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ANO 17 Nº 181 Ago/10 Ainda nesta edição: Fundeagro publica seu balanço Página 06 Artigos: Novo Códi- go Florestal e o Funru- ral, dois dos temas mais importantes da atuali- dade para o produtor do Oeste Páginas 02 e 04 Milho: a luta dos pro- dutores na argumentação com o Governo para ade- quar os mecanismos de subvenção à realidade do cerrado baiano, e os avan- ço da Câmara Setorial de Grãos. Página 05 Olho no olho: reuni- ões em Placas, Bela Vista e Alto Horizonte aproxi- mam a Aiba dos produto- res, esclarecem dúvidas, orientam e põem em dia as demandas de quem atua na agricultura nestas regiões. Página 07 Página 02 Página 03 O ano de 2010 ainda está longe de acabar, mas já entra para a história da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) como um dos mais notáveis da sua existência. É o marco de duas décadas de fundação da entidade e está sendo coroado com um grande crescimento no número de associados. Foram 145 desde março. Mais do que mera contabilidade, o fato é um retrato fiel da credibilidade da Aiba, e do reconhecimento dos benefícios que ela gera, especialmente para quem faz parte do seu quadro. Aiba e ATP Engenharia assinam dois contratos de prestação de serviços para elaboração do projeto executivo de pavimentação de mais 114 quilô- metros de estrada no Oeste da Bahia: na BA 461, ligando o Anel da Soja (BA460) com a BR 242 (sentido Ta- guatinga, TO), passando pela Bela Vista; e na BA 462, ligando a BR 020 (à altura do Novo Paraná) com a BR 242 (sentido Taguatinga, TO), pas- sando pelo Alto Horizonte. Crescimento contínuo em quantidade e qualidade: cada vez mais produtores rurais se associam à Aiba Mais estradas

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ANO 17 Nº 181 Ago/10

Ainda nesta edição:

Fundeagro publica seu balanço

Página 06

Artigos: Novo Códi-go Florestal e o Funru-ral, dois dos temas mais importantes da atuali-dade para o produtor do Oeste

Páginas 02 e 04

Milho: a luta dos pro-dutores na argumentação com o Governo para ade-quar os mecanismos de subvenção à realidade do cerrado baiano, e os avan-ço da Câmara Setorial de Grãos.

Página 05

Olho no olho: reuni-ões em Placas, Bela Vista e Alto Horizonte aproxi-mam a Aiba dos produto-res, esclarecem dúvidas, orientam e põem em dia as demandas de quem atua na agricultura nestas regiões.

Página 07Página 02

Página 03

O ano de 2010 ainda está longe de acabar, mas já entra para a história da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) como um dos mais notáveis da sua existência. É o marco de duas décadas de fundação da entidade e está sendo coroado com um grande crescimento no número de associados. Foram 145 desde março. Mais do que mera contabilidade, o fato é um retrato fiel da credibilidade da Aiba, e do reconhecimento dos benefícios que ela gera, especialmente para quem faz parte do seu quadro.

Aiba e ATP Engenharia assinam dois contratos de prestação de serviços para elaboração do projeto executivo de pavimentação de mais 114 quilô-metros de estrada no Oeste da Bahia: na BA 461, ligando o Anel da Soja (BA460) com a BR 242 (sentido Ta-guatinga, TO), passando pela Bela Vista; e na BA 462, ligando a BR 020 (à altura do Novo Paraná) com a BR 242 (sentido Taguatinga, TO), pas-sando pelo Alto Horizonte.

Crescimento contínuo em quantidade e qualidade: cada vez mais produtores rurais se associam à Aiba

Mais estradas

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ANO 17 Nº 181 Ago/10 2

ANO 17 - Nº 181 - Ago/10Publicação mensal editada pela Associação de

Agricultores e Irrigantes da Bahia - Aiba

Jornalista Responsável:Catarina Guedes - DRT 2370-BA

Aprovação Final:Alex Rasia

Editoração Eletrônica:Eduardo Lena (77) 3611-8811

Impressão: Gráfica Irmãos Ribeiro

(77) 3614-1201

Tiragem:2.500 exemplares

Comentários sobre o conteúdo editorial desta publicação, sugestões e críticas, devem ser encaminhadas através

de e-mail para: [email protected]

Matérias da Abapa, Fundeagro e Fudação Bahia são de responsabilidade das referidas entidades.

A reprodução total ou parcial do conteúdo desta publicação é permitida e até recomendada, desde que

citada a fonte.

Av. Ahylon Macêdo, 11, Barreiras - BA - CEP. 47.806-180 - Fone: (77) 3613-8000 Fax: (77) 3613-8020

www.aiba.org.br

Produtividade é produzir mais, com menos custos, ocupando menos espaços. Uma lição que o agropecuarista brasileiro que tem acesso não apenas à terra

e as condições climáticas favoráveis, mas, sobretudo à tecnologia e à assistência técnica, aprendeu faz tempo. Basta ver o fantástico crescimento deste setor nos últimos 50 anos. No caso específico da produção de grãos, atividade altamente demandante de pesquisa agrícola e mecanização, segundo a Conab, o país saltou de 20 milhões de toneladas em 1965, para 146,7 milhões de toneladas na safra 2009/10, quando mais uma vez superou os seus próprios recordes. Variação, por-tanto, de 633,5%. Enquanto isso, a área plantada com esses mesmos grãos que, em 1965, era de 31,3 milhões de hectares, passou para 47,3 milhões de hectares na última safra, crescendo apenas 51% no mesmo período.

