corpo beleza e cosméticos (recortes da história do corpo 2)

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CORPO, BELEZA E COSMÉTICOS (Recortes da História do corpo 2) Profº Viegas Fernandes da Costa

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CORPO, BELEZA E COSMÉTICOS (Recortes da história do corpo 2) Professor: Viegas Fernandes da Costa Material produzido para o componente curricular “História da Beleza” do curso de Noções Básicas em Cosmetologia. Março de 2014.

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CORPO, BELEZA E COSMÉTICOS(Recortes da História do corpo 2)

Profº Viegas Fernandes da Costa

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COSMÉTICOS:

Do grego kosmetikós, que quer dizer “o que serve para ornamentar.”

KOSMETIKÓS deriva de KOSMOS, que significa ORDEM.

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Ou seja, se BELO deriva de KALÓN, aquilo que agrada, que atrai o olhar, e ORDEM

(KOSMOS) é um dos elementos a compor, na antiga Grécia, a ideia de beleza, então o

termo KOSMETIKÓS relaciona-se ao belo, à ordem, ou ainda, em seu emprego mais remoto, àquilo que agrada aos deuses.

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No Paleolítico Superior (+ 30.000 a.C.) , o povo Cro-Magnon já utilizava a maquiagem, retirando da própria natureza as cores para pintarem seus corpos com os próprios dedos.Utilizava argila, frutos e folhas tanto para pinturas rupestres como para pintar seus corpos.

(VITA, Ana Carlota R. História da Maquiagem, da Cosmética e do Penteado: Busca da Perfeição. São Paulo: Anhembi Morumbi, 2008.)

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Ainda na pré-história, em muitas cerimônias religiosas queimava-se incenso para perfumar o ambiente. Desta prática origina-se o termo

PERFUME, que em latim significa “por meio da fumaça”.

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No Egito antigo, os egípcios apreciavam a maquiagem dos olhos e utilizava o Kohl, uma espécie de carvão associado com óleo vegetal ou gordura animal, usada ao redor dos olhos para proteger dos raios solares e repelir insetos, sendo considerada a mais antiga maquiagem. As pálpebras eram realçadas com pó a base de malaquita na cor verde e a boca com carmim extraído de um inseto.

(Oliveira, Lays Aylanne Borges; Araújo, Keila Gomes de Souza; Fernandes, Yanne Maria de Souza; Barbosa, Daniela Borges Marquez. Do cosmético à camuflagem. In. IV Seminário de Pesquisas e TCC da FUG, 2012)

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Os antigos egípcios pintavam seus olhos para evitar olhar diretamente ao deus Rá. Utilizavam produtos a base de sulfeto de amônio, altamente lesivo à saúde. Para a pele utilizavam olhos perfumados e leite de cabra. Das plantas e da argila do Rio Nilo produziam pós para o rosto, e pintavam seus lábios com carmim.

Prendedor de cabelos egípcio

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Pente egípcio

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Espelho egípcio

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GREGOS E ROMANOS

Os romanos pintavam seus rostos e corpos com giz para conseguir uma aparência esbranquiçada e pálida. Criaram tratamentos para combater a acne

através da combinação de farinha de cevada e manteiga, e descoloriam os cabelos com lixívia (atualmente conhecida como água sanitária), o que

resultava em muitas pessoas carecas. As mulheres romanas usavam máscaras noturnas, feitas com ingredientes como miolo de pão e leite de jumenta para

melhorar e clarear a pele. A tez alva era um padrão de beleza a ser alcançado.

Foi na cidade grega de Atenas que surgiu o mais antigo salão de beleza que se tem notícia. Os gregos, improvisavam uma espécie de blush e batom,

manchando bochechas e lábios com suco de frutas vermelhas. Também escureciam seus cílios com incenso negro.

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Os antigos romanos faziam grande uso dos perfumes. Utilizavam-nos em banhos públicos e até mesmo nos animais e no mobiliário.

