cpp - recurso extraordinÁrio - fernando da costa tourinho filho

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CAP~TULO29 DORECURSOEXTRAORDINARIO SumrioI . lVoes gerais.2. Recursoextraordznrio: conceito. 3. A denominao "extraordznno':4. Outrasfunes do S E 5. Quando cabvelo recurso extraordznno? 6. Legztimzdade.7. Pmcedimento.8. Denegao. Recurso oponvel. 9. Pmcedzmento no juizo"ad quem': I O. Problemas especiais. O fwequestzonamento. 11. Recurso extraordinizo e recurso especzal. 12. Modelo. 13. Smulas do STF em matna n'mznal. 1.NOOES GERAIS Hoje,entrens,asumma davisio dos recursosesta: recursoex- traordinrio,recursoespeczal erecursosordinrios.Taldistinofeita com respaldo na Constituio. Recurso extraordinrio aquele que tem por finalidade levar ao conhecimento do Supremo Tribunal Fe- deral uma questo federal de natureza constitucional. O especial tem por finalidade levar ao conhecimento do Superior Tribunal de Justi- a uma questo federal de natureza infraronstitucional. Ordinrios so to- dos os demais recursos. 2. RECURSO EXTRAORDINRIO: CONCEITO Recursoextraordinrio, hoje,em faceda delimitao imposta pelaConstituio de 1988, aquelemedianteo qual se propiciaao mais alto Tribunal do Pas manter o primado da Constituio. Por seu intermdio o Excelso Pretrio, como guardio supremo da Lei Maior, tutela os mandamentos constitucionais. Desde o seu in- gresso no Direito ptrio, com a proclamao da Repblica, sob a inspi- rao constante do wnt of error, procurou-se e procura-se manter, por meio dele, a autoridade e proeminncia da Constituio. Ath poucotempo, o recurso extraordinrio tinha, tambm, por finalidade a unidade e a tutela do Direito federal. Procurava-se, 783 ainda, por seu intermdio, manter a autoridade das leis federais. Cum- pria-lhe observar o respeito vigncia e ao fiel cumprimento das leis federais e seus tratados. Agora, a tarefa do STF est dividida com o STJ. Enquanto aque- le se incumbe de manter o primado da Constituio, a este cabe man- ter o respeito, a autoridade e a proeminncia das leis federais e dos tratados que o Brasil celebra. Alis, quando da proclamao da Repblica, constitua(e cons- titui) um dos imperativos do regime federativo, com organizao de Justia prpriae autnoma de cada Estado da Federao, a institui- o de umrecursoda ndole do recursoextraordinrio. Docontr- rio, cada Estado, com a sua Justia, poderia dar Constituio ou s leis federais a interpretao e sentidobem quisesse. Coube, ento, ao Supremo Tribunal Federal, como cimeiro do Poder Judicirio, a funo de, mediante recurso extraordinrio, manter oprimadoda Lei Maior e orespeito s leis elaboradas pelaUnio, sem que se quebrasse, com isso, a autonomia judiciriados Estados. Da ter dito Arnaro Cavalcanti que o recurso extraordinrio tem por finalidade no a correo das decises erradas ou injustas, mas, to- somente, opredomnioda Constituioda Repblicaeorespeito das leis federais(Recurso extraordinrio, O direito, v.112, p. 530). Tal funo, em face da Carta Magna em vigor, est dividida entre o Supremo Tribunal Federal e o Superior Tribunal de Justia. Aquele como Corte Constitucional, e este como Corte de Direito federal. Noo fato de a sentena ser injusta ou a circunstnciade o rgo jurisdicional haver laborado em erro que autoriza a interposio do recurso extraordinrio ou do recurso especial. O que positivamente o autoriza"a questo de saber se a Constituio da Repblicafoi desautorada, se umaleifederalou umtratado vlidoesehouve julgamentocontra essa validade". Avidado recursoextraordinrioesttoligadadorecurso especial que, s vezes, torna-se difcil falar de um sem falar do outro, porque hojeos rgos incumbidos de preservara Constituio e as leis federais so o STF e o STJ. por meio desseapelo raro, desserecurso extremo, que se leva ao conhecimento da mais alta Corte de Justiaa notcia sobre possvel desrespeito Lei das Leis. De observar, contudo, que o recurso extraor- dinrio no interposto de qualquer deciso que haja desrespeitado a Constituio, mas to-somente das decises proferidas pelos Tribu- nais, quaisquer que eles sejam (ainda que seja Turma Recursal; a pro- psito a Smula 640 do STF), em nica ou ltima instncia. Explica- se: se um Juiz de Direito estiver sendo processado, obviamente o pro- cesso tramita, unicamente, peranteo Tribunal de Justia.Se este, na sua deciso, afrontar a Lei Maior, tal deciso foi proferidaemnica instncia. Mas, se o Tribunal,apreciando um recurso, proferir deci- so com possvel desrespeito Lei das Leis, tal deciso foi proferida em ltima instncia, cabendo, tambm, o recurso extraordinrio. Cum- preobservar que, em matriaeleitoral, ainda que presente contro- vrsia de ndole constitucional, descabe o recurso extraordinrio para o STF. Nesse caso, haja ofensa Constituio ou lei federal, o recur- so para combater a deciso do Tribunal Regional Eleitoral o previs- to no art. 276, 1"do Cdigo Eleitoral,oponvel no prazo de trs dias, e dirigido ao TSE. Vejam-se, a propsito, RTJ, 40/156,164/352; Ag. 250.029/SP,Rel. Min. Celso de Mello; Ag. 164.495/MG7Rel. Min. Marco Aurlio; Ag. 249.260/MG, Rel. Min. Ilmar Galvo; Pinto Ferreira, Comentrios a Constituio brasileira, cit., v.4, p. 520; Antnio Tito Cos- ta, Recursos em matm'a eleitoral, Revista dos Tribunais, 1992, p. 83-90 e 93-7. Mas,seadeciso do TSEviolentaraConstituio, o RE ser dirigido ao STF. A histria do recurso extraordinrio est profundamente li- gadado prprioSTF, que foicriado peloDecreto n.848, de 11-10-1890. A princpio,o nmero de Ministros era de quinze.O Decreto n. 19.656, de 3-2-1931, diminuiu para onze, nmero que foi mantido pelas Constituies de 1934,1946,1967e Emenda Constitu- cional n. 1, de 1969. Certo que a conjuntura poltica de 1964 obrigou a elevao desse nmero para dezesseis, mas, logo em seguida, voltou mesma quantidade fixada anteriormente - onze. A denominao extraordinrio no era sequer conhecida na Car- ta de 1891. Ali se falava simplesmente em recurso, e a recurso se refe- ria a Reforma de 1926. Mas, antes mesmoda primeira Constituio Republicana, o Regimento Interno da Augusta Corte, por influncia do Direito argentino, batizou aquele recurso excepcional de extraor- dinrio, e at hoje o qualificativo perdura. 4.OUTRkS FUNOES DO STF A Suprema Corte, entre ns, no exerce apenas o papel de, por meio do recurso extraordinrio, manter o primado da Constituio. Como rgo de cpula do Poder Judicirio,a par da sua competn- cia rationepersonae para processare julgar, naquelas hipteses estabe- lecidas no art. 102, I, b e c, da CF, as pessoas ali enumeradas, inclusive o Advogado-Geral da Unio, que adquiriu status de Ministro por for- a de medida provisria, compete ainda ao Supremo Tribunal Fede- ral processar e julgar:a) a ao direta de inconstitucionalidadede lei ou ato normativo federal ou estadual; b)ohabeas corpus, nos termos do art. 102, I, d, da CF, ou quando o coator for Tribunal Superior ou quandoocoatoroupacienteforautoridadeoufuncionriocujos atos estejam sujeitos diretamente jurisdiodo STF, ou se trate de crime sujeito mesma jurisdio em uma nica instncia; c)a reviso criminal de seus julgados; d) os conflitos de competncia entre o STJ e quaisquerTribunais,entre Tribunais Superiores, ou entre estes e qualquer outro Tribunal; e)julgar,em recurso ordinrio, os crimes polticos e os habeas corpus, quando a deciso denegatria for proferi- da pelos Tribunais Superiores, em instncia nica;fl julgar em recur- soextraordinrioasdecisesde quaisquerTribunais, emnicaou ltimainstncia,quecontrariaremaCF,declararemainconsti- tucionalidade de tratado ou lei federal ou julgaremvlida lei ou ato de governo local contestado em face da CF. Aaodireta deinconstitucionalidade, que anteriormentes podiaser proposta pelo Procurador-Geral da Repblica, hoje pode, tambm, ser promovida pelo Presidente da Repblica, Mesa do Sena- do, da Cmara dos Deputados,das Assemblias Legislativas, Gover- nadores, Conselho Federal da OAB, partidos polticos com represen- tao no Congresso Nacional,confederaes sindicais ou entidades de classe de mbito nacional. 