Como se vê, a velocidade de expansão das lavouras e o ritmo da produção destas dançam em compassos bem distintos. Também não acertam o passo a pro-dutividade do campo e a intensidade dos investimentos governamentais em infra-estrutura de portos, rodovias, armazéns, hidrovias e telecomunicações. Contudo, ainda mais surpreendente é o conflito entre a realidade e o Direito quando se trata do campo.

Para não falar na Trabalhista e na Tributária, que renderiam cada uma um ar-tigo, vamos nos ater à Legislação Ambiental, ainda mais evidente desde a publi-cação do Parecer do relator, deputado Aldo Rebelo, às propostas de alterações no Código Florestal Brasileiro.

O Código Florestal Brasileiro data de 1965. Teve seu mérito, mas não acompa-nhou as mudanças tecnológicas, geográficas e sociais da agropecuária e terminou por engessar a atividade. É como uma “tecnologia” antiga, defasada, incapaz de garantir a produtividade necessária para suprir as demandas de uma população que cresce, e mercados que emergem em progressão geométrica.

Se a lei não acompanhou o ritmo da evolução dos campos brasileiros, o mesmo se deu com os órgãos ambientais. Com muito menos gente, equipamentos ou es-trutura que o necessário, mas, com excedente ideológico, esses órgãos não deram conta dos novos processos que chegavam diariamente, solicitando autorização de supressão vegetal e averbação de reserva legal, dentre outros ritos que a atividade rural obedece para ser legal e sustentável, interesses básicos do produtor rural.

O perigo que esta situação representa para a economia e para a produção de ali-

Nova agricultura, velhas leis ambientais

Por Sérgio Pitt *

mentos e fibras colocou produtores e Governos na mesa. Estados como a Bahia, Mato Grosso e Santa Catarina saíram na frente e instituíram suas próprias leis, dentro de uma gestão compartilhada com a União, para sanar o problema. Em seguida, foi a vez do Governo Federal criar o programa Mais Ambiente através de decreto.

Algumas alterações propostas ao Código Florestal Brasileiro são controver-sas. Dentre elas, a imposição da moratória de cinco anos, período em que será proibido o corte raso para abrir novas áreas de lavouras em todo o Brasil, en-quanto se discutem novas leis e instrumentos ambientais para reger a atividade agropecuária.

O que parece bem intencionado, certamente será um freio no desenvolvimen-to do país. Já o que soa isonômico – mesmo tratamento para todas as unidades da Federação – nada mais é que uma grande injustiça, uma vez que o impacto desta moratória afeta muito menos áreas antigas e consolidadas como o Sul e Sudeste, que o Centro Oeste, onde o cerrado é o “estado da arte” em produção eficiente e de qualidade, e somente há poucas décadas começou a expandir, com muito investimento da iniciativa privada e bem pouco do Poder Público.

No Brasil, dizer que dinheiro dá em árvore não é surreal. A questão é que man-ter árvores nativas em pé tem preço: seja remunerar o produtor que preserva, ou impedir o suprimento de alimentos para esta e as próximas gerações. São questões sérias e devem ser debatidas e refletidas com bom senso e sem preconceitos.

No dia 29 de julho, durante as reuniões da Aiba nas microrregiões de Bela Vista e Alto Ho-rizonte o vice presidente Sérgio Pitt e o gerente regional para Bahia e Tocantins da ATP Enge-nharia, Antônio Afonso

Novas parcerias, mais estradasde Assis, assinaram dois contratos de prestação de serviços para elabo-ração do projeto execu-tivo de pavimentação de mais 114 quilômetros de estrada em pontos de grande intensidade agrí-cola da região. Um dos trechos na BA 461 tem 56km e ligando a BA 460 (Anel da Soja) com a BR 242 (sentido Taguatinga, TO), passando pela Bela Vista. O contrato foi no valor de R$ 536.480. O segundo trecho, cujo valor de contrato foi de R$ 555,640, está locali-zado na BA 462, e liga a BR 020 (à altura do Novo Paraná) com a BR 242 (sentido Taguatinga, TO), passando pelo Alto Horizonte, com 58 km de extensão.

“Este é o caminho: partir para a ação. Se

não fosse a iniciativa da Aiba, ficaríamos muito tempo sem asfalto, estra-das, pois estivemos de-sassistidos durante mui-tos anos pelos Governos. Essa é uma opinião da comunidade. A safra da região passa 100% por esses trechos. Quando fica impossível trafegar, partimos para vias alter-nativas”, afirmou o pro-dutor rural e delegado regional da Aiba na mi-crorregião de Bela Vista, Douglas Raddol.

O produtor Julio de Oliveira Lins partilha da opinião: “É um avan-ço. É o começo de uma nova era para o oeste da Bahia. O asfalta só vai melhorar a vida do pro-dutor, que não vai mais precisar deslocar trator para desatolar cami-nhão.”, disse.

