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    UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIS

    ESCOLA DE VETERINRIA

    PROGRAMA DE PSGRADUAO EM CINCIA ANIMAL

    DESEMPENHO, DIGESTIBILIDADE, RENDIMENTO DE CARCAA

    E AVALIAO DOS RGOS DIGESTIVOS DE FRANGOS DE

    CORTE RECEBENDO RAES COM OU SEM ADITIVOS

    ANTIMICROBIANOS

    Ccero Peres da CruzOrientador: Prof. Dr. Marcos Barcellos Caf

    GOINIA2006

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    CCERO PERES DA CRUZ

    DESEMPENHO, DIGESTIBILIDADE, RENDIMENTO DE CARCAA

    E AVALIAO DOS RGOS DIGESTIVOS DE FRANGOS DE

    CORTE RECEBENDO RAES COM OU SEM ADITIVOS

    ANTIMICROBIANOS

    Dissertao apresentada para obtenodo grau de Mestre em Cincia Animal

    junto Escola de Veterinria daUniversidade Federal de Gois

    rea de Concentrao:Produo Animal

    Orientador:Prof. Dr. Marcos Barcellos Caf EV/UFGComit de Orientao:Prof. Dr. Jos Henrique Stringhini EV/UFGProfa. Dra. Nadja Susana Mogyca Leandro EV/UFG

    GOINIA2006

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    CCERO PERES DA CRUZ

    Dissertao defendida e aprovada em ______de____________de________, pelaseguinte banca examinadora:

    _____________________________________________________Prof. Dr. Marcos Barcellos Caf EV/UFG

    Presidente da banca

    ______________________________________________________Profa. Dra. Maria Auxiliadora de Andrade EV/UFG

    _______________________________________________________Profa. Dra. Elisabeth Gonzales FMVZ /UNESP

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    Dedico este trabalho minha famlia e

    amigos pela compreenso, apoio e

    dedicao.

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    AGRADECIMENTOS

    Agradeo a Deus por se fazer presente em todos os momentos em minha vida.

    Por ser a fora que no me deixou desistir em nenhum momento. Agradeo a Ele

    pela vida e nela me oferecer tantas alegrias.

    minha famlia pelo apoio e compreenso nos momentos difceis. Obrigado meu

    pai por ser um incentivo constante em minha vida. Obrigado minha me por me

    passar fora e coragem para no abandonar meus objetivos em nenhum

    momento. Obrigado minhas irms e afilhada pelos exemplos e momentos de

    descontrao. Obrigado Lisandra pelo apoio e incentivo nessa reta final, voc foi

    muito importante para que esse momento se realizasse. Essa vitria tambm devocs.

    Agradeo a todos os amigos que participaram direta ou indiretamente desse

    momento. Em especial a todos os amigos do mestrado e do trabalho, bolsistas de

    iniciao cientfica e estagirios que dividiram todos os momentos desse perodo.

    Todos vocs fazem parte dessa conquista.

    Obrigado mestres, em especial ao Caf, Henrique, Nadja e Auxiliadora, que

    acima de tudo tenho como grandes amigos. Vocs acabaram se tornando minhasegunda famlia. Jamais esquecerei a dedicao e confiana em mim depositada.

    Obrigado a todos os funcionrios da Escola de Veterinria, em especial ao Seu

    Antnio, Germano e der. Vocs deram todas as condies para a execuo

    deste trabalho.

    CAPES pelo incentivo pesquisa e bolsa concedida.

    Coordenao de Ps-graduao da Escola de Veterinria pela organizao e

    estrutura oferecida.Ao Abatedouro So Salvador pelo apoio e incentivo pesquisa.

    Perdigo Agroindustrial S/A pelo incentivo e apoio ao crescimento de seus

    funcionrios.

    A todos que fizeram parte desse momento importante da minha vida, ficam os

    meus agradecimentos.

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    SUMRIO

    1 INTRODUO 1

    2 OBJETIVO 43 REVISO DA LITERATURA 5

    3.1 Antimicrobianos e a avicultura comercial 5

    3.2 Microbiota do trato digestrio 6

    3.3 Probiticos 8

    3.4 Prebiticos 11

    3.5 Simbiticos 13

    4 MATERIAL E MTODOS 14

    4.1 Experimento 1 14

    4.1.1 Local e perodo 14

    4.1.2 Animais experimentais 14

    4.1.3 Raes experimentais e tratamentos 15

    4.1.4 Material e metodologia de conduo experimental 16

    4.1.5 Variveisde desempenho 18

    4.1.6 Rendimento de carcaa 18

    4.1.7 Escores de leso intestinal por Eimeria sp 19

    4.1.8 Delineamento experimental 19

    4.2 Experimento 2 21

    4.2.1 Local e perodo 21

    4.2.2 Animais experimentais 21

    4.2.3 Raes experimentais e tratamentos 21

    4.2.4 Material e metodologia de conduo experimental 22

    4.2.5 Variveisde desempenho 23

    4.2.6 Digestibilidade da rao e morfometria dos rgos 244.2.7 Delineamento experimental 24

    4.3 Experimento 3 26

    4.3.1 Local e perodo 26

    4.3.2 Animais experimentais 26

    4.3.3 Raes experimentais e tratamentos 26

    4.3.4 Material e metodologia de conduo experimental 27

    4.3.5 Variveisde desempenho 29

    4.3.6 Digestibilidade da rao e morfometria dos rgos 294.3.7 Avaliao das leses intestinais 30

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    4.3.8 Delineamento experimental 30

    5 RESULTADOS E DISCUSSO 32

    5.1 Experimento 1 32

    5.2 Experimento 2 36

    5.3 Experimento 3 40

    6. CONCLUSES 46

    6. REFERNCIAS 48

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    LISTA DE TABELAS

    Tabela 1 Composio percentual das dietas experimentais....................... 15

    Tabela 2 Esquema da ANOVA para o Experimento 1................................ 19

    Tabela 3 Composio da dieta experimental.............................................. 22

    Tabela 4 Esquema da ANOVA para o Experimento 2................................ 25

    Tabela 5 Composio da dieta experimental.............................................. 27

    Tabela 6 Esquema da ANOVA para o Experimento 3................................ 31

    Tabela 7 Ganho de peso, consumo de rao, converso alimentar e

    mortalidade de frangos de corte recebendo dietas com

    diferentes antimicrobianos na fase pr-inicial (1-7 dias).............. 33Tabela 8 Ganho de peso, consumo de rao, converso alimentar e

    mortalidade de frangos de corte recebendo dietas com

    diferentes antimicrobianos na fase inicial (1-20 dias)................... 33

    Tabela 9 Ganho de peso, consumo de rao, converso alimentar e

    mortalidade de frangos de corte recebendo dietas com

    diferentes antimicrobianos (1-45 dias)......................................... 34

    Tabela 10 Peso mdio (g) e rendimento de carcaa (carcaa evisceradamais p, pescoo e cabea, %), peito (%), perna (%), asa (%) e

    dorso (%) de frangos de corte, recebendo dietas com diferentes

    antimicrobianos, aos 45 dias de idade......................................... 35

    Tabela 11 Ganho de peso, consumo de rao, converso alimentar e

    mortalidade de frangos de corte recebendo dietas com

    diferentes antimicrobianos (1-7 dias)........................................... 36

    Tabela 12 Ganho de peso, consumo de rao, converso alimentar emortalidade de frangos de corte recebendo dietas com

    diferentes antimicrobianos (1-21 dias)......................................... 37

    Tabela 13 Digestibilidade da Matria Seca (%) e Extrato Etreo (%) de

    frangos de corte alimentados com diferentes antimicrobianos.... 38

    Tabela 14 Peso relativo (%) de papo, pr-ventrculo e moela, fgado,

    pncreas, intestino delgado, intestino grosso e comprimento do

    intestino delgado de frangos de corte recebendo dietas com

    diferentes antimicrobianos, aos 21 dias de idade........................ 39

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    Tabela 15 Ganho de peso, consumo de rao, converso alimentar e

    mortalidade de frangos de corte recebendo dietas com

    diferentes antimicrobianos, desafiados ou no com E.

    acervulina (1-14 dias)................................................................... 40

    Tabela 16 Ganho de peso, consumo de rao, converso alimentar e

    mortalidade de frangos de corte recebendo dietas com

    diferentes antimicrobianos, desafiados ou no com E.

    acervulina(1-21 dias)................................................................... 41

    Tabela 17 Digestibilidade da Matria Seca (%) e Extrato Etreo (%) de

    frangos de corte alimentados com diferentes antimicrobianos,

    desafiados ou no com E. acervulina........................................... 42Tabela 18 Peso relativo (%) de papo, pr-ventrculo e moela e fgado de

    frangos de corte recebendo dietas com diferentes

    antimicrobianos, submetidos ou no a desafio por Eimeria

    acervulina, aos 21 dias de idade.................................................. 43

    Tabela 19 Peso relativo (%) de pncreas, intestino delgado, intestino

    grosso e comprimento do intestino delgado de frangos de corte

    recebendo dietas com diferentes antimicrobianos, submetidosou no a desafio por Eimeria acervulina, aos 21 dias de idade... 44

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    LISTA DE FIGURAS

    Figura 1 Esquema da disposio dos equipamentos nos boxes............... 17

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    RESUMO

    O presente estudo teve por objetivo avaliar o desempenho, digestibilidade,rendimento de carcaa e a avaliao dos rgos digestivos de frangos de corte

    recebendo raes com ou sem aditivos antimicrobianos. No experimento um,foram utilizados 1.008 pintos de um dia de idade, alojados em piso em grupos de63 aves por unidade experimental. Foram fornecidas quatro raes, com quatrorepeties cada com os seguintes tratamentos: T-1: rao com antibitico eanticoccidiano; T-2: rao com antibitico, sem anticoccidiano; T-3: rao semantibitico, com anticoccidiano e; T-4: rao sem antibitico, sem anticoccidianoem esquema fatorial 2x2. Aos 45 dias de idade, quatro aves por repetio foramabatidas para a determinao do rendimento de carcaa e cortes. No experimentodois, foram utilizados 300 pintos de corte alojados em baterias metlicas emgrupos de 10 aves por unidade experimental, em um total de 20 unidadesexperimentais. As aves foram tratadas ou no com antibitico e/ou anticoccidiano,

    seguindo um esquema fatorial 2x2. No experimento trs foram utilizados 400pintos de um dia de idade, alojados em grupos de 10 aves por unidadeexperimental, em um total de 40 unidades experimentais os grupos experimentaisforam divididos em: grupo sem anticoccidiano; grupo com anticoccidiano; grupocom prebitico e; grupo com probitico. Dentre esses, tiveram grupos de avesdesafiadas ou no com Eimeria acervulina. O delineamento experimental foiinteiramente casualizado, seguindo um esquema fatorial 4X2. Nos experimentosdois e trs um total de trs aves por repetio foram selecionadasaos 21 dias deidade para determinao de leses intestinais por E. acervulina. Osantimicrobianos melhoram o ganho de peso aos sete e aos 20 dias de idade.Frente a desafio natural por Eimeria sp., as aves tratadas com anticoccidianoapresentam maior rendimento de carcaa aos 45 dias de idade. Aves querecebem antibitico nas dietas apresentam melhor ganho de peso, conversoalimentar e digestibilidade das gorduras do que as aves no tratadas, aos 21 diasde idade. Na presena de desafio por Eimeria acervulina o ganho de peso foideprimido quando se utilizou o probitico em substituio ao anticoccidiano. Oganho de peso no foi afetado quando se utilizou a monensina ou o prbitico,frente ao desafio por Eimeria acervulina. O desafio por Eimeria acervulinapioroua digestibilidade do Extrato Etreo (EE), sendo que as aves tratadas commonensina apresentaram melhor digestibilidade do EE aps o perodo deinfecco.

