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1 Clipping de notícias do dia 14/09/2016 CORREIO BRAZILIENSE (DF) 14/09/2016 BRASIL Campanha nacional de vacinação começa na próxima segunda-feira Neste ano, o esquema de aplicação de quatro imunizantes foi alterado: poliomielite, HPV, meningocócica C e pneumocócica 10 valente Começa na próxima segunda-feira, 19, e vai até 30 deste mês, a campanha nacional de multivacinação. Trinta e seis mil postos oferecerão vacinas a crianças de até 5 anos, de 9 anos e entre 10 e 15 anos. A atualização de hepatite C, no entanto, corre o risco de não ser feita neste momento. Há problemas nos estoques da vacina, que, pelos cálculos do ministério, serão solucionados somente quando a campanha estiver na sua fase final. A maior preocupação com hepatite C é com jovens, pois a cobertura vacinal de crianças, de acordo com a pasta, é alta. A recomendação é de que, no caso de não haver vacina, funcionários entrem em contato com jovens para que retornem aos postos, assim que o imunizante chegar. A diretora substituta do Programa Nacional de Imunização, Ana Gorete, afirmou que, no caso das outras doenças, há doses suficientes para realizar a campanha. “O desabastecimento enfrentado nos últimos dois anos foi solucionado”, disse. Foram adquiridas 19 mil doses extras para fazer a campanha. Neste ano, o esquema de aplicação de quatro imunizantes foi alterado: poliomielite, HPV, meningocócica C e pneumocócica 10 valente. O da pólio passou a ser feito por meio de três doses da vacina injetável (aos 2, 4 e 6 meses) e mais duas doses de vacina oral, a da gotinha. Até ano passado, o esquema era feito com duas doses injetáveis e três orais. A mudança atende a uma recomendação da Organização Mundial da Saúde. No caso do HPV, o esquema vacinal passou este ano de três para duas doses, com intervalo de seis meses entre elas. O esquema anterior, no entanto, continua valendo para mulheres com HIV em idade entre 9 e 26 anos. No caso da vacina meningocócia, a mudança ocorreu no reforço. Antes, era feito aos 15 meses. A partir de agora, pode ser feito aos 12 meses. Há possibilidade, no entanto, de o reforço ser feito até 4 anos. No caso da pneumocócia, houve também uma mudança: agora são dois em vez de três reforços. “Vacinação é todo dia. Este é um esforço para regularizar as cadernetas”, afirmou o ministro da Saúde, Ricardo Barros, ao apresentar as peças da campanha, que começam a ser veiculadas a partir de hoje.

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Clipping de notícias do dia 14/09/2016

CORREIO BRAZILIENSE (DF)

14/09/2016

BRASIL

Campanha nacional de vacinação começa na

próxima segunda-feira

Neste ano, o esquema de aplicação de quatro imunizantes foi alterado: poliomielite,

HPV, meningocócica C e pneumocócica 10 valente

Começa na próxima segunda-feira, 19, e vai até 30 deste mês, a campanha nacional

de multivacinação. Trinta e seis mil postos oferecerão vacinas a crianças de até 5

anos, de 9 anos e entre 10 e 15 anos. A atualização de hepatite C, no entanto, corre o

risco de não ser feita neste momento. Há problemas nos estoques da vacina, que,

pelos cálculos do ministério, serão solucionados somente quando a campanha estiver

na sua fase final. A maior preocupação com hepatite C é com jovens, pois a cobertura

vacinal de crianças, de acordo com a pasta, é alta.

A recomendação é de que, no caso de não haver vacina, funcionários entrem em

contato com jovens para que retornem aos postos, assim que o imunizante chegar. A

diretora substituta do Programa Nacional de Imunização, Ana Gorete, afirmou que, no

caso das outras doenças, há doses suficientes para realizar a campanha. “O

desabastecimento enfrentado nos últimos dois anos foi solucionado”, disse. Foram

adquiridas 19 mil doses extras para fazer a campanha.

Neste ano, o esquema de aplicação de quatro imunizantes foi alterado: poliomielite,

HPV, meningocócica C e pneumocócica 10 valente. O da pólio passou a ser feito por

meio de três doses da vacina injetável (aos 2, 4 e 6 meses) e mais duas doses de

vacina oral, a da gotinha. Até ano passado, o esquema era feito com duas doses

injetáveis e três orais. A mudança atende a uma recomendação da Organização

Mundial da Saúde.

No caso do HPV, o esquema vacinal passou este ano de três para duas doses, com

intervalo de seis meses entre elas. O esquema anterior, no entanto, continua valendo

para mulheres com HIV em idade entre 9 e 26 anos. No caso da vacina meningocócia,

a mudança ocorreu no reforço. Antes, era feito aos 15 meses. A partir de agora, pode

ser feito aos 12 meses. Há possibilidade, no entanto, de o reforço ser feito até 4 anos.

No caso da pneumocócia, houve também uma mudança: agora são dois em vez de

três reforços. “Vacinação é todo dia. Este é um esforço para regularizar as

cadernetas”, afirmou o ministro da Saúde, Ricardo Barros, ao apresentar as peças da

campanha, que começam a ser veiculadas a partir de hoje.

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CORREIO BRAZILIENSE (DF)

14/09/2016

SAÚDE

Filho prematuro, mais risco de depressão

Estudo americano mostra que a incidência da doença é quase o dobro nas mães de

bebês que demandam muito cuidado médico após o parto. Entre os fatores

desencadeantes, está a diminuição da percepção de bem-estar e de conforto com o

filho

Por dia, 41.095 bebês nascem antes de completar 37 semanas de gestação, estima a

Organização Mundial da Saúde (OMS). Primeira causa de mortalidade de meninos e

meninas com menos de 5 anos, a prematuridade também é responsável por

problemas visuais e auditivos e incapacidades de aprendizagem. Um estudo da

Warren Alpert Medical School, da Universidade de Brown, nos Estados Unidos, traz o

impacto do parto antecipado nas mães. Segundo pesquisa divulgada na última edição

do The Journal of Pediatrics, a incidência da depressão pós-parto nessas mulheres

chega a ser o dobro da registrada entre as que chegaram ao fim recomendado da

gravidez.

Os cientistas observaram que as condições são piores para aquelas cujos filhos

precisam ser assistidos em unidades de terapia intensiva (UTI) e quando há a

ocorrência de problemas psiquiátricos antes do parto e/ou da gravidez. “Descobrimos

que mulheres com um distúrbio de saúde mental prévio experimentam percepções

negativas sobre elas próprias e os filhos no momento da alta da UTI

independentemente da idade gestacional do recém-nascido no momento do

nascimento”, explicou, em comunicado à imprensa, Katheleen Hawes, autora principal

da pesquisa.

O estudo foi feito com 724 mães de bebês prematuros, cuidados por mais de cinco

dias em UTIs. As mulheres frequentaram um programa de transição, com

especialistas, antes de levarem as crianças para casa. Um mês depois, participaram

de uma atividade que avaliou a percepção delas sobre o suporte profissional na UTI; o

bem-estar infantil e materno, incluindo aptidão emocional e habilidades práticas; e o

conforto materno, ligado a preocupações com o bebê. O histórico de saúde mental e o

risco social das participantes, incluindo, por exemplo, questões econômicas, também

foram considerados pelos pesquisadores.

“Mães cuja prematuridade dos bebês foi extrema, moderada e tardia apresentaram

taxa de depressão de 20%, 22% e 18%, respectivamente”, detalhou Hawes. De uma

forma geral, a OMS estima que a depressão pós-parto acomete de 10% a 15% das

mulheres no mundo. Prematuros tardios são aqueles com idade gestacional entre 34

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semanas e 36 semanas; os moderados, entre 31 e 35 semanas; e os extremos, entre

24 e 30 semanas. Segundo a pesquisadora, um mês depois de as crianças receberam

alta, foram constatadas diminuição da percepção de bem-estar materno, do conforto

em relação ao filho e da percepção de coesão familiar. “Esses fatores também estão

associados à possível depressão”, complementou.

Razões diversas

O sentimento de melancolia ou tristeza nos dias posteriores ao parto ocorre

frequentemente nas mulheres e não é encarado como problema pelos médicos. A

depressão pós-parto caracteriza-se por uma mudança de humor mais grave e que

pode durar semanas ou meses. Alterações hormonais, principalmente nas taxas de

estrógenos e progesterona; histórico anterior de problemas psiquiátricos; a tensão

emocional e o estresse do parto; e as preocupações com os cuidados com o recém-

nascido são fatores que desencadeiam o quadro. Especialistas, porém, têm relatado a

influência de questões mais externas, como a condição socioeconômica e o

sedentarismo de mulheres. (Leia Para saber mais)

Hawes e a equipe, que consideraram esses fatores no estudo, defendem uma

avaliação global da saúde mental das grávidas para a identificação daquelas mais

suscetíveis a serem acometidas pela doença, principalmente quando o nascimento do

filho não ocorre como o esperado. “A Avaliação mais abrangente e intervenções para

reduzir a ansiedade e reforçar a saúde mental, a confiança e a prontidão são

necessárias para identificar e tratar as mães de bebês prematuros que precisarão de

apoios”, escreveram, no artigo divulgado.

Oportunidade

Panorama brasileiro

Divulgado em abril no Journal of Affective Disorders, um estudo da Escola Nacional de

Saúde Pública Sergio Arouca, da Fundação Oswaldo Cruz (ENSP/Fiocruz), mostrou

que, em cada quatro brasileiras, mais de uma apresenta sintomas de depressão no

período de seis a 18 meses após o nascimento do filho. O trabalho, baseado na

entrevista com 23.896 mães, fez também uma espécie de raios X do problema

psiquiátrico no Brasil considerando fatores econômicos e sociais.

De uma forma geral, as pacientes têm cor parda, baixa condição socioeconômica,

antecedentes de transtorno mental, hábitos não saudáveis, como a ingestão excessiva

de álcool, e tiveram uma gravidez não planejada. Segundo Mariza Theme, a

responsável pelo estudo, os resultados foram coerentes com o demonstrado pela

literatura internacional.

Também chamou a atenção o fato de o transtorno ter sido mais diagnosticado nas

participantes que pior avaliaram o atendimento recebido durante o parto. Nelas, a

probabilidade de apresentar os sintomas da doença foi duas vezes maior. “Isso

suscitou algumas interpretações, mas, como a investigação da depressão foi realizada

em um único momento, não sabemos se a avaliação foi ruim porque a mulher estava

deprimida ou se o atendimento, de fato, foi inadequado e desencadeou o surgimento

dos sintomas”, ponderou Theme, em entrevista ao Informe ENSP.

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Alerta para a psicose

Grávidas com transtorno bipolar, seus parentes e médicos devem ficar atentos para o

risco aumentado de desenvolvimento da psicose pós-parto. O alerta foi feito no último

dia 9 por cientistas da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, e do Centro

Médico Erasmus, na Holanda, durante a divulgação, no The American Journal of

Psychiatry, uma nova revisão sobre a literatura da doença.

Rara e pouco pesquisada, a psicose pós-parto acomete de uma a duas a cada mil

mulheres. Além dos sintomas da depressão, a paciente pode ter pensamentos

suicidas ou violentos, alucinações e, por vezes, o desejo de fazer mal ao bebê.

Katherine Wisner, autora principal da revisão científica, conta que a mãe tem delírios,

como “uma força escura ou fora do corpo que a faz querer prejudicar o bebê”. “Essa é

uma doença muito séria e ninguém gosta de tratar mulheres com medicação durante a

gravidez ou a amamentação, mas há, certamente, muito alto risco em não tratar, como

o de suicídio”, ressaltou.

Segundo os autores, existe uma relutância dos médicos em prescrever o lítio para

mulheres que amamentam por medo de que a droga impacte negativamente o bebê.

Eles dizem, porém, que o acompanhamento de um pequeno número de mães que

ingerem o medicamento e amamentam os filhos não tem detectado efeitos adversos

nas crianças. “Na maioria das vezes, o risco de o medicamento é menor do que o risco

de a doença não controlada”, reforçou Wisner.

CORREIO BRAZILIENSE (DF)

14/09/2016

CIDADES

Perigo ronda as crianças

Vulneráveis, os pequenos são vítimas constantes de acidentes. Em pouco mais de um

ano, a capital apresentou 417 casos de intoxicação. Mas levantamento aponta que o

DF foi a 5ª unidade da Federação que mais reduziu o número de mortes por causas

domésticas

Um lapso de atenção de poucos segundos pode ser fatal: quedas, queimaduras,

afogamentos, sufocação, engasgos, envenenamentos e mais uma série de acidentes

domésticos que colocam em risco a vida das crianças. Não há outra alternativa: a

vigilância constante livra a infância de traumas — muitas vezes, indeléveis. Na capital

federal, entre janeiro de 2015 e abril passado, a Secretaria de Saúde registrou 417

casos de intoxicação em crianças. Além disso, em média, 40% dos atendimentos na

Unidade de Queimados do Hospital Regional da Asa Norte (Hran) são nessa faixa

etária.

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Apesar dos registros alarmantes, o DF ocupa um ranking de estatísticas mais

positivas. Em 15 anos, apenas 12 unidades da Federação diminuíram índices de

mortes por acidentes domésticos com crianças. A capital federal está em 5º lugar, com

redução de 40,1% dos casos. Quando são mortes por sufocação, nove recuaram e o

DF está na liderança dos índices, com uma queda de 71,8%. Os dados são parte do

levantamento inédito da Criança Segura, instituição dedicada à prevenção de

acidentes com crianças, que analisou informações dos últimos 15 anos no Brasil. Na

capital federal, um dos grandes problemas ainda são os acidentes de trânsito

envolvendo os pequenos. Apesar de o índice também ter recuado (17,7%), a queda no

DF ficou acima da média nacional.

De acordo com o Sistema de Informação de Mortalidade do Ministério da Saúde —

recorte do Distrito Federal —, as principais causas de acidentes são de transporte,

sobretudo entre 5 e 14 anos, agressões, demais causas externas (quedas, cortes,

etc.) e afogamento. Na maioria das vezes, os problemas ocorrem na cozinha. Os

atendimentos relacionados aos pequenos representam 50% do volume de trabalho do

Centro de Informações Toxicológicas (CIT) da Secretaria de Saúde. Situações que

envolvem crianças de até 4 anos são as mais frequentes. Intoxicação por

medicamentos (41%) e animais peçonhentos (25%) centralizam os casos.

Sem prevenção

A falta de atenção, segundo especialistas ouvidos pelo Correio, é o principal

combustível para as tragédias. O cenário é acentuado pela falta de campanhas

educativas e políticas públicas de prevenção. A casa é um universo suscetível a

grandes perigos, qualquer descuido pode ser fatal, mesmo que as crianças

apresentem um nível de habilidades psicomotoras, como andar com poucos meses de

vida, acima da média para a idade. “As crianças reúnem um conjunto de fatores

perigosos: são curiosas, não têm noção de risco e se movimentam com agilidade”,

alerta a Veroni Medeiros, responsável pela área técnica de Desenvolvimento Infantil

da Pastoral da Criança (leia Três perguntas para).

A redução dos casos fatais não diminui o alerta para a ameaça dos acidentes. A

coordenadora nacional da Criança Segura, Gabriela Guida de Freitas, cobra

investimentos na segurança das crianças e na prevenção de riscos. O levantamento

da instituição mostra que somente em unidades da Federação com alta renda per

capita — no DF, esse cálculo é de R$ 2.055, segundo o Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística (IBGE), entre as mais altas do país — foi possível reduzir o

índice de ocorrências. “Falta ação do governo. É importante falar disso. O brasileiro

não tem a cultura de prevenção”, critica.

Na última década, houve queda nas internações de crianças vítimas de acidentes

domésticos, segundo o Sistema de Vigilância de Violências e Acidentes (Viva), do

Ministério da Saúde. Em 2010, foram 11,6 mil cuidados intensivos por acidentes

domésticos, que custaram R$ 8,2 milhões aos cofres públicos. No ano seguinte, o

número de hospitalizações caiu para 10,2 mil. Segundo o levantamento da Criança

Segura, o DF reduziu em 11,4% esse tipo de internação — 15 unidades da Federação

apresentaram a mesma tendência, na última década e meia, sendo o Distrito Federal o

quinto colocado. Em 2000, as mortes chegaram a 376, contra 253 em 2010.

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Trauma

A experiência é impactante para o cuidador e para a criança. Sarar as lesões

desencadeados pelo acidente também exigem cuidado. “No interior dessa relação

pais/criança é que se encontra uma resposta positiva ou negativa. A criança carece de

proteção. Já os pais devem ter com clareza que acidentes acontecem em qualquer

fase da vida, e a resposta deve vir com carinho, amor e acolhimento. Isso já é um ato

curativo”, explica Vitor Santiago Borges, psicólogo especialista em tratamento infantil

do Instituto de Medicina e Psicologia Integradas.

Naturalizar uma situação, por exemplo, de queda, pode trazer ensinamentos. Vitor

ressalta que há uma onda crescente de pais superprotetores que comprometem o

desenvolvimento e o amadurecimento. “Pais superprotetores criam pessoas

incapacitadas, que não conseguem se adaptar a atividades da vida e são dependentes

do cuidado do outro. São adultos que não aprendem a se autocuidar e se tornam

frágeis. Em determinados casos, pode desencadear um trastorno de personalidade

dependente, ou seja, um adulto que não desenvolveu autonomia”, completa.

Três perguntas para Veroni Medeiros, responsável pela área técnica de

Desenvolvimento Infantil da Pastoral da Criança

Por que ainda ocorrem tantos acidentes?

São falhas na vigilância. Não podemos estar juntos da criança e não estarmos atentos.

Uma das questões é o descuido. As crianças são rápidas, frágeis e não têm

consciência de perigo. Muitas vezes, criamos ambientes que não são favoráveis, como

a organização da casa, o uso de toalhas de pontas longas nas mesas e o

armazenamento de produtos tóxicos. Precisamos adequar os ambientes à idade da

criança. As mãos e os olhos são curiosos, e as crianças, observadoras.

Para evitar acidentes com as crianças, quais são os cuidados que se deve ter?

Na casa, alguns cuidados são necessários, como: usar os protetores de tomada;

colocar chaves ou trava de segurança nas gavetas, principalmente as gavetas que

tenham facas ou tesouras; na cozinha, pôr os cabos de frigideiras e panelas sempre

virados para o lado interno do fogão; evitar brincar e correr de meia dentro de casa —

isso pode ocasionar queda das crianças e, às vezes, até se machucar muito; evitar

cadeiras e bancos perto de janelas, pois as crianças podem subir e se machucar; ter

sempre muito cuidado com as janelas nos prédios, mantendo-as sempre fechadas.