* Economista, administrador e vice presidente da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba)

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ANO 17 Nº 181 Ago/10 3

O ano de 2010 ainda está longe de aca-

bar, mas já entra para a história da Associação de Agricultores e Irri-gantes da Bahia (Aiba) como um dos mais no-táveis da sua existên-cia. É o marco de duas décadas de fundação da entidade e está sendo coroado com um grande crescimento no número de associados. Foram 145 desde março. Mais do que mera contabili-dade, o fato é um retrato

Atuação contundente e muitas vitórias atraem novos associados para a Aiba

fiel da credibilidade da Aiba, e do reconheci-mento dos benefícios que ela gera, especial-mente para quem faz parte do seu quadro.

A Aiba, com seus 1,3 mil associados, representa 95% dos 1,7 milhões de hecta-res plantados na sa-fra 2009/10. Mas, sua ações excedem estes limites. A cada mês, mais produtores ade-rem à entidade. Confira no gráfico:

“Quando defende-mos os interesses dos nossos produtores, por extensão, beneficiamos o agronegócio como um todo, mas os nossos associados têm ganhos diretos e o suporte da entidade, que vem se es-pecializando há 20 anos. Por isso, o público en-tendeu as vantagens de ser parte da Aiba”, ex-plica o diretor executivo Alex Rasia. Para ilustrar, Rasia rememora uma das grandes vitória de 2010, fruto de uma ba-talha travada pela Aiba há mais de uma década, em uma série de ações judiciais desde 1997: a suspensão da cobrança da Contribuição Social Rural, também chamada de Funrural.

Estratégia para vencerAtravés de uma Tute-

la Antecipada, proferida pelo juiz federal substitu-to Igor Matos Araújo, da Vara Federal de Barreiras no dia 11 de março, os então cerca de 1,2 mil as-sociados pessoa física da Aiba, incluídos na ação, ficaram livres de reco-lher a Contribuição, que deixou de ser descontada pelas empresas adquiren-tes dos produtos de suas lavouras no momento da comercialização. E mais, terão direito a reaver tudo que foi relativo a este tri-buto desde 1997.

As ações peticiona-das em favor dos produ-tores foram encampadas pelo corpo jurídico da Aiba pelas Bancas Fe-lisberto Córdova Advo-gados e Pamplona Bal-

dissarella & Advogados Associados, que prestam totais esclarecimentos aos associados sobre detalhes dos processos, procedimentos a serem tomados, dentre outros.

“Defendemos du-rante 11 anos a tese da inconstitucionalidade sobre premissas mui-to bem embasadas, e o reconhecimento de que estávamos certos foi um para nós da Aiba um prê-mio tão grande quanto os próprios benefícios que esta conquista traz”, re-lembra o vice presidente da Aiba, Sérgio Pitt.

“O precedente aber-to pela ação vitoriosa da Aiba garantiu a pro-dutores de todo o Brasil seguirem pela mesma li-nha. Ou seja, não precisa necessariamente ser asso-ciado para usufruir desse benefício, mas o produtor opta pela entidade porque tem confiança, e sabe que conta com uma Associa-ção arrojada, profissional e com grande credibili-dade, o que franqueia a ela a entrada em todas as esferas dos setores públi-co e privado”, diz o pre-sidente da Aiba, Walter Horita.

Pioneirismo econsistência

Embasamento técni-co, credibilidade, com-promisso com o setor e com a região Oeste e capacidade criativa para encontrar soluções renderam à Aiba impor-tantes resultados. Esses atributos fazem toda a diferença na hora de ar-gumentar e negociar com

o Governo e entidades financeiras. Foi assim que surgiram iniciativas como o Fundesis, parce-ria de responsabilidade social da Aiba e do Ban-co do Nordeste que está ajudando a mudar para melhor a vida de milhões de pessoas da região, e a Rodoagro, rodovia que integra a BA 459 (Anel da Soja) à BA 225 (Co-aceral), passando por parte dos municípios de Barreiras e Riachão das Neves, onde estão con-centradas a maioria das lavouras que fazem do Oeste da Bahia um dos mais importantes pólos agrícolas do país.

Oeste em movimento

Este corredor viário de 200km é o resultado da união entre produtores e Governo, formalizada através de um Protocolo de Intenções celebrado entre Governo do Estado da Bahia, Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) e Banco do Nordeste (BNB), em 28 de agosto de 2009. Desde então, formou-se um Grupo de Trabalho com representantes da Aiba, secretarias de In-fraestrutura, Fazenda, Planejamento, Meio Ambiente, Agricultura, e Banco do Nordeste, que vem debatendo a melhor modelagem para im-plantação, manutenção e operação do Programa de Rodovias Estaduais no Oeste Baiano, que começa pela Rodoagro, mas tem extensão esti-mada de aproximada-mente 800 km.

Os sojicultores do Oeste da Bahia devem acessar o site da Associação de Agricultores Irrigantes

da Bahia - Aiba (www.aiba.org.br) para cadastrar ou atualizar os dados de suas propriedades para fins de controle do Vazio Sanitário da Soja, estabelecido pelo Ministério da Agricultura (Mapa) e executado pelo Governo do Estado da Bahia através da Se-cretaria da Agricultura (Seagri)/Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab). O Vazio da Soja é uma medida de controle da doença “ferrugem asiá-tica”, que no passado chegou a comprometer cerca de 30% das lavouras na região. No período que vai de 15 de agosto a 15 de outubro, o plantio do grão é proibido no cerrado baiano. Esta medida tem como objetivo quebrar o ciclo de reprodução do fungo causador da doença.

