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Comunicações em Poster (CP-1 a CP-25)

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CP - 01TUMOR DE CÉLULAS GRANULARES MÚLTIPLO DO CÓLON Soares J, Machado A, Ferreira A, Rolanda C, Gonçalves RServiço de Gastrenterologia do Hospital de Braga

JAGS, doente do sexo masculino, com 44 anos, previamente saudável, foi referenciado à consulta de Vigilância e Riscoem Junho/2007 na sequência de colonoscopia total (Setembro/2006) mostrando pólipos sésseis de 6 e 5 mm, nosângulos hepático e esplénico, respectivamente, realizada por história familiar de cancro colo-rectal (pai faleceu comcancro colo-rectal aos 58 anos).Em Agosto/2007, realizou colonoscopia total mostrando: tumorações submucosas no cego, ângulo hepático, trans-verso e descendente, cujas biopsias revelaram apenas mucosa normal; pólipo semipediculado no transverso 12 mmremovido com ansa de polipectomia e cuja histologia revelou, na submucosa, células com citoplasma granular e po-sitividade para o marcador S100 - tumor de células granulares; pólipo semipediculado no descendente 8 mmremovido com ansa de polipectomia e cuja histologia revelou adenoma tubular com displasia de baixo grau.Realizou endoscopia digestiva alta e enteroscopia por videocápsula que não mostraram lesões adicionais com-patíveis com tumor de células granulares. O doente foi integrado num programa de vigilância anual.Discute-se os aspectos clínicos, endoscópicos e histológicos deste caso de tumor de células granulares do cólon.

CP-02“PLUG” SURGISIS COMO TRATAMENTO DE FÍSTULA RECTOVAGINAL - UM CASO CLÍNICOFerreira T, Sousa MR, Dias Pereira A, Soares AServiço de Cirurgia, Hospital de São Sebastião

Apesar de não ser uma patologia que põe em perigo a vida humana, a fístula rectovaginal é responsável por sin-tomas que são traumáticos para a doente, afectando aspectos da sua intimidade, relação social e bem estar. O trata-mento desta patologia deve ter em conta não só o problema anatómico assim como estes aspectos.A maioria das fístulas rectovaginais são resultantes de trauma obstétrico.Este poster resume o caso clínico de uma mulher referenciada à consulta de cirurgia por fístula rectovaginal apósparto distócico com uso de fórceps.Ao exame objectivo verificou-se a existência de trajecto fistuloso às 6H (“JK position”) abaixo da linha pectínea.Na primeira abordagem cirúrgica foi realizado um retalho de avanço. Por recidiva do trajecto fistuloso foi efectuadacolostomia derivativa. Apesar destas medidas não se verificou encerramento do trajecto fistuloso, pelo que se deci-diu tratar o orifício fistuloso com “Plug” de Surgisis® com sucesso clínico.Existem várias abordagens terapêuticas no tratamento das fístulas rectovaginais dependendo da sua etiologia elocalização. Apesar de alguns estudos demonstrarem uma taxa de recidiva inferior com a utilização de “plugs”biológicos a verdade é que os resultados apresentados não são ainda consensuais. Novas séries com mais doentessão necessárias para podermos chegar a uma solução de consenso.

CP- 03CONDILOMAS PERIANAIS - UMA QUESTÃO ESTÉTICAFerreira T, Dias Pereira A,Sousa MR, Soares AServiço de Cirurgia, Hospital de São Sebastião

Numa altura em que a cultura do corpo é quase uma exigência social o cirurgião deve ter em conta as consequên-cias estéticas do seu trabalho e as possíveis implicações que estas poderão ter no bem estar do seu paciente.O objectivo deste poster é mostrar o resultado estético após electrofulguração de uma lesão condilomatosa degrandes dimensões numa doente jovem.

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CP - 04VOLVO DO CEGO: A PROPÓSITO DE 2 CASOS CLÍNICOSPinho P, Santos F, Dias R, Borges I, Fonseca A, Conceição L, Cecílio J, Matos A, Couceiro J, Almeida M, Melo M, Serrão C, Seabra AHospital Distrital da Figueira da Foz, EPE

O volvo do cego é uma causa incomum de oclusão intestinal, sendo responsável por <1% de todos os casos nosPaíses Ocidentais.No ano de 2008, curiosamente, registaram-se no Serviço de Cirurgia do HDFF dois casos de volvo do cego, separadosno tempo por apenas três meses e meio.Tratava-se de dois indivíduos do sexo feminino, com idades de 33 e 84 anos, respectivamente. O tratamento cirúrgi-co, diferente em ambos os casos (pexia do cego versus hemicolectomia direita), não interferiu na evolução clínica dasdoentes, que tiveram um pós-operatório sem complicações, com alta clínica ao 6º-7ºdia.

CP - 05PÓLIPO CLOACOGÉNICO INFLAMATÓRIO - UMA CAUSA INCOMUM DE RECTORRAGIASaiote J, Quintela C, Bettencourt MJServiço de Gastrenterologia, Hospital Santo António dos Capuchos - Director: A. David Marques

Introdução: Os pólipos cloacogénicos inflamatórios são lesões pouco frequentes, geralmente benignas, que têmorigem no epitélio da zona de transição ano-rectal. A forma de apresentação mais comum é a rectorragia. Esta enti-dade deve ser considerada no diagnóstico diferencial de outras lesões polipóides.Caso Clínico: Doente do sexo masculino, 84 anos, caucasiano, observado na consulta de proctologia por episódiosde rectorragias de sangue vivo após as dejecções e prolapso, sem outra sintomatologia associada, nomeadamenteproctalgia, tenesmo, falsas vontades, alteração do padrão defecatório ou alteração do estado geral. A referir ante-cedentes de HTA, dislipidémia, (medicado com estatina e IECA). Sem antecedentes familiares de patologia colorectal.O exame proctológico revelou lesão polipóide prolapsada na região perianal, com cerca de 20 mm, erosionada, deconsistência dura, indolor. Na anuscopia observou-se a base de implantação na região ano-rectal. Foi feita a excisãoda lesão. Realizou colonoscopia esquerda que não mostrou alterações.O estudo histológico revelou tratar-se de um pólipo cloacogénico inflamatório.Comentários: Os pólipos cloacogénicos inflamatórios foram descritos pela primeira vez em 1981. Estão incluídos noespectro das alterações histopatológicas descritas no síndrome do prolapso mucoso, conceito proposto por duBoulay et al em 1983 para descrever entidades em que o prolapso da mucosa é o mecanismo patogénico do seudesenvolvimento, incluindo a úlcera rectal solitaria, o prolapso rectal, a intussuscepção e o rectocelo. No entanto, omecanismo patogénico subjacente não está totalmente estabelecido, embora a isquémia secundária ao prolapso damucosa pareça ser a causa mais provável.Podem ocorrer em qualquer idade, no entanto 80% dos doentes têm menos de 50 anos, sem predomínio de género.Têm origem no epitélio da zona de transição e apresentam-se como pólipos únicos ou múltiplos, maioritariamentesesseis, podendo também ser pediculados, com dimensões entre 1 e 5 cm.A rectorragia, tanto microscópica como visível, é o síntoma mais frequente; no entanto cerca de 20% dos pacientesapresentam-se assintomáticos.A polipectomia simples (por vía transanal) parece ser o tratamento de escolha.

CP -06FÍSTULA URETRO-RECTAL APÓS PROSTATECTOMIA RADICAL - CASO CLÍNICO Santos Silva T, Duarte A, Pimentel JServiço de Cirurgia I, Hospital da Universidade de Coimbra

As Fístulas Uretro-Rectais podem ser de etiologia congénita ou adquirida. Os casos adquiridos são de origem infla-matória, neoplásica, traumática ou iatrogénica. Aproximadamente 60% são causadas por lesões iatrogénicassecundárias a procedimentos cirúrgicos.As Fístulas Uretro-Rectais após prostatectomia radical são uma entidade rara, mas potencialmente devastadora,aumentando as taxas de morbimortalidade e diminuindo a qualidade de vida destes doentes.

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O diagnóstico é sugerido pela história clínica e exame físico do doente e confirmado por métodos radiológicos e/ouendoscópicos.A abordagem terapêutica depende da etiologia da fístula, da condição clínica do doente, da experiência do cirurgiãoe da presença de patologia rectal e/ou urinária associada.O tratamento cirúrgico objectiva o seu encerramento definitivo por via perineal, transrectal, sagital posterior, trans-esfincteriana ou endoscópica.Apresenta-se um caso clínico de homem de 55 anos com Fístula Uretro-Rectal após Prostatectomia Radical, abor-dando-se os aspectos clínico-patológicos mais relevantes, estudo complementar de diagnóstico e opção terapêuti-ca - Uretrorrafia + Retalho endorectal de deslizamento de parede total do recto, por via transrectal - com cura com-pleta da lesão.Faz-se uma breve revisão da literatura, salientando-se a importância da opção cirúrgica para a sua resolução defini-tiva.

CP - 07CAUSA RARA DE COLITE ISQUÉMICANunes A, Fernandes V, Fonseca C, Santos H, Freitas JServiço de Gastrenterologia - Hospital Garcia da Orta - Almada

A colite isquémica é uma doença frequente, sendo responsável por um elevado número de internamentos em indi-víduos idosos. Embora nesta população a patologia cardiovascular, nomeadamente a aterosclerose, seja a causa sub-jacente mais habitual, justifica-se a investigação de outras etiologias.Apresenta-se o caso clínico de uma doente do sexo feminino, 72 anos de idade, com antecedentes de osteoporosee fractura de compressiva de D12 e com dois episódios de hematoquézias, na sequência dos quais é feito o diagnós-tico endoscópico de colite isquémica, confirmado por histologia.Internada por novo episódio de hematoquézias com repercussão hemodinâmica, associada a dispneia, cansaço fácil,astenia e anorexia. Do exame objectivo salientava-se razoável estado geral, palidez mucocutânea, polipneia, fervorescrepitantes nas bases pulmonares e edemas dos membros inferiores. Analiticamente apresentava anemia nor-mocítica com discreta macrocitose e VS elevada.Durante o internamento constatou-se agravamento da anemia, hipoalbuminémia marcada, sem hipergamaglobu-linémia, e hipercalcémia. Tinha elevação do Ca19.9 e do Ca125. A TAC abdominopélvica não mostrou outras lesõespara além do espessamento cólico e a cintigrafia óssea excluiu lesões líticas. Realizou mielograma que estabeleceuo diagnóstico de mieloma múltiplo.O mieloma múltiplo é uma causa pouco frequente de colite isquémica, mas deve ter sido em conta quando a etio-logia da isquémia não é evidente.

CP - 08CLOSTRIDIUM DIFFICILE E AGUDIZAÇÃO DA DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL- AVALIAÇÃO DE UM ANO DE INTERNAMENTOS NUM SERVIÇO DE GASTRENTEROLOGIASaiote J, Ramos G, Santos L, Valente T, Bentes T, Ramos JServiço de Gastrenterologia, Hospital de Santo António dos Capuchos - Director: A. David Marques

Introdução: A infecção a Clostridium difficile (C. difficile) na doença inflamatória intestinal (DII) tem aumentado. Estapode imitar, precipitar uma agudização ou desencadear o surto inicial de DII. A doença associada a C. difficile (DACD)pode ser difícil de distinguir da recaída da DII, devido à semelhança dos sintomas e ausência endoscópica e his-tológica das alterações características. A associação entre o C. difficile e DII pode ser devida a diversos de factores,incluindo o uso de antibióticos, medicamentos imunossupressores e hospitalização frequente.Objectivo: Procurou-se determinar a incidência DACD adquirida na comunidade em pacientes hospitalizados comDII.Material e Métodos: Análise retrospectiva dos internamentos hospitalares, num período de 12 meses (1 de Outubrode 2008 e 1 de Outubro de 2009), de doentes (d.) com DII e diarreia à admissão. Foram avaliados factores predispo-nentes (terapêutica imunossupressora, antibioterapia e internamento hospitalar nos 3 meses precedentes) e feitapesquisa de toxina A e B do C. difficile.

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Resultados: No período compreendido, tiveram lugar 19 admissões por agudização de DII manifestada com diar-reia, correspondendo a 16 doentes, sendo 10 mulheres (63%), com média de idades de 39 anos (mínimo 21, máximo73). Tinham doença de Crohn 8 casos (n= 7 d.) (ileocólica: 2 d., cólica: 3 d.; ileo-colica e peri-anal: 2 d.) e 11 coliteulcerosa (n= 9 d.) (pancolite 8 d., colite esquerda: 1d.). Encontravam-se sob corticoterapia 9 casos (47%), 5-ASA em 7(37%), azatioprina em 3 (16%) e terapêutica biológica em 7 (37%). Nos 3 meses precedentes, tinham estado sobantibioterapia 6 doentes (32%) e em internamento hospitalar 2 (11%).A pesquisa da toxina A e B do C. difficile foi positiva em 1 doente (6%), correspondendo a um surto inicial de DII (DCcomplicada de estenose), sem terapêutica prévia ou internamento hospitalar nos 3 meses precedentes.Comentário: A nossa amostra, embora pequena, mostrou uma incidência de 6% de DACD à admissão. Sendo aDACD capaz de imitar ou precipitar uma agudização de DII, é essencial a pesquisa sistemática nos doentes interna-dos com diarreia, para a identificar e tratar precocemente.

CP - 09COLITE POR CMV E ABCESSO HEPÁTICOFerreira A*, Soares J*, Pereira P*, Pardal F**, Falcão S***, Gonçalves R*, Macedo G*Serviços de * Gastroenterologia, ** Anatomia Patológica e ***Cirurgia do Hospital São Marcos, Braga