Qual a principal dificuldade em reduzir os acidentes?

Faltam campanhas e políticas públicas para mobilizar as famílias, mas temos uma

cultura de construir a casa para os adultos e não para as crianças. O ambiente da

casa não é pensado para que as crianças vivam tranquilamente. Por isso, ouvimos

tanto “não mexa ali”, “não faça isso”. Isso precisa ser repensado, projetar espaços

seguros. As crianças precisam se movimentar.

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CORREIO BRAZILIENSE (DF)

14/09/2016

CIDADES

Por menos lágrimas e mais sorrisos

A prevenção é a melhor estratégia para reduzir o número de acidentes envolvendo

crianças e adolescentes. No entanto, apesar da simplicidade da abordagem e das

medidas a serem adotadas no cotidiano, esse desafio depende de um ponto

fundamental: o compromisso da família, das escolas e do governo para que os

pressupostos de proteção sejam efetivamente colocados em prática.

A morte acidental de uma pessoa tão jovem não pode ser vista como algo corriqueiro,

uma ação do destino. Os números existem para nos lembrar a existência de dramas

que poderiam ter sido evitados. Mais que isso, as estatísticas devem provocar uma

profunda reflexão, fazendo com que possamos entender o que é possível e necessário

fazer a mais para proteger esses indivíduos.

Na base de tudo, está a união de esforços. Se cabe ao Estado a tarefa de elaborar e

implementar políticas públicas que prevejam o uso de produtos mais seguros e a

disseminação do treinamento em primeiros socorros, por sua vez, é preciso que as

regras criadas deixem o campo teórico e passem a ser exercidas na prática.

Nesse ponto, a sociedade como um todo — pais, responsáveis, professores, médicos

etc. — deve se irmanar pela adequação dos espaços de moradia e convivência. O

país está diante de uma epidemia, que afeta todas as regiões geográficas, gêneros,

etnias e níveis socioeconômicos e educacionais.

Acreditar que uma criança — ou adolescente — é incapaz de se ferir dentro de casa

ou na escola não é o melhor caminho. Agir assim é pensar que, se fecharmos os

olhos, o mundo será azul ou cor-de-rosa. Pelo contrário, a realidade é multifacetada e,

por isso, é preciso estar atento, alerta, para que os representantes das futuras

gerações continuem a sorrir, e os pais tenham apenas lágrimas de alegria.

Luciana Rodrigues Silva é residente da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

JORNAL DE BRASÍLIA (DF)

14/09/2016

CIDADES

Governo ignora decisão da Justiça e bebê morre

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Recém-nascido aguardava cirurgia no coração. Há 11 crianças na fila

Anexo.

FOLHA DE SÃO PAULO (SP)

14/09/2016

COTIDIANO

Investigação sobre médicos do Einstein ouvirá ex-

pacientes

A Polícia Civil de São Paulo vai convocar ex-pacientes do hospital Albert Einstein que

tenham sido submetidos a cirurgias cardíacas sob o comando de médicos suspeitos

de ligação com empresa fornecedora de próteses.

Os investigadores querem saber se alguma dessas pessoas recebeu implante de

prótese cardíaca sem necessidade. Um grupo de médicos do IML (Instituto Médico

Legal) do Estado poderá ajudar a polícia nessa apuração.

Como a Folha revelou nesta terça (13), o Einstein apresentou à polícia denúncia

contra dois médicos do hospital suspeitos de receber pagamentos e favorecer uma

fornecedora de próteses.

Os médicos investigados, Marco Antonio Perin e Fábio Sandoli de Brito Júnior,

comandavam até junho deste ano o Centro de Intervenção Cardiovascular do hospital

–especializado em tratamento por cateterismo como angioplastia e implante de stent.

Perin foi demitido do Einstein, e Brito Júnior, afastado do comando do centro de

cardiologia. Ambos negam terem cometido irregularidades.

A empresa supostamente envolvida no esquema, a CIC Cardiovascular, teve um

aumento de 541% nas vendas de stents para o hospital entre 2012 e 2013 e, desde

então, teve "clara preferência" dos médicos –segundo representação do Einstein à

polícia.

As suspeitas contra os cardiologistas foram levantadas por investigação interna do

próprio Einstein após receber denúncias de "envolvimento espúrio" entre profissionais

do hospital com fornecedores.

Análise de e-mails corporativos dos médicos encontrou informações sobre repasses

de dinheiro na conta pessoal deles de até R$ 200 mil, além de viagens e presentes.

FICHAS

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De acordo com a polícia, fichas médicas de pacientes deverão ser solicitadas à

direção do hospital já nesta quarta (14), assim como outros documentos de interesse

na investigação.

O número de ex-pacientes a serem ouvidos ainda não está definido porque vai

depender da quantidade de intervenções realizadas pelos médicos no hospital.

Segundo informações disponíveis na plataforma Lattes (banco de dados de

pesquisadores), Perin trabalhava no Einstein desde 1992; Brito Júnior, desde 1997.

A Folha apurou que uma auditoria interna por amostragem em cirurgias cardíacas

feitas por esses profissionais não detectou intervenções desnecessárias. Os dados

dessa auditoria, além de uma sindicância interna da instituição, também serão

solicitados pelos policiais.

Os dois médicos denunciados pelo Einstein serão ouvidos nos próximos dias.

Primeiro, a polícia quer entender o funcionamento do sistema de compras do hospital

–se os dois cardiologistas tinham poderes para fechar contratos ou apenas faziam

indicação do produto.

OUTRO LADO

O Einstein foi procurado nesta terça (13) pela Folha para comentar o assunto, mas

não quis se manifestar.

Perin foi procurado novamente nesta terça, mas também não quis se pronunciar,

assim como já havia ocorrido na segunda-feira (12).

De acordo com representação do Einstein, os profissionais alegam terem feito

empréstimo à CIC e, nos últimos anos, estariam recebendo a devolução desse

dinheiro. Assim, para eles, não haveria nenhuma irregularidade.

À Folha, em entrevista anterior, Brito Jr. disse não ter envolvimento com fornecedores.

"Não tenho absolutamente nada a ver com isso. Nunca recebi nada [de fornecedor]",

afirmou.

Disse ainda que explicou ao hospital seu posicionamento. "Continuo trabalhando no

Einstein todos os dias. Fazendo angioplastia, cateterismo. Continuo normalmente

trabalhando lá."

A CIC não se manifestou.

FOLHA DE SÃO PAULO (SP)

14/09/2016

COTIDIANO

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Para prevenir zika, Saúde aumenta regras de

doação de sangue

O Ministério da Saúde e a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária)

divulgaram nesta terça-feira (13) novas regras para os procedimentos de doação de

sangue devido ao risco de transmissão do vírus da zika.

As medidas ampliam os critérios que devem ser observados durante a etapa de

triagem de doadores de sangue. Desde dezembro de 2015, pessoas com suspeita de

infecção por zika ou que tiveram o diagnóstico clínico ou laboratorial da doença são

consideradas inaptas a doar sangue por 30 dias.

Agora, as regras foram ampliadas também para as pessoas que tiveram contato

sexual com parceiros que tiveram sintomas e diagnóstico do vírus da zika nos três

meses anteriores. Neste caso, a pessoa também se torna inapta a doar sangue por 30

dias.

Segundo o governo, a atualização foi necessária "frente a novas evidências científicas

de transmissão do vírus zika por transfusão e contato sexual". A transmissão por

mosquitos vetores, no entanto, ainda é considerada a principal via de infecção pelo

vírus.

CHIKUNGUNYA

Além do zika, nota técnica assinada pelo ministério e pela Anvisa também traz

recomendações semelhantes em relação ao vírus chikungunya. Neste caso, pessoas

que tiveram o diagnóstico de infecção ficam impedidas de doar sangue por até 30 dias

após a recuperação completa.

Mesmo período vale para pessoas que se deslocaram ou que procedem de regiões

endêmicas, com alto número de casos da doença.

Em nota, o Ministério da Saúde afirma que os serviços de hemoterapia "já estão

atentos às condutas de triagem" que devem ser adotadas frente ao zika e

chikungunya.

Segundo a pasta, doadores que apresentarem sintomas dessas infecções até 14 dias

após a doação também devem informar os serviços de hemoterapia para que sejam

tomadas as medidas necessárias, como recolhimento dos estoques e monitoramento

dos receptores do sangue doado.

"É importante destacar que a contaminação por transfusão é muito rara, sendo que a

principal forma de transmissão por zika e chikungunya continua sendo via vetor

(mosquitos), com risco muito superior à via transfusional", informa. O ministério lembra

ainda que "é fundamental que a população mantenha a doação de sangue, um ato

que ajuda a salvar vidas."

O governo também estuda a incorporação, nos serviços de hemoterapia do país, de

testes para identificação da presença do vírus da zika no sangue.

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O ESTADO DE SÃO PAULO (SP)

14/09/2016

SAÚDE

Cubanos do Mais Médicos devem ter reajuste de

10%

Governo brasileiro negocia aumento a partir de 2017; ideia é que haja rotatividade dos

profissionais. País paga R$ 1,6 bi por ano para Cuba

BRASÍLIA - Depois de mais de dois meses de negociações, Ministério da Saúde,

Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e governo de Cuba devem acertar nos

próximos dias o acordo para renovação do Mais Médicos. O contrato deverá prever

um reajuste em torno de 10% no valor do primeiro convênio, firmado há três anos. Mas

a tendência é de que haja rotatividade de profissionais estrangeiros, apesar da

extensão de três anos da iniciativa, divulgada nesta segunda.