De acordo com Portaria da Adab, todo proprie-tário, arrendatário ou ocupante a qualquer título de propriedade produtora de soja, inclusive aqueles que utilizem quaisquer sistemas de irrigação, deverão realizar a cada ano o cadastramento da propriedade, assim como comunicar as eventuais alterações des-te no site da Aiba. “Quem não se cadastra não está pensando na coletividade e estará fora da lei”, conta o diretor executivo da Aiba, Alex Rasia. As penalida-des previstas em caso de descumprimento do vazio sanitário da soja são multa, interdição da propriedade e descredenciamento para o crédito rural.

Prejuízos passados - Na safra 2002/03 a praga destruiu 30% da plantação de soja da região Oeste da Bahia. Por isso, desde o ano passado, o vazio sa-nitário se tornou obrigatório na região, mesmo ocor-rendo praticamente de forma natural, já que nela a estação de chuvas é bem definida. O plantio ocorre em novembro e dezembro e a colheita entre março e abril. “A obrigatoriedade é imposta pelo Ministério da Agricultura para evitar polêmicas com outros es-tados, onde ocorrem chuvas”, afirma Rasia.

A única forma de controle da ferrugem, além do vazio sanitário, é a aplicação de fungicida. Es-tudos da Embrapa Soja apontam que os fungicidas protegem, em média, por 25 dias. “O conhecimento exato da área plantada com soja nos permite maior precisão do monitoramento e controle do fungo”, diz o presidente da Fundação Bahia, Amauri Strac-ci. Segundo o presidente, com as aplicações pre-ventivas outras doenças causados por fungos são controladas. Para Alex Rasia, a adoção das medidas preventivas contra a ferrugem trouxe outros benefí-cios para a região. “Antes, nossa média de produti-vidade não passava de 40 sacas por hectare. Agora, chegamos a 51 sacas/ha”, conta Rasia.

Aiba convoca sojicultores do Oeste a cadastrar dados para

o Vazio Sanitário da Soja

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ANO 17 Nº 181 Ago/10 4

Em decisão publicada no dia 26.04.10, o Su-premo Tribunal Federal reconheceu – defi-

nitivamente – a inconstitucionalidade da Contri-buição Social Rural, prevista no art. 25 da Lei 8.212/91 e cobrada, do Produtor Rural Pessoa Física empregador, sobre a receita bruta da co-mercialização da produção.

Referida decisão, de amplo conhecimento nos meios rurais, foi tomada no caso do Frigorífico Mataboi (RE 363.852/MG), onde oito Ministros integrantes do STF decidiram, à unanimidade, afastar a incidência do tributo e impedir sua co-brança “até que legislação nova venha a instituir a contribuição”(Voto do Ministro Relator Marco Aurélio de Mello).

Isso vale dizer – desde que o Poder Judiciário seja provocado – que não existe hoje, no orde-namento jurídico vigente, qualquer lei (válida) que tenha a força de cobrar o Funrural. Desta forma, nem a Lei 10.256/01, que veio depois da EC 20/98, nem a Lei anterior, que exigia a contribuição sobre a folha de salários, podem ser suscitadas para cobrar a exação. O STF sepultou o Funrural e somente uma Lei Complementar ou mesmo uma Emenda Constitucional poderiam instituir novamente a contribuição.

E esta conclusão, adotada no julgamento do Mataboi, não é só em relação à Pessoa Física empregador, mas pode ser alcançada, também, em relação às Pessoas Jurídicas, Agroindústrias e aos Segurados Especiais, uma vez que os de-feitos apontados pelos Ministros vão muito além da exigência de Lei Complementar, pois indi-cam a irregular regulamentação do tributo por Instruções Normativas (quebra do princípio da legalidade no caso dos segurados especiais) até a bitributação com PIS/COFINS (em relação às Empresas e Agroindústrias do setor).

A União, por seu turno, vendo que não exis-te uma saída dentro da atual legislação, jogando a toalha em relação ao embate jurídico, acaba por reconhecer a inconstitucionalidade do Fun-rural ao propor na PEC N° 233/2008 (PEC da reforma tributária), em tramite no Congresso, a regularização da cobrança, mantendo, contudo, a mesma base de cálculo para contribuição rural (“...receita, o faturamento ou o resultado de seus negócios..”), só que desta vez por meio de uma alteração na própria Constituição (Art. 195, § 12 da CF), como reclamado pelos contribuintes e re-ferendado pela Justiça.

Não obstante, hoje, sojicultores, cotoniculto-

FUNR

URAL

Recentes julgados, vitórias da Aiba em juízo e providências que devem ser tomadas pelos produtores

res, cafeicultores, pecuaristas, citricultores, pro-dutores de cana, enfim, todos os trabalhadores da terra (pessoas físicas, jurídicas e agroindús-trias), de Capinzal em Santa Catarina a Gilbués no Piauí, de Vilhena em Rondônia a Formosa do Rio Preto na Bahia, tem o direito de ingressar em juízo e, desde que elejam o meio processual adequado, podem recuperar e deixar de pagar o Funrural.