5. QUANDO CABVELO RECURSO EXTRAORDINRIO? At a Constituio de 1967 era bemmais amplo o raio de ao do recurso extraordinrio. A Constituio de1988, no inciso 111do art. 102, contudo, restringiu a incidncia do apelo raro, reservando-o, apenas, paraas hipteses que envolvam matria constitucional. As- sim, cabe o recurso extraordinrio para a Augusta Corte das decises em nica oultima instncia que: a) contrariarem dispositivo da Constituio Federal; b)declararem a inconstitucionalidadede tratado ou lei federal; c) julgaremvlida lei ou ato de governo local contestado em face da Constituio Federal; d) julgarem vlida lei local contestada em face de lei federal. "Em nica oultimainstncia",dizotextoconstitucional. As- sim, se a deciso do Tribunal aquo for contrria ao ru por maioria de votos, ainda cabe o recurso de embargos infringentes ou de nuli- dade. Sea Defesa se descurar, noointerpondo, nomaispoder fazer uso do recurso extraordinrio, porque a ltima deciso que se- riaa do rgo competente para julgaros embargosnoocorreu e, assim, "no se teria uma deciso final do Tribunal hierarquicamente inferior". Nesse sentido a Smula 281 do STF. Contrariar dispositivo da Constituio dispor de modo diver- so; aplicar a lei em discordncia com o texto da Lei Fundamental, dando-lhe uma interpretaso diversa, aplicando-a "de forma errnea". Declarar a inconstitucionalidadedetratadoou leifederal. As- sim, quando o rgo jurisdicionalao proferir uma deciso for levado a declarar, em nvel de incidente, a inconstitucionalidadede tratado ou lei federal, cabvel ser o recurso extremo, sob esse fundamento, ds que a deciso seja proferida em nica ou ltima instncia. Julgar vlida lei ou ato de governo local contestado em face da Constituio Federal. Em matria penal, parece-nos ser de dificil ocor- rncia. Verifica-se a hiptese quando o Tribunalempresta maisim- portncia a uma lei ou ato do governo local do que a LexMater. Esta ficaria num plano subalterno. Emprestar-se-ia mais importncia aqueles que a esta. Julgar vlida lei local contestada em face de lei federal. como soa a alnea d do inciso I11 do art.102 da CF, introduzida pela EC n. 45/2004. Assim, se uma lei municipal ou estadual for elaborada ao arrepio de lei federal, cabvel, agora, o recurso extraordinrio, e no o especial, como sucedia antes da Emenda Constitucional n. 45/2004. Insta acentuar que, em matria eleitoral, o recurso contra dispo- sio da Constituiio ou de lei federals pode ser dirigido ao TSE. Nessesentido, Manoel Gonalves FerreiraFilho,Comentrios, cit., v. 3, p. 30-32; Pinto Ferreira,Comentrios aConstituio brasibira, cit., v. 4, p. 520; Antnio Tito Costa, Recursos, cit., p. 83-90;Ag. 161.529/PE, Rel. Min. Celso de Mello; Ag.164.495/MG, Rel. Min. Marco Aurlio, InformativoSTFn. 159. verdade que o art. 276 do Cdigo Eleitoral no faz referncia a decises que contrarim a Constituio. Contu- do, dispondo a Magna Carta, no seu art. 121, 4"que as decises do TRE proferidas contra disposio expressa da Constituio ou de lei ... admitem recurso para o TSE, evidente que aquela regra se anula em relao a esta. Por outro lado, a exigncia da argio de relevncia da questo federal no mais ser exigida, mesmo porque a Constituio a ela no se refere e tampouco conferiu poderes ao STF para, em seu Regimento Interno, regular o processo e julgamentodos feitos de sua competn- cia, tal como ocorreu ao tempo da Carta de 1967 e das Emendas Cons- titucionais n. 1/69 e 7/77. Alis, quando se tratava de argio de ofensa Constituio, o recurso extraordinrionoficava subordinado existncia ou no de relevncia. A questo era sempre relevante. 6. LEGITIMIDADE Desde que a hiptese se subsuma na moldura do art.102,111, a, b,c ou d, da CF, pode a parte sucumbente(Ministrio Pblico, Defe- sa, querelante) interpor o recurso extremo. Quanto ao assistente, h duas restries impostas pelas Smulas 208 e 210: "O assistentedoMinistrioPbliconopoderecorrer,inclusiveextraor- dinariamente, de decisoconcessiva dehabeos corpus". "O assistentedo Ministrio Pblico pode recorrer, inclusive extraordinaria- mente,noao penal,nos casos dosarts. 584, 31"e 598 do CPP". Se o recurso extraordinrio interponvelde decises de nica ou ltima instncia proferidas por quaisquer Tribunais, segue-se que o rgo do Ministrio Pblico legitimado a interp-loaquele que atua peranteo Tribunala quo. No Estado de So Paulo, compete ao Procurador-Geral de Justia, como chefe da Instituio, interpor re- curso extraordinrio, nos termos do art. 27,II, n. 5,da Lei Orgnica doMinistrioPblico.Mas,comosoosProcuradoresque atuam juntoaos Tribunais, podem eles(e o que normalmente acontece), tomando cincia do julgado,ou interpororecursoextraordinrio, subscrevendo-o juntocomo Procurador-Geral, ou sugerir ao chefe da Instituio sua interposio. E se se tratar de recurso extraordin- rio contra deciso de Turma Recursal? A ns nos parece dever o pr- prio Promotor de Justia que atuar na Turma interp-lo e, ao mesmo tempo,submet-lo aocrivodo Procurador-Geralde Justia,queo subscrever. 7. PROCEDIMENTO O procedimento do recurso extraordinrio, quer em matria cvel, quer em matria criminal, foi uniformizadopelos arts. 26 e seguintes da Lei n. 8.038, de 28-5-1990. O recurso, nas hipteses previstas no art. 102,111, a, b,c ed,da CF, ser interposto no prazo de quinze dias, perante a Presidncia do Tribunal recorrido(qualquer Tribunal), em petio expondo o fun- damentolegaldorecursoe, emanexo,nosasrazesdo inconformismo, ao Presid'ente do Tribunalrecorridoe ao Superior Tribunal de Justia, como tambm do fato e do direito, demonstran- do ocabimentodo recursointerpostoe, finalmente, indicandoas razes do pedido de reforma da deciso recorrida. Embora no esteja ainda em vigor,dependendo de lei discipli- nadora, aEmendaConstitucionaln. 45/2004introduziuumpar- grafo(o 3"no art.102 da CF,verbis:"Norecursoextraordinrio o recorrente dever demonstrar a repercusso geral das questes cons- titucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o Tribu- nal examine a admisso do recurso, somente podendo recus-lo pela manifestao de dois terosde seus membros". Trata-se, emoutras palavras, da vivificaoda"relevantequesto federal", que vigorou durantemuitosanos, como forma de filtrarasquestes levadas ao ExcelsoPretrio. Essacondioparaaadmissibilidadedo recurso extraordinrio, ao que tudo indica, ficar a cargo exclusivo do Pleno do Pretrio Excelso. Na Alemanha, o uso de um recurso semelhante ao nosso recurso extraordinriosomente ter andamento seotribunalrecorridore- conhecer a importncia fundamental da causa (cf. Moreira Alves, I1 Frum Jurdico - a Constituiobrasileirade 1988, p.1999). Inadmitido, a parte vencidapoderinterporagravo de instru- mento, noprazode cincodias,paraoSupremoTribunalFederal, obedecida a regra do art. 28 da Lei n. 8.038/90,atentando-se para a Smula 288do STF:"Nega-se provimentoaagravo parasubidade recurso extraordinrio, quando faltar no trslado o despacho agrava- do, a deciso recorrida, a petio de recurso extraordinrio ou qual- quer peaessencial compreenso da controvrsia".O agravo ser instrudocomas peas apresentadas pelo agravantee dele constan- do, obrigatoriamente,aquelas mencionadas no 5lV0 art.544 do CPC, com a redao dada pela Lei n.10.352, de 26-12-2001. A peti- o de agravo ser dirigida Presidncia do Tribunal de origem, no dependendo do pagamento de custas e despesas postais. O agravado ser intimado, de imediato, para, no prazo de dez dias, oferecer res-t posta, podendoinstru-la comcpiasdas peasqueentendercon- I venientes. Em seguida, subir o agravo ao STF, onde ser processado na forma regimental(cf. 5 2"o art. 544 do CPC, com a nova redao dada pelo diploma supracitado). Com a resposta ou sem ela, a Presi- 1 dncia remeter os autos do agravo ao STF, no sendo lcito ao Tribu- naln quo deixar de faz-lo, ainda que interposto intempestivamente (RTJ76:66'7), mas, setalocorrer, restarao interessadofazer recla- mao ao STF, que imediatamente farvaler sua competncia, avocando h os autos, nos termos dos arts. 13 a18 da Lei n. 8.038/90.O juzode admissibilidade do agravo da exclusiva alada do STF. No STF, distribudo o agravo, o Relator proferir deciso. E, nes- q sa oportunidade, tem ele inteira liberdade de apreciaras condies de admissibilidade do recurso, no estando vinculado s razes adotadas pela Presidncia do Tribunal recorrido (RTJ149918,159680,170622). Seo Relator negarseguimentoou provimentoao agravo de instru- I mento, caber agravo regimentalparao rgo julgador(Turma ou Plenrio), no prazo de cinco dias. Nahiptese de o agravo ser provi- do, se o instrumento contiver os elementos necessrios ao julgamen- to do mrito do recurso extraordinrio, o Relator determinar, desdelogo,suainclusoempauta,observando-sedaparaa frente o procedimento do recurso extraordinrio no Juzo ad quem ( v.item 9 deste captulo). Seo recursoextraordinrio for interposto sob dois fundamen- tos(art. 102,111, a ec,da CF,p. ex.), se a Presidncia do Tribunal a quo inadmitirorecursoquanto a umf~lndamento,podera parte interessada interpor agravo de instrumento, observando-se o que dis- semos a respeitodesse agravo linhas acima. Nessecaso, os autos so- bem com o recurso extraordinrio e, em separado, sobe o agravo de instrumento. Se a parte interpuser recurso extraordinrio e recurso especial, dever faz-lo, dentro no mesmoprazode quinze dias, em peties distintas, coma exposio do fato edo direito, a demonstraodo cabimento do recurso e as razes do pedido de reforma da deciso recorrida. Protocoladasas peties naSecretaria do Tribunala quo,ser o recorridointimado, logo a seguir, paraapresentar suas contra-razes noprazode quinzedias. Findoesse prazo,comascontra-razes ou sem elas, os autos vo Presidncia do Tribunal recorridoparaa ad- misso, ou no, dos recursos. Se admitidos, subiro os autos ao Superi- orTribunal de Justia. Concludo o julgamentodo recursoespecial, sero eles encaminhados ao STF para apreciar o recurso extraordin- rio, se este no estiver prejudicado. Se o Relatordo recursoespecial (no STJ)considerar que o recurso extraordinrio prejudicial do es- pecial, em deciso irrecorrvel, sobrestar o seujulgamento e remeter os autos ao STF para julgaro extraordinrio.Cumpre observar que, nessecaso,seoRelatordo recursoextraordinrio, emdespacho irrecorrvel,nooconsiderar prejudicial,devolver osautos ao STJ, para o julgamento,por primeiro, do recurso especial. Insta esclarecer que, em se tratando de ao penal privada, salvo a hiptese do art. 32 do CPP, haver desero do apelo excepcional se no for feito o preparo, isto ,se no forem pagas as despesas judi- ciais. Esse preparo, de acordo com a Lei n. 3.396, de 2-G1958, devia ser feito no prazode trs dias, a partir da publicao do aviso. Entre- tanto, o Regimento Interno da Suprema Corte disps no seu art. 59, I, que o preparode recursointerposto peranteoutros Tribunais faz-se juntos suas Secretarias e no prazo previsto na lei processual. Ao que parece a matria est disciplinada no art. 41-B da Lei n. 8.038/90. 8. DENEGAO. RECURSO OPONIVEL Do despacho do Presidente do Tribunal que no admite o recur- so, cabe agravo de instrumento, interponvel no prazo de cinco dias. Pode, tambm, ser este oponvel em havendo indeferimento in limine. Incabvel seria a o agravo regimental, porque o rgo de admissibili- dade ou no do apelo excepcional no o Tribunal a quo, e sim o seu respectivoPresidente.Dessemodo, como poderiaoTribunalaquo apreci-lose cabe exclusivamente ao Presidente julgaradmissvel ou no o recurso extraordinrio? Assim, havendo denegao de recurso extraordinrio, como de qualquer outro que deva subir Excelsa Corte, o recursooponvel o agravo de instrumento. Embora o art. 640 do CPP fale na cartatestemunhvel como o recurso adequado contra as decises que denegam o apelo raro, o cer- to que tal dispositivo, no particular, foi revogado pela Lei n. 3.396, de 2-G1958. Essa lei, alm de instituir o agravo de instrumento no proces sopenal,comosubstitutivo da cartatestemunhvel,paraocasoem apreo, tornousem efeito vrios dispositivos do CPPpertinentesao recurso extraordinrio (arts. 632 a 636) e,ao que parece, assim agiu o legislador porque, no agravo, o prazo para a interposio era e mais amplo.Enquanto nesteoprazoseconta porunidadedia,nacarta, considera-se a unidade-hora. Alm do mais, h, na carta, o inconveni- ente de a parte recorrentedirigir-se ao Secretrio do Tribunal, ames- quinhando, assim, a figura do seu Presidente. Hoje a matria vem devidamente regulada pelo art. 28 da Lei n. 8.038, de 28-5-1990, que revogoude forma expressa a Lei n. 3.396/ 58.Orecursooponvel,nahiptesededenegaoderecursoex- traordinrio(como de qualquer recurso que deva subir ao STF), o agravo de instrumento. 9. PROCEDIMENTO NO JUZO "AD QUEM" Chegando os autos do recurso extraordinrio Suprema Corte, so distribudos a uma das Turmas, salvo se o apelo excepcional pro- vierdo STJ,STM ou TSE, quando, ento, ser do Plenrio a compe- tncia. Distribudo o recurso, o Relator determina a abertura de vista Procuradoria-Geral da Repblica, por cinco dias, se necessrio, e, em seguida, pede dia para julgamento, sem prejuzo dos poderes que o Regimento lhe confere de julgarprejudicado o recurso que mani- festamente haja perdido seu objeto, negar seguimento a recurso ma- nifestamenteintempestivo, ou mesmo quando contrariar a jurispru- dncia predominante da Excelsa Corte ou for evidente a sua incom- petncia. Notendo o Relator feito usode uma dessas atribuies, vaio feito a julgamento.Este apresenta dois momentos: por primeiro jul- ga-seda pertinnciado recurso, isto,secabvel; senoo for, a Turmaou Plenrionoconhecer do mesmo;sendo-o, passa-seao segundo momento,isto ,procede-seao julgamentoda causa, apli- cando-se o direito i espcie. A doutrina denomina o primeiro exame "prelibao" e "delibao" o segundo. 10. PROBLEMAS ESPECIAIS. O PREQUESTIONAMENTO Se a questo federal no for objeto da deciso recorrida, incab- vel ser o recurso extraordinrio, em face da ausncia do prequestio- namento. Prequestionar questionar antes, tratar com anteriorida- de. Assim, preciso que a partetrate no recurso de apelao, ou no recurso em sentido estrito, enfim, preciso que o recorrente, no re- curso interpostoperanteo juzode primeirograu, cuide, de modo expresso, da matria que, eventualmente, possa servir de fundamen- to para a interposio do recurso extraordinrio. Digamos, por exemplo, haja o Juizaceito uma prova ilcita. A parteapela, mas no faz men- o ao desrespeito Constituio com a admisso daquela prova ilci- ta. O Tribunal, apreciando o apelo, mantm a deciso e no se mani- festa sobre a prova ilcita. Se a parte, alertada para a violao do pre- ceito constitucional que veda as provas ilcitas, quiser interpor recur- soextraordinrio,nopoderfaz-lo,emfacedaausnciado prequestionamento. Mais ainda: se o recorrente tratou, no seu recurso, daquela afronta Lei Maior e o rgo ad quem, no acrdo, dela no cuidou, cumpre ao recorrente interpor embargos declaratrios, a fim de que o Tribu- nal se refira quele ponto omisso, de modo a fazer, com a complemen- tao, a integrao do acrdo embargado. Nointerpostos os embargos declaratrios, no mais se poder falar em prequestionamento. Dir-se- que a parte prequestionouno recurso de apelo. Pouco importa. precisoque o rgo de segundo grau sobre ela se manifeste. Do contrrio, estaria a parte, em ltima anlise,interpondorecursoextraordinriode umadecisode pri- meira instncia, quando na verdade o comportam as decises de ni- ca ou ltimainstnciade qualquerdos nossosTribunais.Excepcio- nalmente, das decises de Turmas Recursais, conforme a Smula 640 do STF.Ademais, oprequestionamentodeveserexpresso. Nose admite prequestionamento implcito, salvo rarssimas excees, v.g., defeitos de ordem formalno julgamentodos recursos na Instncia Superior (RTJ 98:702 e 82264); quando o nome do Advogado no publicado na pauta de julgamento(RTJ,112:707);ausncia de publi- cao da pauta de julgamento no prazo de lei(RTJ 113: 1129); quan- do o rgo de segundo grau decidir extra, ultra ou citra petitum. Assim, paraa interposiodo recursoextraordinrio,detodo indispensvel o prequestionamento expresso, feito, obviamente, nos recursos interpostos na primeira instncia. Muito a propsito,as Smulas 282 e 356.Verbis: "Einadmissvel orecurso extraordinrioquando no ventilada, na deciso recorrida, aquesto federalsuscitada" [Smula 282). "O ponto omissoda deciso,sobre oqualno foramopostosembargos declaratrios,no pode serobieto de recurso extraordinrio,por faltar o requi- sito do prequestionamento" [Srnula 356). Evidente, por outro lado, que se a questo federal no ventilada pelaspartesforinvocadapeloTribunal,nosepodeexigir prequestionarnento, ou mesmo interposio de embargos declarat- rios, tal como sugerido pela Smula 356 do STF. I f Era muito comum, antes da atual Constituio, quando se inter- punha recurso extraordinrio, a parte invocar dois fundamentos. Hoje, ainda h esse problema. Contudo, a matria exige maior cuidado. Se a parteentende que a deciso recorrida violou a Constituio e negou vigncia a lei federal, como proceder? Para a primeirahiptese, o re- curso oponvel ser o recurso extraordinrio e, para a segunda, o recurso I especial, Assim, deve a parte interpor, dentro no mesmo prazo de quin- ze dias, dois recursos - o extraordinrio e o especial - nos mesmos autos. Apresentadas as razes e contra-razes, sobem os autos, por pri- Imeiro, ao STJ,paraapreciaodo recurso especial e, por ltimo, ao I STF, para julgaro extraordinrio. Evidente que, nessa hiptese, dois I devero ser os juzosde admissibilidade. O Presidentedo Tribunala quo proferir ojuzo prelibatrio quanto ao extraordinrio e outro quanto i ao especial. Se os dois recursos forem admitidos, os autos sero enca- minhados, por primeiro ao STJe da para o STF. Se inadmitidos e fo- rem interpostos agravos, competir ao STJapreciar aquele que lhe foi dirigido e, depois, ser a vezdo STF. Se for admitido o extraordinrio e inadmitido o especial, interposto agravo para o STJ, dever ser solu- cionada, primeiro, aquesto atinenteao especial. Alis,a matria est disciplinada na Lei n. 8.038/90, jcitada. Efeitos. De acordo com o art. 637 do CPP e o 2"o art. 27 da Lei n. 8.038/90, o recurso extraordinrio tem apenas efeito devolutivo. i. Contudo, uma vez que a Magna Carta dispe que ningum ser con- sideradoculpadoatotrnsitoem julgadode sentenapenal condenatria(art. 5"LVII), umno-sensoexecutaruma deciso sujeitaa recursoextraordinrio.Porissomesmo, oSTF eoSTJj i esto se conscientizando de que tanto o recurso extraordinrio como o especial tm ambos os efeitos, a despeito da Smula 267 do STJ. A propsito estes v.arestos: "Princpio da no-culpabilidade. Razo de ser. Alcance. O prin- cpio da no-culpabilidade - inciso LVIIdo artigo 5"a Constitui- o Federal - decorre da ordem natural das coisas, sobrepondo-se, em termos de valores, ao pragmatismo,a presunes, tendo em con- ,ta pronunciamento judicialpassvel de modificao na via recursal. Pena.Cumprimento.Decretocondenatrio.Ausnciade imutabilidade. Recurso. Efeito. A relaoentre o princpio da no- culpabilidade e o recurso sem efeito suspensivo, presente a execuo da pena, de dependncia, superpondo-se a garantiade natureza constitucional disciplina processual comum relativa aos efeitos de recurso. Pena. Execuo. Premissa. Condio inafastvel execuo da pena,sempredecontornodefinitivo,aprecluso,naviada recorribilidade, do decreto condenatrio. Vale dizer, sem ttulo judi- cial condenatrio coberto pela coisa julgada formal e material, descabe dar incio execuoda pena, pouco importandotenha orecurso apenas o efeito devolutivo" (HC 85.209-2/SC, Rel. Min. Marco Aur- lio, DJU,5-5-2006, doc. 05). "Penal eprocessopenal.Habeascorpus.Condenao.Recurso especial. Efeito suspensivo. Inexistncia. Cumprimento provisrio de pena. Inconstitucionalidade.Sentena. Execuo da pena condicio- nada aotrnsito em julgado.Apelao exclusiva do ru. Tribunala quo. Sano. Determinao. Execuo. Reformatioin pejus. Impossibi- lidade. Ordem concedida. 1. Diante dos princpios constitucionais do estado de inocncia e devido processo legal, no subsiste o art. 637 do Cdigo de Proces- so Penal, pois no recepcionado pela Constituio da Repblica. 2. O art. 27, 27 da Lei 8.038/90estabelece regras gerais sobre os recursos especial e extraordinrio, e, frente aos princpioscons- titucionais do estado de inocncia e devido processo legal e Lei 7.210/ 84 (Lei de Execues Penais), no abarca esses recursos quando encer- rarem matria penal cujo contedo tenda a afastar a pena imposta. 3. Inteligncia dos princpiosda mxima efetividade e da inter- pretao conforme a Constituio, cnones da hermenutica consti- tucional. 4.Dispondo a sentena condenatria - transitada em julgado para a acusao - que o ru pode recorrer em liberdade, condicio- nando a execuo da pena ao trnsito em julgado,no pode o Tribu- nal a quo, em apelao exclusiva da defesa, piorar a situao do con- denado, paradeterminar a imediataexecuo da reprimenda, pois caracterizarc$orrnatioin pejus. 5. Ainda que o Tribunal de 2"rauno esteja vinculado ao juzo de primeira instncia, no est autorizado a reform-la, em qualquer de seus dispositivos, sem motivada fundamentao (art. 93, IX, CRFB). 6. Tanto oart.669do Cdigo de Processo Penalquanto a Lei 7.210/84exigem o trnsitoem julgadode deciso que aplica pena restritiva de direitos para a execuo da reprimenda. 1 7. Ordem concedida" (RHC 41.916/SC, Rel. Min. Paulo Medina, v.u., DJU, 29-5-2006, doc. 06). "Priso (recolhimento). Ru(em liberdade). Apelao (expedi- o de mandado). Priso (carter provisrio). Sentena (trnsito em julgado). 1. Antes de a sentena penal condenatria transitar em julgado, a priso dela decorrentetem a natureza de medida cautelar, a saber, de priso provisria - classe de que so espcies a priso em flagran- te, a temporria, a preventiva, etc. 2.O ato que determina a expedio de mandado de priso - oriundo de juizou provenientede tribunal(do relator de apelao, por exemplo) - h de ser sempre fundamentado. 3. Presume-se que todapessoa inocente,isto ,no ser con- sideradaculpadaatotrnsitoem julgadodesentenapenal condenatria, princpio que, de to eterno e de to inevitvel, prescin- diria de norma escrita para t-lo inscrito no ordenamento jurdico. 4. da jurisprudnciado SuperiorTribunalque o ru, jem liberdade, em liberdade permanecer at que se esgotem os recursos de ndole ordinria e extraordinria. 