    odas s

    afies,enriqueceramlinguagem

    a danQamoderna

    partir

    o:

    (a) primado

    o troncocomo motore centro

    de irradiagao a

    expressao,pondo-se o

    torso

    mais

    igidodo bal6na

    sua

    valorizaQao

    o

    movimento

    osmembrost

    b)

    o usoda aliemancia

    entre ensao extensao,

    onlragao relaxamento,luxo

    e refluxo

    seguindo s leis

    de sistole diestole a vida.

    O bal6 nsistia a

    ulilizaqao

    a ensao omo

    polo

    mais nfluente;

    c)

    o valor o

    peso

    do corpo, arela9aoo homem oma terra (d)a ntensidade

    o

    sentimento

    omanda intensidade

    o oeslo.

    O CriadoFint6rpretea

    Danga

    Contemporanea

    i -n ;

    - : , i l

    i l

  • 7/23/2019 Criador intrprete

    6/14

    que

    6 o agente o coraEao,

    agente

    ersuasivo.

    Fielacionouoz,

    gesto

    e emoEao,riando

    Leida

    Correspondncia:

    ada

    unEao

    o

    espiritoorresponde

    a umaunQaoocorpo, useja,odos ssentimentos

    tCm ua

    p16pria

    raduQao

    orporal

    Bourcier,

    987).

    s

    pesquisas

    e

    Delsarte

    roporcionaram

    acesso

    todos

    e cul iuraisica,atordeterminante

    ara

    o

    surg imentoas mu lheresnquan tor iadoras .

    lntluenciouodouma

    geraEao

    e artistas a

    danEa,

    iniciando

    or

    sadora uncan, uthSaint-Denis,

    ed

    Shawn

    N,4aryigman.

    Duncanmantinham deerio edag6gicoue

    inaugura

    m

    novo

    pensamentoara

    a danQa,

    que

    iria ulminar o nascimentoa danqa

    moderna

    do

    conceito o criador-int6rprete.

    vessa

    osc6digos

    corporaisstabelecidos

    elo

    al6, pela

    ara

    danqa

    como esultanteo

    movimento

    o

    individuo

    m

    conexaooma natureza.

    vlovimento

    ste

    esultante

    "da

    almae do espirito

    umano", egundoDuncan

    (Bourcier,1987:251).regresso natureza no

    momento m

    que

    outras rtes egavam natureza

    comomodeio-,retornoosagrado, orma

    rimitiva

    na

    danEa,

    incorporaqao

    asdanQaso orlente a

    sensualidade

    evestem-sem

    umdiscurso

    ibertador

    frente o academicismoigente o bal6.Duncan

    inaugura ma danga ons t ru ida

    e lo

    c r iador

    (core6grafo)

    mseu

    p16prio

    orpo.

    A rnovimentaQaoropostaorDuncanarregava

    uma

    parcela

    edivindadeumapelo rag6dia

    rega

    presente

    o

    discursoo

    f i l6sofo

    lemao r iedrich

    Nietzsche,representante

    a

    "filosofia

    a vida"do

    seculo

    IX-.

    utro

    mestree

    pensamento

    e

    Duncan,

    6.

    Nletzsche

    1844-1900)

    oi igufa

    issonantem sua6poca,

    marcada msuamaior

    por

    correntesacionalistas

    positivistas.

    Sua

    primeira

    bra,

    Nascimenta

    a

    rag1dri?

    1872),

    nJluenciada

    pelopensamentoe Schopenhauer,denlifica a tragedia rega

    u c r d , v o v d v .

    O Criador-int6rpretea

    Danga Contemporanea

  • 7/23/2019 Criador intrprete

    7/14

    o

    jil6sofo

    lemao

    rthur ohopenhauer

    1788-1860)'

    *-i i

    indica

    ue

    a verdadeira

    ss6ncia

    ue

    undamenta

    s

    coisas

    xternas

    possivel

    eserencontrada

    partir

    e

    cadaum.Nestes

    mpulsos,

    e

    naonas

    az6es

    ue

    o

    inteleclo

    rruma

    ara

    expl icar

    ais

    aspiragoes,

    realidadedoserviventeexiste"

    Guiraldelli

    r.

    1996:38).