    Palavras-chave: antibitico, anticoccidiano, desempenho, frango de corte,prebitico, probitico.

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    ABSTRACT

    The present study was conducted to evaluate the performance, digestibility,carcass yield and appraisal of the digestive organs of broilers fed with diets with or

    without antimicrobials additives. In the first experiment were used 1.008 one dayold chicks allotted in floor pens in groups of 63 birds as a experimental unity. Thebirds were fed with four types of diets: T1 - Diet with antibiotic and withanticoccidian; T-2 Diet with antibiotic and without anticoccidian; T-3 Diet withoutantibiotic and with anticoccidian and T-4 Diet without antibiotic and withoutanticoccidian. At the end of 45 day four representative birds per pen wereprocessed to determine dressing percentages and parts yields. In secondexperiment were used 300 one day old chicks allotted metallic batteries in groupsof 10 birds. The birds were treated with diets with or without antibiotics in (2x2)factorial arrangements. In the third experiment were used 400 one day old chicksallotted metallic batteries in groups of 10 birds and the treatments were: Birds fed

    without anticoccidian; with anticoccidian; with prebiotics and with probiotics. Allgroups were or not challenged with Eimeria acervulina in (4x2) factorialarrangements. In experiments 2 and 3 three birds for experimental unit wereselected at 21 days old for determination of intestinal injuries caused by E.acervulina. The results of this study showed that antimicrobials increased theweight gain at 7 and 20 days old with natural challenged of Eimeria sp. The birdstreated with anticoccidian had better carcass yield at 45 days old than birdsuntreated. The birds fed with diets with antibiotics increased weight gain, feedefficiency and fat digestibility at 21 days old. In presence of Eimeria acervulinatheweight gain were depressed when the the probiotic were used in replacement ofanticoccidian. In birds challenged by Eimeria acervulina the weight were notaffected when monesin or prebiotic were used. The challenger by Eimeriaacervulinadecrease the fat digestibility but after the recover of the infection birdstreated with monesin showed better fat digestibility.

    Key Words: Antibiotics, Anticoccidian, Broiler performance, Prebiotics, Probiotics.

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    1 INTRODUO

    Para chegar aos padres atuais de desempenho e eficincia produtiva,

    a avicultura necessitou de grandes avanos no que se refere nutrio,

    sanidade dos plantis, s tcnicas de manejo e de ambincia e ao ganho

    gentico. Todos esses avanos so necessrios para fazer com que todo o

    potencial gentico dos frangos de corte seja alcanado.

    Um fator particularmente importante a ser alcanado a integridade do

    trato gastrintestinal das aves que nunca deve estar comprometida, devendo

    permanecer saudvel e funcional do incio ao fim da vida, fato que ir refletir na

    produtividade (STBILE, 1996).Com a necessidade de intensificao da produo animal aumentou-se

    o desafio microbiano, representado principalmente por microrganismos

    patognicos presentes na microbiota intestinal. Estes microrganismos intestinais

    causam destruio das clulas e tecidos do intestino, levando m absoro de

    gua e ao derrame de soro-albumina dentro do intestino. Ainda favorecem m

    reabsoro e digesto de alimentos, particularmente protenas e carotenides,

    deteriorao do intestino devido destruio da membrana mucosa do intestino,alm de efeitos negativos em outros sistemas corporais, sendo responsveis pela

    reduo do desempenho dos animais. (KAWAZOE, 2000).

    Neste sentido, os antibiticos e os quimioterpicos so utilizados nas

    dietas com o intuito de controlar os agentes microbianos prejudiciais ao processo

    digestivo e propiciar os efeitos benficos na absoro de nutrientes (VASSALO et

    al., 1997).

    Contudo, apesar da maioria dos antibiticos apresentarem espectro deao contra microrganismos gram-positivos, como o caso da bacitracina,

    vancomicina e virginiamicina, verifica-se inconsistncia nos resultados dos

    experimentos que objetivam determinar o tipo de microrganismo que causa

    depresso no crescimento animal e demonstrar a efetividade de determinados

    agentes antimicrobianos no estmulo ao desempenho animal (ZUANON et al.,

    1998; SPINOSA et al., 1999).

    No se sabe ao certo se os antibiticos utilizados como promotores de

    crescimento possuem como um dos mecanismos de ao o efeito sobre as

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    bactrias intestinais (ENGBERG et al., 2000), mas a partir dos experimentos

    desenvolvidos no Brasil nos ltimos anos (HENRIQUE et al., 1998a; HENRIQUE

    et al., 1998b;LODDI et al., 1998; ZUANON et al., 1998a; CORRA et al., 2000;

    LODDI et al., 2000a;VARGAS Jr. et al., 2000;LEANDRO et al., 2001;PEDROSO

    et al., 2001; VARGAS Jr. et al., 2001e SATO et al., 2002), tem sido sugerido que

    as respostas aos antibiticos nas raes de frangos de corte foram de pequena

    magnitude, grande parte delas no significativas, e em alguns casos a resposta

    foi negativa (MENTEN, 2002).

    Alm disso, de acordo com FULLER (1989), o uso indiscriminado dos

    antibiticos pode resultar no desenvolvimento de populaes bacterianas com

    possvel resistncia, dificultando assim o seu uso. Estes ainda podem deixarresduos nos tecidos animais e ao serem ingeridos podem causar uma resistncia

    da microbiota humana ao antibitico utilizado, podendo causar resistncia

    cruzada s terapias antibiticas em humanos e outros animais (KELLEY et al.,

    1998).

    Com as crticas relacionadas possibilidade do desenvolvimento desta

    resistncia bacteriana, os importadores passam a exigir produtos livres de

    resduos de antimicrobianos, sendo que em julho de 1999 a Unio Europiadecidiu banir seis antibiticos largamente utilizados: tilosina, virginamicina,

    espiramicina, bacitracina de zinco, carbadox e olaquindox, culminando com a

    proibio total dos promotores de crescimento antimicrobianos (CROMWELL,

    1999; MENTEN, 2002).

    Como alternativa ao uso dos antibiticos, surgem os probiticos,

    definidos como suplementos alimentares base de microrganismos vivos que

    afetam beneficamente o animal hospedeiro, melhorando o balano microbianointestinal(FULLER, 1989). Existem probiticos compostos por diferentes culturas

    de microrganismos, e isto se torna de fundamental importncia, uma vez que sua

    eficcia contra os diversos agentes patognicos depende da quantidade e

    caractersticas das cepas do microrganismo utilizado na elaborao do aditivo

    alimentar (TOURNUT, 1998).

    Outro produto que facilita a colonizao e o estabelecimento de

    bactrias benficas no trato intestinal o prebitico (PATTERSON &

    BURKHOLDER, 2003). Esses produtos, oligossacardeos de cadeias curta como

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    os mananoligossacardeos (MOS) ou frutoligossacardeos (FOS), so

    indigestveis pelas aves, mas so alimentos especficos para as bactrias

    consideradas teis (ROBERFROID, 1998).

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    2 . OBJETIVO

    O presente estudo teve como objetivo avaliar a influncia de

    antimicrobianos, promotores de crescimento e anticoccidiano, frente a desafio ou

    no por Eimeria sp., sobre o desempenho, digestibilidade, morfometria dos

    rgos digestivos, escores de leso intestinal e as caractersticas de carcaa de

    frangos de corte.

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    3 REVISO DA LITERATURA

    3.1 Antimicrobianos e a avicultura comercial

    A produo confinada em larga escala dos frangos de corte s foi possvel

    aps a dcada de 40, graas introduo das sulfonamidas, reconhecidamente

    as primeiras substncias com ao anticoccidianas. Aps as sulfonamidas, muitos

    outros quimioterpicos foram desenvolvidos com esta finalidade. Porm, a maioria

    foi considerada muito txica ou pouco eficaz, exceto o amprolium, nicarbazina,

    halofuginona e diclazuril que so intensamente utilizados at hoje. Mas, mesmoesses produtos tm limitaes de uso porque induzem facilmente o aparecimento

    de resistncia (halofuginona e diclazuril) ou porque apresentam certa toxicidade,

    caso da nicarbazina que pode exacerbar o processo de estresse pelo calor em

    frangos de corte, reduzindo o desempenho e aumentando a taxa de mortalidade

    em todas as fases de crescimento quando criadas em condies de altas

    temperaturas (DONZELE et al., 2001).

    Essa situao limitou o desenvolvimento da avicultura comercial at olanamento, em 1971, do primeiro antibitico ionforo: a monensina, que foi um

    importante fator para o desenvolvimento da avicultura de corte, principalmente

    porque apresenta um lento desenvolvimento de resistncias quando comparado

    aos antimicrobianos qumicos (GONZALES, 2004).

    No entanto, na ausncia de coccidiose, a reduo do consumo de

    alimento e a depresso do crescimento foram relatadas em frangos de corte que

    receberam monensina (100 ppm), salinomicina (60 ppm) e lasalocida (125 ppm)continuamente na rao (HOOGE, 1995).

    Observou-se tambm, que a depresso de crescimento determinada

    pela monensina foi correlacionada negativamente com a concentrao protica da

    rao, fato este atribudo a um aumento do requerimento de aminocidos

    sulfurados, principalmente metionina (YAMONE et al., 1982).