5. Ordem concedida a fim de se garantir liberdade ao paciente at o trnsito em julgado da sentena penal condenatria" (HC 45.416/ MG, Rel. p/ac.Min. Nilson Naves, DJU,10-4-2006, doc. 07). 12.MODELO I ExcelentssirnoSenhorDoutor DesernbargadorDD.Presidented oEgrgio Tribunalde Justia desteEstado 1 Mrio Clio Bueno,vulgo"Neguinhoda Vila",brasileiro,solteiro,oper- rio,domiciliado na cidade de Bauru, onde reside narua Cussy Jnior n.1-14, porsuodefensora,nos autos do Apelaon.1 .814/ 95, no seconforrnon- I do,datavenia,comov.acrdoexarodoofl s.367/ 385, publicadono DOEde20 de . . . . .de . . . . . . ,vem,semprerespeitosamente,noprazolegal,e com fundamentono art.102, 111,a,da CFe arts. 26 e S. da Lein. 8. 038,de 28-5-1990,interpcr "recurso extraordinrio"para oSTF. Admitido e recebido o presente recurso, tambmno efeito suspensivo, a teor de precedentes dos Colendos STF[HC 85.209-2/SC,Rel. Min. Marco Aurlio, DJU, 5-5-2006, AgRg em Petio n. 1 .079-5/DF,Rei. Min. Seplveda Pertence, DJU, 26-4-1996, HC 73. 054,Re!. Mi nMarco Aurlio, DJU, 24-1-1995)e STJ (HC 4 1.9 16/SC,Rel. Mi n. Paulo Medina, DJU, 29-5-2006, HC1 8. 548,Rei. Min.HamiltonCarvalhido,DJU,25-2-2002,HC12. 363,Rel.Mi n.Vicente Leal,DJU,19-3-2001),requer sedigne VossaExcelncia de determinar aremes- sados autos ao Colendo Supremo Tribunal Federal, uma vez apresentadas asrr. contra-razes pelo nobre representante do Ministrio Pblico. Tendo sido determinada a expedio de mandado de priso, no v. acrdo que ora seguerreia, em virtude de a Lei n. 8. 038/ 90 no admitir efeito suspensivo ooREsp,eemfacedasobservaessupro,espero,umavezadmitidoeste recurso,sejadeterminado orecolhimento de eventualmandado depriso. E.deferimento. So Paulo,12 de.. . . . .de Silvia HelenaEmidioAntnio1 OAB/SP.N.1 1 1 11 1 1 1 1 1I Recorrente: Mrio Clio Bueno Recorrido: MinistrioPblico doEstado de SoPaulo Exmo. Sr.Dr.Desembargador Presidente do Eg.Tribunal de Justia do Estado de SoPaulo ColendoSupremo Tribunal Federal Eminente Ministro-Relator: I- Histrico 1 .Ahiptese dosautos. Orecorrente foiprocessado comoincursonaspenasdoart.155,por suposto crime de furto. Ao final dainstruo, o MM. Juiz julgouprocedente a denncia, condenandoorua1ano e3meses de recluso. Houveapelo.E,emgrauderecurso,sustentou-se queasprovasque teriamservidoderespaldodecisocondenatrioforamrecolhidasilicito- mente.Na verdade,aPolcia,porduasvezes,procedeuainterceptao telefnicado recorrente, e, nesta audio de conversaprivada porinterfern- ciamecnicodoseutelefone,colheuainformaodequearesfurtivase encontravanaresidnciado recorrente.Emfacedisso,esemprocurarsa- berasrazespelas quaisorecorrente guardavaaquelesobietos,inodio seguinte, dois investigadores, semnenhuma ordem iudicial, adentraram a casa do recorrente e apreenderam osrelgios, pretensamente furtados. , , s o p ~ i ~ ! 6 o t us o l a p p D p ! i o i n r , D I a p o j u a x a A s o j a D o p m i a s a i o i a a n b o p n p a i u n a A n j ! j s u o s' o i a 3 i a i o u n a p s o q 3 a i a p s o l a n b ! p n l i a d o a ~ 3 ! 1 q ? dI D J O U o ( O t u a p i o I a D j 3 a j Do u o j u D i u a a n b o u o p ~ p n pl a p D L U ! J U ! o D P D A I J ~D P ! A D J o I 1 o i u a s a p a s a p u o pi o 6 n l i a s a i o 6 o q n o o ! l ! 3 ! t u o p I a , , ' ( L L Z d ' 2 ' 4 ' / D u o ! ~ ~ ( ! ( s u o ~o y 3 a ~ a a ]s o d- U D ~j i o p ! z j u o w i a 3 l o d o p o n i u a 3 o o u 0 3 I D ~' a p ~ p i a ~D N ' a i u a t u ~ i ! 3 ! 1 !~ p ! i q oD ! s u ? p h a D D P ! ~ D Aa o q u ~ ~ n bo o p u n 6 a s o ! d p u ! ~ dO ' o ! a s n o ' ( o q s n 1 3 x a a po d 6 a i ) a / " A J O U O ! S ~ / ~ X ~U D t u D q 3 S O U D 3 ! J a t u D - a i l O US O a n b O (! n b D p a S - D i D J l. o ! 3 u a 6 ! l ! p o l a n b o l D u ! L u l a i a p D J D ~O ~ ~ D Z ! J O ~ ~ DD p ! A a p D z ! " ' W W O D " 0 1- ! 3 ! / o s1 ~ ! 3 ! / o da p D p ! J o i m D o ~ n o d t u o ~' I D ! s ! ~ "o p o p u o t u a i u a j a d t u o 3 o p s o p- ! u n t u u i o A o 4 s a o ~ us o i a l q o s o p o q s u a a l d o D o i o d t u o ~ o l a ~ o r ,D a o ! 3 u ? p ! s a ~o n st u o l o l i u a p o a n b S ! D ! D ! I O ~s o a n b o i s o d ' a i u a u i o i ! 3 ! 1 ! o p ! j q o ! o j D A O J ~I D ~3. l a p o d n a s t u a o p o l i u o 3 u a o p ! s l a i o n ! p n j s a l oa p o r o 4 o ' a i u a w ~ s ! 3 a ~ d' ! o ] a i u a J l o 3 a J o n o d l n 3 u ! a n b o ~ i a sD A O J ~D ~ ! u ?v. , , / o ! 3 ! p n !o q 5 ~ u ~ w ~ a i a pl o d ' ~ ! po a j u o l n p' n o ' O J J O D O Si o i s a l d D J D ~n o ' a ~ i s o s a pn o o j ! l a p a r u o l 6 o l j a p o s m t u a O A ~ D S, ~ o p o i o t uo p o i u a w ! i u a s u o c , t u a s ~ o ~ i a u a do p u a p o d o l a u t u a n 6 u ! u ' o n p ! ~ ! p u !o pa A D ( O ! A U !O ( ! S Da D S D 3 O , , a n b ' I X ' J l DO U ' ~ O ! D W! a 1 i 3 D U D 1 3 0 l d . ~ ! 3 a q u 0 3 s a pa l u a i l o 3 a l o t u a 6 ! i o o ! n 3 a s o p o j i n j a i u a t u o s u a i a l d ' s o 1 6 q l a is o p o q s u a a l d o Dn a p a 3 o i d a a j u a l l o 3 a l o p o p u a p ! s a l D n o l r u a p o ' o p o p u ~ t ul a n b l o n b t u a s ' a i- u ! n 6 a s o ! p o u ' ~ ! 3 ! 1 o dD ' a p o p ! t u ! i u ! o n s D o q s s a l 6 o I D ~t u 0 3 a i u a i u o 3 o q q. a j u a j a d t u o r , z ! n r o p o q S o z ! i o i n o a s s a h n o q a n b t u a s ' o q i o w o y 3t u 0 3 a h a i u o t u a i u a J i o 3 a l o a n b ~ 3 ! u ~ j a j a io s l a A u o 3 D l o + d a 3 l a j u !D s ~ da s o p ! l o dD o p u o h n a ~ i o 3 oa p o p ! u i ! i u ! D o s u a j o ~ l ! a w ! i do ' s o l n o s o p a s a ~ ? d ! qD N. 3 i a o t u ! i u ! 0 1 m ~ ! 3n a s t u a s o o s s a d s o p o s l a ~ u o 3a p o q S o ~ o i 6' s o p o l n t u ! s s ! ps a l o p ~ ~ o l 6 0 ~ 3 ! t u' a u o j a l a i a p o 3 ! u p z 1 a t uo ! 3 u ? ~ a j l a i u !l o d S D P D A ! J ~S ~ ~ ~ D S J ~ A U O ~a po q 5 ! p n o ' o s l a ~ u o 3a p O ~ ~ D A D J ~o u 0 3 S ! D ~' s ~ o s s a ds ~ pa p D p ! t u ! i u ! o s D s u a j os D s s a D J D ~o 3 ! p ! i n ! o p u n t u o p o q s u a i o o D A D W D ~ ~' ~ 9 61 a p O ! D U t u a D P D Z ! ~- D a 1 ' a p D p ! t u ! l u ! D o i ! a l ! p a l q o s D 3 ! p J ? N o ! 3 u ? l a j u o 3 i 3 ' S D ! l v - A ~ D A ! J ~j 0 (y .1t u D U ! t u O U a p S O U D 3 ! J a u i D - E 3 J l O U S O a n b o l ! n b ~o s u a j o a J u ~ l 6 0 1 )f l 0 3 ! l d t u ! D 3 ! U Q j- a l a 1 o q S ~ j d a 3 i a i u !D a n b a j u a p ! q ' , , s o i ! > ! l ! s o ! a t u ~ o ds o p ! i q o S D A O J ~S D ' 0 s s a 3- 0 l d O U ' s ! ~ A ! s s ! u ~ D u ! , ,t u a l a s D U I D ~ ~ O J ~D J J D 3 D U ~ D WD p ' 1 ~ 1' &0. D A O J ~D l j n o D ! A D ~' o i ! s ! l ! a ~ u a t u o ~ s o d n so i ! a u o t u a p s o p ! q l o > a i s o ~ o l ds o p o p o l o o' a n b n o j u a 3 s a n o ' 9 &o i n t u ? S D o ~ 5 u a ~ ot u a ' s o ! m i o l o l 3 a p ~ 0 6 l D q u i as o s o ~ s o d o. D A O J ~o p a p n j ! 3 ! 1 ! o p ~ u a l q o ~ do o p D j u a l j u a D ~ D L L I Q ~o p u a l o 3 o o p u a i o ~ ul o ! ~ o ~ o u a p u o c ,o i a m p o p ! l a j o ~ d! o j ' 0 6 i c q t u a t u a s ' s D J ! ~ ~ !s o ~ o l da p a p D p ! l ! q ! s s ! t u p o~ p o ~ ! i ! q ! o i dI D U O ! ~ ~ ~ ! J S U O ~o ! d ! ~ ) u ! ~ do p O ~ S D I O ! Aa j u o l 6 ~ ) jt u 0 3 ' a l u a t u- D i ! 3 ! 