    Ancorada

    m tais

    visoesde

    mundo,

    neo

    caberia

    a

    ",,:l::-'i

    danQa

    ensada

    or

    Duncan m

    enquadramento

    m

    ..,,.-:

    c6digos

    r6-estabetecidos.

    i::

    i

    Assim

    omo

    Duncan,

    aryWigman

    iaa

    danqa

    como

    xerclcio

    e iberdade,

    rovocando

    ma

    uptura

    metodol6gicao fugirdos padr6esmpostos elo

    academiscismo

    buscar

    ma

    danQa

    o seu

    empo,

    uma

    xpressividade

    ue

    o bal6

    eria

    erdido.

    igman

    tratou

    econstruir

    stados

    a natureza

    ocorpo'

    mas

    de

    forma iferenciada

    o

    de Duncan.

    sta

    buscava

    atingir

    stes

    stados

    lasaida

    a

    "alma"

    eseu

    orpo,

    buscando

    a

    natureza

    xterior

    vento,nda).

    Wigman

    tentava

    raduzir

    stes

    stados

    ocorpo,

    isicalizando

    a natureza

    o

    homem.

    Formar

    bai lar ino

    ra

    conscientizd-lose mpulsosue f estavamresentes

    neles

    mesmos.

    est6tica

    ndividual

    roposta

    or

    Wigman

    ontribuiu

    ara roporcionar

    o

    bailarino

    m

    novo

    vocabu le r io

    o rpora l

    a t r i bu iu - lhe

    ma

    responsabilidade

    obre ua

    p16pria

    xpressao:

    olocar

    o

    bailarino

    d

    escuta

    esi

    mesmo, nde

    e

    pode

    uvir

    a

    repercussao

    o

    ecodo

    mundo"(Bourcier,

    987:299)

    Wigman

    egue

    os

    pr inc ip ios

    e lsa r t i anos

    o

    estabelecermovimento

    artindo

    o

    ronco

    ,assim

    como

    Duncan,

    oncebia

    sua

    danqa

    omo

    uma

    impulsdo

    nterna.

    igman

    ria

    "danqade

    xpressdo",

    que

    riaculminar

    a danEa{eatro.

    utilizaQao

    a

    mAscara

    malgumas

    esuas bras,

    omo

    Hexentanz

    (DanQa

    a

    Feiticeira-1913),

    mprimia ma

    dimensao

    humananiversal.

    A americana

    Martha

    Graham

    stabelece

    s

    motivag6esue riam ortearsua anga nfluenciar

    a

    danqa e

    centenas

    eseguidores

    or

    odo

    mundo

    O

    Criador-interprete

    a

    Danqa

    Contemporanea

  • 7/23/2019 Criador intrprete

    8/14

    Rejeitando

    sdanqas

    lusivasnatureza

    eDuncan

    cansada

    e danQarivindades

    ritos ncentrais

    ia

    RuthSaint-Denis

    TedShaw

    Graham eclara

    seu

    interesse

    e falar

    do homem onfrontado

    om

    os

    n r ^ h l a m r e . l o c a r , r a m ^ ^ 6 ^

    _ _om

    os

    proDtemas

    permanentes

    ahumanidade.

    Ndo

    uero

    er

    6rvore,

    flor, nda

    ou nuvem. evernos

    rocurar

    ocorpo

    o

    bailarinoao mitaQao

    os

    gestos

    otidianos,

    em s

    espet6culosanatureza,

    em

    eres stranhos

    indos

    deumoutromundo,

    asum

    pouco

    estemilagre

    ue

    e o serhumano otivado,

    isciplinado,

    oncentrado"

    (Bourcier,1987).

    Os e ixosde

    pesqu isa

    e

    Graham

    ram

    primeiramente

    e inspiraqdo

    acional ista,

    uando

    buscavammovimento

    aalma

    o

    oovo mericano.

    sua o rga

    inAmica

    e

    impu lso .

    ione i r i smo

    puritanismo,

    ap6s,

    pela

    sua nspiragdo

    osmitos

    gregos

    msua

    busca os

    problemas

    undamentais

    a

    humanidade.

    s eoriasreud;anas

    insoiraram

    ara

    falar os mitos

    eveladores

    a trag6dia

    umana,

    buscando

    maatualizaqao

    estesmitos rltosanto

    nas ontes rcaicas

    e

    seu

    pr6prio ais,

    ntre

    s

    povos

    indigenas,

    uanto

    a iteratura

    mltologia

    rega.

    A danEa

    moderna

    anha

    entaoo

    statusde

    tecnica oser inalmente

    istematizada

    or

    Graham.