E as medidas judiciais, quando exitosas, repre-sentam significativa redução da carga tributária (de 2,1% a 2,85% do resultado da comercialização), uma economia de aproximadamente R$ 60,00 por hectare/ano (tendo por base a cultura da soja) que em tempos de preços pouco remuneradores pode ser, somado a possibilidade de restituição dos últi-mos 10 anos, a salvação da lavoura.

Neste sentido, os produtores organizados, sobretudo através de associações de classe (a forma mais moderna e eficiente de defender os direitos dos contribuintes), vêm buscando o Po-der Judiciário que, por sua vez, na esmagadora maioria, está acatando os pleitos dos ruralistas, como ocorreu com a AIBA que em suas ações (uma ajuizada em março de 2007 e a outra em fevereiro de 2010) obteve na Justiça Federal de Barreiras duas significativas vitórias em juízo, afastando, liminarmente, a exigibilidade do Fun-rural para mais de 1.200 produtores.

Outros tantos casos de êxito alimentam as esperanças dos contribuintes rurais, sobretudo os que residem em juízo, tanto pelo desfecho das decisões, quanto pelo tempo percorrido por uma ação. Como exemplo podemos citar o caso da ANDATERRA (Associação Nacional de De-fesa dos Agricultores, Pecuaristas e Produtores da Terra) que conta com vitória em 2º instância (decisão colegiada) junto ao Tribunal Regional Federal da 4º Região em Porto Alegre/RS (Fonte: http://andaterra.com.br/blog), obtida em menos de 08 meses de tramite processual.

Com a decisão, prolatada pelo Desembarga-dor Federal Álvaro Eduardo Junqueira, no dia 20 de março de 2010, a União foi condenada a devolver aos produtores rurais afiliados a AN-DATERRA (fruticultores da cidade de São Joa-quim/SC e rizicultores da região de Mirim Doce e Tubarão/SC) o percentual de 2,1% do Funrural (últimos 10 anos), acrescidos de correção e juros segundo a taxa Selic e o que é mais importante, sem o risco de retorno do tributo sobre outra a folha de salários, uma vez afastada a exação “até

que lei nova regulamente sua cobrança”.Referido precedente jurisprudencial (caso

concreto) favorece as ações ajuizadas pela AIBA que também busca em juízo a restituição do que fora recolhido indevidamente ao INSS nos últi-mos 10 anos. A AIBA defende, em favor de seus associados, a devolução dos 2,1 a 2,85% refe-rentes ao Funrural, isso desde o ano de 1997 até que a nova lei (Complementar ou alteração na Constituição como indica a PEC 233) entre em vigor, sem que esta desoneração (em tutela ante-cipada ou mesmo em provimento final) implique no recolhimento sobre a folha de salários (como decidido nos casos apontados).

O precedente do Tribunal Regional Federal da 4° Região, em Porto Alegre/RS, ação patro-cinada pelo Escritório Felisberto Córdova Ad-vogados de Florianópolis/SC (www.felisberto-cordova.adv.br) mesma banca que está à frente das ações ajuizadas pela AIBA em parceria com a Banca do Dr. Wagner Pamplona, é um dos pri-meiros casos no país de Ação Coletiva julgada favoravelmente em segunda instância e que dará início a uma execução provisória (processo onde serão apresentados os cálculos e as provas que demonstram ter o produtor arcado com o tributo – notas fiscais, extratos, romaneios, etc.).

Os agremiados da AIBA, portanto, aqueles que ainda não o fizeram, devem procurar a sede da Associação em Barreiras e dar início a sua ha-bilitação nas Tutelas Antecipadas (resguardan-do o seu direito de não mais recolher o tributo ou mesmo optando pelo depósito em juízo do Funrural), bem como iniciar a busca pelas notas fiscais, extratos e demonstrativos de desconto, documentação que pode e deve ser obtida com as Empresas Adquirentes e Cooperativas (onde o produtor entrega sua produção) e que será exigi-da no momento de executar a Sentença.

Referidos documentos já podem ser entre-gues aos cuidados da AIBA (originais ou cópias autenticadas), em sua sede na cidade de Barrei-ras/BA, para que os cálculos e eventuais diligen-cias já possam ser iniciados.

No mais é aguardar que a Justiça Federal do Estado da Bahia acompanhe o célere e eficiente exemplo do Tribunal sulista, confirmando, em seus julgados, o que o Supremo Tribunal Fede-ral consagrou no País e possibilitando, aos agre-miados da AIBA, a restituição do Funrural pago desde 1997 até que nova legislação, regular e constitucional, venha a instituir o tributo.

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gem de 50 mil toneladas no Oeste baiano. “Essa unidade vai permi-tir que seja realizado o programa de Aquisição do Governo Federal (AGF) para a formação de esto-que público e para retirar o exces-so de oferta do mercado”, disse. A decisão era uma das demandas da Câmara. “Há excedente de milho no mercado. É necessário retirar parte deste excedente, equili-brando a oferta com procura, seja através de AGF ou viabilizando a exportação do cereal”, afirma Sérgio Pitt.

A medida também agradou ao secretário Eduardo Salles, mas ele afirma que vai pleitear um centro de armazenagem com capacidade para 100 mil toneladas. “É o míni-mo diante do tamanho da safra da região”, conta.