1 ! S D P ! ~ I O Da n b o j s o d ' S D A O J ~s o p a p o p ! l ! q o j s a l d t u ! o p a m j u a ~ q u n d t u !a s o q S ! ~ l o s q oD a n b ' o g s i a h D n s o i ! a m a s s o 4 o q u o s o 3 ' t u ! s s o l i n o ' a ~ - n ! n 6 i v. a w ! l c , a p o j n p o l d a p l o i o l i a s o g u a p o p 5 ! s o d n s o u ' o 6 ! u o t u n a p o p ! p a dD ' s o l - o p l o n 6 o a s - o l o i ! t u ! l . s o i a ! q o s a l a n b ~ pD S O U ! L L I ! J ~~ ! 3 u ? p a 3 o l dD o ! 3 a q u- o 3 s a p a i u a i l o 3 a l o a n b ' a i u a w l ! j n u ! ' a s - n o i u a ~ s n s' o q S ~ ( a d oa p n o 1 6 t u 3. o p o u a p u o s n a ) o ! o j ' ~ ! 3 u ? o o u !a p s o i s a i o l d s oa i u o i s q o o ~ u' I D U ! ~o ' a o s s a 3 o i d o O p D J n D J S U ! ! o ] ' o ~ ! ~ a n b u !o o p ! n l 3 u o 3Lord Chattam teve oportunidade desalientarque"Ia casade cadahombre essu fortaleza,no porque Ia defienda unfoso o una muralla, pues bien puede ser una cabana de pala, e1viento rugir alrededor y Ia lluvia penetrar en ella, pero el rey no" (apud Amancio Alcorta,Los garantias constitucionales, p. 357). E,apreciando casosemelhante,naCam.Nac. Fed., emBuenosAyres, dentre outras observaes, oDr. Gil Lavedra adiantou comprofundo acerto: "E1delicto esuna conducta que afecta de modo grave Ia convivencia social, por ello el Estado debe tratar de prevenido, o cuando ocurra, escla- recerlo sucedido eimponerpenaasuautorparaquestenovuelvaa delinquir.Deestamaneraproveer aIaseguridad jurdicadisipandoIa alarma social que todo delito acarrea. Sin embargo, existen Imites enIa persecucin penal. El descubrimiento de Ia verdad debe serefectuado enformalcita. nos10porque hay de por medio unprincipio tico enIarepresion de1 delito, sinoporque Ia tutelade 10sderechos de1individuo esunvalorms importante DaraIa sociedad que e1 castigo al autorde1 delito. Elrespecto aIa dignidadde1hombre y aos derechos esenciales que derivan deesaCaidad,constituyen evrtice fun- damental sobre el que reposa Ia existencia misma de todo Estado de derecho". E apreciando, propriamente, a busca domiciliar ao arrepio da lei, enfatizou: "Est claro que Ia Constitucin no quiere que seallane el domicilio sin ordeniudicial;elactoquevioleIaprohibicinserilegalyportanto, invlido; y si Ia Constitucin no quiere eso tampoco puede conceder eficacia algunsaIapruebaqueseobtengadetalmodo,porque entoncesello importaria vaciar de contendo a Ia garantia de Ia inviolabilidadde1 domicilio, 10 que eslo mismo que proceder, dentro dei marco de1 proceso, a sualisa yllana supresin. Seafectaria asunade Ias condiciones de1'iuicio"'(cf. Doctrina penal, n.29/90,Buenos Ayres). Falando por todaa doutrina, AdaP.Grinover, Scarance Fernandes e Ma- galhes GomesFilhoprofessam: 'lseafirmou quea atipicidade constitucio- nal comrelao snormas de garantia acarreta, emregra, como consequn- cia, a sano de nulidade absoluta. O menos que sedizer, portanto, que o ingresso da prova ilcita no processo, contra constitutionem, importa na nulidade absolutadessasprovas,quenopodemsertomadascomofunda- mentopornenhuma deciso iudicial. Mas aqui o fenmeno tomaoutra dimenso: asprovas ilcitas, sendo consi- deradas pelaConstituioinadmissveis,nosopor estatidascomoprovas. Trata-se de noato, de no-prova, que asreconduz categoria de inexistnca jurdica.Elassimplesmentenoexistemcomoprovas,notmaptidopara surgir comoprova. Comojdeterminou o STF,antes mesmo da Carta de1988 [RTJ,1 10:798 e122:47),devem elas sermesmo desentranhadas do processo" [As nulidades no processo penal,SoPaulo, Malheiros Ed.,1992, p.1 14). Convmanotar,tambm,queoTribunalde Justia deSoPaulojse manifestou nesse sentido, emacrdo da lavra do eminente Des. Dante Busana: "a busca domiciliar efetuadasema devidaautorizao e baseada exclusiva- mente emdenncia annima no sejustificapois no caracterizada a fundada suspeita deocorrncia de flagrante. Aprovaassimobtidailcita,esea nica acomprovar amaterialidade do delito,imperiosa aabsolvio doru com fundamento no art.386,111, do CPP"(RT,670273) .Emface de iodo o exposto, e demonstrada a ofensa a Constituio, aguarda o recorrente seio deferido o processamento do presente recurso extraordinrio, afimde que, conhecido pelaSuprema Corte, merea provimento, cassando- se,destarte, a v.deciso do Eg. Tribunal de Justia. SoPaulo,12 de... . .de Silvia Helena Emidio Antnio Advogado 13. sMuLASDO STF EMMATRIACRIMINAL 1. vedada a expulso de estrangeiro casado com brasileira, ou que tenha filho brasileiro dependente da economia paterna. 2. Concede-se liberdade vigiada ao extraditando que estiver preso por prazo superior a sessenta dias. 3. A imunidade concedida a deputados estaduais restrita a Jus- tia do Estado. (Perdeu sua razo de ser em face do 1 Vo art. 27 da CF/88.) 18. Pela falta residual no compreendida na absolvio pelo Juzo Criminal, admissvel a punio administrativa do servidor pblico. 145. No h crime quando a preparao do flagrante pela pol- cia torna impossvel a sua consumao. 146. A prescrio da ao penal regula-se pela pena concretiza- da na sentena, quando n h recurso da acusao. 147. A prescrio de crime falimentar comea a correr da data em que deveria estar encerrada a falncia, ou do trnsito em julgado da sentena que a encerrar ou que julgarcumprida a concordata. 155. relativa a nulidade do processo criminal por falta de inti- mao da expedio de precatria para inqilirio de testemunha. 156. absoluta a nulidade do julgamento pelo jri,por falta de quesito obrigatrio. 160. nula a deciso do tribunal que acolhe contra o ru nuli- dadenoarguidanorecursoda acusao, ressalvados oscasos de recurso de oficio. 162. absoluta a nulidade do julgamentopelo jri,quando os quesitos da defesa no precedem aos das circunstncias agravantes. 206. nulo o julgamento ulterior pelo jri com a participao de jurado que funcionou em julgamento anterior do mesmo processo. 208. O assistente do Ministrio Pblico no pode recorrer extra- ordinariamentede deciso concessiva de habeas corpus. 210. O assistente do Ministrio Pblico pode recorrer, inclusive extraordinariamente, na ao penal, noscasos dos arts. 584, 1"e 598 do CPP. 245. A imunidade parlamentar no se estende ao co-ru sem essa prerrogativa. 246. Comprovado no ter havido fraude, no se configura o cri- me de emisso de cheque sem fundos. 279. Para simples reexame de prova no cabe recurso extraordi- nrio. 280. Por ofensa a direito local no cabe recurso extraordinrio. 281. inadmissvel o recurso extraordinrio quando couber, na Justiade origem, recurso ordinrio da deciso impugnada. 282. inadmissvel o recurso extraordinrio quando no venti- lada, na deciso recorrida, a questo federal suscitada. 283. inadmissvel o recurso extraordinrioquando a deciso recorrida assenta em mais de um fundamento suficientee o recurso no abrange todos eles. 284. inadmissvelorecursoextraordinrio,quando adefi- cincia na sua fundamentao no permitir a exata compreenso da controvrsia. 286. No se conhece do recurso extraordinrio fundado em di- vergncia jurisprudencial, quando a orientao do Plenriodo STF jse firmou no mesmo sentido da deciso recorrida. 287. Nega-se provimento ao agravo quando a deficincia na sua fundamentao, ou na do recurso extraordinrio, no permitir a exata compreenso da controvrsia. 288.Nega-seprovimentoaagravoparasubidaderecursoex- traordinrio, quando faltar no traslado o despacho agravado, a deci- 802 so recorrida, a petiode recurso extraordinrio ou qualquer pea essencial compreenso da controvrsia. 289. O provimento do agravo por uma das Turmas do STF, ainda que semressalva, no prejudicaa questo do cabimento do recurso extraordinrio. 291. No recurso extraordinrio pela letra d do art. 101, n. 111, da Constituio, aprovado dissdio jurisprudencialfar-se- por certi- do, ou mediante indicao do Dirio daJustia ou de repertrio de jurisprudnciaautorizado, com a transcrio do trecho que configure adivergncia, mencionadasascircunstnciasqiieidentifiquemou assemelhem os casos confrontados. 