Doente de sexo feminino, 70 anos, com antecedentes de litíase biliar, pancreatite aguda litiásica e colecistectomia,sem medicação habitual recorre ao serviço de urgência por dor abdominal no hipocôndrio direito, anorexia, pros-tração e febre com 4 dias de evolução. Referia ainda diarreia (4-5 episódios por dia), não sanguinolenta desde há 2semanas. Evidenciava-se ao exame físico: hipotensão, temperatura axilar 38,5ºC, dor à palpação no hipocôndrio di-reito com bordo hepático palpável 4 cm abaixo da grade costal.Analiticamente: ureia 79 mg/dl, bilirrubina directa 1,20 mg/dl e total 1,37 mg/dl, TGO 67 U/L e TGP 70 U/L, amilasenormal, prot. C-reactiva 196,70 mg/L, lactatos 4,57 mmol/L, hemoglobina 11,3 g/dl, leucócitos 12,700x103/uL com95.6% de neutrófilos e 97x103/uL plaquetas. TC abdominal revelou abcesso hepático no lobo direito com 13 cm demaior diâmetro e derrame pleural direito. Colonoscopia total demonstrou mucosa com úlceras longitudinais e fri-abilidade desde o cólon transverso (60 cm) até ao cego, revelando o exame patológico células com inclusõesnucleares (Cowdry A) sugestivo de infecção por CMV confirmada no estudo imunocitoquímico.Procedeu-se a drenagem do abcesso hepático por via percutânea com apoio ecográfico sendo identificados E. coli eS. anginosus, também isolados em hemoculturas. Procedeu-se a internamento com antibioterapia dirigida e ganci-clovir para tratamento de colite por CMV durante 21 dias, mantendo-se monitorização imagiológica. Houve boaresposta à terapêutica instituída com resolução do abcesso hepático e remissão da sintomatologia.Dois meses após resolução do quadro a doente foi readmitida por processo suboclusivo resultante de formação deestenose no cólon ascendente e transverso proximal. Procedeu-se a colectomia direita com anastomose ileo-cólicaprimária. O exame patológico da peça cirúrgica demonstrou alterações de carácter cicatricial com fibrose extensa daparede cólica e infiltrado inflamatório inespecífico. O estudo imunocitoquímico para CMV foi negativo. Actualmentea doente encontra-se assintomática, mantendo seguimento em consulta de cirurgia.

CP-10CAUSA RARA DE OCLUSÃO INTESTINAL Silva S, Nunes S, Azenha N, Sérgio M, Pena J, Martinho FServiço de Cirurgia II dos Hospitais da Universidade de Coimbra

Os autores descrevem o caso de um doente do sexo masculino, de 55 anos de idade, que recorreu ao serviço deurgência por quadro de dor abdominal e diarreia arrastada. Ao exame apresentava um abdómen globalmentedoloroso e com defesa. O toque rectal foi inconclusivo por má colaboração do doente. Realizou radiografia do abdó-men em pé, que mostrou níveis hidroaéreos e imagens nodulares no trajecto do cólon e recto. Faz TAC abdominalpara esclarecimento diagnóstico, no entanto sem informação adicional. Realizado esvaziamento manual da ampolarectal sob sedação, com saída de grande quantidade de caroços de cereja. Ao 7º dia de internamento mantinhaquadro oclusivo com agravamento do estado geral, febre e abcesso perianal com fístula escrotal. O doente é levadoao bloco operatório, feita laparotomia exploradora e realizada colostomia lateral.Evolução favorável, com alta para o domicílio no 23º dia de pós-operatório.

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CP -11MASSA ABDOMINAL EM DOENTE TRATADA COM METOTREXATO - CASO CLÍNICONunes A, Borralho P, Freitas JServiço de Gastrenterologia, Hospital Garcia da Orta, Almada

O contexto de imunossupressão na doença de Crohn obriga a considerar hipóteses adicionais na marcha diagnósti-ca das complicações.Caso Clínico: Mulher de 69 anos, com antecedentes de carcinoma do endométrio operado e Artrite Reumatóide,medicada há vários anos com metotrexato e prednisolona. Iniciou dor abdominal incaracterística, com astenia eemagrecimento, acompanhada de anemia normocítica e normocrómica; a colonoscopia total era normal e a en-doscopia alta mostrava "duodenite".Apresentou-se na consulta com dor localizada na fossa ilíaca direita, sem alterações do trânsito intestinal e com dorna palpação da fossa ilíaca direita. Repetiu colonoscopia que mostrou ulcerações no cego e no íleon terminal, combiópsias sugestivas de doença de Crohn. Manteve medicação com prednisolona e metotrexato e iniciou 5ASA oralcom melhoria sintomática nos meses seguintes. Mais tarde, recorrem as queixas dolorosas com intensidade variávele detecta-se massa palpável na fossa ilíaca direita. A RMN sugeriu processo inflamatório sendo a massa interpretadacomo correspondendo a espessamento do íleon distal. Um ano depois verifica-se agravamento importante, comvómitos e dois episódios sugestivos de sub-oclusão. A perda ponderal e a astenia agravaram-se e surgiu trombosevenosa profunda do membro inferior direito. Por aumento do volume da massa abdominal, fez-se entero-RMN quemostrou espessamento marcado e assimétrico do íleon, colocando-se a hipótese de neoformação. A colonoscopiafoi repetida e mostrou grande úlcera no cólon transverso e exuberante aspecto inflamatório estenosante no cego eascendente. As biopsias revelaram infiltração por linfoma não-Hodgkin B, difuso, de grandes células.Não sendo o metotrexato um dos imunossupressores mais frequentemente associados ao aparecimento de linfo-mas, o seu uso prolongado deve fazer incluir essa possibilidade no diagnóstico diferencial.

CP -12GANGLIONEUROMATOSE INTESTINAL ESPORÁDICA NUM JOVEM ADULTOMoreira T*, Villas Boas G**, Lima O****Serviço de Gastrenterologia, Hospital de Santo António; **Serviço de Gastrenterologia, Hospital Pedro Hispano;***Serviço de Anatomia Patológica, Hospital de Santo António

Introdução: A ganglioneuromatose intestinal é uma patologia rara do sistema nervosa entérico, caraterizada porhiperplasia difusa nos plexos neuronais da parede intestinal. Apresenta-se habitualmente num contexto sindrómico,associada à síndrome de Neoplasias Endócrinas Múltiplas tipo 2b (NEM 2b) ou à Neurofibromatose tipo 1 (NF1),podendo mais raramente apresentar-se de forma esporádica. A maioria dos casos descritos surge em crianças, sendoum achado raro em adultos.Caso Clínico: Doente do sexo masculino, de raça caucasiana, com 25 anos de idade. Sem história pessoal ou familiarde patologia oncológica. Orientado para a consulta externa de gastrenterologia por queixas de dor abdominal tipocólica e diarreia, com um ano de evolução. O exame físico e o estudo analítico inicial, não apresentavam alteraçõesrelevantes. Foi realizada colonoscopia total que revelou a presença de múltiplos pólipos (entre 50 a 100), detamanhos entre os 2 e os 5 mm, por toda a mucosa cólica, em maior número no recto e sigmóide. Foram obtidasbiopsias de vários destes pólipos, observando-se ao exame histológico uma proliferação no córion, de ninhos decélulas ganglionares, separadas por feixes de células fusiformes. O estudo imunohistoquimico mostrou imunorrea-ctividade das células fusiformes e ganglionares para a proteina S100, o que permitiu fazer o diagnóstico de gan-glioneuromas do cólon.A avaliação do restante tubo digestivo com endoscopia digestiva alta e enteroscopia por cápsula foi normal. A pos-terior avaliação clínica detalhada e rastreio bioquímico não revelaram caracteristicas do síndrome NEM2b ou NF1, eo estudo genético para detecção de mutações do proto-oncogene Ret foi negativo. Foi oferecido ao doente follow-up clínico e endoscópico.Conclusões: Este caso relata uma forma esporádica de ganglioneuromatose isolada do cólon. Tratando-se dumaentidade rara, são ainda desconhecidos diversos aspectos relacionados com a patogenia e história natural da gan-glioneuromatose intestinal, nomeadamente a possível associação a um risco aumentado de neoplasia.

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CP -13ADENOCARCINOMA DO ILEON - UMA NEOPLASIA RARASantos Sousa H, Bouça Machado T, Lencastre L, Barbosa E, Barreto F, Malheiro L, Correia da Silva P, Pimenta AServiço de Cirurgia Geral, Hospital São João EPE / Faculdade de Medicina do Porto

Introdução: Apesar do intestino delgado corresponder a 75% do comprimento e 90% da área absortiva do sistemagastro-intestinal, apenas 2% da incidência anual de neoplasias do sistema digestivo ocorrem neste segmento.Caso Clínico: Sexo feminino, 53 anos, antecedentes pessoais de osteoporose e colecistectomia há 6 anos por litíasevesicular. Internada no serviço de gastrenterologia por fadiga, perda de peso (10Kg) e anemia ferropénica grave, com1 ano de evolução. À data do internamento a doente negava perdas hemáticas visíveis ou alterações do trânsito gas-tro-intestinal. Ao exame objectivo apenas revelava palidez da pele e mucosas. Analiticamente destacava-se uma ane-mia ferropénica. Realizou EDA e colonoscopia que foram normais. Realizou videocápsula endoscópica que revelouum tumor ileal junto à válvula ileo-cecal. Repetiu posteriormente colonoscopia com ileoscopia que mostrou umaneoplasia do ileon terminal. Na TC abdomino-pélvica era evidente uma lesão constituída por várias ansas ileais comfistulização entre elas, sem planos de clivagem evidentes com o útero e a parede antero-superior da bexiga.Em reunião de grupo oncológico colo-rectal, foi decidido intervenção cirúrgica. Intra-operatóriamente constatou-seaglomerado de ansas ileais intimamente aderentes entre si, com invasão da bexiga e da trompa direita. Procedeu-sea uma ileo-colectomia segmentar com cistectomia parcial e salpingectomia direita.No exame anatomo-patológico do segmento de intestino delgado indentificavam-se 4 neoplasias úlcero-infiltrati-vas e perfuradas, que se situavam a 9cm, 23cm, 34cm e 39cm de um dos topos cirúrgicos. Tratava-se de adenocarci-nomas mucinosos pouco diferenciados síncronos (4), com metastases ganglionares (2/19) pT4(4), N1, Mx, R0.O pós-operatório decorreu sem intercorrências.A doente foi novamente apresentada em reunião de grupo oncológico tendo-se decidido fazer quimioterapia adju-vante.Conclusão: Apesar da incidência de adenocarcinoma do ileon ser de 0,9:1.000.000 a sua existência deve ser consi-derada. A sincronicidade das lesões, a idade da doente e as características anatomo-patológicas apontam para umaneoplasia hereditária mesmo na ausência de história familiar. Estas neoplasias não são, contudo, comuns noSindroma de Lynch.

CP-14FASCEÍTE NECROTIZANTE SECUNDÁRIA A APENDICITE AGUDA PERFURADA Santos Sousa H, Bouça Machado T, Lencastre L, Barbosa E, Bessa de Melo R, Preto J, Pimenta AServiço de Cirurgia Geral, Hospital São João EPE / Faculdade de Medicina do Porto

Introdução: A apendicite aguda é uma das emergências cirúrgicas mais frequentes. O atraso no diagnóstico e notratamento aumenta a probabilidade de complicações, nomeadamente a perfuração.Caso Clínico: Doente do sexo feminino, 60 anos, antecedentes de carcinoma do colo do útero submetida a quimioe radioterapia, recorreu ao serviço de urgência por sinais inflamatórios na face interna da coxa direita com 2 dias deevolução. Ao exame objectivo apresentava taquicardia e taquipneia. O estudo analítico revelava aumento da proteí-na C reactiva e alteração da função renal. A gasimetria arterial mostrava hipoxemia e hipocapnia. Foram realizadosecodoppler e TC torácico que excluíram trombose venosa profunda e tromboembolismo pulmonar. Foi iniciadaantibioterapia dirigida para o tratamento de erisipela. Devido ao agravamento do estado clínico da doente, foi rea-lizada ecografia abdominal que mostrou fasceíte necrotizante da parede abdominal (flanco direito) e da coxa direi-ta. Foi submetida a laparotomia exploradora com desbridamento cirúrgico da fasceíte, tendo-se identificado fístulaenterocutânea com origem na base apendicular, pelo que foi realizada ileocolectomia segmentar com ileostomiaterminal.Conclusão: A apendicite aguda complicada com fasceíte necrotizante é uma entidade rara mas potencialmenteletal, podendo ser confundida com celulite, o que leva ao atraso no tratamento agressivo a que esta complicaçãoobriga. Este caso mostra a importância de considerar apendicite aguda como causa de infecções necrotizantes dostecidos moles da região abdominal e da coxa.

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CP-15FASCEÍTE NECROTIZANTE SECUNDÁRIA A DIVERTICULITE AGUDA PERFURADABouça Machado T, Santos Sousa S, Lencastre L, Bessa de Melo R, Barbosa E, Taveira Gomes A, Correia da Silva P, Pimenta A Serviço de Cirurgia Geral, Hospital São João EPE / Faculdade de Medicina do Porto

Introdução: A diverticulite aguda é uma entidade comum, cujas complicações levam a cirurgia em diversasocasiões. A diverticulite aguda perfurada raramente se apresenta como uma sépsis superficial.Caso Clínico: Doente do sexo masculino, 54 anos, antecedentes de depressão, recorreu ao serviço de urgência porquadro de dor abdominal no quadrante inferior esquerdo (QIE) com 15 dias de evolução, astenia, anorexia e perdade peso. Ao exame objectivo, apresentava sinais inflamatórios associados a edema da parede abdominal no QIE. Oestudo analítico mostrava leucocitose com aumento da proteína C reactiva. Desenvolveu um quadro de cetoacidosediabética. Realizou TC abdominal que confirmou a presença de fasceíte necrotizante com abcesso associado.Foi submetido a cirurgia com desbridamento e drenagem. Foi necessário novo desbridamento cirúrgico às 48 horas.Ao sexto dia pós-operatório foi detectada contaminação fecal da ferida operatória, pelo que foi realizada novalaparotomia exploradora com identificação de uma massa inflamatória do cólon sigmóide adjacente ao orifícioexterno da fístula. Foi realizada colectomia segmentar do sigmóide tipo Hartmann. O exame histológico confirmouo diagnóstico de diverticulite perfurada. No pós-operatório desenvolveu síndrome de resposta inflamatória sistémi-ca complicado por pneumonia necrotizante à direita, que necessitou de múltiplos esquemas antibióticos e descor-ticação pulmonar. Faleceu ao 54º dia de internamento.Conclusão: A fasceíte necrotizante secundária a diverticulite perfurada é uma entidade pouco comum, mas poten-cialmente letal, pelo que requer intervenção cirúrgica imediata. Perante uma fasceíte necrotizante da paredeabdominal, é necessário um elevado índice de suspeição para a identificação de uma diverticulite complicada comcausa desta situação.