Em junho passado, a Câmara Setorial entregou ao ministro Wagner Rossi um pleito com mudanças no programa de subvenção para melhorar a eficiên-cia desses mecanismos e aumentar a competitividade do milho baiano. “Há excesso de oferta, por isso as ações devem ser estratégicas para equilibrar oferta com demanda”, diz Pitt, secretário executivo da Câ-mara.

A Câmara também cobra a modificação dos procedimentos operacionais para a comprovação das operações perante a Conab, que deixa o pro-dutor refém do comprador, pois este condiciona deságios para fornecer a prova de compra do pro-duto. A idéia é utilizar informações das secretarias de Fazenda dos Estados. Neste sentido, represen-tantes da Câmara, acompanhados do Secretário Eduardo Salles, participaram nesta terça-feira de uma reunião com o Secretário da Fazenda Car-los Martins, buscando instituir mecanismos que subsidiem a comprovação das operações de PEP/PEPRO, em substituição às formalidades exigi-das dos compradores. A instituição da nota fis-cal eletrônica irá facilitar esta comprovação. Foi criado um grupo de trabalho com representantes da SEFAZ, Câmara e CONAB para desenvolver este trabalho.

Para o longo prazo, o pedido é o de viabilizar li-nhas de financiamento com juros subsidiados para investimentos em armazenagem, ampliando a capaci-dade atual.

ANO 17 Nº 181 Ago/10 5

O quarto leilão de Prêmio Equa-lizador Pago ao Produtor

– PEPRO, nº 181/10, do mês, re-alizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab-Mapa), no Oeste da Bahia, comercializou 70,73% das 120 mil toneladas de milho ofertadas no dia 29 de julho. Este leilão teve um desempenho melhor do que os dois últimos lei-lões realizados na região, nos quais foram arrematadas 13,4% e 56% das toneladas ofertadas do produto, mas ainda está longe de melhorar as condições de comercialização de milho no oeste baiano.

O lote 01, que ofertou 30 mil toneladas do grão, foi vendido in-tegralmente, com depreciação de 11,50% do prêmio. No lote 02, foram negociadas 5,36 mil tonela-das (26,8%), das 20 mil toneladas, com prêmio sem depreciações, de R$ 5,88 para o Norte de Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro. Os lotes 03 e 04, de 15 mil toneladas cada, com milho do Maranhão e Piauí, foram 100% negociados, sem depreciações nos prêmios.

O leilão ofertou para comercialização 80 mil to-neladas de milho, das quais 50 mil com origem da região Oeste da Bahia. Foi o sexto leilão de PEPRO do ano e o quarto do mês de julho realizado na re-gião, onde um grande excedente de milho no mer-cado regional tem derrubado os preços a patamares 30% inferiores aos preços mínimos de garantia do governo federal.

Para discutir mudanças nos instrumentos de comer-cialização do milho e assim contornar os problemas nos mecanismos de subvenção do cereal baiano, a Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Grãos da Bahia reuniu-se no dia 27 de julho com o diretor de Política Agrícola da Conab, Silvio Porto, e a superintendente da Conab para a Bahia e Sergipe, Rose Pondé. As decisões toma-das devem tornar os leilões mais atrativos e evitar os fracos desempenhos de vendas, como ocorreu nos dois últimos leilões, realizados em 8 e 15 de julho, quando foram comercializadas, respectivamente, apenas 13,4% e 56% das toneladas ofertadas do produto (120 mil em cada leilão).

Uma das decisões tomadas para tornar o milho do Oeste da Bahia mais competitivo foi a de equilibrar o valor do prêmio pago nos leilões da região com os prêmios pagos nos leilões realizados nos estados

Leilão de PEPRO comercializa 70% do milho baiano ofertado

do Centro-Oeste. “Dessa maneira, o comprador de milho do Nordeste, compra milho no Nordeste por ser mais competitivo, já que o prêmio é o mesmo e a logística é bem menor”, conta Pitt.

Segundo o secretário estadual da Agricultura, Eduardo Salles, essa decisão reduz as distorções do mercado. “Equilibrar o valor do prêmio aumenta a competitividade da Bahia e evita a redução da área plantada com o grão não só na Bahia, mas como no Nordeste todo.” afirmou. As dificuldades enfrenta-das pelos produtores baianos têm estacando o desen-volvimento da cultura do milho na região nos últi-mos anos. Hoje, dentro da matriz produtiva o milho ocupa menos de 9% da área cultivada, contra 23% em nível nacional.

Outra medida acertada para melhorar a realiza-ção dos leilões foi a ampliação do prazo para co-mercialização do produto, reivindicação constante da Câmara Setorial. De acordo com o diretor da Conab, Silvio Porto, já a partir do próximo leilão a ser realizado na região, o prazo de comercialização do produto será de 60 dias para cada aviso. “Ti-vemos êxito nas decisões tomadas nesta reunião. Não exatamente da forma que sugerimos, mas as soluções encontradas atendem ao produtor”, conta Sérgio Pitt, secretário da Câmara e vice presiden-te da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba).

Para o longo prazo, Silvio Porto afirmou que a Conab vai investir em uma unidade de armazena-

Câmara reunidaReivindicação antiga

Boas perspectivas

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Ainda não inventaram nada mais eficaz

para a comunicação que o diálogo olho no olho. E é assim, à moda antiga, que a Aiba está intensificando seu relacionamento com os associados, com uma série de encontros nas diversas microrregiões do Oeste da Bahia. Para isto, a entidade conta com o fundamental apoio dos delegados regionais. Es-tas iniciativas somam-se às assembléias e eventos regulares e especiais que a Aiba mantém ao longo do ano.

