crescimento populacional; inovações tecnológicas ... · desenvolvimento das feiras; ......
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Crescimento populacional;
Inovações tecnológicas, particularmente,
na agricultura;
Produção para o mercado;
Desenvolvimento das feiras;
Generalização do uso de moeda;
Desenvolvimento da indústria artesanal;
Emergência de novos grupos sociais.
“Quando em 1095 o papa Urbano II
acendeu o fogo da cruzada em Clermont e
quando São Bernardo o reanimou em
1146 em Vézelay, ambos pensavam em
transformar o estado de guerra crônico
vigente no Ocidente numa causa justa, a
luta contra os infiéis. Queriam purgar a
cristandade do escândalo e dos combates
entre correligionários, dar ao ardor
belicoso do mundo feudal
uma finalidade louvável. (...) Certamente
que, ao assumir a direção espiritual da
cruzada, a Igreja e o papado pensavam ter
encontrado os meios de dominar esta
Respublica Christiana do Ocidente,
conquistadora mas turbulenta, dividida
entre ela mesma, impotente para absorver
sua própria vitalidade.”(LE GOFF, J. A civilização do Ocidente medieval. Bauru: Edusc, 2005.
p.66-7)
“A cidade contemporânea, apesar de grandes
transformações, está mais próxima da cidade
medieval do que esta última da cidade antiga.
A cidade da Idade Média é uma sociedade
abundante, concentrada em um pequeno
espaço, um lugar de produção e de trocas
em que se mesclam o artesanato e o
comércio alimentados por uma economia
monetária. É também o cadinho de um novo
sistema de valores nascido da prática
laboriosa e criadora do trabalho, do gosto
pelo negócio e pelo dinheiro.
É assim que se delineiam, ao mesmo tempo, um ideal de igualdade e uma
divisão social da cidade, na qual os judeus são as primeiras vítimas. Mas a cidade
concentra também os prazeres, as festa, os diálogos na rua, nas tabernas, nas
escolas, nas igrejas e mesmo nos cemitérios. Uma concentração de
criatividade de que é testemunha a jovem universidade que adquire rapidamente
poder e prestígio, na falta de uma plena autonomia.” LE GOFF, J.
Desequilíbrio ecológico e escassez de
alimentos;
Revoltas camponesas – Jacqueries.
Peste negra
Guerra dos Cem Anos
E quando os Jacques se viram em grande
número, perseguiram os homens nobres,
mataram vários e ainda fizeram pior, por
gente tresloucada, fora de si e de baixa
condição. Na realidade, mataram muitas
mulheres e crianças nobres, pelo que
Guilherme Carlos lhes disse muitas vezes
que se excediam demasiadamente; mas
nem por isso deixaram de o fazer.” (ESPINOSA, Fernanda. Antologia de textos históricos medievais.
Lisboa: Sá da Costa, 1981. P.332-3)
“Neste tempo revoltaram-se os Jacques em
Beauvoisin. Entre eles estava um homem
muito sabedor e bem falante, de bela figura e
forma. Este tinha por nome Guilherme Carlos.
Os Jacques fizeram-no seu chefe. Mas ele viu
bem que eram gente miúda, pelo que se
recusou a governá-los. Mas de fato os Jacques
tornaram-no e fizeram dele seu chefe, com um
homem tranquilo que era hospitalário, que
tinha visto guerras. Também às tinha visto
Guilherme Carlos, que lhes dizia que se
mantivessem unidos.
“No ano do senhor, 1348, aconteceu sobre
quase toda superfície do globo uma tal
mortandade que raramente se tinha
conhecido semelhante. Os vivos, de fato,
quase não conseguiam enterrar os mortos,
ou os evitavam com horror. Um terror tão
grande tinha-se apoderado de quase todo
o mundo, de tal maneira que nos
momentos que aparecia em alguém uma
úlcera ou um inchaço,
geralmente embaixo da virilha ou da axila, a
vítima ficava privada de toda assistência, e
mesmo abandonada por seus parentes. O
pai deixava o filho em seu leito, e o filho
fazia o mesmo com seu pai. (...)” (Papa
Clemente VI. Apud. PEDRERO-SANCHEZ, M. G. História da Idade
– Textos e testemunhas. São Paulo: Ed. da Unesp, 2000. p.194-5).
Disputa entre França e Inglaterra pela atual
região de Flandres e a pretensão de
Eduardo III (Inglaterra) pelo trono francês.
Nobres e camponeses participaram.
Destaque para Joana D’Arc, considerada
heroína da França e também uma santa
da Igreja Católica.