    Sua

    ecnica usca omper

    om

    as inhas

    ndulantes

    da danQa

    lass ican t roduz jndo

    ov imentos

    espasmodicos,

    mpulsos

    ruscos ecesseriosara

    alar

    do homem eseu empo, uesentia ang0stiaas

    grandes

    uerras

    a imposigao

    e um

    progresso

    duvidoso.

    ponto

    undamental

    esua 6cnica

    o ato

    maior

    avida:

    respiraQao.

    partirdo

    ronco,

    a egiao

    p6lvica,

    entro

    motorda vida

    e da

    sexualidade,

    s

    movimentos

    urgemespeitando

    s eis a

    contraQao

    e dilataqao

    tension,

    elease).

    utro

    rincipio

    e

    sua

    t6cnica

    tiliza

    chao omo

    ropulsor

    omovimento.

    Ao

    contrar io

    a danQa

    e Graham

    outroscriadores

    amodernidade,

    unninoham

    onstr6i

    ma

    O Criador-int6rprete

    a

    Danga

    Contemporanea

  • 7/23/2019 Criador intrprete

    9/14

    recnlca

    em

    ncadeamentos

    arrativos

    semanticos,

    concebe

    ma

    danEa

    ue

    nao

    apela

    ara

    ignifjcados

    para

    al6m

    o

    que

    esta

    endo

    xecutado

    elo orDo.

    Cunningnam

    ompe

    om

    a dentidade

    eatral

    adanca

    moderna sua mposiQao

    e

    signif icados.

    ando

    qualificaQao

    o

    movimento

    m

    simesmo.

    s inhas

    e

    movimento,

    mbora

    areQam

    lAssicas,

    ao

    em

    as

    mesmas

    otivaqoes

    o

    bal6.

    Nao

    ontam

    ist6rias

    em

    tem

    uma

    direQao

    emantica.

    A danQa

    eCunningham

    raz

    d6ia

    eevento,

    situaQdesue

    se e-arranjam

    onforme

    acaso

    avida;

    o bailarjno

    em

    que

    seadaptar

    s situaQ6es

    em

    serautomatico.intonizado

    oma

    ilosofia

    riental,

    zen

    budismo,

    etira

    centraljdade

    o

    espaqo

    v6

    a arte

    nao

    como

    modo

    de expressao

    e

    ent imentos

    pessoais.

    O

    maior

    rop6sito

    nao

    er

    prop6sito,

    iver

    apenas

    natureza

    leat6ria

    avida.

    Olhar

    ara

    mundo

    e ndo

    para

    si mesmo",

    ilia

    Cage,

    o falar

    de seu

    irabalho

    de

    Cunningham'.

    SinLonizado

    amb6m

    om

    um

    pensamento

    cientificoos6culo

    X,

    Cunningham

    elaciona

    emDo

    e

    o espaQo.

    ua

    parceria

    om

    o mLisico

    ohn

    Caoe

    outros

    rt istas

    a vanguarda

    rt ist ica

    mericJna.

    intensiticada

    padir

    a

    decada

    e50,

    eleva

    arte

    ada

    vez

    mais

    a

    objetividade

    aterial

    a

    obra.

    ao fazer

    a r t i s t i co

    i v re

    e

    s ign i t i cados

    x le r io res

    e la .

    Cunninghamolemiza

    om

    o exacerbado

    imbolismo

    expressionista

    ue

    via

    nadanQa

    o

    s6culo

    X,

    omo

    as

    de N,4artharahame l\ ,4ary igman.Cage e

    uunnrngnam

    otaboravam

    ntre

    i indissocjando

    mus tca

    e

    danQa,

    s tas

    n

    epe

    dentemente

    coexistentes

    omesmo

    empo

    ugar.

    .

    A t6cnica

    esenvolvjda

    or

    Cunningham

    pflmetra

    ista

    neo

    contenta

    queles

    ue querem

    estabelecer

    igniticados,

    onexoes

    ais

    motivas.

    vlas

    7;

    ha.ve orh;ng

    o

    sayandtm saying .V:deosobrea vidae obra

    oe Jonn

    L;age

    com

    direQao

    e Al lan

    Wi, ler

    EUA,

    9gO).

    ,._..:..,,

    .:

    |

    ":, 't;

    : 1

    t '

    - . .

    - l

    l

    ':.'

