corpo mente2

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Page 1: Corpo mente2

Corpo e mente

Um dos problemas filosóficos que mais interessa à psicologia é possivelmente o

chamado problema mente-corpo.

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Encontramos, historicamente, dois modos Encontramos, historicamente, dois modos “clássicos” de tratar esse problema na “clássicos” de tratar esse problema na

filosofia.filosofia.

> O primeiro deles, o chamado dualismo, consiste na defesa de que mente e corpo são “coisas” irreconciliáveis e irredutíveis.

> A segunda tentativa filosófica de solução do problema mente-corpo é o chamado fisicalismo (muitas vezes também chamado de materialismomaterialismo), cuja proposta baseia-se na crença de que tudo é de natureza física e, portanto, a mente pode, e deve, ser descrita em termos físicos (ou seja, em termos de processos cerebrais).

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Dualismo

Podemos destacar, pelo menos, dois “tipos” de dualismo no contexto do problema

mente-corpo.

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O primeiro deles é o dualismo interacionista, que como o nome já diz, admite que embora mente e corpo sejam coisas distintas, há uma interação entre eles.

O problema colocado por essa vertente é explicar como se dá

essa interação entre a “coisa” mental e o

corpo, ou mais precisamente qual a

natureza dessa interação.

Page 5: Corpo mente2

O segundo dualismo é o paralelismo, o qual admite que processos mentais e processos corporais (físicos/fisiológicos) funcionam em paralelo sem que haja qualquer ligação de fato entre as duas séries.

É evidente que a dificuldade a ser

enfrentada por esse dualismo reside na

explicação de por que parece haver uma

interação, se de fato não há (por que quando

damos uma topada imediatamente

sentimos dor, dando a impressão de que foi a topada causou a dor?)

Page 6: Corpo mente2

É verdade que a maioria dos problemas, que surgem na aceitação do dualismo, desaparece quando nos

filiamos ao fisicalismo.

Page 7: Corpo mente2

Esclarecendo, o fisicalismo é uma posição reducionista, na exata medida em que se propõe tratar a mente como algo físico.

Isso quer dizer que a mente (e tudo que consideramos como mental, tal como emoções,

sentimentos, sensações, desejos, etc.) identifica-se com processos cerebrais e, portanto, um

estudo exaustivo do funcionamento do cérebro revelará o funcionamento da mente.

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O primeiro problemaO primeiro problema da aceitação do fisicalismo é justamente a idéia de que há uma identidade real

entre uma infinidade de processos eletroquímicos que ocorrem no cérebro e, por exemplo, o gosto que sinto

quando saboreio uma fruta.

Sem dúvida há algum tipo de relação entre essas duas coisas, o que pode ser traduzido pelo enunciado

banal de que sem um cérebro não sentimos gosto algum, mas aceitar que há uma relação não é o

mesmo que defender que se trata de uma relação de identidade.

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O segundo problemaO segundo problema trazido pelo fisicalismo diz respeito ao estatuto de uma ciência

psicológica.

Se levarmos o programa reducionista até as suas últimas conseqüências, chegaremos à conclusão

de que a psicologia não é um campo de conhecimento legítimo.

Page 10: Corpo mente2

Isso porque, de acordo com o fisicalismo, se alcançarmos uma neurofisiologia (ou mesmo uma

neuroquímica) avançada o suficiente não há motivo para continuarmos a falar de psicologia

como uma disciplina autônoma.

Desse modo, parece que nenhuma das duas soluções clássicas do problema mente-corpo (dualismo e fisicalismo) é satisfatória para a

psicologia.

Implicações para a psicologia:Implicações para a psicologia: