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Copyright © Flauzilino Araújo dos Santos, 2011

Proibida a reprodução por quaisquer meios, salvo em citações,

com indicação da fonte.

Igreja Evangélica Assembléia de Deus – Ministério Belém

“Congregação de Vila Nova”

Rua Dom Pedro I, 551 – Vila Nova

CEP 13073-003 - CAMPINAS – SP

Telefone (19) 3741.7770

[email protected] - www.assembleia.org.br

Todas as citações bíblicas foram extraídas da Nova Versão

Internacional (NVI), © Copyright 2010, de Sociedade Bíblica

do Brasil (SBB), salvo indicação em contrário.

* Este livro poderá ser customizado para utilização

por outras igrejas. Informações diretamente com o autor

pelo e-mail: [email protected]

S u m á r i o

DeDicatória .............................................................................. 5

introDução

Um roteiro seguro com base na Palavra de Deus .................. 7

capítulo 1A nova vida com Cristo ........................................................ 11Decisão .................................................................................. 20

capítulo 2Conhecendo a sua igreja ....................................................... 23 Em que cremos ................................................................. 29

capítulo 3Sete passos fundamentais na vida cristã .............................. 33

1º Passo: Leia a Bíblia ...................................................... 33 2º Passo: Mantenha uma vida de oração ........................ 38 3º Passo: Participe regularmente da Igreja ..................... 54 4º Passo: Obedeça a Cristo no batismo em água ........... 62 5º Passo: Permita que o Espírito Santo o encha e controle sua vida ........................................... 67 6º Passo: Vença a tentação e o pecado ............................ 70 7º Passo: Seja uma testemunha de Jesus ......................... 74

conclusão .............................................................................. 85

D e d i c a t ó r i a

Este livro é dedicado a você que abriu a porta de seu coração para Jesus Cristo, e começa a percorrer comigo o caminho da nova vida com Ele.

Que Deus abençoe nossa caminhada.

Pastor Flauzilino Araújo dos SantosE-mail: [email protected]

I n t r o d u ç ã o

ESTE LIVRO FOI ESCRITO COM IMENSO CARINhO para auxiliá-lo na refl exão de atitudes essenciais para o seu êxito na vida cristã e, por conseguinte, em toda a sua vida pessoal (familiar, profi ssional, fi nanceira, intelectual, emo-cional etc.), visto que os efeitos da salvação são transbordan-tes para todas as áreas de nossas vidas. É impossível separar as experiências de nossas vidas em categorias exclusivas ou estanques, de tal maneira que uma não infl ua ou tenha im-pacto na outra.

Decidi elaborar um livro prático e de rápida leitura, ten-do como base a única fonte confi ante de sabedoria – a Pala-vra de Deus.

Minha sugestão é que você não apenas leia o livro, mas es-tude-o! Releia-o com frequên-cia, marque os pontos importantes, refl ita, converse a respeito dele, peça explicações adicionais e, pratique o que leu.

Como sabemos, não são as decisões e o saber que mudam nossas vidas e sim as atitudes que colocamos em prática.

Minha sugestão é que você não apenas leia o livro, mas estude-o!

Releia-o com frequência, marque os pontos impor-tantes, refl ita, converse a

respeito dele, peça explicações adicionais e, pratique o que leu.

8 | Você disse sim para Jesus

Muitas pessoas decidem e não praticam o que decidiram; outros têm conhecimento, mas também não praticam o que sabem.

Rotineiramente, estamos acostumados a seguir os sentimen-tos de nossos corações, porém, nem sempre nossos corações indicam o caminho correto.1 Também, temos fraquezas e vul-nerabilidades que causam dificuldades em nossas vidas; uns em uma área, outros em outras áreas, mas que podem afetar nosso correto raciocínio.

Não pretendo dar todas as respostas para as perguntas da vida, até porque não as tenho, e acredito que ninguém tem, a não ser Deus, naturalmente, mas creio firmemente que a Palavra de Deus as tem. Por isto, nas páginas a seguir você encontrará um roteiro seguro, com base na Palavra, para mar-car o início de um novo tempo em sua vida, pela prática dos “primeiros passos de sua nova vida com Cristo”.

Agora, só depende de você dar esses primeiros passos e continuar subindo os degraus dessa escada, até alcançar o glorioso topo: a perfeição.

Posso lhe assegurar com a mais absoluta segurança que você não estará sozinho nessa tarefa. Você conta com o auxílio do Espírito Santo, da Palavra, da Igreja, de irmãos e de ami-gos. O próprio Deus lhe diz: “Por isso não tema, pois estou

1 Enganoso é o coração mais do que todas as coisas, desesperadamente

corrupto; quem o conhecerá? – Jeremias 17.9 (ARA).

Introdução | 9

com você; não tenha medo, pois sou o seu Deus. Eu o forta-lecerei e o ajudarei; Eu o segurarei com a minha mão direita vitoriosa.” (Isaías 41.10).

Creio firmemente que você vai conseguir subir essa esca-da! Portanto, aconteça o que acontecer, não pare; prossiga. Você vai conseguir! Deus projetou você para dar certo! Ele não erra.

Agora, vá para a folha seguinte e faça conosco a mais ex-traordinária jornada que um ser humano pode realizar: An-dar com Cristo.

A nova vida com Cristo

A PAz DO SENhOR!

Você disse “sim” para Jesus e esta decisão permitiu que o Es-pírito Santo o colocasse em uma nova dimensão espiritual, onde tudo se fez novo pelo poder da Palavra de Deus em sua vida.

Agora, você é salvo, porque Jesus é o seu Salvador e tam-bém é o seu Senhor. Você nunca mais será a mesma pessoa!

“Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criação. As coisas antigas já passaram; eis que surgiram coisas novas!” (2Coríntios 5.17).

Não há nenhuma dúvida de que essa foi uma importante e inteligente decisão que você fez e que repercutirá no seu futu-ro, tanto em seu viver terreno, quanto também, especialmen-te, no que se refere ao lugar onde você vai passar a eternidade, porque a vida não termina aqui.2

2 A Bíblia apresenta um caminho claro e objetivo para a vida eterna.

Primeiramente, temos de reconhecer que somos pecadores: “Pois

Capítulo 1

12 | Você disse sim para Jesus

Sabemos que não decidimos algumas coisas da vida, na verdade, a maioria; elas acontecem sem que nós possamos influir, impedir ou modificá-las. A título de exemplo, não po-demos escolher o tempo ou a data de nosso nascimento, ou a família na qual nós nascemos, ou o país de nossa nacionalida-de, ou a cor da nossa pele e dos olhos, e tantas outras coisas, visto que elas simplesmente acontecem sem que tenhamos qualquer controle ou influência.

todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus” (Romanos

3.23). Todos nós temos feito coisas que desagradam a Deus. Afinal,

todos os nossos pecados são contra o Deus eterno, e somente um

castigo eterno seria suficiente. Diz a Bíblia que “Pois o salário do

pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em

Cristo Jesus, nosso Senhor” (Romanos 6.23). Porém, Jesus Cristo,

o santo (1Pedro 2.22), eterno Filho de Deus, tornou-se homem

(João 1.1,14) e morreu para pagar pelos nossos pecados. “Mas

Deus demonstra seu amor por nós: Cristo morreu em nosso favor

quando ainda éramos pecadores” (Romanos 5.8). Jesus Cristo

morreu na cruz (João 19.31-42), tomando sobre si o castigo que

nós merecemos (2Coríntios 5.21). Três dias depois, Ele ressuscitou

dos mortos (1Coríntios 15.1-4), provando Sua vitória sobre o

pecado e a morte, para que tenhamos vida. E agora podemos dizer:

“Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo! Conforme

a sua grande misericórdia, ele nos regenerou para uma esperança

viva, por meio da ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos”

(1Pedro 1.3).

A nova vida com Cristo | 13

No entanto, na vida estamos sempre diante de escolhas. Realmente, parece que sempre estamos diante de dois cami-nhos. E Deus, o Criador, nos dotou de livre-arbítrio e de ca-pacidade espiritual e psicológica para administrar áreas e cir-cunstâncias de nossas vidas. Assim, nossas escolhas definem e determinam o nosso futuro de êxito ou de fracasso.

Com efeito, os diversos aspectos de nossas vidas são go-vernados por leis que, ainda que não tão fáceis de compreen-der, como a lei da gravidade, são tão reais como a referida lei. Ademais, essas leis são compatíveis. há um aspecto espiritual, queiramos ou não, nas leis que governam a conduta humana, cujo aspecto é consequência de nossas decisões.

Assim, somos livres. Nossas decisões, ações ou omissões diante das escolhas da vida são de fundamental importância para o nosso futuro e o de pessoas a nós associadas, e são tam-bém de nossa única e exclusiva responsabilidade.

Escolher seguir a Cristo e ser o seu discípulo (ou discípula) é uma das grandes decisões da vida, senão a maior delas, e é exatamente o tipo de escolha que é pessoal e individual, e que tem de ser expressa. Não há como alguém escolher Cristo por nós, pois esta é uma decisão íntima e pessoal, bem como não há como fazer essa escolha em oculto. É claro que, quando você ouve falar de Cristo, é imprescindível primeiramente crer em seu coração, porém, não basta somente crer e manter essa crença em segredo no coração, porque além de crer em Jesus Cristo em seu coração é necessário expressar essa crença, exatamente como você o fez, dizendo “sim” para Jesus.

14 | Você disse sim para Jesus

As Escrituras expressam isso com muita clareza, nas pala-vras do apóstolo Paulo: “Se você confessar com a sua boca que Jesus é o Senhor e crer em seu coração que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo. Pois com o coração se crê para justiça, e com a boca se confessa para salvação” (Romanos 10.9,10).

Realmente, o efeito de dizer “sim” para Jesus, quando Ele bate à porta de nossos corações,3 faz que sejamos salvos e que tenhamos o status de “filho de Deus”.

Vamos entender, com a ajuda do Espírito Santo, o que significa esse status de “filho de Deus” dentro da perspectiva bíblica.

Primeiramente, entendamos que todos os seres huma-nos, por serem criaturas de Deus, são filhos de Deus, porém, no sentido amplo da expressão. Diz a Bíblia em Colossenses 1.15,16,17: “Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação, pois nele foram criadas todas as coisas no céu e na terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos ou sobe-ranias, poderes ou autoridades; todas as coisas foram criadas por ele e para ele. Ele é antes de todas as coisas e nele tudo subsiste”.

Então, em sentido amplo, todos os seres humanos são

3 Jesus disse em Apocalipse 3.20: “Eis que estou à porta, e bato; se al-

guém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com

ele cearei, e ele comigo”.

filhos de Deus, porque foram por Ele criados, visto que Ele é o autor da vida.

Por outro ângulo, ao dizer “sim” para Jesus, esse ato decla-ratório amplificou sua relação com o Pai, e fez de você “filho de Deus”, agora, em sentido estrito. A esse respeito, a Bíblia é absolutamente clara, no texto de João 1.12,13 “Contudo, aos que o receberam, aos que creram em seu nome, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; os quais não nasceram da descendência natural, nem pela vontade da carne, nem pela vontade de homem algum, mas nasceram de Deus”.

Podemos entender melhor o sentido do amor e do pro-pósito de Deus em que sejamos seus filhos, de fato e de direi-to, por meio da fé em Cristo, lendo o texto de Efésios 1.4-8 que diz: “Porque Deus nos escolheu nele antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis em sua presença. Em amor nos predestinou para sermos adotados como filhos, por meio de Jesus Cristo, conforme o bom propósito de sua vontade, para o louvor da sua gloriosa graça, a qual nos deu gratuitamente no Amado. Nele temos a redenção por meio de seu sangue, o perdão dos pecados, de acordo com as riquezas da graça de Deus, a qual ele derramou sobre nós com toda a sabedoria e entendimento”.

Então, dizer “sim” para Jesus fez que você tivesse todos os seus pecados perdoados – a sua dívida perante Deus foi paga – e essa decisão lhe deu o status de “filho de Deus”, mediante a fé em Cristo Jesus. Agora, como filho, você tem direitos,

A nova vida com Cristo | 15

16 | Você disse sim para Jesus

privilégios e regalias diante de nosso Pai Celestial. Mas é óbvio, você tem responsabilidades também.

Posso lhe reafirmar com a mais absoluta segurança que por ter feito esse compromisso com Cristo, você está salvo e perdoado de todos os seus pecados e erros, de tal maneira que se você partisse agora desta vida, seria levado diretamen-te para o Paraíso. Todavia, enquanto você estiver nesta Terra, necessita crescer na fé, na graça e no conhecimento da Palavra de Deus, e também ser útil para o Reino de Deus.

A figura que o próprio Jesus utilizou para que entendamos a transformação que ocorre com o ser humano, no momento em que ele entrega a sua vida a Ele, foi a do nascimento de um bebê. Nesse sentido, “Em resposta Jesus declarou. Digo-lhe a verdade: Ninguém pode ver o Reino de Deus se não nascer de novo” (João 3.3).

Jesus disse essas palavras para um homem chamado Nico-demos, veja bem, homem de notoriedade comprovada na sua época, que foi procurá-lo de noite, que não queria perder o status mundano, mas tinha sérias dúvidas acerca da salvação, visto que ele desejava herdar a vida eterna após sua morte e estava disposto a desenvolver atitudes que lhe garantissem o direito de entrar no céu.