Nos dias 23 e 31 de julho, respectivamente, receberam a visita da ca-ravana da Aiba as micror-regiões de Placas, Bela Vista e Alto Horizonte. A agenda dos encontros abarcou, principalmente, as questões relativas às duvidas sobre a ação do Funrural, além do Plano de Adequação e Regula-rização dos Imóveis Ru-rais/Oeste Sustentável e rodovias.

Em Placas, no dia 23, um dos advogados do cor-po jurídico da Aiba, Gui-lherme Serpa, falou sobre a situação atual das ações movidas pela Aiba quanto ao Funrural, e as provi-dências necessárias para a repetição de indébito. Todos os produtores pre-sentes já haviam aderido

Olho no olho com o produtorà ação e relataram suas experiências e satisfação com a iniciativa.

Depois, foi a vez do diretor de Meio Ambien-te da Aiba, Cisino Lopes, abordar o Plano Oeste Sustentável, com um pa-norama desde a sua fase inicial, provocada pelos efeitos da Operação Ve-redas, até os dias atuais. O Plano foi apresentado como uma oportunidade ímpar para regularização da situação ambiental das propriedades. O dire-tor respondeu aos muitos questionamentos dos pro-dutores presentes, princi-palmente, relativos à pos-sibilidade de aplicação de multas e exigência de licenciamento ambiental para liberação de finan-ciamentos nos agentes fi-nanceiros.

“As discussões foram muito bem posicionadas. A ação da Aiba, junto com os governos Esta-dual e Federal, em busca da legalização do passivo ambiental da Bahia tem o apoio dos produtores. A Aiba está no caminho certo.”, disse o produtor Paulo Almeida Schmidt.

O produtor Laércio Lodi, que participou das reuniões, concorda: “O de-bate sobre meio ambiente foi muito interessante. Foi bom para se atualizar e co-nhecer mais sobre o Plano

Oeste Sustentável”.Crédito - Na reunião,

o gerente da agência Bar-reiras do Banco do Nor-deste, Francisco Carlos, apresentou as linhas de crédito do banco, com ên-fase no “FNE Verde”, para recuperação de passivos ambientais. Falou-se tam-bém sobre o Fundesis, do Núcleo de Apoio ao Pro-dutor para Captação de Recursos (NAP), da Aiba e Fundação Bahia e outras atividades desenvolvidas pela Aiba e BNB, inclu-sive a criação do Fundo de Aval, como iniciativa pioneira que estimulou o banco a ampliar sua atua-ção na região Oeste.

Como sugestão de uma nova ação judicial da Aiba, os produtores da região solicitaram inter-venção junto a uma em-presa de classificação de

soja que atende na região, prestando serviços para esmagadoras. De acordo com os produtores, esta empresa não estaria apli-cando corretamente as normas do MAPA. O caso será avaliado.

No dia 31, foi a vez de Bela Vista e Alto Ho-rizonte. Além dos assun-tos tratados em Placas (Funrural), Plano Oeste Sustentável e linhas de crédito do BNB, para re-composição de reservas e áreas degradadas, dentre outras), a situação das es-tradas teve grande abor-dagem.

Durante as reuniões, dois contratos (vide ma-téria na pág 02) foram firmados entre a Aiba e a ATP para a construção de dois novos e estratégicos trechos de estrada nas BRs 461 e 462.

Bogo Soares Materiais Elétricos Ltda Felipe Kudiess Harald Kudiess

Mendonça Importação e Comércio Ltda Osório Ripol Júnior

NOVOS SÓCIOS - JULHO e AGOSTO

Localidade de Bela Vista

Localidade de Alto HorizonteLocalidade de Placas

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Desenvolvido pela Abapa, o Proje-

to AlimentAÇÃO visa a qualificação de profis-sionais de cozinha e in-teressados. Este proje-to promove treinamen-tos que focam assuntos importantes à prepara-ção de refeições de qua-lidade. Os treinamentos abordam assuntos im-portantes para a prepara-ção de alimentos como:

• Noções Básicas de Alimentação e Nutrição;

• Noções Básicas de Microbiologia de Ali-mentos e Doenças de Origem Alimentar;

• Higiene e Asseio Pessoal do Manipulador de Alimentos;

• Higiene do Ambien-te de Trabalho;

• Higiene dos Ali-mentos, condições de matéria-prima e organi-zação de estoque;

• Uso Racional da água;

• Evitando Desperdí-cio de recursos;

• Aproveitamento Integral dos Alimentos

Desde que foi lançado, em novembro de 2006, o Programa de Inclusão Digital (PID) do Fundo

para Desenvolvimento do Agronegócio do Algodão – Fundeagro vem realizando sonhos e transformado a vida de vários jovens do Oeste da Bahia, garantindo-lhes acesso às Tecnologias da Informação. O Programa já beneficiou 280 estudantes nas localidades de Bar-reiras, Luís Eduardo Magalhães, São Desidério e no Distrito de Roda Velha.