    Juntamente com os antimicrobianos com ao anticoccidiana, os

    antibiticos com ao antibacteriana tambm foram importantes no

    desenvolvimento da avicultura comercial.

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    No entanto, FULLER (1989) afirma que o uso indiscriminado dos

    antimicrobianos pode resultar no desenvolvimento de microrganismos com

    possvel resistncia, dificultando assim o seu uso. Estes podem deixar resduos

    nos tecidos animais e, ao serem ingeridos, podem causar resistncia da

    microbiota humana ao antibitico utilizado, podendo causar resistncia cruzada s

    terapias antibiticas em humanos e outros animais (KELLEY et al., 1998).

    Atualmente tm surgido crticas relacionadas possibilidade do

    desenvolvimento de resistncia aos antibiticos, quimioterpicos e

    anticoccidianos, que provocaria menor eficincia das substncias terapia (ROE

    & PILLAI, 2003;GONZALES, 2004).

    3.2 Microbiota do trato digestrio

    Existem estimativas de que milhares de espcies de microrganismos

    habitam o trato digestrio dos animais, incluindo bactrias, protozorios ciliados e

    flagelados, fungos e bacterifagos. Essa populao pode exceder o nmero de

    clulas do organismo hospedeiro, sendo que no lmen intestinal de uma galinhapode haver 1011a 1012bactrias (LEEDLE, 2000).

    De acordo com MENTEN (2002), considera-se que os organismos que

    compem a microbiota autctone do trato digestrio tenham as seguintes

    caractersticas: a) capacidade de crescer anaerobiamente; b) presena do

    organismo em todos indivduos adultos saudveis; c) capacidade de colonizar

    regies especficas do trato, aps o estabelecimento sucessivo de diferentes

    grupos de organismos; d) manuteno de populaes estveis; e) associaontima com o epitlio da mucosa em alguns casos; f) o hospedeiro adquire uma

    tolerncia imunolgica aos organismos, os quais no so imunognicos ao

    hospedeiro natural.

    O papo dos frangos abriga principalmente lactobacilos, que formam

    uma camada com duas ou trs fileiras de clulas aderidas superfcie epitelial e

    tambm esto presentes no lmen. Estes lactobacilos produzem cido ltico, que

    reduz o pH abaixo de 5,0, e tm propriedades bacteriostticas/bactericidas que

    controlam a populao de Escherichia colino papo, podendo ainda afetar a sua

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    populao do intestino delgado. Em pequeno nmero ocorrem micrococos,

    estafilococos e leveduras, no sendo ambiente adequado para microrganismos

    anaerbicos (MENTEN, 2002).

    No intestino delgado, encontram-se diversos microrganismos, tais

    como: E. coli e espcies de Streptococcus, Enterococcus, Staphylococcus,

    Lactobacillus dentre outros. Observa-se que medida que avana no trato

    digestrio em direo ao reto, eleva-se a diversidade e a quantidade de

    microrganismos, sendo que ENGBERG (2000) verificou que as contagens de

    bactrias aumentaram do duodeno para o jejuno e destes para o leo de frangos

    com valores de 105 a 109/g de digesta de bactrias anaerbicas, coliformes,

    enterobactrias lactose-negativas, bactrias lticas, enterococos e lactobacilos.Devido o tempo de permanncia da digesta no ceco ser mais longo e

    as condies mais estveis, a capacidade de proliferao microbiana nesta

    poro do intestino mais intensa, apresentando contagens de microrganismos

    superiores s encontradas no intestino delgado, sendo que JIN et al. (1998)

    mostraram dados indicando a presena de cerca de 108 bactrias aerbicas e

    acima de 1010anaerbicas/g de contedo cecal de frangos de 10 a 40 dias de

    idade.No entanto, no basta apenas determinar quais so os microrganismos

    e o nmero destes no trato digestrio, importante que, dentro da dinmica de

    mudanas da microbiota intestinal, se separe aqueles que so benficos e os que

    so prejudiciais ao hospedeiro. GIBSON & ROBERFROID (1995) apresentaram

    um esquema para esta classificao em humanos, sendo aceita por no existir

    uma definio clara da microbiota das aves. Estes autores citaram como

    patognicas ou produtoras de toxinas: Pseudomonas aeruginosa, Proteus,Staphylococcus, Clostridium e Veillonela. O Enterococcus e a E. coli tambm

    podem ser classificadas como patognicas, sendo que juntamente com o

    Streptococcus e o Bacteroides, tambm tm caractersticas benficas como a

    inibio do crescimento de bactrias exgenas e/ou prejudiciais, estmulo da

    imunidade, auxlio na digesto e/ou absoro e sntese de vitaminas. Ainda foram

    classificados como estritamente benficos, apresentando as ltimas

    caractersticas, os Lactobacillus,oEubacterium e o Bifidobacterium.

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    8

    3.3 Probiticos

    Frente ao banimento dos aditivos antimicrobianos convencionais, os

    probiticos se apresentam como uma alternativa importante, uma vez que alm

    de serem considerados naturais, no deixam resduos nos produtos de origem

    animal (ANDREATTI FILHO & SAMPAIO, 2000).

    Os probiticos so definidos como suplementos alimentares base de

    microrganismos vivos que afetam beneficamente o animal hospedeiro,

    melhorando o balano microbiano intestinal (FULLER, 1989; GUILLOT, 2000),

    tendo como caractersticas ideais: ser do hospedeiro de origem; no patognico;

    resistir ao processamento e armazenagem; resistir ao cido gstrico e bile; aderirno epitlio e muco; persistir no trato intestinal; produzir componentes inibitrios;

    modular a resposta imune, e alterar a atividade microbiana local (PATTERSON &

    BURKHOLDER, 2003).

    PATTERSON & BURKHOLDER (2003) ainda citam que uma variedade

    de espcies de microrganismos tem sido usada como probiticos, incluindo

    espcies de Bacillus, Bifidobacterium, Enterococcus, E. coli, Lactobacillus,

    Lactococcus, Streptococcus,uma variedade de espcies de leveduras, bem comouma mistura indefinida destas culturas.

    Os probiticos so fornecidos a pintos recm-eclodidos em pequenas

    dosagens via rao, gua de bebida ou spray, sendo que CRUZ et al. (2003)

    observaram a viabilidade de aplicao dos probiticos tambm em ovos

    embrionados.

    Os mecanismos utilizados por uma espcie de bactria para excluir ou

    reduzir o crescimento de outras espcies so variados, no entanto, foramdeterminados quatro mecanismos principais que envolvem o desenvolvimento de

    um microambiente que favorece os microrganismos benficos. Estes certamente

    possuem caractersticas favorveis que permitem a expresso de vrios

    mecanismos que previnem a colonizao de patgenos no trato digestrio. Os

    mecanismos so: a excluso competitiva; o antagonismo direto; a competio por

    nutrientes essenciais, e o estmulo ao sistema imune (MENTEN, 2002; EDENS,

    2003).

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    O mecanismo de excluso competitiva baseia-se na aderncia dos

    probiticos a stios de ligao no epitlio intestinal, indisponibilizando estes para a

    ligao de bactrias prejudiciais. MEDEIROS et al. (1998) demonstraram que

    probiticos foram capazes de reduzir a colonizao intestinal por bactrias do

    gnero Salmonella sp., e deste modo diminuir a incidncia dessas bactrias nas

    criaes comerciais e ainda contribuir para minimizar os casos de intoxicao

    alimentar em humanos.

    LEANDRO et al. (2004), trabalhando com inoculao em ovos

    embrionados e desafiando aps a ecloso com Salmonella Enteretidis,

    observaram que o microrganismo prejudicou o desempenho dos frangos aos 21

    dias de idade. No entanto, quando inoculados com probitico a colonizao dopapo e do ceco foi evitada, melhorando o peso vivo aos 21 dias de idade,

    demonstrando sua eficcia em inibir a colonizao pelo microrganismo.

    A atividade antagonstica representada por alguns produtos usados

    como probiticos que tm em sua composio bactrias anaerbicas

    (Lactobacillus sp., Bacillus sp.) que produzem cidos orgnicos, os quais

    diminuem o pH do TGI, tornando-o mais cido (GUILLOT, 2000); perxido de

    hidrognio, que provoca a inativao de biomolculas essenciais e induz osistema da lactoperoxidade; e as bacteriocinas, que so substncias de natureza

    protica produzidas por bactrias e tm atividade bactericida, assim como

    ausncia de letalidade para as clulas que a produziram (SILVA, 2000a). Estas

    apresentam amplo e baixo espectro de ao contra a membrana e estruturas da

    membrana, lise de membrana e rompimento de receptores (EDENS, 2003).

    Esse conjunto de aes melhora a resposta imune local e a habilidade

    das outras bactrias teis do probitico em se aderirem mucosa do intestino(SILVA, 2000b; PATTERSON & BURKHOLDER, 2003).

    Em trabalho desenvolvido por DALLOUL et al. (2003), em que se

    utilizou uma mistura de Lactobacillus, diminuiu-se a taxa de infeco por Eimeria

    acervulina de aproximadamente 368 X 106oocistos fecais/ave no grupo controle,

    para 89 X 106 oocistos fecais/ave no grupo recebendo probitico. Os autores

    concluram que essa reduo uma indicao clara da melhora da resistncia

    infeco pelo agente e associaram esse resultado ao estmulo da funo imune

    das aves, o que se apresenta como um fator importante, uma vez que os

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    anticoccidianos tambm podero ser banidos da alimentao animal, devido a

    preocupao de resistncia destes microrganismos aos medicamentos utilizados,

    mesmo sabendo de sua eficincia na melhoria do desempenho de frangos de

    corte (RIBEIRO et al., 2000).

    JIN et al. (1998) forneceram em dietas de frangos 0,05, 0,10 ou 0,15%

    de uma cultura contendo quatro espcies de bactrias (L. acidophilus, L.

    fermentum, L. crispatuse L. brevis) isoladas de aves e contendo 109clulas/g. Os

    resultados foram atribudos capacidade de colonizao das bactrias, que

    tinham forte aderncia ao epitlio, eram resistentes bile e acidez e tinham

    efeito antagnico a bactrias patognicas, sendo ainda ressaltado a dosagem

    correta para se obter melhor benefcio com a utilizao dos probiticos.ZUANON et al. (1998b), trabalhando com Bacillus toyoi isoladamente

    ou em associao com o antibitico avoparcina, no observaram diferena

    significativa aos 42 dias para as variveis de desempenho em frangos de corte.

