corrente de curto metodo kva
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27/09/2012
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CÁLCULO DA CORRENTE DE CURTO-CIRCUITO
MÉTODO DOS kVA
PROF. MARCOS FERGÜTZ SETEMBRO/2012
1 - INTRODUÇÃO
O cálculo da corrente de curto-circuito em instalações elétricas é necessário para que se possa dimensionar adequadamente a fiação e proteção dos circuitos da instalção.
O método tradicional de cálculo leva em consideração todas as impedâncias envolvidas na instalação referentes aos componentes como: geradores, transformadores, motores e cabos, dentre outros.
O método tradicional é calculado no sistema por unidade (p.u.) e envolve muitos cálculos, inclusive com números complexos. Isto leva a um processo minucioso e demorado. Exemplo disto pode ser visto no Exemplo de Aplicação (5.4), à página 251, do livro do MAMEDE, 7ª edição.
Alternativamente, buscando simplificar os cálculos, sem perder a precisão, há o Método dos kVA, que será detalhado à seguir.
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2- Método dos kVA para Cálculo da Corrente de Curto-Circuito
O método se baseia no fato de que a corrente de curto-circuito em qual ponto da instalação depende da corrente que circulará a montante e a jusante do ponto em curto. Ou seja, a corrente de curto, em um ponto, será o resultado da contribuição que vem de montante e jusante do ponto.
Ainda, o método usa do artifício de relacionar as impedâncias dos componentes da instalação com a potência aparente (kVA), através da seguinte fórmula:
ou,
Desta forma, para cada elemento de impedância Z, haverá um kVA equivalente, o que permitirá a manipulação da instalação como um Sistema kVA. Assim, ao final se poderá obter o kVA de curto-circuito (kVAcc) de qualquer ponto da instalação.
Para utilização do método dos kVA equivalente, há de se ter as seguintes considerações:
• KVA equivalente dos elementos passivos de um sistema tais como cabos, transformadores e reatores são os KVA que fluiriam desde uma das extremidades para a outra extremidade na qual estaria uma fonte de potência
infinita na tensão do sistema;
• Os KVA equivalentes dos elementos ativos de um sistema tais como geradores, motores e CEE são os KVA que fluiriam para seus respectivos terminais em curto circuito e com a tensão (interna) mantida.
• Que há elementos na instalação que estarão ligados em PARALELO, o que permite definir:
REGRA P: a potência total do elementos em PARALELO é dada pela soma das potências individuais dos elementos.
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• Que há elementos na instalação que estarão ligados em SÉRIE, o que permite definir:
REGRA S: a potência total do elementos em SÉRIE é dada pelo inverso da soma dos inversos das potências individuais dos elementos.
Elementos em Paralelo: Geradores, Motores e Cia. Energia Elétrica (CEE)
Elementos em Série: Transformadores, reatores e cabos
• Para os principais elementos da instalação pode-se determinar os kVA’s equivalentes de curto-circuito por:
*Nota 1 : para motores < 50 HP, X”d = 0.20. Para motores ≥ 50 HP, X”d = 0.17 . Adotando-se 1 HP = 1 KVA, o erro é desprezível.
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• Em qualquer ponto da instalação, a determinação da corrente de curto-circuito deve levar em consideração as contribuições vinda de montante e jusante do ponto em questão, ou seja, há de se calcular o kVA equivalente de montante e jusante e somá-las, no ponto, para obter o kVAcc do ponto.
• A corrente de curto-circuito, em determinado ponto da instalação, pode ser calculada através da seguinte equação:
Na sequência, se fará a aplicação do Método do kVA equivalente, aplicado ao exemplo de aplicação (5.4), do livro do MAMEDE, 7ª edição (pág. 251)
Exemplo de Aplicação (5.4)
O diagrama abaixo, representa a instalação a ser analisada para obter a corrente de curto no ponto A e no ponto B.
As setas vermelhas estão indicando pontos passíveis de se calcular a corrente de curto-circuito. Assim, abaixo de cada seta, será indicado o kVA equivalente vindo de jusante e, acima da seta, se fará a indicação da contribuição vinda de montante de cada ponto, conforme segue.
A
B
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Inicia-se fazendo o cálculo dos kVA equivalente no ponto mais a jusante
da instalação, vindo em direção ao barramento de entrada da
subestação.
* para motores < 50 HP, X”d = 0.20. Para motores ≥ 50 HP, X”d = 0.17 . Adotando-se 1 HP = 1 KVA, o erro é desprezível.
kVAkVA 060.717,0
400
17,0
300
17,0
500
7.060kVA
kVAkVA 530.317,0
600
3.530kVA
kVAkVA 000.20075,0
500.1
kVAkVA 220.5
7060
1
20000
1
1
5.220
kVAkVA 000.10075,0
750
kVAkVA 610.2
3530
1
10000
1
1
2.610
kVAkVA 830.752202610
7.830
kVAkVA 334.33075,0
500.2
kVAkVA 340.6
7830
1
33334
1
1
6.340
7.060 3.530
5.220 2.610
7.830
6.340
Na continuação, se fará o cálculo dos kVA equivalentes à montante dos
pontos, iniciando no barramento de 2,4kV em direção aos pontos
terminais da instalação.
kVAkVA 670.1615,0
500.2
16.670
kVAkVA 334.33075,0
500.2
kVAkVA 115.11
16670
1
33334
1
1
11.115 725.13261011115 kVA
13.725 kVAkVA 000.20075,0
500.1
kVAkVA 140.8
13725
1
20000
1
1
8.140
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7.060 3.530
5.220 2.610
7.830
6.340
16.670
11.115
13.725
8.140
A
B
- Ponto A:
- Ponto B: