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ESTATÍSTICA As edições IPAM lançaram, recentemente, um livro que tem como objec- tivo simplificar as dificuldades que frequentemente surgem na análise de dados em SPSS, um programa de análise estatística mais usado nas ciências sociais. A obra – intitulada “O essen- cial do questionário: prepara- ção, recolha e tratamento de dados em SPSS” – apresenta- se como um mapa que guia os leitores pelo percurso muitas vezes complexo e cheio de en- cruzilhadas que é a pesquisa empírica, recorrendo a exem- plos ilustrados. Onde comprar Da autoria dos docentes Isabel Machado, João Fontes da Costa e Anabela Santos Rodrigues, a publicação foi lançada no IPAM Aveiro, no dia 19 de Dezembro. O livro tem o preço de capa de 19,99 euros, enquanto que a ver- são digital tem o custo de 9,99 euros.Ambas as versões podem ser adquiridas na Bubok em http://ipam.bubok.pt/. | TERÇA-FEIRA | 31 DEZ 2013 | 03 Actualidade Aplicação em concurso europeu A app “Kookie - Centum Square”, lançada pela em- presa Edubox, da Incuba- dora de Empresas da UA, re- presentará Portugal no con- curso Best Content For Kids – European Award. A aplica- ção já venceu o concurso nacional, na categoria pro- fissional, promovido pela Fundação para a Ciência e Tecnologia. A votação está a decorrer até dia 3 de Janeiro em www.bestcontenta- ward.eu/winners. | Corticeira Amorim regressa ao espaço Competência Capacidade técnica do novo compósito da Corticeira Amorim leva a cortiça a integrar mais um projecto da Agência Espacial Europeia A versatilidade da cortiça e a inovação da CorticeiraAmorim voltam a dar cartas em mais um projecto espacial. A Amorim Cork Composites, da Corticeira Amorim juntou- se à Critical Materials S.A. (CMT), ao PIEP - Polo de Inovação em Engenharia de Polímeros, e ao ISQ - Instituto de Soldadura e Qualidade para integrarem o consórcio nacional responsável pelo projecto “cTPS - Design of a Crushable TPS for the ERC”, da Agência Espacial Europeia (ESA). Exigidas funções estruturais e térmicas Tal como explica a Corticeira Amorim em www.amorim.com, o projecto visa o desenvolvi- mento e teste funcional de um sistema de protecção inovador que exercerá, simultaneamente, funções estruturais e térmicas, permitindo a simplificação do processo de reentrada na Terra de cápsulas espaciais. Absorção de impacto e sustentação térmica Neste sistema serão combi- nadas a capacidade de absorção de energia de impacto na ater- ragem e também a capacidade de suster as cargas térmicas ge- radas durante a reentrada na at- mosfera terrestre. Anova solução, em desenvol- vimento, tem por base um ino- vador material compósito com cortiça, que permite que a nave se adapte, com sucesso, à en- trada em órbita e subsequente descida na superfície do planeta. Este é mais um testemunho da capacidade de a cortiça dar res- posta a aplicações aeroespaciais de grande exigência, área em que está presente desde o início da exploração do espaço. Combinar competências é fundamental O resultado é uma solução de elevado desempenho, que per- mite simplificações significati- vas nos módulos de reentrada, diminuindo o seu custo e au- mentando a sua fiabilidade. A combinação de competên- cias é fundamental para a con- cretização dos objetivos do pro- jeto, reunindo capacidades que são complementares entre en- tidades do SCTN (PIEP) e a in- dústria, e integrando no con- sórcio todos os atores da cadeia de valor que permitirão tornar a solução comercializável no fu- turo, desde os serviços de ins- peção e teste (ISQ), a fornece- dores de tecnologia (CMT/ PIEP) e a fornecedores finais da solução (Corticeira Amorim). | A certificação de um sistema de gestão da qualidade está a ganhar cada vez mais importância nas re- lações comerciais, sendo a maior parte das vezes imposta por requisitos do cliente, do mercado ou da estratégia da própria gestão de topo. Temos, como exem- plo, a realidade das organizações em Portugal com a ne- cessidade da externalização onde a confiança necessária para competir nos mercados externos passa pela certifica- ção do seu sistema de gestão da qualidade (e.g. NP EN ISO 9001:2008). Em todos estes cenários o maior desafio não se trata da de- finição e formalização do sistema de gestão através de uma entidade acreditada para o efeito, mas sim na concretização do mesmo como uma ferramenta de melhoria contínua den- tro da própria organização. O ditado popular exposto no título do presente artigo de- monstra o estado da arte quando o assunto é a “Qualidade”. Para muitas organizações não passa de um papel burocrático com elevados custos mas que permite o acesso a potenciais clientes, já para outras, é realmente uma forma de fidelizar os clientes e distinguir-se face à concorrência através dos seus produtos/serviços serem reconhecidos por, constantemente, estarem de acordo com requisitos com que a organização se compromete. Uma das grandes causas que levam à ineficácia de um sis- tema de gestão é a irrelevância dada pela gestão de topo ao próprio sistema, por exemplo, ao subvalorizam a importância do mesmo através da afetação dos recursos mínimos para salvaguardar os interesses de uma auditoria de terceira (3ª) parte. De acordo com William Deming: não é suficiente fazer o melhor, primeiro é preciso saber exatamente o que fazer para depois dar o seu melhor; qualquer gestor de topo deve condicionar positivamente a dinâmica do sistema de gestão, ao orientar os seus recursos humanos em conformidade com os objetivos da qualidade e demonstrar que o sistema é uma ferramenta através do qual, todos vão beneficiar, por via do aumento da produtividade. Desta forma, cada colaborador deve encarar as funções que desempenha consciente de que vai tornar-se o melhor profissional nas tarefas que executa, estando sempre limitado aos recursos que lhe são disponibilizados. Individualmente, o trabalho de cada um não deve ser encarado como irrele- vante para o sistema de gestão mas sim como fundamental para o sucesso do(s) processo(s) em que intervém. Supondo que os processos operam na perfeição, o custo da qualidade seria apenas a despesa do trabalho erradamente executado (e.g. conter produto não-conforme, tratar recla- mações, aplicar ações corretivas) que, numa lógica tradicional, facilmente era aceite como limite do próprio processo e ine- quivocamente era incutido no preço ao cliente. Numa lógica contemporânea, o mesmo custo anterior, tem de ser mini- mizado e mesmo prevenido de forma a garantir a maximiza- ção dos recursos sem comprometer os interesses do cliente na organização. O sucesso de um sistema de gestão passa pelo modo como os recursos humanos, diretos e indiretos, estão perfeitamente conscientes das vantagens que podem beneficiar quando confrontados com a melhoria contínua e que o insucesso é apenas uma oportunidade para recomeçar com mais inteli- gência. | Qualidade: dizer é fácil, o difícil é fazer! IPAM lança livro que ajuda a construir bases de dados Cortiça volta a dar provas da sua versatilidade Bruno Oliveira Unidade de Sustentabilidade da VLM Consultores