Já os gregos utilizavam perfumes nos banhos e para combater algumas doenças.

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Há registros que o primeiro creme facial do mundo tenha sido desenvolvido pelo

físico Galeno, no ano 150. A fórmula trazia água, cera de abelha e

óleo de oliva.

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IDADE MÉDIA

Durante a Idade Média, a Igreja Católica exercia o controle político e social na Europa. O corpo passou a ser visto como o local onde o pecado podia se manifestar por meio dos prazeres, da gula e da luxúria. Assim,

controlar os prazeres do corpo, e seus usos como instrumento de sedução, passou a ser uma preocupação constante.

Neste contexto, o preparo e uso de cosméticos passou a ser visto como algo nocivo à vida cristã.

Na segunda metade da Idade Média, com o movimento das Cruzadas e o contato dos europeus com o Oriente, cosméticos voltaram a circular pelo

continente europeu, principalmente perfumes e maquiagens.

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RENASCIMENTO

A partir do século XV a nobreza é a principal classe social a utilizar cosméticos. Com o transcorrer dos anos, alguns produtos começaram a se popularizar,

como as fragrâncias e os agentes branqueadores usados no rosto. Esses produtos eram compostos por carbonato, hidróxido e óxido de chumbo, produtos lesivos à saúde e que podiam provocar paralisia muscular e até

mesmo a morte.

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IDADE MODERNA (Séc. XV – XVIII)

• Cabelos: perucas extravagantes .

• Rosto: Excesso de pó (inclusive no colo e ombros).

• Bochechas: avermelhadas com excesso de blush.

• Lábios: em forma de um pequeno coração.

• Época na qual a cosmética se expande: cremes sofisticados, essências e águas.

• Mais de 600 cabeleireiros funcionavam em Paris.

• Na cidade de Colônia, Giovanni Maria Farina, em 1725, cria a “água de colônia”, à época também conhecida por “água dos ricos”.

Para compor esta parte sobre a Idade Moderna, valemo-nos principalmente da apresentação em Power Point da professora Elizabeth Carloto Falbota, intitulada “História da Cosmetologia”.

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Em 1770, sob influência do puritanismo anglicano, o Parlamento Inglês proíbe o uso de cosméticos enquanto estratégia de sedução. As mulheres que se maquiassem e

perfumassem poderiam ser acusadas de bruxaria.

“... Qualquer mulher que se imponha, seduza ou traia no matrimônio por utilizar perfumes,

pinturas, cosméticos, produtos de limpeza, etc, irá incorrer nas penalidades previstas pela lei

contra a bruxaria.”

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SÉCULO XIX

Quase todas as classes sociais usavam cosméticos, mas ainda muitos produtos eram tóxicos. Sombras e batons

continham ingredientes venenosos como sulfeto de mercúrio e beladona. O óxido de zinco, que é usado

ainda hoje, foi apresentado como pó facial para substituir as versões mortais.

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SÉCULO XX

Durante os anos 1900 a indústria de cosméticos cresceu substancialmente. Em 1913, a máscara para cílios, como conhecemos hoje, foi desenvolvida pelo

químico francês Eugène Rimmel. Logo se tornou popular em toda a Europa.

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David McConnell (1858 – 1937)

Vendedor de livros de porta em porta que adotou a estratégia de presentear seus clientes com pequenas amostras de perfume em cada venda. Foi quando percebeu que seus clientes estavam mais interessados nos perfumes do que nos livros. Assim surgiu a empresa Avon (1886).

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HELENA RUBINSTEIN(1871 – 1965)

Polonesa, ainda jovem migrou para a Austrália, onde percebeu que as mulheres possuíam a pele prejudicada pelo Sol. Como levara consigo alguns cremes, abriu um salão de beleza em Melbourne em 1902. O negócio expandiu-se para, Londres, Paris e Nova York. Helena mudou-se para os Estados Unidos, onde fundou sua própria empresa de cosméticos e tornou-se uma das mulheres mais ricas do seu tempo, o que demonstra o poder econômico que a indústria dos cosméticos começou a auferir no início do século XIX.