Atualmente, o governo paga R$ 1,6 bilhão por ano pela atuação de 11.400

profissionais no projeto. A proposta é que o aumento seja aplicado em 2017. Nos dois

anos seguintes, o reajuste tomaria como base a variação da inflação no período. Os

termos do acerto, no entanto, passarão longe da discussão sobre a permanência dos

profissionais recrutados na primeira leva do convênio.

A lei sancionada pelo presidente Michel Temer na segunda permite que os médicos

que chegaram ao Brasil no primeiro contrato firmado com a Opas permaneçam por

mais três anos no programa, sem necessidade de validação do diploma. Na prática,

são três anos a mais do que havia sido estabelecido pela Lei do Mais Médicos.

Resistência. A extensão dessa prerrogativa deverá ser usada apenas para evitar uma

debandada de profissionais nos próximos meses, o que poderia provocar uma crise no

atendimento, sobretudo em municípios distantes de grandes centros e considerados

de difícil provimento. Trata-se de uma estratégia para se ganhar tempo até que novos

profissionais sejam recrutados em Cuba, treinados e enviados para trabalhar no Brasil

no lugar dos profissionais que atualmente estão no programa.

Há uma clara resistência do governo cubano em permitir que os médicos que

chegaram ao Brasil há três anos permaneçam nos municípios para os quais foram

designados por mais tempo. Os sinais repassados até o momento indicam que o

governo cubano prefere trocar profissionais, para evitar o risco de que se estabeleçam

fortes vínculos com a população e a região. Para Cuba, o melhor é garantir a

rotatividade dos médicos.

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Embora prefeitos tenham mostrado interesse em manter profissionais, o Ministério da

Saúde decidiu que não vai fazer nenhum pedido para o governo cubano, justamente

para evitar problemas nas negociações. O número de profissionais que deverão ser

recrutados para a iniciativa é semelhante ao da primeira rodada. Não haverá redução

significativa, como se cogitou logo depois de o ministro Ricardo Barros assumir o

cargo, em maio.

Na primeira rodada de entendimentos, Cuba havia reivindicado um aumento de 30%

nos valores do convênio. As negociações agora estão próximas do acordo. O

Ministério da Saúde argumenta que, embora o porcentual de reajuste seja menor do

que o reivindicado pelos países parceiros, há agora a possibilidade de reajuste nos

anos seguintes, algo que não estava previsto no contrato anterior.

Prefeitos, sobretudo de cidades de menor porte, estavam apreensivos com a

possibilidade de um naufrágio nas negociações com o governo cubano. O programa,

criado como uma resposta às manifestações de rua que aconteceram em 2013, foi

duramente criticado por associações médicas, mas acabou bem avaliado pela

população. Assim que o ministro da Saúde, Ricardo Barros, assumiu o cargo, ele

ouviu de prefeitos um pedido que já havia sido feito a seu antecessor, Marcelo Castro,

de que o projeto fosse mantido.

O ESTADO DE SÃO PAULO (SP)

14/09/2016

SAÚDE

Estado de São Paulo diz investir em serviço similar

ao Samu

Explicação veio após reportagem revelar que governo é alvo de ação por descumprir

norma que prevê que 25% dos recursos do Samu venham da esfera estadual

O secretário estadual da Saúde, David Uip, disse nesta terça-feira, 13, que a pasta

não faz o repasse obrigatório ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu)

por já investir em outro serviço de emergência: o Grupo de Resgate e Atendimento a

Urgências (Grau). A explicação veio após o Estadopublicar reportagem nesta terça

revelando que o governo estadual é alvo de ação civil movida pelo Ministério Público

Estadual (MPE) por não cumprir norma do Ministério da Saúde que prevê que 25%

dos recursos do Samu venham da esfera estadual. Desde 2003, quando o serviço foi

criado, o Estado não colabora com o custeio do equipamento, cabendo ao ministério e

à Prefeitura a cobertura das despesas.

Segundo Uip, o pagamento não é feito porque a secretaria já investe R$ 60 milhões

por ano no Grau, valor três vezes maior do que o que deveria ser repassado ao Samu.

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“O Grau foi criado em 1989. Quando veio o Samu, em 2003, o Estado não aderiu a

esse financiamento por já ter um serviço de resgate bem estruturado. Não faz sentido

desmontar essa estrutura.”

De acordo com o secretário, a saída é unificar os dois serviços, o que deve ser

acordado amanhã em reunião entre as secretarias municipal e estadual. “A ideia é

conectar os dois sistemas e ter só um número para receber chamados, para que uma

central de regulação única defina qual serviço fará cada atendimento”, diz.

O Grau funciona em parceria com o resgate dos bombeiros. A integração entre os

serviços estadual e municipal foi determinada pela Justiça em resposta a outro pedido

da ação civil pública.

G1

14/09/2016

DISTRITO FEDERAL

OAB-DF pede quebra do sigilo do inquérito da

Operação Drácon

Requerimento foi apresentado após STF e STJ negarem pedido de distritais.

Deputados são investigados por suposto esquema de cobrança de propina.

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) pediu a quebra do sigilo do inquérito da

Operação Drácon, que investiga suposto esquema de cobrança de propina por

deputados distritais. O requerimento foi apresentado depois de o Supremo Tribunal

Federal (STF) e o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negarem a Celina Leão (PPS),

Cristiano Araújo (PSD) e Bispo Renato (PR) acesso à decisão que autorizou busca e

apreensão nas casas e gabinetes, condução coercitiva e o afastamento deles da Mesa

Diretora da Câmara Legislativa.

Os deputados foram afastados em 22 de agosto, depois de uma decisão do Tribunal

de Justiça do DF. No mesmo dia, o juiz também determinou o cumprimento de 14

mandados de busca e apreensão e 8 de condução coercitiva. As ações foram

realizadas na Câmara Legislativa, na casa dos parlamentares da Mesa Diretora, na de

servidores e ex-servidores.

Os alvos da operação policial eram os membros da Mesa Diretora: Celina Leão, o

primeiro secretário, Raimundo Ribeiro (PPS), o segundo secretário, Júlio César (PRB),

e o terceiro secretário Bispo Renato Andrade. Mesmo sem fazer parte da Mesa,

Cristiano Araújo foi um dos alvos porque é suspeito de articular o esquema de

recebimento de propina. Apesar do afastamento, os distritais mantêm os mandatos.

Investigação

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A investigação policial busca apurar as denúncias apresentadas pela deputada Liliane

Roriz (PTB), em que colocam os deputados sob suspeita por integrar um esquema de

pagamento de propina em contratos de UTI.

Nos áudios feitos por Liliane, Celina fala sobre mudança de finalidade de uma emenda

parlamentar que direcionou R$ 30 milhões da sobra orçamentária da Câmara a um

grupo de seis empresas que prestam serviço de UTI. Segundo as denúncias, o

repasse acabou beneficiando deputados da Mesa Diretora.

Em entrevista exclusiva à TV Globo, Liliane detalhou parte do suposto "acordo".

Segundo ela, a negociação tratava de uma "sobra orçamentária" de R$ 30 milhões,

destinada originalmente à reforma de escolas e unidades de saúde.

No começo de dezembro, os distritais aprovaram uma mudança no texto, direcionando

o aporte para pagar dívidas do Palácio do Buriti com prestadoras de serviço em UTIs.

O esquema teria sido montado pelo distrital Cristiano Araújo. Pela denúncia, o acordo

envolveria repasse aos deputados de 7% sobre o valor das emendas.

Celina negou irregularidades e disse que Liliane mentiu porque sente "inveja" dela. Ela

também adiantou que vai encaminhar documentos ao Ministério Público para provar

que não agiu de forma ilegal na destinação de recursos de emendas parlamentares.

"A acusação é falha porque a emenda é da deputada. A emenda é dela, da vice-

presidente. Ela que propôs. Se existe ilegalidade, ela que remoque responder",

afirmou Celina. Segundo ela, o termo "projeto" se refere ao texto da emenda.

Liliane seria julgada pelo Tribunal de Justiça naquela quarta em um processo que

poderia cassar a possibilidade de ela se reeleger. A audiência foi adiada por falta de

quórum. "No dia do julgamento, ela tenta criar esse circo, colocando suspeição sobre

os deputados. Se ela tinha percepcao de ilegalidade, por que ela propôs isso? Todo o

trâmite tem que ser respondido por ela."

G1

14/09/2016

CIÊNCIA E SAÚDE

Pesquisadores da USP trabalham em aplicativo

contra o Aedes aegypti

Equipe do ICMC em São Carlos vai receber 500 mil dólares para pesquisa. Armadilha

identifica mosquito da dengue, chikungunya e do vírus da zika.

Pesquisadores do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da

Universidade de São Paulo (USP) em São Carlos trabalham no desenvolvimento de

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um aplicativo para monitorar o Aedes aegypti. A tecnologia vai operar junto a uma

armadilha que ajuda a mapear o mosquito fêmea, transmissor da dengue,

chikungunya e do vírus da zika. O projeto é o único brasileiro a receber uma bolsa do

governo norte-americano de 500 mil dólares (cerca de R$ 1,6 milhão) para pesquisas

no combate às doenças.