O que posso fazer para ser salvo? Esta ainda é uma dú-vida cruel que intriga muitas pessoas que se perguntam: O que devo fazer para ser salvo? Devo praticar caridades? Rea-lizar boas obras? Devo encomendar que rezem missas depois

de minha morte?4 Devo praticar a doutrina da reencarnação para a minha evolução espiritual e consequente salvação? O que devo fazer para ser salvo? Nascer de novo? Como posso nascer de novo?

Vamos ao diálogo de Jesus com Nicodemos acerca desse assunto:

“Perguntou Nicodemos: Como alguém pode nascer, sen-do velho? É claro que não pode entrar pela segunda vez no ventre de sua mãe e renascer” (João 3.4).

“Respondeu Jesus: Na verdade lhe digo. Ninguém pode entrar no Reino de Deus se não nascer da água e do Espírito. O que nasce da carne é carne, e o que nasce do Espírito é espí-rito. Não se surpreenda pelo fato de eu ter dito: É necessário que vocês nasçam de novo” (João 3.5-7).

Então, você pode dizer literalmente que ao dizer “sim” para Jesus, você nasceu de novo. E agora, da mesma forma

4 A doutrina católica romana ainda ensina que por meio de missas e

rezas os mortos são ajudados a deixarem o purgatório e a entrarem

no céu. Nosso entendimento é que a Bíblia ensina que a salvação de

uma alma é conquistada por meio da fé em Jesus Cristo como Senhor,

durante a vida terrena dessa pessoa (veja hebreus 7.24-27; Atos 4.12;

1João 1.7,9 e 10, entre vários textos). A despeito de a religião católica

e a protestante, ou evangélica, serem religiões cristãs, este tema é um

ponto de divergência doutrinária de crença, e de fé que se mantém na

ordem do dia entre ambas, desde a Reforma de Martinho Lutero.

A nova vida com Cristo | 17

18 | Você disse sim para Jesus

que um bebê recém-nascido deve ser protegido, alimentado e crescer fi sicamente, você também deve crescer espiritualmen-te: Crescer na fé, na graça e no conhecimento.

Com efeito, um bebê cresce quando é alimentado e rece-be o amor e a proteção de sua família. De igual modo, uma

pessoa recém-nascida espiri-tualmente cresce, quando se alimenta espiritualmente (da Palavra de Deus), e quando re-cebe o amor e a proteção de sua família espiritual (a igreja).

Deus quer fazer de você uma pessoa radicalmente nova, pro-

dutiva e feliz. E nós, como igreja (o corpo de Cristo) somos a sua família espiritual, razão por que nós nos tratamos uns aos outros, “irmãos”.

Você está dando os primeiros passos em sua caminhada cristã, e posso lhe dizer, em nome de todos os irmãos da fé, que é um privilégio ajudá-lo e oferecer-lhe proteção e apoio inte-gral nessa caminhada vitoriosa que a vida cristã lhe reserva.

Embora aceitar a Cristo não seja um bilhete de seguro contra os problemas da vida, pois o próprio Cristo disse que “no mundo teríamos afl ições”, todavia, pode haver lutas, mas o Senhor Jesus disse que estaria conosco em toda e qualquer situação e que nos faria mais do que vencedores.

É um privilégio ajudá-lo e oferecer-lhe proteção e

apoio integral nessa caminhada vitoriosa

que a vida cristã lhe reserva.

“E estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos”. (Mateus 28.20).

Prezado (a) amigo (a): Essa nova vida em Cristo produz uma alegria de viver muito grande. Sim! Seguir a Cristo é o mais fascinante projeto de vida que alguém pode abraçar. Se-guindo a Cristo, jamais seremos derrotados; jamais seremos perdedores, porque a vitória é certa e garantida pelo Deus To-do-poderoso. É como se você fosse participar de um jogo do qual já soubesse que seria o vencedor. Gosto de dizer que nós lemos o livro de trás para frente, porque já sabemos o final da história; seja qual for.

Diz a Bíblia: “Mas, em todas estas coisas somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou” (Romanos 8.37).

Nas páginas seguintes você conhecerá algo sobre a Igreja Evangélica Assembleia de Deus, onde está dando os seus pri-meiros passos como discípulo de Cristo. A seguir, examinare-mos, brevemente, sete meios de crescimento espiritual.

Recebemos você em nossa igreja de portas, braços e cora-ções abertos. Somos uma igreja feliz; somos uma família uni-da pela fé, pela oração, pela comunhão e pelo amor. Somos uma igreja abençoada por Deus!

Seja bem-vindo (a) à família de Deus!

Pastor Flauzilino Araújo dos Santos

E-mail: [email protected]

A nova vida com Cristo | 19

20 | Você disse sim para Jesus

Decisão

SE VOCê AINDA NãO FEz A SUA DECISãO E DESEJA abrir a porta de seu coração para Jesus, deve fazê-lo agora mesmo, e pode fazê-lo aí onde você está. Nosso conselho é que não deixe para depois, porque o futuro somente a Deus pertence. Você pode fazer isso mediante a oração de confissão adiante, como a entrega de sua vida a Cristo.

Lembre-se de que fazer esta oração, como qualquer outra, não irá salvá-lo, todavia, você será salvo por sua fé em Cristo, mediante sua confissão. A Bíblia diz: “Se você confessar com a sua boca que Jesus é o Senhor e crer em seu coração que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo. Pois com o coração se crê para justiça, e com a boca se confessa para salvação” (Romanos 10.9,10).

Essa oração é uma simples maneira de expressar ao Pai que você crê em Seu Filho Jesus e de agradecê-lo por ter pro-videnciado a sua salvação, o perdão de seus pecados, e a opor-tunidade de nascer de novo para uma nova vida.

“Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas te-nha a vida eterna” (João 3.16).

Gostaria de entregar sua vida a Jesus Cristo agora?

( ) Sim, eu quero entregar minha vida a Cristo.

Oração

Meu Deus e Pai, eu sei que sou um pecador e que necessito do Teu perdão. Eu compreendi que o Senhor me ama e creio que Je-sus Cristo é o Teu filho amado, e que Ele tomou o castigo que eu merecia, ao morrer na cruz em meu lugar para que agora, por minha fé n’Ele, eu possa ser perdoado de todos os meus erros e pecados, e receber o Espírito Santo, e ter a garantia de um lugar no céu, quando eu partir desta Terra. Assim, Senhor, eu abro o meu coração para Jesus Cristo e quero declarar que abandono os meus pecados, e que coloco a minha confiança em Ti, para a minha salvação e para o meu novo viver. Peço que o Senhor mude a minha vida, e que dirija os meus pensamentos, e que me ajude e me dê forças para prosseguir nessa nova vida contigo, até o final. Obrigado, Pai, pelo perdão, pela graça, pela fé, pelo amor e pelo presente da vida eterna, que acabo de receber. Assim, com o meu coração agradecido, eu faço esta oração, em o nome de Jesus. Amém!

Local e data:

__________________________ / ____ / ____

Seu nome:

_____________________________________

A nova vida com Cristo | 21

22 | Você disse sim para Jesus

Queremos ajudá-lo em seu crescimento na fé, na graça e no conhecimento de Jesus Cristo. Para tanto, confirme conos-co a sua decisão pessoalmente em nossa igreja, ou por carta enviada para este endereço: Igreja Assembleia de Deus de Vila Nova, Rua Dom Pedro I, 551 – Vila Nova – Campinas (SP), CEP 13.073-003, ou por telefone no número (19)3741.7770, ou ainda diretamente com o autor no seguinte e-mail: [email protected].

Agora que você disse sim para Jesus Cristo

volte e leia novamente o texto inicial.

Capítulo 2

Conhecendo a sua Igreja

QUEM SOMOS?

Por que oramos como nós oramos?

Por que adoramos como nós adoramos?

Somos a “Congregação de Vila Nova” da Igreja Evangélica Assembleia de Deus de Campinas, Ministério Belém. Somos uma igreja feliz; somos uma família. Somos uma igreja aben-çoada por Deus!

A Igreja Evangélica Assembleia de Deus no Brasil foi fun-dada no dia 18 de junho de 1911, em Belém, capital do Estado do Pará. Tudo começou com a vinda dos missionários suecos Daniel Berg e Gunnar Vingren, que atenderam à chamada missionária, ao receberem uma revelação de Deus acerca de um lugar chamado Pará. Porém, como não sabiam onde fi-cava esse lugar, eles se dirigiram à biblioteca da cidade e des-cobriram que se tratava da região norte de nosso país. Assim, obedecendo ao “ide” do Senhor, embarcaram em um navio e chegaram às terras brasileiras em 19 de novembro de 1910. Então, após curto período de adaptação, eles começaram a

24 | Você disse sim para Jesus

pregar a doutrina pentecostal tendo como base o lema “Jesus Cristo salva, batiza com o Espírito Santo e cura os enfermos”.

Em poucas décadas, a Assembleia de Deus, a partir de Be-lém do Pará, onde nasceu, começou a penetrar em todas as vilas e cidades até alcançar os grandes centros urbanos como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo horizonte, Porto Alegre, em suma, todo o Brasil. As Assembleias de Deus se expandiram pelo Estado do Pará, alcançaram o Amazonas, propagaram-se para o Nordeste, principalmente entre as camadas mais po-bres da população. Chegaram ao Sudeste pelos idos de 1922, por intermédio de famílias de retirantes do Pará, que se porta-vam como instrumentos voluntários para estabelecer a nova denominação, aonde chegassem.

A mensagem pentecostal chegou à cidade de Campinas (SP) em 1931, reunindo-se os pioneiros em residências até 1937, quando então alugaram o prédio da rua José de Alen-car, 333, centro, sendo que o primeiro batismo em águas foi realizado no dia 10 de junho de 1938. Em 10 de janeiro de 1942, a igreja foi fundada com a denominação de Igreja Evangélica Assembleia de Deus, permanecendo no mesmo endereço até junho de 1950, quando se mudou para a rua Dom Pedro I, 551, Vila Nova, realizando intenso trabalho de evangelização em Campinas e cidades adjacentes. Por motivos de organização eclesiástica, a partir de 1995 a Igre-ja Assembleia de Deus de Vila Nova é uma congregação da Assembleia de Deus de Campinas, Ministério Belém, com

sede na rua Pr. Cícero Canuto de Lima, 160, Parque Itá-

lia, Campinas (SP), presidida pelo Pr. Paulo Roberto Freire

Costa.

As Assembleias de Deus são uma comunidade protestante,

segundo os princípios da Reforma Protestante pregada por

Martinho Lutero, no século 16. Cremos que qualquer pessoa

pode se dirigir diretamente a Deus, baseada na morte de Jesus

na cruz, e que este é um relacionamento pessoal e significati-

vo dessa pessoa, com Jesus.

A Assembleia de Deus é a maior denominação pentecostal

do mundo, com aproximadamente 52,5 milhões de membros.

Tem sua origem no movimento pentecostal contemporâneo

que teve início no ano de 1906, em Los Angeles, nos Estados

Unidos, na rua Azuza, onde houve um grande avivamento ca-

racterizado, principalmente, pelo “batismo no Espírito Santo”

evidenciado pelos dons do Espírito, tais como falar el línguas

(glossolalia), curas milagrosas, profecias, interpretação de lín-

guas e discernimento de espírito e outros.

As Assembleias de Deus são uma igreja evangélica pente-

costal que prima pela ortodoxia doutrinária. Tendo a Bíblia

como a sua única regra de fé e prática, acha-se comprometida

com a evangelização do Brasil e do mundo, conformando-se

plenamente com as reivindicações da Grande Comissão:

“E disse-lhes: Vão pelo mundo todo e preguem o evange-

lho a todas as pessoas” (Marcos 16.15).

Conhecendo a sua Igreja | 25

26 | Você disse sim para Jesus

A doutrina que, principalmente, distingue as Assembleias de Deus de outras igrejas diz respeito ao batismo no Espírito Santo. As Assembleias de Deus creem que o batismo no Espíri-to Santo concede aos crentes vários benefícios como estão re-gistrados no Novo Testamento. Estes incluem poder para tes-temunhar e servir aos outros; uma dedicação à obra de Deus; um amor mais intenso por Cristo, Sua Palavra, e pelos perdi-dos; e o recebimento de dons espirituais (Atos 1.4,8; 8.15-17).

As Assembleias de Deus creem que quando o Espírito Santo é derramado, Ele enche o crente e este fala em outras línguas, como aconteceu com os 120 crentes no Cenáculo, no Dia de Pentecostes. Embora esta convicção pentecostal seja distintiva, as Assembleias de Deus não a têm como mais im-portante do que as outras doutrinas (Atos 2.4).

O seu Credo de Fé (leia adiante o texto completo) realça a salvação pela fé no sacrifício vicário de Cristo, a atualidade do batismo no Espírito Santo e dos dons espirituais e a bendita esperança na segunda vinda do Senhor Jesus (Arrebatamento da Igreja).

As Assembleias de Deus estão organizadas em forma de ár-vore, onde cada ministério é constituído pela igreja sede e suas respectivas igrejas filiadas, congregações e pontos de pregação.

As igrejas Assembleias de Deus atuam em cada lugar sem estarem ligadas administrativamente a uma instituição nacio-nal. A ligação nacional entre as igrejas é feita por intermédio dos seus pastores, que são filiados em convenções estaduais

que, por sua vez, se vinculam a uma convenção de caráter na-cional, a Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB).

A Assembleia de Deus é a primeira igreja pentecostal do Brasil. Como vimos, a obra ini-ciada em Belém se espalhou para todos os Estados do Brasil e também por diversos países do mundo. Ao completar seu centenário, a Assembleia de Deus é hoje a maior igreja evan-gélica do Brasil, com cerca de 8,4 milhões de membros.

As Assembleias de Deus chegam ao seu centenário como uma igreja forte, crescente e saudável, mantendo a pureza da doutrina pentecostal, e desafi ando os especialistas em cres-cimento de igreja, continua expandindo-se desta feita para além das fronteiras, realizando um extraordinário trabalho missionário, tendo obreiros em quase todos os países.

Sendo uma comunidade de fé, serviço e adoração, as As-sembleias de Deus estão comprometidas com a proclamação do evangelho de Cristo, e também com a promoção espiritual, moral e social de nossa sociedade. Assim, realizam, também, intenso trabalho social com manutenção de creches, escolas, lares para idosos, centro de recuperação de dependentes quí-micos e outros programas de atendimento aos mais carentes de nossa sociedade.

As Assembleias de Deus chegam ao seu centenário

como uma igreja forte, crescente e saudável,

mantendo a pureza da doutrina pentecostal.

Conhecendo a sua Igreja | 27

28 | Você disse sim para Jesus

As Assembleias de Deus possuem editora própria, a Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD), com sede na cidade do Rio de Janeiro (RJ), que edita livros, Bíblias, revis-tas, material didático para educação cristã e seu próprio hiná-rio – a harpa Cristã.

As Assembleias de Deus não se ufanam de ser a única igre-ja de Jesus. Nós acreditamos que Deus está usando muitos outros para alcançar o mundo para Ele. No cenário brasileiro e mundial, nós somos uma das muitas denominações cristãs comprometidas em conduzir crianças, adolescentes, jovens e adultos a Cristo. Entretanto, repudiamos veementemente a comercialização do evangelho, a exploração da boa-fé do povo para obtenção de vantagens financeiras, bem como a adição de invenções humanas à Palavra de Deus. Esta postura firme de nossa denominação permite-nos dizer com o após-tolo Paulo:

“Ao contrário de muitos, não negociamos a Palavra de Deus visando lucro, antes, em Cristo falamos diante de Deus com sinceridade, como homens enviados por Deus” (2Corín-tios 2.17).

Deste modo, prezado amigo e leitor, esta é a sua igreja e queremos recebê-lo e abraçá-lo no amor de Cristo e dizer que você pode contar com a sua nova família da fé. Estaremos orando por você, apoiando-o e ajudando-o a crescer na fé, na graça e no conhecimento de Cristo.

Em que cremos

Em um mundo em transformações que com frequência modifica suas premissas e valores, os princípios absolutos do Evangelho do Senhor Jesus Cristo permanecem inabaláveis, evidenciando o propósito divino para a humanidade.

Temos a Bíblia como revelação de Deus, dada a santos homens, por inspiração do Espírito Santo, e a reconhecemos como autoridade única e infalível quanto à fé e conduta do cristão. Dessa divisa deriva nossa Declaração de Fé, que cons-ta de 14 pontos doutrinais publicados e praticados pelas As-sembleias de Deus no Brasil.

CREMOS:

1. Em um só Deus, eternamente subsistente em três pesso-as: o Pai, o Filho e o Espírito Santo (Deuteronômio 6.4; Mateus 28.19; Marcos 12.29).

2. Na inspiração verbal da Bíblia Sagrada, única regra infalível de fé normativa para a vida e o caráter cristão (2Timóteo 3.14-17).

3. Na concepção virginal de Jesus, em sua morte vicária e expiatória, em sua ressurreição corporal dentre os mor-tos e sua ascensão vitoriosa aos céus (Isaías 7.14; Roma-nos 8.34 e Atos 1.9).

Conhecendo a sua Igreja | 29

30 | Você disse sim para Jesus

4. Na pecaminosidade do homem que o destituiu da gló-ria de Deus, e que somente o arrependimento e a fé na obra expiatória e redentora de Jesus Cristo é que podem restaurá-lo a Deus (Romanos 3.23 e Atos 3.19).

5. Na necessidade absoluta do novo nascimento pela fé em Cristo e pelo poder atuante do Espírito Santo e da Pala-vra de Deus, para tornar o homem digno do Reino dos Céus (João 3.3-8).

6. No perdão dos pecados, na salvação presente e perfeita e na eterna justificação da alma recebidos gratuitamente de Deus pela fé no sacrifício efetuado por Jesus Cristo em nosso favor (Atos 10.43; Romanos 10.13; 3.24-26 e hebreus 7.25; 5.9).

7. No batismo bíblico efetuado por imersão do corpo in-teiro uma só vez em águas, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, conforme determinou o Senhor Jesus Cristo (Mateus 28.19; Romanos 6.1-6 e Colossenses 2.12).

8. Na necessidade e na possibilidade que temos de viver vida santa mediante a obra expiatória e redentora de Jesus no Calvário, através do poder regenerador, inspi-rador e santificador do Espírito Santo, que nos capacita a viver como fiéis testemunhas do poder de Cristo (he-breus 9.14 e 1Pedro 1.15).

9. No batismo bíblico no Espírito Santo que nos é dado por Deus mediante a intercessão de Cristo, com a evidência

inicial de falar em outras línguas, conforme a sua vonta-de (Atos 1.5; 2.4; 10.44-46; 19.1-7).

10. Na atualidade dos dons espirituais distribuídos pelo Es-pírito Santo à Igreja para a sua edificação, conforme a sua soberana vontade (1Coríntios 12.1-12).

11. Na Segunda Vinda premilenial de Cristo, em duas fases distintas. Primeira – invisível ao mundo, para arrebatar a sua Igreja fiel da terra, antes da Grande Tribulação; se-gunda – visível e corporal, com a sua Igreja glorificada, para reinar sobre o mundo durante mil anos (1Tessalo-nicenses 4.16,17; 1Coríntios 15.51-54; Apocalipse 20.4; zacarias 14.5 e Judas 14).

12. Que todos os cristãos comparecerão ante o Tribunal de Cristo, para receber recompensa dos seus feitos em favor da causa de Cristo na terra (2Coríntios 5.10).

13. No juízo vindouro que recompensará os fiéis e condena-rá os infiéis (Apocalipse 20.11-15).

14. E na vida eterna de gozo e felicidade para os fiéis e de tristeza e tormento para os infiéis (Mateus 25.46).

Conhecendo a sua Igreja | 31

Sete passos fundamentais na vida cristã

Primeiro Passo: Leia a BíBLia

“COMO CRIANçAS RECÉM-NASCIDAS, DESEJEM DE coração o leite espiritual puro, para que por meio dele cres-çam para salvação, agora que provaram que o Senhor é bom” – 1Pedro 2.2,3.

A Bíblia é chamada de “Palavra de Deus”. Realmente, ela é a voz de Deus para o ser humano, pois ela contém o plano que Deus preparou para cada um de nós. Tudo o que o homem necessita saber de Deus, bem como o que Deus quer lhe falar, está escrito na Bíblia.

Quando a Bíblia é aberta e lida, ela é a boca de Deus fa-lando com o homem (ou a mulher). Alguns a chamam de Manual do Fabricante, ao entender que o Criador a deixou como uma orientação técnica segura para desenvolvimento de uma vida feliz e produtiva.

Por intermédio de suas páginas e por suas Sagradas Letras, Deus falará com você: guiando, advertindo, orientando, cor-rigindo e expressando o Seu maravilhoso amor.

Capítulo 3

34 | Você disse sim para Jesus

Está escrito em 2Timóteo 3.16,17: “Toda a Escritura é ins-pirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra”.

A Bíblia contém 66 livros escritos por 40 autores, aproximadamente, em um período de 1.600 anos. Alguns eram profetas, outros eram reis, sacer-dotes, pescadores, criadores de gado e funcionários públicos. Apesar de os livros serem escritos por pessoas diferentes, em épocas e lugares distantes, depois foram reunidos em um só livro, em um só cânon, a Bíblia. Ela é completa e perfeita em unidade e harmonia. Deus escolheu essas pessoas e as usou, capacitando-as a receber e a transmitir a Sua vontade, sem mistura ou erro, de sorte que elas somente escreveram o que Deus queria. Na verdade, seu divino autor é o Espírito Santo, como podemos ler em 2Pedro 1.20,21: “Antes de mais nada, saibam que nenhuma profecia da Escritura provém de interpretação pessoal, pois jamais a profecia teve origem na vontade humana, mas homens falaram da parte de Deus, im-pelidos pelo Espírito Santo”.

O tema central da Bíblia é a redenção do ser humano, e ao ler suas páginas, você verá como, ao longo dos séculos, Deus

Alguns a chamam de Manual do Fabricante, ao

entender que o Criador a deixou como uma

orientação técnica segura para desenvolvimento de

uma vida feliz e produtiva.

tem expressado o Seu amor, até o incrível ponto de enviar o seu Filho Unigênito para morrer, a fim de nos salvar e trazer--nos de volta a Ele. É o mais importante livro do mundo: ela muda vidas, salva espíritos e transforma almas.

A Bíblia se divide em duas partes: o Antigo Testamento (AT), com 39 livros e o Novo Testamento (NT), com 27 livros.

O Antigo Testamento nos revela a criação do mundo, as alianças que Deus fez com os homens, as profecias que anun-ciavam a vinda do Messias, a fidelidade e infidelidade dos he-breus e, principalmente, a preparação do povo escolhido de onde nasceria o Salvador Jesus.5

O Novo Testamento possui quatro livros (Mateus, Marcos, Lucas e João) que contam toda a vida de Jesus Cristo, desde o seu nascimento até a sua ascensão ao céu. Esses quatro livros formam os Evangelhos (Boas-novas). O Novo Testamento é também constituído por várias cartas (também chamadas epístolas), que foram escritas pelos apóstolos com o objeti-vo de direcionar a igreja fundada por Cristo. Além dos Evan-gelhos e das cartas, o Novo Testamento possui um livro que conta os primórdios da Igreja de Cristo (Atos dos Apóstolos) e outro livro profético (Apocalipse) que revela o futuro da

5 Deus fez a promessa de um Redentor em Gênesis 3.15, ao declarar

que da semente da mulher nasceria um homem, que esmagaria a ca-

beça da serpente (referindo-se ao tentador que enganou os primeiros

pais Adão e Eva).

Sete passos fundamentais na vida cristã | 35

36 | Você disse sim para Jesus

humanidade, a segunda vinda gloriosa de Jesus e as últimas coisas que acontecerão na Terra, como o Juízo Final.

A Bíblia é um livro vivo e atual; é o livro mais vendido no mundo. Você a pode ler com atenção, com esperança e com a certeza de que, por meio de suas páginas, Deus falará com você. Está escrito em hebreus 4.12 “Pois a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais afiada que qualquer espada de dois gu-mes; ela penetra ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e julga os pensamentos e intenções do coração”.

Comece lendo O Evangelho Segundo João.6 Como os ca-pítulos são breves, você pode ler um capítulo em apenas dez minutos, mas não se apresse, leia calmamente. Tenha um lápis à mão e sublinhe os versículos que tenham um significado especial para você.

Sua leitura poderá gerar perguntas. Assim, coloque um sinal de interrogação (?) na margem, ao lado do trecho que você quiser esclarecer, ou vá anotando suas dúvidas em um caderno, para esclarecimento com os pastores e obreiros da igreja, ou algum amigo cristão que possa ajudá-lo a entender.

6 O Evangelho de João é o quarto livro do Novo Testamento. Caso não

tenha familiaridade em localizar os livros da Bíblia, utilize o índice

existente nas primeiras folhas de sua Bíblia. Não se preocupe se tiver

de procurar no índice, pois logo você terá facilidade para encontrar

com rapidez os livros, capítulos e versículos que forem indicados

para a leitura.

Após ler o Evangelho de João, leia a Epístola de Paulo aos Romanos. Ela é, na Bíblia, a mais clara apresentação do Evan-gelho de Jesus Cristo. Você poderá também ler, concomitan-temente, os livros de Salmos e Provérbios.

Para estudar a Bíblia, procure um lugar onde você se sin-ta tranquilo, mesmo sendo em um ônibus ou metrô, porque o importante é que você se sinta confortável para a leitura. Muitos acham que é melhor estudar a Bíblia pela manhã, en-quanto outros preferem o horário do almoço, ou à noite. Seja qual for o horário escolhido por você, lembre-se de meditar nas verdades da Palavra de Deus “dia e noite”.

Um excelente exercício espiritual é memorizar versículos da Bíblia. Comece memorizando um versículo por semana e vá anotando aqueles que foram memorizados em um cader-no à parte.

Faça da leitura da Bíblia o seu hábito diário de alimen-tação e nutrição para a sua alma. Afinal, “... nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus” (Mateus 4.4). O ideal é que você leia a Bíblia toda, pelo menos uma vez por ano. Estamos disponíveis para orientá--lo(a) a fazer essa leitura de maneira eficaz e produtiva.

Com certeza você nunca mais será a mesma pessoa!

Finalmente, você deve levar consigo a Bíblia para os cultos e sempre que alguém for fazer uma leitura de um ou mais versículos, procure-os e acompanhe toda a leitura. Como já

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38 | Você disse sim para Jesus

mencionado, caso não tenha familiaridade em localizar os li-vros da Bíblia, utilize o índice existente nas primeiras páginas de sua Bíblia. Não se preocupe em procurar no índice, pois logo você terá facilidade para encontrar com rapidez os livros, capítulos e versículos indicados para a leitura.

“Guardei no coração a tua palavra para não pecar contra ti” –Salmos 119.11).

“A tua palavra é lâmpada que ilumina os meus passos e luz que clareia o meu caminho” – Salmos 119.105.

segundo Passo: mantenha uma vida de oração

“Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ações de graças, apresentem seus pedidos a Deus” – Filipenses 4.6.

“Vocês não me escolheram, mas eu os escolhi para irem e darem fruto, fruto que permaneça, a fim de que o Pai lhes con-ceda o que pedirem em meu nome” (Jesus, em João 15.16).

“Vocês orem assim: Pai nosso que estás nos céus!...” (Jesus, em Mateus 6.9-13).

O que é a oração? A melhor definição encontra-se, é óbvio, na Bíblia. Nenhum conceito teológico expressa com a mesma clareza e simplicidade o que ela significa. A oração é, segundo as Escrituras, uma via de mão dupla por meio da qual o cren-te, com o seu clamor, chega à presença de Deus, e Ele vem ao seu encontro, com as devidas respostas.

“Clame a mim e eu responderei e lhe direi coisas grandio-sas e insondáveis que você não conhece” – Jeremias 33.3.

A oração, então, é nossa linha de comunicação direta com Deus; não é monólogo, é diálogo: Você fala e Deus ouve; Deus fala e você ouve.

Na oração, você fala diretamente com Deus acerca de si próprio e também em favor de outras pessoas (intercessão).

Com efeito, ninguém me-lhor do que você conhece suas necessidades espirituais, sociais, afetivas, familiares, econômicas e físicas. Existem até necessida-des que, por sua natureza e es-tratégias espirituais, não podem ser do conhecimento de mais ninguém, devendo o crente orar ao Senhor no seu íntimo.

Devemos dedicar algum tempo para orar por nossos ami-gos, e também por nossos inimigos. Obviamente, orar por pessoas que nos fazem o mal é uma tarefa que exige mais amor, renúncia, e propósito de agradar a Deus e obedecer a sua Palavra, e dominar nossas emoções e sentimentos. Jesus nos disse em Mateus 5.44: “Mas eu lhes digo: Amem os seus inimigos e orem por aqueles que os perseguem”.

A Bíblia diz ainda em Romanos 12.14-17: “Abençoem aqueles que os perseguem, abençoem e não amaldiçoem...

A oração, então, é nossa linha de comunicação direta com Deus; não é monólogo, é diálogo:

Você fala e Deus ouve; Deus fala e você ouve.

Sete passos fundamentais na vida cristã | 39

40 | Você disse sim para Jesus

Não retribuam a ninguém mal por mal...”. Nesse sentido,

Cristo nos deixou exemplo, pois, Ele bradou, estando na cruz,

conforme está registrado em Lucas 23.34: “Jesus disse: Pai

perdoa-lhes, pois não sabem o que estão fazendo”.

Devemos orar por todas as pessoas, sejam elas conhecidas

ou não; pelos enfermos, pelos desempregados, pelos presos e

pelos perdidos. Devemos orar pela igreja e pelas autoridades

constituídas, para que haja paz, prosperidade e justiça, como

enfaticamente nos recomenda a Palavra de Deus em 1Timó-

teo 2.1-4:

“Antes de tudo, recomendo que se façam súplicas, orações,

intercessões e ações de graças por todos os homens; pelos reis

e por todos os que exercem autoridade, para que tenhamos

uma vida tranquila e pacífica, com toda a piedade e digni-

dade. Isso é bom e agradável perante Deus, nosso Salvador,

que deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao

conhecimento da verdade”.

Orar é dialogar com Deus e não existe maior privilégio

para o ser humano, que é mortal, do que ser admitido diante

do Trono de Deus. É que em virtude da morte de Cristo, foi

derrubada a parede de separação que existia entre Deus e o

homem, que fora causada desde o pecado de nossos primei-

ros pais, Adão e Eva.

Assim, pelo sangue de Cristo é que nós temos acesso dire-

to ao Trono do Pai a qualquer dia e hora, e de qualquer lugar;

basta que cheguemos com confiança diante de Deus, porque

o acesso está livre.

Está escrito em hebreus 10.19,20: “Portanto, irmãos, te-

mos plena confiança para entrar no Santo dos Santos pelo

sangue de Jesus, por um novo e vivo caminho que ele nos

abriu por meio do véu, isto é, do seu corpo”.

Quando você orar, não é necessário usar palavras que

soam religiosas. Certa vez, Jesus repreendeu as pessoas que

faziam de suas orações um espetáculo e que pensavam que,

pelo muito falar e, por todo aquele palavrório, seriam ouvi-

das. Então Jesus orientou os Seus discípulos para que eles

fizessem orações simples e diretas a Deus, ensinando-os a

chamar o Deus Todo-poderoso de “Pai nosso”. Orar, também,

não é rezar, repetindo orações lidas ou decoradas, visto que

orar é dialogar com o Pai.

Quando você orar, não fique preocupado com o que falar,

pois o Espírito Santo vai inspirá-lo a orar de forma inteligente

e de acordo com as suas necessidades. Jesus, também, orien-

tou os Seus discípulos no sentido de que quando orassem,

não usassem de vãs repetições.

A oração pode ser feita ajoelhado, em pé, sentado ou mes-

mo deitado; em voz alta, sussurros ou em silêncio, apenas no

meditar do coração. Cada um deve orar, em conformidade

com suas possibilidades e condições físicas e de ambiente.

Muitos consideram que ajoelhado é a melhor maneira para

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42 | Você disse sim para Jesus

conversar com Deus, pois é uma demonstração de submissão, humildade e reverência. Normalmente, em nossas reuniões na igreja, nós oramos em pé, no início, durante e no final dos cultos.

A propósito de orar deitado, a Bíblia registra uma ocasião em que um rei estava acamado por doença e recebeu a visita de um profeta que lhe transmitiu um recado de Deus a respei-to de sua morte iminente (“Morrerás, e não viverás” – 2Reis 20.1,2,3). Esse rei, deitado como estava, virou seu rosto para parede e orou ao Senhor. O Senhor ouviu sua oração e lhe concedeu mais quinze anos de vida.

Em nossa igreja, temos o hábito saudável de orar ajoelha-dos, sempre quando chegamos ao templo, para participar de um culto.

A seguir, algumas sugestões para estabelecer seu compro-misso com a oração:

1ª – Estabeleça orar regularmente ao levantar-se pela manhã.

Ao se levantar, peça ao Senhor que lhe dê um dia abençoa-do e que o guarde e livre de todos os perigos. Deus promete na Sua Palavra: “Porque a seus anjos ele dará ordem a seu respei-to, para que o protejam em todos os seus caminhos. Com as mãos eles o segurarão para que você não tropece em alguma pedra” (Salmos 91.11,12).

Ore, também, antes de cada refeição, dando graças ao Se-nhor e abençoando sua alimentação. Ore, ainda ao deitar-se,

em atitude de gratidão ao Senhor, pois a Bíblia recomenda: “Dando graças constantemente a Deus Pai, em nome de nos-so Senhor Jesus Cristo” (Efésios 5.20).

Todavia, a despeito do seu ritmo de vida, que pode ser ace-lerado e repleto de afazeres, procure, também, reservar algum tempo no dia e destiná-lo para um momento de oração mais profundo, por menor que pareça. Alguns optam por aprovei-tar a oração da manhã, deitados, para esse momento de ora-ção, um pouco mais calma, aprofundada e íntima com o Pai.

Disse Jesus: “Mas, quando você for orar, vá para seu quar-to, fecha a porta e ore ao seu Pai, que está no secreto. Então seu Pai, que vê no secreto, o recompensará” (Mateus 6.6).

2ª – Ore ao Pai, em o nome de Jesus.

São muitos os textos bíblicos que nos lembram, ensinam e advertem para que oremos somente a nosso e Deus e Pai que está nos céus e que o façamos em o nome de Seu Filho Jesus.

A Bíblia ensina taxativamente que devemos orar somente a Deus e a ninguém mais, pois não há outro deus ou santo (ou santa) que possa ouvir e responder às nossas orações. As-sim, não podemos orar pedindo a intervenção ou a ajuda de qualquer pessoa viva ou morta, nem de anjos, nem mesmo da virgem Maria, a mãe de Jesus.

Temos de reconhecer na Virgem Maria a “bendita entre as mulheres”, e honrá-la e chamá-la nominalmente de a “bem--aventurada”, conforme Lucas 1.46-50: “Então disse Maria: A

Sete passos fundamentais na vida cristã | 43

44 | Você disse sim para Jesus

minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, pois atentou na humildade da sua serva. De agora em diante, todas as gerações me chamarão bem-aventurada, pois o poderoso fez grandes coisas em meu favor. Santo é o seu nome. A sua misericórdia estende-se aos que o temem, de geração em geração”.

Todavia, não podemos rogar em nome da Virgem Maria, mas em nome de Seu Filho Jesus. Ele disse: “Eu sou o cami-nho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai a não ser por mim” (João 14.6).

Também não podemos orar pedindo o auxílio ou a inter-cessão de espíritos, ou de pessoas que já morreram. Este é ou-tro ponto de proibição explícito na Bíblia, conforme você pode observar no texto de Deuteronômio 18.9-13: “Quando entra-rem na terra que o senhor, o seu Deus, lhes dá, não procurem imitar as coisas repugnantes que as nações de lá praticam. Não permitam que se ache alguém entre vocês que queime em sa-crifício o seu filho ou a sua filha; que pratique adivinhação, ou se dedique à magia, ou faça presságios, ou pratique feitiçaria ou faça encantamentos; que seja médium, consulte os espíritos ou consulte os mortos. O senhor tem repugnância por quem pratica essas coisas, e é por causa dessas abominações que o senhor, o seu Deus, vai expulsar aquelas nações da presença de vocês. Permaneçam inculpáveis perante o senhor, o seu Deus”.

Deve ser mencionado que a Palavra de Deus é enfática quando condena a adoração, e a oração ou petição a outro

ser, que não seja ao Deus Eterno, Criador e Sustentador do universo, e Redentor da humanidade.

“Não terás outros deuses além de mim. Não farás para ti nenhum ídolo, nenhuma imagem de qualquer coisa no céu, na terra, ou nas águas debaixo da terra. Não te prostrarás diante deles nem lhes prestarás culto, porque eu, o senhor, o teu Deus, sou Deus zeloso...” – êxodo 20.3-5.

Assim, você pode e deve levar a sua petição diretamente a Deus, o Pai, por meio de Cristo, o Filho. Por isso, sempre ore em o Nome de Jesus.

É tudo muito simples: Aproxime-se do Pai como um filho; você é Seu filho, e Ele é seu Pai amoroso. Ele o ama e ficará fe-liz por você comparecer em Sua presença, por meio da oração. Então, converse com Ele calma e claramente; abra o seu cora-ção, e “Não te apresses a sair da presença do Rei” (Eclesiastes 8.3). Posso assegurar-lhe com a mais absoluta certeza que Ele vai entender e vai compreender você como jamais alguém o entendeu.

Ao orar, tenha sempre em mente as palavras de Jesus, que nos prometeu: “E eu farei o que vocês me pedirem em meu nome, para que o Pai seja glorificado no Filho. O que vocês pedirem em meu nome, eu farei” (João 14.13,14).

É nosso dever alertá-lo de algo errôneo que tem sido en-sinado e praticado relacionado à oração, e que diz respeito à arrogância e orgulho na forma de orar, no sentido de exigir que Deus faça isto ou aquilo.

Sete passos fundamentais na vida cristã | 45

46 | Você disse sim para Jesus

Assim, é muito importante que você não ore determinan-do e comandando, como se fosse Deus; ou que ore exigindo ou “encostando Deus na parede”. Pergunta-se: Quem é o ho-mem para determinar alguma coisa ao Deus Todo-poderoso? Lamentavelmente, esse é um modismo ensinado por algumas igrejas evangélicas, porém, padece de grave erro doutrinário e teológico, e você deve evitar esse tipo de verbalização, pois qualquer sentimento de superioridade ou arrogância irá en-tristecer rapidamente o gentil Espírito Santo.7

É, pois, necessário que ao se dirigir a Deus, nós o faça-mos com espírito humilde, de modo respeitoso, agraciado, honesto, confiante, obediente e reverente, porque Ele é dig-no de toda a honra, glória, e louvor. Ele é Único, Eterno, Su-premo, Majestoso, Todo-Poderoso, Santo, Justo e Amoroso! Aleluia!

Assim, ore ao Pai, em o nome de Jesus, pedindo e confian-do, pois como filho de Deus que você é, tem o direito de pedir e de receber, como está escrito: “Esta é a confiança que temos ao nos aproximarmos de Deus: se pedirmos alguma coisa de acordo com a sua vontade, ele nos ouve. E se sabemos que ele nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos que temos o que dele pedimos” (1João 5.14,15).

7 O apóstolo Pedro escreveu: “Sejam todos humildes uns para com os

outros, porque Deus se opõe aos orgulhosos, mas concede graça aos

humildes” (1Pedro 5.5).

Lembre-se, ainda, que nós somos limitados na compre-ensão das coisas e não sabemos como convém pedir, porém, saiba que nós temos a ajuda do Espírito Santo que supre as deficiências de nossas orações, quanto ao melhor para nós, pois Ele conhece o nosso passado, o presente e o futuro.

“E da mesma maneira também o Espírito Santo ajuda as nossas fraquezas; porque não sabemos o que havemos de pe-dir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis” (Romanos 8.26).

3ª – Entre na presença de Deus com um coração agradecido.

A ação de graças é uma forma de celebrarmos a bondade divina, expressando, em palavras e gestos, o nosso reconheci-mento e gratidão pelas misericórdias do Senhor que se reno-vam a cada manhã, pela grandeza de Sua bondade e por Sua fidelidade, que é de geração em geração.

Nossa atitude psicológica ao orar deve ser como a do sal-mista Davi, expressa no salmo 69.30,31: “Louvarei o nome de Deus com cânticos e proclamarei sua grandeza com ações de graças; isso agradará ao senhor mais do que bois, mais do que touros com seus chifres e cascos”.

Sim! Deus não está pedindo a sua conta bancária, ou a sua caderneta de poupança, ou qualquer bem que você possua. Penso que a indagação constante do salmo 116.12 também pode ser a nossa: “Como posso retribuir ao Senhor toda a sua bondade para comigo?”

Sete passos fundamentais na vida cristã | 47

48 | Você disse sim para Jesus

Esta era também a grande pergunta do profeta Miqueias

6.6-8: “Com que eu poderia me apresentar diante do Senhor

e curvar-me perante o Deus exaltado? Deveria apresentar ho-

locaustos de bezerros de um ano? Ficaria o Senhor satisfeito

com milhares de carneiros, com dez mil ribeiros de azeite?

Devo oferecer meu filho mais velho, o fruto do meu corpo

pelo meu próprio pecado? Ele mostrou a você, ó homem, o

que é bom e o que o Senhor exige: Pratique a justiça, ame a

fidelidade e ande humildemente com o seu Deus?”

A tônica deve ser a do agradecimento; ser agradecido ao

Senhor. A oração que expressa gratidão é uma oração agra-

dável diante de Deus, segundo o exemplo de Jesus, em Ma-

teus 11.25,26: “Naquela ocasião Jesus disse: Eu te louvo, Pai,

Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas dos

sábios e cultos e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, porque

assim foi do teu agrado”.

Então, quando você orar, seja agradecido: “Dando graças

constantemente a Deus Pai por todas as coisas, em nome de

nosso Senhor Jesus Cristo” (Efésios 5.20).

4ª – Ore fervorosamente.

A Palavra de Deus declara que “...a oração de um justo é

poderosa e eficaz” (Tiago 5.16).

Isso significa que, ao orar, você deve empregar ardor, zelo,

energia, fervor, esforço, empenho, entusiasmo, dedicação

e paixão à sua oração. há, inclusive, um saudável hábito de

buscar a Deus pela madrugada, ou na vigília da noite. Veja os

seguintes textos:

“Ó Deus, tu és o meu Deus; eu te busco intensamente;

a minha alma tem sede de ti! Todo o meu ser anseia por ti,

numa terra seca, exausta e sem água. Quero contemplar-te no

santuário e avistar o teu poder e a tua glória” – Salmos 63.1,2.

“Mas eu, Senhor, a ti clamo por socorro; já de manhã a

minha oração te envio” – Salmos 88.13.

“Amo os que me amam, e os que me procuram me encon-

tram” – Provérbios 8.17.

Os Evangelhos registram a vida de oração do Mestre. Ele

orava pela manhã: “De madrugada, quando ainda estava es-

curo, Jesus levantou-se, saiu de casa e foi para um lugar de-

serto, onde ficou orando” (Marcos 1.35). À tarde: “Tendo des-

pedido a multidão, subiu sozinho a um monte para orar. Ao

anoitecer, ele estava ali sozinho” (Mateus 14.23). Jesus passava

noites inteiras em comunhão com Deus: “Num daqueles dias,

Jesus saiu para um monte a fim de orar, e passou a noite oran-

do a Deus” (Lucas 6.12).

Orar não pode ser visto como ato de penitência para me-

ramente subjugar a carne. Em nenhum momento a Bíblia traz

essa ênfase. Oração não é castigo (assim como a leitura das

Escrituras), ideia que alguns pais, equivocadamente, às vezes

passam para os seus filhos, quando os ordena a orar como

disciplina, por algum ato de desobediência. Ao contrário, orar

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50 | Você disse sim para Jesus

é um privilégio para falar com o Pai e surge de maneira es-

pontânea do coração daquele que ama a Deus, como forma

de cultivar seu relacionamento com o Pai, o que resulta em

sabedoria e crescimento espiritual.

“Por essa razão, desde o dia que o ouvimos, não deixa-

mos de orar por vocês e de pedir que sejam cheios de pleno

conhecimento da vontade de Deus, com toda a sabedoria e

entendimento espiritual” – Colossenses 1.9.

Ao orar, devemos lutar contra todo mau pensamento

e dúvidas que aparecerem em nossas mentes. Isso signifi-

ca, também, que não podemos nos associar com pessoas

ou igrejas que afirmam mais dúvidas, do que fé, conforme

orientação expressa da Palavra de Deus, em Filipenses 4.8:

“Finalmente, irmãos, tudo o que for verdadeiro, tudo o que

for nobre, tudo o que for correto, tudo o que for puro, tudo

o que for amável, tudo o que for de boa fama, se houver algo

de excelente ou digno de louvor, pensem nessas coisas. Tudo

o que vocês aprenderam, receberam, ouviram e viram em

mim, ponham-no em prática. E o Deus da paz estará com

vocês”.

Então, ore fervorosamente.

5ª – Ore persistentemente.

Jesus ensinou que a persistência na oração produzirá re-

sultados. Ele disse “Peçam, e lhes será dado; busquem, e en-

contrarão; batam, e a porta lhes será aberta. Pois todo o que

pede, recebe; o que busca, encontra; e aquele que bate, a porta

será aberta. Qual de vocês, se seu filho pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou se pedir peixe, lhe dará uma cobra? Se vocês, apesar de serem maus, sabem dar boas coisas aos seus filhos, quanto mais o Pai de vocês, que está nos céus, dará coisas boas aos que lhe pedirem!” (Mateus 7.7-11).

O que Jesus está ensinando é que nós não devemos he-sitar em pedir, buscar e bater; que o Pai celestial ouve e res-ponderá.

Ao orar, você não pode deixar se levar pelas dificuldades e aparentes impossibilidades, pois o segredo está em perseverar na oração. Isto implica dedicar-se à oração; não é orar de vez em quando; não é orar quando tiver tempo; ou quando con-seguir levantar-se mais cedo; ou quando for possível.

A palavra perseverar quer dizer persistir, conservar-se fir-me num propósito, fazer com constância, dar continuidade, insistir, teimar; ir até o fim. Veja que abandonar e renunciar são palavras contrárias de perseverar.

Não desista; peça, e busque, e bata; você receberá. Apenas, espere com paciência no Senhor, porque “... para tudo há uma ocasião certa; há um tempo certo para cada propósito debai-xo do céu” (Eclesiastes 3.1).

6ª – Ore especificamente.

É muito importante ser específico em orações, porque nossas necessidades, projetos e ideias têm nomes específicos.

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Igualmente, se as pessoas lhe pedirem que ore por elas, trate de manter uma lista por escrito, com o nome, a necessidade específica e a data. Quando você achar que o pedido foi aten-dido, agradeça ao Senhor durante alguns dias e então retire o nome da lista, para dar espaço a outros nomes. Disse Jesus: “Eu lhe darei as chaves do Reino dos céus; o que você ligar na terra, terá sido ligado nos céus; e o que você desligar na terra, terá sido desligado nos céus” (Mateus 16.19).

É claro que há um tipo de oração em que oramos única e exclusivamente para adorar a Deus e para ter comunhão com Ele, sem que nada mais tenhamos por objetivo a receber, se-não nos aproximarmos mais do Pai. Então, você ora só por orar ao Senhor.

Porém, pode ocorrer que tenhamos necessidades concre-tas, mas que não definimos em nossas orações, quando gos-taríamos de obter respostas específicas às nossas petições. En-tão, ao orar, você deve saber o que quer da parte de Deus, e ser específico a respeito da sua necessidade, ou da necessidade de outrem, pelo qual você intercede, orando de forma objetiva e com propósito.

É claro que nossas orações feitas em nome de Jesus devem estar em harmonia com a pessoa, o caráter e a vontade de nosso Senhor. Assim, nossas orações devem ser feitas segundo a vontade de Deus que muitas vezes nos é revelada pela Sua Palavra, prevalecendo a Sua boa, agradável e perfeita vontade em nossas vidas, para que a superior vontade de Deus nos

dirija e reine em nosso mundo, a fim de que realizemos tudo

quanto Ele projetou para nós.

“Venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra

como no céu” – Mateus 6.10.

7ª - Ore confiadamente.

Em qualquer circunstância da vida, mesmo em tempos de

tentação, confusão, vergonha, dor ou sofrimento, podemos

orar com a confiança que o Senhor nos ouve, e nos compre-

ende, e nos trata como filhos amados.

“Assim sendo, aproximemo-nos do trono da graça com

toda a confiança, a fim de recebermos misericórdia e encon-

trarmos graça que nos ajude no momento da necessidade”

– hebreus 4.16.

Sugiro que você faça uma pausa nesta leitura e tenha agora

um momento de oração. Fale com o Pai e agradeça-lhe por

tudo quanto Ele tem concedido a você e peça-lhe para ajudá-

-lo durante toda a sua vida cristã, e que lhe dê sabedoria, un-

ção e poder do Espírito e tudo quanto mais seja necessário,

a fim de que você tenha uma vida que glorifique o nome de

Jesus Cristo. Você pode também nessa oração interceder por

familiares ou amigos que estejam com alguma necessidade,

ou para que eles também conheçam a Jesus Cristo. Finalize

sua oração dizendo ao Pai que você está orando em o nome

de Jesus, e que pela fé já agradece a Ele pelas bênçãos recebi-

das de Sua divina mão. Amém.

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terceiro Passo: ParticiPe reguLarmente

da igreja

“Alegrei-me com os que me disseram: Vamos à Casa do senhor” – Salmos 122.1.

“Não deixemos de reunir-nos como igreja, como é costu-me de alguns, mas encorajemo-nos uns aos outros, ainda mais quando vocês vêem que se aproxima o Dia” –hebreus 10.25.

“Todos os dias, continuavam a reunir-se no pátio do tem-plo. Partiam o pão em suas casas, e juntos participavam das refeições, com alegria e singeleza de coração” – Atos 2.46.

“Bendirei ao senhor o tempo todo! Os meus lábios sem-pre o louvarão” – Salmos 34.1.

Nós nos reunimos regularmente para cultuar a Deus em nosso templo, em dias da semana e horários previamente de-signados.8 Por que vamos ao templo? O que vamos fazer lá?

O culto é um momento de oração, louvor, adoração, es-tudo da Bíblia e comunhão entre os irmãos. Para seu eficaz crescimento na fé, na graça e no conhecimento, é essencial que você congregue regularmente na sua igreja. É que o rela-cionamento e a comunhão com outros seguidores de Cristo, bem como o louvor, a adoração e a oração coletivos, e o en-

8 Romanos 12.1: “Portanto irmãos, rogo-lhes pelas misericórdias de

Deus que se ofereçam em sacrifício , vivo, santo e agradável a Deus;

esse é o culto racional de vocês”.

sino da Palavra de Deus ministrado pelos pastores e mestres que Deus coloca na igreja, são aspectos vitais para o seu cres-cimento espiritual.

É importante que você tenha consigo um caderno e caneta ou lápis, para anotar dados relativos à pregação que for feita, e também alguma circunstância que sinta ser relevante para a sua vida.

A Primeira Epístola aos Coríntios, capítulo 14.26, apre-senta claramente o roteiro para uma reunião da igreja: “Por-tanto, que diremos irmãos? Quando vocês se reunirem, cada um tem um salmo, uma palavra de instrução, uma revelação, uma palavra em língua ou uma interpretação. Tudo seja feito para a edifi cação da igreja”.

Posto isto, podemos desta-car três propósitos para que nos congreguemos:

1º – Nós nos reunimos para louvar e adorar a Deus.

Louvor signifi ca reconhecer as virtudes e atributos de Deus e proclamá-los às pessoas. Adorar a Deus é atribuir a Ele o maior valor, porque Ele é digno.

O louvor e a adoração são fundamentais no culto, porque juntos declaramos principalmente por meio da música e do

É importante que você tenha consigo um caderno

e caneta ou lápis, para anotar dados relativos

à pregação que for feita, e também alguma circunstância que sinta

ser relevante para a sua vida.

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cântico quem Deus é, e aquilo que Ele tem feito e aquilo que Ele fará em nós (Efésios 5.18-21).

O louvor também tem a função de preparação de nossos corações para recepcionar a poderosa Palavra de Deus, que logo mais será pregada.

2º – Nós nos reunimos para termos comunhão uns com os outros.

Estamos juntos para adorar e louvar a Deus, mas também para orarmos uns pelos outros, e levarmos as cargas uns dos outros, e apoiar-nos mutuamente, e edificarmo-nos uns aos outros, e exortarmo-nos uns aos outros; tudo isso, em amor (1João 1.7; 1Pedro 4.7-10).

O apóstolo Paulo em Romanos 12:15 nos admoesta: “Ale-grem-se com os que se alegram; chorem com os que choram”.

3º – Nós nos reunimos para ouvirmos e compartilharmos a Palavra de Deus.

O ensino da Palavra de Deus tem lugar de destaque nos nossos cultos. A Palavra é o poder de Deus para transformar, salvar e curar as nossas vidas. Ela é alimento para a nutrição de nossas almas a fim de que cresçamos, até atingir a perfeição projetada pelo Pai.

“habite ricamente em vocês a palavra de Cristo; ensinem e aconselhem-se uns aos outros com toda sabedoria, e cantem salmos, hinos, e cânticos espirituais com gratidão a Deus em seus corações” –Colossenses 3.16.

Ao longo de todas as Escrituras, vemos o modelo do povo de Deus como uma comunidade; como um grupo de pessoas que trabalham juntas para o benefício mútuo e também para a igreja, como um todo. O próprio Jesus ia regularmente à si-nagoga, aos sábados (Lucas 4.16). Seu exemplo deve nos mos-trar a importância da comunidade, enquanto “igreja local”.

Assim, embora o seu relacionamento com Cristo seja algo pessoal, Deus nunca quis que fosse solitário e particular, mas em comunhão com outros filhos Seus. Com efeito, o conceito de “cristão autônomo” ou “cristão solitário”, independente do corpo, não é bíblico.

Seguir a Cristo inclui integrar-se em Seu corpo, que é a igreja. Embora, aqui, a palavra igreja descreva a totalidade dos crentes que vivem no mundo (a Igreja invisível e universal formada por todos os crentes em todas as partes da Terra), nós podemos, também, aplicá-la aos crentes de determinado lugar, isto é, a “igreja local”.

É necessário, no entanto, que entendamos que a igreja não é uma mera organização jurídica, nem um edifício de tijolos, ferros e argamassa onde nós nos reunimos, porém ultrapassa o caráter civil associativo e o predial arquitetônico para pro-jetar-se como um corpo vivo, do qual cada um de nós é parte integrante, indispensável e interconectada desse organismo, com funções específicas a serem desempenhadas, segundo a graça que Deus concedeu a cada um, como nos ensina a Pa-lavra:

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“Assim como cada um de nós tem um corpo com muitos membros e esses membros não exercem todos a mesma fun-ção, assim também em Cristo nós, que somos muitos, forma-mos um corpo, e cada membro está ligado a todos os outros” – Romanos 12.4,5.

“Ora, assim como o corpo é uma unidade, embora tenha muitos membros, e todos os membros, mesmo sendo muitos, formam um só corpo, assim também com respeito a Cristo... O corpo não é feito de um só membro, mas de muitos. Se o pé disser: Porque não sou mão, não pertenço ao corpo, nem por isso deixa de fazer parte do corpo. E se o ouvido disser: Por-que não sou olho, não pertenço ao corpo, nem por isso deixa de fazer parte do corpo. Se todo o corpo fosse olho, onde es-taria a audição? Se todo o corpo fosse ouvido, onde estaria o olfato? De fato, Deus dispôs cada um dos membros no corpo, segundo a sua vontade. Se todos fossem um só membro, onde estaria o corpo? Assim, há muitos membros, mas um só cor-po. O olho não pode dizer à mão: Não preciso de você! Nem a cabeça pode dizer aos pés: Não preciso de você! Ao contrário, os membros do corpo que parecem mais fracos são indispen-sáveis... Quando um membro sofre, todos os outros sofrem com ele; quando um membro é honrado, todos os outros se alegram com ele. Ora, vocês são o corpo de Cristo, e cada um de vocês, individualmente, é membro desse corpo” – 1Corín-tios 12.12-27.

Como você já nasceu de novo, ao dizer “sim” para Jesus, tornar-se membro da igreja é o passo que vem naturalmente a

seguir, a fim de integrar o corpo de Cristo, visto que um órgão desligado do corpo perde suas funções vitais e morre.

Assim, você se tornou cristão ao se comprometer com Cristo, aceitando-O como o seu Senhor e Salvador, mas você se torna um membro da família da fé ao comprometer-se com um grupo específico de discípulos de Cristo, de sorte que sua primeira decisão trouxe a salvação, e esta segunda, traz a sua integração e comunhão no corpo de Cristo: “Portanto, vocês já não são forasteiros nem estrangeiros, mas concidadãos dos santos, e membros da família de Deus” (Efésios 2.19).

Então, quando você pensar em igreja, tenha em mente o conjunto de pessoas que compõem o corpo de Cristo, e não o edifício (templo) onde nós nos reunimos, ou a estrutura jurídica associativa, que cumpre preceitos legais.

Todos nós precisamos de pessoas com as quais podemos estar completamente abertos para compartilhar nossas vidas e dificuldades. A igreja é um ambiente de fraternidade e de amor onde nós nos esforçamos para cumprir o que a Bíblia diz em Gálatas 6.2: “Levem os fardos pesados uns dos outros e, assim, cumpram a lei de Cristo”.

É fato que todos nós sabemos que vivemos em uma so-ciedade de alta tecnologia, mas de pouco contato pessoal, na qual as pessoas estão cada vez mais individualistas e solitárias, apesar de virtualmente interconectadas em redes de relacio-namentos. Na verdade, Jesus predisse que isso aconteceria. Ele disse: “Devido ao aumento da maldade, o amor de muitos

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esfriará” (Mateus 24.12). Também o apóstolo Paulo disse em 2Timóteo 3.1 que os dias que vivemos seriam caracteriza-dos pela existência em grande proporção de pessoas egoístas (amantes de si mesmas).

Não obstante essa realidade, a comunhão gerada no corpo de Cristo, por força do amor de Deus que é derramado em nossos corações pelo Espírito Santo, faz que vivamos uma fra-ternidade de irmãos, como está escrito:

“Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo. Dele todo o corpo, ajustado e unido pelo auxílio de todas as juntas, cresce e edifica-se a si mesmo em amor, na medida em que cada parte realiza a sua função” – Efésios 4.15,16.

Reforçando: Os seguidores de Jesus Cristo se reúnem para ter comunhão e encorajar uns aos outros nas áreas de cres-cimento espiritual e emocional. Compartilhamos e aprende-mos uns com os outros e nos animamos mutuamente, como preconizado nas Escrituras:

“E consideremo-nos uns aos outros, para incentivar-nos ao amor e às boas obras” – hebreus 10.24.

“Ajuntem os que me são fiéis, que, mediante sacrifício, fi-zeram aliança comigo” – Salmos 50.5.

“Também lhes digo que, se dois de vocês concordarem na terra acerca de qualquer assunto que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai, que está nos céus. Porque, onde se reuni-

rem dois ou três em meu nome, ali estou eu no meio deles” (Jesus, em Mateus 18.19,20).

É de ser destacado também que, recentemente, respeitá-veis pesquisas estão mostrando que aqueles que frequentam uma igreja e participam dos cultos (comparados aos que não fazem isso), em base regular:

• Têmmenorprobabilidadedesofrerdeabusodedrogas

• Têmmaiorprobabilidadedesersexualmenterespon-sáveis

• Estãomenosenvolvidosemcomportamentosarriscados

• Têmmaiorprobabilidadedepraticaréticarelacionadaaos negócios e ao trabalho

• Têmmaiorprobabilidadededesfrutardeumacomu-nidade social mais rica e de grupos de apoio

• Têmmaiorprobabilidadederevelarníveismaiseleva-dos de autoestima e eficácia pessoal

• Têmmaiorprobabilidadedeaceitarmelhorasperdascomo a morte de familiares, calamidades, complica-ções de saúde etc.

• Têmmaiorprobabilidadedeabrigaremoçõespositi-vas como o amor, o perdão, a satisfação etc.

• Têmmenorprobabilidadedeabrigaremoçõesnega-tivas como o medo, a culpa, a hostilidade, a raiva, o ciúme etc.

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Concluímos convencidos de que o envolvimento de al-

guém com uma igreja é uma grande fonte de bênçãos para a

vida dessa pessoa, tanto física quanto emocional e espiritual-

mente. Sem dúvida, a atmosfera do ambiente da igreja, satu-

rada pelo poder do Espírito Santo, pela graça de Deus e pela

comunhão entre irmãos, é terapeuticamente saudável para o

corpo, para a alma e para o espírito. Por isso, e muito mais,

não deixe de congregar!

“Melhor é um dia nos teus átrios do que mil em outro

lugar” – Salmos 84.10.

Como nossos cultos são transmitidos ao vivo pela inter-

net (inclusive a Escola Bíblica Dominical), quando você não

puder ir pessoalmente ao templo, nos dias e horários respec-

tivos, acesse www.assembleia.org.br, mas não deixe de ouvir o

que o Espírito Santo diz à igreja, quando nós nos reunimos.

Quarto Passo: oBedeça a cristo no Batismo em água.

O batismo em água é uma afirmação e referência de ar-

rependimento e que você nasceu para uma nova vida com

Cristo. É, pois, uma demonstração pública de sepultamento

da velha natureza e do velho estilo de vida, como menciona-

do em Romanos 6.4: “Portanto, fomos sepultados com ele na

morte por meio do batismo, a fim de que, assim como Cristo

foi ressuscitado dos mortos mediante a glória do Pai, também

nós vivamos uma vida nova”.

Em primeiro lugar, o batismo não é um rito de passagem ou prática necessária para ser participante do corpo de Cris-to. O batismo em água conforme Jesus instituiu e ordenou é símbolo do que ocorre com a natureza interior do homem, quando a pessoa crê na mensagem do evangelho de Cristo.

A nova vida proveniente de Deus não decorre das águas batismais, mas de dizer “sim” para Jesus. Assim, não é da água do batismo que surge o novo homem. O batismo não é essencial à vida proveniente de Deus, porém, aqueles que creem na mensagem do evangelho, dentro das possibilidades humanas, devem também participar da figura que representa o verdadeiro batismo na morte de Cristo, que é o batismo na água, por obediência a Cristo, visto que não é tratado na Bíblia como algo facultativo, mas como um mandamento do Senhor Jesus.

Desse modo, você deve fazer planos para ser batizado tão rapidamente quanto possível, como complemento de sua de-claração pública de fé.

É que mediante o batismo você está declarando a sua fé em que morreu para a velha vida, e que se tornou uma nova pessoa em Cristo. Ao ser submerso na água, e ao sair dela, você dá uma demonstração visível aos que estão observan-do, ajudando-os a entender que você realmente recebeu uma nova vida em Cristo.

O batismo é uma demonstração de sua fé no sepultamen-to e na ressurreição de Jesus Cristo. O quadro da imersão

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64 | Você disse sim para Jesus

ajuda-nos a entender a verdade fundamental do Evangelho de que “Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Es-

crituras, e que foi sepultado, e ressuscitou ao terceiro dia, se-gundo as Escrituras” (1Corín-tios 15.3,4).

O batismo também atesta a sua fé numa ressurreição fu-tura dos mortos. Mediante o

batismo, você diz que, caso morra antes da volta de Jesus, sabe que Ele ressuscitará o seu corpo incorruptível, quando voltar.

Sendo assim, o batismo é ainda uma oportunidade es-pecial para compartilhar sua fé em Cristo com sua família e amigos. Convide-os para assistir ao seu batismo, pois este é um dos melhores testemunhos que você pode dar às pes-soas que ama e deseja que aceitem a Cristo. Depois do culto do seu batismo, poderá convidá-los para um jantar ou um lanche.

Enquanto você espera por seu batismo, poderá conhecer melhor a Palavra de Deus e também a nossa igreja, por meio de um curso de preparação especial para o batismo. Fale com um de nossos pastores ou obreiros a respeito desse curso, que é ministrado todos os domingos, no horário da Escola Bíblica Dominical (das 9h às 10h30), mas que poderá, também, ser ministrado em um dia da semana, em sua residência.

O batismo é uma demonstração de sua

fé no sepultamento e na ressurreição

de Jesus Cristo.

Muitas vezes, o batismo em água é acompanhado por dons especiais e bênçãos do Espírito Santo. Vá ao batismo com a esperança de que o Espírito Santo ministre poderosamente a você, por intermédio desse ato de obediência e de testemunho público ao mundo, de sua união com Cristo.

Embora a ordenança e o ensino sobre o batismo ocupem uma parte importante do cristianismo, todavia, esse assunto tem sido tema de controvérsias, quer no sentido de sua sig-nificação, quer no de sua realização. Nós entendemos, pelas Escrituras, como no texto de Atos 2.38-41, quando no dia de Pentecostes, depois da palavra de Pedro: “Arrependam-se e cada um de vocês seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão de seus pecados”, e os apóstolos logo batizaram quase três mil pessoas, que o batismo é para que a pessoa demonstre pública e claramente o seu arrependimento, a sua fé em Cris-to e o desejo de segui-Lo para sempre.

Eis a razão por que não admitimos o batismo de crianças (bebês); elas só podem ser batizadas ao alcançar uma idade de discernimento e escolha pessoal. A sugestão é que seja ba-tizada a partir dos 12 anos de idade, quando a criança têm mais entendimento próprio. há casos em que, mediante o testemunho dos pais, a criança pode ser batizada com menos idade.

De qualquer forma, não tendo a criança praticado peca-dos de que se arrependa, e considerando que dos pequeni-nos “... é o reino de Deus” (Marcos 10.14), parece-nos que o

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batismo infantil não preenche os requisitos para a sua rea-lização.9

Normalmente, o pastor que realiza o batismo faz as se-guintes perguntas: Você crê que Jesus perdoou os seus peca-dos? Está disposto a segui-Lo todos os dias de sua vida? Então, diante da confissão do candidato, o ele efetua o batismo, após pronunciar as seguintes palavras: “Segundo o seu testemunho de fé, eu te batizo em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”. Esta fórmula de batismo encontra-se registrada em Mateus 28.19: “Batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”.

O ponto mais polêmico acerca do batismo diz respeito ao modo de efetuá-lo: se deve ser por imersão, ou por aspersão ou por efusão (derramamento). Com fundamento em muitos textos da Bíblia, que apontam o batismo como símbolo de morte e sepultamento, a doutrina das Assembleias de Deus é pelo batismo por imersão total do corpo em águas, segundo o modelo do Novo Testamento.

9 Embora não batizemos crianças, nós as levamos à igreja onde as

apresentamos ao Senhor, pedindo a Sua bênção e proteção para elas

e para os seus pais (Marcos 10.13-16), exatamente como era feito

nos dias de Jesus. Jesus foi levado ao templo para ser apresentado

quarenta dias após Seu nascimento (Lucas 2.22-38) e foi batizado

nas águas do rio Jordão, ao iniciar Seu ministério terreno, com 30

anos de idade (Mateus 3.13-17).

Para entender melhor esse e outros pontos do cristianis-

mo, sugerimos que você faça nosso curso de discipulado, mi-

nistrado em nossa igreja, todos os domingos, no horário da

Escola Bíblica Dominical (das 9h às 10h30).

Quinto Passo: Permita Que o esPírito santo o encha e controLe sua vida.

A salvação que você recebeu por meio de Jesus Cristo re-

sultará em grandes mudanças no seu modo de vida pessoal,

com refl exos em suas áreas de relacionamentos. Será normal

que seus familiares, amigos e colegas “estranhem” sua paz, cal-

ma, serenidade, tranquilidade,

mansidão, segurança e alegria.

Quando você disse “sim”

para Jesus, aceitando-O como o

Seu Senhor e Salvador, o Espí-

rito Santo veio residir em você.

É o Espírito Santo quem lhe dá

poder para vencer e viver a nova

vida em Cristo.

Na verdade, antes de você ir

a Jesus, o Espírito Santo já de-

senvolvia intensa atividade para atraí-lo a Cristo, pois é Ele

quem convence o homem de que é um pecador e que Deus o

ama, bem como da justiça de Deus, e do Juízo Final.

Quando você disse “sim” para Jesus, aceitando--O como o Seu Senhor e

Salvador, o Espírito Santo veio residir em você.

É o Espírito Santo quem lhe dá poder para vencer

e viver a nova vida em Cristo.

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68 | Você disse sim para Jesus

Agora que você é de Cristo, o Espírito Santo continua trabalhando para produzir em você e por seu intermédio, o verdadeiro caráter de Jesus em sua vida, nominado na Bíblia como fruto do Espírito, em Gálatas 5.22,23: “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bonda-de, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coi-sas não há lei”.

É impossível, pelo esforço humano, por mais disciplinado que alguém seja, conseguir viver a vida cristã e pela própria capacidade e desempenho apresentar os atributos que rela-cionamos em Gálatas, quer em seu aspecto psicológico, quer espiritual. Entretanto, ao permitir que o Espírito Santo pro-duza Seu fruto em nossas vidas, entramos em um estado au-tomático de emoções e sentimentos positivos, que podem ser traduzidos como “fruto do Espírito”.

Depois de Sua ressurreição e pouco antes de ascender ao céu, Jesus chamou Seus seguidores e disse-lhes: “Mas recebe-reis poder, quando o Espírito Santo descer sobre vocês, e serão minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judeia e Sama-ria, e até os confins da terra” (Atos 1.8).

O batismo com o Espírito Santo

Poucos dias depois, eles estavam reunidos, esperando o prometido Espírito Santo e Seu poder, e daí então, aconteceu: “Chegando o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos num

só lugar. De repente, veio do céu um som como de um vento muito forte, e encheu toda a casa na qual estavam assentados. E viram o que parecia línguas de fogo, que se separaram e pousaram sobre cada um deles. Todos fi caram cheios do Es-pírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito os capacitava” (Atos 2.1-4).

Esse mesmo poder está disponível para você hoje. É certo que você recebeu o Espírito Santo quando disse “sim” para Jesus, mas agora pode ser cheio da Sua plenitude, median-te o batismo com o Espírito Santo, cuja evidência é falar em outras línguas. Se você ainda não é batizado com o Espírito Santo, saiba que Jesus é o que batiza com o Espírito Santo e com fogo, e Ele quer realizar esse revestimento de poder em sua vida.

Referindo-se à experiência que em breve teriam no dia de Pentecostes, Jesus disse aos primitivos crentes: “Pois João batizou com água, mas dentro de poucos dias vocês serão ba-tizados com o Espírito Santo” (Atos 1.5).

Você poderá orar e pedir ao Senhor que o batize com o Espí-rito Santo. Participe das reuni-ões de oração (terças e quartas) e das vigílias e, quando você menos esperar, falará novas línguas, como evidência do batis-mo no Espírito Santo. Simplesmente peça ao Espírito Santo que o encha com o Seu poder. Você começará a sentir uma

Você poderá orar e pedir ao Senhor que o batize com o Espírito Santo.

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alegria maravilhosa jorrando em seu interior, no seu espírito. Dê vazão a esse sentimento, abrindo a sua boca em louvor a Deus: Aleluia! Glória a Deus! Louvado seja o Senhor!

Onde quer que você esteja agora, deixe que o Espírito San-to derrame o Seu poder em você, e permita que de seu inte-rior brotem rios de água viva, e em o nome de Jesus, comece a falar em outras línguas, como Ele disse em João 7.38,39: “Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva. Isto ele disse com respeito ao Espí-rito que haviam de receber os que nele cressem. Até então o Espírito ainda não tinha sido dado, pois Jesus ainda não fora glorificado”.

sexto Passo: vença a tentação e o Pecado.

A tentação é um fato da vida de todo o ser humano, to-davia, você não tem que ceder à tentação, visto que é possível viver uma vida de vitória sobre a tentação e o pecado, com o auxílio do Espírito Santo, em virtude de sua união com Jesus.

Até o próprio Cristo foi tentado. Ele enfrentou as mesmas tentações que nós enfrentamos. Ele teve de segurar a língua, controlar os pensamentos, dominar os desejos sexuais, enfim, tudo que existe na natureza humana. Mas Ele não pecou! Je-sus não cedeu à tentação nenhuma vez!

Podemos ter confiança, porque Jesus é um sumo sacerdote que entende o nosso problema. Dizem as Escrituras em he-

breus 4.14-16: “Portanto, visto que temos um grande sumo sacerdote que adentrou os céus, Jesus, o Filho de Deus, ape-guemo-nos com toda a fi rmeza à fé que professamos, pois não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; mas sim alguém que como nós, passou por todo tipo de tentação, porém sem pecado. Assim sendo, apro-ximemo-nos do trono da graça com toda confi ança, a fi m de recebermos misericórdia e encontrarmos graça que nos ajude nos momento da necessidade”.

Na verdade, a tentação não é pecado; este acontece quan-do cedemos à tentação. Normalmente, a tentação começa na mente, razão pela qual é aí que deve ser imediatamente resis-tida e vencida.

A orientação bíblica é a seguinte: “Quando alguém for tentado, jamais deverá dizer: Estou sendo tentado por Deus. Pois Deus não pode ser tentado pelo mal, e a ninguém tenta. Cada um, porém, é tentado pelo próprio mau desejo, sendo por este arrastado e seduzido. Então a cobiça, tendo engravidado, dá à luz o pecado; e o pecado, após ter-se consumado, gera a mor-te” (Tiago 1.13-15).

Você não está sozinho na luta para vencer a tentação. É impor-tante que saiba que pode pro-

Na verdade, a tentação não é pecado; este

acontece quando cedemos à tentação. Normalmente,

a tentação começa na mente, razão pela qual é aí que deve ser

imediatamente resistida e vencida.

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curar ajuda em Jesus para vencê-la: “Porque, tendo em vista o que ele mesmo sofreu quando tentado, ele é capaz de socorrer aqueles que também estão sendo tentados” (hebreus 2.18).

Ao ser tentado, não entre em pânico, pois: “Não sobreveio a vocês tentação que não fosse comum aos homens. E Deus é fiel, ele não deixará que vocês sejam tentados além do que possam suportar. Mas quando forem tentados, ele lhes provi-denciará um escape para que o possam suportar” (1Coríntios 10.13).

Devemos, todavia, estar atentos, pois o próprio Jesus fa-lou: “Vigiem e orem para que não caiam em tentação. O espí-rito está pronto, mas a carne é fraca” (Mateus 26.41).

Você pode, então, vencer a tentação com vigilância, jejum, oração e leitura da Palavra de Deus. Faça isto em louvor, hon-ra e glória ao Pai, pois nos momentos de maior dificuldade, Ele lhe dará o escape.

E se eu pecar?

há esperança para nós quando pecamos. Diz-nos a Pa-lavra: “Se, porém, alguém pecar, temos um intercessor junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo; e ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos próprios, mas também pelos pecados de todo o mundo” (1João 2.1,2).

A graça de Deus, que criou um modo para que os seus pecados passados fossem perdoados, ainda se estende aos que agora andam na luz da verdade, mas de vez em quando dão

um passo em falso. O sangue que purifi cou você, o pecador, é o sangue que agora purifi ca você, o fi lho de Deus que peca. E esta é a promessa maravilhosa: “Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifi ca de todo pecado” (1João 1.7).

É preciso que você entenda que se e quando pecar, Sata-nás quererá destruí-lo(a) com “excessiva tristeza” (2Coríntios 2.7). Porém, você deverá voltar-se imediatamente para os braços abertos do Pai, mesmo que em tristeza santa, todavia, buscando o Seu perdão (2Coríntios 7.10).

O Pai não deseja matar os fi lhos que Dele se afastaram, mas quer curá-los. Diga a Ele: Pai, pequei perante ti, por fa-vor, me perdoe, e saia da sua transgressão. Diz a Escritura em 1João 1.9 que “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fi el e justo para nos perdoar os pecados e nos purifi car de toda injustiça”.

Talvez o fardo da sua transgressão seja tão pesado que você precise da ajuda, do incentivo e da intercessão de um companheiro cristão. Nesse caso, fale com o pastor, ou com um amigo cristão de sua con-fi ança. “Portanto, confessem os seus pecados uns aos outros e orem uns pelos outros, para se-rem curados” – Tiago 5.16.

Aconteça o que acontecer, não perca de vista a espe-rança da salvação que o impulsionou no princípio a dizer “sim” para Jesus.

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74 | Você disse sim para Jesus

E, por fi m, continue sua caminhada cristã. Seja como Paulo, que disse: “Não que eu já tenha obtido tudo isso ou tenha sido aperfeiçoado; mas prossigo para alcançá-lo, pois para isso também fui conquistado por Cristo Jesus” (Fili-penses 3.12).

Aconteça o que acontecer, não perca de vista a esperan-ça da salvação que o impulsionou no princípio a dizer “sim” para Jesus.

sÉtimo Passo: seja uma testemunha de jesus.

Testemunhar é compartilhar a alegria da nossa salvação com outros. Você testemunha de Jesus ao expressar o que Ele fez e o que Ele signifi ca para você. Testemunhar é comparti-lhar de Cristo, como Filho de Deus e Salvador da humanida-de. Ele disse:

“Quem, pois, me confessar diante dos homens, eu tam-bém o confessarei diante de meu Pai que está nos céus; mas aquele que me negar diante dos homens, eu também o nega-

rei diante do meu Pai que está nos céus” (Mateus 10.32,33).

Somos testemunhas de Je-sus quando compartilhamos o amor de Deus e isso pode ser expresso de várias formas. O apóstolo Paulo disse: “Pois ne-

Somos testemunhas de Jesus quando

compartilhamos o amor de Deus e isso pode ser

expresso de várias formas.

nhum de nós vive apenas para si mesmo, e nenhum morre

apenas para si mesmo” (Romanos 14.7). Em outras palavras,

a sua vida influencia a vida de outras pessoas: parentes, ami-

gos, vizinhos, colegas de trabalho, colegas de estudo, pessoas

em encontros ocasionais etc.

Assim, em todos os relacionamentos você deve portar-se

como embaixador de Jesus Cristo. “Portanto, somos embai-

xadores de Cristo, como se Deus estivesse fazendo o seu ape-

lo por nosso intermédio. Por amor a Cristo lhes suplicamos:

Reconciliem-se com Deus” (2Coríntios 5.20). Então:

1º – Testemunhamos de Cristo pela comunicação verbal ou escrita do Evangelho.