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“Bonecas de porcelana”. Pó de arroz em tons creme e marfim. Batons de tons vermelhos e em formato de coração. Olhos pintados em tons escuros e

sobrancelhas finas.

Referência: Mazarotto, Letícia: http://mantostore.blogspot.com.br/2013/03/como-era-maquiagem-nos-anos-20-30-e-40.html

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“No início dos anos trinta uma pele era como uma ‘Gardênia’ (branca, parecendo cera) ou ‘Rosa Chá’ (marfim com um toque de rosa) foram as faces mais populares. Portanto pós aplicados em marfim, lilás claro ou com um leve toque verde eram a pedida do momento. Para os olhos, sombra escura foi usada no vinco da pálpebra superior e ligeiramente borrada para criar um efeito de profundidade. Os cílios (muitas vezes postiços) foram adotados. A boca deveria ter lábios carnudos com um arco alongado que arredondava a forma original e também largas nos cantos. Este tipo de boca foi chamada de botão de rosa, boca de passarinho.” (Letícia Mazarotto)

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“Belezas naturais (natural com "um pouco de ajuda") eram o ideal nos anos quarenta. Os lábios deveriam parecer maiores (mais carnudos) e macios. Para este efeito, o lábio superior era um pouco exagerado. Também popular usar o esmalte de acordo com a roupa e os acessórios. Por isso, uma grande quantidade de cores foram adotadas, especialmente azul, marrom, tons de vermelhos, verde, amarelo mostarda, preto, azul marinho, ameixa e malva.” (Letícia Mazarotto)

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Referência desta página: Curso de Maquiagem. Ideal Grátis.com. S.l: s.d.

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Anúncio de 1928

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Almanach de Ross, 1932

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Almanaque Biotônico, 1934

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Década de 1930

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DÉCADA DE 1940

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Década de 1940 – II Guerra Mundial

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Década de 1950

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“Em 1974 a linha de hidratantes corporais Love's Baby Soft lançou uma série de propagandas usando a inocência infantil como campanha. A polêmica girou na temática e na construção estética da campanha: um adulto, caracterizado como criança era apresentado com o título: “Porque a inocência é mais sexy do que você pensa”.

Fonte: http://www.propagandashistoricas.com.br/2014/01/loves-baby-soft-inocencia-sexy-1974.html

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Década de 1990

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INSTITUTO FEDERAL DE SANTA CATARINACampus Garopaba

CORPO, BELEZA E COSMÉTICOS (Recortes da história do corpo 2)

Professor: Viegas Fernandes da Costa

Material produzido para o componente curricular “História da Beleza” do curso de Noções Básicas em Cosmetologia.

Março de 2014.Bibliografia Básica:

• Falbota, Elizabeth Carloto. História da Cosmetologia. Apresentação em ppt.•- Kury, Lorelai; Hargreaves, Lourdes; Valença, Máslova Teixeira. Ritos do corpo. Rio de Janeiro: Senac, 2000.• Mazarotto, Letícia. Como era a maquiagem nos anos 20, 30 e 40? In. http://mantostore.blogspot.com.br/2013/03/como-era-maquiagem-nos-anos-20-30-e-40.html • Oliveira, Lays Aylanne Borges; Araújo, Keila Gomes de Souza; Fernandes, Yanne Maria de Souza; Barbosa, Daniela Borges Marquez. Do cosmético à camuflagem. In. IV Seminário de Pesquisas e TCC da FUG, 2012•Sant’Anna, Mara Rúbia. De perfumes aos pós: a publicidade como objeto histórico. Revista Brasileira de História, São Paulo, v. 32, nº 64, 2012. p. 299-324.• Vita, A. C. R. História da Maquiagem, da Cosmética e do Penteado: Busca da Perfeição. São Paulo: Anhembi Morumbi, 2008.