O objetivo é que em breve a armadilha esteja pronta para venda. O mais importante é

que as pessoas percebam que o mosquito está por perto. “A gente está em uma fase

de redução da verba de pesquisa por causa da crise econômica. Ter uma verba que

vem de fora é uma forma diferente de angariar fundos para continuarmos”, disse o

pesquisador do ICMC Gustavo Batista.

Armadilha inteligente

Batista criou um sensor que identifica o mosquito pelo barulho que ele faz.

“Isto está mais ou menos relacionado com o número de asas que ele tem, o formato, o

tamanho do corpo. Um inseto muito grande como a borboleta tende a bater asas bem

devagar. Já um mosquito bate asas 600 vezes por segundo. Então, como diferentes

insetos têm diferentes frequências, a gente acaba fazendo reconhecimento por essa

informação”, explicou.

O Aedes aegypti bate as asas muito mais rápido que outros mosquitos e quando

passa pela luz de laser da armadilha inteligente, o barulhinho fica registrado e ainda é

possível saber se o mosquito é macho ou fêmea e quantos entraram. Depois é preciso

transformar tudo isso em dados, explicou o doutorando André Gustavo Maletzke. “Ele

consegue identificar qual a espécie e gênero do inseto. A ideia é conseguir contabilizar

isso de modo que essa informação possa depois ser repassada para o usuário”,

explicou.

Mapeamento do mosquito

Com o aplicativo, os pesquisadores querem chamar a atenção para que os moradores,

ao saberem da presença do mosquito, tomem medidas para fazer o controle. O

sistema permite que se faça um comparativo da quantidade de mosquitos capturada

de cada espécie no ambiente ao longo do tempo.

"É importante que as pessoas saibam que o mosquito voa pouco. Então se ele está

presente dentro da casa ele provavelmente nasceu lá dentro. A gente vai utilizar o

aplicativo móvel por celular, a armadilha vai informar às pessoas sobre a quantidade

de mosquitos que estão presentes e vai instruir como fazer o controle de forma

correta", disse.

Segundo Batista, a armadilha não é cara, já que os equipamentos eletrônicos usados

são simples e fáceis de achar. A expectativa é que entre um a dois anos já exista um

protótipo que possa ser inserido no mercado.

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AGÊNCIA BRASIL

14/09/2016

GERAL

Organização pede que pesquisas de saúde se

alinhem a interesses da população

A organização Médicos sem Fronteiras (MSF) divulgou hoje (14) relatório em que faz

um apelo aos governos para que alinhem as políticas de pesquisa na área da saúde

aos interesses da população. Segundo o documento, as empresas farmacêuticas

negligenciam algumas das maiores ameaças à saúde, com por exemplo o aumento de

infecções resistentes e o ebola.

A tuberculose é outro exemplo, dado pela organização, de doença com lacunas no

tratamento. De acordo com o levantamento, nos últimos 50 anos só foram lançados

dois medicamentos contra a doença infecciosa que mais mata no mundo, responsável

por 1,5 milhão de mortes por ano.

O relatório da MSF, Lives on the Edge: Time to Align Medical Research and

Development with People’s Health Needs (Vidas no limite: é hora de alinhar pesquisa

e desenvolvimento médicos às necessidades de saúde da população), está sendo

divulgado às vésperas da Assembleia Geral das Nações Unidas, que ocorrerá na

próxima semana e, entre outros assuntos, vai discutir a busca por novos modelos de

pesquisas médicas que incentivem a produção de medicamentos com custo mais

acessível para doenças negligenciadas.

“Tanto em países pobres quanto em países ricos, as pessoas estão descobrindo que

os medicamentos de que precisam ou não existem ou são tão caros que elas não

podem comprá-los, e os governos precisam resolver esses problemas”, disse em nota

Katy Athersuch, assessora para políticas de inovação da Campanha de Acesso da

MSF.

Segundo o levantamento do MSF, os governos não fazem com que as pesquisas

financiadas com o dinheiro dos impostos atendam às necessidades de saúde

prioritárias. “Governos financiam US$ 70 bilhões, dos US$ 240 bilhões gastos

anualmente com pesquisas médicas, mas falham em usar as doses corretas de

incentivos e regulação para conseguir os produtos de que precisamos. Em 2014,

apenas 16% dos investimentos em pesquisa sobre doenças relacionadas à pobreza

vieram de empresas farmacêuticas”, diz o documento.

A organização também defende que se os governos oferecem financiamento para

pesquisas médicas, eles devem exigir que o produto final seja acessível à população.

“Governos concedem a empresas direitos sobre produtos desenvolvidos com dinheiro

público por meio da concessão de patentes a corporações farmacêuticas – direitos

exclusivos para comercializar e usar invenções, incluindo remédios. Isso mantém os

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preços altos porque cria monopólios; sem concorrentes, empresas farmacêuticas

ficam livres para cobrar o que quiserem”, acrescenta o relatório.

Para a organização, a falta de ferramentas de diagnóstico, de vacinas e de

medicamentos para ebola e infecções resistentes, por exemplo, ilustra como o foco da

indústria está na receita financeira esperada pelas empresas e seus acionistas, e não

nas necessidades médicas mais urgentes.

BBC BRASIL

14/09/2016

NOTÍCIAS

A luta de um grupo de crianças e de hospital contra

as doenças mais raras do mundo

Fotos e histórias de 11 crianças que enfrentam algumas das mais raras doenças do

mundo foram parar na rua, no centro de Birmingham, a segunda maior cidade da

Inglaterra.

A iniciativa faz parte de uma exposição organizada pelo Hospital Infantil da cidade

inglesa para angariar fundos e criar o primeiro centro de pesquisas e tratamento de

doenças raras no Reino Unido. O hospital já conseguiu levantar 1,5 milhão de libras

esterlinas (aproximadamente R$ 6,7 milhões). O objetivo é atingir a cifra de 3,65

milhões de libras.

Segundo a médica Larissa Kerecuk, responsável pelo departamento de doenças raras

do Hospital Infantil de Birmingham, a ideia "é dar mais qualidade de vida e oferecer

uma estrutura para ajudar pacientes e seus familiares a lidar com essas doenças, ao

invés de deixar a doença dominá-los".

Kerecuk é uma pediatra brasileira que há 30 anos vive no Reino Unido. Ela conta que

a ideia de fazer fotos dos pacientes veio de uma das mães e o hospital abraçou o

projeto, inspirado numa iniciativa similar de Nova York.

"As crianças adoraram as fotos e foi muito bom para as pessoas saberem que

Birmingham já é uma referência. Tem muito estigma e, ao mesmo tempo, é muito

difícil de lidar. Às vezes não têm cura e muitos dos pacientes morrem antes de chegar

à idade adulta. Queremos dar mais qualidade de vida às crianças e aos seus

familiares", diz, emendando que gostaria de estender a iniciativa ao Brasil.

"Se eu pudesse fazer algo para também ajudar pacientes no Brasil seria ótimo",

completa a médica que nasceu em São Paulo e morou em Curitiba, antes de se mudar

para a Inglaterra.

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A médica brasileira Larissa Kerecuk é a responsável pelo departamento de doenças

raras do hospital em Birmingham e tem planos de firmar uma parceria com o Brasil

para tratar crianças

Kerecuk conta que, por ano, o hospital onde trabalha atende 9 mil crianças com

doenças raras e outras 5 mil que ainda buscam por um diagnóstico. Doenças raras

agrupam as que colocam em risco ou debilitam cronicamente até cinco pessoas num

grupo de 10 mil e que requerem esforços especiais de tratamento.

Veja alguns dos retratos, feitos pelo fotógrafo britânico Kris Askey, e conheça as

histórias de cinco dessas estrelas que lutam todo dia para viver.

Kadie-Leigh ainda espera por um diagnóstico

Kadie-Leigh Hamilton, de 2 anos, tem uma doença tão rara que permanece sem

diagnóstico.

Sua família tem conhecimento de apenas outras três crianças no mundo com o

mesmo problema, que afeta os rins e bexiga.

Antes mesmo da garota nascer, a mãe dela ouviu de especialistas que Kadie-Leigh

não iria sobreviver. Depois de passar as primeiras 11 semanas de vida no hospital,

Kadie-Leigh se tranformou no que a própria mãe chama de "pequeno milagre".

Kadie-Leigh é suscetível a infecções urinárias e é submetida a consultas regulares no

hospital infantil Birmingham para monitorar sua condição renal.

Apesar da saúde frágil, Kadie-Leigh tenta ter uma infância o mais próximo possível do

normal. Gosta de se vestir de princesa e de brincar de faz de conta com seus amigos

na creche.

Thomas aguarda transplante de rim

Thomas Davies, de 4 anos, é falante e adora assistir filmes repetidamente - os

musicais Mamma Mia e Les Misérables são os seus favoritos.

Seus rins não se desenvolveram como deveriam - um não funciona o outro tem

apenas 4% da capacidade de um rim normal.

Por causa da rara condição renal, ele corre sério risco de morte e aguarda um

transplante. Ele também segue uma rígida dieta.

Durante os últimos três anos, Thomas tem sido submetido à sessões de quatro horas

de diálise quatro vezes por semana. Estava no hospital no dia de seu aniversário de 4

anos.

Os pais e os três irmãos do garoto vivem a ansiedade diária de quem espera por um

doador compatível, capaz de dar uma vida nova ao garoto.

Skye fez sete cirurgias e tem futuro incerto

Quando Skye Gardner, de 8 anos, nasceu, os médicos acreditavam que ela não

viveria nem 24 horas.

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Ela é portadora de uma doença genética conhecida como Síndrome de Williams,

caracterizada por atrasos de desenvolvimento, como dificuldade moderada de

aprendizagem, problemas cardíacos e renais.

Skye foi diagnosticada quando tinha três anos de idade e nunca conheceu outra

pessoa com a mesma síndrome.

A família diz que há muito pouca informação sobre essa doença e um grande número

de incógnitas sobre como será o futuro da garota.

Skye já foi submetida a sete cirurgias, entre elas uma no coração. Apesar de tudo, é

sociável, sorridente e adora o cantor britânico Olly Murs.

Jordan deu os primeiros passos aos 3 anos de idade

Jordan Haywood tem 15 anos de idade, mas sua própria mãe diz que ele tem idade

mental de uma criança de 5 anos. Ele adora brincar com carrinhos e aviões, mas

precisa de ajuda constante para comer, tomar banho e se vestir.

Quando tinha seis semanas de idade, foi diagnosticado com a Síndrome de Klinefelter

- em que meninos nascem com cromossomo "X" extra. No caso de Jordan, ele tem

três ou quatro cromossomos 'X' extras.

Ele também nasceu com três furos no coração e tem distúrbios de fala, muscular e

sensorial, além de epilepsia, asma, ansiedade e problemas gastrointestinais - e

apenas um rim funciona normalmente.

Médicos disseram aos pais de Jordan que ele jamais andaria. Mas, aos três anos,

desafiou todas as expectativas e deu seus primeiros passos.

A maior preocupação da família de Jordan é saber quem vai cuidar do garoto na

ausência dos pais.

Sophia, o bebê que fez uma cirurgia de cinco horas no cérebro

Sophia tem 13 meses e nasceu no País de Gales com uma deformação rara no crânio,

conhecida como "cranioestenose Mercedes Benz".

A garota teve uma fusão prematura das suturas craniais na parte de trás da cabeça,

na forma do conhecido logotipo da montadora Mercedes Benz, que causa uma imensa

pressão em seu cérebro.

Para prevenir danos cerebrais, ela teve que ser submetida a uma cirurgia. Ficou na

mesa de operação por aproximadamente cinco horas e meia.

Desde então, Sophia e os pais dividem o tempo entre sua casa no País de Gales e

Birmingham. Ela precisa estar sob acompanhamento médico periódico.

Para a família de Sophia, um Centro de Doenças Raras é mais do que bem vindo para

oferecer estrutura e cuidados aos que sofrem com problemas de diagnóstico e

tratamento adequado.

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DONNY SILVA

14/09/2016

BRASÍLIA

Aprovado projeto que institui a semana de combate

à automedicação no DF

Foi aprovado em primeiro turno pela Câmara Legislativa o projeto de lei nº 1.667/2013,

de autoria da deputada Luzia de Paula (PSB), que institui a Semana de

Conscientização e Combate à Automedicação no Distrito Federal. A proposta,

segundo a parlamentar, objetiva alertar os cidadãos sobre o perigo da automedicação.

A Semana de Conscientização e Combate à Automedicação será realizada

anualmente, na primeira semana do mês de agosto e passará a integrar o Calendário

Oficial de Eventos do DF.

A criação da data possibilitará que os Poderes Públicos do DF realizem palestras,

conferências, seminários, simpósios e outros eventos, além de campanhas

publicitárias e distribuição de materiais informativos visando o esclarecimento da

população sobre o tema.

Outro fator de destaque é que as ações deverão contar com a participação das redes

públicas de educação e saúde, das instituições de defesa e proteção dos direitos do

consumidor e entidades do terceiro setor. “A Semana de Conscientização e Combate

à Automedicação pretende assegurar proteção à saúde das pessoas, tendo em vista

os males e óbitos ocorridos por causa dessa prática desaconselhável que resulta em

danos à vida. Precisamos conscientizar a população para o fim do uso de

medicamentos sem prescrição médica”, afirma a deputada.

O projeto segue agora para votação em segundo turno no Plenário da Câmara

Legislativa, para, em seguida, ser submetido à sanção do governador Rodrigo

Rollemberg.

Outras de dias anteriores

CORREIO BRAZILIENSE (DF)

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13/09/2016

CIDADES

Médico não deveria receitar antirrábica para jovem,

diz Secretaria de Saúde

Vitória Neres Negrini aplicou acidentalmente a vacina para cães em si e, por

recomendação médica, teve que procura antídoto em Alexânia

A estudante que aplicou acidentalmente uma dose de vacina antirrábica para animais

em si mesma corre um risco ainda maior de contrair a doença agora que ela tomou a

imunização para humanos, segundo informou a Secretaria de Saúde do DF nesta

terça-feira (13/9). Vitória Neres Negrini, 18 anos, se feriu com a agulha que usava para

vacinar seu cachorro neste fim de semana e, por orientação de um médico, correu a

um posto de saúde para tomar a vacina específica para humanos, que seria um

"antídoto" contra a doença.

Por não encontrar a vacina na rede pública do DF, e para seguir o que o médico

receitou, Vitória teve de ir ao município de Alexânia - a quase 100km da capital - para

encontrar a substância e se imunizar. Porém, segundo a própria Secretaria de Saúde

do DF, a recomendação correta que deveria ser passada à jovem é de que ela não

tomasse mais nenhuma vacina contra a raiva, já que isso aumentaria o risco de

contrair a raiva, pois ela só estaria "colocando mais vírus em seu organismo".

A vacina, tanto para animais quanto para humanos, coloca fragmentos de vírus

inativos para que o organismo "aprenda a se defender da doença". A diferença entre

as duas substâncias, entretanto, seria o grau de pureza delas. Dessa forma, o risco

que Vitória corre por ter inoculado a vacina de seu cachorro seria de ela desenvolver

uma reação alérgica, conforme explicou o médico veterinário Lauricio Monteiro.

"Um caso muito parecido com este já aconteceu em 2013. Um veterinário acabou se

ferindo enquanto aplicava a vacina em um animal. A gente seguiu o manual de

Normas Técnicas de Profilaxia de Raiva Humana que diz que o procedimento nestas

circunstância seria esperar", explica Monteiro.

Em nota, a Secretaria de Saúde do DF negou que as vacinas estejam em falta na rede

pública do DF e afirmou que a jovem só não foi imunizada por não que essa não seria

a recomendação correta. O órgão também disse que médico que recomendou

erroneamente uma nova dose de vacina para Vitória será orientado pela direção do

Hospital.

O caso

O acidente ocorreu por volta das 18h deste domingo (11/9). Com 11 gatos e quatro

cachorros em casa, a estudante Vitória Neres Negrini, 18 anos, preferiu buscar e

aplicar a vacina contra a raiva nos animais. Porém durante a aplicação, um dos cães

se exaltou e acidentalmente ela foi atingida pela agulha. Depois do fato, a jovem

procurou o Hospital Regional do Paranoá (HRPa) e foi informada que deveria procurar

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o Hospital Regional da Asa Norte (Hran). Lá, ela foi consultada por um médico que

receitou que ela tomasse a vacina antirrábica para uso humano.

JORNAL DE BRASÍLIA (DF)

13/09/2016

BRASIL

Governadores e presidente do STF discutem

judicialização da saúde e centros para presas

grávidas

O governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg, e 24 chefes de Executivos estaduais

estiveram no Supremo Tribunal Federal (STF) na manhã desta terça-feira (13) para a

primeira reunião de trabalho da ministra Cármen Lúcia como presidente da Corte.

Apenas os do Espírito Santo e de Santa Catarina não compareceram. No encontro,

feito a convite da ministra, ela mostrou interesse na pauta federativa e disse querer

fazer do Supremo um conciliador entre as unidades da Federação, com reuniões a

cada 60 dias com os governadores.

“É um momento histórico, em que a presidente do STF demonstra seu compromisso

federativo e convida os governadores para buscar contribuir juntos com soluções para

melhorar o ambiente econômico”, disse Rollemberg.

Precatórios e dívidas entre unidades da Federação

Entre outros assuntos, estavam na pauta os precatórios, ou seja, dívidas que os

governos têm com cidadãos e empresas, decorrentes de processos judiciais

transitados em julgado. Tramita no Congresso Nacional a Proposta de Emenda à

Constituição nº 159, de 2012, que permite o uso de dinheiro depositado na Justiça

para pagar essas pendências.

Outro ponto debatido foi o papel do STF como mediador em questões que envolvem

desequilíbrios fiscais entre as unidades da Federação. Correm diversas ações na

Suprema Corte em que uma unidade cobra valores de crédito de ICMS (Imposto sobre

Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços) de outra, travando a pauta e

criando impasses fiscais entre elas.

Judicialização da saúde e centros de proteção para detentas grávidas

Os governadores também trataram da judicialização da saúde, que compromete

grande parte dos respectivos orçamentos para cumprir decisões judiciais,

principalmente na compra de medicamentos que não constam da lista do Ministério da

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Saúde. Cármen Lúcia sugeriu que os tribunais de Justiça criem câmaras técnicas para

avaliar as demandas e embasar cientificamente as decisões dos juízes.

Na área da segurança pública, a recém-empossada presidente do STF levantou o

debate sobre a situação carcerária do País. A ministra cobrou a criação de centros de

proteção para que detentas grávidas possam ter os filhos fora da prisão.