    "'

    O Criador-int6rprete

    a

    Danea

    Contemporanea

  • 7/23/2019 Criador intrprete

    10/14

    promove

    onex6ese

    qualquer

    orma,e evarmosm

    conta

    ue

    naohamovimento

    ue

    naosignifiquelgo

    nelemesmo.

    O

    movimentom Cunninghamao6

    semantico, assintatico.

    partir

    a d6cada e 60

    instaura-semparadigmast6tico:hemindsmuscle".

    Buscava-seomper de f in i t i vamenteom a

    representaQaoocorpo omo xpressaoaseparaEao

    daalma do corpo.O movimento

    pensado

    msua

    "pureza"

    int6tica,

    onge

    osconteridos

    sicol69icos

    veiculados

    elas

    anqas odernas.

    A

    core6grafamericana

    risha rown

    entava

    dernonstrar

    ue

    as

    mulheres

    inham

    mente"

    neo

    6"corpo".

    O

    que

    a atraiar elaboraEdoe f6rmulas

    matematicasdiagramasrao desejo edemonstrar

    que

    as core6grafas

    ulheresaonecessariamente

    criam

    ntuitivamente

    u nstintivamente,em onstroem

    suas anqas

    om

    movimentos

    ue

    vem

    aturalmente"

    docorpo, omoDuncan

    ropunha.

    s

    p6s-modernistas,

    assim

    omo

    Brown,

    efendiammaabordagem

    minimalista

    a

    questao

    ormal a coreograf ia,

    recusandoprofusaoegestos a rama ram6tica.

    Os bailarinosao epresentamndividuos,orqas

    u

    tipos,mas sim elesmesmos.

    O

    movimentoao

    6

    pensado

    m termos e misica.

    O

    corpo ala

    por

    si

    mesmo, s roupasnao

    enviam

    mensagens

    u

    representam

    ersonagens.

    uz ao usada

    ara

    riar

    atmosfera,penaslumina. sespaQos

    ara

    danqa

    sao

    m0ltiplos,

    s

    grupos

    e apresentama rua,

    em

    telhados,

    inasios.

    A

    danEa contece o corpo,no vocabulerio

    expresso

    or

    sua

    mater ia l i dade .

    do ra tade

    catacte(izatstados a alma

    ou atmosferas,ao

    transmitearrativamenteensagens.

    conteldo

    ue

    eventualmente

    ode

    ir

    a ser

    gerido

    um

    quadro

    e

    relaq6esntre

    articipantes

    emumsentido, ais o

    B. A mente6 um m0sculo",i tulo r iginal e umacoreograf iaa

    core6gfafaamericanaYvone Ra ner

    O Criador-interprete

    a

    DangaContemporanea

  • 7/23/2019 Criador intrprete

    11/14

    que

    uma

    signif icaQao".

    a construgAo

    e

    sua

    dramaturgia

    orporal,

    danqa

    ida om

    movimentos

    que,por

    sua

    qualidade

    e abstraqao,

    nao

    se

    pode

    mais o

    que

    suspeitar

    esua

    signifi.c^aqao",

    alienta

    dramaturgaarienneanKerkhove'".danqa do e

    oferece

    aturalmente

    omoarte

    narrativa.

    ao em

    direcionamento

    ara

    a

    personagem

    al

    qual

    o teatro,

    seu entido

    deoutra

    rdem.

    eatroida

    ou

    deveria

    lidar) om

    o movimento

    ocorpo

    oator nquanto

    Eao

    dram6tica.

    que

    caracterizama

    aqao

    humana

    o

    teatro

    a sua

    inalidadesentido,

    ue

    organizam

    aqdodo

    corpo.

    Na danga, m

    movimenlo

    omo

    o

    developp+

    no

    qual

    a

    perna

    em

    movimento

    puxada

    para ima estendidao ado) ao edestinanada,

    precisa

    star

    trelado

    outromovimento

    ara anhar

    alguma

    emantica.

    sentido

    parece as

    elagoes

    entreos

    ovimentos.Adanqap6s-modernaamericana

    deu

    grande

    isibilidade

    esta

    uestao.

    Parase

    contextualizar

    figurado

    criador-

    int6rpreteas

    r6s ltimas

    6cadas o s6culo

    X

    ha

    que

    se falar

    de PinaBausch.

    m seu

    rabalho e

    pesqu isa ,Bausch d isso lveuos hab i tua is

    entendimentos

    os imites

    ntre anqa

    tealro,

    trabalhando

    aoemsua

    ntegraEaou

    carenclas,

    as

    nos

    espaQos

    azios" ntre

    stas rtes,

    qSugurando

    assim

    ma

    esp6cie

    ova": danQa

    eatro

    Para

    critica

    Helena atz,Bausch

    ecuperous

    ideais e

    Noverre

    1727-1810)

    o construir

    ma

    9.