292.Interpostoorecursoextraordinriopormaisdeumdos fundamentos indicados no art. 101, n. 111, da Constituio,a admis- so apenas por um deles no prejudica o seu conhecimento por qual- quer dos outros.(Refere-se CF de 1969.) 293. So inadmissveis embargos infringentes contra deciso em matria constitucional submetida ao Plenrio dos Tribunais. 297. Oficiais e praas das milcias dos Estados, no exercciode funo policial civil, no so considerados militares para efeitos pe- nais, sendo competente a Justia comum para julgaros crimes come- tidos por ou contra eles. 298.Olegisladorordinrio s pode sujeitar civis JustiaMili- tar, em tempo de paz, nos crimes contra a segurana externa do Pas ou as instituies militares. 299. O recurso'ordinrio e o extraordinrio interpostos no mes- moprocessode mandadode segurana, ou dehabeascorpus,sero julgadosconjuntamente pelo Tribunal Pleno. 301. Por crime de responsabilidade, o procedimento penal con- tra prefeitomunicipal fica condicionado ao seu afastamento do car- go porimpeachment, ou cessao do exerccio por outro motivo. 310. Quando a intimao tiver lugar na sexta-feira, ou a publica- o com efeito de intimao for feita nesse dia, o prazo judicialter incio na segunda-feira imediata, salvo se no houver expediente, caso em que comear no primeiro dia til que se seguir. 319. O prazo do recurso ordinrio para oSTF, emhabeas corpus ou mandado de segurana, de cinco dias. 320. Aapelaodespachada pelo Juiznoprazolegal, no fica prejudicada pela demora da juntadapor culpa do Cartrio. 322.Noterseguimento pedidoou recursodirigidoao STF, quando manifestamente incabvel, ou apresentado fora do prazo, ou quando for evidente a incompetncia do tribunal. 344. Sentena de primeira instncia, concessiva de habeascorpus em caso de crime praticado em detrimento de bens, ser-vios ou inte- resses da Unio, est sujeita a recurso ex officio. 351. E nula a citao por edital de ru preso na mesma unidade da Federao em que o Juizexerce a sua jurisdio. 352. No nulo o processo penal por falta de nomeao de curador ao ru menor que teve a assistncia de defensor dativo. 356. O ponto omisso da deciso, sobre o qual no foram opostos embargos declaratrios, no pode ser objeto de recurso extraordin- rio, por faltar o requisito do prequestionamento. 361.Noprocessopenal,nulooexamerealizadoporums perito, considerando-se impedido o quetiverfuncionadoanterior- mente na diligncia de apreenso. 364. Enquanto o Estadoda Guanabara notiverTribunal Mili- tardesegunda instncia, oTribunalde Justiacompetente para julgaros recursos das decises da Auditoria da Polcia Militar. 366. Nonula a citao por edital que indica o dispositivo da lei penal, embora no transcreva a denncia ou queixa, ou no resu- ma os fatos em que se baseia. 369. Julgados do mesmo tribunal no servem para fundamentar o recurso extraordinrio por divergncia jurisprudencial. 385. Oficial das Foras Armadas s pode ser reformado, em tem- po de paz, por deciso de Tribunal Militar permanente, ressalvada a situao especial dos atingidos pelo art. 1'7'7 da Constituio de 193'7. 393. Para requerer reviso criminal o condenado no obriga- do a recolher-se priso. 394. Cometido o crime durante o exerccio funcional, prevalece a competncia especial por prerrogativa de funo, ainda que o inqurito ou a ao penal sejam iniciados aps a cessao daquele exerccio. 395. No se conhece do recurso de habeas c e u s cujo objeto seja resolver sobre o nus das custas, por no estar mais em causa a liber- dade de locomoo. 396. Para a ao penal porofensa honra, sendo admissvel a exceo da verdade quanto ao desempenho de fiino pblica, pre- valece a competncia especial por prerrogativa de funo, ainda que jtenha cessado o exerccio funcional do ofendido. 397. O poder de polcia da Cmara dos Deputados e do Senado Federal, em caso de crime cometido nas suas dependncias, compre- ende, consoante o regimento, a priso em flagrante do acusado e a realizao do inqurito. 399. No cabe recurso extraordinrio por violao de lei federal quando a ofensa alegada for a regimento de tribunal. 400. Deciso que deu razovel interpretao a lei, ainda que no seja a melhor, no autoriza recurso extraordinrio pela letra a do art. 101,111, da Constituio Federal. 420. Nose homologasentenaproferida no estrangeiro, sem prova do trnsito em julgado. 421. Noimpedea extradio a circunstncia de ser o extradi- tando casado com brasileiraou ter filho brasileiro. 422. A absolvio criminal no prejudicaa medida de seguran- a, quando couber, ainda que importe privao da liberdade. 423. Notransitaem julgadoasentenaporhaveromitidoo recursoexofficio, que se considera interposto ex hge. 428. No fica prejudi;adaa apelao entregue em Cartrio no prazo legal, embora despachada tardiamente. 431. nulo o julgamentode recurso criminal na segunda ins- tncia sem prvia intimao ou publicao da pauta, salvo em habeas corpus. 448. O prazo para o assistente recorrer supletivamente comea a correr imediatamente aps o transcurso do prazo do Ministrio P- blico. 451. A competncia especial por prerrogativade funo no se estendeao crimecometidoaps a cessao definitiva do exerccio funcional. 452. Oficiais e praas do Corpo de Bombeiros da Guanabara res- pondem perantea Justia comum, porcrimeanterior a Lei n.427, de 11-10-1948. 453. Nose aplicam a segunda instncia o art. 384 e pargrafo nicodo CPP,que possibilitamdar novadefinio jurdicaaofato delituoso, em virtude de circunstncia elementar no contida expl- cita ou implicitamente na denncia ou queixa. 455. Dadeciso que se seguir ao julgamentode constitucionali- dade peloTribunalPleno, so inadmissveis embargosinfringentes quanto a matria constitucional. 436. O Supremo Tribunal Federal, conhecendo do recurso ex- traordinrio, julgara causa aplicando o direito a espcie. 497. Quando se tratar de crime continuado, a prescrio regula- se pelapena impostana sentena, no se computandoo acrscimo decorrente da continuao. 498.Compete a JustiadosEstados, emambas asinstncias, o processo e o julgamentodos crimes contra a economia popular. 499. No obsta concesso do sursis, condenao anterior pena de multa. 520. No exige a lei que, para requerer o exame a que se refere o art. 777 do CPP, tenha o sentenciado cumprido mais de metade do prazo da medida de segurana imposta. 521. O foro competente para o processoe julgamentodoscri- mes deestelionato, sob a modalidade da emisso dolosade cheque sem provisode fundos, o do local onde se deu a recusa do paga- mento pelo sacado. 522. Salvo ocorrncia de trfico para o exterior, quando ento a competncia ser da Justia Federal, compete a Justia dos Estados o processo e julgamentodos crimes relativos a entorpecentes. 523. No processo penal, a falta de defesa constitui nulidade a bsoluta, mas a sua deficincia s o anular se houver prova de prejuzo para o ru. 524. Arquivado o inquritopolicial pordespachodo juiz,a re- querimento do Promotor deJustia, no pode a ao penal ser inicia- da sem novas provas. 525. A medida de segurana no ser aplicada em segunda ins- tncia, quando s o ru tenha recorrido. 528. Se a deciso contiver partes autnomas, a admisso parcial, pelo presidente do tribunala quo, de recurso extraordinrio que so- bre qualquer delas se manifestar, no limitar a apreciao de todas peloSTF, independentementede interposio de agravo de instru- mento. 554. O pagamento de cheque emitido sem proviso de fundos, aps orecebimento da denncia, noobstaao prosseguimentoda ao penal. 