O encontro, parte da agenda do Fórum Permanente de Governadores, durou cerca de

cinco horas. No fim da conversa, os governadores seguiram para a Câmara dos

Deputados. Lá, se reuniram com o presidente da Casa, deputado Rodrigo Maia (DEM-

RJ).

O GLOBO

13/09/2016

SAÚDE

Indústria pagou cientistas para minimizar risco do

açúcar à saúde, diz estudo

Entidade do setor teria atuado para minimizar relação entre produto e doenças

coronárias

RIO - A Sugar Research Foundation, nos Estados Unidos, chegou a pagar US$ 48.900

(em valores atuais) a pesquisadores por um artigo que, publicado pelo "The New

England Journal of Medicine" (NEJM) em 1967, minimizou o consumo de açúcar como

fator de risco para doenças coronárias. A revelação é de um estudo publicado nesta

segunda-feira no periódico científico "JAMA".

O artigo "Sugar industry and coronary disease research: a historical analysis of internal

industry documents" ("Indústria do açúcar e pesquisa sobre doença coronária: uma

análise histórica de documentos internos da indústria") é assinado por Stanton Glantz,

da Universidade da Califórnia, e outros dois pesquisadores. Eles se debruçaram sobre

documentos sigilosos e outros registros históricos da Sugar Research Foundation

(SRF).

Na década de 50, começaram os primeiros debates sobre a possível influência do

açúcar nos problemas cardiovasculares. A pesquisa publicada no NEJM foi a primeira

financiada pela fundação e classificou como limitados os métodos das pesquisas que

associaram o açúcar a um fator de risco.

Segundo o estudo do JAMA, porém, a SRF participou de todo o processo, desde a

determinação das metas para a pesquisa até a revisão de rascunhos. No trabalho

final, a gordura e o colesterol figuraram como os fatores de riscos principais para

doença. Somente em 1984, o "New England Journal" passou a aplicar uma política de

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conflito de interesses para as publicações científicas, exigindo a divulgação de valores

e condições dos financiamentos a pesquisas.

Analisando outros documentos, pesquisadores sugerem que a indústria do açúcar

patrocinou diferentes pesquisas entre 1960 e 1970, que minimizaram, com êxito, o

papel do açúcar como fator de risco de diversas doenças. O Programa Nacional de

Cáries, do Instituto Nacional de Pesquisa Dentária, por exemplo, teria sido influenciado

a mudar o foco, nos tratamentos dentários, da restrição à sucrose para intervenções

diretas em cáries dentárias.

Provavelmente como resultado de todo esse lobby, em 1980, poucos cientistas

acreditavam que os açúcares tivessem um papel significativo na doença da artéria

coronária. Hoje, a relação entre o açúcar e a doença ainda está em aberto, mas os

autores do estudo sugerem que as políticas públicas deem menos peso a pesquisas

financiadas pela indústria alimentícia.

G1

13/09/2016

CIÊNCIA E SAÚDE

Em uma semana, PE tem quase 700 novas

confirmações de arboviroses

Casos confirmados de dengue, zika e chikungunya já somam 49.419. Até semana

passada, número era de 48.768 casos confirmados.

Em sete dias, Pernambuco teve 651 novos casos confirmados de dengue, zika e

chikungunya. Segundo boletim divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) na

última quinta-feira (8), o estado tinha, até o dia 3 de setembro, 48.768 confirmações

para as três arboviroses. Porém, nesta terça (13), o número subiu para 49.419. Os

dados foram obtidos entre os dias 3 de janeiro e 10 deste mês.

Após sofrer uma queda, a quantidade de casos confirmados de dengue voltou a

aumentar, embora ainda esteja em saldo positivo. Esta semana, foram 370 novas

confirmações. No último boletim, a SES informou que houve uma retirada de 486,

tendo, portanto, 116 menos casos em relação a duas semanas atrás.

Quanto à chikungunya, o número de confirmações subiu de 21.905 para 22.182, um

aumento de 277 novos casos. Já em relação ao vírus da zika, o estado registrou

quatro novos casos confirmados: de 148 para 152. Ao todo, foram notificados 53.601

casos de chikungunya, 102.209 de dengue e 10.918 de zika.

O número de mortes se manteve. Foram 88 até o boletim anterior, mesma quantidade

divulgada nesta terça (13). Desse total, 18 tiverem resultados positivos para dengue,

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53 para chikungunya e 17 para as duas doenças simultaneamente. Ao todo, 313

óbitos foram notificados.

Microcefalia

Ainda de acordo com a SES, Pernambuco tem 379 casos confirmados de microcefalia,

um a mais do que na semana passada. Estão sendo investigados mais 278 casos e

outros 1.387, descartados. No total, até agora foram notificados 90 óbitos de bebês

com a malformação. Desses, 45 morreram antes do parto e 44 m faleceram pouco

depois do nascimento.

G1

13/09/2016

CIÊNCIA E SAÚDE

Quatro em cada 10 mortes por infarto são de

mulheres

Os dados são da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Há 50 anos, a cada 10 mortes

por infarto, uma era de mulher.

O infarto sempre foi considerado uma doença masculina. É um grande mito pensar

que mulheres não enfartam, porque, além de ser mentira, os números veem

aumentando e preocupando os médicos.

O Dr. Roberto Kalil, cardiologista e consultor do Bem Estar, e a cardiologista Dra.

Roberta Saretta estão no programa desta terça-feira (13) para comentar este dado

alarmante para a saúde da mulher.

Há 50 anos, a cada 10 mortes por infarto, uma era de mulher. Atualmente, essa

proporção aumentou para quatro mulheres, de acordo com a Sociedade Brasileira de

Cardiologia. Se nenhuma mudança acontecer, não é difícil que as mulheres

ultrapassem os homens.

A inserção da mulher no mercado de trabalho pode ser a resposta para esse aumento.

Além de ter uma jornada dupla (cuidar da casa/filhos e trabalhar), com o emprego veio

também o hábito de fumar, beber e não fazer exercícios, que são fatores de risco para

o infarto.

Vamos nos atentar para alguns fatores de risco:

- colesterol alto

- diabetes

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- hipertensão

- menopausa (o estrógeno, hormônio protetor das artérias, para de ser fabricado)

- tabagismo (o cigarro aumenta em três vezes o risco de desenvolver uma doença

coronariana independentemente de qualquer outro fator)

- sedentarismo

- pílula anticoncepcional (porque aumenta o risco de trombose)

- transtorno de ansiedade e depressão

- estresse

- quem teve diabetes e hipertensão durante a gravidez

Para prevenir e diminuir os casos é necessário o alerta de que o check-up cardiológico

é muito importante, principalmente, para aquelas mulheres que têm algum fator de

risco ou histórico familiar.

Após a menopausa é imprescindível a visita ao cardiologista. Além disso, uma

alimentação equilibrada e a prática de exercícios físicos previnem a ocorrência de

doenças cardíacas.

IG

13/09/2016

SAÚDE

Febre maculosa faz vítima em MG e cria impasse

sobre presença de capivaras

Presença dos animais – hospedeiros do carrapato transmissor da doença – no Parque

Ecológico da Pampulha pode aumentar risco de transmissão

A presença de capivaras no Parque Ecológica da Pampulha, na cidade de Belo

Horizonte, Minas Gerais, se tornou um impasse para prefeitura. Os animais são

hospedeiros da bactéria causadora da febre maculosa, doença que causou a morte de

um menino de 10 anos. A suspeita é que a criança tenha sido contagiada durante uma

visita ao parque.

A febre maculosa é transmitida por carrapatos, tendo como principal hospedeiro os

cavalos, mas também pode ocorrer em cães, aves e nas capivaras. Os principais

sintomas da doença são manchas e dores pelo corpo, dor de cabeça, amarelamento

da pele, náuseas e febre.

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Na orla da Lagoa da Pampulha há dezenas de capivaras. Em setembro de 2014, a

prefeitura de Belo Horizonte começou um trabalho de captura dos animais após

constatar que alguns deles portavam a bactéria Rickettsia rickettsii. De 46 animais

capturados, 19 morreram no cativeiro.

Em março de 2015, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais

Renováveis (Ibama) notificou a prefeitura para que os animais fossem soltos. O órgão

considerou que o prazo para manutenção das capivaras em cativeiro havia expirado e

que não havia um plano de manejo elaborado. Na ocasião, o município conseguiu uma

liminar impedindo a soltura, mas os animais foram finalmente devolvidos à orla da

Lagoa da Pampulha em março deste ano, após revogação da liminar pela Justiça

Federal a pedido do Ministério Público Federal (MPF).

O MPF argumentou que um laudo técnico veterinário da Fundação Zoo-Botânica de

Belo Horizonte havia comprovado que os animais viviam em péssimas condições

ambientais no abrigo

Na época, a sentença do juiz Itelmar Raydan Evangelista destacou que “a captura e a

manutenção desses animais em cativeiro, sem um plano de manejo adequado,

representa ofensa a um bem protegido por lei”. O magistrado considerou ainda que, ao

tentar solucionar um problema ambiental antigo, criou-se outro mais grave e imediato.

Prevenção

A morte do menino de 10 anos foi o primeiro caso confirmado da febre maculosa em

Belo Horizonte desde 2015. Nos últimos dez anos, foram registradas quatro

ocorrências na capital mineira. A prefeitura afirmou que vai intensificar as ações de

prevenção, realizando a capacitação de profissionais e distribuindo material

informativo à população.