    Os autores citam que o fato da substituio do antibitico avoparcina pelo

    probitico no ter apresentado diferenas significativas no desempenho dos

    frangos indica a possibilidade de substituio de um antibitico promotor de

    crescimento por um probitico, mantendo o mesmo padro de desempenho eevitando os riscos da presena de resduos antibiticos e seus metablitos na

    carcaa, diminuindo tambm a possibilidade de surgimento de cepas bacterianas

    resistentes aos antibiticos.

    No entanto, LODDI et al. (1998), tambm trabalhando com avoparcina

    e com o probitico Enterococcus faecium, observaram que as aves que no

    receberam promotores de crescimento obtiveram melhores resultados de

    desempenho aos 42 dias de idade em relao aos que receberam em sua dieta oantibitico ou o probitico. Os autores justificaram este resultado pelo fato das

    aves terem sido criadas em instalaes novas, com timas medidas profilticas,

    no tendo condies para os antimicrobianos expressarem sua eficincia.

    Em levantamento feito por MENTEN (2002) dos trabalhos realizados no

    Brasil de 1993 a 2002, indicam que as respostas no diferem substancialmente

    daquelas obtidas com os antibiticos. O autor observou que, para ganho de peso,

    quando se utilizou os probiticos, dez respostas foram positivas e trs negativas.

    Para eficincia alimentar no houve resposta aos probiticos em quatro

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    experimentos e apenas dois tiveram respostas negativas. Ainda deve-se

    considerar que as respostas obtidas em instalaes experimentais sejam de

    menor magnitude que em condies de campo.

    3.4 Prebit icos

    Os prebiticos so oligossacardeos de cadeia curta, como os

    mananoligossacardeos (MOS) ou frutoligossacardeos (FOS), que so

    indigestveis pelas aves, mas so alimentos especficos para as bactrias

    consideradas teis, facilitando a colonizao e o estabelecimento de bactriasbenficas no trato intestinal (ROBERFROID, 1998).

    De acordo com GIBSON & ROBERFROID (1995), para que um

    componente do alimento seja considerado um prebitico, ele deve: no ser

    hidrolisado ou absorvido nos segmentos iniciais do trato digestrio; ser substrato

    para bactrias benficas; ser capaz de alterar a microbiota intestinal, e; induzir

    efeitos benficos sistmicos ou na luz intestinal.

    Os FOS so polmeros ricos em frutose, podendo ser naturais,derivados de plantas, ou sintticos, resultantes da polimerizao de frutose

    (GIBSON & ROBERFROID, 1995). Obtem-se o MOS de parede celular de

    leveduras, consistindo principalmente de protena e carboidrato (MENTEN, 2002).

    De acordo com FERKET (2004), o FOS influencia a microbiota por

    alimentar as bactrias benficas, excluindo competitivamente a colonizao de

    patgenos. O MOS melhora a resistncia a doenas entricas e atua como

    promotor de crescimento por: inibir a colonizao de patgenos entricos,bloqueando a adeso bacteriana na parede intestinal; melhorar a imunidade;

    modificar a fermentao da microbiota, favorecendo a disponibilidade de

    nutrientes ao hospedeiro; melhorar a barreira mucosa da parede intestinal; reduzir

    a taxa de turnoverdos entercitos; e melhorar a integridade da parede intestinal

    (MORAN, 2004).

    SPRING et al. (2000), trabalhando com aves que receberam dietas

    contendo MOS e desafiadas com Salmonella typhimurium 29E, obtiveram

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    resultado positivo para a reduo deste microrganismo no ceco quando

    suplementados com o MOS.

    Tambm foi observado por STANLEY et al. (2004) que as contagens

    de coliformes intestinais so menores nas aves suplementadas com MOS quando

    comparadas s tratadas com antibitico.

    SCHWARZ et al. (2002) observaram que os prebiticos poderiam

    substituir os antibiticos sem perdas no desempenho das aves por favorecer o

    desenvolvimento das vilosidades intestinais.

    No entanto, LODDI (2003) observou que, apesar de favorecer o

    desenvolvimento da mucosa intestinal, observando diferena significativa para a

    densidade de vilos no leo, o MOS no apresentou efeito sobre o desempenhofinal das aves quando comparado aos tratamentos que receberam probitico e

    simbitico.

    Alm de sua eficcia no controle de bactrias patognicas, STANLEY

    et al. (2004), trabalhando com resduo de parede celular de Saccharomyces

    cerevesae, observaram sua eficincia contra Eimeria sp., para as medidas de

    peso corporal, quando comparada ao tratamento que recebeu medicamento

    anticoccidiano. Os autores ainda observaram que a contagem de oocistos dacama das unidades experimentais tratadas com Lasalocida e as tratadas com

    MOS no diferiram entre si em contagem realizada antes do experimento 1 e

    contagem realizada aps o experimento 3.

    VARGAS Jr. et al. (2000) observaram que os prebiticos no

    comprometeram o desempenho de frangos de corte aos 21 dias de idade quando

    comparados a aves que receberam dietas contento antibitico (avilamicina) e

    alguns probiticos. No entanto, os autores ressaltam o fato do experimento tersido realizado sob condies de pouco desafio, e acreditam que na medida em

    que o desafio aos animais se torne maior, as diferenas entre os tratamentos

    devem aparecer de forma mais precisa.

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    3.5 Simbiticos

    O uso conjunto de prebitico e probitico denominado de simbitico

    (ROBERFROID, 1998). Esta combinao melhoraria a sobrevivncia do

    organismo probitico, por que seriam disponibilizados substratos especficos para

    a fermentao destes, o que resulta em vantagens oferecidas ao hospedeiro

    pelos microrganismos vivos e pelos prebiticos (COLLINS & GIBSON, 1999).

    Se ao uso do simbitico puder ser associado um outro nutriente de fcil

    utilizao pelas bactrias teis, como a lactose, disponibilizando uma maior

    quantidade de cidos orgnicos para o meio (TELLEZ et al., 1993) pode-se

    esperar um resultado ainda melhor.Comparando a utilizao de antibitico, prebitico, probitico e

    simbitico, MAIORKA et al. (2001) observaram que, apesar de no serem

    observadas diferenas significativas no desempenho quando comparadas ao

    grupo tratado com antibiticos, a utilizao de simbiticos na dieta de frangos

    uma alternativa vivel,recomendando a utilizao de 0,2% de MOS, associado ao

    B. subtilis(300 ppm, 1010clulas viveis/100g do produto).

    Tambm no encontrando diferena significativa para as medidas dedensidade de vilos entre os animais que receberam probitico e a associao

    deste a um prebitico, LODDI (2003) observou que quando foi associado ao

    probitico um prebitico, houve um aumento na densidade de vilos no duodeno e

    leo.

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    4 MATERIAL E MTODOS

    Foram realizados trs experimentos para avaliar desempenho,

    digestibilidade, rendimento de carcaa e morfometria dos rgos do trato

    gastrintestinal em frangos de corte alimentados com raes contendo ou no

    antibiticos promotores de crescimento (Bacitracina de Zinco, Olaquindox e

    Avilamicina), anticoccidianos (Nicarbazina e Monensina), probitico (AVIGUARD)

    e prebitico (BIOMOS).

    4.1 Experimento 1 Desempenho e rendimento de carcaa emfrangos de corte alimentados com raes contendo ou no antibitico promotor de

    crescimento e/ou anticoccidiano, recebendo desafio natural por Eimeria sp.

    4.1.1 Local e perodo

    O experimento foi realizado no perodo de 22/08/2004 a 06/10/2004 noavirio experimental da Fazenda So Roque, de propriedade do Abatedouro So

    Salvador, localizado na Rodovia Itabera-Itaguari, km 12, no municpio de Itabera

    - Gois.

    4.1.2 Animais experimentais

    Foram utilizados 1.008 pintos de um dia de idade, de linhagem

    comercial para corte, todos machos, alojados em grupos de 63 aves por unidade

    experimental, para atingir a densidade de 12 aves/m2, em um total de 16 unidades

    experimentais.

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    4.1.3 Raes experimentais e tratamentos

    As raes experimentais foram divididas em quatro tipos, sendo cada

    uma representativa de cada tratamento (Tabela 1). Todos os tratamentos

    receberam uma rao referncia base de milho e farelo de soja, diferindo-se

    apenas pela presena ou no de antibitico promotor de crescimento (Bacitracina

    de Zn e Olaquindox) e/ou anticoccidiano (Nicarbazina ou Monensina), conforme

    segue:

    T1: Com antibitico e com anticoccidiano;

    T2: Com antibitico e sem anticoccidiano;

    T3: Sem antibitico e com anticoccidiano;

    T4: Sem antibitico e sem anticoccidiano.

    Tabela 1. Composio percentual das dietas experimentais.Alimento Pr-inicial Inicial Crescimento FinalMilho, gro 54,130 64,022 67,115 71,045Farelo de Soja 35,331 27,071 16,067 13,000Farinha de carne 7,069 - - -Glutenose - - - 3,000Soja Integral - 1,600 9,800 9,200

    Protenose - 3,000 3,000 -Fosfato Biclcico - 1,333 1,200 1,133Calcrio 0,265 1,333 1,333 1,200leo 1,131 - - -Pr-mistura Mineral e Vitamnica1 0,511 0,606 0,599 0,682Sal 0,419 0,460 0,393 0,367DL-Metionina 99 0,308 0,233 0,183 0,177L-Lisina HCL 0,681 0,213 0,208 0,196L-Treonina 0,055 - - -L-Triptofano - - - -Inerte 0,100 0,128 0,100 -Composio Calculada

    2 Unid. Atendimento

    Energia Metabolizvel kcal/kg 2.963 3.043 3.127 3.260Protena Bruta % 21,84 20,96 19,87 17,49Clcio % 0,98 0,94 0,89 0,84Fsforo Disponvel % 0,45 0,44 0,42 0,40Lisina dig. % 1,34 1,15 0,99 0,85Metionina dig. % 0,55 0,53 0,47 0,43Treonina dig. % 0,84 0,77 0,63 0,56Triptofano dig. % 0,26 0,25 0,21 0,18

    1Premix Mineral e Vitamnico Nutron, sem promotor de crescimento.2Valores calculados com base na composio qumica dos alimentos, matriz nutricional da Nutron AlimentosLtda.

    As raes utilizadas seguiram o padro de formulao com base namatriz nutricional da Nutron Alimentos Ltda.

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    Na fase pr-inicial utilizou-se como anticoccidiano a Nicarbazina (125

    ppm) e como antibitico promotor de crescimento uma combinao de Bacitracina

    de Zn (10 ppm) e Olaquindox (40 ppm). Nas fases inicial e de crescimento

    utilizou-se como anticoccidiano a monensina (120 ppm) e como antibitico

    promotor de crescimento uma combinao de Bacitracina de Zn (10 ppm) e

    Olaquindox (10 ppm). A rao final foi fornecida sem diferena entre os

    tratamentos (sem utilizao de antibitico e anticoccidiano) para o cumprimento

    do perodo de consumo de rao sem promotor de crescimento no perodo pr-

    abate.

    O consumo das raes pr-inicial, inicial, crescimento e final tiveram

    seu consumo nos perodos de um a sete, oito a 20, 21 a 38 e 39 a 45 diasrespectivamente.

    4.1.4 Material e metodologia de conduo experimental

    Para a conduo do experimento foi utilizado um galpo de alvenaria

    com 24 x 6,65m (159,60m2

    ) de dimenses internas, cumeeira com orientaoleste-oeste, p direito de 2,60m, sem lanternim, coberto com telhas francesas,

    dividido em 16 boxes de 2,10 x 2,50 m cada (5,25 m2), com uma mureta de

    alvenaria de 0,20 m e tela de arame at a altura de 0,80m. Suas partes laterais se

    constituem de uma tela de arame que se estende at o incio do telhado e

    protegido por uma cortina de plstico tranado azul e um sistema com catracas

    para sua movimentao.

    O manejo anterior chegada do lote se constituiu de um perodo delimpeza e desinfeco das instalaes (telhas, telas, cortinas, piso, rea externa,

    equipamentos) com durao de sete dias, sendo dois para a limpeza e cinco para

    o vazio sanitrio com pulverizao de desinfetantes nas instalaes e

    equipamentos.

    Cada grupo de quatro boxes (quatro repeties com o total de 252

    aves) recebeu uma campnula a gs para aquecimento dos pintos, quatro

    comedouros tipo tubular infantil e quatro bebedouros de presso, conforme figura

    1. A regulagem dos bebedouros pendulares (definitivos) se deu de acordo com a

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    necessidade de adaptao pelo crescimento das aves. A substituio dos

    comedouros tubular-infantil por tubular-adulto se deu gradativamente a partir dos

    sete dias.

    Foi utilizada cama reutilizada com presena de oocisto de Eimeria sp.

    na mesma, determinada pelo mtodo de McMaster conforme descrito por

    KAWAZOE (2000), com uma altura em torno de oito a dez centmetros.

    O aquecimento interno foi monitorado diariamente de acordo com a

    temperatura do ambiente, sendo associado ao manejo das cortinas para que a

    temperatura do galpo se tornasse adequada s aves.

    A iluminao foi constante, ou seja, um perodo com iluminao natural

    e outro com iluminao artificial. A iluminao artificial foi feita por meio de

    lmpadas incandescentes de 100 W espalhadas pelo galpo, buscando o

    fornecimento de 22 lumens/m2.

    O manejo dirio incluiu ainda a limpeza dos bebedouros com troca de

    gua pela manh e pela tarde, bem como o abastecimento dos comedouros.

    Tanto as aves quanto as raes foram pesadas com um, sete, 14, 21,

    28, 35, 42 dias de idade e ao abate, sendo que estes dados resultaram a base

    para o clculo do ganho de peso, consumo de rao e converso alimentar. Ao

    trmino do experimento foram avaliados os parmetros referentes ao rendimento

    de carcaa.

    Figura 1. Esquema da disposio dos equipamentos nos boxes.

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    4.1.5 Variveisde desempenho

    Durante a conduo do experimento foram avaliados os pesos das

    aves e das raes fornecidas do 1 dia ao abate sendo anotados o peso das aves

    mortas, mortalidade diria e calculados os ndices que indicaram o desempenho

    das aves:

    - ganho de peso: calculado pela diferena entre os pesos mdios das

    aves obtidos pelas pesagens em cada idade;

    - consumo de rao: obtido pela diferena entre a quantidade de

    rao oferecida no incio e as sobras ao final de cada fase e considerando o

    nmero de aves mortas no intervalo como critrio para correo dos valores deconsumo;

    - ndice de converso alimentar: obtido pela relao entre o ganho de

    peso e o consumo de rao, corrigida pelo peso total das aves mortas.

    - ndice demortalidade: obtido pelo nmero de aves mortas durante o

    perodo experimental, transformada em arco seno (% / 100)0,5, visando a anlise

    estatstica.

    4.1.6 Rendimento de carcaa

    Ao final do experimento quatro aves por repetio (64 aves)

    representando a mdia do boxe, foram transportadas ao Abatedouro So

    Salvador em Itabera (GO) para o abate, sendo avaliados os parmetros relativos

    ao rendimento de carcaa e de cortes.Foram avaliados os pesos das aves vivas na plataforma do

    abatedouro, peso das carcaas evisceradas (no resfriadas em chiller), com ps,

    cabea e pescoo, e o peso dos cortes (peito, dorso, asa, pernas, ps, pescoo +

    cabea). Os valores obtidos foram tabulados e posteriormente relacionados ao

    peso vivo e ao peso de carcaa das aves, sendo apresentados em percentagem.

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    4.1.7 Escores de leso intestinal por Eimeria sp.

    Aos 24 e 38 dias de idade, duas aves por repetio (totalizando 64

    aves para as duas idades) foram levadas ao laboratrio de Doenas das Aves do

    Departamento de Medicina Veterinria Preventiva da Escola de Veterinria da

    Universidade Federal de Gois, onde foram sacrificadas para realizao de

    necropsia e determinao do grau de leso intestinal macroscpica pelos escores

    de leso como idealizado por JOHNSON & REID (1970).

    No dia de realizao da necropsia tambm foram coletadas amostras

    da cama de cada unidade experimental (repetio) para contagem de oocistos

    pelo mtodo de McMaster conforme descrito por KAWAZOE (2000).

    4.1.8 Delineamento experimental

    O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, seguindo

    um esquema fatorial 2X2, totalizando quatro tratamentos, correspondendo ao

    fator antibitico (presena ou ausncia de antibitico promotor de crescimento) eao fator anticoccidiano (presena ou ausncia de anticoccidiano), sendo quatro

    repeties para cada tratamento com 63 aves cada, totalizando 16 unidades

    experimentais.

    As anlises estatsticas foram realizadas utilizando-se o programa

    SAEG-UFV (1997), para P

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    O modelo matemtico estatstico demonstrado a seguir:

    Yij k= + Ab + Ac + AbXAc + eij k

    onde:

    Yijk= Parmetros avaliados;

    = Mdia comum a todas as observaes;

    Ab = Efeito referente ao fator antibitico;

    Ac = Efeito referente ao fator anticoccidiano;

    AbXAc = Efeito referente interao entre fatores;

    eijk= Erro associado a cada observao e interao;

    i = grupo testado;

    j = observaes individuais;

    k = interao.

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    4.2 Experimento 2 Desempenho, digestibilidade e morfometria dos

    rgos digestivos em frangos de corte alimentados com raes contendo ou no

    antibitico (avilamicina) e anticoccidiano (monensina).

    4.2.1 Local e perodo

    O experimento foi conduzido no perodo de 12/04/2005 a 03/05/2005,

    no laboratrio de doenas das aves da Escola de Veterinria da Universidade

    Federal de Gois, campusII Samambaia, no municpio de Goinia/GO.

    4.2.2 Animais experimentais

    Foram utilizados 200 pintos de um dia de idade, de linhagem comercial

    para corte, todos machos, alojados em grupos de 10 aves por unidade

    experimental, em um total de 20 unidades experimentais.

    4.2.3 Raes experimentais e tratamentos

    As raes experimentais foram divididas em quatro tipos, diferindo-se

    apenas pela utilizao ou no de antibitico e anticoccidiano (Tabela 3), conforme

    segue:

    T1: Com antibitico e com anticoccidiano; T2: Sem antibitico e sem anticoccidiano;

    T3: Com antibitico e sem anticoccidiano;

    T4: Sem antibitico e com anticoccidiano.

    As raes foram formuladas para atender as recomendaes

    nutricionais e a composio dos alimentos propostos por ROSTAGNO (2000),

    sendo todas isonutritivas e isoenergticas, Utilizou-se como anticoccidiano a

    monensina (120 ppm) e como antibitico a avilamicina (10 ppm).

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    22

    Tabela 3. Composio da dieta experimental.

    AlimentoNveis percentuais

    Milho, gro 57,583

    Farelo de Soja (45%) 36,292leo de Soja 2,565Fosfato biclcico 1,811Calcrio 0,993Suplemento Min e Vit1 0,035Sal 0,455DL-Metionina 99 0,225Inerte 0,040Composio Calculada2 Unid. Atendimento

    Energia Metabolizvel kcal/kg 3.000Protena Bruta % 21,4Clcio % 0,95Fsforo Disponvel % 0,45Lisina % 1,15Metionina + Cistina % 0,90Metionina % 0,56Treonina % 0,84Triptofano % 0,27

    1Premix Mineral e Vitamnico Lutavit Bland-BASF, sem promotor de crescimento.2 Valores calculados com base na composio qumica dos alimentos, proposta pela tabela deRostagno et al. (2000).

    4.2.4 Material e metodologia de conduo experimental

    O experimento foi conduzido em baterias coletivas de ao galvanizado

    de 0,60m2, com cinco andares e divises com 0,80 x 0,75 x 0,25 (c x l x h) metros

    de dimenso. Cada andar conta com bebedouros e comedouros do tipo calha e

    uma lmpada incandescente de 60W por unidade experimental com a finalidade

    de aquecer as aves na fase inicial.

    O manejo anterior chegada das aves se constituiu de um perodo de

    limpeza e desinfeco das instalaes (telhas, telas, cortinas, piso, baterias, rea

    externa e equipamentos) com durao de sete dias, sendo dois para a limpeza e

    cinco para o vazio sanitrio com pulverizao de desinfetantes nas instalaes e

    equipamentos.

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    O aquecimento interno foi monitorado diariamente de acordo com a

    temperatura do ambiente, sendo associado ao manejo das cortinas para que a

    temperatura do galpo se tornasse adequada s aves.

    A iluminao foi constante, ou seja, um perodo com iluminao natural

    e outro com iluminao artificial. A iluminao artificial ser feita por meio de

    lmpadas incandescentes de 60 W localizadas dentro de cada unidade

    experimental.

    O manejo dirio incluiu ainda a limpeza dos bebedouros com troca de

    gua pela manh e pela tarde, bem como o abastecimento dos comedouros.

    A pesagem das aves e das dietas ocorreu ao alojamento, 7 e 21 dias

    de idade, cujos dados constituram a base para o clculo do ganho de peso, doconsumo de rao e do ndice de converso alimentar. Tambm foi contabilizada

    a mortalidade, bem como a pesagem das aves mortas para a correo dos dados

    de desempenho.

    4.2.5 Variveis de desempenho

    Durante a conduo do experimento foram avaliados os pesos das

    aves e das raes fornecidas do alojamento ao 21 dia, sendo anotados o peso

    das aves mortas, mortalidade diria e calculados os ndices que indicaram o

    desempenho das aves:

    - ganho de peso: calculado pela diferena entre os pesos mdios das

    aves obtidos pelas pesagens em cada idade;

    -

    consumo de rao: obtido pela diferena entre a quantidade derao oferecida no incio e as sobras ao final de cada fase e considerando o

    nmero de aves mortas no intervalo como critrio para correo dos valores de

    consumo;

    - ndice deconverso alimentar: obtido pela relao entre o ganho de

    peso e o consumo de rao, corrigida pelo peso total das aves mortas.

    - ndice demortalidade: obtido pelo nmero de aves mortas durante o

    perodo experimental, transformada em arco seno (% / 100)0,5visando a anlise

    estatstica.

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    4.2.6 Digestibilidade da rao e morfometria dos rgos

    A colheita de excretas obedeceu ao mtodo da coleta total descrito por

    ALBINO (1991), sendo efetuado duas vezes ao dia dos 18 aos 21 dias de idade

    das aves.

    As excretas foram acondicionadas em sacos plsticos e congeladas

    logo aps cada coleta para que no houvesse interferncia da atividade

    microbiana.

    As anlises bromatolgicas para matria seca (MS%) e extrato etreo

    (EE%) do alimento e das excretas seguiram o proposto por SILVA (1990), sendo

    realizadas no Laboratrio de Nutrio Animal da Escola de Veterinria (EV) daUFG.

    Com os resultados das anlises de MS% e EE% foi avaliado o

    coeficiente de digestibilidade (CD%) das dietas teste e referncia, seguindo a

    metodologia descrita por MATTERSON et al. (1965).

    CD (%) = Nutriente no alimento % - Nutriente das excretas % x 100Nutriente no alimento %

    Ao final do experimento, duas aves por repetio (40 aves)

    representando a mdia da unidade experimental, foram conduzidas ao

    Laboratrio de Doenas das Aves do Departamento de Medicina Veterinria

    Preventiva da Escola de Veterinria da Universidade Federal de Gois, onde

    foram sacrificadas para realizao da pesagem das vsceras, sendo estes dados

    apresentados percentualmente ao peso da ave viva. Foram pesados esfago +

    papo, pro-ventrculo + moela, fgado, pncreas, intestino delgado, intestino grossoe ainda foi medido o comprimento de todo o intestino.

    4.2.7 Delineamento experimental

    O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, seguindo

    um esquema fatorial 2X2, totalizando quatro tratamentos, correspondendo aosfatores antibitico promotor de crescimento X anticoccidiano, sendo cinco

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    repeties para cada tratamento com 10 aves cada, totalizando 20 unidades

    experimentais.

    As anlises estatsticas foram realizadas utilizando-se o programa

    SAEG-UFV (1997), sendo adotado para a comparao entre as mdias o teste de

    Tukey (varveis quantitativas) para P

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    26

    4.3 Experimento 3 Desempenho, digestibilidade, morfometria dos

    rgos digestivos e escores de leses por coccdea em frangos de corte

    alimentados com raes com ou sem anticoccidiano (monensina) ou probitico

    (AVIGUARD) ou prebitico (BIOMOS), desafiados ou no com Eimeria

    acervulina.

    4.3.1 Local e perodo

    O experimento foi conduzido no perodo de 29/05/2005 a 19/06/2005

    no Laboratrio de Doenas das Aves da Escola de Veterinria da UniversidadeFederal de Gois, campusII Samambaia, no municpio de Goinia/GO.

    4.3.2 Animais experimentais

    Foram utilizados 400 pintos de um dia de idade, de linhagem comercial

    para corte, todos machos, alojados em grupos de 10 aves por unidadeexperimental, em um total de 40 unidades experimentais.

    4.3.3 Raes experimentais e tratamentos

    As raes experimentais foram divididas em quatro tipos, diferindo-se

    apenas pela utilizao ou no de anticoccidiano (monensina a 120 ppm), deprobitico (AVIGUARD), ou de prebitico (BIOMOS), tendo ainda como fator o

    desafio ou no por E. acervulina, conforme segue:

    T1: Sem anticoccidiano e sem desafio;

    T2: Sem anticoccidiano e com desafio;

    T3: Com anticoccidiano e sem desafio;

    T4: Com anticoccidiano e com desafio;

    T5: Com prebitico e sem desafio; T6: Com prebitico e com desafio;

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    T7: Com probitico e sem desafio;

    T8: Com probitico e com desafio.

    As raes foram formuladas para atender as recomendaes

    nutricionais e a composio dos alimentos propostos por ROSTAGNO (2000),

    sendo todas isonutritivas e isoenergticas (Tabela 5).

    Tabela 5. Composio da dieta experimental.

    AlimentoNveis percentuais

    Milho, gro 57,021

    Farelo de Soja (45%) 36,274leo de Soja 2,698Fosfato biclcico 1,833Calcrio 1,057Suplemento Min e Vit1 0,035Sal 0,512DL-Metionina 99 0,211L-Lisina HCl 0,158Inerte 0,200Composio Calculada2 Unid. Atendimento

    Energia Metabolizvel kcal/kg 3.000

    Protena Bruta % 21,40Clcio % 0,95Fsforo Disponvel % 0,45Lisina dig. % 1,20Metionina + Cistina dig. % 0,80Metionina dig. % 0,51Treonina dig. % 0,72Triptofano dig. % 0,24

    1Premix Mineral e Vitamnico Lutavit Bland-BASF, sem promotor de crescimento.2 Valores calculados com base na composio qumica dos alimentos, proposta pela tabela deRostagno et al. (2000).

    4.3.4 Material e metodologia de conduo experimental

    O experimento foi conduzido em baterias coletivas de ao galvanizado

    de 0,60m2, com cinco andares e divises com 0,80 x 0,75 x 0,25 (c x l x h) metros

    de dimenso. Cada andar conta com bebedouros e comedouros do tipo calha e

    uma lmpada incandescente de 60W por unidade experimental com a finalidadede aquecer as aves na fase inicial.

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    O manejo anterior chegada das aves se constituiu de um perodo de

    limpeza e desinfeco das instalaes (telhas, telas, cortinas, piso, baterias, rea

    externa e equipamentos) com durao de sete dias, sendo dois para a limpeza e

    cinco para o vazio sanitrio com pulverizao de desinfetantes nas instalaes e

    equipamentos.

    O aquecimento interno foi monitorado diariamente de acordo com a

    temperatura do ambiente, sendo associado ao manejo das cortinas para que a

    temperatura do galpo se torne adequada s aves.

    A iluminao foi constante, ou seja, um perodo com iluminao natural

    e outro com iluminao artificial. A iluminao artificial foi feita por meio de

    lmpadas incandescentes de 60 W localizadas dentro de cada unidadeexperimental.

    O manejo dirio incluiu ainda a limpeza dos bebedouros com troca de

    gua pela manh e tarde, bem como o abastecimento dos comedouros.

    As aves pertencentes ao grupo tratado com probitico receberam a

    cultura indefinida de microrganismos no dia do alojamento. Estas ficaram em

    bateria separada para no ocorrer contaminao dos demais grupos

    experimentais.Todas as aves receberam uma mesma dieta at os 12 dias de idade,

    compreendida da rao experimental sem antibitico promotor de crescimento e

    sem anticoccidiano (Tabela 6).

    Dos 12 aos 14 dias cada grupo passou a receber a dieta referente ao

    seu tratamento, sendo esse perodo para adaptao s dietas experimentais,

    conforme descrito por CONWEY & McKENZIE (1991).

    Aos 14 dias de idade, aps passar pelo perodo de adaptao s dietasexperimentais, as aves pertencentes aos grupos que foram desafiadas,

    receberam 2,4 x 105oocistos esporulados de Eimeria acervulina via inoculao

    oral.

    A pesagem das aves e das dietas ocorreu ao alojamento, 14 e 21

    dias de idade, cujos dados constituram a base para o clculo do ganho de peso,

    do consumo de rao e do ndice de converso alimentar. Tambm foi

    contabilizada a mortalidade, bem como a pesagem das aves mortas para a

    correo dos dados de desempenho.

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    4.3.5 Variveis de desempenho

    Durante a conduo do experimento foram avaliados os pesos das

    aves e das raes fornecidas do alojamento ao 21 dia, sendo anotados o peso

    das aves mortas, mortalidade diria e calculados os ndices que indicaram o

    desempenho das aves:

    - ganho de peso: calculado pela diferena entre os pesos mdios das

    aves obtidos pelas pesagens em cada idade;

    - consumo de rao: obtido pela diferena entre a quantidade de

    rao oferecida no incio e as sobras ao final de cada fase e considerando o

    nmero de aves mortas no intervalo como critrio para correo dos valores deconsumo;

    - ndice deconverso alimentar: obtido pela relao entre o ganho de

    peso e o consumo de rao, corrigida pelo peso total das aves mortas.

    - ndice demortalidade: obtido pelo nmero de aves mortas durante o

    perodo experimental, transformada em arco seno (% / 100)0,5visando a anlise

    estatstica.

    4.3.6 Digestibilidade da rao e morfometria dos rgos

    A colheita de excretas obedeceu ao mtodo da coleta total descrito por

    ALBINO (1991), sendo efetuado duas vezes ao dia dos 18 aos 21 dias de idade

    das aves.

    As excretas foram acondicionadas em sacos plsticos e congeladaslogo aps cada coleta para que no houvesse interferncia da atividade

    microbiana.

    As anlises bromatolgicas para matria seca (MS%) e extrato etreo

    (EE%) do alimento e das excretas seguiram o proposto por SILVA (1990), sendo

    realizadas no Laboratrio de Nutrio Animal da Escola de Veterinria (EV) da

    UFG.

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    Com os resultados das anlises de MS% e EE% foi avaliado o

    coeficiente de digestibilidade (CD%) das dietas teste e referncia, seguindo a

    metodologia descrita por MATTERSON et al. (1965).