560. A extino de punibilidadepelo pagamento do tributo de- vido, estende-se ao crime de contrabando ou descaminho, por fora do art. 18, 325 do Decreto-lei n. 157/67. 564. A ausncia de fundamentao do despacho de recebimento de denncia por crime falimentar enseja nulidade processual, salvo se jhouver sentena condenatria. 568. A identificao criminal no constitui constrangimento ile- gal, ainda que o indiciado jtenha sido identificado civilmente. 592. Nos crimes falimentares, aplicam-se as causas interruptivas da prescrio previstas no Cdigo Penal. 594. Os direitos de queixa e de representao podem ser exerci- dos, independentemente,peloofendido ou porseu representante legal. (Perdeu razo de ser em face do novo Cdigo Civil, que fixou a maioridadeaos 18 anos.) ' 601.Osarts.35 11,e55 da LeiComplementarn.40/81(Lei Orgnica do Ministrio Pblico) no revogaram a legislao anterior que atribui a iniciativa para a ao penal pblica, no processo sum- rio, ao juizou autoridadepolicial, mediante Portariaou Auto de Priso em Flagrante. 602.Nascausas criminais, o prazode interposio de Recurso Extraordinrio de 10 (dez) dias. (Prejudicada em face do art. 26 da Lei n. 8.038/90.) 603. A competncia para o processo e julgamentode latrocnio do Juizsingular e no do Tribunal do Jri. 606. No cabe habeas coqus originrio para o Tribunal Pleno de deciso de Turma, ou do Plenrio, proferida em habeas corpus ou no respectivo recurso. 607. Na ao penal regida pela Lei n. 4.61 1/65, a denncia, como substitutivo da Portaria, no interrompe a prescrio. 608. Nocrime de estupro, praticadomedianteviolncia real, a ao penal pblica incondicionada. 609. pblica incondicionada a ao penal por crime de sone- gao fiscal. 610. H crime de latrocnio, quando o homicdio seconsuma, ainda que no realize o agente a subtrao de bens da vtima. 611.Transitadaem julgadoa sentena condenatria, compete ao juzodas execues a aplicao da lei mais benigna. 690. Compete originariamente ao Supremo Tribunal Federalo julgamento de habeas corpus contra deciso de turma recursal dejuizados especiais criminais. (revogada?) 691. NocompeteaoSupremo TribunalFederal conhecerde habeas corpusimpetrado contra deciso do Relator que, em habeas corpus requerido a tribunal superior, indefere a liminar. 692. No se conhece de habeas corpus contra omisso de relator de extradio, se fundado em fato ou direito estrangeiro cuja prova no constava dos autos, nem foi ele provocado a respeito. 693. No cabe habeas corpus contra deciso condenatria a pena de multa, ou relativo a processo em curso por infrao penal a que a pena pecuniria seja a nica cominada. 694. Nocabe habeascorpus contra a imposio da pena de ex- cluso de militar ou de perda de patente ou de funo pblica. 695. No cabe habeas corpus quando j extinta a pena privativa de liberdade. 696. Reunidos os pressupostos legais permissivos da suspenso condicional do processo, mas se recusando o Promotor de Justia a prop-la,o Juiz,dissentindo,remeteraquestoaoProcurador- Geral, aplicando-se poranalogia o art.28do Cdigo de Processo Penal. 697. Aproibio de liberdade provisria nos processos porcri- mes hediondos no veda a relaxamento da priso processual por ex- cesso de prazo. 698. No se estende aos demais crimes hediondos a admissibilidade de progresso no regimede execuo da pena aplicada ao crime de tortura. 699. O prazo para interposio de agravo, em processo penal, de cinco dias, de acordo com a Lei n. 8.038/90, no se aplicando o disposto a respeito nas alteraes da Lei n. 8.950/94ao Cdigo de Processo Civil. 700. de cinco dias o prazo para interposio de agravo contra deciso do juizda execuo penal. 701. Nomandado de segurana impetrado pelo Ministrio P- blico contra deciso proferida em processo penal, obrigatria a ci- tao do ru como litisconsorte passivo. 702. A competncia do Tribunal de Justia para julgarPrefeitos restringe-seaos crimes de competncia da Justiacomumestadual; nos demais casos, a competncia originria caber ao respectivo tri- bunal de segundo grau. 703. A extino do mandato do Prefeito no impede a instaurao de processo pela prtica dos crimes previstos no art. 1 Vo DL 201/67. 704. No viola as garantias do juiznatural, da ampla defesa e do devido processolegal a atrao porcontinncia ou conexo do pro- cesso do co-ru ao foro por prerrogativa de funo de um dos denun- ciados. 705. A renncia do r&ao direito de apelao, manifestada sem a assistncia do defensor, no impede o conhecimento da apelao poreste interposta. 706. relativa a nulidade decorrente da inobservnciada com- petnciapenal por preveno. 707. Constitui nulidade a falta de intimao do denunciado para oferecercontra-razesao recursointerposto da rejeio da denn- cia, no a suprindo a nomeao de defensor dativo. 708. nulo o julgamentoda apelao se, aps a manifestao nos autos da renncia do nico defensor, o ru no foi previamente intimado para constituir outro. 709. Salvo quando nula a deciso de primeiro grau, o acrdo que prov o recurso contra a rejeioda denncia vale, desde logo, pelo recebimento dela. 710. No processo penal, contam-se os prazos da data da intimao, e no da juntada aos autos do mandado ou da carta precatria ou de ordem. 71 1. A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigncia anterior cessao da conti- nuidade ou da permanncia. 712. nula a deciso que determina o desaforamento de proces- so da competncia do Jrisem audincia da defesa. 713.O efeito devolutivo da apelao contra decisesdo Jri adstrito aos fundamentos da sua interposio. 714. concorrente a legitimidade do ofendido, mediante quei- xa, e do Ministrio Pblico, condicionada representao do ofendi- do, para a ao penal por crime contra a honra de servidor pblico em razo do exerccio de suas funes. 715. A pena unificadapara atender ao limite de trinta anos de cumprimento, determinado pelo art. 75 do Cdigo Penal, no con- sideradaparaa concesso de outros benefcios, como o livramento condicional ou regime mais favorvel de execuo. 716. Admite-se a progresso de regime de cumprimento da pena ou a aplicao imediata de regime menos severo neladeterminada, antes do trnsito em julgadoda sentena condenatria. 717. No impede a progresso de regime de execuo da pena, fixadaemsentena notransitadaem julgado,ofatodeoruse encontrar em priso especial. 718. A opinio do julgadorsobreagravidadeemabstrato do crimenoconstituimotivaoidneaparaaimposiode regime mais severo do que o permitido segundo a pena aplicada. 719. A imposiodo regimedecumprimento maisseverodo que a pena aplicada permitirexige motivao idnea. 721. A competncia constitucional do Tribunal do Jriprevale- cesobre oforo porprerrogativade funoestabelecido exclusiva- mente pela Constituio estadual. 723. No se admite a suspenso condicional do processo por cri- mecontinuado, seasoma da penamnimada infraomais grave com o aumento mnimo de um sexto for superior a um ano. 727. No pode o magistrado deixar de encaminhar ao Supremo Tribunal Federal o agravo de instrumento interposto da deciso que no admite recurso extraordinrio, ainda que referente a causa ins- taurada no mbito dos juizados especiais. 728. de trsdiasoprazoparaa interposiode recursoex- traordinrio contra deciso do Tribunal Superior Eleitoral, contado, quandoforocaso,apartirda publicaodo acrdo, naprpria sesso de julgamento, nos termos do art. 12 da Lei 6.055/74, que no foi revogado pela Lei 8.950/94. 734. Nocabe reclamao quando jhouvertransitadoem jul- gado o ato judicialque sealega tenha desrespeitadodeciso do Su- premo Tribunal Federal. 735. No cabe recurso extraordinrio contra acrdo que defe- re medida liminar.