CP -16MEGACÓLON SECUNDÁRIO A IMPACTAÇÃO FECAL EM DOENTE PSIQUIÁTRICOBouça Machado T, Santos Sousa H, Lencastre L, Sacchetti M, Barbosa E, Pimenta AServiço de Cirurgia Geral, Hospital São João EPE / Faculdade de Medicina do Porto

Introdução: A impactação fecal é particularmente frequente nas crianças, nos doentes idosos e nos doentes comcertas patologias psiquiátricas ou patologias médicas que predispõem para a obstipação.Caso Clínico: Doente do sexo masculino, 47 anos, antecedentes de esquizofrenia e alcoolismo, internado no serviçode psiquiatria. Apresentava quadro de obstipação com distensão abdominal, mas sem sinais de irritação peritoneal,com 7 dias de evolução. Foi realizado TC abdominal que mostrou distensão exuberante do cólon sigmóide com 16cm de maior diâmetro, sem causa obstrutiva identificável para além de um fecaloma de grandes dimensões. Foi ten-tado tratamento conservador com estimulação, mas devido ao agravamento do estado clínico do doente, foisubmetido a laparotomia exploradora que revelou megacólon devido a impactação fecal com áreas de necrose daparede do cólon ascendente, mas sem perfuração. Foi realizada colectomia total com ileostomia terminal. O exameanatomopatológico revelou cólon com 30 cm de maior diâmetro, sem identificação de qualquer lesão orgânica.Conclusão: As doenças psiquiátricas e neurológicas estão frequentemente associadas a alterações na motilidadeintestinal. A cirurgia deverá ser reservada para os casos de perfuração iminente ou evidente, ou nos casos em que otratamento médico foi ineficaz. Uma intervenção cirúrgica atempada nos casos de impactação fecal prolongadapode evitar a perfuração intestinal que está associada a elevada mortalidade nestes doentes.

CP-17TORÇÃO DO APÊNDICE: UMA ENTIDADE RARALencastre L, Santos Sousa H, Bouça Machado T, Moreira H, Lima da Costa E, Barbosa E, Taveira Gomes A, Pimenta AServiço de Cirurgia Geral, Hospital São João EPE / Faculdade de Medicina do Porto

Introdução: A torção do apêndice é uma entidade rara, que causa sintomas abdominais idênticos aos da apendiciteaguda, e é normalmente diagnosticada durante a realização da cirurgia de urgência por suspeita de apendiciteaguda.Caso Clínico: Doente do sexo masculino, 39 anos, sem antecedentes patológicos relevantes. Recorreu ao serviço de

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urgência por dor abdominal com 3 dias de evolução, localizada inicialmente no epigastro e posteriormente na fossailíaca direita (FID) e hipogastro, com anorexia e disúria associadas. Negava febre, náuseas, vómitos, alterações do trân-sito intestinal e polaquiúria. Ao exame objectivo, apresentava-se apirético, hemodinamicamente estável, com abdó-men doloroso à palpação profunda da FID, com Blumberg e Rovsing positivos. O estudo analítico apresentava umaumento dos marcadores inflamatórios (leucocitose marcada e aumento ligeiro da proteína C reactiva), desidroge-nase láctica no limite superior do normal, mioglobina e creatinaquinase normais. Realizou ecografia abdominal querevelou colecção cística na FID estendendo-se para a escavação pélvica, com contéudo espesso heterogéneo na ver-tente superior, medindo aproximadamente 9 por 4 cm, com Blumberg ecográfico positivo, compatível com colecçãoperi-apendicular. Foi submetido a cirurgia de urgência (incisão de McBurney), tendo-se constatado, intra-operatoria-mente, a presença de torção do apêndice com distensão (cerca de 12 cm), congestão e necrose, associada a peque-na quantidade de líquido livre serohemático. Foi realizada apendicectomia após lavagem peritoneal e exploração dacavidade pélvica. O exame anatomopatológico confirmou a presença de congestão vascular e infiltração hemorrá-gica de todo o apêndice, achados consistentes com as alterações isquémicas devidas à torsão. O pós-operatóriodecorreu sem complicações e o doente teve alta ao 3º dia de internamento.Conclusão: É apresentado um caso de torção primária do apêndice, estando apenas 25 casos descritos na literatu-ra. Nestes casos, a dilatação e as alterações isquémicas do apêndice deveram-se a uma torção sem qualquer lesãoprimária associada.

CP-18TUBERCULOSE APENDICULAR COM APRESENTAÇÃO CLÍNICA DE APENDICITE AGUDASantos Sousa H, Bouça Machado T, Lencastre L, Eloy C, Barbosa E, Taveira Gomes A, Pimenta AServiço de Cirurgia Geral, Hospital São João EPE / Faculdade de Medicina do Porto

Introdução: A tuberculose do apêndice é uma entidade rara, apesar da incidência da tuberculose intestinal.Apresentamos um caso clínico compatível com apendicite aguda submetida a cirurgia e cujo exame histológico re-velou tratar-se de tuberculose apendicular.Caso Clínico: Doente do sexo masculino, 20 anos, sem antecedentes pessoais, recorreu ao serviço de urgência porquadro de dor abdominal na fossa ilíaca direita com uma semana de evolução. Ao exame objectivo apresentava sinalde Blumberg positivo. O estudo analítico apresentava elevação da proteína C reactiva. A ecografia abdominal reve-lou apêndice de 14mm de diâmetro com espessamento do cego e presença de adenopatias. Foi submetido a cirur-gia (incisão de McBurney), tendo sido realizada hemicolectomia direita devido ao aspecto macroscópico doapêndice associado a espessamento do cego e presença de múltiplas adenopatias. O exame histopatológico reve-lou tuberculose apendicular sem envolvimento de outros segmentos intestinais.Conclusão: Apesar da região ileocecal ser o segmento intestinal mais atingido na tuberculose intestinal, o envolvi-mento do apêndice é raro, ocorrendo apenas em 1,5 a 3% dos casos. A tuberculose do apêndice com apresentaçãoclínica idêntica à da apendicite aguda é uma entidade ainda mais rara.

CP-19VÓLVULO CECAL NO CONTEXTO DE PARALISIA CEREBRALLencastre L, Santos Sousa H, Bouça Machado T, Romero I, Barbosa E, Moreira H, Pimenta AServiço de Cirurgia Geral, Hospital São João EPE / Faculdade de Medicina do Porto

Introdução: O vólvulo cecal é responsável apenas por 1 a 1,5% dos casos de oclusão intestinal nos adultos, no entan-to é uma causa frequente nos doentes com paralisia cerebral. A cirurgia nestes doentes está associada a elevadastaxas de morbilidade e mortalidade.Caso Clínico: Sexo feminino, 26 anos, antecedentes de paralisia cerebral (acamada, sem comunicação verbal, depen-dente nas actividades da vida diária), cifoescoliose grave e obstipação. Recorre ao SU por quadro de vómitos ali-mentares pós-prandiais, recusa alimentar e obstipação. Ao exame objectivo, apresentava-se hemodinamicamenteestável, apirética, com abdómen distendido, tenso, doloroso difusamente à palpação e com ausência de ruídoshidroaéreos. O estudo analítico apresentava elevação dos marcadores inflamatórios e hipocaliémica ligeira. RealizouRx abdominal que mostrou distensão cólica, mas sem níveis hidroaéreos evidentes. A ecografia abdominal confir-mou a presença de acentuada distensão gasosa intestinal, com várias ansas paréticas. Efectuou endoscopia digesti-va baixa sem lesões, com progressão impossível a partir dos 60 cm por fezes. Foi internada com diagnóstico de pseu-

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do-oclusão intestinal. No primeiro dia de internamento, devido ao agravamento do estado clínico da doente comaparecimento de sinais de irritação peritoneal evidentes, foi submetida a laparotomia exploradora de urgência,tendo-se constatado a presença de vólvulo do cego com isquemia a montante e distensão do cólon transverso edescendente por impactação fecal.Realizou-se colectomia subtotal com ileostomia e fístula mucosa de cólon sigmóide.Conclusão: O vólvulo cecal deve ser considerado nos diagnósticos diferenciais de oclusão intestinal no caso dosdoentes com paralisia cerebral. Por um lado, os achados clínicos são idênticos aos da impactação fecal ou do íleo pa-ralítico secundário às infecções do tracto urinário que são frequentes nos doentes com paralisia cerebral. Por outro,as alterações neurológicas destes doentes mascaram os sintomas de abdómen agudo. Assim, um elevado índice desuspeição, a realização precoce de cirurgia e um seguimento peri-operatório cuidado são recomendados parareduzir a morbilidade e a mortalidade nestes doentes.