O evangelho de Jesus é o poder de Deus para a salvação

de todo aquele que n’Ele crê. Por ter dito “sim” e seu coração

estar cheio de Jesus, sua boca se abrirá automaticamente para

compartilhar uma palavra a respeito d’Ele. Foi o próprio Je-

sus quem disse: “Pois, a boca fala do que está cheio o coração”

(Mateus 12.34).

Deus sempre coloca em nosso caminho pessoas cujos co-

rações são terra preparada para a semeadura da Palavra de

Deus. Cabe a nós romper o silêncio e comunicar o amor de

Deus e o que Ele fez por nós e pode fazer por elas.

Você pode começar contando exatamente como começou

a ter um relacionamento com Cristo; ou como Deus pode

mudar uma vida, ou uma família, ou uma cidade; ou pode

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76 | Você disse sim para Jesus

compartilhar as coisas maravilhosas que Deus está realizando

em nossa igreja.

Parece que não é difícil mudar o rumo de uma conversa

para coisas espirituais, porque todos têm fome de Deus.

2º – Testemunhamos de Cristo pela maneira como vivemos nos ambientes em que estamos inseridos.

Como seguidores de Cristo, somos chamados a ter um

comportamento social impecável e exemplar, visto que a Pa-

lavra de Deus está acima e além das regras de etiqueta e de

convivência. Isso implica ser pontual nos horários combina-

dos; ético nos negócios e nas relações de trabalho e profis-

sional; ser ambientalmente responsável; ser educado e gentil

com todos, nunca inconveniente; falar a verdade e ser firme,

mesmo quando expressar discordância, porém, sempre em

tom de voz agradável; evitar atitudes que possam ser mal in-

terpretadas; não revelar segredos que lhe foram confiados,

enfim, ser um exemplo de fé, constância, respeito, confiança e

amor para com todos.

Diz-nos a Escritura, em 1Pedro 2.12: “Vivam entre os

pagãos de maneira exemplar para que, mesmo que eles os

acusem de praticarem o mal, observem as boas obras que

vocês praticam e glorifiquem a Deus no dia da sua inter-

venção”.

Isso tem muito a ver com o nosso vocabulário que deve

ser imune às gírias, palavrões e expressões chulas e maliciosas,

e também com o nosso comportamento, o qual deve ser a

expressão da nova vida que recebemos de Cristo.

Destacamos as seguintes orientações contidas na Palavra

de Deus como regras para o viver:

“Sejam sábios no procedimento para com os de fora;

aproveitem ao máximo todas as oportunidades. O seu falar

seja sempre agradável e temperado com sal, para que saibam

como responder a cada um” – Colossenses 4.5,6.

“Não repreendas asperamente ao homem idoso, mas

exorte-o como se ele fosse seu pai; trate aos jovens como ir-

mãos; as mulheres idosas, como a mães, as moças, como a

irmãs, com toda a pureza” – 1Timóteo 5.1.

“O que furtava não furte mais; antes trabalhe, fazendo

algo de útil com as mãos, para que tenha o que repartir com

o que estiver em necessidade. Nenhuma palavra torpe saia da

boca de vocês, mas apenas a que for útil pra edificar os ou-

tros, conforme a necessidade, para que conceda graça aos que

a ouvem. Não entristeçam o Espírito Santo de Deus, com o

qual vocês foram selados para o dia da redenção. Livrem-se

de toda amargura e indignação, ira e calúnia, bem como de

toda a maldade. Sejam bondosos e compassivos uns para com

os outros, perdoando-se mutuamente, assim como Deus per-

doou vocês em Cristo” – Efésios 4.28-32.

“Mas, agora, abandonem todas essas coisas: ira, indigna-ção, maldade, maledicência e linguagem indecente no falar.

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78 | Você disse sim para Jesus

Não mintam uns aos outros, visto que vocês já se despiram

do velho homem com suas práticas e se revestiram do novo, o

qual está sendo renovado em conhecimento, à imagem de seu

criador” – Colossenses 3.8-10.

Devo corrigir o que fiz de errado no passado?

Antes do arrependimento, vivíamos sob os conceitos do

mundo e os nossos valores estavam contaminados. A par-

tir do momento em que cremos no Senhor Jesus, todos os

nossos pecados (inclusive nossas dívidas) foram perdoados.

Corrigir o passado no que se refere às dívidas e pendências

que temos, notadamente patrimoniais, não é para obtenção

do perdão de Deus; trata-se de evidência da presença de

Cristo em nossas vidas. Quando a nova vida entra em nós,

somos convencidos pelo Espírito Santo a corrigir erros do

passado.

Entendamos que diante de Deus estamos perdoados, po-

rém, diante dos homens, é preciso pagar nossas dívidas, e res-

tituir coisas que porventura furtamos e o dano que eventu-

almente causamos. É óbvio que existem situações em que a

restituição ou correção será impossível de ser praticada.

havendo a possibilidade de restituição, peça orientação ao

Espírito Santo, converse antes com o pastor de sua igreja e

apresente um plano de pagamento ou uma forma de restituir

ou corrigir.

O nome do Senhor há de ser glorificado!

3º – Testemunhamos de Cristo pela nossa aparência pessoal.

Como representante de Cristo, o cristão deve ser modesto

na maneira como se apresenta, a fim de que sem palavras ele

possa evidenciar que Cristo é o destaque em sua vida, e não

suas roupas, joias, plástica corporal, musculatura, bens etc.

Por igual razão, a aparência exterior dos seguidores de

Cristo deve ser caracterizada por asseio, higiene corporal e

limpeza como efeito e demonstração da purificação que foi

realizada em seu interior pelo perdão dos pecados e a salvação.

É magnífica a orientação contida em 1Pedro 3.3,4: “A beleza

de vocês não deve estar nos enfeites exteriores, como cabelos

trançados e joias de ouro ou roupas finas. Ao contrário, esteja

no ser interior, que não perece, beleza demonstrada num espí-

rito dócil e tranquilo, o que é de grande valor para Deus”.

O apóstolo Paulo também recomenda, em 1Timóteo

2.9,10: “Da mesma forma, quero que as mulheres se vistam

modestamente, com decência e discrição...”

Com efeito, a vestimenta mais importante do discípulo de

Cristo é interna e espiritual. Ele já tem removido os panos

sujos de pecado e maus pensamentos, e os tem substituído

por novas roupas de santidade e entendimento da vontade de

Deus para a sua vida (veja Colossenses 3.1-17).

É preciso entender que o cristão deve ter coragem moral e

independência para não ser escravo das tendências da moda e do marketing. Isso não significa, todavia que, por seguir a

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80 | Você disse sim para Jesus

Cristo, ele deve ter trajes e aparência pessoal de forma que seja objeto de ridículo perante a sociedade. É possível se ves-tir modesta e saudavelmente, utilizar joias e acessórios, fazer uma maquiagem leve e ter aparência pessoal elegante, visto que por efeito da salvação recebemos sabedoria que aprimora nosso bom gosto e nos capacita a aliar estilo à simplicidade.

Temos de reconhecer que realmente é difícil, principal-mente para as mulheres, seguir a moda e ser modesta. Então o que fazer? Buscar se vestir com beleza e decência, utilizando a moda naquilo que oferecer de bom, mas sem se vestir de acordo com e pelo modismo, se este não condiz com a mo-déstia e a decência.

Para o homem, parece que é tudo muito fácil, porém, na realidade a sociedade de consumo tem igualmente pres-sionado o gênero masculino, pugnando por sua adesão aos modismos extravagantes do momento. Entretanto, por efeito da santificação interior, é dever do discípulo de Cristo apre-sentar-se devidamente asseado: dentes escovados e com bom hálito, mãos lavadas (sempre limpas), cabelos devidamente aparados e sem caspa, barba feita, pelos sempre bem cortados (do nariz, pescoço e orelhas), unhas limpas e aparadas, sapa-tos engraxados, roupas limpas etc.

4ª – Testemunhamos de Cristo pela maneira como agimos no dia-a-dia.

Vivemos em um mundo afetado pelo pecado, e a conse-quência disto é uma sociedade egoísta, injusta e perversa.

Como luz do mundo e sal da terra, podemos compartilhar o amor, a graça, a misericórdia e a justiça de Deus em nossas relações familiares, interpessoais, sociais, comerciais e traba-lhistas, desconectando-as das leis e dos costumes deste mun-do decaído e submetendo-as às determinações da Palavra de Deus e às orientações do Espírito Santo.

Disse Jesus: “Vocês são o sal da terra. Mas, se o sal perder o seu sabor, como restaurá-lo? Não servirá para nada, exce-to para ser jogado fora e pisado pelos homens. Vocês são a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade construída sobre um monte. E, também, ninguém acende uma candeia e a coloca debaixo de uma vasilha. Pelo contrário, coloca-a no lugar apropriado, e assim ilumina a todos os que estão na casa. Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifi quem o Pai de vocês, que está nos céus” (Mateus 5.13-16).

Nós, os verdadeiros cristãos, somos aqueles que tempe-ram e dão sabor à Terra, e somos também aqueles que exalam o bom perfume de Cristo: “Mas, graças a Deus, que sempre nos conduz vitoriosamente em Cristo e por meio nosso in-termédio exala em todo lugar a fragrância do seu conhecimen-to; porque para Deus somos o aroma de Cristo, entre os que estão sendo salvos e os que es-tão se perdendo” (2Coríntios 2.14,15).

Então, somos o sal, o bom perfume, a luz deste mundo decaído, e somos também a carta escrita

por Cristo.

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Então, somos o sal, o bom perfume, a luz deste mundo decaído, e somos também a carta escrita por Cristo: “Vocês demonstram que são uma carta de Cristo, resultado de nosso ministério, escrita não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo, não em tábuas de corações humanos” (2Coríntios 3.3).

Um exemplo fala mais alto do que mil palavras!

5ª – Testemunhamos de Cristo pela nossa liberalidade.

É quando levamos a sério e cumprimos a orientação de Jesus em Mateus 6.19-21: “Não acumulem para vocês tesou-ros na terra, onde a traça e a ferrugem destroem, e onde os ladrões arrombam e furtam. Mas acumulem para vocês te-souros nos céus... Pois onde estiver o seu tesouro, aí também estará o seu coração”.

Jesus ainda disse que “há maior felicidade em dar do que em receber” (Atos 20.35).

Com efeito, quando estendemos nossa mão para dar, seja para o nosso próximo, seja para o funcionamento da igreja, estamos publicando nosso reconhecimento que “... do senhor é a terra e tudo o que nela existe” (Salmos 24.1), inclusive o ouro e a prata (Ageu 2.8); que nós mesmos pertencemos a Deus, pois Ele nos criou e nos resgatou dos nossos peca-dos pagando o preço pelos nossos pecados com o Seu sangue (1Coríntios 6.19,20); que tudo o que temos pertence a Deus, pois é Ele quem nos dá a “... capacidade de produzir riqueza” (Deuteronômio 8.18); que reconhecemos que temos compro-

missos com a expansão do Reino de Deus, até os confins da terra (Malaquias 3.8-10); e que nós somos apenas mordomos ou administradores.

Reconhecer que Deus está em primeiro lugar em sua exis-tência inclui investir concretamente sua vida, seu tempo, seus talentos e suas finanças no Reino de Deus.

Saiba que você nunca vai conseguir superar o que Deus lhe dá, porque em Sua bondade Ele sempre faz muito mais além das nossas expectativas. Disse Jesus: “Dêem, e lhes será dado; uma boa medida, calcada, sacudida e transbordante será dada a vocês. Pois a medida que usarem, também será usada para medir vocês” (Lucas 6.38).

Lembre-se sempre de que nós “vivemos por fé” (2Corín-tios 5.7). Então, simplesmente continue andando com Cristo onde quer e como quer que Ele conduzir-lhe pela revelação da Palavra de Deus e a orientação do Espírito Santo.

Não tenha medo de seguir a Cristo!

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C o n c l u s ã o

AO CONCLUIR ESTE GUIA DESTINADO A ORIENTAR os seus primeiros passos na caminhada cristã, sintetizo tudo quanto foi dito em um único conselho da Palavra de Deus, que é o seguinte:

“Cresçam, porém, na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo. A Ele seja a glória, agora e para sempre. Amém” – 2Pedro 3.18.

Estamos disponíveis para conversar e orar com você e aju-dá-lo(a) no esclarecimento de qualquer dúvida relacionada à sua nova vida em Cristo. Para tanto, você pode falar com um de nossos pastores, ou com:

Nome: __________________________________________

Fone: ___________________________________________

E-mail: __________________________________________

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IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS

“CONGREGAÇÃO DE VILA NOVA”

Rua D. Pedro I, 551 – Vila Nova – Campinas (SP)

Telefone: (19) 3741.7770

www.assembleia.org.br

www.telepaz.com.br

Dias e horários De cultos:

Domingos: 9h – Escola Bíblica Dominical

18h – Grande culto de louvor e pregação da Palavra

Segundas: 19h30 – Culto de libertação

Terças: 19h30 – Culto de oração e estudo bíblico

Quartas: Reunião de senhoras do Círculo de Oração

Quintas: Estudo Bíblico Especial

1º sábado do mês: Celebração da Ceia do Senhor

Último sábado do mês: Reunião de jovens

Todos os nossos cultos são transmitidos pela Internet em:

www.assembleia.org.br

Esta obra foi composta na fonte Minion

corpo 10,5/13,5 e impressa na Gráfica Imprensa da Fé

São Paulo, Brasil, verão de 2011.