    O

    que

    em

    significaEao,u

    seja,um conleudo

    reviamente

    determinado

    que

    se

    procura

    ransmitir

    O sentidoende

    a uma

    diregao

    pode

    ser

    gerado

    um

    quadro

    e

    relaQoesntre s

    elementos

    a obra

    e entre s

    participantesCoelho,

    986:87).

    '10.

    Marienne

    anKerkhove

    n DossiC e Dramaturgia.

    ruxelas,

    Nouvelles

    e Danse.

    999.

    11.Nascida

    a Alemanha

    m 1940,Pina

    Bausch studou

    a

    mais

    mportantescola

    moderna a Alemanha,

    Folkwang,m

    Essen, irigida

    or

    KurtJoss,razendoonsigo

    herangae

    Rudolf

    Laban,

    oss Wigman

    expressionismo).oiANova ork

    ad6cada

    de 70e dangou m mportantesompanhias,iveu feminismo

    o movlmento

    e

    integraqaontteas artes.

    O Criador-int6rprete

    a

    Danqa

    Contemporanea

    .4.ri

    ;.,.

    ia*i.l

    i'i :i

    ...-,:,

    f"-"

    j

  • 7/23/2019 Criador intrprete

    12/14

    dramaturgia

    r6pria ara

    danga,

    ervindo-seamb6m

    deelementos

    o eatro

    .

    O

    que

    econvencionou

    hamar

    dedanQa

    sta

    uase

    usente

    o rabalho

    ePina ausch.

    Tanto

    ue

    para

    algumas

    lat6ias ue

    esperam

    er as

    convenq6esadanQaxplicitadaspiruetas,levaQ6es

    de

    pernas),

    eu rabalho

    dedificilabsorgSo.

    ompe-se

    a representagSo

    a

    danqaquee

    esperaver.

    egundoa

    core6grafa,

    6preciso

    prenderalgumacoisade

    iferente,

    aitalvez

    oderemos

    oltar

    danQal"'.

    O ser humano

    seu modelo.

    Observar

    s

    pesscas,6

    0nica

    oisa

    ue

    empreiz,

    lhar s elaQ6es

    entre

    s

    pessoasr

    alarsobre

    las.Nao

    conheQo

    oisa

    maismportanle".Seueatrooudanga) e

    apega s

    d0vidas

    incertezas,

    ausch

    6ose realiza

    rente

    a

    uma

    mensagem

    ualquer.

    uas

    pegas

    azem

    perguntas.

    s

    respostasicam

    m

    aberto, 6

    abrem s

    feridas.

    Para

    a core6grafa,

    espond6-las

    eria

    presungoso.

    que

    he

    compete

    observar

    s

    pessoas

    e a si

    mesma.

    Osmovimentosao ontam ist6riasem lustram

    umanarrativainear.

    s

    movimentos

    onstituem

    m

    si

    mesmos

    ist6rias.

    ausch

    uebra

    conespondencia

    direta

    ntre m

    gesto

    seusignificado

    omumente

    atribuido foge

    de interpretaqoes

    ogmeticas.

    ua

    obradesconcerta

    as

    magens

    ada

    onvencionais

    ue

    12.

    Noverre

    efendia

    bal6enquanto

    bal6

    de

    aeao", etirando

    seus

    art if icialismos,

    dereQosmpr6prios ue

    escondiam

    expressividade

    o corpo.

    O modelo

    do bal6

    de corte

    orna-se

    desgastado,ois

    ia

    se enunciavam sua6pocao declinio a

    cone, crescimento

    ascidades,

    nascimento

    e um

    sislemade

    mercado para

    a arte

    que

    exigia

    uma

    especialidade

    profissionalismo

    ue

    acorteidnao odia

    presentar.

    ara

    Noverre,

    a notagao

    ntiga

    da danga

    lessica

    6

    nao

    davaconta

    da

    expressivldade

    ecess6ria,

    indo

    a compor

    a coreografia

    juntamente

    om

    o baila.jno.

    o seculoXvlll,

    diferentemente

    as

    outrasartes,

    que

    mitavam

    natureza

    isivel,

    ara

    a danga

    era

    preciso

    e-inventar

    ealidades

    ara

    s

    coisas eo isiveis

    anatureza

    humana,

    ais

    comoa

    paixao,

    anglstia.