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ESTATÍSTICA As ediçõesIPAM lançaram, recentemente,um livro que tem como objec-tivo simplificar as dificuldadesque frequentemente surgem naanálise de dados em SPSS, um

programa de análise estatísticamais usado nas ciências sociais.

A obra – intitulada “O essen-cial do questionário: prepara-ção, recolha e tratamento dedados em SPSS” – apresenta-

se como um mapa que guia osleitores pelo percurso muitasvezes complexo e cheio de en-cruzilhadas que é a pesquisaempírica, recorrendo a exem-plos ilustrados.

Onde comprarDa autoria dos docentes Isabel

Machado, João Fontes da Costae Anabela Santos Rodrigues, apublicação foi lançada no IPAMAveiro, no dia 19 de Dezembro.O livro tem o preço de capa de19,99 euros, enquanto que a ver-são digital tem o custo de 9,99euros. Ambas as versões podemser adquiridas na Bubok emhttp://ipam.bubok.pt/. |

TERÇA-FEIRA | 31 DEZ 2013 | 03

Actualidade

Aplicaçãoem concursoeuropeuA app “Kookie - CentumSquare”, lançada pela em-presa Edubox, da Incuba-dora de Empresas da UA, re-presentará Portugal no con-

curso Best Content For Kids– European Award. A aplica-ção já venceu o concursonacional, na categoria pro-fissional, promovido pelaFundação para a Ciência eTecnologia. A votação está adecorrer até dia 3 de Janeiroem www.bestcontenta-ward.eu/winners. |

Corticeira Amorimregressa ao espaçoCompetência Capacidade técnica do novo compósito da Corticeira Amorimleva a cortiça a integrar mais um projecto da Agência Espacial EuropeiaA versatilidade da cortiça e ainovação da Corticeira Amorimvoltam a dar cartas em mais umprojecto espacial.

A Amorim Cork Composites,da Corticeira Amorim juntou-se à Critical Materials S.A. (CMT),ao PIEP - Polo de Inovação emEngenharia de Polímeros, e aoISQ - Instituto de Soldadura eQualidade para integrarem oconsórcio nacional responsávelpelo projecto “cTPS - Design ofa Crushable TPS for the ERC”,da Agência Espacial Europeia(ESA).

Exigidas funções estruturais e térmicas

Tal como explica a CorticeiraAmorim em www.amorim.com,o projecto visa o desenvolvi-mento e teste funcional de umsistema de protecção inovadorque exercerá, simultaneamente,funções estruturais e térmicas,permitindo a simplificação doprocesso de reentrada na Terrade cápsulas espaciais.

Absorção de impacto e sustentação térmica

Neste sistema serão combi-nadas a capacidade de absorção

de energia de impacto na ater-ragem e também a capacidadede suster as cargas térmicas ge-radas durante a reentrada na at-mosfera terrestre.

A nova solução, em desenvol-vimento, tem por base um ino-vador material compósito comcortiça, que permite que a navese adapte, com sucesso, à en-trada em órbita e subsequentedescida na superfície do planeta.Este é mais um testemunho dacapacidade de a cortiça dar res-

posta a aplicações aeroespaciaisde grande exigência, área emque está presente desde o inícioda exploração do espaço.

Combinar competências é fundamental

O resultado é uma solução deelevado desempenho, que per-mite simplificações significati-vas nos módulos de reentrada,diminuindo o seu custo e au-mentando a sua fiabilidade.

A combinação de competên-

cias é fundamental para a con-cretização dos objetivos do pro-jeto, reunindo capacidades quesão complementares entre en-tidades do SCTN (PIEP) e a in-dústria, e integrando no con-sórcio todos os atores da cadeiade valor que permitirão tornara solução comercializável no fu-turo, desde os serviços de ins-peção e teste (ISQ), a fornece-dores de tecnologia (CMT/PIEP) e a fornecedores finais dasolução (Corticeira Amorim). |

Acertificação de um sistema de gestão da qualidadeestá a ganhar cada vez mais importância nas re-lações comerciais, sendo a maior parte das vezesimposta por requisitos do cliente, do mercado ou

da estratégia da própria gestão de topo. Temos, como exem-plo, a realidade das organizações em Portugal com a ne-cessidade da externalização onde a confiança necessáriapara competir nos mercados externos passa pela certifica-ção do seu sistema de gestão da qualidade (e.g. NP EN ISO9001:2008).

Em todos estes cenários o maior desafio não se trata da de-finição e formalização do sistema de gestão através de umaentidade acreditada para o efeito, mas sim na concretizaçãodo mesmo como uma ferramenta de melhoria contínua den-tro da própria organização.

O ditado popular exposto no título do presente artigo de-monstra o estado da arte quando o assunto é a “Qualidade”.Para muitas organizações não passa de um papel burocráticocom elevados custos mas que permite o acesso a potenciaisclientes, já para outras, é realmente uma forma de fidelizar osclientes e distinguir-se face à concorrência através dos seusprodutos/serviços serem reconhecidos por, constantemente,estarem de acordo com requisitos com que a organização secompromete.

Uma das grandes causas que levam à ineficácia de um sis-tema de gestão é a irrelevância dada pela gestão de topo aopróprio sistema, por exemplo, ao subvalorizam a importânciado mesmo através da afetação dos recursos mínimos parasalvaguardar os interesses de uma auditoria de terceira (3ª)parte. De acordo com William Deming: não é suficiente fazero melhor, primeiro é preciso saber exatamente o que fazerpara depois dar o seu melhor; qualquer gestor de topo devecondicionar positivamente a dinâmica do sistema de gestão,ao orientar os seus recursos humanos em conformidade comos objetivos da qualidade e demonstrar que o sistema é umaferramenta através do qual, todos vão beneficiar, por via doaumento da produtividade.

Desta forma, cada colaborador deve encarar as funçõesque desempenha consciente de que vai tornar-se o melhorprofissional nas tarefas que executa, estando sempre limitadoaos recursos que lhe são disponibilizados. Individualmente,o trabalho de cada um não deve ser encarado como irrele-vante para o sistema de gestão mas sim como fundamentalpara o sucesso do(s) processo(s) em que intervém.

Supondo que os processos operam na perfeição, o custoda qualidade seria apenas a despesa do trabalho erradamenteexecutado (e.g. conter produto não-conforme, tratar recla-mações, aplicar ações corretivas) que, numa lógica tradicional,facilmente era aceite como limite do próprio processo e ine-quivocamente era incutido no preço ao cliente. Numa lógicacontemporânea, o mesmo custo anterior, tem de ser mini-mizado e mesmo prevenido de forma a garantir a maximiza-ção dos recursos sem comprometer os interesses do clientena organização.

O sucesso de um sistema de gestão passa pelo modo comoos recursos humanos, diretos e indiretos, estão perfeitamenteconscientes das vantagens que podem beneficiar quandoconfrontados com a melhoria contínua e que o insucesso éapenas uma oportunidade para recomeçar com mais inteli-gência. |

Qualidade: dizer éfácil, o difícil é fazer!

IPAM lança livro que ajudaa construir bases de dados

Cortiça volta a dar provas da sua versatilidade

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