Um levantamento do Fundeagro sobre os egressos das duas últimas turmas de formandos, cuja cerimônia de entrega do diploma aconteceu em julho, detectou que dentre os 80 alunos, 23 já estão inseridos no mer-cado de trabalho. O PID promove, para alunos selecio-nados na rede pública de ensino, capacitação na área de Informática, favorecendo o acesso destes jovens ao primeiro emprego.

O sucesso alcançado pelo Projeto foi tanto que o Fundeagro não apenas vai manter a iniciativa, como vai ampliá-la. “Pode ser pouco, se pensarmos no uni-versos de excluídos digitais que temos à nossa volta, mas para estes cerca de 300 rapazes e moças, o PID está fazendo a diferença. Para nós que plantamos algo-dão, esta é uma forma eficaz de praticar a verdadeira cidadania, que é aquela que dá os meios para que os indivíduos possam fazer os seus próprios caminhos”, disse o presidente do Fundeagro, Ezelino Carvalho.

Veja abaixo quem, dentre os alunos das última duas turmas, já está trabalhando após, a conclusão do curso:

Alessandra Dias Cruz, Luiz Ricardo Sansiverinato, Elciclei Oliveira dos Santos, Dalvan Gabriel Antunes, Camila Santos, Arlei Roberto Seibel, Douglas Ferna-des O. dos Souza, Isabel Macedo da Silva Ferreira, Diana Paula Seibel, Edson Cezar Ferreira Alves, Mau-ricio Alves de Oliveira, Nathiara Baldisera da Cruz, Naiane Brito Palmeiras, Mayane Mayara Rodrigues, Tainá Paixão Barros, Jakson Fernando do Nascimento, Raildo dos Reis, Maraisa Oliveira Dias, Lohana Dos Santos Botelho, Sanyelle Xênia Ferreira, José Eduardo dos Santos Dias, Reverson Murad Xavier,

Projeto AlimentAÇÃO promove cursos semanais(uso de cascas, talos e folhas para preparação de novas receitas);

• Preparo de Refei-ções.

Cada turma é forma-da por até 12 pessoas. A duração é de 4 dias úteis (32 horas), de segunda a quinta-feira, em período integral (manhã e tarde). As aulas teóricas ocor-rem na sede da Abapa, em Barreiras, e as aulas práticas acontecem no Centro de Treinamento em Alimentação, locali-zado a Avenida Ahylon Macedo, 700-A (próxi-

mo à Abapa/Aiba). Todos os participantes recebem certificados de participa-ção ao final do curso.

Os treinamentos ocorrem semanalmente e são gratuitos para cola-boradores de associados da Abapa, estendendo-se para associados da Aiba, Abacafé, dentre outros.

A capacitação pro-fissional é recurso para o desenvolvimento. O treinamento de colabo-radores de cozinha pode promover uma melhor utilização dos recursos, sejam eles gêneros ali-

mentícios ou outros, di-minuindo o desperdício e possibilitando o uso consciente dos mesmos. Além disso, pode haver um melhor aproveita-mento da qualidade nu-tricional dos alimentos com as técnicas de pre-paro e uso integral dos alimentos utilizados no treinamento. Uma me-lhoria na alimentação a baixo custo e uso inteli-gente dos recursos.

Para mais esclareci-mentos, entre em con-tato pelo telefone (77) 3613.3568.

PID ajuda mais jovens aconquistar o primeiro emprego

Propulsão social

Êxito do Projeto de Inclusão Digital leva Fundeagro a manter e ampliar a iniciativa

O Fundo para o De-senvolvimento

Integrado e Sustentável da Bahia (Fundesis) re-cebeu e está avaliando 28 projetos de entidades sociais que atenderam ao Edital 2010, lançado no último dia 1º de ju-nho, durante a abertura da Bahia Farm Show. A divulgação do resul-tado final está prevista para o dia 16 de agosto, através do site da Aiba (www.aiba.org.br). Este ano, chama a atenção dos coordenadores do Fundo a diversificação

Edital 2010 do Fundesis está na reta finaldos municípios onde se localizam as entidades pleiteantes aos R$700 mil disponibilizados pelo Fundesis. São ao todo seis municípios, compro-vando a consolidação e a popularização da inicia-tiva, nascida da parceria da Aiba com o Banco do Nordeste em 2007.

Concorreram neste edital, projetos oriundos dos municípios de Bar-reiras, São Desidério, Luís Eduardo Maga-lhães, Angical, Tabocas do Brejo Velho e Cor-rentina. Apenas os pro-

jetos de organizações da sociedade civil sem fins lucrativos, consti-tuídas juridicamente há pelo menos dois anos, com experiência míni-ma também de dois anos puderam se candidatar aos recursos. Desde a criação do Fundo, outros R$700 mil foram inves-tidos, e beneficiaram di-retamente mais de duas mil pessoas, através de 16 projetos de 13 entida-des, nos municípios de Barreiras, Luís Eduardo Magalhães e Angical.

O Fundesis é uma das

mais importantes ações de Responsabilidade Social desenvolvidas pela Aiba e conta com a parceria do Banco do Nordeste do Brasil. Seu objetivo é contri-buir para a melhoria da qualidade vida de milhares de pessoas na região, através do financiamento de pro-jetos sócio-educativos, com ações são voltadas para a Inclusão Social e Digital, Educação, Cultura, Saúde Preven-tiva, Geração de Renda e Empreendedorismo.