    13.

    Hoghe,

    aimund.

    adernos

    e Teatro,. 116.

    989.

    14. dem.

    O Criador-int6rDrete

    a

    DanqaContemporanea

  • 7/23/2019 Criador intrprete

    13/14

    suscita,

    mbora stas

    magens

    movimentos)ejam

    pesquisados

    ocotidiano.o

    que

    um

    cotidiano

    xtraido

    em sua

    potencialidade

    riativa

    paradoxal.

    ator-

    bailarino

    int6rprete e

    suasmem6rias

    essoais

    elevadasuma ignificagdoaior oserhumano.

    Asestruturas

    e

    rabalhoeBausch

    asicamente

    saoa

    simultaneidade,

    nde

    erias oisas correm

    o

    mesmo

    empo,

    permitindo-nos

    iferentes

    aneiras

    de

    v6-las.

    alternAnciaeclimas,

    rovocando

    bismos

    de

    dramatic idade,

    fragmentaqao,

    et irando

    funcionalidade

    speradae

    cada

    esto,

    a repetiqao,

    utilizada

    omoelemento

    e ransformaqdo

    Fernandes,

    2000). repetiqao,uando tilizadaa 6cnica e

    danEa

    radicional,olabora

    ara

    construEao

    e um

    corpo; o rabalho

    e

    Pina ausch,

    uebra

    struturas.

    De anto epetir

    ma ena, sta

    volui,s

    seus ignos

    (ou

    ignifcados)

    ultiplicam-se.

    A d6ia eum

    criador-int6rprete

    iferencia-se

    o

    in t6 rp re te -c r iador .

    es te aso ,

    a o rdem

    das

    nomenclaturasltera

    sentido.

    nquantosegundo,

    ainda uecoloque uaabordagemessoal obraque

    danqa,

    eja riada

    orele

    u

    por

    outrem,

    processo

    e

    pesquisa

    abitualmente

    eproduz

    ureananja

    adr6es

    de movimento

    6

    existentes.

    a o criador-int6rprete

    busca maassinatura

    partir

    e seu

    proprio

    orpo,

    num

    processo

    nvestigativo.

    rticula ovas

    ipoteses

    que

    estabelecem

    ossibilidades

    e relaq6es

    ntre

    movimentos

    t6 entao

    nao

    previstas

    umcorpo

    que

    danQa.ua

    anqa

    anha

    maspecto

    figural".

    que

    6

    construidom seupr6prio orponao6 facilmente

    transferido

    ara

    outro orpo.

    Dada suasingularidade,

    as

    relag6es

    ue

    se estabelegpm

    iferem e

    uma

    representagao

    ais

    figurativa"

    .

    A coreografia

    eum

    bal6

    derepert6rio

    ossui

    m ipode

    epresentaqao

    ue

    seoermite

    tualizar

    moutros orpos.

    aobra ecertos

    15.

    No texto Os

    novos

    c6digos

    corporcis

    da danQa

    contemporenea

    ichelBernard

    1990)

    hama

    atengao

    ara

    o

    aspectoigural a obra oartistaplesticorancis acon. s iguras

    humanas o

    artista ao

    "imagens-eventos"

    nicos.

    O Criador-int6rDrete

    a

    DanqaContemporAnea

    i -,-rlt

    ""Y-

    :

    : .1 . 1 .

  • 7/23/2019 Criador intrprete

    14/14

    criadores-int6rpretessdificuldadesese rabalhar

    mesma anQamoutros orpos aomaioresadas s

    singu ridadesa

    pesquisa

    crporal.

    Docruzanentoe nformaEoesrdasdeoLtras

    ereas oconhecimentomergemsnovas

    ropostas

    doscorpos

    ue

    danEam

    a

    contemporaneidade.

    criador

    nt6rprete,

    o

    inv6s

    e somentee-combinar

    paciroes

    emovimentos,usca

    uestione-los,

    ecriando

    I m q a e ^ r i t , . ^ r o ^ n r 4 f i . r

    ReierSnciasibliogr*f

    cas

    BEFNARD, ichel. esnouveaxcodes orporelse a

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    os6

    Pensar

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    stetica

    deMallarmd

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    iode

    Janelro,orge ahar ditor 991

    O Criador-int6rprete

    a

    Danqa