CP -20DOENÇA DE CROHN - CAUSA DIRECTA RARA DE PANCREATITEMarques H, Martins S, Lamelas J, Rodrigues MServiço de Cirurgia (Director: Dr. Mesquita Rodrigues), Hospital São Marcos, Braga

A Doença de Crohn a nível gastro-duodenal é pouco frequente, ocorrendo em 0,5-4% dos pacientes com atingi-mento ileo-cólico associado, sendo ainda mais rara como lesão isolada.De acordo com alguns trabalhos publicados, o seu tratamento médico ou cirúrgico é complexo e difícil.A Pancreatite, no contexto da Doença de Crohn, é mais frequentemente causada pelos fármacos usados no seu trata-mento. Outras causas incluem o atingimento duodenal da doença, litíase ou colangite esclerosante primária.A pancreatite aguda relacionada com as lesões duodenais desta doença inflamatória intestinal carece ainda de me-lhor compreensão.Os autores reportam um caso clínico de pancreatite aguda secundário a atingimento da ampola de Vater pelaDoença de Crohn.

CP-21OCLUSÃO INTESTINAL ALTA - UM CASO RARO POR METÁSTASE DE CARCINOMA DO ENDOMÉTRIOMarques H, Martins S, Lamelas J, Rodrigues MServiço de Cirurgia (Director: Dr. Mesquita Rodrigues), Hospital São Marcos, Braga

O carcinoma do endométrio é a quarta neoplasia maligna mais comum no sexo feminino.Metastiza preferencialmente para o pulmão por via hematogénea, podendo também ter disseminação linfática paragânglios extra-pélvicos e cavidade peritoneal.As metástases gastro-intestinais são raras.Os autores apresentam o caso clínico de uma mulher admitida no Serviço de Urgência por oclusão intestinal, comantecedente de carcinoma do endométrio.Os exames complementares de diagnóstico evidenciaram uma lesão metastática na segunda porção do duodeno.A doente foi submetida a laparotomia exploradora tendo-se efectuado um bypass gastro-jejunal.

CP -22VOLVO DO CÓLON: CASUÍSTICA DO SERVIÇO DE CIRURGIA DO HDFF NOS ÚLTIMOS 6 ANOSSantos F, Pinho J, Dias R, Borges I, Fonseca A, Conceição L, Cecílio J, Matos A, Couceiro J, Almeida M, Melo M,Serrão C, Seabra AHospital Distrital da Figueira da Foz, EPE

O volvo do cólon é uma causa incomum de oclusão intestinal, sendo responsável por 2-5% de todos os casos nosPaíses Ocidentais, sendo o cólon sigmóide o segmento mais frequentemente envolvido, em cerca de 70% dos casos.Nos últimos 6 anos (2004-2009), registaram-se no Serviço de Cirurgia do HDFF 12 casos de volvo do cólon, dos quais2 envolvendo o cego, e os restantes, o sigmóide.Houve um ligeiro predomínio do sexo feminino nos casos registados (7 doentes, contra 5 do sexo masculino), comidades que se distribuíram entre os 33 e os 93 anos, com uma média de idades de 68 anos.

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O tratamento cirúrgico variou entre a cirurgia conservadora e a ressecção intestinal, tendo-se registado diferentestipos de evolução clínica, que variaram desde a ausência de complicações, até à morte de 3 pacientes.Com este trabalho, os Autores pretendem alertar para esta forma pouco comum de oclusão intestinal que, curiosa-mente, no nosso Serviço tem vindo a surgir com alguma frequência.

CP-23RESSECÇÃO INTERESFINCTÉRICA NO CANCRO DO RECTO - PODE CONSIDERAR-SE UMA INTERVENÇÃO SEGURA?Leite JS, Manso A, Martins S, Carvalho C, Monteiro A, Portela I, Oliveira J, Castro Sousa FServiço de Cirurgia III, Hospitais da Universidade de Coimbra

Introdução: Considera-se que a ressecção interesfinctérica é o último recurso da cirurgia conservadora do esfíncternos tumores baixos do recto. O objectivo deste estudo consistiu na avaliação dos resultados funcionais e da segu-rança oncológica desta intervenção.Métodos: Foram analisados todos os processos dos doentes operados por tumor rectal localizado 0-3 cm da linhadentada com ressecção intersesfinctérica, entre 1994 e 2008. Avaliou-se o exame histopatológico, a morbilidade, osresultados funcionais com o score de incontinência de Wexner e a eventual recidiva local ou à distância. Todoscumpriram o plano de consultas de revisão clínica periódica.Resultados: Foram operados 15 doentes (8 homens), sendo a idade média de 61 anos (limites 38-76), verificando-seter existido por tumor rectal localizado 0-3 cm da linha dentada ressecção intersesfinctérica parcial (n=12) ou total(n=3) do esfíncter interno. Em 12 associou-se bolsa cólica em J e coloplastia em três. Doze foram submetidos a radio-quimioterapia pré-operatória, com regressão histológica completa em dois. A margem de ressecção circunferencialmédia foi de 8,1 mm (0-25 mm) e a margem de ressecção distal de 11 mm (2-20 mm). Dois doentes tiveram fístulaanastomótica com cicatrização espontânea. Em quatro homens surgiu estenose da anastomose: dois ficaram comileostomia permanente e nos outros dois realizou-se plastia da estenose e dilatações digitais. O score de Wexner foide 3 (0-8). Com o follow-up médio de 58 meses (7-150 meses) não surgiram recidivas locais; um doente teve metás-tase cerebral aos 19 meses e outro metástases pulmonares aos 40 meses.Conclusão: Os resultados preliminares deste estudo sugerem que a ressecção interesfinctérica é oncologicamentesegura, tendo existido contudo risco de obstrução defecatória nos homens por estenose da anastomose.

CP-24VANTAGENS DA UTILIZAÇÃO DE UMA SOLUÇÃO DE HAEMACELL COM AZUL DE METILENO NASMUCOSECTOMIAS PARA EXÉRESE DE PÓLIPOS COLO-RECTAIS Costa Dias V, Pinho R, Castro Poças F, Mascarenha Saraiva MManopH, Instituto CUF, Porto

A infiltração submucosa com soro fisiológico é correntemente utilizada para a realização de mucosectomias e paraaumentar a segurança na remoção de pólipos sésseis, com o objectivo de diminuir o risco de perfuração, particular-mente elevado no cólon.Tem sido descrita a vantagem de uma melhor diferenciação dos tecidos mediante a adição de um corante, como oazul de metileno, à solução usada para esta finalidade. Também é descrita a vantagem da utilização de glicerol, oude colóides "substitutos do sangue", como o Haemacell, volpex, com o objectivo de diminuir a absorção do fluídoinjectado e, deste modo, perpetuar o efeito de dissecção da submucosa obtido pela injecção.Na nossa prática endoscópica, temos usado a técnica de injecção de solução de Haemacell "tingida" com azul demetileno, nas mucosectomias e nas exéreses de pólipos sésseis. Demonstra-se por iconografia a utilidade desta técnica.