AGÊNCIA SAÚDE

13/09/2016

NOTÍCIAS

Distrito Federal recebeu 335,9 mil de doses para

Campanha de Multivacinação

Até 30 de setembro, pais ou responsáveis devem atualizar a caderneta das crianças.

A campanha é direcionada a menores de 5 anos, crianças de 9 e adolescentes (10 a

15 anos incompletos)

Entre 19 e 30 de setembro, todas as crianças menores de cinco anos, crianças com

nove anos e adolescentes de 10 a 15 anos incompletos devem participar da

Campanha Nacional de Multivacinação 2016. O objetivo da mobilização é convocar

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pais e responsáveis a levarem seus filhos aos postos de vacinação, seja para iniciar o

esquema de vacinal ou completar as doses que estiverem pendentes. Para todo o

país, o Ministério da Saúde disponibilizou 19,2 milhões doses extras das 14 vacinas

ofertadas na campanha. Ao Distrito Federal serão enviadas 335,9 mil doses.

“Neste ano, estamos incluindo os adolescentes porque esse grupo prioritário é um dos

apresenta uma maior resistência a se vacinar. Além disso, muitos pais acreditam que

não há necessidade de imunizar os filhos nesta faixa etária” explicou Ricardo Barros.

Segundo o ministro, com a campanha serão atualizadas 14 vacinas nesses públicos.

“Isso servirá para reduzir o número de não vacinados e aumentar a cobertura vacinal

nas crianças e adolescentes”, completou. Ricardo Barros reforçou que é fundamental

que toda a população alvo compareça aos serviços de saúde levando a caderneta de

vacinação, para que os profissionais de saúde possam avaliar se há doses que

necessitam ser aplicadas.

O dia D da mobilização nacional será no sábado (24), mas a campanha começa na

próxima segunda-feira (19) e vai até 30 de setembro. Ao todo, foram enviadas às

unidades da federação 26,8 milhões de doses, que serve tanto para a vacinação de

rotina, no mês de setembro (7,6 milhões), como doses extras para a campanha (19,2

milhões). Serão cerca de 36 mil postos fixos de vacinação e 350 mil profissionais de

saúde envolvidos nos 12 dias de mobilização.

Com a campanha de vacinação, o Ministério espera a redução das doenças

imunopreveníveis no país e a diminuir o abandono à vacinação. Como a vacinação

será de forma seletiva para a população alvo, não há meta a ser alcançada.

Para reforçar a mobilização, o Ministério da Saúde lançou uma campanha publicitária

que será divulgada em todo o país. Com o slogan “Todo mundo unido, fica mais

protegido”, a campanha publicitária será veiculada na televisão, rádio e internet, com

vídeos, banners, cartazes, jingles e filme especial com a Carreta Furação para ser

veiculado nas redes sociais, lançando a campanha.

Para a coordenadora substituta do Programa Nacional de Imunização (PNI), Ana

Goretti Maranhão, o lançamento dessa campanha é importante, também, porque

marca os 43 anos do PNI. “Em todos esses 43 anos de programa, temos uma história

de sucesso: erradicamos a poliomielite e temos, ao longo dos anos, reduzido

drasticamente uma série de doenças, além de manter as coberturas altas na maioria

das oferecidas”, afirmou.

MUDANÇAS NO CALENDÁRIO - Em janeiro de 2016, o ministério promoveu alteração

no esquema vacinal de quatro vacinas: poliomielite, HPV, meningocócica C

(conjugada) e pneumocócica 10 valente. O Calendário Nacional de Vacinação tem

alterações rotineiras e periódicas em função de mudança na situação epidemiológica,

nas indicações das vacinas ou na incorporação de novas vacinas. Mudanças deste

ano:

POLIOMIELITE - O esquema vacinal contra a poliomielite passou a ser de três doses

da vacina injetável – VIP (2, 4 e 6 meses) e mais duas doses de reforço com a vacina

oral – VOP (gotinha). Até 2015, o esquema era de duas injetáveis (VIP) e três orais

(VOP). A mudança está de acordo com a orientação da Organização Mundial de

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Saúde (OMS) e como parte do processo de erradicação mundial da pólio. Vale

ressaltar que essa substituição não prejudica a proteção das crianças, que já ficam

imunizadas com as três doses injetáveis.

HPV - O esquema vacinal passou de três para duas doses, com intervalo de seis

meses entre elas. Os estudos recentes mostram que o esquema com duas doses

apresenta uma resposta de anticorpos em meninas saudáveis de 9 a 14 anos não

inferior quando comparada com a resposta imune de mulheres de 15 a 25 anos que

receberam três doses. As mulheres vivendo com HIV entre 9 a 26 anos devem

continuar recebendo o esquema de três doses.

MENINGOCÓCICA - O reforço, que anteriormente era administrado aos 15 meses,

passou a ser administrado aos 12 meses, preferencialmente, podendo ser feito até os

4 anos. As primeiras doses da meningocócica continuam sendo realizadas aos 3 e 5

meses.

PNEUMOCÓCICA- Redução de uma dose na vacina pneumocócica 10 valente.

Passou a ser administrada em duas doses, aos 2 e 4 meses, com um reforço

preferencialmente aos 12 meses, que pode ser recebido até os 4 anos. Essa

recomendação também foi tomada em virtude dos estudos mostrarem que o esquema

de duas doses mais um reforço tem a mesma efetividade do esquema três doses mais

um reforço.

PNI - Atualmente, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) distribui cerca de 300

milhões de imunobiológicos anualmente, dentre vacinas e soros, além de oferecer à

população todas as vacinas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde

(OMS) no Calendário Nacional de Vacinação. Nos últimos cinco anos, o orçamento do

PNI cresceu mais de 140%, passando de R$ 1,2 bilhão, em 2010, para R$ 2,9 bilhões,

em 2015.

A GAZETA (ES)

13/09/2016

SAÚDE

Isolamento é um dos sinais de quem precisa de

ajuda

Identificar essa e outras atitudes alheias ajuda a evitar suicídio de quem apresenta o

quadro

Alguém querido passa a se isolar. Tem excessos no comportamento, como

agressividade, sono demais ou de menos, come demais ou se alimenta muito pouco.

Tudo embalado por tristeza ou melancolia profunda. A reação natural é pensar que

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com "um pouco deforçade vontade", a pessoa possa sair dessa situação. Mas não é

nem de longe assim. "O sujeito que está em sofrimento vai demonstrar isso", afirma o

psiquiatra e psicanalista José Nazar, sobre os principais sinais de depressão,

característica principal de quem apresenta pensamentos suicidas.

"O que não pode é demonstrar desdém sobre esse sofrimento ou ignorar. Ele vai

deixando pegadas. É hora de procurar ajuda de especialistas. O que está na base dos

suicídios são as depressões", alerta o psicanalista, que dará palestra amanhã, no

auditório da Rede Gazeta, no simposio "Suicídio: como diagnosticar, prevenir e tratar

em crianças, adolescentes e adultos". Ele relata que, na maioria das vezes, as

pessoas próximas só reconhecem os sinais quando o fato já foi consumado.

O presidente da Associação Psiquiátrica do Espírito Santo (Apes), Fausto Amarante,

chama a atenção para o preconceito que ainda ronda as doenças psiquiátricas. "Se

tem uma doença orgânica, como um câncer, você procura um médico. Por que não

fazer isso quando é uma doença psiquiátrica? Ainda há muito preconceito. Depressão

é doença grave e chega ao suicídio", reforça o psiquiatra.

O psicanalista José Na-zar lembra que, segundo estimativa da Organização Mundial

de Saúde (OMS), em 90% dos casos é possível detectar o pensamento suicida.

COMPREENSÃO

O psicanalista pondera ainda sobre o tratamento dado à família de quem tentou ou

concluiu o suicídio. "A tendência quando alguém morre é a família cair em depressão

por achar que poderia ter feito alguma coisa. É importante não culpabilizar a família",

defende José Nazar.

ALERTA

DEPRESSÃO

Sinais

A depressão está na base da maioria dos pensamentos suicidas. Por isso é importante

ficar atento aos sinais da presença dessa doença psiquiátrica. Sintomas

Isolamento, tristeza ou melancolia, que é sentimento de negatividade, de que nada

dará certo. Além disso, comportamento marcado por excessos, como comer demais

ou de menos, e agressividade.

O QUE FAZER

Ajuda

Evite comportamentos como impaciência com quem tem os sinais de depressão. Além

disso, não trate como se fosse algo que dependesse de um esforço pessoal da

pessoa. Depressão é doença e deve ser tratada como tal. Procure ajuda de psicólogo

ou psiquiatra. t Auxílio

Caso você precise de ajuda, pode ligar para o número 141, do Centro de Valorização

da Vida (CVV).

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VÍDEOS

REDE RECORD

13/09/2016

JORNAL DA RECORD

Aumento de casos de linfoma preocupa classe

médica

De acordo com Instituto Nacional do Câncer, nos últimos 25 anos, o número de

pacientes diagnosticados com linfoma não Hodgkin dobrou. A doença ataca o sistema

linfático, responsável pelas defesas do organismo. O aumento da expectativa de vida

tem contribuído para o crescimento no número de casos; segundo especialista,

quando mais vivemos, mais ficamos vulneráveis ao contato de alguns vírus e

infecções. Uma alimentação inadequada, com altas doses de hormônios, também

pode influenciar no aparecimento da doença.

Vídeo disponível aqui.