    CD (%) = Nutriente no alimento % - Nutriente das excretas % x 100Nutriente no alimento %

    Ao final do experimento, duas aves por repetio (80 aves)

    representando a mdia da unidade experimental, foram conduzidas ao

    Laboratrio de Doenas das Aves do Departamento de Medicina Veterinria

    Preventiva da Escola de Veterinria da Universidade Federal de Gois, onde

    foram sacrificadas para realizao da pesagem das vsceras, sendo estes dados

    apresentados percentualmente ao peso da ave viva. Foram pesados esfago +

    papo, pro-ventrculo + moela, fgado, pncreas, intestino delgado, intestino grosso

    e ainda foi medido o comprimento de todo o intestino.

    4.3.7 Avaliao das leses intestinais

    Aos 21 dias de idade, duas aves por repetio (80 aves) foram levadas

    ao laboratrio de Doenas das Aves do Departamento de Medicina Veterinria

    Preventiva da Escola de Veterinria da Universidade Federal de Gois, onde

    foram sacrificadas para realizao de necropsia e determinao do grau de leso

    intestinal macroscpica pelos escores de leso como idealizado por JOHNSON &

    REID (1970).

    4.3.8 Delineamento experimental

    O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, seguindo

    um esquema fatorial 4X2, totalizando oito tratamentos, correspondendo ao fator

    antimicrobiano (presena ou ausncia de anticoccidiano, de probitico, de

    prebitico) e ao fator desafio por E. acervulina(ausncia ou presena de desafio)

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    sendo cinco repeties para cada tratamento com 10 aves cada, totalizando 40

    unidades experimentais.

    As anlises estatsticas foram realizadas utilizando-se o programa

    SAEG-UFV (1997), sendo adotado para a comparao entre as mdias o teste de

    Tukey (variveis quantitativas) e Kruskal-Wallis (variveis qualitativas) para

    P

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    5 RESULTADOS E DISCUSSO

    5.1 Experimento 1 Desempenho, rendimento de carcaa, contagem de

    oocistos e leses por coccdea em frangos de corte alimentados com raes

    contendo ou no antibitico promotor de crescimento e/ou anticoccidiano.

    Os resultados de desempenho zootcnico das aves podem ser

    observados nas tabelas 7, 8 e 9, correspondentes aos perodos de um a sete

    dias, um a 20 dias e um a 45 dias de idade, respectivamente.

    A anlise estatstica dos dados revelou que as interaes entre os

    fatores estudados (antibitico X anticoccidiano) no foram significativas (P >0,05).

    Aos sete dias observou-se que quando se associou a Nicarbazina

    Bacitracina de Zn e ao Olaquindox, nas concentraes utilizadas neste

    experimento, houve interao, mostrando uma reduo no ganho de peso e que

    independente da utilizao do antibitico, a Nicarbazina influenciou

    negativamente a converso alimentar, como observado por BARTOV (1989),

    sendo que este autor ainda cita reduo no consumo de rao e de gua emfrangos de corte tratados com esta droga.

    Independente da utilizao do anticoccidiano, as aves que receberam

    antibitico na dieta pr-inicial apresentaram melhor ganho de peso e maior

    consumo de rao. No entanto, por controlar os agentes prejudiciais ao processo

    digestivo e propiciar o melhor aproveitamento dos nutrientes (ZUANON et al.,

    1998a), no houve influncia negativa sobre a converso alimentar, mostrando

    que o aumento no consumo da rao foi convertido em ganho de peso (Tabela 7).

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    Tabela 7. Ganho de peso, consumo de rao, converso alimentar emortalidade de frangos de corte recebendo dietas com diferentesantimicrobianos na fase pr-inicial (1-7 dias).

    Anticoccidiano

    Antibit ico Ganho de Peso (g)Com Sem Mdia

    Com 123,10 b 131,94 a 127,51 ASem 123,56 a 121,78 a 122,66 BMdia 123,32 126,86 125,09

    Consumo de Rao (g)Com Sem Mdia

    Com 130,10 132,45 131,27 ASem 128,93 126,47 127,70 BMdia 129,51 129,46 129,49

    Converso Alimentar (g/g)Com Sem Mdia

    Com 1,05 1,00 1,02Sem 1,04 1,03 1,04Mdia 1,05 a 1,02 b 1,03A,B (a,b) Mdias seguidas de letras distintas na mesma coluna (linha), diferem estatisticamente(P

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    Tabela 9. Ganho de peso, consumo de rao, converso alimentar emortalidade de frangos de corte recebendo dietas com diferentesantimicrobianos (1-45 dias).

    Anticoccidiano

    Antibit ico Ganho de Peso (g)Com Sem Mdia

    Com 2466,10 2376,19 2421,15Sem 2366,44 2392,86 2379,65Mdia 2416,27 2384,53 2400,40

    Consumo de Rao (g)Com Sem Mdia

    Com 4938,25 4753,69 4845,97Sem 4767,71 4777,29 4772,50Mdia 4852,98 4765,49 4809,23

    Converso Alimentar (g/g)Com Sem Mdia

    Com 1,89 1,89 1,89Sem 1,92 1,90 1,91Mdia 1,90 1,90 1,90

    Na fase inicial (um a 20 dias) observou-se que independente da

    utilizao do anticoccidiano as aves que receberam o antibitico apresentaram

    maior ganho de peso. Contudo, no foi observada diferena estatstica

    significativa (P

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    Os dados referentes ao rendimento de carcaa de aves recebendo ou

    no antibitico e anticoccidiano encontram-se na tabela 10.

    Tabela 10. Peso vivo mdio (g) e rendimento de carcaa (carcaa evisceradamais p, pescoo e cabea, %), peito (%), perna (%), asa (%) edorso (%) de frangos de corte, recebendo dietas com diferentesantimicrobianos, aos 45 dias de idade.

    AnticoccidianoAntibit ico Peso Mdio (g)

    Com Sem MdiaCom 2119,81 2070,69 2095,25Sem 2176,93 2076,87 2126,90Mdia 2148,37 a 2073,78 b 2111,07

    Carcaa (%)Com Sem MdiaCom 81,99 81,58 81,78 BSem 82,51 82,06 82,28 AMdia 82,25 a 81,82 b 82,04

    Peito (%)Com Sem Mdia

    Com 31,82 34,10 32,96Sem 34,93 33,47 34,20Mdia 33,37 33,78 33,58

    Perna (%)Com Sem Mdia

    Com 29,97 31,70 30,83Sem 31,57 31,98 31,78Mdia 30,77 31,84 31,30

    Asa (%)Com Sem Mdia

    Com 9,34 9,94 9,64Sem 9,79 10,00 9,89Mdia 9,56 9,97 9,77

    Dorso (%)

    Com Sem MdiaCom 11,13 11,81 11,47Sem 11,76 12,14 11,95Mdia 11,44 11,97 11,71A,B (a,b) Mdias seguidas de letras distintas na mesma coluna (linha), diferem estatisticamente(P

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    peso mdio, as aves que receberam o anticoccidiano apresentaram maior

    rendimento de carcaa que as aves que no o receberam na dieta. Isso ocorreu

    provavelmente devido estas terem apresentado maior peso mdio no abatedouro.

    No se observaram diferenas estatsticas significativas (P>0,05), entre

    os tratamentos, para as variveis de rendimento de peito, perna, asa e dorso

    (Tabela 10).

    No houve diferena estatstica significativa (P>0,05) entre os

    tratamentos para os escores de leso intestinal.

    5.2 Experimento 2 Desempenho, digestibilidade e morfometria dosrgos digestivos em frangos de corte alimentados com raes contendo ou no

    antibitico e anticoccidiano.

    Os dados referentes ao desempenho de um a sete dias e um a 21 dias

    de idade, encontram-se nas tabelas 11 e 12, respectivamente.

    Tabela 11. Ganho de peso, consumo de rao, converso alimentar emortalidade de frangos de corte recebendo dietas com diferentesantimicrobianos (1-7 dias).

    AnticoccidianoAntibit ico Ganho de Peso (g)

    Com Sem MdiaCom 143.60 137,88 140,74Sem 139,02 137,36 138,19

    Mdia 141,31 137,62 139,46Consumo de Rao (g)

    Com Sem MdiaCom 157,46 151,56 154,51Sem 152,44 149,24 150,84

    Mdia 154,95 150,40 152,67Converso Alimentar (g)

    Com Sem MdiaCom 1,10 1,10 1,10Sem 1,09 1,09 1,09

    Mdia 1,09 1,09 1,09

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    A,B (a,b) Mdias seguidas de letras distintas na mesma coluna (linha), diferem estatisticamente(P0,05) para as variveis de

    desempenho aos sete dias de idade (Tabela 11). No entanto, aos 21 dias de

    idade observou-se que independente da utilizao do anticoccidiano, as aves que

    receberam o antibitico apresentaram maior ganho de peso e menor converso

    alimentar. Observou-se tambm, que para a varivel converso alimentar, houve

    diferena significativa (P

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    38

    fazendo com que o anticoccidiano pudesse exercer uma ao benfica no trato

    gastrintestinal.

    Na tabela 13, encontram-se os dados referentes digestibilidade da

    Matria Seca (MS) e do Extrato Etreo (EE) das aves recebendo os diferentes

    antimicrobianos.

    A,B Mdias seguidas de letras distintas na mesma coluna, diferem estatisticamente (P0,05) para digestibilidade daMS. No entanto, observou-se que independente da utilizao do anticoccidiano,

    as aves que receberam o antibitico na dieta apresentaram maior digestibilidade

    do EE (Tabela 14).

    CROMWELL (1999) salientou que o efeito benfico dos promotores de

    crescimento maior em condies de campo, com respostas at duas vezes

    maiores que as observadas em estaes experimentais por diferenas de higiene,

    estresse e presena de patgenos. No entanto, mesmo em condiesexperimentais, pode ocorrer o desequilbrio no balano microbiano intestinal,

    sendo as aves tratadas mais preparadas para manter esse balano e apresentar

    maior digestibilidade dos nutrientes (Tabela 13).

    No foi observada diferena significativa (P>0,05) para nenhuma das

    variveis de morfometria dos rgos digestivos (Tabela 14).

    Tabela 13. Digestibilidade da Matria Seca (%) e Extrato Etreo (%) de frangosde corte alimentados com diferentes antimicrobianos.

    Anticoccid ianoAntibit ico Matria Seca (%)

    Com Sem Mdia*

    Com 63,68 63,32 63,50Sem 58,99 59,93 59,46Mdia 61,33 61,63 61,48

    Extrato Etreo (%)Com Sem Mdia

    Com 74,60 74,11 74,35 ASem 69,31 69,33 69,32 B

    Mdia 71,96 71,76 71,84

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    Tabela 14. Peso relativo (%) de papo, pr-ventrculo e moela, fgado, pncreas,intestino delgado, intestino grosso e comprimento do intestinodelgado de frangos de corte recebendo dietas com diferentesantimicrobianos, aos 21 dias de idade.