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ÌNDICE DE AUTORES (por ordem alfabética do último nome)

Autor Comunicação (CO - Comunicação Oral /CV - Comunicação em Vídeo /CP - Comunicação em Poster)

Alberto, Sara F. CO-03 (pág. 21)Albuquerque, O. CO-10 (pág. 25)Almeida, J.C. Mendes CO-16 (pág. 28)Almeida, Martinho CP-04 (pág. 21), CP-22 (pág. 44)Almeida, N. CO-13 (pág. 26)Almeida, V. CV-03 (pág. 21)Alves, F. CO-12 (pág. 26)Amaro, P. CO-10 (pág. 25), CO-11(pág. 26), CO-12(pág 26)Andrade, Paulo CO-11(pág. 25)Arroja, Bruno CO-09(pág. 24)Azenha, Nuno CP-10 (pág. 39)Barbosa, Elisabete CO-04(pág. 21), CO -15 (pág. 27), CP-13 (pág. 41), CP-14 (pág. 41), CP-15 (pág. 42),

CP-16 (pág. 42), CP-17 (pág. 42), CP-18 ( pág. 43), CP-19 (pág. 43) Barbosa, Miguel CO-14 (pág. 27)Barreto, Filomena CP-13 (pág. 41)Bentes, Teresa CP-08 (pág. 38)Bettencourt, M. João CP-05 (pág. 37)Boas, Germano Villas CP-12 (pág. 40)Borges, Isabel CP-04 (pág. 37), CP-22 (pág. 44)Borralho, Paula CP-11 (pág. 40)Canhoto, Manuela CO-09 (pág. 24)Carvalho, C. CO-02(pág. 20), CO-10 (pág. 25), CP-23 (pág. 45)Carvalho, Isabel CO-14 (pág. 27)Castelo, H. Bicha CO-17 (pág. 28), CO-18 (pág. 29)Cecílio, José CP-04 (pág. 37), CP-22 (pág. 44)Cerqueira, Rute CV-02 (pág. 30)

CP- 25SCHISTOSSOMÍASE CRÓNICA: UMA ABORDAGEM DIAGNÓSTICA ALTERNATIVAFerreira A, Pereira P, Macedo GServiço de Gastroenterologia do Hospital de São Marcos, Braga

Doente de sexo masculino, 59 anos, com antecedentes de DM tipo 2 mal controlada (HbA1c 15.8%), gastrite crónicaassociada a H.pylori e com história de permanência em serviço militar na Guiné-bissau há cerca de 35 anos; medica-do habitualmente com metformina, omeprazol e glibenclamida, é enviado para a consulta de hepatologia, pelomédico assistente, por alteração persistente das provas de função hepática (GGT - 707 U/L, AST 81 U/L e ALT 205 U/L).Referia diarreia (3-4 dejecções de fezes líquidas) com alguns anos de evolução, episódica, alternando com períodosde obstipação. Ao exame físico evidenciava-se acantose nigricans e aspecto emagrecido (IMC 17).Analiticamente persistiam alterações das provas de função hepática e uma ecografia abdominal mostrou váriosfocos ecogénicos, provavelmente calcificações, no segmento VI do fígado. Serologias para VHA, VHB e VHC foramnegativas, não se verificaram mutações do gene HFE e o nível de alfa1-antitripsina era normal, assim como a cerulo-plasmina.Foi realizada biopsia hepática percutânea que demonstrou fibrose dos espaços porta e discreto infiltrado infla-matório mononucleado. Observava-se um granuloma epitelióide com vários eosinófilos na periferia, e no centro dogranuloma identificava-se ovo de parasita. O exame parasitológico de fezes e urina foi negativo. Devido às cara-cterísticas morfológicas do ovo identificado foi pedida serologia para Schistosoma mansoni que foi positiva. Orestante estudo serológico para parasitoses foi negativo. Foi efectuada endoscopia digestiva baixa (padrão pseudo-polipóide do recto com infiltração inflamatória de predomínio eosinófílico na lâmina própria e hiperplasia glandu-lar). O doente foi medicado com praziquantel e mantém seguimento em consulta de hepatologia, encontrando-seassintomático.A Schistossomíase é uma parasitose causada por tremátodes helmintas (Schistosoma) que residem na rede venosaabdominal dos hospedeiros vertebrados definitivos. Na Schistossomíase crónica as manifestações clínicas resultamda resposta imune à deposição de ovos do parasita e formação de granulomas provocada pela estimulaçãoantigénica. A diarreia é comum e pode alternar com obstipação. O diagnóstico serológico é útil e definitivo quandose associa a uma história típica e ausência de isolamento de ovos de parasita nas fezes.

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Conceição, Lucília CP-04 (pág. 37), CP-22(pág. 44)Correia, Jorge CO-17 (pág. 28), CO-18 (pág. 29)Costa, Eduardo Lima da CP-17 (pág. 42)Costa, Jorge CV-02 (pág. 30), CV-04 (pág. 31)Cotrim, Isabel CO-09 (pág. 24)Couceiro, José CP-04 (pág. 37), CP-22 (pág. 44)Deus, João de CO-03(pág. 21) Dias, H. de Vasconcelos CO-17 (pág. 28), CO-18 (pág. 29)Dias, Raquel CP-04 (pág. 37), CP-22 (pág. 44)Dias, Vera Costa CO-06 (pág. 22), CP-24 (pág. 45)Donato, Maria Manuel CO-11 (pág. 25)Duarte, A. CP-06 (pág.37)Duque, Gabriela CO-12 (pág. 26), CO-13 (pág. 26)Eloy, Catarina CP-18 (pág. 43)Falcão, S. CP-09 (pág. 39)Félix, Julieta CO-03 (pág. 21)Fernandes, Vítor CP-07 (pág. 38)Ferreira, Aníbal CP-01 (pág. 36), CP-09 (pág. 39), CP-25 (pág.46)Ferreira, F. CO-01 (pág. 20)Ferreira, Manuela CO -11 (pág. 25), CO -12 (pág. 26), CO -13 (pág. 26)Ferreira, Tiago CP- 02 (pág. 36), CP-03 (pág. 36)Figueiredo, Pedro CO-11 (pág. 25), CO-13 (pág. 26)Fonseca, Alice CP- 04 (pág. 37), CP-22 (pág. 44)Fonseca, Cristina CP-07 (pág. 38)Freire, Paulo CO-11 (pág. 25), CO-12 (pág. 26), CO-13 (pág. 26) Freitas, João CP- 07 (pág. 38), CP-11 (pág. 40)Giraldo, Jesus CO-17 (pág. 28), CO-18 (pág. 29)Gomes, António Taveira CP-15 (pág. 42), CP-17 (pág. 42), CP-18 (pág. 43)Gonçalves, Cláudia CO-09(pág. 24)Gonçalves, Gil CO-05(pág. 22), CO-08 (pág. 23), CV-04 (pág. 31)Gonçalves, Raquel CP-01 (pág. 36), CP-09 (pág. 39)Gouveia, Hermano CO -11 (pág. 25), CO -12 (pág. 26), CO-13 (pág. 26)Graça, B. CO -12 (pág. 26)Iria, Isabel CO-17 (pág. 28), CO-18 (pág. 29)Lamelas, Javier CO-07(pág. 23), CP-20 (pág. 44), CP-21(pág.44)Leitão, M. C. CO-11 (pág. 25), CO-13 (pág.26)Leite, J. S. CO-02 (pág. 20), CO-10 (pág. 25), CP-23 (pág. 45), CV-03 (pág. 30), CV-05 (pág.31)Lencastre, Luís CO - 04 (pág. 21), CO-14 (pág. 27), CP-13 (pág. 41), CP-14 (pág. 41), CP-15 (pág. 42), CP-16 (pág. 42),

CP-17 (pág. 42), CP-18 (pág. 43), CP-19 (pág. 43) Lima, Margarida CO-15 (pág. 27) Lima, Olinda CP-12 (pág. 40) Limbert, Manuel CO-16 (pág. 27) Luna, Rogélio Andrés CO-17 (pág. 28), CO-18 (pág.29) Macedo, G. CO-01 (pág. 20), CP-09 (pág. 39), CP-25 (pág. 46)Machado, Artur CP-01 (pág. 36)Machado, Tiago Bouça CO-04 (pág. 21), CO-14 (pág. 27), CP-13 (pág. 41), CP-14 (pág. 41), CP-15 (pág. 42),

CP-16 (pág. 42), CP-17 (pág. 42), CP-18 (pág. 43), CP-19 (pág. 43) Magro, F. CO-01 (pág. 20)Malheiro, Luís CP-13 (pág. 41)Manso, A CO-02 (pág. 20), CO-10 (pág. 25), CP-23 (pág. 45)Marques, Helena CP-20 (pág. 44), CP-21(pág. 44)Martinho, Fernando CP-10 (pág. 39)Martins, Alexandra CO-03 (pág. 21)Martins, M. CO-02 (pág. 20), CV-03 (pág. 30), CV-05 (pág. 31)Martins, S. CO-02 (pág. 20), CO-10 (pág. 25), CP-23 (pág. 45) Martins, Sandra CO-07 (pág. 23), CP-20 (pág. 44), CP-21(pág. 44)Matos, Amândio CP-04 (pág. 37), CP-22 (pág. 44)Melo, Max CP-04 (pág. 37), CP-22 (pág. 44)Melo, Renato Bessa de CP-14 (pág. 41), CP-15 (pág. 42)Monteiro, A. CO-02 (pág. 20), CP-23 (pág. 45)Moreira, Herculano CO-04 (pág. 21), CP-17 (pág. 42), CP-19 (pág. 43)Moreira, Teresa CP-12 (pág. 40)Moura, P. CV-03 (pág. 30)Nogueira, Fernanda CO-07 (pág. 23)

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Nora, Mário CO-05 (pág. 22), CO-08 (pág. 23), CV-02 (pág. 30), CV-04 (pág. 31)Nunes, Ana CP-07 (pág.38), CP-11(pág. 40)Nunes, Sofia CP-10 (pág. 39)Oliveira, Eduardo CV-01 (pág. 30)Oliveira, J. CO-02 (pág. 20), CP-23 (pág. 45)Pardal, F. CP-09 (pág. 39)Paulino, C. CO-12 (pág. 26)Pena, José CP-10 (pág. 39)Pereira, Américo Dias CO-05 (pág. 22), CO-08 (pág. 23), CP-02 (pág. 36), CP-03 (pág. 36), CV-02 (pág. 30), CV-04 (pág. 31)Pereira, P. CP-09 (pág. 39), CP-25 (pág. 46)Pimenta,Amadeu CO-04 (pág. 21), CO-14 (pág. 27), CO-15 (pág. 27), CP-13 (pág. 41), CP-14 (pág. 41),

CP-15 (pág. 42), CP-16 (pág. 42), CP-17 (pág. 42), CP-18 (pág. 43), CP-19 (pág. 43)Pimentel, João CP-06 (pág. 37)Pinho, João CP-04 (pág. 37), CP-22 (pág. 44)Pinho, Rolando CP-24 (pág. 45), CV-01(pág. 30)Pires, Eduardo CO-03 (pág. 21)Poças, F. Castro CO-06 (pág. 22), CP-24 (pág. 45)Portela, Francisco CO-11 (pág. 25)Portela, I. CP-23 (pág. 45)Preto, John CP-14 (pág. 41)Quintela, Cátia CP-05 (pág. 37)Ramos, Gonçalo CP-08 (pág. 38)Ramos, Jaime CP-08 (pág. 38)Reis, António José CV-04 (pág. 31)Resende, Vera CO-05 (pág. 22), CO-08 (pág. 23)Ricardo, Leonel CO-03 (pág. 21)Rodrigues, Catarina Graça CO-03 (pág. 21)Rodrigues, Mesquita CO-07 (pág. 23), CP-20 (pág. 44), CP-21(pág. 44)Rolanda, Carla CP-01 (pág. 36)Romero, Inês CP-19 (pág. 43)Sá, Anabela CO-11 (pág. 25)Sacchetti, Mariana CP-16 (pág. 42)Saiote, Joana CP-05 (pág. 37), CP-08 (pág. 38)Santos, A. Almeida CO-10 (pág. 25)Santos, Filipa CP-04 (pág. 37), CP-22 (pág. 44)Santos, Henrique CP-07 (pág. 38)Santos, Liliana CP-08 (pág. 38)Santos-Sousa, Hugo CO-04 (pág. 21), CO -14(pág. 27), CP-13 (pág. 41), CP-14 (pág. 41), CP-15 (pág. 42),

CP-16 (pág. 42), CP-17 (pág. 42), CP-18 (pág. 43), CP-19 (pág. 43) Saraiva, Miguel Mascarenhas CO-06 (pág. 22), CP-24 (pág. 45), CV-01(pág. 30)Sarmento, Cristina CO-15 (pág. 27)Seabra, Alberto CP-04 (pág. 37), CP-22 (pág. 44)Sérgio, Mário CP-10 (pág. 39)Serrão, Costa CP-04 (pág. 37), CP-22 (pág. 44)Silva, Diva CO-05(pág. 22), CO-08 (pág. 23), CV-02 (pág. 30), CV-04 (pág. 31)Silva, Filipe CO-09 (pág. 24)Silva, Pedro Correia CO-14 (pág. 27), CO-15 (pág. 27), CP-13 (pág. 41), CP-15(pág. 42) Silva, Soraia CP-10 (pág. 39)Silva, T. Santos CP-06 (pág. 37)Soares, António CP-02 (pág. 36), CP-03 (pág. 36), CV-02 (pág. 30)Soares, Carlos CO-15 (pág. 27)Soares, J. CP-09 (pág. 39)Soares, João CP-01 (pág. 36)Sofia, Carlos CO-11 (pág. 25), CO-12 (pág. 26), CO-13 (pág. 26)Sousa, Adriana CO-05 (pág. 22), CV-04 (pág. 31) Sousa, F. Castro CO-02 (pág. 20), CO-10 (pág. 25),CP-23 (pág. 45), CV-03 (pág.30)Sousa, João Pinto de CO-15 (pág. 27)Sousa, Maria Rosa CO-05 (pág. 22), CO-08 (pág. 23), CP-02 (pág. 36), CP-03 (pág. 36), CV-04 (pág. 31)Teixeira, Tânia CV-04 (pág. 31)Valente, Teresinha CP-08 (pág. 38)Vasconcelos, Helena CO-09 (pág. 24)Vieira, João CO-17 (pág. 28), CO-18 (pág. 29)