    Anticoccid ianoAntibit ico Papo

    Com Sem MdiaCom 0,72 0,73 0,73Sem 0,77 0,76 0,76

    Mdia* 0,75 0,74 0,75Pr-ventrculo e Moela

    Com Sem MdiaCom 3,80 3,87 3,83

    Sem 3,68 3,92 3,80Mdia 3,74 3,90 3,82Fgado

    Com Sem MdiaCom 2,50 2,66 2,58Sem 2,52 2,61 2,57

    Mdia 2,51 2,64 2,57Pncreas

    Com Sem MdiaCom 0,26 0,29 0,28Sem 0,31 0,30 0,30

    Mdia 0,29 0,30 0,29Intestino Delgado

    Com Sem MdiaCom 3,83 3,79 3,81Sem 3,58 3,79 3,68

    Mdia 3,70 3,79 3,75Intestino Grosso

    Com Sem MdiaCom 0,99 1,00 0,10Sem 0,89 1,01 0,95

    Mdia 0,94 1,00 0,97Comprimento do Intestino Delgado

    Com Sem MdiaCom 131,80 130,20 131,00Sem 129,00 131,20 130,10

    Mdia 130,40 130,70 130,55

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    5.3 Experimento 3 Desempenho, digestibilidade, morfometria dos rgos

    digestivos e escores de leses por coccdea em frangos de corte alimentados

    com raes com ou sem anticoccidiano (monensina) ou probitico (AVIGUARD)

    ou prebitico (BIOMOS), desafiados ou no com Eimeria acervulina.

    Os dados de desempenho de um a 14 dias e de um a 21 dias de idade

    encontram-se nas tabelas 15 e 16, respectivamente.

    Foi verificada uma interao entre os fatores estudados para ganho de

    peso aos 21 dias de idade. O desdobramento da interao se encontra

    devidamente estudados na tabela 16.

    Tabela 15. Ganho de peso, consumo de rao, converso alimentar emortalidade de frangos de corte recebendo dietas com diferentesantimicrobianos, desafiados ou no com E. acervulina(1-14 dias).

    DesafioTratamentos Ganho de Peso (g)

    Presena Ausncia MdiaSem anticoccidiano 439,30 449,14 444,22Monensina 454,81 443,60 449,20MOS 452,22 442,04 447,13

    Probitico 429,36 444,21 436,78Mdia 443,92 444,75 444,33Consumo de Rao (g)

    Presena Ausncia MdiaSem anticoccidiano 540,62 557,48 549,05Monensina 564,47 553,00 558,74MOS 550,90 553,43 552,16Probitico 531,00 558,70 544,85Mdia 546,75 555,65 551,20

    Converso Alimentar (g/g)Presena Ausncia Mdia

    Sem anticoccidiano 1,23 1,24 1,23Monensina 1,22 1,25 1,24MOS 1,22 1,24 1,22Probitico 1,24 1,24 1,24Mdia 1,23 b 1,24 a 1,23a,b Mdias seguidas de letras distintas na mesma linha, diferem estatisticamente (P

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    Tabela 16. Ganho de peso, consumo de rao, converso alimentar emortalidade de frangos de corte recebendo dietas com diferentesantimicrobianos, desafiados ou no com E. acervulina(1-21 dias).

    Desafio

    Tratamentos Ganho de Peso (g)Presena Ausncia Mdia

    Sem anticoccidiano 780,24 AB b 858,81 A a 819,53Monensina 813,69 A a 860,44 A a 837,06MOS 789,39 AB a 847,92 A a 818,65Probitico 713,42 B b 900,84 A a 807,13Mdia 774,19 b 867,00 a 820,59

    Consumo de Rao (g)Presena Ausncia Mdia

    Sem anticoccidiano 1.156,25 1.207,80 1.182,02Monensina 1.235,18 1.210,68 1.222,93MOS 1.176,61 1.182,09 1.179,35Probitico 1.092,86 1.233,21 1.163,03Mdia 1.165,22 1.208,44 1.186,83

    Converso Alimentar (g/g)Presena Ausncia Mdia

    Sem anticoccidiano 1,47 1,40 1,44Monensina 1,48 1,41 1,44MOS 1,46 1,39 1,43Probitico 1,54 1,36 1,45Mdia 1,49 a 1,39 b 1,44

    A,B (a,b) Mdias seguidas de letras distintas na mesma coluna (linha), diferem estatisticamente(P0,05), aos 14 dias de idade,

    para as variveis ganho de peso, consumo de rao e mortalidade. No entanto,

    observou-se que o grupo destinado ao desafio por Eimeria acervulinaapresentou

    melhor converso alimentar nesta idade, antes mesmo da realizao do desafio.

    Aos 21 dias de idade, no foi observada diferena significativa

    (P>0,05), para a varivel ganho de peso, entre os tratamentos, tanto na presenaquanto na ausncia do desafio por Eimeria acervulina. No entanto, dentro de cada

    tratamento (interao significativa), observou-se que na presena do desafio

    houve um efeito depressor no ganho de peso nas aves que no receberam

    anticoccidiano e as aves que receberam probitico (P

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    utilizada no foi capaz de exercer a ao protetora conforme descrito por

    DALLOUL et al. (2003).

    No foi observada diferena estatstica (P>0,05) para a varivel

    consumo de rao e mortalidade aos 21 dias de idade. No entanto, observou-se

    que, independente dos tratamentos, a converso alimentar foi melhor nas aves

    que no receberam o desafio.

    Na tabela 17 encontram-se os dados referentes digestibilidade da MS

    e EE das aves alimentadas com diferentes antimicrobianos, desafiadas ou no

    Eimeria acervulina.

    Tabela 17. Digestibilidade da Matria Seca (%) e Extrato Etreo (%) de frangosde corte alimentados com diferentes antimicrobianos, desafiados ouno com E. acervulina.

    Tratamentos DesafioDIG MS (%)

    Presena Ausncia MdiaSem anticoccidiano 66,52 B b 77,16 A a 71,84Monensina 71,11 A b 76,65 A a 73,88MOS 67,03 B b 78,11 A a 72,57Probitico 68,06 AB b 77,03 A a 72,54

    Mdia 68,18 77,23 72,71DIG EE (%)Presena Ausncia Mdia

    Sem anticoccidiano 32,44 B 86,35 A 59,40 ABMonensina 44,29 A 84,02 A 64,16 AMOS 26,45 B 84,11 A 55,28 BProbitico 28,42 B 82,11 A 55,26 BMdia 32,90 b 84,15 a 58,52A,B (a,b) Mdias seguidas de letras distintas na mesma coluna (linha), diferem estatisticamente(P

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    por Eimeria acervulina, as aves que receberam anticoccidiano na dieta

    apresentaram maior digestibilidade do EE. Dentro do grupo desafiado, observou-

    se diferena significativa (P

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    Tabela 19. Peso relativo (%) de pncreas, intestino delgado, intestinogrosso e comprimento do intestino delgado de frangos decorte recebendo dietas com diferentes antimicrobianos,submetidos ou no a desafio por Eimeria acervulina, aos 21

    dias de idade.Tratamentos

    Desafio

    PncreasPresena Ausncia Mdia

    Sem anticoccidiano 0,31 0,32 0,31Monensina 0,33 0,33 0,33Com prebitico 0,33 0,28 0,31Sem prebitico 0,33 0,33 0,33Mdia 0,32 0,31 0,32

    Intestino Delgado

    Presena Ausncia MdiaSem anticoccidiano 6,10 3,65 4,82Monensina 5,46 3,73 4,60Com prbitico 6,02 3,82 4,92Sem prbitico 6,41 3,66 5,04Mdia 5,97 a 3,71 b 4,84

    Intestino GrossoPresena Ausncia Mdia

    Sem anticoccidiano 1,16 0,97 1,07Monensina 1,02 0,93 0,97Com prbitico 1,10 0,95 1,02Sem prbitico 1,24 0,90 1,07Mdia 1,13 a 0,94 b 1,03

    Comprimento Intestino DelgadoPresena Ausncia Mdia

    Sem anticoccidiano 155,75 133,80 144,77Monensina 146,05 135,10 140,57MOS 154,45 128,10 141,27Com probiotico 152,80 128,00 140,40Mdia 152,26 a 131,25 b 141,75a,b Mdias seguidas de letras distintas na mesma linha, diferem estatisticamente (P

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    As aves que receberam desafio tambm apresentaram maior

    comprimento do intestino delgado (P0,05) entre os

    tratamentos para os escores de leso intestinal.

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    6 CONCLUSES

    6.1 Experimento 1

    Aos sete dias de idade a nicarbazina, nas concentraes utilizadas

    neste experimento, deprimem o ganho de peso e pioram a converso alimentar.

    Contudo, os antimicrobianos (Bacitracina de Zn e Olaquindox), melhoram o ganho

    de peso nesta idade, independente da utilizao do anticoccidiano (Nicarbazina).

    Os antibiticos Bacitracina de Zn e Olaquindox, independente da

    utilizao de anticoccidiano (Nicarbazina / Monensina), melhoram o ganho depeso aos 20 dias de idade.

    Frente a desafio natural por Eimeria sp., as aves tratadas com

    anticoccidiano (Nicarbazina / Monensina) apresentam maior rendimento de

    carcaa aos 45 dias de idade.

    6.2 Experimento 2

    Aves que recebem antibitico nas dietas apresentam melhor ganho de

    peso, converso alimentar e digestibilidade do EE do que as aves no tratadas,

    independente da utilizao de anticoccidiano, aos 21 dias de idade.

    A morfometria dos rgos digestivas no se mostrou uma boa

    ferramenta de avaliao em condies de baixo desafio.

    6.3 Experimento 3

    Na presena de desafio por Eimeria acervulina, na dose utilizada neste

    trabalho, o ganho de peso deprimido quando se utiliza a cultura de

    microrganismos deste estudo, em substituio ao anticoccidiano.

    O ganho de peso no afetado quando se utiliza a Monensina ou o

    MOS, frente ao desafio por Eimeria acervulina.

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    O desafio por Eimeria acervulinapiora a digestibilidade do EE, sendo

    que as aves tratadas com Monensina apresentam melhor digestibilidade do EE

    aps perodo de infecco.

    Aves desafiadas com Eimeria acervulina apresentam maior peso

    relativo dos rgos digestivos aps perodo de infeco.

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